_TRABALHO Revisado 21-11-12

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CELMA BARROS DE SOUZA VENANCIO EDMILSON SOARES XIMENES GLENDA MARA S. C. STEGMANN MINÉIA ORFANIDES GARCIA PAULA GOMES FERNANDES SUELY DA SILVA PAULA PAIXÃO VAGNER MARTINS BRASIL SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR ESTUDO DE CASO: Clínica Nossa Senhora do Carmo Ltda

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Porto Velho2012

CELMA BARROS DE SOUZA VENANCIOEDMILSON SOARES XIMENES

GLENDA MARA S. C. STEGMANNMINÉIA ORFANIDES GARCIAPAULA GOMES FERNANDES

SUELY DA SILVA PAULA PAIXÃOVAGNER MARTINS BRASIL

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOCURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR

ESTUDO DE CASO:Clínica Nossa Senhora do Carmo Ltda

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Porto Velho2012

ESTUDO DE CASO:Clínica Nossa Senhora do Carmo Ltda

Trabalho de grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de: Introdução à Contabilidade, Matemática Finaceira, Custos Hospitalares e Administração Financeira e Orçamentária.

Orientador: Prof. Vânia de Almeida S Machado, Merris Mozer, Valdeci Araujo e Fábio Rogério Proença

CELMA BARROS DE SOUZA VENANCIOEDMILSON SOARES XIMENES

GLENDA MARA S. C. STEGMANNMINÉIA ORFANIDES GARCIAPAULA GOMES FERNANDES

SUELY DA SILVA PAULA PAIXÃOVAGNER MARTINS BRASIL

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................3

2 DESENVOLVIMENTO................................................................................6

2.1 FATOS CONTÁBEIS..................................................................................7

2.2 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DE FEVEREIRO DE 2012..........................8

2.3 RAZONETES DAS CONTAS......................................................................9

2.4 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.............................................................11

2.5 CÁLCULO DO FINANCIAMENTO ...........................................................12

2.6 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE................14

2.7 BALANÇO PATRIMONIAL.......................................................................15

2.8 ANÁLISE DE INVESTIMENTO VPL – Valor Presente líquido..................16

2.9 MÉTODOS DE CONTROLE INTERNO DE CUSTOS..............................17

3 CONCLUSÃO...........................................................................................20

REFERÊNCIAS.........................................................................................................21

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1 INTRODUÇÃO

A gestão financeira hospitalar corresponde ao conjunto de

técnicas específicas, imprescindíveis para que a administração das organizações de

saúde viabilize a perpetuação, a remuneração adequada dos fatores trabalho e

capital e a excelência dos serviços médicos.

Uma gestão adequada não depende só da capacidade dos seus

gestores, mas é necessário que eles tenham informações adequadas e oportunas

que os auxiliem no processo decisório. Essas informações serão fornecidas pela

contabilidade financeira, de custos e gerencial o que exige que o gestor tenha

conhecimento dos critérios, normas, princípios e métodos utilizados na formação das

mesmas.

Conforme IUDÍCIBUS e MARION (2006, p. 89), os princípios

fundamentais de contabilidade são os conceitos básicos que constituem o núcleo

essencial que deve guiar a profissão na consecução dos objetivos da Contabilidade,

que consistem em apresentar informação estruturada aos usuários. Os princípios

são a forma, o meio e a estrutura de que a disciplina se utiliza para chegar aos

objetivos ou, às vezes, para melhor entender o que vem sendo praticado há algum

tempo.

O resultado final de um processo contábil é o conjunto de relatórios

denominado demonstrações financeiras que fornecem aos usuários informações

úteis e compreensíveis para ajudá-los a fazer previsões e tomar decisões relativas à

situação financeira futura do negócio.

De acordo com o artigo 176 da Lei 404/76 (BRASIL,1976), as

demonstrações são obrigatórias pelas Leis das Sociedades Anônimas que se

denominam em: O Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultado de Exercício

–DRE, a Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados - DLPA e a

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL, Notas Explicativas às

Demonstrações Financeiras – NEDF, o Parecer do Conselho Fiscal e o Parecer dos

Auditores independentes, quando for o caso.

