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UM PEDAÇO DE HISTÓRIA
ABR/JUN 2014
Presidente do Núcleo, General Chito
Rodrigues, Presidentes da Liga dos
Combatentes, Paulo Neto, Presidente
Honorário do Núcleo de Lagoa/
Portimão, Monsenhor Cupertino, Jaime Marques, Presidente da Comissão de
Honra do Monumento e Drª Isilda
Gomes, Presidente da Câmara Munici-
pal de Portimão que realçou a importân-
cia deste Monumento para a Cidade.
O esforço e dedicação de toda a dire-
ção, sócios e apoiantes permitiu que
esta importante obra que pertence a
todos os Portimonenses, fosse única e
exclusivamente paga pelos sócios do
Núcleo, sem nenhum apoio financeiro
de origem pública. É importante referir que todo o apoio logístico e humano
para a construção do monumento foi
facultado pela Câmara Municipal de
Portimão.
A ambição desta direção não finda neste
monumento, pois já existem negociações
com autarquias limítrofes para iniciar pro-
jetos de implementação nesses concelhos
de Monumentos ao Combatente. DT
Após muitos anos de diálogo entre o
Núcleo e as entidades municipais,
com o fim de habilitar a cidade de
Portimão com um Monumento que
evocasse a Memória daqueles que partiram em pleno palco da Guerra do
Ultramar, conseguimos chegar à linha
da meta estabelecida e inauguramos
no passado dia 9 de Abril o sonho de
anos.
Muito mais que um monumento, este
“Memorial” evoca o nome dos Com-
batentes que morreram em teatro de
guerra pela defesa da Pátria, em
Angola, Moçambique e na Guiné.
A afluência da população durante a
cerimónia foi bastante significativa, onde todos tiveram a oportunidade de
ouvir muitos dos intervenientes no
processo de instalação do Monumen-
to, entre os quais, Jaime Marreiros,
NÚCLEO LAGOA/PORTIMÃO DA LIGA DOS COMBATENTES TRIMESTRAL EDIÇÃO 02
EDITORIAL - 02
DESTAQUES E LITERATURA - 03
NOTÍCIAS DO NÚCLEO - 04
DIREÇÃO CENTRAL E NÚCLEOS -05
FOTOGALERIA - 06 / 08
DISCURSOS E ALUCAÇÕES - 09 / 11
PASSATEMPOS - 11
MEMÓRIAS E PASSATEMPOS - 12
DESTAQUE PRINCIPAL - 13
DIRECTOR: JAIME MARREIROS DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Página 2
GOLPE DE MÃO - EDITORIAL
O editorial desta publicação nunca
seria este. O outro o original já estava
pronto e sairá no próximo número,
mas este tem todo o significado, pelo
que leremos à frente. Como todos os sócios que receberam
o primeiro número, se identificaram
com o nome "O Aerograma". Nós
também, por isso o escolhemos. Ago-
ra verificam pelo cabeçalho que o
nome da publicação passou a denomi-
nar-se "Golpe de mão". Pois bem
passemos à devida e merecida expli-
cação.
"Checas", "maçaricos", "piriquitos"
conforme a "província" nestas andan-
ças escolhemos o nome que mais nos agradava e esse foi o aerograma.
Caminhamos para o registo na ERC
(Entidade Reguladora da Comunica-
ção), onde se fazem os registos ofi-
ciais de todas as publicações. Aí
fomos informados que o nome já
tinha a "patente" registada.
Entramos em contacto com os respe-
tivos "proprietários" do nome, os
camaradas da ACUP (Associação
Combatentes do Ultramar Português) sediada em Castelo de Paiva, que
depois de alguns percalços e muito
tempo de espera nos autorizaram a
publicar, com a reserva normal de e
sito "Quando a ACUP necessitar da
publicação desse titulo de jornal, infor-
mará com antecedência o referido Núcleo de Lagoa-Portimão para a
devolução aos proprietários legítimos".
