Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

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Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos Rafael Resende de Souza Leão Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro Naval e Oceânico. Orientador: Raad Yahya Qassim Rio de Janeiro Agosto de 2014

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Page 1: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de

Portos

Rafael Resende de Souza Leão

Projeto de Graduação apresentado ao Curso de

Engenharia Naval e Oceânica da Escola

Politécnica, Universidade Federal do Rio de

Janeiro, como parte dos requisitos necessários à

obtenção do título de Engenheiro Naval e

Oceânico.

Orientador: Raad Yahya Qassim

Rio de Janeiro

Agosto de 2014

Page 2: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

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UM MODELO DE OTIMIZAÇÃO PARA EXPANSÃO DE CAPACIDADE DE PORTOS

Rafael Resende de Souza Leão

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE

ENGENHARIA NAVAL E OCEÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS

PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO NAVAL E OCEÂNICO.

Examinado por:

______________________________________________

Prof. Raad Yahya Qassim, D.Sc.

______________________________________________

Prof., Luis Felipe Assis, D.Sc.

______________________________________________

Prof., Luiz Vaz, D.Sc.

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL

AGOSTO de 2014

Page 3: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

iii

Pedro Henrique dos Santos Lemos

Pedro Soares Figueiredo

Uma Análise dos Novos Sistemas de Bancos de

Dados Relacionais Escaláveis/Pedro Henrique dos Santos

Lemos e Pedro Soares Figueiredo. – Rio de Janeiro: UFRJ/

Escola Politécnica, 2014.

VIII, 58 p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: Alexandre de Assis Bento Lima

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/

Curso de Engenharia de Computação e Informação, 2014.

Referências Bibliográficas: pxx

1. Banco de Dados 2. Modelo Relacional 3. NoSQL 4.

NewSQL. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola

Politécnica, Curso de Engenharia de Computação e

Informação. III. Título.

Pedro Henrique dos Santos Lemos

Pedro Soares Figueiredo

Uma Análise dos Novos Sistemas de Bancos de

Dados Relacionais Escaláveis/Pedro Henrique dos Santos

Lemos e Pedro Soares Figueiredo. – Rio de Janeiro: UFRJ/

Escola Politécnica, 2014.

VIII, 58 p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: Alexandre de Assis Bento Lima

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/

Curso de Engenharia de Computação e Informação, 2014.

Referências Bibliográficas: pxx

1. Banco de Dados 2. Modelo Relacional 3. NoSQL 4.

NewSQL. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola

Politécnica, Curso de Engenharia de Computação e

Informação. III. Título.

Pedro Henrique dos Santos Lemos

Pedro Soares Figueiredo

Uma Análise dos Novos Sistemas de Bancos de

Dados Relacionais Escaláveis/Pedro Henrique dos Santos

Lemos e Pedro Soares Figueiredo. – Rio de Janeiro: UFRJ/

Escola Politécnica, 2014.

VIII, 58 p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: Alexandre de Assis Bento Lima

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/

Curso de Engenharia de Computação e Informação, 2014.

Referências Bibliográficas: pxx

1. Banco de Dados 2. Modelo Relacional 3. NoSQL 4.

NewSQL. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola

Politécnica, Curso de Engenharia de Computação e

Informação. III. Título.

Leão, Rafael Resende de Souza

Um Modelo de Otimização para Expansão de

Capacidade de Portos/Rafael Resende de Souza Leão. – Rio

de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2014.

viii, 44 p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: Raad Yahya Qassim

Projeto de Graduação – UFRJ/Escola Politécnica/ Curso

de Engenharia Naval e Oceânica, 2014.

Referências Bibliográficas: p. 28

1. Cadeia de Suprimentos 2. Otimização 3. Estocagem 4.

Portos. I. Qassim, Raad Yahya II. Universidade Federal do

Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia

Naval e Oceânica. III. Titulo.

Page 4: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

iv

AGRADECIMENTOS

Cursar ENGENHARIA NAVAL não foi, nem de perto, uma missão simples como

eu esperava que fosse há oito anos quando escolhia meu curso de graduação, ainda

em uma sala de aula do ensino médio. Foi um caminho árduo. Em oito anos muitas

coisas acontecem, vitórias, derrotas, alguns momentos de profunda desmotivação e

vontade de desistir e muitos outros de felicidade, alegria e calmaria. Àqueles que fizeram

parte destes últimos, segue meu agradecimento.

À minha família, em especial meus pais, por tudo que fizeram por mim ao longo

desse período. Me deram todo apoio financeiro e emocional que puderam, e se não

fosse por eles, com certeza não teria chegado ao final do túnel.

Aos meus companheiros de Naval que, apesar da maioria ter se formado muito

antes de mim, tornaram meus dias na faculdade mais agradáveis. Uma pena que todos

os semestres não podem ser como o primeiro. Apesar do distanciamento nessa reta

final, o lugar de vocês está reservado na minha memória com muito carinho.

À Fluxo Consultoria e todos os membros que tive o prazer de conhecer nesses

quase oito anos, obrigado! Essa empresa foi minha segunda casa, seus membros minha

segunda família e o trabalho nela minha segunda faculdade. Obrigado por ter me

ensinado muitas coisas, dentre elas quem sou e que caminho quero seguir.

Por último, não menos importante, agradeço aos professores da Naval por todo

conhecimento passado durante esse período e em especial a meu orientador de projeto

final, Qassim, por estar sempre disponível para me ajudar, com a calma e didática que

um bom mestre deve ter.

Page 5: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

v

Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte

dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Naval e Oceânico.

Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

Rafael Resende de Souza Leão

Junho/2014

Orientador: Raad Yahya Qassim

Curso: Engenharia Naval e Oceânica

O estudo visando a otimização de cadeias de suprimentos tem se tornado vital no

planejamento estratégico das empresas mundiais que entregam seus produtos ao

cliente final por intermédio de revendedoras, shoppings e mercados espalhados por todo

mundo. A grande variedade de produtos, o imenso leque de revendedores e a

necessidade de otimizar os custos de produção tornam imensamente complexa a

logística desta rede que forma o caminho do produto até o consumidor, como é o caso

da indústria de cosméticos e do seu eficiente marketing multinível.

O presente trabalho busca analisar como o framework de uma cadeia de suprimentos

de três níveis pode ser adaptado para apoiar o processo de decisão da expansão de

capacidade de armazenamento de carga granel de um porto.

Page 6: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the

requirements for the degree of Naval and Ocean Engineer.

An Optmization Model for the Port Capacity Expansion

Rafael Resende de Souza Leão

June/2014

Advisor: Raad Yahya Qassim

Major: Naval and Ocean Engineering

The study seeking the optimzation in supply chains has become vital to the strategic

planning of worldwide companies that delivers their products to the final costumer using

feeders, shopping centers and markets all around the world as intermediate. The high

variety of products and feeders and the necessity of optimizing the production costs

makes the logistics between the product and the costumer very complex, as is the case

of cosmetics industry and its efficient multilevel marketing.

The present aims to analyse how the three-level supply chain framework can be adapted

to support the decision of expanding storage capacity of bulk cargo from a port.

Page 7: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

vii

Sumário

1. Introdução ......................................................................................................... 1

2. Contexto ............................................................................................................ 1

2.1. Operações portuárias ........................................................................... 1

2.2. A cadeia de suprimento de três níveis .................................................. 3

3. Formulação do Problema .................................................................................. 4

3.1. Premissas adotadas ............................................................................. 4

3.1.1. Condições ótimas na entrada e saída do porto .............................. 4

3.1.2. Período de análise ......................................................................... 5

3.2. Função objetivo .................................................................................... 5

3.3. Estrutura de Custo ............................................................................... 5

3.3.1. Custo de estocagem (Holding cost) ............................................... 5

3.3.2. Custo de manuseio ........................................................................ 5

3.3.3. Custo de instalação........................................................................ 6

3.4. Condições de contorno ........................................................................ 6

3.4.1. Fluxo médio ................................................................................... 6

3.4.2. Estoque .......................................................................................... 7

3.4.3. Limite de carga em um silo durante um período de tempo ............. 7

3.4.4. Oferta e demanda .......................................................................... 9

3.4.5. Variáveis não nulas ........................................................................ 9

3.5. Resumo da nomenclatura empregada ................................................. 9

4. Formulação Matemática .................................................................................. 10

5. Modelo Computacional .................................................................................... 10

5.1. Modelo genérico ................................................................................ 10

5.2. Análise do resultado do modelo genérico ........................................... 11

6. Estudo de caso ................................................................................................ 12

6.1. Introdução .......................................................................................... 12

6.2. Uma visão geral – Soja no Brasil ....................................................... 13

6.3. O porto de Itaqui ................................................................................ 13

Page 8: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

viii

6.3.1. A exportação de soja pelo Porto de Itaqui .................................... 15

6.3.2. Estimativa de custos do Porto de Itaqui ....................................... 17

6.3.3. Estimativa do fator 𝜷 para o porto de Itaqui ................................. 17

7. Modelo computacional aplicado ao estudo de caso ......................................... 18

8. Análise do resultado da otimização do modelo aplicado ao Porto de Itaqui ..... 18

8.1. Alocação do fluxo dentre as áreas de estocagem .............................. 18

8.2. A necessidade de abertura de novos silos de armazenagem ............. 19

8.3. Custo total minimizado ....................................................................... 19

9. Outras análises e ponderações ....................................................................... 20

9.1. Imprecisão dos dados de entrada ...................................................... 20

9.2. Imprecisão do modelo ........................................................................ 21

9.3. Algumas outras possíveis aplicações ................................................. 21

10. Considerações finais ....................................................................................... 22

Revisão Bibliográfica ................................................................................................ 23

Anexo I – Modelo computacional genérico ............................................................... 24

Anexo II – Modelo computacional aplicado ao Porto de Itaqui .................................. 26

Anexo III – Resultado da otimização do modelo genérico ......................................... 28

Anexo IV – Resultado da otimização do modelo aplicado ao Porto de Itaqui ............ 36

Page 9: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

1

1. Introdução

O presente trabalho busca analisar como o framework de uma cadeia de

suprimentos de três níveis pode ser adaptado para apoiar o processo de decisão da

expansão de capacidade de armazenamento de carga granel de um porto.

