TCC Magnum 2010

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Londrina 2010 mon MAGNUM DOUGLAS JORGE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO ACESSIBILIDADE NA WEB: Estudo de Caso (Remodelagem do Site Oficina da Matemática)

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Londrina 2010

mon

MAGNUM DOUGLAS JORGE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO

ACESSIBILIDADE NA WEB: Estudo de Caso (Remodelagem do Site Oficina da Matemática)

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Londrina 2010

ACESSIBILIDADE NA WEB: Estudo de Caso (Remodelagem do Site Oficina da Matemática)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharelado em Engenharia da Computação. Orientador: Dra. Jenai Oliveira Cazetta

MAGNUM DOUGLAS JORGE

Page 3: TCC Magnum 2010

Londrina, _____de ___________de 20___.

Dra. Jenai Oliveira Cazetta Universidade Norte do Paraná

Prof. Membro 2 Universidade Norte do Paraná

Prof. Membro 3 Universidade Norte do Paraná

MAGNUM DOUGLAS JORGE

ACESSIBILIDADE NA WEB: Estudo de Caso (Remodelagem do Site Oficina da Matemática)

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado, apresentado à UNOPAR -

Universidade Norte do Paraná, no Centro de Ciências Exatas e Tecnológias,

como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia da

Computação, com nota final igual a _______, conferida pela Banca Examinadora

formada pelos professores:

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Dedico este trabalho a todas as pessoas que

acreditam na inclusão social, como forma de

respeito ao indivíduo e direito de toda

sociedade num bem comum.

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AGRADECIMENTOS

Inicialmente, agradeço a Deus, pois com a ajuda dele, eu cheguei ao

final do curso. Agradeço a Profª. Dra. Jenai Oliveira Cazetta, orientadora,

professora, amiga, um muito obrigado pela dedicação e ajuda por esses anos de

trabalho. Um muito obrigado a minha amiga e co-orientadora Profª. Cristiane

Mashuda, pelo aprendizado e dedicação, e também pela sua compreensão e

profissionalismo.

Um agradecimento muito especial aos meus queridos amigos,

companheiros, irmãos da turma do curso de Engenharia da Computação pela

Unopar/PR. Muito obrigado por me acolherem como amigo.

Um agradecimento a todos os professores, alunos e técnicos da

Unopar/PR, especialmente aos que estão ligados ao curso de Engenharia da

Computação.

Agradeço a minha noiva por todos esses anos, de muito carinho,

amizade, companheirismo e felicidade. Obrigado por tudo meu amor, você é demais!

A meus pais, irmã, sobrinha, pais e irmão da minha noiva por serem

meus amigos, companheiros e acima de tudo, minha família. Vocês são tudo na

minha vida!

E finalmente, agradeço a todos que me ajudaram direto ou

indiretamente para o desenvolvimento deste projeto.

Muito obrigado à todos!

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“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.” Cora Coralina

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JORGE, Magnum Douglas. ACESSIBILIDADE NA WEB: Estudo de Caso (Remodelagem do Site Oficina da Matemática). 2010. 74 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Engenharia da Computação) – Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2010.

RESUMO

No cenário educacional mundial, impulsionado pelas inovações tecnológicas, traz cada vez mais, a utilização de novos meios de ensino, e neste paradigma, a “Oficina de Matemática” tem como proposta de revisar conhecimentos de matemática do conteúdo programático, principalmente, do ensino médio que reforcem a base para o aprendizado das disciplinas de Cálculo, Álgebra e outros. Juntando estes fatores, com a reflexão da necessidade de mais e mais ferramentas que possibilitem a interação das pessoas com qualquer deficiência visual, auditiva ou outra, possam ser tratadas com os mesmos direitos, mostrando que não existem barreiras para o avanço e expansão do ensino na sociedade global. Desta forma, há uma grande importância que todo o ambiente esteja estruturado nos padrões de acessibilidade, torna ainda mais possível que aja a inclusão social nos métodos de ensino, permitindo e garantindo o direito do cidadão, o direito de educação. Assim o objetivo final desse projeto visa realizar a adaptação da ferramenta “Oficina da Matemática”, para que esteja dentro do padrão de leitores de tela, principalmente gratuitos, para uso como suporte de ensino e pesquisa.

. Palavras-chave: Visual. Inclusão Social. Oficina da Matemática. Deficiência. Acessibilidade.

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JORGE, Magnum Douglas. ACCESSIBILITY IN THE WEB: Study of Case (To Remodel of the Site Workshop of the Mathematics). 2010. 74 pages. Trabalho de Conclusão de Curso (Engenharia da Computação) – Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2010.

ABSTRACT

In world-wide the educational scene, stimulated for the technological innovations, it brings each time more, the use of new ways of education, and in this paradigm, the “Workshop of Mathematics” has as proposal to revise knowledge of mathematics of the content programmarian, mainly, of average education that strengthen the base for the learning of them you discipline of Calculation, Algebra and others. Joining these factors, with the reflection of the necessity of more and more tools that make possible the interaction of the people with any visual deficiency, auditory or another one, they can be dealt with the same rights, showing that barriers for the advance and expansion of education in the global society do not exist. In such a way, it has a great importance that all the environment is structuralized in the accessibility standards, becomes still more possible that act the social inclusion in the education methods, allowing and guaranteeing the right of the citizen, the education right. Thus the final objective of this project aims at to carry through the adaptation of the tool “Workshop of the Mathematics”, so that it is inside of the standard of readers of screen, mainly gratuitous, for use as support of education and research.

Key-words: A ppearance. Social inclusion. Workshop of the Mathematics. Deficiency. Accessibility.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Legislação Internacional ........................................................................... 28 Figura 2 - Legislação do Brasil .................................................................................. 29 Figura 3 - Menu de Opções do Dosvox ..................................................................... 33 Figura 4 - Janela de Configurações do Jaws ............................................................ 34 Figura 5 - Painel de Controle do Jaws ...................................................................... 35 Figura 6 - Como os componentes se relacionam ...................................................... 37 Figura 7 - Orientações e diretrizes ............................................................................ 37 Figura 8 - Símbolos fornecidos pela W3C para indicar o nível de conformidade: "Nível A", "Duplo A" e "Triplo A" ................................................................................ 43 Figura 9 - Avaliador de Acessibilidade em Português ............................................... 52 Figura 10 - Avaliador de Acessibilidade em Inglês .................................................... 52 Figura 11 - Avaliador de Acessibilidade em Espanhol .............................................. 52 Figura 12 - Avaliador e Simulador de Acessibilidade de Sítios ................................. 53 Figura 13 - Oficina da Matemática (1ª versão) .......................................................... 54 Figura 14 - Oficina da Matemática (2ª versão) .......................................................... 55 Figura 15 - Combinação de cores de fundo e primeiro plano .................................... 57 Figura 16 - Exemplo de Estilos .................................................................................. 59 Figura 17 - Exemplo de Padrão de Menu .................................................................. 59 Figura 18 - Layout de site em forma de tabela .......................................................... 62

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – População Residente nas Regiões da Federeção ................................. 27

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

EAD Ensino à Distância

HTML HyperText Markup Language

IE Internet Explorer

IEEE Institute of Electrical and Eletronics Engineers

ISO International Organization for Standardization

PHP Hypertext Preprocessor

UNOPAR Universidade Norte do Paraná

e-MAG Acessibilidade do Governo Eletrônico

OA Objetos de Aprendizagem

ONU Organização das Nações Unidas

W3C World Wide Web Consortium

ASES Avaliador e Simulador de Acessibilidade de Sítios

GUIA Gestão Unificada de Inteligência e Apoio

WAI Web Accessibility Initiative

NAPNE Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Especiais

SIEP Sistema de Informações da Educação Profissional e Tecnológica

ATAG Authoring Tool Accessibility Guidelines

UAAG User Agent Accessibility Guidelines

WCAG Web Content Accessibitily Guidelines

XML Extensible Markup Language

CSS Cascading Style Sheets

SVG Scalable Vectorial Graphics

SMIL Synchronized Multimedia Integration Language

SLTI Secretária de Logística e Tecnologia da Informação

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NCE Núcleo de Computação Eletrônica

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOS Disk Operation System

URI Uniform Resourse Identifier

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14

2 ENSINO À DISTÂNCIA ...................................................................................... 17

2.1 DEFINIÇÃO .................................................................................................... 17

2.2 LEGISLAÇÕES SOBRE O ENSINO À DISTÂNCIA ....................................... 17

2.3 O SABER ESCOLAR ...................................................................................... 18

3 OBJETOS DE APRENDIZAGEM ....................................................................... 20

3.1 DEFINIÇÃO .................................................................................................... 20

3.2 ESTRUTURAÇÃO DOS OBJETOS DE APRENDIZAGEM ............................ 20

4 ACESSIBILIDADE NA WEB ............................................................................... 22

4.1 DEFINIÇÃO DE ACESSIBILIDADE ................................................................ 22

4.2 ERGONOMIA ................................................................................................. 23

4.2.1 Tipos de Ergonomia .................................................................................... 23

4.3 USABILIDADE ................................................................................................ 24

4.3.1 Definição ..................................................................................................... 24

4.3.2 Usabilidade na Web .................................................................................... 24

5 USUÁRIOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS .............................................. 27

5.1 DEFINIÇÃO .................................................................................................... 27

5.2 DIREITOS E DEVERES EM RELAÇÃO À PESSOAS COM NECESSIDADES

ESPECIAIS ............................................................................................................... 28

5.3 DEFICIÊNCIA VISUAL ................................................................................... 29

5.4 TIPOS DE DEFICIENCIA VISUAL.................................................................. 30

5.4.1 Visão Normal .............................................................................................. 30

5.4.2 Visão Subnormal ou Baixa Visão ................................................................ 30

5.4.3 Cegueira ..................................................................................................... 30

5.4.4 Daltonismo .................................................................................................. 30

6 FERRAMENTAS DE ACESSIBILIDADE COMPUTACIONAL ............................ 31

6.1 SINTETIZADORES DE VOZ .......................................................................... 31

6.1.1 DosVox ....................................................................................................... 31

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6.1.1.1 Funcionamento do DosVox ..................................................................... 32

6.1.2 Jaws ............................................................................................................ 33

6.1.2.1 Funcionamento do Jaws .......................................................................... 34

6.2 AMPLIADORES DE TELAS ........................................................................... 35

6.3 TIPO DE DOCUMENTAÇÕES DE ACESSIBILIDADE NA WEB .................... 36

6.3.1 World Wide Web Consotium (W3C) ............................................................ 36

6.3.2 Web Accessibility Iniatiative (WAI) .............................................................. 36

6.3.3 Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) .......................................... 37

