Simuladão 2016.2 - (1ª Etapa) - Caderno de Questões

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    PRIMEIRA ETAPA

    Verifique se o carto resposta contm 31 questes, correspondentes primeira etapa da prova objetiva, corretamente ordenadas de 1 a 31.

    As questes so compostas de quatro itens cada uma, marque, para cadaitem, o campo designado com o cdigo C,caso julgue o item CERTO, ouo campo designado como E,caso julgue o item ERRADO.

    Durante a prova, no se comunique com os outros candidatos ou realizepesquisa em mecanismos de busca on-line. Procure simular o ambiente deprova ao mximo.

    A durao da primeira etapada prova objetiva de duas horas e trintaminutos, j incluindo o tempo destinado identificao que ser feita nodecorrer da aplicaoe ao preenchimento da folha de respostas.

    A desobedincia a qualquer uma das determinaes constantes em edital,no presente caderno ou na folha de respostas poder implicar a anulao desua prova.

    Boa prova!

    SIMULADOCLIO2016.2

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    PROVA OBJETIVAPRIMEIRA ETAPA

    Texto 1:

    1 Com risco de repetio, insistiremos ainda um pouco na ambivalncia ideolgica das elites brasileiras, umverdadeiro destino. Estas se queriam parte do Ocidente progressista e culto, naquela altura j francamente burgus (anorma), sem prejuzo de serem, na prtica, e com igual autenticidade, membro beneficirio do ltimo ou penltimogrande sistema escravocrata do mesmo Ocidente (a infrao). Ora, haveria problema em figurar simultaneamente comoescravista e indivduo esclarecido? Para quem cuidasse de coerncia moral, a contradio seria embaraosa. Contudo,uma vez que a realidade no obrigava a optar, por que abrir mo de vantagens evidentes? Coerncia moral no seriaoutro nome para a incompreenso do movimento efetivo da vida? Valorizao da norma e desprezo pela mesma eramda natureza do caso... Promovida por interesses de classes estveis, ligados ao travejamento histrico da sociedade, aacomodao cotidiana entre acepes de convvio, que, segundo a ideologia europeia ento dominante, se diriamcontraditrias, engendrava e difundia pelo corpo social a oscilao de critrio que estamos tratando de captar.2 Assim, a vida brasileira impunha conscincia burguesa uma srie de acrobacias que escandalizam e irritam osenso crtico. Sirva de exemplo um discurso parlamentar famoso, de Bernardo Pereira de Vasconcelos, segundo o qual,ao contrrio do que se pensava, a frica que civilizaria o Brasil. Diante da surpresa dos colegas da Cmara, oestadista completava: Sim, a civilizao brasileira de l veio, porque daquele continente veio o trabalhador robusto, onico que sob este cu [...] poderia ter produzido, como produziu, as riquezas que proporcionaram a nossos paisrecursos para mandar seus filhos estudar nas academias e universidades da Europa, ali adquirirem os conhecimentos detodos os ramos do saber, os princpios da Filosofia do Direito, em geral, e do Direito Pblico Constitucional, queimpulsionaram e apressaram a Independncia e presidiram organizao consagrada na Constituio e noutras leisorgnicas, ao mesmo tempo fortalecendo a liberdade.3 Nestas circunstncias, os amigos do progresso e da cultura podem ser inimigos da escravido? No deveriamser amigos dela? Os inimigos da instituio nefanda no seriam tambm inimigos do Direito, da Constituio e daLiberdade? Ou melhor, alm de infrao, a infrao norma, e a norma, alm de norma, infrao, exatamente comona prosa machadiana. Em suma, a defesa progressista do trfico negreiro suscitava problemas ideolgicos difceis deresolver, e encarnava a parte de afetao e afronta que acompanha a vida das ideias nas sociedades escravistas mo-

    dernas. A ambivalncia tinha fundamento real, e Machado de Assis, conforme se ver, soube imaginar-lhe asvirtualidades prximas e remotas.4 O discurso de Bernardo de Vasconcelos assinalava o fundamento no liberal de nosso Liberalismo e convidavaos parlamentares a entender o interesse que as classes voltadas para o progresso da civilizao de fato tinham nabarbrie, outro nome que o sculo XIX reservava ao regime escravista. A lucidez no suprimia, antes acentuava acontradio, remedivel somente pela conivncia dos favorecidos. Esta entretanto no era apangio dos ricos,encontrando-se igualmente entre a gente modesta, que dependia dos primeiros atravs de formas diversas declientelismo. Ou seja, sempre tendo em vista a natureza do humor machadiano: os setores europeizantes da sociedadebrasileira participavam sim da civilizao burguesa, embora de modo peculiar, semidistanciado, que levava a invoc-la edescumpri-la alternada e indefinidamente.

    Apud Oliveira Lima, O imprio brasileiro, So Paulo, Melhoramentos, 1927, p. 142. O discurso de 1843.(Roberto Schwarz. Um m estre na per i fer ia do capi ta l ismo. So Paulo: Duas Cidades, 2000.p.42-44)

    Com base nas ideias contidas no texto 1, julgue (C ou E) os itens a seguir.

