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UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná DAMAT – Departamento Acadêmico de Matemática Cálculo Diferencial e Integral 4 (MA64A) SÉRIES - TRANSFORMADAS NOTAS DE AULA Rudimar Luiz Nós 2 o semestre/2011

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UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná

DAMAT – Departamento Acadêmico de Matemática

Cálculo Diferencial e Integral 4 (MA64A)

SÉRIES - TRANSFORMADAS NOTAS DE AULA

Rudimar Luiz Nós

2o semestre/2011

2

3

Não é paradoxo dizer

que nos nossos momentos de inspiração mais teórica

podemos estar o mais próximo possível

de nossas aplicações mais práticas.

A. N. Whitehead (1861-1947)

[email protected] http://pessoal.utfpr.edu.br/rudimarnos

4

5

SUMÁRIO 1. SÉRIES.................................................................................................................................................................................9

1.1 – SEQUÊNCIAS INFINITAS .................................................................................................................................................9 1.2 – SÉRIES INFINITAS ..........................................................................................................................................................9 1.3 – CONVERGÊNCIA DE SÉRIES..........................................................................................................................................10

1.3.1 – A série geométrica..............................................................................................................................................10 1.3.2 – Condição necessária à convergência.................................................................................................................11 1.3.3 – Teste da divergência...........................................................................................................................................11 1.3.4 – Série de termos positivos: o teste da integral.....................................................................................................11 1.3.5 – Convergência absoluta e condicional ................................................................................................................12 1.3.6 – Convergência uniforme (série de funções).........................................................................................................12 1.3.7 – Teste M de Weierstrass ......................................................................................................................................13

2. A SÉRIE DE FOURIER....................................................................................................................................................17

2.1 – FUNÇÕES PERIÓDICAS .................................................................................................................................................17 2.2 – SÉRIES TRIGONOMÉTRICAS..........................................................................................................................................18 2.3 – SÉRIE DE FOURIER.......................................................................................................................................................22

2.3.1 – Definição............................................................................................................................................................22 2.3.2 – Coeficientes ........................................................................................................................................................22 2.3.3 – Continuidade seccional ou por partes................................................................................................................25 2.3.4 – Convergência: condições de Dirichlet ...............................................................................................................25

2.4 – SÉRIE DE FOURIER DE UMA FUNÇÃO PERIÓDICA DADA ................................................................................................27 2.5 – FUNÇÕES PARES E FUNÇÕES ÍMPARES..........................................................................................................................35 2.6 – SÉRIE DE FOURIER DE COSSENOS.................................................................................................................................39 2.7 – SÉRIE DE FOURIER DE SENOS.......................................................................................................................................40 2.8 – O FENÔMENO DE GIBBS...............................................................................................................................................44 2.9 – A IDENTIDADE DE PARSEVAL PARA SÉRIES DE FOURIER..............................................................................................45 2.10 – CONVERGÊNCIA DE SÉRIES NUMÉRICAS ATRAVÉS DA SÉRIE DE FOURIER ..................................................................47 2.11 – DERIVAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA SÉRIE DE FOURIER....................................................................................................48 2.12 – A FORMA EXPONENCIAL (OU COMPLEXA) DA SÉRIE DE FOURIER...............................................................................50 2.13 – APLICAÇÕES DA SÉRIE DE FOURIER NA SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARCIAIS .........................................55

2.13.1 – Equações diferenciais ......................................................................................................................................55 2.13.2 – Equação do calor .............................................................................................................................................56 2.13.3 – Equação da onda..............................................................................................................................................59 2.13.4 – Equação de Laplace .........................................................................................................................................61

2.14 – EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ..........................................................................................................................................65 2.15 – EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES ................................................................................................................................77

3. A INTEGRAL DE FOURIER / TRANSFORMADAS DE FOURIER .........................................................................91

3.1 – A INTEGRAL DE FOURIER ............................................................................................................................................92 3.2 – CONVERGÊNCIA DA INTEGRAL DE FOURIER ................................................................................................................92

3.2.1 – Convergência absoluta e condicional ................................................................................................................93 3.3 – A INTEGRAL COSSENO DE FOURIER .............................................................................................................................93 3.4 – A INTEGRAL SENO DE FOURIER ...................................................................................................................................94 3.5 – FORMAS EQUIVALENTES DA INTEGRAL DE FOURIER....................................................................................................95 3.6 – DEFINIÇÃO DA TRANSFORMADA DE FOURIER E DA TRANSFORMADA INVERSA DE FOURIER ........................................97 3.7 – TRANSFORMADA COSSENO DE FOURIER E TRANSFORMADA COSSENO DE FOURIER INVERSA ......................................99 3.8 – TRANSFORMADA SENO DE FOURIER E TRANSFORMADA SENO DE FOURIER INVERSA.................................................100 3.9 – FUNÇÃO DE HEAVISIDE .............................................................................................................................................102 3.10 – ESPECTRO, AMPLITUDE E FASE DA TRANSFORMADA DE FOURIER............................................................................104 3.11 – PROPRIEDADES OPERACIONAIS DAS TRANSFORMADAS DE FOURIER ........................................................................106

3.11.1 – Comportamento de F(α) quando |α|→∞ ........................................................................................................107 3.11.2 – Linearidade ....................................................................................................................................................108 3.11.3 – Simetria (ou dualidade)..................................................................................................................................108 3.11.4 – Conjugado......................................................................................................................................................109 3.11.5 – Translação (no tempo) ...................................................................................................................................109 3.11.6 – Translação (na frequência) ............................................................................................................................110

6

3.11.7 – Similaridade (ou mudança de escala) e inversão de tempo ...........................................................................110 3.11.8 – Convolução ....................................................................................................................................................111 3.11.9 – Multiplicação (Convolução na frequência)....................................................................................................114 3.11.10 – Transformada de Fourier de derivadas .......................................................................................................115 3.11.11 – Derivadas de transformadas de Fourier ......................................................................................................116

3.12 – RESUMO: PROPRIEDADES OPERACIONAIS DAS TRANSFORMADAS DE FOURIER ........................................................119 3.13 – DELTA DE DIRAC.....................................................................................................................................................120

3.13.1 – Propriedades do delta de Dirac .....................................................................................................................121 3.13.2 – Transformada de Fourier do delta de Dirac ..................................................................................................122

3.14 – MÉTODOS PARA OBTER A TRANSFORMADA DE FOURIER .........................................................................................122 3.14.1 – Uso da definição.............................................................................................................................................122 3.14.2 – Uso de equações diferenciais .........................................................................................................................126 3.14.3 – Decomposição em frações parciais................................................................................................................128

3.15 – TRANSFORMADA DE FOURIER DE ALGUMAS FUNÇÕES ............................................................................................130 3.15.1 – A função constante unitária ...........................................................................................................................130 3.15.2 – A função sinal.................................................................................................................................................131 3.15.3 – A função degrau .............................................................................................................................................132 3.15.4 – Exponencial....................................................................................................................................................132 3.15.5 – Função cosseno..............................................................................................................................................133

3.16 – RESUMO: TRANSFORMADAS DE FOURIER DE ALGUMAS FUNÇÕES ...........................................................................134 3.17 – IDENTIDADE DE PARSEVAL PARA AS INTEGRAIS DE FOURIER ..................................................................................135 3.18 – CÁLCULO DE INTEGRAIS IMPRÓPRIAS ......................................................................................................................137 3.19 – SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ...................................................................................................................141

3.19.1 – Equações diferenciais ordinárias...................................................................................................................141 3.19.2 – Equações diferenciais parciais ......................................................................................................................142

Derivação sob o sinal de integração – Regra de Leibniz .................................................................................................................. 142 3.19.2.1 – Equação do calor (EDP parabólica).................................................................................................................................. 144 3.19.2.2 – Equação da onda (EDP hiperbólica) ................................................................................................................................. 146 3.19.2.3 – Equação de Laplace (EDP elíptica) .................................................................................................................................. 148

3.20 – SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES INTEGRAIS E DE EQUAÇÕES ÍNTEGRO-DIFERENCIAIS.........................................................151 3.21 – EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ........................................................................................................................................154 3.22 – EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES ..............................................................................................................................157

4. TRANSFORMADAS DE LAPLACE ............................................................................................................................165

4.1 – DEFINIÇÃO DA TRANSFORMADA DE LAPLACE ...........................................................................................................165 4.1.1 – Motivação.........................................................................................................................................................165 4.1.2 – Função de Heaviside........................................................................................................................................166

4.1.2.1 - Generalização........................................................................................................................................................................ 167 4.1.3 – Transformada de Laplace ................................................................................................................................168

4.2 – FUNÇÕES DE ORDEM EXPONENCIAL...........................................................................................................................171 4.3 – CONVERGÊNCIA DA TRANSFORMADA DE LAPLACE UNILATERAL ..............................................................................174

4.3.1 – Convergência absoluta e condicional ..............................................................................................................174 4.3.2 – Condições suficientes para a convergência .....................................................................................................174

4.4 – TRANSFORMADA DE LAPLACE UNILATERAL DAS FUNÇÕES ELEMENTARES ...............................................................175 4.4.1 – f(t) = t

n..............................................................................................................................................................175

4.4.2 – f(t) = eat

............................................................................................................................................................177 4.4.3 – Transformada de algumas funções elementares ..............................................................................................177

4.5 – PROPRIEDADES DA TRANSFORMADA DE LAPLACE UNILATERAL................................................................................178 4.5.1 – Comportamento da transformada de Laplace F(s) quando s→∞ ....................................................................178 4.5.2 – Linearidade ......................................................................................................................................................178 4.5.3 – Primeira propriedade de translação ou deslocamento ....................................................................................181 4.5.4 – Segunda propriedade de translação ou deslocamento.....................................................................................181 4.5.5 – Similaridade (ou mudança de escala) ..............................................................................................................182 4.5.6 – Transformada de Laplace unilateral de derivadas ..........................................................................................183 4.5.7 – Transformada de Laplace unilateral de integrais............................................................................................185 4.5.8 – Derivadas de transformadas de Laplace unilaterais (multiplicação por t

n) ....................................................186

4.5.9 – Integrais de transformadas de Laplace unilaterais (divisão por t) ..................................................................187 4.5.10 – Convolução ....................................................................................................................................................189 4.5.11 – Valor inicial ...................................................................................................................................................190 4.5.12 – Valor final ......................................................................................................................................................191

4.6 – TRANSFORMADA DE LAPLACE UNILATERAL DE FUNÇÕES PERIÓDICAS......................................................................192

7

4.7 – CÁLCULO DE INTEGRAIS IMPRÓPRIAS........................................................................................................................194 4.8 – MÉTODOS PARA DETERMINAR A TRANSFORMADA DE LAPLACE UNILATERAL ...........................................................196

4.8.1 – Uso da definição...............................................................................................................................................196 4.8.2 – Expansão em série de potências.......................................................................................................................196 4.8.3 – Uso de equações diferenciais ...........................................................................................................................200 4.8.4 – Outros métodos ................................................................................................................................................200 4.8.5 – Uso de tabelas de transformadas .....................................................................................................................200

4.9 – TRANSFORMADA DE LAPLACE UNILATERAL DE ALGUMAS FUNÇÕES.........................................................................200 4.9.1 – Função nula .....................................................................................................................................................200 4.9.2 – Função degrau unitário ...................................................................................................................................200 4.9.3 – Função impulso unitário ..................................................................................................................................201 4.9.4 – Algumas funções periódicas.............................................................................................................................202

4.10 – MÉTODOS PARA DETERMINAR A TRANSFORMADA DE LAPLACE UNILATERAL INVERSA...........................................204 4.10.1 – Completando quadrados ................................................................................................................................204 4.10.2 – Decomposição em frações parciais................................................................................................................204 4.10.3 – Expansão em série de potências.....................................................................................................................209 4.10.4 – Uso de tabelas de transformadas de Laplace.................................................................................................211 4.10.5 – A fórmula de Heaviside ..................................................................................................................................211 4.10.6 – A fórmula geral (ou complexa) de inversão ...................................................................................................212

4.11 – SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ...................................................................................................................213 4.11.1 – Equações diferenciais ordinárias com coeficientes constantes......................................................................213 4.11.2 – Equações diferenciais ordinárias com coeficientes variáveis........................................................................219 4.11.3 – Equações diferenciais ordinárias simultâneas...............................................................................................221 4.11.4 – Equações diferenciais parciais ......................................................................................................................223

4.12 – SOLUÇÃO DE EQUAÇÕES ÍNTEGRO-DIFERENCIAIS ....................................................................................................229 4.13 – EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ........................................................................................................................................232 4.14 – EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES ..............................................................................................................................240

5. TRANSFORMADAS ZZZZ ...................................................................................................................................................251

5.1 – DEFINIÇÃO DA TRANSFORMADA Z UNILATERAL .......................................................................................................252 5.2 – TRANSFORMADA Z UNILATERAL DE ALGUMAS SEQUÊNCIAS.....................................................................................253

5.2.1 – Versão discreta da função delta de Dirac........................................................................................................253 5.2.2 – Sequência unitária ou passo discreto unitário .................................................................................................253 5.2.3 – Exponencial......................................................................................................................................................254 5.2.4 – Potência............................................................................................................................................................255

5.3 – SÉRIES DE POTÊNCIAS: DEFINIÇÃO, RAIO DE CONVERGÊNCIA ....................................................................................256 5.4 – EXISTÊNCIA E DOMÍNIO DE DEFINIÇÃO DA TRANSFORMADA Z UNILATERAL .............................................................258 5.5 – PROPRIEDADES DA TRANSFORMADA Z UNILATERAL .................................................................................................260

5.5.1 – Linearidade ......................................................................................................................................................260 5.5.2 – Translação (ou deslocamento) .........................................................................................................................264 5.5.3 – Similaridade .....................................................................................................................................................265 5.5.4 – Convolução ......................................................................................................................................................266 5.5.5 – Diferenciação da transformada de uma sequência ..........................................................................................267 5.5.6 – Integração da transformada de uma sequência ...............................................................................................269 5.5.7 – Valor inicial .....................................................................................................................................................270 5.5.8 – Valor final ........................................................................................................................................................271

5.6 – RESUMO: TRANSFORMADA Z UNILATERAL DAS FUNÇÕES DISCRETAS ELEMENTARES ...............................................272 5.7 – TRANSFORMADA Z UNILATERAL INVERSA ................................................................................................................272 5.8 – MÉTODOS PARA DETERMINAR A TRANSFORMADA Z UNILATERAL INVERSA ..............................................................273

5.8.1 – Uso da transformada Z unilateral e de suas propriedades..............................................................................273 5.8.2 – Decomposição em frações parciais..................................................................................................................274 5.8.3 – Expansão em série de potências.......................................................................................................................277 5.8.4 – Estratégia geral de inversão ............................................................................................................................279

5.9 – TRANSFORMADA Z BILATERAL .................................................................................................................................280 5.9.1 - Série de Laurent................................................................................................................................................280

5.8.1.1 - Singularidades ....................................................................................................................................................................... 280 5.9.2 – Definição..........................................................................................................................................................282

5.10 – EQUAÇÕES DE DIFERENÇAS .....................................................................................................................................286 5.10.1 – Definição........................................................................................................................................................286 5.10.2 – Equações de diferenças lineares ....................................................................................................................287

8

5.10.3 – Solução de equações de diferenças lineares ..................................................................................................287 5.11 – EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ........................................................................................................................................294 5.12 – EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES ..............................................................................................................................301

6. FORMULÁRIO ...............................................................................................................................................................307

REFERÊNCIAS...................................................................................................................................................................317

9

1. SÉRIES

1.1 – Sequências infinitas

Uma sequência infinita é uma função discreta cujo domínio é { }0\N .

Notação: { } { } ( )nfa ,0\Nn ,a nn =∈ Exemplos

1o) { } ( ) { } ,14

25,

11

16,

8

9,

5

4,

2

1 a

1n3

n1a n

21n

n

−−=⇒−

−=+

L

2o) A sequência { }1n2

na n

+= é convergente ou divergente?

{ } ,3n2

1n,

1n2

n,,

11

5,

9

4,

7

3,

5

2,

3

1 a n

+

+

+= KL

Se n

nalim

∞→ existe, então { } a n é convergente. Caso contrário, { } a n é divergente.

Como2

1

n

12

1lim

1n2

nlim

nn=

+

=+ ∞→∞→

, { } a n é convergente.

1.2 – Séries infinitas

Uma série infinita é definida como sendo a soma dos termos de uma sequência infinita.

Notação: LL +++++=∑∞

=

n321

1n

n aaaaa

Somas parciais:

n321n

3213

212

11

aaaaS

aaaS

aaS

aS

++++=

++=

+=

=

L

M

Se SSlim n

n=

∞→ , então a série infinita é convergente. Se o limite S não existe, então a série

infinita é divergente. Exemplo

( ) ( )

LL ++

+++++=+

∑∞

= 1nn

1

5.4

1

4.3

1

3.2

1

2.1

1

1nn

1

1n

10

( )

11n

nlimSlim

1n

n

1n

11S

1n

1

n

1

4

1

3

1

3

1

2

1

2

11aaaaS

1n

1

n

1

1nn

1a

nn

n

n

n321n

n

=+

=

+=

+−=

+−++

−+

−+

−=++++=

+−=

+=

∞→∞→

LL

Logo, a série infinita é convergente.

1.3 – Convergência de séries

Diferenciar:

• Condições necessárias à convergência; • Condições suficientes à convergência; • Condições necessárias e suficientes à convergência.

1.3.1 – A série geométrica Teorema: A série geométrica

K++++=∑∞

=

32

1n

1-n arararar a , com a≠0,

(i) converge, e tem por soma r1

a

−, se ( )1r1 1r <<−< ;

(ii) diverge, se ( )1rou -1r 1r ≥≤≥ .

Exemplos

1o) 2

2

11

1

2

1

2

1

2

1

2

1

2

11

2

11n432

1n1n

=

=+++++++=−

=−∑ LL

2o) 9

5

109

105

101110

5

10000

5

1000

5

100

5

10

55555,05,0 ==

−=++++== KK

11

1.3.2 – Condição necessária à convergência

Teorema: Se a série infinita ∑∞

=1n

na é convergente, então 0alim nn

=∞→

.

A recíproca não é sempre verdadeira.

1.3.3 – Teste da divergência

Se

nn

alim∞→

não existir ou 0alim nn

≠∞→

, então a série infinita ∑∞

=1n

na é divergente.

1.3.4 – Série de termos positivos: o teste da integral Teorema: Se f é uma função contínua, decrescente e de valores positivos para todo 1x ≥ , então a série infinita

( ) ( ) ( ) ( ) LL ++++=∑∞

=

nf2f1fnf

1n

(i) converge se a integral imprópria ( )∫∞

1

dx xf converge;

(ii) diverge se a integral imprópria ( )∫∞

1

dx xf diverge.

Exemplo

A série harmônica L+++++=∑∞

=5

1

4

1

3

1

2

11

n

1

1n

é divergente.

0n

1limn

=∞→

(condição necessária, porém não suficiente)

( )[ ] ( )[ ] ∞=−===∞→∞→∞→

∫∫ 0blnlimxlnlimdxx

1 limdx

x

1

b

b1

b

b

1 b

1

Como a integral diverge, a série harmônica diverge.

12

1.3.5 – Convergência absoluta e condicional

A série∑∞

=1n

na é dita absolutamente convergente se K+++=∑∞

=

321

1n

n aaaa convergir.

Se ∑∞

=1n

na convergir mas ∑∞

=1n

na divergir, então ∑∞

=1n

na é dita condicionalmente convergente.

Teorema: Se ∑∞

=1n

na converge, então ∑∞

=1n

na também converge.

Exemplo

A série L+−−++−−+2222222 8

1

7

1

6

1

5

1

4

1

3

1

2

11 é absolutamente convergente, uma vez que

6n

1

8

1

7

1

6

1

5

1

4

1

3

1

2

11

2

1n

22222222

π==++++++++ ∑

=

L (provaremos usando a série de Fourier).

1.3.6 – Convergência uniforme (série de funções)

Série de números reais

K+++=∑∞

=

321

1n

n aaaa

Exemplo:

Série de funções

( ) ( ) ( ) ( ) K+++=∑∞

=

xuxuxuxu 321

1n

n

Exemplo:

K+++++=∑∞

=

!5

32

!4

16

!3

8

!2

42

!n

2

1n

n

( ) ( ) ( ) ( ) ( )K++++=∑

=

!4

x4sen

!3

x3sen

!2

x2senxsen

!n

nxsen

1n

13

A série de Fourier ∑∞

=

+

+

1n

nn0

L

xnsenb

L

xncosa

2

a ππé uma série de funções trigonomé-

ricas.

Sejam a série ( )∑∞

=1n

n xu , onde ( ){ }xu n , K,3,2,1n = é uma sequência de funções definidas em

[a,b], ( ) ( ) ( ) ( ) ( )xuxuxuxuxS n321n ++++= L a soma parcial da série e ( ) ( )xSxSlim nn

=∞→

. A série

converge para ( )xS em [ ]b,a se para cada 0>ε e cada [ ]b,ax ∈ existe um 0N > tal que

( ) ( ) ε<− xSxSn para todo Nn > . O número N depende geralmente de ε e x . Se N depende

somente deε , então a série converge uniformemente ou é uniformemente convergente em [ ]b,a .

Teorema 1: Se cada termo da série ( )∑∞

=1n

n xu é uma função contínua em [a,b] e a série é

uniformemente convergente para S(x) em [a,b], então a série pode ser integrada termo a termo, isto é,

( ) ( )∑ ∫∫ ∑∞

=

=

=

1n

b

a

n

b

a 1n

n dxxu dxxu .

Teorema 2: Se cada termo da série ( )∑∞

=1n

n xu é uma função contínua com derivada contínua

em [a,b] e se ( )∑∞

=1n

n xu converge para S(x) enquanto ( )∑∞

=1n

'n xu converge uniformemente em [a,b],

então a série pode ser diferenciada termo a termo em [a,b], isto é, ( ) ( )∑∑∞

=

=

=

1n

n

1n

n xudx

dxu

dx

d.

1.3.7 – Teste M de Weierstrass Karl Theodor Wilhelm Weierstrass (1815-1897): matemático alemão. Se existe uma sequência de constantes ,1,2,3,n ,M n K= tal que para todo x em um intervalo (a) ( ) nn Mxu ≤

e

(b) ∑∞

=1n

nM converge,

então ( )∑∞

=1n

n xu converge uniforme e absolutamente no intervalo.

14

Observações: 1a) O teste fornece condições suficientes, porém não necessárias. 2a) Séries uniformemente convergentes não são necessariamente absolutamente convergentes ou vice-versa. Exemplo

( ) ( ) ( ) ( ) ( )∑∞

=

++++=

1n

2222 4

x4cos

3

x3cos

2

x2cosxcos

n

nxcosL é uniforme e absolutamente

convergente em [0,2π] (ou em qualquer intervalo), uma vez que

( )

22 n

1

n

nxcos≤ e

6n

1 2

1n

2

π=∑

=

.

Exercícios

01. Mostre que a série ∑∞

=

+1n

2

2

4n5

n diverge.

R.: Use o teste da divergência.

02. Mostre que a série ( )( )∑

=+−

1n1n21n2

1 converge e determine sua soma.

R.: 2

1

03. Determine se as séries infinitas a seguir são convergentes ou divergentes.

a) ∑∞

=+

1n

2 1n

n R.: A série é divergente: ∞=

+∫∞

1 2

dx1x

x.

b) ( )∑

=1n

3n

nln R.: A série é convergente:

( )4

1dx

x

xln

1 3

=∫∞

.

15

c) ∑∞

=

1n

nne

R.: A série é convergente:e

2dxxe

1

x =∫∞

− .

d) ( )∑

=2nnlnn

1 R.: A série é divergente:

( )∞=∫

2 xlnx

dx.

04. Verifique se as séries de funções seguintes são uniformemente convergentes para todo x .

a) ( )∑

=1n

n2

nxcos R.: A série é uniformemente convergente para todo x .

b) ∑∞

=+

1n

22 xn

1 R.: A série é uniformemente convergente para todo x .

c) ( )∑

=−

1n

n

2

12

nxsen R.: A série é uniformemente convergente para todo x .

05. Seja ( ) ( )∑∞

=

=

1n

3n

nxsenxf . Prove que ( )

( )∑∫∞

=−

=

1n

4

0 1n2

12dxxf

π

.

R.: Use ( )

33 n

1

n

nxsen≤ , o teste M de Weierstrass (prove que ∑

=1n3n

1 converge usando o teste da

integral) e o fato de que uma série uniformemente convergente pode ser integrada termo a termo.

Observação: Mostraremos futuramente que ( ) 961n2

1 4

1n

4

π=

−∑∞

=

. Assim, ( )

48dx

n

nxsen 4

0 1n

3

π=∫ ∑

π ∞

=

.

06. Prove que ( ) ( ) ( )

0dx7.5

x6cos

5.3

x4cos

3.1

x2cos

0

=

+++∫

π

L .

16

17

2. A SÉRIE DE FOURIER Jean-Baptiste Joseph Fourier (1766-1830): físico, matemático e engenheiro francês. Principais contribuições: teoria da condução do calor, séries trigonométricas. Por que aproximar uma função por uma função dada por senos e cossenos?

Para facilitar o tratamento matemático do modelo, uma vez que as funções trigonométricas seno e cosseno são periódicas de período fundamental π2 , contínuas, limitadas e de classe ∞C , ou seja, são infinitamente diferenciáveis.

2.1 – Funções periódicas

Uma função RR:f → é periódica de período fundamental P se

( ) ( ) 0P x, xfPxf >∀=+ .

Exemplos (a) (b) (c) (d) Figura 1: (a) ( ) ( )xsenxf = , função de período fundamental π2P = ; (b) ( ) ( )xcosxf = , função de

período fundamental π2P = ; (c) ( ) 5xf = , função de período fundamental 0k ,kP >= ; (d) função onda triangular, de período fundamental 2P = .

18

Como as funções ( )xsen e ( )xcos são 2π-periódicas, temos que

( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) L

L

=+=+=+=

=+=+=+=

πππ

πππ

6xcos4xcos2xcosxcos

6xsen4xsen2xsenxsen.

Funções periódicas surgem em uma grande variedade de problemas físicos, tais como as vibrações de uma corda, o movimento dos planetas em torno do sol, a rotação da terra em torno do seu eixo, o movimento de um pêndulo, a corrente alternada em circuitos elétricos, as marés e os movimentos ondulatórios em geral.

2.2 – Séries trigonométricas

Denomina-se série trigonométrica a uma série da forma

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) L+++++++ x3senbx3cosax2senbx2cosaxsenbxcosa2

a332211

0

ou

( ) ( )[ ]∑∞

=

++

1n

nn0 nxsenbnxcosa

2

a (2.2.1)

ou

∑∞

=

+

+

1n

nn0

L

xnsenb

L

xncosa

2

a ππ. (2.2.2)

Obtém-se a forma (2.2.2) através de uma transformação linear que leva um intervalo de

amplitude L2 em um intervalo de amplitude π2 . Em (2.2.1) ou (2.2.2), para cada n temos um harmônico da série e 0a , na e nb são os

coeficientes da série. 0a : constante

( )nfa n = e ( )nfbn = : sequências infinitas Exemplo

( ) ( ) { }

−−−=⇒−

== K,5

2,

2

1,

3

2,

1,

2a

n

12ncos

n

2a n

n

nππππππ

ππ

A série trigonométrica (2) também pode ser escrita na forma

19

∑∞

=

φ+

π+

1n

nn0 n

senA2

a

L

x, (2.2.3)

onde 2n

2nn baA += , ( )nnn senAa φ= e ( )nnn cosAb φ= .

A forma (2.2.3) é obtida multiplicando-se e dividindo-se a forma (2.2.2) por 2n

2n ba + .

∑∞

=+

+

π+

π+

+

+

1n

2n

2n

2n

2n

nn2n

2n

2n

2n0

ba

bansenb

ncosa

ba

ba

2

a

L

x

L

x

∑∞

=

π

++

π

+++

1n

2n

2n

n

2n

2n

n2n

2n

0 nsen

ba

bncos

ba

aba

2

a

L

x

L

x

Considerando n2

n2

n Aba =+ , ( )nn

n senA

aφ= e ( )n

n

n cosA

bφ= , temos que:

( ) ( )∑∞

=

πφ+

πφ+

1n

nnn0 n

sencosn

cossenA2

a

L

x

L

x

∑∞

=

φ+

π+

1n

nn0 n

senA2

a

L

x

Em (2.2.3), o termo

φ+

πnn

nsenA

L

x é chamado harmônico de ordem n e pode ser

caracterizado somente pela amplitude nA e pelo ângulo de fase nφ . Questões 01. Dada uma função f(x) 2L-periódica, quais as condições que f(x) deve satisfazer para que exista uma série trigonométrica convergente para ela? 02. Sendo Nn,m ∈ , mostre que:

(a) 0n ,0dxL

xncos

L

L

≠=

∫−

π

20

dun

Ldx dx

L

ndu

L

xnu

π

ππ===

( ) ( )[ ] 0nsennsenn

L

L

xnsen

n

Ldx

L

xncos

L

L

L

L

=π−−ππ

=

π

π=

π

−−∫

[ ] ( ) L2LLxdx dxL

xncos0n L

L

L

L

L

L

=−−===

π⇒= −

−−∫∫

(b) 0dxL

xnsen

L

L

=

∫−

π ( ( )

π=

L

xnsenxf é ímpar no intervalo [ ]L,L− )

dun

Ldx dx

L

ndu

L

xnu

π

ππ===

( ) ( )[ ] 0ncosncosn

L

L

xncos

n

Ldx

L

xnsen

L

L

L

L

=π−−ππ

−=

π

π−=

π

−−∫

00dx dxL

xnsen0n

L

L

L

L

==

π⇒= ∫∫

−−

(c)

≠=

≠=

∫−

0nm se L,

nm se 0,dx

L

xncos

L

xmcos

L

L

ππ

( ) ( ) ( ) ( )[ ]

( ) ( )nm se 0dx

L

xn-mcos

L

xnmcos

2

1dx

L

xncos

L

xmcos

vucosvucos2

1vcosucos : que Lembrando

L

L

L

L

≠=

+

+=

−++=

∫∫−−

ππππ

[ ] Lx2

1dx

2

1dx1

L

xn2cos

2

1dx

L

xncos0nm L

L

L

L

L

L

L

L

2 ===

+

π=

π⇒≠= −

−−−∫∫∫

[ ] L2xdx2 2

1dx

L

xncos

L

xmcos0nm L

L

L

L

L

L

===

π

π⇒== −

−−∫∫

(d)

≠=

≠=

∫−

0nm se L,

nm se 0,dx

L

xnsen

L

xmsen

L

L

ππ (o produto de duas funções ímpares é par)

21

( ) ( ) ( ) ( )[ ]vucosvucos2

1vsenusen : que Lembrando +−−=

( ) ( )nm se 0dx

L

xnmcos

L

xn-mcos

2

1dx

L

xnsen

L

xmsen

L

L

L

L

≠=

π+−

π=

π

π

∫∫−−

[ ] Lx2

1dx

2

1dx

L

xn2cos1

2

1dx

L

xnsen0nm L

L

L

L

L

L

L

L

2 ===

π−=

π⇒≠= −

−−−∫∫∫

0dx0 2

1dx

L

xnsen

L

xmsen0nm

L

L

L

L

==

π

π⇒== ∫∫

−−

(e) 0dxL

xnsen

L

xmcos

L

L

=

∫−

ππ (o produto de uma função par por uma ímpar é ímpar)

( ) ( ) ( ) ( )[ ]

( ) ( ) 0dx

L

xm-nsen

L

xmnsen

2

1dx

L

xncos

L

xmsen

vusenvusen2

1vcosusen : que Lembrando

L

L

L

L ∫∫−−

=

+

+=

−++=

ππππ

Observações: 1a) Os resultados encontrados anteriormente continuam válidos quando os limites de integração –L e L são substituídos por c e c + 2L, respectivamente, com Rc ∈ . 2a) Funções ortogonais Definição 1: O produto interno ou produto escalar de duas funções ( )xf e ( )xg em um intervalo [a,b] é o número

( ) ( ) ( )∫=

b

a

dx xgxf g|f .

Definição 2: Duas funções f e g são ortogonais em um intervalo [ ]b,a se

( ) ( ) ( ) 0dx xgxf g|f

b

a

== ∫ .

Assim, as funções ( )

=

L

xnsenxf

π e ( )

=

L

xncosxg

π são ortogonais no intervalo ( )L,L− .

22

2.3 – Série de Fourier

2.3.1 – Definição Seja a função f(x) definida no intervalo ( )L,L− e fora desse intervalo definida como

( ) ( )xfL2xf =+ , ou seja, ( )xf é 2L-periódica. A série de Fourier ou a expansão de Fourier correspondente a f(x) é dada por

∑∞

=

+

+

1n

nn0

L

xnsenb

L

xncosa

2

a ππ

sendo que os coeficientes de Fourier nn0 b e a ,a são dados pelas expressões a seguir.

( )∫−

=

L

L

0 dxxf L

1a

( )∫−

=

L

L

n dxL

xncosxf

L

1a

π

( )∫−

π=

L

L

n dxL

xnsen xf

L

1b

2.3.2 – Coeficientes Se a série

∑∞

=

+

+

1n

nn L

xnsenb

L

xncosaA

ππ

converge uniformemente para ( )xf em ( )L,L− , mostre que, para K,3,2,1n = ,

1. ( )∫−

=

L

L

n dxL

xncosxf

L

1a

π;

2. ( )∫−

π=

L

L

n dxL

xnsen xf

L

1b ;

3. 2

aA 0= .

23

1. Multiplicando ( ) ∑∞

=

+

+=

1n

nn L

xnsenb

L

xncosaAxf

ππ por

L

xmcos

π e integrando de –L

a L, obtemos:

( )

∑ ∫∫

∫∫∞

=

=

−−

−−

π

π+

π

π+

+

π=

π

1n

m,,1,2,3,n II

L

L

n

L

L

n

I

L

L

L

L

dxL

xnsen

L

xmcosbdx

L

xncos

L

xmcosa

dxL

xmcosAdx

L

xmcosxf

4444444444444 34444444444444 21

444 3444 21

KK

Considerando 0≠m em I e mn = em II:

( ) LadxL

xmcosxf m

L

L

=

π

∫−

( )∫−

π=

L

L

m dxL

xmcosxf

L

1a ou ( )∫

π=

L

L

n dxL

xncosxf

L

1a

Para 0n = , ( )∫−

=

L

L

0 dxxf L

1a . (2.3.2.1)

2. Multiplicando ( ) ∑∞

=

+

+=

1n

nn L

xnsenb

L

xncosaAxf

ππ por

L

xmsen

π e integrando de –L

a L, obtemos:

( )

∑ ∫∫

∫∫∞

=

=

−−

−−

π

π+

π

π+

+

π=

π

1n

m,,1,2,3,n I

L

L

n

L

L

n

L

L

L

L

dxL

xnsen

L

xmsenbdx

L

xncos

L

xmsena

dxL

xmsenAdx

L

xmsen xf

4444444444444 34444444444444 21KK

Considerando mn = em I:

24

( ) LbdxL

xmsen xf m

L

L

=

π

∫−

( )∫−

π=

L

L

m dxL

xmsen xf

L

1b ou ( )∫

π=

L

L

n dxL

xnsen xf

L

1b

3. Integrando ( ) ∑∞

=

+

+=

1n

nn L

xnsenb

L

xncosaAxf

ππ de –L a L, obtemos:

( ) ∑ ∫∫∫∫∞

=−−−−

+

+=

1n

L

L

n

L

L

n

L

L

L

L

dxL

xnsenbdx

L

xncosadx Adxxf

ππ

Para ,,3,2,1n K= obtemos:

( ) AL2dxxf L

L

=∫−

( ) dxxf L2

1A

L

L ∫−

= (2.3.2.2)

Comparando (2.3.2.1) e (2.3.2.2), concluímos que 2

aAAL2La 0

0 =⇒= .

Observação: Os resultados encontrados continuam válidos quando os limites de integração –L e L são substituídos por c e c + 2L, respectivamente, com Rc ∈ .

Teorema 1: Se ( )∑∞

=1n

n xu e ( )∑∞

=1n

n xv são uniformemente convergentes em bxa ≤≤ e se

( )xh é contínua em bxa ≤≤ , então as séries ( ) ( )[ ]∑∞

=

+

1n

nn xvxu , ( ) ( )[ ]∑∞

=

1n

nn xvxu ,

( ) ( )[ ]∑∞

=1

n

n xuxh e ( ) ( )[ ]∑∞

=1n

n xv xh são uniformemente convergentes em bxa ≤≤ .

Demonstração: KAPLAN, W. Cálculo avançado. Vol 2. Página 393.

25

Teorema 2: Toda série trigonométrica uniformemente convergente é uma série de Fourier. Mais precisamente, se a série

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) L+++++++ x3senbx3cosax2senbx2cosaxsenbxcosa2

a332211

0

converge uniformemente a ( )xf para todo x , então ( )xf é contínua para todo x , ( )xf tem período

π2 e a série trigonométrica é a série de Fourier de ( )xf .

2.3.3 – Continuidade seccional ou por partes Uma função é seccionalmente contínua ou contínua por partes em um intervalo βα ≤≤ t se este intervalo pode ser subdividido em um número finito de intervalos em cada um dos quais a função é contínua e tem limites, à direita e à esquerda, finitos. Exemplo

Figura 2: Função seccionalmente contínua – [13].

2.3.4 – Convergência: condições de Dirichlet

Peter Gustav Lejeune Dirichlet (1805-1859): matemático alemão.

Suponha que: (1) ( )xf é definida em ( )L,L− , exceto em um número finito de pontos; (2) ( )xf é 2L-periódica fora de ( )L,L− ; (3) ( )xf e ( )xf ' são seccionalmente contínuas em ( )L,L− . Então, a série

∑∞

=

+

+

1n

nn0

L

xnsenb

L

xncosa

2

a ππ,

26

com coeficientes de Fourier, converge para: (a) f(x), se x é um ponto de continuidade;

(b) ( ) ( )

2

xfxf −+ +, se x é um ponto de descontinuidade.

Observações: 1a) ( )+xf e ( )−xf representam os limites laterais de f(x), à direita e à esquerda, respectivamente. ( ) ( )hxflimxf

0h+=

+→+ e ( ) ( )hxflimxf

0h−=

+→−

2a) As condições (1), (2) e (3) impostas a f(x) são suficientes para a convergência, porém não necessárias. Demonstração: SPIEGEL, M.R.; WREDE, R.C. Cálculo avançado. 2a ed. Porto Alegre: Bookman. Teorema fundamental: Seja ( )xf uma função definida e muito lisa por partes no intervalo

π≤≤π− x e seja ( )xf definida fora desse intervalo de tal modo que tenha período π2 . Então a série

de Fourier de ( )xf converge uniformemente a ( )xf em todo intervalo fechado que não contenha

descontinuidades de ( )xf . Em cada descontinuidade 0x , a série converge para

( ) ( )

+

−→+→xflimxflim

2

100 xxxx

.

Demonstração: KAPLAN, W. Cálculo avançado. Vol 2. Página 461. Observação: Uma função contínua por partes é lisa por partes se em cada subintervalo tem derivada primeira contínua; é muito lisa por partes se em cada subintervalo tem derivada segunda contínua. Teorema da unicidade: Sejam ( )xf1 e ( )xf2 funções seccionalmente contínuas no intervalo

π≤≤π− x , de modo que ambas tenham os mesmos coeficientes de Fourier. Então, ( ) ( )xfxf 21 = , exceto talvez nos pontos de descontinuidade. Demonstração: KAPLAN, W. Cálculo avançado. Vol 2. Página 456.

27

2.4 – Série de Fourier de uma função periódica dada

Exemplo 1

Seja ( )

<<

<<=

5x0 se 3,

0x5- se ,0xf , ( ) ( )10xfxf += .

a) Construa o gráfico de f(x).

Figura 3: Gráfico de ( )

<<

<<=

5x0 se 3,

0x5- se ,0xf , ( ) ( )10xfxf += .

b) f(x) satisfaz às condições de Dirichlet?

• ( )xf é definida em ( )5,5− , exceto em 0x = (há um número finito de descontinuidades no intervalo);

• ( )xf é periódica de período fundamental 10P = , isto é, ( ) ( )10xfxf += ;

• ( )xf e ( )xf ' são seccionalmente contínuas em ( )5,5− .

Assim, a série de Fourier converge para ( )xf nos pontos de continuidade e para 2

3 (média

dos limites laterais) nos pontos de descontinuidade.

c) Determine a série de Fourier correspondente a f(x). 5L10L2P =⇒==

( ) [ ] ( ) 3055

3x

5

3dx3 dx0

5

1dxxf

L

1a 5

0

5

0

0

5

L

L

0 =−==

+== ∫∫∫

−−

3a 0 =

28

( )

π+

π=

π= ∫∫∫

−−

5

0

0

5

L

L

n dx5

xncos3dx

5

xncos0

5

1dx

L

xncosxf

L

1a

( ) ( )[ ] 00sennsenn

3

5

xnsen

n

5

5

3a

5

0

n =−ππ

=

π

π=

0a n =

( )

π+

π=

π= ∫∫∫

−−

5

0

0

5

L

L

n dx5

xnsen3dx

5

xnsen0

5

1dx

L

xnsenxf

L

1b

( ) ( )[ ] ( )[ ]π−π

=−ππ

−=

π

π−= ncos1

n

30cosncos

n

3

5

xncos

n

5

5

3b

5

0

n

( )[ ] ( )[ ]11n

311

n

3b 1nn

n +−π

=−−π

=+

( )[ ]11n

3b 1n

n +−π

=+

Série de Fourier de ( )xf :

( ) ( )∑∞

=

+

π+−

π+=

1n

1n

5

x nsen

n

113

2

3xf

( )

+

π+

π+

π+

π

π+= K

5

x7sen

7

2

5

x5sen

5

2

5

x3sen

3

2

5

xsen

1

23

2

3xf

( )

+

π+

π+

π+

π

π+= K

5

x7sen

7

1

5

x5sen

5

1

5

x3sen

3

1

5

xsen

6

2

3xf

( ) ( )∑∞

=

π−

−π+=

1n5

x1n2sen

1n2

16

2

3xf

29

(a) (b) Figura 4: (a) Expansão de f(x) em série de Fourier com 19n = ; (b) expansão de f(x) em série de Fourier com 49n = . d) Redefina f(x) para que a série de Fourier venha a convergir para f(x) em 5x5 ≤≤− .

( )

=

<<

=

<<

=

=

5 x,23

5x0 3,

0 x,23

0x5- 0,

-5 x,23

xf

Exemplo 2 Seja ( ) π2x0 ,xxf 2 <<= , ( ) ( )π+= 2xfxf . a) Esboce o gráfico de f(x).

Figura 5: Gráfico de ( ) π2x0 ,xxf 2 <<= , ( ) ( )π+= 2xfxf .

30

b) Expanda f(x) em uma série de Fourier. π=⇒π== L2L2P Lembre-se de que a função está definida em ( )L2,0 , e não em ( )L,L− .

( ) ( )3

808

3

1

3

x1dx x

1dxxf

L

1a

23

2

0

32

0

2

L2c

c

0

π=−π

π=

π=

π==

ππ+

∫∫

3

8a

2

0

π=

( ) ( )∫∫π+

π=

π=

2

0

2

L2c

c

n dxnxcos x1

dxL

xncosxf

L

1a (2.4.1)

Usando integração por partes, temos que:

∫∫ −= vduuvudv

( ) ( )n

nxsen v,dxnxcosdv 2xdx,du ,xu 2 ====

( ) ( ) ( )∫ ∫−= dxnxsen xn

2

n

nxsenxdxnxcosx

22

( ) ( )n

nxcos v,dxnxsendv dx,du ,xu −====

( ) ( ) ( ) ( )∫ ∫

+−−= dxnxcos

n

1

n

nxcosx

n

2

n

nxsenxdxnxcosx

22

( ) ( ) ( ) ( )∫ +−+= C

n

nxsen2

n

nxcosx2

n

nxsenxdxnxcosx

32

22

Voltando a (2.4.1), obtemos:

( ) ( ) ( ) ( )ππ

−+

π=

π= ∫

2

032

22

0

2n

n

nxsen2

n

nxcosx2

n

nxsenx1dxnxcos x

1a

31

22n n

40

n

41a =

π

π=

2n

n

4a =

( ) ( )∫∫π+

π=

π=

2

0

2

L2c

c

n dxnxsen x1

dxL

xnsenxf

L

1b (2.4.2)

Usando integração por partes, temos que:

( ) ( )n

nxcos v,dxnxsendv 2xdx,du ,xu 2 −====

( ) ( ) ( )∫ ∫+−= dxnxcos xn

2

n

nxcosxdxnxsenx

22

( ) ( )n

nxsen v,dxnxcosdv dx,du ,xu ====

( ) ( ) ( ) ( )∫ ∫

−+−= dxnxsen

n

1

n

nxsen x

n

2

n

nxcosxdxnxsenx

22

( ) ( ) ( ) ( )∫ +++−= C

n

nxcos2

n

nxsen x2

n

nxcosxdxnxsenx

32

22

Voltando a (2.4.2), obtemos:

( ) ( ) ( ) ( )ππ

++−

π=

π= ∫

2

032

22

0

2n

n

nxcos2

n

nxsen x2

n

nxcosx1dxnxsen x

1b

n

4

n

2

n

2

n

41b

33

2

n

π−=

−+

π−

π=

n

4bn

π−=

32

Série de Fourier de ( )xf :

( ) ( ) ( )∑∞

=

π−+

π=

1n

2

2

n

nxsen

n

nxcos4

3

4xf (2.4.3)

Em 0x = , (2.4.3) converge para a média dos limites laterais, ou seja

22

22

04π=

+π.

Figura 6: (a) Expansão de f(x) em série de Fourier com 10n = ; (b) expansão de f(x) em série de Fourier com 20n = .

c) Usando a série de Fourier de f(x), prove que 64

1

3

1

2

11

n

1 2

222

1n

2

π=++++=∑

=

L .

Considerando 0x = em (3), temos que:

∑∞

=

1n

2

22

n

14

3

42

3

2

3

42

n

14

222

1n

2

π=

π−π=∑

=

33

( )

>

≤≤+−

<+

=

3x ,x

1

3x1 ,4x

1x ,2x

xf

2

6n

1 2

1n

2

π=∑

=

Observações: 1a) Comando do winplot para uma função definida por várias sentenças:: joinx( ) Exemplo

joinx

+−+

x

1,3|4x,1|2x 2

2a) Comando do winplot para uma soma: sum(f(n,x),n,a,b): soma de ( )x,nf de an = até bn = Exemplo

( ) ( )∑∞

=

=

1n

nx2senn

14xf

(4/pi)+sum((1/n)*sin(2*n*x),n,1,100)

34

Exercícios 01. Seja ( ) π+= xxf , ππ <<− x , uma função π2 -periódica. a) Verifique se ( )xf satisfaz às condições de Dirichlet. b) Expanda ( )xf em uma série de Fourier.

R.: ( ) ( ) ( )∑∞

=

+−

+=

1n

1n

nxsenn

12xf π

c) Mostre que ( )

412

1

1

=−

−∑

=

+

n

n

n.

d) Como ( )xf deveria ser definida em π−=x e π=x para que a série de Fourier convergisse para

( )xf em ππ ≤≤− x ? e) Plote simultaneamente o gráfico de ( )xf e da série de Fourier que converge para ela. 02. Calcule a série de Fourier do sinal periódico representado no gráfico (a) da figura abaixo. (a) (b)

Figura 7: (a) Sinal; (b) Série de Fourier do sinal com 5n = .

R.: ( ) ∑∞

=

+=

1n

22 2

xncos

n

2

ncos1

8

2

1xf

π

π

π

35

03. Seja o sinal representado no gráfico abaixo.

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

x

y

Figura 8: Sinal.

a) Determine a série de Fourier correspondente ao sinal.

R.: ( ) ( ) ( )∑∞

=

+

π+−

π+=

1n

1n

xnsenn

1141xf

b) Para quanto converge a série de Fourier do sinal em 1x = ? E em 2x = ? R.: 1 c) Use a série de Fourier determinada em (a) para calcular para quanto converge a série numérica

∑∞

=1n

2n

1.

R.: 6

d) Plote simultaneamente os gráficos de ( )xf e da série de Fourier de ( )xf .

2.5 – Funções pares e funções ímpares

Uma função f(x) é par se

( ) ( )xfxf =− . Assim, ( ) 2

1 xxf = , ( ) 5x4x2xf 262 +−= , ( ) ( )xcosxf3 = e ( ) xx

4 eexf −+= são funções pares.

36

Figura 9: Gráfico da função ( ) xx eexf −+= .

Uma função f(x) é ímpar se

( ) ( )xfxf −=− .

Assim, ( ) 3

1 xxf = , ( ) x2x3xxf 352 +−= , ( ) ( )xsenxf3 = e ( ) ( )x3tgxf 4 = são funções ímpares.

Figura 10: Gráfico da função ( ) x2x3xxf 35 +−= .

Teorema – Propriedades das funções pares e ímpares (a) O produto de duas funções pares é par. (b) O produto de duas funções ímpares é par. (c) O produto de uma função par e uma função ímpar é ímpar. (d) A soma (ou diferença) de duas funções pares é par.

37

(e) A soma (ou diferença) de duas funções ímpares é ímpar.

(f) Se f é par, então ( ) ( )∫∫ =−

a

0

a

a

dxxf 2dxxf .

(g) Se f é ímpar, então ( ) 0dxxf a

a

=∫−

.

Demonstração Seja ( ) ( ) ( )xg xfxF = . (a) Suponhamos f(x) e g(x) funções pares. Assim:

( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

( ) par é xF

xFxg xfx-g xfxF

xgx-g ,xfxf

==−=−

==−

b) Suponhamos f(x) e g(x) funções ímpares. Logo:

( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( )

( ) par é xF

xFxg xf xg-xfx-g xfxF

xgx-g ,xfxf

==−=−=−

−=−=−

(c) Suponhamos f(x) par e g(x) ímpar. Então:

( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( )

( ) ímpar é xF

xFxg xf xg-xfx-g xfxF

xgx-g ,xfxf

−=−==−=−

−==−

Seja ( ) ( ) ( )xg xfxF ±= . (d) Suponhamos f(x) e g(x) funções pares. Dessa forma:

( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

( ) par é xF

xF xgxfx-g xfxF

xgx-g ,xfxf

=±=±−=−

==−

(e) Suponhamos f(x) e g(x) funções ímpares. Assim:

38

( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( )

( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( )

( ) ímpar é xF

xFxgxf xgxfx-g xfxF

ímpar é xF

xFxgxf xgxfx-g xfxF

xgx-g ,xfxf

−=−−=+−=−−=−

−=+−=−−=+−=−

−=−=−

(f) f(x) é par ( ) ( )xfxf =−⇒

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )∫∫∫∫∫∫∫∫∫∫

=+=+=

=−=−−=

−−

a

0

a

0

a

0

a

0

0

a

a

a

a

0

a

0

0

a

0

a

dxxf 2dxxf dxxf dxxf dxxf dxxf

dxxf dxxf dxxf dxxf

(g) f(x) é ímpar ( ) ( )xfxf −=−⇒

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 0dxxf dxxf dxxf dxxf dxxf

dxxf dxxf dxxf dxxf

a

0

a

0

a

0

0

a

a

a

a

0

a

0

0

a

0

a

=+−=+=

−=−=−−=

∫∫∫∫∫∫∫∫∫

−−

Exemplo

( ) ( ) ( ) ] [∞∞∈= ,- x,x3senx2cosxxf 5

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( )[ ]( ) ( )

( )xf

x3senx2cosx

x3senx2cos-x

x3senx2cosxxf

5

5

5

=

=

−=

−−−=−

( )xf é função par Exercícios Verifique a paridade das seguintes funções: 01. ( ) ( ) ( )x4cosxsenxf = , ] [∞∞−∈ ,x 02. ( ) ( ) ( )x5cosx2cosxf = , ] [∞∞−∈ ,x 03. ( ) ( ) ( )xsenx3senxf = , ] [∞∞−∈ ,x 04. ( ) ( ) ( ) ( )x2senxcosx5senxf = , ] [∞∞−∈ ,x

39

05. ( ) ( )x2senxxf 4= , ] [∞∞−∈ ,x 06. ( ) ( )x3cosxxf 2= , ] [∞∞−∈ ,x 07. ( ) ( ) ( )x4senxcosxxf 7= , ] [∞∞−∈ ,x 08. ( ) ( ) ( )x2cos2xxf += , ] [∞∞−∈ ,x 09. ( ) ( )xsenexf x= , ] [∞∞−∈ ,x 10. ( ) ( ) ( ) ( )xsenx3coseexf xx −+= , ] [∞∞−∈ ,x 11. ( ) xexxf += , ] [∞∞−∈ ,x

12. ( )x

1xf = , ] [ ] [∞∪∞−∈ ,00,x

13. ( ) ( ) ( ) ( )x8cosx10seneex

1xf xx

2−+= , ] [ ] [∞∪∞−∈ ,00,x

14. ( ) ( ) ( ) ( )x3senxcoseexf xx −−= , ] [∞∞−∈ ,x

2.6 – Série de Fourier de cossenos

Se f(x) é uma função par em ( )L,L− , então temos que:

( ) ( )

( ) ( )

( ) 0dxL

xnsenxf

L

1b

dxL

xncosxf

L

2 xd

L

xncosxf

L

1a

dxxf L

2dxxf

L

1a

L

L

ímpar função

n

L

0

L

L

par função

n

L

0

L

L

0

=

=

=

=

==

∫∫∫∫

44 344 21

44 344 21

π

ππ

Série de Fourier de cossenos: ( ) ∑∞

=

+=

1n

n0

L

xncosa

2

axf

π

Exemplos

01. Expanda ( )

<<

<<−=

2x0 se x,

0x2- se ,xxf , ( ) ( )4xfxf += , em uma série de Fourier de cossenos.

