Sessão de Anatomia Clínica Hipertensão pulmonar (Streptococcus Grupo B?) Brasília, 25 de maio de...

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Sessão de Anatomia Clínica Hipertensão pulmonar (Streptococcus Grupo B?) Brasília, 25 de maio de 2011 www.paulomargotto.com.br Coordenação: Paulo R. Margotto Patologista: Dra. Regina Froz Internas: Luciana Meister Núbia Mendonça Medicina/ESCS - 6° Ano SES-DF/HRAS

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Sessão de Anatomia ClínicaHipertensão pulmonar (Streptococcus Grupo B?)

Brasília, 25 de maio de 2011www.paulomargotto.com.br

Coordenação: Paulo R. MargottoPatologista: Dra. Regina Froz

Internas: Luciana MeisterNúbia Mendonça

Medicina/ESCS - 6° AnoSES-DF/HRAS

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Dda Núbia, Dr. PauloR. Margotto e Dda. Luciana

Dda Klésia, Ddo Amadeu, Dr. Paulo R. Margotto, DdaNúbia e Ddo Caio César

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• 24/01/11, às 13h20min:• Nascido 2º gêmeo (dicoriônico), de parto cesáreo,

apresentação pélvica, extração manual difícil, sexo F, não chorou. G3, P1, C1, A0

• Apgar: 3 - 8. Peso=2418g, estatura=44,4cm, PC=33cm. Idade pelo exame físico: 34+2. AIG

• Necessitou aspiração + ventilação por pressão positiva, com recuperação gradual.

• Evoluiu com hipoperfusão completa, desconforto respiratório moderado e gemência, sendo colocado em CPAP a 40% com pressão de +5cmH20.

Caso Clínico

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• Após 5 horas do nascimento: CPAP 100%, com piora no esforço, palidez cutânea, gemente, taquicárdico.

• RX: de má qualidade, evidencia cardiomegalia. Parece haver infiltrados à esquerda.

• CD: Iniciado ampicilina + gentamicina (sem frasco para hemocultura)expansão volêmica (1ª) e dobutamina (10).

Caso Clínico

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• Com 6 horas de vida, devido à piora clínica, o recém-nascido (RN) foi para UTI. Foi intubado (100%, FR40, P= 20x5, TI=0,35), feito push de DormonidR e iniciado fentanil (0,5).

• Houve melhora do quadro, com Saturação de O2 de 95%

Caso Clínico

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• Com 8 horas de vida, segue grave, SatO2 80-85%. Fentanil (0,5), Dobuta (10).

• Após expansão volêmica, mucosa oral pouco hidratada, pálido (+/4+), perfusão ruim, pulsos presentes, porém finos. PA = 55x30x18.

• Gasometria: pH 7,21; pCO2 46,5; pO2 37,5; HCO3- 16,7;

BE -8,4; SatO2 80,3%. Hb 14,1;

• Rx de tórax: cardiomegalia (cardiopata?)• Devido à piora clínica, foi repetida a expansão (2ª) e

iniciada dopamina(5).

Caso Clínico

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• Com 10 horas de vida, Rx após intubação: TOT em T2, opacidade em HTE(?), cateter umbilical venoso alto e arterial acima do diafragma, cardiomegalia.

• Segue em VM 100%, mesmos parâmetros. Sat O2 88%, hidratado, mais corado, melhora da perfusão em relação exame anterior, melhora dos pulsos. Dopa (5), Dobuta (10). Diurese 65g. PA 57x31x18.

• CD: Tracionado cateter venoso (1 cm), introduzido cateter umbilical (1cm). Discutido: aumentar dopa para 10, nova PA 1h após avaliar uso da adrenalina.

• HC: Hb:15,1-Htc:42,1, NT: 20737 , NI: 2330 , R I/T: 0,11N.

Caso Clínico

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• Com 12 horas de vida, RN segue grave, em aumento dos parâmetros da VM. Prescrito ProstinR (0,03).

