sequencia didativa - 01

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Sequência Didática ESCOLA: Borges de Aquino PROFESSORA: Mágda Rafaela Sales Disciplina: História SÉRIE: 9 ANO “A” TEMPO PREVISTO: 6 A 7 AUAS SE!"#CIA #$: !" %&TEMA: #ON$RU%&O 'A R()UB*#A NO BRAS* '&O()ETIVOS * CAPACIDADE: (ntender os +ro,etos da Re+-.li/a e as +ro+ostas +o defendidos +or diferentes gru+os0 'es/re1er o go1erno +ro1isório e as /2a3adas Re+u.li/a da (s+ada e Re+u.li/a Oligárqui/a do +onto de 1ista e/on43i/o +oliti/o5 desta/ando as +rin/i+ais a es que /ada gru+o to3 +&APRE#DI,A-E#S ESPERADAS* CO#TE.DOS DE DIFERE#TES TIPOS C/nceituais* Factuais: Anunciar as causas gerais e as imediatas dos confrontos desse periodo; Conhecer a sequência dos conflitos; Atitudinais: Refletir sobre o abandono do sertão nordestino por parte das autoridades governamentais da República velha e discutir em que sentido esse abandono, hoje, faz ou não parte do passado P0/cedi1entais: !ntender os motivos da interven"ão do #overno, bem como reconhecer os e$cessos dessa interven"ão; 2&CO#3ECIME#TOS PRÉVIOS: #on/eito de re+u.li/a0 4&REC!RSOS: i1ro didáti/o0 'at s2o80 #2arges0

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Sequncia DidticaESCOLA: Borges de AquinoPROFESSORA: Mgda Rafaela Sales Disciplina: HistriaSRIE: 9 ANO A TEMPO PREVISTO: 6 A 7 AULAS SEQUNCIA N: 011-TEMA: CONTRUO DA REPUBLICA NO BRASIL2-OBJETIVOS / CAPACIDADE: Entender os projetos da Repblica e as propostas politicas defendidos por diferentes grupos; Descrever o governo provisrio e as chamadas Republica da Espada e Republica Oligrquica do ponto de vista econmico e politico, destacando as principais aes que cada grupo tomou;3-APRENDIZAGENS ESPERADAS/ CONTEDOS DE DIFERENTES TIPOSConceituais/ Factuais: Anunciar as causas gerais e as imediatas dos confrontos desse periodo; Conhecer a sequncia dos conflitos;Atitudinais: Refletir sobre o abandono do serto nordestino por parte das autoridades governamentais da Repblica velha e discutir em que sentido esse abandono, hoje, faz ou no parte do passado.Procedimentais: Entender os motivos da interveno do Governo, bem como reconhecer os excessos dessa interveno;4-CONHECIMENTOS PRVIOS: Conceito de republica;5-RECURSOS: Livro didtico; Dat show; Charges;6-SITUAES DE APRENDIZAGENS: 1 AULA:Iniciar a aula colocando o assunto no quadro e fazendo uma tempestade cerebral anotando tudo que for falado pelos alunos;Depois fazer uma exposio do contedo oral fazendo uma comparao com a sociedade atual e a sociedade na poca da construo do Brasil;Aps copiar o contedo no quadro ANEXO 01 pois no a livros suficientes para a turma; 2 AULA:Iniciar a aula fazendo um paradigma entre os feitos da republica antiga e a atual;Fazer a produo de um mapa de conceito no quadro atravs da leitura do contedo copiado na ultima aula ANEXO 02;Fazer exposio do mapa de conceito oral explicando cada um dos acontecimentos citados; 3 AULA:Fazer a retomada do contedo atravs de um vdeo que fala sobre como era a politica na poca da republica;Expor e distribui duas charges ANEXO 03 para que os alunos colem no caderno e criem legendas para as mesmas, como se os mesmos fossem postas essas charges;Fazer uma comparao entre a politica atual e na poca da republica;Atividade ANEXA 04; 4 AULA:Atividade avaliativa ANEXO 05; 5 AULA:Dividir a sala em grupos de 5 ou 6 alunos e distribui os textos ANEXO 06;Pedir para que cada grupo leia os textos, e peam auxilio do professor para tirar as duvidas existentes e aps a leitura exponham oralmente o que foi compreendido;Aps a exposio fazer uma conversa oral expondo todos os conflitos que foram debatidos e deixa claro que todos eles aconteceram na poca da introduo da republica do Brasil; 6 AULA:Reviso do contedo atravs de um islaid com charges;7-AVALIAO DAS APRENDIZAGENS:A avaliao ser feita atravs das atividades que sero realizadas e tambm atravs da exposio do trabalhos ; 8-REFERNCIA BIBLIOGRAFICA:

9-ANEXOS:ANEXO 01Repblica Velha (1889-1930) Proclamao da Repblica em 15 de novembro de 1889. A monarquia derrubada.- Marechal Deodoro da Fonseca assume como primeiro presidente da Repblica.- Poder econmico e poltico nas mos das oligarquias paulista e mineira.- Aps a renncia de Deodoro em 1891, assume a presidncia outro militar: Floriano Peixoto.- Primeira Constituio Republicana Brasileira promulgada em 1891: voto aberto, presidencialismo, manuteno de interesses das elites agrrias, excluso das mulheres e dos analfabetos do direito de voto.- Poltica do Caf-com-Leite: alternncia no poder de presidentes mineiros e paulistas.- Regio Sudeste privilegiada nos investimentos federais, principalmente os setores agrcola e pecurio.- O caf o principal produto brasileiro de exportao.- Aumento da imigrao europeia (italiana, alem, espanhola) para servir de mo-de-obra nas lavouras de caf do interior paulista.Poltica dos GovernadoresTroca de favores polticos entre presidente da Repblica e governadores para a manuteno do poder e garantia de governabilidade.O coronelismoPoder poltico e econmico concentrado nas mos dos coronis (grandes latifundirios), que usavam o voto de cabresto, violncia e fraudes para obter vantagens eleitorais para si e seus candidatos.Golpe de 1930Aps a vitria de Jlio Prestes, polticos da Aliana Liberal afirmam que as eleies foram fraudulentas. Com a liderana de Getlio Vargas, aplicam um golpe e colocam fim a Repblica Velha. Vargas torna-se presidente da Repblica. Principais conflitos e revoltas durante a Repblica Velha- Revolta da Armada: 1893-1894- Revoluo Federalista: 1893-1895- Guerra de Canudos: 1893-1897- Revolta da Vacina: 1904- Revolta da Chibata: 1910- Guerra do Contestado: 1912-1916- Sedio de Juazeiro: 1914- Greves Operrias: 1917-1919- Revolta dos Dezoito do Forte: 1922- Revoluo Libertadora: 1923- Revoluo de 1930: 1930

