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Seminário 2

Formador: Dilson Thomaz

26 e 27 de janeiro de 2017Cuiabá – MT

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Leitura deleite

A história da pimenta

Caderno 5

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A HISTÓRIA DA PIMENTAUma velha vendeu pimenta a um homem e o homem não quis pagar. Foi dar parte ao rei: - Rei, prenda o homem que não quer pagar minha pimenta.O rei disse que o homem não lhe fazia mal. Foi dar parte à rainha. - Rainha, prenda o rei que o rei não quer prender o homem, o homem não quer pagar minha pimenta. A rainha disse que o rei não lhe fazia mal. Foi dar parte para o rato: - Rato, pique a saia da rainha, que a rainha não quer prender o rei, o rei não quer prender o homem, o homem não quer pagar minha pimenta. O rato disse que a rainha não lhe fazia mal. Foi dar parte para o gato. - Gato, coma o rato, que não quer picar a saia da rainha, que não quer prender o rei, que não quer prender o homem, que não quer pagar minha pimenta. O gato disse que o rato não lhe fazia mal. Foi dar parte para o fogo: - Fogo, queime o rato, que o gato não quer comer o rato, o rato não quer picar a saia da rainha, a rainha não quer prender o rei, o rei não quer prender o homem, o homem não quer pagar minha pimenta. O fogo disse que o gato não lhe fazia mal.

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Foi dar parte para a água: - Água, apague o fogo, que o fogo não quer queimar o gato, o gato não quer comer o rato, o rato não quer picar a saia da rainha, a rainha não quer prender o rei, o rei não quer prender o homem, o homem não quer pagar minha pimenta. A água disse que o fogo não lhe fazia mal. Foi dar parte para o boi: - Boi, beba a água, que a água não quer apagar o fogo, o fogo não quer queimar o gato, o gato não quer comer o rato, o rato não quer picar a saia da rainha, a rainha não quer prender o rei, o rei não quer prender o homem, o homem não quer pagar minha pimenta. O boi disse que a água não lhe fazia mal. Foi dar parte para a onça: - Onça, coma o boi, que o boi não quer beber a água, a água não quer apagar o fogo, o fogo não quer queimar o gato, o gato não quer comer o rato, o rato não quer picar a saia da rainha, a rainha não quer prender o rei, o rei não quer prender o homem, o homem não quer pagar minha pimenta. A onça disse que o boi não lhe fazia mal. Foi dar parte ao cachorro.

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O cachorro disse que ia correr a onça. A onça disse: “não me corra que eu vou comer o boi!”. O boi disse: “não me coma que eu vou beber a água!”. A água disse: “não me beba que eu vou apagar o fogo!”. O fogo disse: “não me apague que eu vou queimar o gato!”. O gato disse: “não me queime que eu vou comer o rato!”. O rato disse: “não me coma que eu vou picar a saia da rainha!”. A rainha disse: “não pique minha saia que eu vou prender o rei!”. O rei disse: não me prenda que eu vou prender o homem!” O homem disse: “não me prenda que eu vou pagar a pimenta!”.

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CONTRATO DIDÁTICOo Horários:o Matutino - 7h30min às 11h30mino Vespertino - 13h30min às 17h30min o Intervalo 15 min

o Pontualidadeo Em todos os momentos (início e término dos períodos, ativ. em grupos, socializações, envio de folha de frequência ...)o Celularo Desligar ou colocar no silenciosoo Sair da sala para atender o Organização das falaso Escutar e respeitar a fala do outroo Oportunizar à todoso Procurar relacionar com a realidade da escola/redeo Ser objetivo (breve e coerente ao assunto em pauta)

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Sumário – Caderno 5

Iniciando a Conversa (p. 7)

Aprofundando o Tema (p. 9)

Texto 1 - Inter-relações entre oralidade e escrita no componente Curricular Língua Portuguesa – Liane Castro de Araujo (p.

