SIMULADO 2018 -...

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SIMULADO 2018 1º DIA PROVA DE REDAÇÃO, PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

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INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO

O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:

fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo­argumentativo. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "texto insuficiente". apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.

TEXTOS MOTIVADORES

TEXTO I

O capítulo dedicado à saúde na Constituição Federal (1988) retrata o resultado de todo o processo desenvolvido ao longo de duas décadas, criando o Sistema Único de Saúde (SUS) e determinando que “a saúde é direito de todos e dever do Estado” (art. 196). A Constituição prevê o acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais.

Disponível em: www.portal.sespa.pa.gov.br. Acesso em: 20 ago. 2007 (adaptado).

TEXTO II

Atribuir ao doente a culpa dos males que o afligem é procedimento tradicional na história da humanidade. Na Idade Média, a sociedade considerava a hanseníase um castigo de Deus para punir os ímpios. No século XIX, quando a tuberculose adquiriu características epidêmicas, dizia­se que a enfermidade acometia pessoas enfraquecidas pela vida devassa. Com a epidemia de Aids, a mesma história: apenas os promíscuos adquiririam o HIV. Coube àciência demonstrar que são bactérias os agentes causadores de tuberculose e hanseníase, que a Aids é transmitida por um vírus e que esses microorganismos são alheios às virtudes e fraquezas humanas. O mesmo preconceito se repete agora com a obesidade, até aqui interpretada como condição patológica associada ao pecado da gula. No entanto, a elucidação dos mecanismos de controle da fome e da saciedade tem demonstrado que engordar ou emagrecer está longe de ser mera questão de vontade.

Folha de São Paulo, Ilustrada, 12/11/2005.

TEXTO III

Um mundo com risco cada vez maior de surtos de doenças, epidemias, acidentes industriais, desastres naturais e outras emergências que podem rapidamente tornar­se uma ameaça à saúde pública global: é esse o cenário traçado pelo relatório anual da Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo a OMS, desde 1967, terão sido identificadas mais trinta e nove novas doenças, além do HIV, do Ebola, do Marburgo e da pneumonia atípica. Outras, como amalária e a tuberculose, terão sofrido mutações e resistirão cada vez mais aos medicamentos. “Estas ameaças tornaram­se um perigo muito grande para um mundo caracterizado por grande mobilidade, interdependência econômica e interligação eletrônica. As defesas tradicionais nas fronteiras nacionais não protegem das invasões de doenças ou de seus portadores”, disse Margaret Chan, diretora geral da OMS. “A saúde pública internacional é uma aspiração coletiva, mas também uma responsabilidade mútua”, acrescentou. O relatório deixa recomendações aos governos, entre as quais a implementação definitiva do regulamento sanitário internacional e a promoção de campanhas de prevenção e simulação de surtos epidêmicos, para garantir respostas rápidas e eficazes.

Disponível em: www.ultimahora.publico.clix.pt/. Acesso em: 23 ago. 2007 (adaptado).

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo­argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "A responsabilidade do cidadão e do Estado na construção de uma sociedade mais saudável", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ­ Página 3

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS ­ Língua Estrangeira (Inglês)Questões de 1 a 5

QUESTÃO 1

Disponível em: https://s­media­cache­ak0.pining.com. Acesso em: 25 out. 2015 (adaptado).

A imagem mostra diferentes cortes de uma fotografia feita em uma área de conflito. O relacionamento entre oselementos verbais e não verbais indica que

A a mídia pode escolher entre uma abordagem ou outra, dependendo da mensagem que quer transmitir, e, comisso, manipular o receptor.

B a mídia procura sempre a melhor maneira de enfocar uma notícia para que o receptor possa ter acesso àveracidade dos fatos veiculados.

C o receptor da mensagem é o principal responsável pela construção do sentido das mensagens veiculadas pelosórgãos midiáticos.

D o receptor deve procurar se inteirar dos fatos em mais de um veículo de mídia para que não seja enganado poruma visão viciada.

E o receptor pode escolher livremente em que verdade acreditar, embora a mídia procure sempre fornecer a ele averdade dos fatos.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ­ Página 4

QUESTÃO 2

Disponível em: http://www.hongkiat.com. Acesso em: 5 nov. 2015 (adaptado).

O objetivo dessa peça publicitária é desestimular o uso do cigarro. Sua estratégia de convencimento, presente noselementos verbais e não verbais, se baseia na

A aproximação entre os malefícios do cigarro e os provocados pela fumaça dos veículos automotores.B comparação de que o cigarro pode causar uma morte tão violenta quanto um acidente de carro.C compreensão de que as doenças decorrentes do fumo matam tanto quanto acidentes de trânsito.D conscientização de que fazer uso do cigarro enquanto se dirige pode causar acidentes fatais.E sugestão de que o dinheiro gasto com o cigarro poderia ser investido em um automóvel.

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QUESTÃO 3

Disponível em: https://br.pinterest.com. Acesso em: 14 out. 2015.

O humor da tirinha constrói­se principalmente com base na(o)

A ambiguidade causada pela ordem dada pelo médico.B cena politicamente incorreta em contexto tão sério.C condição de saúde da mulher retratada.D ingenuidade da personagem masculina.E traço simples no desenho dos personagens.

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QUESTÃO 4

Masters of War

Come you masters of war You that build all the gunsYou that build the death planesYou that build and all the bombsYou that hide behind wallsYou that hide behind desksI just want you to know I can see through your masks.

You that never done nothin’But build to destroy You play with my worldLike it’s your little toy You put a gun in my handAnd you hide from my eyes And you turn and run farther When the fast bullets fly.

Like Judas of old You lie and deceiveA world war can be won You want me to believeBut I see through your eyes And I see through your brain Like I see through the water That runs down my drain.

BOB DYLAN. The Freewheelin’ Bob Dylan. Nova York: ColumbiaRecords, 1963 (fragmento).

Na letra da canção Master of War, há questionamentose reflexões que aparecem na forma de protesto contra

A o envio de jovens à guerra para promover aexpansão territorial dos Estados Unidos.

B o comportamento dos soldados norte­americanosnas guerras de que participaram.

C o sistema que recruta soldados para guerrasmotivadas por interesses econômicos.

D o desinteresse do governo pelas famílias dossoldados mortos em campos de batalha.

E as Forças Armadas norte­americanas, queenviavam homens despreparados para as guerras.

QUESTÃO 5

Students begin classes next Wednesday

Students and teachers are getting ready to head intosome high­tech classes at a school in Mountain House."They are talking about a new way of teaching thanwhat we usually know," student Kevin Arokiaraj saidTuesday. Arokiaraj is ready to start class with a newway of learning. "We have a [Google] Chromebookinstead of textbooks," he said.

Students begin class at Mountain House High Schoolnext Wednesday, but teachers have been gettinginstruction for the past two weeks. Mountain HouseHigh’s principal said these are new ways of teachingand testing. There is no need for printers or lockers, andstudents are welcome to use their smartphones, theprincipal said. "You are basically catching up with thetimes," one student said.

With 11,000 new homes going up in Mountain House,some parents said they moved to the area because ofthe new school. "It’s like a dream come true," parentRaj Arokiaraj said.

Disponível em: http://www.kcra.com/news. Acesso em: 20 ago.2014 (adaptado).

A partir da leitura da notícia, é possível inferir que seuobjetivo é

A destacar a importância do uso da tecnologia pormeio de smartphones e tablets dentro da sala deaula de adolescentes.

B divulgar o novo modelo de ensino, mais tecnológicoe atualizado, adotado pela direção da escola deMountain House.

C incentivar as escolas a se atualizar e adotar livroseletrônicos para seus alunos do Ensino Médio.

D comunicar a volta às aulas na escola de EnsinoMédio Mountain House, que passou por mudançasestruturais durante o recesso escolar.

E relacionar o crescimento da construção civil naregião de Mountain House com o aprimoramentodas escolas da região.

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS ­ Língua Estrangeira (Espanhol)Questões de 1 a 5

QUESTÃO 1

Disponível em: www.facebook.com. Acesso em: 16 out. 2015.

No facebook da Aiesec Argentina, o anúncio de voluntariado internacional utiliza mais de uma vez o verbo “conocer”ao associar o cidadão global com o(a)

A potencial ilimitado de descobertas internacionais.B desejo intenso de liderar outros países.C oportunidade de atuar como voluntário.D necessidade de solucionar problemas globais.E credibilidade proporcionada pelo intercâmbio.

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QUESTÃO 2

Disponível em: http://blogdelpirataverde.blogspot.com.br. Acesso em: 5 abr. 2015.

A partir do diálogo da tirinha, depreende­se que o discurso de Calvin teve um resultado diferente do que eleesperava, já que no último quadrinho ele

A ainda não sabe qual material precisará para fazer seu trabalho escolar.B compreende que terá que assumir a responsabilidade por seu dever de casa sozinho.C declara que não começará a fazer seu dever de casa enquanto não tiver a orientação da mãe.D desiste de argumentar com a mãe por não encontrar outra solução.E não demonstra ter mais esperanças de que a mãe o ajudará com o trabalho manual.

QUESTÃO 3

[...] Cuzco incaico, Padre del ande, de magia andina en vestimenta colonial, tu converges al centro del universo, entre el cielo y el ande, entre el valle y el río. Allí estás Cuzco, en cuna de oro, admirable, magnífico, como el más excelso monumento de la historia Inca, de inmensas fortalezas y ciudades de piedra, con tu valle sagrado y tu gente andina, Allí estás, sembrada como semilla, como historia, como el más grande fruto de la estirpe humana. [...]

ELLIOTTA. Disponível em: http://saylaelliott.com. Acesso em: 2 nov. 2015 (fragmento).

Considerar Cuzco como fruto da estirpe humana é, de acordo com o texto, uma forma de ressaltar a(o)

A caracterização religiosa marcante desse grupo.B diversidade da paisagem que atrai inúmeros turistas.C enaltecimento desse povo com base em seus feitos políticos.D diminuição da cultura desse povo, cada vez mais “desumano”.E valorização da cultura indígena e característica desse povo.

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QUESTÃO 4

Pensamiento crítico

Ser capaz de procesar el lenguaje de una manera que vaya más allá de lo obvio es una herramienta muy importantepara la comprensión del mundo en el que vivimos. A través de un pensamiento crítico producto del razonamiento yde la contextualización de la información estará mejor preparado para desenvolverse no sólo en el mundo que hablaen español, sino incluso en el mundo de su propia lengua materna. Las actividades de comunicación y lacomunicación en sí son las claves para el incremento de su conocimiento del español; asimismo, aprender a "leerentre líneas" implica un gran paso en su avance hacia la excelencia y la fluidez. En esta sección encontraráejercicios de pensamiento crítico para ayudar a perfeccionar y pulir su lectura y habilidades de pensamiento crítico.

Disponível em: http://www.donquijote.org. Acesso em: 19 out. 2015.

No texto transcrito, o pensamento crítico é relacionado

A à importância dos estudos da linguagem.B à necessidade de processar informações.C à competência necessária para estudar.D ao desejo de expansão do conhecimento.E ao fundamento dos estudos linguísticos.

QUESTÃO 5

Em um año de campaña paraguaya, he visto muchas cosas tristes...

He visto la tierra, com su fertilidade incoercible y salvaje, sofocar al hombre, que arroja uma semilla y obtirne cienplantas diferentes y no abe cúal es la suya. He visto los viejos caminhos que abrió la tirania devorados por lavegetación, desleídos por las innundaciones, borrados por el abandono.

BARRET, R. Lo que visto. Cuba: XX feira internacional del libro de la Habana, 2011.

Rafael Barret nasceu na Espanha e, ainda jovem, foi viver no Paraguai. O fragmento do texto Lo que he visto revelaum pouco da percepção do escritor sobre a realidade paraguaia, marcada, em essência pelo(a)

A desalento frente às adversidades naturais.B amplo conhecimento da flora paraguaia.C impossibilidade de cultivo da terra.D necessidade de se construírem novos caminhos.E despreparo do agricultor no trato com a terra.

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIASQuestões de 6 a 45

QUESTÃO 6

Disponível em: http://3.bp.blogspot.com. Acesso em: 11 dez. 2016.

Nessa peça publicitária, recursos verbais e não verbais são associados com o objetivo de mudar o comportamentodas pessoas quanto a uma questão de saúde pública. No cartaz, essa associação é ressaltada na(o)

A ênfase aos nomes das doenças como algo passageiro que deve ser encoberto pelas cortinas.B relação entre a frase “perder o melhor da vida” e a imagem do homem que foge da companhia da criança.C foco dado às doenças tipicamente masculinas em imagem e em palavras, que cobrirão a paisagem e as

pessoas.D contraposição entre a criança saudável, brincando ao ar livre, e o homem preocupado em somente negar as

doenças.E destaque dado ao homem saudável que escolhe afastar a cortina com vários nomes de doenças com alta

incidência em homens.

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QUESTÃO 7

Estado ferro­velho

Repousa há tempos, a dois quarteirões de minha casa,em via pública, a velha carcaça de um Ford Del Rey –data de nascimento e cor indefinidas – outrora luxuososonho de consumo que viveu dias de glória na décadade 70. [...]

Venho monitorando o Del Rey nas quatro estações.Quando chove, a coisa piora. No ano passado, fiz oque pude: com uma vara de bambu, cutuquei eemborquei muitos frascos cheios d’água, desalojandoas prováveis larvas do mosquito da dengue.

Pensando nos insetos, resolvi testar a vigilância doEstado. Antecipando­me às chuvas de verão, denuncieio trambolho. No site da prefeitura loguei e cliquei,fornecendo meus dados completos – incluindo CPF,etnia, gênero, hábitos alimentares e preferênciasmusicais. A resposta veio rapidinho: “Prezadomunícipe: a PBH não executa este tipo de serviço.Estamos comunicando à BHTrans sua solicitação”.Animado com a presteza do processo e orgulhoso commeu novo título de “munícipe”, aguardei que a mãopoderosa do Estado, materializada num guincho Munck,agarrasse os restos do Del Rey e, num estrondo,despejasse­os na carroceria de um caminhão, sem dó.Mas, que nada: desconfio que a comunicação PBH­BHTrans evadiu­se na folga de alguma conexão USBbamba. O fato é que o Del Rey continua lá, sereno eimpoluto, acumulando mais sujeira.

FABBRINI, F. Estado ferro­velho. Disponível em:http://www.otempo.com.br. Acesso em: 2 nov. 2015 (fragmento).

Na leitura do fragmento do texto do mineiro FernandoFabbrini, constata­se que o humor presente nadescrição do processo da reclamação, no site daprefeitura,

A reside na satisfação do “munícipe” com a eficácia epresteza na resposta da prefeitura, que agirá comoum guincho Munck para rebocar o carroabandonado.

B é construído principalmente na descrição de itensesdrúxulos para o preenchimento do formulário epelo vocativo inusitado na resposta da prefeitura.

C está na ligação inusitada das atividades daprefeitura com a BHTrans, empresa de transporteda capital mineira, e na comunicação eficienteentre elas.

D está em se referir a um carro abandonado e semcor e descrevê­lo como sonho de consumo dadécada de 1970.

E parte de elementos do universo de 1970 para fazera descrição do carro abandonado e que precisa serrebocado.