ANEXO 02ANEXO 03 ANEXO 04 E 051 Em qual opo encontra-se corretamente definido o conceito de oligarquia?a) um sistema de governo em que o monarca (rei) governa um pas como chefe de Estado.b) um pequeno grupo de pessoas de uma famlia, de um grupo econmico ou de um partido governa um pas, estado ou municpio.c) governo que pe nfase no interesse comum, no interesse da comunidade, em oposio aos interesses particulares e aos negcios privados.d) uma forma de governo em que o governante (presidente, rei, primeiro ministro) exerce seu poder sem respeitar a democracia, ou seja, governa de acordo com suas vontades ou com as do grupo poltico ao qual pertence.2 Foram caractersticas do perodo denominado Repblica da Espada:a) Grande estabilidade social e econmica em todo o pas.b) Revogao (anulao) da Constituio de 1891.c) Fim do regime republicano e incio do regime monrquico.d) Dois presidentes militares e represso aos protestos polticos e sociais.3 Assinale a opo que contm, respectivamente, o nome da poltica econmica e do Ministro da Fazenda em 1890:a) Rui Barbosa; Plano Real.b) Plano Real; Fernando Henrique Cardoso.c) Encilhamento; Rui Barbosa.d) PAC; Guido Mantega. 4 As conseqncias do Encilhamento foram, exceto:a) Impulso na criao de novas fbricas.b) Inflao.c) Falncias.d) Crise econmica.5 A charge abaixo faz referncia a qual prtica poltica?

a) Voto secreto.b) Voto democrtico.c) Voto censitrio.d) Voto de cabresto.6 foi um sistema de poder poltico que vigorou na poca da Repblica Velha (1889-1930), caracterizado pelo enorme poder concentrado em mos de um poderoso local, geralmente um grande proprietrio, um dono de latifndio, um fazendeiro ou um senhor de engenho prspero.A descrio acima diz respeito a qual prtica poltica do incio da Repblica no Brasil?a) Federalismo.b) Coronelismo.c) Poltica do caf com leite.d) Republicanismo.7 Os dois primeiros presidentes da Repblica foram:a) Oficiais da marinha.b) Intelectuais.c) Militares do exrcito.d) Cafeicultores.Observe a charge abaixo, ela foi capa da revista Careta, de 1925 e responda as questes de 8 a 9.

8 - Qual denncia a charge faz?a) O domnio da presidncia da Repblica pelas oligarquias de Minas Gerais e So Paulo.b) A presidncia da Repblica era exclusivamente ocupada pelos militares.c) A hegemonia poltica dos estados da regio Sul sobre o governo federal.d) A excluso dos estados do norte da poltica nacional.9 O nome dessa prtica poltica ficou conhecido por:a) Federalismo.b) Coronelismo.c) Poltica do caf com leite.d) Clientelismo.Agora leia o texto a seguir, depois responda as opes de 10 a 12.O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro condenou o vereador de Varre-Sai Marcos Carneiro Ferreira (PP), por compra ilegal de votos, com pena de prestao de servio comunidade durante um ano, alm de multa. A pena ser cumprida preferencialmente em instituio hospitalar. O Tribunal comprovou que o vereador ofereceu chuteiras, mesa e seis cadeiras a eleitores para que votassem nele. O prefeito de Varre-Sai, Everardo Oliveira Ferreira (PP), tambm era ru na ao penal, mas foi absolvido por falta de provas. (Fonte: http://www.folhadointerior.com.br/v2/page/noticiasdtl.asp?t=CONDENADO+VEREADOR+DE+VARRE-SAI+POR+COMPRA+DE+VOTOS&id=64558 acesso em 21 fev. 2014).10 A prtica denunciada pelo texto chamada de:a) Troca de votos.b) Clientelismo.c) Coronelismo.d) Poltica dos governadores.11 O gnero do texto :a) Crnica.b) Artigo cientfico.c) Trecho de um livro.d) Notcia.12 Segundo o texto, a razo pela qual o vereador foi condenado :a) Ter oferecido dinheiro a eleitores.b) Ter oferecido materiais diversos para pessoas votarem nele.c) Desvio de recursos do municpio para fins particulares.d) Ter oferecido cargos pblicos para pessoas que votassem nele.13 Leia as frases a seguir:elite formada por grandes proprietrios rurais e pecuaristas. Os interesses sociais de grande parte da populao foram deixados de lado, sendo que a poltica era feita para garantir os interesses polticos e econmicos desse grupo.perodo, compreendido entre 1894 e 1930, os grandes proprietrios de terra utilizavam de sua influncia poltica e econmica para determinar os destinos da nao.A opo, cujo termo pode ser associado s definies acima :a) Monarquia.b) Anarquia.c) Republicanos.d) Oligarquia.14 Assinale a opo que contm aspectos introduzidos no pas pela Constituio de 1891.a) Monarquia, Voto censitrio.b) Voto universal para maiores de 21 anos; Federalismo.c) Voto Universal para maiores de 18 anos e Parlamentarismo.d) Presidencialismo e Voto Universal secreto.15 - Na Primeira Repblica (1889-1930), marcada por amplo domnio das oligarquias (grupos pequenos, detentores da fora econmica, do poder poltico e do prestgio social), o _______________conheceu sua mxima expresso no Pas. Foi o perodo em que os grupos dominantes nos Estados tiveram grande autonomia em relao ao poder central.A expresso que completa corretamente a lacuna :a) Republicanismo.b) Federalismo.c) Clientelismo.d) Coronelismo.Leia o texto em seguida e responda as questes de 16 a 17.Grande era a Canudos do meu tempo. Quem tinha roa tratava da roa na beira do rio. Quem tinha gado tratava do gado. Quem tinha mulher e filhos tratava da mulher e dos filhos. Quem gostava de rezar ia rezar. De tudo se tratava, porque a nenhum pertencia e era de todos, pequenos e grandes, na regra ensinada pelo peregrino" (Honrio Vilanova, sobrevivente da guerra).16 Quem era o peregrino citado no depoimento?