6.3.4 Authoring Tool Accessibility Guidelines (ATAG) ......................................... 38

6.3.5 User Agent Accessibility Guidelines (UAAG) .............................................. 38

7 BOAS PRÁTICAS DE INCLUSÃO DIGITAL ...................................................... 39

7.1 ACESSIBILIDADE DO GOVERNO ELETRÔNICO (e-mag) ........................... 40

7.2 SECTION 508 ................................................................................................. 40

8 DIRETRIZES DE ACESSIBILIDADE ................................................................. 41

8.1 NÍVEIS DE PRIORIDADE DE ACESSIBILIDADE NA WEB ........................... 42

8.2 ESPECIFICAÇÕES DAS DIRETRIZES DE ACESSIBILIDADE NA WEB ...... 43

9 VALIDANDO PROCESSOS DE ACESSIBILIDADE .......................................... 52

9.1 VALIDAÇÃO AUTOMÁTICA ........................................................................... 52

10 O USO DA FERRAMENTA "OFICINA DA MATEMÁTICA” ............................ 54

10.1 Uma nova visão de ensino ............................................................................. 54

11 NOVA VISÃO ESTRUTURAL: “OFICINA DA MATEMÁTICA 2010” .............. 56

11.1 RESTRUTURAÇÃO DA FERRAMENTA ........................................................ 56

11.2 DESENVOLVEIMENTO DE INTERFACES MAIS ACESSÍVEIS .................... 56

12 ADEQUANDO O SÍTIO AOS PADRÕES DE ACESSIBILIDADE NA WEB .... 57

12.1 IDIOMA DO DOCUMENTO ............................................................................ 57

12.2 CORES E TEXTO........................................................................................... 57

12.3 FOLHAS DE ESTILO ...................................................................................... 57

12.4 TABULAÇÃO .................................................................................................. 59

12.5 PADRONIZAÇÃO DE ESTILOS ..................................................................... 59

12.6 TRATAMENTO DE IMAGENS E MAPAS DE IMAGEM ................................. 59

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12.7 TIPO DE DOCUMENTAÇÃO ......................................................................... 60

12.8 UNIDADES DE MEDIDAS .............................................................................. 60

12.9 CITAÇÕES, TABELAS E SEUS EFEITOS VISUAIS ...................................... 61

12.10 ABREVIAÇÕES .......................................................................................... 62

12.11 ATALHOS PELO TECLADO ....................................................................... 62

12.12 ATUALIZAÇÃO EM TEMPO REAL ............................................................. 63

12.13 CÓDIGOS ULTRAPASSADOS ................................................................... 63

13 CONCLUSÃO ................................................................................................. 64

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 65

ANEXOS.....................................................................................................................70

Anexo A- Relatório de Acessibilidade (Antes da Remodelagem) ............................. 70

Anexo B - Relatório de Acessibilidade (APÓS a Remodelagem) ............................. 73

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1 INTRODUÇÃO

A revolução do computador pessoal, as alterações de concepção e

utilização dos computadores nas redes eletrônicas evidenciam a vigência de uma

nova cultura, marcada pela presença e o funcionamento de um sistema de redes

interligadas. Neste cenário educacional mundial, impulsionado pelas inovações

tecnológicas, o processo de construção e de articulação do pensamento quanto

indivíduos interagem em rede, incitam à reflexão para a existência de uma nova

lógica de compreensão do mundo e de apropriação dos conhecimentos. E neste

novo paradigma que se encontram as inovações tecnológicas, a interação entre as

pessoas torna-se ainda mais amistoso, possibilitando com que pessoas com

qualquer deficiência visual, auditiva ou outra, possam ser tratadas com os mesmos

direitos na sociedade, mostrando que não existem barreiras para o avanço e

expansão do ensino na sociedade global.

A educação inclusiva é uma proposta da aplicação, no campo da

educação, de um movimento mundial mais amplo, denominado “Inclusão Social”,

que busca a construção de um processo bidirecional no qual as pessoas excluídas e

a sociedade buscam, em parceria, efetivar a equiparação de oportunidades para

todos. É uma proposta de resistência contra a exclusão social que, historicamente,

vem afetando grupos minoritários e que é caracterizada por movimentos sociais que

visam à conquista do exercício do direito de acesso a recursos e serviços da

sociedade. Neste sentido, entende-se que, numa perspectiva filosófica, a inclusão é

um imperativo moral e princípio de valor inquestionável (MENDES, 2003).

Desta forma, vê-se a educação como um direito moral de todo

indivíduo, não importando sua classe social, ou até mesmo suas deficiências físicas.

Por conseguinte, a real inclusão escolar, só é possível através de

condições que possibilitem que pessoas com necessidades especiais, também

possam utilizar as ferramentas disponíveis neste mundo tecnológico para aumentar

seu aprendizado.

De acordo com as discussões regulamentadas no artigo 8º do

Decreto nº 5296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta a Lei nº 10.048/2000

e Lei nº 10.098/2000, onde estabelece as condições para promoção de

acessibilidade.

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15

“Artigo 8º - Para os fins de acessibilidade, considera-se:

I – acessibilidade: condição para utilização, com

segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários

e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de

transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e

informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade

reduzida;

II – barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou

impeça o acesso, a liberdade de movimento, a circulação com

segurança e a possibilidade de as pessoas se comuniquem ou terem

acesso à informação classificadas em:

a) barreiras urbanísticas: as existências nas vias públicas

e os espaços de uso público;

b) barreiras nas edificações: as existentes no entorno e

interior das edificações de uso público e coletivo e no entorno e nas

áreas internas de uso comum nas edificações de uso privado

multifamiliar;

c) barreiras nos transportes: as existentes nos serviços

de transportes; e

d) barreiras nas comunicações e informações: qualquer

entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite a expansão ou o

recebimento de mensagens por intermédio dos dispositivos, meios

ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa, bem como

aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso à informação.”

De acordo com essas condições, salienta-se os direitos dos mesmos

através da Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes – ONU.

“As pessoas deficientes têm o direito inerente de respeito por sua

dignidade humana. As pessoas deficientes, qualquer que seja a origem, natureza e

gravidade de suas deficiências, têm os mesmos direitos fundamentais que seus

concidadãos da mesma idade, o que implica, antes de tudo, o direito de desfrutar de

uma vida decente, tão normal e plena quanto possível.” (Resolução ONU nº

2.542/1975, item 3)

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Sendo assim, o principal objetivo do presente trabalho é demonstrar

como métodos de ergonomia e acessibilidade aplicadas em objetos de

aprendizagem, podem auxiliar como novas ferramentas para o ensino de pessoas

com necessidades especiais.

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2 ENSINO À DISTÂNCIA

2.1 DEFINIÇÃO

“A Educação a Distância é a modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos”, conforme definição presente no Decreto 5.622, de 19 de Dezembro de 2005 (que revoga o Decreto 2.494/98), que regulamenta o Art. 80 da Lei 9394/96 (LDB).

2.2 LEGISLAÇÕES SOBRE O ENSINO À DISTÂNCIA

No Brasil, as bases legais para a modalidade de educação a

distância foram estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996), contudo com o tempo foram criados

Decretos e Resoluções para complementar essas diretrizes:

• Decreto nº 5.622, de 19 de Dezembro de 2005

Resolução CNE/CES nº 1 de 8 de Junho de 2007 – Estabelece

normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação lato-sensu, em nível de

especialização.

• Res. CNE/CES nº 1/07

Portaria Normativa nº 2 de 10 de Janeiro de 2007 – Dispões sobres

os procedimentos de regulação e avaliação da educação superior na modalidade à

distância.

• Por. Normat. nº 2/07

Decreto nº 5.800 de 8 de Junho de 2006 – Dispões sobre o Sistema

Universidade Aberta do Brasil - UAB Portaria Normativa nº 2 de 10 de Janeiro de

2007 – Dispões sobres os procedimentos de regulação e avaliação da educação

superior na modalidade à distância.

• Dec. nº 5.800/06

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18

Decreto nº 5.622 de 19 de Dezembro de 2005 – Regulamenta o art.

80 da Lei no 9.394, de 20 de Dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e

bases da educação nacional.

• Dec. nº 5.622/05

Portaria nº 4.059, de 10 de Janeiro de 2004

“O MINISTÉRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso de

suas atribuições, considerando o disposto no art. 81 da

Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e no art. 1º do

Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, resolve:

Art. 1º As instituições de ensino superior poderão

introduzir, na organização pedagógica e curricular de seus

cursos superiores reconhecidos, a oferta de disciplinas

integrantes do currículo que utilizem modalidade semi-

presencial, com base no art. 81 da Lei nº 9.394, de 1996,

e no disposto nesta Portaria.”

• Por. nº 4.059/04

Resolução CNE/CES nº 1 de 3 de Abril de 2001 – Estabelece

normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação.

• Res. CNE/CES nº 1/01

Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996 – Estabelece as diretrizes

e bases da educação nacional.

2.3 O SABER ESCOLAR

As perspectivas de abordagem das questões educacionais têm sido

objetivo de importante renovação teórica principalmente aquelas relacionadas à

dimensão cognitiva/cultural dos processos educativos, e que são objeto do campo

do currículo escolar (MONTEIRO, 2003).

A escola, mais do que um local de instrução e transmissão de

saberes, passou a ser considerada como um espaço configurado e configurador de

Page 21: TCC Magnum 2010

19

uma cultura escolar, onde se confrontam diferentes forças e interesses sociais,

econômicos, políticos e culturais (FORQUIN, 1993).

Como afirma Forquin (1992), existem diferenças substanciais entre a

exposição teórica e a exposição didática. A primeira deve levar em conta o estado

do conhecimento, a segunda, o estado de quem conhece, os estados de quem

aprende e de quem ensina, sua posição respectiva com relação ao saber e a forma

institucionalizada da relação que existe entre um e outro, em tal ou qual contexto

social. Não se trata apenas de fazer compreender mas de fazer aprender, de fazer

incorporar ao habitus (FORQUIN, 1992, p. 34).

Assim a perspectiva de constituição de um saber escolar tem por

base a compreensão de que a educação escolar não se limita a fazer uma seleção

entre o que há disponível da cultura, mas tem por função tornar os saberes

selecionados efetivamente transmissíveis e assimiláveis. Para isso, exige-se um

trabalho de reorganização, reestruturação ou de transposição didática que dá origem

a configurações cognitivas tipicamente escolares, capazes de compor uma cultura

escolar sui generis, com marcas que transcendem os limites da escola (FORQUIN,

1993, p. 16-17).

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20

3 OBJETOS DE APRENDIZAGEM

3.1 DEFINIÇÃO

Segundo Wiley,

“Elementos de um novo tipo de instrução baseada em computador construído sobre um novo paradigma da ciência da computação. Eles permitem aos designers instrucionais a construção de pequenos (relativo ao tamanho do curso em questão) componentes instrucionais os quais podem ser reutilizados inúmeras vezes em diferentes contextos de aprendizagem” (WILEY, 2001).

Objetos de aprendizagem ainda podem ser entendidos como

entidades digitais distribuídas através da internet, o que significa que qualquer

número de pessoas pode acessá-los e utilizá-los simultaneamente. Quem incorpora

os objetos de aprendizagem pode interagir, personalizando e adequando às suas

necessidades com o objetivo e ainda se beneficiar de novas versões. Estas são as

principais diferenças entre objetos de aprendizagem e outras mídias existentes

previamente (SEIXA; MENDES, 2006).

Seguindo os contextos acima, os OA são definidos como uma

entidade, digital ou não digital, que pode ser usada e reutilizada ou referenciada

durante um processo de suporte tecnológico ao ensino e aprendizagem. Exemplos

de tecnologia de suporte ao processo de ensino e aprendizagem incluem

aprendizagem interativa, sistemas instrucionais assistido por computadores

inteligentes, sistemas de educação à distância, e ambientes de aprendizagem

colaborativa. Exemplos de objetos de aprendizagem incluem conteúdos de

aplicações multimídia, conteúdos instrucionais, objetos de aprendizagem,

ferramentas de software e software instrucional, pessoas, organizações ou eventos

referenciados durante o processo de suporte da tecnologia ao ensino e

aprendizagem (IEEE, 2000).

