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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS- GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE POLUIÇÃO HÍDRICA NO DIREITO AMBIENTAL Por: Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira Orientadora Profª. Maria Esther de Araújo Oliveira Niterói 2005

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo

PROJETO A VEZ DO MESTRE

POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA NO DIREITO AMBIENTAL

Por Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Orientadora

Profordf Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Niteroacutei

2005

2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo

PROJETO A VEZ DO MESTRE

POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA NO DIREITO AMBIENTAL

Apresentaccedilatildeo de monografia agrave Universidade Candido

Mendes como condiccedilatildeo preacutevia para a conclusatildeo do Curso

de Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo em Planejamento e

Educaccedilatildeo Ambiental

Por Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

3

Se o homem estaacute em movimento

A aacutegua eacute histoacuteria

Se o homem eacute um povo

A aacutegua eacute o mundo

Se o homem estaacute vivo

A aacutegua eacute a vida

Joseacute Manuel Serrat

El hombre y el agua

4 AGRADECIMENTOS

Aacute memoacuteria do meu pai um homem que me ensinou o valor

da aacutegua para a humanidade

A meu querido companheiro Cleacutelio que tanto me incentivou

nesta pesquisa A Professora Maria Esther pela revisatildeo dos

textos e contribuiccedilatildeo para a confecccedilatildeo desse trabalho

acadecircmico A todos os autores e as autoras que compotildeem

a referecircncia bibliograacutefica desse trabalho

5 DEDICATOacuteRIA

Ao meu querido marido Cleacutelio que tanto colaborou para a

confecccedilatildeo e o aperfeiccediloamento desse trabalho

A Elaine minha filha pela alegria que proporcionou a minha

vida Eacute a um futuro melhor para a humanidade

6 RESUMO

O grande ldquoplaneta aacuteguardquo estaacute passando sede Eacute incriacutevel imaginar que

atualmente dezenas de milhotildees de pessoas vivam com menos de cinco litros de

aacutegua por dia em um planeta que possui 70 de sua superfiacutecie coberta por aacutegua

Eacute certo que a ldquohidrosfera aproveitaacutevelrdquo eacute suficiente para o abastecimento de aacutegua

de toda a populaccedilatildeo da Terra mas ela eacute irregularmente distribuiacuteda A aacutegua como

substacircncia estaacute presente em toda parte mas os recursos hiacutedricos entendidos

como um bem econocircmico e que pode ser aproveitado pelo ser humano dentro de

custos financeiros razoaacuteveis eacute mais escasso O problema da escassez de aacutegua

tornou-se uma seacuteria ameaccedila para o planeta neste terceiro milecircnio Durante muito

tempo acreditou-se que a aacutegua doce da Terra natildeo acabaria nunca Entretanto o

aumento da populaccedilatildeo o desperdiacutecio a poluiccedilatildeo e a crescente urbanizaccedilatildeo sem

um planejamento adequado agravaram com o passar do tempo o problema da

falta de aacutegua Racionamento e disseminaccedilatildeo de doenccedilas satildeo apenas algumas

consequumlecircncias do mau uso dos recursos hiacutedricos Aleacutem do uso inadequado a

distribuiccedilatildeo desigual dos recursos hiacutedricos sobre a Terra e as diferenccedilas de

consumo entre paiacuteses e setores econocircmicos torna o futuro do abastecimento de

aacutegua para as novas geraccedilotildees ainda mais preocupante

Fornecer aacutegua potaacutevel para todos eacute o grande desafio da humanidade para os

proacuteximos anos

7 METODOLOGIA

Esta pesquisa monograacutefica de teor bibliograacutefico e documental foi efetuada

utilizando recursos proacuteprios a partir do desenvolvimento de etapas preacute-definidas

Inicialmente foram realizados levantamentos de algumas Leis sobre os Recursos

Hiacutedricos depois a anaacutelise bibliograacutefica de experiecircncias de autores Partindo

desse ponto para um aprofundamento maior na pesquisa (livros Internet

tabelas reportagens) A siacutentese dos conteuacutedos analisados levou agrave elaboraccedilatildeo de

um relatoacuterio preliminar A discussatildeo e revisatildeo de tal relatoacuterio geraram o relatoacuterio

final da pesquisa

8 SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO

CAPIacuteTULO I ndash 1 POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

CAPIacuteTULO II ndash 2 CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

CAPIacuteTULO III ndash 3 NORMAS REGULADORAS

31 Constituiccedilatildeo Brasileira 88

32 Coacutedigo penal Brasileiro

33 Lei Nordm 960598

34 Lei Nordm 943397

35 LEI Nordm 979599

CONCLUSAtildeO

BIBLIOGRAFIA

ANEXOS

9 INTRODUCcedilAtildeO

Este tema foi escolhido devido agrave aacutegua ser um dos elementos mais

importantes para a manutenccedilatildeo da vida na Terra sua maior ou menor

abundacircncia eacute que determina os ecossistemas existentes no planeta Para que

isso ocorra de maneira beneacutefica para todos os seres a poluiccedilatildeo seja qual for

necessita ser tratada com toda a atenccedilatildeo e precauccedilatildeo

Desde os tempos mais remotos o homem costuma lanccedilar seus detritos nos

cursos de aacutegua Ateacute a Revoluccedilatildeo Industrial poreacutem esse procedimento natildeo

causava problemas jaacute que os rios mares e oceanos tecircm consideraacutevel poder de

autolimpeza de purificaccedilatildeo Com a industrializaccedilatildeo a situaccedilatildeo passou a sofrer

profundas alteraccedilotildees O volume de detritos despejados na aacuteguas tornou-se cada

vez maior superando a capacidade de purificaccedilatildeo dos rios e oceanos que eacute

limitada Aleacutem disso passou a ser despejada na aacutegua uma quantidade de

elementos que natildeo satildeo decompostos pela natureza Tais elementos ndash por

exemplo os plaacutesticos a maioria dos detergentes e os pesticidas ndash vatildeo se

acumulando nos rios lagos e oceanos diminuindo a capacidade de retenccedilatildeo de

oxigecircnio das aacuteguas e consequumlentemente prejudicando a vida aquaacutetica

A aacutegua empregada para resfriar os equipamentos nas usinas termoeleacutetricas e

aacutetomo-eleacutetrico e em alguns tipos de induacutestrias tambeacutem causa seacuterios problemas

de poluiccedilatildeo Essa aacutegua que eacute lanccedilada nos rios ainda quente faz aumentar a

temperatura das aacuteguas e provoca a eliminaccedilatildeo dos animais e plantas laacute

existentes

Como eacute possiacutevel verificar no trecho acima existem inuacutemeras formas

poluidoras que infelizmente comprometem o bom andamento da vida aleacutem delas

existem a poluiccedilatildeo sonora a poluiccedilatildeo atmosfeacuterica a poluiccedilatildeo visual entre

muitas outras mas neste trabalho dar-se-aacute destaque agrave poluiccedilatildeo hiacutedrica

enfrentada atualmente

O principal objetivo eacute fazer um levantamento de artigos e analisar as leis

acerca do tema ldquorecursos hiacutedricosrdquo Este assunto consideraraacute de forma criacutetica e

reflexiva os principais problemas referentes a ldquopoluiccedilatildeo hiacutedricardquo e a sua situaccedilatildeo

num contexto histoacuterico e social

10 CAPITULO I

O que seria a ideacuteia de pureza sem a imagem de uma aacutegua liacutempida e

clara sem esse belo pleonasmo que nos fala de uma aacutegua pura

(Gaston Bachelard)

1 ndash POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

Podemos iniciar com o Art 225 da Constituiccedilatildeo Brasileira de 1988 que

eleva a proteccedilatildeo ambiental agrave categoria de direito fundamental de todo cidadatildeo

ldquoArt225 ndash Todos tecircm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e

essencial agrave sadia qualidade de vida impondo-se ao Poder

Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-lo para as

presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo

Desde os primoacuterdios da civilizaccedilatildeo o homem por meio do progresso

tecnoloacutegico e da expansatildeo demograacutefica tem infelizmente degradado cada vez

mais o meio ambiente em que vive pois necessitam a cada dia de um maior

aproveitamento das mateacuterias-primas dispostas pela natureza Sendo assim com

intenso uso da natureza o homem acaba por danificar a mesma causando

agressotildees violentas contra o meio ambiente este que seria um espaccedilo onde se

encontram os recursos naturais inclusive aqueles jaacute reproduzidos

(transformados) ou degenerados (poluiacutedos) como no caso do meio ambiente

urbano (CUSTOacuteDIO1993)

Assim apoacutes conceituar o meio ambiente elemento fundamental para o

entendimento acerca da poluiccedilatildeo pode-se de maneira ampla poreacutem segura

conceituar poluiccedilatildeo como sendo a ldquodegradaccedilatildeo da qualidade ambiental

resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a sauacutede a

seguranccedila e o bem-estar da populaccedilatildeo criem condiccedilotildees adversas agraves atividades

sociais e econocircmicas afetem desfavoravelmente a biota afetem as condiccedilotildees

esteacuteticas ou sanitaacuterias do meio ambiente lancem mateacuterias ou energia em

11 desacordo com os padrotildees ambientais estabelecidosrdquosup1 ldquoA noccedilatildeo de lsquopoluiccedilatildeorsquo eacute

definida de forma diversa nas legislaccedilotildees vigentes O art 1ordm da lei belga de 26

de marccedilo de 1971 qualifica como tal qualquer contribuiccedilatildeo da atividade humana

que possa alterar a aacutegua em sua composiccedilatildeo ou em sua qualidade de modo a

tornaacute-la inidocircnea ao uso ou de degradaacute-lardquo

Apoacutes a conceituaccedilatildeo de meio ambiente e poluiccedilatildeo nota-se que pelos

conceitos passados eacute possiacutevel encontrar vaacuterias espeacutecies de poluiccedilatildeo no mundo

atual como por exemplo ldquoas poluiccedilotildees sonoras decorrentes da maacutexima

utilizaccedilatildeo dos meios de transportes aeacutereos e terrestres e demais elementos que

emitem ondas sonoras acima de 80 ldquoDbzrdquo tolerados pela lei e pela medicinardquo sup2 a

poluiccedilatildeo visual hoje encarada como natural nas grandes cidades por meio das

propagandas em outdoors a poluiccedilatildeo hiacutedrica atualmente muito comentada e

analisada por pesquisadores e cientistas Essa poluiccedilatildeo eacute causada pela emissatildeo

de dejetos humanos resiacuteduos soacutelidos das mais variadas espeacutecies assim devido

a sua grande interferecircncia na vida dos seres humanos a poluiccedilatildeo hiacutedrica eacute alvo

do trabalho aqui apresentado

A aacutegua possui um ciclo indispensaacutevel agrave vida de qualquer ser vivo ela pode

existir em abundacircncia ou natildeo mas sempre teraacute grande importacircncia agrave vida e

tambeacutem na configuraccedilatildeo dos ecossistemas Mas como sempre existe um lado

negativo as aacuteguas quase sempre satildeo o destino final de quase toda poluiccedilatildeo

produzida pelo homem mas para que ela cesse eacute necessaacuteria uma

conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para que ocorra a conservaccedilatildeo que constitui uma

base de todo um processo de desenvolvimento que possa receber o adjetivo

sustentaacutevel Pensando dessa maneira o uso indiscriminado de agrotoacutexicos na

agricultura associada agrave incidecircncia de chuvas ou mesmo agrave praacutetica de irrigaccedilatildeo

acarreta uma grande contaminaccedilatildeo dos cursos e depoacutesitos de aacutegua incluindo os

lenccediloacuteis freaacuteticos acarretando tambeacutem prejuiacutezos agressotildees agrave sauacutede humana

seja de forma direta ou indireta existem tambeacutem os danos causados agrave flora e

principalmente agrave fauna que satildeo de alta gravidade assumindo dimensotildees

crescentes agrave medida que o uso de atividades agriacutecolas poluidoras se expandem