40

R.: ( ) ( )∑∞

=

−−+=

1n

2

n

2 2

xncos

n

1141xf

π

π

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

x

y

Figura 11: Gráfico da função ( )

<<

<<−=

2x0 se x,

0x2- se ,xxf , 22 <<− x , ( ) ( )4xfxf += , expandida em

série de Fourier de cossenos com 5n = e 100n = .

02. Mostre que ( )∑

=

=−

1n

2

2 81n2

1 π.

03. Determine para quanto converge a soma ( )∑

=1n

2n2

1. R.:

24

2.7 – Série de Fourier de senos

Se f(x) é uma função ímpar em ( )L,L− , então temos que:

( )

( ) 0 xdL

xncosxf

L

1a

0dxxf L

1a

L

L ímpar função

n

L

L

0

=

=

==

∫∫

44 344 21

π

41

( ) ( )∫∫

=

=

L

0

L

L par função

n dxL

xnsenxf

L

2dx

L

xnsenxf

L

1b

ππ

44 344 21

Série de Fourier de senos: ( ) ∑∞

=

=

1n

n L

xnsenbxf

π

Exemplo Expanda ( ) 2x2- ,xxf <<= , ( ) ( )4xfxf += , em uma série de Fourier de senos.

R.: ( ) ( )∑∞

=

+

−=

1n

1n

2

xnsen

n

14xf

π

π

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

x

y

Figura 12: Gráfico da função ( ) xxf = , 22 <<− x , ( ) ( )4xfxf += , expandida em série de Fourier de

senos com 10n = e 100n = .

Exercícios 01. Seja ( ) 3x3- ,x2xf <≤= , ( ) ( )6xfxf += . a) Desenvolva f(x) em uma série de Fourier.

R.: ( ) ( )∑∞

=

+

−=

1n

1n

3

xnsen

n

112xf

π

π

42

b) Determine para quanto converge a série ( )∑

=

+

1n

1n

1n2

1.

R.: 4π 02. Calcule a série de Fourier do sinal periódico representado no gráfico (a) da figura abaixo. (a) (b)

Figura 13: (a) Sinal; (b) Série de Fourier do sinal com cinco harmônicos.

R.: ( ) ∑∞

=

+=

1n

22 2

xncos

n

12

ncos

8

2

3xf

π

π

π

03. Calcule a série de Fourier do sinal periódico representado no gráfico (a) da figura abaixo. (a) (b)

Figura 14: (a) Sinal; (b) Série de Fourier do sinal com vinte harmônicos.

43

−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9

−3

−2

−1

1

2

3

x

y

R.: ( )( )

∑∞

=

−−

=

1n

n

2

xnsen

n2

nsen

n

21

6xf

π

π

π

π

04. Seja ( )

<≤

≤≤

≤≤

≤<

=

4x2 4,

2x0 2,-3x

0x2- 2,-3x-

-2x4- ,4

xf , ( ) ( )8xfxf += . Determine a série de Fourier de ( )xf .

R.: ( ) ∑∞

=

+=

1n

22 4

xncos

n

12

ncos

24

2

5xf

π

π

π

05. Seja ( ) ( ) ( ) ( )xf2xf ,x- ,x2sen xxf =π+π<<π= , representada graficamente abaixo.

Figura 15: Gráfico de ( ) ( ) ( ) ( )xf2xf ,x- ,x2sen xxf =π+π<<π= .

a) Determine a série de Fourier de ( )xf .

R.: ( ) ( ) ( ) ( ) ( )∑∞

=

+

−−−+−=

3n

2

1n

nxcos4n

14x2cos

4

1xcos

3

4

2

1xf

b) Empregando (a), calcule para quanto converge a série numérica

( )( )

K+−+−+−=+

−∑∞

=

+

10.6

1

9.5

1

8.4

1

7.3

1

6.2

1

5.1

1

4nn

1

1n

1n

.

R.: 48

7

44

06. Seja ( ) ( ) ( ) ( )xf2xf ,x- ,x3cosxxf/RR:f =π+π<<π=→ . a) Calcule a série de Fourier de ( )xf .

R.: ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( )( )

( )∑∞

=+−

−+−−=

4n

n

nxsen3n3n

1n2x3sen

6

1x2sen

5

4xsen

4

1xf

b) Determine para quanto converge a série numérica

( ) ( )( )

K+−+−+−=+

+−∑∞

=

+

9.6

15

8.5

13

7.4

11

6.3

9

5.2

7

4.1

5

3nn

3n21

1n

1n

.

R.: 6

5

2.8 – O fenômeno de Gibbs

Josiah Willard Gibbs (1839-1903): matemático e físico teórico norte americano. Principais contribuições: análise vetorial e mecânica estatística. O fenômeno de Gibbs descreve a maneira peculiar como a série de Fourier truncada de uma função ( )xf periódica e seccionalmente contínua se comporta nas vizinhanças de uma descontinuidade dessa função. A n-ésima soma parcial da série de Fourier apresenta oscilações de maior amplitude nas proximidades de uma descontinuidade. A amplitude dessas oscilações não diminui com o aumento do número de harmônicos, porém tende a um limite. Há uma estimativa para a amplitude das oscilações nas proximidades de uma descontinuidade 0x dada por

( ) ( )[ ]- 0 0 xfxf09,0 −+ .

A Figura 16 ilustra o fenômeno de Gibbs para a onda quadrada.

Onda quadrada: ( )

<<

<<=

1x0 1

0x1- 0

,

,xf , ( ) ( )xfxf =+ 2 .

Série de Fourier da onda quadrada: ( ) ( ) ( )∑∞

=

+

π+−

π+=

1n

1n

xnsenn

111

2

1xf

45

−1 1

1

x

y

Figura 16: Série de Fourier da onda quadrada ( )

<<

<<=

1x0 1

0x1- 0

,

,xf , ( ) ( )xfxf =+ 2 , com 5n = ,

10n = , 20n = e 100n = . Exercício Pesquise a respeito dos seguintes aspectos do fenômeno de Gibbs: a) amplitude das oscilações; b) como minimizar os efeitos do fenômeno de Gibbs; c) consequências do fenômeno de Gibbs associadas principalmente à compactação de imagens e de áudio; d) associe os fenômenos de Gibbs e de Runge (interpolação polinomial).

2.9 – A identidade de Parseval para séries de Fourier

Marc-Antoine Parseval des Chênes (1755-1836): matemático francês. Se na e nb são os coeficientes de Fourier correspondentes a ( )xf , e se ( )xf satisfaz as condições de Dirichlet, então

( )[ ] ( )∑∫∞

=−

++=

1n

2n

2n

20

L

L

2 ba2

adxxf

L

1.

46

Demonstração Assumimos que a série de Fourier correspondente a ( )xf converge uniformemente para ( )xf

em ( )L,L− e que:

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( ) LbdxL

xnsenxf dx

L

xnsenxf

L

1b

L a dxL

xncosxf dx

L

xncosxf

L

1a

Ladxxf dxxf L

1a

n

L

L

L

L

n

n

L

L

L

L

n

0

L

L

L

L

0

=

=

=

=

=⇒=

∫∫∫∫∫∫

−−

−−

−−

ππ

ππ

Dessa forma, multiplicando

( ) ∑∞

=

+

+=

1n

nn0

L

xnsenb

L

xncosa

2

axf

ππ

por ( )xf e integrando termo a termo de –L a L, temos que:

( )[ ] ( ) ( ) ( )

( )[ ] ( )

( )[ ] ( )

( )[ ] ( )∑∫

∑∫

∑∫

∑ ∫∫∫∫

=−

=−

=−

=−−−−

++=

++=

++=

+

+=

1n

2n

2n

20

L

L

2

1n

2n

2n

20

L

L

2

1n

nnnn00

L

L

2

1n

L

L

n

L

L

n

L

L

0

L

L

2

ba2

adxxf

L

1

ba2

aLdxxf

LbbLaaLa2

adxxf

dxL

xnsenxfbdx

L

xncosxfadxxf

2

adxxf

ππ

Aplicações

• Convergência de séries. • Verificar se uma série trigonométrica é a série de Fourier de uma função f(x).

47

Exercício

Seja ( )

<<

<<−=

2x0 se x,

0x2- se ,xxf , ( ) ( )4xfxf += . Determine a identidade de Parseval correspondente à

série de Fourier de f(x).

R.: ( ) 967

1

5

1

3

11

1n2

1 4

444

1n

4

π=++++=

−∑∞

=

L (2.9.1)

2.10 – Convergência de séries numéricas através da série de Fourier

Exemplo Empregando a identidade de Parseval determinada anteriormente, mostrar que

90n

1 4

1n

4

π=∑

=

e ( ) 1440n2

1 4

1n

4

π=∑

=

.

( )

( )6159615

16

n

1

96n

1

16

15

96n

1

16

11

n

1

16

1

96n

1

4

1

3

1

2

11

2

1

1n2

1

n

1

6

1

4

1

2

1

7

1

5

1

3

11

n

1

7

1

6

1

5

1

4

1

3

1

2

11

n

1

44

1n

4

4

1n

4

4

1n

4

1n

4

4

1n

4

4444

1n

4

1n

4

444444

1n

4

444444

1n

4

ππ

π

π

π

==

=

=

+=

+++++

−=

++++

++++=

+++++++=

∑∑

∑∑

=

=

=

=

=

=

=

=

=

L

LL

L

48

90n

1 4

1n

4

π=∑

=

(2.10.1)

Empregando (2.9.1) e (2.10.1), temos que:

( )

( )

( ) 1440n2

1

1440

1516

9690n2

1

8

1

6

1

4

1

2

1

n2

1

4

1n

4

4444

1n

4

4444

1n

4

π

ππππ

=

−=−=

++++=

=

=

=

L

2.11 – Derivação e integração da série de Fourier

Teorema 1: Se ( ){ } K1,2,3,n ,xu n = , forem contínuas em [ ]b,a e se ( )∑∞

=1n

n xu convergir

uniformemente para a soma ( )xS em [ ]b,a , então

( ) ( )∑ ∫∫∞

=

=

1n

b

a

n

b

a

dxxu dxxS ou ( ) ( )∑ ∫∫ ∑∞

=

=

=

1n

b

a

n

b

a 1n

n dxxu dxxu .

Assim, uma série uniformemente convergente de funções contínuas pode ser integrada termo a termo. Teorema 2: Se ( ){ } K1,2,3,n ,xu n = , forem contínuas e tiverem derivadas contínuas em [ ]b,a

e se ( )∑∞

=1n

n xu convergir para ( )xS enquanto ( )∑∞

=1n

'n xu é uniformemente convergente em [ ]b,a ,

então em [ ]b,a

( ) ( )∑∞

=

=

1n

'n

' xuxS ou ( ) ( )∑∑∞

=

=

=

1n

n

1n

n xudx

dxu

dx

d.

Dessa forma, a série pode ser derivada termo a termo. Observação: Os teoremas 1 e 2 oferecem condições suficientes, porém não necessárias.

49

Teorema 3: A série de Fourier correspondente a f(x) pode ser integrada termo a termo de a a x,

e a série resultante convergirá uniformemente para ( )∫x

a

duuf desde que f(x) seja seccionalmente

contínua em LxL ≤≤− e ambos, a e x, pertençam a esse intervalo. Exemplo Seja ( ) 2x2- ,xxf <<= .

a) Obtenha uma série de Fourier para ( ) 2x0 ,xxf 2 <<= , integrando a série de Fourier

( ) ( )∑∞

=

+

−==

1n

1n

2

xnsen

n

14xxf

π

π.

b) Use a série obtida anteriormente para mostrar que ( )∑

=

+

=−

1n

2

2

1n

12n

1 π.

a) ( ) ( )∑∞

=

+

−==

1n

1n

2

xnsen

n

14xxf

π

π

( )

( )

+

+

==

+

+

==

L

L

2

u 4sen

4

1

2

u 3sen

3

1

2

u 2sen

2

1

2

u sen

4uuf

2

x 4sen

4

1

2

x 3sen

3

1

2

x 2sen

2

1

2

x sen

4xxf

ππππ

π

ππππ

π

Integrando a igualdade anterior de 0 a x, temos que:

+

π−

π+

π−

π

π−=

+

π−

π+

π−

π

π−=

+

π

π+

π

π−

π

π+

π

π−

π+=

++

π

π++

π

π−+

π

π++

π

π−

π=

+

π−

π+

π−

π

π= ∫∫∫∫∫

L

L

L

444444444444444444 3444444444444444444 21

L

L

2

x 4cos

4

1

2

x 3cos

3

1

2

x 2cos

2

1

2

x cos

16Cx

2

x 4cos

4

1

2

x 3cos

3

1

2

x 2cos

2

1

2

x cos

8C

2

x

2

x 4cos

4

2

2

x 3cos

3

2

2

x 2cos

2

2

2

x cos

24C

2

x

C2

x 4cos

4

2C

2

x 3cos

3

2C

2

x 2cos

2

2C

2

x cos

24

2

x

du2

u 4sen

4

1du

2

u 3sen

3

1du

2

u 2sen

2

1du

2

u sen

4udu

22222

2222'

2

222'

2

)1(

4232221

2

x

0

x

0

x

0

x

0

x

0

50

Em (1), se a soma ∞<++=∑∞

=

K21

1i

i CCC for conhecida, podemos usá-la para determinar 0a .

( )3

4

3

8

2

1

3

x

2

1dxx

2

1dxxf

L

1

2

aC

2

0

32

0

2

2

0

0 =⋅=

==== ∫∫

Logo:

2

x 4cos

4

1

2

x 3cos

3

1

2

x 2cos

2

1

2

x cos

16

3

4x

22222

+

+

−= L

ππππ

π

( ) ( )∑∞

=

+

−−==

1n

2

1n

22

2

xncos

n

116

3

4xxf

π

π (2.11.1)

b) Considerando 0x = em (2.11.1):

( )

( )

( )

( )

( )12n

1

n

1

163

4

n

116

3

4

n

116

3

40

n

116

3

4x

2

1n

2

1n

1n

2

1n2

1n

2

1n

2

1n

2

1n

2

1n

2

1n

22

π

π

π

π

π

=−

−=⋅

−−=−

−−=

−−=

=

+

=

+

=

+

=

+

=

+

2.12 – A forma exponencial (ou complexa) da série de Fourier

a) Mostrar que ( ) ∑∞

=

+

+=

1n

nn0

L

xnsenb

L

xncosa

2

axf

ππ pode ser escrita na forma

complexa ( ) ∑∞

−∞=

=

n

L

x ni

necxfπ

.

51

b) Mostrar que os coeficientes de Fourier nn0 b e a ,a podem ser escritos como uma única

integral ( ) K3,2,1,0,n ,dxexf L2

1c

L

L-

L

x ni

n ±±±== ∫−

π

.

a) Recordando as identidades de Euler (Leonhard Euler (1707-1783): matemático suíço) ( ) ( )θθθ sen icose i ±=± Seja ( ) ( ) ( )[ ] xiexsen ixcosxf −+= . (2.12.1)

( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ]( ) xi xi eixsen ixcosexsen xcosixfdx

d −− −++−=

( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( )xf0exsen xcosixsen xcosixfdx

d xi ⇒=+−−= − é constante

( ) ( ) ( )[ ] ( ) 1e0sen i0cos0f 0i =+= − ( ) 1xf = Voltando a (2.12.1), temos que: ( ) ( )[ ] ( ) ( ) xi xi exsen ixcosexsen ixcos1 =+⇒+= − Assim:

=

−+

−=

+

=

L

xnsen i

L

xncos

L

xnsen i

L

xncose

L

xnsen i

L

xncose

L

xni

L

xni

ππππ

ππ

π

π

As igualdades anteriores conduzem a:

i2

ee

L

xnsen

2

ee

L

xncos

L

xni

L

xni

L

xni

L

xni

ππ

ππ

π

π

−=

+=

Substituindo as igualdades acima na série de Fourier de ( )xf , temos que:

52

( )

( )

( )

( )

( ) ∑

=

=

=

=

−−

=

++

−+=

−+

++=

−+

++=

++

+=

+

+=

1n

L

xni

nnL

xni

nn0

1n

L

xni

nnL

xni

nn0

1n

L

xni

nnL

xni

nn0

1n

L

xni

L

xni

n

L

xni

L

xni

n0

1n

nn0

e2

ibae

2

iba

2

axf

ei2

biae

i2

bia

2

axf

ei2

b

2

ae

i2

b

2

a

2

axf

i2

eeb

2

eea

2

axf

L

xnsenb

L

xncosa

2

axf

ππ

ππ

ππ

ππππ

ππ

Considerando 2

ibac nn

n

−= e cca

2

ibac nnn

nnn- −+=⇒

+= e ( )nnn ccib −−= :

( ) ∑∞

−∞=

π

=

n

ni

necxf L

x

2

ac0n 0

0 =⇒=

Exercício

Mostre que ( )

=

≠=∫

nm se 2L,

nm se ,0dxe

L

L-

L

x mni

π

b) Multiplicando ( ) ∑∞

−∞=

=

n

L

xni

necxfπ

por L

xmi

e integrando de –L a L, obtemos:

( )

( )( )

∑ ∫∫

∑ ∫∫∞

−∞=

−−

−∞=

−−

=

=

n

L

L-

L

x mni

n

L

L-

L

x mi

n

L

L-

L

x mi

L

x ni

n

L

L-

L

x mi

dxe cdxexf

dxee cdxexf

ππ

πππ

53

Considerando mn = :

( )

( )∫∫

=

=

L

L-

L

x ni

n

n

L

L-

L

x ni

dxexf L2

1c

L2cdxexf

π

π

Outra forma de mostrar:

( ) ( ) ( )

( )∫

∫∫

−−

=

=−=

L

L

n

L

L

L

L

nnn

dxL

xnsen i

L

xncosxf

L2

1c

dxL

xnsenxf

L

1idx

L

xncosxf

L

1

2

1iba

2

1c

ππ

ππ

( )∫−

=

L

L

L

xni

n dxexf L2

1c

π

( ) ( )2

acac2dxxf

L

1c2dxxf

L2

1c 0

000

L

L

0

L

L

0 =⇒=⇒=⇒= ∫∫−−

Exemplo ( ) 2L4P 2,x2- =⇒=<<= ,xxf

( )∫

=

L

L

L

xni

n dxexf L2

1c

π

∫∫−−

π−

π−

π==

2

2

2

2

ni

n dxn

senin

cosx4

1dxxe

4

1c

2

x

2

x

2

x (2.12.2)

∫∫

π−=

π−=

2

0

2

2

n dxn

xsen2

idx

nsenx

4

ic

2

x

2

x

Integrando por partes, temos que:

( )

π

π−−=

π

π+

π

π−−= ncos

n

4

2

insen

n

4ncos

n

x2

2

ic

2

022n

2

x

2

x

54

0c0n 0 =⇒= (substitua n por 0 em (2.12.2))

( ) ∑∞

−∞=

π

=

n

ni

n ecxf L

x

( ) ( ) ( )∑∑∞

−∞=

π∞

−∞=

π−

π=−

π=

n

ni

n

n

ni

en

1i2e1

n

i2xf 2

x

2

xn

Verificando a equivalência entre as formas exponencial e usual:

( ) ( )∑∞

−∞=

π−

π−

π=

n

n

2

xnsen

2

xncos i

n

12xf

Para n opostos, ( )

π−

2

x

n ncosi

n

1 se anula e

( )

π−

2

xnsen

n

1 n

duplica. Assim:

( ) ( )∑∞

=

+

π−

π=

1n

1n

2

xnsen

n

14xf

0dxx4

1c

2

0 == ∫−

2

Exercícios 01. Determine a série de Fourier na forma exponencial de ( ) xexf −= , π<<π− x , ( ) ( )π+= 2xfxf .

R.: ( ) ( ) ( )∑∞

−∞=

+

π

π=

n

inxn

ein1

1senhxf

02. Seja ( )

<<−

<<=

5x0 ,10

0x5- ,01 xf , ( ) ( )10xfxf += . Expanda ( )xf em série de Fourier na forma

exponencial.

( ) 0n ,1n

i2c n

n ≠−π

=

55

R.: ( ) ( )∑∞

−∞=

π+

=⇒=+−

π=

n

05

xni

1n

0c0n ,en

11i10xf ou ( )

( )

∑∞

−∞=

π−

−π=

n

5

x 1n2i

1n2

ei20xf

03. Seja ( ) ( ) ( )xf2xf ,x- ,x2xf =π+π<<π= . a) Expanda ( )xf em série de Fourier na forma exponencial. Para quanto converge a série em

π±=x ?

R.: ( ) ( )0c0n ,e

n

1i 2xf 0

n

inxn

=⇒=−

= ∑∞

−∞=

Em π±=x a série de Fourier converge para a média dos limites laterais, ou seja, zero.

b) Use a série determinada no item a para calcular ∑∞

=1n

2n

1. R.:

6

2.13 – Aplicações da série de Fourier na solução de equações diferenciais parciais

A série de Fourier surge na solução de equações diferenciais parciais, tais como a equação do calor, a equação da onda e a equação de Laplace.

2.13.1 – Equações diferenciais Uma equação diferencial é uma igualdade que relaciona uma função e suas derivadas (ou apenas as derivadas dessa função). Uma equação diferencial ordinária (EDO) é uma igualdade envolvendo as derivadas de uma função de uma única variável independente. Exemplos

( ) ( ) 0 t,0ty3

dt

tdy>=+ (1)

( ) ( ) ( ) 0 x,x2cos3xu4xu '' >π=− (2) Uma equação diferencial parcial (EDP) é uma igualdade envolvendo as derivadas de uma função de duas ou mais variáveis independentes. Exemplos ( ) ( ) 0 t2,x0 ,t,xu2t,xu xxt ><<= (3)

56

( ) ( )

1y0 1,x0 ,xy2y

y,xu

x

y,xu2

2

2

2

<<<<=∂

∂+

∂ (4)

( ) ( ) ( ) ( ) 0 t5,x1 ,t,xu t,xut,xut,xu xxxt ><<Γ=+ (5)

A ordem de uma equação diferencial é dada pela derivada (simples ou parcial) de maior ordem que ocorre na equação. Uma equação diferencial é dita linear quando depende linearmente da função (variável dependente) envolvida e seus coeficientes independem dessa função. Uma equação diferencial é dita homogênea quando o termo que independe da função e de suas derivadas é identicamente nulo. Assim, nos exemplos dados anteriormente, temos em:

(1) uma EDO linear de 1a ordem homogênea;

(2) uma EDO linear de 2a ordem não homogênea;

(3) uma EDP linear de 2a ordem homogênea;

(4) uma EDP linear de 2a ordem não homogênea (equação de Poisson);

(5) uma EDP não linear de 2a ordem não homogênea (equação de Burger).

Na solução de equações diferenciais parciais podemos ter dois tipos de informações suplementares necessárias à unicidade de solução: condições iniciais e condições de contorno (domínios limitados). Dessa forma, teremos problemas de valor inicial, problemas de contorno ou problemas mistos (ambos).

Uma equação diferencial parcial de segunda ordem da forma

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Gy,xFy

y,xE

x

y,xD

y

y,xC

yx

y,xB

x

y,xA

2

22

2

2

=φ+∂

φ∂+

φ∂+

φ∂+

∂∂

φ∂+

φ∂

é dita elíptica se 0AC4B2 <− , parabólica se 0AC4B2 =− e hiperbólica se 0AC4B2 >− .

2.13.2 – Equação do calor ( ) ( )t,xu t,xu xxt κ= (equação diferencial parcial parabólica)

A formulação matemática da equação do calor pode ser encontrada em FIGUEIREDO, D.G. Análise de Fourier e equações diferenciais parciais, página 1.

Obtenha uma solução ( )t,xu para o problema misto abaixo.

57

( ) ( )( )( )

<

<<=

>==

<<>∂

∂=

limitada) (solução Mtx,u

2x0 ,xx,0u

0 t,0t,2ut0,u

2x0 0, t ,x

u3

t

u2

2

Solução: ( ) ( ) ( )tTxXt,xu = (separação de variáveis) (2.13.2.1) Substituindo (1) na equação diferencial parcial, obtemos:

( ) ( )XTx

3XTt 2

2

∂=

2

2

dx

XdT3

dt

dTX =

22

2

dx

Xd

X

1

dt

dT

T3

1λ−== (2.13.2.2)

Pode-se mostrar que uma constante 0c ≥ em (2.13.2.2) não satisfaz as condições de contorno. Assim:

=+

=+

0Xdx

Xd

0T3dt

dT

22

2

2

λ

λ

(2.13.2.3)

A solução do sistema de equações diferenciais ordinárias (2.13.2.3) é:

( ) ( )x senBx cosAX

CeT

11

t3 2

λλ

λ

+=

= −

(2.13.2.4)

Substituindo (2.13.2.4) em (2.13.2.1), encontramos

( ) ( ) ( )[ ] constantes B eA , xBsen xcosAet,xu t3 2

λλλ += − . (2.13.2.5) Precisamos agora determinar A e B de tal maneira que (2.13.2.5) satisfaça as condições de

contorno.

( ) ( ) ( ) xsenBet,xu0A0Ae0t,0u t3t3 22

λλλ −− =⇒=⇒=⇒= (2.13.2.6)

( ) ( ) 02senBe0t,2u t3 2

=⇒= − λλ (2.13.2.7)

Como 0B = satisfaz (2.13.2.7) (não nos interessa a solução trivial), evitamos essa escolha ( ( ) 0t,xu = ). Consideremos então

58

( ) Zn ,2

nn202sen ∈=⇒=⇒=

πλπλλ . (2.13.2.8)

Substituindo (2.13.2.8) em (2.13.2.6):

( )

=

2

xnseneBt,xu 4

tn3

n

22

ππ

. (2.13.2.9)

Em (2.13.2.9), substituímos B por nB , indicando que constantes diferentes podem ser usadas

para diferentes valores de n. Lembrando que somas de soluções da forma (2.13.2.9) são também soluções (princípio da

superposição), podemos escrever (2.13.2.9) como:

( ) ∑∞

=

=

1n

4

tn3

n 2

xnseneBt,xu

22

ππ

. (2.13.2.10)

A solução (2.13.2.10) deve satisfazer também a condição inicial ( ) 2x0 ,x0,xu <<= .

Portanto, substituindo 0t = em (2.13.2.10), obtemos:

2x0 ,2

xnsenBx

1n

n <<

=∑

=

π. (2.13.2.11)

Observe que (2.13.2.11) equivale a expandir ( ) xxf = , 2x2 <<− , em uma série de Fourier de

senos. Logo:

( ) ( ) ( ) 1nnn 1

n

41

n

4ncos

n

4B +

−π

=−π

−=ππ

−= . (questão resolvida anteriormente) (2.13.2.12)

Substituindo (2.13.2.12) em (2.13.2.10), chegamos à solução

( ) ( )∑∞

=

π−

+

π−

π=

1n

4

tn3

1n

2

xnsene

n

14t,xu

22

.

(2.13.2.13) Exercício Mostre que a solução (2.13.2.13) satisfaz a equação diferencial parcial, as condições de contorno e a condição inicial.

59

2.13.3 – Equação da onda ( ) ( )t,xu ct,xu xx

2tt = (equação diferencial parcial hiperbólica)

A formulação matemática da equação da onda pode ser encontrada em FIGUEIREDO, D.G. Análise de Fourier e equações diferenciais parciais, página 130. Determine uma solução ( )t,xu para o seguinte problema misto.

( ) ( )( ) ( )( )

( )

<

<<=

<<=

>==

><<∂

∂=

M

00,x

xf

0t,Lux

ua

t

u2

22

2

2

tx,u

Lx0 u

Lx0 x,0u

0t t0,u

0t L,x0

t

Solução: ( ) ( ) ( )tTxXt,xu = (separação de variáveis) (2.13.3.1)

Substituindo (2.13.3.1) na equação diferencial parcial, obtemos:

( ) ( )XTx

aXTt 2

22

2

2

∂=

2

22

2

2

dx

XdTa

dt

TdX =

22

2

2

2

2 dx

Xd

X

1

dt

Td

Ta

1λ−== (2.13.3.2)

=λ+

=λ+

0Xdt

Xd

0Tadt

Td

22

2

222

2

(2.13.3.3)

A solução do sistema de equações diferenciais ordinárias (2.13.3.3) é:

( ) ( )( ) ( )xsenBxcosBX

tasenAtacosAT

21

21

λ+λ=

λ+λ=. (2.13.3.4)

Substituindo (2.13.3.4) em (2.13.3.1), encontramos

( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ]xsenBxcosBtasenAtacosAt,xu 2121 λ+λλ+λ= . (2.13.3.5)

60

Devemos agora determinar as constantes para que (2.13.3.5) satisfaça as condições de contorno e as condições iniciais. ( ) ( ) ( )[ ] 0000 1211 =⇒=λ+λ⇒= BtasenAtacosABt,u (a solução trivial não interessa)

(2.13.3.6)

( ) ( ) ( )[ ] ( )[ ] ( ) ( ) ( )[ ]tacosBtaAsenxsenxsenBtasenAtacosAt,xu λ+λλ=λλ+λ= 221 (2.13.3.7)

( ) ( ) ( ) ( )[ ] 00 =λ+λλ⇒= tacosBtaAsenLsent,Lu (2.13.3.8)

( ) Zn 0 ∈π

=λ⇒π=λ⇒=λ ,L

nnLLsen (2.13.3.9)

( ) ( ) ( ) ( )[ ]taBsenatacosAaxsent,xu t λλ−λλλ=

( ) ( ) 000 =⇒=λλ= AxAsena,xu t (2.13.3.10)

Substituindo (2.13.3.9) e (2.13.3.10) em (2.13.3.7), temos que:

( ) ( ) ( )tacosxBsent,xu λλ= ;

( ) ∑∞

=

π

π=

1n

n

ncos

nsenBt,xu

L

at

L

x. (2.13.3.11)

Em (2.13.3.11), acrescentamos o índice n à constante B pensando na superposição de soluções.

( ) ( ) ( )∑∞

=

=

π⇒=

1n

n xfn

senBxf0,xuL

x. (2.13.3.12)

Temos em (2.13.3.12) a expansão de f(x) em uma série de Fourier de senos. Logo:

( )∫

π=

L

0

n dxn

senxfL

2B

L

x. (2.13.3.13)

Substituindo (2.13.3.13) em (2.13.3.11), obtemos a solução procurada.

( ) ( )∑ ∫∞

=

π

π

π=

1n

L

0

ncos

nsendx

nsenxf

L

2t,xu

L

at

L

x

L

x

(2.13.3.14)

Exercício Mostre que a solução (2.13.3.14) satisfaz a equação diferencial parcial, as condições de contorno e as condições iniciais.

61

2.13.4 – Equação de Laplace ( ) ( ) 0y,xu y,xu yyxx =+ (equação diferencial parcial elíptica)

Obtenha uma solução ( )y,xu para o problema de contorno a seguir.

( ) ( ) ( )( ) ( )( )

<

==

===

<<<<=∂

∂+

M

yfu

0,xuy,1u

y

u

x

u

1

2

2

2

2

tx,u

x,1u

0y0,u

1y0 1,x0 0

y u1 1 0 0 x 0 0 1

Figura 17: Condições de contorno para a equação de Laplace.

Solução: ( ) ( ) ( )yYxXy,xu = (separação de variáveis) (2.13.4.1)

Substituindo (2.13.4.1) na equação diferencial parcial, obtemos:

( ) ( ) 0XYy

XYx 2

2

2

2

=∂

∂+

0dy

YdX

dx

XdY

2

2

2

2

=+

22

2

2

2

dy

YdX

dx

XdY λ−=−=

22

2

2

2

dy

Yd

Y

1

dx

Xd

X

1λ−=−= (2.13.4.2)

62

=λ−

=λ+

0Ydy

Yd

0Xdx

Xd

22

2

22

2

(2.13.4.3)

A solução do sistema de equações diferenciais ordinárias (2.13.4.3) é:

( ) ( )

( ) ( )ysenhBycoshAY

xsenBxcosAX

λ+λ=

λ+λ=

22

11 . (2.13.4.4)

Substituindo (2.13.4.4) em (2.13.4.1), encontramos

( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ]ysenhBycoshAxsenBxcosAt,xu λ+λλ+λ= 2211 . (2.13.4.5)

Devemos agora determinar as constantes para que (2.13.4.5) satisfaça as condições de contorno.

( ) ( ) ( )[ ] 0000 1221 =⇒=λ+λ⇒= AysenhBycoshAAy,u (a solução trivial não interessa)

(2.13.4.6)

( ) ( ) ( ) ( )[ ]yBsenhycoshAxsent,xu λ+λλ= (2.13.4.7)

( ) ( ) 0000 =⇒=λ⇒= AxAsen,xu (2.13.4.8)

( ) ( ) ( )ysenhxBsent,xu λλ= (2.13.4.9)

( ) ( ) ( ) ( ) Zn ,n 0001 ∈π=λ⇒=λ⇒=λλ⇒= senysenhBseny,u (2.13.4.10) Substituindo (2.13.4.10) em (2.13.4.9) e usando o princípio da superposição, temos que:

( ) ( ) ( )∑∞

=

ππ=

1n

n ynsenhxnsenBt,xu ; (2.13.4.11)

( ) ( ) ( ) 1

1n

n1 uxnsennsenhBu1,xu =ππ⇒= ∑∞

=

. (2.13.4.12)

Temos em (2.13.4.12) a expansão de 1u em uma série de Fourier de senos. Assim:

( ) ( )( )

( )1

0

1n

1

0

1n xncosn

1

nsenh

u2Bdx xnsenu

1

2Bnsenh

π

π−

π=⇒π=π ∫ ;

63

( )( )[ ]

( )( )[ ]11

nsenhn

u21ncos

nsenhn

u2B 1n11

n +−ππ

=+π−ππ

=+

. (2.13.4.13)

Substituindo (2.13.4.13) em (2.13.4.11), obtemos a solução procurada.

( ) ( )[ ]( )

( ) ( )∑∞

=

+

πππ

+−

π=

1n

1n1 ynsenhxnsen

nsenhn

11u2t,xu

(2.13.4.14)

Exercícios 01. Mostre que a solução (2.13.4.14) satisfaz a equação diferencial parcial e as condições de contorno. 02. Suponha uma barra de comprimento L (extremos em 0x = e Lx = ) com temperatura inicial dada por uma função f(x). Determine a distribuição de temperatura na barra. Para este caso, o problema de valor de contorno é dado por

( ) ( )( ) ( )( )

<

<<=

>==

<<>∂

∂=

limitada) (solução Mtx,u

Lx0 ,xfx,0u

0 t,0t,Lut0,u

Lx0 0, t ,x

u

t

u

xx

2

2

κ

R.: ( ) ( ) ( )∑ ∫∫∞

=

+=

1n

L

tn L

0

L

0 L

xncosedx

L

xncosxf

L

2dxxf

L

1t,xu

2

22

πππκ

03. Solucione o problema misto:

( ) ( )

( ) ( )( )( )

<

<<=

>==

><<∂

∂=

M

x25

0t,4u

t,xux

2t,xut 2

2

tx,u

4x0 x,0u

0t t0,u

0t 4,x0

R.:

( )

( ) ( )∑∞

=

π−

+

+

π−

π=

−π

=

1n

8

tn1n

1nn

4

xnsene

n

1200t,xu

1n

200B

22

64

04. Solucione os problemas de valor de contorno a seguir empregando o método de separação de variáveis.

a) ( ) ( )

( )

=

=+

−x

yx

e40,xu

0y,xu2y,xu3

R.: ( )( )

2x2y3

e4y,xu−

=

b) ( ) ( ) ( )

( )

+=

+∂

∂=

−− x3x5 e2e30,xu

y,xuy,xuy

2y,xux

R.: ( ) y2x3y3x5 e2e4y,xu −−−− +=

65

−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9

−8

−7

−6

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

x

y

−10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−9

−8

−7

−6

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

x

y

2.14 – Exercícios resolvidos

01. Seja ( ) ( )x2senxxf/RR:f 2=→ , ( )ππ−∈ ,x , ( ) ( )xf2xf =π+ .

a) Plote o gráfico de ( )xf com pelo menos três períodos. (a) (b)

Figura 18: Gráfico de ( ) ( )x2senxxf/RR:f 2=→ : (a) ( )ππ−∈ ,x ; (b) ( ) ( )xf2xf =π+ . b) Determine a série de Fourier de ( )xf .

( ) ( ) ( ) ( )x2senxx2senxxf 22−=−−=−

( )xf é função ímpar (produto de uma par por uma ímpar) 1n0a ,0a n0 ≥∀==⇒

π=⇒π== L2L2P

( ) ( ) ( )∫∫π

π=

π=

0

2

L

0

n dxnxsenx2senx 2

dxL

x nsenxf

L

2b (2.14.1)

Empregando a identidade ( ) ( ) ( ) ( )[ ]vucosvucos2

1vsenusen +−−= em (2.14.1), temos que:

( )[ ] ( )[ ]

+−−π

= ∫∫ππ

0

2

0

2n dxx2ncosx dxx2ncosx

1b (2.14.2)

Calculando a integral indefinida (integração por partes):

66

( ) ( )

a

axsen v,dxaxcosdv

2xdxdu ,xu 2

==

==

( ) ( )

a

axcos v,dxaxsendv

dxdu ,xu

−==

==

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )C

a

axsen2

a

axcosx2

a

axsenx

dxaxcosa

1

a

axcosx

a

2

a

axsenx

dxaxsen xa

2

a

axsenxdxaxcosx

32

2

2

22

+−+=

+−−=

−=

∫∫∫

(2.14.3)

Usando (2.14.3) em (2.14.2):

( )[ ] ( )[ ]( )

( )[ ]( )

( )[ ] ( )[ ]( )

( )[ ]( )

+

+−

+

++

+

+

π

+

−−

−+

π=

π

π

||

032

2

032

2

n

2n

x2nsen2

2n

x2ncosx2

2n

x2nsenx1-

2n

x2nsen2

2n

x2ncosx2

2n

x2nsenx1b

( )[ ] ( )[ ]( )

( )[ ]( )

( )[ ] ( )[ ]( )

( )[ ]( )

+

π+−

+

π+π+

+

π+π

π

+

π−−

π−π+

π−π

π=

32

2

32

2

n

2n

2nsen2

2n

2ncos2

2n

2nsen1-

2n

2nsen2

2n

2ncos2

2n

2nsen1b

Como ( )[ ] ( )n12ncos −=π± e ( )[ ] 02nsen =π± :

( )

( )( )

( )( )

( ) ( )

+−

−−=

+

−π−

−π

π=

22

n

2

n

2

n

n2n

1

2n

112

2n

12

2n

121b

( ) ( ) ( )( ) ( )

( ) ( )( )

+−−++−=

+−

−−+−=

22

22n

22

22n

n4n

4n4n4n4n12

2n2n

2n2n12b

( )( )

( )

( )2n ,

4n

1n16

4n

n812b

22

n

22

nn ≠

−=

−−=

9

16b1 −=

Para calcular 2b , voltamos a (2.14.2):

67

−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9

−8

−7

−6

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

x

y

−10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−9

−8

−7

−6

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

x

y

( )[ ] ( )[ ]

( )

( ) ( ) ( )

8

1

3

16

2

3

1

4

x4sen2

4

x4cosx2

4

x4senx

3

x1

dxx4cosx dxx 1

dxx22cosx dxx22cosx 1

b

2

3

032

2

0

3

0

2

0

2

0

2

0

22

|

−π

=

π−

π

π=

−+−

π=

−π

=

+−−π

=

ππ

ππ

ππ

∫∫

∫∫

( ) ( ) ( ) ( )

( )( )∑

=−

−+

π+−=

3n

22

n2

nxsen4n

1n16x2sen

8

1

3xsen

9

16xf (2.14.4)

c) Plote simultaneamente os gráficos de ( )xf e da série de Fourier de ( )xf truncada (empregue diferentes harmônicos) e faça comentários pertinentes. (a) (b)

Figura 19: Gráfico de ( ) ( ) ( ) ( )

( )( )∑

=−

−+

π+−=

3n

22

n2

nxsen4n

1n16x2sen

8

1

3xsen

9

16xf : (a) 3n = ; (b)

1000n = .

68

Comentários: Como ( )xf tem descontinuidades do tipo removível em K,5 ,3 , π±π±π± , não

se observa o fenômeno de Gibbs na série de Fourier de ( )xf . Nas descontinuidades de ( )xf , a série de Fourier converge para a média dos limites laterais (zero). d) Use a série de Fourier de ( )xf para determinar para quanto converge a série numérica

( ) ( )( ) ( )

K+−+−=+−

+−∑∞

=

+

22222222

1n

22

1n

11.7

9

9.5

7

7.3

5

5.1

3

3n21n2

1n21.

Considerando 2

= em (2.14.4) e lembrando que ( ) ( )( )2n2n4n 2222 +−=− :

( ) ( )

( ) ( )∑∞

=

+

+−

+−=

+−+−+−==

π

1n

22

1n

22222222

3n21n2

1n2116

9

16

11.7

9

9.5

7

7.3

5

5.1

316

9

160

2f K

( ) ( )

( ) ( ) 9

1

3n21n2

1n21

1n

22

1n

=+−

+−∑∞

=

+

02. Seja ( ) ( ) ( )xcoshxsenhxf/RR:f =→ , ( )ππ−∈ ,x , ( ) ( )xf2xf =π+ .

a) Determine a série de Fourier de ( )xf .

( ) ( ) ( )( ) ( )

( )x-f

xcoshx-senh

xcoshxsenhxf

=

=

−−=−

( ) ( ) ( )xcoshxsenhxf = é uma função ímpar (produto de uma ímpar por uma par) 1n0a ,0a n0 ≥∀==⇒

π=⇒π== L2L2P

( ) ( ) ( ) ( )∫∫π

π=

π=

0

L

0

n dxnxsenxcoshxsenh 2

dxL

x nsenxf

L

2b

69

( )∫π −−

+

π=

0

xxxx

dxnxsen2

ee

2

ee2

( )∫π −

−−+

π=

0

x22x

dxnxsen 4

e11e2

( ) ( )

−π

= ∫∫ππ

0

2x-

0

2x dxnxsene dxnxsene 2

1 (2.14.5)

Calculando a integral indefinida (integração por partes) ( )∫ dxnxseneax :

( ) ( )

n

nxcos v,dxnxsendv

dxaedu ,eu axax

−==

==

( ) ( ) ( )∫∫ +−= dxnxcos en

a

n

nxcosedxnxsene ax

axax

( ) ( )

n

nxsen v,dxnxcosdv

dxaedu ,eu axax

==

==

( ) ( ) ( ) ( )

−+−= ∫∫ dxnxsen e

n

a

n

nxsene

n

a

n

nxcosedxnxsene ax

axaxax

( ) ( ) ( ) ( )∫∫ −+−= dxnxsen en

a

n

nxsenae

n

nxcosedxnxsene ax

2

2

2

axaxax

( ) ( ) ( )2

axaxax

2

2

n

nxsenae

n

nxcosedxnxsene

n

a1 +−=

+ ∫

( ) ( ) ( )C

n

nxsenae

n

nxcose

an

ndxnxsene

2

axax

22

2ax +

+−

+=∫ (2.14.6)

Substituindo (2.14.6) em (2.14.5), primeiramente com 2a = e depois com 2a −= , tem-se que:

70

( ) ( )

( ) ( )

−−

+

+−

+π=

π−−

π

||

02

x2x2

2

2

02

x2x2

2

2

n

n

nxsene2

n

nxcose

4n

n

2

1-

n

nxsene2

n

nxcose

4n

n

2

1b

( ) ( )

π++

π−

+π=

π−π

n

1

n

ncose

n

1

n

ncose

4n

n

2

1b

22

2

2

n

( ) ( )π−π +−+

π

π= 22

2n ee4n

ncosn

2

1b

( ) ( )π−π +−

+

π= 22

2

n

ee4n

1n

2

1

( ) ( )π−π

+

−+

π= 22

2

1n

ee4n

1n

2

1

( )

2

ee

4n

1n1 22

2

1n π−π+−

+

π=

( ) ( )

4n

n12senh2

1n

+

π

π=

+

( ) ( )

1n ,4n

n12senhb

2

1n

n ≥+

π

π=

+

( ) ( ) ( ) ( )∑∞

=

+

+

π

π=

1n

2

1n

nxsen4n

n12senhxf

b) Plote simultaneamente os gráficos de ( )xf e da série de Fourier de ( )xf truncada (empregue diferentes harmônicos) e faça comentários pertinentes.

71

−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−150

−140

−130

−120

−110

−100

−90

−80

−70

−60

−50

−40

−30

−20

−10

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

130

140

x

y

Figura 20: Gráfico de ( ) ( ) ( )xcoshxsenhxf = , ( )ππ−∈ ,x , ( ) ( )xf2xf =π+ .

−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−150

−140

−130

−120

−110

−100

−90

−80

−70

−60

−50

−40

−30

−20

−10

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

130

140

x

y

Figura 21: Gráfico de ( ) ( ) ( )xcoshxsenhxf = , ( )ππ−∈ ,x , ( ) ( )xf2xf =π+ (azul), e da série de

Fourier de ( )xf com 1n = (vermelho).

72

−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−150

−140

−130

−120

−110

−100

−90

−80

−70

−60

−50

−40

−30

−20

−10

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

130

140

x

y

Figura 22: Gráfico de ( ) ( ) ( )xcoshxsenhxf = , ( )ππ−∈ ,x , ( ) ( )xf2xf =π+ (azul), e da série de

Fourier de ( )xf com 10n = (vermelho).

−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−150

−140

−130

−120

−110

−100

−90

−80

−70

−60

−50

−40

−30

−20

−10

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

130

140

x

y

Figura 23: Gráfico de ( ) ( ) ( )xcoshxsenhxf = , ( )ππ−∈ ,x , ( ) ( )xf2xf =π+ (azul), e da série de

Fourier de ( )xf com 20n = (vermelho).

73

−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−150

−140

−130

−120

−110

−100

−90

−80

−70

−60

−50

−40

−30

−20

−10

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

130

140

x

y

Figura 24: Gráfico de ( ) ( ) ( )xcoshxsenhxf = , ( )ππ−∈ ,x , ( ) ( )xf2xf =π+ (azul), e da série de

Fourier de ( )xf com 50n = (vermelho).

−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−150

−140

−130

−120

−110

−100

−90

−80

−70

−60

−50

−40

−30

−20

−10

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

130

140

x

y

Figura 25: Gráfico de ( ) ( ) ( )xcoshxsenhxf = , ( )ππ−∈ ,x , ( ) ( )xf2xf =π+ (azul), e da série de

Fourier de ( )xf com 1000n = (vermelho).

74

Comentários: Como o prolongamento periódico de ( )xf tem descontinuidades do tipo salto

finito, observa-se o fenômeno de Gibbs na série de Fourier de ( )xf , isto é, oscilações de maior amplitude nas vizinhanças dos saltos. A estimativa para a maior amplitude é de cerca de %9 da amplitude do salto. Nas descontinuidades de ( )xf , a série de Fourier converge para a média dos limites laterais (zero).

x

Figura 26: Gráfico da série de Fourier de ( )xf com 1n = (vermelho), 10n = (verde escuro), 20n = (verde claro), 50n = (marron) e 1000n = (preto). 03. Seja ( ) ( ) ( ) ( )xf2xf ,x- ,x3coshxf =π+π<<π= .

a) Determine a série de Fourier de ( )xf .

( ) ( )( )

( )xf

x3cosh

x3coshxf

=

=

−=−

( ) ( )x3coshxf = é uma função par 1n 0bn ≥∀=⇒

π=⇒π== L2L2P

( ) ( ) ( )ππ

=

π=

π=

ππ

∫ 3senh3

2

3

x3senh2dxx3cosh

2a

0

0

0

75

( ) ( )∫π

π=

0

n dxx ncosx3cosh2

a (2.14.7)

Calculando a integral indefinida (integração por partes) ( ) ( )∫ dxnxcosx3cosh :

( ) ( )

( ) ( )n

nxsen v,dxnxcosdv

dxx3senh3du ,x3coshu

==

==

( ) ( )

( ) ( )n

nxcos v,dxnxsendv

dxx3cosh3du ,x3senhu

−==

==

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )∫∫ −= dxnxsenx3senhn

3

n

nxsenx3coshdxnxcosx3cosh

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

+−−= ∫∫ dxnxcosx3cosh

n

3

n

nxcosx3senh

n

3

n

nxsenx3coshdxnxcosx3cosh

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )22 n

nxcosx3senh3

n

nxsenx3coshdxnxcosx3cosh

n

91 +=

+ ∫

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )C

n

nxcosx3senh3

n

nxsenx3cosh

9n

ndxnxcosx3cosh

22

2

+

+

+=∫ (2.14.8)

Substituindo (2.14.8) em (2.14.7), tem-se que

( ) ( ) ( ) ( ) π

+

+π=

022

2

nn

nxcosx3senh3

n

nxsenx3cosh

9n

n2a

( ) ( )

ππ

+π=

22

2

n n

ncos3senh3

9n

n2a

( ) ( )9n

13senh6a

2

n

n+

π

π= .

( ) ( ) ( ) ( ) ( )∑∞

=+

π

π+

π

π=

1n

2

n

nxcos9n

13senh6

3

3senhxf (2.14.9)

b) Calcule para quanto converge a série numérica

( )K+−+−+−=

+

−∑∞

=34

1

25

1

18

1

13

1

10

1

9n

1

1n

2

n

.

76

Considerando 0x = em (2.14.9), tem-se que ( ) 10cosh = ( ( )xf é contínua em 0x = ) e que

( ) ( ) ( )∑∞

=+

π

π+

π

π=

1n

2

n

9n

13senh6

3

3senh1

( ) ( ) ( )∑∞

=+

π

π=

π

π−

1n

2

n

9n

13senh6

3

3senh1

( ) ( ) ( )∑∞

=+

π

π=

π

π−π

1n

2

n

9n

13senh6

3

3senh3

( ) ( )( )

( )( )π

π−π=

π

π

π

π−π=

+

−∑∞

=3senh18

3senh3

3senh63

3senh3

9n

1

1n

2

n

.

77

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

x

y

2.15 – Exercícios complementares

01. Seja ( )xf , representada graficamente abaixo, uma função π -periódica.

f(x) 2 x

2

π−

2

π

-2

Figura 27: Gráfico de ( )

π<<+

π−

<<π

−π

=

2x0 2

4

02

- 24

,x

x,xxf , ( ) ( )xfxf =π+ .

Expanda ( )xf em série de Fourier.

R.: ( )∑∞

=

π1

214

n

nxsenn

Figura 28: Gráfico de ( )

π<<+

π−

<<π

−π

=

2x0 2

4

02

- 24

,x

x,xxf , ( ) ( )xfxf =π+ , e da série de Fourier de ( )xf

com 5n = e 20n = .

78

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

x

y

02. Seja ( )xf , representada graficamente abaixo, uma função π -periódica.

f(x)

2 x

2

π−

2

π

Figura 29: Gráfico de ( )

π≤≤+

π−

<≤π

=

2x0 ,2x

4

0x2

- ,2x4

xf , ( ) ( )xfxf =π+ .

Expanda ( )xf em série de Fourier.

R.: ( ) ( )∑

=

++−

π+

1

2

1

22

1141

n

n

nxcosn

Figura 30: Gráfico de ( )

π≤≤+

π−

<≤π

=

2x0 ,2x

4

0x2

- ,2x4

xf , ( ) ( )xfxf =π+ , e da série de Fourier de ( )xf com

2n = e 4n = .

79

03. Seja ( )xf a função representada graficamente abaixo. Sabendo que ( ) ( )π+= 4xfxf , determine a

série de Fourier de ( )xf na forma usual. f(x) 2 x π− 2 π− π π2 -2

Figura 31: Gráfico de ( )

π≤≤π−π

π<≤π−

π−<≤π−π

=

2x ,6x4

x- ,2

x2- ,6x4

xf , ( ) ( )xf4xf =π+ .