Postas as coisas neste pé, insistir no
nome seria o mesmo que plantar bata-
tas na terra do vizinho como diz o povo
e bem. Optámos pela escolha de outro
nome e este recaiu no "Golpe de mão"
até porque o jornal está concluído des-
de 20 de Abril, aguardando apenas e só
o número de registo da ERC, sem o
qual não deverá ser publicado sob pena
de recaírem sobre nós multas e despe-sas desnecessárias, para além de outros
inconvenientes.
É preferível atrasar como foi a nossa
opção e sair devidamente legal que
viver eternamente na incerteza do
machado cair sobre as nossas cabeças a
qualquer momento.
Neste período bastante difícil para toda
a direção que se comprometeu a fazer
sair edições trimestrais, o segundo tri-
mestre só é possível fazer sair agora por estes motivos que pensamos esta-
rem bem explícitos e corretamente
explicados.
Aquando da nossa tomada de posse esta
publicação foi um dos pontos que nos
propomos a concretizar e ao findar o
mandato pensamos que estará cumprida. Queremos agradecer especialmente à D.
Alice Leal da ERC que teve a paciência
e competência de nos ajudar em tempo
útil, na concretização desta edição, pois
na mesma já consta o nosso número de
inscrição.
Uma palavra também de agradecimento
aos camaradas da ACUP, pela disponi-
bilidade. Como devem calcular a nossa
opção foi a melhor para nós apesar do
nome que é vosso, também o temos no
coração. Voltem depressa com a vossa publicação.
Tudo faremos para que o "Golpe de
mão" seja o espelho da nossa vitalidade
e veículo transmissor das tarefas que
vamos levando a cabo, dando conheci-
mento a todos e em especial aos sócios
da razão da nossa existência.
Apelo a nos enviem por carta ou e-mail
as vossas vivências na guerra do ultra-
mar e façamos do "Golpe de mão" o
nosso jornal. JM
Jaime Marreiros, Presidente do
Núcleo Lagoa/Portimão da Liga dos
Combatentes
“GOLPE DE MÃO”: A NECESSIDADE DA MUDANÇA
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GOLPE DE MÃO- DESTAQUES E LITERATURA
LITERATURA DE GUERRA
No passado dia 9 de Abril, pelas
9h30 da manhã realizou-se junto ao
Monumento dos Combatentes do
Ultramar a Cerimónia do dia do
combatente, data que se evoca a memória da Batalha de La Lys,
Batalha da 1ª Guerra Mundial que se
deu na Flandres, Bélgica. La Lys
marcou negativamente a participa-
ção portuguesa na Grande Guerra,
onde o Corpo Expedicionário Portu-
guês foi praticamente dizimado pelo
Exército Alemão. Esta Batalha cons-
titui a segunda maior catástrofe mili-
tar Portuguesa, logo a seguir à bata-
lha de Alcácer Quibir, em 1578.
É importante referir que a cerimónia
foi orientada pelo presidente do
Núcleo, Jaime Marreiros. Assistiu
o Sr. Presidente da Assembleia
Municipal Dr. Águas da Cruz que
proferiu algumas palavras alusivas ao ato, bem como um pelotão do
exército, proveniente do R.I. n.º 1,
comandado pelo Sr. Maj. Oliveira,
a fanfarra dos bombeiros de Porti-
mão e a Associação de paraque-
distas do Algarve que com um
grande sentimento de camarada-
gem e sentido de Pátria decidiu
colocar uma Coroa de flores na
base do Monumento para evocar a
Memória de todos aqueles que
deram a vida pela Pátria. JM
“1914 – Portugal no ano da grande guerra” é o mais recente livro do jornalista do semaná-
rio Expresso Ricardo Marques que chegou no passado dia 04 de Abril às bancas.
A obra retrata o quotidiano dos portugueses no ano em que eclodiu a Primeira Guerra Mun-
dial e apresenta os factos mais relevantes da vida social, política e económica do país, mas
também da ciência, das artes, do desporto e do crime.
