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Sedentarismo e atividade física Publicado por novaescola Emagrece Brasil Objetivo(s) Conhecer as reações fisiológicas do corpo humano provocadas pelo sedentarismo e pela falta do exercício Compreender a relação entre sedentarismo e envelhecimento Entender as conseqüências e os riscos do sedentarismo para a saúde física e mental como doenças cardiovasculares, ósseas e musculares, degenerativas e emocionais Identificar as boas práticas corporais que podem ser realizadas dentro e fora da escola como prevenção e para a aquisição de um bom condicionamento físico Aprender os procedimentos básicos de treinamento para qualificar a prática da atividade física Valorizar a atividade física e o exercício como fatores que contribuem para a saúde e a qualidade de vida. Conteúdo(s) Sedentarismo, Atividade Física e Saúde Princípios da Teoria do Treinamento Físico Programa de Atividade Física Ano(s) Tempo estimado Sete aulas Material necessário Computadores com acesso à internet

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Sedentarismo e atividade física

Publicado por novaescola

Emagrece Brasil

Objetivo(s)

Conhecer as reações fisiológicas do corpo humano provocadas pelo sedentarismo e pela falta do exercício

Compreender a relação entre sedentarismo e envelhecimento

Entender as conseqüências e os riscos do sedentarismo para a saúde física e mental como doenças cardiovasculares, ósseas e musculares, degenerativas e emocionais

Identificar as boas práticas corporais que podem ser realizadas dentro e fora da escola como prevenção e para a aquisição de um bom condicionamento físico

Aprender os procedimentos básicos de treinamento para qualificar a prática da atividade física

Valorizar a atividade física e o exercício como fatores que contribuem para a saúde e a qualidade de vida.

Conteúdo(s)

Sedentarismo, Atividade Física e Saúde

Princípios da Teoria do Treinamento Físico

Programa de Atividade Física

Ano(s) 8º9ºTempo estimado Sete aulasMaterial necessário

Computadores com acesso à internet

Desenvolvimento 1ª etapa

Introdução

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Muito se fala sobre a importância da prática de atividades físicas para a prevenção de doenças e a manutenção de uma boa

saúde. Porém as conseqüências do sedentarismo não são difundidas com a mesma intensidade. As aulas de educação física na

escola podem contribuir para que os adolescentes compreendam melhor quais são os fatores de risco para a saúde, provenientes

do sedentarismo.

Segundo o médico Dráuzio Varella, "são tantos os benefícios da atividade física, que só existe uma explicação para a vida

sedentária que a maioria das pessoas leva: praticar exercícios vai contra a natureza humana". Diz o Dr. Dráuzio que o ser

humano tem uma tendência a não desperdiçar energia, mas a vida dita "moderna" tem nos feito "acumular" energia e,

consequentemente, acumular "doenças" graves e degenerativas. Qual a saída? Movimentar-se mais e com qualidade!

O desafio da escola, mais precisamente da educação física escolar, está em motivar as crianças e os jovens para a prática da

atividade física. O que se vê normalmente é que os adultos têm consciência sobre a importância do exercício, mas não o

praticam; Já as crianças e os jovens normalmente gostam das aulas de educação física, praticam as atividades propostas, mas

não adquirem a consciência e o conhecimento necessários para continuar se exercitando quando saem da escola. Neste plano de

aula os alunos terão a oportunidade de aprender mais sobre as reações provocadas no corpo humano pelo sedentarismo e

construir conhecimento para encontrar o equilíbrio entre o "saber" e o "fazer", ou seja, se motivar para incorporar na sua rotina

diária a prática de exercícios e atividade física.

É preciso cuidar para que os espaços estejam organizados antes do início das aulas. Ao longo da sequência didática os alunos

vão estudar e praticar diferentes atividades, algumas mais práticas e outras mais teóricas.

Inicie fazendo um diagnóstico sobre o conhecimento que os alunos possuem sobre o tema e apresente suas ideias e as

expectativas de aprendizagem. É importante equilibrar as atividades para que sejam realizadas leituras e reflexões sobre o

material teórico e algumas experimentações corporais.

Nas rodas de conversa iniciais faça algumas perguntas para identificar o conhecimento prévio dos alunos:

Você sabe o que é sedentarismo?

Qual a relação entre sedentarismo e envelhecimento?

Quais as conseqüências do sedentarismo para a saúde física e mental?

Quais as atividades que envolvem esforço físico praticadas pelos alunos dentro e fora da escola?

Qual a freqüência e a intensidade?