9)

Texto 2 - Práticas orais e escritas antes e depois que as crianças ingressam na escola – Maria Sílvia Cintra Martins (p. 22)

Texto 3 - Formação de leitores na escola: leitura como prática social – Telma Ferraz Leal, Ester Calland de Sousa Rosa (p. 32)

Texto 4 - Produção de textos escritos na escola: a linguagem em funcionamento – Cancionila Janzkovski Cardoso (p. 46)

Texto 5 - Por que defendemos um ensino sistemático da escrita alfabética? – Artur Gomes de Morais (p. 59)

Texto 6 - Oralidade, leitura e escrita nas diferentes áreas de conhecimento – Ludmila Thomé de Andrade (p. 68)

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Compartilhando (p. 82)

1 - Projeto de letramento: O Massacre das Lagartas – Adriana Ranzani, Ariane Ranzani, Marina de Cássia Bertoncello Limoni (p. 82)

2 - E era onça mesmo!: ensinando-aprendendo a ler na escola – Suzana Maria Brito de Medeiros, Rutilene Santos de Souza (p. 88)

3 - Aprendizado da leitura: o que e como ensinar? Práticas que propiciam o avanço das crianças – Denise Maria de Carvalho Lopes (p. 95)

Para Aprender Mais (p. 103)

Sugestões de Atividades (p. 108)

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A oralidade, a leitura e a escrita no ciclo de alfabetização

Iniciando a Conversa

O ensino da Língua Portuguesa, ao longo da história da Educação brasileira, tem passado por muitas mudanças, que abrangem desde a definição dos objetos de ensino até os modos de ensinar. Em relação à alfabetização, as transformações têm sido realizadas em meio a embates frequentes sobre o que é alfabetizar e quais são as melhores estratégias para garantir a alfabetização das crianças. Abordagens sintéticas, que privilegiam o treino motor e perceptual, disputam espaço com abordagens mais enunciativas, que privilegiam a reflexão e a inserção do aprendiz nas práticas sociais em que a escrita se faz presente.

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No âmbito do Pacto nacional pela Alfabetização na Idade Certa (doravante PnAIC), adota-se a abordagem da alfabetização na perspectiva do letramento, na qual se busca favorecer situações propícias de aprendizagem do funcionamento do sistema de escrita alfabética, de modo articulado e simultâneo às aprendizagens relativas aos usos sociais da escrita e da oralidade.

Além desse pressuposto, defende-se que a alfabetização é o processo em que as crianças aprendem não somente a ler e a escrever, mas também a falar e a escutar em diferentes contextos sociais, e que a leitura, a escrita, a fala e a escuta representam meios de apropriação de conhecimentos relevantes para a vida.

A oralidade, a leitura e a escrita no ciclo de alfabetização

Iniciando a Conversa

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Objetivos do Caderno 5 refletir sobre a concepção de alfabetização na perspectiva do letramento e suas implicações

para a ação docente;

analisar práticas alfabetizadoras, apreendendo os princípios pedagógicos subjacentes a elas;

planejar o ensino no Ciclo de Alfabetização, para garantir os direitos de aprendizagem das crianças;

refletir sobre as inter-relações entre oralidade e escrita, reconhecendo a diversidade e a heterogeneidade de gêneros discursivos escritos e orais, e suas implicações no trabalho pedagógico do componente Língua Portuguesa, no Ciclo de Alfabetização;

compreender que os usos do oral e do escrito complementam-se nas práticas de letramento, e que a fala e a escrita se relacionam em vários níveis, dos aspectos sociodiscursivos aos aspectos notacionais;

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Objetivos do Caderno 5

refletir sobre o ensino da oralidade na escola, considerando os objetivos didáticos e as interfaces que estabelece com a escrita;

refletir sobre o ensino da leitura e da escrita no Ciclo de Alfabetização, para compreender os dois processos e suas interligações;

compreender os pressupostos da defesa do trabalho sistemático para o ensino do Sistema de Escrita Alfabética, com vistas a garantir os direitos de aprendizagem das crianças, no Ciclo de Alfabetização;

refletir sobre a integração entre Língua Portuguesa e os demais componentes curriculares, para planejar situações didáticas interdisciplinares.

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Atividade inicial: Qual é a sua concepção...

Caderno 4

Alfabetização

Letramento

Oralidade

LeituraEscrita

Gêneros discursivos

(orais e escritos)

Tipos textuais

Caderno 5

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Alfabetização

•Alfabetização: Processo de construção da leitura, escrita e da oralidade. Domínio do sistema alfabético;

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LetramentoÉ o processo de utilização da escrita e leitura em práticas sociais.... Exemplo...Usar a lista telefônica, agenda, fazer lista de compras, etc...