Além das demonstrações contábeis outro fator importantíssimo é o

sistema de custos que se tornou uma ferramenta fundamental para o gestor por ser

uma das principais fornecedora de informação para a tomada de decisões, porque

descreve as abordagens e as atividades dos administradores voltadas para decisões

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de planejamento e controle de curto e longo prazo, que agregam valor aos clientes e

reduzem custos de produtos e serviços.

Nesse processo administrativo, são utilizados diversos recursos

materiais e humanos e em dado momento haverá necessidade de medir quanto

foram os recursos aplicados e quais foram os resultados econômicos obtidos com a

sua aplicação, portanto as informações são de extrema importância para se chegar

ao resultado.

Para que se possa fazer previsões úteis e tomar decisões, deve

estar disposto a ser capaz de se comunicar com pessoas de outras áreas. A função

da administração financeira pode ser descrita em termos amplos, considerando-se

seu papel dentro da organização, sua relação com a teoria econômica e com a

contabilidade e as atividades básicas do administrador financeiro (GITMAN, 2008, p.

9).

Sendo assim, é possível decidir quando, como e quanto investir,

adquirir um bem ou direito, evitando desperdícios, gastos e riscos desnecessários,

proporcionando uma melhor utilização de capital de giro e ainda, orienta a busca

pelos recursos necessários para operação de todas as atividades da empresa em

conformidade com a capacidade de pagamento da empresa.

Este trabalho tem como objetivo desenvolver uma visão mais ampla

e integrada do processo de gestão financeira de uma empresa na gerência e tomada

de decisão e foi elaborado através de pesquisas nos materiais das disciplinas do

semestre, da biblioteca digital e pesquisa de campo, para desenvolver os desafios

propostos sobre a Clínica Nossa Senhora do Carmo Ltda.

Foram elaborados cálculos do valor das prestações e do montante

do financiamento de uma máquina de ultrassonografia para a clínica de acordo com

o balancete de verificação, conforme solicitação do enunciado.

Considerando o balancete de verificação fornecido e após efetuar os

lançamentos complementares foi realizada a escrituração contábil, o balancete de

verificação, o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício.

Utilizando o VPL – Valor Presente Líquido foi realizado a análise

para a aquisição de um novo equipamento para a Clínica Nossa Senhora do Carmo

com base nos dados previamente fornecidos. Para conclusão do trabalho foi

realizado uma pesquisa de campo em algumas empresas do ramo hospitalar para

verificar quais são os controles internos utilizados para o controle dos custos no que

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se refere à tomada de decisão.

O trabalho foi desenvolvido em tópicos atendendo ao roteiro

sugerido para elaboração dos desafios propostos para melhor compreensão dos

fatos desenvolvidos.

Com base nas informações obtidas foi desenvolvido um novo

balancete de verificação efetuando os lançamentos dos fatos ocorridos, em seguida

foi elaborado o cálculo da prestação do financiamento da máquina de

ultrassonografia, bem como também o montante do financiamento e elaborado o

balanço patrimonial e a demonstração do exercício da Clínica Nossa Senhora do

Carmo.

Como foi proposto, para concluirmos efetuamos a análise de

investimento no método VPL e descrevemos os métodos de controle interno dos

custos mais utilizados em nossa região.

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2 DESENVOLVIMENTO

A contabilidade estuda, registra e interpreta os fenômenos que

afetam o patrimônio das entidades de forma que, passa ser um sistema de

informação que dentro da gestão empresarial oferece aos gestores elementos para

análise contínua do negócio e supre as necessidades específicas para a tomada de

decisões.

A empresa CLÍNICA NOSSA SENHORA DO CARMO LTDA, tem

como especialidade médica o tratamento de clientes adultos onde é prestada

assistência integral de enfermagem aos pacientes.

A contabilidade da empresa apresentou no final do mês de

janeiro/2012 o seguinte balancete de verificação:

Balancete de Verificação em 31/01/2012

Conta Débito Crédito

CaixaBancos conta MovimentoContas a ReceberEstoque de MedicamentosVeículos de UsoComputadores e PeriféricosDepreciação AcumuladaFornecedoresEmpréstimos e FinanciamentosCapital SocialReceita Prestação de ServiçosCustos de Vendas de ServiçosDespesas Administrativas

550,42 39.676,44 121.350,00 76.000,00 69.700,00 37.000,00

4.500,00 2.933,14

9.000,00 8.710,00 250.000,00 39.000,00 45.000,00

Totais 351.710,00 351.710,00

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2.1 FATOS CONTÁBEIS

A mecânica do processo contábil acontece a partir dos atos e fatos

administrativos gerados pelas atividades desenvolvidas por todos os departamentos

de negócio de uma empresa. O fato administrativo é toda ocorrência que se verifica

no patrimônio e lhe traz variações específicas, quantitativas ou qualitativas.