____________________17 O que o texto nos revela sobre a produo e economia de Canudos?______________________________________________________18 Conflito armado travado entre o Governo e a populao de uma localidade no interior da Bahia, entre 1896 e 1897;a) Guerra de Canudos.b) Revolta da Chibata.c) Revolta da Vacina.d) Revolta da Armada.Leia o texto e responda as questes de 19 a 20....a populao miservel da regio agregou-se em torno do beato Conselheiro, que havia passado anos pelo serto pregando uma mistura de doutrina crist e religiosidade popular. Em 1893, os sertanejos fundam o arraial de Canudos, um povoado muito pobre que chegou a ter 5 mil casas e de 20 mil a 25 mil habitantes. (http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-foi-a-guerra-de-canudos acesso em 23 fev. 2014).19 Antnio Conselheiro conquistou muitos seguidores, por que:a) Era temido por todos.b) Forava as pessoas a segui-lo.c) Sua liderana tinha um carter messinico.d) Era muito querido pela populao, inclusive pelos coronis locais.20 Cite pelo menos trs razes que levaram as pessoas miserveis a seguirem Antnio Conselheiro.__________________________________________________________________________________________________________________21 Foram polticos responsveis pelas reformas urbanista e sanitria da cidade do Rio de Janeiro entre 1903 e 1904:a) Pereira Passos e Alusio de Azevedo.b) Rodrigues Alves e Pereira Passos.c) Oswaldo Cruz e Antnio Conselheiro.d) Oswaldo Cruz e Alusio de Azevedo.Agora leia o trecho do jornal O Paiz, do Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 1900, para responder as perguntas de 22 a 24. 22 Qual medida o texto aponta como sendo necessria para evitar a varola?________________________________________________________23 Qual era a causa do medo da populao em ser vacinada?______________________________________________________24 O mdico responsvel pela campanha da vacina obrigatria foi:a) Rodrigues Alvesb) Euclides da Cunha.c) Pereira Passos. d) Oswaldo Cruz.25 A charge abaixo foi capa da revista O Malho, de 1904. Qual acontecimento ela satiriza? E quais foram as consequncias do fato retratado?

ANEXO 06Revolta Da Armada - 1893O controle dos militares durante os primeiros anos da Repblica no manifestava a total convergncia desta classe em torno dos mesmos interesses. No governo de Floriano Peixoto, a renovao dos quadros polticos nacionais e regionais abria espao para a ascenso dos civis ao poder, sobretudo dos grandes cafeicultores ligados ao Partido Republicano Paulista (PRP). Tal medida desagradava muitos militares, principalmente da Marinha, que defendiam a manuteno dos militares frente ao governo.Foi nesse contexto que o almirante Saldanha da Gama e Custdio de Mello, ento Ministro da Marinha, arquitetaram um movimento contra o governo Floriano Peixoto. Para justificar sua ao, os revoltosos denunciavam a ilegalidade do governo de Floriano. De acordo com o texto constitucional, o vice-presidente s poderia assumir o governo aps dois anos de cumprimento do mandato presidencial, caso contrrio, novas eleies deveriam ser preparadas.Floriano Peixoto, que assumiu aps alguns meses do governo de Deodoro da Fonseca, alegava que essas orientaes constitucionais no se aplicavam ao seu governo, pois o mesmo foi instaurado pelo voto indireto. Mesmo apresentando tal justificativa, os militares insatisfeitos trataram de organizar os navios em seu poder e apontar seus canhes em direo Capital Federal. Floriano Peixoto, confiante com o apoio poltico que possua, decidiu no ceder s imposies da Armada.Dessa maneira, em 13 de setembro de 1893, os navios sob o poder dessa revolta abriram fogo contra a cidade do Rio de Janeiro. At maro do ano seguinte os conflitos se desenvolveram com a resposta terrestre dada pelas fortalezas e exrcitos que defendiam o mandato florianista. Diversos voluntrios se apresentaram para defender o governo, tendo grande importncia ao proteger a regio de praia da cidade e impedindo que os revolucionrios desembarcassem.Alguns dos participantes da revolta, ainda tentando resistir s tropas governamentais, abriram novas frentes de batalha na regio sul. Esse novo foco de resistncia apareceu graas aos participantes da Revoluo Federalista que ocorria no Rio Grande do Sul. O governo acabou sufocando esses dois levantes com apoio das classes mdias e dos cafeicultores paulistas. Prestigiado por suas amplas alianas polticas, Floriano Peixoto o marechal de ferro tornou-se um defensor da Repblica.O que foiA Revolta da Armada foi um movimento de rebelio ocorrido em 1893 e liderado por algumas unidades da Marinha Brasileira contra o governo do presidente Floriano Peixoto.Causas:- Interesses, divergncias e disputas entre grupos polticos no comeo da Repblica Velha;- Aps a renncia do presidente Deodoro da Fonseca em 1891, ao assumir, Floriano Peixoto destituiu todos os governadores que apoiavam Deodoro. Este fato gerou divergncias polticas;- Alguns grupos militares, principalmente da Marinha, eram contrrios a ascenso poltica de civis, promovida pelo governo de Floriano Peixoto;- Pouco prestgio poltico, no mbito federal, da Marinha em relao ao Exrcito;- Os militares revoltosos da Marinha contestavam a legalidade do governo Floriano, pois a Constituio dizia que o vice-presidente s poderia assumir o cargo aps dois anos de mandato do presidente. Como a renncia de Deodoro aconteceu antes de dois anos de mandato, os revoltosos contestaram a legalidade constitucional do governo Floriano; Lderes da revolta:- Almirante Custdio de Melo- Almirante Luiz Filipe Saldanha da GamaParticipantes:- Oficiais da Marinha Brasileira.