Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

40
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Programa de Pós-Graduação Lato Senso em Business Intelligence Charles Cássio da Silva UM PAINEL DE INDICADORES GERENCIAIS PARA A LOGÍSTICA DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS Belo Horizonte 2015

description

Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação Lato Senso em BusinessIntelligence da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Business Intelligence.

Transcript of Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

Page 1: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Programa de Pós-Graduação Lato Senso em Business Intelligence

Charles Cássio da Silva

UM PAINEL DE INDICADORES GERENCIAIS PARA A LOGÍSTICA DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS

Belo Horizonte 2015

Page 2: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

Charles Cássio da Silva

UM PAINEL DE INDICADORES GERENCIAIS PARA A LOGÍSTICA DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS

Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação Lato Senso em Business Intelligence da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Business Intelligence. Orientadora: Patrícia Gomes França

Belo Horizonte 2015

Page 3: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

Charles Cássio da Silva

UM PAINEL DE INDICADORES GERENCIAIS PARA A LOGÍSTICA DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS

Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação Lato Senso em Business Intelligence da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Business Intelligence.

_____________________________________ Patrícia Gomes França (Orientadora) – PUC Minas

Belo Horizonte, 7 de abril de 2015

Page 4: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

RESUMO

Este trabalho realizou um estudo generalista da operação da indústria do petróleo e

gás (etapas de exploração, perfuração, extração e distribuição), sobretudo o que

tange as necessidades logísticas dessa indústria, detalhando e exibindo toda a rede

logística (cadeias de apoio logístico, suporte logístico e utilidades logísticas)

descritas na literatura, para que pudessem ser desenvolvidos indicadores gerenciais

para o monitoramento das atribuições do setor logístico para esse tipo de negócio.

Foram estudadas e detalhadas as atividades logísticas descritas na literatura de

maneira a entender todas as responsabilidades desse setor e, para cada atividade

que foi descrita no corpo teórico, foi desenvolvido um ou mais indicadores, que

juntos formam um modelo que pode ser usado, ajustado e estendido a fim de dar

suporte a gestores ou ferramentas de gestão e business intelligence que demandam

esse tipo de referência.

Palavras-chave: Indústria de Petróleo e Gás. Logística. Gerenciamento Logístico. Indicadores gerenciais. Operações Offshore.

Page 5: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

ABSTRACT

The document is a general study of the oil and gas industry operations (exploration,

drilling, extraction and distribution), mainly about the logistics necessary this subject.

It describe the hole knowledge existing in literature about oil and gas industry

logistics networks (apoio logístico - logistical support, suporte logístico - logistical

support - and utilidades logísticas - logistic utilities), using this manifest to create

management indicators in order support monitoring functions of this sector. It was

studied and detailed logistics activities described in existing literature to understand

responsibilities and then to develop a theoretical framework which proposes be used,

extended by managers, management tools or business intelligence tools that require

this kind of reference.

Keywords: Oil and Gas Industry. Logistics. Logistics Management. Management Indicators. Offshore Operations.

Page 6: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 7

1.1. Justificativa .................................................................................................................................... 7

1.2. Objetivos ........................................................................................................................................ 7

2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................................ 8

2.1. Business Intelligence e Gestão Empresarial ............................................................................ 8

2.2. Energia ........................................................................................................................................... 8

2.3. Petróleo .......................................................................................................................................... 8

2.4. Gás Natural .................................................................................................................................... 9

2.5. Operação ..................................................................................................................................... 10

2.5.1. Exploração ................................................................................................................................ 11

2.5.2. Perfuração ................................................................................................................................. 11

2.5.3. Extração ..................................................................................................................................... 13

2.6. Rede logística da Industria de P&G ......................................................................................... 14

2.6.1. Cadeias de Apoio logístico ..................................................................................................... 14

2.6.2. Cadeias de Suporte logístico ................................................................................................. 15

2.6.3. Cadeias de Utilidades Logísticas ........................................................................................... 16

2.7. Detalhamento das atividades logísticas .................................................................................. 17

2.7.1. Gestão de estoques ................................................................................................................. 17

2.7.2. Aquisição de bens e serviços ................................................................................................. 18

2.7.3. Recebimento de materiais ...................................................................................................... 19

2.7.4. Preservação de materiais armazenados .............................................................................. 20

2.7.5. Armazenamento de materiais ................................................................................................ 20

2.7.6. Movimentação de cargas ........................................................................................................ 21

2.7.7. Armazenagem e transporte de petróleo ............................................................................... 22

2.7.8. Gerenciamento de recursos e manutenção administrativa ............................................... 23

3. METODOLOGIA ........................................................................................................................... 24

4. EXPOSIÇÃO DA PESQUISA ..................................................................................................... 25

5. CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 39

5.1. Sugestões de estudo.................................................................................................................. 39

Page 7: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

7

1. INTRODUÇÃO

Sistemas Complexos de Produção (CoPS) são responsáveis por produtos ou sistemas intensivos em engenharia e de alto custo. Segundo (Donato, 2012), a indústria de petróleo e gás enquadra-se nesse perfil por possui grande número de componentes customizados, abrangência de conhecimentos, demanda de habilidades e intensidade de novos conhecimentos envolvidos na produção. Dessa forma, a logística que suporta esse tipo de sistema de produção também possui alto grau de complexidade e custo, sendo assim, seu estudo e desenvolvimento é fundamental para agregar eficiência e eficácia ao sistema. Segundo a principal associação mundial de profissionais de gestão de cadeias de abastecimento - Council of Supply Chain Management Professionals - (apud NOVAES, 2007, p. 35), “logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor”. São facilmente identificáveis, por exemplo, os desafios logísticos existentes para prover entrega de materiais, insumos e equipamentos para a extração de petróleo e gás em plataformas offshore (localizadas fora da terra), ou então, transporte e distribuição, por meio de modal naval ou duto-viário, desses recursos com alto potencial de nocividade ao meio ambiente.

1.1. Justificativa

Como foi explicitado, as operações logísticas da indústria do petróleo e gás, por envolver custos financeiros e riscos ambientais tão significativos, demandam excelência e geram impacto estratégico crítico, então, o estudo e desenvolvimento de métricas para alcançar essa excelência é uma parte importante da gestão e sucesso da indústria de petróleo e gás, já que, como um velho clichê atribuído a William Edwards Deming diz: “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia”.

1.2. Objetivos

Estudar a operação da indústria de petróleo e gás, onshore e offshore, sobretudo o que tange a logística necessária a esse tipo de negócio, e reunir métricas e desenvolver um painel de indicadores de performance gerencial que possa servir como referência para soluções analíticas de business Intelligence voltados para o setor ou, ainda, profissionais dessa indústria.

Page 8: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

8

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Business Intelligence e Gestão Empresarial

Segundo (BARBIERI, 2001), business intelligence pode ser entendido como sendo a utilização de várias fontes de informação para se definir estratégias de competitividade nos negócios da empresa. Os sistemas legados e os chamados ERPs (enterprise resource planning), sistemas de gestão corporativa integrados, apesar de fundamentais para a operação, geralmente, não disponibilizam informações gerenciais e estratégicas na sua forma mais funcional e aderente possível. Assim sendo, informações vitais para a tomada de decisão necessários à média e alta gerência, geralmente, estão distribuídas entre vários repositórios heterogênios e, assim sendo, iniciativas de B.I. tem exatamente essa finalidade: reunir esses dados transformando-os em repositórios estruturados que integram e disponibilizam informações de uma forma que atenda às necessidades desses níveis superiores de gerência.

2.2. Energia

Diferentes formas de energia, ao longo da história, tem provido as necessidades do homem e esse consumo aumenta à medida que o padrão de vida humano aumenta. Segundo (Donato, 2012), na pré-história estima-se que cada ser humano consumia 5 mil kcal/dia, o agricultor pós revolução neolítica passou a usar 10 mil kcal/dia, com a urbanização na idade média 26 mil kcal/dia e durante a era industrial o consumo era de 77 mil kcal/dia. Quando compramos e consumimos quaisquer tipos de bens e serviços isso implica consumo de energia de alguma forma, direta ou indireta, vinda de fontes como energia solar, hidrelétrica, eólica, nuclear, geotérmica, termelétrica (gerada por meio da combustão de, principalmente, petróleo, gás e carvão), etc.