R.: ( )( )

π−−

π+−=

2

x ncos

n

2

ncos1

161xf

2

n

2

04. Seja ( )xf a função representada graficamente abaixo. Sabendo que ( ) ( )π+= 6xfxf , determine a

série de Fourier de ( )xf na forma usual. f(x) 3

x π− 3 π− π π3 -3

Figura 32: Gráfico de ( )

π≤≤π+π

π<≤π

π−<≤π+π

=

3x ,6x3

-

x- ,3

x3- ,6x3

xf , ( ) ( )xf6xf =π+ .

80

R.: ( )( )

π+−

π+=

+

3

x ncos

n

3

ncos1

181xf

2

1n

2

05. Seja ( )

<<

<<−=

4x0 ,8

0x4- ,8xf , ( ) ( )8xfxf += . Expanda ( )xf em série de Fourier na forma

exponencial.

R.: ( ) ( )∑∞

−∞=

π

=⇒=−−

π=

n

04

xni

n

0c0n ,en

11i8xf

06. Seja ( ) ( ) ( )xf2xf , x0 ,x2

0x- ,x2xf =π+

π<<

≤<π−= .

a) Expanda ( )xf em série de Fourier na forma exponencial. Para quanto converge a série em

π±=x ?

R.: ( ) ( )π=⇒=

−−

π= ∑

−∞=

0

n

inx2

n

c0n ,en

112xf

Em π±=x a série de Fourier converge para a média dos limites laterais, ou seja, π2 .

b) Use a série determinada no item a para calcular ( )∑

=−

1n

21n2

1.

R.: 8

07. a) Obtenha a série de Fourier que converge para a função π2 -periódica ( ) xexf = , ππ <<− x .

R.: ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]

−+

−+= ∑

=1n

2

n

nxsen nnxcos1n

1

2

1senh2xf

π

π

b) Determine a identidade de Parseval correspondente à série obtida no item anterior.

R.: ( ) ( )

( )π

πππ2

2

1n

2 senh 4

senh 22senh

1n

1 −=

+∑∞

=

81

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4

−3

−2

−1

1

2

3

x

y

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4

−3

−2

−1

1

2

3

x

y

08. Sendo ( )( )

≤≤

≤≤=

π

π

x0 se ,xsen

0x- se ,0xf uma função π2 -periódica:

a) expanda ( )xf em uma série de Fourier;

R.: ( ) ( ) ( ) ( )∑∞

=−

+−++=

2n

2

n

nxcosn1

111xsen

2

11xf

ππ

b) mostre que 16

8

7.5

1

5.3

1

3.1

1 2

222222

−=+++

πL .

Sugestão: Calcule a identidade de Parseval. 09. Seja

( )( )

π<<

<<π=

x0 ,xcos

0x- ,0 xf , ( ) ( )π+= 2xfxf (1)

e sua série de Fourier

( ) ( ) ( )[ ] ( )∑∞

=

+−

π+=

2n

2

n

nxsen1n

11n1xcos

2

1xf . (2)

A Figura 22 ilustra o gráfico de ( )xf e de sua série de Fourier com 50n = . (a) (b)

Figura 33: (a) Gráfico de ( )( )

π<<

<<π=

x0 ,xcos

0x- ,0 xf , ( ) ( )π+= 2xfxf ; (b) gráfico de

( ) ( ) ( )[ ] ( )∑∞

=

+−

π+=

2n

2

n

nxsen1n

11n1xcos

2

1xf , com 50n = .

82

a) ( )xf é par ou ímpar? Justifique.

b) Identifique os coeficientes de Fourier de ( )xf .

R.: ( )[ ]( )

2n1n

11nb ,0b ,2n0a ,

2

1a ,0a

2

n

n1n10 ≥∀−π

+−==≥∀===

c) Para quanto converge a série (2) se π= 14x ? E se 6

953x

π= ? Justifique.

R.: Em π= 14x a série converge para 2

1; em

6

953x

π= a série converge para

2

3− .

d) Use a série de Fourier de ( )xf para determinar a convergência da série ( )

( ) ( )∑∞

=+−

1n

22

2

1n21n2

n2.

R.: 16

10. Prove que, para π≤≤ x0 :

a) ( ) ( ) ( ) ( )

+++−=− L

222

2

3

6 cos

2

4 cos

1

2 cos

6

xxxxx

ππ

b) ( ) ( ) ( ) ( )

+++=− L

333 5

5

3

3

1

8 xsenxsenxsenxx

ππ

Usando (a) e (b), mostre que:

c) ( )∑

=

−π

=−

1

2

2

1

12

1

n

n

n

d) ( )

( )∑∞

=

−π

=−

1

3

3

1

3212

1

n

n

n

e)

( )∑∞

=

π=

−1

6

6 96012

1

nn

e ∑

=

π=

1

6

6 945

1

nn

11. a) Mostre que, em ππ <<− x ,

83

( ) ( ) ( ) ( ) ( )

−+−+−= Lx4sen

5.3

4x3sen

4.2

3x2sen

3.1

22xsen

2

1xcosx .

Figura 34: Gráfico de ( ) ( ) ππ <<= x- ,xcosxxf , e da série de Fourier de ( )xf com 5n = e 10n = .

b) Usando (a), mostre que em ππ ≤≤− x

( ) ( ) ( ) ( ) ( )

−+−−−= L

5.3

x4cos

4.2

x3cos

3.1

x2cos2xcos

2

11xsen x .

Figura 35: Gráfico de ( ) ( ) ππ ≤≤= x- ,xsen xxf , e da série de Fourier de ( )xf com 5n = .

84

c) Empregando (a) e (b), mostre que:

( ) ( )

( ) 4

1

2n2n2

1n21

1n

1n

=+

+−∑∞

=

+

R.: Use 2

= em (a)

( ) 4

3

2nn

1

1n

=+∑

=

R.: Use π=x em (b)

12. Seja ( )( )

<≤

≤<+=

+ 2x0 se ,e

0x2- se ,2x2

exf

2x-

2

uma função 4-periódica, representada graficamente abaixo.

Figura 36: Gráfico da função ( )( )

<≤

≤<+=

+ 2x0 se ,e

0x2- se ,2x2

exf

2x-

2

, de período fundamental 4P = .

a) Verifique se f(x) satisfaz as condições de Dirichlet. b) Determine a série de Fourier correspondente a f(x).

R.: 2

1ea 2

0 −= , ( )[ ] ( )[ ]n222

n

22

2

n 1e4n

211

n

ea −−

++−−=

ππ, ( )[ ]n2

22

2

n 1e4n

n

n

eb −−

++−=

π

π

π

c) Calcule a identidade de Parseval da série de Fourier obtida no item anterior.

85

R.: ( )8

3

2

e

12

eba

24

1n

2n

2n −+=+∑

=

d) Usando um software gráfico, plote o gráfico da série de Fourier determinada em (b) com pelo menos quinze (15) harmônicos.

Figura 37: Série de Fourier com 15n = da função ( )( )

<≤

≤<+=

+ 2x0 se ,e

0x2- se ,2x2

exf

2x-

2

, de período

fundamental 4P = .

13. Seja ( )( )

<<−

≤≤=

3x0 se ,x3x

0x3- se ,0 xf

2, ( ) ( )xf6xf =+ .

a) Esboce o gráfico da função dada com pelo menos três períodos.

Figura 38: Gráfico da função ( )( )

<<−

≤≤=

3x0 se ,x3x

0x3- se ,0 xf

2, de período fundamental 6=P .

86

−24−23−22−21−20−19−18−17−16−15−14−13−12−11−10−9−8−7−6−5−4−3−2−1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213141516171819202122232425

−23−22−21−20−19−18−17−16−15−14−13−12−11−10−9−8−7−6−5−4−3−2−1

123456789

10111213141516171819202122

x

y

b) Determine a série de Fourier de f(x).

R.; 4

90 =a , ( )[ ] ( )nn

nnn

a 127

11162

2244−

π−−−

π= , ( )[ ]112

54 1

33−−

π=

+nn

nb

c) Esboce o gráfico da série de Fourier determinada em (b) com pelo menos cinco (5) harmônicos.

Figura 39: Série de Fourier com 5n = da função ( )( )

<<−

≤≤=

3x0 se ,x3x

0x3- se ,0 xf

2, de período

fundamental 6=P .

14. Seja ( ) ( )xsenxxf 2= , 2

3x

2

3 π<<

π− , ( ) ( )π+= 3xfxf .

a) Esboce o gráfico de ( )xf com pelo menos três períodos.

Figura 40: Gráfico de ( ) ( )xsenxxf 2= , ( ) ( )π+= 3xfxf .

87

−28−27−26−25−24−23−22−21−20−19−18−17−16−15−14−13−12−11−10−9−8−7−6−5−4−3−2−1 1 2 3 4 5 6 7 8 91011121314151617181920212223242526272829

−26−25−24−23−22−21−20−19−18−17−16−15−14−13−12−11−10−9−8−7−6−5−4−3−2−1

123456789

10111213141516171819202122232425

x

y

−28−27−26−25−24−23−22−21−20−19−18−17−16−15−14−13−12−11−10−9−8−7−6−5−4−3−2−1 1 2 3 4 5 6 7 8 91011121314151617181920212223242526272829

−26−25−24−23−22−21−20−19−18−17−16−15−14−13−12−11−10−9−8−7−6−5−4−3−2−1

123456789

10111213141516171819202122232425

x

y

b) Determine a série de Fourier de ( )xf .

R.: 0aa n0 == , ( )

( )( )

( )

++π−

−π

−=

22

22

2

n

nn49

n427n8n

n49

118b

( ) ( ) ( )( )∑

=

++π−

π=

1n

22

22

2

n

3

nx2sen

n49

n427n8n

n49

118xf

c) Esboce o gráfico da série de Fourier de ( )xf com 1n = , 10n = , 100n = , 1000n = , K (Explore as limitações do aplicativo gráfico empregado).

Figura 41: Gráfico de ( ) ( )xsenxxf 2= , ( ) ( )π+= 3xfxf , e de

( ) ( ) ( )( )∑

=

++π−

π=

1n

22

22

2

n

3

nx2sen

n49

n427n8n

n49

118xf , com 2n = .

Figura 42: Gráfico de ( ) ( )xsenxxf 2= , ( ) ( )π+= 3xfxf , e de

( ) ( ) ( )( )∑

=

++π−

π=

1n

22

22

2

n

3

nx2sen

n49

n427n8n

n49

118xf , com 5n = .

88

−28−27−26−25−24−23−22−21−20−19−18−17−16−15−14−13−12−11−10−9−8−7−6−5−4−3−2−1 1 2 3 4 5 6 7 8 91011121314151617181920212223242526272829

−26−25−24−23−22−21−20−19−18−17−16−15−14−13−12−11−10

−9−8−7−6−5−4−3−2−1

123456789

10111213141516171819202122232425

x

y

−28−27−26−25−24−23−22−21−20−19−18−17−16−15−14−13−12−11−10−9−8−7−6−5−4−3−2−1 1 2 3 4 5 6 7 8 91011121314151617181920212223242526272829

−26−25−24−23−22−21−20−19−18−17−16−15−14−13−12−11−10−9−8−7−6−5−4−3−2−1

123456789

10111213141516171819202122232425

x

y

Figura 43: Gráfico de ( ) ( )xsenxxf 2= , ( ) ( )π+= 3xfxf , e de

( ) ( ) ( )( )∑

=

++π−

π=

1n

22

22

2

n

3

nx2sen

n49

n427n8n

n49

118xf , com 10n = .

Figura 44: Gráfico de ( ) ( )xsenxxf 2= , ( ) ( )π+= 3xfxf , e de

( ) ( ) ( )( )∑

=

++π−

π=

1n

22

22

2

n

3

nx2sen

n49

n427n8n

n49

118xf , com 5000n = .

d) Para quanto converge a série de Fourier de ( )xf se 12

17x

π−= ? E se

2

619x

π= ? Justifique.

89

R.: Em 12

17x

π−= a série de Fourier converge para ( )62

576

289 2

.

Em 2

619x

π= a série de Fourier converge para

4

2π.

15. Seja

( )( )

π<<

<<π=

x0 ,xcos

0x- ,0 xf , ( ) ( )xf2xf =π+ .

a) Esboce o gráfico de ( )xf com pelo menos três períodos.

b) Determine a série de Fourier de ( )xf .

R.: ( ) ( ) ( )[ ] ( )∑∞

=

+−

π+=

2n

2

n

nxsen1n

11n1xcos

2

1xf

c) Plote simultaneamente os gráficos de ( )xf e da série de Fourier de ( )xf truncada. Empregue diferentes harmônicos.

d) Para quanto converge a série de Fourier de ( )xf se π= 15x ? E se 4

425x

π= ?

Justifique.

R.: 2

1− ;

2

2

4cos =

π

e) Use a série de Fourier de ( )xf para determinar para quanto converge a série

( )∑∞

=−

1n

22

2

1n4

n.

R.: 64

90

91

3. A INTEGRAL DE FOURIER / TRANSFORMADAS DE FOURIER Usamos a série de Fourier para representar uma função f(x) definida em um intervalo ( )L,L− ou ( )L,0 . Quando ( )xf e ( )xf ' são seccionalmente contínuas nesse intervalo, uma série de

Fourier representa a função no intervalo e converge para um prolongamento periódico de ( )xf fora do intervalo. Estabeleceremos agora (de forma não rigorosa) uma maneira de representar certos tipos de funções não-periódicas definidas em um intervalo infinito ( )∞∞− , ou ( )∞,0 (expansão de f(x) em uma

integral de Fourier). Da série de Fourier à integral de Fourier Suponhamos uma função f(x) definida em ( )L,L− que satisfaça as condições de Dirichlet. Assim

( ) ∑∞

=

+

+=

1n

nn0

L

xnsenb

L

xncosa

2

axf

ππ;

( ) ( )

( )

( )∑

∫∫

=

+

+

+=

1n

L

L

L

L L

L

L

xnsendu

L

u nsenuf

L

xncosdu

L

u ncosuf

L

1duuf

L2

1xf

ππ

ππ

. (3.1)

Considerando ( )

LL

n

L

1n ,

L

nn1nn

πππααα

πα =−

+=−=∆= + , reescrevemos (3.1) como

( ) ( )

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

α

αα

αα

πα

π∆

+

+

+∆

= ∑

∫∫

=

− 1nn

L

L

n

n

L

L

nL

L xsenduusenuf

xcosduucosuf 1

duuf 2

1xf . (3.2)

Como 0L →∆⇒∞→ α , temos que

( ) 0duuf 2

1lim

L

L 0

=

∫−

→∆α

πα.

Logo, o restante de (3.2) toma a forma

92

( ) ( ) ( )∑∑∞

=

→∆

=

→∆∆∆=∆=

1n

0

1n

n0

nFlimFlimxf αααααα

(3.3)

Em (3.3) temos uma soma de Riemann, o que nos leva à integral ( )∫∞

0

dF αα .

Dessa forma, podemos escrever o limite de (3.2), quando 0L →∆⇒∞→ α , como

( ) ( ) ( )

( )

( ) ( ) ( )

( )

( ) α

α

α+α

απ

= ∫ ∫∫∞

α

∞−

α

∞−

dx senduu senuf x cosduu cosuf 1

xf

0

B

A

444 3444 21444 3444 21

.

3.1 – A integral de Fourier

A integral de Fourier de uma função f(x) definida no intervalo ( )∞∞− , é dada por

( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] αααααπ

d x senBx cosA 1

xf

0 ∫∞

+=

onde

( ) ( ) ( )dxx cosxf A

∫∞

∞−

= αα

e

( ) ( ) ( )dxx senxf B

∫∞

∞−

= αα .

3.2 – Convergência da integral de Fourier Se (1) f(x) e f’(x) são seccionalmente contínuas em qualquer intervalo finito e

(2) ( )dxxf

∫∞

∞−

converge, isto é, f(x) é absolutamente integrável em ( )∞∞− , ,

então a integral de Fourier converge para f(x) em um ponto de continuidade e converge para

( ) ( )2

xfxf −+ + (média dos limites laterais) em um ponto de descontinuidade.

93

Demonstração SPIEGEL, Murray R.; WREDE, Robert C. Cálculo avançado. Porto Alegre: Bookman. Observação: as condições de convergência da integral de Fourier são suficientes, porém não necessárias.

3.2.1 – Convergência absoluta e condicional

( )∫∞

a

dxxf é dita absolutamente convergente se ( )∫∞

a

dxxf convergir. Se ( )∫∞

a

dxxf

convergir mas ( )∫∞

a

dxxf divergir, então ( )∫∞

a

dxxf é dita condicionalmente convergente.

Teorema: Se ( )∫∞

a

dxxf convergir, então ( )∫∞

a

dxxf converge.

Exemplos

1o) ( )

∫∞

+

0

2dx

1x

xcos é absolutamente convergente e, portanto, convergente, isto porque

( )∫∫

∞∞

+≤

+

0

2

0

2dx

1x

1 dx

1x

xcos e ∫

+

0

2dx

1x

1 converge.

2o) ( )

π=∫∞

∞−

dxx

xsen , mas

( )∫

-

dxx

xsen diverge. Assim,

( )∫

-

dxx

xsen é condicionalmente

convergente. Exercício

Mostre que ∫∞

+

0

2dx

1x

1 converge.

3.3 – A integral cosseno de Fourier

Se f(x) é uma função par no intervalo ( )∞∞− , , temos que:

94

( ) ( ) ( ) ( ) ( )dxx cosxf 2dxx cosxf A

0

∫∫∞∞

∞−

== ααα ;

( ) ( ) ( ) 0dxx senxf B

== ∫∞

∞−

αα ;

( ) ( ) ( ) αααπ

dx cosA 1

xf

0 ∫∞

= . Integral cosseno de Fourier

3.4 – A integral seno de Fourier

Se f(x) é uma função ímpar no intervalo ( )∞∞− , , temos que:

( ) ( ) ( ) 0dxx cosxf A

== ∫∞

∞−

αα ;

( ) ( ) ( ) ( ) ( )dxx senxf 2dxx senxf B

0

∫∫∞∞

∞−

== ααα ;

( ) ( ) ( ) αααπ

dx senB 1

xf

0 ∫∞

= . Integral seno de Fourier

Exercícios

Seja ( )

>

<<

<

=

2 xse 0,

2x0 se 1,

0 xse ,0

xf .

01. Determine a integral de Fourier de f(x).

R.: ( ) ( ) ( )[ ]α

α

αα

πd

1xcossen2xf

0 ∫∞

−=

( ) ( )[ ]

==π

<<π

><

=αα

α−α

∫∞

2ou x 0 x,4

2x0 ,2

2ou x 0 x,0

d1xcossen

0

02. Para quanto a integral de Fourier converge em 0x = e 2x = ?

95

03. Prove que ( )

2d

sen

0

πα

α

α=∫

e ( )

π=αα

α

∫∞

∞−

dsen

.

3.5 – Formas equivalentes da integral de Fourier

(1)

( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] αααααπ

d x senBx cosA 1

xf

0 ∫∞

+=

( ) ( ) ( )dxx cosxf A

∫∞

∞−

= αα

( ) ( ) ( )dxx senxf B

∫∞

∞−

= αα

(2)

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]

( ) ( ) ( )[ ] α

α−π

=

α

αα+ααπ

=

α

α

α+α

α

π=

∫ ∫

∫ ∫

∫ ∫∫

∞ ∞

∞−

∞ ∞

∞−

∞ ∞

∞−

∞−

dduxucosuf 1

xf

ddux senu senx cosu cosuf 1

xf

dx senduu senuf x cosduu cosuf 1

xf

0

0

0

(3) Forma complexa

( ) ( ) ( )[ ] ααπ

dduxucosuf 1

xf

0

∫ ∫∞ ∞

∞−

−=

Como ( ) ( )[ ]αxucosuf − é uma função par em α, temos que

( ) ( ) ( )[ ] ααπ

dduxucosuf 2

1xf

-

∫ ∫∞

∞−

−= . (3.5.1)

Uma vez que ( ) ( )[ ]αxusenuf − é uma função ímpar em α, o que implica que

( ) ( )[ ] 0dduxusenuf

-

=

−∫ ∫∞

∞−

αα , podemos escrever (3.5.1) como

96

( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ]{ }

( ) ( ) ( )[ ] ( )[ ]{ }

( ) ( ) ( ) απ

αααπ

αααπ

α ddue uf 2

1xf

dduxusen ixucosuf 2

1xf

dduxusenuf ixucosuf 2

1xf

-

xui

-

-

∫ ∫

∫ ∫

∫ ∫

∞−

∞−

∞−

=

−+−=

−+−=

( ) ( )

( ) ( )

( )

α

π=

α

π=

α−

α

∞−

α

∞−

α−α

∫ ∫

∫ ∫

de due uf 2

1xf

dduee uf 2

1xf

x i

-

F

u i

-

x iu i

44 344 21

( ) ( ) ( ) ( ) dxe xf F onde de F 2

1xf x i

-

x i

-

α

α−

∞∫∫ =ααα

π= .

Observação: Se em (3.5.1) considerássemos ( )[ ]α− uxcos , teríamos

( ) ( ) de F 2

1xf x i

-

ααπ

= α

∞∫ com ( ) ( ) dxe xf F x i

-

α−

∞∫=α .

Exercícios 01. Determine a integral de Fourier que representa a função pulso

( )

>

<=

ax se 0,

ax se ,1xf . (3.5.2)

R.: ( ) ( ) ( )α

α

αα

πd

xcosasen2xf

0 ∫∞

=

97

( ) ( )

>

=αα

αα

∫∞

ax ,4

ax ,0

ax ,2

dx cosasen

0

Observação: Se 1a = , a função (3.5.2) é chamada pulso unitário. 02. Represente por uma integral de Fourier as funções a seguir.

a) ( )

<

>=

0 xse ,e

0x se ,exf

x

x

R.: ( ) ( )α

α

α

πd

1

xcos2xf

0 2∫

+=

b) ( )

<

>=

0 xse ,e-

0x se ,exf

x

x

R.: ( ) ( )α

α

αα

πd

1

xsen 2xf

0 2∫

+=

03. Usando a representação integral de Fourier, mostre que:

a) ( ) ( ) ( )

>

<=

−∫∞

π

ππ

αα

απα

x se ,0

x se ,xsen2d

1

xsensen

0 2

;

b) ( ) ( )

>

<

=−

∫∞

2x se ,0

2x se ,xcos

2d1

xcos2

cos

0 2 π

ππ

αα

απα

.

3.6 – Definição da transformada de Fourier e da transformada inversa de Fourier

Integral de Fourier:

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( )

( )

de due uf 2

1xf

dxe xf F onde de F 2

1xf

x i

F

u i

-

-

x i

-

x i

-

α

π=

=αααπ

=

α−

α

α

α

α−

∫∫

∫∫

44 344 21

98

Transformada de Fourier:

( ){ } ( ) ( )

( ) ( ) ( )[ ]dx xsen i xcosxf

dxe xf Fxf

-

x i

-

αα

α α

+=

==ℑ

∫∫

∞ (3.6.1)

Transformada inversa de Fourier:

( ){ } ( ) ( ) de F 2

1xfF x i

-

1 ααπ

α α−

− ∫==ℑ (3.6.2)

( )xf ( )αF ( )xf

ℑ 1−ℑ

Figura 45: Transformadas de Fourier.

Definimos a transformada de Fourier de f como sendo a função F(α) ou ^

f que associa a cada

função absolutamente integrável CR:f → a função ( )

→→ CR:f ou CR:F

^

α definida pela

expressão (3.6.1); a sua inversa, chamada transformada inversa de Fourier, é a função que associa a

cada função ( )

→→ CR:f ou CR:F

^

α pertencente ao conjunto imagem de ( ){ }xfℑ a função

absolutamente integrável CR:f → definida pela expressão (3.6.2).

( ) ( )α→← F x f

Se f(x) é função par ( ){ } ( ) ( ) ( )dxxcos xf Fxf

-

αα ∫∞

==ℑ⇒ . (real puro)

Se f(x) é função ímpar ( ){ } ( ) ( ) ( )dxxsen xf iFxf

-

αα ∫∞

==ℑ⇒ . (imaginário puro)

99

Observações: 1a) A literatura não é unânime quanto à forma para as transformadas (3.6.1) e (3.6.2). Você também encontrará os pares de transformadas abaixo.

1.

( ){ } ( ) ( )

( ){ } ( ) ( ) ααπ

α

α

α

α

de F 2

1xfF

dxe xf Fxf

x i

-

1

x i

-

∫∫

==ℑ

==ℑ

2.

( ){ } ( ) ( )

( ){ } ( ) ( ) ααπ

α

πα

α

α

de F 2

1xfF

dxe xf 2

1Fxf

x i

-

1

x i

-

∫∫

==ℑ

==ℑ

3.

( ){ } ( ) ( )

( ){ } ( ) ( ) ααπ

α

πα

α

α

de F 2

1xfF

dxe xf 2

1Fxf

x i

-

1

x i

-

∫∫

==ℑ

==ℑ

2a) Os pares 2 e 3 constituem a forma simétrica. 3a) Quanto às constantes que multiplicam as integrais nos pares de transformadas, o produto das

mesmas deve sempre ser igual a π2

1.

4a) A transformada de Fourier é convergente somente para um conjunto muito limitado de funções

( )xf , isto porque as condições de existência (suficientes, não necessárias) da integral de Fourier são bastante restritivas.

3.7 – Transformada cosseno de Fourier e transformada cosseno de Fourier inversa

f(x) é uma função par no intervalo ( )∞∞− ,

Integral cosseno de Fourier:

100

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( ) αααπ

αααπ

αα

dx cosduu cosuf 2

xf

dx cosA 1

xf

dxx cosxf 2A

0

0

0

0

∫ ∫

∫∫

∞ ∞

=

=

=

Transformada cosseno de Fourier:

( ){ } ( ) ( ) ( ) dx xcos xf Fxf

0

CC αα ∫∞

==ℑ

Transformada cosseno de Fourier inversa:

( ){ } ( ) ( ) ( ) d xcos F

2xfF

0

CC1

C αααπ

α ∫∞

− ==ℑ

3.8 – Transformada seno de Fourier e transformada seno de Fourier inversa

f(x) é uma função ímpar no intervalo ( )∞∞− , Integral seno de Fourier:

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( ) αααπ

αααπ

αα

dx sen duu senuf 2

xf

dx senB 1

xf

dxx senxf 2B

0

0

0

0

∫ ∫

∫∫

∞ ∞

=

=

=

Transformada seno de Fourier:

( ){ } ( ) ( ) ( ) dx xsen xf Fxf

0

SS αα ∫∞

==ℑ

Transformada seno de Fourier inversa:

101

( ){ } ( ) ( ) ( ) d xsen F 2

xfF

0

SS1

S αααπ

α ∫∞

− ==ℑ

Exercícios 01. Seja ( ) 1xf = . Calcule ( ){ }xfℑ . R.: ( ){ }xfℑ diverge

02. a) Determine a transformada de Fourier de ( )

>

<=

ax se 0,

ax se ,1xf .

R.: ( ) ( ) ( ) 0 ,asinc a2asen2

F ≠αα=α

α=α

( ) a20F0 =⇒=α b) Esboce o gráfico de f(x) e de sua transformada de Fourier para 3a = . (a) (b)

Figura 46: (a) Gráfico de f(x) para 3a = ; (b) gráfico de ( ){ }xfℑ para 3a = (função par).

c) Calcule ( ) ( )

αα

ααd

xcosasen

- ∫∞

.

R.: ( ) ( )

>

=

<

=∫∞

ax se ,0

ax se ,2

ax se ,

d xcosasen

-

π

π

αα

αα

102

03. Solucione a equação integral ( ) ( ) αα −

=∫ edx xcosxf

0

.

R.: ( ) ( ) ( )∫ +

+=

−−− C

x

xcose

x

xsene

1x

xdxcose

22

2 αααα

ααα

( )( )1x

2xf

2 +=

π 04. A transformada de Fourier preserva paridade?

05. a) Determine a transformada cosseno de Fourier de ( )

>

<−=

1x se 0,

1x se ,x1xf

2

.

R.: ( ) ( ) ( )0 ,

cos sen2F

3C ≠−

= αα

αααα

b) Mostre que ( ) ( )

∫∞

=

0 3 16

3dx

2

xcos

x

xcos xxsen π.

Sugestão: Considere 2

1x = em ( ) ( ){ }αFxf 1−ℑ= .

3.9 – Função de Heaviside

Oliver Heaviside (1850-1925): engenheiro eletrônico inglês. A função de Heaviside (ou função unitária de Heaviside) é definida como { } R0R:H →−

<

>→

0 x0,

0 x,1x . (3.9.1)

103

Figura 47: Função de Heaviside.

A função de Heaviside (3.9.1), também chamada função salto unitário ou função degrau

unitário, não é definida em 0x = (desnecessário). Alguns autores definem

( )2

10H = .

Na literatura também é comum encontrar a notação u ( )x para ( )xH . A função degrau unitário transladada é definida como

u ( )

<

>=−

c x0,

c x,1cx . (3.9.2)

Figura 48: Função degrau unitário transladada u ( )

<

>=−

2 x0,

2 x,12x .

Quando multiplicada por outra função definida em ( )∞∞− , , a função degrau unitário (3.9.2) cancela uma porção do gráfico da função. Exemplo

Mostre que ℑ { axe−u ( )x } 0a ,

ia

1>

α−= , onde u ( )

<

>=

0 x0,

0 x1,x é a função unitária de

Heaviside.

104

ℑ { axe−u ( )x } ax

e −

∞−∫= u ( ) ( )∫∫

α+−

α−α ==

0

x ia

0

xiax xi dxe dxee dxex

( ) ( ) ( )[ ]

b

0

ax

b

b

0

xiax

b

b

0

x ia

b ia

xsen i xcoselim

ia

eelim

ia

elim

α+−

α+α=

α+−=

α+−=

∞→

α−

∞→

α+−

∞→

( ) ( )[ ]

α−=

α+−−=

α+−−

α+−

α+α=

>→

∞→ ia

1

ia

1

ia

1

ia

b sen ib coselim

0a se 0

ab

b4444 34444 21

Observação: Se Ca ∈ , então ℑ { axe−u ( )x } ( ) 0aRe ,

ia

1>

α−= .

3.10 – Espectro, amplitude e fase da transformada de Fourier

Denomina-se conjunto dos números complexos (C) o conjunto de pares ordenados de números reais para os quais estão definidas as seguintes propriedades:

1. igualdade: ( ) ( ) db e cad,cb,a ==⇔= ;

2. adição: ( ) ( ) ( )dc,bad,cb,a ++=+ ;

3. multiplicação: ( )( ) ( )bcad,bdacd,c.b,a +−= .

( ) Ry x,,y,xzCz ∈=⇔∈ Exemplos: ( )3,23i2 =+ , ( ) 0,1i = (imaginário puro), ( )1,01 = (real puro)

Forma algébrica: 1-i ,y ixz =+=

( )( ) ( ) ( ) 10,100,101,0.1,0i.ii2 −=−=+−===

Conjugado: y ixy ixz −=+= Plano de Argand-Gauss:

Im(z) y z |z| θ x Re(z)

105

Módulo: ( ) ( )zImzReyxz 2222 +=+=

( )( ) ( ) 222222 zyxyxy ixy ixz.z =+=+=−+=

Forma polar ou trigonométrica:

θ=⇒=θ coszxz

xcos

θ=⇒=θ senzyz

ysen

[ ] θ=θ+θ=θ+θ=+= ie zsen icoszsenzicoszy ixz

Argumento: ( )( )

=

=θ⇒=θ

zRe

zImarctg

x

yarctg

x

ytg

Sabemos que ( ){ } ( )αFxf =ℑ , onde CR:f → e CR:F → . Assim, podemos considerar a

transformada de Fourier ( )αF como sendo ( ) ( ) ( )ααα IR F iFF += (3.10.1) ou ( ) ( ) θαα ie FF = , (3.10.2)

onde 1i −= , ( )αRF é a parte real de ( )αF , ( )αIF é a parte imaginária de ( )αF ,

( ) ( ) ( )ααα2

I2

R FFF += (3.10.3)

e

( )( )

=

α

αθ

R

I

F

Farctg . (3.10.4)

A forma (3.10.2) é a forma polar da transformada de Fourier, (3.10.3) é a amplitude da transformada de Fourier ou o espectro de amplitude do sinal ( )xf , (3.10.4) é o ângulo de fase da

transformada de Fourier ou o espectro de fase do sinal ( )xf e

( ) ( ) ( ) ( )αααα 2I

2R

2FFFP +== (3.10.5)

é o espectro de potência do sinal ( )xf .

106

Exercícios

Seja ( ) -axe =xf u ( )x , onde u ( )

<

>=

0 x,0

0 x,1x é a função unitária de Heaviside e 0a > . Determine:

01. a parte real de ( ){ } ( )αFxf =ℑ ; R.: ( )22R

a

aF

αα

+=

02. a parte imaginária de ( ){ } ( )αFxf =ℑ ; R.: ( )22I

aF

α

αα

+=

03. o ângulo de fase de ( ){ } ( )αFxf =ℑ ; R.:

=

aarctg

αθ

04. a amplitude de ( ){ } ( )αFxf =ℑ ; R.: ( )22

22

a

aF

α

αα

+

+=

05. o espectro de potência de ( )xf . R.: ( )22a

1P

αα

+=

3.11 – Propriedades operacionais das transformadas de Fourier

Funções de decrescimento rápido Uma função CR:f → é de decrescimento rápido se ela for infinitamente diferenciável (f é

∞C ) e se ( ) 0xfDxlim nm

x=

∞→,

ou seja, f(x) e suas derivadas vão mais rapidamente para zero do que as potências mx vão para infinito quando ∞→x .

Exemplo

( )2xexf −=

107

(a) (b) (c)

Figura 49: (a) Gráfico de ( ) 3xxf = ; (b) gráfico de ( )2xexg −= ; (c) gráfico de ( )

2x33 ex8xgD −−= .

O conjunto das funções f de classe ( )RC∞ tais que, tanto f como todas as suas derivadas tendem

a zero quando ∞→x , constituem o espaço de Schwarz, denotado por ( )RS .

1. A função Gaussiana ( )2axexf −= , com 0a > , pertence a ( )RS .

2. O produto de uma função polinomial ( )xpp = pela função Gaussiana é uma função

( ) ( )2axe xpxh −= pertencente a ( )RS .

3. ( )RS é um espaço vetorial de funções.

4. Se uma função ( )xf pertence a ( )RS , então sua derivada também pertence a ( )RS .

5. Se uma função ( )xf pertence a ( )RS , então a transformada de Fourier de ( )xf também

pertence a ( )RS .

3.11.1 – Comportamento de F(α) quando |α|→∞ A transformada de Fourier ( )αF de uma função f(x) absolutamente integrável é uma função contínua e que se anula no infinito, isto é,

( ) 0Flim =±∞→

αα

.

Exemplo

A função pulso unitário ( )

>

≤=

1x se 0,

1x se ,1xu , cuja transformada de Fourier é

( ){ } ( ) ( ) ( ) 20U0 0, ,sen 2

Uxu =⇒=≠==ℑ ααα

αα .

108

Figura 50: Gráfico de ( ){ } ( ) ( ) ( ) 20U0 0, ,sen 2

Uxu =⇒=≠==ℑ ααα

αα .

Teorema

Se CR:f → é uma função absolutamente integrável, então sua transformada de Fourier

( ) CR:F →α (ou CR:f^

→ ) é uma função contínua e limitada. Se, além disso, ( )αF (ou ^

f ) for absolutamente integrável, então f é contínua.

3.11.2 – Linearidade Se CR:g,f → são funções absolutamente integráveis e Rb,a ∈ , então

( ) ( ){ } ( ){ } ( ){ } ( ) ( )αα bGaFxgbxfaxbgxaf +=ℑ+ℑ=+ℑ .

Prova: Segue da definição de transformada de Fourier e da propriedade de linearidade da integral.

( ) ( ){ } ( ) ( )[ ]

( ) ( ) ( ) ( )αααα

α

bGaFdxexg bdxexf a

dxexbgxaf xbgxaf

xi

xi

xi

+=+=

+=+ℑ

∫∫∫

∞−

∞−

∞−

3.11.3 – Simetria (ou dualidade) Se ( ){ } ( )α=ℑ Fxf , então ( ){ } ( )α−π=ℑ f 2xF . Prova:

( ){ } ( ) ( ) ( ) ( )xf 2de F de F 2

1xfF

xi-

xi-1 π=αα⇒ααπ

==αℑ ∫∫∞

∞−

α

∞−

α− (3.11.3.1)

Efetuando as substituições x←α e α−←x em (3.11.3.1), tem-se que

109

( ) ( ) ( )α−π=∫∞

∞−

α f 2dxe xF

- xi- ;

( ) ( )α−π=∫∞

∞−

α f 2dxe xF

x i ;

( ){ } ( )α−π=ℑ f 2xF . Exemplo

{ }( )32

22x2

4

348xe

α−=ℑ

( )α−α−

απ

=απ=

+

−ℑ

2222

32

2

e4

e28

1

4x

x34

3.11.4 – Conjugado Se CR:f → é uma função absolutamente integrável, então

( ){ } ( )α−=ℑ Fxf , onde ( ) ( ){ }xfF ℑ=α e é o conjugado complexo. Prova:

( ){ } ( ) ( ) ( ) ( )[ ]∫∫∞

∞−

∞−

α α+α==ℑ

x i dx xsen i xcos xf dxe xf xf

( ) ( )α−== ∫∞

∞−

α Fdxe xf

x i-

Observação: gfgf e g.fg.f +=+= .

3.11.5 – Translação (no tempo) Se CR:f → é uma função absolutamente integrável, então

( ){ } ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,Feaxf ai ℑ==−ℑ ααα . Prova: uax =−

110

( ){ } ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,Fedueuf edueeuf

dueuf dxea-xf axf

ai

uia i

uia i

aui

x i

ℑ====

==−ℑ

∫∫∫∫

∞−

∞−

∞−

+

∞−

ααααααα

αα

Observação:

Se ( ){ } ( )∫∞

∞−

−=ℑ

x i dxexf xf α , então ( ){ } ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,Feaxf ai ℑ==−ℑ − ααα .

3.11.6 – Translação (na frequência) Se CR:f → é uma função absolutamente integrável, então

( ){ } ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,aFxfe iax ℑ=+=ℑ αα . Prova: ua =+α

( ){ } ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )aFuFdxexf

dxexf dxexfe xfe

iux

xai

x ix iax ia

+===

==ℑ

∫∫∫

∞−

∞−

+

∞−

α

αα

Observação: Se ( ){ } ( )∫∞

∞−

−=ℑ

x i dxexf xf α , então ( ){ } ( )aFxfe ai −=ℑ αα .

3.11.7 – Similaridade (ou mudança de escala) e inversão de tempo Se CR:f → é uma função absolutamente integrável e 0a ≠ , então

( ){ } ( ) ( ){ }xfF onde ,a

Fa

1axf ℑ=

=ℑ α

α. (3.11.7.1)

Prova:

(1) uax ,0a => , a

ux = ,

a

dudx = , ∞→⇒∞→ ux , −∞→⇒−∞→ ux

111

( ){ } ( ) ( )

( )

==

==ℑ

∫∫∫

∞−

∞−

∞−

aF

a

1dueuf

a

1

dueufa

1dxeaxf axf

a iu

a

u i

x i

αα

αα

(2) uax ,0a =< , a

ux = ,

a

dudx = , −∞→⇒∞→ ux , ∞→⇒−∞→ ux

( ){ } ( ) ( ) ( )

( )

==

−===ℑ

∫∫∫∫

∞−

∞−

∞−

aF

a

1dueuf

a

1

dueufa

1dueuf

a

1dxeaxf axf

a iu

a

u i

-

a

u i

x i

αα

ααα

Observação: Considerando em (3.11.7.1) 1a −= , obtemos ( ){ } ( )α−=−ℑ Fxf . Esta última igualdade é conhecida como propriedade da inversão de tempo. Exercícios

Sabendo que ( ){ } ( )6i5

iGxg

2 ++−==ℑ

αα

αα , calcule:

01. ( ){ }x2gℑ ; R.: ( ){ }24i10

i

2G

2

1x2g

2 ++−=

=ℑ

αα

αα

02. ( ){ }2xg −ℑ ; R.: ( ){ } ( )6i5

ieGe2xg

2i2i2

++−==−ℑ

αα

αα αα

03. ( ){ }xge ix100−ℑ . R.: ( ){ } ( ) ( )( ) ( ) 6100i5100

100i100Gxge

2ix100

+−+−−

−=−=ℑ −

αα

αα

3.11.8 – Convolução A convolução (ou produto de convolução) de duas funções absolutamente integráveis f e g é definida como sendo a função

( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )∫∫∞

∞−

∞−

−=−=∗

duuxguf duuguxf xgf .

A integral imprópria que define a convolução converge para todo x se as funções f e g, além de serem absolutamente integráveis, são também quadrado-integráveis, isto é, seus quadrados também são absolutamente integráveis:

112

( ) ( ) ∞<∞< ∫∫∞

∞−

∞−

2

2duug ,duuf .

A afirmativa anterior pode ser comprovada com o emprego da desigualdade de Schwarz

2

b

2

aab

22

+≤ ,

válida para todo Rb,a ∈ .

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ∞<+−≤−≤− ∫∫∫∫∞

∞−

∞−

∞−

∞−

2

2

duug 2

1duuxf

2

1duuguxf duuguxf

A convolução de funções absolutamente integráveis, quando está definida, é também uma função absolutamente integrável. Transformada de Fourier de uma convolução Se CR:g,f → são funções absolutamente integráveis, então ( )( ){ } ( ) ( ) ( ) ( ){ } ( ) ( ){ }xgG e xfF onde ,GFxgf ℑ=ℑ==∗ℑ αααα . Prova:

{ } ( ) ( ) ( )∫ ∫∫∞

∞−

∞−

∞−

−=∗=∗ℑ

xi

xi dxeduuxguf dxegf gf αα

Como ( )uxiu i xi eee −= ααα :

{ } ( ) ( ) ( )∫ ∫∞

∞−

∞−

−=∗ℑ

uxiu i

dxeeduuxguf gf αα

Mudando a ordem de integração:

{ } ( ) ( ) ( )∫ ∫∞

∞−

∞−

−=∗ℑ

u i

uxi duedxeuxg ufgf αα

Considerando dvdxvuxvux =⇒+=⇒=− :

113

{ } ( ) ( )

{ } ( ) { }

{ } { } ( )

{ } { } { }{ } ( ) ( )αα

α

α

αα

GFgf

fggf

dueuf ggf

dueguf gf

duedvevg ufgf

u i

u i

u i

vi

=∗ℑ

ℑℑ=∗ℑ

ℑ=∗ℑ

ℑ=∗ℑ

=∗ℑ

∫∫

∫ ∫

∞−

∞−

∞−

∞−

Propriedades da convolução 1a) Comutativa fggf ∗=∗ 2a) Associativa ( ) ( ) hgfhgf ∗∗=∗∗ 3a) Distributiva ( ) ( ) ( )hfgfhgf ∗+∗=+∗

4a) Elemento nulo 00f =∗ 5a) Elemento identidade ff =∗δ δ : delta de Dirac (distribuição) Modelos matemáticos que envolvem a convolução estão presentes em diferentes ramos do conhecimento. A convolução modela distorções em ondas sonoras e luminosas, surge no processamento de sinais e na detecção de ondas eletromagnéticas e/ou mecânicas e é também base de alguns sistemas de redes neurais de auto-aprendizagem. Na Matemática, a convolução é empregada na solução de sistemas lineares de equações diferenciais e na solução de alguns tipos de equações integrais. Na Estatística, é usada para calcular funções de densidade de probabilidade.

Exemplo Solucione a equação integral

( ) ( ) ( ) ( )∫∞

∞−

−+=

duuxruy xgxy ,

onde g(x) e r(x) são conhecidas.

114

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )( ){ } ( ) ( ){ }( ){ } ( ){ } { }

( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )

( )[ ] ( ) ( )

( ) ( )( )α

αα

ααα

αααα

αααα

R1

GY

GYR1

GRYY

RYGY

ryxgxy

ryxgxy

ryxgxy

duuxruy xgxy

−=

=−

=−

+=

∗ℑ+ℑ=ℑ

∗+ℑ=ℑ

∗+=

−+= ∫∞

∞−

( ){ } ( )( )

( ) ( )( )

αα

α

π

α

αα

α deR1

G

2

1xy

R1

GY

xi

11

∞−

−−

−=

−ℑ=ℑ

Exercícios 01. Mostre que:

a) π=∫∞

∞−

u due 2

;

b) ( ) π=−=∗ ∫∞

∞−

−− xdueux ex

ux 22

.

02. Mostre que ( )∗xf u ( ) ( )∫∞−

κκ=

x

df x , sendo u ( )

<

>=

0 xse ,0

0 xse ,1x .

3.11.9 – Multiplicação (Convolução na frequência) Se CR:g,f → são funções absolutamente integráveis, então

( ) ( ){ } ( ) ( )α∗απ

=ℑ GF2

1xg.xf , onde ( ) ( ){ }xfF ℑ=α e ( ) ( ){ }xgG ℑ=α .

Prova:

( ) ( ){ } ( ) ( )∫∞

∞−

α=ℑ

x i dxexgxf xg.xf

115

( ) ( )∫ ∫∞

∞−

α

∞−

κ−

κκ

π=

x i

x i dxexgdeF 2

1

( ) ( ) ( )∫ ∫∞

∞−

∞−

κ−α κ

κ

π=

xi ddxexg F2

1

( ) ( )∫∞

∞−

κκ−ακπ

=

dGF 2

1

( ) ( )α∗απ

= GF2

1

3.11.10 – Transformada de Fourier de derivadas Sejam CR:f → uma função diferenciável absolutamente integrável e 'f uma função absolutamente integrável. Como ( ) 0xf → quando ±∞→x , então ( ){ } ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,F ixf ' ℑ=−=ℑ ααα . Sejam CR:f → uma função duas vezes diferenciável absolutamente integrável e 'f e ' 'f funções absolutamente integráveis. Como ( ) 0xf ' → quando ±∞→x , então

( ){ } ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,F xf 2" ℑ=−=ℑ ααα . Generalizando, sejam CR:f → uma função n vezes diferenciável absolutamente integrável e as derivadas até ordem n de f funções absolutamente integráveis. Como ( ) ( ) ( )( ) 0xf,,xf,xf 1n"' →−K quando ±∞→x , então

( ) ( ){ } ( ) ( ) ( ) ( ){ }xfF 1,n Z,n onde ,F ixf nn ℑ=≥∈−=ℑ ααα . Prova:

( ){ } ( )∫∞

∞−

=ℑ

x i'' dxexf xf α

( ){ } ( ) ( )∫∫ ∞→−∞→+=ℑ

b

0

xi'

b

0

a

xi'

a

' dxexf lim dxexf lim xf αα (3.11.10.1)

Usando integração por partes:

( ) ( )xfvdxxfdv

dxe idueu'

xi xi

=⇒=

=⇒= αα α

116

( ) ( ) ( )∫∫ −= dxexfie xfdxexf xi xi xi' ααα α (3.11.10.2)

Empregando (3.11.10.2) em (3.11.10.1):

( ){ } ( )[ ] ( ) ( )[ ] ( )

( ){ } ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

−−+

−−=ℑ

−+

−=ℑ

∫∫

∫∫

∞→−∞→

∞→−∞→

b

0

xib i

b

0

a

xia i

a

'

b

0

xib0

xi

b

0

a

xi0a

xi

a

'

dxexf i0febflimdxexf ieaf0flim xf

dxexf i exflimdxexf i exflim xf

αααα

αααα

αα

αα

( ){ } ( )

( ){ } ( ){ } ( )ααα

α α

F ixfixf

dxexf ixf

'

-

xi'

−=ℑ−=ℑ

−=ℑ ∫∞

Por recursividade: ( ){ } ( ){ } ( )( ) ( ){ } ( ){ } ( )αααααα F xf xfiixf ixf 22'" −=ℑ−=ℑ−−=ℑ−=ℑ Exercícios 01. Sejam CR:f → uma função diferenciável absolutamente integrável e 'f uma função absolutamente integrável. Como ( ) 0xf → quando ±∞→x , mostre que: a) ( ){ } ( ){ } ( ) ( ) ( )0fF 0fxf xf SS

'C −=−ℑ=ℑ ααα ;

b) ( ){ } ( ){ } ( )ααα CC

'S F xf xf −=ℑ−=ℑ .

Observação: As transformadas seno e cosseno de Fourier não são adequadas para transformar a derivada primeira (ou qualquer derivada de ordem ímpar), isto porque a transformada seno (ou cosseno) da derivada de f não é expressa em termos da transformada seno (ou cosseno) da função f. 02. Sejam CR:f → uma função duas vezes diferenciável absolutamente integrável e 'f e ' 'f funções absolutamente integráveis. Como ( ) 0xf ' → quando ±∞→x , mostre que: a) ( ){ } ( ){ } ( ) ( ) ( )0fF 0fxf xf '

C2'

C2"

C −−=−ℑ−=ℑ ααα ;

b) ( ){ } ( ){ } ( ) ( ) ( )0f F 0f xf xf S2

S2"

S ααααα +−=+ℑ−=ℑ .

3.11.11 – Derivadas de transformadas de Fourier Se CR:f → é uma função absolutamente integrável e ( )xf x também é uma função absolutamente integrável, então ( ){ } ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,F ixxf ' ℑ=−=ℑ αα .

117

Se CR:f → é uma função absolutamente integrável e ( )xf x 2 também é uma função absolutamente integrável, então ( ){ } ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,Fxfx "2 ℑ=−=ℑ αα . Se CR:f → é uma função absolutamente integrável e ( )xf x n também é uma função absolutamente integrável, então

( ){ } ( ) ( ) ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,Fixfx nnn ℑ=−=ℑ αα .

Prova:

( ) ( ) ( )[ ] ( )

( ) ( )[ ] ( ){ }

( ){ } ( )

( ){ } ( )α

α

αα

ααα

α

α

ααα

'

'

xi

xi

xi

xi

F ixxf

Fi

1xxf

xxfidxexfx iFd

d

dxexfix dxexf dxexf d

dF

d

d

−=ℑ

=ℑ

ℑ==

=∂

∂==

∫∫∫∫

∞−

∞−

∞−

∞−

( ) ( ) ( )[ ] ( )

( ) ( )[ ] ( ){ }

( ){ } ( )α

αα

ααα

α

α

ααα

"2

2

xi22

2

xi22

xi2

2

xi2

2

2

2

Fxfx

xfxdxexf x Fd

d

dxexfxi dxexf dxexf d

dF

d

d

−=ℑ

−ℑ=−=

=∂

∂==

∫∫∫∫

∞−

∞−

∞−

∞−

Exemplos

( ) ( ){ } ( ){ } ( ){ } ( ){ }( ) ( ) ( )α+α+α−=

ℑ+ℑ−ℑ=+−ℑ'''"'

3232

F i 3FF i 2

xf x3xf xxf x2xf x3xx2

ℑ { axxe−u ( )x } ( ) ( )

( ) ( )22 ia

1

ia

ii

ia

1

d

di

α−=

α−

−−−=

α−α−=

( ) 0aRe > e u ( )

<

>=

0 x0,

0 x1,x

118

ℑ { ax2ex −u ( )x } ( )

( )( )( )( ) ( )3422

22

ia

2

ia

iia2i

ia

1

d

di

ia

1

d

di

α−=

α−

−α−−−=

α−α−=

α−α−=

( ) 0aRe > e u ( )

<

>=

0 x0,

0 x1,x

ℑ { ax3ex −u ( )x } ( )

( ) ( )422

2

3

33

ia

6

ia

1

d

d

ia

1

d

di

α−=

α−α−=

α−α−=

( ) 0aRe > e u ( )

<

>=

0 x0,

0 x1,x

ℑ { axn ex −u ( )x }

( ) 1nia

!n+

α−=

( ) 0aRe > e u ( )

<

>=

0 x0,

0 x1,x

Exercícios

01. Seja ( ) -axe xxf = u ( )x , onde u ( )

<

>=

0 x,0

0 x,1x é a função unitária de Heaviside e 0a > . Determine:

a) a parte real de ( ){ } ( )αFxf =ℑ ; R.: ( )( )222

22

Ra

aF

α

αα

+

−=

b) a parte imaginária de ( ){ } ( )αFxf =ℑ ; R.: ( )( )222Ia

a2F

α

αα

+=

c) o ângulo de fase de ( ){ } ( )αFxf =ℑ ; R.:

−=

22a

a2arctg

α

αθ

d) a amplitude de ( ){ } ( )αFxf =ℑ ; R.: ( )22a

1F

αα

+=

e) o espectro de potência de ( )xf . R.: ( )( )222a

1P

αα

+=

02. Prove a propriedade da diferenciação na frequência ( ){ } ( )αα

=ℑ Fd

dxf x i .