Quais são as mais "queridas" do grupo? Quais gostariam de praticar e conhecer melhor?

Quais gostariam de praticar como atividade regular?

Não se esqueça de registrar as respostas no seu diário de bordo. As perguntas podem ser entregues em forma de questionário e

os alunos podem respondê-las com o auxílio de recursos como textos e sites na internet, como o site da revista Saúde!

Organize as respostas em um painel ou em slides e apresente aos alunos. Este é o momento de "chocar" o grupo sobre as

conseqüências de uma vida sedentária.

A sugestão é que a turma conheça as consequências e os riscos do sedentarismo para a saúde (envelhecimento precoce,

doenças cardiovasculares, ósseas e musculares, degenerativas e emocionais). Os alunos precisam ser motivados para a

importância da atividade física bem feita como um fator de prevenção. É importante que eles saibam que não existe milagre e

que um bom programa de exercícios pode ser pensado a partir das atividades já praticadas no dia a dia, dentro e fora da escola.

Neste momento, abra um espaço para as primeiras experiências práticas e inicie a conscientização sobre o que é uma boa

atividade física e qual sua regularidade, intensidade, continuidade e progressão. Vale lembrar que as diferentes práticas da

cultura corporal (jogos, esportes, ginásticas e atividades físicas, danças e lutas) e as atividades do dia a dia (caminhadas, skate e

bicicleta, por exemplo) podem e devem ser consideradas.

Para finalizar esta etapa a sugestão é selecionar, junto com os alunos, as atividades da próxima aula e iniciar a organização e o

planejamento. Boas estratégias podem ser a introdução do "Quadro de Práticas e Praticantes", que serve para classificar as

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atividades, introduzir os princípios do treinamento e contribuir para que cada aluno possa iniciar um projeto pessoal de atividade

regular.

2ª etapa

Comece apresentando o cronograma de trabalho, que deve ter sido produzido com aproveitamento das sugestões feitas na aula

anterior. Explique aos alunos que durante uma semana eles deverão fazer atividades corporais para compreender a relação

entre o sedentarismo e doenças como diabetes, obesidade, hipertensão e infarto.

O foco deve estar nos benefícios da atividade física e o desafio será relacionar as consequências do sedentarismo para a vida dos

jovens também no presente. Um bom caminho pode ser falar sobre os sintomas causados tanto pelo sedentarismo, como pela

atividade física bem feita.

Esta é a oportunidade para ensinar os alunos a qualificar um programa de atividade física. Inicie entregando um "Quadro de

práticas e participantes", uma tabela que deve conter atividade, objetivo (para diversão, para condicionamento físico), dias da

semana, duração, intensidade (forte, moderada) e com quem (se com amigos da rua, sozinho etc).

3ª etapa

Após uma semana, os alunos devem trazer seus registros e o professor (com a ajuda do grupo) organiza um quadro síntese com

as principais informações coletadas. Este será o ponto de partida para organizar os hábitos da turma, comece a discussão com

perguntas como estas:

Quais são as principais atividades praticadas pelo grupo?

Quanto tempo, em média, o grupo investe semanalmente para a prática do exercício?

Como estas práticas se caracterizam com relação à duração e intensidade?

Onde são realizadas as atividades físicas? Quais delas são realizadas na escola?

Elas têm como objetivo o lazer e a saúde?

As pessoas praticam sozinhas, em grupo, com amigos?

A partir das informações da tabela, os estudantes e o professor podem selecionar as atividades que serão praticadas na escola.

Devem ser escolhidas aquelas que motivem os alunos e que respeitem alguns princípios da teoria do treinamento. Se falamos de

saúde e condicionamento físico é importante selecionar as atividades que sejam inclusivas e de possível participação de todos.

Trabalhe também os princípios do treinamento: especificidade, esforço, sobrecarga, continuidade, regularidade, progressão e

recuperação. Os alunos precisam entender que para um bom condicionamento físico é preciso relacionar na medida certa

frequência e intensidade.

4ª etapa

Reserve as aulas 4, 5 e 6 para a prática escolhida e oriente sempre que necessário, tendo em mente as expectativas de

aprendizagem. Ao mesmo tempo em que os exercícios são realizados o grupo deve se organizar para preparar o folder que será

entregue à comunidade escolar. A idéia é disseminar os conceitos que envolvem o sedentarismo, as suas conseqüências e a

importância do exercício para a saúde. O folder será entregue em uma aula aberta, ministrada pelos alunos na última aula da

sequência.