________________________________________________________________ sup1 - A Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Lei 6938 de 31 de Agosto 1981 Art 3ordm inciso III ndash a b c d e

sup2 - Resoluccedilatildeo CONAMA 00186 sobre Diretrizes Gerais para Uso e Implementaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo do Impacto Ambiental como um dos Instrumentos da Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Art 1ordm inciso I ndash II ndash III ndash IV ndash V

12 impulsionadas pelo crescimento dos mercados interno e externo

A tiacutetulo de exemplo Passos de Freitas exemplifica o problema da seguinte

maneira

ldquoO Brasil nos uacuteltimos anos vem tomando consciecircncia do

problema Afinal um povo que possui os maiores rios do

mundo tem dificuldade em imaginar que pode ficar sem

aacutegua Mas apesar de termos cerca de 137 a aacutegua doce

disponiacutevel no mundo a verdade eacute que os problemas vecircm se

agravando No Nordeste a falta de aacutegua eacute crocircnica No

Sudeste ela eacute abundante poreacutem de maacute qualidade A

invasatildeo de aacutereas de mananciais hiacutedricos pela populaccedilatildeo

carente eacute um dos maiores problemas de Satildeo Paulo Os

dejetos industriais lanccedilados no rio Paraiacuteba do Sul tornam

precaacuteria a aacutegua que abastece o Rio de Janeiro e outras

cidades Falta aacutegua para irrigar os arrozais do Rio Grande

do Sul (2003 p 158)rdquo

Atualmente vaacuterias legislaccedilotildees (ANEXO 1) tecircm a poluiccedilatildeo hiacutedrica como ponto

fundamental na elaboraccedilatildeo de normas para regulamentaccedilatildeo assim como no

Wasserhaushaltsgesetz alematildeo nos sectsect 3 22 26 27 32 ter 38 identificam como

poluiccedilatildeo hiacutedrica como sendo qualquer espeacutecie de ldquotransformaccedilatildeo prejudicialrdquo da

aacutegua mediante alteraccedilatildeo de suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas A

lei francesa de 16 de novembro do ano de 1964 no seu primeiro artigo entende

como poluiccedilatildeo hiacutedrica sendo qualquer operaccedilatildeo apta a provocar ou acrescentar

a degradaccedilatildeo das aacuteguas mediante modificaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas

quiacutemicas bioloacutegicas ou bacterioloacutegicas Mais geneacuterica eacute a conceituaccedilatildeo dada

pela lei holandesa em seu primeiro artigo ldquoqualquer descarga de substacircncias de

qualquer modo prejudiciais agrave qualidade das aacuteguas superficiaisrdquo Assim eacute

possiacutevel verificar a divergecircncia ou a amplitude quanto agrave conceituaccedilatildeo de

poluiccedilatildeo hiacutedrica

13 11 ndash Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

Segundo Ramos 2003 Como fruto da atuaccedilatildeo do homem sobre o meio

ambiente surge o problema da poluiccedilatildeo dos rios lagos oceanos enfim do

sistema hiacutedrico As fontes de poluiccedilatildeo da aacutegua dos rios satildeo advindas dos

esgotos domeacutesticos despejos industriais escoamento da chuva das aacutereas

urbanas e das aacuteguas de retorno de irrigaccedilatildeo (ANEXO 2 fig 1 2 e 3) Desse modo

principalmente no atual seacuteculo o grande crescimento populacional e o

desenvolvimento industrial aleacutem do uso cada vez maior de fertilizantes

quiacutemicos e inseticidas nas lavouras tecircm causado seacuterios danos aos rios e a vida

de modo geral As grandes concentraccedilotildees de nitrogecircnio e foacutesforo usados nos

adubos e fertilizantes constituem um tipo muito comum de poluiccedilatildeo da aacutegua As

enxurradas transportam para os rios os fosfatos e nitratos Estes nutrem as

plantas aquaacuteticas as quais multiplicam-se (especialmente algas) absorvem o

oxigecircnio da aacutegua Por sua vez a falta de oxigecircnio provoca a morte de muitas

plantas e animais que ao se decomporem aumentam a poluiccedilatildeo Aleacutem deste

fato muitos outros satildeo causadores da poluiccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Os inseticidas usados nas lavouras que destroem o fitoplacircncton existente

nos rios o qual eacute responsaacutevel pela renovaccedilatildeo de 70 do oxigecircnio da atmosfera

Os sedimentos que satildeo transportados para os rios pelas enxurradas em

decorrecircncia de praacuteticas agriacutecolas que natildeo se preocupam com a conservaccedilatildeo do

solo Os sedimentos ou detritos natildeo deixam a luz do sol penetrar na aacutegua

dificultando as formas de vida subaquaacuteticas

Quando eacute ultrapassada a capacidade de autodefesa da aacutegua em sanear os

detritos em virtude do excesso de esgoto despejado nos rios ocorre o

aparecimento de gases nocivos agrave vida aquaacutetica

Segundo Ramos 2003 As poluiccedilotildees dos recursos hiacutedricos satildeo classificadas em

Poluiccedilatildeo Bioloacutegica causada pelos esgotos urbanos ou por certas induacutestrias que

lanccedilam substacircncias que favorecem a proliferaccedilatildeo que microorganismos que

consomem grande quantidade de oxigecircnio da aacutegua assim causando a morte de

peixes que ali vivem natildeo por envenenamentos mas sim por asfixia

14 Poluiccedilatildeo Quiacutemica provocadas por substacircncias natildeo biodegradaacuteveis presentes na

aacutegua Satildeo aquelas que natildeo podem ser decompostas pela accedilatildeo dos

microorganismos como metais pesados detergentes herbicidas pesticidas

petroacuteleo e outros

Poluiccedilatildeo Fiacutesica provocada por resiacuteduos radioativos com precipitaccedilatildeo atocircmica

cujo perigo indireto manifestando-se de forma canceriacutegena e geneacutetica

Esses satildeo os principais causadores da poluiccedilatildeo hiacutedrica atual Foi dada

apenas uma breve introduccedilatildeo esses elementos seratildeo aprofundados no capiacutetulo

ll ndash Crise dos recursos hiacutedricos

15 CAPITULO II

Os seres humanos natildeo satildeo os uacutenicos que aspiram agrave liberdade O

ecossistema inteiro a deseja

A revoluccedilatildeo tambeacutem eacute para os lagos os rios as aacutervores e os animais

(Padre Ernesto Cardenal ndash Ministro da Cultura da Nicaraacutegua sandinista)

2 ndash CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

O sistema hiacutedrico mundial eacute muito rico tanto eacute que a maior porccedilatildeo do

Planeta Terra eacute banhado por aacutegua compreendendo lagos rios aacuteguas

subterracircneas e os oceanos (cobre a maior parte da Terra) Para demonstrar

numericamente a grandiosidade dos recursos hiacutedricos dados estimados

divulgados pela ONU mostram que infelizmente 975 da aacutegua encontrada no

planeta eacute inconsumiacutevel pois 95 satildeo salgadas portanto estatildeo nos oceanos e

25 das aacuteguas estatildeo presentes nas geleiras sobrando apenas 25 de reserva

de aacutegua doce (fig4) desse total apenas 007 estaacute acessiacutevel ao consumo

humano

fig4 ndash Quantidades de aacutegua nos principais reservatoacuterios da Terrra (Rebouccedilas 2002a) sup3

O Brasil possui grande importacircncia quando relacionado aos recursos

hiacutedricos pois 8 de toda aacutegua existente estaacute nele estando 80 na regiatildeo

sup3 - REBOUCcedilAS Aldo ndash Uso Inteligente da Aacutegua Escrituras Satildeo Paulo 2004

16 Amazocircnica Isso se reforccedila mais quando se compara a falta de aacutegua que atinge

aproximadamente um quinto da populaccedilatildeo mundial faltando esse recurso

permanentemente em 22 paiacuteses Estudos da ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees

Unidas) ainda estimam que problemas de abastecimento de aacutegua iratildeo afetar dois

terccedilos da humanidade por volta do ano 2025 ndash hoje como jaacute exposto um quinto

da populaccedilatildeo mundial sofre com a falta de aacutegua potaacutevel e o estoque disponiacutevel

vem sendo contaminado pela falta de tratamento (Fundo Mundial para a Natureza

WWW 1999)

Apesar das grandes dificuldades que o homem no decorrer dos anos impocircs

ao sistema hiacutedrico existem diversas utilidades que satildeo possiacuteveis de se destacar

como por exemplo a irrigaccedilatildeo na agricultura o uso na induacutestria (apoacutes o uso ser

tratada) o uso domeacutestico para a pesca para geraccedilatildeo de energia eleacutetrica para o

turismo e tambeacutem satildeo importantiacutessimos para os recursos viaacuterios o que natildeo

pode ser esquecido devido ao fator do desenvolvimento econocircmico

21 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

A partir do momento em que um fator for prejudicial agrave vida seraacute tambeacutem

considerado poluente Assim praticamente todo agente fiacutesico ou quiacutemico torna-

se poluente quando ultrapassa certo limite em relaccedilatildeo ao meio ambiente natural

(ANEXO 2 fig 1 2 e 3)

Tipos de agentes poluentes da aacutegua (Fundo Mundial para a Natureza WWW

1999)

middot Iacuteons de metais de transiccedilatildeo - Cobre (Cu) Mercuacuterio (Hg) Chumbo (Pb)

Niacutequel (Ni) Caacutedmio (Cd)

middot Compostos orgacircnicos ndash Inseticidas detergente petroacuteleo

middot Nutrientes de plantas ndash Nordeacutelio (NO) Polocircnio (PO)

middot Substancias radioativas ndash Despejos com uracircnio

middot Agentes bioloacutegicos ndash Bacteacuterias e viacuterus

middot Calor ndash aacutegua utilizada na refrigeraccedilatildeo de sistemas industriais e usinas

nucleares

middot Despejos que retiram o oxigecircnio dissolvido ndash despejos de animais

vegetaccedilatildeo em decomposiccedilatildeo

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

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ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 2: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo

PROJETO A VEZ DO MESTRE

POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA NO DIREITO AMBIENTAL

Apresentaccedilatildeo de monografia agrave Universidade Candido

Mendes como condiccedilatildeo preacutevia para a conclusatildeo do Curso

de Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo em Planejamento e

Educaccedilatildeo Ambiental

Por Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

3

Se o homem estaacute em movimento

A aacutegua eacute histoacuteria

Se o homem eacute um povo

A aacutegua eacute o mundo

Se o homem estaacute vivo

A aacutegua eacute a vida

Joseacute Manuel Serrat

El hombre y el agua

4 AGRADECIMENTOS

Aacute memoacuteria do meu pai um homem que me ensinou o valor

da aacutegua para a humanidade

A meu querido companheiro Cleacutelio que tanto me incentivou

nesta pesquisa A Professora Maria Esther pela revisatildeo dos

textos e contribuiccedilatildeo para a confecccedilatildeo desse trabalho

acadecircmico A todos os autores e as autoras que compotildeem

a referecircncia bibliograacutefica desse trabalho

5 DEDICATOacuteRIA

Ao meu querido marido Cleacutelio que tanto colaborou para a

confecccedilatildeo e o aperfeiccediloamento desse trabalho

A Elaine minha filha pela alegria que proporcionou a minha

vida Eacute a um futuro melhor para a humanidade

6 RESUMO

O grande ldquoplaneta aacuteguardquo estaacute passando sede Eacute incriacutevel imaginar que

atualmente dezenas de milhotildees de pessoas vivam com menos de cinco litros de

aacutegua por dia em um planeta que possui 70 de sua superfiacutecie coberta por aacutegua