- Jovens integrantes da Marinha.- Pessoas que defendiam o regime monarquista e que estavam insatisfeitas com o fim da Monarquia.Objetivos:- Os revoltosos eram contrrios s mudanas polticas patrocinadas por Floriano Peixoto;- Convocao dos eleitores para eleies que pudessem escolher novos governadores;-Os revoltosos queriam a manuteno dos militares no poder.Acontecimentos e como terminouEm 13 de setembro de 1894, navios de guerra da Marinha, em posse de militares integrantes da revolta, bombardearam a cidade do Rio de Janeiro, ento capital do Brasil. O governo Floriano no cedeu, organizou o Exrcito e resistiu revolta. A defesa do litoral impediu o desembarque dos revoltosos.Aps muitos conflitos armados, o governo debelou a rebelio em maro de 1894.Revoluo FederalistaA Revoluo Federalista um movimento revoltoso desenvolvido entre faces polticas rivais encontradas no governo do Rio Grande do Sul. Durante o governo de Floriano Peixoto houve uma remodelao dos quadros governamentais com a deposio de todos os polticos prximos figura de Deodoro da Fonseca. Essa mesma ao poltica foi estendida esfera estadual, onde os governadores pr-Deodoro foram substitudos por representantes simpticos ao novo governo.Essa transformao nos quadros do poder atingiu o Estado do Rio Grande do Sul, onde dois partidos polticos disputavam o poder entre si. De um lado, o Partido Republicano Rio-Grandense (PRP) era favorvel ao republicanismo positivista e apoiava o novo governo de Jlio de Castilhos, aliado de Floriano. Do outro, o Partido Federalista (PF) era composto por integrantes contrrios ao governo Jlio de Castilhos e defensores da maior autonomia dos estados por meio de um regime parlamentarista.A diferena de perspectiva poltica entre esses dois grupos polticos somente piorou com a imposio do governador Julio de Castilhos. Inconformados com a imposio presidencial, os federalistas liderados por Gaspar Silveira Martins e Gumercindo Saraiva pegaram em armas para exigir a anulao do governo castilhista, em fevereiro de 1893. A rpida reao das tropas governamentais acabou obrigando os federalistas a recuarem para regies do Uruguai e da Argentina.A reao dos federalistas foi articulada com a conquista da cidade sulista de Bag. Realizando ataques surpresa em diferentes pontos do estado, os revoltosos conseguiram avanar no territrio nacional tomando regies em Santa Catarina e no Paran. Naquele mesmo ano, a Revolta da Armada, ocorrida no Rio de Janeiro, se uniu causa dos federalistas gachos conquistando a regio de Desterro, em Santa Catarina.Mesmo com o apoio dos militares cariocas, a tentativa de golpe acabou enfraquecendo. O apoio ao governo de Floriano Peixoto contava com setores muito mais significativos da populao. Dessa maneira, a tentativa de golpe acabou no se consolidando. No entanto, a violncia empregada nos confrontos, marcada por cerca de 10.000 mortes, deixou a Revoluo Federalista popularmente conhecida como a revoluo da degola.Em junho de 1895, os conflitos da revoluo chegaram ao fim com as lutas ocorridas no campo de Osrio. O federalista Saldanha da Gama lutou at a morte com os ltimos quatrocentos homens remanescentes em suas tropas. Para dar fim a outros possveis levantes, um acordo de paz foi assinado, em agosto de 1895, concedendo anistia a todos os que participaram do conflito.O que foi A Revoluo Federalista foi um conflito de carter poltico, ocorrido no Rio Grande do Sul entre os anos de 1893 e 1895, que desencadeou uma revolta armada. A revolta atingiu tambm o Paran e Santa Catarina. Causas da Revoluo Federalista- Insatisfao dos federalistas com o domnio poltico de Jlio de Castilhos (presidente do RS) do Partido Republicano Riograndense.- Disputa poltica entre dois grupos polticos gachos: Os chimangos (pica-paus) eram defensores do governo de Jlio de Castilhos, da centralizao poltica, do presidencialismo, do positivismo e do governo federal. J os maragatos (federalistas) queriam tirar Jlio de Castilhos do poder do RS, implantar um sistema descentralizado, baseado no parlamentarismo. Os federalistas eram tambm contrrios poltica implantada pelo governo federal aps a Proclamao da Repblica e exigiam uma reviso da constituio. Incio, desenvolvimento e fim da revoltaEm fevereiro de 1893, os federalistas pegaram em armas para derrubar o governo de Jlio de Castilhos. Floriano Peixoto, presidente do Brasil, se colocou ao lado do governo gacho. O conflito acabou tomando mbito nacional, pois os opositores de Floriano passaram a defender o movimento federalista no RS. Os federalistas tiveram algumas vitrias no comeo do movimento. Sob a liderana de Gumercindo Saraiva, os federalistas avanaram sobre Santa Catarina. Em janeiro de 1894, os federalistas se uniram aos participantes da Revolta da Armada. Entraram no estado do Paran e tomaram a cidade de Curitiba. No final de 1894, o movimento federalista perdeu fora. Na batalha da Lapa, no Paran, as foras federais de Floriano Peixoto venceram os revoltosos. Com a chegada de tropas paulistas, os