QUESTÃO 8

“Uso do internetês pode prejudicar futuroprofissional”, diz especialista

Os avanços tecnológicos acarretam um conjunto demudanças comportamentais, entre as quais as formasde se comunicar. Com a popularização da internet,surgiu também uma variação da língua portuguesa quefoge da norma culta, o “internetês”. Segundo WilmaRamos, professora de português e escritora, essalinguagem prejudica o rendimento escolar e poderesultar em prejuízos profissionais. [...]

Algumas frases podem parecer apenas letras soltas esem significado para quem desconhece a linguagemutilizada em redes sociais e mensagens de celular. Vejaalguns exemplos:

Kd vc dnv? = Cadê você de novo?

Pq vc n resp m msg? = Por que você não respondeminha mensagem?

Me dsj fldds pq tô apx. = Me deseje felicidades porqueestou apaixonado.

Tô c sds de vc. = Estou com saudades de você.

Nd hj ta bm. = Nada hoje está bem.

Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 2 dez. 2015(fragmento adaptado).

A análise do texto quanto ao uso do “internetês” e aobservação dos exemplos dados e traduzidosdemonstram que

A essa linguagem abreviada é ágil e revela domínioda língua pelo usuário, pois, para abreviar, épreciso saber como escrever a palavracorretamente.

B essa linguagem abreviada, mesmo sendo reduzidae sem padronização oficial, cumpre sua funçãocomunicativa, mas só deve ser utilizada emsituações informais.

C esse tipo de escrita é valorizado em qualquer meiode comunicação, visto que, mesmo comabreviações inexistentes na língua padrão, écompreensível.

D o uso de abreviações, como citado nos exemplos,não pode ser considerado como açãocomunicativa, visto que não cumpre sua funçãocomunicativa de interação.

E o emprego de palavras abreviadas em excessotorna a linguagem utilizada em mensagens decelular totalmente contrária às regras da gramática,logo não constrói um texto.

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QUESTÃO 9

TEXTO I

Gustave Doré, Paolo e Francesca de Rimini, s/d, Óleo sobre tela.

TEXTO II

Exagerado

Amor da minha vida Daqui até a eternidade Nossos destinos Foram traçados na maternidade

Paixão cruel desenfreada Te trago mil rosas roubadas Pra desculpar minhas mentiras Minhas mancadas

Exagerado Jogado aos teus pés Eu sou mesmo exagerado Adoro um amor inventado

Eu nunca mais vou respirar Se você não me notar Eu posso até morrer de fome Se você não me amar

[...]

(Cazuza / Ezequiel Neves / Leoni), Exagerado. Som livre. SãoPaulo. 1985.

Apesar de terem sido produzidos em contextoshistóricos bem diferentes, a pintura de Gustave Doré ea canção interpretada por Cazuza têm em comum

A o arrebatamento sentimental, característico dosultrarromânticos.

B a busca incansável pela perfeição formal, muitoutilizada pelos parnasianos.

C o pessimismo existencial e transcendente, tal qualfaziam os simbolistas.

D o cenário bucólico e pastoril, também representadopelos árcades.

E o distanciamento do egocentrismo, apresentadopelos condoreiros.

QUESTÃO 10

Receita para um dálmata (ou: Soneto branco com bolinhas pretas)

Pegue um papel, ou uma parede, ou algo que seja quase branco e bem vazio. Amasse­o até que tome forma de um animal: focinho, corpo, patas.

Em cada pata ponha muitas unhas e em sua boca muitos dentes. (Caso queira, pinte o focinho de qualquer cor que pareça rosa). Atrás, [...]

ponha um fiapo nervoso: será seu rabo. Pronto. Ou quase: deixe­o lá fora e espere chover nanquim.

Agora dê grama ao bicho. Se ele rejeitar, é dálmata. Se comer (e mugir), é uma vaca que tens. Tente outra vez.

DUVIVIER, G. Disponível em: http://www.jornalplasticobolha.com.brAcesso em: 10 out. 2016 (adaptado).

Além do humor, o soneto de Gregório Duvivierapresenta, em sua composição

A o recurso da fantasia.B a estrutura narrativa.C os elementos da fábula.D o uso de rimas idênticas.E a presença da intertextualidade.

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QUESTÃO 11

O homem trocado

O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda está na sala de recuperação. Há uma enfermeira do seu lado.Ele pergunta se foi tudo bem.

– Tudo perfeito – diz a enfermeira, sorrindo.– Eu estava com medo desta operação...– Por quê? Não havia risco nenhum.– Comigo, sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de enganos...

E conta que os enganos começaram com seu nascimento. Houve uma troca de bebês no berçário e ele foi criadoaté os dez anos por um casal de orientais, que nunca entenderam o fato de terem um filho claro com olhosredondos. Descoberto o erro, ele fora viver com seus verdadeiros pais. [...] Fora preso por engano. Várias vezes.Recebia intimações para pagar dívidas que não fazia. Até tivera uma breve, louca alegria, quando ouvira o médicodizer:

– O senhor está desenganado.

Mas também fora um engano do médico. Não era tão grave assim. Uma simples apendicite.

– Se você diz que a operação foi bem...

A enfermeira parou de sorrir.

– Apendicite? – perguntou, hesitante.– É. A operação era para tirar o apêndice.– Não era para trocar de sexo?

VERÍSSIMO, L. F. Disponível em: www.pensador.uol.com.br. Acesso em: 28 jul. 2016.

O tom surreal do conto é demarcado por uma encadeação de fatos inusitados e ainda assim possíveis. Isso, aliadoa uma linguagem irreverente, justifica o título do texto, tornando a personagem principal

A um ser humano confuso, incapaz de diferenciar histórias dos acontecimentos reais de sua vida cotidiana.B uma alusão aos costumes desorganizados do brasileiro, justificando as confusões na vida de um cidadão

comum.C o ápice dos resultados dos erros humanos cotidianos, compendiado em uma só pessoa, como crítica à

ineficiência.D um louco, pois é pressuposto que o homem possui dupla personalidade, sendo isso a causa de seus problemas.E uma caricatura, que habita um universo fictício e verossímil, o que é a raiz do humor presente no conto.

QUESTÃO 12

[...] a gente carece de fingir às vezes que raiva tem, mas raiva mesma nunca se deve de tolerar ter. Porque, quandose curte raiva de alguém, é a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa passe durante o tempogovernando a ideia e o sentir da gente; o que isso era falta de soberania, e farta bobice, e fato é.

ROSA, G. Grande sertão: veredas. Disponível em: https://google.books.com. Acesso em: 18 out. 2015 (adaptado).

No trecho destacado da obra Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa (1908­1967), o narrador Riobaldo querdizer que sentir raiva é

A um ato de liberdade de si perante os outros.B uma bobagem que não leva a lugar nenhum.C um comportamento moralmente intolerável.D uma perda de tempo por parte de quem a vive.E uma submissão de si ao controle de outrem.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ­ Página 14

QUESTÃO 13

Lira I

Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, que viva de guardar alheio gado, de tosco trato, de expressões grosseiro, dos frios gelos e dos sóis queimado. Tenho próprio casal e nele assisto; dá­me vinho, legume, fruta, azeite; das brancas ovelhinhas tiro o leite, e mais as finas lãs, de que me visto. Graças, Marília bela. graças à minha Estrela!

Eu vi o meu semblante numa fonte: dos anos inda não está cortado; os Pastores que habitam este monte respeitam o poder do meu cajado. Com tal destreza toco a sanfoninha, que inveja até me tem o próprio Alceste: ao som dela concerto a voz celeste nem canto letra, que não seja minha. Graças, Marília bela. graças à minha Estrela!

Mas tendo tantos dotes da ventura, só apreço lhes dou, gentil Pastora, depois que o teu afeto me segura que queres do que tenho ser senhora. É bom, minha Marília, é bom ser dono de um rebanho, que cubra monte e prado; porém, gentil Pastora, o teu agrado vale mais que um rebanho e mais que um trono. Graças, Marília bela. graças à minha Estrela! [...]

GONZAGA, T. A. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br.Acesso em: 16 out. 2015.

A hipérbole é uma figura de linguagem caracterizadapelo exagero da expressão, que produz ideiasgrandiosas e, até mesmo, inverossímeis. No poematranscrito, esse recurso é empregado na passagem

A de tosco trato, de expressões grosseiro, dos frios gelos e dos sóis queimado.

B Graças, Marília bela, graças à minha Estrela!

C os Pastores que habitam este monte respeitam o poder do meu cajado.

D depois que o teu afeto me segura que queres do que tenho ser senhora.

E porém, gentil Pastora, o teu agrado vale mais que um rebanho e mais que um trono.

QUESTÃO 14

Passeio ciclístico de 1º de Maio em Campo Grande

O Dia do Trabalho teve uma comemoração diferente,cerca de 5 mil pessoas fizeram um passeio ciclísticona manhã desta sexta­feira (1°), em Campo Grande. Opasseio já é realizado há 25 anos e reúne famílias eamigos. A concentração de ciclistas teve início às 9h,quando todos partiram da avenida das Bandeiras,percorreram a rua 14 de julho e encerraram o passeiona avenida Afonso Pena, em frente ao Parque dasNações Indígenas.

Os mais jovens não aguentaram a ansiedade e saíramna frente. Atrás, pedalavam o grande grupo. Ao todo,sete quilômetros foram percorridos. O dia foi para aprática da atividade física, reunião de família e tambémpara refletir sobre os espaços que temos na cidade paraos ciclistas.

Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 23 jun. 2015.

A notícia fala sobre um passeio ciclístico, prática cadavez mais difundida nas grandes cidades. Muito mais doque o mero exercício físico, esse tipo de encontrotraduz outras necessidades de diferentes grupossociais. Nessa perspectiva, o evento acima referidocontribui para

A reafirmar a diversidade cultural dos participantes.B integrar subgrupos em faixas etárias específicas.C reforçar os laços comunitários entre diversos

grupos.D dar visibilidade a minorias negligenciadas pela

comunidade.E permitir a socialização de indivíduos com

limitações motoras.

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QUESTÃO 15

Disponível em: https://goo.gl. Acesso em: 13 ago. 2016.

O anúncio do Ministério da Saúde demonstra a necessidade de transformações de hábitos corporais infantis emfunção dos malefícios causados por certos costumes. Isso indica que

A a prática de esportes entre crianças é incentivada somente pelas iniciativas governamentais.B as repercussões fisiológicas da falta de atividade física infantil já eram sentidas nos hábitos escolares dos

brasileiros.C a prática de atividade física na infância precisa ser vista, atualmente, como um aspecto essencial na sociedade.D o programa governamental prevê a mudança de padrões relacionados à estética corporal infantil do brasileiro.E o sedentarismo atingia 18 milhões de estudantes antes de o programa governamental existir.

QUESTÃO 16

[...] diríamos que ele [...] expressava­se (entregava­se, quem sabe?) ou fosse lá o que fosse, naquele momentoespecífico, por uma predileção, tendência, símbolo, sintoma ou como queiram chamá­lo, senhores, senhoras, aoscafés amargos, aos tabacos fortes, aos blues lentos, embora a redundância deste último. E os morcegosesvoaçavam ao redor da casa. Esse o início.

Caio Fernando Abreu. “Os Companheiros”. In: Morangos Mofados. São Paulo: Agir, 1982.

Pronomes são importantes elementos de coesão textual, que permitem ao falante remeter a um elemento antes oudepois de sua aparição no texto. No fragmento acima, o pronome em destaque refere­se a

A “cafés amargos”.B “tabacos fortes”.C “blues lentos”.D “morcegos”.E “início”.

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QUESTÃO 17

Procusto

No alto das montanhas da Ática, na antiga Grécia, viviaum homem estranho de nome Procusto.

Procusto costumava ficar à espreita nos desfiladeiros,comuns naquela região montanhosa, para atacar osviajantes desprevenidos que por ali passavam. Ele nãosó vivia à custa de roubar as pessoas, como tambémarquitetou uma maneira de tornar seu trabalho divertido,além de lucrativo. Construiu uma cama de ferroexatamente do seu tamanho e, sempre que despojavaum passante, obrigava a desafortunada vítima a deitar­se na sua cama. Se por acaso o “cliente” coubesseperfeitamente na cama, Procusto adorava e restituía­lhetudo o que roubara. Mas coitados daqueles pobres“clientes” que não cabiam direito na cama.

Se a pessoa era pequena demais, Procusto dava­lhemarteladas para esticá­la a ponto de preencher toda acama. Se era grande demais, amputava­lhe osmembros até que seu corpo ficasse da medida exata dacama.

Esse esporte fazia com que Procusto se sentissemuitíssimo importante e satisfeito consigo próprio.Teseu castigou­o, fazendo com ele o que fazia com osoutros.

BULFINCH, Thomas. Livro de ouro da Mitologia. Rio de Janeiro:Ediouro, 1999; RIBES, Peter. Mais parábolas e fábulas. São

Paulo: Paulus, 1999. p. 102 (adaptado).

A riqueza de sentidos contida nos mitos fez com quese transformassem em uma fonte de reflexão, um meiode buscar a explicação sobre o significado das coisas ede acontecimentos complexos.

O episódio de Procusto ilustra um comportamentohumano muito frequente atualmente, e que suscita areflexão de que

A atingir a uniformidade entre indivíduos deve ser ameta da sociedade igualitária.

B exercer a ação de deixar o outro ser o que quiser écontribuir para o sofrimento dele.

C forçar a adequação de pessoas a padrões eexpectativas externos é inútil e cruel.

D tratar indivíduos violentos sem punição severaacarreta agravamento de suas atitudes.

E viver segundo o pensamento alheio proporciona asuperação de desafios.

QUESTÃO 18

Disponível em: www.pt.wikipedia.org. Acesso em: 25 jun. 2015.

Vincent Van Gogh é um pintor de difícil classificação,pois pintou no período impressionista e pós­impressionista, desenvolvendo um estilo próprio eeclético. Na obra acima, no entanto, pode­se associá­loao

A Cubismo, pelo fato de que fragmenta os planosvisuais, reunindo­os numa perspectivabidimensional.

B Dadaísmo, pois se percebe sua tentativa de rompercom qualquer convenção da arte pictórica.

C Expressionismo, uma vez a realidade é deformadapara ressaltar a solidão e o desencanto do modelo.

D Futurismo, por sua tentativa de capturar umpersonagem urbano e associado à vida dasmetrópoles.

E Surrealismo, em face do caráter onírico dacomposição, que remete a imagens advindas doinconsciente.

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QUESTÃO 19

Disponível em: http://www.belasartes.br. Acesso em: 8 nov. 2015.

Os gêneros textuais exercem funções diversas na sociedade. A publicidade apresenta elementos verbais eimagéticos que são construídos com base em estratégias específicas de persuasão, sendo uma delas aambiguidade. Assim, a publicidade da moto Honda Biz, com a ambiguidade presente no texto,

A apresenta um ponto de vista diverso do público­alvo.B contrapõe a primeira expectativa do leitor da propaganda.C relata, também em imagens, uma experiência turística real.D sugere o público­alvo e a ação ambicionada por ele.E surpreende o público­alvo pelo seu efeito irônico.