119

3.12 – Resumo: Propriedades operacionais das transformadas de Fourier

1. Linearidade ( ) ( ){ } ( ){ } ( ){ } ( ) ( )αα bGaFxgbxfaxbgxaf +=ℑ+ℑ=+ℑ 2. Simetria Se ( ) ( ){ }xfF ℑ=α , então ( ){ } ( )α−π=ℑ f 2xF . 3. Conjugado

Se ( ) ( ){ }xfF ℑ=α , então ( ){ } ( )α−=ℑ Fxf . 4. Translação (no tempo) ( ){ } ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,Feaxf ai ℑ==−ℑ ααα

5. Translação (na freqüência) ( ){ } ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,aFxfe iax ℑ=+=ℑ αα

6. Dilatação (ou similaridade)

( ){ } ( ) ( ){ }xfF onde ,a

Fa

1axf ℑ=

=ℑ α

α

7. Inversão de tempo ( ){ } ( )α−=−ℑ Fxf , onde ( ) ( ){ }xfF ℑ=α 8. Convolução ( )( ){ } ( ) ( ) ( ) ( ){ } ( ) ( ){ }xgG e xfF onde ,GFxgf ℑ=ℑ==∗ℑ αααα 9. Multiplicação (convolução na frequência)

Se ( ) ( ){ }xfF ℑ=α e ( ) ( ){ }xgG ℑ=α , então ( ) ( ){ } ( ) ( )α∗απ

=ℑ GF2

1xg.xf .

10. Transformada da derivada primeira ( ){ } ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,F ixf ' ℑ=−=ℑ ααα

( ){ } ( ){ } ( ) ( ) ( )0fF 0fxf xf SS'

C −=−ℑ=ℑ ααα

( ){ } ( ){ } ( )ααα CC'

S F xf xf −=ℑ−=ℑ

11. Transformada da derivada segunda ( ){ } ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,F xf 2" ℑ=−=ℑ ααα

( ){ } ( ){ } ( ) ( ) ( )0fF 0fxf xf 'C

2'C

2"C −−=−ℑ−=ℑ ααα

( ){ } ( ){ } ( ) ( ) ( )0f F 0f xf xf S2

S2"

S ααααα +−=+ℑ−=ℑ

12. Transformada de derivadas ( ) ( ){ } ( ) ( ) ( ) ( ){ }xfF 1,n Z,n onde ,F ixf nn ℑ=≥∈−=ℑ ααα 13. Derivadas de transformadas de Fourier ( ){ } ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,F ixxf ' ℑ=−=ℑ αα

( ){ } ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,Fxfx "2 ℑ=−=ℑ αα

( ){ } ( ) ( ) ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,Fixfx nnn ℑ=−=ℑ αα 14. Diferenciação na frequência

( ){ } ( )αα

=ℑ Fd

dxf x i

Tabela 1: Propriedades das transformadas de Fourier.

120

3.13 – Delta de Dirac

Paul Adrien Maurice Dirac (1902-1984): físico, matemático e engenheiro britânico. Partilhou o Nobel de Física de 1933 com Erwin Schrödinger.

Função impulso unitário:

( )

+≥

>+<≤

−<

=−δ

ax x ,0

0a axxa-x ,a2

1

ax x ,0

xx

0

00

0

0a (3.13.1)

a2

1

( ) 1a2a2

1A ==

x ax 0 − 0x ax 0 +

Figura 51: Função impulso unitário.

A função (3.13.1) pode ser compactada usando-se a função degrau unitário. Assim,

( )a2

1xx 0a =−δ {u ( )[ ]−−− axx 0 u ( )[ ]axx 0 +− },

onde

u ( )[ ]

−<

−>=−−

ax x,0

ax x,1axx

0

00 e u ( )[ ]

+<

+>=+−

ax x,0

ax x,1axx

0

00 .

Considerando

( ) ( )0a0a

0 xxlimxx −δ=−δ→

,

temos a distribuição delta de Dirac

( )

=∞=−δ

0

00 x xse 0,

x xse ,xx . (3.13.2)

121

A distribuição (3.13.2) pode ser escrita como ( ) ( )

=∞=−δ=δ

c xse 0,

c xse ,cxxc .

Quando 0c = , temos que ( )

=∞=δ

0 xse 0,

0 xse ,x .

Fisicamente, o delta de Dirac pode ser interpretado como um impulso de energia em um sistema, razão pela qual recebe o nome de função impulso de Dirac.

3.13.1 – Propriedades do delta de Dirac A distribuição delta de Dirac ( )xδ=δ apresenta as seguintes propriedades:

1. ( ) 0 xse ,0x ≠=δ ;

2. ( ) ( ) Rx ,xx ∈∀−δ=δ ;

3. ( ) ∞=δ 0 ;

4. ( ) ( ) ( ) ( )x0fxxf δ=δ se ( )xf for contínua em 0x = ;

5. ( ) ( ) ( ) ( )000 xxxfxxxf −δ=−δ se ( )xf for contínua em 0xx = ;

6. ( ) 1dxx

=δ∫∞

∞−

;

7. ( )( ) ( )xfxf =δ∗ , se ( )xf é contínua;

8. ( ) ( ) ( )0fdxxxf

=δ∫∞

∞−

, se ( )xf é contínua em 0x = ;

9. ( )( ) ( )cfxf c =δ∗ , se ( )xf é contínua em cx = ;

10. ( ) =δ x u ( )dx

dx' = u ( )x , onde u ( )x é a função degrau unitário;

11. ( ) ( )xa

1ax δ=δ .

Observação: Mais informações a respeito do delta de Dirac podem ser obtidas em HSU, H.P. Sinais e sistemas. Porto Alegre: Bookman.

122

3.13.2 – Transformada de Fourier do delta de Dirac

Aplicando a transformada de Fourier à propriedade 7, temos que: ( )( ) ( )xfxf =δ∗

( )( ){ } ( ){ }xfxf ℑ=δ∗ℑ

( ){ } ( ){ } ( ){ }xfxxf ℑ=δℑℑ

( ){ } 1x =δℑ

{ } ( )x11 δ=ℑ− Dessa maneira, podemos escrever o par de transformadas

( ) 1 x →←δ .

3.14 – Métodos para obter a transformada de Fourier

3.14.1 – Uso da definição

Mostre que { } ( ) 0aRe ,a

a2e

22

xa>

+α=ℑ

− .

<

>=

−−

0 x,e

0 x,ee

ax

axxa

{ } ( ) ( )∫∫∫∫∞

+−

∞−

+

∞−

−+=+=ℑ

0

xia

0

xia

0

xiax

0

xiaxxa dxe dxe dxee dxee e αααα

( ) ( ) 2

21

1

k

0

xia

k

0

k

xia

k ia

elim

ia

elim

α+−+

α+=

α+−

∞→

α+

−∞→

( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ] 2

21

1

k

0

ax

k

0

k

ax

k ia

xsen i xcoselim

ia

xsen i xcoselim

α+−

α+α+

α+

α+α=

∞→−∞→

123

( ) ( )[ ]

( )

( ) ( )[ ]

( )

α+−−

α+−

α+α+

+

α+

α+α−

α+=

>→

∞→

>→

−∞→

ia

1

ia

k sen ik coselim

ia

k sen ik cose

ia

1lim

0 aRe se 0

22ak

k

0 aRe se 0

11ak

k

2

2

1

1

44444 344444 21

44444 344444 21

( )

( ) 222222 a

a2

a

a2

ai

iaia

ia

1

ia

1

+=

−−

−=

+−+−=

+−−

+=

ααα

αα

αα

Exemplo 1

{ } ( )13

6

32

32edxe

222

x3

xi2x3 | =+

=ℑ==α

∞−

+−∫

Exemplo 2

Seja ( ) xa6exxf/RR:f −=→ .

1. Determine ( ) ( ){ }xfF ℑ=α .

Lembrando que ( ){ } ( ) ( )( ) ( ) ( ){ }xfF ,Fixfx nnn ℑ=αα−=ℑ e que { }22

xa

a

a2e

+α=ℑ

− , 0a > , temos

que:

{ } ( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )( ) ( )

( )( ) ( ) ( )

( )

( ) ( )( ) ( )

( )

α−α

α=

α−α

α=

αα−−+αα−

α=

α+αα−−+αα−

α=

α−

α=

α−+α

α=

α+αα−+α

α=

α

α=

α−

α−=

+αα−=

+αα−=α=ℑ

422

23

3

3

422

23

3

3

422

2222

3

3

622

22222322

3

3

322

22

4

4

322

222

4

4

422

22222

4

4

2225

5

2225

5

226

6

226

66xa6

a

a

d

da48

a

a1212

d

da4

a

63aa6

d

da4

a

2a33aa6

d

da4

a

3a

d

da4

a

4a

d

da4

a

2a2a

d

da4

ad

da4

a

2

d

da2

a

1

d

da2

a

a2

d

diF ex

124

( )( ) ( ) ( )( )

( )( ) ( )( )

αα−α−+α−α

α=

α+αα−α−+α−α

α=

522

232222

2

2

822

3222342222

2

2

a

8aaa3

d

da48

a

2a4aaa3

d

da48

( )

( )

( )

( )( ) ( ) ( )( )

( )( ) ( )( )

( )

( ) ( )

( )( ) ( ) ( )( )

( )( ) ( )( )

( )

( )

α−α+α−=

+α−α+α−=

αα+α−α−+α+α−α=

α+αα+α−α−+α+α−α=

α+α−α

α=

α+α−α

α=

α+α+α−α−α−α+α

α=

α−α−α−+αα−α

α=

α+α−α−α−+αα−α

α=

−α−α

α=

−α−α

α=

α+α−−α−α+α

α=

722

642246

722

624426

722

4325224224

1222

52243256224224

622

4325

622

4325

622

4532325432

622

44222232

1022

422442252232

522

4422

2

2

522

4422

2

2

522

224422224

2

2

a

7a35a21a1440a

a

a3a63a10521a480

a

12a3a103aa3a3015a480

a

2a6a3a103aa3a3015a480

a

a3a103

d

da480

a

a30a10030

d

da48

a

a1050a100a2020a20a20

d

da48

a

10a5a10a20a20

d

da48

a

2a5a5a10a20a20

d

da48

a

a5a10

d

da48

a

a5a10

d

da48

a

a88aaa33

d

da48

{ }( )

0a ,a

7a35a21a1440aex

722

642246xa6 >

α−α+α−=ℑ

(3.14.1.1)

125

−11 −10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

−7

−6

−5

−4

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

x

y

2. Plote os gráficos de ( )xf e de ( ) ( ){ }xfF ℑ=α para 2a = e comente-os.

( ) x26exxf −=

( )( )

α−α+α−=α

72

642

4

7140336642880F

Figura 52: Gráfico de ( )( )

α−α+α−=α

72

642

4

7140336642880F (azul) e de ( ) x26exxf −

= (vermelho).

Comentários: ( )xf e ( )αF são funções

1. que se anulam no infinito; 2. pares; 3. limitadas; 4. contínuas; 5. absolutamente integráveis; 6. pertencentes ao espaço de Schwarz.

3. Calcule ( )

+

−+−ℑ

72

642

1x

x7x35x211.

Considerando 1a = em (3.14.1.1), temos que

126

( ) x6exxf −= e ( )

( )

α−α+α−=α

72

642

1

7352111440F .

Propriedade da simetria (dualidade): ( ){ } ( ) ( ){ } ( )α=ℑα−π=ℑ Fxf ,f2xF

( )( )

<ααπ

>ααπ

=

απ

=α−π

=

+

−+−ℑ

α

α−

α−α−−

0 se ,e720

0 se ,e720

e720

e1440

2

1x

x7x35x211

6

6

66

72

642

3.14.2 – Uso de equações diferenciais

Mostre que a22

ax 22

ea

2e

απ −−

=

ℑ e, conseqüentemente, 22

x 22

e 2eα

π−−

=

ℑ , sendo

( )2axexf −= a função gaussiana e 0a > .

Seja ( ) 2

ax2

exf−

= . Então, ( )xf satisfaz à equação diferencial ordinária de primeira ordem ( ) ( ) 0xaxfxf ' =+ . (3.14.2.1) Aplicando a transformada de Fourier a ambos os lados de (3.14.2.1), obtemos: ( ){ } ( ){ } { }0xf xaxf ' ℑ=ℑ+ℑ

( ) ( ) ( ) 0Fd

diaF i =−+− α

ααα

( ) ( )αααα

F iFd

di a −=

( )

( ) ( )[ ]a

Flnd

d

ad

dF

F

1 α−=α

α⇒

α−=

α

α

α

( )[ ] ∫∫ αα

−=ααα

da

dFlnd

d

( ) 1

2

C2a

1F ln +

α−=α

127

( ) a2

2

CeFα

α−

= (3.14.2.2) Aplicando a transformada inversa de Fourier a (3.14.2.2), chegamos a

( ) ( ){ } ( ) ∫∫∞

∞−

α−

α−

∞−

α−− απ

=ααπ

=αℑ=

xia2

xi1 deCe 2

1deF

2

1Fxf

2

. (3.14.2.3)

Considerando 0x = em (3.14.2.3), temos que

( )C

de C

2de de

2

C10f

0

a2

a2

a2

222

π=α⇒

π=α⇒α

π== ∫∫∫

∞α

∞−

α−

∞−

α−

. (3.14.2.4)

Calculando a integral em (3.14.2.4):

dua2d ,ua2ua2

22

==⇒= ααα

0a ,u ,0u0 >∞→⇒∞→→⇒→ αα

C

due a2dua2e de

0

u

0

u

0

a222

2

π===α ∫∫∫

∞α

(3.14.2.5)

Calculando a integral em (3.14.2.5):

dww2

1ud ,wwuwu 2

1

2

12

===⇒=

∞→⇒∞→→⇒→ wu ,0w0u

22

1

2

1dwew

2

1dww

2

1e due

0

w2

1

0

2

1w

0

u2 π=

Γ=== ∫∫∫

−−

−−

− (3.14.2.6)

Substituindo (3.14.2.6) em (3.14.2.5), obtemos

a

2

a2

2C

C2a2

π

π

πππ==⇒= . (3.14.2.7)

Substituindo (3.14.2.7) em (3.14.2.2), temos que

( ) a2

2

ea

2F

απ

α−

= . (3.14.2.8)

128

Considerando 1a = em (3.14.2.8), concluímos que 22

x 22

e 2eα

π−−

=

ℑ .

Exemplo

{ }4

92

3

3

x

xi3x

ee

2

2edxe

2

22 | π=

π=ℑ=

∞−

+−∫

3.14.3 – Decomposição em frações parciais

Seja ( ) ( )6i8

i410F

2 −+

−=

αα

αα . Determine ( ){ }αF1−ℑ .

( )i 104i10i42

40i806i 82 ±−=±−=

−±−=⇒=−+ ααα

( )( )[ ] ( )[ ]i 104 i 104

i 1040F

−−−α+−−α

α−=α (3.14.3.1)

Decompondo (3.14.3.1) em frações parciais, temos que:

( )( )[ ] ( )[ ] ( ) ( )i 104

B

i 104

A

i 104 i 104

i 1040F

−−−α+

+−−α=

−−−α+−−α

α−=α (3.14.3.2)

( )[ ] ( )[ ]i 104Bi 104Ai 1040 +−−α+−−−α=α−

( ) ( )[ ] ( )αα BAB i 104A i 104i 1040 ++−++=−

( ) ( ) i -5B i, 5A

40 B i 104A i 104

i 10B A =−=⇒

=−++

−=+ (3.14.3.3)

Substituindo (3.14.3.3) em (3.14.3.2), obtemos:

( )( ) ( )i 104

i 5

i 104

i 5F

−−−−

+−−−=

ααα

( )( )

( )( ) ( )

( )( )ii

i 104

i 5

i

i

i 104

i 5F

−−−−

+−−−=

ααα

( )( ) ( ) αα

α i 104

5

i 104

5F

+−−+

++−=

129

( )( ) ( ) αα

α i 104

5

i 104

5F

−+−

−−−= (3.14.3.4)

Sabemos que ℑ { axe−u ( )x } ( ) 0,aRe ,

ia

1>

α−= u ( )

<

>=

0 x0,

0 x,1x . (3.14.3.5)

Aplicando a transformada inversa de Fourier a (3.14.3.4) e empregando (3.14.3.5), chegamos a

( ) ( ){ }( ) ( )

−+ℑ−

−−ℑ−=ℑ=

>

>

−−

ααα

i 104

15

i 104

15Fxf

0

1

0

11

4342143421

( ) x 104e5 −−−= u ( ) ( ) x 104e5x +−− u ( )x

5−= u ( ) ( ) ( )[ ]x 104x 104 eex +−−− +

5−= u ( ) [ ]x 10x 10x4 eeex −− +

( )x10coshe10 x4−−= u ( )x . Exercícios

01. Seja ( )( )

π>

π≤=

x ,0

x ,xsenxf . Determine ( ){ }xfℑ .

R.: ( ){ } ( )21

sen i2xf

α

πα

−=ℑ

02. Use uma transformada de Fourier conhecida e as propriedades operacionais para calcular

{ }x2ex −ℑ .

R.: { } ( )( )32

2x2

1

134ex

+

−−=ℑ

α

α

03. Calcule ( ){ }x2 ex1 −−ℑ .

R.: ( ){ }( )

( )( )32

2

222

x2

1

134

1

i8

1

2ex1

+

−−

+−

+=−ℑ

α

α

α

α

α

130

−9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

−3

−2

−1

1

2

3

4

5

6

7

8

x

y

04. Seja ( ) ( ) 0aRe ,ax

1xf/CR:f

22>

+=→ .

a) A função ( )xf é absolutamente integrável? Calcule, se possível, ∫∞

∞−+

22dx

ax

1.

R.: ( ) 0aRe ,a

b) Mostre que ( ) 0aRe ,eaax

1 a

22>

π=

+ℑ

α− .

3.15 – Transformada de Fourier de algumas funções

Discutiremos também a transformada de Fourier de algumas funções que não são absolutamente integráveis.

3.15.1 – A função constante unitária A função constante unitária pode ser vista como o caso limite da função pulso.

Função pulso: ( )

>

<=

ax ,0

ax ,1xf

1 ( ) 1xflim

a=

∞→

-a a x

{ } ( ){ } ( ){ } ( )

( )

( )απδ=

α

α

ππ=

α

α=ℑ=ℑ=ℑ

∞→

∞→∞→∞→

2

asen1lim2

asen2limxflimxflim1

a

aaa

( ){ } 121 =απδℑ− ( )α

α4sen

( )απδ→

← 2 1

131

3.15.2 – A função sinal

Função sinal: ( )

<−

>=

0 x,1

0 x,1 xsgn 1

x -1

A função sinal pode ser expressa pelo limite

( )0a

limxsgn→

= [ axe−u ( )x - axe u ( )x− ],

onde u ( )

<

>=

0 x0,

0 x1,x e u ( )

>

<=−

0 x0,

0 x1,x .

Assim:

( ){ } ℑ=ℑ xsgn {0a

lim→

[ axe−u ( )x - axe u ( )x− ]}

0a

lim→

= ℑ{[ axe−u ( )x - axe u ( )x− ]}

α=

α+

α=

α+−

α−=

i2a

i2lim

ia

1

ia

1lim

220a

0a

( )xsgni21 =

αℑ−

( )α

→←

i2 xsgn

Observação: Se ( ){ } ( )∫∞

∞−

−=ℑ

x i dxexf xf α , então ( ){ }α

−=ℑi2

xsgn .

Exercício

Mostre que ℑ { axe u ( )x− } ( ) 0aRe ,ia

1>

α+= , onde u ( )

>

<=−

0 x0,

0 x1,x .

132

3.15.3 – A função degrau

Função degrau unitário: u ( )

<

>=

0 x0,

0 x1,x

1

x

A função degrau unitário pode ser reescrita como

u ( ) ( )[ ]xsgn12

1x += .

Logo:

ℑ {u ( )x } ( ) { } ( ){ }xsgn2

11

2

1xsgn

2

1

2

1ℑ+ℑ=

+ℑ=

( ) ( )α

+απδ=α

+απδ=ii2

2

12

2

1

( ) =

α+απδℑ− i1

u ( )x

u ( ) ( )α

+απδ→←

i x

Observação: Se ( ){ } ( )∫∞

∞−

−=ℑ

x i dxexf xf α , então ℑ {u(x)} ( ) ( )α

+απδ=α

−απδ=i

1i.

3.15.4 – Exponencial

Se ( ) ( ) ( )Tx

TxsenTTxsinc

Txf

π=

π= , então ( ) ( ) ( )x

Tx

TxsenTlimxflimTT

δ=π

=∞→∞→

.

( )

=∞=δ

0 x,0

0 x,x

133

{ } ( )

( )[ ] ( )[ ]{ }

( )[ ] ( )[ ]

( )[ ] ( )( )[ ] ( )[ ]

( )[ ]( )

( )[ ] ( )a2TasincT

lim2Ta

TasenTlim2

a

Tasenlim2

a

Tasen

a

Tasenlim

a

xasenlimdxxacos lim

dxxaisenxacos lim

dxe dxee e

TT

TT

T

TT

T

T T

T

T T

xai

xi xia xia

|

+απδ=α+π

π=

α+

α+

ππ=

α+

α+=

α+

−α+−

α+

α+=

α+

α+=α+=

α++α+=

==ℑ

∞→∞→

∞→∞→

−∞→

−∞→

−∞→

∞−

α+

∞−

α

∫∫∫

( ){ } xia1 ea2 =+απδℑ− ( )a2 e xia +απδ→

Observação: Se ( ){ } ( )∫∞

∞−

−=ℑ

x i dxexf xf α , então { } ( )a2 e xia −απδ=ℑ .

Exercício Mostre que { } ( )a2e xia −απδ=ℑ − .

3.15.5 – Função cosseno

( ){ } ( ) ( )

∫∫∫

α−

∞→

α

∞→

∞−

α

+=

==ℑ

T

T

xi xia xia

T

T

T

xi

T

xi

dxe 2

eelim

dxe axcos limdxe axcos axcos

134

( ) ( )

( ) ( ){ }

( ) ( ) ( ) ( )[ ]aaaa

a2a22

1

dxe dxe lim2

1

T

T

xa-i

T

T

xai

T

−αδ++αδπ=−απδ++απδ=

−απδ++απδ=

+= ∫∫−

α+

α+

∞→

( ) ( )[ ]{ } ( )axcosaa1 =−αδ++αδπℑ− ( ) ( ) ( )[ ]aa axcos −αδ++αδπ→

← Exercícios Mostre que: 01. ( ){ } ( ) ( )[ ]aaiaxsen +αδ−−αδπ=ℑ ;

02. ℑ { ( )axcos u ( )x } ( ) ( )[ ]22 a

iaa

2 −α

α+−αδ++αδ

π= ;

03. ℑ { ( )axsen u ( )x } ( ) ( )[ ]22 a

aaa

2

i

−α−+αδ−−αδ

π= ;

04. ( ) ( ) ( ) ( )α

α+αδπ=

κκℑ ∫∞−

F i0Fdf

x

, onde ( ) ( ){ }xfF ℑ=α e u ( )

<

>=

0 xse ,0

0 xse ,1x .

Sugestão: Use ( )∗xf u ( ) ( )∫∞−

κκ=

x

df x e ( ) ( ) ( ) ( )x0fxxf δ=δ se ( )xf for contínua em 0x = .

3.16 – Resumo: Transformadas de Fourier de algumas funções

( )xf ( )αF

( )

>

<=

ax ,0

ax ,1xf

( )

( ) a20F

0 ,asen2

=

≠αα

α

( ) 0aRe ,e xa>

− 22 a

a2

( ) 0aRe ,ax

122

>+

α−π aea

135

xe− ( )1

1F

2C+

α

( )1

F2S

+=

α

αα

2

x2

e−

2

2

e 2α

π−

0a,e 2

ax2

>−

a2

2

ea

2 απ −

axe−u ( ) ( ) 0,aRe ,x > u ( )

<

>=−

c x0,

c x,1cx

αia

1

axn ex −u ( ) ( ) 0,aRe ,x > u ( )

<

>=−

c x0,

c x,1cx

( ) 1nia

!n+

α−

( )

=∞=

0 x0,

0 x,xδ

1

( ) ( )

>

≤==

∞→ ax ,0

ax ,1xf ,xflim1

a

( )απδ2

( )

<−

>=

0 x,1

0 x,1 xsgn

α

i2

u ( )

<

>=

0 x0,

0 x1,x ( )

α+απδ

i

e xia ( )a2 +απδ ( ) axcos ( ) ( )[ ]aa −αδ++αδπ

( )axsen ( ) ( )[ ]aai +αδ−−αδπ

( )axcos u ( )x ( ) ( )[ ]22 a

iaa

2 −α

α+−αδ++αδ

π

( )axsen u ( )x ( ) ( )[ ]22 a

aaa

2

i

−α−+αδ−−αδ

π

( )∫∞−

κκ

x

df

( ) ( ) ( )α

α+αδπ

F i0F

Tabela 2: Transformadas de Fourier de algumas funções e distribuições.

3.17 – Identidade de Parseval para as integrais de Fourier

( ) ( ) ( ) ( ){ }xfF onde ,dF 2

1dxxf

2

2ℑ== ∫∫

∞−

∞−

αααπ

136

Prova: ( ) ( )yx,v v,yx,uu ,ivuf ==+=

ivuf −=

2

fff =

( ) ( )xfxf =

( ) ( ){ } ( ) ( )α∗απ

=ℑ GF2

1xgxf

( ) ( ) ( ) ( )∫∫∞

∞−

∞−

α −απ

=

x i duuGuF 2

1dxe xgxf (3.17.1)

Considerando 0=α em (3.17.1), obtemos

( ) ( ) ( ) ( )∫∫∞

∞−

∞−

−π

=

duuGuF 2

1xdxgxf . (3.17.2)

Assumindo em (3.17.2) ( ) ( )xfxg = e lembrando que ( ){ } ( )α−=ℑ Fxf , temos que

( ) ( )

( ){ } ( ){ }( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )uFuG

FG

:

FG

xfxg

xfxg

=−

α=α−

α−←α

α−=α

ℑ=ℑ

=

( ) ( ) ( ) ( )∫∫∞

∞−

∞−

αααπ

=

dFF 2

1xdxfxf

( ) ( )∫∫∞

∞−

∞−

=

2

2dF

2

1dxxf αα

π . (3.17.3)

Se f e g são funções pares, podemos reescrever (3.17.1) como

( ) ( ) ( ) ( )∫∫∞∞

=

0

CC

0

dGF 2

dxxgxf αααπ

. (3.17.4)

137

−3 −2 −1 1 2 3 4

−1

1

x

y

Da mesma forma, quando f e g são funções ímpares reescrevemos (3.17.1) como

( ) ( ) ( ) ( )∫∫∞∞

=

0

SS

0

dGF 2

dxxgxf αααπ

. (3.17.5)

Quando ( ) ( )xgxf = , (3.17.4) e (3.17.5) tornam-se, respectivamente,

( )[ ] ( )[ ]∫∫∞∞

=

0

2C

0

2 dF 2

dxxf ααπ

e ( )[ ] ( )[ ]∫∫∞∞

=

0

2S

0

2 dF 2

dxxf ααπ

.

3.18 – Cálculo de integrais impróprias

Podemos empregar as transformadas de Fourier ou a Identidade de Parseval para calcular para quanto convergem determinadas integrais impróprias. Exemplo

Seja ( )

>

≤=→

1x ,0

1x ,xxf/RR:f

2

.

1. Plote o gráfico de ( )xf .

Figura 53: Gráfico de ( )

>

≤=→

1x ,0

1x ,xxf/RR:f

2

.

2. Determine ( ) ( ){ }xfF ℑ=α .

138

( ) ( ){ } ( )

( ) ( )[ ]

( )∫∫∫

α=

α+α==

=ℑ=α

−−

α

∞−

α

1

0

2

1

1

2

1

1

xi2

xi

dxxcos x2

dxxsen ixcos xdxe x

dxexf xfF

Calculando a integral indefinida (integração por partes):

( ) ( )

a

axsen v,dxaxcosdv

2xdxdu ,xu 2

==

==

( ) ( )

a

axcos v,dxaxsendv

dxdu ,xu

−==

==

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )C

a

axsen2

a

axcosx2

a

axsenx

dxaxcosa

1

a

axcosx

a

2

a

axsenx

dxaxsen xa

2

a

axsenxdxaxcosx

32

2

2

22

+−+=

+−−=

−=

∫∫∫

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )0 ,

cos2sen22

sen2cos2sen2

sen2cos2sen2

xsen2xcosx2xsenx2F

3

2

3

2

32

1

032

2

≠αα

αα+α−α=

α

α−αα+αα=

α

α−

α

α+

α

α=

α

α−

α

α+

α

α=α

( ) ( )3

2

3

x2dx x2dxx.0cos x20F |

1

0

31

0

2

1

0

2 ==== ∫∫

( ) ( ) ( ) ( )0 ,

cos2sen22F

3

2

≠αα

αα+α−α=α

3. Calcule ( ) ( ) ( )[ ]

∫∞

∞−

+−

6

2 2

dxx

xcosx2xsen2x.

139

Identidade de Parseval: ( ) ( )∫∫∞

∞−

∞−

=

2

2dF

2

1dxxf αα

π

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )[ ]

( ) ( ) ( )[ ]55

2

2d

cos2sen2

dcos2sen22

5

x2

dcos2sen2

22

1dx x

6

2 2

6

2 21

0

5

2

3

21

1-

4

|

π=

π=α

α

αα+α−α

αα

αα+α−α

π=

α

α

αα+α−α

π=

∫∫

∞−

∞−

∞−

( ) ( ) ( )[ ]5

dxx

xcosx2xsen2x

6

2 2 π=

+−

∫∞

∞−

Exercícios

01. Seja ( )

<≤=

1 x0,

1x0 ,1xf .

a) Determine a transformada cosseno de Fourier de f(x).

R.: ( ) ( )α

αα

senFC = , 0≠α

b) Determine a transformada seno de Fourier de f(x).

R.: ( ) ( )α

αα

cos1FS

−= , 0≠α

c) Mostre que ( )

2dx

x

xcos1

0

=

∫∞

.

d) Mostre que ( )

2dx

x

xsen

0 2

2 π=∫

.

02. Calcular ( )∫

+

0 22 1x

dx.

140

( ) ( ) ( ) { }( )1x

2exfedx xcosxf

21

C

0 +

=ℑ=⇒= −−−

∫ πα αα

R.: ( )∫

=+

0 22 41x

dx π

Decorrência: { }1

1e

2x

C+

=ℑ −

α

03. Solucione a equação integral ( ) ( ) αα −

=∫ edx xsenxf

0

.

R.: ( )( )1x

x2xf

2 +=

π

Decorrência: { }

1e

2x

S+

=ℑ −

α

α

04. Calcular ( )∫

+

0 22

2

1x

dxx.

R.: ( ) 41x

dxx

0 22

2 π=

+∫∞

05. Sejam ( ) ( )xp xxf/RR:f =→ e ( )

>

<=→

1x ,0

1x ,1xp/RR:p .

a) Calcule ( ) ( ){ }xfF ℑ=α .

R.: ( ) ( ) ( ) ( ) 00F ,cossen

i2F2

αα−α=α

b) Determine para quanto convergem as integrais ( ) ( )

∫∞

-

2 xi

2dxe

x

xcosxxsen e

( ) ( )[ ]

∫∞

- 4

2

dxx

xcosxxsen.

R.: 2

i π e

3

π

141

3.19 – Solução de equações diferenciais

3.19.1 – Equações diferenciais ordinárias Solucionar a equação diferencial ordinária ( ) ( ) ( ) ( )xfxy2xy5xy3 '" =++ . (3.19.1.1)

Seja ( ){ } ( )αYxy =ℑ . Aplicando a transformada de Fourier a cada lado de (3.19.1.1), temos que:

( ) ( ) ( ){ } ( ){ }

( ){ } ( ){ } ( ){ } ( ){ }

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

( ) ( )

( ){ } ( )

( ) ( )∫

∞−

−−

+−−=

+−−ℑ=ℑ

+−−=

=+−−

=+−−

ℑ=ℑ+ℑ+ℑ

ℑ=++ℑ

xi2

211

2

2

2

'"

'"

de2i53

F

2

1xy

2i53

FY

2i53

FY

FY2i53

FY2Yi5Y3

xfxy2xy5xy3

xfxy2xy5xy3

ααα

α

π

αα

αα

αα

αα

αααα

αααααα

α

Questão E se em (3.19.1.1) ( )xf fosse um polinômio definido em ( )∞∞− , ? Exemplo Solucione a EDO de segunda ordem

( ) ( ) ( )xQxDxdx

dD 2

2

2

δϕκϕ =+− , (3.19.1.2)

onde 0, ,D 2 >κκ e Q são constantes. ( ){ } ( )αϕ Ψ=ℑ x Aplicando a transformada de Fourier a (3.19.1.2), obtemos:

( ) ( ){ } ( ){ }xQxDxdx

dD 2

2

2

δϕκϕ ℑ=ℑ+

ℑ−

( ) ( ) QDD 22 =Ψ+Ψ ακαα

142

( ) ( ) QDD 22 =Ψ+ ακα

( )( )22D

Q

καα

+=Ψ

( )( ) 2222

2

D2

Q

2

2

D

Q

κα

κ

κκ

κ

καα

+=

+=Ψ . (3.19.1.3)

Aplicando a transformada inversa de Fourier a (3.19.1.3), temos que

( ) ( ){ }

+ℑ=Ψℑ= −−

2211 2

D2

Qx

κα

κ

καϕ . (3.19.1.4)

Lembrando que { } 0,2

e22

x>

+=ℑ

− κκα

κκ , podemos escrever (3.19.1.4) como

( ) ( ){ } x1 eD2

Qx κ

καϕ −− =Ψℑ= .

3.19.2 – Equações diferenciais parciais

Derivação sob o sinal de integração – Regra de Leibniz Wilhelm Gottfried Leibniz (1646-1716): matemático e filósofo alemão, considerado, juntamente com o físico e matemático britânico Isaac Newton (1642-1727), fundador (pai) do cálculo diferencial e integral.

Seja ( ) ( )∫=2

1

u

u

dx,xf ααφ , ba ≤≤ α , 1u e 2u dependentes de α . Então

( ) ( ) ( ) ( ) 1122

u

u

ud

d,ufu

d

d,ufdx ,xf

d

d2

αα

ααα

αφα

−+∂

∂= ∫ , (3.19.2.1)

se ( )α,xf e ( )αα

,xf∂

∂ são contínuas em x e α em alguma região do plano αx incluindo

21 uxu ≤≤ e ba ≤≤ α , e se 1u e 2u forem contínuas com derivadas contínuas para ba ≤≤ α . Quando 1u e 2u independem de α , podemos reescrever (3.19.2.1) como

( ) ( )∫ ∂

∂=

2

1

u

u

dx ,xfd

ααφ

α.

143

( )t,xu : função das variáveis 0 t,Rt,x ≥∈ . Fixando a variável temporal t, ( )t,xu torna-se uma função apenas da variável espacial x,

definida na reta. Assim, podemos determinar a transformada de Fourier de ( )t,xu com relação à variável x.

( ){ } ( ) ( ) ( )t,ut,Udxet,xu t,xu^

xi ααα ===ℑ ∫∞

∞−

( ){ } ( ) ( ) ( )

( ){ } ( ) ( ) ( )t,Udxet,xudx

d t,xu

dx

dt,xu

t,Uidxet,xudx

d t,xu

dx

dt,xu

2

xi2

2

2

2

xx

xix

αα

αα

α

α

−==

ℑ=ℑ

−==

ℑ=ℑ

∫∫

∞−

∞− (3.19.2.2)

( ){ } ( ) ( ) ( ) ( )t,Udt

ddxet,xu

dt

ddxet,xu

tt,xu

tt,xu

xi

xit ααα ==

∂=

∂ℑ=ℑ ∫∫

∞−

∞− (3.19.2.3) Em (3.19.2.2) aplicamos as propriedades da transformada de Fourier sobre derivadas; em (3.19.2.3), a derivada temporal é preservada pela transformada de Fourier (derivamos sob o sinal de integração utilizando a regra de Leibniz). Dessa forma, quando aplicamos a transformada de Fourier a uma equação diferencial parcial em duas variáveis (x e t), as derivadas parciais espaciais ( )xxx u,u

desaparecem e apenas as derivadas temporais ( )ttt u,u permanecem, ou seja, a transformada de Fourier

transforma a equação diferencial parcial em uma equação diferencial ordinária em t. A resolução de uma equação diferencial parcial pelas transformadas de Fourier pode ser resumida às seguintes etapas: 1a) Obtenha a transformada de Fourier das condições iniciais e das condições de contorno (se estas existirem); 2a) Aplique a transformada de Fourier à equação diferencial parcial, transformando-a em uma equação diferencial ordinária; 3a) Solucione a equação diferencial ordinária, obtendo ( )t,U α ; 4a) Determine as constantes presentes em ( )t,U α usando as condições iniciais e as condições de contorno; 5a) Aplique a transformada de Fourier inversa a ( )t,U α para obter a solução ( )t,xu da equação diferencial parcial.

144

3.19.2.1 – Equação do calor (EDP parabólica) Solucione a equação do calor

( ) ( )

∞<<∞=

>∞<<∞∂

∂=

x- ,xf0,xu

0 t,x- ,x

u

t

u2

2

κ (3.19.2.1.1)

onde κ é a constante de difusibilidade térmica e ( )

>

≤=

1x se ,0

1x se ,1xf (função pulso unitário).

Solucionar (3.19.2.1.1) é resolver o problema de condução de calor em uma barra homogênea, isolada termicamente e infinita. O problema de valor inicial (3.19.2.1.1) é o problema de Cauchy. Em (3.19.2.1.1), assumimos que a função f(x) é limitada e absolutamente integrável e que ( ) Mt,xu < (a

solução é limitada para 0t ≥ ). Augustin-Louis Cauchy (1789-1857): matemático francês, um dos maiores matemá-ticos do século XIX. Solução: ( )t,xu

( ){ } ( ) ( )t,Udxet,xu t,xu

xi αα ==ℑ ∫∞

∞−

( ){ } ( ){ } ( ) ( )0 ,

sen20,U0,xuxf ≠==ℑ=ℑ α

α

αα (3.19.2.1.2)

Aplicando a transformada de Fourier em (3.19.2.1.1), obtemos

( ) ( )

∂ℑ=

∂ℑ t,xu

xt,xu

t 2

2

κ

( ) ( )t,Udt

t,dU 2 ακαα

−= . (3.19.2.1.3)

Separando as variáveis em (3.19.2.1.3), chegamos a

145

( )( )

( )[ ]

( )[ ]

( ) 12

2

2

2

Ctt,Uln

dtdtt,Ulndt

d

t,Ulndt

d

dt

t,dU

t,U

1

+κα−=α

κα−=α

κα−=α

κα−=α

α

∫∫

( )t2

Cet,Uκα

α−

= . (3.19.2.1.4) Para determinar a constante C em (3.19.2.1.4), usamos a condição inicial (3.19.2.1.2) ( 0t = )

( ) ( )α

αα

sen2C0,U == . (3.19.2.1.5)

Substituindo (3.19.2.1.5) em (3.19.2.1.4), temos que

( ) ( ) t2

esen2

t,Uκα

α

αα

= . (3.19.2.1.6)

Aplicando a transformada inversa de Fourier em (3.19.2.1.6), obtemos a solução procurada.

( ){ } ( )

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( )[ ]

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )∫∫∫∫∫

∞−

∞−

∞−

∞−

−−

=

=

−=

=

=

ℑ=ℑ

0

xi

xi

11

dexcossen2

t,xu

dexcossen1

t,xu

dxsen ixcosesen1

t,xu

deesen1

t,xu

deesen2

2

1t,xu

esen2

t,U

t2

t2

t2

t2

t2

t2

αα

αα

π

αα

αα

π

αααα

α

π

αα

α

π

αα

α

π

α

αα

κα

κα

κα

κα

κα

κα

α

α

146

Exercícios 01. Resolva o problema de Cauchy

( ) ( )

∞<<∞=

>∞<<∞=

x- ,xf0,xu

0 t,x- ,uu xxt κ.

R.: ( ) ( )∫∞

∞−

−−

=

xi deeF 2

1t,xu

t2

ααπ

ακα

Observação: A solução anterior não é conveniente em certas aplicações práticas, pois a mesma depende de ( ) ( ){ }xfF ℑ=α . Podemos expressar essa solução em função de f(x) usando a propriedade da convolução em (6). SPIEGEL, Murray R. Theory and problems of Fourier analysis, p. 93, problem 5.22. 02. Solucione o problema

( )

∞<<∞=

>∞<<∞=

− x- ,e0,xu

0 t,x- ,uux

xxt κ.

R.: ( ) ( ) ( ) ( )∫∫

∞∞

∞−

−−

+=

+=

0 2

2

de1

xcos2t,xuou de

1

xcos1t,xu

t2t2

αα

α

πα

α

α

π

κακα

3.19.2.2 – Equação da onda (EDP hiperbólica) Solucione a equação da onda

( ) ( )

( ) ( )

∞<<∞==∂

∞<<∞=

>∞<<∞∂

∂=

=

x- ,xg0,xut

u

x- ,xf0,xu

0 t,x- ,x

uc

t

u

t

0t

2

22

2

2

| (3.19.2.2.1)

onde 2c é a constante relacionada à velocidade de propagação da onda. Solucionar (3.19.2.2.1) é resolver o problema das vibrações transversais de uma corda infinita, homogênea e de peso desprezível. Em (3.19.2.2.1), assumimos que as funções f(x) e g(x) são limitadas e absolutamente integráveis e que ( ) Mt,xu < (a solução é limitada para 0t ≥ ).

Solução: ( )t,xu

147

( ){ } ( ) ( )t,Udxet,xu t,xu

xi αα ==ℑ ∫∞

∞−

( ){ } ( ) ( ){ } ( )0,U0,xuFxf αα =ℑ==ℑ (3.19.2.2.2)

( ){ } ( ) ( ){ } ( )dt

0,dU0,xuGxg t

αα =ℑ==ℑ (3.19.2.2.3)

Aplicando a transformada de Fourier em (3.19.2.2.1), obtemos

( ) ( )

∂ℑ=

∂ℑ t,xu

xct,xu

t 2

22

2

2

( ) ( )t,Uc

dt

t,Ud 222

2

ααα

−=

( ) ( ) 0t,Uc

dt

t,Ud 222

2

=+ ααα

. (3.19.2.2.4)

Família de soluções a dois parâmetros para (3.19.2.2.4): ( ) ( ) ( ) tcsenC tccosCt,U 21 ααα += (3.19.2.2.5) -.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-. Exercício Verifique que (3.19.2.2.5) é solução de (3.19.2.2.4). -.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.

( ) ( ) ( ) tccoscC tcsen cCt,Udt

d21 ααααα +−= (3.19.2.2.6)

Para determinar as constantes 1C e 2C em (3.19.2.2.5), usamos as condições iniciais (3.19.2.2.2) e (3.19.2.2.3). Considerando 0t = em (3.19.2.2.5) e usando (3.19.2.2.2), obtemos ( ) ( )αα FC0,U 1 == . (3.19.2.2.7) Considerando 0t = em (3.19.2.2.6) e usando (3.19.2.2.3), obtemos

( ) ( ) ( )α

αααα

c

GCGcC0,U

dt

d22 =⇒== . (3.19.2.2.8)

Substituindo (3.19.2.2.7) e (3.19.2.2.8) em (3.19.2.2.5), temos que

148

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) tcsenc

G tccosFt,U α

α

αααα += . (3.19.2.2.9)

Aplicando a transformada inversa de Fourier em (3.19.2.2.9), obtemos a solução procurada.

( ){ } ( ) ( ) ( ) ( )

+ℑ=ℑ −− tcsenc

G tccosFt,U 11 α

α

αααα

( ) ( ) ( ) ( ) ( )∫∞

∞−

+=

xi de tcsenc

G tccosF

2

1t,xu αα

α

ααα

πα (3.19.2.2.10)

Observação: Utilizando a integral de Fourier, podemos mostrar que (3.19.2.2.10) é equivalente a

( ) ( ) ( )[ ]ctxfctxf2

1t,xu −++= quando ( ) ( ){ } ( ) 0Gxg0xg ==ℑ⇒= α .

SPIEGEL, Murray R. Theory and problems of Fourier analysis, p. 93, problem 5.23. Exercício Resolva o problema

( )

( )

∞<<∞=

∞<<∞+

=

>∞<<∞=

x- ,00,xu

x- ,1x

10,xu

0 t,x- ,uu

t

2

xxtt

.

R.: ( )( ) ( )

+−+

++=

1tx

1

1tx

1

2

1t,xu

22

3.19.2.3 – Equação de Laplace (EDP elíptica) A temperatura de estado estacionário em uma chapa semi-infinita é determinada por

( ) ( )

( )

<<==∂

>==

><<=∂

∂+

=

Neumann de cc x0 ,00,xuy

u

Dirichlet de cc 0y ,ey,u ,0y,0u

0y ,x0 ,0y

u

x

u

y

0y

y-

2

2

2

2

| π

π

π

. (3.19.2.3.1)

Peter Gustav Lejeune Dirichlet (1805-1859): matemático alemão. John von Neumann (1903-1957): matemático húngaro.

149

O domínio da variável y e a condição estabelecida em 0y = indicam que a transformada cosseno de Fourier é adequada para o problema, uma vez que

( ){ } ( ) ( )0fFxf 'C

2"C −−=ℑ αα .

Figura 54: Condições de contorno para a equação de Laplace.

Solução: ( )y,xu Fixando a variável x, temos que:

( ){ } ( ) ( ) ( )αα ,xUdyy cosy,xu y,xu

0

C ==ℑ ∫∞

( ){ } { } ( ) 0,0U0y,0u CC ==ℑ=ℑ α (3.19.2.3.2)

( ){ } { } ( )1

1,Uey,u

2y

cC+

==ℑ=ℑ −

ααππ (3.19.2.3.3)

Aplicando a transformada cosseno de Fourier em (3.19.2.3.1), obtemos

( ) ( ) { }

( ) ( )

( ) ( ) ( ) 00,xudy

d,xU

dx

,xUd

0y,xuy

y,xux

0y,xuy

y,xux

22

2

2

2

C2

2

C

C2

2

2

2

C

=−−

=

∂ℑ+

∂ℑ

ℑ=

∂+

∂ℑ

ααα

( ) ( ) 0,xU

dx

,xUd 22

2

=− ααα

. (3.19.2.3.4)

Família de soluções (a dois parâmetros) para (3.19.2.3.4): ( ) ( ) ( ) xsenhC xcoshC,xU 21 ααα += (3.19.2.3.5) ou ( ) x

2 x

1 eCeC,xU ααα −+=

150

-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-. Exercício Verifique que (3.19.2.3.5) é solução de (3.19.2.3.4).

Observação: ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( )xcoshxsenhdx

d ,xsenhxcosh

dx

d2

eexcosh ,

2

eexsenh

xx xx

==

+=

−=

−− αααα

αα

-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.

Para determinar as constantes 1C e 2C em (3.19.2.3.5), usamos as condições de contorno (3.19.2.3.2) e (3.19.2.3.3). Considerando 0x = em (3.19.2.3.5) e usando (3.19.2.3.2), obtemos ( ) 0C,0U 1 ==α . (3.19.2.3.6) Considerando π=x em (3.19.2.3.5) e usando (3.19.2.3.3) e (3.19.2.3.6), obtemos

( ) ( )( ) ( )απαα

απαπsenh 1

1C

1

1senhC,U

2222+

=⇒+

== . (3.19.2.3.7)

Substituindo (3.19.2.3.6) e (3.19.2.3.7) em (3.19.2.3.5), temos que

( ) ( )( ) ( )απα

αα

senh 1

xsenh,xU

2 += . (3.19.2.3.8)

Aplicando a transformada cosseno de Fourier inversa em (3.19.2.3.8), obtemos a solução procurada.

( ){ } ( )( ) ( )

+ℑ=ℑ −−

απα

αα

senh 1

xsenh,xU

21

C1

C

( ) ( )( ) ( )

( )∫∞

+=

0 2

dy cossenh 1

xsenh2y,xu αα

απα

α

π

Exercícios 01. Solucione o problema de valor de contorno

( )

( ) ( )

>==

<<=

<<>=+

− 0 x,e,xu ,00,xu

y 0 ,0y,0u

y 0 0, x ,0uu

xy

x

yyxx

π

π

π

.

151

R.: ( ) ( )( ) ( )

( )∫∞

+=

0 2

dx coscosh1

ysenh2y,xu αα

απαα

α

π

02. Usando o método das transformadas de Fourier, mostre que a solução da equação de Laplace no semiplano superior (problema de Dirichlet)

( ) ( )

∞<<∞=

>∞<<∞=+

x- ,xf0,xu

0y ,x- ,0uu yyxx

é dada por

( ) ( )( )∫

∞ +−=

- 22

dyx

Fyy,xu α

α

α

π. (fórmula integral de Poisson)

Siméon-Denis Poisson (1781-1840): matemático francês.

3.20 – Solução de equações integrais e de equações íntegro-diferenciais

Solucione a equação integral

( ) ( ) ( ) ( )∫∞

∞−

−−++−=

x3 duuxfug xe3xfxf , (3.20.1)

onde ( )

>

≤=

3,x ,0

3x ,1xg .

Notação: ( ){ } { }α=ℑ Fxf

( ){ } ( )α

α=ℑ

3sen2xg

Aplicando a transformada de Fourier a (3.20.1), temos que

( ){ } ( ){ } { } ( )( ){ }xfgxe3xfxf x3∗ℑ+ℑ+−ℑ=ℑ

( ) ( ) ( ) ( )αα+

+αα−α=α α FG

9

6

d

diFeF

2 i3

( ) ( )( )

( ) ( )αα

α+

α+α=α α F

3sen2

9

i12FeF

22

i3

152

( ) ( )

( )22

i3

9

i12F

3sen2e1

α=α

α

α−− α

( )( ) ( )α−α−α

α

α=α

α 3sen2e9

i12F

i322

( )( ) ( )[ ]α−α−α+α

α=α

α 3sen2e9

i12F

i322

2

. (3.20.2)

Aplicando a transformada inversa de Fourier a (3.20.2), obtemos a solução procurada.

( ) ( ){ }( ) ( )[ ]∫

∞−

α−

α

− αα−α−α+α

α

π=αℑ=

xi

i322

21 de

3sen2e9

i12

2

1Fxf

( ) ( ){ }( ) ( )[ ]∫

∞−

α

α−− α

α−α−α+α

α

π=αℑ=

i322

xi21 d

3sen2e9

e i6Fxf

Exercícios 01. Considere um sistema estável invariante no tempo, caracterizado pela equação diferencial

( ) ( ) ( )xfxy2xy ' =+ , (1)

onde ( ) xe3xf −= u ( )x . Solucione a equação diferencial (1) empregando a transformada de Fourier e suas propriedades. R.: ( ) ( )x2x ee3xy −− −= u ( )x 02. Utilizando a transformada de Fourier e suas propriedades, solucione a equação diferencial

( ) ( )( ) ( )

∞<<∞=

>∞<<∞=

x- xg0,xu

0 t,x- t,xutt,xu xx2

t ,

onde ( )

>

<=

2x ,0

2x ,1xg .

R.: ( ) ( ) ( )∫

∞ α−

αα

αα

π=

0

3

t

dexcos2sen2

t,xu

32

03. Use as transformadas de Fourier para resolver a equação integral

153

( ) ( ) ( )∫∞

∞−

−−−−+=

ux2x duufe a12

1exf , ( ) 0aRe > .

R.: xaea

1 −

04. Utilizando a transformada de Fourier e suas propriedades, solucione a equação integral

( ) ( ) ( ) ( )∫∞

∞−

−− −=+

u4x4 duuxfuhe xfxhxe3 , ( )

<

>=

0 x,0

0 x,1xh .

R.: ( ) ( ) ( )xhee3xf x3x4 −− −=

154

3.21 – Exercícios resolvidos

01. Seja ( ) x3exxf/RR:f −=→ .

a) Calcule ( ) ( ){ }xfF ℑ=α .

Lembrando que ( ){ } ( ) ( )( ) ( ) ( ){ }xfF ,Fixfx nnn ℑ=αα−=ℑ e que { }22

xa

a

a2e

+α=ℑ

− , 0a > , tem-se

que:

{ } ( )

( ) ( )

( ) ( )( ) ( )

( )( ) ( ) ( )

( )

( ) ( )( ) ( )

( ) ( )

1i48

1

1212i4

1

18666i4

1

31616i4

1

2133116i4

1

31

d

di4

1

41

d

di4

1

2121

d

di4

1d

di4

1

2

d

di2

1

1

d

di2

1

2

d

di ex

42

3

42

3

42

33

42

22

62

22232

32

2

32

22

42

222

222

2

222

2

23

3

23

33x3

α−α−=

α−α−=

α+α−α−α−−=

α−α−+αα−−=

α+αα−−+αα−−=

α−

α−=

α−+α

α−=

α+αα−+α

α−=

α

α−=

α−

α=

+αα=

+αα−=ℑ

( ){ } ( )( )42

3

1i48Fxf

α−α−=α=ℑ

b) Determine para quanto converge a integral ( )∫

∞ +

-

x i 24 2

3

dxe1x

xx.