• Gaso: pH 7,03, pCO2 81,8, pO2: 19,7, HCO3- 13,5,

BE: -8,9. Sat O2 30,4%Hb 15,2; Glicose: 193; lactato: 5,2

• CD: Diante da gasometria e persistência de RN apresentar mucosas secas: fazer nova expansão e mudar parâmetros VM para: PI 28, FR 60, TI 0,33.

Caso Clínico

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• Com 18 horas de vida, RN gravíssimo, diurese total 3ml/kg/h, repetido expansão; Rx de tórax evidenciando TOT alto, broncograma aéreo em pulmão esquerdo. Decidido pela Equipe fazer 1ª de surfactante pulmonar exógeno. Aumento fentanil para 1,5 e associado DormonidR 0,8.

• Realizado Ecocardiograma: CIA com moderada repercussão hemodinâmica; Hipertensão da artéria pulmonar importante (80mmHg)

• CD: Iniciado bicarbonato de sódio . Considerado uso de Sildenafil.

Caso Clínico

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• Com 28 horas de vida, RN segue grave, porém com melhora da Sat O2: 95-96%. Boca ainda seca, pulsos presente, perfusão diminuída. Diurese 2,4ml/kg/h, FC 172, PA 91-55, em uso de drogas vasoativas e bicarbonato.

• Rx de tórax: pulmão direito normal; atelectasia à esquerda; TOT baixo; aumento da área cardíaca; cateter venoso OK; cateter arterial alto.

• CD: diminuída adrenalina para 0,24. Nova expansão com SF 0,9%. PVC após. Aumentada PEEP para 8 cmH2O. Iniciado Sildenafil: 1mg/kg/dose 8/8h.

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• Com 30 horas de vida, melhora clínica, estabilização do quadro de hipertensão pulmonar.

• Gasometria arterial central: pH 7,45, PCO2 45,8; PO2 54,2; BE +7,3; HCO3

- 30,8. SatO2 94,9%. K 2,3 (?); Na 125 (?); Bil 4,9; Glicose 94, Hb10,6.

• PAM 47 mmHg

Caso Clínico

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• Com 53 horas de vida, RN grave. SatO2 80-82%. FiO2 100%. P28x6. FR 55. TI 0,37. PA 44x24 (30).

• Gasometria: pH 7,48; PO2 28,3; PCO2 57,4; HCO3-

39,8; BE 17,5, SatO2 72%. Glic 60; bil 5,5. Cl 85; Hb11.

• CD: diminuído bicarbonato de sódio. Aumentado o fentanil para 2 e o DormonidR para 1.

Caso Clínico

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• HC: Ht 36%, Hb 13,1 , Plaq 125 mil, NT: 19188 , NI: 1230 , Relação I/T: 0,06 N. Uréia 23, Creat 0,8. Ca 6,7; Na 146; K 3,3; Cl 100; Mg 1,8.

• RX de tórax: aspecto de doença da membrana hialina/pneumonia, aumento da área cardíaca, TOT alto. Cateter umbilical venoso OK, arterial alto.

• CD: introduzido mais o TOT, aumentado o cálcio e fazer 2ª dose de surfactante pulmonar exógeno (100mg/kg). Nova expansão com SF 0,9% e feito concentrado de hemácias, furosemide após (91mg/kg/min) e repetir depois de 2 horas.

Caso Clínico

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19188

53

20737

8

Número de

NeutrófilosTotais

Horas de vida

ClicarAqui!

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2330

8

1230

53

Não há limite inferior: entre 60 horas e 28 dias, o valor máximo se aproxima de 500-600 cels/mm3

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0,11

8 53

.06

Rel

ação

I/

T

Horas de vida

Relação I/T: 0-24h=máx0.16; 60-120 horas=0.13; 5-28 dias= 0.12

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5243

96

96h de vida:NT= 5243NI= 111NI/NT= 0.02

Relação I/T: 0-24h=máx0.16; 60-120 horas=0.13; 5-28 dias= 0.12

Número de

NeutrófilosTotais

Horas de vida

11972

144h

144h de vida:NT=11972NI=0R I/T=0

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• Com 3 dias de vida, bastante edemaciado, queda de saturação para 85%. Prescrito furosemide de 6/6 horas e discutido o uso de albumina.