QUESTÃO 20

Marsala: A cor da decoração

Ela está nas roupas, nos acessórios, nos sapatos e até mesmo nas unhas. A cor queridinha da estaçãodesembarcou, também, nos objetos de decoração. De taças a almofadas, o fato é que o tom marsala invadiu, agora,a sua casa.

Revista Exclusive, n. 29, especial n. 20, ago. 2015. p. 40.

Os conhecimentos sobre os diferentes tipos textuais, construídos socioculturalmente, relacionam­se a seu contextode uso, função social, objetivo e formato. A avaliação dos elementos que compõem esse texto demonstra que suafunção é

A informar sobre cromoterapia na decoração.B vender produtos anunciados na cor marsala.C apresentar uma tendência de moda da decoração.D mostrar que a decoração depende da moda de roupas.E expor a opinião de leitores sobre decoração em uma revista.

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QUESTÃO 21

Garotas e garotos da Geração Z, em sua maioria, nunca conceberam o planeta sem computador, chats, telefonecelular. Por isso, são menos deslumbrados que os da Geração Y com chips e joysticks. Sua maneira de pensar foiinfluenciada desde o berço pelo mundo complexo e veloz que a tecnologia engendrou. Diferentemente de seus pais,sentem­se à vontade quando ligam ao mesmo tempo a televisão, o rádio, o telefone, música e internet. Outracaracterística essencial dessa geração é o conceito de mundo que possui, desapegado das fronteiras geográficas.Para eles, a globalização não foi um valor adquirido no meio da vida a um custo elevado. Aprenderam a convivercom ela já na infância. Como informação não lhes falta, estão um passo à frente dos mais velhos, concentrados emadaptar­se aos novos tempos.

Enquanto os demais buscam adquirir informação, o desafio que se apresenta à Geração Z é de outra natureza. Elaprecisa aprender a selecionar e separar o joio do trigo. E esse desafio não se resolve com um micro veloz. A armachama­se maturidade. É nisso, dizem os especialistas, que os jovens precisam trabalhar. Como sempre.

Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 18 nov. 2015.

O texto apresentado fala sobre a chamada “Geração Z”, que inclui aqueles nascidos a partir de meados dos anos1990. Segundo o autor, esses jovens

A buscam adquirir vantagens em relação aos mais velhos, para impor­se social e economicamente a eles.B aprendem precocemente a separar o tipo de conhecimento virtual útil das informações inúteis e alienantes.C vislumbram um mundo isento de fronteiras físicas e, portanto, de entraves morais que lhes toldem o

comportamento.D pensam de forma mais veloz e, por isso mesmo, mais consistente e coerente do que seus pais e avós.E guardam, sob evidentes diferenças, semelhanças comportamentais com os jovens de todas as épocas.

QUESTÃO 22

TEXTO I

Aquele homem meio estrábico, ostentando um mau humor maior do que realmente poderia dedicar a quem lhecruzasse o caminho e que agora entrava no cinema, numa segunda­feira à tarde, para assistir a um filme nem tãoesperado, a não ser entre pingados amantes de cinematografias de cantões os mais exóticos, aquele homem, sim,sentou­se na sala de espera e chorou, simplesmente isso: chorou. Vieram lhe trazer um copo d’água logo afastado,alguém sentou­se ao lado e lhe perguntou se não passava bem, mas ele nada disse, rosnou, passou as narinas pelamanga, levantou­se num ímpeto e assistiu ao melhor filme em muitos meses, só isso. Ao sair do cinema, chovia.Ficou sob a marquise, à espera da estiagem. Tão absorto no filme que se esqueceu de si. E não soube mais voltar.

NOLL, João Gilberto. Mínimos múltiplos comuns. São Paulo: Francis, 2003.

TEXTO II

De tanto frequentarem cinema, as pessoas acabam acreditando mais na tela do que na vida que levam.

ANDRADE, Carlos Drummond de. O avesso das coisas ­ aforismos. In: Prosa seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003.

O desfecho do Texto I, expresso na frase “E não soube mais voltar”, pode ser relacionado ao aforismo de CarlosDrummond de Andrade, no Texto II. A afirmativa de que o personagem do Texto I, tendo já saído do cinema, “nãosoube mais voltar”, indica que ele está

A tão absorto na realidade ficcional que não consegue retornar à sua própria realidade.B tristemente enganado sobre a realidade que o cerca e escolhe a morte voluntária.C muito abalado para conseguir ver outro filme, consequência do impacto que o cinema lhe causa.D pouco sensibilizado para a relação entre seu choro copioso e a chuva que caía incessante.E verdadeiramente decidido a não mais voltar ao cinema, por nele se sentir alheio à realidade.

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QUESTÃO 23

Inteligência da França precisa ligar os pontos contra o terror, diz analista

Folha: Como é possível explicar que pelo menos sete terroristas suicidas consigam planejar, receberfinanciamento e coordenar ataques em pleno coração de Paris sem terem sido detectados pelos serviços deinteligência? Por que falharam assim?

A. Bauer: Não é o caso de sucesso ou fracasso, propriamente. Numa democracia aberta, como a francesa, não épossível impedir todos os atos terroristas. Hoje, mais de 90% dos atentados são abortados ainda durante a fase deplanejamento, muito antes de os terroristas terem a chance de executá­los.

A questão é como avançar de 90% para 99%. Em geral, quando acontece um atentado, nós descobrimos como elespoderiam ter sido evitados. Boa inteligência depende da qualidade da informação. Temos capacidade de reação, adificuldade é conseguir compreender toda informação estocada e transformá­la em elemento de análise.

Folha: Como melhorar a capacidade de análise?

A. Bauer: O bom antiterrorismo não é quando pegamos os autores de um atentado, mas quando o impedimos deacontecer. Existe um trabalho qualitativo a ser feito que diz respeito a todos os serviços do Ocidente. Encontraranalistas capazes de gerenciar o tempo como um inimigo não é a mesma coisa que fazer contraespionagem, onde otempo está a nosso favor.

Todos os inquéritos sobre atentados começam da mesma forma: nós sabíamos tudo ou quase tudo, a questão é quenão conseguimos ligar os pontos. A questão é que só capacidade de análise permite antecipação.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/. Acesso em: 18 nov. 2015 (fragmento adaptado).

De acordo com a entrevista da Folha de S.Paulo com o criminologista Alain Bauer, a França

A acredita que prender os autores de um atentado é a principal característica de um bom antiterrorismo.B analisará as informações coletadas sobre milhares de extremistas com o intuito de descobrir os terroristas

responsáveis.C ampliará em 9% a abordagem dos atentados, pois possui qualidade de informação estocada a ser transformada

em elemento de análise.D permanecerá vulnerável a alguns ataques enquanto não resolver a questão central de seus serviços de

inteligência.E possui analistas capazes de não só gerenciar o tempo como um inimigo, mas também de impedir os atentados.

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QUESTÃO 24

A partir da metade do século XX, ocorreu um conjuntode transformações econômicas e sociais cuja dimensãoé difícil de ser mensurada: a chamada explosão dainformação. Embora essa expressão tenha surgido nocontexto da informação científica e tecnológica, seusignificado, hoje, em um contexto mais geral, atingeproporções gigantescas.

Por estabelecerem novas formas de pensamento emesmo de lógica, a informática e a Internet vêmgerando impactos sociais e culturais importantes. Adisseminação do microcomputador e a expansão daInternet vêm acelerando o processo de globalizaçãotanto no sentido do mercado quanto no sentido dastrocas simbólicas possíveis entre sociedades e culturasdiferentes, o que tem provocado e acelerado ofenômeno de hibridização amplamente caracterizadocomo próprio da pós­modernidade.

FERNANDES, M. F.; PARÁ, T. A contribuição das novastecnologias da informação na geração de conhecimento.

Disponível em: http://www.coep.ufrj.br. Acesso em: 11 ago. 2009(adaptado).

Considerando­se o novo contexto social e econômicoaludido no texto apresentado, as novas tecnologias deinformação e comunicação

A desempenham importante papel, porque sem elasnão seria possível registrar os acontecimentoshistóricos.

B facilitam os processos educacionais para ensino detecnologia, mas não exercem influência nasciências humanas.

C limitam­se a dar suporte aos meios decomunicação, facilitando sobretudo os trabalhosjornalísticos.

D contribuem para o desenvolvimento social, poispermitem o registro e a disseminação doconhecimento de forma mais democrática einterativa.

E estão em estágio experimental, particularmente naeducação, área em que ainda não demonstrarampotencial produtivo.

QUESTÃO 25

Alívio imediato

O melhor esconderijo, a maior escuridão Já não servem de abrigo, já não dão proteção A Líbia bombardeada, a libido e o vírus O poder o pudor os lábios e o batom […]

Há espaço pra todos há um imenso vazio Nesse espelho quebrado por alguém que partiu A noite cai de alturas impossíveis E quebra o silêncio e parte o coração

Há um muro de concreto entre nossos lábios Há um muro de Berlim dentro de mim Tudo se divide todos se separam Duas Alemanhas duas Coreias Tudo se divide todos se separam

Que a chuva caia como uma luva Um dilúvio um delírio Que a chuva traga alívio imediato Que a noite caia de repente caia Tão demente quanto um raio Que a noite traga alívio imediato.

GESSINGER. H. Disponível em: https://www.vagalume.com.br/.Acesso em: 25 out. 2016 (adaptado).

Canções podem ser capazes de oferecer pistas sobre ocontexto socioeconômico de sua composição. Osversos que melhor se relacionam ao período delançamento de Alívio imediato, no final dos anos 1980,são:

A “Que a chuva caia como uma luva Um dilúvio um delírio”.

B “Há um muro de concreto entre nossos lábios Há um muro de Berlim dentro de mim”.

C “A noite cai de alturas impossíveis E quebra o silêncio e parte o coração”.

D “O melhor esconderijo, a maior escuridão Já não servem de abrigo, já não dão proteção”.

E “Há espaço pra todos há um imenso vazio Nesse espelho quebrado por alguém que partiu”.

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QUESTÃO 26

KUCZYNSKIEGO,P. Ilustração, 2008. Disponível em: http://capu.pl. Acesso em: 3 ago. 2012.

O artista gráfico polonês Pawla Kuczynskiego nasceu em 1976 e recebeu diversos prêmios por suas ilustrações.Nessa obra, ao abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego usa sua arte para

A difundir a origem de marcantes diferenças sociais.B estabelecer uma postura proativa da sociedade.C provocar a reflexão sobre essa realidade.D propor alternativas para solucionar esse problema.E retratar como a questão é enfrentada em vários países do mundo.

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QUESTÃO 27

O que é Pinterest? Como ele funciona?

O site é uma modernidade daquela mania de recortarimagens interessantes e pendurar no mural do quarto,algo comum entre crianças e adolescentes na décadade 90. O nome vem de um acrônimo das palavras pin(alfinete) e interest (interesse), a rede social atingiu 10milhões de usuários norte­americanos em apenas novemeses, registrando o maior crescimento já visto atéhoje em uma rede social.

O Pinterest é um grande mural de imagens. Lá ointernauta compartilha imagens e vídeos que julgueinteressante. Você pode até achar esse conceitoultrapassado e já utilizado pelo Tumblr, por exemplo, sóque a grande diferença da rede social é a possibilidadede dividir sua imagem em boards, ou seja, em murais.

Disponível em: www.pitacosmodernos.com.br. Acesso em: 23 maio2015.

O Pinterest apresenta diversas funcionalidades, entreelas o compartilhamento de imagens interessantes, oque faz com que essa rede social

A seja um portal pioneiro na realização dessa tarefaem vias eletrônicas, considerando que, apesar deexistirem redes semelhantes, ela foi a primeira alidar com imagens.

B constitua uma alternativa para o usuário organizarsuas fotos e arquivos pessoais sem perder aprivacidade, já que nela existe um número poucoexpressivo de usuários.

C interfira negativamente na maneira com quecrianças e adolescentes organizam suas fotos,determinando o fim de antigos hábitos culturais.

D seja um portal elitizado, cujo público deve terrecursos para a digitalização de fotos físicas umavez que não é permitido compartilhar fotos deoutros usuários.

E permita que o usuário exponha para outrosinternautas o que acha interessante de formapública e dinâmica, como se estivesse colandofotos em uma parede.

QUESTÃO 28

Soneto VII

Ardor em firme coração nascido; Pranto por belos olhos derramado; Incêndio em mares de água disfarçado; Rio de neve em fogo convertido:

Tu, que em um peito abrasas escondido; Tu, que em um rosto corres desatado; Quando fogo, em cristais aprisionado; Quando cristal em chamas derretido.

Se és fogo como passas brandamente, Se és neve, como queimas com porfia? Mas ai, que andou Amor em ti prudente!

Pois para temperar a tirania, Como quis que aqui fosse a neve ardente, Permitiu parecesse a chama fria.

MATOS, Gregório. Disponível em:http://osmeussonetos.blogspot.com.br/. Acesso em: 16 set. 2016.

No soneto, o eu lírico, na sua angústia, revela o afeto eas lágrimas derramadas na ausência da dama a quemama. Representante significativo do Barroco, o poetaGregório de Matos usa, predominantemente, nessepoema, a figura de linguagem

A paradoxo, quando opta pela letra maiúscula noinício da palavra Amor, personificando a paixão.

B ironia, que constrói a situação de forma crítica parademonstrar a fragilidade e a fugacidade do amor.

C hipérbole, que traduz ideia de grandiosidade epompa ao dizer que a manifestação do Amor foiprudente.

D prosopopeia, ao personificar seres inanimados paradinamizar a realidade, como em “Rio de neve emfogo convertido”.

E antítese, que caracteriza a paixão ao demonstrartoda a tensão vivida no uso da proximidade depalavras de sentido contrário.

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QUESTÃO 29

Disponível em: http://4.bp.blogspot.com. Acesso em: 24 nov. 2015.

A comunicação, para se estabelecer, exige mais do que o conhecimento técnico da língua. No cartum, o diálogodesenvolvido

A contibui para a comunicação plena entre as personagens.B representa modelos fictícios de mulheres na sociedade.C estereotipa a fala da classe social da funcionária.D registra variantes de maior prestígio na língua portuguesa.E comprova a aceitação do discurso da empregada.

QUESTÃO 30

Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os brasileiros, seconcentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho de Porfiro, acompanhado pelo violão do Firmo,romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada mais que os primeiros acordes da música crioula para que osangue de toda aquela gente despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o corpo com urtigas bravas. Eseguiram­se outras notas, e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já não eram dois instrumentos quesoavam, eram lúbricos gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando, como cobras numa florestaincendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor: música feita de beijos e soluços gostosos; carícia defera, carícia de doer, fazendo estalar de gozo.

AZEVEDO, A. O Cortiço. São Paulo: Ática, 1983 (fragmento).

No romance O Cortiço (1890), de Aluízio Azevedo, as personagens são observadas como elementos coletivoscaracterizados por condicionantes de origem social, sexo e etnia. Na passagem transcrita, o confronto entrebrasileiros e portugueses revela prevalência do elemento brasileiro, pois

A destaca o nome de personagens brasileiras e omite o de personagens portuguesas.B exalta a força do cenário natural brasileiro e considera o do português inexpressivo.C mostra o poder envolvente da música brasileira, que cala o fado português.D destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à tristeza dos portugueses.E atribui aos brasileiros uma habilidade maior com instrumentos musicais.