A gestão de cadeias de suprimentos (Supply Chain Management – SCM) é o o

gerenciamento de todo processo produtivo de determinado produto, desde a obtenção

da matéria prima até o produto entre ao cliente final. (Wikipédia, 2013)

O estudo visando a otimização de cadeias de suprimentos tem se tornado vital

no planejamento estratégico das empresas mundiais que entregam seus produtos ao

cliente final por intermédio de revendedoras, shoppings e mercados espalhados por todo

mundo. A grande variedade de produtos, o imenso leque de revendedores e a

necessidade de otimizar os custos de produção tornam imensamente complexa a

logística desta rede que forma o caminho do produto até o consumidor, como é o caso

da indústria de cosméticos e do seu eficiente marketing multinível. (Costa et al., 2005)

Desde o início deste tipo de análise, diversos sistemas produtivos têm sido

observados sob este foco. Por exemplo: uma fábrica pode ser interpretada como uma

cadeia de suprimentos, onde o cliente final passa a ser o final da linha produtiva. Além

disso, ela pode ser tanto muito complexa como simplificada: ao mesmo tempo que pode-

se detalhar o processo em um inúmeras etapas, pode-se resumi-lo a três níveis: inferior,

intermediário, superior (fábrica, distribuição, consumidor). A primeira forma é mais

utilizada quando se deseja uma visão local do processo, enquanto a segunda,

simplificada, quando o foco é uma otimização global, como capacidade produtiva,

números de pontos de distribuição, etc.

2. Contexto

2.1. Operações portuárias

O função principal de um porto é interligar os meios terrestre e marítimo de

transporte, em ambos os sentidos. O processo completo de importar determinada carga

está esquematizada na Figura 1.

Page 10: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

2

Figura 1 – Esquema de operações portuárias comuns. (Park & Noh, 1987)

Em geral, o navio chega ao berço de atracação com o auxílio de rebocadores e,

dependendo do congestionamento do porto, pode ter que aguardar que o berço esteja

livre. Após atracado, a carga pode ou ser diretamente transportada para os terminais

terrestres de transporte (rodoviário ou ferroviário) ou direcionada para a área de

armazenagem, onde aguardará o momento de seu carregamento. A Figura 2 apresenta

um fluxograma com as etapas deste processo de exportação. O processo de exportação

é, obviamente, o reverso do apresentado. (Park et al., 1987)

Figura 2 – Fluxograma representativo do processo de importação de determinada carga. (Park &

Noh, 1987)

Page 11: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

3

O presente projeto tem como foco a região B da Figura 2, ou seja, o manuseio

da carga que está dentro do porto. Será considerado apenas o processo de exportação

de carga e esta sempre passará pela área de armazenagem (warehouse).

2.2. A cadeia de suprimento de três níveis

A principal referência utilizada para o estudo de uma cadeia de suprimentos de

três níveis foi a publicação A location-inventory model for large three-level supply chain

(Tancrez, et al., 2012) onde os autores utilizam este framework para analisar a caminho

percorrido pelos produtos de uma fábrica de painéis de vidro européia desde a

fabricação até o consumidor. Os três níveis da cadeia de suprimento são: a fábrica, o

centro de distribuição e o cliente.

O modelo apresentado integra três decisões: posicionamento dos centros de

distribuição, alocação de fluxo de produtos e tamanho dos lotes das viagens. A cadeia

de suprimentos inclui 10 fábricas e cerca de 500 consumidores distribuídos por toda

Europa. A Figura 3 apresenta esquematicamente a distribuição de fábricas, centros de

distribuição e clientes.

Figura 3 – Esquema de distribuição produtos para os clientes via centros de distribuição (DC)

(Tancrez et al., 2012)

O presente relatório analisará o processo de armazenagem de carga dentro de

um porto de forma análoga à apresentada na referência (Tancrez et al., 2012) de forma

que a fábrica f, o centro de distribuição d, e o cliente c serão, respectivamente, o ponto

Page 12: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

4

de chegada da carga no porto por via terrestre, os silos de armazenagem da carga e o

berço de atracação dos navios.

3. Formulação do Problema

Tem-se três níveis em nossa cadeia de suprimento: superior, intermediária e

inferior, correspondentes aos fornecedores (𝑓), área de estocagem (𝑑) e terminar de

carregamento dos navios para os clientes (𝑐), respectivamente.

O galpão de estocagem do porto é formado áreas de estocagem (𝑑), cada qual

com sua capacidade máxima de armazenamento de grão (𝐶𝑑).

O fluxo de grão (𝜆𝑑𝑓) entre o ponto de chegada (𝑓) e uma área de estocagem (𝑑)

e o fluxo de grão (𝜆𝑐𝑑) entre a área de estocagem (𝑑) e o terminal de navios (𝑐), no

mesmo intervalo, são outputs do modelo. Estes fluxos são dados como contínuos, não

considerando a entrega de lotes em bateladas.

Serão consideradas constantes as taxas de produção e de exportação de grão,

e os fluxos de carga serão balanceados para que toda carga produzida seja exportada.

Deseja-se, neste problema, minimizar o custo final do porto, num determinado

período, se considerando a estrutura de custos apresentada a seguir.

3.1. Premissas adotadas

3.1.1. Condições ótimas na entrada e saída do porto

O objetivo do modelo é estudar a otimização da expansão do armazém do porto,

tendo importância secundária os pontos de chegada e de exportação de carga. Devido

a isso, considerou-se que:

Quando a carga chega no porto, ela é imediatamente encaminhada para a

área de estocagem 𝑑, não havendo fila de espera. Assim, pode-se

desconsiderar a capacidade de armazenagem do ponto 𝑓.

No momento da exportação, toda carga que sai do armazém 𝑑 é

imediatamente embarcado em um navio, sempre havendo navios a espera,

não criando filas de espera. Da mesma forma, pode-se desconsiderar a

capacidade de armazenagem no ponto 𝑐.

Page 13: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

5

3.1.2. Período de análise

O presente problema será analisado por um único período de tempo que será

estabelecido, posteriormente, no estudo de caso. Por hora, este intervalo de tempo pode

ser um mês, um ano, uma década. Com isso, se tem uma análise global, rápida e

simplificada. Caso fosse do interesse do estudar o problema em uma esfera mais local,

um modelo multi-período seria mais adequado.

3.2. Função objetivo

Como dito anteriormente, se quer minimizar o custo total do porto, logo tem-se:

min 𝐶𝑡 (1)

Onde,

𝐶𝑡 = ∑ [𝐻𝑂𝐿𝐷(𝑑) + 𝐼𝑁𝑆𝑇𝐴𝐿(𝑑) + 𝑀𝐴𝑁𝑈𝑆(𝑑)]𝑑 (2)

Na expressão 2, observa-se que o custo total é igual à soma dos custos de

estocagem, instalação e manuseio de cada área de estocagem.

3.3. Estrutura de Custo

3.3.1. Custo de estocagem (Holding cost)

O custo de estocagem envolve todo custo de manutenção das áreas de carga e

é dado em unidade monetária por tonelada. O presente modelo analisa o balanço geral

de material dentro de um intervalo de tempo t que pode ser uma semana, um mês, um

trimestre, etc. Por isso, esta análise não é trivial, visto que dentro deste período fluxo de

grãos ocorre em intervalos de tempo desiguais, e em quantidades também diferentes.

A análise é feita utilizando o fluxo médio de grãos no período representativo para a

multiplicação pelo custo de armazenagem.

Tem-se então:

𝐻𝑂𝐿𝐷𝑑 = 𝐻𝑑 ∗ Λ𝑑 ; ∀𝑑 (3)

Onde

𝐻𝑑 – Custo de estocagem da soja no silo por período [$/ton];

Λ𝑑 – Fluxo médio de carga no silo em determinado período [d]

3.3.2. Custo de manuseio

O custo de manuseio é atrelado ao custo de controle, movimentação e logística

de armazenagem e é dado em unidade monetária por grão. Este custo também é obtido

pela multiplicação de um valor unitário pelo fluxo médio de carga em determinada área

no dado período de tempo.

Tem-se então:

Page 14: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

6

𝑀𝐴𝑁𝑈𝑆𝑑 = 𝑀𝑑 ∗ (𝜆𝑑𝑓

+ 𝜆𝑐𝑑) ; ∀𝑑 (4)

Onde

𝑀𝑑 – Custo de manuseio de soja dentro dos armazéns [$/ton];

3.3.3. Custo de instalação

O custo fixo de instalação de uma nova área de armazenagem está diretamente

ligado ao processo de decisão do atual estudo. Caso um novo armazém seja aberto é

aplicado nele um custo referentes à construção e início da operação no mesmo. Caso

apenas seja instalado mais um silo, o custo estaria relacionado à compra do mesmo e

sua instalação no porto.

Faz-se necessário a identificação da unidade de armazenagem 𝑑 como aberta

ou não. O mais óbvio seria a adição de uma variável booleana 𝑦 que seria 1 se aberta

ou 0 se fechada, e o custo fixo de instalação seria o produto 𝐹𝑑 ⋅ 𝑦𝑑. Porém, referências

(Tancrez et al., 2012) mostram que este recurso causa grande retardo no desempenho

do código de programação a ser desenvolvido para a aplicação do modelo matemático.

A solução proposta pela mesma referência se mostra mais interessante.