Eacute certo que a ldquohidrosfera aproveitaacutevelrdquo eacute suficiente para o abastecimento de aacutegua

de toda a populaccedilatildeo da Terra mas ela eacute irregularmente distribuiacuteda A aacutegua como

substacircncia estaacute presente em toda parte mas os recursos hiacutedricos entendidos

como um bem econocircmico e que pode ser aproveitado pelo ser humano dentro de

custos financeiros razoaacuteveis eacute mais escasso O problema da escassez de aacutegua

tornou-se uma seacuteria ameaccedila para o planeta neste terceiro milecircnio Durante muito

tempo acreditou-se que a aacutegua doce da Terra natildeo acabaria nunca Entretanto o

aumento da populaccedilatildeo o desperdiacutecio a poluiccedilatildeo e a crescente urbanizaccedilatildeo sem

um planejamento adequado agravaram com o passar do tempo o problema da

falta de aacutegua Racionamento e disseminaccedilatildeo de doenccedilas satildeo apenas algumas

consequumlecircncias do mau uso dos recursos hiacutedricos Aleacutem do uso inadequado a

distribuiccedilatildeo desigual dos recursos hiacutedricos sobre a Terra e as diferenccedilas de

consumo entre paiacuteses e setores econocircmicos torna o futuro do abastecimento de

aacutegua para as novas geraccedilotildees ainda mais preocupante

Fornecer aacutegua potaacutevel para todos eacute o grande desafio da humanidade para os

proacuteximos anos

7 METODOLOGIA

Esta pesquisa monograacutefica de teor bibliograacutefico e documental foi efetuada

utilizando recursos proacuteprios a partir do desenvolvimento de etapas preacute-definidas

Inicialmente foram realizados levantamentos de algumas Leis sobre os Recursos

Hiacutedricos depois a anaacutelise bibliograacutefica de experiecircncias de autores Partindo

desse ponto para um aprofundamento maior na pesquisa (livros Internet

tabelas reportagens) A siacutentese dos conteuacutedos analisados levou agrave elaboraccedilatildeo de

um relatoacuterio preliminar A discussatildeo e revisatildeo de tal relatoacuterio geraram o relatoacuterio

final da pesquisa

8 SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO

CAPIacuteTULO I ndash 1 POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

CAPIacuteTULO II ndash 2 CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

CAPIacuteTULO III ndash 3 NORMAS REGULADORAS

31 Constituiccedilatildeo Brasileira 88

32 Coacutedigo penal Brasileiro

33 Lei Nordm 960598

34 Lei Nordm 943397

35 LEI Nordm 979599

CONCLUSAtildeO

BIBLIOGRAFIA

ANEXOS

9 INTRODUCcedilAtildeO

Este tema foi escolhido devido agrave aacutegua ser um dos elementos mais

importantes para a manutenccedilatildeo da vida na Terra sua maior ou menor

abundacircncia eacute que determina os ecossistemas existentes no planeta Para que

isso ocorra de maneira beneacutefica para todos os seres a poluiccedilatildeo seja qual for

necessita ser tratada com toda a atenccedilatildeo e precauccedilatildeo

Desde os tempos mais remotos o homem costuma lanccedilar seus detritos nos

cursos de aacutegua Ateacute a Revoluccedilatildeo Industrial poreacutem esse procedimento natildeo

causava problemas jaacute que os rios mares e oceanos tecircm consideraacutevel poder de

autolimpeza de purificaccedilatildeo Com a industrializaccedilatildeo a situaccedilatildeo passou a sofrer

profundas alteraccedilotildees O volume de detritos despejados na aacuteguas tornou-se cada

vez maior superando a capacidade de purificaccedilatildeo dos rios e oceanos que eacute

limitada Aleacutem disso passou a ser despejada na aacutegua uma quantidade de

elementos que natildeo satildeo decompostos pela natureza Tais elementos ndash por

exemplo os plaacutesticos a maioria dos detergentes e os pesticidas ndash vatildeo se

acumulando nos rios lagos e oceanos diminuindo a capacidade de retenccedilatildeo de

oxigecircnio das aacuteguas e consequumlentemente prejudicando a vida aquaacutetica

A aacutegua empregada para resfriar os equipamentos nas usinas termoeleacutetricas e

aacutetomo-eleacutetrico e em alguns tipos de induacutestrias tambeacutem causa seacuterios problemas

de poluiccedilatildeo Essa aacutegua que eacute lanccedilada nos rios ainda quente faz aumentar a

temperatura das aacuteguas e provoca a eliminaccedilatildeo dos animais e plantas laacute

existentes

Como eacute possiacutevel verificar no trecho acima existem inuacutemeras formas

poluidoras que infelizmente comprometem o bom andamento da vida aleacutem delas

existem a poluiccedilatildeo sonora a poluiccedilatildeo atmosfeacuterica a poluiccedilatildeo visual entre

muitas outras mas neste trabalho dar-se-aacute destaque agrave poluiccedilatildeo hiacutedrica

enfrentada atualmente

O principal objetivo eacute fazer um levantamento de artigos e analisar as leis

acerca do tema ldquorecursos hiacutedricosrdquo Este assunto consideraraacute de forma criacutetica e

reflexiva os principais problemas referentes a ldquopoluiccedilatildeo hiacutedricardquo e a sua situaccedilatildeo

num contexto histoacuterico e social

10 CAPITULO I

O que seria a ideacuteia de pureza sem a imagem de uma aacutegua liacutempida e

clara sem esse belo pleonasmo que nos fala de uma aacutegua pura

(Gaston Bachelard)

1 ndash POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

Podemos iniciar com o Art 225 da Constituiccedilatildeo Brasileira de 1988 que

eleva a proteccedilatildeo ambiental agrave categoria de direito fundamental de todo cidadatildeo

ldquoArt225 ndash Todos tecircm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e

essencial agrave sadia qualidade de vida impondo-se ao Poder

Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-lo para as

presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo

Desde os primoacuterdios da civilizaccedilatildeo o homem por meio do progresso

tecnoloacutegico e da expansatildeo demograacutefica tem infelizmente degradado cada vez

mais o meio ambiente em que vive pois necessitam a cada dia de um maior

aproveitamento das mateacuterias-primas dispostas pela natureza Sendo assim com

intenso uso da natureza o homem acaba por danificar a mesma causando

agressotildees violentas contra o meio ambiente este que seria um espaccedilo onde se

encontram os recursos naturais inclusive aqueles jaacute reproduzidos

(transformados) ou degenerados (poluiacutedos) como no caso do meio ambiente

urbano (CUSTOacuteDIO1993)

Assim apoacutes conceituar o meio ambiente elemento fundamental para o

entendimento acerca da poluiccedilatildeo pode-se de maneira ampla poreacutem segura

conceituar poluiccedilatildeo como sendo a ldquodegradaccedilatildeo da qualidade ambiental

resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a sauacutede a

seguranccedila e o bem-estar da populaccedilatildeo criem condiccedilotildees adversas agraves atividades

sociais e econocircmicas afetem desfavoravelmente a biota afetem as condiccedilotildees

esteacuteticas ou sanitaacuterias do meio ambiente lancem mateacuterias ou energia em

11 desacordo com os padrotildees ambientais estabelecidosrdquosup1 ldquoA noccedilatildeo de lsquopoluiccedilatildeorsquo eacute

definida de forma diversa nas legislaccedilotildees vigentes O art 1ordm da lei belga de 26

de marccedilo de 1971 qualifica como tal qualquer contribuiccedilatildeo da atividade humana

que possa alterar a aacutegua em sua composiccedilatildeo ou em sua qualidade de modo a

tornaacute-la inidocircnea ao uso ou de degradaacute-lardquo

Apoacutes a conceituaccedilatildeo de meio ambiente e poluiccedilatildeo nota-se que pelos

conceitos passados eacute possiacutevel encontrar vaacuterias espeacutecies de poluiccedilatildeo no mundo

atual como por exemplo ldquoas poluiccedilotildees sonoras decorrentes da maacutexima

utilizaccedilatildeo dos meios de transportes aeacutereos e terrestres e demais elementos que

emitem ondas sonoras acima de 80 ldquoDbzrdquo tolerados pela lei e pela medicinardquo sup2 a

poluiccedilatildeo visual hoje encarada como natural nas grandes cidades por meio das

propagandas em outdoors a poluiccedilatildeo hiacutedrica atualmente muito comentada e

analisada por pesquisadores e cientistas Essa poluiccedilatildeo eacute causada pela emissatildeo

de dejetos humanos resiacuteduos soacutelidos das mais variadas espeacutecies assim devido

a sua grande interferecircncia na vida dos seres humanos a poluiccedilatildeo hiacutedrica eacute alvo

do trabalho aqui apresentado

A aacutegua possui um ciclo indispensaacutevel agrave vida de qualquer ser vivo ela pode

existir em abundacircncia ou natildeo mas sempre teraacute grande importacircncia agrave vida e

tambeacutem na configuraccedilatildeo dos ecossistemas Mas como sempre existe um lado

negativo as aacuteguas quase sempre satildeo o destino final de quase toda poluiccedilatildeo

produzida pelo homem mas para que ela cesse eacute necessaacuteria uma

conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para que ocorra a conservaccedilatildeo que constitui uma

base de todo um processo de desenvolvimento que possa receber o adjetivo

sustentaacutevel Pensando dessa maneira o uso indiscriminado de agrotoacutexicos na

agricultura associada agrave incidecircncia de chuvas ou mesmo agrave praacutetica de irrigaccedilatildeo

acarreta uma grande contaminaccedilatildeo dos cursos e depoacutesitos de aacutegua incluindo os

lenccediloacuteis freaacuteticos acarretando tambeacutem prejuiacutezos agressotildees agrave sauacutede humana

seja de forma direta ou indireta existem tambeacutem os danos causados agrave flora e

principalmente agrave fauna que satildeo de alta gravidade assumindo dimensotildees

crescentes agrave medida que o uso de atividades agriacutecolas poluidoras se expandem

________________________________________________________________ sup1 - A Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Lei 6938 de 31 de Agosto 1981 Art 3ordm inciso III ndash a b c d e

sup2 - Resoluccedilatildeo CONAMA 00186 sobre Diretrizes Gerais para Uso e Implementaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo do Impacto Ambiental como um dos Instrumentos da Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Art 1ordm inciso I ndash II ndash III ndash IV ndash V

12 impulsionadas pelo crescimento dos mercados interno e externo

A tiacutetulo de exemplo Passos de Freitas exemplifica o problema da seguinte

maneira

ldquoO Brasil nos uacuteltimos anos vem tomando consciecircncia do

problema Afinal um povo que possui os maiores rios do

mundo tem dificuldade em imaginar que pode ficar sem

aacutegua Mas apesar de termos cerca de 137 a aacutegua doce

disponiacutevel no mundo a verdade eacute que os problemas vecircm se

agravando No Nordeste a falta de aacutegua eacute crocircnica No

Sudeste ela eacute abundante poreacutem de maacute qualidade A

invasatildeo de aacutereas de mananciais hiacutedricos pela populaccedilatildeo

carente eacute um dos maiores problemas de Satildeo Paulo Os

dejetos industriais lanccedilados no rio Paraiacuteba do Sul tornam

precaacuteria a aacutegua que abastece o Rio de Janeiro e outras

cidades Falta aacutegua para irrigar os arrozais do Rio Grande

do Sul (2003 p 158)rdquo

Atualmente vaacuterias legislaccedilotildees (ANEXO 1) tecircm a poluiccedilatildeo hiacutedrica como ponto

fundamental na elaboraccedilatildeo de normas para regulamentaccedilatildeo assim como no