• Gasometria: pH 7,57; PCO2 48,7; PO2 37,3; HCO3 42,7; BE 20,1; SatO2 83,8%. Hb 15,8; glic 118; lactato 0,5; bil 8,2.

Caso Clínico

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• Com 4 dias de vida, dieta zero, SOG aberta sem resíduos. Diurese 5,2m/Kg/h, evacuação ausente. Sat O2 90%. Estável, boa perfusão.

• Gasometria: pH 7,69; PCO2 36,7; PO2 44,9; HCO3- 46,2; BE 21,8. Sat

91,9%. Hb16,7. Bil 15,1. CD: bicarbonato contínuo suspenso, passado PICC e reduzido parâmetros do respirador. Mantido dopa, dobuta, sildenafil, fentanil e DormonidR.

• Devido à queda da PA para 33, foi feita expansão com SF 0,9% (10 ml/kg) e diminuído furosemide para 12/12 hs.

• HC: hemácias em alvo; plaq 140 mil; Ht 48,7; Hb16,7, NT:5243, NI:111, R I/T:0,02. Uréia 26; Creat 1,1; Ca 9,2; BT12,96; BD1,57; TGO 28, TGP 5; Mg 1,3; Na 144; K 3,6; Cl 94. CD: Sulfato de magnésio.

Caso Clínico

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• Com 5 dias de vida, RN continua grave, porém estável, VM com parâmetros mantidos. D4 de Ampicilina+ gentamicina. CD: diminuir adrenalina para 0,25, mantido furosemide de 12/12h.

• Gasometria: pH 7,69; PCO2 27; PO2 47, HCO3-

36, BE 11. Sat 93%. K 2,3; Na 112; Glicose 93. Bil 11,5.

• CD: Diminuída a FR e suspenso o furosemide.

Caso Clínico

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• Com 6 dias de vida, SatO2 96%, PA 89x59x44. Demais parâmetros do exame sem alterações. Ativa e reativa ao manuseio.

• CD: Ajuste de NPT. Redução da adrenalina para 0,1. Diminuída a pressão inspiratória máxima para 25 e FiO2 para 60%. Diurese 4,5ml/kg/h. PAM 51.

• HC: Ht 37,2; Hb 13,6; Plaq 112 mil; NT=11972; NI=0; R I/T=0. Ureia 31, Creat 0,8, Ca 8,2, Na 138, K 4,2; Cl 98; Mg 2,1, BT 11,54, BD 4,54, BI 7.

Caso Clínico

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• Com 7 dias de vida, estava em uso de: fentanil (2), midazolan (1), dobuta (10), sildenafil 8/8h, D8 de Ampicilina + Gentamicina. SatO2 97%, com parâmetros da VM mantidos. RN tranqüilo, reativo ao manuseio. Ventila bem, corado, hidratado, ictérico zona 3, bem perfundido. Demais parâmetros do exame normais.

Caso Clínico

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• Gasometria do cateter venoso: pH 7,377,47; PCO2 51,241,2; PO2 48; HCO3

- 26,8; BE +4; Sat O2 89,4%. Hb 15,8; Glicose 110. Bil 10,7; Na 130(?); K 4,7; Cl97; Ca 1,89. CD: Iniciado dieta enteral mínima (SOG 2ml 3/3h), diminuído FiO2 de 5550%. Mantido: sildenafil de 12/12h.

• PA: 81x40. FiO2 50% SatO2 96%. CD: diminuir FR aos poucos. Iniciado desmame de sedoanalgesia aos poucos.

Caso Clínico

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• Às 15h25 desde dia , 2/2/ o RN apresentou piora súbita com diminuição da Sat O2, sendo evidenciado hemorragia pulmonar maciça. CD: Feito adrenalina no TOT e resolvido trocar TOT, já que ficou com esforço respiratório importante. Aumentado PI para 30, PEEP para 8, FR 50 60, FiO2 100%.