Consideram-se todas as possíveis áreas de armazenagens como abertas. Porém, o

custo fixo de instalação só será aplicado àquelas que apresentarem fluxo de soja maior

que zero. Logo, tem-se o custo como:

𝐼𝑁𝑆𝑇𝐴𝐿(𝑑) = ∑ 𝐹𝑑 ⋅𝜆𝑑

𝑓+𝜆𝑐

𝑑

2Λd ; ∀𝑑𝑑 (5)

Onde

𝐹𝑑 – Custo fixo de instalação de uma nova área de armazenagem 𝑑 [$];

Λ𝑑 – Fluxo médio de carga no silo em determinado período [ton];

𝜆𝑑𝑓 – Fluxo de um ponto 𝑓 a um ponto 𝑑 [ton];

𝜆𝑐𝑑 – Fluxo de um ponto 𝑑 a um ponto 𝑐 [ton].

Repare que, caso exista fluxo 𝜆𝑑𝑓

𝑜𝑢 𝜆𝑐𝑑 o fator dará 1, caso contrário 0.

3.4. Condições de contorno

3.4.1. Fluxo médio

O fluxo médio em uma área de armazenagem (Λ𝑑) é dado pela média aritmética

do fluxo de entrada e do fluxo de saída desta mesma área.

Λ𝑑 =𝜆𝑑

𝑓+𝜆𝑐

𝑑

2 (6)

Page 15: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

7

3.4.2. Estoque

Deve-se definir uma variável de estoque para se aplicar a condição de que este

deve ser sempre menor do que a capacidade máxima do silo. Tem-se que o estoque ao

final de um intervalo de tempo é igual ao estoque inicial mais o que entrou no silo e

menos o que foi retirado, como se pode ver na expressão 7.

𝑋𝑑 = 𝑋𝑜𝑑 + 𝜆𝑑𝑓

− 𝜆𝑐𝑑 ; ∀𝑑 (7)

𝑋𝑑 ≤ 𝐶𝑑 ; ∀𝑑 (8)

3.4.3. Limite de carga em um silo durante um período de

tempo

A condição de contorno apresentada no item 3.3.2 estabelece que o estoque

final em um silo após um determinado período de tempo seja menor do que sua

capacidade máxima. Porém, se considerado o seguinte cenário hipotético:

Um silo de capacidade equivalente à 10 mil toneladas com estoque inicial

zero. Analisando ele por 1 mês. Supondo que neste período entraram 1

milhão de toneladas e saíram 1 milhão de toneladas de grão.

A limitação à capacidade máxima do silo permite que esta operação seja

realizada, visto que aplicando as expressões 7 e 8 tem-se:

𝑋𝑑 = 0 + 1.000.000 − 1.000.000 = 0

0 ≤ 10.000 = 𝑉𝐸𝑅𝐷𝐴𝐷𝐸𝐼𝑅𝑂

Se isso de fato acontecesse, seria necessário que o silo fosse carregado e

descarregado por completo 100 vezes em menos de um mês, como mostra o seguinte

gráfico.

Page 16: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

8

Claramente isso não é viável. Logo, torna-se necessário definir um limite

aceitável de carga que é permitida entrar em determinada área de carga.

Este fator, que será denominado 𝛽, deve multiplicar o fluxo de entrada na área

de estocagem 𝜆𝑑𝑓 e ser menor do que a capacidade máxima 𝐶𝑑 do silo.

𝜆𝑐𝑓

∗ 𝛽 ≤ 𝐶𝑑 ; ∀ 𝑑 (9)

O valor de 𝛽 irá variar de caso para caso. Ele deve ser obtido através de uma

análise do último ano do qual se possui dados sobre a capacidade de estocagem do

porto e o total exportado por ele, admitindo que toda carga exportada necessariamente

passou pela área de armazenagem do porto.

Exemplo hipotético:

Existe um porto com três silos de 10.000 toneladas de capacidade de

carga em grãos, cada. Em um ano, aquele porto exportou 150.000

toneladas de grão.

Sabe-se que aquele porto está operando em sua capacidade máxima,

formando filas para entrada na área de estocagem, das cargas

provenientes das fazendas.

Se há uma capacidade total do porto de 30.000 toneladas (3 silos de

10000 toneladas de capacidade), e uma movimentação total de 150.000

toneladas, é possível sugerir que passaram 50.000 toneladas em cada

silo.

É válido avaliar o fator 𝛽 como sendo 𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑙𝑜

𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑠𝑖𝑙𝑜, ou seja:

𝛽 =10000

50000= 0,2

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Curva de Estoque

Page 17: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

9

Avaliando a expressão 9, se teria:

𝜆𝑐𝑓

∗ 𝛽 ≤ 𝐶𝑑 ; ∀ 𝑑

50.000 ∗ 0.2 ≤ 10.000 = 𝑉𝐸𝑅𝐷𝐴𝐷𝐸𝐼𝑅𝑂

3.4.4. Oferta e demanda

A oferta de carga saindo do ponto de chegada 𝑓 e a demanda da mesma no

ponto de saída 𝑐 são variáveis de entrada do modelo. Porém, deve-se relacionar este

valor com o fluxo de carga entre as estações da cadeia de suprimentos com a seguinte

condição de contorno:

𝑂 = ∑ 𝜆𝑑𝑓

𝑑 (10)

𝐷 = ∑ 𝜆𝑐𝑑

𝑑 (11)

3.4.5. Variáveis não nulas

As variáveis de saída e de estado do modelo devem ser limitadas como não

nulas para que o modelo seja executado. Tem-se então:

0 ≤ 𝜆𝑑𝑓

≤ 1019 (12)

0 ≤ 𝜆𝑐𝑑 ≤ 1019 (13)

0 ≤ 𝑋𝑑 ≤ 1019 (14)

3.5. Resumo da nomenclatura empregada

𝑓 – Ponto de chegada do grão do fornecedor

𝑑 – Área de armazenagem

𝑐 – Entrega ao cliente, no caso, aos navios

𝜆 – Fluxo contínuo de grãos [toneladas]

o 𝜆𝑑𝑓 – Fluxo de grãos entre 𝑓 e 𝑑

o 𝜆𝑐𝑑 – Fluxo de grãos entre 𝑑 e 𝑐

𝑂 – Oferta. Total de grãos que vieram das fábricas no período [tonelada]

𝐷 – Demanda. Total de grãos que foi embarcado para os navios no período

[tonelada]

Xd – Quantidade de grãos estocada na área 𝑑 em dado intervalo de tempo [tonelada]

o X𝑑0 – Quantidade de grãos estocada na área 𝑑 antes do dado intervalo de

tempo [tonelada]

Λ𝑑 – Fluxo médio de grãos na área de estocagem 𝑑, dada pela média entre o fluxo

de chegada e de saída de grãos em dado intervalo de tempo [tonelada]

𝐶𝑑 – Capacidade máxima de armazenagem de grão da área 𝑑 [tonelada]

𝐻𝑂𝐿𝐷𝑑 – Custo de estocagem total da área 𝑑 [$]

Page 18: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

10

𝑀𝐴𝑁𝑈𝑆𝑑 – Custo de manuseio total da área 𝑑 [$]

𝐼𝑁𝑆𝑇𝐴𝐿𝑑 – Custo de instalação total da área 𝑑 [$]

𝐻𝑑 – Custo de estocagem da soja dos armazéns por período [$/grão.período]

𝑀𝑑 – Custo de manuseio da soja no porto por período [$/grão.período]

𝐹𝑑 – Custo fixo de instalação de uma nova área de armazenagem 𝑑 [$]

𝛽 – Fator limitador do fluxo de entrada em uma área de armazenagem

[adimensional]

4. Formulação Matemática

min 𝐶𝑡 (1)

𝐶𝑡 = ∑ [𝐻𝑂𝐿𝐷(𝑑) + 𝐼𝑁𝑆𝑇𝐴𝐿(𝑑) + 𝑀𝐴𝑁𝑈𝑆(𝑑)]𝑑 (2)

𝐻𝑂𝐿𝐷𝑑 = 𝐻𝑑 ∗ Λ𝑑 ; ∀𝑑 (3)

𝑀𝐴𝑁𝑈𝑆𝑑 = 𝑀𝑑 ∗ (𝜆𝑑𝑓

+ 𝜆𝑐𝑑) ; ∀𝑑 (4)

𝐼𝑁𝑆𝑇𝐴𝐿(𝑑) = ∑ 𝐹𝑑 ⋅𝜆𝑑

𝑓+𝜆𝑐

𝑑

2Λd ; ∀𝑑𝑑 (5)

Λ𝑑 =𝜆𝑑

𝑓+ 𝜆𝑐

𝑑

2

𝑋𝑑 = 𝑋𝑜𝑑 + 𝜆𝑑𝑓

− 𝜆𝑐𝑑 ; ∀𝑑

𝑋𝑑 ≤ 𝐶𝑑 ; ∀𝑑

𝜆𝑐𝑓

∗ 𝛽 ≤ 𝐶𝑑 ; ∀ 𝑑

𝑂 = ∑ 𝜆𝑑𝑓

𝑑

𝐷 = ∑ 𝜆𝑐𝑑

𝑑

0 ≤ 𝜆𝑑𝑓

≤ 1019

0 ≤ 𝜆𝑐𝑑 ≤ 1019

0 ≤ 𝑋𝑑 ≤ 1019

5. Modelo Computacional

5.1. Modelo genérico

Inicialmente foi criado um modelo genérico para a verificação da modelagem

matemática. Para ele foram considerados valores aleatórios de custo, demanda, oferta

Page 19: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

11

e capacidade. Considerou-se também que a área de estocagem d possui no máximo 15

silos. Tal valor deve ser adaptado para aplicabilidade a um estudo de caso real.

Dados de entrada do modelo:

5 silos de armazenagem já existentes

15 silos de armazenagem máximos após expansão

Custo de estocagem H = 50 $ para todos

Custo de instalação F = 100.000.000 $ para todos

Custo de manuseio M = 10 $ para todos

Beta = 0,3

Estoque inicial = 0 para todos

Capacidade máxima = 10.000 para todos

Oferta = Demanda = 250.000

O modelo gerado encontra-se no ANEXO I.

5.2. Análise do resultado do modelo genérico

O relatório gerado pelo LINGO® encontra-se no Anexo III.

