Sistemas Triangulados ou Treliças · PDF fileFigura 10 – Viga Gerber...

download Sistemas Triangulados ou Treliças · PDF fileFigura 10 – Viga Gerber treliçada. INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - MECÂNICA APLICADA

If you can't read please download the document

Transcript of Sistemas Triangulados ou Treliças · PDF fileFigura 10 – Viga Gerber...

  • INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - MECNICA APLICADA

    CAPTULO IV

    Sistemas Triangulados ou Trelias

    1 3

    2

    1 C

    Esquema (2) Esquema (1)

    SEMESTRE VERO 2004/2005

    Manuela Gonalves Maria Idlia Gomes 1/14

  • INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - MECNICA APLICADA

    Capitulo IV Sistemas Triangulados ou Trelias

    4.1 Definio

    Sistemas Triangulados ou Trelias so sistemas constitudos por elementos indeformveis

    unidos entre si por articulaes, consideradas perfeitas, e sujeitos apenas a cargas aplicadas nas

    articulaes (ns). Assim os elementos (barras) ficam exclusivamente sujeitos a esforos

    normais, de traco ou compresso.

    Quando os elementos da estrutura esto essencialmente num nico plano a trelia designada

    plana.

    Montantes

    Cordo Superior Diagonais

    Cordo Inferior

    Figura 1 Cobertura de um pavilho industrial

    Cordo Inferior conjunto de elementos que forma a parte inferior;

    Cordo Superior conjunto de elementos que forma a parte superior;

    Montantes barra verticais;

    Diagonais barras inclinadas.

    Manuela Gonalves Maria Idlia Gomes 2/14

  • INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - MECNICA APLICADA

    A definio apoia-se em simplificaes, barras rgidas, ns serem rtulas e ausncia de aces

    ao longo das barras, que conduzem a uma teoria aproximada no estudo destes sistema, desde

    que a estrutura esteja bem concebida, isto , as barras sejam concorrentes num nico ponto de

    cada n.

    Figura 2 Exemplo de uma trelia

    4.2 Estaticidade da estrutura

    4.2.1 Estaticidade Interior

    O sistema rgido mais simples constitudo por trs barras articuladas entre si. Se cada n for

    agregado ao sistema por intermdio de apenas duas barras obtm-se um sistema rgido, por isso

    invariante (no varia a sua configurao geomtrica) e estaticamente determinado. Uma trelia

    formada deste modo designada por trelia simples e isosttica. Sendo b o nmero de barras

    e n o nmero de ns ento o nmero total de barras dado por b = 2n 3 . Esta relao uma

    condio necessria para a estabilidade da trelia, porm no condio suficiente, porque uma

    ou mais das barras podem estar dispostas de tal modo que no contribuem para uma

    configurao estvel da trelia simples.

    Se b > 2n 3 existem mais barras que as necessrias para evitar o colapso o que sugere que a

    trelia seja interiormente hiperesttica e por isso estaticamente indeterminada. no entanto

    necessrio analisar se a disposio das barras lhe permite manter uma configurao estvel.

    Manuela Gonalves Maria Idlia Gomes 3/14

  • INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - MECNICA APLICADA

    Manuela Gonalves Maria Idlia Gomes 4/14

    Assim sendo, as barras que no so necessrias para manter a posio de equilbrio da trelia

    designam-se por redundantes e o seu nmero traduz o grau de hiperestaticidade interior,

    hi=b (2n-3).

    Se b < 2n 3 h uma deficincia de barras, por isso a trelia designada de interiormente

    hipoesttica. O equilbrio apenas possvel mediante certas condies que no sendo

    verificadas levar o sistema ao colapso.

    Na figura 3 a aplicao da expresso b = 2n-3 levaria concluso que o sistema isosttico, o

    que falso, porque a combinao de um sistema hiperesttico (a) com um hipoesttico (b).

    4.2.2 Estaticidade Exterior

    A estaticidade exterior calculada a partir das condies de apoio do sistema. Os apoios

    restringem os graus de liberdade e por isso o nmero de incgnitas que surgem , a, so

    calculadas a partir das equaes de equilbrio da esttica, trs no plano. SE os apoios estiverem

    colocados por forma a impedir qualquer movimento do sistema como corpo rgido o grau de

    hiperestaticidade exterior ento he = a -3.