“1914 – Portugal no ano da grande guerra”
C E R I M Ó N I A
do dia do Combatente em
Lagoa
NOVOS SÓCIOS DO NÚCLEO DE LAGOA/PORTIMÃO
Silvía Maria Conceição Barreiros
Sócio nº 172314
Data de Início: 11/02/2014
Manuel Messias Vasques
Sócio nº 172356
Data de Início: 05/03/2014
Página 4
O GOLPE DE MÃO - NOTÍCIAS DO NÚCLEO
O Núcleo Lagoa-Portimão esteve
presente nas cerimónias do 05 de
Abril, Dia do Combatente no Mos-
teiro de Santa Maria da Vitória na
Batalha, comemorando também o início do Centenário da Primeira
Grande Guerra.
Estiveram em representação do
Núcleo o Presidente Jaime Marrei-
ros e os Vogais Aparício Henrique,
Manuel Rodrigues e Silva Nunes
que foi porta-estandarte nos desfi-
les e durante a missa de Sufrágio
pelos Combatentes falecidos na
Igreja do Mosteiro que se iniciou
pelas 10H45M.
Houve alocações do Presidente da Direção Central da Liga dos Com-
batente Gen. Chito Rodrigues e do
Chefe do Estado Maior General
das Forças Armadas Gen. Artur
Neves Pina Monteiro, que aludi-
ram entre variadíssimos assuntos
da atualidade, ao papel preponde-
rante e meritório da LC em defesa
dos mais desfavorecidos no forta-
lecimento da mesma.
A Secretaria de Estado Adjunta da Defesa Nacional Dra. Berta de
Melo Cabral, representou o Gover-
no e o Ministério.
Seguiu-se um almoço de confrater-
nização no Regimento de Artilha-
ria 4 em Leiria.
Durante a cerimónia houve oportu-
nidade dos elementos da Direção
trocarem algumas impressões com
o Sr. Gen. Rocha Vieira, insigne
Lagoense, que dispensa sempre um
carinho muito especial e amigo a
este Núcleo.
JM
CERIMÓNIAS DO 5 DE ABRIL NA BATALHA
Parada militar na Batalha
ACTA PRIMEIRA DA SUB-AGÊNCIA DE PORTIMÃO DA LIGA DOS COMBATENTES
É com enorme prazer que o
“Golpe de mão” tem oportunidade
de mostrar a primeira Acta da
então dominada Sub-Agência de
Portimão da liga dos Combatentes. Nesta Acta Manuscrita, que se
encontra em relativo bom estado e
que data do longínquo ano de
1988, podemos conferir a primeira
nomeação para a comissão admi-
nistrativa da Sub-agência de Porti-
mão. Este documento já faz parte
do nosso arquivo Histórico que
pretendemos salvaguardar.DT
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GOLPE DE MÃO - DIRECÇÃO CENTRAL E NÚCLEOS
Campanha Exclusiva para Asso-
ciados da Liga dos Combatentes /
Vodafone
A Liga dos Combatentes assinou
um protocolo para uma campanha
exclusiva com a Vodafone, designa-
da “Campanha de Associados”, que
tem por objetivo diminuir os custos das comunicações móveis dos seus
Sócios.
Na realidade, os Sócios beneficia-
rão da adesão àquele protocolo que
pode ser efetuada pela Internet,
através do endereço: campa-
nhas.vodafone.pt, seguindo as ins-
truções que forem dadas, ou pes-
soalmente numa loja Vodafone,
sendo portador dos seguintes docu-
mentos: cópia (frente e verso) do
BI / Cartão de Cidadão / Passa-
porte, cópia do Cartão de Con-
tribuinte, comprovativo de
morada e comprovativo das
quotas em dia. Devendo proce-der à entrega destes documen-
tos.
De salientar que a adesão só
pode ser efetuada pelos Sócios
que tiverem as quotas em dia.
No passado dia 1 de Junho, foi
inaugurado na Vila de Ribeirão,
um Monumento de Homenagem
às Mães e aos Combatentes do
Ultramar, naturais daquela Vila, numa cerimónia promovida pelo
Núcleo de Ribeirão da Liga dos
Combatentes. O referido Monu-
mento, localizado no Souto de
Santa Ana, próximo da sede do
Núcleo, é constituído por uma
base, encimada por dois peque-
nos lagos em forma de semicír-
culo, sobre a qual assenta a figu-
ra da Mulher portuguesa simbo-
lizando a Mãe de milhares de
cidadãos portugueses anónimos que, um dia, foram chamados a
pegar em armas para responder
àquilo que o regime politico, de
então, entendeu ser legitimo
defender, da agressão e interes-
ses estrangeiros.