• Sat O2 sobe aos poucos até 78%. CD: Prescrito kanakion, plasma de 12/12h e concentrado de hemácias. Trocado esquema antibiótico para Vancomicina + Meropenem. Retornar sedoanalgesia. Resolvido deixar, por ora, sem heparina nas drogas vasoativas e sedação.

Caso Clínico

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• Duas horas após, RN persiste gravíssimo, recebendo concentrado de hemácias e plasma, pulsos finos ainda. Sat O2 voltou a cair 60-64%. CD: Prescrito SF 0,9% 50ml agora rápido e retornado adrenalina (0,5).

• Gasometria venosa: pH 6,7; PCO2 120; PO2 3,5; HCO3-5,7;

BE -19,8. SatO2 33%. Hb 14,1. CD: Aumentado PEEP e mentido PI 35-38. Resgatar Rx de tórax.

• Rx de tórax: hemorragia pulmonar maciça. • Duas horas e meia após, às 19h00 do dia 02/02/11,

constato o óbito - parada cardiorrespiratória irreversível.

Caso Clínico

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• DISCUSSÃO

Caso Clínico

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Gêmeo 2 dicoriônico, pré-termo tardio (34sem a 36sem6dias)

Desconforto respiratório+ Instabilidade hemodinâmica (dopamina, dobutamina,adrenalina)

CPAP VMRX tórax: infiltrado-cardiomegalia

Ecocárdio: hipertensão pulmonar graveLeucogramas iniciais: alterados

Hemorragia pulmonar no 7º dia:ÓBITO

Hipóteses Diagnósticas

Sepse pelo Streptococcus do Grupo B (5 vezes mais em gêmeos, mais no gêmeo 1) (Pass, 1980)

Mendonça, Meister, Margotto

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• Prematuridade tardia • Baixo peso• Gemelaridade dicoriônica• Sepse precoce • Pneumonia intra-útero por Streptococcus do

grupo B - Hipertensão pulmonar • Choque • Hemorragia pulmonar

Hipóteses Diagnósticas

Mendonça, Meister, Margotto

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•Midazolam:”veneno” na UTI Neonatal (para pré-termos)não é droga de escolha devido aos riscos: com o fentanil

parada cárdiorespiratória; hipotensão arterial; diminui o débito

cardíaco; diminui fluxo sanguíneo cerebral; cinética variável (meia

vida de 22 horas e em doses repetidas, 7 dias); não é analgésico; maior

necessidade de reanimação; maior tendência a hipoxemia

Premedicação em Intubação semi-eletiva ou eletiva

Sola, 2010; Lemyre, 2004; Kumar, 2010

Intubação é um processo DOLOROSO, devemos fazer a ANALGESIA e NÃO SEDAÇÃO

Caso Clínico

Rocurônio (0,5mg/kg) seguido por Fentanil (2,5ug/kg)

evitar o pacote:midazolam+ fentanil

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Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP)Como tratar sem óxido nítrico

- Caracteriza-se por ausência da ↓ fisiológica da pressão artéria pulmonar ao nascer

- Manutenção do shunt D – E (canal arterial / forame oval)↓

- Hipoxemia refratária(Rx de Tórax – normal)

Anatomia cardíaca normal - Freqüentemente está associada a:

- baixa pressão sistêmica- baixo débito cardíaco (devido pós carga ventr. Dir (VD)- Disfunção cardíaca

Margotto,2006 ; Belik ,2007 ; Tourneux P,2008

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Hipertensão Pulmonar Persistente

- Fisiopatologia dividida em 3 fatores- Vasoconstricção: ↓ do lumen do vaso: 1/3 dos casos (responde a vasodilatadores pulmonares)- Remodelação vascular: Extensão da musculatura lisa ao longo das artérias pulmonares – zona intracinarGrande deposição de colágeno e elastina com obstrução do lúmen do vaso (não responde a vasodilatadores pulmonares) - Diminuição da vasculatura pulmonar Hipoplasia pulmonar: não responde ao NOi de forma agudaCom 7 dias: melhora da HPP (devido ao efeito angiogênico do NO)

Belik ,2007

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Hipertensão Pulmonar PersistenteFisiopatologia

• Manutenção do tônus vascular aumentado:– Representa a maior parte dos casos.