2.3. Petróleo

O petróleo bruto é uma mistura de hidrocarbonetos encontrados em estado físico sólido e gasoso que é resultado de um processo de duração de milhões de anos no qual material orgânico se acumulou em rios, lagos, mares e oceanos, formando uma espessa e rica camada. A sedimentação subsequente sobre esta camada, a aplicação de calor e pressão produziu o material orgânico e transformando-o em petróleo. Segundo (HOLMAGER, 2014), as classes de petróleo bruto são geralmente diferenciadas pelo tamanho das moléculas de hidrocarbonetos. Por exemplo, o ‘petróleo leve’ contem hidrocarbonetos mais leves que fluem facilmente através de poços e dutos, produz uma grande quantidade de combustíveis utilizados no setor de transporte, tais como gasolina, diesel e combustível de aviação. ‘Petróleo pesado’ contendo hidrocarbonetos mais pesados, em contraste, requerem diluição adicional ou bombeamento para fluir através de dutos; quando refinado, produz proporcionalmente mais subprodutos utilizados para geração de energia térmica e uma quantidade menor de combustíveis para transporte. Sendo uma mistura complexa de hidrocarbonetos com proporções menores de outros produtos químicos, tais como compostos de enxofre, nitrogênio e oxigênio, deve ser refinado antes possam ser utilizados. Além disso, ainda segundo

Page 9: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

9

(HOLMAGER, 2014), petróleo de diferentes partes do mundo, ou até mesmo de diferentes profundidades no mesmo campo petrolífero, contém diferentes misturas de hidrocarbonetos e outros compostos, por isso seu aspecto varia de um líquido volátil de cor clara, a um óleo viscoso e escuro difícil de bombear do subsolo. Durante sua extração, o petróleo é misturado com gases, água e areia formando uma emulsão que precisa ser separada antes de ser processado e preparado para o transporte. O petróleo pode ser medido em barris (bbl), segundo (HOLMAGER, 2014), que em unidades do sistema internacional corresponde a 0,158983 m³ e comumente também é medido como fonte de energia, sendo utilizada a unidade barris de petróleo equivalente (BOE), o que denota a quantidade de energia contida em um barril de petróleo bruto.

Tabela 1- Composição do petróleo bruto

Composição do petróleo bruto

Elemento Exemplos Peso (%)

Carbono Hidrocarbonetos 84

Hidrogênio Hidrocarbonetos 14

Enxofre Sulfeto de Hidrogênio, Sulfetos, Persulfuretos, Enxofre Elementar

1 ~ 3

Nitrogênio Composto com grupos de aminas < 1

Oxigênio Dióxido de Carbono, Fenóis, Cetonas, Ácidos Carboxílicos

< 1

Metais Níquel, Ferro, Vanádio, Cobre, Arsênio < 1

Sais Cloreto de Sódio, Cloreto de Magnésio, Cloreto de Cálcio

< 1

2.4. Gás Natural

Segundo (HYNE, 2001), o gás natural é composto, principalmente, dos hidrocarbonetos metano, etano, propano e butano, sendo todos hidrocarbonetos parafínicos, que são geralmente destilados e vendidos separadamente. Existe, ainda, nessa mistura gases que são considerados impurezas, como vapor d’agua, por exemplo. Os percentuais variam entre campos de exploração, mas o metano é de longe o mais comum sendo que muitos campos contêm, praticamente, metano puro. Gases que geralmente são encontrados junto ao gás natural: dióxido de carbono - composto inerte, incolor, inodoro e não-combustível; nitrogênio - também incolor e inodoro; hélio - comumente utilizado para inflar dirigíveis e para a fabricação de produtos eletrônicos luminosos. O sulfureto de hidrogênio, que não é um gás inerte e tem alto potencial venenoso podendo ser letal mesmo em concentrações muito baixas, segundo (HYNE, 2001), quando encontrado junto ao gás natural causa corrosão dos dutos, conexões e válvulas de metal, por isso, deve ser removido antes de o gás poder ser conduzido por essas vias. Segundo (HOLMAGER, 2014), devido à elevada pressão no reservatório, existe um

Page 10: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

10

volume considerável de gás natural dissolvido em petróleo bruto. Em geral, como a pressão do reservatório aumenta com a profundidade, a quantidade de gás dissolvido aumenta. Sendo assim, quando o petróleo é bombeado para a superfície, a pressão é aliviada e o gás natural é expulso para fora do óleo. O volume de gás natural pode ser medido, obviamente, em qualquer unidade de medida volumétrica como pés cúbicos, ou no sistema internacional, metros cúbicos. A quantidade de gás existente no petróleo pode mensurada por gas-oil ratio (GOR) que é basicamente uma proporção entre a quantidade de gás que é extraída por unidade de volume de petróleo. O gás também pode ser mensurado em relação a sua capacidade energética potencial, segundo (HYNE, 2001), utilizando a unidade de medida BTU (British thermal unit) que equivale a aproximadamente 1060 kilojoules.

Tabela 2 – Composição do gás natural bruto

Composição do gás natural bruto

Elemento(s) Fórmula química Peso (%)

Metano CH4 70-90%

Etano C2H6 -

Propano C3H8 0-20%

Butano C4H10 -

Dióxido de Carbono CO2 0-8%

Oxigênio O2 0-0,2%

Nitrogênio N2 0-5%

Sulfureto de Hidrogênio H2S 0-5%

Gases raros A, He, Ne, Xe Traços

2.5. Operação

As atividades de da indústria do petróleo e gás buscam petróleo e gás via perfuração do solo e para tal utilizam plataformas petrolíferas. As atividades de perfuração onshore utilizam plataformas que fazem a exploração em terra. Seu funcionamento e montagem são mais simples do que as plataformas existente no mar, chamadas offshore, pois as condições em terra são bem mais favoráveis. De acordo com (DONATO, 2012), as atividades da indústria de petróleo e gás estão divididas em três fases: upstream, midstream, downstream. Na fase upstream são compreendidas as atividade de prospecção, exploração, perfuração, produção e o transporte do óleo e gás extraídos e destinados para as refinarias, local em que serão processados. Nessa etapa a atividade logística envolve o apoio, suporte e fornecimento de serviços e materiais necessários, como também o transporte do produto bruto para ser processado. A fase midstream é constituída, basicamente, pelas unidades de refino e engloba o conjunto de operações por meio das quais as matérias primas – os diversos tipos de petróleo, gás natural, e os insumos - são transformados em produtos para comercialização, tais como: gasolina, diesel, GLP, querosene, GNV, etc. A logística para essa fase envolve apoio, suporte e fornecimento de utilidades à produção dos derivados de petróleo necessários ao seu refino. E por último, a fase downstream é a etapa que

Page 11: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

11

em que se ocupa das tarefas logísticas de armazenagem e distribuição necessárias para o transporte dos produtos desde as refinarias e usinas até os postos de distribuição e finalmente o consumo. É composto, fundamentalmente, das atividades de transporte, armazenamento, distribuição e comercialização.

2.5.1. Exploração

Um reservatório de petróleo é frequentemente imaginado como sendo um grande lago subterrâneo de óleo, mas, na verdade, segundo (HYNE, 2001), é uma formação rochosa que possui grande porosidade e contém os hidrocarbonetos. Alguns reservatórios, podem ter somente algumas centenas de metros abaixo da superfície da terra, outros, dezenas de milhares. A exploração de petróleo é uma operação cara e de alto risco. Segundo (HOLMAGER, 2014), plataformas offshore e em áreas remotas são geralmente empreendidas por empresas muito grandes ou por governos. Exploração em águas profundas, por exemplo, pode custar centenas de milhões de euros, porém, centenas de empresas menores exploram depósitos em terra (onshore) onde os custos ficam na faixa de meio milhão de euros. A maioria da exploração depende de altas e sofisticadas tecnologias para detectar e determinar as dimensões dos reservatórios. Áreas que possuem potencial geológico, são sujeitadas a análises magnéticas, sísmicas e de gravidade para detecção indicativos. Quando certas características são encontradas, uma empresa do setor deve então executar testes de perfuração para que haja provas conclusivas da existência do reservatório.