A figura representando a Mãe,
corporiza o sentimento de
alguém que vê o filho afastar-se
para longe de sua casa, do seu
lar, para um local longínquo, desconhecido, cheio de incerte-
zas e perigos vários, no cum-
primento de um dever. A pri-
meira figura representa um
soldado uniformizado e atavia-
do a rigor, acompanhado pelo saco mochila, tal como impu-
nham as regras militares naque-
la época. A terceira figura pre-
tende representar o regresso do
Combatente, devidamente uni-
formizado, batendo à porta de
casa, de surpresa, num gesto
simbólico de dever cumprido.
Este trio figurativo – represen-
tado pelo soldado que parte,
pela Mãe triste e angustiada
que assiste impotente ao adeus do seu ente querido e pelo seu
regresso inesperado são e salvo
– pretende exprimir o senti-
mento vivido pelos Combaten-
tes da Vila de Ribeirão, mas
também, de certa forma, tradu-
zir o estado de espírito nacio-
nal, que se verificou um pouco
por todo o território português,
provocado pela nossa odisseia
ultramarina, desde o início de 61 até 74 do século passado.
INAUGURAÇÃO do Monumento às Mães e aos
Combatentes do Ultramar da
Vila de Ribeirão
No passado dia 9 de Abril
(Dia do Combatente), realizou
-se no mosteiro da Batalha, a
habitual cerimónia militar anual de comemoração ao
combatente. Estiveram pre-
sentes altas entidades milita-
res, os três ramos das forças
armadas e representações dos
vários Núcleos Nacionais da
Liga dos Combatentes.
Cerimónia do dia do Combatente, no Mosteiro da Batalha
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GOLPE DE MÃO- FOTOGALERIA
Almoço Convívio, realizado na casa das artes
Em clima de grande confraternização e amizade, sócios e familiares do Núcleo de Lagoa/Portimão da Liga dos Combaten-
tes, estiveram presentes no passado dia 8 de Março em mais um almoço convívio, desta vez realizado no restaurante “Casa
das artes em Portimão.
Página 7
GOLPE DE MÃO - FOTOGALERIA
CERIMÓNIA DE INAUGURAÇÃO DO MONUMENTO AO COMBATENTE, EM PORTIMÃO
A cerimónia de inauguração do monumento
aos combatentes na cidade de Portimão foi um
ato que não só encheu de orgulho todos os
elementos ligados diretamente a este projeto,
mas que também encheu de orgulho e satisfa-ção uma população Portimonense que compa-
receu no local e que sentiu com muita emoção,
por vezes expressa no rosto, a evocação a
todos os seus conterrâneos mortos em comba-
te, cuja a memória foi imortalizada, no granito
do nosso Monumento. DT
Da esquerda para a direita: Sr. Jaime Marreiros, Gen. Chiti Rodrigues e
Drª Isilda Gomes
Homenagem aos Camaradas mortos em Combate
Forças militares em Parada
Discurso do Presidente do Núcleo Lagoa/Portimão - Jaime Marreiros
Perspetiva global da cerimónia
Página 8
GOLPE DE MÃO - FOTOGALERIA
FOTOCRONOLOGIA DO MONUMENTO AO COMBATENTE NA CIDADE DE PORTIMÃO
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O AEROGRAMA - DISCURSOS E ALUCAÇÕES
Hoje é um dia histórico para os Combatentes do Ultramar, suas famílias e para a cidade de Portimão.
Estamos a comemorar 2 efemérides e uma inauguração, muito importantes na vida dos Portugueses e dos Com-
batentes Portimonenses.
Em 28 de Julho de 1914 inicia-se a Primeira Guerra Mundial, comemorando-se este ano o centésimo aniversário
desse acontecimento.
A Liga dos Combatentes está empenhada nestas comemorações a nível nacional e este Núcleo a nível local.
Comemora-se no próximo dia 25 o 40.º aniversario de Abril.