– Caracteriza-se por uma mal-adaptação, havendo uma vasoconstricção pulmonar com desenvolvimento estrutural e anatômico normais.

– Causada por substâncias mediadoras que alteram a vasoreatividade pulmonar.

– Observada nos casos de stress perinatal agudo: hipoxia, sepse, acidose; e infecção pelo Streptococcus do grupo B (aumento do tromboxane e leucotrieno, poderosos vasoconstritores derivados do ácido aracdônico).

Hipertensão Pulmonar Persistente

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Hipertensão Pulmonar PersistenteFisiopatologia

• A vasoconstricção é a mais simples causa de HPP: não existe nada de errado com a vasculatura, mas sim uma constrição do vaso

• Patologia que responde a vasodilatadores pulmonares. É a única forma de HP que responde a vasodilatadores pulmonares.

• Vasoconstricção única atualmente representa apenas 1/3 dos casos• Nos RN que não respondem aos vasodilatadores como a gente

acha que eles deveriam responder: não é só a vasoconstricção que está presente.

Hiperplasia e hipertrofia da camada muscular

Estresse intra-uterino crônico

Não responde a vasodilatadores

Hipertensão Pulmonar Persistente

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Streptococcus do Grupo B (GBS) hipertensão pulmonar através do aumento do Tromboxane A2

Componentes ativadores:Infusão de indometacina (inibidor da ciclogenase):bloqueia a

síntese de tromboxane e o efeito da hipertensão pulmonar pelo GBS

Hipertensão Pulmonar Persistente

cardiolipina e fosfatidilglicerol

Fosfolipideos dominantes do GBS

Curtis, 2011

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Streptococcus do Grupo B (GBS) e Hipertensão Pulmonar• -o antibiótico induz aumento na síntese de lipídeo que é

excretado ( a excreção de fosfolipídeos, incluindo cardiolipina, é uma resposta comum da bactéria a certos antibióticos, inclusive outros Gram-positvos e negativos)

(pode haver um aumento de 15 vezes na excreção de lipídeos pelo Streptococcus)

Hipertensão Pulmonar Persistente

Se tal fato ocorre com um neonato infectado recebendo antibiótico é especulativo

Tema que está sendo investigado na Section on Bacterial Disease, Patogenesis and Immunity of The Eunice Kennedy Shiver Institute of

Child Health and Human DevelopmentCurtis J, 2011

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Hipertensão Pulmonar Persistente

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• Sugerem o diagnóstico de pneumonia:– a evolução é rápida com hipotensão necessitando

de agentes inotrópicos e vasoativos;– a presença de acidose metabólica– sinais de hipertensão pulmonar– resposta ruim ao surfactante

Pneumonia Intra-útero por Streptococcus do Grupo B

Diagnóstico diferencial com Doença da Membrana Hialina

Hipertensão Pulmonar Persistente

Margotto, PR

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• Resposta ao surfactante:– É difícil distinguir, nas primeiras horas de vida a

pneumonia e DMH: ocorre deficiência de surfactante na pneumonia pelo GBS.

– 25% dos RN infectados não tem uma boa resposta ao surfactante

Pneumonia Intra-útero por Streptococcus do Grupo B

Diagnóstico diferencial com Doença da Membrana Hialina (DMH\)

Hipertensão Pulmonar Persistente

Margotto,PR

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Hipertensão Pulmonar Persistente

2 horas após o surfactante

Doença da membrana hialinaPeso 1445;30sem2dias; pré-eclâmpsia

DN:22/5/11

Margotto, PR

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Avaliação do leucograma: • Sugestivo de infecção:

– leucopenia (abaixo de 5000/mil),– neutropenia total (anormal em 87% dos casos: 78%

nos prematuros e 36% nos RN a termo)– relação imaturos/total de neutrófilos (I/T) –elevada

em 91% dos casos– Avaliação isolada de imaturos – elevada em somente

42% dos casos

Pneumonia Intra-útero por Streptococcus do Grupo B)