O modelo alcançou um resultado ótimo. Ele nos forneceu um custo total de

$315.000.000. Este valor tem pouca importância para a validação, visto que os dados

de entrada são completamente hipotéticos. Contudo, visto que o custo de instalação de

um novo silo foi dado como $100.000.000 o valor encontrado parece razoável.

Analisando agora os fluxo resultantes.

A( 1) 33333.33 0.000000

A( 2) 33333.33 0.000000

A( 3) 33333.33 0.000000

A( 4) 33333.33 0.000000

A( 5) 33333.33 0.000000

A( 6) 33333.33 0.000000

A( 7) 0.000000 0.000000

A( 8) 33333.33 0.000000

A( 9) 16666.67 0.000000

A( 10) 0.000000 0.000000

A( 11) 0.000000 0.000000

A( 12) 0.000000 0.000000

A( 13) 0.000000 0.000000

A( 14) 0.000000 0.000000

A( 15) 0.000000 0.000000

Page 20: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

12

O principal resultado do modelo é o quanto o porto deve expandir sua

capacidade para atender uma futura demanda. Observa-se nos resultados do modelo

que foram necessários três silos além dos cinco já existentes para atender toda a oferta

das fábricas.

O valor 33.333,33 encontrado para fluxo médio vem da limitação do fluxo de

entrada pelo fator 𝛽, o que mostra que a condição de contorno está atuando

corretamente.

Observando agora os resultados dos custos de instalação:

INSTAL( 1) 0.1000000E-04 0.000000

INSTAL( 2) 0.1000000E-04 0.000000

INSTAL( 3) 0.1000000E-04 0.000000

INSTAL( 4) 0.1000000E-04 0.000000

INSTAL( 5) 0.1000000E-04 0.000000

INSTAL( 6) 0.1000000E+09 0.000000

INSTAL( 7) 0.000000 0.000000

INSTAL( 8) 0.1000000E+09 0.000000

INSTAL( 9) 0.1000000E+09 0.000000

INSTAL( 10) 0.000000 0.000000

INSTAL( 11) 0.000000 0.000000

INSTAL( 12) 0.000000 0.000000

INSTAL( 13) 0.000000 0.000000

INSTAL( 14) 0.000000 0.000000

INSTAL( 15) 0.000000 0.000000

Pode-se ver que o valor do custo de instalação para os cinco primeiros silos foi

dado como $ 0,00001, enquanto o dos novos silos foi dado como $ 100.000.000. Isso

nos mostra que o recurso sugerido no item 3.2.3. de fato funcionou adequadamente no

modelo.

O modelo genérico apresentou-se adequado e pronto para ser aplicado a um

caso real.

6. Estudo de caso

6.1. Introdução

Como apresentado inicialmente, utilizou-se o framework de uma cadeia de

suprimentos de três níveis no processo de decisão da expansão da capacidade de

Page 21: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

13

estoque de granel de um porto, mais especificamente da capacidade de

armazenamento de soja do porto de Itaqui – Maranhão.

6.2. Uma visão geral – Soja no Brasil

A soja, cujo nome é originária da palavra japonesa shoyo, é um grão

originalmente oriental, rico em proteínas, cultivado tanto para humanos quanto para

animais. Pertencente à família Fabaceae (assim como feijão, lentinha, ervilha) ela é

amplamente empregada na alimentação, principalmente na indústria de óleos

comestíveis.

O óleo de soja é o mais utilizado pela população mundial no preparo de

alimentos. Também é extensivamente usado em rações animais. Outros produtos

derivados da soja incluem óleos, farinha, sabão, cosméticos, resinas, tintas, solventes

e biodiesel.

A soja é reconhecida como uma das mais antigas plantas cultivadas no planeta,

sendo conhecida e explorada no Oriente há mais de cinco mil anos. Apesar disso, foi

ignorada pelo Ocidente até a segunda década do século vinte, quando os Estados

Unidos da América iniciaram sua exploração comercial, inicialmente como forrageira

(destinada para alimentação de gado) e posteriormente como grão. Em 1940, no auge

do seu cultivo como forrageira, foram cultivados, neste país, cerca de dois milhões de

hectares com tal propósito.

Em 1941, a área cultivada para grãos superou a para forragem, cujo cultivo

declinou até desaparecer em meados dos anos 60, enquanto a área cultivada para

produção de grãos crescia exponencialmente não só nos EUA como no Brasil,

Argentina, entre outros.

Em 2003, o Brasil figura como o segundo produtor mundial, responsável por 52,

das 194 milhões de toneladas produzidas em nível global ou 26,8% da safra mundial.

Segundo dados da USDA (United States Department of Agriculture), na safra

2011/2012, a produção mundial de soja foi de 236,38 milhões de toneladas, sendo

desses 65,50 milhões de toneladas produzidas no Brasil. Neste período o Brasil

exportou 36,70 milhões de toneladas, se tornando o maior exportador mundial de soja

em grão.

6.3. O porto de Itaqui

O porto de Itaqui é um porto brasileiro localizado na cidade de São Luiz, no

estado do Maranhão. Ele está localizado no interior da Baía de São Marcos e seu acesso

hidroviário não conta com formação de barra. O canal de acesso possui uma

profundidade natural mínima de 27 metros e largura de aproximadamente 1,8 km.

Page 22: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

14

Figura 4 – Vista superior do Porto de Itaqui (Google Maps)

Figura 5 – Localização do porto de Itaqui (Google Maps)

Infraestrutura do Porto

Dimensões do Porto

Área Primária Alfandegada: 174.000 m2.

Profundidade do cais: 9m-19m

Comprimento da faixa contínua de cais: 1.197m

Comprimento do berço de exclusivo de derivados: 420m

Page 23: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

15

Infraestrutura operacional

1.616m de cais acostável com profundidade variando de 9m a 19m;

6 berços de atracação;

Sendo 1 exclusivo para líquidos e 5 tipo multiuso.

Principais cargas embarcadas

Alumínio, cobre, etanol, ferro-gusa, soja e farelo.

Principais cargas importadas

Antracita, arroz, cargas de projeto, calcário, fertilizante, fluoreto, GLP,

óleo vegetal, trigo, trilhos e derivados de petróleo.

Canal de acesso

Baía de São Marcos

Largura: 1.800m

Profundidade: 30m

Equipamentos

4 empilhadeiras (reach stackers) para movimentação de contêineres;

4 guindastes multiuso sobre rodas

40 tomadas para fornecimento de energia elétrica a contêineres reefers;

20 empilhadeiras de garfo.

Armazenagem

4 silos verticais para grãos com capacidade de 12.000 t;

1 armazém de grãos com capacidade de 8.000 t;

310 mil m³ em tanques e esferas para armazenagem de líquidos.

Dados para análise:

Será considerado que dos 4 silos verticais para grãos com capacidade de

12.000t, 2 são dedicados para a armazenagem de soja.

6.3.1. A exportação de soja pelo Porto de Itaqui

A soja que escoa pelo porto é proveniente não só de produtores maranhenses

mas também como do norte do Mato Grosso, Tocantins e Piauí.

Os dados abaixo mostram como a exportação via Maranhão tem crescido nos

últimos anos.

Tabela 1 – Exportações anuais do Porto Itaqui (fonte: ANEC)

Ano Exportações (ton)

2008 1.440.976,00

Page 24: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

16

2009 1.750.853,00

2010 2.063.214,00

2011 2.514.376,00

2012 2.750.687,00

2013 2.974.624,00

Considerando o crescimento das exportações linear, estimaram-se as

exportações nos anos seguintes. O gráfico 1 mostra a regressão linear realizada com a

ferramenta Excel e a expressão de sua função linearizada.

Gráfico 1 – Tendência linear das exportações de soja do Porto de Itaqui

O gráfico 2, por sua vez, apresenta a estimativa das exportações, segundo esta

análise de linear, até o ano de 2018.

Gráfico 2 – Estimativa da exportação do porto para 2018

-

500.000,00

1.000.000,00

1.500.000,00

2.000.000,00

2.500.000,00

3.000.000,00

3.500.000,00

4.000.000,00

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Exportação de soja por ano

2.974.624,00

4.631.743,95

-

500.000,00

1.000.000,00

1.500.000,00

2.000.000,00

2.500.000,00

3.000.000,00

3.500.000,00

4.000.000,00

4.500.000,00

5.000.000,00

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Exportação de soja por ano

Page 25: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

17

Esta aproximação nos dá uma estimativa de aproximadamente 4,63 milhões de

toneladas exportadas em soja em 2018. Este valor será a base do nosso estudo de

expansão do porto.

6.3.2. Estimativa de custos do Porto de Itaqui

Custo de estocagem

O custo de estocagem 𝐻𝑑, para o Porto de Itaqui, foi adotado como sendo a taxa

para armazenagem de mercadorias embarcadas em navegações de longo curso por

tonelada, no primeiro mês ou fração.

Para tal, foi considerado que nenhuma carga ficou mais do que um mês nos silos

de armazenagem.

Foi obtido o seguinte valor, em reais:

𝐻𝑑 = 0,98 R$/ton

Custo de manuseio

O custo de manuseio 𝑀𝑑, para o Porto de Itaqui, foi adotado como sendo o

somatório das seguintes taxas, todas por tonelada:

Utilização da infraestrutura de proteção e acesso aquaviário: 1,93 R$/ton

Utilização da infraestrutura terrestre: 1,88 R$/ton

Utilização do descarregador pneumático de 200 ton/hora: 0,99 R$/ton

Estes valores foram obtidos no site do Porto de Itaqui (Porto de Itaqui, 2014)

somando, em reais:

𝑀𝑑 = 4,80 R$/ton

Custo de instalação

Segundo uma construtora de armazéns graneleiros apud Renata Ferrari

[FERRARI, 2006], o preço padrão adotado pelo mercado para construção de armazém

é de US$ 45,00 por tonelada. Convertendo para real, segundo valor do dólar comercial

de 27/03/2014 de 2,26 R$, tem-se o custo de R$ 101,70 por tonelada de soja a ser

armazenada.