3.2 ESTRUTURAÇÃO DOS OBJETOS DE APRENDIZAGEM

No processo de aprendizagem é importante observar alguns fatores:

conteúdo estruturado de maneira compreensível; conhecimento prévio do aluno,

Page 23: TCC Magnum 2010

21

para entender o que será abordado; confiança do aluno em aceitar este tipo de

ensino relacionando-o com o que ele já conhece previamente. Desta forma, um

objeto de aprendizagem pode ter sucesso no intuito de auxiliar na construção do

conhecimento se for capaz de servir de ponte entre o conhecimento básico, que o

aluno já possui, e o conhecimento avançado que se pretende agregar. Este objetivo

pode ser alcançado com o uso de recursos virtuais como animações e simulações

que despertem a atenção do aluno e façam com que ele possa vivenciar o tema

abordado (BORGES; NAVARRO, 2005).

“Deve-se definir, antecipadamente à criação dos objetos de aprendizagem, qual será o seu objetivo: O que ele vai ou não abordar? Com que profundidade? Qual enfoque adequado? Para que público? Qual a importância deste tópico para o conhecimento (disciplina e/ou curso) que se deseja transmitir? e Quais formas de Interatividade com o educando? Ainda deve-se planejar quais as metodologias e ferramentas aplicadas na construção do objetivo de aprendizagem para que ele atinja os seus objetivos” (BORGES; NAVARRO, 2005).

Conforme Borges e Navarro (2005), a criação de um objeto de

aprendizagem, parte da idéia de quais resultados se deseja obter ao final da

apreciação pelo aluno. Ou seja, ele deve ser planejado de forma a assegurar o

desenvolvimento gradativo das competências e habilidades do indivíduo. Neste tipo

de abordagem vislumbra o objeto de aprendizagem trabalhando de forma

colaborativa com outros recursos educacionais.

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4 ACESSIBILIDADE NA WEB

A Web oferece a possibilidade de um acesso sem precedentes à

informação e interação de muitas pessoas com deficiência. A acessibilidade na Web

significa que pessoas com alguma deficiência, seja ela de qualquer natureza,

possam perceber, entender, navegar, interagir e contribuir para/na web participando

mais ativamente na sociedade.(CORDE, 2008).

A acessibilidade à internet é a flexibilidade do acesso e da interação

dos usuários que possuam algum tipo de necessidade especial no que se refere aos

mecanismos de navegação e de apresentação dos sites, à operação com software e

com hardware e às adaptações aos ambientes e situações (GUIA, 1999). A

acessibilidade passa a ser entendida como sinônimo de aproximação, um meio de

disponibilizar a cada usuário interfaces que respeitem suas necessidades e

preferências.

4.1 DEFINIÇÃO DE ACESSIBILIDADE

O termo Acessibilidade vem da qualidade de acessível e envolve o

desenvolvimento de técnicas, métodos e ferramentas com o objetivo de permitir o

acesso sem dificuldades a espaços físicos e possibilitar o acesso pleno a

informações e conhecimentos nos diversos formatos (impresso, digital, audiovisual,

etc.) a toas as pessoas, sem discriminação (W3C, 1999).

Acessibilidade significa facilidade de aproximação, no trato, na

obtenção e interação de recursos.

De acordo com o W3C (World Wide Web Consortium) que coordena

a elaboração e padronização das regras de acessibilidade, há vários fatores que

tornam a acessibilidade tão importante, entre eles estão:

a) Incapacidade de ver, ouvir ou deslocar-se, ou grande

dificuldade, quando não a impossibilidade, de interpretar certos

tipos de informação;

b) Dificuldade visual para ler ou compreender textos;

c) Incapacidade para usar o teclado ou o mouse, ou não dispor

deles;

d) Insuficiência de quadros, apresentando apenas texto ou

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23

dimensões reduzidas, ou uma ligação muito lenta à Internet;

e) Dificuldade para falar ou compreender, fluentemente, a língua

em que o documento foi escrito;

f) Ocupação dos olhos, ouvidos ou mãos, por exemplo, ao volante

a caminho do emprego, ou no trabalho em ambiente barulhento;

g) Desatualização, pelo uso de navegador com versão muito

antiga, ou navegador completamente diferente dos habituais, ou

por voz ou sistema operacional menos difundido.

4.2 ERGONOMIA

Segundo Cazamian (1974), a ergonomia é o estudo científico do

trabalho alienado a problemas específicos. Ela tem preferencialmente, um

conhecimento, uma descrição explicativa das conseqüências para o homem de um

sistema coletivo de produção.

A Ergonomia é uma disciplina ao mesmo tempo muito modesta e

muito ambiciosa. Muito modesta porque ela age pouco sobre as grandes evoluções

que transformam em profundidade o mundo do trabalho. Mas muito ambiciosa, no

entanto, porque pretende forjar instrumentos teóricos que permitam modificar o

trabalho (MONTMOLLIN, 1986).

Desta forma, pode-se dizer que através da abordagem sistêmica, da

modelação das comunicações, da análise da tarefa e de experimentos com variáveis

controladas, pode-se definir os requisitos ergonômicos alienados aos ambientes

virtuais, visando buscar a atenção do usuário, sem que aja fadiga na interação com

o sistema.

4.2.1 Tipos de Ergonomia

• Ergonomia Antropométrica ou gestual

Que se ocupa do estudo dos gestos e posturas do usuário,

procurando adaptar as condições do ambiente.

• Ergonomia Informacional

Page 26: TCC Magnum 2010

24

Que estuda o arranjo dos dispositivos de sinalização, informação e

de comando, por forma a melhorar as condições da informação por parte do usuário.

• Ergonomia dos Sistemas

Que trata das interações do usuário com os materiais disponíveis,

procurando definir as condições de funcionamento do mesmo.

• Ergonomia de Previsão

Que procura prever e estudar as regras e as tarefas que o usuário

necessitará, buscando atingir o mínimo de erros no ambiente virtual.

4.3 USABILIDADE

4.3.1 Definição

Usabilidade é a capacidade, em termos funcionais humanos, de

um sistema ser usado facilmente e com eficiência pelo usuário (SHACKEL 1993).

Usabilidade está diretamente ligada ao diálogo na interface. É a

capacidade do software em permitir que o usuário alcance suas metas de interação

com o sistema (SCAPIN, 1993).

Segundo a definição da Internacional Organization for

Standardization (ISO), é a extensão na qual um produto pode ser usado por usuários

específicos para alcançar objetivos específicos com efetividade, eficiência e

satisfação em um contexto de uso específico (ISO 9241-11).

4.3.2 Usabilidade na Web

Conforme Nielsen (1993), é importante perceber que a usabilidade

não é uma propriedade singular, unidimensional de uma interface com os usuários.

A usabilidade tem componentes múltiplos e é tradicionalmente associada a estes

cinco atributos:

a) Ser fácil de aprender: o sistema deve ter simples aprendizado

para que o usuário possa rapidamente começar a trabalhar;

Page 27: TCC Magnum 2010

25

b) Ser eficiente na utilização : o sistema deve ser eficiente para

que assim que o usuário aprenda como utilizá-lo, possa alcançar

altos níveis de produtividade;

c) Ser fácil de ser recordado: o sistema deve ser fácil de ser

lembrado, para que o usuário possa voltar a utilizá-lo depois de

algum período inativo, sem ter que aprender tudo novamente;

d) Ter poucos erros: a taxa de erros do sistema deve ser baixa,

para que os usuários cometam poucas falhas durante a

utilização e, mesmo que cometam erros, consigam facilmente

recuperar o que foi perdido. Erros incorrigíveis não devem

ocorrer;

e) Ser subjetivamente agradável: o sistema deve ser agradável

de ser usado, para que os usuários fiquem satisfeitos ao utilizá-

lo. Eles devem gostar dele.

Segundo Nielsen (1993), a usabilidade é baseada no uso das

seguintes técnicas baratas:

a) Observação do usuário e da tarefa - o princípio básico do foco

no usuário deve ser naturalmente seguido. As regras principais

para a “Análise da tarefa com desconto” são simples, observe o

usuário, permaneça quieto e deixe-os trabalhar como eles fariam

normalmente, sem interferências;

b) Cenários de uso - cenários (ou casos de uso) são espécies de

protótipos extremamente baratos. A idéia por trás da

prototipação é de diminuir a complexidade da implementação

pela complexidade da implementação pela eliminação de partes

do sistema. Protótipos horizontais reduzem em uma camada

superficial de interface com o usuário, enquanto que protótipos

verticais implementam toda a funcionalidade de apenas uma

função. Os cenários ou os casos de uso representam uma

redução radical nas duas direções, ele apenas simulam uma

interação do sistema com o usuário ao longo de um caminho

previamente definido. Eles podem ser usados para implementar

estudos baseados na verbalização do usuário, e por serem

simples e baratos, pode ser alterados facilmente;

Page 28: TCC Magnum 2010

26

c) Verbalização simplificada - envolve basicamente o usuário

pensando em voz alta enquanto usa o sistema. Assim o

observador pode conhecer o porque das ações dos usuários e

identificar elementos de interface que levem a entendimentos

equivocados, e que devam ser revisados.

d) Avaliações heurísticas - as complicações com recomendações

sobre usabilidade atuais têm normalmente centenas ou milhares

de regras a seguir, o que pode intimidar os projetistas. Contudo

essas regras podem ser facilmente reduzidas em 10 somente:

- Forneça Diálogos simples e naturais;

- Fale o idioma do usuário;

- Minimize a solicitação sobre memória do usuário;

- Forneça Consistência;

- Forneça Feedback;

- Forneça Saídas marcadas claramente;

- Forneça Atalhos;

- Forneça boas mensagens de erro;

- Previna a ocorrência de erros;

- Forneça Ajuda e Documentação.

Page 29: TCC Magnum 2010

27

5 USUÁRIOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

5.1 DEFINIÇÃO

De acordo com o Decreto nº 3.298, de 20 de Dezembro de 1999, é

considerada pessoa com deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias:

deficiência física, deficiência auditiva, deficiência visual e deficiência mental.

De acordo com o censo do IBGE de 2000, no Brasil há cerca de 24,6

milhões de portadores de deficiência, correspondendo a 14,5% da população

brasileira. Aproximadamente 48% deste total (16,5 milhões) são portadores de

algum tipo de deficiência visual.

Tabela 1 – População Residente nas Regiões da Federação

Tipo de deficiência

Regiões

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Brasil

Total 129.111.170 47.782.488 72.430.194 25.110.349 11.638.658 169.872.859 Pelo menos uma das deficiências enumeradas

1.901.892 8.025.536 9.459.596 3.595.028 1.618.203 24.600.255

Deficiência mental permanente

189.901 859.454 1.201.606 409.783 184.192 2.844.936

Tetraplegia, paraplegia ou hemiplegia

63.502 281.561 398.155 130.895 63.349 937.462

Falta de membro ou de parte

44.023 129.021 188.371 84.418 32.762 478.595

Incapaz ou com dificuldade de enxergar

1.415.371 5.747.460 6.031.472 2.326.258 1.124.279 16.644.840

Incapaz ou com dificuldade de ouvir

389.430 1.861.687 2.219.320 898.482 366.180 5.735.099

Incapaz ou com dificuldade de caminhar

506.522 2.523.611 3.236.865 1.210.981 461.805 7.939.784

Nenhuma destas deficiências

108.70.702 39.342.893 62.262.577 21.343.755 9.907.021 143.726.948

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000.