Figura 1 - Ilustração de análise sísmica de uma possível reserva de petróleo

Fonte (HOLMAGER, 2014)

2.5.2. Perfuração

Segundo (HOLMAGER, 2014), um poço é criado por meio da perfuração de um buraco de 13cm a 76 cm de diâmetro na terra utilizando uma sonda de perfuração que gira uma broca. Para evitar um descontrolado escape, um dispositivo de válvula de segurança é instalado na superfície - Blowout Preventer (BOP). Esses dispositivos podem ter de 10m a 15m de altura e pesar várias centenas de toneladas

Page 12: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

12

e, normalmente, são instalados de forma redundante e em pilhas com a finalidade de selar, controlar e monitorar os poços de petróleo e gás. Além disso, são especialmente desenvolvidos para lidar com pressões extremas e erradicar fluxos descontrolados, tendo força para selar o poço e cortar a coluna de perfuração em uma situação de escape. A coluna de perfuração é montada a partir de segmentos de tubo de cerca de 30m de comprimento, normalmente com roscas internas cônicas numa extremidade e exterior na outra. À medida que cada segmento de 30m é perfurado, a unidade é desligada e um novo segmento de tubo é inserido na cadeia. Uma vez que um orifício é perfurado, um tubo de aço (invólucro) ligeiramente menor que o orifício é colocado no furo e preso com cimento. Este revestimento proporciona integridade estrutural para a perfuração recente além de isolar as zonas de alta pressão potencialmente perigosas. O tubo exterior de "revestimento", é, portanto, utilizado para evitar que o furo entre em colapso. Poços modernos muitas vezes têm 2-5 desses conjuntos de diâmetros gradativamente decrementados perfurados um dentro do outro, cada um com um invólucro cimentado, descreve (HOLMAGER, 2014). Durante a perfuração de um poço, ainda segundo (HOLMAGER, 2014), é necessário o uso de ferramentas e instrumentos tecnológicos que fazem vários tipos de medições a fim de reportar vários parâmetros físicos da formação rochosa, como, porosidade, permeabilidade e saturação, que são importantes para o processo exploratório. Além disso também é necessário utilizar equipamentos que registram informações de propriedades dos fluidos e rochas como radioatividade natural e induzida, potencial elétrico e de condutividade, reações nucleares e propagação de ondas sonoras, todas elas com finalidade de controlar o processo e gerenciar a exploração reserva.

Page 13: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

13

Figura 2- Ilustração de perfuração de um poço de extração de petróleo

Fonte (HOLMAGER, 2014)

2.5.3. Extração

Segundo (CORREA, 2003), existem vários mecanismos para levar os fluidos do fundo do poço até a superfície, como por exemplo, a surgência que é utilizada quando a pressão do próprio reservatório é capaz de expulsar os fluidos através da tubulação de perfuração. Um poço é considerado naturalmente surgente quando não é necessário o uso de energia externa, por meio de bombeamentos, para que ocorra a expulsão. Mas, caso seja necessário, empregar algum tipo de energia a surgência é denominada artificial. A finalidade de qualquer sistema de elevação artificial é criar uma determinada pressão na entrada da tubulação, de maneira que o reservatório possa responder e produzir à vazão esperada. Para a seleção dos melhores métodos e equipamentos, devem ser levados em consideração: características do poço, reservatório e dos fluidos nele contido; plano do processo de extração dos fluidos; fontes de energia disponíveis; automação; recursos humanos, financeiros e de serviços disponíveis; (CORREA, 2003) cita, ainda, os seguintes tipos de surgência artificiais, listadas a seguir mas que seu detalhamento foge ao escopo desse trabalho:

Bombeio mecânico por hastes (sucker rod pumping);

Elevação por gás (gas lift);

Bombeio elétrico submerso convencional (electrical submersible pumping);

Bombeio elétrico a pistão (hydraulic piston pumping);

Bombeio hidráulico a jato (hydraulic jet pumping);

Elevação a embalo (plunger lift). Existem, ainda, outras formas para a recuperação desses recursos, classificadas como secundárias. (CORREA, 2003) diz que existem situações em que as técnicas

Page 14: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

14

de surgência natural e artificiais não são suficientes para a extração, citando, assim, o emprego de processos como: injeção de água – injeção de água salgada em poços já perfurados com a finalidade de deslocar o petróleo como se fosse um êmbolo; injeção de polímeros – processo análogo ao já citado com a água só que com a dissolução de polímeros visando melhorar a recuperação do petróleo por meio do aumento da viscosidade; injeção alcalina – processo também análogo mas com a presença de compostos químicos alcalinos que visam a reação com ácidos orgânicos existentes no óleo com finalidade de reduzir a tensão interfacial e emulsificar o óleo.

2.6. Rede logística da Industria de P&G

(DONATO, 2012) define redes logísticas como sendo conjunto de cadeias de atividades que direcionam o fluxo de produtos e serviços desde sua origem até a destinação final, divididas fundamentalmente em três grupos: cadeias de apoio, suporte e utilidades logística, que serão detalhadas nos próximos tópicos. Segundo Mentzer (apud DONATO, 2012), as estratégias em redes logísticas devem envolver todas as empresas da cadeia, as quais se relacionam a longo prazo, buscando o estabelecimento de relações de confiança, integração das atividades logísticas e compartilhamento de informações. A estrutura em rede é o arranjo interorganizacional típico dos CoPS, sistemas complexos de produção. Esse modelo de arranjo produtivo é estruturado conforme a configuração e a coordenação do processo produtivo industrial em questão e, dada a especificidade dos serviços que compõem um CoPS, o relacionamento entre as empresas é primordial para garantir estabilidade à essa rede. Ainda segundo (DONATO, 2012), a expressão “cadeia de suprimento” é um conceito estrategista e de caráter militar, usado para expressar que os suprimentos devem chegar à frente de batalha em tempo hábil e com segurança, o que, nesse contexto, influenciaria fortemente na vitória da batalha. O termo chegou à área empresarial também como um conceito estratégico, de caráter gerencial e ganhando uma vertente econômica, segundo a qual os suprimento e serviços devem atender ao processo em tempo hábil, com segurança e, além disso, ao menor custo possível. O autor explica, ainda, o surgimento do termo “offshore logistics”, cunhado pelos pioneiros da exploração do petróleo no Golfo do México, para designar os serviços relacionados à logística para as atividades de E & P (exploração, desenvolvimento e produção) no mar, motivados fundamentalmente pela dificuldade de disponibilizar serviços logísticos nas plataformas.

2.6.1. Cadeias de Apoio logístico

As atividades de cadeia de apoio logístico para a indústria de P&G compreendem aquelas que atendem aos pré-requisitos necessários para apoiar as atividades fim da cadeia de abastecimento. (DONATO, 2012), explica que cada cadeia deve ser composta conforme suas especificidades, mas, principalmente, operações logísticas de caráter permanente e repetitivas que estão ligadas as atividade de obtenção de materiais como, por exemplo:

Gestão de estoques;

Aquisição de materiais e serviços;

Recebimento de materiais;

Page 15: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

15

Movimentação de materiais;

Armazenagem de petróleo;

Transporte de materiais (inbound e outbound).

2.6.2. Cadeias de Suporte logístico

As atividades classificadas no grupo de cadeia de suporte logístico são, segundo (DONATO, 2012) aquelas que utilizam serviço indiretos que podem ou não ser de caráter permanente e contínuo, não fazem parte do leque das operações de apoio logístico, mas são fundamentais e essências pra a indústria de P&G. São exemplos dessas atividades:

Gestão do transporte de pessoas;

Protocolo, recepção e distribuição de documentos;

Serviços especiais – programação de equipamentos para pesquisa sísmica,

Estimulação de poços e suporte a atividade de mergulho, etc.

Serviços de bordo tais como alojamento, por exemplo.

Gestão de

Estoque Aquisição de

materiais e

serviços

Movimentação

de materiais Apoio Logístico

Recebimento e

conferência

Preservação de

materiais Armazenagem

Separação de

materiais

Transporte de

materiais

Picking

Distribuição

Processamento

de pedidos

Figura 3- Arquitetura de rede de apoio logístico (atividades de cor escura são competentes principalmente à operações offshore, de cor clara à onshore e

coloração intermediária comuns entre ambas).