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Letramento - “como um conjunto de práticas que denotam a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito”.

Soares (1998a) faz entre alfabetização e letramento. Para essa autora:

alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado (p. 47).

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Oralidade

Não é repetir o que está escrito traduzindo a escrita em oralidade, este processo chamamos de oralização da escrita. Oralidade é a capacidade do sujeito se expressar em diferentes situações cotidianas e isso a escola precisa ensinar, por isso esse eixo precisa ser trabalhado pelo professor;

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LeituraNão é decodificação, leitura é compreensão e não necessariamente precisa ser a leitura de letras palavras, ler é também conhecer, por isso Freire fala muito em leitura de mundo quando ele afirma que a leitura de mundo precede a leitura das palavras ele quer dizer que antes de se apropriar do sistema de escrita, o sujeito já lê o mundo, ou seja tem muito conhecimento;

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EscritaA escrita consiste na utilização de sinais (símbolos) para exprimir as ideias das pessoas;

O escrita/escrever pode ser entendido como um processo interativo, social, histórico, dialógico, baseado na produção de sentido.

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Gêneros discursivos (orais e escritos)

São formas discursivas... Ou as diferentes formas que usamos para nos comunicar;

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Tipos textuaisTipos discursivos.... São as formas comunicativas que usamos de acordo com o gênero ...., tipo Argumentativo... Dissertativo..., Narrativo (contos de fada....)..., Injuntivo ( instruções)...

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Tipos textuais

Podem variar entre cinco e nove tipos, contudo, os mais estudados e exigidos nas diferentes provas de vestibular e concursos no Brasil são a narração, a dissertação, a descrição, a injunção e a exposição. Veja as principais características de cada um deles:► Narração: Sua principal característica é contar uma história, real ou não, geralmente situada em um tempo e espaço, com personagens, foco narrativo, clímax, desfecho, entre outros elementos. Os gêneros que se apropriam da estrutura narrativa são: contos, crônicas, fábulas, romance, biografias etc.► Dissertação: Tipo de texto opinativo em que ideias são desenvolvidas por meio de estratégias argumentativas. Sua maior finalidade é conquistar a adesão do leitor aos argumentos apresentados. Os gêneros que se apropriam da estrutura dissertativa são: ensaio, carta argumentativa, dissertação, editorial etc.► Descrição: Têm por objetivo descrever objetiva ou subjetivamente coisas, pessoas ou situações. Os gêneros que se apropriam da estrutura descritiva são: laudo, relatório, ata, guia de viagem etc. Também podem ser encontrados em textos literários por meio da descrição subjetiva.► Injunção: São textos que apresentam a finalidade de instruir e orientar o leitor, utilizando verbos no imperativo, no infinitivo ou presente do indicativo, sempre indeterminando o sujeito. Os gêneros que se apropriam da estrutura injuntiva são: manual de instruções, receitas culinárias, bulas, regulamentos, editais, códigos, leis etc.► Exposição: O texto expositivo tem por finalidade apresentar informações sobre um objeto ou fato específico, enumerando suas características por meio de uma linguagem clara e concisa. Os gêneros que se apropriam da estrutura expositiva são: reportagem, resumo, fichamento, artigo científico, seminário etc.

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Aprofundando o tema

Texto 1Inter-relações entre oralidade e escrita no componente curricular Língua Portuguesa

(p.09/21)Liane Castro de Araújo (Universidade Federal da

Bahia)

Caderno 5

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Atividade do texto 1 – formar pequenos grupos

• Realizar a leitura do texto (p. 09/21) em pequenos grupos e responder as seguintes questões:

1. Qual a importância de se trabalhar a oralidade nos anos iniciais do Ensino Fundamental?

2. Analisar a seguinte situação: Ouvir a leitura oralizada de uma história é uma situação de aprendizagem

da linguagem oral, da linguagem escrita ou de ambas?