Os Fatos Administrativos são classificados em:

Permutativo: são permutas que ocorrem entre os elementos patrimoniais que não

alteram ou modificam o patrimônio líquido da empresa;

Modificativo: representado por lançamentos que alteram ou modificam o patrimônio

líquido, através da conta de resultado;

Misto: envolve o permutativo e o modificativo ao mesmo tempo, ou seja, abrange

contas patrimoniais com contas de resultado.

A seguir os fatos contábeis ocorridos no mês de Fevereiro de 2012

na Clínica Nossa Senhora do Carmo Ltda.

Ordem Data Fato Contábil Valor

1 01/02/12 Recebimentos de contas a receber, recebimento pelo Banco R$ 22.000,00

2 02/02/12 Atendimento a Clientes – Recebimento a vista – Caixa R$ 2.000,00

3 02/02/12 Medicamentos Utilizados nos Atendimentos R$ 500,00

4 05/02/12 Compra de Cadeiras para Consultório – Prazo – 30 dias R$ 3.000,00

5 08/02/12 Pagamento Fornecedor – Pagamento pelo Banco R$ 3.710,00

6 10/02/12 Pagamento 1 parcela financiam. + juros – Pag. Pelo Banco R$ 8.150,46

7 15/02/12 Os sócios aumentam o Capital com entrega de um veículo R$ 30.000,00

8 18/02/12 Pagamento de Energia Elétrica Clínica – Pagamento pelo Banco R$ 320,00

9 20/02/12 Pagamento Consumo água Clínica - Pagamento pelo Banco R$ 180,00

10 25/02/12 Compra de Material para o setor Adm. – Pag. Pelo Caixa R$ 80,00

11 27/02/12 Apropriar p/ pagamento Impostos sobre Vendas (%didático) R$ 8.460,00

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2.2 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DE FEVEREIRO DE 2012

Escrituração é o elemento histórico que compreende o registro dos

fatos, na ordem cronológica, o que da a contabilidade caráter de verdadeira história

do patrimônio.

LANÇAMENTOS:

Nº DATA LANÇAMENTOS

0101/02/2012

D- BANCO R$ 22.000,00

C- CONTAS A RECEBER R$ 22.000,00

02 02/02/2012D- CAIXA R$ 2.000,00

C- ATENDIMENTO A CLIENTES R$ 2.000,00

03 02/02/2012D- MEDICAMENTOS UTILIZADOS R$ 500,00

C- ESTOQUE DE MEDICAMENTOS R$ 500,00

04 05/02/2012D- MÓVEIS E UTENSILIOS R$ 3.000,00

C- FORNECEDORES R$ 3.000,00

05 08/02/2012D- FORNECEDORES R$ 3.710,00

C- BANCO CONTA MOVIMENTO R$ 3.710,00

06 10/02/2012D- EMPRESTIMO E FINANCIAMENTOS R$ 8.150,48

C- BANCO CONTA MOVIMENTO R$ 8.150,48

07 15/02/2012D- VEÍCULOS R$ 30.000,00

C- COPITAL SOCIAL R$ 30.000,00

08 18/02/2012D- ENERGIA ELETRICA R$ 320,00

C- BANCO R$ 320,00

09 20/02/2012D- CONSUMO DE ÁGUA R$ 180,00

C- BANCO R$ 180,00

10 25/02/2012D- MATERIAL DE EXPEDIENTE R$ 80,00

C- CAIXA R4 80,00

11 27/02/2012 D- IMPOSTOS SOBRE VENDA R$ 8.460,00

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C- IMPOSTOS R$ 8.460,00

2.3 AZONETES DAS CONTAS

Também denominada gráfico em T ou conta em T, o razonete nada

mais é do que uma versão simplificada do livro Razão. O controle individualizado

das contas é importante para se conhecer seus saldos, possibilitando a apuração de

resultados e a elaboração de demonstrações contábeis como o Balancete de

Verificação do Razão, o Balanço Patrimonial e outras.