Wasserhaushaltsgesetz alematildeo nos sectsect 3 22 26 27 32 ter 38 identificam como

poluiccedilatildeo hiacutedrica como sendo qualquer espeacutecie de ldquotransformaccedilatildeo prejudicialrdquo da

aacutegua mediante alteraccedilatildeo de suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas A

lei francesa de 16 de novembro do ano de 1964 no seu primeiro artigo entende

como poluiccedilatildeo hiacutedrica sendo qualquer operaccedilatildeo apta a provocar ou acrescentar

a degradaccedilatildeo das aacuteguas mediante modificaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas

quiacutemicas bioloacutegicas ou bacterioloacutegicas Mais geneacuterica eacute a conceituaccedilatildeo dada

pela lei holandesa em seu primeiro artigo ldquoqualquer descarga de substacircncias de

qualquer modo prejudiciais agrave qualidade das aacuteguas superficiaisrdquo Assim eacute

possiacutevel verificar a divergecircncia ou a amplitude quanto agrave conceituaccedilatildeo de

poluiccedilatildeo hiacutedrica

13 11 ndash Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

Segundo Ramos 2003 Como fruto da atuaccedilatildeo do homem sobre o meio

ambiente surge o problema da poluiccedilatildeo dos rios lagos oceanos enfim do

sistema hiacutedrico As fontes de poluiccedilatildeo da aacutegua dos rios satildeo advindas dos

esgotos domeacutesticos despejos industriais escoamento da chuva das aacutereas

urbanas e das aacuteguas de retorno de irrigaccedilatildeo (ANEXO 2 fig 1 2 e 3) Desse modo

principalmente no atual seacuteculo o grande crescimento populacional e o

desenvolvimento industrial aleacutem do uso cada vez maior de fertilizantes

quiacutemicos e inseticidas nas lavouras tecircm causado seacuterios danos aos rios e a vida

de modo geral As grandes concentraccedilotildees de nitrogecircnio e foacutesforo usados nos

adubos e fertilizantes constituem um tipo muito comum de poluiccedilatildeo da aacutegua As

enxurradas transportam para os rios os fosfatos e nitratos Estes nutrem as

plantas aquaacuteticas as quais multiplicam-se (especialmente algas) absorvem o

oxigecircnio da aacutegua Por sua vez a falta de oxigecircnio provoca a morte de muitas

plantas e animais que ao se decomporem aumentam a poluiccedilatildeo Aleacutem deste

fato muitos outros satildeo causadores da poluiccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Os inseticidas usados nas lavouras que destroem o fitoplacircncton existente

nos rios o qual eacute responsaacutevel pela renovaccedilatildeo de 70 do oxigecircnio da atmosfera

Os sedimentos que satildeo transportados para os rios pelas enxurradas em

decorrecircncia de praacuteticas agriacutecolas que natildeo se preocupam com a conservaccedilatildeo do

solo Os sedimentos ou detritos natildeo deixam a luz do sol penetrar na aacutegua

dificultando as formas de vida subaquaacuteticas

Quando eacute ultrapassada a capacidade de autodefesa da aacutegua em sanear os

detritos em virtude do excesso de esgoto despejado nos rios ocorre o

aparecimento de gases nocivos agrave vida aquaacutetica

Segundo Ramos 2003 As poluiccedilotildees dos recursos hiacutedricos satildeo classificadas em

Poluiccedilatildeo Bioloacutegica causada pelos esgotos urbanos ou por certas induacutestrias que

lanccedilam substacircncias que favorecem a proliferaccedilatildeo que microorganismos que

consomem grande quantidade de oxigecircnio da aacutegua assim causando a morte de

peixes que ali vivem natildeo por envenenamentos mas sim por asfixia

14 Poluiccedilatildeo Quiacutemica provocadas por substacircncias natildeo biodegradaacuteveis presentes na

aacutegua Satildeo aquelas que natildeo podem ser decompostas pela accedilatildeo dos

microorganismos como metais pesados detergentes herbicidas pesticidas

petroacuteleo e outros

Poluiccedilatildeo Fiacutesica provocada por resiacuteduos radioativos com precipitaccedilatildeo atocircmica

cujo perigo indireto manifestando-se de forma canceriacutegena e geneacutetica

Esses satildeo os principais causadores da poluiccedilatildeo hiacutedrica atual Foi dada

apenas uma breve introduccedilatildeo esses elementos seratildeo aprofundados no capiacutetulo

ll ndash Crise dos recursos hiacutedricos

15 CAPITULO II

Os seres humanos natildeo satildeo os uacutenicos que aspiram agrave liberdade O

ecossistema inteiro a deseja

A revoluccedilatildeo tambeacutem eacute para os lagos os rios as aacutervores e os animais

(Padre Ernesto Cardenal ndash Ministro da Cultura da Nicaraacutegua sandinista)

2 ndash CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

O sistema hiacutedrico mundial eacute muito rico tanto eacute que a maior porccedilatildeo do

Planeta Terra eacute banhado por aacutegua compreendendo lagos rios aacuteguas

subterracircneas e os oceanos (cobre a maior parte da Terra) Para demonstrar

numericamente a grandiosidade dos recursos hiacutedricos dados estimados

divulgados pela ONU mostram que infelizmente 975 da aacutegua encontrada no

planeta eacute inconsumiacutevel pois 95 satildeo salgadas portanto estatildeo nos oceanos e

25 das aacuteguas estatildeo presentes nas geleiras sobrando apenas 25 de reserva

de aacutegua doce (fig4) desse total apenas 007 estaacute acessiacutevel ao consumo

humano

fig4 ndash Quantidades de aacutegua nos principais reservatoacuterios da Terrra (Rebouccedilas 2002a) sup3

O Brasil possui grande importacircncia quando relacionado aos recursos

hiacutedricos pois 8 de toda aacutegua existente estaacute nele estando 80 na regiatildeo

sup3 - REBOUCcedilAS Aldo ndash Uso Inteligente da Aacutegua Escrituras Satildeo Paulo 2004

16 Amazocircnica Isso se reforccedila mais quando se compara a falta de aacutegua que atinge

aproximadamente um quinto da populaccedilatildeo mundial faltando esse recurso

permanentemente em 22 paiacuteses Estudos da ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees

Unidas) ainda estimam que problemas de abastecimento de aacutegua iratildeo afetar dois

terccedilos da humanidade por volta do ano 2025 ndash hoje como jaacute exposto um quinto

da populaccedilatildeo mundial sofre com a falta de aacutegua potaacutevel e o estoque disponiacutevel

vem sendo contaminado pela falta de tratamento (Fundo Mundial para a Natureza

WWW 1999)

Apesar das grandes dificuldades que o homem no decorrer dos anos impocircs

ao sistema hiacutedrico existem diversas utilidades que satildeo possiacuteveis de se destacar

como por exemplo a irrigaccedilatildeo na agricultura o uso na induacutestria (apoacutes o uso ser

tratada) o uso domeacutestico para a pesca para geraccedilatildeo de energia eleacutetrica para o

turismo e tambeacutem satildeo importantiacutessimos para os recursos viaacuterios o que natildeo

pode ser esquecido devido ao fator do desenvolvimento econocircmico

21 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

A partir do momento em que um fator for prejudicial agrave vida seraacute tambeacutem

considerado poluente Assim praticamente todo agente fiacutesico ou quiacutemico torna-

se poluente quando ultrapassa certo limite em relaccedilatildeo ao meio ambiente natural

(ANEXO 2 fig 1 2 e 3)

Tipos de agentes poluentes da aacutegua (Fundo Mundial para a Natureza WWW

1999)

middot Iacuteons de metais de transiccedilatildeo - Cobre (Cu) Mercuacuterio (Hg) Chumbo (Pb)

Niacutequel (Ni) Caacutedmio (Cd)

middot Compostos orgacircnicos ndash Inseticidas detergente petroacuteleo

middot Nutrientes de plantas ndash Nordeacutelio (NO) Polocircnio (PO)

middot Substancias radioativas ndash Despejos com uracircnio

middot Agentes bioloacutegicos ndash Bacteacuterias e viacuterus

middot Calor ndash aacutegua utilizada na refrigeraccedilatildeo de sistemas industriais e usinas

nucleares

middot Despejos que retiram o oxigecircnio dissolvido ndash despejos de animais

vegetaccedilatildeo em decomposiccedilatildeo

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

middot LOUREIRO Carlos Frederico B Trajetoacuteria e Fundamentos da Educaccedilatildeo

Ambiental Cortez editora 2004

middot MACHADO Paulo A L Direito Ambiental Brasileiro 6ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Malheiros Editores 1996

middot MARSILY Ghislain de A aacutegua Instituto Piaget

35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

Tribunais 2001

middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

Sextante 2003

middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

middot RAMOS Gabriel Abreu Poluiccedilatildeo

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

Coacuted=7173ampcodcarreira=30Keywords=poluiccedilatildeo20dasaacuteguas

Acesso em 18 de Marccedilo de 2005

middot RONDOcircNIA Secretaria de Estado e Planejamento Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

httpwwwrondoniarogovbrsecretariasepladdiag-20022420-

PoluiC3A7C3A3020HC3ADdricahtm

Acesso em 28 de abril de 2005

middot RONNEY Rafael Poluiccedilatildeo das Aacuteguas no Brasil

httpwwwzemolezacombrtrabalho-veraspcod=10950ampcodcarreira=

34keywords =poluiccedilatildeo20dasaacuteguas Acesso em 11 de maio de 2005

middot TEIXEIRA Wilson (Fabio Taioli e outros) Decifrando a Terra Oficina de

textos USP

middot httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

middot httpwwwambientebrasilcombr Acesso 12052005

middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 3: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

3

Se o homem estaacute em movimento

A aacutegua eacute histoacuteria

Se o homem eacute um povo

A aacutegua eacute o mundo

Se o homem estaacute vivo

A aacutegua eacute a vida

Joseacute Manuel Serrat

El hombre y el agua

4 AGRADECIMENTOS

Aacute memoacuteria do meu pai um homem que me ensinou o valor

da aacutegua para a humanidade

A meu querido companheiro Cleacutelio que tanto me incentivou

nesta pesquisa A Professora Maria Esther pela revisatildeo dos

textos e contribuiccedilatildeo para a confecccedilatildeo desse trabalho

acadecircmico A todos os autores e as autoras que compotildeem

a referecircncia bibliograacutefica desse trabalho

5 DEDICATOacuteRIA

Ao meu querido marido Cleacutelio que tanto colaborou para a

confecccedilatildeo e o aperfeiccediloamento desse trabalho

A Elaine minha filha pela alegria que proporcionou a minha

vida Eacute a um futuro melhor para a humanidade

6 RESUMO

O grande ldquoplaneta aacuteguardquo estaacute passando sede Eacute incriacutevel imaginar que

atualmente dezenas de milhotildees de pessoas vivam com menos de cinco litros de

aacutegua por dia em um planeta que possui 70 de sua superfiacutecie coberta por aacutegua