Page 30: TCC Magnum 2010

28

5.2 DIREITOS E DEVERES EM RELAÇÃO À PESSOAS COM NECESSIDADES

ESPECIAIS

De acordo com o Art. 3º da Declaração dos Direitos das Pessoas

Portadoras de Deficiência, as pessoas com deficiência assistem o direito inerente a

todo e qualquer ser humano de ser respeitado, sejam quais forem seus

antecedentes, natureza e severidade de sua deficiência. Elas têm os mesmos

direitos que os outros indivíduos da mesma idade, fato que implica desfrutar de vida

decente, tão normal quanto possível.

Figura 1 - Legislação Internacional

Fonte: Febraban (2006, p. 5).

Page 31: TCC Magnum 2010

29

Figura 2 - Legislação do Brasil Fonte: Febraban (2006, p. 5).

A sociedade inclusiva nada mais é do que a conseqüência da visão

social de um mundo democrático, onde se anseia respeitar direitos e deveres. Nesta

sociedade todos são iguais e a limitação de um individuo não diminui seus direitos.

As pessoas com deficiência são cidadãos e fazem parte da sociedade, e esta deve

ser preparar para lidar com a diversidade humana. A sociedade inclusiva tem como

principal objetivo oferecer oportunidades iguais para que cada pessoa seja

autônoma e auto-suficiente (FEBRABAN, 2006).

5.3 DEFICIÊNCIA VISUAL

A deficiência visual, diz respeito à falta, insuficiência ou imperfeição

da resposta visual que acarreta na diminuição ou situação irreversível da visão,

mesmo após tratamento clínico e ou cirúrgico e o uso de correções óticas (óculos

convencionais e lentes de contato). É, portanto, uma limitação sensorial, na qual os

portadores apresentam perdas visuais variáveis, que podem ir desde resíduos

visuais, ausência da percepção de luz, até a ausência total do sentido da visão.

Page 32: TCC Magnum 2010

30

5.4 TIPOS DE DEFICIENCIA VISUAL

A deficiência visual abrange graus de limitações, permitindo assim,

diversos tipos de classificação, todavia, as mais usadas são visão normal, visão

subnormal ou baixa visão e cegueira.

5.4.1 Visão Normal

A visão normal se desenvolve corretamente se os dois olhos

trabalharem juntos, sendo capazes de projetar sobre a retina uma imagem nítida

tanto para objetos próximos quanto para objetos distantes.

5.4.2 Visão Subnormal ou Baixa Visão

É considerada portadores de visão subnormal ou baixa visão, aquela

pessoa que mesmo com a limitação visual utiliza ou é potencialmente capaz de

utiliza a visão para o planejamento ou execução de uma tarefa/atividade, ou ainda,

que seja capaz de perceber luminosidade até o grau em que a deficiência visual

interfira ou limite seu desempenho.

5.4.3 Cegueira

Neste contexto, caracteriza-se como portador de cegueira, aquela

pessoa que possui perda total de visão ou perda da percepção da luz. A cegueira é

considerada como sendo uma deficiência de grau severo, mas que pode ser

amenizada por tratamento médico, reeducação e uso das tecnologias assistivas, tais

como: bengala, sistema braile, leitores de tela com síntese de voz, Braille eletrônico,

impressoras Brailles, etc.

5.4.4 Daltonismo

Refere-se à falta de percepção a certas cores. Uma das formas mais

comuns do daltonismo inclui a dificuldade de distinguir entre as cores vermelho e

verde, ou amarelo e azul. Algumas vezes o daltonismo resulta em não perceber as

cores.

Page 33: TCC Magnum 2010

31

6 FERRAMENTAS DE ACESSIBILIDADE COMPUTACIONAL

Nesta área de pesquisa, existem as tecnologias assistivas que são

um conjunto de softwares e hardwares projetados especificamente para ajudar

pessoas com deficiências na realização de suas atividades cotidianas (W3C, 1999).

Os softwares de acessibilidade aos ambientes digitais para

deficientes visuais utilizam basicamente de ampliadores de tela para aqueles que

possuem perda parcial da visão e recursos de áudio, teclado e impressora em Braille

para os sujeitos cegos.

6.1 SINTETIZADORES DE VOZ

Também conhecidos como leitores de tela são programas criados

pra reproduzir em voz tudo que está sendo mostrado no vídeo do computador, além

de transformarem também em voz o que se digita (o computador soletra os

caracteres digitados). Hoje em dia tem-se uma quantidade relativamente

considerável de programas leitores de telas, como por exemplo: DosVox, Jaws,

Virtual Vision, Windows Bridge, Window-Eyes, entre outros (SANTOS, 2006).

6.1.1 DosVox

O software DOSVOX permite que pessoas cegas utilizem um

microcomputador comum (PC) para desempenhar uma série de tarefas, adquirindo

assim um nível alto de independência no estudo e no trabalho.

O DOSVOX se comunica com o usuário através do uso do

sintetizador de voz. O sistema conversa com o deficiente visual em Português, sem

sotaque, e dá a ele muitas facilidades que um usuário vidente tem, como um sistema

de gerência de arquivos adequado ao uso por deficientes visuais, editor e leitor de

textos, impressor a tinta e em Braille, ampliador de telas para visão subnormal,

diversos jogos, além de programas para acesso a Internet. O DOSVOX dá também

suporte a operação de programas que não foram criados para cegos, através de

adaptações que permitem leitura sintética de telas ou substituição de interações

bidimensionais ou cliques de mouse (BORGES, 2002).

Há duas versões do programa: uma simplificada, que pode ser

Page 34: TCC Magnum 2010

32

capturada da Internet (gratuitamente) e outra profissional, que pode ser adquirida

comercialmente, com baixo custo.

Como o sistema lê e digitaliza o som em português, o diálogo

homem/máquina é feito de forma simples. Esse programa também utiliza padrões

internacionais de computação, podendo assim, ser lido e ler dados e textos gerados

por programas e sistemas de uso comum em informática. Trata-se de um software

simples para usuários iniciantes, de fácil instalação e utilização (SONZA, 2004).

Segundo Sonza (2004), o projeto é distribuído em duas versões:

para DOS e para Windows (também chamado de WINVOX). O programa é

composto por:

• Sistema operacional que contém os elementos de interface com

o usuário;

• Sistema de síntese de voz para a língua portuguesa;

• Editor, leitor e impressor/formatador de textos;

• Diversos programas de uso geral para deficientes visuais; como

caderno de telefones, agenda de compromissos, calculadora,

preenchedor de cheques, cronômetro, etc.

• Jogos de caráter lúdico;

• Ampliador de telas para pessoas com visão reduzida;

• Programas para ajuda à educação de crianças com deficiência

visual;

• Programas sonoros para acesso à Internet, correio eletrônico e

bate-papo;

• Leitor de telas/janelas para DOS e Windows.

6.1.1.1 Funcionamento do DosVox

Após a instalação do Dosvox no ambiente Windows, é possível

acessar o Dosvox através do ícone na Área de Trabalho, ou através da tecla de

atalho: Crtl+Alt+D. Ao iniciar o Dosvox, é perguntado: “Dosvox: O que você deseja?”.

A resposta deverá ser uma letra, a qual se refere ao programa desejado, ou

simplesmente a “↓” (seta direcional para baixo).

Page 35: TCC Magnum 2010

33

Figura 3 - Menu de Opções do Dosvox Fonte: NAPNE/SIEP (2009, p. 3).

6.1.2 Jaws

Permite ao usuário trabalhar com diferentes versões do sistema

operacional Windows e com seus aplicativos. Apesar de ser um produto americano é

capaz de sintetizar o texto apresentado na tela em nove idiomas, inclusive no

português do Brasil. O Jaws também pode enviar informações para linhas Braille.

Entre as características do Jaws, as principais são:

• Compatível com os Sistemas Operacionais Windows XP, Vista e

Windows 7;

• Inclui sintetizador de voz para vários idiomas (Português, Inglês,

Espanhol, Francês, Alemão, Italiano e Finlandês);

• Instalação acompanhada por voz;

• Suporte imediato para as aplicações standard do Windows;

• Suporte avançado para as aplicações mais populares do Office;

Page 36: TCC Magnum 2010

34

• Suporte para o Internet Explorer, Firefox e Adobe Acrobat (links,

listas, tabelas, gráficos, frames, flash, etc);

• Linguagem de Scripts para personalizar aplicações não

standard;

• Ferramentas para personalização fácil e sem Scripts;

• Compatível com a maioria das linhas Braille.

6.1.2.1 Funcionamento do Jaws

Cada passo da instalação do programa é falada ao usuário,

oferecendo orientações e permitindo que seja selecionado o idioma para leitura das

telas. Desta forma, a instalação pode ser realizada com autonomia por uma pessoa

com deficiência visual. Seu modo de demonstração permite a utilização por períodos

de 40 minutos, ou seja, após este período, para que volte a funcionar, é preciso

reiniciar o computador.

Após a instalação do Jaws, possível acessar através da tecla de

atalho: Insert+J. Ao iniciar o Jaws, ele passa a “ler” as ações desempenhadas pelo

usuário. Uma janela do programa fica minimizada na Área de Trabalho. Ao ativá-la

(figura 4), é possível configurar o seu uso através do painel de controle (figura 5) do

software.

Figura 4 - Janela de Configurações do Jaws Fonte: http://www.tcd.ie/disability/services/assistive_technology/training/jaws.php

Page 37: TCC Magnum 2010

35

Figura 5 - Painel de Controle do Jaws Fonte: http://www.tcd.ie/disability/services/assistive_technology/training/jaws.php

6.2 AMPLIADORES DE TELAS

São programas utilizados por pessoas que ainda tem algum

resquício de visão. Os chamados portadores de visão subnormal. Estas pessoas,

mesmo enxergando, têm dificuldade em distinguir as letras e figuras que aparecem

na tela do computador. O papel de um programa ampliador de tela é justamente

tornar maior, e por conseqüência mais visível, as figura e letras que estão no

monitor. São exemplos de ampliadores de tela: LentePro, Magic e MouseLupa

(SANTOS, 2006).

Os Ampliadores de Tela, também conhecidos como Lentes de

Aumento, funcionam como uma lupa, aumentando a área onde é passado o mouse.

Magic é uma lente de aumento muito utilizada por deficientes que

trabalham no ambiente Windows, porém ela é comercializada, o que acaba por

limitar sua utilização por qualquer deficiente visual (Sonza, 2007). Em contrapartida,

existe a MouseLupa que é gratuita e livre, podendo ser utilizada por qualquer

deficiente que trabalhe no ambiente GNU/Linux, além de possuir a característica de

sua lente não ser um posicionamento fixo, permitindo que o usuário utilize toda a

Área de Trabalho (Silva et al., 2002).