Logo, para o silo de 12.000 toneladas:

𝐹𝑑 = 1.220.400,00 R$

6.3.3. Estimativa do fator 𝜷 para o porto de Itaqui

Em 2013, a exportação de soja pelo porto totalizou 2.974.624 toneladas de soja.

Considerando 2 silos como dedicados a armazenagem de soja, supõe-se que cada silo

armazenou 1.487.312 de toneladas.

Como cada silo possui 12.000 t de capacidade, calcula-se que o fator 𝛽 será:

Page 26: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

18

𝛽 =12.000

1.487.312= 0,00807

7. Modelo computacional aplicado ao

estudo de caso

Baseado nas informações obtidas no item 5 do presente relatório, o modelo

computacional genérico criado foi adaptado para a realidade a ser estudada. Este é

apresentado no ANEXO II.

8. Análise do resultado da otimização do

modelo aplicado ao Porto de Itaqui

O relatório completo gerado pelo LINGO® encontra-se no Anexo II.

A análise do relatório será feita sob três aspectos:

Alocação de fluxo dentre as áreas de estocagem

A necessidade da abertura de um novo silo de estocagem

Custo total minimizado

8.1. Alocação do fluxo dentre as áreas de estocagem

O fluxo de entrada e saída das áreas de estocagem 𝑑 são:

Tabela 2 – Fluxo de entrada e saída de carga nos silos

Área de estocagem 𝑑 𝜆𝑑𝑓 = LAMBF (toneladas) 𝜆𝑐

𝑑 = LAMBC (toneladas)

1 1486958,0 1486958,0

2 171149,6 171149,6

14 1486958,0 1486958,0

15 1486958,0 1486958,0

Pode-se notar que as condições de contorno de balanço de material no silo (7,

8), junto com a imposição da oferta e demanda como somatório dos fluxos de entrada

e saída (10, 11) e da impossibilidade de existir estoque negativo (14) condicionaram os

Page 27: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

19

fluxos de entrada e saída de cada área de carga a serem iguais, gerando um estoque

final zero. Isto só ocorreu pois foi estabelecido como dado de entrada que a oferta 𝑂 e

a demanda 𝐷 possuíam valores iguais.

O fluxo de 1.486.958 toneladas de soja nos silos 1, 14 e 15 deve-se à condição

de contorno 9, que estabelece um limite máximo de entrada de soja durante o período

de 1 ano por meio do fator 𝛽, que foi definido como 0,00807 para o porto de Itaqui.

Outra observação pertinente é o fato do silo 2, que já existia no porto, ter sido

subutilizado enquanto os dois silos novos terem sido utilizados até seu limite máximo.

Como nem a função objetivo nem as condições de contorno estabelecem uma diferença

de custo na utilização de um silo ou outro, para o modelo é indiferente a quantidade de

carga movimentada em cada um, desde que o somatório seja o mesmo e a mesma

quantidade de novos silos sejam abertos.

8.2. A necessidade de abertura de novos silos de

armazenagem

Como pode ser facilmente observado no relatório do modelo e na Tabela 2, a

demanda superou a capacidade máxima dos dois silos já existentes fazendo necessária

a abertura de dois novos silos. Este é o principal resultado do estudo.

Como será discutido posteriormente neste relatório, a imprecisão das

estimativas realizadas na obtenção dos dados de entrada, assim como a falta de meios

de obtenção de uma estimativa mais segmentada dos custos operacionais e de

instalação das áreas de estocagem, não permitem que se afirme com segurança que o

Porto de Itaqui deve, realmente, expandir sua área de estocagem em dois silos de 12

mil toneladas de capacidade.

Porém, considerando que o estudo tem como objetivo apresentar o modelo da

cadeia de suprimentos como um framework para a otimização da expansão da área de

armazenagem de um porto, pode-se afirmar que este objetivo foi atingido.

8.3. Custo total minimizado

O modelo apresentou o seguinte resultado para a variável a ser minimizada: o

custo total.

𝐶𝑇 = 𝑅$ 51.440.000,00

O valor de aproximadamente 51,5 milhões de reais representa a soma do custo

de armazenagem e manuseio de 4,63 milhões de toneladas de soja no ano de 2018

somados do custo de instalação de dois silos de 12 mil toneladas de capacidade.

Page 28: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

20

No item 8.2 já foi citada a imprecisão dos dados de entrada e esta discussão

será aprofundada posteriormente. Porém, já fica claro que este resultado possui pouco

valor de análise para o presente estudo. Além disso, este valor agregado de custo

operacional e de instalação dos silos é dificilmente encontrado na literatura, de modo

que uma comparação do valor obtido pelo modelo com um real.

Entretanto, ele deve ser citado como um resultado importante. Se fosse o caso

de um projeto de consultoria, onde o desenvolvedor do estudo tivesse acesso a

informações, tais como, o fluxo de caixa detalhado do porto durante certo período,

certamente um valor preciso poderia ser obtido.

9. Outras análises e ponderações

9.1. Imprecisão dos dados de entrada

No item 1 – Introdução – do presente relatório, apresenta-se como objetivo do

estudo a análise de como o framework de uma cadeia de suprimentos de três níveis

pode ser adaptado para apoiar o processo de decisão da expansão de capacidade de

armazenamento de carga granel de um porto.

Tendo em vista este objetivo e o caráter acadêmico do projeto, certa liberdade

para a estimativa superficial de dados de entrada do modelo foi considerada aceita.

Entre tais aberturas, tem-se:

O valor da demanda de soja em Itaqui foi estimado desconsiderando

fatores macroeconômicos que podem influenciar numa redução de

crescimento da exportação da soja brasileira;

Os valores do custo de armazenagem e de manuseio foram obtidos a

partir de taxas cobradas aos proprietários da carga movimentada pelo

porto. Valores estes que, obviamente, possuem uma porcentagem

desconhecida destinada para o lucro do porto;

O fator 𝛽 é estimado sem considerar a taxa de ocupação, que é

desconhecida, dos silos de soja existentes neste ano;

O custo de instalação foi determinado utilizando uma relação obtida em

e cuja base estatística usada para geração de tal valor é desconhecida.

Fica claro que, praticamente todos os valores utilizados como dados de entrada

são frutos de uma estimativa fraca, consequente do não acesso a informações mais

reais por parte do autor. Assim, pode-se afirmar que, quantitativamente, os valores

encontrados para o custo e para o quanto o armazém deve expandir são imprecisos.

Page 29: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

21

Entretanto, o objetivo do projeto de criar um modelo matemático que auxiliasse no

processe de decisão foi atingido.

9.2. Imprecisão do modelo

No desenvolvimento de um modelo matemático de otimização, faz-se necessário

ter em mente que tipo de informações estarão disponíveis para análise. Pouco adianta

desenvolver um modelo cujos inputs são impossíveis de serem obtidos ou até mesmo

estimados. Por outro lado, o modelo deve se aproximar o tanto quanto viável da

representação da realidade, mesmo que isso envolva certo esforço na

obtenção/estimativa de certos dados de input.

No presente projeto, a falta de acesso a informações detalhadas dos custos

operacionais do porto exigiram que o projetista considera-se estes como uma

composição de custo de estocagem e de manuseio, o que como visto no item 9.1 agrega

um erro quantitativo ao resultado.

9.3. Algumas outras possíveis aplicações

O princípio da aplicação de uma cadeia de suprimentos na otimização de um

processo interno de um porto pode ser adaptado para outros estudos de casos, como:

Otimização da expansão dos berços de atracagem de navios (𝑐) ou da

área de recepção da carga por via terrestre (𝑓);

Minimização do custo de operação da oficina de pintura de blocos curvos

de um estaleiro;

Otimizar a distribuição de espaço reservado para a armazenagem de

diferentes tipos de carga granel no porto, visando maximização do lucro;

Estas são três, dentro de um infinito de possibilidades de aplicação do princípio

apresentado dentro das diversas áreas da industrial naval e de transporte marítimo. O

importante é ter em mente que para cada aplicação, um novo modelo com novas

condições de contorno devem ser planejado.

Além disso, dentro do mesmo contexto do presente relatório, diferentes objetivos

poderiam ser alcançados como pequenas modificações no modelo. Entre elas, a

consideração de múltiplos períodos de tempo, aplicar o balanço de fluxo de carga

também nas estações 𝑓 e 𝑐 da cadeia de suprimentos, e aumentar o número de níveis

de três para cinco, seis, ou até mais. Estas alterações dependendo principalmente do

nível de detalhamento desejado para o estudo e do conjunto de dados disponíveis para

a análise.

Page 30: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

22

10. Considerações finais

O estudo das aplicações do framework de cadeia de suprimentos torna-se cada

vez mais importante com o aumento da complexidade do processo de distribuição de

produtos industrializados em todo mundo. Junto, cresce o estudo por novos métodos de

otimização visando redução de custos de transporte, armazenagem e etc.

Este é apenas um caso de tecnologia desenvolvida para uma certa indústria que

pode ser adaptada e utilizada para a aplicações na indústria de construção naval e de

transporte marítimo.

O autor considera o objetivo do presente projeto alcançado, visto que mesmo

com as incertezas provenientes das estimativas necessárias, os resultados encontrados

encontram-se coerentes com o esperado, ratificando a validade do estudo.

Page 31: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

23

Revisão Bibliográfica

COSTA, J. C., RODRIGUEZ, J. B., LADEIRA, W. J., 2005. “A gestão da cadeia de

suprimentos : teoria e prática.” In XXV Encontro Nacional de Engenharia de

Produçao (pp. 691–698). Porto Alegre, RS, Brasil.

DAMBROSIO, M. A., REDIVO, A., 2009. “Custos Da Padronização E Armazenagem Da

Soja Em Armazém Próprio No Município De Sorriso/Mt”. Revista Contabilidade &

Amazônia, 118–133.

FERRARI, R. C., 2006. “Utilização de modelo matemático de otimização para

identificação de locais para instalação de unidades armazenadoras de soja no

estado do Mato Grosso.” Universidade de São Paulo.