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QUESTÃO 31

Genoma

Apesar de a medicina preventiva ser ainda um dosmaiores expoentes para salvar vidas, uma das maisimportantes revoluções deste século na área médica, ésem dúvida, o projeto genoma. Trata­se domapeamento de todos os genes do corpo humano(DNA) e será de suma importância para as futurasgerações, pois vai possibilitar a prevenção de doençashereditárias, ou pelo menos amenizar seus sintomas.

A previsão dos cientistas envolvidos no projeto é que,daqui a 50 anos, a terapia genética estará disponívelpara a maioria das doenças, e a expectativa de vida dohomem chegará aos 90 anos. Hoje, já é possível saberse o DNA de uma pessoa acusa a predisposição acertos tipos de câncer e, a partir dessa constatação,aplicar um tratamento preventivo no paciente.

Disponível em: http://www.boasaude.com.br/. Acesso em: 22 set.2016 (fragmento).

Com o avanço das tecnologias, diversos campos dosaber sofreram alterações em sua ação sobre o mundo.A relação entre a medicina preventiva e o projetogenoma, segundo o texto, pode ser identificada como

A complementar, pois a terapia genética ampliará asmedidas que a medicina preventiva conseguirárealizar.

B antagônica, pois ambos os métodos se posicionamde forma afirmativa ao uso da previsão de doenças.

C contraditória, pois a ciência não prevê apossibilidade de determinar se haverá amanifestação de uma doença ou não.

D suplementar, pois a medicina preventiva tem basesde análise distintas das que o projeto genoma darávalor e significado.

E redundante, pois ambos os métodos apresentam osmesmos processos para diagnosticar as doençasde forma preventiva.

QUESTÃO 32

A falha na comunicação entre os personagens dacharge gera efeito de humor, porque um dos falantesnão

A reconheceu terminologias relacionadas à economia,e interpretou incorretamente a fala do outro.

B conseguiu se fazer compreender, pois utilizoutermos específicos de grupos marginalizados.

C mostrou domínio do significado da gíria “morou”,dando a interpretação relativa ao verbo “morar”.

D respeitou a situação formal de fala, que exigialinguagem culta e objetiva para interagireficientemente.

E apresentou domínio da língua portuguesa informal,somente interpretando construções formais.

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QUESTÃO 33

O bicho

Vi ontem um bicho Na imundice do pátio Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem.

BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, s.d.

O poema “O bicho”, publicado em 1940 por Manuel Bandeira, apresenta valores sociais permanentes no patrimônioliterário nacional, os quais reconhecemos na

A devastação do lixão provocada pelos animais.B denúncia da miséria que animaliza o ser humano.C insatisfação do homem perante a comida escassa.D frustração dos responsáveis pelo lixão das cidades.E insensibilidade da sociedade diante da fome.

QUESTÃO 34

Ao leitor

Que Stendhal confessasse haver escrito um de seus livros para cem leitores, coisa é que admira e consterna. O quenão admira, nem provavelmente consternará, é se este outro livro não tiver os cem leitores de Stendhal, nemcinquenta, nem vinte, e quando muito, dez... Dez? Talvez cinco. Trata­se, na verdade, de uma obra difusa, na qualeu, Brás Cubas, se adotei a forma livre de um Sterne, ou de um Xavier de Maistre, não sei se lhe meti algumasrabugens de pessimismo. Pode ser. Obra de finado. Escrevi­a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia, e nãoé difícil antever o que poderá sair desse conúbio. Acresce que a gente grave achará no livro umas aparências depuro romance, ao passo que a gente frívola não achará nele o seu romance usual; ei­lo aí fica privado da estima dosgraves e do amor dos frívolos, que são as duas colunas máximas da opinião.

Mas eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o primeiro remédio é fugir a um prólogo explícito e longo. Omelhor prólogo é o que contém menos coisas, ou o que as diz de um jeito obscuro e truncado. [...]

ASSIS, M. de. Disponível: Nov://www.biblio.com.br. Acesso em: 23 nov. 2015 (fragmento).

O texto apresentado pertence ao romance Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Trata­se doprólogo, ou seja, de um comentário que precede a narrativa. Por meio de sua leitura, depreende­se que, em relação àarte, o narrador tem uma visão

A pessimista, uma vez que deixa transparecer sua incredulidade quanto à recepção que sua obras terão por parteda crítica.

B idealista, dado que está convicto de que seu livro, apesar das dificuldades intrínsecas, será bem recebido pelosleitores.

C elitista, já que admira autores que têm poucos leitores e se vangloria do fato de ter ele mesmo quase nenhumleitor.

D pragmática, pois demonstra conhecer as bases necessárias à construção do sucesso de uma obra literária.E vanguardista, visto que defende que a obra de arte seja original, de forma a surpreender o leitor.

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QUESTÃO 35

Disponível em: http://orion­oblog.blogspot.com.br. Acesso em: 6jun. 2012 (adaptado).

O cartaz aborda a questão do aquecimento global. Arelação entre os recursos verbais e não verbais nessapropaganda revela que

A o discurso ambientalista propõe formas radicais deresolver os problemas climáticos.

B a preservação da vida na Terra depende de açõesde dessalinização da água marinha.

C a acomodação da topografia terrestre desencadeiao natural degelo das calotas polares.

D o descongelamento das calotas polares diminui aquantidade de água doce potável do mundo.

E a agressão ao planeta é dependente da posiçãoassumida pelo homem frente aos problemasambientais.

QUESTÃO 36

Uso de suplementos alimentares por adolescentes

Evidências médicas sugerem que a suplementaçãoalimentar pode ser benéfica para um grupo de pessoas,aí incluídos atletas competitivos, cuja dieta não sejabalanceada. Tem­se observado que adolescentesenvolvidos em atividade física ou atlética estão usandocada vez mais tais suplementos. A prevalência desseuso varia entre os tipos de esportes, aspectos culturais,faixas etárias (mais comum em adolescentes) e sexo(maior prevalência em homens). Poucos estudos sereferem a frequência, tipo e quantidade de suplementosusados, mas parece ser comum que as dosesrecomendadas sejam excedidas.

A mídia é um dos importantes estímulos ao uso desuplementos alimentares ao veicular, por exemplo, omito do corpo ideal. Em 2001, a indústria desuplementares investiu globalmente US$ 46 bilhões empropaganda, como meio de persuadir potenciaisconsumidores a adquirir seus produtos. Naadolescência, período de autoafirmação, muitos delesnão medem esforços para atingir tal objetivo.

ALVES, C.: LIMA, R. J. Pediatra. v.85, n. 4, 2009 (fragmento).

Sobre a associação entre a prática de atividades físicase o uso de suplementos alimentares, o texto informaque a ingestão desses suplementos

A é indispensável para as pessoas que fazematividades físicas regularmente.

B é estimulada pela indústria voltada paraadolescentes que buscam um corpo ideal.

C é indicada para atividades físicas como amusculação com fins de promoção da saúde.

D direciona­se para adolescentes com distúrbiosmetabólicos e que praticam atividades físicas.

E melhora a saúde do indivíduo que não tem umadieta balanceada e nem pratica atividades físicas.

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ­ Página 27

QUESTÃO 37

A fim de completar, de maneira coerente com a normaculta, o diálogo entre o médico e seu paciente, umaluno optou pela expressão

A "a muito tempo".B "fazem muitos anos".C "haviam muitos anos".D "há muito tempo".E "à muito tempo".

QUESTÃO 38

Charles Eisenstein: "O normal já era"

Matemático formado pela Universidade Yale, oamericano Charles Eisenstein escreve livros sobreeconomia que têm imagens idílicas na capa e nomescom clara inspiração na autoajuda – como O mundomais bonito que nossos corações sabem ser possível,título de sua primeira obra em lançamento no Brasil.Eisenstein é um guru da gift economy – a ofertavoluntária de bens e serviços, sem dinheiro envolvidonem expectativa de algo em troca. Em palestras ou nojornal britânico The Guardian, para o qual colaboradesde 2012, o escritor torna­se mais ouvido conforme omodelo ocidental de sociedade entra em crise. "Onormal já era", diz. "As pessoas não sabem o que

fazer." Eisenstein veio ao país dar uma palestra noSesc Vila Mariana, em São Paulo, no dia 22 denovembro.

MOURA, M. Disponível em: http://epoca.globo.com/economia/.Acesso em: 20 dez. 2016 (adaptado).

Na introdução de sua entrevista, o jornalista MarceloMoura informa os ramos de atuação e a formação deCharles Eisenstein com o objetivo de

A comover o público.B desmotivar o leitor.C impressionar o leitor.D ridicularizar o matemático.E desvalorizar o entrevistado.

QUESTÃO 39

A reciclagem na Suécia é tão revolucionária queeles estão ficando sem lixo

A Suécia está na liderança na gestão de resíduossólidos urbanos, e dá exemplo ao resto do mundo. Opaís nórdico recicla 1,5 bilhão de garrafas e latasanualmente, uma quantidade impressionante para umapopulação de 9,3 milhões de pessoas. Os suecosproduzem apenas 461 kg de lixo por ano (a médiaeuropeia é de 525 kg), e menos de 1% dessaquantidade acaba em aterros sanitários.

Essa ênfase na sustentabilidade, porém, tem trazidoum problema para a produção de eletricidade do país. Olixo queimado em 32 instalações de incineração deresíduos produz energia elétrica e aquece casas nopaís. Se as usinas têm menos combustível, o país temmenos energia.

Esse programa se chama resíduo­para­energia, efunciona da seguinte forma: fornalhas são carregadascom lixo, que é queimado a temperaturas entre 850 e1000 °C, produzindo vapor. Esse gás é usado paramover turbinas geradoras de eletricidade, que étransferida para a rede de energia elétrica.

Disponível em: http://hypescience.com/. Acesso em: 17 nov. 2016(adaptado).

Ao se analisar a notícia apresentada, verifica­se que afunção da linguagem em destaque é a

A referencial, pois a finalidade do texto é informar.B fática, já que o foco é o canal de comunicação.C apelativa, porque busca influenciar o receptor.D expressiva, por transmitir os sentimentos do

emissor.E metalinguística, uma vez que explica o próprio

código.

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QUESTÃO 40

A cor local dos provérbios

Benjamin Lee Whorf, línguista responsável pela Teoria do Determinismo Linguístico, já dizia: “Cada língua recorta arealidade de um modo particular.”

A cultura abrange todas as formas de pensamento, vida e ação existentes dentro de uma sociedade, incluindo acomunicação verbal e, portanto, o próprio sistema linguístico. Um único ato humano é diferentemente vivido erepresentado por diferentes sociedades.

Os provérbios procuram ilustrar como os mais diversos povos têm o mesmo pensamento, uma mesma ideia, mastendem a expressá­los de modo diferente, de acordo com seus hábitos, com o meio ambiente, sua história, seusvalores etc.

GONÇALEZ, C. Disponível em: http://www.terminologia.com.br/. Acesso em: 25 out. 2016 (adaptado).

A autora do texto apresentado, Carolina Gonçalez, cita os provérbios como parte integrante do patrimônio linguísticodos povos. Como exemplo, ela utiliza um provérbio muito conhecido no Brasil: “De grão em grão a galinha enche opapo.”

Transferida para outras culturas, a mensagem cujo sentido difere do transmitido pelo provérbio brasileiro é:

A “Pouco a pouco o passarinho faz seu ninho.” (francês)B “Fios de linha de todo o mundo podem fazer uma camisa inteira para um homem.” (russo)C “De gota em gota se enche o mar.” (italiano)D “O prego que se destaca será martelado.” (japonês)E “O exército de Fu Chien deteve o curso do rio quando cada soldado atirou lá dentro o seu chicote.” (chinês)

QUESTÃO 41

Com o Nobel para Bob Dylan, é hora de redescobrir os trovadores

Por esta, as casas de aposta britânicas não esperavam: o cantor Bob Dylan ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de2016. Seria um sinal de que as já questionáveis fronteiras entre a cultura pop e a chamada alta literatura estão sedesfazendo? Deixemos essa questão a quem interessa: os círculos acadêmicos obcecados por categorizar osgêneros do discurso.

Ao mundo hispano­americano, no entanto, cabe uma lembrança oportuna: a importância dos trovadores para nossaformação cultural e sua atualidade nem sempre reconhecida.

Sim, houve um tempo em que poesia e música eram indissociáveis. A literatura na Península Ibérica nasceu com ocanto dos trovadores da Idade Média, menestréis ambulantes ou abrigados nas cortes da Galícia e do norte dePortugal. Eles construíram um vigoroso retrato do amor medieval e deram lugar à voz feminina nas suascomposições. Foram eles também os que denunciaram as mazelas daquela sociedade em suas cantigas deescárnio e maldizer.

LOZANO, J. R. http://brasil.elpais.com/.Acesso em: 20 out. 2016 (adaptado).

O professor José Ruy Lozano apoia a premiação do cantor Bob Dylan, empregando o recurso da

A comparação.B estatística.C categorização.D intimidação.E autoridade.

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QUESTÃO 42

Não pode tirar­me as esperanças

Busque Amor novas artes, novo engenho Para matar­me, e novas esquivanças; Que não pode tirar­me as esperanças, Que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho! Vede que perigosas seguranças! Pois não temo contrastes nem mudanças, Andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas conquanto não pode haver desgosto Onde esperança falta, lá me esconde Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que na alma me tem posto Um não sei quê, que nasce não sei onde; Vem não sei como; e dói não sei porquê.

Luís Vaz de Camões, Sonetos. Domínio público.

No poema lido, pode­se identificar dois traços da líricacamoniana, ilustrados na

A medida nova e no neoplatonismo, que coloca oamor em um plano do extra real idealístico.

B adoção das rimas ricas na composição, além daescolha do tema emocional humano.

C inovação ao adotar o soneto como medida dopoema, além da simbolização do ser amado.

D invocação do sofrimento do herói português aonarrar suas desventuras em forma poética.

E exaltação do amor como mecanismo de salvação,transformando o poema em uma ode.

QUESTÃO 43

A triste história de ESTÓRIA

Perdi a conta dos leitores que me perguntam sobre afamigerada estória. Uns querem saber se realmenteexiste essa distinção entre estória e história. Outrosteriam ouvido que a palavra existiu outrora, mas hojeseria considerada arcaica. [...]

Infelizmente, como nos piores pesadelos dosecologistas, estória rompeu as cercas de segurança,saiu do pequeno rincão do Folclore e invadiu nossasvidas. O responsável por isso foi João Guimarães Rosa[...]. Como escreve meu mestre Celso Pedro Luft, comuma ponta de inesperada ironia, Rosa decidiu “glorificar,imortalizar a ausência do agá: Primeiras Estórias.Corriam os anos de 1962. Primeiras estórias… todosos fãs do mineiro imortal ficaram absolutamentealucinados. E foi estória para cá, estória para lá,

estória para todos os lados. Uma epidemia. Perdão,uma glória”.

MORENO, C. http://wp.clicrbs.com.br/sualingua. Acesso em: 30nov. 2016 (adaptado).