    Ao final do primeiro pargrafo, verifica-se que o autor evidencia sua opinio contrria a respeito do quedenominou oscilao de critrio das elites, visto que ele se prope, no texto, a criticar essa ambivalnciaideolgica.O emprego da conjuno ora, no trecho Ora, haveria problema em figurar simultaneamente comoescravista e indivduo esclarecido? (1 pargrafo), sugere raciocnio silogstico, dando continuidade premissa explicitada no perodo imediatamente anterior. possvel afirmar que, no trecho Promovida por interesses de classes estveis, ligados ao travejamentohistrico da sociedade (1 pargrafo), os verbos promover e l igar, embora apresentem concordncias

    distintas, tm o mesmo referente.Depreende-se do texto que o humor machadiano se constitui pela explorao da ambivalncia ideolgica,caracterstica no s das elites brasileiras como tambm do povo em geral.

    QUEST O 1

    LNGUA PORTUGUESA

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    QUESTO 2

    Considerando aspectos lingusticos, sintticos esemnticos do texto 1, julgue as afirmativas seguintes.

    O termo um verdadeiro destino, no perodo Comrisco de repetio, insistiremos ainda um pouco naambivalncia ideolgica das elites brasileiras, umverdadeiro destino (1 pargrafo), exerce funosinttica de predicativo e refere-se ao complemento doverbo insistir.Em Para quem cuidasse de coerncia moral, acontradio seria embaraosa (1 pargrafo), o termopara quem cuidasse de coerncia moral estseparado por vrgula em razo de ser um adjuntoadverbial deslocado.Embora os termos uma vez que e por que,empregados em Contudo, uma vez que a realidadeno obrigava a optar, por que abrir mo devantagens evidentes? (1 pargrafo), pertenam acategorias gramaticais distintas, pode-se afirmar que ovalor semntico de ambos o mesmo.Se fosse inserida uma vrgula entre o termoacrobacias e a palavra que, em Assim, a vidabrasileira impunha conscincia burguesa umasrie de acrobacias que escandalizam e irritam osenso crtico. (2 pargrafo), a correo gramatical e acoerncia textual seriam mantidas.

    QUESTO 3

    Acerca de aspectos gramaticais e estilsticos do texto1, julgue as assertivas que seguem.

    No trecho Assim, a vida brasileira impunha conscincia burguesa uma srie de acrobaciasque escandalizam e irritam o senso crtico (2pargrafo), os verbos impor, escandalizar ei r r i tarembora estejam empregados em tempos

    distintos apresentam o mesmo aspecto decontinuidade.As palavras ambivalncia (1 pargrafo),acrobacias (2 pargrafo) e semidistanciado(4 pargrafo) so formadas segundo o mesmoprocesso de composio, a justaposio.A argumentao suscitada no terceiro pargrafoestrutura-se a partir da explorao da figura daanttese, mas no da figura do paradoxo.Em e Machado de Assis, conforme se ver,soube imaginar-lhe as virtualidades prximas eremotas (3 pargrafo), o pronome oblquo lheexerce a funo de objeto indireto e est sendo

    empregado com sentido possessivo, retomando otermo ambivalncia.

    QUESTO 4

    Acerca das regras de pontuao empregadas notexto 1, julgue as afirmativas abaixo.

    A fim de adequar s regras de pontuao otrecho a acomodao cotidiana entreacepes de convvio que segundo aideologia europeia ento dominante se diriamcontraditrias engendrava e difundia pelocorpo social a oscilao de critrio queestamos tratando de captar (1 pargrafo), eledeveria ser reescrito com a colocao dasseguintes vrgulas: a acom od ao co tid ianaent re acepes de convvi o q ue, seg un do aideo log ia europ eia, ento domi nan te, sedir iam con traditrias, engendr ava e difu ndiapel o co rpo so ci al a o sc ilao de cr itrio qu e

    estamos tratando de captar.No primeiro pargrafo, o perodo Estas se

    queriam parte do Ocidente progressista eculto, naquela altura j francamente burgus(a norma), sem prejuzo de serem, na prtica,e com igual autenticidade, membrobeneficirio do ltimo ou penltimo grandesistema escravocrata do mesmo Ocidente (ainfrao). poderia ser reescrito, sem alteraosemntica e sinttica, no que concerne pontuao, do seguinte modo: Estas se quer iamparte do Ocidente progressista e cul to,naq uel a altur a j fran cam ent e bur gus a

    norma

    sem pr ejuzo de ser em , na p rtic a ecom igual autent icidade, mem bro beneficiriodo lt imo (ou penlt imo) grande sistemaescravocrata do mesmo Ocidente ain frao.

    O termo de Bernardo Pereira deVasconcelos, em Sirva de exemplo umdiscurso parlamentar famoso, de BernardoPereira de Vasconcelos, segundo o qual, aocontrrio do que se pensava, a frica quecivilizaria o Brasil (2 pargrafo), vem colocadoentre vrgulas por ser um aposto.O perodo A ambivalncia tinha fundamento

    real, e Machado de Assis, conforme se ver,soube imaginar-lhe as virtualidades prximase remotas. (3 pargrafo) atende a todas asregras de pontuao da norma-padro da lnguaportuguesa escrita.

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    Texto 2: Estrada

    Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho,Interessa mais que uma avenida urbana.Nas cidades todas as pessoas se parecem.Todo mundo igual. Todo mundo toda a gente.

    Aqui, no: sente-se bem que cada um traz a sua alma.Cada criatura nica.At os ces.Estes ces da roa parecem homens de negcios:Andam sempre preocupados.E quanta gente vem e vai!E tudo tem aquele carter impressivo que faz meditar:Enterro a p ou a carrocinha de leite puxada por umbodezinho manhoso.Nem falta o murmrio da gua, para sugerir, pela voz dossmbolos,Que a vida passa! que a vida passa!E que a mocidade vai acabar.