Eacute certo que a ldquohidrosfera aproveitaacutevelrdquo eacute suficiente para o abastecimento de aacutegua

de toda a populaccedilatildeo da Terra mas ela eacute irregularmente distribuiacuteda A aacutegua como

substacircncia estaacute presente em toda parte mas os recursos hiacutedricos entendidos

como um bem econocircmico e que pode ser aproveitado pelo ser humano dentro de

custos financeiros razoaacuteveis eacute mais escasso O problema da escassez de aacutegua

tornou-se uma seacuteria ameaccedila para o planeta neste terceiro milecircnio Durante muito

tempo acreditou-se que a aacutegua doce da Terra natildeo acabaria nunca Entretanto o

aumento da populaccedilatildeo o desperdiacutecio a poluiccedilatildeo e a crescente urbanizaccedilatildeo sem

um planejamento adequado agravaram com o passar do tempo o problema da

falta de aacutegua Racionamento e disseminaccedilatildeo de doenccedilas satildeo apenas algumas

consequumlecircncias do mau uso dos recursos hiacutedricos Aleacutem do uso inadequado a

distribuiccedilatildeo desigual dos recursos hiacutedricos sobre a Terra e as diferenccedilas de

consumo entre paiacuteses e setores econocircmicos torna o futuro do abastecimento de

aacutegua para as novas geraccedilotildees ainda mais preocupante

Fornecer aacutegua potaacutevel para todos eacute o grande desafio da humanidade para os

proacuteximos anos

7 METODOLOGIA

Esta pesquisa monograacutefica de teor bibliograacutefico e documental foi efetuada

utilizando recursos proacuteprios a partir do desenvolvimento de etapas preacute-definidas

Inicialmente foram realizados levantamentos de algumas Leis sobre os Recursos

Hiacutedricos depois a anaacutelise bibliograacutefica de experiecircncias de autores Partindo

desse ponto para um aprofundamento maior na pesquisa (livros Internet

tabelas reportagens) A siacutentese dos conteuacutedos analisados levou agrave elaboraccedilatildeo de

um relatoacuterio preliminar A discussatildeo e revisatildeo de tal relatoacuterio geraram o relatoacuterio

final da pesquisa

8 SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO

CAPIacuteTULO I ndash 1 POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

CAPIacuteTULO II ndash 2 CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

CAPIacuteTULO III ndash 3 NORMAS REGULADORAS

31 Constituiccedilatildeo Brasileira 88

32 Coacutedigo penal Brasileiro

33 Lei Nordm 960598

34 Lei Nordm 943397

35 LEI Nordm 979599

CONCLUSAtildeO

BIBLIOGRAFIA

ANEXOS

9 INTRODUCcedilAtildeO

Este tema foi escolhido devido agrave aacutegua ser um dos elementos mais

importantes para a manutenccedilatildeo da vida na Terra sua maior ou menor

abundacircncia eacute que determina os ecossistemas existentes no planeta Para que

isso ocorra de maneira beneacutefica para todos os seres a poluiccedilatildeo seja qual for

necessita ser tratada com toda a atenccedilatildeo e precauccedilatildeo

Desde os tempos mais remotos o homem costuma lanccedilar seus detritos nos

cursos de aacutegua Ateacute a Revoluccedilatildeo Industrial poreacutem esse procedimento natildeo

causava problemas jaacute que os rios mares e oceanos tecircm consideraacutevel poder de

autolimpeza de purificaccedilatildeo Com a industrializaccedilatildeo a situaccedilatildeo passou a sofrer

profundas alteraccedilotildees O volume de detritos despejados na aacuteguas tornou-se cada

vez maior superando a capacidade de purificaccedilatildeo dos rios e oceanos que eacute

limitada Aleacutem disso passou a ser despejada na aacutegua uma quantidade de

elementos que natildeo satildeo decompostos pela natureza Tais elementos ndash por

exemplo os plaacutesticos a maioria dos detergentes e os pesticidas ndash vatildeo se

acumulando nos rios lagos e oceanos diminuindo a capacidade de retenccedilatildeo de

oxigecircnio das aacuteguas e consequumlentemente prejudicando a vida aquaacutetica

A aacutegua empregada para resfriar os equipamentos nas usinas termoeleacutetricas e

aacutetomo-eleacutetrico e em alguns tipos de induacutestrias tambeacutem causa seacuterios problemas

de poluiccedilatildeo Essa aacutegua que eacute lanccedilada nos rios ainda quente faz aumentar a

temperatura das aacuteguas e provoca a eliminaccedilatildeo dos animais e plantas laacute

existentes

Como eacute possiacutevel verificar no trecho acima existem inuacutemeras formas

poluidoras que infelizmente comprometem o bom andamento da vida aleacutem delas

existem a poluiccedilatildeo sonora a poluiccedilatildeo atmosfeacuterica a poluiccedilatildeo visual entre

muitas outras mas neste trabalho dar-se-aacute destaque agrave poluiccedilatildeo hiacutedrica

enfrentada atualmente

O principal objetivo eacute fazer um levantamento de artigos e analisar as leis

acerca do tema ldquorecursos hiacutedricosrdquo Este assunto consideraraacute de forma criacutetica e

reflexiva os principais problemas referentes a ldquopoluiccedilatildeo hiacutedricardquo e a sua situaccedilatildeo

num contexto histoacuterico e social

10 CAPITULO I

O que seria a ideacuteia de pureza sem a imagem de uma aacutegua liacutempida e

clara sem esse belo pleonasmo que nos fala de uma aacutegua pura

(Gaston Bachelard)

1 ndash POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

Podemos iniciar com o Art 225 da Constituiccedilatildeo Brasileira de 1988 que

eleva a proteccedilatildeo ambiental agrave categoria de direito fundamental de todo cidadatildeo

ldquoArt225 ndash Todos tecircm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e

essencial agrave sadia qualidade de vida impondo-se ao Poder

Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-lo para as

presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo

Desde os primoacuterdios da civilizaccedilatildeo o homem por meio do progresso

tecnoloacutegico e da expansatildeo demograacutefica tem infelizmente degradado cada vez

mais o meio ambiente em que vive pois necessitam a cada dia de um maior

aproveitamento das mateacuterias-primas dispostas pela natureza Sendo assim com

intenso uso da natureza o homem acaba por danificar a mesma causando

agressotildees violentas contra o meio ambiente este que seria um espaccedilo onde se

encontram os recursos naturais inclusive aqueles jaacute reproduzidos

(transformados) ou degenerados (poluiacutedos) como no caso do meio ambiente

urbano (CUSTOacuteDIO1993)

Assim apoacutes conceituar o meio ambiente elemento fundamental para o

entendimento acerca da poluiccedilatildeo pode-se de maneira ampla poreacutem segura

conceituar poluiccedilatildeo como sendo a ldquodegradaccedilatildeo da qualidade ambiental

resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a sauacutede a

seguranccedila e o bem-estar da populaccedilatildeo criem condiccedilotildees adversas agraves atividades

sociais e econocircmicas afetem desfavoravelmente a biota afetem as condiccedilotildees

esteacuteticas ou sanitaacuterias do meio ambiente lancem mateacuterias ou energia em

11 desacordo com os padrotildees ambientais estabelecidosrdquosup1 ldquoA noccedilatildeo de lsquopoluiccedilatildeorsquo eacute

definida de forma diversa nas legislaccedilotildees vigentes O art 1ordm da lei belga de 26

de marccedilo de 1971 qualifica como tal qualquer contribuiccedilatildeo da atividade humana

que possa alterar a aacutegua em sua composiccedilatildeo ou em sua qualidade de modo a

tornaacute-la inidocircnea ao uso ou de degradaacute-lardquo

Apoacutes a conceituaccedilatildeo de meio ambiente e poluiccedilatildeo nota-se que pelos

conceitos passados eacute possiacutevel encontrar vaacuterias espeacutecies de poluiccedilatildeo no mundo

atual como por exemplo ldquoas poluiccedilotildees sonoras decorrentes da maacutexima

utilizaccedilatildeo dos meios de transportes aeacutereos e terrestres e demais elementos que

emitem ondas sonoras acima de 80 ldquoDbzrdquo tolerados pela lei e pela medicinardquo sup2 a

poluiccedilatildeo visual hoje encarada como natural nas grandes cidades por meio das

propagandas em outdoors a poluiccedilatildeo hiacutedrica atualmente muito comentada e

analisada por pesquisadores e cientistas Essa poluiccedilatildeo eacute causada pela emissatildeo

de dejetos humanos resiacuteduos soacutelidos das mais variadas espeacutecies assim devido

a sua grande interferecircncia na vida dos seres humanos a poluiccedilatildeo hiacutedrica eacute alvo

do trabalho aqui apresentado

A aacutegua possui um ciclo indispensaacutevel agrave vida de qualquer ser vivo ela pode

existir em abundacircncia ou natildeo mas sempre teraacute grande importacircncia agrave vida e

tambeacutem na configuraccedilatildeo dos ecossistemas Mas como sempre existe um lado

negativo as aacuteguas quase sempre satildeo o destino final de quase toda poluiccedilatildeo

produzida pelo homem mas para que ela cesse eacute necessaacuteria uma

conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para que ocorra a conservaccedilatildeo que constitui uma

base de todo um processo de desenvolvimento que possa receber o adjetivo

sustentaacutevel Pensando dessa maneira o uso indiscriminado de agrotoacutexicos na

agricultura associada agrave incidecircncia de chuvas ou mesmo agrave praacutetica de irrigaccedilatildeo

acarreta uma grande contaminaccedilatildeo dos cursos e depoacutesitos de aacutegua incluindo os

lenccediloacuteis freaacuteticos acarretando tambeacutem prejuiacutezos agressotildees agrave sauacutede humana

seja de forma direta ou indireta existem tambeacutem os danos causados agrave flora e

principalmente agrave fauna que satildeo de alta gravidade assumindo dimensotildees

crescentes agrave medida que o uso de atividades agriacutecolas poluidoras se expandem

________________________________________________________________ sup1 - A Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Lei 6938 de 31 de Agosto 1981 Art 3ordm inciso III ndash a b c d e

sup2 - Resoluccedilatildeo CONAMA 00186 sobre Diretrizes Gerais para Uso e Implementaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo do Impacto Ambiental como um dos Instrumentos da Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Art 1ordm inciso I ndash II ndash III ndash IV ndash V

12 impulsionadas pelo crescimento dos mercados interno e externo

A tiacutetulo de exemplo Passos de Freitas exemplifica o problema da seguinte

maneira

ldquoO Brasil nos uacuteltimos anos vem tomando consciecircncia do

problema Afinal um povo que possui os maiores rios do

mundo tem dificuldade em imaginar que pode ficar sem

aacutegua Mas apesar de termos cerca de 137 a aacutegua doce

disponiacutevel no mundo a verdade eacute que os problemas vecircm se

agravando No Nordeste a falta de aacutegua eacute crocircnica No

Sudeste ela eacute abundante poreacutem de maacute qualidade A

invasatildeo de aacutereas de mananciais hiacutedricos pela populaccedilatildeo

carente eacute um dos maiores problemas de Satildeo Paulo Os

dejetos industriais lanccedilados no rio Paraiacuteba do Sul tornam

precaacuteria a aacutegua que abastece o Rio de Janeiro e outras

cidades Falta aacutegua para irrigar os arrozais do Rio Grande

do Sul (2003 p 158)rdquo

Atualmente vaacuterias legislaccedilotildees (ANEXO 1) tecircm a poluiccedilatildeo hiacutedrica como ponto

fundamental na elaboraccedilatildeo de normas para regulamentaccedilatildeo assim como no