GIOVINE, H., 2010. “Estudo sobre processos de armazenagem de grãos – um estudo

de caso - região de francisco Beltrão” - PR, 139–152.

LOPES, H., PONTES, J., 2009. “Problemas logísticos na exportação brasileira da soja

em grão”, 4.

MARTINS, R. S., PRATI, C. A., CONTE, H., 2005. “Decisões Estratégicas na Logística

do Agronegócio : Compensação de Custos Transporte-Armazenagem para a Soja

no Estado do Paraná”, 53–78.

PARK, C. S., NOH, Y. D.,1987. “An interactive port capacity expansion simulation

model.” Engineering Costs and Production Economics, 109–124.

Porto de Itaqui. (2014). Tarifas. Disponível em:

<http://www.emap.ma.gov.br/portoitaqui/operacoes-portuarias/tarifas/40983%3B69438

%3B1319%3B0%3B0.asp> Acesso em: 12 de Abril, 2014. TANCREZ, J. S., LANGE, J. C., SEMAL, P., 2012. “A location-inventory model for large

three-level supply chains.” , 48(2), 485–502.

Wikipédia. (2013). Gestão da cadeia de suprimentos. Disponível em: <

http://pt.wikipedia.org/wiki/Gestao_da_cadeia_de_suprimentos.> Acesso em: 12

de Janeiro, 2014.

Page 32: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

24

Anexo I – Modelo computacional genérico

MODEL:

!MODELO DE OTIMIZAÇÃO DA EXPANSÃO DE UM PORTO DENTRO USANDO O

FRAMEWORK

DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS DE TRÊS NÍVEIS DE PERÍODO ÚNICO;

SETS:

s/1..15/: HOLD, INSTAL, MANUS, !agrupador de custo por unidade de

armazenagem;

H, F, M, !variaveis de custo (armazenagem,

instalação e manuseio);

lambf, lambc, !fluxo;

A, X, Xo, C; !fluxo médio, estoque, estoque

inicial, capacidade máxima de estoque;

ENDSETS

DATA: !Inputs ao sistema;

H = 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50;

F = 0.00001 0.00001 0.00001 0.00001 0.00001 100000000 100000000

100000000 100000000 100000000 100000000 100000000 100000000 100000000

100000000 ;

M = 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10;

C = 10000 10000 10000 10000 10000 10000 10000 10000 10000 10000

10000 10000 10000 10000 10000;

Xo = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0;

O = 250000; !Oferta;

D = 250000; !Demanda;

Beta = 0.3;

ENDDATA

!funcao objetivo;

MIN = Ct;

Page 33: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

25

Ct = @SUM(s(i): HOLD(i) + INSTAL(i) + MANUS(i));

@FOR(s(i): HOLD(i)=H(i)*A(i));

@FOR(s(i): INSTAL(i)=F(i)*(lambf(i)+lambc(i))/(2*A(i)));

@FOR(s(i): MANUS(i)=M(i)* (lambf(i)+lambc(i)));

@FOR(s(i): A(i)=(lambf(i)+lambc(i))/2);

@FOR(s(i): X(i)=(Xo(i)+lambf(i)-lambc(i)));

@FOR(s(i): X(i)<=C(i));

@FOR(s(i): lambf(i)*Beta<=C(i));

O = @SUM(s(i):lambf(i));

D = @SUM(s(i):lambc(i));

@FOR(s(i): @BND(0,lambf(i), 1E19));

@FOR(s(i): @BND(0,lambc(i), 1E19));

@FOR(s(i): @BND(0,X(i), 1E19));

END

Page 34: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

26

Anexo II – Modelo computacional aplicado ao Porto

de Itaqui

MODEL:

!MODELO DE OTIMIZAÇÃO DA EXPANSÃO DE UM PORTO DENTRO USANDO O

FRAMEWORK

DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS DE TRÊS NÍVEIS DE PERÍODO ÚNICO;

SETS:

s/1..15/: HOLDING, INSTAL, MANUS, !agrupador de custo por unidade de

armazenagem;

H, F, M, !variaveis de custo (armazenagem,

instalação e manuseio);

lambf, lambc, !fluxo;

A, X, Xo, C; !fluxo médio, estoque, estoque

inicial, capacidade máxima de estoque;

ENDSETS

DATA: !Inputs ao sistema;

H = 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98 0.98

0.98 0.98 ;

F = 0.00001 0.00001 1220400 1220400 1220400 1220400 1220400 1220400

1220400 1220400 1220400 1220400 1220400 1220400 1220400 ;

M = 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 4.8 ;

C = 12000 12000 12000 12000 12000 12000 12000 12000 12000 12000

12000 12000 12000 12000 12000 ;

Xo = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0;

O = 4631744; !Oferta;

D = 4631744; !Demanda;

Beta = 0.00807;

ENDDATA

!funcao objetivo;

MIN = Ct; !(1);

Page 35: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

27

Ct = @SUM(s(i): HOLDING(i) + INSTAL(i) + MANUS(i)); !(2);

@FOR(s(i): HOLDING(i)=H(i)*A(i)); !(3);

@FOR(s(i): MANUS(i)=M(i)*(lambf(i)+lambc(i)));

!(4);

@FOR(s(i): INSTAL(i)=F(i)*(lambf(i)+lambc(i))/(2*A(i))); !(5);

@FOR(s(i): A(i)=(lambf(i)+lambc(i))/2); !(6);

@FOR(s(i): X(i)=(Xo(i)+lambf(i)-lambc(i))); !(7);

@FOR(s(i): X(i)<=C(i)); !(8);

@FOR(s(i): lambf(i)*Beta<=C(i)); !(9);

O = @SUM(s(i):lambf(i)); !(10);

D = @SUM(s(i):lambc(i)); !(11);

@FOR(s(i): @BND(0,lambf(i), 1E19)); !(12);

@FOR(s(i): @BND(0,lambc(i), 1E19)); !(13);

@FOR(s(i): @BND(0,X(i), 1E19)); !(14);

END

Page 36: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

28

Anexo III – Resultado da otimização do modelo

genérico

Local optimal solution found.