Hoje, aqui e agora comemora-se a inauguração deste Monumento aos Combatentes Portimonenses na Guerra do
Ultramar.
O 09 de Abril é um dia muito especial para todos os Combatentes dado ser o Dia do Combatente. Foi escolhido
por ser uma data em que o Corpo expedicionário Português foi quase completamente dizimado pelo Exército
Alemão no final da Grande Guerra em 1918 em La Lys na Baixa Flandres.
Para nós, Portimonenses, passará também a ser um dia de comemoração pela construção deste Monumento que
recorda os seus heróis desconhecidos, caídos em defesa da Pátria, honrando as Forças Armadas de Portugal e a
cidade que os viu nascer. Vamos recordá-los por ordem alfabética;
ANGOLA:
- ALBERTINO SEQUEIRA CARDEIRA - 2.º Sarg Paraquedista;
- CARLOS ALBERTO SILVA MATIAS - Furriel de Eng.ª;
- CASIMIRO MANUEL MARTINS GREGORIO - Fur. Mil.º;
- FERNANDO ALBERTO ROMÃO ANTONIO - Sold. Cav.ª;
- JORGE MANUEL ROSA MIGUEL - 1.º Cabo Inf.ª;
- JORGE ROCHA GENS FERREIRA - Furriel Mil Vagomestre;
- RAFAEL JOSE LEANDRO MOREIRA - Sold. Mecânico Auto;
- VALDEMAR DOS SANTOS NUNES - Sold. Art.ª;
- VICTOR DA CONCEIÇÃO SILVA - 1.º Cabo Inf.ª;
GUINÉ:
- FERNANDO MANUEL NUNES CABIDO - 1.º Cabo Mil.º
- JOSÉ MANUEL CARACOL BONECA - Furriel Mil.º;
- JOSÉ MANUEL LOPES MARTINS - 1.º Cabo Caixeiro;
- JULIO DOMINGOS CORREIA SEQUEIRA - Fur. Mil.º Transmi;
-* LUIS FRANCISCO DA COCEIÇÃO JOIA - 1.º Cabo Atirador;
- MANUEL ANTONIO DOS SANTOS VIEIRA - Sol. Condutor;
DISCURSO DO PRESIDENTE DO NÚCLEO DE LAGOA/PORTIMÃO, SR. JAIME MARREIROS EM OCASIÃO DA INAUGU-
RAÇÃO DO MONUMETO AO COMBATENTE NA CIDADE DE PORTIMÃO
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GOLPE DE MÃO - DISCURSOS E ALUCAÇÕES
MOÇAMBIQUE;
- ADELINO CONCEIÇÃO JORGE DA SILVA, 1.º Cabo PM;
- ANTONIO JOSE JESUS FILIPE, 1.º Cabo Art.ª
- CARLOS ALBERTO FERRO DA SILVA VICENTE, Sol. Inf.ª;
- MANUEL JOSE MORTEIRO, Sold Cav.ª
Destes 19 Combatentes 3 desconhece-se o local onde se encontram os seus restos mortais.
10 estão no cemitério desta cidade. Dos restantes 6 sabemos que se distribuem em Benguela, Ambrizete, Quite-
xe, Lagoa Algarve, Açores e o *ultimo foi um dos 47 que morreram afogados no rio Corubal quando a jangada
em que vinham se afundou durante a retirada de Medina do Boé a 06 de Fevereiro de 1969, não tendo o seu cor-
po sido recuperado.
Quero fazer alguns agradecimentos sem os quais este Monumento não seria possível.
Quero agradecer particularmente ao sócio José Rosa Sampaio, pelo elevado trabalho de pesquisa em nomes,
datas e locais, sobre estes Combatentes de Portimão, tendo expandido esse trabalho a outros concelhos que são
um marco inquestionável de carinho e abnegação.
Quero agradecer de uma forma muito especial ao autor desta obra. Mário Alberto Lélis Cruz, sócio e membro
do conselho fiscal, deste Núcleo, que sem formação académica, para o efeito, conseguiu traduzir na pedra o
espírito de união dos Combatentes. Só quem viveu e conviveu aqueles dois anos em condições muitas vezes
adversas e perigo da própria vida pode ter o sentimento que se sente ao olharmos para isto. Sente -se a alma e vê
-se o espírito de sobrevivência do Combatente.