Propriedade da simetria (dualidade): ( ){ } ( ) ( ){ } ( )α=ℑα−π=ℑ Fxf ,f2xF

( )

( ) α−−

α α−π=+

−−∫ e2dxe

1x

xxi48 3

-

x i4 2

3

( )

α−

α πα−=+

−− ∫ e2dxe

1x

xxi48 3

-

x i4 2

3

155

( )

α−α−

α απ

−=απ

=+

∫ e24

ie

i24dxe

1x

xx 33

-

x i4 2

3

( ) ( ) 2

223

242

3

-

x i 24 2

3

e3

ie

3

ie2

24

i

1x

xxdxe

1x

xx | π−=

π−=

π−=

+

−ℑ=

+

− −−

∞∫

c) Calcule para quanto converge a integral ( )∫

π

+

-

x i4 2

3

dxe1x4

x2x8.

Propriedade da similaridade: ( ){ } ( ){ } ( )α=ℑ

α=ℑ Fxf ,

aF

a

1axf

( )

( ) ( )

( )[ ]∫∞

∞ π=α

π

+

−ℑ=

+

- 42

3x i

4 2

3

|1x2

x2x2dxe

1x4

x2x8

( )

2

3

-

x i4 2

3

e224

i

2

1dxe

1x4

x2x8π

−∞

π

ππ−=

+

( ) 2

42

4

-

x i4 2

3

e384

ie

384

idxe

1x4

x2x8π

π−

π π−=

π−=

+

02. Utilizando a transformada de Fourier e suas propriedades, solucione a equação diferencial a seguir.

( ) ( ) x3' ' exy5xy −=−

Notação: ( ){ } ( )α=ℑ Yxy

( ) ( ){ } { }⇒ℑ=−ℑ− x3' ' exy5xy ( ){ } ( ){ } { }x3' ' exy5xy −

ℑ=ℑ−ℑ

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )9

6Y5

9

6Y5Y

9

6Y5Yi

22

22

2

2

+α=α+α−⇒

+α=α−αα−⇒

+α=α−αα−

( )( )( ) 5

DC

9

BA

59

6Y

2222 +α

+α+

+α=

+α+α−=α

156

( )( ) ( )( )9DC5BA6 22 +α+α++α+α=−

D9DC9CB5BA5A6 2323 +α+α+α++α+α+α=−

( ) ( ) ( ) ( )D9B5C9A5DBCA6 23 ++α++α++α+=−

0CA0C9A5

0C A ==⇒

=+

=+

2

3D e

2

3B

6D9B5

0D B −==⇒

−=+

=+

( )5

1

2

3

9

1

2

3Y

22 +α−

+α=α

( )5

52

52

1

2

3

9

6

6

1

2

3Y

22 +α−

+α=α

Como { }22

xa

a

a2e

+α=ℑ

− , 0a > , tem-se que:

( ) ( ){ } x5x31 e20

53e

4

1Yxy −−− −=αℑ=

157

3.22 – Exercícios complementares

01. Determine as seguintes integrais impróprias:

a) ∫∞

-

ixx3- dxee

R.: 5

3

b) ∫∞

-

ix22

x-

dxee

2

R.: 2e

02. Calcule:

a)

ℑ−

2

x2

xe R.: 2-

2

e i 2α

απ

b)

+ℑ−− x22

x

e2e3

2

R.: 4

8e 23

22

-2

++

απ

α

03. Sabendo que { } ( ) 0aRe ,a

a2e

22

xa>

+α=ℑ

− , calcule:

a) ∫∞

∞−

+

2

x i

dx9x

e ε

; R.: επ 3e3

b) ( ){ }2x4 xx2e −ℑ− . R.:

( ) ( )32

2

22 16

25648

16

i32

+

−+

+ α

α

α

α

04. Calcule as seguintes integrais:

a) ( )∫∞

0

3x- dxx6cose 2

R.: 3e6

b) ( )

∫∞

+

0

2dx

9x

x2cos R.:

6e6

π

c) ( )∫∞

0

x 3i210 dxex R.: ( )11

11i23

13

!10+

158

05. Calcule:

a) { }2x3 xe−ℑ R.:

( )32

2

9

36108

α−

b) ( )

+

−ℑ

32

2

9x

x3 R.: α−

απ 32e

18

06. Seja ( ) x32x3 exe2xf/RR:f −−+=→ u ( )x , sendo u ( )

<

>=

0 x0,

0 x,1x a função degrau unitário.

a) Calcule ( ) ( ){ }xfF ℑ=α .

R.: ( )32 i3

2

9

12

α−+

b) Determine ( )αRF .

R.: ( )

( )32

24

9

1713326

+α+α

c) Determine ( )αIF .

R.: ( )

( )32

2

9

272

α−α

d) Calcule ( )

+

−−+ℑ 32

32

9x

ix2x18ix5454.

R.: απα 32e2 u ( )

<απα

>α=α−

α 0,e2

0,0 32

07. Determine as seguintes transformadas: a) ( ){ }4x −δℑ R.: αi4e

b) ( ){ }21xe −−ℑ R.: α

α−

π 4i

e

c) ℑ {5u ( ) −x u ( )5x − } R.: ( ) ( )

α+απδ− α i

e5 i5

d) { }x3x i22ex −ℑ R.:

( )

( )[ ]32

2

92

2336

++α

+α−

159

e) ( )

( )[ ]

++

+−ℑ

3 2

2

92x

2x3 R.: α−α−

απ 3i22e

18

08. Sabendo que { }2

xS

1e

α

α

+=ℑ − , determine

( )∫

+

0 2

dx1x

axxsen .

R.: ae2

−π

09. Seja ( )( )

<

=contrário caso ,0

x se ,xcosxf

π. Determine ( ){ }xfℑ .

R.: ( ){ } ( )21

sen 2xf

α

παα

−=ℑ

10. Seja ( )( )

<

=

contrário caso ,03

x se ,xsenxf

π

. Determine ( ){ }xfℑ .

R.: ( ){ }

−=ℑ

3sen

3cos3

1

ixf

2

απαπα

α

11. Resolva a equação integral ( ) ( )

>

<<=∫

1 0,

10 ,1dxx cosxf

0 α

αα .

R.: ( )x

xsen2

π

12. Solucione a equação integral ( ) ( )

<≤

<≤

=∫∞

2 0,

21 2,

10 ,1

dxxsenxf

0 α

α

α

α .

R.: ( ) ( )[ ]x2cos2xcos1x

2−+

π

160

13. Seja ( )

>

≤=

ε

εε

x ,0

x ,2

1

xf .

a) Determine a transformada de Fourier de f(x).

R.: ( ) ( )αε

αεα

senF = , ( ) 10F =

b) Calcule o limite dessa transformada quando +→ 0ε . R.: 1

14. Duas funções muito usadas no estudo de sinais são as funções ( )

<

=

>

=

2

1x ,1

2

1x ,

2

12

1x ,0

xrect (função

retangular) e ( ) ( )x

xsenxsinc = . Mostre que ( ){ }

α=ℑ

2sincxrect .

15. Seja ( )

>

<=

1x ,0

1x ,xxf .

a) Esboce o gráfico de ( )xf .

b) Calcule ( ){ }xfℑ .

R.: ( ){ } ( ) ( )[ ]αα−αα

=ℑ cosseni2

xf2

c) Use (b) para calcular ( ) ( )[ ]

∫∞

∞−

4

2

dxx

xsenxcosx.

R.: 3

π

16. Seja ( )

π>

π≤=

4x 0,

4x ,4

x

xf .

a) Calcule ( )∫∞

∞−

dxxf .

R.: 24π

161

b) A função ( )xf pode ser representada na forma integral? Justifique.

c) Em caso afirmativo, para quanto converge a integral de Fourier de ( )xf ?

d) Calcule ( ){ }xfℑ .

R.: ( ){ } ( ) ( )[ ]παπα−παα

=ℑ 4cos44sen2

ixf

2

17. Seja ( )

>

≤−=

ax ,0

ax ,a

x1

xf , 0a > .

a) Esboce o gráfico de ( )xf .

b) A função ( )xf é absolutamente integrável? Justifique.

c) Calcule ( ){ }xfℑ .

R.: ( ){ } ( )[ ]α−α

=ℑ acos1a

2xf

2

d) Use (c) para calcular ( )[ ]

∫∞

∞−

4

2

dxx

x2cos1.

R.: 3

18. Seja ( ) ( )xcosexf x−= , 0x > . Calcule ( ){ }xfCℑ .

R.: ( ){ }4

2xf

4

2

C+α

+α=ℑ

19. Calcule ( ) ( )∫

+

+

0

4

2

dx4x

axcos2x, +∈ Ra , { }0w;RwR >∈=+ .

R.: ( ) 0a,acose2

a >π −

20. Considere um sistema estável invariante no tempo, caracterizado pela equação diferencial

( ) ( ) ( ) ( )xfxy45xy24xy3 '" =++ , (1)

162

onde ( ) x4e4xf −= u ( )x . Solucione a equação diferencial (1) empregando as transformadas de Fourier e suas propriedades.

R.: ( )x3x4x5 ee2e3

2 −−− +− u ( )x

21. Usando as transformadas de Fourier, solucione a equação diferencial parcial

( )

( )

=

=

>>=

−x

xxt

e0,xu

0t,0u

0 t0, x,u2u

,

com ( )t,xu limitada.

R.: ( ) ( )∫

+=

0

t22

de1

x sen 2t,xu

2

αα

αα

πα

22. Utilizando as transformadas de Fourier, solucione a equação diferencial parcial

0 t,x- ,x

u9

t

u2

2

2

2

>∞<<∞∂

∂=

∂, sujeita às condições iniciais ( ) 00,xu t = e ( )

>

<=

2x ,0

2x ,10,xu .

R.: ( ) ( ) ( )∫

−=

-

xi det 3cos2 sen 1

t,xu αα

αα

πα ( ) ( ) ( )

∫∞

=

0

d xcos t3cos2sen

2

αα

ααα

π

23. Empregando as transformadas de Fourier e suas propriedades, solucione o seguinte problema de valor inicial:

( )

∞<<∞=

>∞<<∞+=

− x- ,e0,xu

0 t,x- ,u2u4ux2

xxxt.

R.: ( )( )

∫∞

−−

+=

-

xi2

t i2-4

de4

e 2t,xu

2

ααπ

ααα

24. Empregando as transformadas de Fourier, solucione o problema de vibração na viga infinita.

( ) ( )( ) ( )( ) ( )

∞<<∞=

∞<<∞=

>∞<<∞=

x- xg0,xu

x- xf0,xu

0 t,x- t,xuct,xu

t

xxxx2

tt

163

R.: ( ) ( ) ( ) ( ) ( )tcsenhc

GtccoshFt,U 2

22 α

α

α+αα=α ( ) ( )∫

∞−

α− ααπ

=

xi det,U 2

1t,xu

25. Empregando a transformada de Fourier e suas propriedades, solucione o problema de valor inicial abaixo.

( ) ( )

( )( )

∞<<∞=

∞<<∞=

>∞<<∞∂

∂=

x- 00,xu

x- e 0,xu

0 t,x- t,xux

2t,xut

t

x

6

6

2

2

2

R.: ( ) ( ) ( )∫

∞ α

αααπ

π=

0

34-

dxcost2coset,xu

2

164

165

4. TRANSFORMADAS DE LAPLACE Pierre-Simon Marquis de Laplace (1749-1827): matemático, físico e astrônomo francês. Embora Laplace tenha usado a transformada integral que recebeu seu nome, é mais provável que essa

integral tenha sido descoberta por Euler (função gama: ( ) ∫∞

−−=Γ

0

x1n dxex n ).

4.1 – Definição da transformada de Laplace

4.1.1 – Motivação Solução de equações íntegro-diferenciais, como

( ) ( ) ( ) ( )tEdi C

1tRiti

dt

dL

t

0

=++ ∫ ττ , (4.1)

e de equações diferenciais ordinárias, tais como

( ) ( ) ( ) ( )tEtqC

1tq

dt

dRtq

dt

dL

2

2

=++ . (4.2)

Nas equações (4.1) e (4.2) temos que ( )ti é a corrente, ( )tq é a carga instantânea no capacitor e

( )tE é a força eletromotriz (f.e.m) em um circuito elétrico em série L-R-C, como o representado na Figura 55.

Figura 55: Circuito em série L-R-C – [13].

A força eletromotriz é muitas vezes seccionalmente contínua, como ilustra a Figura 56.

166

(a) (b)

Figura 56: (a) Dente de serra; (b) onda quadrada. – [17]

4.1.2 – Função de Heaviside

No estudo da transformada de Laplace, definimos u ( )at − para 0t ≥ como

u ( )

<≤=−

a tse 1,

at0 se ,0at , (4.1.2.1)

onde a é uma constante positiva. Quando multiplicada por outra função definida para 0t ≥ , a função degrau unitário (4.1.2.1) cancela uma porção do gráfico da função. Exemplo

( ) ( )tsentf = u ( )( )

<≤=−

π

ππ

2 tse ,tsen

2t0 se ,02t , uma vez que u ( )

<≤=−

π

ππ

2 tse 1,

2t0 se ,02t .

(a) (b)

Figura 57: (a) Gráfico de ( ) ( )tsentf = ; (b) gráfico de ( ) ( )tsentf = u ( )π2t − .

167

A função degrau unitário (4.1.2.1) pode ser usada para escrever funções definidas por várias sentenças em uma forma compacta. Exemplo A voltagem em um circuito é dada por

( )

<≤=

5 tse 0,

5t0 se ,t20tE . (4.1.2.2)

Lembrando que u ( )

<≤=−

5 tse 1,

5t0 se ,05t , podemos expressar (4.1.2.2) como

( ) t20t20tE −= u ( )5-t .

Exercício

Seja ( )

≥−

<≤=

2 t,t21

2t0 ,t tf . Escreva ( )tf de forma compacta usando a função degrau unitário.

R.: ( ) ( )t31ttf −+= u ( )2t −

4.1.2.1 - Generalização

1. ( )( )( )

( ) ( ) ( )tgtgtf então ,a tse ,th

at0 se ,tgtf Se −=

<≤= u ( ) ( )tha-t + u ( )a-t .

2. ( ) ( ) ( ) ( )tgtf então ,

b tse 0,

bta se ,tg

at0 se ,0

tf Se =

<≤

<≤

= [u ( )−a-t u ( )b-t ].

Exercício Seja ( )tf a função representada graficamente abaixo.

168

f(t) 4 2 t 2 5 Expresse ( )tf de forma compacta usando a função degrau unitário.

R.: ( )

+=

3

2t

3

2tf [u ( )−− 2t u ( )5t − ]

4.1.3 – Transformada de Laplace

L ( ){ } ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )iyxs onde ,dte tf tH dtee tf tH sFtf

st

iytxt +−==== ∫∫∞

∞−

∞−

(4.1.3.1)

( )tf : função original

( )sF : função transformada ste− : núcleo da transformação

CR:f →

CC:F →

Como ( )tH é a função de Heaviside, podemos escrever (4.1.3.1) como

L ( ){ } ( ) ( )∫∞

−==

0

stdte tf sFtf . (4.1.3.2)

A expressão (4.1.3.2) é chamada transformada de Laplace unilateral1 de ( )tf . A transformada

existe se a integral imprópria em (4.1.3.2) converge para algum valor de s. Notação L ( ){ } ( )sFtf = L ( ){ } ( )sGtg = L ( ){ } ( )sYty =

1 A transformada de Laplace bilateral é definida como ( )∫∞

∞−

stdtetf .

169

Se L ( ){ } ( ) ( )∫∞

−==

0

stdte tf sFtf , então L ( ){ } ( ) ( )∫π==−

C

st1 dse sFi 2

1tfsF é a transformada de

Laplace unilateral inversa.

( )tf ( )sF ( )tf

L L 1−

Figura 58: Transformadas de Laplace. Podemos estabelecer uma relação entre as transformadas de Fourier e de Laplace. Se na

transformada de Laplace de ( )tf , ( ) ( )∫∞

∞−

iytxt dtee tf tH , considerarmos ( ) ( ) ( ) xte tf tHtg = , teremos

( )∫∞

∞−

iyt dte tg , que nada mais é do que a transformada de Fourier de ( )tg .

A transformada de Laplace unilateral de uma função CR:f → é uma função CC:F → que

associa a ( )tf uma função complexa ( ) ( )( )sD

sNsF = , onde ( )sN e ( )sD são polinômios com coeficientes

reais. Os valores de s tais que ( ) 0sN = são os zeros da transformada ( )sF ; os valores de s tais que

( ) 0sD = são os polos da transformada ( )sF . Exemplo Como veremos posteriormente, a transformada de Laplace da função ( ) t2e31tf += , 0t ≥ , é a

função complexa ( ) ( )( )2ss

1s22sF

−= , ( ) 2sRe > .

Zeros de ( )sF : 2

1s =

Polos de ( )sF : 0s = , 2s =

170

Im(s) 2 Re(s)

Figura 59: Polos e região de convergência de ( ) ( )( )2ss

1s22sF

−= .

Observações 1a) No exemplo, cada polo de ( )sF está associado à uma exponencial da função ( )tf (os polos são os coeficientes nos expoentes).

2a) Se ( ) ( )kassD −= , com k inteiro e positivo, as = é um polo de ordem k de ( )sF . No exemplo, 0s = e 2s = são polos de ordem um (ou polos simples).

Exemplo 1 Calcular L{ }1 .

L{ } ( ) 0sRe ,s

1

s

1

s

elim

s

elimdte limdte 1

sb

b

b

0

st

b

b

0

st

b

0

st >=

+−=

−===

∞→

∞→

∞→

− ∫∫

Im(s) Re(s) 0

Figura 60: Polos e região de convergência de ( )s

1sF = .

171

Exemplo 2

As transformadas L

t

1 e L{ }2te não existem, ou seja, as integrais impróprias ∫

∞ −

0

st

dtt

e e

∫∞

0

stt dte 2

são divergentes.

Exemplo 3

L{ } ( ) ( )∫∫∫ −

∞→

− ===

b

0

tsc

b

0

tsc

0

stctct dte limMdte MdteMe Me

( ) ( )

( ) csRe ,cs

M

sc

1

sc

elim

sc

elim

bsc

b

b

0

tsc

b>

−=

−−

−=

−=

∞→

∞→

4.2 – Funções de ordem exponencial

Uma função ( )tf é de ordem exponencial c quando ∞→t se existem constantes reais c, 0M > e 0N > tais que

( ) Nt ,Mtfe ct >∀<−

ou

( ) Nt ,Metf ct >∀< .

Exemplos 1. A função ( ) ttf = é de ordem exponencial para 0t > .

0N 1,M 1,c

0 t,et t

===

><

172

Figura 61: Gráfico de ( ) tetf = e de ( ) ttf = .

2. A função ( ) tetf −= é de ordem exponencial para 0t > .

0N 1,M 1,c

0 t,ee tt

===

><−

Figura 62: Gráfico de ( ) tetf = e de ( ) tetf −= .

3. A função ( ) ( )tcos2tf = é de ordem exponencial para 0t > .

( )

0N 2,M 1,c

0 t,e2tcos2 t

===

><

173

Figura 63: Gráfico de ( ) te2tf = e de ( ) ( )tcos2tf = .

4. A função ( )2tetf = não é de ordem exponencial.

Figura 64: Gráfico de ( )

2tetf = e de ( ) t2etf = . 5. Todo polinômio é uma função de ordem exponencial.

174

4.3 – Convergência da transformada de Laplace unilateral

4.3.1 – Convergência absoluta e condicional

( )∫∞

a

dttf é dita absolutamente convergente se ( )∫∞

a

dttf convergir. Se ( )∫∞

a

dttf convergir

mas ( )∫∞

a

dttf divergir, então ( )∫∞

a

dttf é dita condicionalmente convergente.

Teorema: Se ( )∫∞

a

dttf convergir, então ( )∫∞

a

dttf converge.

4.3.2 - Condições suficientes para a convergência Seja ( )tf uma função seccionalmente contínua em todo intervalo finito Nt0 ≤≤ e de ordem

exponencial c para Nt > . Então, a transformada de Laplace unilateral ( )sF de ( )tf existe para todo ( ) csRe > .

Prova

L ( ){ } ( )∫∞

−=

0

stdtetf tf

( ) ( )44344214434421

II

N

st

I

N

0

st dtetf dtetf ∫∫∞

−− +=

I : integral própria (ou uma soma de integrais próprias) II: integral imprópria

( ) ( ) ( ) {{

( ) ( )( )

( ) ( ) ( )

( ) csRe xse ,cx

eM

cx

e

cx

elimM

cx

elimMdte limMdte Mdtee M

dteMe dtetf dtetf dtetf

NcxNcxb cx

b

b

N

t cx

b

b

N

t cx

b

N

t cx

N

xtct

N )2(

xt

)1(

ct

N

st

N

st

N

st

>=−

=

−+

−−=

−−====

≤≤≤

−−−−−−

∞→

−−

∞→

−−

∞→

−−

∫∫∫

∫∫∫∫

(1): f(t) é de ordem exponencial c (2): iyxs +=

175

( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( )

( )[ ] ( )[ ] ( ) ( )

( ) ( )[ ] ( ) xt2xtxt222xt2

2xt22xt22xt2xt

xtxtxtiytxtt iyxst

eeeytsenytcose

ytseneytcoseytseneytcose

ytsenieytcoseytisenytcoseeeee

−−−−

−−−−

−−−−−+−−

===+=

+=+=

−=−===

Como II converge, L ( ){ }tf converge (se ( ) csRe > ).

4.4 – Transformada de Laplace unilateral das funções elementares

4.4.1 – f(t) = tn

L{ } ∫∫ −

∞→

− ==

b

0

stn

b

0

stnn dte tlimdtet t

Integrando ∫ − dtet stn por partes, temos que:

L{ }

+−= ∫ −−

∞→

b

0

st1nb0

stn

b

n dtet s

n

s

etlimt

{

+−= ∫ −−

∞→

b

0

st1n*

sbn

bdtet

s

n

s

eblim

s

ndtet

s

n

0

st1n == ∫∞

−−L{ } ( ) 0sRe ,t 1n >−

*: função de decrescimento rápido para ( ) 0sRe >

L{ }s

kt k = L{ }1kt −

⇒= 1k L{ }s

1t = L{ } ( ) 0sRe ,

s

1

s

1

s

11

2>==

⇒= 2k L{ }s

2t 2 = L{ } ( ) 0sRe ,

s

!2

s

1

s

2t

32>==

⇒= 3k L{ }s

3t 3 = L{ } ( ) 0sRe ,

s

!3

s

!2

s

3t

432 >==

176

⇒= 4k L{ }s

4t 4 = L{ } ( ) 0sRe ,

s

!4

s

!3

s

4t

543 >==

M

⇒= nk L{ }s

nt n = L{ } ( ) ( ) 0sRe ,

s

!n

s

!1n

s

nt

1nn1n >=

−=

+

L{ } ( ) ( ) 0sRe ,s

1n

s

!nt

1n1nn >

+Γ==

++

A função gama

( ) ∫∞

−−=Γ

0

t1n dtet n

( ) =Γ n L{ }1nt − s=1

( ) =Γ 2 L{ }t s=1 11

12

==

( ) =Γ 4 L{ }3t s=1 61

!34

==

( ) ( ) !nnn1n =Γ=+Γ

( ) ( )( )

1p0 ,psen

p1p <<π

π=−ΓΓ

π=

Γ

2

1

Referências: SPIEGEL, M.R.; WREDE, R.C. Cálculo avançado. 2a ed. Porto Alegre: Bookman, 2004. Exercícios Calcule as integrais:

01. ∫∞

0

t100 dtet R.: !100

177

02. ∫∞

0

t23 dtet R.: 8

3

4.4.2 – f(t) = eat

L{ } ( ) ( ) Ra a,sRe ,as

1dte dtee e

0

tsa

0

statat ∈>−

=== ∫∫∞

4.4.3 – Transformada de algumas funções elementares

( )tf ( )sF

1 ( ) 0sRe ,s

1>

ate ( ) asRe ,as

1>

nt ( ) ( ) 0sRe ,s

1n

s

!n1n1n

>+Γ

=++

( )atcos ( ) 0sRe ,as

s22

>+

( )atsen ( ) 0sRe ,as

a22

>+

Tabela 3: Transformada de Laplace unilateral de algumas funções elementares.

Exercícios 01. Calcule as integrais:

a) ( )∫∞

0

t3 dte10tsen R.: 109

10

b) ( )∫∞

0

t2 dtetcos R.: 5

2

02. Seja ( )

>

≤≤=

5 tse 1,

5t0 se ,t2tf . Determine L ( ){ }tf .

R.: L ( ){ } ( ) s5s52

es

9e1

s

2tf −− −−=

178

03. Empregando a definição de transformada de Laplace unilateral, mostre que:

a) L ( ){ } ( ) 0sRe ,Ra ,as

satcos

22>∈

+= ;

b) L ( ){ } ( ) 0sRe ,Ra ,as

aatsen

22>∈

+= .

4.5 – Propriedades da transformada de Laplace unilateral

4.5.1 – Comportamento da transformada de Laplace F(s) quando s→∞ Se ( )tf é uma função seccionalmente contínua para [ ]N,0t ∈ e de ordem exponencial para

Nt > , então ( ) 0sFlim

s=

∞→

4.5.2 – Linearidade A transformada de Laplace é um operador linear. Assim, se a e b são constantes quaisquer, então L ( ) ( ){ }=+ tg btf a a L ( ){ }tf + bL ( ){ }tg ( ) ( )sbGsaF += . Prova Segue da definição de transformada de Laplace e da propriedade de linearidade da integral.

L ( ) ( ){ } ( ) ( )[ ]∫∞

−+=+

0

stdte tbgtaf tbgtaf

( ) ( ) ( ) ( )sbGsaFdte tg bdte tf a

0

st

0

st +=+= ∫∫∞

Exemplos 1. L ( ){ }=+− − t2 e5tcos3t4 4L{ }−2t 3L ( ){ }+tcos 5L{ }te−

( ){

( ) ( ){

( ) 0sRe ,1s

5

1s

s3

s

8

1s

15

1s

s3

s

2!4

23

1sRe0sRe

2

0sRe

3

>+

++

−=

++

+−=

−>>>321

179

2. L ( ){ }=tsen 2L

( )=

2

t2cos1

2

1L{ }

2

11 − L ( ){ }t2cos

( ){

( )

( ) ( ) ( )( ) 0sRe ,

4ss

2

4ss2

s4s

4s2

s

2s

1

4s

s

2

1

s

1

2

1

22

22

2

0sRe

2

0sRe

>+

=+

−+=

+−=

+−=

>>321

3. L ( ){ }=atsenh L2

1

2

ee atat

=

− −

L{ }2

1eat − L{ }ate−

( ){

( ){

( )( ) ( )

( ) asRe ,as

a

as2

a2

as2

asas

as

1

2

1

a-s

1

2

1

222222

asReasRe

>−

=−

=−

−−+=

+−=

−>>

4. L ( ){ }=atcosh L2

1

2

ee atat

=

+ −

L{ }2

1eat + L{ }ate−

( ){

( ){

( )( ) ( )

( ) asRe ,as

s

as2

s2

as2

asas

as

1

2

1

a-s

1

2

1

222222

asReasRe

>−

=−

=−

−++=

++=

−>>

5. L{ }=iate L ( ) ( ){ }=+ atsen iatcos L ( ){ } iatcos + L ( ){ }atsen

( ) ( )

( )( )( ) 0sRe ,

ias

1

iasias

ias

as

ias

as

ai

as

s

22

0sRe

22

0sRe

22

>−

=−+

+=

+

+=

++

+=

>>

321321

Com os últimos exemplos, podemos ampliar a tabela de transformadas de Laplace.

180

( )tf ( )sF

1 ( ) 0sRe ,s

1>

ate ( ) asRe ,as

1>

nt ( ) ( ) 0sRe ,s

1n

s

!n1n1n

>+Γ

=++

( )atcos ( ) 0sRe ,as

s22

>+

( )atsen ( ) 0sRe ,as

a22

>+

( )atcosh ( ) asRe ,as

s22

>−

( )atsenh ( ) asRe ,as

a22

>−

iate ( ) 0sRe ,ias

1>

Tabela 4: Transformada de Laplace unilateral das funções elementares.

Exercícios Calcule as integrais:

01. ( )∫∞

0

t22 dtetsen R.: 8

1

02. ( )∫∞

0

t3 dte2tcosh R.: 5

3

03. ( )∫∞

0

t5 dte4tsenh R.: 9

4

04. ( )∫∞

0

t102 dtetcos R.: 520

51, L ( ){ }

( )( ) 0sRe,

4ss

2stcos

2

22 >

+

+=

181

4.5.3 – Primeira propriedade de translação ou deslocamento Teorema: Se L ( ){ } ( )sFtf = , então L ( ){ } ( )asFtfeat −= . Prova

L ( ){ } ( ) ( ) ( ) ( )asFdte tf dte tfe tfe

0

t as

0

statat −=== ∫∫∞

−−

Exemplo L ( ){ }t2cose t−

( ) ( )t2costf =

L ( ){ } ( ) ( ) 0sRe ,4s

ssFtf

2>

+==

L ( ){ } ( )( ) 5s2s

1s

41s

1s1sFt2cose

22t

++

+=

++

+=+=−

4.5.4 – Segunda propriedade de translação ou deslocamento

Teorema: Se L ( ){ } ( )sFtf = e ( )( )

( )atfa t0,

a t,atftg −=

<

≥−= u ( )a-t , sendo u ( )a-t a função

degrau unitário dada por u ( )

<≤=−

a t1,

at0 ,0at , então L ( ){ } ( )sFetg as−= .

Prova ∞→⇒∞→→⇒→=+=⇒=− u t0,ua tdu,dt ,autuat

L ( ){ } ( ) ( )∫∫∞

− −==

a

t s

0

st dte atf dte tg tg

( ) ( ) ( ) ( ) ( )sFedue uf eduee uf due uf as

0

suas

0

sasu

0

au s −

−−

−−

+− ==== ∫∫∫

Exemplo

( ) ( ) ( )33

2t2t0 0,

2 t,2ttg −=

<≤

≥−= u ( )2-t , u ( )

<≤=−

2 t1,

2t0 ,02t

( ) 2a ,ttf 3 ==

182

L{ } ( ) 0sRe ,s

6

s

!3t

443 >==

L ( ){ }4

s2

4s2

s

e6

s

6etg

−− ==

Exercício

Mostre que L{u ( )at − } s

e as−

= , ( ) 0sRe > , onde u ( )

<≤=−

a t1,

at0 ,0at .

4.5.5 – Similaridade (ou mudança de escala)

Teorema: Se L ( ){ } ( )sFtf = , então L ( ){ } 0a ,a

sF

a

1atf >

= .

Prova

∞→⇒∞→→⇒→==⇒= u t0,u0 t,a

dudt ,

a

utuat

L ( ){ } ( )∫∞

−=

0

stdte atf atf

( ) ( )

=== ∫∫

a

sF

a

1due uf

a

1

a

due uf

0

ua

s

0

a

u s

Exemplo L ( ){ }t3sen ( ) ( )tsentf =

L ( ){ } ( ) ( ) 0sRe ,1s

1sFtf

2>

+==

L ( ){ }9s

3

9s

9

3

1

13

s

1

3

1

3

sF

3

1t3sen

222 +=

+=

+

=

=

Exercícios Determine a transformada de Laplace das funções a seguir, especificando para quais valores de s a transformada existe.

183

01. L{ }t4e2 R.: ( ) ( ) 4sRe ,4s

2sF >

−=

02. L ( ){ }22 1t + R.: ( ) ( ) 0sRe ,s

24s4ssF

5

24

>++

=

03. L ( ) ( )[ ]{ }2tcostsen − R.: ( )( )

( ) 0sRe ,4ss

4s2ssF

2

2

>+

+−=

04. L ( ) ( )[ ]{ }t2cosh5t2senh3e t2 − R.: ( )( )

( ) 4sRe ,4ss

s516sF >

−=

4.5.6 – Transformada de Laplace unilateral de derivadas Teorema 1: Seja L ( ){ } ( )sFtf = . Então

L ( ){ } ( ) ( )0fssFtf ' −= , 0s >

se ( )tf é contínua para Nt0 ≤≤ e de ordem exponencial para Nt > , enquanto ( )tf ' é seccionalmente contínua para Nt0 ≤≤ .

Prova

L ( ){ } ( ) ( )∫∫ −

∞→

− ==

b

0

st'

b

0

st'' dte tf limdte tf tf

(4.5.6.1)

Empregando integração por partes em (4.5.6.1), temos que:

L ( ){ } ( ) ( )

+= ∫ −−

∞→

b

0

st

b

0

st

b

' dtetf stfelimtf |

( )( )

( ) ( )

( ) ( )0fssF

dtetf s0fbfelim

b

0

st

0sRe se 0

sb

b

−=

+−= ∫ −

>→

∞→ 43421

Teorema 2: Se no Teorema 1 ( )tf deixa de ser contínua em 0t = mas ( ) ( )+

→=

+0ftflim

0t existe

(mas não é igual a ( )0f , que pode ou não existir), então

184

L ( ){ } ( ) ( )+−= 0fssFtf ' . Teorema 3: Se no Teorema 1 ( )tf é descontínua em at = , então

L ( ){ } ( ) ( ) ( ) ( )[ ]−+− −−−= afafe0fssFtf as' ,

onde ( ) ( )−+ − afaf é chamado salto na descontinuidade at = . Para mais de uma descontinuidade, podemos fazer modificações apropriadas. Teorema 4: Seja L ( ){ } ( )sFtf = . Então

L ( ){ } ( ) ( ) ( )0f0sfsFstf '2" −−=

se ( )tf e ( )tf ' são contínuas para Nt0 ≤≤ e de ordem exponencial para Nt > , enquanto ( )tf " é seccionalmente contínua para Nt0 ≤≤ .

Prova L ( ){ } stf " = L ( ){ } ( )0ftf '' −

( ) ( )[ ] ( )

( ) ( ) ( )0f0sfsFs

0f0fssFs '2

'

−−=

−−=

Exercício

Mostre, por recursividade, que

L ( ){ } ( ) ( ) ( ) ( )0f0sf0fssFstf '''23''' −−−= .

Teorema 5 (generalização): Seja L ( ){ } ( )sFtf = . Então

L( )( ){ } ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )0f0f s0fs0fs0fssFstf 1n2n"3n'2n1nnn −−−−− −−−−−−= L

se ( ) ( ) ( ) ( ) ( )tf, ,tf" ,tf ,tf 1-n' K são contínuas para Nt0 ≤≤ e de ordem exponencial para Nt > ,

enquanto ( ) ( )tf n é seccionalmente contínua para Nt0 ≤≤ . Exemplo

Mostrar que L ( ){ } ( ) 0sRe ,as

aatsen

22>

+= .

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )atsena tf

atcosa tf

atsen tf

2"

'

−=

=

=

185

L ( ){ }=tf "L ( ){ }atsena 2−

( ) ( ) ( ) =−− 0f0sfsFs '2L ( ){ }atsena 2− , ( ) 0sRe >

2s L ( ){ } ( ) =−− a0satsen L ( ){ }atsena 2−

2s L ( ){ } =− aatsen 2a− L ( ){ }atsen

( )22 as + L ( ){ } aatsen =

L ( ){ }22 as

aatsen

+=

Exercício

Empregando a transformada da derivada, mostre que L ( ){ } ( ) 0sRe ,as

satcos

22>

+= .

4.5.7 – Transformada de Laplace unilateral de integrais Teorema: Seja L ( ){ } ( )sFtf = . Então

L ( ) ( )s

sFduuf

t

0

=

∫ .

Prova

( ) ( ) ( ) ( )

( ) 00g

tftgduuf tg '

t

0

=

=⇒= ∫

L ( ){ }=tg 'L ( ){ }tf

sL ( ){ } ( ) ( )sF0gtg =−

sL ( ){ } ( )sFtg =

L ( ){ } ( )⇒=

s

sFtg L ( ) ( )

s

sFduuf

t

0

=

Exemplo

L ( ) =

∫t

0

duu2sen L ( ){ }u2sen s÷( )

=+

=+=4ss

2

s4s

2

2

2

L ( ){ }tsen 2

186

4.5.8 – Derivadas de transformadas de Laplace unilaterais (multiplicação por tn) Teorema: Se L ( ){ } ( )sFtf = , então

L ( ){ } ( ) ( ) ( ) ( ) ( )sF1sFds

d1tft nn

n

nnn −=−= .

Prova

( ) ( )∫∞

−=

0

stdte tf sF

Derivando sob o sinal de integração (regra de Leibniz), obtemos:

( ) ( ) ( ) ( )[ ]∫∫∞

∂===

0

st

0

st' dte tfs

dte tf ds

dsFsF

ds

d

( ) ( )[ ] - dtetft dte tft -

0

st

0

st =−== ∫∫∞

−L ( ){ }tft

L ( ){ } ( ) ( )sFsFds

dtft '−=−=

Demonstramos até aqui o teorema para 1n = . Para prová-lo integralmente, usaremos indução

matemática. Suponha que o teorema é verdadeiro para kn = , isto é,

( )[ ] ( ) ( ) ( )sF1dte tft kk

0

stk −=∫∞

− .

Logo:

( )[ ] ( ) ( ) ( )[ ]sF1ds

ddte tft

ds

d kk

0

stk −=∫∞

( )[ ] ( ) ( )( )

( )[ ] ( ) ( ) ( )sF1dte tfts

sF1dte tft ds

d

1kk

0

stk

1kk

0

stk

+

+

−=∂

−=

187

( )[ ] ( ) ( ) ( )

( )[ ] ( ) ( ) ( )sF1dte tft

sF1dte tft

1k1k

0

st1k

1kk

0

st1k

++

−+

+

−+

−=

−=−

Assim, mostramos que o teorema também é válido para 1kn += . Como o teorema é válido para 1n = , também o é para 2n = , 3n = e para qualquer valor inteiro positivo de n. Exemplo L{ }t22et

( ) t2etf =

L ( ){ } ( ) ( ) 2sRe ,2s

1sFtf >

−==

L{ }( )2

t2

2s

1

2s

1

ds

dte

−=

−−=

L{ }( ) ( )322

2t22

2s

2

2s

1

ds

d

2s

1

ds

det

−=

−−=

−=

4.5.9 – Integrais de transformadas de Laplace unilaterais (divisão por t) Teorema: Se L ( ){ } ( )sFtf = , então

L( ) ( )∫

=

s

duuF t

tf desde que

( )t

tflim

0t +→ exista.

Prova

Seja ( ) ( ) ( ) ( )tg ttft

tftg =⇒=

L ( ){ }=tf L ( ){ }tg t

L ( ){ } ( )sGds

dtf −=

( ) ( )

( ) ( )sFsGds

d

sGds

dsF

−=

−=

Integrando a igualdade anterior, obtemos:

188

( ) ( )∫∫∞∞

−=

s

s

duuF duuGdu

d

( ) ( )∫∞

∞→−=

s

b

sb

duuF uGlim |

( ) ( )[ ] ( )∫∞

∞→−=−

s b

duuF sGbGlim

Como ( ) 0bGlim

b=

∞→:

( ) ( )∫∞

−=−

s

duuF sG

( ) ( )∫∞

=

s

duuF sG

L ( ){ }=tg L( ) ( )∫

=

s

duuF t

tf

Exemplo

L( )

t

tsen

Como L ( ){ } ( ) ( )∫

=

+=>

+=

+→:

a

zarctg

a

1

az

dz e 1

t

tsenlim 0,sRe ,

1s

1tsen

220t2

L( )

∫∫ +=

+=

∞→

∞ b

s

2b

s

2du

1u

1limdu

1u

1

t

tsen

( )[ ] ( ) ( )[ ]

( )

=−=

−==∞→∞→

s

1arctgsarctg

2

sarctgbarctglim uarctglimb

bs

b

π

Exemplo

Provar que ( )

=−

s

1arctgsarctg

2

π.

189

( )2s

1arctgsarctg

π=

+

Como ( ) ( ) stgsarctg =⇒= αα e ( )s

1tg

s

1arctg =⇒=

ββ , temos que:

2

πβα =+

( )

=+

2coscos

πβα

( ) ( ) ( ) ( ) 0sensencoscos =− βαβα ( ) ( ) ( ) ( )βαβα sensencoscos =

( )( )

( )( )β

β

α

α

cos

sen

sen

cos=

( )

( )βα

tgtg

1= ⇒

s

1

s

1=

4.5.10 – Convolução Teorema: Sejam ( )tf e ( )tg funções seccionalmente contínuas em ),0[ ∞ e de ordem exponencial. Então

L ( )( ){ }=∗ tgf L ( ){ }tf L ( ){ } ( ) ( )sGsFtg = .

Prova Aqui definimos a convolução como

( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )∫∫ −=−=∗

t

0

t

0

duugutf duutguf tgf .

Sejam ( ) =sF L ( ){ } ( )∫∞

τ− ττ=

0

s def tf e ( ) =sG L ( ){ } ( )∫∞

β− ββ=

0

s deg tg .

Assim:

190

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )∫ ∫

∫∫∞ ∞

+

=

=

0

0

s-

0

s

0

s

d dgfe

deg def sGsF

βτβτ

ββττ

βτ

βτ

Fixando τ e considerando βτββτ ddt e tt =−=⇒+= , temos que

( ) ( ) ( ) ( )∫ ∫∞ ∞

−=

0

0

st- ddt tge fsGsF τττ .

Como ( )tf e ( )tg são funções seccionalmente contínuas em ),0[ ∞ e de ordem exponencial, podemos inverter a ordem de integração. Dessa forma

( ) ( ) ( ) ( )

( )∫

∫ ∫∞

∗=

ττ−τ=

0

st

0

t

0

st

dtgfe

dtd tgf esGsF

=L{ }gf ∗ . Exemplo

L ( ) =

−∫t

0

u duutsene L ( ){ }=∗ tsene tL{ }te L ( ){ }

( )( )1s1s

1

1s

1

1s

1tsen

22 +−=

+−=

4.5.11 – Valor inicial Teorema: Se os limites indicados existem, então

( ) ( )ssFlimtflims0t ∞→→

= .

Prova

L ( ){ } ( ) ( ) ( )0fssFdtetf tf

0

st'' −== ∫∞

− (4.5.11.1)

Sabemos que, se ( )tf ' é seccionalmente contínua e de ordem exponencial, então

191

∞→slimL ( ){ } 0tf ' = .

Tomando o limite quando ∞→s em (4.5.11.1) e supondo que ( )tf é contínua em 0t = , encontramos

∞→slimL ( ){ } ( ) ( )[ ]0fssFlimtf

s

' −=∞→

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( ).tflimssFlim

0fssFlim

0fssFlim0

0ts

s

s

→∞→

∞→

∞→

=

=

−=

Exemplo

( ) ⇒= − t2e5tf L ( ){ }2s

5tf

+=

52s

s5lime5lims

t2

0t=

+=

∞→

4.5.12 – Valor final Teorema: Se os limites indicados existem, então

( ) ( )ssFlimtflim0st →∞→

= .

Prova

L ( ){ } ( ) ( ) ( )0fssFdtetf tf

0

st'' −== ∫∞

− (4.5.12.1)

O limite do lado esquerdo de (4.5.12.1) quando 0s → é:

( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ]

( ) ( )[ ]

( )[ ] ( )0ftflim

0ftflim

0fbflim tflimdttf limdttf dtetf lim

t

t

b

b0

b

b

0

'

b

0

'

0

st'

0s

−=

−=

−====

∞→

∞→

∞→∞→∞→

∞∞

→ ∫∫∫

O limite do lado direito de (4.5.12.1) quando 0s → é: ( ) ( )[ ] ( )[ ] ( )0fssFlim0fssFlim

0s0s−=−

→→

Logo:

192

( )[ ] ( ) ( )[ ] ( )

( )[ ] ( )[ ]ssFlimtflim

0fssFlim0ftflim

0st

0st

→∞→

→∞→

=

−=−

Exemplo

( ) ⇒= − t2e5tf L ( ){ }2s

5tf

+=

0

2s

s5lime5lim

0s

t2

t=

+=

∞→

4.6 – Transformada de Laplace unilateral de funções periódicas

Teorema: Suponha que ( )tf tem um período 0T > de modo que ( ) ( )tfTtf =+ ( ( )tf é periódica de período fundamental T). Então,

L ( ){ } ( )

( )

sT

T

0

stT

0

stsT e1

dtetf

dtetf e1

1tf

− −=

−=

∫∫ .

Prova

L ( ){ } ( ) ( ) ( ) ( ) K+++== ∫∫∫∫ −−−

3T

2T

st

2T

T

st

T

0

st

0

st dte tf dte tf dte tf dte tf tf

Substituições: ut = 1a integral Tut += 2a integral Ttu −=⇒ T2ut += 3a integral T2tu −=⇒ M Em todas as substituições temos que dtdu = . Logo:

L ( ){ } ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) K+++++= ∫∫∫ +−+−−

T

0

T2us

T

0

Tus

T

0

su due T2uf due Tuf due uf tf

L ( ){ } ( ) ( ) ( ) K+++= ∫∫∫ −−−−−

T

0

susT2

T

0

susT

T

0

su due uf edue uf edue uf tf

193

L ( ){ } ( ) ( )∫ −−−− ++++=

T

0

susT3sT2sT due uf eee1tf L

L ( ){ } ( ) ( )[ ] ( )∫ −−−− ++++=

T

0

su3sT2sTsT due uf eee1tf L

então ,1r se ,r1

1rrr1 Como 32 <

−=++++ L

L ( ){ } ( )∫ −

−−=

T

0

susT

due uf e1

1tf .

Exemplo

Seja ( )( )

π<≤π

π<≤=

2t 0,

t0 ,tsentf uma função 2π-periódica. Determine L ( ){ }tf .

Figura 65: Curva senoidal com meia onda retificada – [13].

L ( ){ } ( )∫π

π−−=

0

st2s

dte tsen e1

1tf (4.6.1)

Integrando (4.6.1) por partes duas vezes, obtemos:

L ( ){ } ( ) ( )[ ] |0

stst2s 2

tsensetcose1s

1

e1

1tf

π

−−

π−

−−+−

=

( )

+

+−= π−

π−1e

1s

1

e1

1 s

2s 2

194

( )( )

( )( )( )

( )( )1se1

1

1se1e1

e1

1se1

e1

2s-

2s-s-

s-

2s2

s-

+−=

+−+

+=

+−

+=

π

ππ

π

π−

π

4.7 – Cálculo de integrais impróprias

Exemplos

1o) ( )25

3

43

3dxe x4cos

22

0

x3 =+

=∫∞

2o) ( )∫∞

0

3t- dttsen te

L ( ){ }1s

1tsen

2 +=

( ) =∫∞

0

st- dtet tsen L ( ){ } ( ) ( )( )222

1s

s2

1s

1

ds

dsF

ds

d1ttsen

+=

+−=−=

( ) ( )

( ) 50

3

100

6

13

32dtet tsen

22

0

3t- ==+

=∫∞

3o) ∫∞ −−

0

t3-t

dtt

ee

L{ }

3s

1

1s

1ee t3t

+−

+=− −−

}

[ ] 2e3elimt

eelim t3t

0t

H'Lt3t

0t=+−=

− −−

−−

→ ++

∫ ++=+

Cazlnaz

dz

195

[ ]b

sb

b

sb

b

s b

s

0

stt3t

3u

1ulnlim3uln1ulnlim

du3u

1

1u

1 limdu

3u

1

1u

1 dte

t

ee

+

+=+−+=

+−

+=

+−

+=

∞→∞→

∞→

∞∞

−−−

∫∫∫

3s

1sln

3s

1sln

b

31

b

11

lnlim3s

1sln

3b

1blnlim

bb

+

+−=

+

+−

+

+=

+

+−

+

+=

∞→∞→

( ) ( ) ( )3ln3ln1ln3

1lndt

t

ee ,Assim

0s quando dtt

ee dte

t

ee

0

t3t

0

t3t

0

stt3t

=+−=

−=

→−

→−

∫∫∫

∞−−

+

∞−−

−−−

Exercícios Nos exercícios a seguir, calcule a transformada de Laplace.

01. L ( ) ( )[ ]{ }t2cos2t2sen3t − R.: ( )22

2

4s

s2s128

+

−+

02. L ( ){ }tcost 3 R.: ( )42

24

1s

6s36s6

+

+−

03. L ( ){ }tf onde ( )tf é a função periódica representada graficamente abaixo.

Figura 66: Onda quadrada – [17].

196

R.: L ( ){ }( )ase1s

1tf

−+=

04. ( )

∫∞ −

0

t

dtt

tsene

R.: 4

π

4.8 – Métodos para determinar a transformada de Laplace unilateral

4.8.1 – Uso da definição

L ( ){ } ( ) ( )∫∞

−==

0

stdte tf sFtf

4.8.2 – Expansão em série de potências Se ( )tf tem expansão em série de potências dada por

( ) ∑∞

=

=++++=

0n

nn

33

2210 tatatataatf K ,

então

L ( ){ } ( ) ∑∞

=

+=++++==

0n

1nn

43

32

210

s

a!n

s

!3a

s

!2a

s

a

s

asFtf K . (4.8.2.1)

A série (4.8.2.1) deve ser convergente para ( ) 0sRe > . Exemplo 1

Mostre que ( ) 1x ,x8.6.4.2

7.5.3.1x

6.4.2

5.3.1x

4.2

3.1x

2

11x1 432

2

1

<−+−+−=+−

K .

( ) ( ) 2

1

x1xf −+=

( ) ( ) ( ) 2

31 x1

2

1xf −

+−=

197

( ) ( ) ( ) 2

52 x1

2.2

3.1xf −

+=

( )( ) ( ) 2

73 x1

2.2.2

5.3.1xf −

+−=

( ) ( ) ( ) 2

94 x1

2.2.2.2

7.5.3.1xf −

+=

M

Série de Taylor de ( )xf : ( ) ( )( ) ( ) ( )∑∑

=

=

−=−=

0n

nn

0n

nn cx

!n

cfcxaxf (4.8.2.2)

Observação: A série (4.8.2.2) é extensível para uma função de variável complexa.

( ) ( ) ( ) ( )( ) ( )( ) ( )( ) ( ) ( )K+++++=+=

− 44

33

221

2

1

x!4

0fx

!3

0fx

!2

0fx

!1

0f

!0

0fx1xf

( ) ( ) K−+−+−=+=− 432

2

1

x2.2.2.2!.4

7.5.3.1x

2.2.2!.3

5.3.1x

2.2!.2

3.1x

2

11x1xf

( ) ( ) K−+−+−=+=− 432

2

1

x8.6.4.2

7.5.3.1x

6.4.2

5.3.1x

4.2

3.1x

2

11x1xf (4.8.2.3)

Região de convergência da série (4.8.2.3):

( ) ( ) ( )

( )( )

( )( )( )( )

1ncf

cflim

cf

!1n

!n

cflim

a

alimR

1n

n

n1n

n

n1n

n

n+=

+==

+∞→+∞→+

∞→

1n

1n2

1n

2

1

2

5.

2

3.

2

1

n2

11n

2

1

2

5.

2

3.

2

1

limRn

+

−−−

−−−−−

−−

+−−−−−

=∞→

K

K

11_

n2

3n

11

limn

2

31n

lim1nn

2

31

limRnnn

=

+=

−−

+=+

−−

=∞→∞→∞→

1x11xRcx <<−⇒<⇒<−

198

Exemplo 2

Sabendo que a função erro (probabilidade) é definida por

( ) ∫ −

π=

t

0

u due 2

terf2

a) calcule L ( ){ }terf ;

L ( ){ }=terf L

π ∫ −

t

0

u due 2 2

L ( ){ }=terf L

−+−+−

π ∫t

0

8642

du!4

u

!3

u

!2

u

!1

u1

2K

L ( ){ }=terf L

−+−+−π

K!4.9

t

!3.7

t

!2.5

t

3

tt

2 2

9

2

7

2

5

2

3

2

1

Como L{ } ( ) 0sRe ,s

!nt

1nn >=

+:

L ( ){ } ( ) 0sRe se ,

s!.4.9

2

11

s!.3.7

2

9

s!.2.5

2

7

s.3

2

5

s

2

3

2terf

2

11

2

9

2

7

2

5

2

3>

Γ

+

Γ

Γ

+

Γ

Γ

π= K (4.8.2.4)

Lembrando que ( ) ( )nn1n Γ=+Γ e π=

Γ

2

1, podemos calcular (4.8.2.4).

