Teoria Distancia Transacional

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MICHAEL G. MOORE TEORIA DA DISTANCIA TRANSACIONAL Equipa Moore – Ana Toscano, Ivanilda Ramos, Renata Duarte, Sandra Melro Modelos de Educação à Distância

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MICHAEL G. MOORE

TEORIA DA DISTANCIA TRANSACIONAL

Equipa Moore – Ana Toscano, Ivanilda Ramos, Renata Duarte, Sandra Melro

Modelos de Educação à Distância

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Distância Transacional

Transação é um conceito que nasce pela mão de Dewey.

Transação é o mesmo que Educação a Distancia e ocorre entre professores e alunos no ambiente de separação.

Michael Moore faz distinção entre a distância física e a distância pedagógica.

Distância física ≠ Distância pedagógica

Distância pedagógica = Distância Transacional

Nasce assim o conceito de Distância Transacional

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Teoria da Distância Transacional

Relativamente à teoria de Moore, existem três variáveis de grande importância:

Diálogo Educacional

Estrutura do Programa

Autonomia do Aluno

“Os procedimentos especiais de ensino dividem-se em dois grupos, além de um terceiro grupo de variáveis que descreve o comportamento dos alunos. (…) Estas não são variáveis tecnológicas ou comunicacionais, mas sim variáveis em ensino e aprendizagem, e na interação entre ensino e aprendizagem. Estes grupos de variáveis são denominados Diálogo, Estrutura e Autonomia do Aluno.”

Moore M. (1997)

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Diálogo Educacional

É através do diálogo  que professores e alunos interagem. Para Moore, o diálogo é intencional, construtivo e valorizado por cada parte, constituindo uma interação com qualidades positivas. 

Diálogo e interação são conceitos muito semelhantes. Contudo, no diálogo os intervenientes contribuem para a construção de algo que seja comum, o que não se passa nas interações que até podem ser negativas ou neutras.

Para que o diálogo ocorra é necessário ter três fatores:

Personalidade dos intervenientes;

Tipo de conteúdos;

Meios de comunicação.

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Estrutura do Programa

De que forma esta variável influencia a distância transacional?

O sucesso do ensino a distância depende muito da criação de oportunidades adequadas para o diálogo professor-aluno, mas também de materiais didáticos estruturados de forma a reduzir a distância transacional.

Processos de

estruturação

Apresentação

Motivação do aluno

Desenvolvimento

analítico e crítico

Conselhos e

orientações

Aplicação e

avaliação

Organização na

construção do

conhecimento

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Estrutura do Programa

Apresentação – disponibilizar informações sobre as matérias do curso através de meios eletrónicos.

Motivação do aluno – manter o interesse do aluno, motivando-o a aprender.

Desenvolvimento analítico e critico – o aluno deverá desenvolver ferramentas cognitivas para conseguir elaborar um pensamento coerente e crítico das matérias.

Conselhos de orientação – orientar o aluno na utilização das ferramentas e em todo o processo de ensino aprendizagem.

Aplicação e avaliação – Atividades para testar os conhecimentos dos alunos.

Organização na construção do conhecimento (aluno) – Proporcionar condições para que haja diálogo e consequente partilha no processo de construção do seu conhecimento.

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Autonomia do Aluno

A autonomia do aluno é a capacidade de centralizar a aprendizagem, delineando os seus objetivos.

Esta é uma variável determinante na definição de uma maior ou menor distância transacional.

Maior autonomia = maior distancia transacional

Menor autonomia = menor distancia transacional

Moore (1990) define autonomia como "a medida em que num programa o aluno determina os objetivos, procedimentos de execução e recursos e avaliação" (p. 13)

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Autonomia do Aluno

Aluno mais autónomo

Menos diálogo

Programas mais estruturados

Menor Distância

Transacional

Maior Distância Transacional

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Tran

sacion

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Diálogo

Como as variáveis determinam a Distancia Transacional

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mais

menosDiálogo

Estrutura

Distância Transacional mais

menos

menosmaisbaixa

alta

Autonomia

Modelo 3D da Distância Transacional

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Teleconferência Um dos pontos mais importantes para a EaD, foi a

evolução dos meios de telecomunicação interativos.

A sua utilização veio permitir maior eficácia no diálogo entre os intervenientes.

Permite a interação entre:

aluno – aluno

aluno – professor

entre grupos de alunos

Permite a alunos de distância, participarem na criação/desenvolvimento do conhecimento.

Potencia o que Kowitz e Smith (1978) chamam de “inteligência coletiva”, surgindo uma terceira e nova forma de instrução.

EaD Comunicação multilateral

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Contributo da Teleconferência para uma menor Distância Transacional

A EaD é um sistema que é constituído de três subsistemas distintos, porém interligados: o aprendiz, o professor e o método de comunicação.

A teleconferência promove a comunicação/diálogo, criando uma atmosfera de confiança.

Os instrutores, na teleconferência, não devem estruturar em excesso, nem ficar demasiado ansiosos acerca do controle do diálogo que desenvolve entre os alunos.

A teleconferencia vai diminuir a distancia transacional.

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TELECONFERÊNCIA

Promove

Diálogo Programas menos estruturados

Diminui Distancia

Transacional

Contributo da Teleconferência para uma menor Distância Transacional

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Três Tipos de Interação

•Comunicação unidirecional•Aprendizagem auto dirigida.

Aluno – Conteúdo

•Interação que se estabelece através dos meios de comunicação síncronos e assíncronos disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem. •Incentiva os alunos numa melhor compreensão dos conteúdos.•Comunicação bidirecional orientada pelo moderador.

Aluno – Professor

•Aprendizagem colaborativa.

Aluno - Aluno

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ConclusãoA teoria de Moore é estruturada por três variáveis – diálogo, estrutura e autonomia do aluno.

Através destas variáveis, conseguimos medir a distância transacional. A sua variação depende diretamente da proporcionalidade inversa do diálogo e da estrutura do programa, sendo assim, quando o diálogo aumenta e a estrutura do programa diminui, a Distância Transacional diminui e vice-versa.

Quando se elabora a estrutura do programa, há que ter em conta o público-alvo. A autonomia do aluno surge da maturação, sendo que, quanto mais autónomo for, maiores são as possibilidades de êxito neste tipo de ensino.

Com a evolução das TIC, surge o ensino por teleconferência que em parte humanizou a EaD. Antes da sua introdução na EaD, a forma de interação era unilateral, através da radio, vídeo, correio, etc, tendo um elevado grau de complexidade. Já com a evolução tecnológica e a implementação da teleconferência na educação, a comunicação passou a ser bilateral, proporcionando uma aprendizagem mais flexível e uma maior interatividade por parte dos intervenientes (aluno/professor), contribuindo para a construção coletiva do conhecimento.

A EaD não se explica pela separação geográfica entre professor e estudante, mas pela quantidade e qualidade de interação e pelo tipo de estrutura pedagógica presentes. Os sujeitos estarão, de facto, distantes se não existir diálogo (mesmo que se encontrem no mesmo espaço físico) e se o nível de estruturação do curso for muito elevado.

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Bibliografia

http://www.eden-online.org/contents/conferences/research/barcelona/Michael_Moore.ppt

Moore, M. (1989). “Three Types of Interactions”. Em: American Journal of Distance Educations, vol3, n.º 2, 1989.

Moore , M. (1993). Theory of transactional distance,  Keegan, D. (1993) (Ed). Theoretical Principles of Distance Education, pp. 22-38 , London: Routledge.