Wasserhaushaltsgesetz alematildeo nos sectsect 3 22 26 27 32 ter 38 identificam como

poluiccedilatildeo hiacutedrica como sendo qualquer espeacutecie de ldquotransformaccedilatildeo prejudicialrdquo da

aacutegua mediante alteraccedilatildeo de suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas A

lei francesa de 16 de novembro do ano de 1964 no seu primeiro artigo entende

como poluiccedilatildeo hiacutedrica sendo qualquer operaccedilatildeo apta a provocar ou acrescentar

a degradaccedilatildeo das aacuteguas mediante modificaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas

quiacutemicas bioloacutegicas ou bacterioloacutegicas Mais geneacuterica eacute a conceituaccedilatildeo dada

pela lei holandesa em seu primeiro artigo ldquoqualquer descarga de substacircncias de

qualquer modo prejudiciais agrave qualidade das aacuteguas superficiaisrdquo Assim eacute

possiacutevel verificar a divergecircncia ou a amplitude quanto agrave conceituaccedilatildeo de

poluiccedilatildeo hiacutedrica

13 11 ndash Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

Segundo Ramos 2003 Como fruto da atuaccedilatildeo do homem sobre o meio

ambiente surge o problema da poluiccedilatildeo dos rios lagos oceanos enfim do

sistema hiacutedrico As fontes de poluiccedilatildeo da aacutegua dos rios satildeo advindas dos

esgotos domeacutesticos despejos industriais escoamento da chuva das aacutereas

urbanas e das aacuteguas de retorno de irrigaccedilatildeo (ANEXO 2 fig 1 2 e 3) Desse modo

principalmente no atual seacuteculo o grande crescimento populacional e o

desenvolvimento industrial aleacutem do uso cada vez maior de fertilizantes

quiacutemicos e inseticidas nas lavouras tecircm causado seacuterios danos aos rios e a vida

de modo geral As grandes concentraccedilotildees de nitrogecircnio e foacutesforo usados nos

adubos e fertilizantes constituem um tipo muito comum de poluiccedilatildeo da aacutegua As

enxurradas transportam para os rios os fosfatos e nitratos Estes nutrem as

plantas aquaacuteticas as quais multiplicam-se (especialmente algas) absorvem o

oxigecircnio da aacutegua Por sua vez a falta de oxigecircnio provoca a morte de muitas

plantas e animais que ao se decomporem aumentam a poluiccedilatildeo Aleacutem deste

fato muitos outros satildeo causadores da poluiccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Os inseticidas usados nas lavouras que destroem o fitoplacircncton existente

nos rios o qual eacute responsaacutevel pela renovaccedilatildeo de 70 do oxigecircnio da atmosfera

Os sedimentos que satildeo transportados para os rios pelas enxurradas em

decorrecircncia de praacuteticas agriacutecolas que natildeo se preocupam com a conservaccedilatildeo do

solo Os sedimentos ou detritos natildeo deixam a luz do sol penetrar na aacutegua

dificultando as formas de vida subaquaacuteticas

Quando eacute ultrapassada a capacidade de autodefesa da aacutegua em sanear os

detritos em virtude do excesso de esgoto despejado nos rios ocorre o

aparecimento de gases nocivos agrave vida aquaacutetica

Segundo Ramos 2003 As poluiccedilotildees dos recursos hiacutedricos satildeo classificadas em

Poluiccedilatildeo Bioloacutegica causada pelos esgotos urbanos ou por certas induacutestrias que

lanccedilam substacircncias que favorecem a proliferaccedilatildeo que microorganismos que

consomem grande quantidade de oxigecircnio da aacutegua assim causando a morte de

peixes que ali vivem natildeo por envenenamentos mas sim por asfixia

14 Poluiccedilatildeo Quiacutemica provocadas por substacircncias natildeo biodegradaacuteveis presentes na

aacutegua Satildeo aquelas que natildeo podem ser decompostas pela accedilatildeo dos

microorganismos como metais pesados detergentes herbicidas pesticidas

petroacuteleo e outros

Poluiccedilatildeo Fiacutesica provocada por resiacuteduos radioativos com precipitaccedilatildeo atocircmica

cujo perigo indireto manifestando-se de forma canceriacutegena e geneacutetica

Esses satildeo os principais causadores da poluiccedilatildeo hiacutedrica atual Foi dada

apenas uma breve introduccedilatildeo esses elementos seratildeo aprofundados no capiacutetulo

ll ndash Crise dos recursos hiacutedricos

15 CAPITULO II

Os seres humanos natildeo satildeo os uacutenicos que aspiram agrave liberdade O

ecossistema inteiro a deseja

A revoluccedilatildeo tambeacutem eacute para os lagos os rios as aacutervores e os animais

(Padre Ernesto Cardenal ndash Ministro da Cultura da Nicaraacutegua sandinista)

2 ndash CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

O sistema hiacutedrico mundial eacute muito rico tanto eacute que a maior porccedilatildeo do

Planeta Terra eacute banhado por aacutegua compreendendo lagos rios aacuteguas

subterracircneas e os oceanos (cobre a maior parte da Terra) Para demonstrar

numericamente a grandiosidade dos recursos hiacutedricos dados estimados

divulgados pela ONU mostram que infelizmente 975 da aacutegua encontrada no

planeta eacute inconsumiacutevel pois 95 satildeo salgadas portanto estatildeo nos oceanos e

25 das aacuteguas estatildeo presentes nas geleiras sobrando apenas 25 de reserva

de aacutegua doce (fig4) desse total apenas 007 estaacute acessiacutevel ao consumo

humano

fig4 ndash Quantidades de aacutegua nos principais reservatoacuterios da Terrra (Rebouccedilas 2002a) sup3

O Brasil possui grande importacircncia quando relacionado aos recursos

hiacutedricos pois 8 de toda aacutegua existente estaacute nele estando 80 na regiatildeo

sup3 - REBOUCcedilAS Aldo ndash Uso Inteligente da Aacutegua Escrituras Satildeo Paulo 2004

16 Amazocircnica Isso se reforccedila mais quando se compara a falta de aacutegua que atinge

aproximadamente um quinto da populaccedilatildeo mundial faltando esse recurso

permanentemente em 22 paiacuteses Estudos da ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees

Unidas) ainda estimam que problemas de abastecimento de aacutegua iratildeo afetar dois

terccedilos da humanidade por volta do ano 2025 ndash hoje como jaacute exposto um quinto

da populaccedilatildeo mundial sofre com a falta de aacutegua potaacutevel e o estoque disponiacutevel

vem sendo contaminado pela falta de tratamento (Fundo Mundial para a Natureza

WWW 1999)

Apesar das grandes dificuldades que o homem no decorrer dos anos impocircs

ao sistema hiacutedrico existem diversas utilidades que satildeo possiacuteveis de se destacar

como por exemplo a irrigaccedilatildeo na agricultura o uso na induacutestria (apoacutes o uso ser

tratada) o uso domeacutestico para a pesca para geraccedilatildeo de energia eleacutetrica para o

turismo e tambeacutem satildeo importantiacutessimos para os recursos viaacuterios o que natildeo

pode ser esquecido devido ao fator do desenvolvimento econocircmico

21 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

A partir do momento em que um fator for prejudicial agrave vida seraacute tambeacutem

considerado poluente Assim praticamente todo agente fiacutesico ou quiacutemico torna-

se poluente quando ultrapassa certo limite em relaccedilatildeo ao meio ambiente natural

(ANEXO 2 fig 1 2 e 3)

Tipos de agentes poluentes da aacutegua (Fundo Mundial para a Natureza WWW

1999)

middot Iacuteons de metais de transiccedilatildeo - Cobre (Cu) Mercuacuterio (Hg) Chumbo (Pb)

Niacutequel (Ni) Caacutedmio (Cd)

middot Compostos orgacircnicos ndash Inseticidas detergente petroacuteleo

middot Nutrientes de plantas ndash Nordeacutelio (NO) Polocircnio (PO)

middot Substancias radioativas ndash Despejos com uracircnio

middot Agentes bioloacutegicos ndash Bacteacuterias e viacuterus

middot Calor ndash aacutegua utilizada na refrigeraccedilatildeo de sistemas industriais e usinas

nucleares

middot Despejos que retiram o oxigecircnio dissolvido ndash despejos de animais

vegetaccedilatildeo em decomposiccedilatildeo

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 4: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

4 AGRADECIMENTOS

Aacute memoacuteria do meu pai um homem que me ensinou o valor

da aacutegua para a humanidade

A meu querido companheiro Cleacutelio que tanto me incentivou

nesta pesquisa A Professora Maria Esther pela revisatildeo dos

textos e contribuiccedilatildeo para a confecccedilatildeo desse trabalho

acadecircmico A todos os autores e as autoras que compotildeem

a referecircncia bibliograacutefica desse trabalho

5 DEDICATOacuteRIA

Ao meu querido marido Cleacutelio que tanto colaborou para a

confecccedilatildeo e o aperfeiccediloamento desse trabalho

A Elaine minha filha pela alegria que proporcionou a minha

vida Eacute a um futuro melhor para a humanidade

6 RESUMO

O grande ldquoplaneta aacuteguardquo estaacute passando sede Eacute incriacutevel imaginar que

atualmente dezenas de milhotildees de pessoas vivam com menos de cinco litros de

aacutegua por dia em um planeta que possui 70 de sua superfiacutecie coberta por aacutegua

Eacute certo que a ldquohidrosfera aproveitaacutevelrdquo eacute suficiente para o abastecimento de aacutegua

de toda a populaccedilatildeo da Terra mas ela eacute irregularmente distribuiacuteda A aacutegua como

substacircncia estaacute presente em toda parte mas os recursos hiacutedricos entendidos

como um bem econocircmico e que pode ser aproveitado pelo ser humano dentro de

custos financeiros razoaacuteveis eacute mais escasso O problema da escassez de aacutegua

tornou-se uma seacuteria ameaccedila para o planeta neste terceiro milecircnio Durante muito

tempo acreditou-se que a aacutegua doce da Terra natildeo acabaria nunca Entretanto o

aumento da populaccedilatildeo o desperdiacutecio a poluiccedilatildeo e a crescente urbanizaccedilatildeo sem

um planejamento adequado agravaram com o passar do tempo o problema da

falta de aacutegua Racionamento e disseminaccedilatildeo de doenccedilas satildeo apenas algumas

consequumlecircncias do mau uso dos recursos hiacutedricos Aleacutem do uso inadequado a

distribuiccedilatildeo desigual dos recursos hiacutedricos sobre a Terra e as diferenccedilas de

consumo entre paiacuteses e setores econocircmicos torna o futuro do abastecimento de

aacutegua para as novas geraccedilotildees ainda mais preocupante

Fornecer aacutegua potaacutevel para todos eacute o grande desafio da humanidade para os

proacuteximos anos

7 METODOLOGIA

Esta pesquisa monograacutefica de teor bibliograacutefico e documental foi efetuada

utilizando recursos proacuteprios a partir do desenvolvimento de etapas preacute-definidas

Inicialmente foram realizados levantamentos de algumas Leis sobre os Recursos

Hiacutedricos depois a anaacutelise bibliograacutefica de experiecircncias de autores Partindo

desse ponto para um aprofundamento maior na pesquisa (livros Internet

tabelas reportagens) A siacutentese dos conteuacutedos analisados levou agrave elaboraccedilatildeo de

um relatoacuterio preliminar A discussatildeo e revisatildeo de tal relatoacuterio geraram o relatoacuterio

final da pesquisa

8 SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO

CAPIacuteTULO I ndash 1 POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

CAPIacuteTULO II ndash 2 CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

CAPIacuteTULO III ndash 3 NORMAS REGULADORAS

31 Constituiccedilatildeo Brasileira 88

32 Coacutedigo penal Brasileiro

33 Lei Nordm 960598

34 Lei Nordm 943397

35 LEI Nordm 979599

CONCLUSAtildeO

BIBLIOGRAFIA

ANEXOS

9 INTRODUCcedilAtildeO

Este tema foi escolhido devido agrave aacutegua ser um dos elementos mais

importantes para a manutenccedilatildeo da vida na Terra sua maior ou menor

abundacircncia eacute que determina os ecossistemas existentes no planeta Para que

isso ocorra de maneira beneacutefica para todos os seres a poluiccedilatildeo seja qual for

necessita ser tratada com toda a atenccedilatildeo e precauccedilatildeo

Desde os tempos mais remotos o homem costuma lanccedilar seus detritos nos

cursos de aacutegua Ateacute a Revoluccedilatildeo Industrial poreacutem esse procedimento natildeo

causava problemas jaacute que os rios mares e oceanos tecircm consideraacutevel poder de

autolimpeza de purificaccedilatildeo Com a industrializaccedilatildeo a situaccedilatildeo passou a sofrer

profundas alteraccedilotildees O volume de detritos despejados na aacuteguas tornou-se cada

vez maior superando a capacidade de purificaccedilatildeo dos rios e oceanos que eacute

limitada Aleacutem disso passou a ser despejada na aacutegua uma quantidade de

elementos que natildeo satildeo decompostos pela natureza Tais elementos ndash por

exemplo os plaacutesticos a maioria dos detergentes e os pesticidas ndash vatildeo se

acumulando nos rios lagos e oceanos diminuindo a capacidade de retenccedilatildeo de

oxigecircnio das aacuteguas e consequumlentemente prejudicando a vida aquaacutetica

