Slides Reatores Prova 2

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26/02/2014 1 1º semestre de 2014 Prof. Dr. João Paulo Alves Silva [email protected] Cinética Química Aplicada (LOQ 4003) - Universidade de São Paulo - Escola de Engenharia de Lorena Equação de Velocidade Termo dependente da concentração Termo dependente da temperatura Aula anterior

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    1 semestre de 2014

    Prof. Dr. Joo Paulo Alves Silva

    [email protected]

    Cintica Qumica Aplicada (LOQ 4003)

    - Universidade de So Paulo - Escola de Engenharia de Lorena

    Equao de Velocidade

    Termo dependente da concentrao

    Termo dependente da temperatura

    Aula anterior

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    Termo dependente da concentrao

    Termo dependente da temperatura (Lei de Arrhenius)

    (Lei de Potencias)

    Equao de Velocidade

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    A concentrao das espcies qumicas ou suas presses parciais (PA) para reaes

    envolvendo gases.

    A presena ou no de um catalisador

    O que influencia a

    velocidade da reao qumica?

    A temperatura.

    A ordem da reao qumica.

    Equao de Velocidade

    Aula anterior

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    Clculo da energia de ativao

    Onde: k0... fator pr-exponencial ou fator de frequncia E... energia de ativao [J/mol] ou [cal/mol] R... constante universal dos gases (8,314 J/mol.K) (1,987 cal/mol.K) T... temperatura em K.

    Energia de ativao

    Aula anterior

    1. Introduo a cintica

    1.7.Noes sobre reatores

    1.7.1. Mtodo de medida de dados cinticos

    1.7.2. Alguns conceitos gerais de cintica

    1.8. Estequiometria das reaes qumica

    1.8.1. Grau de avano

    1.8.2. Converso

    1.8.3. Tabela Estequiomtrica

    1.8.4. Diluio em sistemas contnuos e descontnuos

    Cintica Qumica Aplicada (LOQ 4003)

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    Noes sobre reatores qumicos

    Os reatores qumicos so vasos (recipientes) projetados para conter as reaes qumicas. Sua funo de proporcionar condies ambientais adequadas para o processo qumico, alm de facilitar as operaes de transferncia de calor e massa.

    Noes sobre reatores qumicos

    A descrio cintica representa a variao da concentrao de uma determinada espcie qumica com o decorrer da reao (tempo).

    O comportamento das concentraes ao longo do tempo pode ser representado por uma curva cintica.

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    Noes sobre reatores qumicos

    Uma curva cintica de reao pode ser descrita

    experimentalmente acompanhando-se as medidas

    da concentrao, presso ou de outra varivel intensiva.

    Amostragem

    Amostragem

    Noes sobre reatores qumicos

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    Em um sistema fechado (batelada ou descontnuo) as propriedades variam com o tempo de reao.

    A alimentao dos reagentes feita de uma s vez no incio da operao, e a

    retirada dos produtos feita de uma s vez no fim da operao.

    Sistema descontnuo

    Batch Reactor ou Reator Batelada - Forma de conduo da operao ao longo do tempo: Batelada ou Semi-Batelada - Composio no volume reacional: Uniforme

    Em um sistema aberto (contnuo) as propriedades variam com a posio ou com o tempo espacial. O tempo espacial a razo entre o volume ou massa do sistema (reator) e o fluxo da mistura na entrada.

    Reator de Mistura CSTR (continuous stirred tank reactor) Forma de conduo: contnua Composio no volume reacional: uniforme

    Reator Tubular PFR (plug flow reactor) Forma de conduo: continua Composio no volume reacional: varivel

    Sistema contnuo

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    Mtodo de medida de dados cinticos As medidas dos dados para o acompanhamento da cintica de reao

    podem ser executadas por uma das seguintes maneiras:

    Amostragem

    (a) Coletando amostras do sistema em tempos determinados

    (b) Monitorando a variao de uma das propriedades da mistura reacional

    Mtodo de medida de dados cinticos Os mtodos de medida de dados cinticos: Mtodos qumicos: Para determinar o grau de avano de uma reao, pode-se recorrer aos mtodos clssicos da Qumica Analtica, tais como: titulometria, gravimetria, volumetria de gases e anlise orgnica funcional. Mtodos fsicos: Em princpio, todas as variaes de propriedades fsicas devidas reao podem ser utilizadas para medir o seu grau de avano de uma reao qumica. Entre as propriedades mais frequentemente empregadas, tem-se:

    - variao da presso, volume, densidade ou peso. Ex.: manometria, volumetria, densimetria.

    - variao das propriedades ticas. Ex.: refratometria, espectrofotometria, polarimetria.

    - variao de propriedades eltricas. Ex.: condutimetria, pH-metria, polarografia e medidas da constante dieltrica.

    - variao das propriedades mecnicas. Ex.: viscosimetria

    - outros mtodos. Ex.: cromatografia em fase lquida ou gasosa, espectrografia de massa.

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    Mtodo de medida de dados cinticos

    O mtodo de medida escolhido deve ser aquele que menos perturbe o sistema

    Qual mtodo devo utilizar ?