    BANDEIRA, M. O ri tmo dissoluto. Rio de Janeiro: Aguilar,1967.

    QUESTO 5

    Julgue os itens abaixo, considerando o estilo do autor,as ideias contidas no texto 2 e sua estruturao.

    Pode-se afirmar que o poema pertence ao tipodissertativo-argumentativo, em que os dois versosiniciais do poema constituem a tese do autor, que desenvolvida ao longo do texto por meio da relaocausa e efeito e por meio de exemplificaes.Os trs ltimos versos do poema exemplificam

    uma das temticas recorrentes na obra do autor, aefemeridade da vida.

    No quarto verso, Todo mundo igual. Todomundo toda a gente., verifica-se o emprego daredundncia como efeito estilstico, visto que asexpresses todo mundo e toda a genteapresentam o mesmo valor semntico deindeterminao.Quanto ao emprego das figuras de linguagem,

    pode-se afirmar que, no primeiro verso, Estaestrada onde moro, entre duas voltas docaminho, tem-se metonmia, e, no oitavo verso,"Estes ces da roa parecem homens denegcios:, tem-se personificao.

    QUESTO 6

    Considerando aspectos lingusticos e gramaticais do texto2, julgue as assertivas abaixo.

    Considerando apenas a organizao do perodo, possvel afirmar que no haveria alteraosinttica ou semntica, caso os versos E tudo

    tem aquele carter impressivo que fazmeditar: / Enterro a p ou a carrocinha deleite puxada por um bodezinho manhoso.fossem reescritos da seguinte forma: E tudoenterro a pou a carrocinha de leite

    puxada por um bodezinho manhoso tem

    aquele carter imp ress ivo q ue faz meditar .A palavra se, em Nas cidades todas aspessoas se parecem. (verso 3), recebeclassificao de pronome apassivador, o quepermite a reescrita do verso na voz passivaanaltica comoNas cidades todas as pessoasso pareci das.A expresso cada um, contida na oraoque cada um traz a sua alma, do quintoverso, leva o verbo a estabelecer aconcordncia no singular, entretanto, caso aexpresso fosse cada um deles, o verbotambm poderia ser flexionado no plural: quecada um d eles trazem a sua alma.Em E quanta gente vem e vai! (verso 10), a

    palavra quantafoi empregada para expressarsentido de quantidade; em razo disso, possvel classific-la como advrbio deintensidade.

    QUESTO 7

    Julgue os itens subsequentes, com base na anlisede aspectos lingusticos, gramaticais e semnticos

    do texto 2.

    A palavra impressivo, em E tudo temaquele carter impressivo que faz meditar:(verso 11), foi empregada com o valorsemntico de que impressionaou que causaim pres so.

    A repetio da orao Que a vida passa!, nopenltimo verso, alm de conferir nfase temtica apresentada, concretiza a ideia defluidez das guas, sugerida no verso anteriorVerifica-se erro de acentuao no trechoEnterro a p, presente no verso 12,

    justificado pela licena potica, pois aexpresso a p deveria receber o acentoindicativo de crase, por ser uma locuoadverbial.O termo o murmrio da gua, em Nemfalta o murmrio da gua, para sugerir, pelavoz dos smbolos, (verso 13), foi empregadocomo complemento necessrio do verbotransitivo faltar.

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    Texto 3

    1 Assistimos dissoluo dos discursoshomogeneizantes e totalizantes da cincia e da cultura.No existe narrao ou gnero do discurso capaz de darum traado nico, um horizonte de sentido unitrio daexperincia da vida, da cultura, da cincia ou da

    subjetividade. H histrias, no plural; o mundo tornou-seintensamente complexo e as respostas no so diretasnem estveis. Mesmo que no possamos olhar de umcurso nico para a histria, os projetos humanos tm umassentamento inicial que j permite abrir o presente para aconstruo de futuros possveis. Tornar-se um ser humanoconsiste em participar de processos sociaiscompartilhados, nos quais emergem significados, sentidos,coordenaes e conflitos.2 A complexidade dos problemas desarticula-se e,precisamente por essa razo, torna-se necessria umareordenao intelectual que nos habilite a pensar acomplexidade.

    Dora Fried Schnitman. Introduo: cincia, cultura esubjetividade. In: Dora Fried

    Schnitman (Org.). Novo s paradigm as, cultura esubjet iv idade, p. 17 (com adaptaes).

    QUESTO 8

    Considerando a correo gramatical e as ideias contidasdo texto 3, julgue as assertivas que seguem.

    Depreende-se do texto que no se pode pensar oindivduo como um ser isolado na sociedade, vistoque seu carter humano s se concretiza por meiode processos coletivos e compartilhados.No primeiro pargrafo, a orao H histrias, noplural resume o contedo expresso no perodoimediatamente anterior, estabelecendo com elerelao de coeso lexical.Visto que o verbo visar tambm pode serempregado com sentido de presenciar, estariacorreta e manteria o sentido original a reescrita doprimeiro perodo do texto da seguinte forma:Visam os a dis so luo do s dis cu rso shomo geneizantes e totalizant es da cinc ia e dacul tura.ddfdf

    A locuo pronominal relativa nos quais, emTornar-se um ser humano consiste emparticipar de processos sociais compartilhados,nos quais emergem significados, sentidos,coordenaes e conflitos. (1 pargrafo) poderiaser corretamente substituda por em que ou onde,uma vez que estas formas relativas se equivalemquela.