Uma menção especial para o meu camarada de Direção Francisco Vieira da Silva, que em total espírito de cola-
boração e disponibilidade viveu todo este processo como se de um filho se tratasse. Francisco o nosso agradeci-
mento.
- 5 -
Quero agradecer ao Sr. Cor. Jaime Sequeira Marques ter aceite o convite para presidir á construção deste Monu-
mento, tornando-se num elo de ligação perfeito, com as varias entidades que foram contactadas, sempre num
espírito de colaboração permanente
Quero agradecer à Sra. Presidente da C M Portimão, Dra. Isilda Gomes, que pouco tempo após a tomada de pos-
se soube com sabedoria, competência e um carinho muito especial que sei que tem pelos Combatentes e muita
coragem, com poucos meios económicos ao seu dispor, desbravou as aberturas para a concretização deste
sonho, que nos persegue há muitos anos. Colocou ao nosso dispor toda a parte logística que foi possível, para
em tempos difíceis e de parcos recursos económicos, colocarmos este Monumento de pé quase em tempo recor-
de. Muito Obrigado Sra Presidente.
Uma palavra também de agradecimento ao anterior Presidente Dr. Manuel da Luz que nos abriu as portas da
Câmara para encetarmos um processo de instalação que teimava em se prolongar inexplicavelmente e que foi
ultrapassado com sua iniciativa. Muito Obrigado também amigo Manuel.
Quero agradecer de uma forma muito particular aos familiares aqui presentes porque sei quão difícil e doloroso
é perder aqueles que nos são tão queridos e que partiram na flor da vida em defesa da Pátria. Estejam eles onde
estiverem estarão sempre nos nossos corações e nas nossas memórias.
Por ultimo uma referencia especial a todos os Sócios e simpatizantes deste Núcleo que contribuíram, económica
e orgulhosamente para a sua construção. Este Monumento foi construído apenas e só com as suas dádivas, não
havendo donativos ou entregas de firmas, entidades ou associações, dada a época em que vivemos, por isso este
Monumento é dos sócios e para os sócios.´
Os tempos são de crise económica para a Câmara Municipal, para as firmas, para as famílias, mas apesar destas
vicissitudes o Núcleo Lagoa/Portimão e Liga dos Combatentes quis dizer PRESENTE, porque entendemos que os
nossos concidadãos, antigos Amigos e a cidade de Portimão merecem ter uma obra de arte como esta.
Temos que recordar à nossa Juventude e essa missão cabe-nos a todos, que houve filhos desta terra que deram a vida
pela Pátria. A cidade de Portimão enriquece hoje com este Monumento que faz perpetuar neste granito de Angola os
seus ditosos filhos caídos nos anos 60 e 70 numa guerra que não queriam e não compreendiam, mas que tiveram que
fazê-la em nome de uma Pátria una e indivisível.
Não posso terminar sem recordar com saudade um Homem Grande Portimonense que foi Presidente deste Núcleo,
para mim uma referência e que foi um privilégio conviver algumas vezes. Militar integro, humanista, reconquistador
de Nambuangongo, Herói Nacional e que hoje estará satisfeito por saber que foi feita justiça nesta cidade. Bem haja
Sr. Coronel ARMANDO DA SILVA MAÇANITA.
Hoje cada um de nós sai daqui, vai para casa e á noite dormiremos mais descansados, mais em paz, mais tranquilos,
porque foi feita justiça aos nossos Amigos, aos nossos Irmãos e aos nossos familiares.
VIVA O NÚCLEO LAGOA PORTIMÃO
VIVA A LIGA DOS COMBATENTES.