22

1

2

1

2

11

2

3 π=

Γ=

+Γ=

Γ

22

3

2

3

2

3

2

31

2

5 π=

Γ=

+Γ=

Γ

32

5.3

2

5

2

5

2

51

2

7 π=

Γ=

+Γ=

Γ

42

7.5.3

2

7

2

7

2

71

2

9 π=

Γ=

+Γ=

Γ

199

52

9.7.5.3

2

9

2

9

2

91

2

11 π=

Γ=

+Γ=

Γ

L ( ){ }

π+

π−

π+

π−

π

π= K

2

1152

942

732

522

3

s!.4.2.9

9.7.5.3

s!.3.2.7

7.5.3

s!.2.2.5

5.3

s.2.3

.3

s.2

2terf

K−+−+−=2

1142

932

722

5

2

3

s!.4.2.9

9.7.5.3

s!.3.2.7

7.5.3

s!.2.2.5

5.3

s.2.3

3

s

1

K−+−+−=2

11

2

9

2

7

2

5

2

3

s.8.6.4.2

7.5.3.1

s.6.4.2

5.3.1

s.4.2

3.1

s.2

1

s

1

−+−+−= K

432

2

3 s

1

8.6.4.2

7.5.3.1

s

1

6.4.2

5.3.1

s

1

4.2

3.1

s

1

2

11

s

1 (4.8.2.5)

( ) ( ) 1s1s

1 ,

s

1

8.6.4.2

7.5.3.1

s

1

6.4.2

5.3.1

s

1

4.2

3.1

s

1

2

11s1sF

4322

11 >⇒<−+−+−=+=

−− K (4.8.2.6)

Utilizando (4.8.2.6) em (4.8.2.5), temos que

L ( ){ }1ss

1

1s

s

s

1

s

11

s

1terf

2

1

2

3

2

1

2

3+

=

+=

+=

L ( ){ } ( )( )1s0sRes se ,1ss

1terf >∩>∈

+= .

b) mostre que L( )

( )terfe1ss

1 t1 =

− .

Se L( )

( )terfe1ss

1 t1 =

− , então L ( ){ }( )1ss

1terfe t

−= .

Como L ( ){ } ( )asFtfeat −= e L ( ){ }1ss

1terf

+= , temos

L ( ){ }( ) ( )1ss

1

11s1s

1terfe t

−=

+−−= .

200

4.8.3 – Uso de equações diferenciais Uso de uma equação diferencial ordinária satisfeita por ( )tf e da transformada de Laplace de derivadas.

4.8.4 – Outros métodos Uso das propriedades da transformada de Laplace.

4.8.5 – Uso de tabelas de transformadas

4.9 – Transformada de Laplace unilateral de algumas funções

4.9.1 – Função nula

Se ( ) 0duuN t

0

=∫ para 0t > , então ( )tN é chamada função nula.

Exemplo

( )

=−

=

=

contrário caso 0,

1 t,12

1 t,1

tf é uma função nula.

Transformada de Laplace da função nula: L ( ){ } 0tN =

4.9.2 – Função degrau unitário

u ( )

<≤=−

a t1,

at0 ,0at

Transformada de Laplace da função degrau unitário: L{u ( )at − }s

e as−

= , ( ) 0sRe > .

Prova

Sabemos que L{ ( )atf − u ( )at − } ( )sFe as−= (teorema de translação). (4.9.2.1)

201

Se em (4.9.2.1) considerarmos ( ) ( ) 1atf1tf =−⇒= , então temos que L{ }s

11 = e

L{u ( )at − }s

e as−

= .

4.9.3 – Função impulso unitário Usada para representar forças externas de grande amplitude que agem por um curto período de tempo.

( )

+≥

+<≤

−<≤

=−

a t t0,

atta- t,a2

1

att0 ,0

tt

0

00

0

0aδ , 0a,0t 0 >>

a2

1

( ) 1a2a2

1A ==

t at 0 − 0t at 0 +

Figura 67: Função impulso unitário.

( )a2

1tt 0a =−δ {u ( )[ ]−−− att 0 u ( )[ ]att 0 +− }

Considerando ( ) ( )0a

0a0 ttlimtt −=−

→δδ , temos o delta de Dirac:

( )

=∞=−

0

00 t t,0

t t,ttδ

Propriedade do delta de Dirac: ( ) 1dttt

0

0 =−∫∞

δ

Transformada de Laplace do delta de Dirac:

L ( ){ } 0st0 ett −=−δ ou L ( ){ } aseat −=−δ .

202

Prova

( )a2

1tt 0a =−δ {u ( )[ ]−−− att 0 u ( )[ ]att 0 +− }

L ( ){ }a2

1tt 0a =−δ L{u ( )[ ]att 0 −− }

a2

1− L{u ( )[ ]att 0 +− }

L ( ){ }( ) ( )

( )assenhas

e

as2

eee

s

e

s

e

a2

1tt

0

0

00 stasasst

satsat

0a

−−−

+−−−

=

−=

−=−δ (4.9.3.1)

Tomando o limite de (1) quando 0a → , obtemos:

0a

lim→L ( ){ }=−δ 0a tt L ( ){ }

}000 st

asas

0a

stLHasas

0a

st0 e

s2

seselime

as2

eelimett −

−−

− =

+=

−=−δ (4.9.3.2)

Quando em (4.9.3.2) 0t 0 = , temos que L { }{ } 1t =δ . (4.9.3.3)

É importante ressaltar que (4.9.3.3) não satisfaz ( ) 0sFlim

s=

∞→.

4.9.4 – Algumas funções periódicas

( )tf ( )sF

( )as

as

e1s

e1−

+

( )ase1s

1−+

203

−−

1e

1

bs

1

s

asb

( )s2

s

e1s

e1−

+

( )( ) 1s

2

sghcot

e11s

e12s 2

s

+

=−+

+−

π

π

π

( )( )s -2 e11s

1π−+

Tabela 5: Transformada de Laplace de algumas funções periódicas – [17].

Exercício Prove as transformadas de Laplace das funções periódicas presentes na Tabela 5.

204

4.10 – Métodos para determinar a transformada de Laplace unilateral inversa

4.10.1 – Completando quadrados Exemplo

L

++

+−

13s6s

5s2

1 (4.10.1.1)

Polos de ordem um: i23s −−= , i23s +−=

Completando quadrados em (4.10.1.1), temos que:

L =

++

+−

13s6s

5s2

1 L( )

++

++−

43s

23s2

1

= L( )

+

++

+−

43s

3s2

1 L( )

++

43s

22

1

( ) ( )

( ) ( )[ ]t2sent2cose

t2senet2cose3t-

t3-3t

+=

+= −

No exemplo acima, empregamos a propriedade de linearidade e a propriedade de translação da transformada de Laplace unilateral inversa L ( ){ } ( )tfeasF at1 =−− .

4.10.2 – Decomposição em frações parciais

Qualquer função racional ( )( )sQ

sP, onde P(s) e Q(s) são polinômios, com o grau de P(s) menor do

que o grau de Q(s), pode ser escrita como uma soma de funções racionais (chamadas frações parciais), tendo a forma

( ) ( )

K1,2,3,r ,cbsas

BAs ,

bas

Ar2r

=++

+

+

As constantes A, B, C, ..., podem ser determinadas de várias maneiras, como veremos nas

questões a seguir. Decompondo o quociente ( )( )sQ

sP em uma soma de frações parciais, determinamos a

transformada inversa de Laplace de cada uma dessas frações obtendo L( )( )

sQ

sP1 .

1. ( ) ( ) ( ) 5s

E

4s2s

DCs

4s2s

BAs

5s4s2s

2s4s322222

2

−+

++

++

++

+=

−++

+−

205

2. ( )( ) ( ) ( ) 1s2

D

1s2

C

1s2

B

4s3

A

1s24s3

5s2233 +

++

++

+−

=+−

Exemplo 1

L

−−

+−

3s2s

7s32

1

Polos de ordem um: 1s −= , 3s = Primeiro método (completando quadrados)

L =

−−

+−

3s2s

7s32

1L

( )( )

−−

+−−

41s

101s32

1

= 3L( )

−−

−−

41s

1s2

1 +5L( )

−−

41s

22

1

( ) ( )t2senhe5t2coshe3 tt +=

−+

+=

−−

2

eee5

2

eee3

t2t2t

t2t2t

tt3tt3 e2

5e

2

5e

2

3e

2

3 −− −++=

tt3 ee4 −−= Segundo método (decompondo em frações parciais e solucionando o sistema)

( )( ) 1s

B

3s

A

1s3s

7s3

3s2s

7s32 +

+−

=+−

+=

−−

+

( )( )( ) ( )( )( )

( ) ( )( ) ( )

( )4A-1B-44B

1- 7B3A

3B A

B3As BA7s3

3sB1sA7s3

1s3s

3sB1sA

1s3s

7s3

=⇒=⇒=

×=−

=+

−++=+

−++=+

+−

−++=

+−

+

206

( )( ) 1s

1

3s

4

1s3s

7s3

3s2s

7s32 +

−−

=+−

+=

−−

+

L =

−−

+−

3s2s

7s32

1L

( )( )=

+−

+−

1s3s

7s31L

+−

1s

1

3s

41

4= L −

3s

11L

+

1s

11

tt3 ee4 −−= Terceiro método (decompondo em frações parciais e calculando os limites; pode ser usado sempre que o denominador tem fatores lineares distintos)

( )( )

( )( )( ) ( ) ( )

( )( )( ) ( ) ( )

1BB04

4

1s1s

Blim1s

3s

Alim1s

1s3s

7s3lim

4A0A4

16

3s1s

Blim3s

3s

Alim3s

1s3s

7s3lim

1s

B

3s

A

1s3s

7s3

1s1s1s

3s3s3s

−=⇒+=−

++

++−

=++−

+

=⇒+=

−+

+−−

=−+−

+

++

−=

+−

+

−→−→−→

→→→

Exemplo 2

L

−+−

+−

1sss

1s323

1

Fatorando o denominador: 1 -1 1 -1 1 1 0 1 0 ( )( )1s1s1sss 223 +−=−+− Polos de ordem um: 1s = , is = , is −=

207

( )( )

( )( )( ) ( ) ( )

( )( )( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )CAs CBs BA1s3

1sCssB1sA1s3

1sC1sBs1sA1s3

1s1s

1sC1sBs1sA

1s1s

1s3

1s

C

1s

Bs

1s

A

1s

CBs

1s

A

1s1s

1s3

1sss

1s3

2

22

2

2

2

2

222223

−++−++=+

−+−++=+

−+−++=+

+−

−+−++=

+−

+

++

++

−=

+

++

−=

+−

+=

−+−

+

=−

=+−

=+

1C A

3CB

0 BA

2A e 1C2B4B21CB

3CBBA0BA ==⇒−=⇒=−⇒

=−−

=+−⇒−=⇒=+

( )( ) 1s

1

1s

s2

1s

2

1s1s

1s3

1sss

1s322223 +

++

−−

=+−

+=

−+−

+

L =

−+−

+−

1sss

1s323

1L

( )( )=

+−

+−

1s1s

1s32

1L

++

+−

1s

1

1s

s2

1s

222

1

2 = L 21s

11- −

−L +

+

1s

s2

1L

+

1s

12

1

( ) ( )tsentcos22e t +−= Exemplo 3

L

−++−

−−−

8s4s6s5s

11s15s5234

21

Fatorando o denominador: 1 -5 6 4 -8 -1 1 -6 12 -8 0 2 1 -4 4 0 2 1 -2 0 2 1 0

( )( )3234 2s1s8s4s6s5s −+=−++− Polos de ordem um: 1s −=

208

Polos de ordem três: 2s =

( )( ) ( ) ( ) 2s

D

2s

C

2s

B

1s

A

2s1s

11s15s5

8s4s6s5s

11s15s5233

2

234

2

−+

−+

−+

+=

−+

−−=

−++−

−−

( )( )( ) ( )

( )( )

( )( )

( )

3

1A000A

27

9

1s2s

Dlim

1s2s

Clim1s

2s

Blim1s

1s

Alim1s

2s1s

11s15s5lim

1s

21s31s1s3

2

1s

−=⇒+++=−

+−

+

++−

++−

+++

=+−+

−−

−→

−→−→−→−→

( )( )( ) ( )

( )( )

( )( )

( )

73

21B00B0

3

113020

2s2s

Dlim

2s2s

Clim2s

2s

Blim2s

1s

Alim2s

2s1s

11s15s5lim

3

2s

3

22s

3

32s

3

2s

3

3

2

2s

−=−=⇒+++=−−

−−

+

+−−

+−−

+−+

=−−+

−−

→→→→

( )( ) ( ) ( )

( )( )

( ) ( ) ( )( ) ( )( )

( )( )

( ) ( ) ( ) ( )( )

( ) ( ) ( ) ( )4s3sD2ssC1s78s12s6s3

111s15s5

4s4s1sD2ssC1s78s12s6s3

111s15s5

2s1s

2s1sD2s1sC1s72s31

2s1s

11s15s5

2s

D

2s

C

2s

7

1s3

1

2s1s

11s15s5

232232

22232

3

23

3

2

233

2

+−+−−++−−+−−=−−

+−++−−++−−+−−=−−

−+

−++−+++−−−=

−+

−−

−+

−+

−−

+

−=

−+

−−

( ) ( )

−++−+−−−++−+

−=−− 7

3

8D4C2s 74Cs 2D3Cs

3

1D11s15s5 232

( ) 11111173

8

3

1442117

3

8D4C2

4C1574C

4C523

13C52D3C

3

1D0

3

1D

−=−⇒−=−+

+−⇒−=−++−

=⇒−=−−−

=⇒=+

−⇒=+−

=⇒=−

L =

−++−

−−−

8s4s6s5s

11s15s5234

21

L( )( )

−+

−−−

3

21

2s1s

11s15s5

209

=L( ) ( )

−+

−+

−−

+−−

2s

1

3

1

2s

4

2s

7

1s

1

3

123

1

Como ( )22s

1

2s

1

ds

d

−−=

− e

( )32

2

2s

2

2s

1

ds

d

−=

− temos que

Lt2t2t22t

234

21 e

3

1te4et

2

7e

3

1

8s4s6s5s

11s15s5++−−=

−++−

−− −− .

4.10.3 – Expansão em série de potências Se ( )sF tem um desenvolvimento em série de potências negativas de s dado por

( ) ∑∞

=

+=++++=

0n

1nn

43

32

210

s

a

s

a

s

a

s

a

s

asF K ,

então podemos inverter termo a termo para obter

L ( ){ } ( ) ∑∞

=

− =++++==

0n

nn

33

22

101

!n

ta

!3

ta

!2

tataatfsF K .

Exemplo

A função de Bessel de ordem zero é definida pela série

( ) ( ) ( )( )∑

=

−=

0n

n22

n2n

02!n

at1atJ .

Mostre que L ( )t2Js

e0

s

1

1 =

− .

Se L ( )t2Js

e0

s

1

1 =

− , então L ( ){ }s

et2J

s

1

0

= .

210

( ) ( ) ( )( )

( )( )

( ) ( ) ( ) ( )K+

+

+

=

−=−= ∑∑

=

=

1010

28

8

26

6

24

4

22

2

0n

n2n2

2

n

0n

n22

n2n

0

t2

a

!5

1t

2

a

!4

1t

2

a

!3

1t

2

a

!2

1t

2

a-1

t2

a

!n

11

2!n

at1atJ

( ) ( ) ( )( )

( )( )

( )( )

( ) ( ) ( ) ( )K+−+−+=

−=

−=−= ∑∑∑

=

=

=

52

42

32

22

0n

n2

n

0n

n2n2

2

n

0n

n22

n2

n0

t!5

1t

!4

1t

!3

1t

!2

1t-1

t!n

11t

2

2

!n

11

2!n

t21t2J

Como L{ } ( ) 0sRe ,s

!nt

1nn >=

+, temos que:

L ( ){ }=t2J0 L( ) ( ) ( ) ( )

+−+−+ K52

42

32

22

t!5

1t

!4

1t

!3

1t

!2

1t-1

( ) ( ) ( ) ( )

K+−+−+−=625242322 s

!5

!5

1

s

!4

!4

1

s

!3

!3

1

s

!2

!2

1

s

1

s

1

K+−+−+−=65432 s

1

!5

1

s

1

!4

1

s

1

!3

1

s

1

!2

1

s

1

s

1

( )∑

=

+

−=

0n

1n

n

s!n

1, ( ) 0sRe >

Expandindo 1ss

1

ee−−

= em série de potências:

( )

K+−+−+−=−

=∑∞

=

−− −

5432

0n

n1s

s

1

!5

1

s

1

!4

1

s

1

!3

1

s

1

!2

1

s

11

!n

se

1

(4.10.3.1)

Raio de convergência da série (4.10.3.1):

( )

( )∞=+=

+=

+

==∞→∞→∞→

+∞→

1nlim!n

!1nlim

!1n

1!n

1

lima

alimR

nnn1n

n

n

Assim:

211

+−+−+−=

K5432

s

1

s

1

!5

1

s

1

!4

1

s

1

!3

1

s

1

!2

1

s

11

s

1

s

e

K+−+−+−=65432 s

1

!5

1

s

1

!4

1

s

1

!3

1

s

1

!2

1

s

1

s

1 0s = : singularidade essencial

( )∑

=

+

−=

0n

1n

n

s!n

1 (4.10.3.2)

Comparando (4.10.3.1) e (4.10.3.2), concluímos que L ( ){ }s

et2J

s

1

0

= .

4.10.4 – Uso de tabelas de transformadas de Laplace

4.10.5 – A fórmula de Heaviside Sejam P(s) e Q(s) polinômios onde P(s) tem grau menor do que o de Q(s). Suponha que Q(s) tem n zeros distintos n,1,2,k ,k K=α . Então

L( )( )

( )( )

( )

( )∑∑=

α

=

α−

α

α=

α

α=

n

1k

t

k

k

n

1k

t

k'

k1 kk eQ

ds

dP

eQ

P

sQ

sP.

Exemplo

L

−−

+−

3s2s

7s32

1

( )

( ) ( )( )

( ) 2s2sQds

d

1 e 31s3s3s2ssQ

7s3sP

212

−=

−=α=α⇒+−=−−=

+=

L( )( )∑

=

α−

−α

+α=

−−

+2

1k

t

k

k2

1 ke22

73

3s2s

7s3

( )( )

( )( )

t3t

tt3

e4e

e212

713e

232

733

−=

−−

+−+

+=

212

4.10.6 – A fórmula geral (ou complexa) de inversão Também conhecia como fórmula de Bromwich ou fórmula integral de Bromwich. Se L ( ){ } ( )sFtf = , então

L ( ){ } ( ) ( )∫∞+γ

∞−γ

π==

i

i

st1 dse sF i 2

1tfsF , 0t > e ( ) 0tf = para 0t < (4.10.6.1)

ou

( ) ( )∫π=

C

stdse sFi 2

1tf .

A integração em (4.10.6.1) deve ser efetuada ao longo de uma reta γ=s no plano complexo, onde iyxs += . O número real γ é escolhido de tal forma que γ=s esteja à direita de todas as

singularidades de ( )sF . Referência SPIEGEL, M.R. Transformadas de Laplace. São Paulo: McGraw-Hill. Capítulo 7. Exercícios

01. L

−−−+

−−

30s17s3ss

3s234

21

R.: ( ) ( ) ( )t2cose50

1t2sene

25

9e

25

1e

50

3tf ttt2t3 −−− −+−=

02. L

+−

+−−−

16s8s

36s40s3s324

231

R.: ( ) ( ) t2t2 te2et53tf −+= −

213

4.11 – Solução de equações diferenciais

4.11.1 – Equações diferenciais ordinárias com coeficientes constantes Exemplo 1

( ) ( ) ( )( )

( )

=

−=

=+−

50y

30y

e4ty2ty3ty

'

t2'"

(4.11.1.1)

L ( ){ } ( )sYty = Aplicando a transformada de Laplace unilateral à equação diferencial ordinária de segunda ordem: L ( ){ } 3ty" − L ( ){ } 2ty ' + L ( ){ } 4ty = L{ }t2e

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( )2s

495s3sY2s3s

2s

4sY20y3ssY30y0sysYs

2

'2

−=−−++−

−=++−−−

( ) ( )

( )( ) ( )

( )( ) ( )2s

24s20s3

2s

28s14s6s34sY2s1s

14s32s

4sY2s1s

14s32s

4sY2s3s

22

2

−+−=

−++−=−−

+−−

=−−

+−−

=+−

( )( )( )2

2

2s1s

24s20s3sY

−−

−+−= (4.11.1.2)

Polos de ordem um: 1s = Polos de ordem dois: 2s = Decompondo (4.11.1.2) em frações parciais:

( )( ) ( ) 2s

C

2s

B

1s

A

2s1s

24s20s322

2

−+

−+

−=

−−

−+− (4.11.1.3)

( ) ( ) ( )( )2s1sC1sB2sA24s20s3 22 −−+−+−=−+−

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )C2BA4s C3BA4s CA24s20s3

2s3sC1sB4s4sA24s20s322

222

+−+−+−++=−+−

+−+−++−=−+−

214

−=+−

=−+−

−=+

24C2BA4

20 C3BA4

3 C A

(4.11.1.4)

Calculando limites em (4.11.1.3):

( )( ) ( )

( )( )( ) ( )

( )( ) ( )

( )( )( ) ( )

( )( ) ( )

4B0B04

2s2s

Clim2s

2s

Blim2s

1s

Alim2s

2s1s

24s20s3lim

7A00A7

1s2s

Clim1s

2s

Blim1s

1s

Alim1s

2s1s

24s20s3lim

2s

C

2s

B

1s

A

2s1s

24s20s3

2

2s

2

22s

2

2s

2

2

2

2s

1s21s1s2

2

1s

22

2

=⇒++=

−−

+−−

+−−

=−−−

−+−

−=⇒++=−

−−

+−−

+−−

=−−−

−+−

−+

−+

−=

−−

−+−

→→→→

→→→→

Substituindo os valores de A e B na primeira equação de (4.11.1.4): 4C3C73CA =⇒−=+−⇒−=+ Assim:

( )( )( ) ( ) 2s

4

2s

4

1s

7

2s1s

24s20s3sY

22

2

−+

−+

−−=

−−

−+−= (4.11.1.5)

Aplicando a transformada de Laplace unilateral inversa a (4.11.1.5):

L ( ){ } 7sY1 −=−L 4

1s

11 +

−L

( )4

2s

12

1 +

−L

2s

11

L ( ){ } 7sY1 −=−L 4

1s

11 +

−L 4

2s

11 −

−L

( )

−−−

21

2s

1

Como ( )22s

1

2s

1

ds

d

−−=

− ou L{ }

( )2t2

2s

1te

−= e L ( ) ( ){ } ( ) ( )tft1sF nnn1 −=− , temos como

solução da equação diferencial ordinária de segunda ordem ( ) t2t2t te4e4e7ty ++−= . (4.11.1.6) Exercício Verifique que (4.11.1.6) é solução de (4.11.1.1).

215

Exemplo 2

( ) ( ) ( )

( )

=

=+

00y

tfty2ty '

(4.11.1.7)

( )

<≤=

1 t0,

1t0 ,ttf (4.11.1.8)

L ( ){ } ( )sYty = Escrevendo (4.11.1.8) de forma compacta:

( ) tttf −= u ( ),1t − u ( )

<≤=−

1 t1,

1t0 ,01t

Aplicando a transformada de Laplace unilateral à equação diferencial ordinária de primeira ordem:

L ( ){ } 2ty ' + L ( ){ }=ty L{ tt − u ( )1t − }

L ( ){ } 2ty ' + L ( ){ }=ty L{ }−t L{ t u ( )1t − }

Lembrando que L ( ){ } ( ) ( )sFds

d1tft

n

nnn −= , onde ( ) =sF L ( ){ }tf , e que L{u ( )at − }

s

e as−

= ,

temos que:

( ) ( ) ( ) ( )

−−=+−

s

e

ds

d1

s

1sY20yssY

s

2

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )2

s

2

s

2

s

e1s

s

1sY2s

s

e

ds

d1

s

12Y20yssY

+−=+

−−=+−

( )( ) ( )

s22

e2ss

1s

2ss

1sY −

+

+−

+= (4.11.1.9)

Polos de ordem um: 2s −= Polos de ordem dois: 0s = Decompondo (4.11.1.9) em frações parciais:

216

( ) 4

1C ,

2

1B ,

4

1A

2s

C

s

BAs

2ss

122

==−=⇒+

++

=+

( ) 4

1C ,

2

1B ,

4

1A

2s

C

s

BAs

2ss

1s22

−===⇒+

++

=+

+

( ) s2222

e 2s

1

4

1

s

1

2

1

s

s

4

1

2s

1

4

1

s

1

2

1

s

s

4

1sY −

+−+−

+++−=

( ) ss2

s-2

e 2s

1

4

1e

s

1

2

1e

s

1

4

1

2s

1

4

1

s

1

2

1

s

1

4

1sY −−

++−−

+++−= (4.11.1.10)

Aplicando a transformada de Laplace unilateral inversa a (4.11.1.10):

L ( ){ }4

1sY1 −=−

L2

1

s

11 +

L4

1

s

12

1 +

L +

+

2s

11

4

1− L

2

1e

s

1 s-1 −

L4

1e

s

1 s2

1 +

−−

L

+

−− s1 e 2s

1 (4.11.1.11)

Lembrando que L ( ){ } ( )atfsFe as1 −=−−

u ( )at − , obtemos de (4.11.1.11) a solução da equação diferencial ordinária de primeira ordem.

( )4

1e

4

1t

2

1

4

1ty t2 −++−= −

u ( ) ( )1t2

11t −−− u ( ) ( )1t2e

4

11t −−+− u ( )1t − (4.11.1.12)

( )2

1e

4

1t

2

1

4

1ty t2 −++−= −

u ( )1t − ( )

−−+ −− 1t2e

2

11t

2

1

( )2

1e

4

1t

2

1

4

1ty t2 −++−= −

u ( )1t − ( )

−+− −− 1t2e

2

1t

2

1

( )

≥+

<≤++−

=+−−

1 t ,e4

1e

4

1

1t0 ,e4

1t

2

1

4

1

ty2t2t2

t2

Exercício Verifique que (4.11.1.12) é solução de (4.11.1.7).

217

Exemplo 3 A equação diferencial para a carga ( )tq em um capacitor em um circuito em série R-C é

( ) ( ) ( )tEtqC

1tq

dt

dR =+ ,

onde R é a resistência, C é a capacitância e ( )tE é a força eletromotriz (f.e.m). Use as transformadas de Laplace para determinar a carga no capacitor em um circuito em série R-C se ( ) farad 0,08C ohms, 2,5R ,00q === e ( )tE é dada pelo gráfico da Figura 68.

Figura 68: Força eletromotriz – [17].

L ( ){ } ( )sQtq =

Escrevendo ( )tE de uma maneira compacta:

( )

<≤=

3 t5,

3t0 ,0tE

u ( )

<≤=−

3 t,1

3t0 ,03t

( ) 5tE = u ( )3t − Aplicando a transformada de Laplace unilateral à equação diferencial ordinária de primeira ordem:

0 ( ) ( ) 5tq2

25tq

dt

d5,2 =+ u ( )3t − (4.11.1.13)

L ( ) ( ) =

+ tq5,12tqdt

d5,2 L{5u ( )3t − }

218

5,2 L ( ) 5,12tqdt

d+

L ( ){ } 5tq = L{u ( )3t − }

( ) ( ) ( )s

e5sQ5,120q5,2ssQ5,2

s3−

=+−

( ) ( )s

e5sQ5,12s5,2

s3−

=+

( )( ) ( ) ( )5ss

e2

5ss5,2

e5

5,12s5,2s

e5sQ

s3s3s3

+=

+=

+=

−−−

(4.11.1.14)

Polos de ordem um: 5s −= , 0s = Decompondo (4.11.1.14) em frações parciais:

( ) 5

1-B ,

5

1A

5s

B

s

A

5ss

1==⇒

++=

+

( ) 3s-e 5s

1

5

1

s

1

5

12sQ

+−= (4.11.1.15)

Aplicando a transformada de Laplace unilateral inversa a (4.11.1.15):

L ( ){ }=− sQ1L

+−− 3s-1 e

5s

1

5

1

s

1

5

12

L ( ){ }5

2sQ1 =−

L5

2e

s

1 3s-1 −

L

+

− 3s-1 e5s

1 (4.11.1.16)

Usando em (4.11.1.16) a propriedade L ( ){ } ( )atfsFe as1 −=−−

u ( )at − , obtemos a solução da equação diferencial ordinária de primeira ordem.

( )5

2tq = u ( )

5

23t −− u ( ) ( )3t5e3t −−− (4.11.1.17)

( )5

2tq = u ( ) ( )[ ]3t5e13t −−−−

( ) ( )[ ]

≥−

<≤

=−− 3 t ,e1

5

2

3t0 ,0 tq

3t5

Exercício Verifique que (4.11.1.17) é solução de (4.11.1.13).

219

4.11.2 – Equações diferenciais ordinárias com coeficientes variáveis Exemplo

( ) ( ) ( ) ( )( )

( )

=

=

=−−+

20y

10y

0ty2tyt21tty

'

'"

(4.11.2.1)

L ( ){ } ( )sYty = Aplicando a transformada de Laplace unilateral à equação diferencial ordinária de segunda ordem, obtemos:

L ( ){ }+tty"

L ( ){ } 2ty ' − L ( ){ } 2tty ' − L ( ){ }=ty L{ }0 (4.11.2.2) Devemos lembrar que:

L ( ){ } ( )sFds

dttf −=

L ( ){ } ( ) ( ) ( ) ( ) 2ssYs0y0sysYsty 2'2" −−=−−=

L ( ){ } ( )[ ] ( ) ( ) ( ) ( ) 1sYds

dsssY21sY

ds

dsssY22ssYs

ds

dtty 222" +−−=

−+−=−−−=

L ( ){ } ( ) ( ) ( ) 1ssY0yssYty ' −=−=

L ( ){ } ( )[ ] ( ) ( ) ( ) ( )sYds

dssYsY

ds

dssY1ssY

ds

dtty ' −−=

+−=−−=

Voltando a (4.11.2.2):

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) 0ssYsYds

d2ss

0ssYsYds

ds2s

0sY2sYds

ds2sY21ssY1sY

ds

dsssY2

2

2

=−−−

=−+−

=−++−++−−

( ) ( ) ( ) 0ssYsYds

d2ss =+− EDO linear de primeira ordem homogênea (4.11.2.3)

Separando variáveis em (4.11.2.3), chegamos a:

220

( ) ( )

( ) ( )( )

2s

1

ds

sdY

sY

1

2ss

ssY

ds

sdY

−−=⇒

−−=

( )[ ]2s

1sYln

ds

d

−−= (4.11.2.4)

Integrando (4.11.2.4), temos que: ( ) ( ) 1C2slnsYln +−−=

( ) ( ) 1C2slnesY +−−=

( ) ( ) ( )2s

C2sCeesY 12slnC 1

1

−=−==

−− −

(4.11.2.5)

Polos de ordem um: 2s = Aplicando a transformada de Laplace unilateral inversa a (4.11.2.5):

L ( ){ }=− sY1L

2s

C1

( ) Cty = Lt21 Ce

2s

1=

− (4.11.2.6)

Para determinar a constante C em (4.11.2.6) usamos a condição inicial ( ) 10y = : ( ) ( ) 1C1Ce0y 02 =⇒== (4.11.2.7) Substituindo (4.11.2.7) em (4.11.2.6), obtemos a solução da equação diferencial ordinária. ( ) t2ety = (4.11.2.8) Exercício Verifique que (4.11.2.8) é solução de (4.11.2.1).

221

4.11.3 – Equações diferenciais ordinárias simultâneas Exemplo

( ) ( )

( ) ( )( )

( )( )

=

−=

=

=−

=+−

00y

20x

30x

etytx

ttytx

'

t"

''

(4.11.3.1)

L ( ){ } ( )sXtx = , L ( ){ } ( )sYty = Aplicando a transformada de Laplace unilateral à primeira equação diferencial ordinária: L ( ){ }+tx '

L ( ){ }=ty 'L{ }t

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( )2

2

s

1ssY3ssX

s

10yssY0xssX

=+−

=−+−

( ) ( ) 3s

1ssYssX

2+=+ (4.11.3.2)

Aplicando a transformada de Laplace unilateral à segunda equação diferencial ordinária: L ( ){ }−tx "

L ( ){ }=ty L{ }te−

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( )1s

1sY2s3sXs

1s

1sY0x0sxsXs

2

'2

+=−+−

+=−−−

( ) ( ) 2s31s

1sYsXs2 −+

+=− (4.11.3.3)

Solucionando o sistema composto pelas equações (4.11.3.2) e (4.11.3.3):

( ) ( )

( ) ( )

−++

=−

+=+

2s31s

1sYsXs

3s

1ssYssX

2

2

Multiplicando (4.11.3.2) por (-s) e somando o produto a (4.11.3.3):

222

( ) ( ) s3s

12s3

1s

1sY1s2 −−−+

+=+−

( )( ) ( )( ) 1s

2

1s1s

1

1ss

1sY

222 ++

++−

+= (4.11.3.4)

Polos de ordem um: 1s −= , 0s = , is = , is −= Decompondo (4.11.3.4) em frações parciais:

( )

0C -1,B ,1A1s

CBs

s

A

1ss

122

===⇒+

++=

+

( )( ) 2

1F ,

2

1E ,

2

1D

1s

FEs

1s

D

1s1s

122

−==−=⇒+

++

+=

++−

( )1s

2

1s

1

2

1

1s

s

2

1

1s

1

2

1

1s

s

s

1sY

2222 ++

+−

++

+−

+−=

( )1s

s

2

1

1s

1

2

3

1s

1

2

1

s

1sY

22 +−

++

+−= (4.11.3.5)

Aplicando a transformada de Laplace unilateral inversa a (4.11.3.5):

L ( ){ }=− sY1 L

+−

++

+−−

1s

s

2

1

1s

1

2

3

1s

1

2

1

s

122

1

L ( ){ }=− sY1L

2

1

s

11 −

L2

3

1s

11 +

+

−L

2

1

1s

12

1 −

+

−L

+

1s

s2

1

( ) ( ) ( )tcos2

1tsen

2

3e

2

11ty t −+−= −

Usando as equações (4.11.3.2) e (4.11.3.5) para determinar ( )sX :

( ) ( )

( ) ( )s

3

s

1sYsX

3s

1ssYssX

3

2

++−=

++−=

( )s

3

s

1

1s

s

2

1

1s

1

2

3

1s

1

2

1

s

1sX

322++

++

+−

++−=

( )1s

s

2

1

1s

1

2

3

1s

1

2

1

s

1

s

2sX

223 ++

+−

+++= (4.11.3.6)

Polos de ordem um: 1s −= , is = , is −=

223

Polos de ordem três: 0s = Aplicando a transformada de Laplace unilateral inversa a (4.11.3.6):

L ( ){ }=− sX1L

++

+−

+++−

1s

s

2

1

1s

1

2

3

1s

1

2

1

s

1

s

2223

1

L ( ){ } 2sX1 =−L +

s

11L

2

1

s

13

1 +

L2

3

1s

11 −

+

−L

2

1

1s

12

1 +

+

−L

+

1s

s2

1

( ) ( ) ( )tcos2

1tsen

2

3e

2

1t

2

12tx t2 +−++= −

Assim, a solução do sistema de equações diferenciais ordinárias é dada por:

( ) ( ) ( )tcos2

1tsen

2

3e

2

1t

2

12tx t2 +−++= − (4.11.3.7)

( ) ( ) ( )tcos2

1tsen

2

3e

2

11ty t −+−= − (4.11.3.8)

Exercício Verifique que (4.11.3.7) e (4.11.3.8) satisfazem (4.11.3.1).

4.11.4 – Equações diferenciais parciais Dada ( )t,xu , fixamos a variável x e deixamos a variável t livre. Dessa forma:

L ( ){ } ( ) ( )s,xUdte t,xu t,xu

0

st- == ∫∞

L ( ) =

∂t,xu

tL ( ) ( ) ( )0,xus,xsUt,xu

dt

d−=

L ( ) =

∂t,xu

t 2

2

L ( ) ( ) ( ) ( )0,xu0,xsus,xUst,xudt

dt

22

2

−−=

L ( ) ( )s,xUdx

dt,xu

x=

∂ (4.11.4.1)

224

L ( ) ( )s,xUdx

dt,xu

x 2

2

2

2

=

∂ (4.11.4.2)

Obtemos (4.11.4.1) e (4.11.4.2) derivando sob o sinal de integração (regra de Leibniz). Exemplo 1

( ) ( )( )( )

>=

>=

<<=

><<=

0t 0 t1,u

0t 0 t0,u

1x0 x 2sen3x,0u

0 t1,x0 uu xxt

π (4.11.4.3)

L ( ){ } ( )s,xUt,xu = L ( ){ } ( ) 0s,0Ut,0u == L ( ){ } ( ) 0s,1Ut,1u == Aplicando a transformada de Laplace unilateral à equação diferencial parcial (equação do calor): L ( ){ }=t,xu t L ( ){ }t,xu xx

( ) ( ) ( )2

2

dx

s,xUd0,xus,xsU =−

( ) ( ) ( )2

2

dx

s,xUd x2sen3s,xsU =π−

( ) ( ) ( ) x2sen3s,xsU

dx

s,xUd2

2

π−=− EDO linear de segunda

ordem não homogênea (4.11.4.4) Família de soluções a dois parâmetros para a edo (4.11.4.4):

( ) ( )4342144 344 21

particular

3

ogêneahom

xs2

xs1 x2senCeCeCs,xU π++= −

(4.11.4.5)

( ) ( ) x2cosC2esCesCs,xUdx

d3

xs2

xs1 ππ+−= −

( ) ( ) x2senC4seCseCs,xUdx

d3

2xs2

xs12

2

ππ−+= − (4.11.4.6)

225

Substituindo (4.11.4.5) e (4.11.4.6) em (4.11.4.4), obtemos:

( ) ( ) ( )

( )

23

32

332

4s

3C

3Cs4

x2sen3 x2sensC x2senC4

π+=

−=−π−

π−=π−ππ−

Logo:

( ) ( ) x2sen4s

3eCeCs,xU

2xs

2xs

1 ππ+

++= − (4.11.4.7)

Determinando as constantes 1C e 2C por intermédio das condições de contorno: ( ) 2121 CC0CCs0,U (5) em 0x −=⇒=+=⇒= (4.11.4.8)

( ) 0eCeCs1,U (5) em 1x s2

s1 =+=⇒= − (4.11.4.9)

Substituindo (4.11.4.8) em (4.11.4.9), obtemos:

( )

0C0C

0Ce

e10Cee

0eCeC

1

0s

2

2s

s2

2ss

s2

s2

=⇒=

=

−⇒=+−

=+−

321

Assim:

( ) ( ) x2sen4s

3s,xU

π+= (4.11.4.10)

Polos de ordem um: 24s π−= Aplicando a transformada de Laplace unilateral inversa a (4.11.4.10):

L ( ){ } ( ) x2sens,xU1 π=−L

π+

21

4s

3

L ( ){ } ( ) x2sen3s,xU1 π=−L

( )

π−−

21

4s

1

( ) ( ) t4 2

e x2sen3t,xu π−π= (4.11.4.11)

226

Exercício Verifique que (4.11.4.11) é solução de (4.11.4.3). Exemplo 2

( ) ( )( ) ( )( ) ( ) ( )( )

<<=

<<π−π=

>==

><<=

2x0 00,xu

2x0 x6sen12x4sen8x,0u

0 t 0t,2ut0,u

0 t2,x0 t,xu4t,xu

t

xxtt

Condições de contorno:

L ( ){ } ( ) == s,0Ut,0u L{ } 00 = (4.11.4.12)

L ( ){ } ( ) == s,2Ut,2u L{ } 00 = (4.11.4.13) Equação diferencial parcial:

L ( ){ }=t,xu tt L ( ){ }t,xu4 xx

( ) ( ) ( ) ( )s,xUdx

d40,xu0,xsus,xUs

2t2 =−−

( ) ( ) ( ) ( )[ ]x6sen12x4sen8ss,xUss,xUdx

d4 2

2π−π−=−

( ) ( ) ( ) ( )x6sen s3x4sen s2s,xU4

ss,xU

dx

d 2

2π+π−=− (4.11.4.14)

Família de soluções da equação diferencial ordinária (4.11.4.14):

( ) ( ) ( )4444 34444 2144 344 21

particular solução

43

homogênea solução

x 2

s

2

x 2

s

1 x6senCx4senCeCeCs,xU π+π++=−

(4.11.4.15)

( ) ( ) ( )x6cosC6x4cosC4eC2

seC

2

ss,xU

dx

d43

x 2

s

2

x 2

s

1 ππ+ππ+−=−

( ) ( ) ( )x6senC36x4senC16eC4

seC

4

ss,xU

dx

d4

23

2x

2

s

2

2x 2

s

1

2

2

2

ππ−ππ−+=−

(4.11.4.16)

Substituindo (4.11.4.15) e (4.11.4.16) em (4.11.4.14), temos que:

227

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )x6sen s3x4sen s2x6sen4

sC

x4sen4

sCx6senC36x4senC16

2

4

2

342

32

π+π−=π−

+π−ππ−ππ−

( ) ( ) ( ) ( )x6sen s3x4sen s2x6senC4

s36x4senC

4

s16 4

22

3

22 π+π−=π

−π−+π

−π− (4.11.4.17)

Comparando os “lados” de (4.11.4.17), concluímos que:

2233

22

64s

s8C s2C

4

s16

π+=⇒−=

−π− (4.11.4.18)

2244

22

144s

s12C s3C

4

s36

π+−=⇒=

−π− (4.11.4.19)

Substituindo (4.11.4.18) e (4.11.4.19) em (4.11.4.15):

( ) ( ) ( )x6sen144s

s12x4sen

64s

s8eCeCs,xU

2222

x 2

s

2

x 2

s

1 ππ+

−ππ+

++=−

(4.11.4.20)

Calculando as constantes 1C e 2C :

1. Considerando 0x = em (4.11.4.20) e utilizando (4.11.4.12): ( ) 2121 CC0CCs,0U −=⇒=+= (4.11.4.21)

2. Considerando 2x = em (4.11.4.20) e utilizando (4.11.4.13):

( ) 0eCeCs,2U s2

s1 =+= − (4.11.4.22)

Substituindo (4.11.4.21) em (4.11.4.22):

( ) ( )0s 0C0e1C0ee

1C0eCeC 2

s22

ss2

s2

s2 ≠=⇒=−⇒=

−⇒=+− −

0C0C 12 =⇒= (4.11.4.23)

Substituindo (4.11.4.23) em (4.11.4.20), temos a solução da EDO.

( ) ( ) ( )x6sen144s

s12x4sen

64s

s8s,xU

2222π

π+−π

π+=

L ( ){ } ( )t,xus,xU1 =−

228

( ) ( )x4sen8t,xu π= L

π+

221

64s

s ( )x6sen12 π− L

π+

221

144s

s

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) t12cosx6sen12 t8cosx4sen8t,xu ππ−ππ= (4.11.4.24)

Verificando que a solução (4.11.4.24) satisfaz de fato o problema de valor inicial e de contorno: Equação diferencial parcial: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) t12senx6sen144 t8senx4sen64t,xu t πππ+πππ−= (4.11.4.25)

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) t12cosx6sen1728 t8cosx4sen512t,xu 22

tt πππ+πππ−=

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) t12cosx6cos72 t8cosx4cos32t,xu x πππ−πππ= ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) t12cosx6sen432 t8cosx4sen128t,xu 22

xx πππ+πππ−= ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) t12cosx6sen1728 t8cosx4sen512t,xu4 22

xx πππ+πππ−= Logo, ( ) ( )t,xu4t,xu xxtt = .

Condições de contorno: Considerando 0x = e 2x = em (4.11.4.24): ( ) ( ) 0t,2ut,0u == Condições iniciais: Considerando 0t = em (4.11.4.24) e (4.11.4.25): ( ) ( ) ( )x6sen12x4sen80,xu π−π= ( ) 00,xu t =

Gráfico da superfície que define a solução (4.11.4.24):

229

Figura 69: Gráfico de ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) t12cos x6sen12t 8cosx4sen8xf ππ−ππ= , 2x0 << , 10t0 << .

4.12 – Solução de equações íntegro-diferenciais

Exemplo

( ) ( ) ( ) ( )

( )

=

−=+ ∫∫10y

du utcosuy tydu uy 4

t

0

'

t

0 (4.12.1)

L ( ){ } ( )sYty =

( ) ( ) ( ) ( )tcostytydu uy 4 '

t

0

∗=+∫ (4.12.2)

Aplicando a transformada de Laplace unilateral à equação íntegro-diferencial (4.12.2):

L ( ) ( ) =

+∫ tydu uy 4 '

t

0

L ( ) ( ){ }tcosty ∗

4L ( )

∫t

0

du uy +L ( ){ }=ty 'L ( ) ( ){ }tcosty ∗

( ) ( ) ( ) ( )

1s

ssY0yssY

s

sY4

2 +=−+

230

( ) 1sY1s

ss

s

42

=

+−+

( )( ) 1sY

1ss

sss4s42

2242

=+

−+++

( )( )

( ) 1sY1ss

2s2

22

=+

+

( ) ( )( )22

2

2s

1sssY

+

+= (4.12.3)

Polos de ordem dois: i 2s −= , i 2s = Decompondo (4.12.3) em frações parciais:

( )

( ) ( ) 2s

DCs

2s

BAs

2s

1s

s

sY22222

2

+

++

+

+=

+

+= (4.12.4)

( ) ( )2sDs2sCBAs1s 232 +++++=+

( ) ( )D2BsC2ADsCs1s 232 +++++=+

-1B12DB 0A02CA 1D 0C =⇒=+=⇒=+== Voltando a (4.12.4):

( )

( ) 2s

1

2s

1

s

sY222 +

++

−=

( )( ) 2s

s

2s

ssY

222 ++

+−= (4.12.5)

Aplicando a transformada de Laplace unilateral inversa a (4.12.5):

L ( ){ }=− sY1L

( )+

+−−

22

1

2s

sL

+

2s

s2

1

Como ( )222

2s

s2

2s

1

ds

d

+−=

+, L ( ){ }

2s

st2cos

2 += , L ( ){ }

2s

2t2sen

2 += e

L( )( ){ } ( ) ( )tft1sF nnn1 −=− , temos como solução da equação íntegro-diferencial

231

( ) ( ) ( )t2cost2sen t22

1ty +−=

( ) ( ) ( )t2sen t4

2t2costy −= . (4.12.6)

Exercícios 01. Verifique que (4.12.6) é solução de (4.12.1). 02. Empregando as transformadas de Laplace, solucione o seguinte problema de valor inicial:

( ) ( ) ( )( )

( )

−=

=

+=+− −

10y

60y

e12t4ty2ty3ty

'

t'"

R.: ( ) tt2t e23t2e2e3ty −+++−= 03. Usando as transformadas de Laplace, solucione o sistema de equações diferenciais

( ) ( ) ( )

( ) ( )

=++

=+−−

0xty2tx

tseny2x2tytx'"

''

sujeitas às condições iniciais ( ) ( ) ( ) 00y0x0x ' === .

R.: ( ) ( ) ( ) ( ) t2tttt2t e9

1e

9

1te

3

1ty e tcos

5

1tsen

5

2te

3

1e

45

4e

9

1tx −+=−−++= −−−−

04. A carga instantânea ( )tq no capacitor em um circuito em série L-C-R (indutor-capacitor-resistor) é dada pela equação diferencial ordinária de segunda ordem

( ) ( ) ( ) ( )tEtq

C

1

dt

tdqR

dt

tqdL

2

2

=++ ,

onde ( )tE é força eletromotriz. Use as transformadas de Laplace para determinar a carga ( )tq e a corrente ( )ti em um circuito em

série no qual henry1L = , ohms20R = , farad01,0C = , ( ) ( )t10sen120tE = , ( ) 00q = e ( ) 00i = . Qual é a corrente estacionária?

R.: ( ) ( )t10cos5

3te6e

5

3tq t10t10 −+= −−

( ) ( )t10sen6te60ti t10 +−= −

corrente estacionária: ( )10t6sen

232

4.13 – Exercícios resolvidos

01. Um determinado sistema é regido pela equação diferencial

( ) ( ) ( ) ( )tgty4ty3ty ''' =+− ,

sujeita às condições iniciais ( ) 10y = e ( ) 50y ' = . Empregando a transformada de Laplace unilateral e

suas propriedades, determine a resposta ( )ty desse sistema quando ( ) ttg = , 0t > .

Notação: L ( ){ } ( )sYty =

Aplicando a transformada de Laplace unilateral à equação diferencial ordinária, linear, de segunda ordem, não homogênea:

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )2

'2

s

1sY40y3ssY30y0sysYs =++−−−

( ) ( )2

23

22

s

s2s135s

s

1sY4s3s

++=−++=+−

( )( ) 4s3s

DCs

s

B

s

A

4s3ss

1s2ssY

2222

23

+−

+++=

+−

++= (4.13.1)

( )( )4

1As1.13.4lim 2

0s=⇒

( )

( ) ( ) ( )

( )4s3ss

sDCs4s3sBs4s3s4

1

4s3s

DCs

s

B

s

1

4

1

4s3ss

1s2s22

222

2222

23

+−

+++−++−=

+−

+++=

+−

++

( ) ( ) ( )2323223 DsCss4s3sB4s3s4

11s2s +++−++−=++

( ) 1sB44

3sDB3

4

1sCB1s2s 2323 +

+−+

+−++=++

16

3B

4

3B40B4

4

3=⇒=⇒=+−

16

37D

16

9432D

16

9

4

12D2DB3

4

1=⇒

+−=⇒+−=⇒=+−

16

13C

16

31C1CB =⇒−=⇒=+

233

Retornando a (4.13.1):

( )4s3s

1

16

37

4s3s

s

16

13

s

1

16

3

s

1

4

1sY

222 +−+

+−++= (4.13.2)

Completando quadrados na equação (4.13.2) tem-se que:

( )

4

7

2

3s

1

16

37

4

7

2

3s

2

3

2

3s

16

13

s

1

16

3

s

1

4

1sY

222

+

+

+

+−++=

( )

4

7

2

3s

1

32

39

4

7

2

3s

1

16

37

4

7

2

3s

2

3s

16

13

s

1

16

3

s

1

4

1sY

2222

+

+

+

+

+

−++=

( )

4

7

2

3s

2

7

7

2

32

113

4

7

2

3s

2

3s

16

13

s

1

16

3

s

1

4

1sY

222

+

+

+

−++=

Como ( ) =ty L ( ){ }sY1− e L ( ){ } ( )sYetye asat −= , tem-se que:

( )

+

++= t

2

7sene

112

7113t

2

7cose

16

13t

4

1

16

3ty

t2

3t

2

3

02. Solucione a equação integral de Volterra abaixo empregando a transformada de Laplace unilateral e suas propriedades.

( ) ( ) ( ) ( )∫ θθ−+θ+−=

t

0

dty1 tsenh1ty

Notação: L ( ){ } ( )sYty =

( ) ( ) ( ) ( )ty1ttsenh1ty ∗++−=

Aplicando a transformada de Laplace unilateral à equação integral:

( ) ( )sYs

1

s

1

1s

1

s

1sY

22

++

−−=

234

( )1s

1

s

1sY

s

1

s

11

22 −−=

−−

( )( )1ss

s1ssY

s

s1s2

2

2

2

−−=

−−

( )( ) 1s

s

s1s

s

1ss

s1ssY

22

2

2

2

−=

−−−

−−=

Como ( ) =ty L ( ){ }sY1− , tem-se que:

( ) ( )tcoshty =

03. Solucione a equação integral abaixo empregando a transformada de Laplace unilateral e suas propriedades.

( ) ( ) ( )( )∫ θθ−θ+++=

t

0

dty 1tt2costy

Notação: L ( ){ } ( )sYty =

( ) ( ) ( ) tty1tt2costy ∗+++=

Aplicando a transformada de Laplace unilateral à equação integral:

( ) ( )222 s

1sY

s

1

s

1

4s

ssY +++

+=

( )s

1

s

1

4s

ssY

s

11

222++

+=

( )s

1

s

1

4s

ssY

s

1s222

2

+++

=−

( )( )( ) 1s

s

1s

1

4s1s

ssY

2222

3

−+

−+

+−= (4.13.3)

Decompondo em frações parciais:

( )( ) 4s

DCs

1s

BAs

4s1s

s2222

3

+

++

+=

+−

235

( )( ) ( )( )1sDCs4sBAss 223 −++++=

DDsCsCsB4BsAs4Ass 23233 −+−++++=

( ) ( ) ( ) ( )DB4sCA4sDBsCAs 233 −+−++++=

5

4C

5

1A

0CA4

1CA =⇒=⇒

=−

=+

0D0B0DB4

0DB =⇒=⇒

=−

=+

Retornando à equação (4.13.3):

( )1s

s

1s

1

4s

s

5

4

1s

s

5

1sY

2222 −+

−+

++

−=

( )1s

1

4s

s

5

4

1s

s

5

6sY

222 −+

++

−=

Como ( ) =ty L ( ){ }sY1− , tem-se que:

( ) ( ) ( ) ( )tsenht2cos5

4tcosh

5

6ty ++=

04. Uma partícula se move ao longo de uma linha de modo que seu afastamento x de um ponto fixo 0 em um tempo qualquer t seja dado por

( ) ( ) ( ) ( )t2sen30tx3tx3tx '" =++ .

a) Se em 0t = a partícula está em repouso em 0x = , determine seu afastamento ( )tx em um tempo qualquer 0t > empregando a transformada de Laplace unilateral e suas propriedades.