Este folder dever ser escrito com uma linguagem informal e deve responder as seguintes perguntas:

O que é sedentarismo?

Quais as suas conseqüências para a saúde?

Por que fazer atividade física?

Quais os princípios a serem seguidos para qualificar a atividade? Qual a rotina a ser seguida em

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uma sessão exercício?

Não esqueça de garantir os recursos e espaços necessários para o trabalho. A sala de informática pode ser utilizada para a

pesquisa. Livros e revistas também devem ser utilizados. A turma pode ser dividida em grupos, com responsabilidades diferentes

como escrever o texto, ilustras, cuidar da impressão etc.

5ª etapa

Organize com os alunos uma aula aberta para a comunidade escolar, ocasião em que será divulgado o folder preparado pelos

alunos. Proponha que os alunos participem perguntando:

Quando vai ser?

Onde?

Quem serão os convidados?

Quem são os alunos que vão coordenar a atividade?

Quais os recursos necessários?

Quais serão as atividade realizadas?

Em qual momento o folder será entregue?

Como o conteúdo do folder será trabalhado com os participantes?

Lembre que é preciso um tempo para mobilizar a comunidade. Os alunos deverão se dividir em grupos - alguns preparam os

convites, outros se responsabilizam pela inscrição. É importante que todos estejam envolvidos!

Para a apresentação, os alunos deverão contar um pouco sobre a própria experiência. Peça que contem se alguém já praticava

atividade física regularmente ou se alguém que era sedentário dê seu depoimento. Questione também o que aprenderam no

desenvolvimento deste projeto e se mudaram os próprios hábitos e dos familiares.

6ª etapa

Reserve este tempo para a aula aberta ministrada pelos estudantes.

Avaliação

Observe se os alunos conseguem falar sobre as conseqüencias e os riscos do sedentarismo para a saúde e se conseguem

identificar os critérios e princípios básicos para selecionar as atividades físicas mais apropriadas.

Quer saber mais?

Livro

Educação física escolar: do berçário ao Ensino Médio, de Jorge Sergio Pérez Gallardo (136 págs.

Ed. Lucerna).

Vídeo

Vídeos sobre a prevenção do sedentarismo e promoção da atividade física e da saúde produzidos

pelos pesquisadores do Laboratório de Ciências do Exercício da Universidade Federal Fluminense.

O que acontece no corpo quando fazemos exercício?

Publicado por

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novaescola

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Objetivo(s) Aprender os procedimentos básicos para medir a frequência cardíaca

Compreender a relação entre a intensidade do exercício e a alteração na frequência cardíaca

Entender a frequência cardíaca como um indicador da intensidade dos exercícios, o gasto de energia e o nível de condicionamento

físico.

Conteúdo(s)

Fisiologia do coração

Frequência cardíaca

Corridas de atletismo

Ano(s) 1º2º3º4º5ºTempo estimado Uma aulaMaterial necessário

Giz, lousa pequena, lápis, papel em branco, cones, apito e frequencímetro (para quem tiver esta possibilidade).

Desenvolvimento 1ª etapa

Introdução

O primeiro ciclo do Ensino Fundamental é um bom momento para entender os significados atribuídos ao corpo e aos "padrões"

de beleza, temas relacionados ao exercício físico, bem estar e saúde. E também para abordar "Meio Ambiente e Saúde", tema

transversal apontado nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que deve aparecer nas aulas de Educação Física. Introduzir

noções de Fisiologia é importante e ajuda o aluno a entender o que acontece com o corpo quando praticamos exercícios. Este

conhecimento é fundamental, já que ao concluir o Ensino Médio o estudante deve saber planejar um programa de atividade

física. Use este plano de aula como referência para ensinar as reações do organismo, mais precisamente do sistema

cardiorrespiratório, durante corridas de velocidade e resistência.

É preciso cuidar para que o espaço esteja organizado antes da aula, quando os alunos irão praticar as corridas de velocidade e

de resistência. Para a corrida de velocidade a sugestão é construir algumas raias de aproximadamente 30 metros. Com giz, fita

ou cones faça as marcações no chão e numere as raias de 1 a 4 (conforme a figura 1).