VIVA PORTIMÃO
VIVA PORTUGAL
Portimão, 09 de Abril de 2014
Jaime Marreiros
Presidente do Núcleo Lagoa Portimão
GOLPE DE MÃO - DISCURSOS E ALUCAÇÕES
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MEMÓRIAS E SAUDADE
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GOLPE DE MÃO - MEMÓRIAS E PASSATEMPOS
Como foi apresentado na 1ª edição do “O AEROGRAMA”, o título do nosso antigo jornal, todas as nossas edições
vão ter um espaço dedicado a histórias passadas, que por vezes quase esquecidas e que agora podem ser relembra-
das e imortalizadas neste nosso espaço. Nesta segunda edição do nosso boletim, vamos ter uma homenagem ao
Aerograma, escrita em prosa pelo nosso camarada Carlos Bicheiro e teremos o prazer de ler um poema que evoca
os cem anos do começo da 1ª Grande Guerra, escrita pelo nosso estimado sócio Deodato Paias. DT
A ENERGIA DO AEROGRAMA
Só quem andou em terras de África, na defesa do que era então considerada a soberania nacional, conhece a força psicológica de um papelinho batizado de aerograma.
Estes eram fornecidos gratuitamente, tendo na sua essência o Movimento Nacional Feminino e não necessitava de levar selo postal. Dessa forma, as famílias, os amigos e os militares podiam estabelecer o contato entre si, de uma forma fácil e economicamente vantajo-
sa.
Vezes sem conta, vimos aerogramas aproveitados, com a escrita a ocupar todos os cantinhos destes. Neste particular, merece destaque o grande trabalho desenvolvido pelo S.M.P. (Serviço Postal Militar), que colocava o correio nos
sítios mais isolados. Em boa hora, o Núcleo de Portimão/Lagoa da Liga dos Combatentes, pretendeu homenagear o tal “papelinho”, de cor amarelada ou até
esverdeada, que levava a mensagem aos jovens destacados lá longe, onde não existiam telefones, faxes, telemóveis, e-mails, internet, entre outros.
Hoje é fácil mas, há quarenta ou cinquenta anos, o isolamento existia mesmo. Somos testemunhas desse facto, onde um simples aerograma, representava o sol, a esperança, a alegria, a exaltação.
Algumas vezes, no nosso serviço, lá nos confins do Niassa em Moçambique, competiu-nos distribuir o correio pelo pessoal da nossa unidade e que acabara de chegar do S.P.M.
Os militares que recebiam aerogramas, davam saltos de alegria, tal como os jogadores de futebol acabados de marcar golo. Ao contrário, aqueles que nada recebiam, ficavam tristes, acabrunhados (como se fossem os jogadores de futebol que sofriam o golo).
Ao pessoal em locais isolados, o correio chegava a ser atirado do aviãozinho ou do helicóptero da Força Aérea (outra homenagem que deve ser prestada), o que provocava manifestações de alegria em terra.
O aerograma vai continuar vivo, agora como jornal do Núcleo de Lagoa/Portimão da Liga dos Combatentes. Daqui, exortam-se os guerreiros a escreverem as suas experiências sobre os aerogramas e sobre as histórias que os mesmos representa-
vam. Que viva o aerograma!
Portimão, 17 de Março de 2014
Carlos Bicheiro
POEMA SOBRE A
1ª GRANDE GUERRA
Em 28 de Julho de 1914 começou A primeira Grande Guerra Mundial
Muitos dos militares não regressou À sua terra e família em Portugal.
Tropas de Portugal participaram
Nesse despropositado cenário Milhares de militares enviaram
Faz este ano o primeiro centenário.
A nove de Abril de 1918 o combate
Que iniciou logo de madrugada O bombardeamento disparate
Com os gases de fosgénio e mostar-da.
Além das poderosas granadas
O combate foi muito violento Cerca de quinze mil granadas
Durante o intenso bombardeamento.
Derrotados sem comunicações Com milhares de mortos e feridos
A grande maioria sem munições Quando pelos alemães surpreendi-
dos.
Reagiram com firmeza defensiva Contra uma força muito poderosa
Que avançava na arrojada ofensiva Com uma enorme força aparatosa.
De recordar aqui o soldado Milhões
Enaltecendo a nobreza e valentia Sozinho e em penosas condições
Mostrou do português a teimosia.