Uma outra característica, presente tanto na lente MouseLupa quanto

na LentePro, é não necessitar ser instalada, pois funcionam a partir de um arquivo

executável. A LentePro é uma lente gratuita, porém para o ambiente Windows, que é

Page 38: TCC Magnum 2010

36

um sistema operacional proprietário (ACIC, 2007).

6.3 TIPO DE DOCUMENTAÇÕES DE ACESSIBILIDADE NA WEB

As ferramentas e documentações sobre desenvolvimento Web,

devem interagir para que os conteúdos dos sítios tornem-se acessíveis. De acordo

com a WCAG 1.0, os componentes de acessibilidade, mostram como a

acessibilidade na Internet depende destas informações no desenvolvimento web,

além de como as diretrizes WAI (WCAG, ATAG, UAAG) se aplicam.

6.3.1 World Wide Web Consotium (W3C)

As recomendações constantes no Guia de Recomendações de

Acessibilidade para Conteúdo Web (Web Content Accessibility Guidelines 1.0) do

W3C explicam como tornar o conteúdo Web acessível a pessoas com deficiências.

O principal objetivo dessas recomendações é promover a acessibilidade, fazendo

com que o conteúdo Web se torne mais fácil acesso a todos os usuários,

independentemente da ferramenta usada e das limitações associadas ao respectivo

uso (W3C, 1999).

A Web Accessibility Iniatiative (WAI) desenvolve o seu trabalho

através da W3C, consenso baseado em processo, envolvendo diferentes atores na

acessibilidade Web.

WAI tem as especificações técnicas fundamentais da Web, e são

desenvolvidas em coordenação com: W3C (HTML, XML, CSS, SVG, SMIL, etc).

6.3.2 Web Accessibility Iniatiative (WAI)

A WAI desenvolve estratégias, diretrizes e recursos para ajudar a

tornar a Web acessível para pessoas com necessidades especiais.

WCAG 1.0, constitui uma parte das diretrizes da WAI que aborda o

conteúdo da Web. A figura 6 apresenta como os componentes de acessibilidade se

relacionam com os usuários que usam navegadores Web, media players,

tecnologias assistivas para interagir com o conteúdo e os desenvolvedores Web que

usam ferramentas para criar e avaliar acessibilidade.

Page 39: TCC Magnum 2010

37

Figura 6 - Como os componentes se relacionam Fonte: http://www.w3.org/wai

6.3.3 Web Content Accessibility Guidelines (WCAG)

O WCAG 1.0 é um documento disponibilizado pelo W3C, que

contém uma espécie de guia internacional de acessibilidade, mais conhecido como

Diretrizes de Acessibilidade do W3C, ou Diretrizes de Acessibilidade ao Conteúdo da

Web 1.0. A figura 7 apresenta as orientações dos componentes de acessibilidade e

as diretrizes que explicam como tornar o conteúdo das páginas web acessíveis.

Figura 7 - Orientações e diretrizes Fonte: http://www.w3.org/wai

Page 40: TCC Magnum 2010

38

6.3.4 Authoring Tool Accessibility Guidelines (ATAG)

O ATAG são documentos que definem como as ferramentas devem

ajudar os desenvolvedores da web a produzir conteúdo Web acessível e que esteja

de acordo com o WCAG 1.0, também faz parte de uma série de orientações de

acessibilidade, incluindo (WCAG WG) e (UAAG).

6.3.5 User Agent Accessibility Guidelines (UAAG)

O UAAG é um documento que explica em especial, como aumentar

a acessibilidade do conteúdo Web. Incluem navegadores Web, media players e

tecnologias inclusivas, que são softwares que pessoas com alguma deficiência

utilizam para interagir com computadores. Também faz parte de uma série de

orientações de acessibilidade, incluindo o WCAG e ATAG. É principalmente para

desenvolvedores de browsers, media players, e outros. Auxilia a interação com as

tecnologias assistivas, controla como o conteúdo é mostrado ao usuário, acesso de

conteúdos e vínculos de mouse ou teclado.

Page 41: TCC Magnum 2010

39

7 BOAS PRÁTICAS DE INCLUSÃO DIGITAL

Em 2007, a Portaria nº 3, de 7 de maio, institucionalizou o e-MAG no

âmbito do sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática –

SISP, tornando sua observância obrigatória nos sítios e portais do governo

brasileiro.

O Modelo de Acessibilidade de Governo Eletrônico (e-MAG),

consiste em um conjunto de recomendações a ser considerado para que o processo

de acessibilidade dos sítios e portais do governo brasileiro seja conduzido de forma

padronizada e de fácil implementação.

• Cursos e-MAG

Como forma de divulgar o e-MAG a SLTI desenvolveu Cursos a

distância, que podem ser hospedados por órgãos do governo em seus ambientes de

Ensino a Distância (EAD).

• ASES

O ASES – Avaliador e Simulador de Acessibilidade Sítios – é o

produto da parceria entre o Departamento de Governo Eletrônico e a OSCIP

Acessibilidade Brasil. O ASES permite avaliar, simular e corrigir a acessibilidade de

páginas, sítios e portais, sendo de grande valia para os desenvolvedores e

publicadores de conteúdo.

• Fóruns

Os Fóruns e-MAG são fóruns voltados para a discussão e

implementação do modelo. É um espaço para o desenvolvedor trocar experiências e

tirar dúvidas.

• Documentação de Apoio

São artigos que auxiliam e complementam as diretrizes da Cartilha

Técnica.

A simples utilização da tecnologia pela tecnologia não é suficiente

para a contemplação de uma nova metodologia cognitiva. O diferencial estará no

planejamento pedagógico em que esses recursos digitais estarão inseridos. É

preciso contemplar uma pedagogia baseada na pesquisa, no acesso às

informações, na complexidade, na diversidade e imprevisibilidade, de modo a

possibilitar a criação de novos ambientes cognitivos (Delcin, 2005). Para conquistar

tal objetivo, torna-se necessário haver um planejamento prévio a respeito do público-

Page 42: TCC Magnum 2010

40

alvo, do conteúdo a ser abordado, das mídias a serem adotadas e da maneira que

elas serão relacionadas no material educacional digital. É preciso estudar não

somente questões ergonômicas como usabilidade, acessibilidade e programação,

como também relacioná-las a fatores pedagógicos, cognitivo e sócio afetivos do

público-alvo em questão.

7.1 ACESSIBILIDADE DO GOVERNO ELETRÔNICO (E-MAG)

Buscando entender e propiciar a acessibilidade dos sites Web

governamentais, como proposto no e-MAG, foi desenvolvida a Cartilha Técnica de

recomendações, que propõem detalhar a visão técnica do Modelo de Acessibilidade,

expressando detalhadamente para a implementação das recomendações de

acessibilidade, para a construção ou adaptação de conteúdos do governo brasileiro

na Internet. A Cartilha Eletrônica do Governo Federal está dividida, de forma macro,

em três níveis de prioridade de acessibilidade, sendo o Nível de Prioridade de

Acessibilidade 1 as exigências básicas de acessibilidade, o Nível de Prioridade de

Acessibilidade 2 com as normas e recomendações que sendo implementadas

garantem o acesso às informações do documento, e o Nível de Prioridade de

Acessibilidade 3 com as normas e recomendações que sendo implementadas

facilitarão o acesso aos documentos armazenados na Web.

7.2 SECTION 508

Section 508 exige que agências federais eletrônicos e tecnologia da

informação sejam acessível à pessoas com deficiência. O Governo dos E.U.A., foi

encarregado da tarefa de educar empregados federais e na construção da infra-

estrutura necessária para apoiar a Section 508. Usando o site, os funcionários

públicos podem acessar recursos para a compreensão e aplicação de seus

requisitos.

A Section 508 foi promulgada a eliminar as barreiras da tecnologia

da informação, a disponibilizar novas oportunidades para as pessoas com

deficiência, e para encorajar o desenvolvimento de tecnologias que vão ajudar a

atingir esses objetivos.

Page 43: TCC Magnum 2010

41

8 DIRETRIZES DE ACESSIBILIDADE

O principal objetivo das diretrizes para acessibilidade a Web buscam

tornar o conteúdo da Web acessível a todos os usuários da rede mundial de

computadores – Internet. Segundo a W3C-WAI – Web Accessibility Initiative World

Wide Web Consortium – as causas mais freqüentes de falta de acessibilidade em

muitas páginas da Web para todos os usuários estão muitas vezes associados:

• a falta de estrutura em muitas páginas da Web que desorientam

o usuário dificultando a navegação;

• uso abusivo de informações gráficas – imagens, mapas de

imagens, tabelas para formatar o conteúdo das páginas, macros,

scripts Java, elementos multimídias – sem proporcionar

alternativas adequadas de texto ou outro tipo de comentário.

Esse tipo de modelagem de páginas para Web gera problemas de

acessibilidade principalmente para os usuários que utilizam leitores de tela que

dirigem o conteúdo da imagem a um sintetizador de voz, que utilizam navegadores

que somente podem mostrar o texto das páginas da Web.

Nessa perspectiva, foram organizados os princípios ou diretrizes de

acessibilidade e se destinam a todos os criadores de conteúdos para Web. Os

princípios de acessibilidade, segundo W3C-WAI, abordam dois eixos: assegurar uma

transformação harmoniosa e tornar o conteúdo compreensível e navegável.

A transformação harmoniosa de uma página Web pode ser garantida

pela observação de alguns pontos-chaves na concepção de uma página para a

Web:

• separar a estrutura de apresentação, diferenciando o conteúdo

(a informação a ser transmitida), a estrutura (a forma como a

informação é organizada em termos lógicos) e a apresentação (a

forma como a informação é reproduzida, por exemplo, como

matéria impressa, como apresentação gráfica bidimensional, sob

forma exclusivamente gráfica, como discurso sintetizado, em

Braille, etc.);

• criar páginas que cumpram a sua finalidade, mesmo que o

usuário não possa ver e/ou ouvir, fornecendo informações que

preencham a mesma finalidade ou função que o áudio ou o

Page 44: TCC Magnum 2010

42

vídeo, de maneira a se adaptar o melhor possível a canais

sensoriais alternativos e as tecnologias de apoio atual

disponíveis no mercado;

• criar páginas que não dependem exclusivamente de um tipo de

equipamento. As páginas devem ser acessíveis a usuários que

não possuam mouse, que recebam voz ou texto, etc.

8.1 NÍVEIS DE PRIORIDADE DE ACESSIBILIDADE NA WEB

Os princípios ou diretrizes devem ser aplicadas somente às

informações consideradas relevantes para a compreensão da navegação e do

conteúdo. Sua aplicação deve permitir a interação com o sistema sem exigir visão,

movimentos precisos ou ações simultâneas.

Desta forma, foram estabelecidos pontos de verificação de

acessibilidade para cada principio ou diretiva proposta como forma de explicar de

que modo cada uma se aplica a cenários típicos de desenvolvimento para os

conteúdos para a Web. Assim, para cada ponto de verificação atribuiu-se um nível

de prioridade com base no respectivo impacto em termos de acessibilidade:

• Prioridade 1 – Pontos que os criadores de conteúdo Web têm

absolutamente de satisfazer para evitar que usuários fiquem

impossibilitados de compreender as informações contidas na

página ou site.

• Prioridade 2 – Pontos que os criadores de conteúdo para a Web

devem satisfazer para evitar que os usuários tenham

dificuldades de acessar as informações contidas no documento,

evitando barreiras significativas a documentos publicados na

Web.