( ) ( ) ( ) ( )( )

( )

=

=

=++

00x

00x

t2sen30tx3tx3tx

'

'"

Aplicando a transformada de Laplace unilateral à equação diferencial ordinária tem-se que:

L ( ) ( ) ( ){ }=++ tx3tx3tx '"

L ( ){ }2t30sen

236

Notação: L ( ){ } ( )sXtx =

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )4s

230sX30x3ssX30x0sxsXs

2'2

+=+−+−−

( ) ( )4s

60sX3s3s

22

+=++

( )( )( ) 3s3s

DCs

4s

BAs

3s3s4s

60sX

2222 ++

++

+

+=

+++= (4.13.4)

( )( ) ( )( )4sDCs3s3sBAs60 22 ++++++=

D4DsCs4CsB3Bs3BsAs3As3As60 23223 +++++++++=

( ) ( ) ( ) ( )D4B3sC4B3A3s DBA3sCA60 23 +++++++++=

=+

=++

=++

=+

60D4B3

0 C4B3A3

0 D B A3

0 C A

60|1900

0|31000

0|1310

0|0101

~

60|4030

0|0130

0|1310

0|0101

~

60|4030

0|0433

0|1013

0|0101

60|10

37000

0|10

3100

0|1310

0|0101

~

60|1900

0|10

3100

0|1310

0|0101

37

600D60D

10

37=⇒=

37

180C0

37

600

10

3C0D

10

3C =⇒=−⇒=−

37

60B0

37

600

37

1803B0DC3B −=⇒=+−⇒=+−

237

37

180A0

37

180A0CA −=⇒=+⇒=+

Voltando a (4.13.4):

( )3s3s

1

37

600

3s3s

s

37

180

4s

1

37

60

4s

s

37

180sX

2222 +++

+++

+−

+−=

Completando quadrados: 4

3

2

3s3s3s

22 +

+=++

( )

4

3

2

3s

1

37

600

4

3

2

3s

s

37

180

4s

2

37

30

4s

s

37

180sX

2222

+

+

+

+

+

++

−+

−=

( )

4

3

2

3s

1

37

600

4

3

2

3s

2

3

2

3s

37

180

4s

2

37

30

4s

s

37

180sX

2222

+

+

+

+

+

−++

+−

+−=

( )

4

3

2

3s

1

37

600

4

3

2

3s

1

37

270

4

3

2

3s

2

3s

37

180

4s

2

37

30

4s

s

37

180sX

2

2222

+

+

+

+

+

+

+

+

++

+−

+−=

( )

4

3

2

3s

1

37

330

4

3

2

3s

2

3s

37

180

4s

2

37

30

4s

s

37

180sX

2222

+

+

+

+

+

++

+−

+−=

( )

4

3

2

3s

2

3

3

2

37

330

4

3

2

3s

2

3s

37

180

4s

2

37

30

4s

s

37

180sX

2222

+

+

+

+

+

++

+−

+−=

238

( )

4

3

2

3s

2

3

37

3220

4

3

2

3s

2

3s

37

180

4s

2

37

30

4s

s

37

180sX

2222

+

+

+

+

+

++

+−

+−=

Lembrando que L ( ){ } ( )asXtxeat −= , tem-se que:

L ( ){ } ( ) ( )

+

+−−=

−−− t

2

3sene

37

3220t

2

3cose

37

180t2sen

37

30t2cos

37

180sX

t2

3 t

2

3

1

( ) ( ) ( )[ ]

+

++−=

t2

3sen311t

2

3cos9e

37

20t2sent2cos6

37

30tx

t2

3

b) Plote o gráfico da função ( )tx , identificando o termo transitório e o termo de regime permanente. Faça comentários pertinentes.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

x

y

Figura 70: Gráfico de

( ) ( ) ( )[ ]

+

++−=

t2

3sen311t

2

3cos9e

37

20t2sent2cos6

37

30tx

t2

3

, [ ]20,0t ∈ .

Termo transiente:

+

t2

3sen311t

2

3cos9e

37

20 t2

3

Termo de regime permanente: ( ) ( )[ ]t2sent2cos637

30+−

239

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

x

y

Figura 71: Gráfico do termo transiente

+

t2

3sen311t

2

3cos9e

37

20 t2

3

, [ ]20,0t ∈ .

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

x

y

Figura 72: Gráfico do termo de regime permanente ( ) ( )[ ]t2sent2cos637

30+− , [ ]20,0t ∈ .

Comentários: Percebe-se, pela Figura 71, que o termo transiente “contribui” para a solução até

3t ≈ . Após, a solução é dada pelo termo de regime permanente, como ilustram as Figuras 70 e 72.

240

4.14 – Exercícios complementares

01. Determine o valor das seguintes integrais impróprias:

a) ∫∞

0

x24 dxex b) ( )∫∞

0

x2

7

dx x3senhe c) ∫∞ −− −

0

t10t2

dtt

ee

R.: 4

3 R.:

13

12 R.: ( )5ln

02. Calcule as seguintes integrais impróprias:

a) ∫∞ −− −

0

t6t3

dtt

ee b)

( ) ( )∫

∞−

0

dtt

t4cost6cos

R.: ( )2ln R.:

3

2ln

03. Empregando a transformada de Laplace e suas propriedades, calcule a integral abaixo.

( )

∫∞

0

t 33

dtet5

tsen R.:

120

π

04. Empregando a transformada de Laplace e suas propriedades, mostre que

( ) ( )8

dtt

tsentsenhe

0

t 2 π=∫

∞−

.

05. Calcular:

a) L ( ){ }t2coshe t4− R.: ( )12s8s

4ssF

2 ++

+=

b) L

+

−−

9s

5s22

1 R.: ( ) ( ) ( )t3sen3

5t3cos2tf −=

c) L

++

−−

2s3s

se2

s21 R.: ( ) ( ) ( ){ } ( )2tuee2tf 2t2t2 −−= −−−−

241

06. Calcule a transformada de Laplace da função representada graficamente abaixo. f(t) 2 1 t 2 4

R.: L ( ){ }

−−+= −

−s4

s2

e4s

e

s

12

s2

1tf

07. Calcule a transformada de Laplace da função representada graficamente abaixo. f(t) 2 t 2 4

R.: L ( ){ } ( )s2ees

1tf s2s4

2+−= −−

08. Determine a transformada de Laplace da função representada graficamente na Figura 73.

Figura 73: Função periódica – [13].

R.: L ( ){ }( )

( )0as2

asas

tge1s

asee1tf θ

−−=

−−

242

09. Seja ( )tf a função representada graficamente abaixo. f(t) 5 2 t 3 7 a) Expresse ( )tf de forma compacta usando a função degrau unitário.

R.: ( )

+−=

4

29t

4

3tf [u ( )−− 3t u ( )7t − ]

b) Usando o item anterior, calcule L ( ){ }tf .

R.: L s7s3 e s4

32

s

1e

s4

35

s

1 −−

−−

10. Seja ( ) ( ) ( ) 0 t,tcostsenetf 2t2 >= − .

a) Determine ( ) =sF L ( ){ }tf e identifique as singularidades de ( )sF .

R.: ( )( ) ( ) 92S

2s

4

1

12s

2s

4

1sF

22++

+−

++

+=

Singularidades: i32 ,i2 ±−±−

b) Represente geometricamente a região de convergência de ( ) =sF L ( ) ( ){ }tcostsen 2 .

11. Sabendo que ( ) ( )( )∑

=

−=

0n

n2n

!n2

t1tcos , ( ) ( ) !nnn1n =Γ=+Γ e π=

Γ

2

1, determine L

( )

t

tcose

sua respectiva região de convergência.

R.: ( ) 0sRe ,es

s4

1

>π −

243

12. Sabendo que ( ) ( )( )∑

=

+

+

−=

0n

1n2n

!1n2

t1tsen , ( ) ( ) !nnn1n =Γ=+Γ e π=

Γ

2

1, determine L ( ){ }tsen e

sua respectiva região de convergência.

R.: ( ) 0sRe ,es2

s4

1

23

>π −

13. Calcule L

−+−

++−−

16s16s4s

4s56s47s1134

231 .

R.: ( ) ( ) t22t2 e65tt2etf −++−=

14. Determine L

−−++

+++−

39s12s10s4s

9s13ss234

231 .

R.: ( ) ( ) ( )t3senet3coshtf t2−−= 15. Use as transformadas de Laplace para solucionar as seguintes equações:

a)

( ) ( ) ( )( )

( )

−=

=

=+

10y

10y

tcos8tyty

'

"

R.: ( ) ( ) ( ) ( )ttsen4tsentcosty +−=

b) ( ) ( ) ( )

( )

=

−−= ∫00y

duuy tsen1tyt

o

'

R.: ( ) ( ) ( )ttsen2

1tsenty −=

c) ( )( )( ) ( )

<<π=

>=

>=

><<∂

∂=

5x0 x4sen10x,0u

0 t 0t5,u

0 t 0t,0u

0 t5,x0 x

u2

t

u2

2

R.: ( ) ( )

( ) ( ) t32

2

x 2

s

2

x 2

s

1

2

ex4sen10t,xu

x 4sen32s

10eCeCs,xU

ππ

ππ

=

+++=

244

16. Usando as transformadas de Laplace e suas propriedades, determine a solução do seguinte problema de valor inicial:

( ) ( ) ( )( )

( )

=

=

=−−

20y

10y

e tty2tyty

'

t'"

R.: ( ) tttt2 e4

1te

2

1e

12

1e

3

4ty −−−= −

17. Empregando as transformadas de Laplace, determine a solução do seguinte problema de valor inicial:

( ) ( ) ( ) ( )( )

( )

=

=

=−+ −

30y

00y

et4coshtyty6ty

'

t3'"

R.: ( ) ( ) ( ) ( )

+−= − t10senh

10

103t10cosh

6

1t4cosh

6

1ety t3

18. Usando as transformadas de Laplace e suas propriedades, resolva o seguinte problema de valor inicial (PVI):

( ) ( ) ( ) ( )( )

( )

−=

=

+=++ −

10y

00y

t3cose3t2ty13ty4ty

'

t2'"

R.: ( ) ( ) ( ) ( )t3sente2

1t3sene

507

179t3cose

169

8t

13

2

169

8ty t2t2t2 −−− +−++−=

19. Empregando as transformadas de Laplace e suas propriedades, solucione a equação íntegro-diferencial

( ) ( ) ( ) ( )tfdu uy 40ty4ty10

1t

0

' =++ ∫ ,

sendo ( )tf a função representada graficamente abaixo e ( ) 00y = .

245

f(t) 10 t 10 R.: ( ) ( ) ( )10t20t20 e10t100te100ty −−− −+= u ( )10t −

20. Usando as transformadas de Laplace e suas propriedades, determine a solução do problema de valor inicial

( ) ( ) ( ) ( )( )

( )

=

=

=−+

20y

10y

tfty2tyty

'

'"

, sendo ( )tf a função representada graficamente abaixo.

f(t) 4 t 2

R.: ( ) 2e3

1e

3

82ty t2t +++−= −

u ( ) 2te3

42t −−− u ( ) ( )2t2e

3

22t −−−− u ( )2t −

21. Empregando as transformadas de Laplace e suas propriedades, determine a solução geral da equação diferencial ordinária com coeficientes variáveis

( ) ( ) ( ) ( ) 1tty3ty 2tty t '" −=++− ,

sujeita à condição inicial ( ) 00y = .

R.: ( ) t2

1Ctty 3 +=

22. Empregando as transformadas de Laplace e suas propriedades, solucione a equação íntegro-diferencial

246

( ) ( ) ( ) ( )tcoshedue uy ty t

t

0

ut2" =+∫ − ,

sujeita às condições iniciais ( ) 30y = e ( ) 30y ' −= .

R.: ( )

+−= t

2

5senhe52t

2

5coshe41ty 2

t

2

t

23. Usando as transformadas de Laplace e suas propriedades, solucione e equação diferencial parcial:

( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )( ) ( )

>==

<<−=

><<−=

0 t 0t,ut,0u

x0 x2sen4xsen60,xu

0 t,x0 t,xu4t,xut,xu xxt

π

π

π

.

R.: ( ) ( ) ( )x2sene4xsene6t,xu t8t5 −− −= 24. Empregando a transformada de Laplace unilateral e suas propriedades, solucione a equação diferencial parcial a seguir. ( ) ( ) 0 t1,x0 e1t,xut,xu t

tx ><<−=− −

( ) 1x0 x0,xu <<= R.: ( ) te1xt,xu −−+= 25. Um indutor de 3 henrys está em série com um resistor de 30 ohms e com uma f.e.m. dada por

( )t20sen150 . Supondo que em 0t = a corrente é nula, use as transformadas de Laplace para determinar a corrente num tempo 0t > qualquer. R.: ( ) ( ) ( ) t10e2t20cos2t20senti −+−= 26. Um determinado sistema é regido pela equação diferencial

( ) ( ) ( ) ( )tgty14ty8ty '" =++ ,

onde as condições iniciais são ( ) 10y = e ( ) 40y ' −= .

Empregando as transformadas de Laplace, determine a resposta ( )ty desse sistema quando o

mesmo é excitado por um degrau de amplitude sete, ou seja, ( ) 7tg = u ( )t .

R.: ( ) ( ) ( )[ ]t2senh22t2coshe2

1

2

1ty t4 −+= −

247

27. Uma partícula se move ao longo de uma linha de modo que seu afastamento x de um ponto fixo 0 em um tempo qualquer t seja dado por

( ) ( ) ( ) ( )t5sen80tx5tx4tx '" =++ .

a) Se em 0t = a partícula está em repouso em 0x = , determine seu afastamento em um tempo qualquer 0t > usando as transformadas de Laplace e suas propriedades. R.: ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ]t5sent5cos2tsen7tcose2tx t2 +−+= − b) Determine a amplitude, o período e a freqüência do movimento após um longo tempo.

R.: Período: 5

2P

π= Freqüência:

π2

5

P

1= Amplitude: 22 (quando

20t

π= )

c) No resultado obtido no item (a), qual é o termo de regime transitório e qual é o termo de regime permanente? R.: Regime transitório: ( ) ( )[ ]tsen7tcose2 t2 +−

Regime permanente: ( ) ( )[ ]t5sent5cos2 +− 28. Em engenharia, um problema importante é determinar a deflexão estática de uma viga elástica causada por seu peso ou por uma carga externa. Essa deformação (deflexão) ( )xy é descrita pela equação diferencial ordinária de quarta ordem

( ) ( )xWxydx

dEI

4

4

= , (1)

onde E é o módulo de elasticidade de Young relacionado com o material da viga, I é o momento de inércia de uma secção transversal da viga (em relação a um eixo conhecido como eixo neutro ou linha neutra), o produto EI é a rigidez defletora da viga e ( )xW é a carga por unidade de comprimento. Uma viga engastada (fixa) em uma extremidade e solta na outra é chamada de cantiléver ou viga em balanço ou viga cantoneira. Um trampolim, um braço estendido, a asa de um avião e um arranha-céu são exemplos de tais vigas. Para uma viga de comprimento l em balanço engastada à esquerda, além de satisfazer (1), a deflexão ( )xy deve satisfazer as seguintes condições nas extremidades da viga (condições de contorno):

• ( ) 00y = , pois não há deflexão no extremo esquerdo engastado;

• ( ) 00y ' = , pois a curva de deflexão é tangente ao eixo x na extremidade esquerda;

• ( ) 0y" =l , pois o momento defletor (fletor) é nulo no extremo livre;

• ( ) 0y"' =l , pois a força de espoliação (cisalhamento) é zero na extremidade livre. A força de

espoliação é dada pela função ( ) ( )xydx

dEIxF

3

3

= .

248

Assim, mostre que a deflexão em uma viga cantoneira, engastada em 0x = e livre em l=x e que suporta uma carga uniforme 0W por unidade de comprimento, é dada por

( ) ( )2220 6x4xxEI24

Wxy ll +−= .

29. Em um circuito elétrico simples em série L-C-R (indutor-capacitor-resistor), a corrente i satisfaz a equação íntegro-diferencial

( ) ( )tEdi C

1Ri

dt

diL

t

0

=++ ∫ ττ ,

onde L é a indutância, R é a resistência, C é a capacitância e ( )tE é a força eletromotriz (f.e.m). Para o

mesmo circuito, a carga instantânea ( )tq no capacitor satisfaz a equação diferencial ordinária de segunda ordem

( ) ( ) ( ) ( )tEtqC

1tq

dt

dRtq

dt

dL

2

2

=++ .

Dessa forma, use as transformadas de Laplace e suas propriedades para determinar a carga ( )tq

no capacitor e a corrente ( )ti em um circuito em série L-C-R no qual henry 1L1

= , ohms 20R = ,

farad 01,0C = , ( ) 00q = , ( ) 00i = e ( )tE é dada pela Figura 18.

Figura 74: Força eletromotriz – [17].

R.: ( ) ( )1t120t120tE −−= u ( ) 1201t −− u ( )1t −

( ) 120tq = [125

1te

100

1e

500

1t

100

1

500

1 t10t10 −+++− −−u ( ) ( )1t

100

11t −−− u ( )+−1t

( )1t10e125

1 −−+ u ( ) ( ) ( )1t10e1t100

91t −−−+− u ( )1t − ]

249

( ) ( ) 120tqdt

dti == [

100

1te

10

1e

100

1

100

1 t10t10 −−− −−u ( ) ( )1t10e

100

11t −−+− u ( )+−1t

( ) ( )1t10e1t10

9 −−−− u ( )1t − ]

30. Um resistor de R ohms e um capacitor de C farads são ligados em série com um gerador fornecendo E volts, como ilustra a Figura 19.

Figura 75: Circuito em série R-C – [13].

a) Seja 0Q a carga inicial no capacitor e ( )wtsenEE 0= . Mostre, usando as transformadas de

Laplace e suas propriedades, que a carga no capacitor em um tempo 0t > qualquer é dada por

( ) ( ) ( )

−−

+= wtsen

RC

1wtcos w

aR

Ee

aR

wEQtq 0RC

t -

00 ,

sendo 22

2

CR

1wa += .

b) Determine a corrente ( )ti .

R.: ( ) ( ) ( )

+−

+−= wtcos

RC

1wtsen w

aR

wEe

aR

wEQ

RC

1ti 0RC

t -

00

31. No circuito elétrico representado na figura abaixo

250

temos que ( )t10sen500E = , ohms 10R1 = , ohms 10R 2 = , henry 1L = e farad 01,0C = . Empregando as transformadas de Laplace e suas propriedades, determine:

1. a carga no capacitor em um tempo 0t > qualquer;

R.: ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]t10cos2t10senet10cos2t10sentq t10 ++−= −

2. as correntes 1I e 2I em um tempo 0t > qualquer.

R.: ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]t10cost10sen2e10t10cos10t10sen30tI t101 −−−= −

( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]t10sent10cos2e10t10cos20t10sen10tI t102 ++−= −

Sabemos que a carga no capacitor e as correntes 1I e 2I são nulas em 0t = . Esboce o gráfico simultâneo da carga e das correntes para 0t > .

Observação: Equacionamento:

=−

=−−−

0IRC

q

0IRIdt

dL

C

qE

22

11

32. Prove que L ( ){ } ( ) ( )[ ]sln1s

1tln ' −Γ= , onde ( ) ∫

−−=Γ

0

t1n dtet n é a função gama.

33. Prove que L ( ){ } ( )

=

π=

s

1arctg

s

1sarctg

2s

1tSi , onde ( ) ( )

∫=

t

0

duu

usen tSi é a integral seno.

34. Empregando a transformada de Laplace unilateral e suas propriedades, calcule a integral a seguir.

( )∫∞

0

2 dxxsen

R.: 4

Sugestão: Considere ( ) ( )∫∞

=

0

2 dxx tsen tg e calcule a transformada de Laplace de ( )tg .

251

5. TRANSFORMADAS ZZZZ f(t) h(t) S

Figura 76: “Ação” da transformada.

f(t): sinal de entrada h(t): sinal de saída S: sistema que transforma o sinal de entrada no sinal de saída SINAIS a) Contínuos Funções de uma variável contínua.

� Transformada de Fourier ( ){ } ( ) ( )∫∞

∞−

α=α=ℑ

xi dxexf Fxf

� Transformada de Laplace unilateral L ( ){ } ( ) ( )∫∞

−==

0

stdtetf sFtf

b) Discretos Funções de uma variável discreta – sequências.

� Transformada discreta de Fourier � Transformada discreta de Laplace � Transformada Z

252

(a) (b) Figura 77: (a) Função contínua: ( ) [ ]10,0t ,etf t ∈= − ; (b) Função discreta: ( ) 10,,2,1,0n ,enf n K== − .

Um sinal discreto é descrito por uma sequência. { } { }KK ,f,f,f,f,f,f 21012n −−=

nf : n-ésimo termo da sequência

5.1 – Definição da transformada ZZZZ unilateral

Z{ } ( ) K+++++=== −−−−

=

−∑ 44

33

22

110

0n

nnn zfzfzfzffzfzFf

K+++++=44

33

221

0 z

f

z

f

z

f

z

ff (5.1.1)

onde ibaz += (ou iyxz += ou β+α= jz ) é um número complexo e K,f,f,f,f 3210 são os

coeficientes da série, os quais representam os valores que o sinal assume nos diversos instantes discretos de tempo. Uma seqüência nf é Z transformável se a série (5.1.1) é convergente para pelos menos um complexo z. Outras notações empregadas na definição da transformada Z unilateral:

Z ( )[ ] ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) K++++=== −−−

=

−∑ 321

0k

k zT3xzT2xzTx0xzkTxzXkTx

253

Z ( )[ ] ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) K+++++=== −−−−

=

−∑ 4321

0n

n z4xz3xz2xz1x0xznxzXnx

Exemplo

Seja o sinal dado por ( )

=

=

=

=

=

=

=

contrário caso 0,

5n 3,-

4n 3,

3n 2,-

2n 1,

1n 1,-

0n ,2

nx .

Z ( )[ ] ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) K+++++=== −−−−

=

−∑ 4321

0n

n z4xz3xz2xz1x0xznxzXnx

5432

54321

z

3

z

3

z

2

z

1

z

1-2

z3z3z2zz-2

−+−+=

−+−+= −−−−−

5.2 – Transformada ZZZZ unilateral de algumas sequências

5.2.1 – Versão discreta da função delta de Dirac

==

0n ,0

0n ,1f n ou ( )

==δ

0n ,0

0n ,1n

Z{ } 1ff 0n == ou Z ( ){ } ( ) 10n =δ=δ

5.2.2 – Sequência unitária ou passo discreto unitário 0n 1f n ≥∀=

Z{ } =nf Z{ } K++++==∑∞

=

32

0n

n

z

1

z

1

z

11z1 (5.2.2.1)

A série (5.2.2.1) é uma série geométrica. Esta série converge se:

254

1yx1yxiyx1z1z

1 2222 >+⇒>+=+⇒>⇒<

y=Im(z) x=Re(z) 1

Figura 78: 1yx1z 22 >+⇒> .

Logo, Z{ } 1z ,1z

z

z

11

1z1

0n

n >−

=

==∑∞

=

− .

5.2.3 – Exponencial an

n ef = , a constante e 0n ≥

Z{ } K+++++=

== ∑∑

=

=

4

a4

3

a3

2

a2a

0n

na

0n

nanan

z

e

z

e

z

e

z

e1

z

ezee (5.2.3.1)

A série (5.2.3.1) é uma série geométrica. Esta série converge se:

2a22a22a

a

eyxeyxiyxez1z

e>+⇒>+=+⇒>⇒< .

255

y=Im(z) x=Re(z) |ea|

Figura 79: 2a22a eyxez >+⇒> .

Assim, Z{ } aaa

0n

naan ez ,

ez

z

z

e1

1

z

ee >

−=

=

=∑

=

.

5.2.4 – Potência n

n af = , a constante e 0n ≥

Z{ } K+++++=

== ∑∑

=

=

4

4

3

3

2

2

0n

n

0n

nnn

z

a

z

a

z

a

z

a1

z

azaa (5.2.4.1)

A série (5.2.4.1) é uma série geométrica. Esta série converge se:

22222 ayxayxiyxaz1

z

a>+⇒>+=+⇒>⇒< .

256

y=Im(z) x=Re(z) |a|

Figura 80: 222 ayxaz >+⇒> .

Dessa forma, Z{ } az ,az

z

z

a1

1

z

aa

0n

nn >

−=

=

=∑

=

.

Resumo

nf ( )zF

( )

==δ

0n ,0

0n ,1n

1

1 1z ,

1z

z>

ane aa

ez ,ez

z>

na az ,az

z>

Tabela 6: Algumas transformadas Z unilaterais.

5.3 – Séries de potências: definição, raio de convergência

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) K+−+−+−+−+=−∑∞

=

44

33

2210

0n

nn czaczaczaczaacza

z: variável complexa K,a,a,a 210 : coeficientes da série

c: centro da série (número complexo)

257

R: raio de convergência da série ( )∞≤≤ R0

1n

n

n a

alimR

+∞→

= ou n

1

n

na

1limR

∞→=

Convergência da série de potências de (z-c) (Teorema de Cauchy-Hadamard) 1. R = 0

A série converge somente para cz = .

2. 0 < R < ∞

A série converge absolutamente para todo Rczz <−∈ e diverge para todo Rczz >−∈ .

( ) ( ) ( ) ( ) ( )22 byaxbyiaxibaiyxcz

ibac

iyxz

−+−=−+−=+−+=−

++

+=

3. R = ∞

A série converge absolutamente para todo z.

Exemplo

K+++++=∑∞

= 5

z

4

z

3

z

2

zz

n

z 5432

1n

n

(5.3.1)

( )1

n

11lim

n

1nlim

1n1

n1

lima

alimR

nnn1n

n

n=

+=

+=

+

==∞→∞→∞→

+∞→

A série converge em 1z < e diverge em 1z > .

1z = : testar a convergência absoluta

K+++++=== ∑∑∑∞

=

=

= 5

1

4

1

3

1

2

11

n

1

n

z

n

z

1n1n

n

1n

n

(5.3.2)

A série (5.3.2) é a série harmônica, uma série divergente.

Logo, podemos afirmar que a série (5.3.1) converge em 1yx1z 22 <+⇒< .

258

y=Im(z) x=Re(z) 1

Figura 81: 1yx1z 22 <+⇒< .

5.4 – Existência e domínio de definição da transformada ZZZZ unilateral

Z{ } ( ) ∑∑∑∞

=

=

=

−=

===

0n

n

n

0n

n

n

0n

nnn 0

z

1f

z

1fzfzFf

R

1zR

z

1>⇒<

A série converge em R

1z > .

A série diverge em R

1z < .

Exemplo

nn af = , a constante e 0n ≥

a

1alimalim

a

alim

a

alimR

1

n

1

n1n

n

n1n

n

n=====

∞→

∞→+∞→+

∞→

Convergência: azR

1z >⇒>

259

Teorema 1

Seja a série ( ) ∑∞

=

−=0n

nn zfzF , convergente em todo ponto 0zo ≠ . Então, a série converge

absolutamente em ozz > e converge uniformemente em toda região zRz 'o ≤< .

Definição Uma sequência é do tipo exponencial se existem 0M > , 0s0 ≥ e 0n 0 ≥ tais que

ns

n0Mef <

para todo 0nn ≥ .

Teorema 2 Toda sequência do tipo exponencial é Z transformável. Teorema 3 Para que uma sequência { }nf seja Z transformável é necessário que ela seja do tipo exponencial. Teorema 4

Se a série ( ) ∑∞

=

−=0n

nn zfzF converge em

R

1z > , então ( )zF é uma função analítica (ou regular

ou holomorfa) nessa região e é a única transformada da sequência { }nf . Teorema 5

Seja ( )zF uma função analítica na região R

1z > . Então existe uma seqüência { }nf para a qual

Z{ } ( )zFf n = . Demonstrações: VICH, R. Z transform theory and applications. Dordrecht: SNTL – Publishers of Technical Literature. Funções analíticas Se a derivada ( )zf ' existe em todos os pontos z de uma região 'R do plano complexo, então

( )zf é dita analítica (ou regular ou holomorfa) em 'R . Uma função ( )zf é dita inteira quando for analítica em C .

260

Uma função ( )zf é analítica em um ponto oz se existir 0>δ tal que ( )zf ' exista para todo z

em δ<− 0zz .

Equações de Cauchy-Riemann Uma condição necessária para que ( ) ( ) ( )y,xv iy,xuzfw +== seja analítica em uma região

'R do plano complexo é que u e v satisfaçam em 'R as equações de Cauchy-Riemann:

x

v

y

u

y

v

x

u

∂−=

∂=

(5.4.1)

Se as derivadas parciais de ( )zf são contínuas em 'R , então as equações de Cauchy-Riemann

(5.4.1) são condições necessárias e suficientes para garantir a analiticidade de ( )zf em 'R . Demonstração: SPIEGEL, Murray R. Variáveis complexas. São Paulo: McGraw-Hill. Problema 5, página 107.

5.5 – Propriedades da transformada ZZZZ unilateral

5.5.1 – Linearidade Teorema: Sejam lK,0,1,2,i ,c i = , números complexos dados. Se as transformadas

Z{ } ( )zFf in,i = existem, com raio de convergência 0R i > para lK,0,1,2,i = ( l finito), então também

existe a transformada

Z ( )∑∑==

=

ll

0i

ii

0i

n,ii zFcfc .

Exemplos 1o) Z ( ){ }nsen β , onde β é uma constante (real puro).

Lembrar que ( )i2

eezsen

iziz −−= e Z{ } a

aan ez,

ez

ze >

−= .

Z ( ){ }=βnsen Z

− β−β

i2

ee nini

−−

−=

β−β ii ez

z

ez

z

i2

1

261

( ) ( )

( )( )

( )( )( )

( )( ) 1cosz2z

zsen

1cosz2z

izsen2

i2

1

1cosz2z

eez

i2

1

1eezz

zezzez

i2

1

1zezez

ezzezz

i2

1

2

2

2

ii

ii2

i2i2

ii2

ii

+β−

β=

+β−

β=

+β−

−=

++−

+−−=

+−−

−−−=

β−β

β−β

ββ−

ββ−

ββ−

( )nsenf n β= é Z transformável para

( ) ( ) ( ) ( ) 1sencossenicosez 22i =β+β=β+β=> β .

( ) =zF Z ( ){ }nsen β é analítica em todo plano complexo, exceto em β= iez e β−= iez . 2o) Z ( ){ }ncos β , onde β é uma constante (real puro).

Lembrar que ( )2

eezcos

iziz −+= e Z{ } a

aan ez,

ez

ze >

−= .

Z ( ){ }=βncos Z

+ β−β

2

ee nini

( ) ( )

( )( )

( )( )

( )( )[ ]

( )( )[ ]( ) 1cosz2z

coszz

1cosz2z

coszz2

2

1

1cosz2z

cosz2z2

2

1

1cosz2z

eezz2

2

1

1eezz

zezzez

2

1

1zezez

ezzezz

2

1

ez

z

ez

z

2

1

2

2

2

2

2

ii2

ii2

i2i2

ii2

ii

ii

+β−

β−=

+β−

β−=

+β−

β−=

+β−

+−=

++−

−+−=

+−−

−+−=

−+

−=

β−β

β−β

ββ−

ββ−

ββ−

β−β

262

( )ncosf n β= é Z transformável para

( ) ( ) ( ) ( ) 1sencossenicosez 22i =β+β=β+β=> β .

( ) =zF Z ( ){ }ncos β é analítica em todo plano complexo, exceto em β= iez e β−= iez . 3o) Z ( ){ }nsenh β , onde β é uma constante (real puro).

Lembrar que ( )2

eezsenh

zz −−= e Z{ } a

aan ez,

ez

ze >

−= .

Z ( ){ }=βnsenh Z

− β−β

2

ee nn

( ) ( )

( )( )

( )( )( )

( )( ) 1coshz2z

zsenh

1cosz2z

zsenh2

2

1

1coshz2z

eez

2

1

1eezz

zezzez

2

1

1zezez

ezzezz

2

1

ez

z

ez

z

2

1

2

2

2

2

22

2

+β−

β=

+β−

β=

+β−

−=

++−

+−−=

+−−

−−−=

−−

−=

β−β

β−β

ββ−

ββ−

ββ−

β−β

( )nsenhf n β= Z é transformável para todo

( )β−β> e,emaxz .

( ) =zF Z ( ){ }nsenh β é analítica em todo plano complexo, exceto em β= ez e β−= ez . 4o) Z ( ){ }ncosh β , onde β é uma constante (real puro).

Lembrar que ( )2

eezcosh

zz −+= e Z{ } a

aan ez,

ez

ze >

−= .

Z ( ){ }=βncosh Z

+ β−β

2

ee nn

263

( ) ( )

( ) 1eezz

zezzez

2

1

1zezez

ezzezz

2

1

ez

z

ez

z

2

1

2

22

2

++−

−+−=

+−−

−+−=

−+

−=

β−β

ββ−

ββ−

ββ−

β−β

( )

( ) 1coshz2z

eezz2

2

12

2

+β−

+−=

β−β

( )( )( )[ ]

( )( )[ ]( ) 1coshz2z

coshzz

1coshz2z

coshzz2

2

1

1coshz2z

coshz2z2

2

1

2

2

2

2

+β−

β−=

+β−

β−=

+β−

β−=

( )ncoshf n β= Z é transformável para todo ( )β−β> e,emaxz .

( ) =zF Z ( ){ }ncosh β é analítica em todo plano complexo, exceto em β= ez e β−= ez . Resumo

nf ( )zF

( )

==δ

0n ,0

0n ,1n

1

1 1z ,

1z

z>

ane aa

ez ,ez

z>

na az ,az

z>

( )nsen β

( )( )

1z ,1cosz2z

senz2

>+β−

β

( )ncos β

( )[ ]( )

1z ,1cosz2z

coszz2

>+β−

β−

( )nsenh β

( )( )

( )β−β>+β−

βe,emaxz ,

1coshz2z

zsenh2

( )ncosh β

( )[ ]( )

( )β−β>+β−

β−e,emaxz ,

1coshz2z

coshzz2

Tabela 7: Transformada Z unilateral de algumas funções discretas elementares.

264

5.5.2 – Translação (ou deslocamento)

Teorema: Seja k um inteiro positivo. Se a transformada Z{ } ( )zFf n = existe para R

1z > , então

também existem as transformadas Z{ }knf + e Z{ }knf − (esta para kn ≥ ). Para R

1z > temos que

Z{ } ( )

−= ∑

=

−+

1k

0n

nn

kkn zfzFzf e Z{ } ( ) ( )

kk

kn z

zFzFzf == −

− .

Prova

1. Considerando ( ) ∑∑∑−

=

=

=

− +==

1k

0n

nn

kn

nn

0n

nn zfzfzfzF e knn ' += :

( ) ∑∑−

=

=+

−−

++=

1k

0n

nn

kkn

kn

knzfzfzF

'

'

'

( ) ∑∑−

=

=

+

− +=

1k

0n

nn

0n

n

kn

k zfzfzzF'

'

'

( ) kzzF −= Z{ }knf + ∑−

=

−+

1k

0n

nnzf

Z{ }knf + ( )

−= ∑

=

1k

0n

nn

k zfzFz

2. Considerando ( ) ∑∑∑−

−=

−=

=

− −==

1

kn

nn

kn

nn

0n

nn zfzfzfzF e knn ' −= :

( ) ( ) ∑∑−

−=

−=−

−−

−−=

1

kn

nn

kkn

kn

knzfzfzF

'

'

'

( ) ∑∑−

−=

=

−−=

1

kn

nn

0n

n

kn

k zfzfzzF'

'

'

Como 0n 0f n <∀= :

265

( ) kzzF = Z{ }knf −

Z{ } ( )kkn

z

zFf =−

Exemplo

Z{ }α

α

−=

ez

ze n

Z ( ){ }

−−

−=

−=

α

=

α

+α ∑ z

ff

ez

zzzf

ez

zze 1

02

1

0n

nn

22n

( ) ( )( )

α

α

α

ααα

α

αααα

α

−=

+−+−=

−−−−=

−−

−=

ez

ze

ez

ezezezzz

ezz

ezeezzzz

z

e1

ez

zz

2

222

222

Z ( ){ }( )αα

−−α

−=

−=

ezz

1

ez

zze 22n

5.5.3 – Similaridade

Teorema: Se a transformada Z{ } ( )zFf n = existe para R

1z > e se 0≠λ é uma constante

complexa, então a transformada Z{ }nnfλ também existe e, para

Rz

λ> , temos que

Z{ }

λ=λ

zFf n

n .

Prova

Z{ }

λ=

λ=

λ=λ=λ ∑∑∑

=

−∞

=

=

− zF

zf

zfzff

0n

n

n

0n

n

n

0n

nn

nn

n

266

Exemplo

Z ( ){ }( )

( )

( )( ) αα

α

αα

αα

+β−

β=

β

=β222

n

ecosze2z

senze

1cose

z2

e

z

sene

z

nsene

5.5.4 – Convolução

{ } { } { } ∑∑=

=

− ==∗=∗

n

0k

kkn

n

0k

knknnnn gfgfgfgf

Teorema: Se as transformadas Z{ } ( )zFf n = e Z{ } ( )zGg n = existem, respectivamente, para

1R

1z > e

2R

1z > , então a transformada Z{ }nn gf ∗ também existe e, para

>21 R

1,

R

1maxz temos

que Z{ } ( ) ( )zGzFgf nn =∗ . Prova

( ) ( ) ∑∑∞

=

=

−=

0n

nn

0n

nn zgzfzGzF

Empregando a fórmula de Cauchy para o produto de séries absolutamente convergentes, temos que:

( ) ( ) ( )∑∑∑∞

=

=

=

− ∗=

=

0n

nnn

0n

n

n

0k

kkn zgfzgfzGzF

Exemplo

( )( )( )

( ) ( )

=−

⋅−

=−−

=αααα

321321zFzF

2

2

2

1

121 ez

z

ez

z

ezez

zzF Z{ }n1eα

Z{ }n2eα

( ) ( ) =zFzF 21 Z( ) =

∑=

−αα

n

0k

knk 21 ee Z

∑=

α−αα

n

0k

kkn 212 eee

267

{ } ∑=

α−αα=

n

0k

kknn

212 eeef

5.5.5 – Diferenciação da transformada de uma sequência

Teorema: Se a transformada Z{ } ( )zFf n = existe para R

1z > , então a transformada Z{ }nf n

também existe e, para R

1z > , temos que

Z{ } ( )zFdz

dzf n n −= .

Prova

Como a série que define a transformada Z converge uniformemente na região zRR

1 ' ≤< , ela

pode ser diferenciada termo a termo. Assim:

( ) ( )

( ) ∑∑

∑∑∑∞

=

=

=

−−

=

=

−=−=

−===

0n

nn

0n

nn

0n

1nn

0n

nn

0n

nn

zf nz

1

z

zf nzF

dz

d

zf nzfdz

dzf

dz

dzF

dz

d

( )z

1zF

dz

d−= Z{ }nf n

Z{ } ( )zFdz

dzf n n −=

Exemplos

1. Z{ }=n Z{ }( ) ( )22 1z

z

1z

z1zz

1z

z

dz

dz1.n

−=

−−−=

−−=

1zR

1z

11n

nlim

a

alimR

n1n

n

n

>⇒>

=+

==∞→

+∞→

268

2. Z{ }=2n Z{ }( )

( ) ( )( )4

2

2 1z

1z2.z1zz

1z

z

dz

dzn.n

−−−−=

−−=

( )( )( )

( )( )3

4

1z

1zz

1z

z21z1zz

+=

−−−−=

( )

1zR

1z

11n

nlim

a

alimR

2

2

n1n

n

n

>⇒>

=+

==∞→

+∞→

3. Z{ }=3n Z{ } ( )( ) ( )

+−=

+−= 3

2

32

1z

zz

dz

dz

1z

1zz

dz

dzn.n

( )( ) ( ) ( )( )

( ) ( )( ) ( )[ ]( )6

2

6

223

1z

1zz31z1z21zz

1z

1z3zz1z1z2z

+−−+−−=

−+−−+−=

( )

( )( )

( )4

2

4

2

4

22

1z

1z4zz

1z

1z4z-z

1z

z3z31zz2z

++=

−−−=

−−−−−=

( )

1zR

1z

11n

nlim

a

alimR

3

3

n1n

n

n

>⇒>

=+

==∞→

+∞→

4. Generalizando:

Z { } ( )( )

1z,1,2,3,k ,1z

zNn

kk1k >=−

=− K

( )zN k é um polinômio de variável complexa.

269

Exercício

Calcule Z ( ){ }nsen n β .

R.: ( )( )

( )[ ]22

3

1cosz2z

zzsen

+β−

−β

5.5.6 – Integração da transformada de uma sequência

Teorema: Seja 0f 0 = . Se a transformada Z{ } ( )zFf n = existe para R

1z > , então a

transformada Z

n

f n também existe e, para R

1z > , temos que

Z( )

∫∞

=

z

n duu

uF

n

f.

Prova

( )R

1u ,ufuF

0n

nn >=∑

=

− (5.5.6.1)

Multiplicando (5.5.6.1) por 1u − e integrando de z a 0z , obtemos:

( )

( )

( ) ∑∫

∑ ∫∫

∫ ∑∫

=

=

−−−

=

−−−

−=

=

=

0n

z

z

n

n

z

z

0n

z

z

1nn

z

z

1

z

z 0n

1nn

z

z

1

00

00

00

n

ufdu

u

uF

duuf duuFu

duufduuFu

( ) ( )∑∫

=

−−

−−=

0n

nn0

n

z

z

zzn

fdu

u

uF0

(5.5.6.2)

Considerando ∞→0z em (5.5.6.2), temos que:

( ) ∑∫

=

=

0n

nn

z

zn

fdu

u

uF

270

( )

=∫∞

z

duu

uF Z 0f ,

n

f0

n =

Exemplo

{ } ( ){ } 0f 1,n ,1f 01n

n =≥−=−

Z ( ){ } ( )1z

1

z

11

z

1

z

1

z

1

z

1

z

1z11

432

0n

n1n1n

+=

−−

=+−+−=−=− ∑∞

=

−−−K

1z1z

1>⇒<−

Z( )

( ) ( )

0

0

0

0

z

zz

z

z z

z

1n

1u

ulnlim

1uu

dulim

1uu

du

n

1

+=

+=

+=

∞→∞→

∞−

∫∫

+=

+=

+−=

+−

+=

+−

+=

∞→

∞→

z

11ln

z

1zln

1z

zln

1z

zln

z11

1lnlim

1z

zln

1z

zlnlim

0

z

0

0

z

0

0

5.5.7 – Valor inicial

Teorema: Se a transformada Z{ } ( )zFf n = existe para R

1z > , então

( ) 0

zfzFlim =

∞→.

Prova

( ) K++++==∑∞

=

33

221

00n

nn z

f

z

f

z

ffzfzF

( ) 0

zfzFlim =

∞→

271

Exemplos

1. ( ) ( )1

21

z5,01

z1zF

−= ( ) 1f1zFlim 0

z=⇒=

∞→

2. ( ) ( )5,0z

1zzF

2

−= ( ) ⇒∞=

∞→zFlim

zF(z) não é a transformada Z de uma sequência { }nf

5.5.8 – Valor final

Teorema: Seja Z{ } ( )zFf n = para R

1z > . Se n

nflim

∞→ existe, então ( ) ( )zF1zlim

1z−

→ também existe

e temos que

( ) ( ) nn1z

flimzF1zlim∞→→

=− .

Prova

Z{ } ∑∞

=

−=

0n

nnn zff

Z{ } ( ) ( ) 0

0

0n

nn1n f zzzFzfzFzf −=

−= ∑

=

−+

Z{ } ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 00

0n

nn1nn1n f zzF1zzFf zzzFzffff −−=−−=−=− ∑

=

−++ (5.5.8.1)

Considerando o limite de (5.5.8.1) quando 1z → :

( ) ( ) ( ) 01z1z

0n

nn1n

1zf zlimzF1zlimzfflim

→→

=

−+

→−−=−∑

( ) ( ) ( ) 01z

0n

n1n f zF1zlimff −−=−→

=

+∑

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 0

1z231201 f zF1zlimffffff −−=+−+−+−

→K

( ) ( )zF1zlimflim

1zn

n−=

→∞→

272

5.6 – Resumo: Transformada ZZZZ unilateral das funções discretas elementares

nf ( )zF

( )

==δ

0n ,0

0n ,1n

1

1 1z ,

1z

z>

ane aa

ez ,ez

z>

na az ,az

z>

( )nsen β

( )( )

1z ,1cosz2z

senz2

>+β−

β

( )ncos β

( )[ ]( )

1z ,1cosz2z

coszz2

>+β−

β−

( )nsenh β

( )( )

( )β−β>+β−

βe,emaxz ,

1coshz2z

zsenh2

( )ncosh β

( )[ ]( )

( )β−β>+β−

β−e,emaxz ,

1coshz2z

coshzz2

n

( )1z ,

1z

z2

>−

2n ( )( )

1z ,1z

1zz3

>−

+

3n ( )( )

1z ,1z

1z4zz4

2

>−

++

Tabela 8: Transformada Z unilateral das funções discretas elementares.

5.7 – Transformada ZZZZ unilateral inversa

Z{ } ( )zFf n = ∑∞

=

−=

0n

nn zf

Z ( ){ } { }n1 fzF =− ( )∫ −

π=

C

1n dzzzFi 2

1

273

5.8 – Métodos para determinar a transformada ZZZZ unilateral inversa

5.8.1 – Uso da transformada ZZZZ unilateral e de suas propriedades

Exemplos

1o) ( )4

41

z

6

z

23z6z23zF ++=++= −−

Zeros: raízes de 06z2z3 34 =++ Singularidade: 0z = (polo de ordem 4)

Z ( ){ } 3zF1 =−Z { } 211 +−

Z 6z

11 +

Z

41

z

1 (5.8.1.1)

Pela propriedade de translação Z{ } ( )+− ∈= Zk,

z

zFf

kkn , Z{ } ( )z

zFf 1n =− e Z{ } ( )

44nz

zFf =− .

Lembrando que ( )

==

0n 0,

0n ,1nδ , Z ( ){ } 1n =δ e Z { } ( )n11 δ=− , obtemos em (5.8.1.1):

{ }=nf Z ( ){ } ( ) ( ) ( ) 0n ,4n61n2n3zF1 ≥−δ+−δ+δ=−

Como ( )

==−

1n 0,

1n ,11nδ e ( )

==−

4n 0,

4n ,14nδ , temos que { } { }K,0,0,0,6,0,0,2,3f n = .

2o) ( )4z

z32zF

−−=

Zeros: 8z −= Singularidade: 4z = (polo de ordem 1)

Z ( ){ } 2zF1 =−Z { } 311 −−

Z

4z

z1 (5.8.1.2)

Lembrando que Z{ }az

za n

−= , obtemos em (5.8.1.2):

{ } ( ) { } { }K,768,192,48,12,1f 0n ,4.3n2f n

nn −−−−−=⇒≥−= δ

274

5.8.2 – Decomposição em frações parciais Exemplos

1o) ( )( )( )5,0z1z

1zzF

−+

−=

Zeros: 1z = Singularidades: 0,5z ,1z =−= (polos de ordem 1)

( )( )( ) ( )

( ) ( )

3

1-B e

3

4A

1BA5,0

1 BA

BA5,0z BA1z

1zB5,0zA1z

5,0z

B

1z

A

5,0z1z

1z

==⇒

−=+−

=+

+−++=−

++−=−

−+

+=

−+

( )( )( ) 5,0z

1

3

1

1z

1

3

4

5,0z1z

1zzF

−−

+=

−+

−=

{ }=nf Z ( ){ }3

4zF1 =−

Z3

1

1z

11 −

+

−Z

3

4

5,0z

11 =

−Z

3

1

1z

z

z

11 −

+

−Z

5,0z

z

z

11 (5.8.2.1)

Lembrando que Z{ } ( )kkn

z

zFf =− , podemos escrever (5.8.2.1) como:

{ } ( ) ( ) 1n ,5,03

11

3

4f 1n1n

n ≥−−=−−

Como ( )( )( )

05,0z1z

1zlimzFlimfzz

0 =−+

−==

∞→∞→, temos que

{ }( ) ( )

{ }

−−=⇒

≥−−

=

=−−

K,16

21,

8

11,

4

5,

2

3,1,0f

1n ,5,03

11

3

4

0n ,0 f n1n1nn

2o) ( ) ( )( )( )5,0z1z

1zzzF

−+

−=

Zeros: 1z ,0z == Singularidades: 0,5z ,1z =−= (polos de ordem 1)

275

( )

( )( ) 3

1-B e

3

4A

5,0z

B

1z

A

5,0z1z

1z

z

zF==⇒

−+

+=

−+

−=

( )

5,0z

1

3

1

1z

1

3

4

z

zF

−−

+=

( )5,0z

z

3

1

1z

z

3

4zF

−−

+=

Z ( ){ }3

4zF1 =−

Z3

1

1z

z1 −

+

−Z

5,0z

z1 (5.8.2.2)

Lembrando que Z{ }az

za n

−= , reescrevemos (5.8.2.2) como:

{ } ( ) ( ) { }

−−=⇒≥−−= K,16

21,

8

11,

4

5,

2

3,1f 0n ,5,0

3

11

3

4f n

nnn

Observe que 1f0n 0 =⇒= e que ( ) ( )( )( )

15,0z1z

1zzlimzFlimfzz

0 =−+

−==

∞→∞→.

3o) ( )( ) ( )2z1z

7z7z2

2z5z4z

7z7z2zF

2

2

23

2

−−

+−=

−+−

+−=

Zeros: i4

7

4

7z ±=

Singularidades: 1z = (polo de ordem 2), 2z = (polo de ordem 1)

( ) ( ) ( )

( ) ( )( ) ( )

( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )CB2A2z C2B3Az CB7z7z2

1z2zC2z3zB2zA7z7z2

1zC2z1zB2zA7z7z2

2z

C

1z

B

1z

A

2z1z

7z7z2

22

222

22

22

2

++−+−−++=+−

+−++−+−=+−

−+−−+−=+−

−+

−+

−=

−−

+−

=++−

−=−−

=+

7 C B2A2

7C2B3A

2 C B

(5.8.2.3)

276

( ) ( )( )

( )( ) ( ) ( )

2A00A1

772

1z2z

Clim1z

1z

Blim1z

1z

Alim1z

2z1z

7z7z2lim 2

1z

2

1z

2

21z

2

2

2

1z

−=⇒++=−

+−

−−

+−−

+−−

=−−−

+−→→→→

(5.8.2.4)

( ) ( )( )

( )( ) ( ) ( )

1CC001

7148

2z2z

Clim2z

1z

Blim2z

1z

Alim2z

2z1z

7z7z2lim

2z2z22z2

2

2z

=⇒++=+−

−−

+−−

+−−

=−−−

+−→→→→

(5.8.2.5)

Usando os valores obtidos em (5.8.2.4) e (5.8.2.5) em uma das equações de (5.8.2.3), temos que: ( ) 1B3B3712B327C2B3A =⇒−=−⇒−=−−−⇒−=−− Assim:

( )( ) ( ) ( ) ( ) 2z

1

1z

1

1z

2

2z

C

1z

B

1z

A

2z1z

7z7z2zF

222

2

−+

−+

−−=

−+

−+

−=

−−

+−=

{ }=nf Z ( ){ } 2zF1 −=−Z

( )+

21

1z

1Z +

1z

11Z

2z

11

2 −= Z( )

+

21

1z

z

z

1Z +

1z

z

z

11Z

2z

z

z

11 (5.8.2.6)

Lembrando que Z{ }( )21z

zn

−= , Z{ } ( )

kknz

zFf =− e Z{ }

az

za n

−= , podemos reescrever (5.8.2.6)

como:

{ } ( ) ( ) ( )

( )

( ) 1n ,22n-3

212-2n

211n2f

1n

1n

1n1nn

≥+=

+++=

++−−=

−−

Como ( )( )

02z

1

1z

1

1z

2limzFlimf

2zz0 =

−+

−+

−−==

∞→∞→, temos que:

{ }( )

{ } { }K,23,9,3,1,1,2,0f 1n ,2n23

0n ,0 f n1nn =⇒

≥+−

==

277

5.8.3 – Expansão em série de potências Exemplos

1o) ( )( )( ) 21

1

2 z2z31

z10

2z3z

z10

2z1z

z10zF

−−

+−=

+−=

−−=

Zeros: 0z = Singularidades: 2z ,1z == (polos de ordem 1) 10z-1 1-3z-1+2z-2 -10z-1+30z-2-20z-3 10z-1+30z-2+70z-3+150z-4+310z-5+... 30z-2-20z-3 -30z-2+90z-3 - 60z-4 70z-3 - 60z-4 -70z-3+210z-4-140z-5 150z-4-140z-5 -150z-4+450z-5-300z-6 310z-5-300z-6 -310z-5+930z-6-620z-7 630z-6-620z-7 ( ) K+++++= −−−−− 54321 z310z150z70z30z10zF

Como ( ) K++++++== −−−−−

=

−∑ 55

44

33

22

110

0n

nn zfzfzfzfzffzfzF , temos que:

Z ( ){ } { } { }K,310,150,70,30,10,0fzF n

1 ==− { } ( ) 0n ,1210102.10f nn

n ≥−=−= *********************************************************************************** Observações: 1a) O método pode não conduzir a uma expressão fechada para nf ; 2a) O método pode ser vantajoso quando ( )zF não é uma razão de polinômios de z.