Fonte: Adaptado de (DONATO, 2012)

Page 16: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

16

2.6.3. Cadeias de Utilidades Logísticas

No grupo de cadeia de utilidades, (DONATO, 2012) enquadra procedimentos, atividades e técnicas utilizados para atender às demais necessidades dos usuários e que não estão enquadras nas atividades de apoio e suporte como, serviços de gestão de espaço físico e disponibilidade de serviços, listando:

Disponibilização de água (potável e de serviço);

Disponibilização de combustível para necessidades energéticas;

Disponibilização de rede;

Destinação de efluentes e resíduos;

Gestão do patrimônio e manutenção predial.

Transporte

de pessoas Disponibilização

de serviços e

equipamentos

especiais

Organização e

abastecimento

de alojamentos

Suporte Logístico

Controle de

tráfego

Manobra de

navios e

plataformas

Protocolo e

distribuição de

documentos

Figura 4- Arquitetura de rede de suporte logístico (atividades de cor escura são competentes principalmente à operações offshore, de cor clara à onshore e

coloração intermediária, comuns entre ambas)

Fonte: Adaptado de (DONATO, 2012)

Page 17: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

17

2.7. Detalhamento das atividades logísticas

2.7.1. Gestão de estoques

De acordo com as estruturas de rede logística já anteriormente descritas, (DONATO, 2012) detalha algumas atividades de apoio logístico e a maneira com que essas devem ser executadas: Homologação de Marcas Esse grupo de atividades se propõe a analisar os diversos tipos de materiais novos que podem ser utilizados. As marcas homologadas devem se enquadrar nos padrões de qualidade exigidos nas especificações, e assim, garantir que a organização utilize em sua operação somente marcas de materiais homologados; Padronização de Materiais Deve-se tratar do processos de definição da nomenclatura adotada para representar o agrupamento de bens similares, visando abolir o uso de palavras referentes a marcas comerciais registradas, gírias e regionalismos, pluralidade de sinônimos e termos alienígenas desnecessários. No processo de padronização é necessário que a equipe de padronização tenha conhecimento do mercado produtor e consumidor, habilidade com o uso de estatística e de técnicas apoiadas em pesquisas catalográficas. O objetivo é alcançar o menor número possível de variedade existente de um determinado tipo de bem, por meio da unificação e de simplificação dos padrões. Para uma boa padronização é necessário seguir premissas como: catalogação, simplificação/unificação, especificação, cadastramento a fim de executar as seguintes atividades:

Especificar os materiais;

Classificar os materiais;

Cadastrar os materiais;

Unificar os itens;

Disponibilização

de água potável

Disponibilização

de combustíveis

Gestão e

manutenção

administrativa

Utilidade Logística

Gestão de

patrimônio

Destinação de

resíduos

Fonte: Adaptado de (DONATO, 2012)

Figura 5 - Arquitetura de rede de utilidade logística que é, basicamente, comum entre operações onshore e offshore

Page 18: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

18

Simplificar as descrições. Cadastramento de Materiais Para essa responsabilidade é preciso definir informações como, nome básico, nome modificador, descrição complementar, definir a unidade de fornecimento, definir o número do item, classifica-los em um especialidade de materiais, montar a descrição longa ou detalhada, tipo de inspeção, tipo de preservação e outros. Dessa forma, comtemplar as seguintes atividades:

Catalogação;

Codificação;

Especificação;

Simplificação;

Normatização;

Padronização;

Classificação. Inspeção de recebimento O nível de inspeção de recebimento deve ser definido durante o cadastramento dos materiais, e o tipo de inspeção fica registrado no cadastro do material. Porém variedade de matérias é muito grande e para facilitar, eles devem ser classificados primeiramente em categorias, como por exemplo: embalagens, matéria-prima, insumos, equipamento sobressalentes, segurança, construção civil, complementar e uso geral. Cada categoria deve ser ainda dividida por especialidade, desmembradas por famílias, etc. Saneamento de Estoque Trata-se de atividades que visam a otimização física dos materiais em estoque ou em uso, isto é, eliminar estoques obsoletos, repetitivos ou ainda duplicidade de itens cadastrados. Essas atividades necessitam levantamento e detalhamento da situação dos estoques e podem gerar modificações dos parâmetros de estocagem ou ainda eliminação de itens. Planejamento de demanda Uma boa gestão de estoques deve se preocupar em relação a demanda e o consumo dos materiais, dessa forma deve-se preocupar em controlar, basicamente:

Giro de estoque;

Estoque médio;

Lote econômico de compra;

Estoque máximo.

2.7.2. Aquisição de bens e serviços

Segundo (DONATO, 2012) a aquisição de bens e serviços deve obedecer aos princípios de impessoalidade, moralidade, economicidade e qualidade, tendo em vista a sua principal função que é adequação as finalidade necessárias ao cumprimento da missão da empresa. A seguir são detalhadas as responsabilidades descritas pelo autor que se enquadram nesse grupo: Desenvolvimento, qualificação e avaliação de fornecedores

Page 19: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

19

É obrigação da área de compras buscar o maior número de fornecedores qualificados para que se monte uma malha, pois é essa rede que dará apoio às atividades da empresa. Para qualifica-los, deve-se realizar procedimentos de cadastro, visitas técnicas, pesquisas de mercado e solicitação de dados, sendo necessário realizar esse processo periodicamente como, por exemplo, a cada 12 ou 24 meses, Exemplos de quesitos que devem ser avaliados em fornecedores são:

Preços praticados nas ultimas compras;

Características técnicas dos produtos oferecidos;

Volume das últimas compras;

Tempo de existente da relação fornecedor-cliente;

Atrasos;

Certificados de capacidade técnica;

Relatórios de desempenho. Controle e solicitação de aquisições e contratações O processo de compra e contratação inicia-se principalmente quando os gestores de estoque verificam necessidade com base na situação corrente do mesmos, assim, inicialmente ocorre uma solicitação, para que seja feita uma análise pelo setor financeiro e assim por diante; Cotação Deve-se pesquisar os preços em diferentes fornecedores dos materiais demandados, salvo casos de materiais exclusivos de um fornecedor, materiais de custos insignificantes ou ainda demandas emergenciais. Essa ação deve ser documentada e pode ser realizada em parceria com setores de compras da empresa. Controle de diligência de pedidos A diligência de pedidos é uma atividade que se propõe a controlar atrasos no processo de aquisição e contratação para tentar minimizar os impactos na operação da organização.

2.7.3. Recebimento de materiais

Trata-se de um procedimento que deve ser realizado por almoxarife experiente, já que ele é o profissional representante da organização e que atesta que o material adquiro realmente chegou, liberando o pagamento. Procedimento básico de recebimento Para recebimento de um material, o almoxarife deve, necessariamente, receber a nota fiscal de compra e realizar a checagem dos produtos recebidos com os discriminados na N.F. e ainda comparar com a descrição do pedido de compra gerador da entrega. Conferência A conferência do material pode ser dividida em três maneiras:

Conferência por amostragem – retirar do lote recebido uma amostra do material e realizar procedimentos de checagem física e as vezes até ensaios laboratoriais;

Page 20: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

20

Conferência total – examinar necessariamente todas as unidades recebidas do material;

Conferência com inspeção física – realizada principalmente para materiais de obras de engenharia e fabricação de máquinas.

Procedimento de recusa de recebimento Em decorrência de inconsistências observadas no processo de recebimento, deve ser realizada a recusa parcial ou total da entrega, entrando em contato com o setor de compras, devolvendo o material ao fornecedor e registrando o motivo da devolução as quantidades que foram devolvidas;

2.7.4. Preservação de materiais armazenados

Em qualquer umas das etapas da cadeia - transporte, manipulação, armazenamento, distribuição - materiais que não são adequadamente protegidos podem sofrer danos parciais e ainda permanentes mesmo antes de serem utilizados (FPME – falha prematura nos materiais em estoque), como por exemplo: corrosão, oxidação, despolimerização, choques mecânicos, etc. Dessa forma, é necessário implantar e controlar processos para evitar as FPME’s, para colher resultados como:

Redução da probabilidade da ocorrência de falhas em materiais novos ou de estoque;

Prevenção de superdimensionamento de materiais e equipamentos;

Aumento da confiabilidade de produtos e processos;

Correção de falhas por meio da análise das falhas ocorridas.