Os fatos foram lançados em contas individualizadas para apuração

dos saldos das respectivas contas:

Caixa Banco/Movimento Conta a Recber

Debito Crédito Debito Crédito Debito Crédito 550,42 80,00 39.676,44 3.710,00 121.350,00 22.000,00

2.000,00 22.000,00 8.150,46 99.350,00

2.470,42 320,00 180,00

61.676,44 12.360,46

49.315,98

Estoque/Medicamentos Veículos Computador/Periféricos

Debito Crédito Debito Crédito Debito Crédito 76.000,00 500,00 69.700,00 37.000,00

75.500,00 30.000,00 37.000,00

99.700,00

Dep./Acumulada Fornecedores Capital Social

Debito Crédito Debito Crédito Debito Crédito 9.000,00 3.710,00 8.710,00 39.000,00

1.664,99 3.000,00 30.000,00

617,90 3.710,00 11.710,00 69.000,00

631,25 8.000,00

9

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27,99

11.942,13

Emp./Financiamento Receita prest./Serviço Custos Vendas/Serviços

Debito Crédito Debito Crédito Debito Crédito 8.150,46 250.000,00 45.000,00 4.500,00

241.849,54 2.000,00 500,00

47.000,00 5.000,00

Desp./Administrativas Moveis/Utensílios Impostos a Apropriar

Debito Crédito Debito Crédito Debito Crédito 2.933,14 3.000,00 8.460,00

320,00 3.000,00 8.460,00 180,00 80,00

3.513,15

Impostos a Pagar

Debito Crédito8.460,00

8.460,00

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2.4 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

O balancete de verificação é uma relação de contas extraídas do

livro Razão (ou de Razontes), com seus saldos devedores ou credores.

Após escriturar os fatos e distribuí-los nas contas T, segue abaixo o

Balancete de Verificação realizado em 29 de fevereiro de 2012.

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO EM 29/02/2012

Nº CONTAS DEBITO CRÉDITO

1 Caixa 2.470,42

2 Banco Conta Movimento 49.315,98

3 Contas a Receber 99.350,00

4 Estoque de Medicamentos 75.500,00

5 Veículo 99.700,00

6 Computadores e Periféricos 37.000,00

7 Móveis e Utensílios 3.000,00

8 Depreciação Acumulada 11.942,13

9 Fornecedores 8.000,00

10 Empréstimos e Financiamentos 241.849,54

11 Capital Social 69.000,00

12 Receita Prestação de Serviços 47.000,00

13 Impostos a pagar 8.460,00

Imposto a apropriar 8460,00

14 Custos de Vendas Serviços 5.000,00

15 Despesas Administrativas 3.513,14

16 Provisões/perdas 2.942,13

TOTAL 386.251,67 386.251,67

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2.5 CÁLCULO DO FINANCIAMENTO DA MÁQUINA DE ULTRASSONOGRAFIA

CÁLCULO DO VALOR DAS PRESTAÇÕES

PV= 250.000,00 N= 4 anos

(1+ i)n x i i = 2% ao mêsPMT= PV x PMT= ? (1+ i)n - 1

(1+ 0,02)48 x 0,02PMT= 250.000,00 x (1+ 0,02)48 - 1

(1,02)48 x 0,02PMT= 250.000,00 x (1,02)48 – 1

2,587070 x 0,02PMT= 250.000,00 x 2,587070 – 1

0,0517414PMT= 250.000,00 x 1,587070

PMT= 250.000,00 x 0,0326018

PMT= 8.150,46

VALOR DA PRESTAÇÃO É DE R$ 8.150,46

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CALCULO DO MONTANTE DO FINANCIAMENTO PMT= 8150,46 (1+i)n - 1 n= 4 anosFV= PMT x i= 2% ao mês I FV= ?

(1+0,02)48 - 1FV= 8.150,46 x 0,02

2,587070 - 1FV= 8.150,46 x 0,02

1,587070FV= 8.150,00 x 0,02

FV= 8.150,46 x 79,35

FV= 646.767,53

MONTANTE É DE R$ 646.767,53

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2.6 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE

Com base nesse levantamento de saldos das contas de resultados a

empresa elaborará um relatório ordenado das receitas, despesas, custos,

participações e lucros denominado de: DRE (demonstração do resultado do

exercício), que é uma das demonstrações mais importantes para os usuários da

contabilidade, por apresentar: o resultado bruto, o resultado operacional, o resultado

não operacional, o resultado antes do imposto de renda e o resultado líquido.