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Já para a corrida de resistência monte um circuito com os cones para que as crianças possam correr baterias de mais ou menos 5

minutos cada (veja a figura 2):

Para o registro da frequência cardíaca, faça uma planilha de monitoramento para os alunos anotarem os valores ao longo da

aula. Esta planilha pode ser chamada de cartão da frequência cardíaca e deve ser entregue a todos os alunos. O modelo abaixo é

uma proposta que poderá ser utilizada durante a atividade:

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Faça uma roda e apresente as expectativas de aprendizagem aos alunos. Para descobrir o que a turma já sabe, elabore

perguntas como:

Quem sabe o que é frequência cardíaca? Qual é a relação entre frequência cardíaca e exercício físico? Como medimos a frequência cardíaca? O que acontece com o nosso coração quando praticamos exercício?

Registre as respostas em um diário para acompanhar o trabalho e a evolução do conhecimento das crianças sobre o tema.

Explique detalhadamente qual será a rotina da aula. É fundamental que os alunos saibam com clareza que participarão de uma

atividade que envolve corridas de velocidade e resistência e que deverão medir e registrar a frequência cardíaca antes e após as

corridas. Para isso todas receberão o cartão da frequência e um lápis.

Mostre que na ausência de um frequencímetro também é possível medir a frequência cardíaca. Basta colocar os dedos indicador

e médio da mão esquerda na artéria radial (região do pulso direito, abaixo do dedão). Ou colocar os dedos na artéria carótida, no

pescoço. Conte as pulsações durante 10 segundos e multiplique por 6 ou conte as pulsações durante 15 segundos e multiplique

por 4 para indicar os batimentos cardíacos por um minuto. Lembre-se de que estamos falando com crianças e que elas

precisarão de ajuda para aprender a medir sua frequência cardíaca. Fotos e vídeos podem ser úteis neste processo. Se tiver um

frequencímetro à disposição, estabeleça uma estratégia como um sorteio ou um rodízio entre as crianças para definir quem vai

usar o aparelho.

Chegou a hora de iniciar a atividade prática. Ela será dividia em três momentos:

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1º Momento - Todos os alunos devem medir sua frequência em repouso, isto é, antes de iniciar o exercício, e anotar no cartão. É

importante que os alunos não estejam em movimento, pois um alto nível de atividade motora eleva a frequência. Procure auxiliar

para que todos tenham este valor registrado na folha. Os alunos podem ajudar uns aos outros, já que alguns vão demonstrar

mais ou menos facilidade neste processo.

2º Momento - Após um breve aquecimento, os meninos e as meninas vão ser convidados a participar das corridas de velocidade.

Realize algumas baterias de corrida para que os alunos possam identificar as características desta modalidade, principalmente

nas variáveis intensidade e duração. Após as primeiras vivências, organize o grupo em duplas e peça para que um ajude o outro

a registrar a frequência cardíaca. Cada criança deve participar de uma bateria e o colega deve ajudar a anotar o valor obtido,

isso logo após o fim da atividade. Após as baterias, verifique se todos têm os registros no cartão.

3º Momento - Organize o grupo para a corrida de resistência, que deve durar mais ou menos cinco minutos. A atividade deve ter

longa duração e baixa intensidade. O procedimento é o mesmo do 2º momento. Ao final de cada bateria os alunos devem anotar

sua frequência no cartão que será entregue no início da aula. Mais uma vez o trabalho em duplas pode ajudar neste processo.

Finalize com uma roda de conversa. Com o seu diário nas mãos e com as crianças em posse dos cartões de frequência, faça

perguntas semelhantes a estas:

Vocês perceberam alguma diferença entre a frequência cardíaca inicial e a final? Qual?

Como classificariam as corridas quanto aos critérios intensidade e duração? Qual a corrida mais cansativa? Qual aquela que vocês gostaram mais? O que aconteceu com o nosso coração durante as corridas? Ele "bateu" mais

rápido? Por quê?

Lembre-se de registrar as respostas (os depoimentos) no seu diário de bordo. Peça para os meninos e as meninas consultarem o

cartão de frequência.

Avalie junto com os alunos o que aprenderam. Dependendo das dificuldades encontradas esta atividade pode ser repetida nas

próximas aulas e outros temas podem surgir para serem aprofundados.

Avaliação

A roda de conversa no fim da aula e o diário são bons instrumentos para avaliar se os alunos perceberam que o exercício físico

faz aumentar a frequência cardíaca, o que vão compreender se conseguirem medir esta alteração com o aparelho ou

manualmente. Com a prática de diferentes modalidades de corrida (velocidade e resistência) a turma terá subsídios para

entender a frequência como um indicador da intensidade do exercício, o gasto de energia e o condicionamento físico.

Créditos: Fabio Luiz D´AngeloFormação: Coordenador Pedagógico do Instituto Esporte e Educação

AutorNova Escola

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