3. O que as crianças aprendem sobre a linguagem escrita ao ouvir histórias lidas pelo professor?

4. Relacionar os gêneros discursivos orais e escritos que poderão ser trabalhados no ciclo de alfabetização

(1º, 2º e 3º anos)

5. Explique como os usos do oral e do escrito nas práticas de letramento se relacionam nos vários níveis

dos aspectos sociodiscursivos aos aspectos notacionais• Momento de socialização

Caderno 5

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Leitura deleite – O gato xadrez26

/01/

2017

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Coordenadoras: Andrea e Marcia

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Texto 2Práticas orais e escritas antes e depois de as

crianças ingressarem na escola (p.22/31)

Caderno 5

Seminário 2Cuiabá-MT, janeiro de 2017

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Como pensar na oralidade quando o foco de nossa atenção são as crianças

pequenas?

E o que tem a ver a oralidade com o trabalho escolar, se a

escola é, afinal, uma agencia de letramento, ou seja, um dos

lugares de predomínio da linguagem escrita e um dos espaços preferenciais para a sua prática e aprendizagem?

Caderno 5

Atividade:Leitura colaborativa

Socialização: Discutir os aspectos relevantes do texto tendo como foco as

seguintes questões

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Eixo: OralidadeParticipar de interações orais em sala de aula, questionando, sugerindo, argumentando e respeitando os turnos de fala.

Escutar com atenção textos de diferentes gêneros, sobretudo os mais formais, comuns em situações públicas, analisando-os criticamente.

Planejar intervenções orais em situações públicas: exposição oral, debate, contação de história.

Produzir textos orais de diferentes gêneros, com diferentes propósitos, sobretudo os mais formais comuns em instâncias públicas (debate, entrevista, exposição, notícia, propaganda, relato de experiências orais, dentre outros).

Analisar a pertinência e a consistência de textos orais, considerando as finalidades e características dos gêneros.

Reconhecer a diversidade linguística, valorizando as diferenças culturais entre variedades regionais, sociais, de faixa etária, de gênero dentre outras.

Relacionar fala e escrita, tendo em vista a apropriação do sistema de escrita, as variantes linguísticas e os diferentes gêneros textuais.

Valorizar os textos de tradição oral, reconhecendo-os como manifestações culturais.

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Formar 08 grupos e planejar uma atividade de Oralidade: Contemplar os seguintes itens no planejamento: objetivos geral e específicos,

desenvolvimento, avaliação e capacidades

1. Relato oral - Cleonice

2. Reconto oral – Neli

3. Seminários - Andrea

4. Declamação de poemas - Dione

5. Jornal falado (rádio) – Adeirton

6. Entrevistas - Aureny

7. Debate - Terezinha

8. Jornal falado (televisão) - Caderno 5

Atividade:

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Texto 3Formação de leitores na escola: leitura como

prática social (p.32/45)Telma Ferraz Leal (UFPE)

Ester Calland de Souza Rosa (UFPE)

Caderno 5

Seminário 2Cuiabá-MT, janeiro de 2017

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GEMAS PRECIOSAS

Com gemas preciosas para financiá-lo, nosso herói desafiou bravamente os risos escarninhos que tentaram dissuadi-lo de seus planos. “Vossos olhos vos enganam”, retrucou, “um ovo e não uma mesa tipifica esse planeta inexplorado! ”. E então três irmãs valentes se lançam em busca de provas. Desbravando caminhos, algumas vezes através de vastidões tranquilas, mas amiúde em meio a picos e vales turbulentos, os dias se tornaram semanas, tantas quantos os vacilantes que espalhavam rumores a respeito do horizonte. Finalmente, não se sabe de onde, criaturas aladas e bem-vindas apareceram, anunciando um sucesso momentâneo.

(Adaptado de Glucksberg e Danks, 1975, 116)

Caderno 5

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Estudo do vocabulário

Dê o significado das palavras:Escarninho: ZombarDissuadi-lo: Convencer a mudar de ideiaTipifica: Forma, formatoAmiúde: repetido, frequente Interpretação do texto:Responda as perguntas:Quem desafiou bravamente os risos escarninhos? Nosso herói

Quem anunciou um sucesso momentâneo?criaturas aladas Complete a frase:Três irmãs valentes se lançam em busca de provas.