federalistas tiveram que recuar. A paz foi assinada em 23 de agosto de 1895, na cidade de Pelotas, e selou a derrota dos federalistas. Concluso A Revoluo Federalista, embora no tenha conquistado seus objetivos, nos mostra que a Proclamao da Repblica e seu sistema poltico no foram aceitos de forma unnime no Brasil. Alguns grupos polticos contestaram, inclusive de forma armada, o regime republicano, o positivismo, a centralizao de poder e a presena das oligarquias nos governos estaduais. Portanto, a Revoluo Federalista pode ser compreendida dentro deste contexto histrico de insatisfao com o regime republicano, recm-instalado no pas aps o 15 de novembro de 1889.GUERRA DE CANUDOSA Guerra de Canudos tida como um dos principais conflitos que marcam o perodo entre a queda da monarquia e a instalao do regime republicano no Brasil. No entanto, antes de sabermos maiores detalhes sobre a formao do Povoado de Canudos e o incio das batalhas, devemos contemplar algumas passagens da vida de seu principal lder: Antnio Conselheiro.Nascido na vila de Quixeramobim, no interior do Cear, Antnio Vicente Mendes Maciel cresceu em uma famlia de padro de vida mediano. Durante sua infncia teve uma educao diversa que lhe ofereceu contato com a geografia, a matemtica e as lnguas estrangeiras. Aos vinte e sete anos, depois da morte de seu pai, assumiu os negcios da famlia. No obtendo sucesso, abandonou a atividade. Na mesma poca, casou-se com uma prima e exerceu funes jurdicas nas cidades de Campo Grande e Ipu.Com o abandono da mulher, Antnio comeou a vaguear pelo serto nordestino. Em seguida, envolveu-se com uma escultora chamada Joana Imaginria, com quem acabou tendo um filho. Em 1865, Conselheiro abandonou a mulher e o filho e retornou sua peregrinao sertaneja. Nessas andanas, comeou a construir igrejas, cemitrios e teve sua figura marcada pela barba grisalha, a bata azul, sandlias de couro e a mo apoiada em um bordo.Nessa poca, sob a perspectiva de algum influenciado pelas contrariedades pessoais e os problemas socioeconmicos do serto, Antnio Conselheiro iniciou uma pregao religiosa defensora de um cristianismo primitivo. Defendia que os homens deveriam se livrar das opresses e injustias que lhes eram impostas, buscando superar os problemas de acordo com os valores religiosos cristos. Com palavras de f e justia, Conselheiro atraiu muitos sertanejos que se identificavam com a mensagem por ele proferida.Desde o incio, autoridades eclesisticas e setores dominantes da populao viam na renovao social e religiosa de Antnio Conselheiro uma ameaa ordem estabelecida. Em 1876, autoridades lhe prenderam alegando que ele havia matado a mulher e a me, e o enviaram de volta para o Cear. Depois de solto, Conselheiro se dirigiu ao interior da Bahia. Com o aumento do seu nmero de seguidores e a pregao de seus ideais contrrios ordem vigente, Conselheiro fundou em 1893 uma comunidade chamada Belo Monte, s margens do Rio Vaza-Barris.Consolidando uma comunidade no sujeita ao mando dos representantes do poder vigente, Canudos, nome dado comunidade por seus opositores, se tornou uma ameaa ao interesse dos poderosos. De um lado, a Igreja atacava a comunidade alegando que os seguidores de Conselheiro eram apegados heresia e depravao. Por outro, os polticos e senhores de terra, com o uso dos meios de comunicao da poca, diziam que Antnio Conselheiro era monarquista e liderava um movimento que almejava derrubar o governo republicano, instalado em 1889.Incriminada por setores influentes e poderosos da sociedade da poca, Canudos foi alvo das tropas republicanas. Ao contrrio das expectativas do governo, a comunidade conseguiu resistir a quatro investidas militares. Somente na ltima expedio, que contava com metralhadoras e canhes, a populao apta para o combate (homens e rapazes) foi massacrada. A comunidade se reduziu a algumas centenas de mulheres, idosos e crianas. Antonio Conselheiro, com a sade fragilizada, morreu dias antes do ltimo combate. Ao encontrarem seu corpo, deceparam sua cabea e a enviaram para que estudassem as caractersticas do crnio de um louco fantico.Causas da Guerra: O governo da Bahia, com apoio dos latifundirios, no concordavam com o fato dos habitantes de Canudos no pagarem impostos e viverem sem seguir as leis estabelecidas. Afirmavam tambm que Antnio Conselheiro defendia a volta da Monarquia. Por outro lado, Antnio Conselheiro defendia o fim da cobrana dos impostos e era contrrio ao casamento civil. Ele afirma ser um enviado de Deus que deveria liderar o movimento contra as diferenas e injustias sociais. Era tambm um crtico do sistema republicano, como ele funcionava no perodo. Os conflitos militares Nas trs primeiras tentativas das tropas governistas em combater o arraial de Canudos nenhuma foi bem sucedida. Os sertanejos e jagunos se armaram e resistiram com fora contra os militares. Na quarta tentativa, o governo da Bahia solicitou apoio das tropas federais. Militares de vrias regies do Brasil, usando armas pesadas, foram enviados para o serto baiano. Massacraram os habitantes do arraial de Canudos de forma brutal e at injusta. Crianas, mulheres e idosos foram mortos sem piedade. Antnio Conselheiro foi assassinado em 22 de setembro de 1897.Significado do conflitoA Guerra de canudos significou a luta e resistncia das populaes marginalizadas do serto nordestino no final do sculo XIX. Embora derrotados, mostraram que no aceitavam a situao de injustia social que reinava na regio.