    Texto 4: Divagao sobre as ilhas

    A ilha me satisfaz por ser uma poro curta deterra (falo de ilhas individuais, no me tentamaventuras marajoaras), um resumo prtico, substantivo,dos estires deste vasto mundo, sem osinconvenientes dele, e com a vantagem de ser quasefico sem deixar de constituir uma realidade. A casade campo diferente. A continuidade do solo torna-aum pobre complemento dessas propriedadesindividuais ou coletivas, pblicas ou particulares, emque todo o desgosto, toda a execrabilidade, toda amesquinhez da coisa possuda, taxada, fiscalizada,trafegada, beneficiada, herdada, conspurcada, se nosapresenta antes que a vista repare em qualquer deseus eventuais encantos. A casa junto ao mar, que jfoi razovel delcia, passou a ser um pecado, depoisque se desinventou a relao entre homem, paisageme moradia. Tudo forma uma cidade s, torpe e triste,mais triste talvez que torpe. O progresso tcnico teveisto de retrgrado: esqueceu-se completamente do fima que se propusera, ou devia ter-se proposto. Acaboucom qualquer veleidade de amar a vida, que ele tornoumuito confortvel, mas invisvel. Fez-se numa escalade massas, esquecendo-se do indivduo, e nenhumacentral eltrica de milhes de kw ser capaz deproduzir aquilo de que precisamente cada um de nscarece na cidade excessivamente iluminada: uma certapenumbra. O progresso nos d tanta coisa, que nonos sobra nada nem para pedir nem para desejar nempara jogar fora. Tudo intil e atravancador. A ilhasugere uma negao disto.

    Drummond de Andrade, Carlos. Passeios na ilha: subrbios da calma.

    In: Obra completa, p.625-28.

    QUESTO 9

    Julgue as afirmativas abaixo, com base nosprocessos de formao de palavras presentes notexto 4.

    Na frase Tudo intil e atravancador., o

    adjetivo atravancador foi formado peloprocesso da parassntese, a partir do radicaltravanca, palavra sinnima de empeci lho.O criao do verbo desinventar, neologismopresente em A casa junto ao mar, que j foirazovel delcia, passou a ser um pecado,depois que se desinventou a relao entrehomem, paisagem e moradia., ocorreu pormeio do processo da derivao prefixal.A palavra execrabilidade, em toda aexecrabilidade, toda a mesquinhez da coisapossuda, foi formada pela insero de doissufixos ao verbo execrar, um para a formao

    do adjetivo e outro para a consequente formaodo substantivo.O vocbulo desgosto, mplifica o processo deformao chamado de reg ressooude ri vao reg res si va.

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    O vocbulo desgosto, em em que todo odesgosto, (...), se nos apresenta antes que avista repare em qualquer de seus eventuaisencantos., exemplifica o processo de formaochamado de reg ressoou de ri vao reg res si va.

    QUESTO 10

    Com base no vocabulrio contido no texto 4, julgue asafirmativas subsequentes.

    A palavra marajoara, em no me tentamaventuras marajoaras, pertence ao camposemntico de i lha e poderia ser substituda, semalterao do sentido original, por insulares ouinsulanas.No trecho Acabou com qualquer veleidade deamar a vida, o vocbulo veleidade apresentasentido de capr icho, vaidade.Em Tudo forma uma cidade s, torpe e triste,

    a palavra s foi empregada como adjetivo, o quepode ser confirmado por ela estar coordenada aostermos adjetivos torpe e triste, formando umaenumerao.Considerando a relao entre as palavras quecompem a enumerao contida no trecho toda amesquinhez da coisa possuda, taxada,fiscalizada, trafegada, beneficiada, herdada,conspurcada,, possvel afirmar que a palavraconspurcada foi empregada com sentido dedesonrada.

    QUESTO 11

    Julgue os itens abaixo, com base no emprego dospronomes demonstrativos como elementos de coesodo texto 4.

    O emprego do pronome demonstrativo essasemcontrao com a preposio de, no trecho Acontinuidade do solo torna-a um pobrecomplemento dessas propriedades individuaisou coletivas, pblicas ou particulares,,representa o mecanismo de coeso denominadoanfora.

    Em O progresso tcnico teve isto deretrgrado: esqueceu-se completamente do fima que se propusera, ou devia ter-se proposto.,o pronome isto foi empregado segundo a norma-padro, visto que apresenta o referente emsituao catafrica.Verifica-se emprego de pronome demonstrativocom finalidade ditica, compondo o adjuntoadnominal deste vasto mundo, no trecho A ilhame satisfaz por ser uma poro curta de terra(falo de ilhas individuais, no me tentamaventuras marajoaras), um resumo prtico,substantivo, dos estires deste vasto mundo.

    Embora se verifique impropriedade quanto correo gramatical no emprego do pronomedemonstrativo presente na ltima frase do texto, Ailha sugere uma negao disto., pode-se

    afirmar que a inteno desse emprego foianafrica.

    Texto 5: O sono das guas

    1 H uma hora certa,2 no meio da noite, uma hora morta,3 em que a gua dorme.

    4 Todas as guas dormem:5 no rio, na lagoa,6 no aude, no brejo, nos olhos dgua,7 nos grotes fundos.8 E quem ficar acordado,9 na barranca, a noite inteira,10 h de ouvir a cachoeira11 parar a queda e o choro,12 que a gua foi dormir

    13 guas claras, barrentas, sonolentas,14 todas vo cochilar.15 Dormem gotas, caudais, seivas das plantas,16 fios brancos, torrentes.17 O orvalho sonha18 nas placas da folhagem19 e adormece.20 At a gua fervida,21 nos copos de cabeceira dos agonizantes

    22 Mas nem todas dormem, nessa hora23 de torpor lquido e inocente.24 Muitos ho de estar vigiando,25 e chorando, a noite toda,26 porque a gua dos olhos27 nunca tem sono

    Guimares Rosa. Magma. RJ: Nova Fronteira, 1997.