Logo abaixo, a Demonstração do Resultado do Exercício elaborado

em 29 de fevereiro de 2012 da Clínica estudada.

Demonstração do Resultado do Exercício

DRE R$

Receita Bruta 47.000,00

Impostos (8.460,00)

Receita Líquida 38.540,00

Custos (serviços) (5.000,00)

Lucro Bruto 33.540,00

Despesas (3.513,14)

Desp. Administrativas 2.933,14

Consumo Energia Elétrica 320,00

Consumo Água 180,00

Material Expediente 80,00

Provisões 2.942,11

Lucro Operacional 27.084,75

Lucro antes do IR e CSLL 27.084,75

Lucro Líquido 27.084,75

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2.7 BALANÇO PATRIMONIAL

A demonstração denominada balanço patrimonial é a representação

padronizada dos saldos de todas as contas do patrimônio de uma empresa em uma

determinada data.

A seguir o Balanço Patrimonial da Clínica Nossa Senhora do Carmo

Ltda em 29 de fevereiro de 2012.

Balanço Patrimonial – Levantamento em 29/02/2012

1. Ativo 2. Passivo

CIRCULANTE 226,636,40 CIRCULANTE 261.251,67

Disponibilidades Fornecedores 8.000,00

Caixa 2.470,42 Emp. Financiamento 241.849,54

Bancos 49.315,98 Impostos a Pagar 8.460,00

Contas a Receber 99.350,00 Provisões 2.942,13 Estoques 75.500,00

REALIZ. LONGO PRAZO

Patrimônio Líquido 96.084,75

1.3 PERMANENTE 139.700,00 Capital Social 69.000,00

1.3.2 Imobilizado Lucros do Exercício 27,084,75

1.3.2.1 Veículos 99.700,00

1.3.2.2 Comp. Periféricos 37.000,00

1.3.2.3 Moveis e Utensílios 3.000,00

(-) Depreciações 9.000,00

Total do Ativo 357.336,42 Total do Passivo 357.336,42

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2.8 ANÁLISE DE INVESTIMENTO VPL – VALOR PRESENTE LÍQUIDO

Entre os vários projetos de investimento, o mais atrativo é aquele

que tem maior Valor presente Líquido (VPL), que é obtido diminuindo o valor do

investimento inicial do valor das entradas de caixa descontadas a uma determinada

taxa. O VLP de um projeto de investimento é igual ao valor de suas entradas menos

o valor das suas saídas de caixa, sendo utilizada a taxa mínima de Atratividade,

como taxa de desconto.

Para HOJI (2010), Valor Presente Líquido consiste em determinar o

valor no instante inicial, descontando o fluxo de caixa líquido de cada período futuro

gerado durante a vida útil do investimento, com a taxa mínima de atratividade e

adicionando o somatório dos valores descartados ao fluxo de caixa líquido do

instante inicial.

A taxa de desconto que faz com que o VLP (Valor Presente Líquido)

seja maior que zero é denominada TIR (Taxa Interna de Retorno). Ela apresenta a

taxa máxima de custo de capital que suporta o projeto e exibe a taxa de retorno do

projeto, que se torna atrativo quando a sua TIR for maior do que o custo de capital

do projeto, porque significa que se obterá lucro.

Com base nos dados fornecidos e após análise do investimento o

projeto é viável uma vez que o Valor Presente Líquido do projeto atual é R$

49.243,70, o que significa que vale a pena investir no projeto em causa, pois o valor

atual é positivo, conforme demonstrado a seguir:

Valor do Investimento: R$ 100.000,00

Valor Útil estimada: 5 anos

Depreciação anual: R$ 20.000,00

Lucro Operacional no ano: R$ 40.000,00

Taxa de retorno esperada: 15%

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CALCULO PARA A VPL

Comandos com a hp12c

DADOS:

Valor do Investimento: R$ 100.000,00

Valor Útil estimado: 5 anos

Lucro Operacional no ano: R$ 40.000,00

Taxa de retorno esperada: 15%

SOLUÇÃO:

40.000 CHS FV – 1N – 15i – PV = 34.782,61 ( 1º ANO )

40.000 CHS FV - 2N - 15i – PV = 30.245,75 ( 2º ANO )

40.000 CHS FV - 3N - 15i – PV = 26.300,65 ( 3º ANO )

40.000 CHS FV - 4N - 15I - PV = 22.870.13 ( 4º ANO )

40.000 CHS FV - 5N - 15i - PV = 19.887,07 ( 5º ANO )

TOTAL 134.O86.21

RESULTADO DO INVESTIMENTO:

134.086,21 - 100.000,00 = 34.086.21

VPL - R$ 134.086,21RESULTADO DO RETORNO ESPERADO - R$ 34.086,21

PARECER DO GESTOR FINANCEIRO

O Investimento é viável : apresentou dados suficientes de retornos

esperados.

2.9 MÉTODOS DE CONTROLE INTERNO DE CUSTOS

Utilizamos administração de custos para descrever as abordagens e

as atividades dos administradores voltadas para decisões de planejamento e

controle de curto e longo prazo, que agregam valor aos clientes e reduzem custos

de produtos e serviços. (NOGUEIRA, 2012 p. 4).

A contabilidade de custos trabalha com vários critérios e métodos

para obter todas as informações necessárias relacionadas aos custos e fornecê-las

à contabilidade gerencial e financeira, que associada às informações do sistema

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contábil, permite os administradores controlar as operações da empresa e ainda os

orientam na tomada de decisões.

"Na verdade, um sistema de custo não tem fim em si mesmo, ele

tem o objetivo de gerar informações contábeis, quais só têm validade se puderem

ser utilizadas para o gerenciamento e para auxílio á tomada de decisão."

PADOVEZE (2000, p.12).

Uma empresa que possua um sistema de controle de custos

eficiente consegue controlar suas atividades, tendo como finalidade, a redução dos

custos de seus produtos e a melhora da produtividade, obtendo assim, vantagem

competitiva frente à concorrência, aumento da demanda, obtendo como resultado, a

ampliação de sua importância no mercado.

O controle de custos é uma ferramenta fundamental para a

sobrevivência da organização no mercado, os administradores necessitam conhecer

a realidade da empresa e dispor de informações rápidas e confiáveis, que lhes

auxiliem na tomada de decisões com bases mais sólidas e eficazes, possibilitando

assim, o alcance e até a superação das metas estabelecidas.

Existem diversas formas de se apropriar os custos, diversos

métodos de custeio a serem adotados para se chegar ao valor do custo de cada

produto ou serviço prestado. O método de custeio aceito pela legislação fiscal

brasileira é o custeio por absorção. Este método de custeio considera todos os

insumos, matérias primas e serviços utilizados na produção, as despesas

administrativas não incorporam o custo e vão diretamente para a apuração do

resultado.

Martins (2003, p. 37) afirma que o custeio por absorção “consiste na

apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de

produção”. Assim, de acordo com o autor “todos os gastos relativos ao esforço de

produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos”.

Uma das formas de custeio por absorção é o custo por

departamento, no qual os custos ligados à fabricação ou prestação de serviços

devem ser divididos em seu respectivo departamento. A departamentalização

acompanha a estrutura organizacional da empresa e é necessária para se formar o

custo de cada produto ou serviço. Assim, as unidades produtivas possuem vários

setores e representam os diversos centros de custos que realizam as diversas

atividades. Essas atividades precisam ter seu custo identificado para tomar decisões

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em sua relação e formar o preço do produto ou serviço prestado.

Para sabermos como é feito o controle interno dos custos em nossa

região entrevistamos alguns funcionários do Hospital das Clinicas, Hospital de Base

e Hospital da Astir. Com base nas informações que obtivemos referente aos

métodos utilizados para controle dos custos das empresas, que estruturalmente

estão divididas em Centro Administrativo onde são realizadas as atividades

administrativas e Centro Médico onde são realizadas consultas, exames

laboratoriais, procedimentos cirúrgicos e demais atividades do ramo hospitalar, são

realizados por departamentalização.