Objective value: 0.3150000E+09

Total solver iterations: 595

Variable Value Reduced Cost

O 250000.0 0.000000

D 250000.0 0.000000

FATOR 0.3000000 0.000000

CT 0.3150000E+09 0.000000

HOLDING( 1) 1666667. 0.000000

HOLDING( 2) 1666667. 0.000000

HOLDING( 3) 1666667. 0.000000

HOLDING( 4) 1666667. 0.000000

HOLDING( 5) 1666667. 0.000000

HOLDING( 6) 1666667. 0.000000

HOLDING( 7) 0.000000 0.000000

HOLDING( 8) 1666667. 0.000000

HOLDING( 9) 833333.3 0.000000

HOLDING( 10) 0.000000 0.000000

HOLDING( 11) 0.000000 0.000000

HOLDING( 12) 0.000000 0.000000

HOLDING( 13) 0.000000 0.000000

HOLDING( 14) 0.000000 0.000000

HOLDING( 15) 0.000000 0.000000

INSTAL( 1) 0.1000000E-04 0.000000

INSTAL( 2) 0.1000000E-04 0.000000

INSTAL( 3) 0.1000000E-04 0.000000

INSTAL( 4) 0.1000000E-04 0.000000

INSTAL( 5) 0.1000000E-04 0.000000

INSTAL( 6) 0.1000000E+09 0.000000

INSTAL( 7) 0.000000 0.000000

INSTAL( 8) 0.1000000E+09 0.000000

INSTAL( 9) 0.1000000E+09 0.000000

Page 37: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

29

INSTAL( 10) 0.000000 0.000000

INSTAL( 11) 0.000000 0.000000

INSTAL( 12) 0.000000 0.000000

INSTAL( 13) 0.000000 0.000000

INSTAL( 14) 0.000000 0.000000

INSTAL( 15) 0.000000 0.000000

MANUS( 1) 333333.3 0.000000

MANUS( 2) 333333.3 0.000000

MANUS( 3) 333333.3 0.000000

MANUS( 4) 333333.3 0.000000

MANUS( 5) 333333.3 0.000000

MANUS( 6) 333333.3 0.000000

MANUS( 7) 0.000000 0.000000

MANUS( 8) 333333.3 0.000000

MANUS( 9) 166666.7 0.000000

MANUS( 10) 0.000000 0.000000

MANUS( 11) 0.000000 0.000000

MANUS( 12) 0.000000 0.000000

MANUS( 13) 0.000000 0.000000

MANUS( 14) 0.000000 0.000000

MANUS( 15) 0.000000 0.000000

H( 1) 50.00000 0.000000

H( 2) 50.00000 0.000000

H( 3) 50.00000 0.000000

H( 4) 50.00000 0.000000

H( 5) 50.00000 0.000000

H( 6) 50.00000 0.000000

H( 7) 50.00000 0.000000

H( 8) 50.00000 0.000000

H( 9) 50.00000 0.000000

H( 10) 50.00000 0.000000

H( 11) 50.00000 0.000000

H( 12) 50.00000 0.000000

H( 13) 50.00000 0.000000

H( 14) 50.00000 0.000000

H( 15) 50.00000 0.000000

F( 1) 0.1000000E-04 0.000000

F( 2) 0.1000000E-04 0.000000

F( 3) 0.1000000E-04 0.000000

F( 4) 0.1000000E-04 0.000000

F( 5) 0.1000000E-04 0.000000

Page 38: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

30

F( 6) 0.1000000E+09 0.000000

F( 7) 0.1000000E+09 0.000000

F( 8) 0.1000000E+09 0.000000

F( 9) 0.1000000E+09 0.000000

F( 10) 0.1000000E+09 0.000000

F( 11) 0.1000000E+09 0.000000

F( 12) 0.1000000E+09 0.000000

F( 13) 0.1000000E+09 0.000000

F( 14) 0.1000000E+09 0.000000

F( 15) 0.1000000E+09 0.000000

M( 1) 10.00000 0.000000

M( 2) 10.00000 0.000000

M( 3) 10.00000 0.000000

M( 4) 10.00000 0.000000

M( 5) 10.00000 0.000000

M( 6) 10.00000 0.000000

M( 7) 10.00000 0.000000

M( 8) 10.00000 0.000000

M( 9) 10.00000 0.000000

M( 10) 10.00000 0.000000

M( 11) 10.00000 0.000000

M( 12) 10.00000 0.000000

M( 13) 10.00000 0.000000

M( 14) 10.00000 0.000000

M( 15) 10.00000 0.000000

LAMBF( 1) 33333.33 0.000000

LAMBF( 2) 33333.33 0.000000

LAMBF( 3) 33333.33 0.000000

LAMBF( 4) 33333.33 0.000000

LAMBF( 5) 33333.33 0.000000

LAMBF( 6) 33333.33 0.000000

LAMBF( 7) 0.000000 0.000000

LAMBF( 8) 33333.33 0.000000

LAMBF( 9) 16666.67 0.000000

LAMBF( 10) 0.000000 0.000000

LAMBF( 11) 0.000000 0.000000

LAMBF( 12) 0.000000 0.000000

LAMBF( 13) 0.000000 0.000000

LAMBF( 14) 0.000000 0.000000

LAMBF( 15) 0.000000 0.000000

LAMBC( 1) 33333.33 0.000000

Page 39: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

31

LAMBC( 2) 33333.33 0.000000

LAMBC( 3) 33333.33 0.000000

LAMBC( 4) 33333.33 0.000000

LAMBC( 5) 33333.33 0.000000

LAMBC( 6) 33333.33 0.000000

LAMBC( 7) 0.000000 0.000000

LAMBC( 8) 33333.33 0.000000

LAMBC( 9) 16666.67 0.000000

LAMBC( 10) 0.000000 0.000000

LAMBC( 11) 0.000000 0.000000

LAMBC( 12) 0.000000 0.000000

LAMBC( 13) 0.000000 0.000000

LAMBC( 14) 0.000000 0.000000

LAMBC( 15) 0.000000 0.000000

A( 1) 33333.33 0.000000

A( 2) 33333.33 0.000000

A( 3) 33333.33 0.000000

A( 4) 33333.33 0.000000

A( 5) 33333.33 0.000000

A( 6) 33333.33 0.000000

A( 7) 0.000000 0.000000

A( 8) 33333.33 0.000000

A( 9) 16666.67 0.000000

A( 10) 0.000000 0.000000

A( 11) 0.000000 0.000000

A( 12) 0.000000 0.000000

A( 13) 0.000000 0.000000

A( 14) 0.000000 0.000000

A( 15) 0.000000 0.000000

X( 1) 0.000000 30.00000

X( 2) 0.000000 30.00000

X( 3) 0.000000 30.00000

X( 4) 0.000000 30.00000

X( 5) 0.000000 30.00000

X( 6) 0.000000 30.00000

X( 7) 0.000000 30.00000

X( 8) 0.000000 30.00000

X( 9) 0.000000 30.00000

X( 10) 0.000000 30.00000

X( 11) 0.000000 30.00000

X( 12) 0.000000 30.00000

Page 40: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

32

X( 13) 0.000000 30.00000

X( 14) 0.000000 30.00000

X( 15) 0.000000 30.00000

XO( 1) 0.000000 0.000000

XO( 2) 0.000000 0.000000

XO( 3) 0.000000 0.000000

XO( 4) 0.000000 0.000000

XO( 5) 0.000000 0.000000

XO( 6) 0.000000 0.000000

XO( 7) 0.000000 0.000000

XO( 8) 0.000000 0.000000

XO( 9) 0.000000 0.000000

XO( 10) 0.000000 0.000000

XO( 11) 0.000000 0.000000

XO( 12) 0.000000 0.000000

XO( 13) 0.000000 0.000000

XO( 14) 0.000000 0.000000

XO( 15) 0.000000 0.000000

C( 1) 10000.00 0.000000

C( 2) 10000.00 0.000000

C( 3) 10000.00 0.000000

C( 4) 10000.00 0.000000

C( 5) 10000.00 0.000000

C( 6) 10000.00 0.000000

C( 7) 10000.00 0.000000

C( 8) 10000.00 0.000000

C( 9) 10000.00 0.000000

C( 10) 10000.00 0.000000

C( 11) 10000.00 0.000000

C( 12) 10000.00 0.000000

C( 13) 10000.00 0.000000

C( 14) 10000.00 0.000000

C( 15) 10000.00 0.000000

Row Slack or Surplus Dual Price

1 0.3150000E+09 -1.000000

2 -0.9400537E-08 -1.000000

3 0.000000 -1.000000

4 0.000000 -1.000000

5 0.000000 -1.000000

6 0.000000 -1.000000

Page 41: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

33

7 0.000000 -1.000000

8 0.000000 -1.000000

9 0.000000 -1.000000

10 0.000000 -1.000000

11 0.000000 -1.000000

12 0.000000 -1.000000

13 0.000000 -1.000000

14 0.000000 -1.000000

15 0.000000 -1.000000

16 0.000000 -1.000000

17 0.000000 -1.000000

18 0.000000 -1.000000

19 0.000000 -1.000000

20 0.000000 -1.000000

21 0.000000 -1.000000

22 0.000000 -1.000000

23 0.000000 -1.000000

24 0.000000 -1.000000

25 0.000000 -1.000000

26 0.000000 -1.000000

27 0.000000 -1.000000

28 0.000000 -1.000000

29 0.000000 -1.000000

30 0.000000 -1.000000

31 0.000000 -1.000000

32 0.000000 -1.000000

33 0.000000 -1.000000

34 0.000000 -1.000000

35 0.000000 -1.000000

36 0.000000 -1.000000

37 0.000000 -1.000000

38 0.000000 -1.000000

39 0.000000 -1.000000

40 0.000000 -1.000000

41 0.000000 -1.000000

42 0.000000 -1.000000

43 0.000000 -1.000000

44 0.000000 -1.000000

45 0.000000 -1.000000

46 0.000000 -1.000000

47 0.000000 -1.000000

Page 42: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

34

48 0.000000 -60.00000

49 0.000000 -60.00000

50 0.000000 -60.00000

51 0.000000 -60.00000

52 0.000000 -60.00000

53 0.000000 2940.000

54 0.000000 -60.00000

55 0.000000 2940.000

56 0.000000 5940.000

57 0.000000 -60.00000

58 0.000000 -60.00000

59 0.000000 -60.00000

60 0.000000 -60.00000

61 0.000000 -60.00000

62 0.000000 -60.00000

63 0.000000 30.00000

64 0.000000 30.00000

65 0.000000 30.00000

66 0.000000 30.00000

67 0.000000 30.00000

68 0.000000 30.00000

69 0.000000 30.00000

70 0.000000 30.00000

71 0.000000 30.00000

72 0.000000 30.00000

73 0.000000 30.00000

74 0.000000 30.00000

75 0.000000 30.00000

76 0.000000 30.00000

77 0.000000 30.00000

78 10000.00 0.000000

79 10000.00 0.000000

80 10000.00 0.000000

81 10000.00 0.000000

82 10000.00 0.000000

83 10000.00 0.000000

84 10000.00 0.000000

85 10000.00 0.000000

86 10000.00 0.000000

87 10000.00 0.000000

88 10000.00 0.000000

Page 43: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

35

89 10000.00 0.000000

90 10000.00 0.000000

91 10000.00 0.000000

92 10000.00 0.000000

93 0.000000 0.000000

94 0.000000 0.000000

95 0.000000 0.000000

96 0.000000 0.000000

97 0.000000 0.000000

98 0.000000 0.000000

99 10000.00 0.000000

100 0.000000 0.000000

101 5000.000 0.000000

102 10000.00 0.000000

103 10000.00 0.000000

104 10000.00 0.000000

105 10000.00 0.000000

106 10000.00 0.000000

107 10000.00 0.000000

108 0.000000 0.000000

109 0.000000 60.00000

Page 44: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

36

Anexo IV – Resultado da otimização do modelo

aplicado ao Porto de Itaqui

Local optimal solution found.