    Diluio em sistemas descontnuos:

    muito comum em reaes qumicas a mistura de duas ou mais solues distintas em um recipiente. E a partir desta mistura que a reao ocorre.

    No momento em que ocorre a mistura das duas solues que ocorre o incio da reao qumica, o que na cintica denominado de tempo zero da reao.

    Para efeitos cinticos a concentrao inicial de um reagente aquela que ele possui no momento em que as duas solues so misturadas, pois ambas se diluem mutuamente.

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    Diluio em sistemas descontnuos:

    Por regra, soma-se o nmero de mols e divide pelo volume final.

    CA1... concentrao de A na soluo 1 CA2... concentrao de A na soluo 2 CA0... concentrao inicial de A para a reao qumica V1... volume da soluo 1 V2... volume da soluo 2 V... volume inicial da reao (V1+V2)

    NA0 = NA1 + NA2

    CA0V = CA1V1 + CA2V2

    0 = 11 + 22

    NA0 = NA1 + NA2

    CA0V = CA1V1 + CA2V2

    0 = 11 + 22

    NA0 = NA1 + NA2

    CA0V = CA1V1 + CA2V2

    0 = 11 + 22

    Diluio em sistemas contnuos:

    Raciocnio idntico ao anterior se aplica aos sistemas descontnuos. Em sistemas contnuos aplicam-se os conceitos de:

    -Velocidade molar (ou vazo molar): a razo entre o nmero de mols pelo tempo (smbolo F).

    - Vazo: a relao entre o volume por unidade de tempo conforme conceito fsico tradicional.

    Seu smbolo 0.

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    Diluio em sistemas contnuos:

    FA1... velocidade molar de A na corrente 1 FA2... velocidade molar de A na corrente 2 FA0... velocidade molar de A no incio da reao qumica 1... vazo da soluo 1 2... vazo da soluo 2 0... vazo inicial da reao (1+2)

    Por regra, soma-se a velocidade molar (F) e divide pela vazo total (0).

    0 = 1 + 2

    00 = 11 + 22

    0 =11 + 22

    0

    Reagente limitante (ou crtico) aquele que em uma reao irreversvel atinge a converso mxima possvel e com isso determina o fim da reao.

    Tempo de meia vida (t1/2) o tempo necessrio para ocorrer 50% da reao. Havendo mais de um reagente, o tempo de meia-vida ser referente ao reagente limitante (ou critico).

    Tempo infinito o tempo no qual, para efeito prtico, uma reao considerada completa (digamos que mais de 99,9% da reao).

    Alguns conceitos gerais de cintica

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    1 Uma reao qumica (A + B 2R + 3S) realizada em um reator

    batelada. No incio do processo o reator carregado com 0,9 L de uma

    soluo com 2,00 mol/L de A e 0,6 L de uma soluo contendo 1,75 mol/L de

    B. Determine a concentrao inicial dos reagentes imediatamente aps o

    carregamento do reator.

    Exerccios

    Estequiometria das reaes qumica

    Como a equao que descreve a velocidade de uma reao, na

    maioria das vezes, depende da concentrao de mais de uma espcie

    qumica, precisamos relacionar as concentraes das diferentes espcies

    entre si. Esta relao estabelecida com base na estequiometria das

    reaes.

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    Um modo de possibilitar o clculo da concentrao de todos os

    componentes, produtos e reagentes, estabelecer uma varivel que

    relacione as concentraes de tais espcies. Desta forma, so definidos o

    grau de avano da reao() e a converso(Xi) de um determinado

    componente.

    Estequiometria das reaes qumica

    Estequiometria das reaes qumica

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    Estequiometria das reaes qumica

    Estas relaes podem ser desenvolvidas para uma reao genrica:

    A estequiometria pode ser usada para relacionar as velocidades relativas

    para cada espcie qumica.

    ;

    Estequiometria das reaes qumica

    De forma anloga, considerando a espcie A como

    base.

    ou

    ;

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    Grau de avano

    ;

    Mols iniciais NA0 NB0 NR0 NS0

    Mols finais NA NB NR NS

    A variao do nmero de mols transformados durante a reao diretamente proporcional estequiometria da reao.

    Grau de avano

    ;

    Pode-se representar o grau de avano (a) genericamente como:

    O grau de avano () uma varivel extensiva, medida em mols.

    NA = NA0 a

    NB = NB0 b

    NR = NR0 + r

    NS = NS0 + s

    Para um sistema a volume constante determina-se o grau de avano diretamente em funo da concentrao

    CA = CA0 a

    CB = CB0 b

    CR = CR0 + r

    CD = CD0 + d

    Tendo o valor de , pode-se determinar o nmero de mols, para um determinado instante ou local, para cada componente de uma reao qumica.

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    Converso

    A converso a varivel mais usada para relacionar a

    concentrao de uma espcie qumica com os demais reagentes e

    produtos, em um dado momento ou posio do sistema reacional.

    Converso

    A converso pode ser definida com a relao entre o avano de uma reao (a) at um instante t qualquer, e o avano mximo que a reao possa alcanar.

    maxa

    aX

    a

    tNNa

    ttNN

    XAA

    AA

    )(

    )(

    0

    0

    0

    0

    A

    AA

    N

    NNX

    No final de uma reao irreversvel (t=), NA = 0, ento temos:

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    Converso

    A converso da reao definida sempre para um reagente limitante

    da reao.