Revolta da VacinaNo incio do sculo XX, a cidade do Rio de Janeiro era a capital do Brasil. Estava crescendo desordenadamente. Sem planejamento, as favelas e cortios predominavam na paisagem. A rede de esgoto e coleta de lixo era muito precria, as vezes inexistente. Em decorrncia disto, dezenas de doenas se proliferavam na populao, como Tifo, Febre Amarela, Peste Bubnica, Varola, entre outras enfermidades.Oswaldo CruzVendo a situao piorar cada dia mais, o ento presidente Rodrigues Alves decide fazer uma reforma no centro do Rio, implementando projetos de saneamento bsico e urbanizao. Ele designa Oswaldo Cruz, bilogo e sanitarista, para ser chefe do Departamento Nacional de Sade Pblica, que juntamente com o prefeito Pereira Passos, comeam a reforma.A reforma inclua a demolio das favelas e cortios, expulsando seus moradores para as periferias, a criao das Brigadas Mata-Mosquitos, que eram grupos de funcionrios do servio sanitrio e policiais que invadiam as casas, matando os insetos encontratos, etc. Essas medidas tomadas causaram revolta na populao, e com a aprovao da Campanha da Vacinao Obrigatria, que obrigava as pessoas a serem vacinadas (os funcionrios responsveis pelo servio tinham que vacinar as pessoas mesmo que elas no quisessem), a situao piorou. A populao comeou a fazer ataques cidade, destruir bondes, prdios, trens, lojas, bases policiais, etc. Esse episdio da histria brasileira ficou conhecido ento como Revolta da Vacina.Mais tarde, os cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha tambm se voltaram contra a lei da vacina. A revolta popular fez com que o governo suspendesse a lei, no sendo mais obrigatria. Para finalizar a rebelio, Alves coloca nas ruas o exrcito, polcia e marinha.Ao final da revolta, o governo recomea a vacinao da populao, tendo como resultado a erradicao da varola na cidade.O que foi A Revolta da Vacina foi uma revolta popular ocorrida na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. Ocorreram vrios conflitos urbanos violentos entre populares e foras do governo (policiais e militares). Causas principais A principal causa foi a campanha de vacinao obrigatria contra a varola, realizada pelo governo brasileiro e comandada pelo mdico sanitarista Dr. Oswaldo Cruz. A grande maioria da populao, formada por pessoas pobres e desinformadas, no conheciam o funcionamento de uma vacina e seus efeitos positivos. Logo, no queriam tomar a vacina. - O clima de descontentamento popular com outras medidas tomadas pelo governo federal, que afetaram principalmente as pessoas mais pobres. Entre estas medidas, podemos destacar a reforma urbana da cidade do Rio de Janeiro (ento capital do Brasil), que desalojou milhares de pessoas para que cortios e habitaes populares fossem colocados abaixo para a construo de avenidas, jardins e edifcios mais modernos. O que aconteceu durante a revolta Muitas pessoas se negavam a receber a visita dos agentes pblicos que deviam aplicar a vacina, reagindo, muitas vezes, com violncia. Prdios pblicos e lojas foram atacados e depredados; Trilhos foram retirados e bondes (principal sistema de transporte da poca) foram virados.Reao do governo e consequncias - O governo federal suspendeu temporariamente a vacinao obrigatria. O governo federal decretou estado de stio na cidade (suspenso temporria de direitos e garantias constitucionais). Com fora policial, a revolta foi controlada com vrias pessoas presas e deportadas para o estado do Acre. Houve tambm cerca de 30 mortes e 100 feridos durante os conflitos entre populares e foras do governo. Controlada a situao, a campanha de vacinao obrigatria teve prosseguimento. Em pouco tempo, a epidemia de varola foi erradicada da cidade do Rio de Janeiro.

Revolta da ChibataA Revolta da Chibata ocorreu durante o governo de Hermes da Fonseca, em 1910. Foi um levante de cunho social, realizado em subdivises da Marinha, sediadas no Rio de Janeiro. O objetivo era por fim s punies fsicas a que eram submetidos os marinheiros, como as chicotadas, o uso da santa-luzia e o aprisionamento em celas destinadas ao isolamento. Os marinheiros requeriam tambm uma alimentao mais saudvel e que fosse colocada em prtica a lei de reajuste de seus honorrios, j votada pelo Congresso. De todos os pedidos requeridos, o que mais afligia os marujos eram os constantes castigos a que eram sujeitos. Esta situao revoltou os marinheiros, que eram obrigados, por seus comandantes, a assistir a todas as punies aplicadas, para que elas servissem de exemplo. Os soldados se juntavam e ao estampido de tambores traziam o rebelado, despido na parte de cima e com as mos atadas, iniciando o castigo.A sublevao deu-se quando um marinheiro de nome Marcelino Rodrigues levou 250 chicotadas por ter machucado um companheiro da Marinha no interior do navio de guerra denominado Minas Gerais, que se encontrava a caminho do Rio de Janeiro. Os rebelados assassinaram o capito do navio e mais trs militares. Enquanto isso, na Baa de Guanabara, os insurgentes conseguiram a adeso dos marujos da nau So Paulo.O condutor da insurreio, Joo Cndido - o clebre Almirante Negro , foi o responsvel por escrever a missiva com as solicitaes exigidas para o fim da revolta.O presidente Hermes da Fonseca percebeu que no se tratava de um blefe e decidiu ceder diante do ultimato dos insurgentes. Os marinheiros confiaram no presidente, entregaram as armas e os navios rebelados, mas com o trmino do conflito o governante no cumpriu com a sua palavra e baniu alguns marinheiros que haviam feito parte do motim. Os marinheiros no se omitiram diante deste fato, estourando outro levante na Ilha das Cobras, o qual foi severamente abafado pelas tropas do governo. Muitos marujos morreram, outros tantos foram banidos da Marinha. Quanto a Joo Cndido, foi aprisionado e atirado em um calabouo na Ilha das Cobras. Quando se livrou da priso, encontrava-se emocionalmente amargurado, considerado at mesmo meio alucinado. Em 1912 ele foi julgado e considerado inocente. Historicamente ficou conhecido como o Almirante Negro, aquele que aboliu o uso da chibata na Marinha brasileira.A Revolta da Chibata foi um importante movimento social ocorrido, no incio do sculo XX, na cidade do Rio de Janeiro. Comeou no dia 22 de novembro de 1910. Neste perodo, os marinheiros brasileiros eram punidos com castigos fsicos. As faltas graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta situao gerou uma intensa revolta entre os marinheiros. Causas da revolta