Caderno 5

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http://textoemmovimento.blogspot.com.br/2012/09/interpretacao-do-texto-inferencias-e.html

Com gemas para financiá-lo - a Rainha da Espanha, Isabel de Castela, empenhou suas próprias joias para financiar a viagem de Cristóvão Colombo às Índias (América).

Desafiou os risos escarninhos - Os membro da corte desdenhavam de um estrangeiro recém-chegado com uma proposta de atingir as Índias rumando para o Oeste, enquanto os portugueses alcançavam a cada dia mais conquistas, contornando a África.

Um ovo e não uma mesa tipificam corretamente esse planeta inexplorado: Na idade média, muitos acreditavam que a Terra era plana.

Abrindo caminho, às vezes através de imensidões tranquilas, mas amiúde através de picos e vales turbulentos: Os perigos da navegação em mares desconhecidos, os aventureiros enfrentavam às vezes calmarias, às vezes grandes tempestades.

Os dias se tornaram semanas [...]: A demora para alcançar terra firme e o medo da tripulação que temiam despencar quando o mar terminasse.

As três irmãs fortes e resolutas: A frota de Colombo era formada pelas caravelas Santa Maria, Pinta e Nina.

Revendo o texto

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Caderno 5

• Discutir sobre o ensino da leitura é sempre tema prioritário nos programas de formação continuada de professores. Muitas vezes há ênfase na suposta “aquisição de um código”, por meio de treinos de fonemas, sílabas ou palavras. Tal concepção está atrelada a uma ideia de que, se ensinarmos o aluno a decodificar, naturalmente ele se tornará leitor (p.32);

• As vezes são utilizadas textos que nada têm a ver com os que circulam fora da escola.

Texto 3Formação de leitores na escola: leitura como

prática social (p.32/45)

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Caderno 5

Entre pesquisadores que adotam perspectivas mais enunciativas tem predominado orientações bem distintas. Prevalece a defesa de que é necessário conduzir o ensino da leitura com base na seleção de textos autênticos, integrais e diversificados (DELL’ISOLA, 2001);

Nessa linha de proposições, a mediação do professor é orientada para que as crianças aprendam modos de ler que evidenciem que o sentido do texto não é uma decorrência automática da decifração dos grafemas e de suas correspondências sonoras (p.32).

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Leal, Brandão e Bonifácio

• Dados preliminares de uma pesquisa realizada pelas autoras • Foram analisadas 26 propostas curriculares• Objetivo: analisar propostas curriculares de Secretarias

Estaduais e de capitais brasileiras a fim de compreenderem as concepções de leitura e os aspectos metodológicos expressos em tais documentos

Caderno 5

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A partir das análises das propostas curriculares, as autoras propuseram alguns princípios

didáticos fundamentais para a formação de leitores

1. Ler para atender a diferentes finalidades e refletir sobre o contexto em que o texto a ser lido foi produzido;

2. Estimular o desenvolvimento de habilidades de leitura;3. Explorar os recursos linguísticos dos textos;4. Refletir acerca das temáticas dos textos.

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Ler para responder a perguntas, por exemplo, é uma finalidade frequente no cotidiano das salas de aula, mas nem sempre essa atividade desperta o interesse e a curiosidade das crianças. Desse modo, além de antecipar para elas os propósitos de leitura, é preciso criar situações que possam motivá-las a lerem. Além disso, essa não pode ser a única finalidade de leitura na escola;

Outros propósitos podem ser planejados, como ler para organizar uma peça teatral, para promover um debate sobre um tema polêmico ou para agregar conhecimentos e escrever um livro sobre um tema relevante para o grupo.

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Outra prática usual nas escolas é pedir que as crianças leiam em voz alta para serem avaliadas quanto à fluência na oralização do texto escrito. Entendemos que ler em voz alta pode atender a outras finalidades;

Colomer (2007), por exemplo, referindo-se à leitura de obras literárias em sala de aula, propõe que, nessas situações, sejam estabelecidas “redes horizontais”, com a criação de comunidades interpretativas, ou seja, os professores precisam, nessa perspectiva, favorecer momentos em que as crianças compartilhem textos escritos.