    Sistema hipoesttico a < 3

    Sistema isosttico a = 3

    Sistema hipersttico a > 3

    a b c

    Figura 3

  • INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - MECNICA APLICADA

    Manuela Gonalves Maria Idlia Gomes 5/14

    4.2.3 Estaticidade Global

    A estaticidade global dada pela soma da estaticidade interior e exterior;

    hg = hi + he = (b 2n + 3) + (a 3) = b + a 2n

    Em determinadas trelias, assim como noutros sistemas, possvel que a hiperestaticidade

    exterior seja compensada com a hipostaticidade interior, resultando um sistema globalmente

    isosttico e estvel.

    o que se verifica na trelia representada na figura 4.

    No entanto, se as ligaes ao exterior estiverem inconrrectamente localizadas, resulta um

    mecanismo, apesar de grau de hiperestaticidade exterior ser igual ao grau de hipostaticidade

    interior.

    Figura 4

    Figura 5

    F2

    F1 R

    F2

    F1 R

  • INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - MECNICA APLICADA

    Manuela Gonalves Maria Idlia Gomes 6/14

    4.3 Classificao das trelias quanto lei de formao

    4.3.1 Trelias Simples

    As trelias so formadas a partir de um tringulo base e por forma que cada novo n seja

    agregado atravs de duas barras. Estas so interiormente isostticas, verificando-se a condio

    b= 2n -3.

    Figura 6 Cobertura de uma habitao Exemplo de uma trelia simples

    4.3.2 Trelias Compostas

    Resultam da associao de duas trelias simples por meio ou de trs barras no paralelas nem

    concorrentes num ponto (esquema 1), ou de um n e uma barra que no concorra nesse n

    (esquema 2).

    1

    2

    3 1

    C

    Esquema (1) Esquema (2)

    Figura 7 Trelias compostas

  • INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - MECNICA APLICADA

    Manuela Gonalves Maria Idlia Gomes 7/14

    Figura 8 Poste de alta tenso Exemplo de uma trelia composta

    As ligaes entre as duas trelias simples restringem os trs graus de liberdade que cada uma

    teria relativamente outra. Se as trelias fossem ligadas entre si por um maior nmero de

    barras do que o indicados nos dois exemplos anteriores obtinham-se trelias compostas

    hiperestticas em vez de isostticas.

    Apesar de no seguir o modo de formao anteriormente referido, para as trelias compostas,

    tambm se classificam deste modo as trelias que resultam da substituio de algumas barras de

    uma trelia simples por uma outra trelia simples. Na trelia do esquema (3), as barras

    superiores foram substitudas por trelias secundrias simples obtendo-se o esquema (4).

    Esquema (4) Esquema (3)

    Figura 9 Exemplos de trelias

  • INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - MECNICA APLICADA

    Manuela Gonalves Maria Idlia Gomes 8/14

    As vigas Gerber treliadas so classificadas como trelias compostas.

    Figura 11- Ponte BNSF RR Portland, Oregon Exemplo de uma Viga Gerber treliada

    Figura 12 - Ponte Hawthorne Portland, Oregon Exemplo de uma Viga Gerber treliada

    Figura 10 Viga Gerber treliada

  • INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - MECNICA APLICADA

    Manuela Gonalves Maria Idlia Gomes

    4.3.3 Trelias Complexas

    Estas trelias embora satisfazendo a condio bsica da isostaticidade interior b= 2n 3, no se

    identificam com as leis de formao das trelias simples ou compostas, por isso classificam-se

    como complexas.

    4.4 Determinao dos esforo

    4.4.1 Consideraes

    Considera-se a trelia simples

    apoio calculadas a partir das eq

    A determinao dos esforos

    analticos, Equilbrio dos ns

    Cada uma das barras da treli

    compresso a fora que a com

    tracciona sai dos ns.

    VA

    HA 1

    s

    Figura 13 Trelias complexa

    9/14

    s nas barras de trelias

    sujeita ao carregament