O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a punio, que ocorreu na presena dos outros marinheiros, desencadeou a revolta. O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais trs oficiais. J na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraado So Paulo. O clima ficou tenso e perigoso. Reivindicaes O lder da revolta, Joo Cndido (conhecido como o Almirante Negro), redigiu a carta reivindicando o fim dos castigos fsicos, melhorias na alimentao e anistia para todos que participaram da revolta. Caso no fossem cumpridas as reivindicaes, os revoltosos ameaavam bombardear a cidade do Rio de Janeiro (ento capital do Brasil). Segunda revolta Diante da grave situao, o presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar o ultimato dos revoltosos. Porm, aps os marinheiros terem entregues as armas e embarcaes, o presidente solicitou a expulso de alguns revoltosos. A insatisfao retornou e, no comeo de dezembro, os marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das Cobras. Esta segunda revolta foi fortemente reprimida pelo governo, sendo que vrios marinheiros foram presos em celas subterrneas da Fortaleza da Ilha das Cobras. Neste local, onde as condies de vida eram desumanas, alguns prisioneiros faleceram. Outros revoltosos presos foram enviados para a Amaznia, onde deveriam prestar trabalhos forados na produo de borracha. O lder da revolta Joo Cndido foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido das acusaes junto com outros marinheiros que participaram da revolta. Concluso: podemos considerar a Revolta da Chibata como mais uma manifestao de insatisfao ocorrida no incio da Repblica. Embora pretendessem implantar um sistema poltico-econmico moderno no pas, os republicanos trataram os problemas sociais como casos de polcia. No havia negociao ou busca de solues com entendimento. O governo quase sempre usou a fora das armas para colocar fim s revoltas, greves e outras manifestaes populares.Guerra do Contestado

Conflito que surgiu entre 1912 e 1916, em uma rea povoada por sertanejos, entre as fronteiras do Paran e Santa Catarina. Eram pessoas muito pobres, oprimidas, que no possuam terras e tambm padeciam com a escassez de alimentos. Subsistiam sob a opresso dos grandes fazendeiros e de duas empreendedoras americanas que operavam ali a Brazil Railway, responsvel pela implantao da via ferroviria que uniu o Rio Grande a So Paulo, e uma madeireira.A Brazil Railway obteve do governo, como forma de remunerao pelos servios prestados, o equivalente a 15 mil metros de terras, uma em cada margem da estrada de ferro, as quais tinham que ser obrigatoriamente povoadas por estrangeiros. Porm, o que a Brazil Railway mais queria era tirar proveito da riqueza da floresta nativa ali existente, que ostentava sua erva-mate, seus pinheiros e imbuias. As empresas empregaram os imigrantes nos trabalhos com a estrada de ferro e na explorao de madeira. Deram incio ento retirada forada dos nativos, que ocupavam ilegalmente um pedao de terra, na qual trabalhavam para que se tornasse frtil.Essa atitude revoltou os sertanejos e foi o estopim para o conflito, que se destacou por sua caracterstica scio-poltica. A Guerra do Contestado colocou os nativos contra o governo, as multinacionais e as oligarquias. Os sertanejos encontraram o apoio que precisavam nos monges religiosos que peregrinavam pelo serto pregando a palavra de Deus , figuras muito respeitadas por esse povo. No ano de 1912, um monge, conhecido como Jos Maria (foto), une-se aos sertanejos revoltados, institui vrios povoados com autoridade prpria e igualdade social, ignorando a partir de ento qualquer mandado vindo da parte de alguma autoridade da Repblica Velha. Esses povoados ficaram conhecidos como Contestado e o conflito ganhou feio messinica, sendo conhecido tambm como Guerra Santa. Jos Maria era estimado pelos seus seguidores - pessoas socialmente desprovidas de tudo - como uma alma boa que surgira para restabelecer a sade dos adoentados e desprovidos. O costume do monge, de anotar as qualidades curativas das plantas que achava nas redondezas, o ajudou a construir no lote de um dos administradores uma botica, para melhorar a assistncia de quem o procurasse.O governo federal no viu com bons olhos o trabalho de Jos Maria, que passou a representar um risco para a ordem e segurana da regio. Ele e seus seguidores foram severamente reprimidos pelas multinacionais e pela guarda armada do governo federal. Eles pretendiam dar fim aos povoados sertanejos e obrig-los a sair por bem ou por mal dos territrios dos quais haviam tomado posse. No ms de novembro de 1912 ocorreu a batalha de Irani, o qual marcou este conflito e desencadeou na morte do monge Jos Maria. Os sertanejos, inconformados com a morte de seu lder, partem para o extremo, dando incio a uma guerra civil. Novas sedes foram constitudas por seus sectrios, que at este momento no pensavam em se render, mas sim em continuar lutando, desgostando o governo federal que, vido por acabar definitivamente com esta guerra, resolve usar todo seu poderio militar e abater as ltimas fortificaes resistentes, utilizando para este fim um grande contingente de soldados equipados com fuzis, canhes, metralhadoras e avies, nunca antes usados em uma ao blica desta magnitude.A Guerra do Contestado acabou com a capitulao dos revoltosos e muitas mortes, pois os mesmos resistiram bravamente antes de se dar por vencidos.Causas da Guerra do ContestadoA Brasil Railway foi a empresa responsvel pela implantao da via ferroviria que fazia a ligao entre os dois estados, e como forma de remunerao pelos servios prestados o governo cedeu a mesma o equivalente a mil metros de terras, um em cada margem da ferrovia, e essas deveriam ser, obrigatoriamente, povoadas por povos estrangeiros. Porm, o interesse da empresa ia alm disso, o que ela queria na verdade era se aproveitar da riqueza da floresta nativa e enriquecer ainda mais. Para isso ela utilizava muitos imigrantes, que trabalhavam tanto na estrada de ferro quanto na explorao da floresta. Isso deu incio a expulso forada de inmeros nativos que ocupavam, mesmo que de forma legal, aquela parte da terra, e que trabalhavam na terra para que ela pudesse ser frtil.Como muitas famlias perderam suas terras para a construo da linha ferroviria, o nmero de camponeses desempregados se tornou ainda maior, pois agora eles no tinham mais onde trabalhar. Esse foi um dos primeiros motivos para a revolta acontecer. Alm disso, quando uma grande