• Prioridade 3 – Pontos que os criadores de conteúdo na Web

podem satisfazer para melhorar o acesso as informações

disponibilizadas nas páginas ou sites.

Na verificação da acessibilidade de um documento são

estabelecidos os níveis de conformidade para as páginas ou sites na Web:

• Nível de Conformidade “A” – quando satisfeitos todos os pontos

de verificação de prioridade 1;

Page 45: TCC Magnum 2010

43

• Nível de Conformidade “Duplo A” – quando satisfeitos todos os

pontos de verificação de prioridade 1 e 2;

• Nível de Conformidade “Triplo A” – quando satisfeitos todos dos

pontos de verificação de prioridade 1, 2 e 3.

A declaração dos níveis de conformidade em uma página ou site são

apresentados por extenso, de modo que possam se compreendidos quando

passados para discurso sonoro. As declarações de conformidade, segundo o

documento da W3C-WAI (1999), têm obrigatoriamente que utilizar um dos formatos:

Formato 1, especificar:

• O título do principio ou diretiva: “Web Content Accessibility

Guidelines 1.0”;

• O URI (Uniform Resourse Identifier) da diretiva:

http//:www.w3c.org/TR/1999/WAI-WEBCONTENT-19990505;

• O nível de conformidade satisfeito: “A”, “Duplo A” ou “Triplo A”;

• O âmbito abrangido pela declaração de conformidade, por

exemplo, página, site ou porção definida de um site.

Formato 2, especificar:

• Incluir, em cada página ou seção em relação as quais de declara

conformidade um dos símbolos fornecidos pela W3C, conforme

figura 8, estabelecendo a ligação entre esse símbolo e a

respectiva explicação.

Figura 8 - Símbolos fornecidos pela W3C para indicar o nível de conformidade: "Nível A", "Duplo A" e "Triplo A" Fonte: http://www.w3.org/wai

8.2 ESPECIFICAÇÕES DAS DIRETRIZES DE ACESSIBILIDADE NA WEB

O documento do W3C – Web Content Accessibility Guidelines 1.0,

Page 46: TCC Magnum 2010

44

descobre sobre os quatorze princípios ou diretrizes que abordam questões de

acessibilidade à Web, detalhando os pontos de verificação com as respectivas

prioridades, apresentando soluções para projetos acessíveis:

1º. Fornecer alternativas ao conteúdo sonoro ou visual –

proporcionando conteúdo que, ao ser apresentado ao usuário, transmita, em

essência, as mesmas funções e finalidades do conteúdo sonoro ou visual.

Pontos de Verificação:

1.1. Fornecer um equivalente textual a cada elemento não-textual,

utilizando “alt” ou “longdesc”. [Prioridade 1]

1.2. Fornecer ligações de texto redundantes para cada região ativa

em um mapa de imagem de uma página ou site. [Prioridade 1]

1.3. Fornecer descrição sonora das informações importante

veiculadas pelos trechos visuais das apresentações em multimídia,

para que os usuários possam ler o equivalente textual dos trechos

visuais. [Prioridade 1]

1.4. Em apresentações multimídia baseadas em tempo, sincronizar

as alternativas equivalentes e a apresentação. [Prioridade 1]

1.5. Fornecer ligações de texto redundante para cada região ativa

dos mapas de imagem, proporcionando equivalentes textuais das

ligações de imagens. [Prioridade 3]

2º. Não recorrer apenas à cor – assegurando a perceptibilidade do

texto e dos elementos gráficos quando vistos sem cores.

Pontos de Verificação:

2.1. Assegurar que todas as informações veiculadas com cor

estejam disponíveis sem cor. [Prioridade 1]

2.2. Assegurar que a combinação de cores entre o fundo e o

primeiro plano seja suficientemente contrastante para ser vista por

pessoas com cromodeficiência, bem como pelos usuários que

utilizam monitores monocromáticos. [Prioridade 2 para imagens;

Prioridade 3 para o texto]

3º. Utilizar corretamente anotações e folhas de estilo – pela

Page 47: TCC Magnum 2010

45

anotação dos documentos com elementos estruturais adequadas. Controlar a

apresentação por meio de folhas de estilo, em vez de o fazer com elementos de

apresentação e atributo.

Pontos de Verificação:

3.1. Sempre que existir uma linguagem de anotação apropriada,

utilizar anotações em vez de imagens para transmitir as anotações.

[Prioridade 2]

3.2. Criar documentos passíveis de validação por gramáticas

formais, publicadas. [Prioridade 2]

3.3. Utilizar folhas de estilo para controlar a paginação (disposição

em páginas) e a apresentação. [Prioridade 2]

3.4. Utilizar unidades absolutas, e não relativas, nos valores dos

atributos da linguagem de anotações e nos valores das propriedades

das folhas de estilo. [Prioridade 2]

3.5. Utilizar elementos de cabeçalho indicativos da estrutura do

documento e fazê-lo de acordo com as especificações. Não utilizar

cabeçalhos para fazer efeitos de letra. [Prioridade 2]

3.6. Anotar corretamente listas e pontos de enumeração em listas.

[Prioridade 2]

3.7. Anotar citações. Não utilizar anotações de citação para efeitos

de formação, como por exemplo, o avanço de texto. [Prioridade 2]

4º. Indicar claramente qual língua utilizada – empregando anotações

que facilitem a pronúncia e a interpretação de abreviaturas ou texto em língua

estrangeira.

Pontos de Verificação:

4.1. Identificar claramente quaisquer mudança de língua no texto de

um documento, bem como, quaisquer equivalente textual, por

exemplo, legendas. [Prioridade 1]

4.2. Especificar, por extenso, cada abreviatura quando da sua

primeira ocorrência no documento. [Prioridade 3]

4.3. Identificar a língua principal utilizada nos documentos.

[Prioridade 3]

Page 48: TCC Magnum 2010

46

5º. Criar tabelas passíveis de transformação harmoniosa –

assegurando que as tabelas tenham as anotações necessárias para serem

transformadas harmoniosamente por navegadores acessíveis.

Pontos de Verificação:

5.1. Em tabelas de dados, identificar os cabeçalhos de linha e de

coluna. [Prioridade 1]

5.2. Em tabelas de dados de dois ou mais níveis lógicos de

cabeçalhos de linha ou de coluna, utilizar anotações para associar

as células de dados às células de cabeçalho. [Prioridade 1]

5.3. Não utilizar tabelas para efeitos de disposição de páginas, a não

ser que a tabela continue a fazer sentido depois de linearizada. Se

não for o caso, fornecer um equivalente alternativo. [Prioridade 2]

5.4. Se for utilizada uma tabela par efeitos de disposição de página,

não utilizar qualquer anotação estrutural para efeitos de formatação

visual. [Prioridade 2]

5.5. Fornecer resumo de tabelas. [Prioridade 3]

5.6. Fornecer abreviaturas para rótulos de cabeçalhos. [Prioridade

3]

6º. Assegurar que as páginas dotadas de novas tecnologias sejam

transformadas harmoniosamente – permitindo que as páginas sejam acessíveis

mesmo quando as novas tecnologias mais recentes não forem suportadas ou

tenham sido desativadas.

Pontos de Verificação:

6.1. Organizar os documentos de modo a que possam ser lidos sem

recurso a folhas de estilo. Por exemplo, se um documento de HTML

for reproduzido sem as folhas de estilo que lhe estão associadas,

devem continuar a ser possível lê-lo. [Prioridade 1]

6.2. Assegurar que os equivalentes de conteúdo dinâmico sejam

atualizados sempre que o conteúdo mude. [Prioridade 1]

6.3. Assegurar que todas as páginas possam ser utilizadas mesmo

que os programas interpretáveis, os applets ou outros objetos

programados tenham sido desativadas ou não sejam suportadas. Se

não for possível, fornecer informações equivalentes numa página

Page 49: TCC Magnum 2010

47

alternativa acessível. [Prioridade 1]

6.4. Em programas interpretáveis e applets, que a resposta a

acontecimentos seja independente do dispositivo de entrada.

[Prioridade 2]

6.5. Assegurar a acessibilidade a conteúdo dinâmico ou fornecer

uma apresentação estática ou página alternativa. [Prioridade 2]

7º. Permitir o controle de usuário sobre as alterações temporais do

conteúdo – assegurando a possibilidade de interrupção momentânea do movimento,

intermitência, desfile ou atualização automática de objetos ou páginas.

Pontos de Verificação:

7.1. Evitar concepções que possam provocar intermitência de

monitor, até que o usuário obtenha o controle. [Prioridade 1]

7.2. Evitar situações que possam provocar o piscar o conteúdo da

página, até os agentes do usuário possibilite, o controle esse efeitos.

[Prioridade 2]

7.3. Evitar páginas contento movimento até que os agentes do

usuário possibilitem a imobilização de conteúdo. [Prioridade 2]

7.4. Não criar páginas de atualização automática até que os agentes

do usuário possibilitem desativar essa funcionalidade. [Prioridade 2]

7.5. Não utilizar anotações para redimensionar as páginas

automaticamente sem possibilitar ao usuário desativar essa

funcionalidade. [Prioridade 2]

8º. Permitir a acessibilidade direta de interface do usuário integradas

– assegurando acesso independente de dispositivos, operacionalidade pelo teclado,

emissão de voz (verbalização), etc.

Pontos de Verificação:

8.1. Criar elementos de programação tais como programas

interpretativos e applets, diretamente acessíveis pelas tecnologias

de apoio ou com elas compatíveis. [Prioridade 1 se a funcionalidade

for importante e não estiver presente noutro local; Prioridade 2 , se

não for o caso]

Page 50: TCC Magnum 2010

48

9º. Pautar a concepção independência face dispositivos – utilizando

funções que permitam a ativação de páginas por meio de dispositivos de entrada e

de comando. Geralmente as páginas que permitem interação pelo teclado são

também acessíveis através de interfaces de comando de voz ou de linhas de

comando.

Pontos de Verificação:

9.1. Fornecer mapas de imagem sediados no cliente em vez de no

servidor, exceto quando as regiões não possam ser definidas

através de uma forma geométrica disponível. [Prioridade 1]

9.2. Assegurar que qualquer elemento dotado de interface própria

possa funcionar de modo independente de dispositivos. [Prioridade

2]

9.3. Em programas interpretáveis, preferir as rotinas dependentes de

dispositivos. [Prioridade 2]

9.4. Criar uma seqüência lógica de tabulação para percorrer

ligações, controles de formulários e objetos. [Prioridade 3]

9.5. Fornecer atalhos por teclado que apontem para ligações

importantes (incluindo as contidas em mapas de imagens), controles

de formulários e grupos de controles de formulários. [Prioridade 3]

10º. Utilizar soluções de transição – de forma que as tecnologias de

apoio e os navegadores mais antigos funcionem corretamente.

Pontos de Verificação: Estes pontos de verificação são classificados

como “provisórios”, o que significa que o grupo de pesquisa de princípios de

acessibilidade à Web consideram válidos no momento da publicação desse

documento. No entanto, o mesmo grupo de pesquisa não prevê que estes pontos

sejam necessários no futuro, quando as tecnologias da Web tiverem incorporado

funcionalidade ou capacidades que se antevêem.