2.7.5. Armazenamento de materiais

A estocagem deve obedecer a sistemas e modos de preservação que geralmente são orientados pelos diversos tipos de características doa matérias, segundo (DONATO, 2012). O autor detalha essas responsabilidades da seguinte forma: Política de armazenamento Algumas regras para uma política de armazenamento:

Armazenar preferencialmente os materiais de maior giro próximo ao ponto de atendimento (picking);

Seguir durante o armazenamento a classificação dos materiais adotada no suprimento, com objetivo de selecioná-los, de acordo com as suas características técnicas e utilidade;

Em almoxarifados de itens de menor porte armazenar os materiais mais pesados na altura da cintura para evitar problemas lombares nos almoxarifes;

Todo material armazenado deve estar identificado com o número de estoque;

Todo material estocado deve estar cadastrado no sistema de suprimento;

O almoxarifado não deve ser tratado como deposito;

Todo material que entra no almoxarifado deve receber uma localização física e respectivo cadastro no sistema armazenagem.

Regras de organização Algumas regras para melhor organização:

Organizar por setores de acordo com a categoria, especialidades de material

Page 21: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

21

e em seguida por famílias. Concentração dos materiais de uma única classe em locais adjacentes tem o objetivo de facilitar as atividades de movimentação;

Separar os estoque do mesmo material em função de sua condição física (novo ou recuperado);

Arrumar os materiais de acordo com a data de recebimento de cada um, de modo a permitir que os itens armazenados a mais tempo seja fornecidos prioritariamente (primeiro a entrar primeiro a sair);

Armazenar os materiais de movimentação constante em locais de fácil acesso, proporcionando economia de tempo e mão de obra;

Armazenar os materiais pesado e/ou volumosos, cuja movimentação depende de máquinas, nas partes inferiores das unidades de estocagem, eliminando ricos de acidentes ou avarias, facilitando as atividades de movimentação;

Uniformizar o empilhamento de materiais, observando que as pilhas devem ser formadas sempre do fundo para frente e das esquerda para a direta dos locais de armazenagem;

Conservar os materiais nas embalagens originais, que somente devem ser abertas em ocasiões de fornecimento, inspeção e preservação;

Posicionar corretamente os mateias de modo a permitir fácil e rápida leitura das informações registradas em etiquetas de identificação do material ou na própria embalagem;

Armazenar adequadamente os materiais soltos em escaninhos por meio de empacotamento ou amarração uniforme e marcação externa dos dados de identificação.

Sistema de endereçamento Um correto sistema de endereçamento objetiva:

Saber exatamente onde se encontram os materiais para que sejam rapidamente localizados;

Padronizar o processo de localização de forma que qualquer colaborador possa localizar sem que haja vivência e experiência com a atividade;

Conseguir melhor aproveitamento do espaço;

Produtividade no processo de separação e armazenamento de materiais;

Evitar extravio de materiais;

2.7.6. Movimentação de cargas

Segundo (DONATO, 2012) existem dez princípios fundamentais para a concepção, projeto, análise e operação de sistemas de movimentação de materiais na indústria do petróleo:

1. Planejamento - todas as movimentações de materiais devem ser planejadas; 2. Normalização - trata-se da aplicação das normas e métodos de

movimentações de materiais, equipamentos, controles de software. Normalizar métodos de movimentação de materiais e equipamentos, reduzir as variedades e a personalização dos processos;

3. Movimentação – a movimentação de materiais é igual ao produto da taxa de fluxo de movimentação de materiais (volume, peso ou quantidade por unidade de tempo) e pela distância percorrida. A movimentação de materiais deve ser minimizada, sem prejudicar a produtividade ou o nível de serviço exigido pela

Page 22: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

22

operação; 4. Simplificação de processos – por meio da redução, combinação ou eliminação

de movimentações desnecessárias; 5. Ergonomia – é importante reconhecer as capacidades e limitações humanas,

tanto físicas como psicológicas, de modo a conceber métodos de movimentação de material e equipamentos seguros e eficazes;

6. Unidade de carga - a unidade de carga deve ser dimensionada e configurada de forma a satisfazer os objetivo de fluxo de materiais e armazenagem de cada faz da cadeia de abastecimento;

7. Integração - as atividades de movimentação e armazenagem devem ser totalmente integradas de forma a cria um sistema operacional coordenado, que envolva recepção, inspeção, armazenagem, produção, montagem, embalagem, seleção, expedição, transporte e movimentação de devoluções;

8. Meio ambiente – o impacto no meio ambiente e o consumo de energia devem ser considerados com aspectos relevantes no projeto e seleção de equipamentos e de sistemas de movimentação de materiais, de modo a preservar os recurso naturais e minimizar os possível efeitos negativos no meio ambiente;

9. O plano de manutenção - prolonga a via útil dos equipamentos e acessórios de movimentação de cargas. Os custos associais à manutenção e substituição de equipamento também devem ser incluídos na análise econômica;

10. Plano de substituição de equipamentos e acessórios - deve existir um plano de substituição de equipamentos e acessórios de movimentação gastos danificados e obsoletos;

2.7.7. Armazenagem e transporte de petróleo

(DONATO, 2012) descreve de maneira breve que, após separada a água do gás, o petróleo é armazenado nos tanques do próprio navio, caso seja uma FPSO (Floating Production Storage and Offloading), ou em petroleiros que também podem ser destinados à armazenagem de petróleo no mar, provenientes das plataformas. Esses petroleiros atracam na popa da FPSO para receber petróleo que foi armazenado em seus tanques e realiza o transporte para a terra. Havendo infraestrutura duto-viária ou, em terra, rodoviária, a produção pode ser escoada utilizando esses modais. Todo fluxo descrito anteriormente deve receber suporte, ser gerenciado e controlado, podendo ser detalhado nos seguintes responsabilidades:

Agendamento para controle de utilização dos veículos e/ou infraestrutura dos modais demandados;

Controlar em tempo real o fluxo de utilização de infraestrutura e/ou movimentação de veículos;

Agendamento de atividades e obras manutenções periódicas que visam garantir a integridade e segurança de toda a infraestrutura utilizada pelos modais utilizados pela operação;

Gerenciar e alocar recursos de suporte em caso de ocorrência de incidentes;

Gerenciar e controlar o fluxo de distribuição de produtos finais de acordo com os pedidos processados (principalmente para operações onshore).

Page 23: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

23

2.7.8. Gerenciamento de recursos e manutenção administrativa

Controle e planejamento de demanda e disponibilização de combustíveis para geração de energia;

Planejamento e gerenciamento de demanda de água potável, recursos alimentícios e saneamento (crucial para operações offshore);

Controle de condicionamento de resíduos;

Controle e programação de remessas de resíduos;

Planejamento e organização dos serviços de manutenção civil, hidráulica, elétrica e de TI;

Controle e distribuição do espaço;

Gerenciamento de alocação de recursos de alojamento/hotel;

Gestão de ferramentaria, refratário, pintura industrial e acesso;

Gerenciamento de recursos para o transporte de equipamentos e pessoas;

Protocolo, recepção, arquivamento e distribuição de documentos;

Disponibilização e contratação de serviços e equipamentos especiais;

Page 24: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

24

3. METODOLOGIA

Com base no detalhamento das atividades logísticas reunidas e descritas na revisão de literatura, propõe-se a criação um ou mais indicadores gerenciais para cada uma das atribuições e atividades para a criação de um painel que possa ser usado como ferramenta tática para mensurar a performance obtida em suas execuções ou, ainda, a qualidade dos resultados. Para isso, propõe-se o seguinte modelo:

Título do indicador

Descrição

Método de mensuração

Periodicidade de coleta

Valor de referência

Page 25: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

25

4. EXPOSIÇÃO DA PESQUISA

Taxa de utilização de materiais de marcas homologadas

Taxa de indica o percentual de utilização de materiais homologados

A razão entre o número de materiais de marcas homologadas comprados e número de materiais totais comprados

Mensalmente

100%

Taxa de marcas já homologadas reprovadas pelos utilizadores

Taxa de indica o percentual de marcas de materiais que apesar de serem homologadas ainda assim não aprovadas pelos utilizadores finais

A razão entre o número de marcas de materiais homologadas mas reprovadas pelos utilizadores e o número de marcas de materiais homologadas totais compradas

Semestralmente

0%

Taxa de reprovação dos padrões de qualidade de materiais pelos utilizadores

Taxa que indica o percentual de reprovação dos padrões de qualidade empregados para a seleção de marcas de materiais na visão dos utilizadores