Diagnóstico diferencial com Doença da Membrana Hialina (DMH)

Hipertensão Pulmonar Persistente

Margotto, PR

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Hipertensão Pulmonar Persistente CLINICA

-Cianose (shunt D – E)- Flutuação da PSaO2: 70-% - 95% (descarta cardiopatia)

- RN a termo e pós-maturos com complicações perinatais:

-Asfixia perinatal

-Sind de Aspiração Meconial (SAM)

(13% nascidos vivos tem LA meconial – 5% SAM

- Pode ocorrer em RN pré-termo

-Asfixia, sepse, oligohidrâmnio,displasia broncopulmonar

(RN <29 semanas- deficiente resposta ao NOi)

- Gêmeos monocoriônicos: transfusão feto-fetal (3% x 0,9%)

-Aumento da pré-carga

-Aumento de substancias vasoativas (angiotensina, endotelina-1

-Policitemia (aumento da resistência vascular pulmonar)Delsing B,2007;Farrow K,2005; Kumar VH,2007

Zaconeta CA

ClicarAqui!

Zaconeta, C

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– Mães em uso de antidepressivo após 20a semana (citalopram, fluoxetine, paroxetine and sertraline)

-inibição da síntese do óxido nítrico (NO)– Cesariana (aumento de 7 x em relação ao parto normal)– Corioamnionite (Odds Ratio=7,3; IC a 95%:1,3-38,8; Necessidade de

alta frequência: Odds Ratio = 11; IC a 95%:1,2-109)

Dificuldade respiratória desproporcional ou quadro hipoxêmico

Sonia-Hernández-Dias,2007 ;Wooltorton E, 2006; Woldesenbet, 2005

Hipertensão Pulmonar Persistente CLINICA

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Hipertensão Pulmonar Persistente Diagnóstico 1. Rx de tórax: Casos graves: hipofluxo pulmonar2. Ecocard. bidimensional com Doppler colorido: padrão ouro:

-avalia a magnitude da hipertensão -diagnóstico diferencial com cardiopatias congênitas (drenagem anômalas total das veias pulmonares)

3. Gasometria: Diferença de PaO2 ≥ 20 mmHg entre o pré-ductal (membro sup. direito) e pós-ductal (catet. arterial, membro inf.) Sugere

shunt D – E (canal arterial) Ausência da diferença: não exclui (shunt forame oval) 4. Oximetria de Pulso: mão direita e pé: shunt canal arterial.

Margotto, PR, 2006

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• Objetivo:

• PIM: 20cm H2O PEEP: + 4 cm H2O FR: 40ipm Tinsp: 0,4 seg

Uso de Altas pressões: lesão pulmonar aguda– ↑ edema pulmonar– ↓ da complacência pulmonar– Inflamação pulmonar

• Hiperventilação: efeito dependente do ↑ do pH e não na ↓ do PaCO2

Riscos: ↓ perfusão cerebral, desvio da curva Hb para esq, hipoacusia• Mudança de parâmetros: de forma gradual

– ↓ FiO2 de 1% CADA VEZ (PaO2 ≥ 100 mmHg)

– FiO2 de 70% - ↓ PIM e FR lentamente

Tratamento- Ventilação mecânica : com sedoanalgesia (fentanil e midazolam) (Margotto PR,2008 )

Hipertensão Pulmonar Persistente

Fabres J,2007 ;Margotto, PR ,2006 ; Farrow ,2005; Aschner, 2005

PaO2 : 50 – 80 mmHg PaCO2: 40 – 60 mmHg – pH ≥ 7,25

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• Controverso• Corrigir sempre a acidose metabólica• Antiga (proposto em 1965)• Efeito específico sobre a circulação pulmonar • NaHCO3: 8,4% - 0,5 – 1 mEq/Kg/h (descontar o Na da hidratação venosa)

Manter o pH entre 7,50 – 7,55 (limite máximo aceitável de PaCO2 é de 60 mmHg)

Tratamento - Alcalinização

Hipertensão Pulmonar Persistente

Margotto, PR ,2006 ; Belik ,2007 ;Chu J(1965)