10.1. Não provocar o aparecimento de janelas de sobreposição ou

outras, e não fazer com que o conteúdo da janela atual seja

modificado sem que o usuário seja informado, até que a tecnologia

utilizada pelo usuário torne possível a desativação de janelas

secundárias. [Prioridade 2]

10.2. Assegurar o correto posicionamento de todos os controles de

Page 51: TCC Magnum 2010

49

formulários que tenham rótulos implicitamente associados, até que a

tecnologia utilizada pelo usuário venha a suportar associações

explícitas entre rótulos e controle de formulários. [Prioridade 2]

10.3. Proporcionar uma alternativa de texto linear (na mesma ou

noutra página), relativamente a todas as tabelas que apresentem o

texto em colunas paralelas e com translineação, até que a tecnologia

utilizada pelo usuário reproduza corretamente texto colocado lado a

lado. [Prioridade 2]

10.4. Incluir caracteres predefinidos de preenchimento nas caixas de

edição e nas áreas de texto, até que as tecnologias utilizadas pelos

usuários tratem corretamente os espaços vazios. [Prioridade 3]

10.5. Inserir, entre ligações adjacentes, caracteres que não

funcionem como ligação e sejam passíveis de impressão, até que as

tecnologias utilizadas pelo usuário reproduzam clara e distintamente

ligações adjacentes. [Prioridade 3]

11º. Utilizar as tecnologias e os princípios do W3C – por possibilitar

funções de acessibilidade integradas, para garantir que as questões de

acessibilidade estejam presentes na fase de criação de conteúdos para Web, por

serem especificações desenvolvidas segundo um processo aberto e consensual no

setor da informática.

Pontos de Verificação:

11.1. Utilizar tecnologia do W3C sempre esteja disponíveis e sejam

adequadas a determinada tarefa; utilizar versões mais recentes.

Desde que suportadas. [Prioridade 2]

11.2. Evitar as funcionalidades desatualizadas de tecnologias W3C.

[Prioridade 2]

11.3. Fornecer informações que possibilitem aos usuários receber os

documentos de acordo com as suas preferências, como língua e tipo

de conteúdo. [Prioridade 3]

11.4. Se, apesar de todos os esforços, não for possível criar uma

página acessível, fornecer uma ligação a uma página alternativa que

utilize tecnologia do W3C seja acessível, contendo as informações

(ou funcionalidade) equivalentes e seja atualizada tão

Page 52: TCC Magnum 2010

50

freqüentemente quanto a página original, considerada inacessível.

[Prioridade 1]

12º. Fornecer contexto e orientações – para ajudar os usuários a

compreenderem páginas ou elementos complexos.

Pontos de Verificação:

12.1. Dar a cada frame um título que facilite a identificação dos

frames, possibilitando a navegação. [Prioridade 1]

12.2. Descrever a finalidade dos frames e o modo como elas se

relacionam entre si, se isso não for óbvio a partir unicamente dos

títulos. [Prioridade 2]

12.3. Dividir grandes blocos de informação em grupos mais fáceis de

gerir. [Prioridade 2]

12.4. Associar explicitamente os rótulos aos respectivos controles.

[Prioridade 2]

13º. Fornecer mecanismos de navegação claros – através de

mecanismos de navegação coerentes e sistematizados para aumentar as

possibilidades do usuário encontrar as informações na página ou no site. A

existência de mecanismos de navegação claros e coerente é importante para

usuários com deficiências cognitivas ou visuais, beneficiando a todos os usuários.

Pontos de Verificação:

13.1. Identificar claramente o destino das ligações. [Prioridade 2]

13.2. Fornecer metadados para acrescentar informações semânticas

a páginas ou sites. [Prioridade 2]

13.3. Dar informação sobre a organização geral de um site, por

exemplo de mapas do site ou de um índice. [Prioridade 2]

13.4. Utilizar mecanismos de navegação de maneira coerente e

sistemática. [Prioridade 2]

13.5. Fornecer barras de navegação para destacar e dar acesso ao

mecanismo de navegação. [Prioridade 3]

13.6. Agrupar ligações relacionadas entre si, identificando o grupo

até que a tecnologia utilizada pelo usuário forneça de forma

automática esta funcionalidade. [Prioridade 3]

Page 53: TCC Magnum 2010

51

13.7. Se forem disponibilizadas funções de pesquisa, ativar

diferentes tipos de pesquisa de modo a corresponderem aos

diferentes níveis de competências e as preferências dos usuários.

[Prioridade 3]

13.8. Colocar informações identificadas no início de cabeçalhos,

parágrafos, listas, etc. [Prioridade 3]

13.9. Fornecer informações sobre coleções de documentos, isto é,

documentos compostos por várias páginas. [Prioridade 3]

13.10. Fornecer meios para ignorar inserções de arte ASCII com

várias linhas. [Prioridade 3]

14º. Assegurar a clareza e simplicidade dos documentos – para

garantir uma mais fácil compreensão pelo usuário. A utilização de paginação, isto é,

uma distribuição em página coerente e sistemática, de gráficos reconhecíveis e de

uma linguagem de fácil compreensão beneficia todos os usuários, proporcionando

uma comunicação eficaz.

Pontos de Verificação:

14.1. Utilizar a linguagem mais clara e simples possível, adequada

ao conteúdo do site. [Prioridade 1]

14.2. Complementar o texto com apresentações gráficas ou sonoras,

sempre que elas facilitem a compreensão. [Prioridade 3]

14.3. Criar um estilo de apresentação coerente e sistemática ao

longo das diferentes páginas. [Prioridade 3]

Page 54: TCC Magnum 2010

52

9 VALIDANDO PROCESSOS DE ACESSIBILIDADE

Antes de iniciar o processo de implementação de acessibilidade,

deve-se fazer a avaliação e validação por meios de ferramentas automáticas ou da

revisão direta manual. É claro, que os métodos automáticos, são geralmente

rápidos, porém a avaliação humana pode ajudar a garantir a clareza da linguagem e

a facilidade de navegação.

9.1 VALIDAÇÃO AUTOMÁTICA

Entre os validadores automáticos, destacam-se:

• Da Silva: utiliza as regras de avaliação de acessibilidade do

WCAG e E-GOV. Ferramenta para o uso de web-designer,

webmasters e todas as pessoas que desenvolvem sites para a

Internet e tenham a necessidade de torná-los acessíveis.

Figura 9 - Avaliador de Acessibilidade em Português Fonte: www.dasilva.or.br

• HiSofware: é um portal de instrução, e da avaliação do uso da

sociedade na Internet e dos capítulos das necessidades

especiais.

Figura 10 - Avaliador de Acessibilidade em Inglês Fonte: www.cynthiasays.com

• Tawdis: Avaliador de níveis de acessibilidade em páginas da

Web.

Figura 11 - Avaliador de Acessibilidade em Espanhol Fonte: www.tawdis.net

Page 55: TCC Magnum 2010

53

• ASES – Avaliador e Simulador de Acessibilidade de Sítios: é um

produto da parceria entre o Departamento de Governo Eletrônico

e a OSCIP Acessibilidade Brasil. Ferramenta para avaliar,

simular e corrigir a acessibilidade de páginas, sítios e portais,

buscando viabilizar a adoção de acessibilidade pelos órgãos do

governo.

Figura 12 - Avaliador e Simulador de Acessibilidade de Sítios Fonte: www.governoeletronico.gov.br

Page 56: TCC Magnum 2010

54

10 O USO DA FERRAMENTA “OFICINA DA MATEMÁTICA”

10.1 UMA NOVA VISÃO DE ENSINO

A necessidade de implementação de ferramentas educacionais,

junto com o surgimento de novos métodos de ensino, gera um grande avanço da

educação no país. De maneira geral, os debates e discussões surgidas nos vários

setores de ensino, fazem com que surja mais uma ferramenta como auxílio ao

professor, o projeto “Oficina da Matemática” em forma Web. Ou seja, tanto o

professor, como também o aluno, independente de classe escolar, tem um local para

uso de pesquisa escolar, o site www.oficinadamatematica.eti.br, onde ambos podem

tirar suas dúvidas e buscar materiais de exemplo para utilização em aula.

Figura 13 - Oficina da Matemática (1ª versão) Fonte: www.oficinadamatematica.eti.br

Page 57: TCC Magnum 2010

55

Figura 14 - Oficina da Matemática (2ª versão) Fonte: www.oficinadamatematica.eti.br

Page 58: TCC Magnum 2010

56

11 NOVA VISÃO ESTRUTURAL: “OFICINA DA MATEMÁTICA 20 10”

11.1 RESTRUTURAÇÃO DA FERRAMENTA

Durante toda a etapa de design, é necessária a avaliação de

acessibilidade, sendo assim, qualquer problema de acessibilidade pode ser

identificado mais facilmente, e resolvido adequando as ferramentas disponíveis.

11.2 DESENVOLVIMENTO DE INTERFACES MAIS ACESSÍVEIS

O planejamento, requisitos e questionários para usuários cegos

ajudarão a identificar as maiores necessidades e dificuldades na formulação e

implementação do projeto. É uma etapa essencial do processo de design, através da

qual obtemos indicadores do grau de sucesso do produto (Barbosa, 2002; Preece et

al., 1994)

A construção da interface englobará os seguintes métodos:

• Desenvolver acessibilidade com as Diretrizes do Governo

Federal (e-MAG);

• Analisar com navegador próprio habitual (IE, Firefox);

• Analisar com o navegador Ópera, que possui funções de

acessibilidade;

• Ativar e desativar imagens, frames, flash e outros;

• Incorporar as políticas de acessibilidade da Web;

• Recolher dados para a compreensão de erros relacionados à

acessibilidade.

Page 59: TCC Magnum 2010

57

12 ADEQUANDO O SÍTIO AOS PADRÕES DE ACESSIBILIDADE NA WEB

12.1 IDIOMA DO DOCUMENTO

Deve-se identificar o principal idioma utilizado nos documentos. O

idioma do documento deve ser especificado na expressão HTML, incluindo o atributo

“lang”.

<html xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml" lang="pt-br" >

12.2 CORES E TEXTO

Assegurar que a combinação de cores entre o fundo e o primeiro

plano tenha contraste para que possa ser vista por pessoas com cromodeficiências

ou que utilizam monitores de vídeo monocromáticos.

Figura 15 - Combinação de cores de fundo e primeiro plano Fonte: www.oficinadamatematica.eti.br

12.3 FOLHAS DE ESTILO

Possibilitar que os documentos possam ser lidos sem recurso à folha

de estilo, ou seja, se um documento HTML for reproduzido sem as folhas de estilo

que lhe estão associadas, as informações contidas devem permanecer acessíveis

ao usuário.

Page 60: TCC Magnum 2010

58

Page 61: TCC Magnum 2010

59

Figura 16 - Exemplo de Estilos Fonte: www.oficinadamatematica.eti.br

12.4 TABULAÇÃO

Permitir uma seqüência lógica de tabulação para percorrer links,

controles de formulários e objetos.

A tecla TAB pode ser usada para navegar dentro das páginas,

porém é necessário que se estabeleça a ordem desta navegação. O comando

TABINDEX possibilita que seja feita esta ordenação.

12.5 PADRONIZAÇÃO DE ESTILOS

A padronização do layout, ou seja, um mesmo estilo de

apresentação em cada página, permite aos usuários encontrar facilmente os botões

de navegação, da mesma forma que o conteúdo anterior de cada página.