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São várias as possibilidades de objetivos para se ler em voz alta na sala de aula:

• Ler para constituir um repertório comum;• Ler para comentar o que foi lido;• Ler para aprender a negociar significados;• Ler para socializar textos de que gostamos.

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Para a pesquisadora,

os alunos progridem a partir de uma leitura compreensiva – entendida como a leitura que se limita a explorar os elementos internos do enunciado, os sentidos denotados – ao enriquecimento da leitura interpretativa – entendida como a leitura que utiliza conhecimentos externos para suscitar significados implícitos, segundos sentidos ou símbolos que os leitores devem fazer emergir dos textos (COLOMER, 2007, p.149).

Para Teresa Colomer (2007), a conversa sobre os livros é uma

atividade importante na formação de leitores.

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Caderno 5

E você, lê com

que finalidad

e?

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É importante também considerar que a reflexão sobre o CONTEXTO em que o texto a ser lido foi produzido favorece o diálogo com o autor. É preciso ter um olhar voltado para as circunstâncias de sua produção;

Para formar leitores críticos, mais do que fazer censura prévia de textos que não estejam em sintonia com o que defendemos, o melhor é colocar a historicidade de determinados valores em discussão;

Na pesquisa realizada pelas autoras, foi constatado que 81,25% das propostas curriculares faziam referencia a esta dimensão contextual.

(grifo nosso)

Caderno 5

Finalidades para se ler...

34

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De modo geral, ao refletirmos sobre as finalidades da leitura, é importante que

tenhamos em mente que ler é um diálogo que

(...) sempre começa com uma pergunta que fazemos a um texto, não importa que essa pergunta seja para nos distrair, para nos emocionar, para nos confortar, para esquecer, para lembrar, para identificar ou para compartilhar. Se leitura é um diálogo, todo diálogo começa essencialmente com uma pergunta, com uma questão, cuja resposta nos leva a outra pergunta e a outra resposta e a outra pergunta (COSSON, 2014, p. 41).

Caderno 5

34

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A dimensão cognitiva do ato de ler e a prática

docente

As habilidades de leitura possibilitam que o leitor possa utilizar diferentes estratégias ao se deparar com os textos. Usar tais habilidades ultrapassa a ideia de que ler é decodificar...

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34/35

Atualmente as pesquisas convergem para uma compreensão de leitura que, ao que parece, não pode ser reduzida nem à escrita-decodificação

(modelo ascendente), nem a uma pura antecipação (modelo descendente).

A dimensão cognitiva do ato de ler e a prática

docente

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Bernardin (2003, p. 53) afirma que

Há um acordo em torno do modelo probabilístico e interativo: o aprendiz-leitor deve implementar uma estratégia probabilística de exploração da escrita. Sobretudo deve combinar, coordenar duas operações psicolinguísticas bem distintas: 1) produzir intuições semânticas (antecipações, previsões de significados); 2) buscar indícios gráficos diversos (letras, sílabas, palavras, pontuação, marcadores gramaticais etc.) para elaborar e verificar suas previsões. O que importa agora é esclarecer a maneira como as crianças podem tomar consciência dos usos sociais e construir estratégias pertinentes de leitura.

A dimensão cognitiva do ato de ler e a prática

docente

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A dimensão cognitiva do ato de ler e a prática

docenteSolé (1998) defende que as estratégias de leitura são ensináveis, recomendando que o trabalho com o texto na escola inclua situações didáticas em que os estudantes sejam desafiados a usar diferentes formas de aproximação dos textos;

A autora propõe que, nas práticas escolares, dentre outros aspectos, se ensine a:

• compreender as finalidades implícitas e explícitas do texto; • ativar conhecimentos prévios; • selecionar o essencial e relevante à compreensão; • identificar a consistência interna do conteúdo expresso, comparando-o com conhecimentos extratextuais; • elaborar inferências, levantando hipóteses, e fazendo interpretações.

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Mas, afinal, o que são as estratégias de leitura e quais são elas?