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• SAM – disfunção do surfactante

• Uso do surfactante na SAM ↓ a necessidade de ECMO

• Dose 100mg/Kg se necessário usar 2ª dose com 12 h

Tratamento

- Surfactante Pulmonar

-HPP com doença parenquimatosa;

-Melhora a ação do NOi

Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP)

Farrow ,2005; Margotto, PR ,2006

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Hipertensão Pulmonar Persistente Tratamento- Tratar a hipotermia, hipocalcemia, hipoglicemia - Agressivo suporte da função cardíaca e perfusão -Volume -Agente inotrópico: melhora a contratilidade do VD

-Dopamina: aumenta a P. sistêmica com risco potencial de ↑ RV pulmonar -Dobutamina: aumenta o débito cardíaco/efeitos limitados na p. sistólica -Norepinefrina: ↓ tonus vascular pulmonar ↑ fluxo sanguineo pulmonar(ativação da α 2-adrenoreceptores e produção de NO ↑ PA sistêmica -Milrinona: ↑ contratilidade VD e ↓ pó-carga (vasodilatação pulmonar)

Farrow K ,2005: Tourneux, 2008; Belik ,2007

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Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP) Tratamento Agente Ideal: ↓ RV pulmonar e a pós-carga VD

NOi: agente de escolha (pelos efeitos na vasc. pulmonar)30 – 40 % dos RN não respondem

Médicos relutam em usar agentes redutores da pós-carga: - Risco de hipotensão- Desejo: manter a PA alta para reverter shunt ductal

(uso de altas doses de vasopressores)Distúrbio fisiológico primário: leito vascular pulmonar com ↑ da pós-

carga VDO uso de altas doses vasopressores: vasocontricção periférica e pulmonar piora da hipertensão pulmonar

MacNamara, 2006

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Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP)- Norepinefrina : HPP com disfunção cardíaca

Tourneux P et al (agosto/2008)

18 RN (37 ± 3 sem); 2800 ± 700g

Norefinefrina diluída em SG 5% : (1 ml = 100µg) EV (cateter central): 0,5 µg/Kg/min com aumento a cada 30 seg até atingir PAM desejável

Resultados:

- ↑ da PAM, ↑ Débito cardíaco, ↑ PSaO2 (saturação de O2)

Diminuição da relação pressão pulmonar/pressão sistêmica e melhora da performance cardíaca

Tourneux

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Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP)- Milrinona: inibidor da fosfodiesterase 3 (miócitos cardíacos e vasculatura pulmonar) - ↑ AMP cíclico

- melhora a contratilidade VD e VE e ↓ resistência vasc.pulmonar

- Indicação: RN sem resposta ao NOi, sildenafil e prostaciclina

- McNamara et al (2006): 9 RN (39 sem, 3668g deficiente resposta ao NOi) em combinação com NOi

- Dose: 0,33 µg/Kg/min 9não usou ataque: risco de hipotensão sistêmica)

-(↑ dose: 0,33 até 0,99 µg/Kg/min)

- Sem risco de hipotensão arterial

- ↓ significativo no IO (Índice de Oxigenação)

Belik ,2007 ; Bassler ,2006

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Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP)- Milrinona:

-McNamara et al (2006)

-Variação de IO após o uso do NOi e NOi + milrinona

Variação do IO (índice de oxigenação) após o uso do NOi e NOi + milrinona.

IO: MAP x FiO2/PaO2

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Vasoconstricção

(Vasculatura constrita)

Estagio precoce

Responde

Tratamento

- Vasodilatadores: Na avaliação da resposta

Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP)

Farrow ,205; Margotto, PR ,2006

Remodelação

(alteração da arquitetura do vaso)

Estagio tardio

Não responde

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Remodelação VascularRemodelação Vascular

Hipertrofia da túnica médiaHipertrofia da túnica média

Espessamento fibroso Espessamento fibroso da adventíciada adventícia

CÉLULA PRÉ-ACINARCÉLULA PRÉ-ACINAR

Bárbara de Alencar Viana Paula Veloso Aquino, Sueli R. Falcão, Paulo R. Margotto

Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP)