No texto apresentado, o linguista Cláudio Morenodemonstra que o termo “estória”

A constitui uma forma antiga de “história”.B equivale às “lendas do folclore brasileiro”.C foi um equívoco cometido pelo escritor Guimarães

Rosa.D popularizou­se devido ao uso realizado por

Guimarães Rosa.E era muito utilizado em artigos relacionados a

questões linguísticas.

QUESTÃO 44

O sedutor médio

Vamos juntar Nossas rendas e expectativas de vida querida, o que me dizes? Ter 2, 3 filhos e ser meio felizes?

VERISSIMO, L. F. Poesia numa hora dessas?! Rio de Janeiro:Objetiva, 2002.

No poema O sedutor médio, é possível reconhecer apresença de posições críticas

A nos três primeiros versos, em que “juntarexpectativas de vida” significa que, juntos, oscônjuges poderiam viver mais, o que faz docasamento uma convenção benéfica.

B na mensagem veiculada pelo poema, em que osvalores da sociedade são ironizados, o que éacentuado pelo uso do adjetivo “médio” no título edo advérbio “meio” no verso final.

C no verso “e ser meio felizes?”, em que “meio” ésinônimo de metade, ou seja, no casamento,apenas um dos cônjuges se sentiria realizado.

D nos dois primeiros versos, em que “juntar rendas”indica que o sujeito poético passa por dificuldadesfinanceiras e almeja os rendimentos da mulher.

E no título, em que o adjetivo “médio” qualifica osujeito poético como desinteressante ao sexooposto e inábil em termos de conquistas amorosas.

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QUESTÃO 45

Mitos pedagógicos do ensino de produção de texto

Fala errado, escreve mal

É certo que o conhecimento linguístico e a competência escritora causam um impacto na fala. Mas a relação entreambas as habilidades não é tão estreita assim a ponto de se afirmar que quem fala mal escreve com dificuldade.Como a escrita não é a transcrição da fala, para produzir bons textos é preciso praticar, conhecer e se apropriardela.

Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/. Acesso em: 7 dez. 2015 (fragmento).

De acordo com o texto, o mito pedagógico de que “quem fala errado escreve mal” está

A correto, pois há a necessidade da adequação linguística em contextos informais privados e de prática para oaprendizado da escrita.

B correto, pois há importância na manutenção da variedade culta da língua falada, para a preservação daidentidade cultural de um povo

C errado, pois há a necessidade de prática para domínio escrito da norma­padrão em situações comunicaçãoescrita.

D errado, pois há obrigatoriedade sobre a norma culta da língua na fala, para a garantia de uma comunicaçãoefetiva e interação eficiente.

E errado, pois há supremacia das formas da língua em relação ao seu conteúdo, o que deve ser demonstrado nafala, para repercutir na escrita.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 31

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIASQuestões de 46 a 90

QUESTÃO 46

TEXTO I

Revista Careta, 1957.

TEXTO II

Cartaz divulgado em 1961. Disponível em: http://entrandonahistoria.zip.net. Acesso em: 2 nov. 2015.

As duas imagens que foram veiculadas no Brasil apresentam uma visão diferente a respeito do Governo deJuscelino Kubitschek (1956­1961). Nesse sentido, a primeira imagem, em detrimento da segunda,

A destaca a crise socioeconômica brasileira, que impossibilitou o retorno de Juscelino à presidência da República.B ressalta os graves problemas vivenciados no governo JK, que são omitidos na propaganda pelo seu retorno.C enfatiza o descaso do governo JK em relação à sociedade, o que invalida a ideia de popularidade do presidente.D critica o distanciamento do presidente dos grupos sociais menos abastados, o que justifica a campanha elitista.E rechaça o fracasso do Plano de Metas do governo, que foi negligenciado pela campanha de 1961 ao exaltar o

projeto governamental.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 32

QUESTÃO 47

A construção social da realidade social realiza­se em epor meio de inúmeros atos de construção antagonísticaque os agentes operam, a cada momento, nas suaslutas individuais e coletivas, espontâneas eorganizadas, para impor a representação do mundosocial que é mais conforme aos seus interesses; lutasestas, está claro, muito desiguais, pois os agentespossuem uma mestria muito diversificada dosinstrumentos de produção da representação do mundosocial.

BOURDIEU, Pierre. 2002 [1972]. Les stratégies matrimonialesdans le système des stratégies de reproduction. In: Le bal des

célibataires. Paris: Seuil. p.167­260. Apud CABRAL, João de Pina.Sem palavras: etnografia, hegemonias e quantificação. MANA –Estudos de Antropologia Social, v. 14, n. 1, p. 61­86, 2008.

A partir do texto do sociólogo francês Pierre Bourdieu,pode­se inferir que existem diferentes visões darealidade social. Alguns indivíduos e grupos sociaisconseguem ter maior atuação para transformar o mundosocial a partir de seus interesses, pois

A acumulam capital financeiro.B ocupam cargos da administração pública.C entendem como funciona o mundo social.D articulam através de suas redes de relações.E detêm posição social que viabiliza maior agência.

QUESTÃO 48

O jovem espanhol Daniel se sente perdido. Seu diplomade desenhista industrial e seu alto conhecimento deinglês devem ajudá­lo a tomar um rumo. Mas a taxa dedesemprego, que supera 52% entre os que têm menosde 25 anos, o desnorteia. Ele está convencido de queseu futuro profissional não está na Espanha, como ode, pelo menos, 120 mil conterrâneos que emigraramnos últimos dois anos. O irmão dele, que éengenheiro‑agrônomo, conseguiu emprego no Chile.Atualmente, Daniel participa de uma “oficina de procurade emprego” em países como Brasil, Alemanha eChina. A oficina é oferecida por uma universidadeespanhola.

GUILAYN, P. Na Espanha, universidade ensina a emigrar. OGlobo, 17 fev. 2013 (adaptado).

A situação ilustra uma crise econômica que implica

A valorização do trabalho fabril.B expansão dos recursos tecnológicos.C exportação de mão de obra qualificada.D diversificação dos mercados produtivos.E intensificação dos intercâmbios estudantis.

QUESTÃO 49

Em um país tão diverso em sua composição étnica,racial e cultural como o Brasil, é um grande desafioestabelecer medidas protetivas e implementar políticaspúblicas para a promoção do bem­estar social dapopulação, sobretudo das populações tradicionais,marcadas pela invisibilidade histórica, por ameaças aosseus modos de vida e territórios, por pressõesfundiárias, econômicas, processos discriminatórios e deexclusão sociopolítica.

MENDES, A. B. V.; COSTA FILHO, A.; SANTOS, A. F. Tratadosinternacionais, populações tradicionais e diversidade biológica.

Teoria & Sociedade, UFMG, v. esp., p. 235­250, 2014.

Dentre as várias populações que formam a naçãobrasileira, são exemplos de povos tradicionais

A a população rural.B os garimpeiros locais.C os tropeiros paranaenses.D as comunidades quilombolas.E os descendentes de portugueses.

QUESTÃO 50

Nações inteiras rejeitam várias regras morais. Poder­se­á, talvez, objetar que não consiste num argumentoafirmar que a regra não é conhecida porque é violada.Concordaria com essa objeção se os homens, emboratransgressores, não repudiassem a lei – seja pelo temorda vergonha, da crítica ou do castigo, que imporiamalgum respeito sobre eles. Mas é impossível imaginarque toda uma nação de homens devesse rejeitar erenunciar publicamente ao que cada um deles sabiacom certeza ser uma lei, pois deviam tê­la naturalmenteem suas mentes.

MARTINS, C.; MONTEIRO, J. P. Vida e obra. In: LOCKE, J.Ensaio sobre o entendimento humano. São Paulo: Nova

Cultural, 1999, p. 47 (adaptado).

No texto, o empirista britânico John Locke (1632­1704)analisa a questão dos diferentes valores morais dassociedades, buscando

A aceitar a existência de leis morais naturais que sãovioladas por diversos povos.

B afirmar a impossibilidade de se estabelecerem leisque sejam comuns a todos.

C estabelecer a vergonha como a única reaçãoverdadeira à transgressão moral.

D provar a inexistência de valores morais a partir dasdivergências culturais sobre isso.

E rejeitar a possibilidade de que possa haver leismorais independentes da experiência.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 33

QUESTÃO 51

As iniciativas voltadas para a terceira idade transformam o envelhecimento em uma experiência mais gratificante;contudo, esse sucesso surpreendente é proporcional à precariedade dos mecanismos de que dispomos para lidarcom os problemas da velhice avançada. A imagem do envelhecimento, associada à terceira idade, não ofereceinstrumentos capazes de enfrentar os problemas envolvidos na perda de habilidades cognitivas e de controlesfísicos e emocionais que estigmatizam o velho e que são fundamentais, na nossa sociedade, para que um indivíduoseja reconhecido como um ser independente, capaz de um exercício pleno dos direitos de cidadania.

DEBERT, Guita Grin. A invenção da terceira idade e a rearticulação de formas de consumo e demandas políticas. Revista Brasileira deCiências Sociais, São Paulo, v. 12, n. 34, p. 39­56, jun. 1997.

A velhice revela como nossa sociedade lida com o efeito do passar do tempo: por um lado, valoriza a sabedoria; poroutro, torna obsoleto o que não acompanha a modernidade. A esse respeito, é possível identificar, a partir do texto,que

A a chegada da terceira idade frequentemente faz com que as pessoas queiram se isolar.B a participação social do idoso é garantida se a ele é conferida autonomia.C a população idosa quer que haja cuidadores para tomarem decisões por si.D a tristeza, apesar de possivelmente arrefecida, é algo intrínseco à velhice.E a tecnologia para melhorar a velhice avançada não evita a estigmatização do idoso.

QUESTÃO 52

TEXTO I

Acostuma­te à ideia de que a morte para nós não é nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações, ea morte é justamente a privação das sensações. A consciência clara de que a morte não significa nada para nósproporciona a fruição da vida efêmera, sem querer acrescentar­lhe tempo infinito e eliminando o desejo deimortalidade.

EPICURO. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Disponível em: https://ghiraldelli.files.wordpress.com. Acesso em: 26 jul. 2016.

TEXTO II

Cristãos, pagãos, maometanos,

A qual de vós fará o Mistério a vontade?

A incerteza do que é a morte é o que nos vale na vida.

O desconhecimento do que é a morte é o sentido da vida.

O desconhecermos a morte é o que faz a beleza da vida.

Quem sabe o valor exato de uma vida?

Sei que há uma vida, e que apagam essa vida – não sei é quem apaga

Mas sei que cada vida que passa há um universo em mim.

CAMPOS, Álvaro de. Poesia completa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 256.

Ambos os textos apresentam como tese a noção de que a(o)

A consideração da finitude na vida humana tem valor fundamental.B expectativa humana pela imortalidade da alma é positiva.C fruição estética da vida se dá necessariamente através dos sentidos.D sentido da vida depende da existência de uma realidade transcendente.E ser humano é incapaz de determinar valores adequadamente.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 34

QUESTÃO 53

Um banco inglês decidiu cobrar de seus clientes cincolibras toda vez que recorressem aos funcionários desuas agências. E o motivo disso é que, na verdade,não querem clientes em suas agências; o que querem éreduzir o número de agências, fazendo com que osclientes usem as máquinas automáticas em todo tipode transações. Em suma, eles querem se livrar de seusfuncionários.

HOBSBAWM, E. O novo século. São Paulo: Companhia dasLetras, 2000 (adaptado).

O exemplo mencionado permite identificar um aspectoda adoção de novas tecnologias na economiacapitalista contemporânea. Um argumento utilizadopelas empresas e uma consequência social de talaspecto estão em

A qualidade total e estabilidade no trabalho.B pleno emprego e enfraquecimento dos sindicatos.C diminuição dos custos e insegurança no emprego.D responsabilidade social e redução do desemprego.E maximização dos lucros e aparecimento de

empregos.

QUESTÃO 54

A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de1789 estabeleceu o princípio segundo o qual os homensnascem e permanecem livres e iguais em direitos. Masa história do liberalismo é rica em exemplos dacapacidade de regimes políticos de criar dualismos,distinções e exclusões que contrariam o universalismode seus princípios fundadores. As contradiçõesdecorrentes desse fenômeno permitem refletir sobre anatureza e os limites de um determinado processo detransformação.

Disponível em: http://www.revistas.usp.br. Acesso em:10 jun. 2015.

O trecho sugere que em sociedades cuja base dalegislação é a Declaração dos Direitos do Homem e doCidadão, existem variações quanto ao alcance dosdireitos para os indivíduos. A estas lacunas quanto aouniversalismo dos direitos de todo homem, pode­seassociar a

A ausência de tribunais internacionais efetivos.B desvalorização da cultura francesa após a

revolução.C existência de regimes monárquicos no mundo

contemporâneo.D impunidade causada pelas brechas constitucionais.E restrição de direitos às mulheres, a despeito de sua

luta.

QUESTÃO 55

Disponível em: http://BP.blogspot.com. Acesso em: 24 ago. 2011.

Na imagem, visualiza­se um método de cultivo e astransformações provocadas no espaço geográfico. Oobjetivo imediato da técnica agrícola utilizada é

A controlar a erosão laminar.B preservar as nascentes fluviais.C diminuir a contaminação química.D incentivar a produção transgênica.E implantar a mecanização intensiva.

QUESTÃO 56

O acidente nuclear de Chernobyl revela brutalmente oslimites dos poderes técnico­científicos da humanidade eas “marchas­à­ré” que a “natureza” nos pode reservar. Éevidente que uma gestão mais coletiva se impõe paraorientar as ciências e as técnicas em direção afinalidades mais humanas.

GUATTARI, F. As três ecologias. São Paulo: Papirus, 1995(adaptado).

O texto trata do aparato técnico­científico e suasconsequências para a humanidade, propondo que essedesenvolvimento

A defina seus projetos a partir dos interessescoletivos.

B guie­se por interesses econômicos, prescritos pelalógica do mercado.

C priorize a evolução da tecnologia, se apropriando danatureza.

D promova a separação entre natureza e sociedadetecnológica.

E tenha gestão própria, com o objetivo de melhorapropriação da natureza.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 35

QUESTÃO 57

QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2008 (adaptado).

Na charge, Mafalda faz um alerta referente à tecnologia nuclear. A preocupação de Mafalda é pertinente na medidaem que

A a bomba atômica necessita, para sua produção, de urânio enriquecido em, ao menos, 90%, o que éextremamente fácil para os países ricos desse mineral, inclusive muitos se sustentam com sua exportaçãobruta ou com a tecnologia para enriquecimento.

B a rotação em velocidades extremas, uma das partes do processo de enriquecimento do urânio, separa os seusátomos, mas esse delicado processo é feito por pessoas desqualificadas, que não garantem a segurança daoperação.

C as usinas que fazem o processo de enriquecimento do urânio possuem milhares de centrífugas, e uma equipe,por mais qualificada que seja, não tem capacidade de coordenar a operação, sendo o risco de explosãoiminente.

D o enriquecimento de urânio, explorado hoje por alguns países, permite a produção de combustível para alimentaruma central nuclear, assim como material para a carga de fissão de uma bomba atômica.

E o urânio é extraído de pedreiras ou de minas, misturado a outros elementos, sendo esse mineral bruto altamentetóxico e explosivo, de difícil manipulação, mas amplamente explorado por países sem tecnologia adequada.