Estabelecendo o estilo das páginas, resulta em grande benefício

para pessoas com incapacidade de leitura, além de tornar previsível a localização

das informações do documento.

Criar um estilo de apresentação coerente e sistemático, ao longo

das diferentes páginas, mantendo um padrão de desenho, agrupando os itens do

menu de forma coerente. É interessante, manter os botões principais de navegação

no mesmo local em cada página.

Figura 17 - Exemplo de Padrão de Menu Fonte: www.oficinadamatematica.eti.br

12.6 TRATAMENTO DE IMAGENS E MAPAS DE IMAGEM

Fornecer um equivalente textual a cada imagem, representações

gráficas do texto, símbolos, GIFs animados e botões gráficos, para isso, utiliza-se o

atributo “alt” ou “longdesc” em cada imagem.

Page 62: TCC Magnum 2010

60

Em caso de imagens decorativas ou de acabamento, como uma

imagem de um fio decorativo ou de acabamento utiliza-se o atributo “alt” com um

espaço em branco.

<img src=“canto_tabela.gif” alt=“ ” />

Para imagens ilustrativas ou representações gráficas de texto, faz-se

uma breve descrição da imagem. Contudo, para casos que deve-se dar uma

descrição mais longa, utiliza-se o atributo “longdesc”, este pode especificar uma

página contento todo o texto explicativo.

<img alt="Imagem ilustrativa" src="../../arquivo/id/imgOriginal.jpg" />

<img longdesc="visao.htm" src="../../arquivo/id/imgOriginal.jpg" />

12.7 TIPO DE DOCUMENTAÇÃO

Criar documentos passíveis de validação por gramáticas formais

publicadas. Ao declarar o tipo de documento, atributo “doctype”, no topo do código

fonte de cada página do sítio, informa aos servidores, navegadores e validadores

que o código está dentro das regras de linguagem utilizada.

<!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.01//EN" "http://www.w3.org/TR/html4/strict.dtd">

12.8 UNIDADES DE MEDIDAS

Utilizar unidades relativas, e não absolutas, nos valores dos atributos

de tabelas, textos, etc. Em CSS, não se deve usar valores como “pt” ou “ex” e sim

valores relativos como “em”, “ex” ou em porcentagem.

Ao invés de usar: p {font-size: 14pt;} Utilizar: p {font-size: 1em;} Ou: p {font-size: 120%;}

Page 63: TCC Magnum 2010

61

12.9 CITAÇÕES, TABELAS E SEUS EFEITOS VISUAIS

Não utilizar “table”, “ul”, “dl”, “blockquote” e outros elementos

somente para diagramação das páginas. Caso for utilizada uma tabela para efeitos

de disposição de página, não utilizar qualquer marcação estrutural para efeitos de

formatação visual. Não utilizar comandos destinados para indicar cabeçalhos de

tabela como o “th” para formatar parágrafos ou fazer títulos em “bold”.

Errado: <th>Texto em negrito</th> Correto: <td><strong>Texto em negrito</strong></td>

Uma forma eficiente de organizar a estrutura dos layout das páginas,

é a utilização de “div” para substituir “table”.

<table width="640" height="585" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"> <tr> <td width="120" bgcolor="#000000"> <img src="../layout/Elipse.gif" width="104" height="80" border="0" /> </td> <td width="520" height="82" bgcolor="#000000"> <img src="../layout/Topo.GIF" width="518" height="78" /> </td> </tr> </table> […]

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62

Figura 18 - Layout de site em forma de tabela Fonte: www.oficinadamatematica.eti.br

12.10 ABREVIATURAS

Especificar por extenso cada abreviatura ou sigla, quando for sua

primeira ocorrência em um documento, utilizando os atributos “abbr” e “acronym”.

Texto: Quanto estiver em Boston, não se esqueça de visitar o MFA. Código: Quanto estiver em Boston, não se esqueça de visitar o <acronym title=”Museum of Fire”>MFA.

12.11 ATALHOS PELO TECLADO

Fornecer atalhos pelo teclado que apontem para links importantes,

assim como, para o início da área principal de conteúdo da página, controles de

formulários e outros. Desta forma, o usuário pode saltar ou ir diretamente para os

cabeçalhos e menus da página.

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63

Atalho: Alt + M � Ir para o Menu Abas Código: <a href=”#abas”>Ir para o Menu Abas</a> <a name=”abas” href=”#” acesskey=”m”>Abas</a>

12.12 ATUALIZAÇÃO EM TEMPO REAL

Evitar criar páginas com atualização automática periódica. Não utilizar a tag meta “refresh” ou dispositivos semelhante para atualização da página, pois nem sempre os leitores de tela ou navegadores possibilitam o controle da atualização para o usuário.

Exemplo que não deve ser feito: <meta HTTP-equiv=”reflesh” content=”45”>

12.13 CÓDIGOS ULTRAPASSADOS

Evitar o uso de elementos considerados ultrapassados pelo W3C. Não utilizar comando que estão classificados em desuso pelo HTML 4.0, como por exemplo, os comandos “blink”, “marquee”, “applet”, “basefont”, “center", “dir”, “align”, “font”, “isindex”, “menu”, “strike”, “u”. Utilizar as folhas de estilo.

Page 66: TCC Magnum 2010

64

13 CONCLUSÃO

A utilização das tecnologias existentes para tornar o EAD mais

acessível a todos os indivíduos, vem a motivar à aproximação de toda a sociedade,

independente das necessidades e preferências, vizando a inclusão social das

pessoas com necessidades especiais aos meios de comunicação e disseminação do

ensino.

Lutamos para vencer a exclusão, a competição, o egocentrismo e o

individualismo, em busca de uma nova fase de humanização social. Precisamos

superar os males da contemporaneidade pela ultrapassagem de barreiras físicas,

psicológicas, espaciais, temporais, culturais e, acima de tudo, garantir o acesso

irrestrito de todos aos bens e às riquezas de toda sorte, entre eles, o conhecimento

(Mantoan, 2002).

Com a adaptação do portal “Oficina da Matemática”, torna-se

possível que o deficiente visual tenha mais uma ferramenta para o ensino.

Contudo, algumas adaptações, diretamente ligadas à animações e

apresentações de trabalhos em Flash, ainda torna-se necessário a readaptação.

Porém fica mais um processo para futura análise e implementação.

Page 67: TCC Magnum 2010

65

REFERÊNCIAS

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CORDE – Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiê ncia Comentada .2008. Disponível em:<http://www.adiron.com.br/site/uploads/File/ConvComentada.pdf>Acessado em: 02/02/2010.

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ANEXOS

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70

14 ANEXO A- RELATÓRIO DE ACESSIBILIDADE (ANTES DA REMODELAGEM)

Prioridade 1 Prioridade 2 Prioridade 3

Erro(s) 49 Erro(s) 64 Erro(s) 9

Avisos 106 Avisos 67 Avisos 36

Prioridade 1

Pontos que os criadores de conteúdo Web devem satisfazer inteiramente. Se

não o fizerem, um ou mais grupos de usuários ficarão impossibilitados de acessar as informações contidas no documento. A satisfação desse tipo de pontos é um requisito básico para que determinados grupos possam acessar documentos disponíveis na Web.

Erros

Pontos de verificação / Recomendação Ocorrência(s) Linha(s)

1.12

Fornecer links de texto redundantes relativos a cada região ativa de um mapa de imagem armazenado tanto no cliente quanto no servidor. Não esquecendo de adicionar texto equivalente à imagem mostrada, no caso o "alt" ou "longdesc".

4 0293, 0294, 0440, 0442

1.1 Identificar o principal idioma utilizado nos documentos. O idioma do documento deve ser especificado na expressão HTML.

1 0011

1.11

Fornecer um equivalente textual a cada imagem (isso abrange: representações gráficas do texto, incluindo símbolos, GIFs animados, imagens utilizadas como sinalizadores de pontos de enumeração, espaçadores e botões gráficos), para tanto, utiliza-se o atributo "alt" ou "longdesc" em cada imagem. Obs.: Para scripts você deve utilizar noscript.

44

0001, 0015, 0188, 0188, 0188, 0192, 0192, 0192, 0201, 0205, 0205, 0206, 0209, 0240, 0299, 0392, 0393, 0394, 0395, 0396, 0398, 0400, 0401, 0402, 0403, 0404, 0405, 0406, 0407, 0408, 0409, 0410, 0412, 0413, 0414, 0415, 0416, 0417, 0418, 0429.

Prioridade 2

Pontos que os criadores de conteúdos na Web deveriam satisfazer. Se não o fizerem, um ou mais grupos de usuários terão dificuldades em acessar as

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71

informações contidas no documento. A satisfação desse tipo de pontos promoverá a remoção de barreiras significativas ao acesso a documentos disponíveis na Web.

Erros

Pontos de verificação / Recomendação Ocorrência(s) Linha(s)

2.2

Utilizar unidades relativas, e não absolutas, nos valores dos atributos de tabelas, textos, etc. Em CSS não use valores absolutos como "pt" ou "px" e sim valores relativos como o "em", "ex" ou em porcentagem.

47

0195 , 0199 , 0201 , 0202 , 0205 , 0209 , 0216 , 0226 , 0228 , 0231 , 0234 , 0237 , 0240 , 0245 , 0277 , 0280 , 0281 , 0285 , 0296 , 0297 , 0299 , 0302 , 0306 , 0306 , 0308 , 0316 , 0319 , 0320 , 0324 , 0325 , 0329 , 0330 , 0334 , 0335 , 0339 , 0340 , 0344 , 0345 , 0379 , 0381 , 0386 , 0388 , 0427 , 0427

2.15

Usar o elemento "label" juntamente com o atributo "id" para associar os rótulos aos respectivos controles dos formulários. Assim, os leitores de tela associarão os elementos do formulário de forma correta. Usando o comando "label" as pessoas que usam leitores de tela não terão problemas ao ler o formulário. Caso haja grupos de informação, controles, etc, a estes devem estar devidamente diferenciados, seja por meio de espaçamento, localização ou elementos gráficos.

1 0246

2.19

Em programas interpretáveis, especificar respostas a eventos, preferindo as rotinas dependentes de dispositivos (mouse, teclado, etc).

16

0205 , 0205 , 0206 , 0234 , 0237 , 0429 , 0429 , 0431 , 0431 , 0431 , 0431 , 0431 , 0431 , 0431 , 0431 , 0442

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Prioridade 3

Pontos que os criadores de conteúdos na Web podem satisfazer. Se não o

fizerem, um ou mais grupos poderão se deparar com algumas dificuldades em acessar informações contidas nos documentos. A satisfação deste tipo de pontos irá melhorar o acesso a documentos armazenados na Web.

Erros

Pontos de verificação / Recomendação Ocorrência(s) Linha(s)

3.1 Não usar elementos considerados ultrapassados pelo W3C.

9

0302, 0320, 0325, 0330, 0335, 0340, 0345, 0389, 0391

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15 ANEXO B - RELATÓRIO DE ACESSIBILIDADE (APÓS A R EMODELAGEM)

Prioridade 1 Prioridade 2 Prioridade 3

Erro(s) 0 Erro(s) 0 Erro(s) 0

Avisos 96 Avisos 6 Avisos 56

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Atenção

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