A razão entre o número de padrões de seleção de marcas de materiais considerados inadequados pelos utilizadores e o número total de padrões existentes para materiais

Semestralmente

100%

Taxa de marcas com homologação revisada

Taxa que indica o percentual de marcas que receberam a revisão de homologação prevista

A razão entre o número de marcas de materiais que tiveram sua homologação realizada como previsto e o número de marcas de materiais totais em estado homologado

Anualmente

100%

Taxa de materiais padronizados

Taxa que indica o percentual de materiais estocados que passaram pelo processo de padronização

A razão entre o número de materiais em estoque que passou pelo processo de padronização e o número de materiais totais em estoque

Mensalmente

100%

Taxa de falha de simplificação ou unificação

Taxa que indica o percentual de falhas no processo de simplificação ou unificação de materiais

A razão entre o número de materiais em que foi identificado falha de padronização

Page 26: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

26

ou simplificação e o número de materiais totais que passaram por esses processos

Mensalmente

0%

Taxa de falha de especificação

Taxa que indica o percentual de falhas no processo de especificação de materiais

A razão entre o número de materiais em que foi identificado falha de especificação e o número de materiais totais que passaram por esse processo;

Mensalmente

0%

Taxa de falha de codificação

Taxa que indica o percentual de falhas no processo de codificação de materiais

A razão entre o número de materiais em que foi identificado falha de codificação e o número de materiais totais que passaram por esse processo;

Mensalmente

0%

Taxa de falha de classificação

Taxa que indica o percentual de falhas no processo de classificação de materiais

A razão entre o número de materiais em que foi identificado falha de classificação e o número de materiais totais que passaram por esse processo;

Mensalmente

0%

Taxa de falha de cadastro

Taxa que indica o percentual de falhas no processo de cadastro de materiais

A razão entre o número de materiais em que foi identificado falha de cadastro e o número de materiais totais que passaram por esse processo;

Mensalmente

0%

Taxa de falha de busca decorrentes de erros de catalogação

Taxa que indica o percentual das demandas de busca são comprometidas por erros no processo de catalogação

A razão entre o número de buscas por materiais em que foi reportado dificuldades por erros no processo de catalogação e o número total de buscas por materiais suportados pelo sistema de catalogo

Mensalmente

0%

Taxa de materiais inspecionados no recebimento

Taxa que indica o percentual de recebimento de materiais em que são aplicados os procedimentos de inspecionamento

A razão entre o número de inspeções em recebimentos de materiais realizadas e o número de recebimentos de materiais totais ocorridos

Mensalmente

100%

Page 27: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

27

Taxa de problemas de falha de inspeção de recebimento

Taxa que indica o percentual de lotes de materiais comprometidos de alguma forma por negligência de inspeção de recebimento

A razão entre o número de lotes de recebimento de materiais comprometidos, possivelmente, por negligência de inspeção de recebimento e o número de lotes de recebimento de materiais totais

Mensalmente

0%

Taxa de realização de atividades de saneamento de estoque planejadas

Taxa que indica o percentual de atividades de saneamento de estoque planejadas foram de fato realizadas

A razão entre o número de atividades de saneamento de estoque que haviam sido planejadas e foram realizadas e o número de atividades de saneamento de estoque planejadas totais;

Semanalmente

100%

Taxa de eliminação de itens de estoque

Taxa que indica o percentual de execução de atividades de eliminação de estoque planejadas foram de fato realizadas

A razão entre o número de atividades de eliminação de estoque que haviam sido planejadas e foram realizadas e o número de atividades eliminação de estoque planejadas totais;

Semanalmente

100%

Índice de acerto de previsão de estoque médio semanal

Índice que indica quão precisa foi a previsão de estoque de materiais

Média do módulo das diferenças entre as previsões de estoque e a situação real de estoque

Diária e/ou semanal

95-100%

Taxa de volume de estocagem

Taxa que indica o quanto de estoque é utilizado

A razão entre o volume utilizado do espaço de estocagem e a capacidade total de estocagem

Semanal e/ou mensal

Mínimo

Taxa de fornecedores devidamente qualificados

Taxa que indica quantos dos fornecedores conhecidos estão devidamente qualificados e disponíveis para serem acionados

A razão do número de fornecedores que passaram por algum processo de qualificação existente e o número total de fornecedores conhecidos

Semestralmente

Page 28: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

28

100%

Taxa de fornecedores positivamente qualificados

Taxa que indica quantos fornecedores atendem aos requisitos mínimos de qualificação positiva exigida

A razão entre o número de fornecedores que receberam qualificação positiva em algum processo dessa natureza e o número total de fornecedores conhecidos

Semestralmente

Máximo

Taxa de negociação com fornecedores positivamente qualificados

Taxa que indica a quantidade de fornecimentos ocorridos vindos de fornecedores positivamente qualificados

A razão entre o número de ordens de compra vindas de fornecedores positivamente qualificados e o número total de ordens de compra;

Mensalmente

Máximo

Taxa de contratações/aquisições de caráter emergencial

Taxa que indica a quantidade de contratações e ou aquisições de caráter emergencial

A razão entre o número de ordens de compra e ou contratações de caráter emergencial e o número total dessas solicitações

Mensalmente

Mínimo

Taxa de contratações/aquisições de caráter urgente

Taxa que indica a quantidade de contratações e ou aquisições de caráter urgente

A razão entre o número de ordens de compra e ou contratações de caráter urgente e o número total dessas solicitações

Mensalmente

Mínimo

Taxa de contratações/aquisições com erros de prioridade

Taxa que indica o quanto superestima-se as solicitações de aquisições e contratações em relação a sua prioridade

A razão entre o número de erros de prioridade identificados em solicitações de aquisições e contratações e o número total de solicitações

Mensalmente

0%

Taxa de solicitações com irregularidades de cotação

Taxa que indica a quantidade de solicitações de contratações e aquisições foram avaliadas contendo irregularidades de cotação

A razão entre o número de cotações contendo irregularidades de cotação e o número total de solicitações

Mensalmente

0%

Page 29: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

29

Taxa de contratações/aquisições com acompanhamento contínuo

Taxa que indica a quantidade de contratações e aquisições em que foram empregados processos de acompanhamento contínuo de cronograma

A razão entre o número de contratações e aquisições em que foi empregados processos de acompanhamento contínuo de cronograma e o número total das solicitações

Mensalmente

Máximo

Taxa de atrasos previstos por acompanhamento contínuo

Taxa que indica eficácia do processo de acompanhamento contínuo

A razão entre o número de atrasos ocorridos em fornecimentos porém identificados em tempo útil (tempo em que pode ser contornado) por processo de acompanhamento contínuo e o número total de fornecimentos contratados em que foi empregado esse processo de acompanhamento

Mensalmente

Máximo

Taxa de atrasos previstos contornados

Taxa que indica a eficiência de contorno de atrasos

A razão entre o número de fornecimentos com atraso e que puderam ser contornados e o número total de demandas de fornecimento

Mensalmente

Máximo

Média de atraso em processos de conferência

Número que indica o tempo médio de ocorrência de atrasos em processos de conferencia de entrega de materiais

A média entre as razões entre o tempo de atraso de conferencia recebimento de materiais e o tempo previsto para o recebimento

Mensalmente

Mínimo

Taxa de recusa de recebimentos

Taxa que indica o quanto tem ocorrido de problemas de recusa de recebimento de materiais

A razão entre o número de recebimento de materiais em que ocorreram recusas e o total de recebimentos ocorridos

Mensal

Mínimo

Ocorrências de FPME (falhas prematuras de materiais em estoque)

Quantidade de ocorrências de casos de falhas prematuras de materiais em estoque identificados por processos e equipe competentes

Número de ocorrências de casos de falhas prematuras de materiais em estoque

Mensalmente

Mínimo

Page 30: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

30

Taxa de materiais com processo de preservação revisados

Taxa que indica a correta execução de planejamento de revisão de processos de preservação de materiais

A razão entre o número de materiais que tiveram seus processos de conservação revisados de acordo com o planejamento e o número de materiais totais com planejamento de revisão de processo de preservação

Semestralmente

Máximo

Taxa de reincidência de FPME's sobre materiais

Taxa que indica a o quanto ocorreu de novas FPME’s sobre os mesmos tipos de materiais que já haviam sofrido essas falhas anteriormente