QUESTÃO 58

O que aconteceu nos últimos anos foi que houve um investimento maciço em tecnologia, sobretudo no período dabolha, quando centenas de milhões de dólares foram investidos na instalação de conectividade em banda larga nomundo inteiro, cabos submarinos, essas coisas. Paralelamente, houve o barateamento dos computadores, que seespalharam pelo mundo todo, e uma explosão dos softwares, correio eletrônico, motores de busca, como o Google,e softwares capazes de retalhar qualquer operação e mandar um pedaço para Boston, outro para Bangalore e umterceiro para Pequim, facilitando o desenvolvimento remoto.

Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 19 out. 2015 (adaptado).

O conjunto dos fatores descritos pelo texto foram responsáveis por

A desenvolver os métodos de trabalho baseados na produção em massa.B expandir as possibilidades locacionais do trabalho intelectual.C fortalecer os sindicatos e organizações de trabalhadores.D reduzir a flexibilidade das diversas formas de trabalho.E reforçar os vínculos de classe existentes entre os trabalhadores.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 36

QUESTÃO 59

Como não conseguiu financiamento pelos meios convencionais, o neurocientista brasileiro Eduardo Schenbergestruturou seu projeto de pesquisa para que ele fosse financiado coletivamente em cotas. Ele usou uma plataformade financiamento coletivo, o crowdfunding, para apresentar a pesquisa, seus objetivos e o valor. Ao final dacampanha, ele arrecadou mais de R$ 53 mil – 106% de sua meta.

[...]

Esses financiamentos são reflexo de uma tendência. No mundo inteiro, tem se tornado cada vez mais popular entrea comunidade acadêmica o uso de plataformas de financiamento coletivo para captar recursos para pesquisascientíficas e projetos acadêmicos.

Disponível em: https://www.nexojornal.com.br. Acesso em: 26 fev. 2016 (adaptado).

O financiamento compartilhado é uma tendência à qual muitos pesquisadores de várias nacionalidades têmrecorrido, com o objetivo de amparar suas pesquisas científicas. Nesse sentido, esse tipo de financiamento, semnecessariamente depender das agências públicas de fomento, ou de iniciativas empresariais, favorece odesenvolvimento da ciência, pois

A demonstra como a população se interessa pela ciência, que mantém um diálogo intenso com a sociedade.B enfatiza a importância do trabalho coletivo dentro dos laboratórios em detrimento da pesquisa feita

individualmente.C limita as ações dos pesquisadores, que têm que trabalhar respondendo agora a uma demanda pública.D possibilita inovações de temas e pesquisas sem a dependência de parâmetros institucionais.E promove a valorização dos cientistas que, apesar de receberem outros financiamentos, optam pelo coletivo.

QUESTÃO 60

James Shikwati, economista queniano, é um crítico severo à ajuda internacional recebida pelo continente africano,como podemos ler em um trecho de sua entrevista à revista Veja, publicada em 7 de agosto de 2005.

O dinheiro da ajuda internacional prejudica o setor produtivo e a livre­iniciativa. No Quênia, parte do dinheiro que veiode doações internacionais foi investida no setor de telecomunicações, controlado pelo Estado de forma ineficiente.Desse modo, fica difícil para o setor privado competir com as empresas estatais. A situação na agricultura é aindapior. O envio de toneladas e toneladas de alimentos atrapalha os produtores locais. Eles param de produzir o poucoque têm, porque são incapazes de competir com os alimentos distribuídos gratuitamente à população. Assim,criam‑se novas famílias de pessoas pobres, que passam a depender da ajuda internacional. É uma espiral sem fim,que também desestimula o comércio de alimentos entre os países africanos. Se falta comida no Quênia, devido auma seca, em vez de tentarmos fazer negócios com os países vizinhos, como Uganda e Tanzânia, pedimos comidaaos países europeus ou aos Estados Unidos. Tudo o que nossos líderes precisam fazer é desenvolver estratégiaspara garantir que a ajuda financeira continue chegando.

Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 15 jul. 2015.

Segundo a argumentação do economista, a ajuda internacional prejudica o setor agrícola africano, pois

A aumenta o preço dos alimentos no continente.B coloca em risco a segurança alimentar ao estimular a especialização agrícola.C interfere no equilíbrio da oferta e demanda dos alimentos e afasta os investidores.D possibilita a migração dos investidores agrícolas para o setor industrial.E prejudica a manutenção da qualidade dos produtos do setor.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 37

QUESTÃO 61

TEXTO I

Cabe, sem dúvida, à China, a primazia de haver construído a maior fronteira artificial do mundo, a famosa “GrandeMuralha”. [...] Inicialmente feita de barro e terra, a obra exigiria o sacrifício de milhões de trabalhadores. Consta que,de cada três homens, um era obrigado a trabalhar ali, e os esforços eram tantos e tão extenuantes que muitos nãoresistiam, chegando a se falar em 8 milhões de mortos. Munida de torres, fortins e portões fortificados, a muralhaconsumiria oito anos até ser concluída; no entanto, não se revelaria capaz de deter os invasores.

MARTIN, André R. Fronteiras e nações. São Paulo: Contexto, 1998. p. 24­25 (adaptado).

TEXTO II

O anúncio da construção de uma barreira para impedir a entrada de imigrantes foi feito ontem pelo ministro dasRelações Exteriores, Peter Szijjarto, que disse que “a Hungria não pode mais esperar”. A expectativa é de que acerca fique pronta em uma semana.

Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 19 out. 2015 (adaptado).

A comparação entre o objetivo da construção da Grande Muralha da China e o objetivo da construção de uma cercapor parte da Hungria revela as(a)

A condições desumanas às quais os trabalhadores são submetidos para a produção das barreiras.B importância das políticas territoriais implementadas pelos países na diminuição do drama dos refugiados.C justificativas similiares utilizadas pela China e pela Hungria para impedir a entrada do fluxo de estrangeiros.D semelhanças culturais entre China e Hungria, capazes de justificar a semelhança de suas políticas territoriais.E similaridades das concepções da China e da Hungria sobre as consequências trazidas pelos estrangeiros.

QUESTÃO 62

TEXTO I

Suponha homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, cuja entrada, aberta à luz, se estende sobre todoo comprimento da fachada; eles estão lá desde a infância, as pernas e o pescoço presos por correntes, de tal sorteque não podem trocar de lugar e só podem olhar para frente, pois os grilhões os impedem de voltar a cabeça; a luzde uma fogueira acesa ao longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros,há um caminho ascendente; ao longo do caminho, imagine um pequeno muro, semelhante aos tapumes que osmanipuladores de marionetes armam entre eles e o público e sobre os quais exibem seus prestígios.

PLATÃO. A República. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007.

TEXTO II

Um ponto mais crítico na biografia do filósofo ocorre quando esse aventureiro solitário não se satisfaz com o fogo nacaverna e com as coisas que agora aparecem como são, mas quer descobrir de onde vem esse fogo e quais são ascausas das coisas. O filósofo que retorna está em perigo, porque perdeu o senso comum necessário para orientar­seem um mundo comum a todos e, além disso, porque o que acolhe em seu pensamento contradiz o senso comum.

ARENDT, H. A dignidade da política. Trad. H. Martins. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002. p. 108 (adaptado).

Em acordo com o Texto II, a célebre alegoria da caverna, apresentada por Platão, no Texto I, expressa a busca dofilósofo por

A acabar com a opressão dos prisioneiros da caverna pelo Estado.B adquirir uma liberdade política individual independente dos outros.C conhecer e compartilhar a verdade que estaria por trás das meras opiniões.D permanecer no senso comum, em isolamento de outros indivíduos.E sobrepujar os outros homens a partir dos conhecimentos que possui.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 38

QUESTÃO 63

As mulheres quebradeiras de coco­babaçu dos Estados do Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins, na sua grandemaioria, vivem numa situação de exclusão e subalternidade. O termo quebradeira de coco assume o caráter deidentidade coletiva na medida em que as mulheres que sobrevivem dessa atividade e reconhecem sua posição econdição desvalorizada pela lógica da dominação, se organizam em movimentos de resistência e de luta pelaconquista da terra, pela libertação dos babaçuais, pela autonomia do processo produtivo. Passam a atribuirsignificados ao seu trabalho e as suas experiências, tendo como principal referência sua condição preexistente deacesso e uso dos recursos naturais.

ROCHA, M. R. T. A luta das mulheres quebradeiras de coco­babaçu, pela libertação do coco preso e pela posse da terra. In: Anais do VIICongresso Latino­Americano de Sociologia Rural, Quito, 2006 (adaptado).

A organização do movimento das quebradeiras de coco­babaçu é resultante da

A constante violência nos babaçuais na confluência de terras maranhenses, piauienses, paraenses etocantinenses, região com elevado índice de homicídios.

B falta de identidade coletiva das trabalhadoras, migrantes das cidades e com pouco vínculo histórico com asáreas rurais do interior do Tocantins, Pará, Maranhão e Piauí.

C escassez de água nas regiões de veredas, ambientes naturais dos babaçus, causada pela construção deaçudes particulares, impedindo o amplo acesso público aos recursos hídricos.

D progressiva devastação das matas dos cocais, em função do avanço da sojicultura nos chapadões doMeio‑Norte brasileiro.

E dificuldade imposta pelos fazendeiros e posseiros no acesso aos babaçuais localizados no interior de suaspropriedades.

QUESTÃO 64

O [Estado Novo] compartilhava alguns traços com o fascismo europeu: a ênfase no poder do Executivopersonificado numa liderança única; a representação de interesses de grupos e classes sociais num arranjocorporativo [...], a crença na capacidade técnica posta a serviço da eficiência do governo e acompanhada dasupressão do dissenso. Apesar disso, no caso do Estado Novo imposto por Vargas, não se tratava de um regimefascista, e menos ainda da reprodução de um modelo fascista europeu – português ou italiano, ou ainda espanhol.Sua natureza era outra: autoritária, modernizante e pragmática. Ou, como definiu, sarcástico, Graciliano Ramos, oEstado Novo era, no máximo, “nosso pequenino fascismo tupinambá.”

SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

As similaridades e diferenças entre a experiência fascista na Europa e o Estado Novo são evidenciadas no texto.Essa comparação permite concluir que

A o afastamento conceitual entre os exemplos fascistas e o Estado Novo se dava por este se configurar como umregime democrático.

B a possibilidade dessa correlação indica o entendimento comum sobre a importância de centralizar no Estado aorganização da sociedade.

C a fragilidade da construção da figura de Vargas como líder do Estado Novo impede uma correspondência comlíderes fascistas europeus e seus regimes.

D as leituras feitas sobre os dois fenômenos está desviada pelo equívoco temporal que levou pesquisadores aassumirem conclusões comuns sobre eventos contemporâneos.

E a instauração de regimes totalitários na Europa se relaciona ao alinhamento à direita observado no continente, oque inviabilizava a ocorrência do fascismo no caso brasileiro.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 39

QUESTÃO 65

TEXTO I

Disponível em: https://commons.wikimedia.org. Acesso: 18 out. 2015.

TEXTO II

Disponível em: http://www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 18 out. 2015.

A obra de João Teófilo, Texto II, faz uma releitura do quadro de Pedro Américo, Texto I, que retrata o corpo deTiradentes esquartejado. Nessa releitura, são representados os quatro inconfidentes baianos (João de Deus, ManoelFaustino, Luís Gonzaga e Lucas Dantas), condenados à mesma pena que o mártir mineiro. Ao substituir Tiradentespelos revolucionários baianos, o artista

A resgata de forma romantizada a revolta colonial baiana, que é pouco discutida na História.B demonstra como os dois movimentos insurgentes tinham propostas semelhantes.C reforça a ideologia republicana, que buscou construir um panteão de heróis da pátria.D questiona a memória nacional, que marginalizou os revolucionários negros.E exacerba a cultura miscigenada do país ao evocar as lideranças afro­brasileiras.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 40

QUESTÃO 66

Se denominamos nossa capacidade mental de receberrepresentações, na medida em que é afetada de algummodo, como sensibilidade, a faculdade de produzir elamesma representações, ou a espontaneidade doconhecimento, será denominada, contrariamente, oentendimento. [...] Sem sensibilidade, não nos seriamdados os objetos, e sem o entendimento, nenhum seriapensado. Pensamentos sem conteúdo são vazios,intuições sem certos conceitos são cegas.

KANT, I. Crítica da razão pura. Trad. J. Rodrigues de Merege.Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/. Acesso em: 4 jul.

2016 (adaptado).

O posicionamento de Immanuel Kant (1724­1808) notexto toca nas teorias do conhecimento do Empirismo edo Racionalismo modernos. Interpretando o filósofocom relação a tais tradições, conclui­se que

A alinha­se aos pensadores racionalistas, emoposição aos empiristas, uma vez que dáprioridade ao papel do pensamento racional nagênese do conhecimento.

B ignora as dificuldades que serão encontradas pelosautores modernos, uma vez que é a partir de suasteorias que surgem tanto o racionalismo quanto oempirismo.

C nega ceticamente a possibilidade de se obterqualquer conhecimento preciso, já que razão eexperiência oferecem conhecimentos contraditóriosentre si.

D oferece uma teoria alternativa, ao tomar comoigualmente fundamentais para o conhecimentotanto o entendimento quanto a experiênciasensível.

E toma partido das teses empiristas, negando oracionalismo, ao compreender que todoconhecimento se origina e se restringe ao que édado na experiência sensível.

QUESTÃO 67

A Sociologia começou a se consolidar enquantodisciplina acadêmica e a inspirar rigorososprocedimentos de pesquisa a partir das reflexões deÉmile Durkheim (1858­1917) e de Max Weber (1864­1920). Ambos se dedicaram não só a delimitar e ainvestigar um grande número de temas como a dar­lhesuma clara definição sociológica. Uma parcelaconsiderável da produção desses autores estevevoltada à discussão do método de pesquisa adequado àSociologia.

QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L.; Oliveira, M. Um toque declássicos: Durkheim, Marx e Weber. Belo Horizonte: Editora da

UFMG, 1996.

A Sociologia, quando foi fundada, buscava alcançar ostatus de ciência. É possível perceber os esforços dosprimeiros sociólogos no sentido de

A criar metodologias próprias, que levassem emconsideração a objetividade.

B construir novos campos do saber baseados nossentimentos humanos.

C entender a sociedade e produzir ciência a partir deuma escrita coloquial.

D poder pensar os métodos científicos de uma formainovadora.

E utilizar as experiências individuais para se pensar asociedade.

QUESTÃO 68

O fenômeno da xenofobia está de volta. Ou ele nemsequer foi superado? Normalmente só se discute sobreisso quando um perigo emergente já se torna tãoperceptível que a situação possa vir a piorar. NaEuropa, muitas pessoas estão chocadas com o avançodo neofascismo. A maioria não queria acreditar quepartidos de extrema direita pudessem ter sucesso nosdemocráticos países industrializados europeus.Aproximadamente 10% da população alemã écomposta por estrangeiros, dos quais 28% são turcos,os mais atingidos pela discriminação.

ALMEIDA, Paulo Roberto de. Revista Espaço Acadêmico. Ano II,nº 13, jun. 2002.