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Existem 2 caminhos que levam ao relaxamento da musculatura lisa:-AMP cíclico (cAMP)-GMP cícilico (cGMP)

Ação do óxido nítrico e dos inibidores da fosfodiesterase 5 na musculatura lisa arterial

NO cGMP na musculatura lisa arterial Fosfodiesterase 5 (PDE5) inativa a cGMP ativa cGMP proteinaquinase

abertura dos canais cálcio sensíveis ao K+

inibidores da PDE-5 hiperpolarização da membrana

cGMP que mantém

inibição do influxo de Ca através dos inibição do influxo de Ca através dos canais de Ca tipo Lcanais de Ca tipo L

Importante: A hipoxemia ↑a expressão da PDE 5 ↓ação do NOi (Farrow, 2007)

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O cAMP estimula a PKA (quinase da proteína A) e esta estimular a PKG (quinase da proteína G)

PKG: AGENTE COMUM

Prostaglandina NO cAMP cGMP PKA PKC Fosfatase da miosina Relaxamento Ca++ sai do intracelular da Musculatura lisa.

Belik, 2007 ; Deb, 2000

MilrinonaInibe PDE 3

PDE 3InativacAMP

Aumenta cAMP

PKG

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Fisiopatologia

• Insuficiência ventricular esquerda com aumento da pressão capilar + capilares pulmonares fragilizados devido a:– choque, hipóxia e acidose – hipoproteinemia, a excessiva transfusão– hiperinsuflação e anormalidades na matriz de suporte – Infecção, DMH, ventilação mecânica , excessiva

administração de oxigênio

Hemorragia Pulmonar

Margotto,PR

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Fatores de risco:• Asfixia• Prematuridade extrema• RIU grave• Infecção• Hipotermia• Tratamento com oxigênio• Doença hemolítica Rh grave

• Coagulopatia • Apresentação pélvica• Cesariana• Persistência do canal arterial• Uso precoce de lipídeos• Hipotensão.

Hemorragia Pulmonar

Margotto, PR

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Prevenção/tratamento1. O pronto fechamento do canal arterial, principalmente após a

administração de surfactante pulmonar desempenha papel significativo na redução da severa hemorragia pulmonar.

2. Corrigir a hipotensão arterial (drogas vasoativas), a hipoxemia e a acidose.

3. Após surfactante pulmonar:– diminuir inicialmente a FiO2

– evitar ventilar com baixas pressões

4. Estratégia ventilatória:– ventilação convencional: aumento da PEEP (≥ 6 cm H2O)– ventilação de alta frequência (jato ou oscilação ), quando PaO2/PAO2 < 0.2,

PEEP ≥ 8 cmH2O, PaCO2 ≥ 60 mmHg com pH < 7.25 sob ventilação convencional.

– Outros autores tem preconizado o uso imediato da ventilação de alta freqüência nestes pacientes, havendo significativa resposta em 30 minutos.

Hemorragia Pulmonar

Margotto, PR

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Prevenção/tratamento

5. Uso do surfactante pulmonar natural: O uso de 100 mg/kg de surfactante natural diminuiu o Índice de Oxigenação (IO) de 24.6 para 8.6 três a seis horas depois e a hemorragia pulmonar não recorreu em nenhum recém-nascido.

6. Restaurar o volume sangüíneo com transfusão sanguínea (20ml/kg).

7. Anormalidades da coagulação devem ser corrigidos com plasma fresco congelado (10-15 ml/kg) de 8/8 horas e Vit K.

8. Diuréticos e drogas vasoativas são indicados se insuficiência cardíaca congestiva.

Hemorragia Pulmonar

Margotto.PR

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Caso Clínico

Pneumonia (Streptococcus do Grupo B?)

Hipertensão PulmonarSepse

Hemorragia Pulmonar

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ASPECTOS PATOLÓGICOS Dra. Regina Froz

Dr. Paulo R. Margotto e Dra. Regina Froz

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Há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e

nos marcam para sempre.

Cecília Meireles,

Caso Clínico

Marta David Rocha Moura