A razão entre o número de FPME’s relatados que são recorrentes desde as últimas avaliações e o número de FPME’s

Mensalmente

0%

Ocorrências de materiais estocados incorretamente

Número que indica quantos casos de incorreta estocagem foram identificados

Número total de ocorrências de incorreta estocagem identificados por meio de atividades de checagem de estoque

Mensalmente

0%

Ocorrências de materiais sem rótulo de código de estoque

Número que indica a quantidade de ocorrência de casos de materiais sem rótulo de estoque

Número total de identificados de casos de materiais que foram estocados sem seu devido rotulo de estoque

Mensalmente

0%

Ocorrências de materiais sem cadastro no sistema

Número que indica a quantidade de ocorrência de casos de materiais em estoque sem cadastros no sistema

Número total de identificados de casos de materiais que foram estocados sem seu devido cadastro de no sistema

Mensalmente

0%

Ocorrências de materiais organizados incorretamente

Número que indica a quantidade de ocorrência de casos de materiais organizados incorretamente em estoque

Número total de identificados de casos de materiais que foram estocados sem a correta organização em estoque

Mensalmente

0%

Page 31: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

31

Tempo médio para localizar fisicamente de um material

Valor que indica a média de tempo gasto para encontrar fisicamente um material em estoque

Média dos valores de duração de tempo observados entre apresentação da demanda e a localização física de determinado material no estoque

Mensalmente

Mínimo

Taxa de ocorrência de falhas no sistema de endereçamento

Taxa que indica o percentual de falhas de endereçamento ocorridas em demandas e localização de materiais em estoque

A razão entre o número de demandas de localização de materiais em estoque em que foram reportados erros de endereçamento e o número total de demanda de localização de materiais em estoque

Mensalmente

Mínimo

Taxa de conhecedores do sistema de endereçamento

Taxa que indica o quanto os colaboradores da organização conhecem o padrão de endereçamento dos materiais em estoque

A razão entre o número de colaboradores que dizem conhecer o padrão do sistema de endereçamento de materiais em estoque coletados por formulários e pesquisas realizadas e o número total de colaboradores;

Semestralmente

100%

Taxa de atividades de movimentação de materiais planejadas

Taxa que indica o eficiência do planejamento de movimentação de cargas

A razão entre o número de atividades de movimentação de cargas registrados como sendo planejados e o número total de atividade de movimentação de cargas realizado

Diariamente

Máxima

Taxa de revisões de ergonomia de atividades de movimentação

Taxa que indica a adequada revisão de ergonomia dos tipos de atividades de movimentação de cargas

A razão entre o número de revisões de ergonomia em tipos de atividades de movimentação de cargas e o número total de tipos de atividades de movimentação de cargas

Semestralmente

Máxima

Taxa de atividades de movimentação sincronizadas entre subequipes do processos de movimentação de carga

Taxa que indica a sinergia entre equipes de várias etapas dos processos de movimentação de cargas

A razão entre o número de equipes das várias sub-etapas dos processos que

Page 32: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

32

possuem roteiros e cronogramas sincronizados e o número total de equipes das várias sub-etapas dos processos

Semestralmente

Máxima

Taxa de execução de processos de movimentação comprometidos por falhas de comunicação

Taxa que indica a eficácia de comunicação entre equipes de várias etapas dos processos de movimentação de cargas

A razão entre o número de execuções de movimentação de cargas que foram de alguma forma comprometidos por falha de comunicação e o número total de execuções e movimentação e cargas

Mensalmente

Mínima

Taxa de ocorrência de desperdiço de energia em atividades de movimentação

Taxa que indica o percentual de movimentações incorretas e improdutivas que, obviamente, geral desperdício de energia

A razão entre o número de movimentações incorretas e improdutivas observadas na operação e o número total de movimentações realizados

Diariamente

0%

Taxa de ocorrência de danos ambientais em atividades de movimentação

Taxa que indica o percentual de movimentações que geraram danos ambientais

A razão entre o número de movimentações em que foram reportados danos ambientais e o número total de movimentações realizadas

Diariamente

0%

Taxa de manutenções não planejadas realizadas em equipamentos de movimentação

Taxa que indica o percentual de manutenções decorrentes de problemas de falhas em equipamentos

A razão entre o número de manutenções não planejadas que foram efetuadas em equipamentos de movimentação e o número total de manutenções efetuadas

Diariamente

Mínima

Taxa de substituições não planejadas realizadas em equipamentos de movimentação

Taxa que indica o percentual de substituições decorrentes de problemas de falhas em equipamentos

A razão entre o número de substituições não planejadas que foram efetuadas em equipamentos de movimentação e o número total de substituições efetuadas

Diariamente

Mínima

Page 33: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

33

Taxa de revisão de planos de manutenção/substituição de equipamentos

Taxa que indica o percentual de planos de manutenção/substituição de equipamentos que foram revisados

A razão entre o número de planos de manutenção/substituição de equipamentos que foram revisados e o número total de planos de manutenção/substituição existentes

Semestralmente

Mínima

Taxa de utilização de modais fora de planejamento

Taxa que indica a acurácia de planejamento do fluxo de utilização do modal

Razão entre o número de viagens ou fluxos de movimentação fora do planejamento realizados utilizando a infraestrutura do modal

Diariamente

Mínima

Taxa de ocorrências de conflitos operacionais de utilização de modais

Taxa que indica o percentual viagens ou fluxos de movimentação no modal que causaram conflitos operacionais

Razão entre o número de viagens ou fluxos de movimentação no modal que causaram conflitos operacionais e o número total de viagens ou fluxo de movimentação realizados

Diariamente

Mínima

Taxa de demandas de utilização de modais não previstas

Taxa que indica o percentual viagens ou fluxos de movimentação no modal que de caráter urgente ou emergencial

Razão entre o número de viagens ou fluxos de movimentação no modal de caráter urgente ou emergencial e o número total de viagens ou fluxo de movimentação realizados

Diariamente

Mínima

Taxa de atrasos decorrentes de falha no controle operacional

Taxa que indica o percentual de atrasos decorrentes de falhas de controle operacional

A razão entre o número de atrasos de viagens ou fluxos de movimentação no modal ocorridas por falha de controle operacional e o número total de atrasos em viagens ou fluxos de movimentação

Diariamente

Mínima

Taxa de ocorrências de dificuldades de controle de utilizações de modais devido a falhas mecânicas/elétricas/computacionais

Percentual de ocorrências de dificuldades de controle de utilizações de modais devido a falhas mecânicas/elétricas/computacionais

Razão entre o número de ocorrência de dificuldade de controle de utilizações de modais ocorridas devido a falhas mecânicas/elétricas/computacionais e o número

Page 34: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

34

total de ocorrência dessas dificuldades

Diariamente

Mínima

Taxa de realização de manutenções periódicas de infraestrutura de modais

Percentual de realização de manutenções periódicas de infraestrutura de modais

Razão entre o número de manutenções periódicas de infraestrutura de modais planejadas realizadas e o número total planejado

Mensalmente

Máximo

Realização de manutenções não planejadas na infraestrutura de modais

Percentual de realização de manutenções não planejadas de infraestrutura de modais

Razão entre o número de manutenções não planejadas de infraestrutura de modais e número total de manutenções realizadas na infraestrutura de modais

Mensalmente

Mínimo

Taxa de realização de manutenções periódicas em veículos

Percentual de realização de manutenções periódicas em veículos

Razão entre o número de manutenções periódicas em veículos planejadas realizadas e o número total planejado

Mensalmente

Máximo

Realização de manutenções não planejadas em veículos

Percentual de realização de manutenções não planejadas em veículos

Razão entre o número de manutenções não planejadas em veículos e número total de manutenções realizadas na em veículos

Mensalmente

Mínimo

Ocorrência de incidentes

Quantidade de incidentes ocorridos nos modais

O número total de incidentes reportados ocorridos na modal

Mensalmente

Mínimo

Taxa de incidentes com comprometimento de vidas humanas

Taxa que indica o percentual de incidente ocorridos que comprometeram vidas humanas

Razão entre o número de incidentes ocorridos nos modais que comprometeram vidas humanas e o número total de incidentes ocorridos nos modais