parte da regio foi comprada por uma empresa madeireira, ligada a um grupo de pessoas da empresa ferroviria que tinham interesse na exportao da madeira, muitas famlias foram expulsas de suas terras, o que deu a essas pessoas mais motivos ainda para se revoltarem.A situao ficou ainda mais difcil depois que a estrada de ferro se deu por encerrada. Os trabalhadores que trabalharam em sua construo, oriundos de diversas partes do pas, se viram desempregados e sem nenhum apoio por parte da empresa norte-americana. Sem saber o que fazer eles continuaram por algum tempo na regio esperando que a empresa ou o governo pudesse lhes dar algum apoio, o que no aconteceu.Essas atitudes resultaram no estopim do conflito, que colocou os nativos contra as multinacionais, o governo e as oligarquias. Buscando por apoio, os sertanejos se depararam com monges, religiosos que faziam peregrinaes pelo serto pregando a palavra de Deus, eles eram respeitados pelo povo, que os via como uma certa autoridade.Revolta Dos 18 Do Forte De CopacabanaConhecida como uma das primeiras manifestaes do movimento tenentista, o Levante do Forte de Copacabana foi uma das mais significativas demonstraes de crise da hegemonia oligrquica. Esta revolta foi ambientada no ano de 1922, perodo em que acontecia a campanha de sucesso ao governo do presidente Epitcio Pessoa. A disputa eleitoral envolveu Artur Bernardes, representante da oligarquia paulista, e Nilo Peanha, apoiado pelos militares e oligarcas dissidentes do Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia. Derrotados na disputa eleitoral, os tenentes se sentiram profundamente frustrados com a perpetuao de mais um representante das oligarquias. Foi nesse momento que uma srie de cartas falsas, supostamente escritas por Artur Bernardes, dirigia vrias crticas ao poltica dos oficiais do exrcito. Ao mesmo tempo, havia um descontentamento geral contra o novo governo em uma poca em que a populao sentia profundamente as mazelas causadas pelo conservadorismo poltico-econmico dos oligarcas.Nesse clima de insatisfao geral, alguns militares de baixa patente organizaram levantes em instalaes militares do Rio de Janeiro, Mato Grosso e Niteri. Na verdade, a agitao desse militares somente tomou corpo depois que o marechal Hermes da Fonseca foi preso aps criticar o processo eleitoral que garantiu a vitria de Artur Bernardes. Entre os diversos focos de revolta, o mais grave aconteceu na capital, no interior das instalaes do Forte de Copacabana, em cinco de julho de 1922.Controlados sob a liderana de Euclides Hermes da Fonseca (filho do marechal) e Siqueira Campos, os militares amotinados apontaram seus canhes em diferentes pontos do Rio de Janeiro. Segundo relato, a inteno desses revoltosos era de tomar o Palcio do Catete e colocar Hermes da Fonseca como presidente provisrio. Nesse meio tempo, os votos da ltima eleio seriam recontados para que se acabassem as suspeitas de fraude que marcaram aquela disputa.Temendo o poder de reao do governo, os lderes do Forte permitiram que aqueles soldados que no quisessem participar do levante sassem do local. De todos os 300 amotinados ali encontrados, somente vinte e oito resolveram permanecer no conforto. Com a imensa desero acontecida, Euclides Hermes da Fonseca resolveu sair do Forte para tentar negociar com o governo. Aps sua sada, foi imediatamente preso e o prdio bombardeado pelas tropas governamentais.A intensificao dos ataques forou o pequeno grupo a abandonar o Forte de Copacabana. Entre todos os participantes, somente dezessete resolveram seguir em frente com o arriscado plano. A caminho do palcio, os militares ganharam o apoio de um civil chamado Otvio Pessoa. Assim, os 18 do Forte saram pela Praia de Copacabana dispostos a enfrentar as tropas do governo. No confronto, dezesseis deles foram mortos. Eduardo Gomes e Siqueira Campos acabaram presos.Apesar da eficiente represlia das tropas oficiais, o evento dos 18 do Forte inspirou outros indivduos ligados ao Exrcito a darem continuidade ao movimento tenentista. Dois anos mais tarde, novos incidentes envolvendo os militares mostrariam, mais uma vez, a crise que acometia os grupos polticos vinculados s oligarquias. Sinais de que os anseios polticos da poca passavam por uma sria transformao e que os cafeicultores no poderiam assegurar sua prpria hegemoniaO que foi:A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana foi uma revolta tenentista ocorrida na cidade do Rio de Janeiro (capital do Brasil na poca) em 5 de julho de 1922. Foi a primeira revolta tenentista da Repblica Velha. Teve a participao de 17 militares e um civil.Causas: Descontentamento dos tenentes com o monoplio poltico do poder no Brasil por parte das oligarquias (principalmente ricos fazendeiros) de Minas Gerais e So Paulo. Derrota do candidato fluminense Nilo Peanha (apoiado pela maioria dos militares do Rio de Janeiro) para Arthur Bernardes (apoiado pela oligarquia de So Paulo). Priso do Marechal Hermes da Fonseca, ex-presidente do Brasil e presidente do Clube Militar. A priso de Hermes da Fonseca foi solicitada pelo presidente da Repblica Epitcio Pessoa (tambm representante das oligarquias), pois o Marechal havia criticado o processo eleitoral que deu a vitria a Arthur Bernardes. Descontentamento dos tenentistas com as fraudes eleitorais que ocorriam no Brasil na poca da Repblica Velha. Fechamento do Clube Militar.Objetivos: Queriam o fim da Repblica Velha e do domnio das oligarquias no poder. Os militares, principalmente de baixa patente, defendiam um sistema poltico democrtico para o Brasil. Sistema eleitoral justo, ou seja, sem fraudes (compra de votos, falsificaes e uso da violncia nas eleies).Como foi o movimento (acontecimentos): Embora o movimento tivesse sido planejado em vrias unidades militares, somente o Forte de Copacabana e a Escola Militar se levantaram no dia 5 de julho de 1922. O forte foi bombardeado e a rendio dos rebeldes foi exigida. O tenente Siqueira Campos e um grupo de militares rebeldes pegaram armas e marcharam pelas ruas em direo ao Palcio do Catete (sede do governo federal na poca). Durante a marcha alguns militares desistiram, ficando apenas 17 que receberam o apoio na rua de um civil, totalizando 18. Os rebeldes foram cercados pela tropa do Governo Federal. Aps forte tiroteio em frente ao posto 3 da praia de Copacabana, somente Siqueira Campos e Eduardo Gomes sobreviveram e foram presos. Os outros dezesseis integrantes do movimento foram mortos no combate.