A xenofobia é um sentimento que

A atrai, principalmente os imigrantes das ex­colôniaspara a Europa, em busca de melhor qualidade devida, oferecida pela União Europeia para os seuscidadãos presentes em seu território.

B é causado pela presença dos imigrantes de todo omundo, que geram maiores gastos do Estado dobem­estar social, provocando problemaseconômicos internos, como a desvalorização doeuro.

C é contraditório com as necessidades econômicasda Europa, que demanda mão de obra barata para arealização de trabalhos com menores salários, nãodesempenhados por europeus.

D é destinado aos imigrantes, mas não para osbrasileiros que frequentam o território europeu,tanto que não é necessário termos visto nopassaporte para entrarmos nos países da UniãoEuropeia.

E é voltado para os imigrantes, mas não para oseuropeus provenientes da Europa Oriental, quepassaram a poder migrar após a queda da “cortinade ferro”, que aconteceu no ano de 1991.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 41

QUESTÃO 69

Ordem para o Capitão­Mor do Ribeirão Domingos Fernandes Pinto fazer prender muitos escravos fugidos,que andam roubando e escalando roças

Porquanto, se me fez presente que no distrito do Ribeirão do Carmo andavam muitos escravos fugidos juntos,roubando, escalando roças, e assaltando os passageiros nas estradas, o que carece de remédio pronto pelas ruinsconsequências que se podem seguir. Ordena o Capitão Maior do dito distrito Domingos Fernandes Pinto, que mandelogo por pronto um Cabo esperto com a gente que lhe parecer bastante, a qual, armada e o dito cabo partirão a fazera diligência de prender todos os ditos escravos; e quando estes tenham armas, e resistam, a todo o risco e a seusalvo e dos seus soldados, lhes fará o dano possível, para melhor serem presos debaixo das armas. Caeté, 21 deJaneiro de 1711. Com rubrica do Governador Geral.

Disponível em: http://revistadehistoria.com.br. Acesso em: 20 dez. 2016 (adaptado).

A ordem do governador­geral da Capitania de Minas Gerais permite entender traços da sociedade escravocrata nopaís. Nesse trecho, o documento evidencia

A a reprovação popular à escravidão.B o interesse oficial em capturas pacíficas.C a predisposição dos escravos ao banditismo.D o desarranjo hierárquico entre as autoridades.E a criminalização das atividades de resistência.

QUESTÃO 70

Mineração ameaça símbolo boliviano

Após quase 500 anos de exploração, a montanha conhecida como Cerro Rico, em Potosí, está desmoronando. [...]A prata da montanha Cerro Rico, em Potosí, na Bolívia, ajudou a financiar o império espanhol. Ela criou grandesfortunas para alguns e miséria para muitos outros. Ela fomentou o crescimento inicial do capitalismo europeu,criando o cenário para a era moderna. Mas agora, após quase 500 anos de extração das suas riquezas, osmineradores que trabalham perto do pico já retiraram tanto do interior da montanha que ela está desmoronando. Nocume da montanha histórica, com mais de 4 754 metros de altura, abriu­se uma cratera gigante. Em junho, aUNESCO alertou que a montanha, retratada no centro da bandeira boliviana, corria alto risco de colapso.

Disponível em: http://zh.clicrbs.com.br. Acesso em: 12 out. 2015 (adaptado).

O texto retrata a importância histórica da atividade mineradora em Potosí, assim como suas consequências sociaise ambientais. O paradoxo descrito, gerado pela atividade mineradora, é um exemplo de como a paisagem,potencialmente próspera, representou historicamente, em relação à população de Potosí, a

A adoção de práticas neoliberais.B aceitação das diferenças culturais.C autonomia política e econômica.D dependência da atividade mineradora.E valorização de políticas sociais.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 42

QUESTÃO 71

O rádio foi testemunha e agente de praticamente todas as ações governamentais entre 1930 e 1945. Grandesmomentos históricos dessa fase foram anunciados por meio dele, destacando o mais importante, o Golpe de 37. Oanúncio feito por Vargas, com o fictício Plano Cohen, foi o ápice de um discurso contra os comunistas que vinhasendo intensificado com os pronunciamentos presidenciais veiculados pelo rádio, principalmente durante a Hora doBrasil. O rádio funcionou como um arauto, como a ligação do presidente com a Nação, que tinha comointermediários os profissionais que faziam esse veículo. Assim que Getúlio Vargas assumiu o Governo Provisório, oveículo ainda estava em fase experimental no Brasil, mas em outros países já dava sinais de sua força política ecomeçava a ser usado como um forte instrumento de influência doutrinária, como no fascismo italiano, no nazismoalemão e no capitalismo americano.

Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br. Acesso em: 16 jul. 2015.

O uso do rádio no Brasil durante o governo de Getúlio Vargas permite constatar que o aparelho funcionou comoinstrumento de

A afirmação dos anseios políticos de Vargas, cujo regime encomendou a introdução do rádio no Brasil.B apoio ao governo, cujos canais eram ocupados frequentemente por anúncios do próprio presidente à Nação.C combate ao governo de Vargas, empreendido pelos profissionais que trabalhavam no cotidiano do rádio.D divulgação dos princípios e das diretrizes das políticas italiana, alemã e americana para a população brasileira.E doutrinação, usado pioneiramente pelos líderes de regimes de extrema­direita no mundo, a exemplo do Brasil.

QUESTÃO 72

Os tropeiros foram figuras decisivas na formação de vilarejos e cidades do Brasil colonial. A palavra tropeiro vem de"tropa" que, no passado, se referia ao conjunto de homens que transportava gado e mercadoria. Por volta do séculoXVIII, muita coisa era levada de um lugar a outro no lombo de mulas. O tropeirismo acabou associado à atividademineradora, cujo auge foi a exploração de ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Goiás. A extração de pedraspreciosas também atraiu grandes contingentes populacionais para as novas áreas e, por isso, era cada vez maisnecessário dispor de alimentos e produtos básicos. A alimentação dos tropeiros era constituída por toucinho, feijãopreto, farinha, pimenta­do­reino, café, fubá e coité (um molho de vinagre com fruto cáustico espremido). Nos pousos,os tropeiros comiam feijão quase sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho, que era servido com farofa ecouve picada. O feijão tropeiro é um dos pratos típicos da cozinha mineira e recebe esse nome porque era preparadopelos cozinheiros das tropas que conduziam o gado.

Disponível em http://www.tribunadoplanalto.com.br. Acesso em: 27 nov. 2008.

A criação do feijão tropeiro na culinária brasileira está relacionada à

A atividade comercial exercida pelos homens que trabalhavam nas minas.B atividade culinária exercida pelos moradores cozinheiros que viviam nas regiões das minas.C atividade mercantil exercida pelos homens que transportavam gado e mercadoria.D atividade agropecuária exercida pelos tropeiros que necessitavam dispor de alimentos.E atividade mineradora exercida pelos tropeiros no auge da exploração do ouro.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 43

QUESTÃO 73

TEXTO I

A discriminação com base em castas foi abolida pela Constituição promulgada na Índia depois da independência doReino Unido, em 1947. Mas a instituição continua sólida e é um dos principais fatores da baixa mobilidade social dopaís. Vinculado ao hinduísmo, religião praticada por 85% dos indianos, o sistema de casta tem uma história de3.000 anos e resiste às tentativas oficiais de extingui­lo.

Disponível em: http://www.folha.uol.com.br. Acesso em: 19 dez. 2016.

TEXTO II

Na verdade a mão escrava

Passava a vida limpando

O que o branco sujava, ê

Imagina só

O que o branco sujava, ê

Imagina só

O que o negro penava, ê

Mesmo depois de abolida a escravidão

Negra é a mão

De quem faz a limpeza

Lavando a roupa encardida, esfregando o chão

Negra é a mão

É a mão da pureza

Disponível em: http://www.gilbertogil.com.br. Acesso em: 28 set. 2016.

Com base nos textos, a análise das formas como as sociedades brasileira e indiana se organizam expõe a oposiçãoentre

A as motivações religiosas para a continuidade das hierarquias sociais e a pressuposição de estados laicos.B as definições legais dos Estados e a manutenção de práticas sociais discriminatórias entre a população.C a formação de diferentes grupos sociais e a correspondência com características fenotípicas e étnicas.D a construção de uma identidade nacional pós­independências e a incorporação dos direitos das minorias.E a rejeição à colonização e a incapacidade dos novos governos independentes de evitar o surgimento das

diferenças sociais.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 44

QUESTÃO 74

Mas quando as ideias da moral e da decência semodificam de uma época para outra, e quando sãodescritos costumes viciosos, sem seremacompanhados pelos devidos sinais de censura edesaprovação, deve reconhecer­se que tal fatodesfigura o poema e constitui uma autênticadeformidade. Sou incapaz de participar dessessentimentos, e nem seria próprio que o fosse; mesmoque possa desculpar o poeta, levando em conta oscostumes de sua época, jamais poderei apreciar acomposição.

HUME, David. Do padrão do gosto. Tradução de João PauloGomes Monteiro e Armando Mora D’Oliveira. São Paulo: Abril

Cultural, 1992, p. 348.

Em seu ensaio Do padrão do gosto, David Hume (1711­1776) reflete acerca da variação dos padrões estéticosem sociedades distintas no tempo e espaço. A partir dotexto, pode­se constatar, acerca da opinião desse autor,que

A os âmbitos de valoração estético e ético operamsegundo lógicas distintas e, portanto, não serelacionam no ato de avaliação de uma obra.

B a apreciação estética de obras de arte se dá emfunção da beleza e, portanto, não tem relação comos costumes das sociedades.

C a influência dos costumes morais de umasociedade na apreciação estética pode sercompletamente superada pelo indivíduo.

D a valoração moral pode refletir positiva ounegativamente em nosso julgamento estético deobras de arte de outras culturas.

E a valoração estética de obras de arte é derivadaexclusivamente dos costumes e valores morais dasociedade daquele que as aprecia.

QUESTÃO 75

O que é a justiça e a quem ela se aplica? Ela deve serigual para pessoas iguais, mas ainda resta uma dúvida:igual em quê, e desigual em quê? Eis uma dificuldadeque requer o auxílio da filosofia política. Alguém talvezpossa dizer que as funções mais importantes da cidadedeveriam ser distribuídas desigualmente, segundo asuperioridade dos indicados em cada qualidade, mesmoque não houvesse quaisquer outras diferenças entre ospretendentes, mas que todos fossem aparentementeidênticos, pois homens diferentes têm direitos e méritosdiferentes.

Aristóteles. Política. Brasília: Edunb, 1997. p. 101.

A distribuição desigual de funções na cidade – a queAristóteles se refere no texto – se expressava nademocracia grega antiga, uma vez que

A as mulheres eram incentivadas a participar dasassembleias, mas não podiam assumir cargospúblicos.

B os filósofos eram tornados governantes por seremconsiderados mais capazes na prática política.

C os homens livres atenienses eram os únicosconsiderados cidadãos, tendo voz nasassembleias.

D os indivíduos eram escolhidos por suas aptidõespara os cargos públicos, seguindo o modeloplatônico.

E os militares não participavam da vida política,dedicando­se ao aprimoramento marcial e técnico.

QUESTÃO 76

Canudos incomodou o governo da República e osgrandes proprietários de terra por uma razão principal:era uma nova maneira de viver o sertão, à parte dosistema de poder constituído. É certo que o sistemanão chegou a representar uma experiência de vidaigualitária – o desenho urbano da comunidade, bemcomo a distribuição de tarefas e as relações sociaisentre seus membros, indicava que as hierarquiassociais não foram eliminadas. Mas é certo também quese tratava de uma experiência social e política distintadaquela do governo central republicano: o trabalho noarraial baseava­se no princípio de posse e uso coletivoda terra e na distribuição do que nela se produzia.

SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: umabiografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

Os aspectos da dinâmica da organização do movimentode Canudos, apresentados no texto, guardam relaçãocom as transformações sociais a que seus integrantesaspiravam, o que se revela na

A construção de uma lógica de produção edistribuição para promover o desenvolvimentocomercial de Canudos.

B distribuição de terras para todos os membros, comvistas à supressão das desigualdades sociaisdentro do arraial.

C estruturação coletiva da terra como proteção àrealidade da concentração fundiária vigente nosertão.

D manutenção de uma hierarquia social com posiçõesinvertidas como uma forma de eliminar asdiferenças históricas.

E promoção da ocupação das terras para viabilizar aemancipação e desmembramento em relação aoterritório nacional.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 45

QUESTÃO 77

Disponível em: http://i.ytimg.com. Acesso em: 2 ago. 2015.

A foto nos mostra três dos doze profetas esculpidos por Aleijadinho no século XVIII para o Santuário de Bom Jesusde Matosinhos, em Congonhas – MG. O santuário adornado pela obra do escultor foi considerado patrimônio culturalda humanidade em 1985 pela UNESCO.

Pode­se constatar que as obras de Aleijadinho constituem um patrimônio cultural material da humanidadeprincipalmente porque são consideradas como

A sendo as primeiras obras, no Brasil, em estilo rococó, corrente artística que dominaria a maior parte da produçãocultural no país até o século XIX.

B tendo valor artístico singular, sendo tomadas como algumas das principais expressões do movimento estéticodo barroco brasileiro.

C sendo marcos etnográficos na arte do país, por apresentarem a primeira incorporação de feições negras emobras religiosas brasileiras.

D tendo valor econômico inestimável, na medida em que os metais utilizados para as obras advêm de séculos deexploração do estado de Minas Gerais.

E sendo fontes documentais insubstituíveis, uma vez que representam de forma fiel as feições de diversos padresimportantes para a religiosidade na época.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 46

QUESTÃO 78

Ao justificar o título de seu livro Regional­Global,Rogério Haesbaert escreve sobre a natureza da região:

O título Regional­Global que propusemos para este livrosignifica, de saída, assumir a natureza do regional,hoje, ao mesmo tempo como condicionado econdicionante em relação aos chamados processosglobalizadores – ou melhor, como seu constituinteindissociável – ao ponto de, muitas vezes,regionalização e globalização se tornarem tãoimbricadas e complementares que passam a serindiscerníveis.

HAESBAERT, Rogério. Regional­Global. Rio de Janeiro: BertrandBrasil, 2010.

Na lógica levantada por Haesbaert, a região é uma(um)

A entidade amplamente independente do espaçoexterno a ela devido à sua própria naturezaexcepcional, que lhe confere essa condiçãovantajosa perante os demais.

B agente que orienta o seu desenvolvimento para oseu interior como forma de defesa de sua essênciacontra os processos globalizadores ehomogeneizadores.

C ator que possui um duplo papel na configuração doespaço, sendo transformada pelas forças globais eatuando nas transformações de outros espaços.

D conceito que ajuda a reproduzir o processo deglobalização para outros espaços, apesar de estarimune às transformações impostas do exterior parao seu espaço.

E parâmetro que vem aprofundando suasparticularidades e aumentando diferençasexistentes entre os processos globais e locais queatuam em seu espaço.