Mensalmente

Mínimo

Taxa de incidentes com danos ecológicos

Page 35: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

35

Taxa que indica o percentual de incidente ocorridos causaram danos ecológicos

Razão entre o número de incidentes ocorridos nos modais que causaram danos ecológicos e o número total de incidentes ocorridos nos modais

Mensalmente

Mínimo

Taxa de pedidos entregues dentro do prazo

Taxa que indica o percentual de entregas realizadas dentro do prazo

Razão entre o número de pedidos entregues no prazo e o número total de pedidos

Mensalmente

Máximo

Lead time médio de processamento de pedidos

Valor que indica o tempo médio gasto para processar solicitações de pedidos

Média dos lead-times (tempo total gasto do início ao fim do processo) registrados para o processamento dos pedidos

Semanalmente

Mínimo

Taxa de entregas comprometidas por incidentes logísticos

Taxa que indica o percentual de entregas que tiveram suas datas comprometidas por incidentes logísticos

Razão entre o número de entregas que com datas comprometidas devido a incidentes logísticos e o número total de entregas

Semanalmente

Mínimo

Pedidos - quantidade entregue e demandada

Valor médio de atendimento de solicitação de pedidos

Média das quantidades entregues nos pedidos e as quantidades solicitadas

Mensalmente

Máximo

Custo médio do R$/Km de entregas

Valor médio de custo por distância das entregas realizadas

Média das razões entre custo de frete e a distância percorrida para a entrega dos pedidos

Mensalmente

Mínimo

Ocorrências de falta de combustíveis para geração de energia

Quantidade de ocorrências relatadas de falha de falta de combustíveis para geração de energia

Número total de ocorrências relatadas de falhas de falta de combustíveis para geração de energia

Mensalmente

Mínimo

Page 36: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

36

Índice de consumo de combustível planejado

Índice que indica quão acurado foi o planejamento de consumo de combustíveis

Média do módulo das diferenças entre o consumo de combustível planejado e realizado

Diariamente

Mínimo

Ocorrências de falta de água potável

Quantidade de ocorrências relatadas de falha de falta de água potável

Número total de ocorrências relatadas de falhas de falta de água potável

Mensalmente

Mínimo

Índice de consumo de água potável

Índice que indica quão acurado foi o planejamento de consumo de água potável

Média do módulo das diferenças entre o consumo de agua potável planejado e realizado

Diariamente

Mínimo

Ocorrências de falta de recursos alimentícios

Quantidade de ocorrências relatadas de falha de recursos alimentícios

Número total de ocorrências relatadas de falhas de falta de recursos alimentícios

Mensalmente

Mínimo

Índice de consumo de consumo de recursos alimentícios

Índice que indica quão acurado foi o planejamento de consumo de recursos alimentícios

Média do módulo das diferenças entre o consumo de recursos alimentícios planejado e realizado

Diariamente

Mínimo

Taxa de realização de manutenções periódicas de infraestrutura de saneamento

Taxa que indica o percentual de realização do plano de manutenção de infraestrutura de saneamento

Razão entre o número de manutenções periódicas de infraestrutura de saneamento realizadas e o número total planejadas

Mensalmente

Máxima

Manutenções imprevistas em infraestrutura de saneamento

Taxa que indica o percentual de manutenções urgenciais e emergenciais em infraestrutura de saneamento

Razão entre o número de manutenções imprevistas realizadas em infraestrutura de saneamento e o número total de manutenções realizadas em infraestrutura de

Page 37: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

37

saneamento

Mensalmente

Mínima

Taxa de remessa de resíduos imprevistas

Taxa que indica o percentual de remessas de resíduos urgenciais e emergenciais

Razão entre o número de remessa de resíduos imprevistas realizadas e o número total de manutenções realizadas em infraestrutura de saneamento

Mensalmente

Mínima

Taxa de execução de manutenções (civil, hidráulica, elétrica, TI) planejadas

Taxa que indica o percentual de realização do plano de manutenções (civil, hidráulica, elétrica, TI)

Razão entre o número de manutenções (civil, hidráulica, elétrica, TI) planejadas realizadas e o número total planejadas

Mensalmente

Máxima

Taxa de demanda de hospedagem planejada

Taxa que indica o percentual de solicitações de hospedagens realizadas antecedência satisfatória

Razão entre o número de solicitações de hospedagens realizadas previamente e o número total de solicitações de hospedagens

Mensalmente

Máxima

Taxa de acomodação despadronizada devido a demandas imprevistas

Taxa que indica o percentual de acomodação de hospedes realizadas fora dos padrões existentes

Razão entre o número de acomodação de hospedes realizadas fora dos padrões existentes e o número total de hospedagens realizadas

Diariamente

Mínima

Taxa de espaços com controle de acesso

Taxa que indica a existência de uma boa infraestrutura de controle de acesso

Razão entre o número de espaços ou ambiente que necessitam controle de acesso e possuem e o número total desses espaços que necessitam controle

Semestralmente

Mínimo

Taxa de documentos protocolados

Taxa que indica o percentual de documentos em que se realiza protocolização

Razão entre o número de documento que foram protocolados e o número total de documentos recebidos

Diariamente

Máximo

Page 38: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

38

Taxa de realização de expurgos planejados de documentos

Taxa que indica a realização percentual dos expurgos planejados de documentos arquivados

Razão entre o número de expurgos de documentos arquivados realizados e o número total de expurgos de documentos arquivados planejados

Mensalmente

Máximo

Page 39: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

39

5. CONCLUSÃO

Esse trabalho se propôs a estudar de maneira generalista toda a operação da indústria do petróleo e gás, as etapas de exploração, perfuração extração, e distribuição, sobretudo a logística necessária para atender as necessidades desse tipo de negócio, para pudesse ser usado como base para a criação de um modelo de indicadores que podem nortear a correta gerência dessa área. Foram propostos, com base na literatura descrita, um ou mais indicadores para atividades, atribuições e responsabilidades do setor de logística da referida indústria que servem para controlar e medir a performance de sua operação. Para que haja sucesso na utilização desse modelo ele precisa estar alinhado com a estratégia da empresa e, além disso, deve ser aplicado junto a um programa de qualidade de dados, para que as fontes de informações que alimentam os indicadores sejam mapeadas e controladas afim de obter a qualidade necessária e atingir o principal objetivo que envolve qualquer tipo de iniciativa de business intelligence: saber, por meio de números, como foi, como está sendo e projetar como será o desempenho da empresa e, dessa forma, tomar decisões que poderiam possibilitar reduzir custos, buscar eficiência e eficácia de processos, diminuir riscos e, sobretudo, gerar vantagem competitiva para o negócio.

5.1. Sugestões de estudo

Foram propostos, nesse trabalho, indicadores para medir ocorrências sobre materiais, então, esses poderiam ser detalhados a nível de grupos ou família de materiais, ou ainda frequências de coleta maiores para materiais de criticidade alta para a operação. Outra sugestão seria incrementar os indicadores que se propõe a monitorar os modais: detalhar para cada modal e submodal e, ainda, complementar com indicadores específicos para cada tipo. Além disso, seria importante que estudos futuros agregassem indicadores reais usados pelas empresas da indústria do petróleo de forma a complementar esse modelo. Para esse fim, além da solução mais óbvia que seria realizar estudos de caso com empresas do ramo, poderiam ser estudadas ferramentas de business Intelligence existentes no mercado que se propõe a auxiliar a gerencia do setor logístico dessa indústria, elas provavelmente possuem muito potencial de agregar consistência de realidade operacional a esse estudo.

Page 40: Um painel de indicadores gerenciais para a logística da industria de petróleo e gás

40

REFERÊNCIAS

BARBIERI, Carlos. Business Intelligence: Modelagem e Tecnologia. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2001. CORRÊA, Oton Luis Silva. Petróleo: Noções sobre exploração, perfuração, produção e microbiologia. Rio de Janeiro: Interciência, 2003. DONATO, Vitório. Logística para a Industria do Petróleo, Gás e Biocombustíveis. São Paulo: Érica 2012 HOLMAGER, Morten. Offshore Book: An introduction to the offshore industry. Esbjerg: Offshore Center Danmark, 2014 HYNE, Norman J. Non-Technical Guide to Petroleum Geology, Exploration, Drilling and Production. Tulsa, Oklahoma: Pennwell, 2001. NOVAES, Antônio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição: Estratégia, Operação e Avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2007.