    A converso independe de unidade, variando de 0 a 1 para reaes

    irreversveis ou 0 a XAe para reversveis.

    Importante:

    Converso (sistemas a volume constante) Em sistemas a volume constante, a converso pode ser expressa em funo da concentrao.

    Ao

    AAo

    Ao

    AAoA

    C

    CC

    N

    NNX

    Bo

    BBo

    Bo

    BBoB

    C

    CC

    N

    NNX

    RoR

    RoR

    RoR

    RoRR

    CC

    CC

    NN

    NNX

    maxmax

    Para uma reao em fase lquida (volume constante)

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    2 - A reao qumica A + B 2R + 3S ocorre a volume constante.,

    Sabendo-se que as concentraes iniciais de A e de B so 1,2 M e 0,7 M,

    respectivamente, determine:

    (a) - a concentrao molar de S no final da reao.

    (b) - a concentrao molar de B no tempo de meia vida da reao.

    (c) - a converso da reao quando a concentrao de R atingir

    1,24 mols/litro.

    Exerccios

    Converso (sistemas gasosos)

    Para sistemas que envolvem reaes de misturas gasosas, deve-se considerar a variao do nmero de mols total.

    )()( basrV

    Em sistemas gasosos usual utilizar a presso parcial como parmetro proporcional concentrao, desde que seja possvel acompanhar a evoluo da presso total do sistema a volume constante ou no.

    sSrRbBaA

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    Converso (sistemas gasosos)

    Seja uma reao em fase gasosa de uma mistura ideal.

    )()( basrV

    Em um dado instante aps o incio da reao, os nmeros de mols NA0, NB0, NR0 e NS0 podem ser expressos em funo do grau de extenso da reao ().

    sSrRbBaA

    NA0, NB0, NR0 e NS0 ... nmero de mols inicial de A, B, R e S, respectivamente.

    NA = NA0 a

    NB = NB0 b

    NR = NR0 + r

    NS = NS0 + r

    NA = NA0 a NB = NB0 b NR = NR0 + r

    Converso (sistemas gasosos)

    Seja uma reao em fase gasosa de uma mistura ideal.

    NA = NA0 a

    NB = NB0 b

    NR = NR0 + r

    NS = NS0 + s

    Nmero total de mols no incio N0 = NA0 + NB0 + NR0 + NS0 Nmero total de mols num instante t Nt = NA + NB + NR + NS

    Nt = NA + NB + NR + NS Nt = NA0 a+NB0 b+NR0 + r+NS0 + r

    Nt = NA0 +NB0 +NR0 +NS0 + (-a-b+r+s)

    N0 V

    aVNNt 0

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    Converso (reaes gasosos a volume constante)

    Para um sistema de reao simples e a volume constante, obtm-se diretamente as presses parciais dos componentes em funo da presso total do sistema, partindo-se da lei dos Gases ideais.

    arV

    rRaA

    A presso parcial do componente A (PA) em funo do grau de extenso da reao, dada por:

    Converso (reaes gasosos a volume constante)

    O grau de avano da reao pode ser relacionado com os nmeros totais de mols inicial e final pela equao:

    Combinando estas duas ltimas equaes, temos:

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    Converso (reaes gasosos a volume constante)

    Pela lei dos gases ideais, tem-se:

    Assim temos:

    0 =0

    (t=0)

    =

    (t qualquer)

    = 0

    0

    Tabela Estequiomtrica

    A tabela estequiomtrica uma ferramenta til para a anlise

    cintica de uma reao qumica.

    A construo de uma tabela estequiomtrica permite

    determinar o nmero restante de mols de cada espcie qumica em

    um reator aps a reao de NA0XA mols de A.

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    Tabela Estequiomtrica

    Esta tabela estequiomtrica contm as seguintes informaes:

    Coluna 1: a espcie em questo

    Coluna 2: o nmero presente de mols de cada espcie inicialmente

    Coluna 3: a variao do nmero de mols resultante da reao

    Coluna 4: o nmero remanescente de mols de cada espcie no sistema no tempo t

    Tabela Estequiomtrica

    Por exemplo, para a reao genrica: sSrRbBaA

    =

    =

    =

    NA = NA0 XA

    =

    =

    0

    =

    =

    0

    =

    =

    0

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    Tabela Estequiomtrica

    Por exemplo, para a reao genrica: sSrRbBaA

    No caso de reaes qumicas a volume constante o nmero de mols, na tabela, poder ser substitudo pela concentrao.

    2 - A reao qumica A + B 2R + 3S ocorre a volume constante.,

    Sabendo-se que as concentraes iniciais de A e de B so 1,2 M e 0,7 M,

    respectivamente, determine:

    (a) - a concentrao molar de S no final da reao.

    (b) - a concentrao molar de B no tempo de meia vida da reao.

    (c) - a converso da reao quando a concentrao de R atingir

    1,24 mols/litro.

    Exerccios

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    Exerccios