    QUESTO 12

    Julgue os itens a seguir, considerando os aspectoslingusticos e as ideias contidas no texto 5.

    Pode-se afirmar que a palavra certa,empregada no primeiro verso do poema, caso foi

    anteposta ao substantivo hora, manteria aclassificao gramatical, mas teria o sentidooriginal alterado.O carter emprico do texto, exemplificado entre

    os versos 8 a 12, serve de base para aelaborao da principal ideia do texto, expressano quarto verso: Todas as guas dormem:.Os versos guas claras, barrentas,

    sonolentas, / todas vo cochilar. (versos 13 e14) foram construdos com base na figura dalinguagem chamada gradao.A incoerncia textual, que contrape asafirmaes de que todas as guas dormem, mas

    a gua dos olhos no, constitui estratgialingustica com a finalidade de conferir maior

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    expressividade ao poema, enfatizando aenormidade do sofrimento humano.

    QUESTO 13

    Com base na correo gramatical e nos aspectoslingusticos e semnticos do texto 5, julgue asassertivas abaixo.

    A palavra at, nos versos 20 e 21, At a guafervida, / nos copos de cabeceira dosagonizantes, tem base adverbial, apresentasentido de incluso e foi empregada para darmaior abrangncia ao sono das guas, inserindo,na exemplificao, a gua que no pertence aoambiente natural.O terceiro verso, em que a gua dorme., estariagramaticalmente correto e manteria o sentido

    original, caso fosse reescrito como na qu al a gu adorme., ou qu ando a gu a dorme.O sinal de dois-pontos empregado no quarto

    verso anuncia uma enumerao explicativa e nopoderia ser suprimido do perodo, pois issocontrariaria a prescrio gramatical.A conjuno que, em que a gua foi dormir(verso 12), apresenta valor semntico causal epoderia ser substituda pelas conjunesequivalentes porquantoe po is.

    Texto 6

    O motivo por que o capitalismo tem resistidoapesar de acuado por todos os lados ele caminhar semesforo na direo natural. Enquanto o socialismo,redistributivo, e por isso utpico, um tampo numapanela de presso que explode ao menor descuido (deusopa o agricultor planta trs batatas escondidas, pra siprprio), o capitalismo marcha na direo do egosmo, doindividualismo, da autossatisfao predatria. Isto , doinstinto humano.

    (Fernandes, Millr. Defini tiv o: a bblia d o c aos. PortoAlegre: L&PM, 1994. p. 67)

    QUESTO 14

    Julgue os itens subsequentes, com base na anlise deaspectos lingusticos, gramaticais e semnticos dotexto 6.

    O texto pertence ao tipo dissertativo-argumentativo e mescla os registros formal einformal, como se verifica na insero do trechoentre parnteses, que serve para configurar uma

    exemplificao do carter egosta do ser humano.Houve desvio da norma-padro na primeira frasedo texto, visto que o termo por que, no trecho O

    motivo por que o capitalismo tem resistidoapesar de acuado por todos os lados,deveria ter sido escrito da seguinte forma:porque.A argumentao do autor para defesa de suatese baseia-se na relao antittica entre ocapitalismo e o socialismo, especialmente

    quanto ao carter redistributivo deste eindividualista daquele.Comumente empregada com valor de tempo, aconjuno enquanto, presente no segundopargrafo do texto, apresenta valor decomparao.

    QUESTO 15

    Julgue as assertivas abaixo, tomando por basepoltica externa do Brasil nos anos 1980:

    A concertao com os demais pases daAmrica Latina foi uma das marcas do perodo,em iniciativas como o Consenso de Cartagenae o Grupo do Rio, ambos visando a uniresforos dos pases da regio, em prol doenfrentamento de desafios comuns.O Caribe ganhou importncia na poltica

    externa nacional nos anos 1980, quando sepercebeu aumento do nmero derepresentaes brasileiras naquela regio.O discurso de Joo Figueiredo na abertura daAssembleia Geral e a eleio de JooClemente Baena Soares para a secretaria-geralda OEA indicam uma progressiva aproximaodo Brasil junto a organizaes internacionais.A retomada de relaes diplomticas comCuba, na primeira metade dos anos 1980, representativa do esvaziamento da dimensoideolgica da poltica externa brasileira.

    QUESTO 16

    Tomando por base a poltica externa das duasltimas dcadas, julgue as assertivas abaixocomo C ou E:

    O corolrio da no-indiferena pode serconsiderado uma aplicao prtica dasRelaes Sul-Sul, com vistas promoo dodesenvolvimento de naes perifricas, por

    meio de aes cooperativas.Os arranjos de geometria varivel representamo amadurecimento da interao entre o Brasil e

    POLTICA INTERNACIONAL

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    os demais pases emergentes, em grupospequenos e focados em atuaes temticas.O reformismo da poltica externa brasileira podeser compreendido como uma atuao focada nanecessidade de ajustes centrais em todos osprincipais organismos internacionais, como o fimda estrutura de cotas no FMI.O G20 financeiro tido pelo Brasil como espaomais propcio para debates acerca da estabilidadefinanceira internacional, em contraponto ao G7,considerado restrito e pouco democrtico.