QUESTÃO 79

[...] Falar da Idade Média é, de certa forma, falar de nósmesmos. Ela representa o longo período de gestaçãono qual foi criado o mundo moderno: as atuais naçõeseuropeias, das quais derivamos, juntamente com suasrespectivas línguas e literaturas, são parte do legadomedieval. Nosso quotidiano está repleto de inovaçõessurgidas naquela época, como as universidades, osbancos, e ainda a imprensa, o relógio mecânico e osóculos.

Disponível em: http://www.hottopos.com.br. Acesso em: 9 jun.2016.

O texto contraria a ideia de que a Idade Média foi umperíodo de estagnação cultural e científica ao apontarque

A a separação entre a Idade Moderna e a IdadeMédia deveria ser erradicada dentro do estudo dahistória.

B as nossas referências culturais são restritas aospaíses europeus formados durante o períodomedieval.

C o universo cultural e científico do Oriente e doOcidente derivam das nações europeias quenasceram na Idade Média.

D o mundo ocidental constituído através da históriaencontra referências culturais, sociais e territoriaisno período medieval.

E a língua e a literatura comum são critérios queinviabilizam a distinção entre o mundocontemporâneo e o mundo medieval.

QUESTÃO 80

Em 2014, um total de 450 milhões de pessoascompartilhava o solo de 28 áreas metropolitanas emtodo o planeta. Difícil impedir a autoconstrução, comose fosse um videogame. “Há um aspecto fundamental:a luta pela cidade”, afirma Abílio Guerra, urbanista earquiteto brasileiro. “É difícil encontrar fórmulasadequadas no Governo das cidades. Na maior partedas vezes, a iniciativa privada passa por cima dosinteresses da população, sem que o poder político tomemedidas contra os abusos. Os grandes prejudicadossão os espaços públicos das cidades. [...] O padrão serepete na maioria das capitais latino­americanas. EmBogotá, seus 7,8 milhões de habitantes se acotovelam,produto da maior densidade urbana em toda a região:26 200 pessoas por quilômetro quadrado. A quantidadecresce em 170 pessoas por dia. E a administração dácarta livre à construção para prover abrigo a essademanda.

Disponível em: http://brasil.elpais.com. Acesso em: 19 out. 2015(adaptado).

O texto apresenta uma das consequências do padrãode urbanização da América Latina: a sobreposição dointeresse privado sobre o público nos espaços dasgrandes cidades. Esse padrão de urbanização latino­americano apresenta um conjunto de característicaspeculiares, responsáveis por diversas consequênciassocioespaciais, como, por exemplo, a(o)

A modernização do campo.B aumento da concentração fundiária.C desenvolvimento da atividade industrial.D ampliação do setor informal da economia.E crescimento natural da população do campo.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 47

QUESTÃO 81

BAUMAN, Ammy. Núcleo e crosta terrestres. Trad. Carolina Caíres Coelho. Barueri (SP): Girassol, 2008. 29 p. il. (Planeta Terra).

A Terra formou­se junto com o Sistema Solar, e a configuração da sua superfície traz impressas as marcas de sualonga história geológica. As placas rochosas que formam a litosfera ajudam a contar essa história.

Disponível em: http://www.cprm.gov.br. Acesso em: 26 fev. 2015.

No início do século XX, a descoberta da radioatividade permitiu a datação científica da idade das rochas edesvendou os segredos do tempo geológico. A linguagem da geologia saltou dos milhões para os bilhões de anos.

Nesse contexto, é interessante refletir sobre as placas tectônicas, uma vez que elas se

A apresentam com limites bem conhecidos atualmente, o que contribui para os estudos da geologia, apesar depouco contribuir para a prevenção de abalos sísmicos, que não podem sequer ter seus efeitos minimizados.

B concretizam como peças importantes no estudo detalhado do fundo dos oceanos, iniciado com o uso do sonarna Segunda Guerra Mundial e que ajudou a fornecer uma explicação plausível para a migração das massascontinentais.

C deslocam de modo autônomo e livre de quaisquer forças, convergindo, divergindo ou movendo­se em direçõesparalelas, formando, em todos esses casos, dobramentos, posteriormente sob efeito dos processos erosivos.

D mantêm em uma relação dinâmica com o magma da astenosfera e configuram as massas continentais doplaneta, alterando definitivamente a disposição das formas da superfície, bem como a composição do núcleo.

E tornam a negação da veracidade da teoria da deriva continental, não servindo de arcabouço científico, já que acrosta é formada por tais placas rochosas unidas e fixas sobre o material magmático da astenosfera.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 48

QUESTÃO 82

Uma das questões importantes para se compreender osistema xinguano é como e quando ele se formou [...].Por volta de 1400 d.C., ocorre uma mudança de escala:as aldeias desse período são maiores e circundadaspor grandes estruturas defensivas – fossos com cercade 10 m de largura e 1 a 3 m de profundidade, que seestendem por 2 km em torno da área da habitação.Hoje se conhecem quinze sítios arqueológicos com talsistema de defesa no Alto Xingu, mas é provável queexistam outros ainda não descritos.

FAUSTO, Carlos. Os índios antes do Brasil. Rio de Janeiro:Jorge Zahar, 2005 (adaptado).

Os fossos descritos nos sítios arqueológicos revelam,acerca da relação do indivíduo com o espaço em quehabita,

A desapego com o mesmo, característica marcantedas populações que praticam as migraçõessazonais.

B nível de sofisticação da apropriação do espaçoelevado, permitindo a formação de Estados­naçãocom limites bem definidos.

C territorialização concreta do espaço, sendo que taisestruturas serviam como limites bem marcados doterritório.

D territorialização simbólica do espaço, que se tratade um ponto de partida para a efetivação daterritorialização concreta.

E desinteresse em relação ao espaço ocupado,demonstrado pela agressão a ele com cavidadesque poderiam produzir impactos ambientais eprejudicar a agricultura.

QUESTÃO 83

Por que escolhemos 1935 como ponto de partida para operíodo estudado? Porque a Segunda Guerra Mundial,para a África, começou nesse ano. À imagem da China,para a qual o conflito não teve início com a invasão daPolônia pela Alemanha em 1939, mas somente naocasião da invasão de seu território pelo Japão em1937, a África viu efetivamente abrirem­se ashostilidades em outubro de 1935, no momento dainvasão da Etiópia pelas tropas de Mussolini.

MAZRUI, A. A. (Ed.). África desde 1935. In: História Geral daÁfrica, VIII. Brasília, DF: UNESCO; Ministério da Educação, 2010.

O texto sugere a ocorrência de eventos associados àSegunda Guerra Mundial em um período anterior ao anode 1939, marco convencional do início do conflito.Nesse sentido, revela

A a aliança pragmática entre os expoentes docontinente africano e a China, representante dosinteresses asiáticos no conflito.

B a grande extensão do conflito e o desrespeito àsoberania de outros territórios fora dos limites docontinente europeu.

C o papel crucial dos exércitos nacionais africanos nocombate aos regimes totalitaristas envolvidos naguerra.

D o protagonismo do território africano e de seusrepresentantes no jogo de poderes entre as naçõesem guerra.

E o fato de que as invasões não abalaram de formasignificativa os países africanos e os seusprocessos de independência à época.

QUESTÃO 84

As pinturas rupestres funcionaram como dispositivo depreservação da identidade grupal. Elas apontavam, emsuas cenas, a disponibilidade de recursos alimentares,animais e vegetais para os grupos e permitiam ummelhor relacionamento com o contexto social, cultural eambiental. Elas ainda marcavam a paisagem,facilitando o reconhecimento, supostamente, dasidentidades locais.

JUSTAMAND, M. As pinturas rupestres do Brasil: memória eidentidade ancestral. Revista Memorare, Tubarão, v. 1, n. 2, p.

118­141, jan­abr. 2014 (adaptado).

Conforme demonstrado no texto, as pinturas rupestressão registros que as sociedades pré­históricasproduziram e que chegaram aos nossos dias. A esserespeito, é possível analisar que as pinturas rupestres

A confirmam que todas as sociedades humanasbuscam produzir relatos escritos e evidênciasartísticas sobre si próprias.

B demonstram que atitudes não intencionais podemdeixar um legado didático e histórico de valorinestimável à humanidade.

C explicitam os possíveis conflitos entre os grupospré­históricos, pois estes tinham necessidade deafirmar suas singularidades identitárias.

D poderiam perder rapidamente seu caráterinformativo, pois mudanças no ambiente ocorriamconstantemente.

E revelam a intenção de produzir memória sobre aprópria comunidade e transmitir conhecimentosadquiridos ao longo do tempo.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 49

QUESTÃO 85

A Mata Atlântica sempre participou ativamente dos destinos do que viria a ser o nosso país. Já no seu “batismo”pôs­se a trabalhar. Ancorado em Porto Seguro, Pedro Álvares Cabral mandou cortar madeira e falquejar cruz pararezar missa em terras continentais. Batizou­se a terra com sangue de árvore, dando­lhe o nome de Vera Cruz. Poreste nome ficou conhecido por algum tempo o novo território, até que certos desenvolvimentos econômicossugerissem um outro, mais conveniente. Foi em 1503 que a terra foi chamada, pela primeira vez, de Brazil, devido àimportância do comércio de pau­brasil (Caesalpinia echinata).

Disponível em: http://www.historiaambiental.org. Acesso em: 18 ago. 2016.

O texto apresenta uma nova abordagem sobre um assunto que já é tratado de forma canônica nas ciências e noimaginário social, a qual seria

A a disputa do território entre portugueses e a Igreja.B o enfoque colocado no desenvolvimento econômico.C a denúncia da exploração da Mata Atlântica para fins religiosos.D a agência da natureza nos rumos históricos e sociais do Brasil.E a inconstância política da administração do Brasil desde suas origens.

QUESTÃO 86

O Estado de Natureza de Hobbes e o Estado de Sociedade de Rousseau evidenciam uma percepção do socialcomo luta entre fracos e fortes, vigorando a lei da selva ou o poder da força. Para cessar esse estado de vidaameaçador e ameaçado, os humanos decidem passar à sociedade civil, isto é, ao Estado Civil, criando o poderpolítico e as leis. A passagem do Estado de Natureza à sociedade civil se dá por meio de um contrato social, peloqual os indivíduos renunciam à liberdade natural e à posse natural de bens, riquezas e armas e concordam emtransferir a um terceiro – o soberano – o poder para criar e aplicar as leis, tornando ‑se autoridade política. O contratosocial funda a soberania.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2000 (adaptado).

Nas teorias contratualistas de Hobbes e Rousseau, a soberania é papel, respectivamente

A de assembleias populares permanentes e do monarca hereditariamente legitimado.B de um tribunal nacional com magistrados eleitos e de coletivos de operários.C do cidadão individual a partir da lei e de uma cooperativa entre os homens de posses.D do indivíduo, em sua liberdade inalienável, e do poder sagrado e atemporal da Igreja.E do(s) líder(es) absoluto(s) do Estado e de representantes da vontade geral do povo.

QUESTÃO 87

A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que começa a ser construída apenas em 1905, foi criada, ao contrário dasoutras grandes ferrovias paulistas, para ser uma ferrovia de penetração, buscando novas áreas para a agricultura epovoamento. Até 1890, o café era quem ditava o traçado das ferrovias, que eram vistas apenas como auxiliadorasde produção cafeeira.

CARVALHO, D. F. Café, ferrovias e crescimento populacional: o florescimento da região noroeste paulista. Disponível em:www.historica.arquivoestado.sp.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2012.

Essa nova orientação dada à expansão ferroviária, durante a Primeira República, tinha como objetivo a

A articulação de polos produtores para exportação.B criação de infraestrutura para atividade industrial.C integração de pequenas propriedades policultoras.D valorização de regiões de baixa densidade demográfica.E promoção de fluxos migratórios do campo para a cidade.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 50

QUESTÃO 88

A coragem dos homens e mulheres que em agosto de 1791 se revoltaram contra a escravidão no Haiti “criouobrigações para nós”, disse a chefe da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura(UNESCO), Irina Bokova, no Dia Internacional para Relembrar o Tráfico de Escravos e sua Abolição, completandoque “toda a humanidade é parte dessa história” e dos esforços para a construção de um futuro melhor. [...] Elareconheceu que o sucesso da revolta, liderada pelos próprios escravos, é uma importante fonte de inspiraçãoatualmente na luta contra todas as formas de servidão, racismo, preconceito, discriminação racial e injustiça socialque são legados da escravidão.

Disponível em: https://nacoesunidas.org. Acesso em: 28 ago. 2016.

O posicionamento da chefe da ONU é um indicativo da construção humana da memória ligada a uma

A busca pela aplicação da justiça posterior ao acontecimento de eventos traumáticos.B conciliação de diferentes grupos da sociedade promovida pelo esquecimento orientado.C possibilidade de produção consensual da memória viabilizada por órgãos internacionais.D tentativa de pagamento de dívidas históricas com as minorias étnicas.E valorização de momentos de combate à opressão como incentivo a novas lutas.

QUESTÃO 89

Disponível em: https://noticias.bol.uol.com.br. Acesso em: 19 out. 2015 (adaptado).

A charge remete ao contexto do movimento que ficou conhecido como Primavera Árabe, ocorrido a partir do ano2011, cujas repercussões se estendem até os dias atuais.

O teor crítico da charge está associado à (ao)

A diálogo existente entre os poderosos grupos de comunicação dos países árabes a favor da mobilização dasociedade contra ditaduras árabes.

B enfraquecimento das ditaduras árabes em função do fortalecimento das organizações sindicais em virtude doavanço tecnológico.

C fortalecimento dos tradicionais grupos de comunicação em prol da maior participação desses agentes em temaspolíticos e sociais.

D importância das redes sociais como elementos de organização e mobilização das manifestações contra osregimes ditatoriais.

E relação de causalidade existente entre a utilização das redes sociais e o despertar de diversos movimentos afavor de um projeto político mais participativo.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias ­ Página 51

QUESTÃO 90

Negro, filho de escrava e fidalgo português, o baiano Luiz Gama fez da lei e das letras suas armas na luta pelaliberdade. Foi vendido ilegalmente como escravo pelo seu pai para cobrir dívidas de jogo. Sabendo ler e escrever,aos 18 anos de idade conseguiu provas de que havia nascido livre. Autodidata, advogado sem diploma, fez do direitoo seu ofício e transformou­se, em pouco tempo, em proeminente advogado da causa abolicionista.

AZEVEDO, E. O orfeu de carapinha. In: Revista de História. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, ano 1, n. 3, jan. 2004 (adaptado).

A conquista da liberdade pelos afro­brasileiros na segunda metade do séc. XIX foi resultado de importantes lutassociais condicionadas historicamente. A biografia de Luiz Gama exemplifica a

A impossibilidade de ascensão social do negro forro em uma sociedade escravocrata, mesmo sendo alfabetizado.B extrema dificuldade de projeção dos intelectuais negros nesse contexto e a utilização do Direito como canal de

luta pela liberdade.C rigidez de uma sociedade, assentada na escravidão, que inviabilizava os mecanismos de ascensão social.D possibilidade de ascensão social, viabilizada pelo apoio das elites dominantes, a um mestiço filho de pai

português.E troca de favores entre um representante negro e a elite agrária escravista que lhe outorgara o direito advocatício

ao mesmo.

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Rascunho da redação

Transcreva sua Redação para a folha de redação.

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