Lagoa, 09 de Abril de 2014 Deodato António Paias
1. O Boletim do Núcleo Lagoa/Portimão da Liga dos Combaten-
tes, rege-se como uma publicação informativa aos Sócios, inde-
pendente de qualquer poder politico, económico, religião ou
partidário.
2. É uma publicação autónoma de Sócios para Sócios de Comba-
tentes para Combatentes.
3. Trata-se de uma publicação trimestral, que respeita os princí-
pios deontológicos e convicções do seu quadro de colaboradores,
dentro dos limites impostos por essa mesma deontologia de
imprensa.
4. É um espaço lúdico de passatempos próprios para os Sócios,
que podem e devem colaborar com as suas histórias, alimentando
o Boletim com as suas vivências durante a Guerra do Ultramar.
ESTATUTO EDITORIAL
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O AEROGRAMA - DESTAQUE PRINCIPAL
Com a presença da Secretária de
Estado Adjunta e da Defesa Nacio-
nal, Dra. Berta Cabral e do Presi-
dente da Liga dos Combatentes,
General Chito Rodrigues tiveram lugar, no dia 12 de abril de 2014,
em Richebourg e La Couture, as
cerimónias evocativas do 96.º Ani-
versário da Batalha de La Lys, onde
em 09 de abril de 1918 as forças do
Corpo Expedicionário Português
(CEP), integrado no XI Corpo do
Exército Inglês se bateu com digni-
dade e contribuiu com o seu sacrifí-
cio para a decisão final da guerra,
favorável às Forças Aliadas.
Em Richebourg, com as presenças do Perfeito de Calais, presidentes
das Câmaras de Richebourg e La
Couture, bem como um pelotão das
Forças Armadas Francesas, que
prestou Honras militares, o Cônsul
de Portugal em Paris, em represen-
tação do Embaixador de Portugal
em França, o General Cordeiro,
representante militar em Bruxelas e
representando o Chefe de Estado-
maior General das Forças Armadas Portuguesas, igualmente muitas
Associações de Combatentes de
França e de portugueses em França,
bem como uma significativa repre-
sentação militar de Bruxelas. A Liga
dos Combatentes através do seu Presi-
dente teve oportunidade de homena-
gear as cidades de Arras e Lille pelo
apoio dado aos Combatentes portugue-ses durante a Grande Guerra e condu-
ziu à atribuição da Torre e Espada,
Valor. Lealdade e Mérito àquelas cida-
des.
Por isso foi distribuído aos represen-
tantes daqueles municípios franceses o
Diploma de Sócios Honorários da Liga
dos Combatentes, na linha de decisão
tomada anteriormente em Assembleia-
geral da Liga. Já em La Couture nova-
mente foi servido um almoço a todos
os participantes onde não faltou o Fado de Coimbra e um Rancho Folclórico.
O almoço organizado pelo Maire de La
Couture teve igualmente o apoio do Sr.
Marques, Presidente do Núcleo de
Richebourg e da Associação Franco-
portuguesa, bem como da sua família.
96.º ANIVERSÁRIO DA EVOCAÇÃO DA BATALHA DE LA LYS, EM
RICHEBOURG E LA COUTURE(FRANÇA)
THE COLOUR RUN PORTIMÃO - PORTIMÃO - 10 AGO 2014
XI FEIRA MEDIAVAL DE SILVES - SILVES - 8 A 17 AGOSTO
CONCERTO ANSELMO RALFH - PORTIMÃO (PARQUE FEI-
RAS E EXPOSIÇÕES) - 26 JUL 2014, 22H15
CONCURSO VOZ DE LAGOA - 1 A 29 AGOSTO
Proprietário e editor:
Núcleo Lagoa/Portimão da Liga dos Combatentes
Diretor: Jaime Marreiros
Nº registo: 126567 no ERC
NIF: 500816905
Impressão: Câmara Municipal de Lagoa
Sede redação: Rua Alexandre Herculano, 20
Apartado 265, 8401-903 Lagoa
Tiragem: 400 Unidades
A Direção deste Núcleo agradece reconhecidamente a Câmara Municipal de
Lagoa o apoio prestado, em especial, na impressão deste boletim.
Edição nº 02 ● Trimestral ● Abr/Jun 2014