A utilização de estratégias de leitura implica um controle planejado e deliberado de ações cognitivas do leitor com vistas à construção de sentido

O ensino da compreensão e a formação do leitor: explorando as estratégias de leitura - Ana Carolina Perrusi Brandão

Traçar objetivos para a leitura Selecionar informações do texto Ativar os conhecimentos prévios Antecipar sentidos no texto Elaborar inferências Avaliar e controlar a compreensão do texto

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Conhecimentos linguísticos para a compreensão dos textos

Caderno 5 40

O leitor, ao se deparar com um texto, antecipa sentidos com base em suas experiências pregressas e busca as pistas linguísticas para interpretar o que é dito, elaborando inferências e apreendendo os sentidos gerais e locais do texto. Val e Castanheira (2005, p. 168), ao tratarem de livros didáticos, ressaltam a importância desse aspecto no ensino da leitura:

Visando a formação de leitores hábeis, os critérios valorizam a exploração dos recursos linguísticos dos textos lidos, prevendo que as coleções de LP: (i) apresentem um tratamento contextualizado do vocabulário, que dê lugar à inferência de sentidos pelo aluno; (ii) explorem também outros processos coesivos, como os pronomes anafóricos, as conjunções, as expressões articuladoras, o funcionamento dos tempos verbais; (iii) inter-relacionem o uso desses recursos como tipo de gênero do texto; (iv) trabalhem relações intertextuais e interdiscursivas, inclusive as de cunho interdisciplinar.

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Retomando a pesquisa

As autoras apontam que mesmo os livros didáticos (aprovados pelo PNLD/2004) não tragam em suas propostas pedagógicas atividades voltadas à exploração de recursos coesivos, por outro lado nos documentos curriculares analisados, 75% dos 16 documentos orientam os professores a explorarem as pistas linguísticas no momento da leitura.

Caderno 5 40

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A exploração dos temas dos textos e as relações com os

gêneros

Todas as reflexões realizadas até aqui mostram que o ensino da leitura requer um trabalho planejado, diversificado, pautado na busca da formação de um leitor ativo, crítico. As dimensões citadas implicam a construção dos sentidos do texto, pois é isso que se busca quando se lê. Por que, então, explicitar que essa é uma das dimensões do ensino?

Caderno 542

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A exploração dos temas dos textos e as relações com os gêneros

Caderno 5 42

Ao delimitarmos tal aspecto, estamos reafirmando a ideia de que ler é agir na sociedade, é interagir, é nos constituirmos como sujeitos, construindo nossas identidades. Mas, muitas vezes, no contexto escolar, são observadas situações em que são realizadas perguntas diversificadas para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sem haver, de fato, um diálogo com o autor, na busca de refletir sobre as possibilidades de sentido do texto. Esse limite também se evidencia em outra prática escolar recorrente, que é a de abandonar o texto para discutir sobre o tema dele. Nos dois casos, não há busca de formação de leitores críticos, que se posicionam diante do que leem.

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Apresentação vídeo

Caderno 5

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Texto 4Produção de textos escritos na escola: a linguagem em funcionamento (p.46/58)

Cancionila Janzkovski Cardoso (Universidade Federal de Mato Grosso/Roo)

Caderno 5

Seminário 2Cuiabá-MT, janeiro de 2017

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LEITURA DELEITE

27/0

1 pe

ríodo

mat

utino

Caderno 5

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Caderno 5

Nesta obra a autora registra os dilemas de um garoto que retorna às aulas e precisa escrever a famosa redação, cujo título já se cristalizou como uma clichê: Minhas férias, pula uma linha, parágrafo... A obra traz à tona um debate acerca da percepção sobre produção textual como uma atividade que não cumpre a função sociocomunicativa, esvaziada de sentido, de modo que os textos produzidos pelos discentes não possuem leitores reais..

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Atividade – texto 4

Caderno 5

• Realizar a leitura dialogada do texto de forma colaborativa• Elaborar um Relato de experiência enfatizando aspectos

relacionados a produção de textos escritos (no processo escolar, na prática pedagógica, na atuação como formador);

• Destaque nesta produção as contribuições do PNAIC;• Momento de socialização (serão sorteados alguns relatos para serem lidos

para o coletivo);• Os Relatos de experiência serão digitalizados e compartilhados com

a turma e Equipe de Coordenação do PNAIC.