Os custos são alocados aos departamentos conforme a legislação

em vigor e, na sequencia, são alocados aos procedimentos por meio das

informações geradas pela contabilidade e outros setores. Os custos diretos, por sua

própria natureza, são alocados aos procedimentos de forma direta. Os custos

indiretos, por sua vez, após serem identificados aos departamentos, são alocados

aos procedimentos com base na tabela AMB.

Os custos totais são compostos pelos custos diretos, que são

alocados diretamente ao procedimento e não precisam de rateio, e pelos custos

indiretos, que precisam ser alocados ao procedimento por meio de rateio. Cada

custo indireto possui um critério de rateio considerado mais adequado e justo ao

procedimento.

Tanto a estrutura do sistema de controle interno quanto os

procedimentos de controle interno dos hospitais estudados atendem, de um modo

geral, às necessidades das organizações pesquisadas, fornecendo informações

financeiras que auxiliam os gestores no processo de tomada de decisão. Porém,

ainda há necessidade de aprimoramentos que possam garantir maior segurança na

execução dos procedimentos de controle interno, principalmente no que diz respeito

a controle de custos.

Em uma, das empresas das que pesquisamos, pudemos constatar

sérios problemas relacionada a administração financeira, que era realizada por

pessoas que tinham pouca experiência na área e, por consequência não faziam uma

análise detalhada da situação da empresa, nem possuíam um gestor de custos,

logo, não tinham conhecimentos específicos de análise e redução de custos nem

atrelaram as planilhas dos centros dos custos ao fluxograma da empresa, e em

consequência disso, estavam em processo de falência.

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3 CONCLUSÃO

Administrar um negócio, seja um modesto empreendimento ou uma

grande sociedade anônima, envolve muitas funções diferentes. E é finanças que faz

com que tudo aconteça; é o que dirige todos os outros departamentos de uma

organização. Sem capital que atenda às necessidades da empresa, seja para

financiar seu crescimento ou para atender às operações do dia-a-dia, não podemos

desenvolver e testar novos produtos, criar campanhas de marketing etc. O papel do

administrador financeiro é assegurar que esse capital esteja disponível nos

montantes adequados, no momento certo e ao menor custo. Se isso não ocorrer, a

empresa não sobreviverá.

Conforme o que foi visto tanto nas pesquisas quanto nos matérias

das disciplinas do semestre, o objetivo do administrador financeiro é aumentar o

valor do patrimônio líquido da empresa, por meio da geração de lucro líquido,

decorrente das atividades operacionais da empresa. Para realizar essa tarefa, o

gestor financeiro precisa ter um sistema de informações gerenciais que lhe permita

conhecer a situação financeira da empresa e tomar as decisões mais adequadas,

maximizando seus resultados e buscar o retorno e o aumento financeiro e aproveitar

todas as oportunidades de investimento para alcançar os objetivos da empresa.

As atividades desenvolvidas pelo gestor abrangem decisões

estratégicas, como a seleção de alternativas de investimento e as decisões de

financiamento de longo prazo, além das operações de curto prazo, como a gestão

do caixa, o gerenciamento do risco e tantas outras, o que exige que ele tenha

conhecimento da estrutura do mercado que a empresa está inserida para atuar com

precisão.

Este trabalho teve uma contribuição importantíssima para enaltecer

a importância de um gestor ter uma relação com a teoria econômica, contábil e com

as atividades básicas dos processos de custos e rotinas financeiras dentro da

organização, considerando o seu papel para atuar no processo de tomada de

decisão e levar a empresa a atingir suas metas.

Neste contexto, o conhecimento amplo das rotinas administrativas e

os sistemas de informações tornaram-se essencial para as pessoas engajadas na

prática de conduzir os negócios e, na gestão em saúde não é diferente, tem que ter

profissionais qualificados para garantir a estabilidade da empresa no mercado.

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REFERÊNCIAS :

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GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 10ª ed. São Paulo: Pearson, 208.

HOJI, Mazakazu. Administração Financeira e Orçamentária: matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Introdução a Teoria da Contabilidade. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

NOGUEIRA, Daniel ramos. Introdução a Contabilidade. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial. Um enfoque em sistema de informação contábil. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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ROHLOFF BOHRER, Débora. Matemática Financeira. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011.

SANTOS, Joenice Dinis dos. Administração e Orçamento Empresarial. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. 2. ed. Curitiba: UFPR, 1992. v. 2.

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