A aacutegua empregada para resfriar os equipamentos nas usinas termoeleacutetricas e

aacutetomo-eleacutetrico e em alguns tipos de induacutestrias tambeacutem causa seacuterios problemas

de poluiccedilatildeo Essa aacutegua que eacute lanccedilada nos rios ainda quente faz aumentar a

temperatura das aacuteguas e provoca a eliminaccedilatildeo dos animais e plantas laacute

existentes

Como eacute possiacutevel verificar no trecho acima existem inuacutemeras formas

poluidoras que infelizmente comprometem o bom andamento da vida aleacutem delas

existem a poluiccedilatildeo sonora a poluiccedilatildeo atmosfeacuterica a poluiccedilatildeo visual entre

muitas outras mas neste trabalho dar-se-aacute destaque agrave poluiccedilatildeo hiacutedrica

enfrentada atualmente

O principal objetivo eacute fazer um levantamento de artigos e analisar as leis

acerca do tema ldquorecursos hiacutedricosrdquo Este assunto consideraraacute de forma criacutetica e

reflexiva os principais problemas referentes a ldquopoluiccedilatildeo hiacutedricardquo e a sua situaccedilatildeo

num contexto histoacuterico e social

10 CAPITULO I

O que seria a ideacuteia de pureza sem a imagem de uma aacutegua liacutempida e

clara sem esse belo pleonasmo que nos fala de uma aacutegua pura

(Gaston Bachelard)

1 ndash POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

Podemos iniciar com o Art 225 da Constituiccedilatildeo Brasileira de 1988 que

eleva a proteccedilatildeo ambiental agrave categoria de direito fundamental de todo cidadatildeo

ldquoArt225 ndash Todos tecircm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e

essencial agrave sadia qualidade de vida impondo-se ao Poder

Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-lo para as

presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo

Desde os primoacuterdios da civilizaccedilatildeo o homem por meio do progresso

tecnoloacutegico e da expansatildeo demograacutefica tem infelizmente degradado cada vez

mais o meio ambiente em que vive pois necessitam a cada dia de um maior

aproveitamento das mateacuterias-primas dispostas pela natureza Sendo assim com

intenso uso da natureza o homem acaba por danificar a mesma causando

agressotildees violentas contra o meio ambiente este que seria um espaccedilo onde se

encontram os recursos naturais inclusive aqueles jaacute reproduzidos

(transformados) ou degenerados (poluiacutedos) como no caso do meio ambiente

urbano (CUSTOacuteDIO1993)

Assim apoacutes conceituar o meio ambiente elemento fundamental para o

entendimento acerca da poluiccedilatildeo pode-se de maneira ampla poreacutem segura

conceituar poluiccedilatildeo como sendo a ldquodegradaccedilatildeo da qualidade ambiental

resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a sauacutede a

seguranccedila e o bem-estar da populaccedilatildeo criem condiccedilotildees adversas agraves atividades

sociais e econocircmicas afetem desfavoravelmente a biota afetem as condiccedilotildees

esteacuteticas ou sanitaacuterias do meio ambiente lancem mateacuterias ou energia em

11 desacordo com os padrotildees ambientais estabelecidosrdquosup1 ldquoA noccedilatildeo de lsquopoluiccedilatildeorsquo eacute

definida de forma diversa nas legislaccedilotildees vigentes O art 1ordm da lei belga de 26

de marccedilo de 1971 qualifica como tal qualquer contribuiccedilatildeo da atividade humana

que possa alterar a aacutegua em sua composiccedilatildeo ou em sua qualidade de modo a

tornaacute-la inidocircnea ao uso ou de degradaacute-lardquo

Apoacutes a conceituaccedilatildeo de meio ambiente e poluiccedilatildeo nota-se que pelos

conceitos passados eacute possiacutevel encontrar vaacuterias espeacutecies de poluiccedilatildeo no mundo

atual como por exemplo ldquoas poluiccedilotildees sonoras decorrentes da maacutexima

utilizaccedilatildeo dos meios de transportes aeacutereos e terrestres e demais elementos que

emitem ondas sonoras acima de 80 ldquoDbzrdquo tolerados pela lei e pela medicinardquo sup2 a

poluiccedilatildeo visual hoje encarada como natural nas grandes cidades por meio das

propagandas em outdoors a poluiccedilatildeo hiacutedrica atualmente muito comentada e

analisada por pesquisadores e cientistas Essa poluiccedilatildeo eacute causada pela emissatildeo

de dejetos humanos resiacuteduos soacutelidos das mais variadas espeacutecies assim devido

a sua grande interferecircncia na vida dos seres humanos a poluiccedilatildeo hiacutedrica eacute alvo

do trabalho aqui apresentado

A aacutegua possui um ciclo indispensaacutevel agrave vida de qualquer ser vivo ela pode

existir em abundacircncia ou natildeo mas sempre teraacute grande importacircncia agrave vida e

tambeacutem na configuraccedilatildeo dos ecossistemas Mas como sempre existe um lado

negativo as aacuteguas quase sempre satildeo o destino final de quase toda poluiccedilatildeo

produzida pelo homem mas para que ela cesse eacute necessaacuteria uma

conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para que ocorra a conservaccedilatildeo que constitui uma

base de todo um processo de desenvolvimento que possa receber o adjetivo

sustentaacutevel Pensando dessa maneira o uso indiscriminado de agrotoacutexicos na

agricultura associada agrave incidecircncia de chuvas ou mesmo agrave praacutetica de irrigaccedilatildeo

acarreta uma grande contaminaccedilatildeo dos cursos e depoacutesitos de aacutegua incluindo os

lenccediloacuteis freaacuteticos acarretando tambeacutem prejuiacutezos agressotildees agrave sauacutede humana

seja de forma direta ou indireta existem tambeacutem os danos causados agrave flora e

principalmente agrave fauna que satildeo de alta gravidade assumindo dimensotildees

crescentes agrave medida que o uso de atividades agriacutecolas poluidoras se expandem

________________________________________________________________ sup1 - A Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Lei 6938 de 31 de Agosto 1981 Art 3ordm inciso III ndash a b c d e

sup2 - Resoluccedilatildeo CONAMA 00186 sobre Diretrizes Gerais para Uso e Implementaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo do Impacto Ambiental como um dos Instrumentos da Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Art 1ordm inciso I ndash II ndash III ndash IV ndash V

12 impulsionadas pelo crescimento dos mercados interno e externo

A tiacutetulo de exemplo Passos de Freitas exemplifica o problema da seguinte

maneira

ldquoO Brasil nos uacuteltimos anos vem tomando consciecircncia do

problema Afinal um povo que possui os maiores rios do

mundo tem dificuldade em imaginar que pode ficar sem

aacutegua Mas apesar de termos cerca de 137 a aacutegua doce

disponiacutevel no mundo a verdade eacute que os problemas vecircm se

agravando No Nordeste a falta de aacutegua eacute crocircnica No

Sudeste ela eacute abundante poreacutem de maacute qualidade A

invasatildeo de aacutereas de mananciais hiacutedricos pela populaccedilatildeo

carente eacute um dos maiores problemas de Satildeo Paulo Os

dejetos industriais lanccedilados no rio Paraiacuteba do Sul tornam

precaacuteria a aacutegua que abastece o Rio de Janeiro e outras

cidades Falta aacutegua para irrigar os arrozais do Rio Grande

do Sul (2003 p 158)rdquo

Atualmente vaacuterias legislaccedilotildees (ANEXO 1) tecircm a poluiccedilatildeo hiacutedrica como ponto

fundamental na elaboraccedilatildeo de normas para regulamentaccedilatildeo assim como no

Wasserhaushaltsgesetz alematildeo nos sectsect 3 22 26 27 32 ter 38 identificam como

poluiccedilatildeo hiacutedrica como sendo qualquer espeacutecie de ldquotransformaccedilatildeo prejudicialrdquo da

aacutegua mediante alteraccedilatildeo de suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas A

lei francesa de 16 de novembro do ano de 1964 no seu primeiro artigo entende

como poluiccedilatildeo hiacutedrica sendo qualquer operaccedilatildeo apta a provocar ou acrescentar

a degradaccedilatildeo das aacuteguas mediante modificaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas

quiacutemicas bioloacutegicas ou bacterioloacutegicas Mais geneacuterica eacute a conceituaccedilatildeo dada

pela lei holandesa em seu primeiro artigo ldquoqualquer descarga de substacircncias de

qualquer modo prejudiciais agrave qualidade das aacuteguas superficiaisrdquo Assim eacute

possiacutevel verificar a divergecircncia ou a amplitude quanto agrave conceituaccedilatildeo de

poluiccedilatildeo hiacutedrica

13 11 ndash Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

Segundo Ramos 2003 Como fruto da atuaccedilatildeo do homem sobre o meio

ambiente surge o problema da poluiccedilatildeo dos rios lagos oceanos enfim do

sistema hiacutedrico As fontes de poluiccedilatildeo da aacutegua dos rios satildeo advindas dos

esgotos domeacutesticos despejos industriais escoamento da chuva das aacutereas

urbanas e das aacuteguas de retorno de irrigaccedilatildeo (ANEXO 2 fig 1 2 e 3) Desse modo

principalmente no atual seacuteculo o grande crescimento populacional e o

desenvolvimento industrial aleacutem do uso cada vez maior de fertilizantes

quiacutemicos e inseticidas nas lavouras tecircm causado seacuterios danos aos rios e a vida

de modo geral As grandes concentraccedilotildees de nitrogecircnio e foacutesforo usados nos

adubos e fertilizantes constituem um tipo muito comum de poluiccedilatildeo da aacutegua As

enxurradas transportam para os rios os fosfatos e nitratos Estes nutrem as

plantas aquaacuteticas as quais multiplicam-se (especialmente algas) absorvem o

oxigecircnio da aacutegua Por sua vez a falta de oxigecircnio provoca a morte de muitas

plantas e animais que ao se decomporem aumentam a poluiccedilatildeo Aleacutem deste

fato muitos outros satildeo causadores da poluiccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Os inseticidas usados nas lavouras que destroem o fitoplacircncton existente

nos rios o qual eacute responsaacutevel pela renovaccedilatildeo de 70 do oxigecircnio da atmosfera

Os sedimentos que satildeo transportados para os rios pelas enxurradas em

decorrecircncia de praacuteticas agriacutecolas que natildeo se preocupam com a conservaccedilatildeo do

solo Os sedimentos ou detritos natildeo deixam a luz do sol penetrar na aacutegua

dificultando as formas de vida subaquaacuteticas

Quando eacute ultrapassada a capacidade de autodefesa da aacutegua em sanear os

detritos em virtude do excesso de esgoto despejado nos rios ocorre o

aparecimento de gases nocivos agrave vida aquaacutetica

Segundo Ramos 2003 As poluiccedilotildees dos recursos hiacutedricos satildeo classificadas em