    QUESTO 17

    Julgue as assertivas abaixo quanto a sua correo,tomando por base o atual cenrio da no-proliferaonuclear:

    A concluso do acordo nuclear entre o P5+1 e oIr contou com o aval dos demais pases doOriente Mdio com exceo de Israel econstruiu maior serenidade nas relaes entreimportantes pases da regio.O ltimo teste nuclear feito por um membropermanente do Conselho de Segurana completou20 anos. Desde ento, apenas naes no-signatrias do TNP realizaram testes com artefatosnucleares.O fracasso em aprovar o documento intitulado 13passos prticos, na VI Conferncia de Exame doTNP, em 2000, devido resistncia, por parte dospossuidores de armas nucleares, diante docompromisso com o desarmamento nuclearcompleto.Os testes nucleares de ndia e Paquisto, em1998, foram os primeiros realizados por pases emdesenvolvimento.

    QUESTO 18

    Julgue as afirmativas abaixo, tomando por base oposicionamento brasileiro sobre a temtica nuclear:

    O programa nuclear brasileiro teve incio nos anos1970, fruto do Choque do Petrleo, que trouxedificuldades energticas para a economiabrasileira.O acordo com a Repblica Federal da Alemanha,assinado em 1975, deu origem s trs usinasnucleares, instaladas em Angra dos Reis-RJ.O Brasil concorda com a criao de uma zona livrede armas nucleares no Oriente Mdio, nos moldes

    daquelas criadas em regies como frica, AmricaLatina e Sudeste Asitico.

    O Brasil defende o maior engajamento dosistema internacional aos objetivos depromoo do desarmamento nuclear e aoincentivo aos usos pacficos da energianuclear.

    QUESTO 19

    Julgue as afirmativas abaixo, considerando asrelaes entre o Brasil e seus vizinhos regionais:

    Brasil e Mxico possuem acordo de facilitaopara o comrcio automotivo, renovado em2015, que garante cotas para o comrcio deveculos sem pagamento de tarifas.O Brasil foi favorvel suspenso paraguaiano Mercosul e na Unasul, por considerar que oamplo direito de defesa no foi respeitado noprocesso de impeachment do presidenteFernando Lugo.A criao do Grupo de Amigos do Brasil para aPaz na Colmbia demonstra a inteno doBrasil em cooperar para a evoluo dasnegociaes de paz entre o governocolombiano e as FARC.O projeto do Gasoduto Brasil-Bolvia foiincludo como uma das prioridades da IIRSA etem previso para incio das obras,fundamentais para a integrao energtica daAmrica do Sul, no ano de 2017.

    QUESTO 20

    Julgue as afirmativas abaixo, sobre as correntestericas das Relaes Internacionais:

    O neorrealismo pode ser chamado de realismoestrutural, visto que defende a abordagemsistmica como caminho para a explicaopara os fenmenos internacionais, deixando delado elementos como a natureza humana e o

    sistema de governo dos estados.A dtente criou espao para o ascenso doneoliberalismo, que acredita na importncia denovos atores nas relaes internacionais, comoempresas privadas e organizaesinternacionais.

    Tericos neorrealistas acreditam que os Estadosbuscam ganhos absolutos, ao passo que osneoliberais defendem que os Estados desejamganhos relativos.O construtivismo defende que a anarquia no desprovida de regras, mas que suas regras sotcitas e socialmente construdas..

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    QUESTO 21

    Com base nas relaes bilaterais entre Brasil e China,julgue as assertivas abaixo como C ou E:

    As relaes entre o Brasil e a Repblica Popularda China datam dos anos 1970, momento em queos Estados Unidos ainda no mantinham relaesdiplomticas oficiais com o pas asitico.O projeto CBERS, que tem 5 satlites operativos, um dos projetos centrais para o desenvolvimentoda tecnologia espacial brasileira, e tido como umdos cones das relaes sul-sul.A criao do Conselho Empresarial Brasil-Chinaimpulsionou os investimentos de parte a parte, eteve importncia por fazer do pas asitico umimportante polo de atuao das empresas

    brasileiras, atradas por tecnologia e mercadoconsumidor crescente.A reduo da atividade econmica na China levoua promover uma reduo dos investimentoschineses no Brasil, ao longo do ltimo binio.

    QUESTO 22

    Julgue as afirmativas abaixo como C ou E, com basenos seus conhecimentos acerca das relaes entreBrasil e Oriente Mdio:

    O Brasil promoveu aproximao aos pases rabesnos anos 1970, em um momento em que oabastecimento de petrleo se mostrava sensvelpara a economia brasileira, no contexto de choquedo petrleo, ocasionado pela Guerra do YomKippur, em 1973.O Brasil endossou a resoluo 3379, quecondenou o sionismo como forma de racismo e,muito embora ainda traga consequnciasnegativas para as relaes com Israel, simbolizouimportante aproximao com os pases rabes.

    A abertura econmica brasileira, promovida nosanos 1990, possibilitou imediata aproximao dopas com o Oriente Mdio, promovida por meio deinvestimentos mtuos e parcerias polticas parapromoo do desenvolvimento.A realizao da I Cpula Amrica do Sul-Pasesrabes (ASPA), em 2005, tinha por objetivodebater temas comuns para os dois grupos depases, mas a ecloso da Primavera rabeimpossibilitou a realizao de qualquer reunioaps 2012.