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Texto 5Por que defendemos um ensino sistemático da escrita

alfabéticaArtur Gomes de Morais

(Universidade Federal de Pernambuco)

Caderno 5

Seminário 2Cuiabá-MT, janeiro de 2017

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Texto 6Oralidade, leitura e escrita nas diferentes

áreas do conhecimentoLudmila Thomé de Andrade

(Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Caderno 5

Seminário 2Cuiabá-MT, janeiro de 2017

Page 62: Slides   caderno 5 atual

Os textos 5 e 6 serão trabalhados simultaneamente

Formar 8 grupos

1º momento: Leitura dos subitens dos textos, destacar as partes principais e elaborar uma síntese.

2º momento: Socialização em plenária.

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Texto 5 - Por que defendemos um ensino sistemático da escrita alfabética? – Artur Gomes de Morais

Grupo 1 - Por que defendemos um ensino sistemático da escrita alfabética?(p. 59 - )Grupo 2 - O texto como objeto de significação, objeto de comunicação e objeto de ensino (p. 48 - 52)Grupo 3 - O ensino de textos diversos: como proceder? (p. 53 - 57)

Texto 6 - Oralidade, leitura e escrita nas diferentes áreas de conhecimento – Ludmila Thomé de Andrade

Grupo 4 - Eixos em relação mútua e imbricada (p. 68 - 70)Grupo 5 - A leitura como clave do trabalho (final da p. 70 - 74)Grupo 6 - As relações dinâmicas entre os eixos (p. 74 - 76)Grupo 7 - Os espaços discursivos da escola (p. 76 - 79)Grupo 8 - A língua e suas articulações infinitas (p. 79 - 81)

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Oralidade e escrita são modalidades da linguagem verbal que, consideradas em suas especificidades, podem permitir propor eixos para o trabalho linguístico.

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A principal ideia deste texto é que a articulação desses eixos em cada uma das disciplinas é produtiva do ponto de vista da qualidade da aprendizagem linguística das crianças nas diferentes áreas do conhecimento.

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a oralidade seria uma prática social que se apresenta sob variadas formas ou gêneros textuais que vão desde o mais informal ao mais formal e nos mais variados contextos de uso (p.41). • Em que contextos e condições são usadas a fala e a escrita nas nossas

práticas orais e letradas? • Quais são as práticas orais e de letramento comuns em nossa

sociedade?

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69

Atividade

Caderno 5

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Leitura deleite

27/0

1 p

erío

do

vesp

ertin

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Caderno 5

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1. Projeto de letramento: o massacre das lagartas

2. E era onça mesmo: ensinando-aprendendo a ler na escola

3. Aprendizado da leitura: o que e como ensinar? Práticas que propiciam o avanço das crianças

Caderno 5

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AtividadeoLeitura dos relatos de experiência em pequenos gruposoResponder as seguintes questões: Quais objetivos permearam a experiência relatada? Quais eixos de ensino foram contemplados? Algum deles

foi priorizado? Isso foi importante para atingir os objetivos? Quais componentes curriculares foram contemplados na

experiência? Eles, de fato são importantes para os objetivos centrais da sequência ou projeto?

Quais recursos didáticos foram utilizados? Tais recursos foram adequados aos objetivos do trabalho?

oMomento de socializaçãoCaderno 5

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ORGANIZAÇÃO DOS SEMINÁRIOS 1, 2 e 3 Seminário 1 – 12 e 13/12/2016 Caderno de Avaliação e Caderno 04o No município: mês de dezembro mínimo 16 horas – 8 h referente a nov. e 8 h referente a dez. (Trabalhar Caderno de Avaliação e iniciar Caderno 4) mês de janeiro mínimo 8 horas (Terminar o Caderno 04 – antes do Seminário 02) Seminário 2 – 26 e 27/01/2017 Caderno 05 - A oralidade, a leitura e a escrita no Ciclo de Alfabetizaçãoo No município mês de fevereiro mínimo 8 horas (Trabalhar Caderno 05 – antes do Seminário 03) Seminário 3 – 22 a 24/02/2017 Caderno 06 - A arte no Ciclo de Alfabetizaçãoo No município mês de março mínimo 8 horas (Trabalhar Caderno 06) No final cada participante terá que elaborar um relatório do PNAIC 2016 Certificado de 100 h – mínimo de 75% de presença nos encontros presenciais e realizar as

atividades/tarefas no Simec.