Objective value: 0.5144465E+08

Total solver iterations: 27

Variable Value Reduced Cost

O 4631744. 0.000000

D 4631744. 0.000000

BETA 0.8070000E-02 0.000000

CT 0.5144465E+08 0.000000

HOLDING( 1) 1457219. 0.000000

HOLDING( 2) 167726.6 0.000000

HOLDING( 3) 0.000000 0.000000

HOLDING( 4) 0.000000 0.000000

HOLDING( 5) 0.000000 0.000000

HOLDING( 6) 0.000000 0.000000

HOLDING( 7) 0.000000 0.000000

HOLDING( 8) 0.000000 0.000000

HOLDING( 9) 0.000000 0.000000

HOLDING( 10) 0.000000 0.000000

HOLDING( 11) 0.000000 0.000000

HOLDING( 12) 0.000000 0.000000

HOLDING( 13) 0.000000 0.000000

HOLDING( 14) 1457082. 0.000000

HOLDING( 15) 1457082. 0.000000

INSTAL( 1) 0.1000000E-04 0.000000

INSTAL( 2) 0.1000000E-04 0.000000

INSTAL( 3) 0.000000 1.000000

INSTAL( 4) 0.000000 0.000000

INSTAL( 5) 0.000000 0.000000

INSTAL( 6) 0.000000 0.000000

INSTAL( 7) 0.000000 0.000000

INSTAL( 8) 0.000000 0.000000

INSTAL( 9) 0.000000 0.000000

INSTAL( 10) 0.000000 0.000000

INSTAL( 11) 0.000000 0.000000

Page 45: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

37

INSTAL( 12) 0.000000 0.000000

INSTAL( 13) 0.000000 0.000000

INSTAL( 14) 1220400. 0.000000

INSTAL( 15) 1220400. 0.000000

MANUS( 1) 0.1427480E+08 0.000000

MANUS( 2) 1643036. 0.000000

MANUS( 3) 0.000000 0.000000

MANUS( 4) 0.000000 0.000000

MANUS( 5) 0.000000 0.000000

MANUS( 6) 0.000000 0.000000

MANUS( 7) 0.000000 0.000000

MANUS( 8) 0.000000 0.000000

MANUS( 9) 0.000000 0.000000

MANUS( 10) 0.000000 0.000000

MANUS( 11) 0.000000 0.000000

MANUS( 12) 0.000000 0.000000

MANUS( 13) 0.000000 0.000000

MANUS( 14) 0.1427346E+08 0.000000

MANUS( 15) 0.1427346E+08 0.000000

H( 1) 0.9800000 0.000000

H( 2) 0.9800000 0.000000

H( 3) 0.9800000 0.000000

H( 4) 0.9800000 0.000000

H( 5) 0.9800000 0.000000

H( 6) 0.9800000 0.000000

H( 7) 0.9800000 0.000000

H( 8) 0.9800000 0.000000

H( 9) 0.9800000 0.000000

H( 10) 0.9800000 0.000000

H( 11) 0.9800000 0.000000

H( 12) 0.9800000 0.000000

H( 13) 0.9800000 0.000000

H( 14) 0.9800000 0.000000

H( 15) 0.9800000 0.000000

F( 1) 0.1000000E-04 0.000000

F( 2) 0.1000000E-04 0.000000

F( 3) 1220400. 0.000000

F( 4) 1220400. 0.000000

F( 5) 1220400. 0.000000

F( 6) 1220400. 0.000000

F( 7) 1220400. 0.000000

Page 46: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

38

F( 8) 1220400. 0.000000

F( 9) 1220400. 0.000000

F( 10) 1220400. 0.000000

F( 11) 1220400. 0.000000

F( 12) 1220400. 0.000000

F( 13) 1220400. 0.000000

F( 14) 1220400. 0.000000

F( 15) 1220400. 0.000000

M( 1) 4.800000 0.000000

M( 2) 4.800000 0.000000

M( 3) 4.800000 0.000000

M( 4) 4.800000 0.000000

M( 5) 4.800000 0.000000

M( 6) 4.800000 0.000000

M( 7) 4.800000 0.000000

M( 8) 4.800000 0.000000

M( 9) 4.800000 0.000000

M( 10) 4.800000 0.000000

M( 11) 4.800000 0.000000

M( 12) 4.800000 0.000000

M( 13) 4.800000 0.000000

M( 14) 4.800000 0.000000

M( 15) 4.800000 0.000000

LAMBF( 1) 1486958. 0.000000

LAMBF( 2) 171149.6 0.000000

LAMBF( 3) 0.000000 0.000000

LAMBF( 4) 0.000000 0.000000

LAMBF( 5) 0.000000 0.000000

LAMBF( 6) 0.000000 0.000000

LAMBF( 7) 0.000000 0.000000

LAMBF( 8) 0.000000 0.000000

LAMBF( 9) 0.000000 0.000000

LAMBF( 10) 0.000000 0.000000

LAMBF( 11) 0.000000 0.000000

LAMBF( 12) 0.000000 0.000000

LAMBF( 13) 0.000000 0.000000

LAMBF( 14) 1486818. 0.000000

LAMBF( 15) 1486818. 0.000000

LAMBC( 1) 1486958. 0.000000

LAMBC( 2) 171149.6 0.000000

LAMBC( 3) 0.000000 0.000000

Page 47: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

39

LAMBC( 4) 0.000000 0.9999990E+30

LAMBC( 5) 0.000000 0.9999990E+30

LAMBC( 6) 0.000000 0.9999990E+30

LAMBC( 7) 0.000000 0.9999990E+30

LAMBC( 8) 0.000000 0.9999990E+30

LAMBC( 9) 0.000000 0.9999990E+30

LAMBC( 10) 0.000000 0.9999990E+30

LAMBC( 11) 0.000000 0.9999990E+30

LAMBC( 12) 0.000000 0.9999990E+30

LAMBC( 13) 0.000000 0.9999990E+30

LAMBC( 14) 1486818. 0.000000

LAMBC( 15) 1486818. 0.000000

A( 1) 1486958. 0.000000

A( 2) 171149.6 0.000000

A( 3) 0.000000 0.000000

A( 4) 0.000000 0.000000

A( 5) 0.000000 0.000000

A( 6) 0.000000 0.000000

A( 7) 0.000000 0.000000

A( 8) 0.000000 0.000000

A( 9) 0.000000 0.000000

A( 10) 0.000000 0.000000

A( 11) 0.000000 0.000000

A( 12) 0.000000 0.000000

A( 13) 0.000000 0.000000

A( 14) 1486818. 0.000000

A( 15) 1486818. 0.000000

X( 1) 0.000000 5.290000

X( 2) 0.000000 5.290000

X( 3) 0.000000 5.290000

X( 4) 0.000000 0.4999995E+30

X( 5) 0.000000 0.4999995E+30

X( 6) 0.000000 0.4999995E+30

X( 7) 0.000000 0.4999995E+30

X( 8) 0.000000 0.4999995E+30

X( 9) 0.000000 0.4999995E+30

X( 10) 0.000000 0.4999995E+30

X( 11) 0.000000 0.4999995E+30

X( 12) 0.000000 0.4999995E+30

X( 13) 0.000000 0.4999995E+30

X( 14) 0.000000 5.290000

Page 48: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

40

X( 15) 0.000000 5.290000

XO( 1) 0.000000 0.000000

XO( 2) 0.000000 0.000000

XO( 3) 0.000000 0.000000

XO( 4) 0.000000 0.000000

XO( 5) 0.000000 0.000000

XO( 6) 0.000000 0.000000

XO( 7) 0.000000 0.000000

XO( 8) 0.000000 0.000000

XO( 9) 0.000000 0.000000

XO( 10) 0.000000 0.000000

XO( 11) 0.000000 0.000000

XO( 12) 0.000000 0.000000

XO( 13) 0.000000 0.000000

XO( 14) 0.000000 0.000000

XO( 15) 0.000000 0.000000

C( 1) 12000.00 0.000000

C( 2) 12000.00 0.000000

C( 3) 12000.00 0.000000

C( 4) 12000.00 0.000000

C( 5) 12000.00 0.000000

C( 6) 12000.00 0.000000

C( 7) 12000.00 0.000000

C( 8) 12000.00 0.000000

C( 9) 12000.00 0.000000

C( 10) 12000.00 0.000000

C( 11) 12000.00 0.000000

C( 12) 12000.00 0.000000

C( 13) 12000.00 0.000000

C( 14) 12000.00 0.000000

C( 15) 12000.00 0.000000

Row Slack or Surplus Dual Price

1 0.5144465E+08 -1.000000

2 -0.2980232E-07 -1.000000

3 0.000000 -1.000000

4 0.000000 -1.000000

5 0.000000 -1.000000

6 0.000000 -1.000000

7 0.000000 -1.000000

8 0.000000 -1.000000

Page 49: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

41

9 0.000000 -1.000000

10 0.000000 -1.000000

11 0.000000 -1.000000

12 0.000000 -1.000000

13 0.000000 -1.000000

14 0.000000 -1.000000

15 0.000000 -1.000000

16 0.000000 -1.000000

17 0.000000 -1.000000

18 0.000000 -1.000000

19 0.000000 -1.000000

20 0.000000 -1.000000

21 0.000000 -1.000000

22 0.000000 -1.000000

23 0.000000 -1.000000

24 0.000000 -1.000000

25 0.000000 -1.000000

26 0.000000 -1.000000

27 0.000000 -1.000000

28 0.000000 -1.000000

29 0.000000 -1.000000

30 0.000000 -1.000000

31 0.000000 -1.000000

32 0.000000 -1.000000

33 0.000000 -1.000000

34 0.000000 -1.000000

35 0.000000 0.000000

36 0.000000 -1.000000

37 0.000000 -1.000000

38 0.000000 -1.000000

39 0.000000 -1.000000

40 0.000000 -1.000000

41 0.000000 -1.000000

42 0.000000 -1.000000

43 0.000000 -1.000000

44 0.000000 -1.000000

45 0.000000 -1.000000

46 0.000000 -1.000000

47 0.000000 -1.000000

48 0.000000 -0.9800000

49 0.000000 -0.9800000

Page 50: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

42

50 0.000000 -0.9800000

51 0.000000 -0.9999990E+30

52 0.000000 -0.9999990E+30

53 0.000000 -0.9999990E+30

54 0.000000 -0.9999990E+30

55 0.000000 -0.9999990E+30

56 0.000000 -0.9999990E+30

57 0.000000 -0.9999990E+30

58 0.000000 -0.9999990E+30

59 0.000000 -0.9999990E+30

60 0.000000 -0.9999990E+30

61 0.000000 -0.1591868

62 0.000000 -0.1591868

63 0.000000 5.290000

64 0.000000 5.290000

65 0.000000 5.290000

66 0.000000 0.4999995E+30

67 0.000000 0.4999995E+30

68 0.000000 0.4999995E+30

69 0.000000 0.4999995E+30

70 0.000000 0.4999995E+30

71 0.000000 0.4999995E+30

72 0.000000 0.4999995E+30

73 0.000000 0.4999995E+30

74 0.000000 0.4999995E+30

75 0.000000 0.4999995E+30

76 0.000000 5.290000

77 0.000000 5.290000

78 12000.00 0.000000

79 12000.00 0.000000

80 12000.00 0.000000

81 12000.00 0.000000

82 12000.00 0.000000

83 12000.00 0.000000

84 12000.00 0.000000

85 12000.00 0.000000

86 12000.00 0.000000

87 12000.00 0.000000

88 12000.00 0.000000

89 12000.00 0.000000

90 12000.00 0.000000

Page 51: Um Modelo de Otimização para Expansão de Capacidade de Portos

43

91 12000.00 0.000000

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