    QUESTO 23

    Julgue os itens abaixo (C ou E) no que concerne importncia do Ir na geopoltica mdio-oriental:

    O Ir possui influncia significativa sobre osgrupos xiitas do Oriente Mdio, entre os quais,os houthis iemenitas e os curdos.Os pases rabes nutrem desconfianas diantedo programa nuclear do Ir, visto comopotencial ameaa estabilidade regional.A ascenso de Hassan Rouhani presidnciado Ir contribuiu para uma sutil distenso comIsrael.O fim da parceria entre o governo iraniano eBashar Al-Assad, ao fim do governo de

    Mahmoud Ahmadinejad, varivel fundamentalpara os rumos do conflito civil na Sria.

    QUESTO 24

    De acordo com os seus conhecimentos acercada participao brasileira nos contenciosos naOMC, julgue C ou E nas afirmativas abaixo:

    A derrota brasileira no casoEmbraer/Bombardier teve como efeito a

    modernizao dos mecanismos de defesa emcontenciosos internacionais, com a criao deaparato diplomtico e jurdico condizente comos desafios do comrcio internacional.O encerramento do contencioso entre Brasil eEstados Unidos, sobre o algodo, passou pelopagamento de compensaes, destinadas, emparte, ao Instituto Brasileiro do Algodo,dedicado a promover o avano da produoalgodoeira no pas e em outros estadosdependentes deste produto.O contencioso envolvendo o suco de laranja foi

    centrado em uma denncia brasileira de que osEstados Unidos vinham utilizando um critrioilegal, o zeroing, para aplicar medidas anti-dumping contra o produto brasileiro.O Brasil um dos cinco pases maisparticipativos no sistema de soluo decontrovrsias da OMC, seja como demandante,demandado ou como parte interessada.

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    QUESTO 25

    Julgue (C ou E) os itens abaixo no que tange integrao sul-americana:

    A disposio em manter a Amrica do Sul como

    regio de paz e cooperao faz com que a Unasulmantenha projetos voltados para a temtica dasegurana regional, com conselhos temticos emtemas considerados chave: defesa e narcotrfico.A criao da Escola Sul-Americana de Defesa(ESUDE) tem como objetivo formar um centro dealtos estudos para militares e civis dos pases-membros da Unasul, e formar uma viso comumdas necessidades e prioridades da regio, semque signifique a formao de um sistema desegurana coletiva.O Banco do Sul um dos maiores responsvelpelo financiamento de projetos de infraestrutura

    promovidos pela IIRSA.A despeito do nome, o Mercosul ainda no ummercado comum, e pode ser caracterizado comouma unio aduaneira imperfeita, ainda que tenhapromovido avanos na temtica da livre-circulaode pessoas, o que aproxima o bloco de seuobjetivo original.

    QUESTO 26

    Julgue as afirmativas abaixo de acordo com seus

    conhecimentos sobre a Comunidade dos Pases deLngua Portuguesa:

    A CPLP vai alm da interao cultural entre seusintegrantes, e promove aes para a consolidaode estruturas democrticas e construo deculturas de paz nos pases membros.So rgos da CPLP a Conferncia de Chefes deEstado e de Governo, o Conselho de Ministros, oComits de Concertao Permanente e oSecretariado Executivo, aos quais se juntamestruturas como a Assembleia Parlamentar, criada

    em 2007, com o objetivo de aproximar a sociedadecivil dos debates no seio da Comunidade. um pr-requisito para o ingresso na CPLP que opas tenha os falantes de lngua portuguesa comomaioria de sua populao.Japo, Turquia e Senegal so alguns dosobservadores associados da CPLP.

    QUESTO 27

    Guerra de nacionalismos no Mar da ChinaH vrios meses, as disputas de soberania no Mar daChina continuam a se agravar. Em abril de 2012, aguarda costeira das Filipinas ameaou atirar em naviosde pesca chineses nas guas disputadas do recife deScarborough. Em junho, o Vietn decidiu abrir viasnavegveis perto das ilhas Spratly e Paracel; a Chinaretaliou anunciando futuras aes nesse arquiplagodesrtico. Em setembro, foi em torno das ilhaschamadas Senkaku no Japo e Diaoyu na China quese atiaram as tenses. Tendo o governo japonsanunciado a nacionalizao de um punhado de ilhotas

    vulcnicas desabitadas, Pequim replicou com saneseconmicas, manifestaes antinipnicas em vriasgrandes cidades do pas e o envio da guarda costeira zona de conflito.(...)

    http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1300

    Com relao aos conflitos no mar da China, julgueos itens a seguir.

    Essa escalada de atritos no Mar da ChinaOriental e Meridional decorrncia doprocesso iniciado em 1949. A China adotou

    uma poltica de afirmao reativa buscandomudar o status quo territorial atravs dedemonstrao de fora que levou o pas apleitear a soberania sobre diversas ilhasdessas reas nos anos 50 e 60.Podemos estabelecer uma relao entre asaes chinesas e a Teoria do poder Martimode Nicholas Spykman, porque um pontofundamental dessa teoria a importncia docontrole das rotas martimas.

    As disputas no Mar do Sul da China, porterritrios e guas envolvem a adoo deconceitos divergentes, como por exemplo o

    controle histrico de uma determinada rea porum pas e a aplicao das modernas leismartimas internacionais atravs da Convenoda Naes Unidas sobre o Direito do Mar(CNUDM), de 1982.A potencial existncia reservas de petrleo egs so importante fator nas disputas pelasilhas Senkaku e o Japo conta com apoioexplcito dos EUA, ator geopoltico a serconsiderado nas disputas tanto do mar daChina Oriental quanto, Meridional.