2o) ( )22 zz

1

eezF−

==

278

∑∞

=

=

0n

nz

!n

ze

( )∑

=

−−−−−

++++++==−

0n

108642

n2z

!5

z

!4

z

!3

z

!2

zz1

!n

ze

2

K

Como ( ) K++++++== −−−−−

=

−∑ 55

44

33

22

110

0n

nn zfzfzfzfzffzfzF e

{ }=nf Z { }2z1 e−− ,

temos que

{ }( )

{ }

=⇒

>

= K,0,120

1,0,

24

1,0,

6

1,0,

2

1,0,1,0,1f

contrário caso ,!2n

1

ímpar én e 0n ,0

f nn

ou

{ } ( )( ) 0.n ,

!2n2

11f

n

n ≥+−

=

Algumas séries de potências

∑∞

=

=

0n

nz

!n

ze

( )

( ) ( ) ∞=+=+

=

+

==∞→∞→∞→

+∞→

1nlim!n

!1nlim

!1n

1

!n

1

lima

alimR

nnn1n

n

n

( ) ( )( )

∞=+

−=∑

=

+

R ,!1n2

z1zsen

0n

1n2n

( ) ( )( )

∞=−

=∑∞

=

R ,!n2

z1zcos

0n

n2n

( )( )

∞=+

=∑∞

=

+

R ,!1n2

zzsenh

0n

1n2

279

( )( )

∞==∑∞

=

R ,!n2

zzcosh

0n

n2

Exercício

Usando séries, mostre que ( ) ( ). sen icose i θ±θ=θ±

5.8.4 – Estratégia geral de inversão Aplica-se o teorema integral de Cauchy para determinar os coeficientes da expansão em série

de Laurent.

=nf Z ( ){ } ( ) K0,1,2,3,n ,dzz zFi 2

1zF

C

1n1 =π

= ∫ −− (5.8.4.1)

0n ,0f n <=

πϕρρ ϕ 20 ,R

1 ,e z :C i ≤≤>=

Se ( )zF é uma função racional, o teorema dos resíduos pode ser aplicado com vantagens no cálculo da integral (5.8.4.1). Exercícios

01. Seja { } { } 0f ,af 01n

n == − . Mostre que Z{ } az ,az

1a 1n >

−=− .

02. Determine a transformada Z dos seguintes sinais discretos:

a) ( )

=

2

nsen

2

1nx

R.: ( )2

1

z4

11

z2

1

zX−

+

=

b) ( ) ( ) ( ) ( ) 0n 1nu onde ,nu n4nnx ≥∀=−−= δ R.: ( )( )2

4

1z

zzzX

−−= −

03. Calcule a transformada Z unilateral inversa de ( )

+

+

=−− 11 z

2

11z

4

11

6zX .

280

R.: ( ) 0n ,2

112

4

16nx

nn

−+

−−=

5.9 – Transformada ZZZZ bilateral

5.9.1 - Série de Laurent

( )

( ) ( )

( ) ( ) ( ) K

K

+−+−+−++

+−

+−

+−

+=− −−−

−∞=

∑3

32

210

12

23

3

n

nn

czcczcczcc

cz

c

cz

c

cz

cczc

(5.9.1.1)

( ) ( ) cz

c

cz

c

cz

c 12

23

3

−+

−+

−+ −−−K : parte principal

( ) ( ) ( ) K+−+−+−+

33

2210 czcczcczcc : parte analítica

Se a parte principal de (5.9.1.1) é nula, a série de Laurent se reduz à série de Taylor.

5.8.1.1 - Singularidades Um ponto 0z é uma singularidade de uma função ( )zf se ( )zf não é analítica em 0z , enquanto

toda vizinhança de 0z contém pelo menos um ponto no qual ( )zf é analítica.

Vizinhança Denomina-se δ vizinhança de um ponto 0z ao conjunto de todos os pontos z do plano

complexo tais que δ<− 0zz , com δ>0. Notação: ( )δ,zN 0 é o disco de raio δ centrado em 0z .

Existem dois tipos de singularidades: singularidades não isoladas e singularidades isoladas. Um ponto 0z é uma singularidade não isolada de uma função ( )zf se e somente se 0z é uma

singularidade de ( )zf e toda vizinhança de 0z contém pelo menos uma singularidade de ( )zf que não

seja 0z .

Um ponto 0z é uma singularidade isolada de uma função ( )zf se e somente se ( )zf é analítica

em uma δ-vizinhança perfurada ( )( )δδ ,zNou zz0 00∗<−< de 0z .

Se 0z é uma singularidade isolada de uma função ( )zf , então ( )zf é analítica no anel

δ<−< 0zz0 e, portanto, pode ser expandida em série de Laurent.

281

As singularidades isoladas podem ser de três tipos: 1. Singularidades removíveis Um ponto 0z é uma singularidade removível de ( )zf se a parte principal de

( ) ( )∑∞

−∞=

−=

n

n0n zzczf é nula, ou seja, a expansão em série de Laurent de ( )zf tem apenas parte

analítica. Exemplo

( ) ( )K+−+−==

!7

z

!5

z

!3

z1

z

zsenzf

642

0z = é uma singularidade removível de ( )zf

( ) ( ) 10f1

z

zsenlim

0z=⇒=

→ 2. Polos

Um ponto 0z é um polo de ( )zf se a parte principal de ( ) ( )∑∞

−∞=

−=

n

n0n zzczf tem um número

finito de potências negativas de ( )0zz − , com coeficientes não nulos. Assim

( )( ) ( )

( ) ( ) ( ) KK +−+−+−+++−

+−

=−−

+−−

−=

∑ 303

2020101N

0

1NN

0

N

Nn

n0n zzczzczzcc

zz

c

zz

czzc

onde N é um número inteiro positivo e 0z é um polo de ordem N.

Exemplo

( ) ( ) ( )

++++++++−−=

+−−=−−=+−

=

−−−

−−−−

K!6

z

!5

z

!4

z

!3

z

!2

zz1zzz

ezzz1zezz

1zezf

65432323

z323z33

z

( )∑∞

=

+=

+++++=

++++++++−−=

0n

1n

32

32

2323

!2n

z

!6

z

!5

z

!4

z

!3

1

z!2

1

!6

z

!5

z

!4

z

!3

1

z!2

1

z

1

z

1

z

1

z

1

K

K

282

tem um polo de ordem 1 em 0z = . 3. Singularidades essenciais

Um ponto 0z é uma singularidade essencial de ( )zf se a parte principal de

( ) ( )∑∞

−∞=

−=

n

n0n zzczf tem um número infinito de potências negativas de ( )0zz − , com coeficientes

não nulos.

Exemplo

( ) ( ) ( )

( )K+−+−=

+

−=

= ∑

=

+−

753

0n

1n2n

z!7

1

z!5

1

z!3

1

z

1

!1n2

z1

z

1senzf tem uma singula-ridade

essencial em 0z = .

5.9.2 – Definição

Transformada Z unilateral: Z{ } ( ) ∑∞

=

−==

0n

nnn zfzFf

Região de convergência da transformada Z unilateral: R

1z >

y=Im(z) x=Re(z) 1/R

Figura 82: 2

22

R

1yx

R

1z >+⇒> .

283

Transformada Z bilateral: Z { } ( ) ∑∞

−∞=

−==

n

nnIInII zfzFf

KK ++++++= −− 221

012

2z

f

z

ffzfzf (5.9.2.1)

A série (5.8.2.1) é uma série de Laurent onde zfzfzf 1

22

33 −−− +++K é a parte analítica (ou parte regular) e

K++++33

221

0 z

f

z

f

z

ff é a parte principal (transformada Z unilateral).

( )

zfzfzfzF

0n

nn

1

n

nn

n

nnII ∑∑∑

=

−∞=

−∞=

− +==

( ) ( )

∑∑

∑∑∞

=

=

=

−∞

−=

+=

+=

+−

0n

nn

1n

nn

zF

0n

nn

zF

1n

nn

zfzf

zfzf

4342143421

( ) ( ) ( )zFzFzFII +− += Z { }=nII f Z { }+− nf Z { }nf+ Região de convergência de ( )zF− : −< Rz

Região de convergência de ( )zF+ : +

>R

1z

Região de convergência de ( )zFII : −

+

<< RzR

1

284

y=Im(z) R- 1/R+ x=Re(z)

Figura 83: Anel de convergência de ( ) ( ) ( )zFzFzFII +− += : −

+

<< RzR

1

Exemplo

{ }

>α<

≥=

α 0,0n,e

0n,1 f

nn

( ) ∑∑∞

=

−∞

−=

− +=

0n

n

1n

nnII zzezF α

( ) 1z ,1z

zzzF

0n

n >−

==∑∞

=

−+

( )

α

ααα

α

α

αααα

α

ez1e

z ,

ez

z

ze

z

ez1e

z

e

z

e

z

e

z

e

zzezF

4

4

3

3

2

2

1n

nn

<⇒<−

−=−

=−

=

++++==∑−∞

−=

−− K

( ) ( ) ( )( )( ) ( )( )

( )( )( )α

α

α

α

α

α

α ez1z

e1z

ez1z

zezzz

ez1z

ezz1zz

1z

z

ez

zzF

22

II−−

−=

−−

−++−=

−−

−+−−=

−+

−−=

Polos de ordem 1: α== ez ,1z

Região de convergência de ( )zFII : αez1 <<

285

y=Im(z) 1 eα x=Re(z)

Figura 84: Anel de convergência de ( ) ( ) ( )zFzFzFII +− += : αez1 << .

Exercícios

01. Seja { }ny uma seqüência definida por { }

<

=

0n ,4

12

0n ,2

1

yn

n

n .

Determine: a) Z{ }ny ;

R.: Z{ }

4

1z

z2

2

1z

z

1z4

z8

1z2

z2y n

+

+

−=−

++

−=

b) os polos de ( ) =zF Z{ }ny e a ordem dos mesmos;

R.: Polos de ordem 1: 2

1z −= ,

4

1z =

c) a região de convergência de ( ) =zF Z{ }ny .

R.: 2

1z

4

1<<

02. Seja { }ny uma seqüência definida por { }( )

<

≥−=

0n ,4-3

0n ,3.2ny

n

n

n .

Determine: a) Z{ }ny ;

R.: Z{ }( ) 3z

z2

1z

z

4z

z3y

2n−

−−

++

−=

b) a região de convergência de ( ) =zF Z{ }ny ;

286

R.: 4z3 <<

c) os polos de ( ) =zF Z{ }ny e a ordem dos mesmos.

R.: Polos de ordem 1: 4z −= , 3z = Polos de ordem 2: 1z =

5.10 – Equações de diferenças

5.10.1 – Definição Uma equação de diferenças ou a diferenças (ou uma fórmula de recorrência) é uma relação entre os termos de uma sucessão { } { }K,y,y,y,yy 3210n = .

Exemplo

( )

=

+=−+ +

0y

2ny3y2n

0

2n1n (5.10.1.1)

Em (5.10.1.1) temos uma equação de diferenças linear, não homogênea, com um coeficiente variável e outro constante, sujeita à condição inicial 0y0 = .

M

6y27y3y75n

5y18y3y64n

4y11y3y53n

3y6 y3y42n

2y3 y3y31n

1y2 y3y20n

656

545

434

323

212

101

=⇒=−⇒=

=⇒=−⇒=

=⇒=−⇒=

=⇒=−⇒=

=⇒=−⇒=

=⇒=−⇒=

{ } ny n = (5.10.1.2) Em (5.10.1.2) temos uma solução particular de (5.10.1.1). A solução geral de (5.10.1.1) é dada por

{ }( )!1n

3yny

n

0n+

+= . (5.10.1.3)

Observação 1: Podemos reescrever (5.10.1.1) como ( ) ( ) 21ny3y1n 21nn +−=−+ − .

Questão Como determinar a solução (5.10.1.2) ou a solução (5.10.1.3)?

287

Observação 2: A estratégia usada para determinar (5.10.1.2) não nos dá garantias acerca do comportamento dos termos da sequência.

5.10.2 – Equações de diferenças lineares 1a ordem: nnn1nn fybya =++ 2a ordem: nnn1nn2nn fycybya =++ ++ 3a ordem: nnn1nn2nn3nn fydycybya =+++ +++

M Se 0n 0f n ≥∀= , a equação de diferenças linear é homogênea. Caso contrário, é não homogênea.

5.10.3 – Solução de equações de diferenças lineares Empregaremos a transformada Z unilateral e suas propriedades de translação para solucionar equações de diferenças lineares.

Propriedade da translação: Z{ } ( )

−= ∑

=

−+

1k

0n

nn

kkn zfzFzf e Z{ } ( )

kkn z

zFf =− .

Exemplos

1o)

=

=

=++ ++

0y

1y

3y2y3y

1

0

nn1n2n

(5.10.3.1)

Notação: Z{ } ( )zYyn = Aplicando a transformada Z unilateral à equação de diferenças lineares de segunda ordem em (5.10.3.1) e usando as condições iniciais, temos que: Z{ } 3y 2n ++ Z{ } 2y 1n ++ Z{ }=ny Z{ }n3

( ) ( )[ ] ( )3z

zzY2yzYz3

z

yyzYz 0

10

2

−=+−+

−−

288

( ) ( ) ( )

( ) ( )

( )( ) ( )

( )( )( )( ) ( )( )

( )( )( )( )

( )( )( )2z1z

3zz

3z2z1z

zzY

2z1z

z3z

3z2z1z

zzY

z3z3z

zzY2z1z

z3z3z

zzY2z3z

3z

zzY2z3zzY3zzYz

2

2

22

22

++

++

−++=

++

++

−++=

++−

=++

++−

=++

−=+−+−

( )

( )( )( ) ( )( )2z1z

3z

3z2z1z

1

z

zY

++

++

−++= (5.10.3.2)

Decompondo (5.10.3.2) em frações parciais:

( )( )( ) 3z

C

2z

B

1z

A

3z2z1z

1

−+

++

+=

−++

( )( )( )

( ) ( ) ( ) ( )

4

1A00A

4

1

1z3z

Clim1z

2z

Blim1z

1z

Alim1z

3z2z1z

1lim

1z1z1z1z

−=⇒++=−

+−

+++

+++

=+−++ −→−→−→−→

( )( )( )

( ) ( ) ( ) ( )

5

1B0B0

5

1

2z3z

Clim2z

2z

Blim2z

1z

Alim2z

3z2z1z

1lim

2z2z2z2z

=⇒++=

+−

+++

+++

=+−++ −→−→−→−→

( )( )( )

( ) ( ) ( ) ( )

20

1CC00

20

1

3z3z

Clim3z

2z

Blim3z

1z

Alim3z

3z2z1z

1lim

3z3z3z3z

=⇒++=

−−

+−+

+−+

=−−++ →→→→

( )( )( ) 3z

1

20

1

2z

1

5

1

1z

1

4

1

3z2z1z

1

−+

++

+−=

−++

( )( ) 2z

E

1z

D

2z1z

3z

++

+=

++

+

289

( )( )

( ) ( ) ( )

2D0D1

2

1z2z

Elim1z

1z

Dlim1z

2z1z

3zlim

1z1z1z

=⇒+=

++

+++

=+++

+−→−→−→

( )( )

( ) ( ) ( )

1EE01

1

2z2z

Elim2z

1z

Dlim2z

2z1z

3zlim

2z2z2z

−=⇒+=−

++

+++

=+++

+−→−→−→

( )( ) 2z

1

1z

2

2z1z

3z

+−

+=

++

+

( )( )( )( ) ( )( )

2z

1

1z

2

3z

1

20

1

2z

1

5

1

1z

1

4

1

2z1z

3z

3z2z1z

1

z

zY

+−

++

−+

++

+−=

++

++

−++=

( )2z

z

1z

z2

3z

z

20

1

2z

z

5

1

1z

z

4

1zY

+−

++

−+

++

+−=

( )3z

z

20

1

2z

z

5

4

1z

z

4

7zY

−+

+−

+= (5.10.3.3)

1z −= , 2z −= e 3z = são polos de ordem 1 de ( )zY . Aplicando a transformada Z unilateral inversa a (5.10.3.3), obtemos:

Z ( ){ }4

7zY1 =−

Z5

4

1z

z1 −

+

−Z

20

1

2z

z1 +

+

−Z

3z

z1 (5.10.3.4)

Lembrando que Z{ }az

za n

−= , podemos reescrever (5.10.3.4) como:

{ }=ny Z ( ){ } ( ) ( ) 0n ,320

12

5

41

4

7zY nnn1 ≥+−−−=−

{ } { }K,6,1,0,1y n −=

290

2o) ( )ny8

1y

4

3y 2n1nn δ=+− −− (5.10.3.5)

Observação: Não temos em (5.10.3.5) um problema de valor inicial. Notação: Z{ } ( )zYyn = Aplicando a transformada Z unilateral à equação de diferenças lineares de segunda ordem em (5.10.3.5), temos que:

Z{ }4

3yn − Z{ }

8

1y 1n +− Z{ }=−2ny Z ( ){ }nδ

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

( )

( )

=

=

=+−

=+−

4

1z

2

1z

zzY

z8zY4

1z

2

1z8

z8zYzzY6zYz8

1z

zY

8

1

z

zY

4

3zY

2

2

22

2

( )

=

4

1z

2

1z

z

z

zY (5.10.3.6)

Decompondo (5.10.3.6) em frações parciais:

4

1z

B

2

1z

A

4

1z

2

1z

z

+

=

2A0A

4

1

2

12

1

2

1z

4

1z

Blim

2

1z

2

1z

Alim

2

1z

4

1z

2

1z

zlim

2

1z

2

1z

2

1z

=⇒+=

+

=

→→→

291

1BB0

2

1

4

14

1

4

1z

4

1z

Blim

4

1z

2

1z

Alim

4

1z

4

1z

2

1z

zlim

4

1z

4

1z

4

1z

−=⇒+=

+

=

→→→

4

1z

1

2

1z

2

4

1z

2

1z

z

=

( )

4

1z

1

2

1z

2

4

1z

2

1z

z

z

zY

=

=

( )

4

1z

z

2

1z

z2zY

= (5.10.3.7)

2

1z = e

4

1z = são polos de ordem 1 de ( )zY .

Aplicando a transformada Z unilateral inversa a (5.10.3.7), obtemos:

Z ( ){ } 2zY1 =−Z −

2

1z

z1Z

4

1z

z1 (5.10.3.8)

Lembrando que Z{ }az

za n

−= , podemos reescrever (5.10.3.8) como:

{ }=ny Z ( ){ } 2n,4

1

2

12zY

nn1 ≥

=−

( ) 112

4

1z

z

2

1z

z2limzYlimy

zz0 =−=

==∞→∞→

16

7

16

1

2

1y2 =−=

292

Usando 2n = , 1y0 = e 16

7y2 = em (5.10.3.5), obtemos

4

3y1 = .

Observação: Basta lembrar que 0yn = para 0n < .

{ }

= K,256

31,

64

15,

16

7,

4

3,1yn

3o)

=

=

=

=+−− +++

2u

1u

0u

0uuuu

2

1

0

n1n2n3n

(5.10.3.9)

Notação: Z{ } ( )zUu n = Aplicando a transformada Z unilateral à equação de diferenças lineares de terceira ordem em (5.10.3.9) e usando as condições iniciais, temos que: Z{ }−+3nu Z{ }−+2nu Z{ }++1nu Z{ }=nu Z{ }0

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )[ ] ( )

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( )

( )( ) ( ) ( )

( ) ( )( )( )( )1z1z1z

1zzzU

1zzzU1z1z

zzzU1zzz

0zUzzUzzUzz2zzUz

0zUuzUzz

uuzUz

z

u

z

uuzUz

0zUzuzUzzuzUzzuzUz

2

223

223

01

02

221

03

0

0n

nn

1

0n

nn

2

2

0n

nn

3

+−−

+=

+=−−

+=+−−

=+−+−−−

=+−−

−−−

−−−

=+

−−

−−

− ∑∑∑

=

=

=

( )( )21z

zzU

−= (5.10.3.10)

1z = é um polo de ordem 2 de ( )zU . Aplicando a transformada Z unilateral inversa a (5.10.3.10), obtemos:

Z ( ){ }=− zU1Z

( )

21

1z

z

293

{ }=nu Z ( ){ } 0n ,nzU1 ≥=− { } { }K,5,4,3,2,1,0u n = Exercícios 01. Usando transformadas Z, solucione a equação de diferenças

3y5y6y n1n2n =+− ++

sujeita às condições iniciais 0y0 = e 1y1 = . Escreva os cinco primeiros termos da sequência.

R.: { }=ny Z ( ){ } 0n ,16

7n

4

35

16

7zY n1 ≥−−=−

02. Utilizando as transformadas Z, solucione a equação de diferenças

n2n1nn 2y3y4y =+− −− .

R.: { }=ny Z ( ){ } ( ) 0n ,2

1243

2

1zY n2n1 ≥+−= +−

03. Utilizando as transformadas Z, solucione a equação de diferenças

( )

=

=

−=−− ++

2y

0y

1ny12yy

1

0

n1n2n δ

.

R.: { }=ny Z ( ){ } ( ) ( ) 1n ,321

194

28

331n

12

1zY 1n1n1 ≥−++−δ−=

−−−

04. Utilizando as transformadas Z, solucione a equação de diferenças

n2nn 3y27y3 =+ − .

R.: ( ) ( )nnn i312

i1i3

12

i13

6

1−

++

−+

294

5.11 – Exercícios resolvidos

01. Seja { }

<

=

0n ,n

0n ,5

4y

4

n

n .

a) Determine ( ) =zF Z{ }ny .

Z{ }

4342144 344 214342143421II

0n

n4

I

1n

nn

II

0n

nn

I

1n

nnn znz

5

4zyzyy ∑∑∑∑

=

=

=

=

− +

−=+= (5.11.1)

I: série geométrica

5z4

z4

z5

41

z5

4

z5

4z

5

4

1n

n

1n

nn

+−=

−−

−=

−=

− ∑∑

=

=

se 4

5z1z

5

4<⇒<− (RDC)

RDC: região de convergência

II: transformada Z unilateral

=∑∞

=

0n

n4zn Z { ( )

++−=

4

23

f

3

1z

zz4z

dz

dzn.n

n

( )( ) ( ) ( ) ( )( )

( )( ) ( )( )

( )( )

( )5

23

5

23223

5

232

8

32342

1z

1z11z11zz

1z

z4z16z41zz8z8z3z3z

1z

z4z16z41z1z8z3-z

1z

11z4zz4z1z1z8z3z

+++=

−−−−+−+−−=

++−−++=

−++−−++−=

RDC: 1z > uma vez que ( )

11n

nlim

4

4

n=

+∞→

Retornando a (5.11.1):

Z{ } ( ) ( )( )5

23

n1z

1z11z11zz

5z4

z4zFy

++++

+−== se

4

5z1 <<

295

b) Represente algebricamente e geometricamente a região de convergência de ( )zF . Im(z)

4

5z1 <<

4

5R,1R 21 == R1 R2 Re(z)

c) Identifique e classifique as singularidades de ( )zF .

4

5z −= polo simples (polo de ordem 1) 1z = polo de ordem 5

02. Seja { }

<

=

0n ,4

3-n

0n ,65

yn

2

n

n .

a) Determine ( ) =zF Z{ }ny .

Z{ }

444 3444 2144 344 214342143421II

0n

nn

2

I

1n

nn

II

0n

nn

I

1n

nnn z

4

3nz

6

5zyzyy ∑∑∑∑

=

=

=

=

−+

−=+= (5.11.2)

I: série geométrica

6z5

z5

z6

51

z6

5

z6

5z

6

5

1n

n

1n

nn

+−=

−−

−=

−=

− ∑∑

=

=

se 5

6z1z

6

5<⇒<− (RDC)

RDC: região de convergência

II: transformada Z unilateral

=

−∑

=

0n

nn

2 z4

3n Z

+

−+−−=

+

−−=

2

f

n

4

3z

z4

3z

zdz

dz

4

3z

z

dz

dz

dz

dz

4

3n.n

n

43421

296

3

2

3

4

2

2

4

3z

z16

9z

4

3

4

3z

z4

6

16

9z

4

3

-z

4

3z

4

3z2z

4

3

4

3z

4

3

z

4

3z

z4

3

dz

d-z

+

+−=

+

+−−=

+

+

−−

+−

−=

+

−=

RDC: 4

3z > uma vez que

( )3

4

4

31n

4

3n

lim1n

2

n2

n=

−+

+∞→

Retornando a (5.11.2):

Z{ } ( )3

2

n

4

3z

z3z4

16

3

6z5

z5zFy

+

−−

+−== se

5

6z

4

3<<

b) Represente algebricamente e geometricamente a região de convergência de ( )zF . Im(z)

5

6z

4

3<<

5

6R,

4

3R 21 == R1 R2 Re(z)

c) Identifique e classifique as singularidades de ( )zF .

5

6z −= polo simples (polo de ordem 1)

4

3z −= polo triplo (polo de ordem 3)

03. Um sistema é descrito pela equação recursiva

nn1n2n3n gy12y4y3y =+++ +++ ,

sujeita às condições iniciais 0yy 10 == e 2y2 = .

297

a) Utilizando a transformada Z unilateral e suas propriedades, determine a resposta { }ny do

sistema quando ( )nn 2g −= .

Notação: Z{ } ( )zYy n =

Aplicando a transformada Z unilateral à equação de diferenças:

( ) ( ) ( ) ( )2z

zzY12zzY4zYz3zyzYz 2

23

+=+++−

( )( )

( ) ( )2z

5z2z

2z

z5z2

2z

z4z2zz2

2z

zzY12z4z3z

22

zP

23

+

+=

+

+=

+

++=+

+=+++

444 3444 21

Como ( ) ( ) ( )( ) ( )( )( )i2zi2z2z4z3zzP03P 2 −++=++=⇒=− . Assim:

( )( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )( )( )( )( )i2zi2z3z2z

5z2zzY

2z

5z2zzYi2zi2z3z

−+++

+=⇒

+

+=−++

( )

( )( )( )( ) i2z

D

i2z

C

3z

B

2z

A

i2zi2z3z2z

5z2

z

zY

−+

++

++

+=

−+++

+= (5.11.3)

( )( )( )( )( ) 8

1

44

1

i22i221

1A2z3.11.5lim

2z=

+=

−−+−=⇒+

−→

( )( )( )( )( ) 13

1

39

1

i23i231

1B3z3.11.5lim

3z=

+=

−−+−−

−=⇒+

−→

( )( )( )( )( ) ( )( ) ( )

( )( )( ) ( ) 208

i2521

1258

i5254i20

i5

i5

i58

5i4

i323i28

5i4

i321i8

5i4

i43i22i2

5i4Ci2z3.11.5lim

i2z

+−=

+

+−+=

+−

+−

−−

+−=

−−−

+−=

+−

+−=

−+−+−

+−=⇒+

−→

( )( )( )( )( ) ( )( ) ( )

( )( )( ) ( ) 208

i2521

1258

i5254i20

i5

i5

i58

5i4

i323i28

5i4

i321i8

5i4

i43i22i2

5i4Di2z3.11.5lim

i2z

−−=

+

−−+−=

−−

−−

+−

+=

+−−−

+=

+−+

+=

++

+=⇒−

Retornando à equação (5.11.3):

( )i2z

1

208

i2521

i2z

1

208

i2521

3z

1

13

1

2z

1

8

1

z

zY

−−+

+

+−+

++

+=

298

( )i2z

z

208

i2521

i2z

z

208

i2521

3z

z

13

1

2z

z

8

1zY

−−+

+

+−+

++

+=

Como { }=ny Z ( ){ }zY1− , tem-se que:

{ } ( ) ( ) ( ) ( ) 0n ,i2208

i2521i2

208

i25213

13

12

8

1y nnnn

n ≥−−

+−+−

+−+−=

b) Calcule o elemento 5y da sucessão{ }ny .

( ) 5y123y1y12y4y3y0n 330123 −=⇒=+⇒=+++⇒=

( ) ( ) 5y22453y2y12y4y3y1n 441234 =⇒−=+−+⇒−=+++⇒=

( ) ( ) ( ) 15y42125453y4y12y4y3y2n 552345 −=⇒=+−++⇒=+++⇒=

15y5 −=

04. Um sistema é descrito pela equação recursiva

nn1n2n3n gy18y9y2y =+++ +++ ,

sujeita às condições iniciais 0yy 10 == e 2y2 = .

a) Utilizando a transformada Z unilateral e suas propriedades, determine a resposta { }ny do

sistema quando ( )nn 1g −= .

Notação: Z{ } ( )zYy n =

Aplicando a transformada Z unilateral à equação de diferenças:

( ) ( ) ( ) ( )1z

zzY18zzY9zYz2zyzYz 2

23

+=+++−

( )( )

( ) ( )1z

3z2z

1z

z3z2

1z

z2z2zz2

1z

zzY18z9z2z

22

zP

23

+

+=

+

+=

+

++=+

+=+++

444 3444 21

Como ( ) ( ) ( )( ) ( )( )( )i3zi3z2z9z2zzP02P 2 −++=++=⇒=− . Assim:

299

( )( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )( )( )( )( )i3zi3z1z2z

3z2zzY

1z

3z2zzYi3zi3z2z

−+++

+=⇒

+

+=−++

( )

( )( )( )( ) i3z

D

i3z

C

1z

B

2z

A

i3zi3z1z2z

3z2

z

zY

−+

++

++

+=

−+++

+= (5.11.4)

( )( )( )( )( ) 13

1

94

1

i32i321

1A2z4.11.5lim

2z=

+=

−−+−−

−=⇒+

−→

( )( )( )( )( ) 10

1

91

1

i31i311

1B1z4.11.5lim

1z=

+=

−−+−=⇒+

−→

( )( )( )( )( )

( )( )( ) ( )

( )( )( ) ( ) 260

i1123

49812

i7914i18

i79

i79

i792

1i2

i263i92

1i2

i32i36

1i23

i61i32i3

3i6Ci3z4.11.5lim

i3z

+−=

+

−−−=

+

+

−=

+++−

−=

++−−

−−=

−+−+−

+−=⇒+

−→

( )( )( )( )( )

( )( )( ) ( )

( )( )( ) ( ) 260

i1123

49812

i7914i18

i79

i79

i792

1i2

i263i92

1i2

i32i36

1i23

i61i32i3

3i6Di3z4.11.5lim

i3z

−−=

+

+−−−=

+−

+−

−−

+=

+−−−

+=

+−+

+=

++

+=⇒−

Retornando à equação (5.11.4):

( )

i3z

1

260

i1123

i3z

1

260

i1123

1z

1

10

1

2z

1

13

1

z

zY

−−+

+

+−+

++

+=

( )i3z

z

260

i1123

i3z

z

260

i1123

1z

z

10

1

2z

z

13

1zY

−−+

+

+−+

++

+=

Como { }=ny Z ( ){ }zY1− , tem-se que:

{ } ( ) ( ) ( ) ( ) 0n ,i3260

i1123i3

260

i11231

10

12

13

1y nnnn

n ≥−−

+−+−

+−+−=

b) Calcule o elemento 5y da sucessão{ }ny .

( ) 3y122y1y18y9y2y0n 330123 −=⇒=+⇒=+++⇒=

300

( ) ( ) 13y12932y1y18y9y2y1n 441234 −=⇒−=+−+⇒−=+++⇒=

( ) ( ) ( ) 18y121839132y1y18y9y2y2n 552345 =⇒=+−+−+⇒=+++⇒=

18y5 =

301

5.12 – Exercícios complementares

01. Calcular:

a) Z{ }n5.0n e3e2 −− + R.: ( )

e1z

z3

e1z

z2zF

−+

−=

b) Z ( ) ( ){ }nn 1,148,05 − R.: ( )1,1z

z4

8,0z

z5zF

−−

−=

c) Z { }5321 z2zz35 −−−− +−+ R.: ( ) ( ) ( ) ( ) 0n ,5n23n2n3n5f n ≥−+−−−+= δδδδ

d) Z

−−

+−

3z2z

4z82

1 R.: ( ) ( )

>+

==

−− 0n ,371-

0n ,0 f

1n1nn

02. Seja { }ny uma seqüência definida por { }

≥++−

<

=− 0n ,12nn

0n ,3

4y

n2

n

n .

Determine: a) Z{ }ny ;

R.: Z{ } ( )( ) ( )

2

1z

z

1z

z

1z

z

1z

1zz

4z3

z3y

23n

+−

+−

−−

++

+−=

b) os polos de ( ) =zF Z{ }ny e a ordem dos mesmos;

R.: Polos de ordem 1: 3

4z −= ,

2

1z =

Polos de ordem 3: 1z = c) a região de convergência de ( ) =zF Z{ }ny .

R.: 3

4z1 <<

03. Seja { }

( )[ ]

<

=−

+

0n ,3

2 11-

0n ,5

3

yn

1n

n2

n .

302

Determine ( ) =zF Z{ }ny , identifique as singularidades de ( )zF e represente algebricamente e

geometricamente a região de convergência de ( )zF .

R.: Z{ } ( )

+

+

−==

2

3z

2

3z

z2

3

5z

z

25

9zFy

2

n

Polos simples (de ordem 1): 2

3z,

2

3z,

3

5z =−=−=

Anel de convergência: 3

5z

2

3<<

04. Seja o sinal discreto [ ] ( ) nn2 7e nnx −− −∗= .

Determine: a) Z [ ]{ }nx ;

R.:

+

7

1z

e

1z

z

e

12

2

2

2

b) os polos de ( ) =zF Z [ ]{ }nx e a ordem dos mesmos;

R.: Polo de ordem 1: 7

1z −=

Polo de ordem 2: 2e

1z =

c) a região de convergência de ( ) =zF Z [ ]{ }nx .

R.: 7

1z >

05. Seja { }

π

<

=

0n ,2

nsen

3

5

0n ,2

3

yn-

n1

n .

a) Determine ( ) =zF Z{ }ny ;

303

R.: Z{ } ( )( ) ( )

+

+−

−=+

+−

−==

i5

3zi

5

3z5

z3

2z32

z9

9z25

z15

2z32

z9zFy

2n

b) Identifique as singularidades de ( )zF e represente geometricamente a região de convergência de

( )zF .

R.: Polos de ordem 1: 3

2z = , i

5

3z −= , i

5

3z =

Região de convergência: 3

2z

5

3<<

06. Solucionar a equação de diferenças utilizando a transformada Z unilateral.

=

=

=−− ++

2y

0y

1y4y3y

1

o

n1n2n

R.: { } ( ) ( ) 0n ,110

34

15

7

6

1y nn

n ≥−−+−=

07. Utilizando as transformadas Z, solucione a equação de diferenças

( )

=

=

−=−− ++

2y

0y

1ny6yy

1

0

n1n2n δ

.

R.: { } ( ) ( ) 1n ,210

93

15

191n

6

1y 1n1n

n ≥−++−−=−−δ

08. Utilizando as transformadas Z e suas propriedades, solucione a equação de diferenças

2n2n1nn 3y24y2y −

−− =−+ .

Calcule os três primeiros termos da sequência { }ny .

R.: { } ( ) { } { }K,1,0,0y0n ,690

14

10

13

9

1y n

nnnn =⇒≥−++−=

09. Utilizando as transformadas Z e suas propriedades, solucione a equação de diferenças

304

2n

2n1nn 2yy2y −−− =+− .

Calcule os cinco primeiros termos da seqüência { }ny . R.: { } { } { }K,11,4,1,0,0y0n ,1n2y n

nn =⇒≥−−=

10. Utilizando a transformada Z unilateral e suas propriedades, determine a resposta { }ny do sistema descrito pela equação recursiva

n2n1nn gy3

2y

3

5y =−+ −− ,

quando o mesmo é excitado por n

n 2g −= . Calcule o primeiro termo da sucessão{ }ny .

R.: { } ( )nnn

n 235

24

3

1

7

2

2

1

5

3y −+

=

( ) 1zYlimy

z0 ==

∞→

11. Utilizando a transformada Z unilateral e suas propriedades, determine a resposta { }ny do sistema descrito pela equação recursiva

n2nn gy27y3 =+ − ,

quando o mesmo é excitado por n

n 3

1g

= .

Calcule os três primeiros termos da sucessão{ }ny .

R.: { } ( ) ( ) ( )nnnn i3

12

1ii3

12

i13

6

1y −

++

−+= , { }

= K,0,1,3

1y n

12. Seja { }( )

( )

= −

0n , ncos4

1

0n ,2-n

y n

n2

n .

a) Determine ( ) =zF Z{ }ny .

305

R.: Z{ } ( ) ( )( )

4z2 ,2z

z2z2

4z

zzFy

3n <<+

−+

−−==

b) Identifique, classifique e represente no plano de Argand-Gauss as singularidades de ( )zF . R.: 4z = polo simples 2z −= polo triplo c) Represente algebricamente e geometricamente a região de convergência de ( )zF . R.: 4z2 << (algebricamente)

13. Um sistema é descrito pela equação recursiva

nn1n2n3n gy9y9yy =+++ +++ ,

sujeita às condições iniciais 0y0 = , 1y1 = e 1y2 −= .

a) Utilizando a transformada Z unilateral e suas propriedades, determine a resposta { }ny do sistema

quando 0gn = .

R.: { } ( ) ( ) ( )nnnn 1

10

1i3

20

i31i3

20

i31y −−−

++

−=

b) Calcule o elemento 6y da sucessão{ }ny .

R.: 73y6 −=

14. A sequência de Fibonacci tem as seguintes características:

1y

1y

yyy

1

0

n1n2n

=

=

+= ++

.

Empregando a transformada Z unilateral e suas propriedades, determine o n-ésimo termo dessa sucessão e calcule alguns termos da mesma.

R.: { } 0n ,2

51

10

55

2

51

10

55y

nn

n ≥

−−+

++=

{ } { }K,144,89,55,34,21,13,8,5,3,2,1,1yn =

306

307

6. FORMULÁRIO

1. Série de Fourier/Coeficientes de Fourier

( ) ∑∞

=

+

+=

1n

nn0

L

x nsenb

L

x ncosa

2

axf

ππ

( ) ( ) ( )∫∫∫−−−

=

==

L

L

n

L

L

n

L

L

0 dxL

x nsenxf

L

1b dx

L

x ncosxf

L

1a dxxf

L

1a

ππ

2. A forma exponencial (ou complexa) da série de Fourier

( ) ∑∞

−∞=

=

n

L

xni

n ecxfπ

( )∫−

=

L

L

L

xni

n dxexf L2

1c

π

3. Identidade de Parseval para séries de Fourier

( )[ ] ( )∑∫∞

=−

++=

1n

2n

2n

20

L

L

2 ba 2

adxxf

L

1

4. Integral de Fourier

( ) ( ) απ

αα de dxe xf 2

1xf xixi

∞−

∞−∫∫=

5. Transformadas de Fourier

( ){ } ( ) ( )∫∞

∞−

==ℑ

xi dxe xf Fxf αα ( ){ } ( ) ( )∫∞

∞−

− ==ℑ

xi-1 de F 2

1xfF αα

πα α

( ){ } ( ) ( ) ( )∫∞

==ℑ

0

CC dxxcos xf Fxf αα ( ){ } ( ) ( ) ( )∫∞

−==ℑ

0

CC1

C dxcos F 2

xfF αααπ

α

( ){ } ( ) ( ) ( )∫∞

==ℑ

0

SS dxxsen xf Fxf αα ( ){ } ( ) ( ) ( )∫∞

−==ℑ

0

SS1

S dxsen F 2

xfF αααπ

α

Tabela 1: Transformadas de Fourier.

308

6. Algumas propriedades das transformadas de Fourier 6.1 - Comportamento de ( )αF quando ±∞→α ( ) 0Flim =

±∞→α

α

6.2 - Linearidade ( ) ( ){ } ( ){ } ( ){ } ( ) ( )αα bGF axg bxf axg bxf a +=ℑ+ℑ=+ℑ 6.3 - Simetria (dualidade) ( ){ } ( )α−π=ℑ f 2xF , se ( ) ( ){ }xfF ℑ=α 6.4 - Conjugado

( ){ } ( )α−=ℑ Fxf , onde ( ) ( ){ }xfF ℑ=α

6.5 - Translação (no tempo) ( ){ } ( )αα Feaxf ia=−ℑ , onde ( ) ( ){ }xfF ℑ=α 6.6 - Translação (na freqüência) ( ){ } ( )aFxfe iax +=ℑ α , onde ( ) ( ){ }xfF ℑ=α 6.7 - Similaridade (ou dilatação ou mudança de escala)

( ){ }

=ℑ

aF

a

1axf

α, onde ( ) ( ){ }xfF ℑ=α

6.8 - Inversão de tempo

( ){ } ( )α−=−ℑ Fxf , onde ( ) ( ){ }xfF ℑ=α 6.9 - Convolução

( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )∫∫∞

∞−

∞−

−=−=∗

duuxguf duuguxf xgf

{ } ( ){ } ( ){ } ( ) ( )αα G Fxg xfgf =ℑℑ=∗ℑ 6.10 - Multiplicação (convolução na frequência)

( ) ( ){ } ( ) ( )α∗απ

=ℑ GF2

1xg.xf , onde ( ) ( ){ }xfF ℑ=α e ( ) ( ){ }xgG ℑ=α

309

6.11 - Transformadas de Fourier de derivadas

( ) ( ){ } ( ) ( ){ } ( ) ( )

( ){ } ( ){ } ( ) ( ) ( )

( ){ } ( ){ } ( ) ( ) ( )0f F0f xfxf

0fF0fxfxf

Fixfixf

S2

S2"

S

'C

2'C

2"C

nnn

α+αα−=α+ℑα−=ℑ

−αα−=−ℑα−=ℑ

αα−=ℑα−=ℑ

6.12 - Derivadas de transformadas de Fourier

( ){ } ( ) ( ) ( )α−=ℑ nnn Fixf x , onde ( ) ( ){ }xfF ℑ=α 6.13 - Diferenciação na frequência

( ){ } ( )αα

=ℑ Fd

dxf x i , onde ( ) ( ){ }xfF ℑ=α

7. Identidade de Parseval para integrais de Fourier

( ) ( )∫∫∞

∞−

∞−

=

2

2dF

2

1dxxf αα

π

( )[ ] ( )[ ] ( )[ ] ( )[ ]∫∫∫∫∞∞∞∞

==

0

2S

0

2

0

2C

0

2 dF 2

dxxf dF 2

dxxf ααπ

ααπ

8. Algumas identidades trigonométricas

( ) ( ) ( ) ( )[ ]vusenvusen2

1vcosusen −++=

( ) ( ) ( ) ( )[ ]vucosvucos2

1vcosucos −++=

( ) ( ) ( ) ( )[ ]vucosvucos2

1vsenusen +−−=

310

9. Transformadas de Fourier de algumas funções e distribuições

( )xf ( )αF

( )

>

<=

ax ,0

ax ,1xf

( )

( ) a20F

0 ,asen2

=

≠αα

α

( ) 0aRe ,e xa>

− 22 a

a2

( ) 0aRe ,ax

122

>+

α−π aea

xe− ( )1

1F

2C+

α

( )1

F2S

+=

α

αα

2

x2

e−

2

2

e 2α

π−

0a,e 2

ax2

>−

a2

2

ea

2 απ −

axe−u ( ) ( ) 0,aRe ,x > u ( )

<

>=−

c x0,

c x,1cx

αia

1

axn ex −u ( ) ( ) 0,aRe ,x > u ( )

<

>=−

c x0,

c x,1cx

( ) 1nia

!n+

α−

( )

=∞=

0 x0,

0 x,xδ

1

( ) ( )

>

≤==

∞→ ax ,0

ax ,1xf ,xflim1

a

( )απδ2

( )

<−

>=

0 x,1

0 x,1 xsgn

α

i2

u ( )

<

>=

0 x0,

0 x1,x ( )

α+απδ

i

e xia ( )a2 +απδ ( ) axcos ( ) ( )[ ]aa −αδ++αδπ

( )axsen ( ) ( )[ ]aai +αδ−−αδπ

( )axcos u ( )x ( ) ( )[ ]22 a

iaa

2 −α

α+−αδ++αδ

π

( )axsen u ( )x ( ) ( )[ ]22 a

aaa

2

i

−α−+αδ−−αδ

π

( )∫∞−

κκ

x

df

( ) ( ) ( )α

α+αδπ

F i0F

Tabela 2: Transformadas de Fourier de algumas funções e distribuições.

311

10. Transformada de Laplace unilateral

L ( ){ } ( ) ( )∫∞

−==

0

stdtetf sFtf

L ( ){ } ( ) ( ) ( )∫∫ π=

π==

∞+γ

∞−γ

C

st

i

i

st1 dse sFi 2

1dse sF

i 2

1tfsF

11. Algumas propriedades da transformada de Laplace unilateral 11.1 - Comportamento de ( )sF quando ∞→s ( ) 0sFlim

s=

∞→

11.2 - Linearidade

L ( ) ( ){ }=+ tg btf a aL ( ){ }tf + bL ( ){ }tg ( ) ( )sbGsaF += 11.3 - Primeira propriedade de translação

L ( ){ } ( )asFtfeat −= , onde ( ) =sF L ( ){ }tf

11.4 - Segunda propriedade de translação

L ( ) ( ){ } ( ) ( )

<≤==−− −

a t1,

at0 ,0a-tu com ,sFeatuatf as e ( ) =sF L ( ){ }tf

11.5 - Similaridade (ou mudança de escala)

L ( ){ }

=

a

sF

a

1atf , onde ( ) =sF L ( ){ }tf

11.6 - Transformada de Laplace de derivadas

L ( ){ } ( ) ( )0fssF tf ' −=

L ( ){ } ( ) ( ) ( )0f0sfsFs tf '2" −−=

L ( )( ){ } ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )0f0f s0fs0fs0fssFs tf 1n2-n"3n'2n1nnn −−−− −−−−−−= K 11.7 - Transformada de Laplace de integrais

312

L ( ) ( )s

sFdu uf

t

o

=

∫ , onde ( ) =sF L ( ){ }tf

11.8 - Derivadas de transformadas de Laplace (multiplicação por nt )

L ( ){ } ( ) ( ) ( ) ( ) ( )sF1sFds

d1tft nn

n

nnn −=−= , onde ( ) =sF L ( ){ }tf

11.9 - Integrais de transformadas de Laplace (divisão por t )

L( ) ( ) ( )

exista t

tflim que desde ,du uF

t

tf0t

s

+→

∫=

11.10 - Convolução

( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )∫∫ =−=∗

t

o

t

o

du ugu-tf du utguf tgf

L{ } ( ) ( )sGsFgf =∗ , onde ( ) =sF L ( ){ }tf e ( ) =sG L ( ){ }tg 11.11 - Valor inicial ( ) ( )ssFlimtflim

s0t ∞→→=

11.12 - Valor final ( ) ( )ssFlimtflim

0st →∞→=

11.13 - Transformada de Laplace de funções periódicas

L ( ){ } ( )∫ −

−−=

T

0

stsT

dt tfe e1

1tf , com f(t) periódica de período fundamental T

11.14 - Fórmula de desenvolvimento de Heaviside

L( )( )

( )

( )∑=

− =

n

1k

t

k

k1 keQ

ds

dP

sQ

sP α

α

α

313

12. Transformada de Laplace unilateral de algumas funções e distribuições

( )tf ( )sF

1 ( ) 0sRe ,s

1>

ate ( ) asRe ,as

1>

nt ( ) 0sRe ,s

!n1n

>+

( )atcos ( ) 0sRe ,as

s22

>+

( )atsen ( ) 0sRe ,as

a22

>+

( )atcosh ( ) asRe ,as

s22

>−

( )atsenh ( ) asRe ,as

a22

>−

iate ia-s

1

( )tln ( ) ( )[ ] ( ) ∫

−=Γ−Γ

0

t1-n' dte tn ,sln1s

1

( ) ( )∫=

t

0

duu

usentSi ( )

=

s

1arctg

s

1sarctg

2s

1 π

( )tN 0

u ( )

<≤=−

a t1,

at0 ,0at

s

e as−

( )

=∞=−

a t0,

a t,atδ

ase−

Tabela 3: Transformada de Laplace unilateral de algumas funções e distribuições.

13. Transformadas Z Z Z Z unilateral e bilateral

Z{ } ( ) ∑∞

=

−==

0n

nnn zfzFf Z { } ( ) ∑

−∞=

−==

n

nnIInII zfzFf

Raio de convergência R de uma série de potências ( )∑∞

=

0n

nn cza :

314

1n

n

n a

alimR

+∞→

= ou n

1

nn a

1limR

∞→=

Região de convergência da transformada Z unilateral: R

1z >

Z ( ){ } { } ( )∫ −−

π==

C

1nn

1 dzz zFi 2

1fzF

14. Algumas propriedades da transformada ZZZZ unilateral 14.1 - Linearidade

Z ( )∑∑==

=

ll

0i

ii

0i

n,ii zFcfc

14.2 - Translação (ou deslocamento)

Z { } ( )

−= ∑

=

−+

1k

0n

nn

kkn zfzFzf

Z { } ( ) ( )k

kkn z

zFzFzf == −

− , onde ( ) =zF Z { }nf

14.3 - Similaridade

Z { }

=

λλ

zFf n

n , onde ( ) =zF Z { }nf

14.4 - Convolução

{ } { } { } ∑=

−=∗=∗

n

0k

knknnnn gfgfgf

Z { } ( ) ( )zGzFgf nn =∗ , onde ( ) =zF Z { }nf e ( ) =zG Z { }ng 14.5 - Diferenciação da transformada de uma sequência

Z { } ( )zFdz

dzf n n −= , onde ( ) =zF Z { }nf

315

14.6 - Integração da transformada de uma sequência

Z ( )

∫∞

=

z

n du u

uF

n

f, 0f 0 =

14.7 - Valor inicial ( ) 0

zfzFlim =

∞→

14.8 - Valor final ( ) ( ) n

n1zflimzF1zlim

∞→→=−

15. Transformada ZZZZ unilateral de algumas sequências

nf ( )zF

( )

==

0n 0,

0n ,1nδ

1

1 1z ,

1z

z>

ane aa

ez ,ez

z>

na az ,az

z>

( )nsen β ( )( )

1z ,1cosz2z

sen z2

>+− β

β

( )ncos β ( )[ ]( )

1z ,1cosz2z

coszz2

>+−

β

β

( )nsenh β ( )( )

( )β−β>+β−

βe,emaxz ,

1coshz2z

senh z2

( )ncosh β ( )[ ]( )

( )β−β>+β−

β−e,emaxz ,

1coshz2z

coshzz2

n

( )1z ,

1z

z2

>−

2n ( )( )

1z ,1z

1zz3

>−

+

3n ( )( )

1z ,1z

1z4zz4

2

>−

++

Tabela 4: Transformada Z unilateral de algumas sequências.

316

317

REFERÊNCIAS [1] ÁVILA, G. Variáveis complexas e aplicações. 3a ed. Rio de Janeiro: LTC. [2] BOYCE, W.E.; DIPRIMA, R.C. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de

contorno. Rio de Janeiro: LTC. [3] FIGUEIREDO, D.G. Análise de Fourier e equações diferenciais parciais. Rio de Janeiro: IMPA. [4] HAYKIN, S.; VEEN, B. Sinais e sistemas. Porto Alegre: Bookman. [5] HSU, H.P. Sinais e sistemas. Porto Alegre: Bookman. [6] IÓRIO, V. EDP Um curso de graduação. Rio de Janeiro: IMPA.

[7] KAPLAN, W. Cálculo avançado. Vol. 2. São Paulo: Edgard Blücher. [8] KREYSZIG, E. Matemática superior. Vol. 3. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos. [9] OPPENHEIM, A.V.; WILLSKY, A.S.; NAWAB, S.H. Signals & systems. Upper Saddle River: Prentice Hall. [10] PALIOURAS, J.D. Complex variables for scientists and engineers. New York: Macmillan Publishing Co.

[11] SPIEGEL, M.R.; WREDE, R.C. Cálculo avançado. Porto Alegre: Bookman.

[12] SPIEGEL, M.R. Schaum’s outline of theory and problems of Fourier analysis with applications

to boundary value problems.

[13] SPIEGEL, M.R. Schaum’s outline of theory and problems of Laplace transforms. [14] SPIEGEL, M.R. Variáveis complexas. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil. [15] STEWART, J. Cálculo. Vol. 1 e 2. São Paulo: Cengage Learning. [16] TROFINO, A. Sistemas lineares. http://www.das.ufsc.br/~trofino [17] ZILL, D.G.; CULLEN, M.R. Equações diferenciais. Vol. 1 e 2. São Paulo: Makron Books. Observação: Os gráficos presentes nestas notas foram construídos empregando-se os aplicativos winplot, mathgv e maple.