    GEOGRAFIA

    http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1300http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1300
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    QUESTO 28

    Observe a imagem a seguir:

    Com relao a esse tema, julgue os itens a seguir:

    Bioma um conjunto de vida ,vegetal e animal,constitudo pelo agrupamento de tipos devegetao contguos e identificveis em escalaregional, com condies geoclimticas similares ehistria compartilhada de mudanas, o que resultaem uma diversidade biolgica prpria.O bioma Amaznia perdeu cerca de 20% de suacobertura vegetal original, principalmente numafaixa que vai de Rondnia ao Maranho e inclui oMato Grosso e o Par. Entre os mecanismos decontrole do desmatamento no bioma temos oPRODES, DETER e DEGRAD, geridos pelo INPE.O Cerrado o bioma que vem sofrendo maioralterao nos ltimos anos e j perdeu cerca de50% de sua cobertura original. A criao doPPCerrado, em 2009, criou um cenrio dereverso desse ritmo pois no se identifica, nessemomento, novas regies que possam ser vistascom reas de fronteira agropecuria no bioma.Pantanal e Pampa so os dois menores biomas eos que possuem maior percentual de coberturavegetal original preservada. Essa situao temrelao direta com o domnio da pecuria poisessa atividade no exige a retirada da vegetaooriginal.

    QUESTO 29

    O setor de gerao de energia consideradoestratgico em muitos projetos nacionais. Por outrolado, os sistemas de engenharia por eleincrustados no territrio provocam por vezes

    significativos impactos nas reas onde selocalizam.

    No Brasil, uma parte expressiva da eletricidade emgerada em usinas hidrulicas. Com relao hidroeletricidade e seus impactos julgue asafirmativas a seguir:

    A fonte hidrulica corresponde a cerca de 75%da eletricidade do pas, numa situao bemdistinta da mdia mundial, onde a liderana docarvo mineral. Nos ltimos anos houvepequeno aumento dessa participao devido a

    entrada em operao de projetos como Jirau eSanto Antnio.A Bacia do Paran possui a maior parte daproduo hidreltrica do pas o que pode serexplicado pelo seu grande potencial natural eproximidade com os grandes mercadosconsumidores. A Bacia Amaznica possui omaior potencial ainda no aproveitado, essepotencial est associado aos deslocamentos deafluentes do Amazonas de planaltos edepresses para a plancie.A tcnica do fio dgua, utilizada em Jirau,Santo Antnio e Belo Monte, determina menor

    alagamento, o que comprovado pelo tamanhodo lago dessas hidreltricas, mas determinamenor produo energtica total pois asvariaes pluviomtricas ao longo do anodeterminam sazonalidade da produo.Entre os impactos socioambientais dashidreltricas temos a remoo de populaes,perda da biodiversidade, alterao do processode sedimentao montante e jusante,formao de microclimas e modificao dapiscosidade.

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    QUESTO 30

    A imagem a seguir representa as cidades identificadascomo globais, de diversos nveis, em uma srie deestudos sobre o tema.

    Com relao a esse tema julgue os itens a seguir:

    A origem do conceito de cidade global estdiretamente relacionada aos impactos causadossobre as metrpoles dos pases centrais peloprocesso de globalizao da economia,desencadeado a partir do final dos anos 70. Astransformaes na economia mundial teriamconduzido a uma crise da centralidade econmicadaquelas metrpoles com profundas alteraes naorganizao do espao dessas cidades.Originalmente a Cidade Global se configura comoum n ou ponto nodal entre a economia nacional e

    o mercado mundial, congregando em seu territrioum grande nmero das principais empresastransnacionais; cujas atividades econmicas seconcentrassem no setor de serviosespecializados e de alta tecnologia, em detrimentodas atividades industriais.O avano de novas funes em diversas cidade domundo contribui para o processo de renovaourbana denominados por muitos autores derevitalizao. Essa refuncionalizao amplia asegregao espacial atravs da intensificao daespeculao imobiliria.Entre as crticas disseminao do da

    classificao de cidade globais pelo mundo e asanlises dessas cidades a partir desse conceitotemos o fato dessa anlise privilegiar asverticalidades em oposio s horizontalidades.

    QUESTO 31

    China e ndia so os dois pases mais populosos doplaneta, com mais de 1/3 da populao mundial.Obviamente, o setor agropecurio desses pases deenorme importncia para as realidades locais e para aeconomia mundial. Com relao a esse tema, julgue:

    O fator trabalho decisivo para a produoagropecuria chinesa e indiana que possuemdezenas de milhes de propriedades rurais. Nos

    ltimos anos percebemos, no entanto, umavano da tecnificao, mais intensamente nandia, o que contribui para o xodo rural.China e ndia so grandes produtoresagropecurios ocupando as primeiras posiesno total de trigo, arroz alm de importantesrebanhos. A produtividade agropecuria desses

    pases, no entanto, so, em mdia, menoresque as de outros grandes produtores, comoEstados Unidos e Brasil.China e ndia enfrenta srias limitaesnaturais, associadas obstculos climticos egeomorfolgicos, que faz com que, apesar dasgrandes dimenses territoriais, possuam reastotais cultivadas relativamente pequenas.A China resiste a abertura de seu mercadoagropecurio porque teme os impactos daconcorrncia no seu Espao Rural. Asreformas indianas das ltimas dcadasgeraram uma postura mais flexvel desse pas

    nas negociaes do setor.