Poluiccedilatildeo Bioloacutegica causada pelos esgotos urbanos ou por certas induacutestrias que

lanccedilam substacircncias que favorecem a proliferaccedilatildeo que microorganismos que

consomem grande quantidade de oxigecircnio da aacutegua assim causando a morte de

peixes que ali vivem natildeo por envenenamentos mas sim por asfixia

14 Poluiccedilatildeo Quiacutemica provocadas por substacircncias natildeo biodegradaacuteveis presentes na

aacutegua Satildeo aquelas que natildeo podem ser decompostas pela accedilatildeo dos

microorganismos como metais pesados detergentes herbicidas pesticidas

petroacuteleo e outros

Poluiccedilatildeo Fiacutesica provocada por resiacuteduos radioativos com precipitaccedilatildeo atocircmica

cujo perigo indireto manifestando-se de forma canceriacutegena e geneacutetica

Esses satildeo os principais causadores da poluiccedilatildeo hiacutedrica atual Foi dada

apenas uma breve introduccedilatildeo esses elementos seratildeo aprofundados no capiacutetulo

ll ndash Crise dos recursos hiacutedricos

15 CAPITULO II

Os seres humanos natildeo satildeo os uacutenicos que aspiram agrave liberdade O

ecossistema inteiro a deseja

A revoluccedilatildeo tambeacutem eacute para os lagos os rios as aacutervores e os animais

(Padre Ernesto Cardenal ndash Ministro da Cultura da Nicaraacutegua sandinista)

2 ndash CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

O sistema hiacutedrico mundial eacute muito rico tanto eacute que a maior porccedilatildeo do

Planeta Terra eacute banhado por aacutegua compreendendo lagos rios aacuteguas

subterracircneas e os oceanos (cobre a maior parte da Terra) Para demonstrar

numericamente a grandiosidade dos recursos hiacutedricos dados estimados

divulgados pela ONU mostram que infelizmente 975 da aacutegua encontrada no

planeta eacute inconsumiacutevel pois 95 satildeo salgadas portanto estatildeo nos oceanos e

25 das aacuteguas estatildeo presentes nas geleiras sobrando apenas 25 de reserva

de aacutegua doce (fig4) desse total apenas 007 estaacute acessiacutevel ao consumo

humano

fig4 ndash Quantidades de aacutegua nos principais reservatoacuterios da Terrra (Rebouccedilas 2002a) sup3

O Brasil possui grande importacircncia quando relacionado aos recursos

hiacutedricos pois 8 de toda aacutegua existente estaacute nele estando 80 na regiatildeo

sup3 - REBOUCcedilAS Aldo ndash Uso Inteligente da Aacutegua Escrituras Satildeo Paulo 2004

16 Amazocircnica Isso se reforccedila mais quando se compara a falta de aacutegua que atinge

aproximadamente um quinto da populaccedilatildeo mundial faltando esse recurso

permanentemente em 22 paiacuteses Estudos da ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees

Unidas) ainda estimam que problemas de abastecimento de aacutegua iratildeo afetar dois

terccedilos da humanidade por volta do ano 2025 ndash hoje como jaacute exposto um quinto

da populaccedilatildeo mundial sofre com a falta de aacutegua potaacutevel e o estoque disponiacutevel

vem sendo contaminado pela falta de tratamento (Fundo Mundial para a Natureza

WWW 1999)

Apesar das grandes dificuldades que o homem no decorrer dos anos impocircs

ao sistema hiacutedrico existem diversas utilidades que satildeo possiacuteveis de se destacar

como por exemplo a irrigaccedilatildeo na agricultura o uso na induacutestria (apoacutes o uso ser

tratada) o uso domeacutestico para a pesca para geraccedilatildeo de energia eleacutetrica para o

turismo e tambeacutem satildeo importantiacutessimos para os recursos viaacuterios o que natildeo

pode ser esquecido devido ao fator do desenvolvimento econocircmico

21 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

A partir do momento em que um fator for prejudicial agrave vida seraacute tambeacutem

considerado poluente Assim praticamente todo agente fiacutesico ou quiacutemico torna-

se poluente quando ultrapassa certo limite em relaccedilatildeo ao meio ambiente natural

(ANEXO 2 fig 1 2 e 3)

Tipos de agentes poluentes da aacutegua (Fundo Mundial para a Natureza WWW

1999)

middot Iacuteons de metais de transiccedilatildeo - Cobre (Cu) Mercuacuterio (Hg) Chumbo (Pb)

Niacutequel (Ni) Caacutedmio (Cd)

middot Compostos orgacircnicos ndash Inseticidas detergente petroacuteleo

middot Nutrientes de plantas ndash Nordeacutelio (NO) Polocircnio (PO)

middot Substancias radioativas ndash Despejos com uracircnio

middot Agentes bioloacutegicos ndash Bacteacuterias e viacuterus

middot Calor ndash aacutegua utilizada na refrigeraccedilatildeo de sistemas industriais e usinas

nucleares

middot Despejos que retiram o oxigecircnio dissolvido ndash despejos de animais

vegetaccedilatildeo em decomposiccedilatildeo

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

middot Almanaque Abril 2000 nordm 020735070001-09 Novo Disc Brasil CD-ROM

middot Brasil Constituiccedilatildeo (1988) da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia

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middot BOUGUERRA Mohamed Larbi As Batalhas da Aacutegua ndash Por um bem comum

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middot CARVALHO Seacutergio Vilson Educaccedilatildeo Ambiental amp Desenvolvimento

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middot DIAS Genebaldo Freire Educaccedilatildeo Ambiental ndash Princiacutepios e Praacuteticas 6ordf

ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

middot FREITAS Vladimir Passos de Aacuteguas ndash aspectos juriacutedicos e Ambientais 2ordf

ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

middot LOUREIRO Carlos Frederico B Trajetoacuteria e Fundamentos da Educaccedilatildeo

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middot MACHADO Paulo A L Direito Ambiental Brasileiro 6ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

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middot MARSILY Ghislain de A aacutegua Instituto Piaget

35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

Tribunais 2001

middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

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middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

middot RAMOS Gabriel Abreu Poluiccedilatildeo

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Acesso em 18 de Marccedilo de 2005

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middot RONNEY Rafael Poluiccedilatildeo das Aacuteguas no Brasil

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middot httpwwwambientebrasilcombr Acesso 12052005

middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 5: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

5 DEDICATOacuteRIA

Ao meu querido marido Cleacutelio que tanto colaborou para a

confecccedilatildeo e o aperfeiccediloamento desse trabalho

A Elaine minha filha pela alegria que proporcionou a minha

vida Eacute a um futuro melhor para a humanidade

6 RESUMO

O grande ldquoplaneta aacuteguardquo estaacute passando sede Eacute incriacutevel imaginar que

atualmente dezenas de milhotildees de pessoas vivam com menos de cinco litros de

aacutegua por dia em um planeta que possui 70 de sua superfiacutecie coberta por aacutegua

Eacute certo que a ldquohidrosfera aproveitaacutevelrdquo eacute suficiente para o abastecimento de aacutegua

de toda a populaccedilatildeo da Terra mas ela eacute irregularmente distribuiacuteda A aacutegua como

substacircncia estaacute presente em toda parte mas os recursos hiacutedricos entendidos

como um bem econocircmico e que pode ser aproveitado pelo ser humano dentro de

custos financeiros razoaacuteveis eacute mais escasso O problema da escassez de aacutegua

tornou-se uma seacuteria ameaccedila para o planeta neste terceiro milecircnio Durante muito

tempo acreditou-se que a aacutegua doce da Terra natildeo acabaria nunca Entretanto o

aumento da populaccedilatildeo o desperdiacutecio a poluiccedilatildeo e a crescente urbanizaccedilatildeo sem

um planejamento adequado agravaram com o passar do tempo o problema da

falta de aacutegua Racionamento e disseminaccedilatildeo de doenccedilas satildeo apenas algumas

consequumlecircncias do mau uso dos recursos hiacutedricos Aleacutem do uso inadequado a

distribuiccedilatildeo desigual dos recursos hiacutedricos sobre a Terra e as diferenccedilas de

consumo entre paiacuteses e setores econocircmicos torna o futuro do abastecimento de

aacutegua para as novas geraccedilotildees ainda mais preocupante

Fornecer aacutegua potaacutevel para todos eacute o grande desafio da humanidade para os

proacuteximos anos

7 METODOLOGIA

Esta pesquisa monograacutefica de teor bibliograacutefico e documental foi efetuada

utilizando recursos proacuteprios a partir do desenvolvimento de etapas preacute-definidas

Inicialmente foram realizados levantamentos de algumas Leis sobre os Recursos

Hiacutedricos depois a anaacutelise bibliograacutefica de experiecircncias de autores Partindo

desse ponto para um aprofundamento maior na pesquisa (livros Internet

tabelas reportagens) A siacutentese dos conteuacutedos analisados levou agrave elaboraccedilatildeo de

um relatoacuterio preliminar A discussatildeo e revisatildeo de tal relatoacuterio geraram o relatoacuterio

final da pesquisa

8 SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO

CAPIacuteTULO I ndash 1 POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

CAPIacuteTULO II ndash 2 CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

CAPIacuteTULO III ndash 3 NORMAS REGULADORAS

31 Constituiccedilatildeo Brasileira 88

32 Coacutedigo penal Brasileiro

33 Lei Nordm 960598

34 Lei Nordm 943397

35 LEI Nordm 979599

CONCLUSAtildeO

BIBLIOGRAFIA

ANEXOS

9 INTRODUCcedilAtildeO

Este tema foi escolhido devido agrave aacutegua ser um dos elementos mais

importantes para a manutenccedilatildeo da vida na Terra sua maior ou menor

abundacircncia eacute que determina os ecossistemas existentes no planeta Para que

isso ocorra de maneira beneacutefica para todos os seres a poluiccedilatildeo seja qual for

necessita ser tratada com toda a atenccedilatildeo e precauccedilatildeo

Desde os tempos mais remotos o homem costuma lanccedilar seus detritos nos

cursos de aacutegua Ateacute a Revoluccedilatildeo Industrial poreacutem esse procedimento natildeo

causava problemas jaacute que os rios mares e oceanos tecircm consideraacutevel poder de

autolimpeza de purificaccedilatildeo Com a industrializaccedilatildeo a situaccedilatildeo passou a sofrer

profundas alteraccedilotildees O volume de detritos despejados na aacuteguas tornou-se cada

vez maior superando a capacidade de purificaccedilatildeo dos rios e oceanos que eacute

limitada Aleacutem disso passou a ser despejada na aacutegua uma quantidade de

elementos que natildeo satildeo decompostos pela natureza Tais elementos ndash por

exemplo os plaacutesticos a maioria dos detergentes e os pesticidas ndash vatildeo se

acumulando nos rios lagos e oceanos diminuindo a capacidade de retenccedilatildeo de

oxigecircnio das aacuteguas e consequumlentemente prejudicando a vida aquaacutetica

A aacutegua empregada para resfriar os equipamentos nas usinas termoeleacutetricas e

aacutetomo-eleacutetrico e em alguns tipos de induacutestrias tambeacutem causa seacuterios problemas

de poluiccedilatildeo Essa aacutegua que eacute lanccedilada nos rios ainda quente faz aumentar a

temperatura das aacuteguas e provoca a eliminaccedilatildeo dos animais e plantas laacute

existentes

Como eacute possiacutevel verificar no trecho acima existem inuacutemeras formas

poluidoras que infelizmente comprometem o bom andamento da vida aleacutem delas

existem a poluiccedilatildeo sonora a poluiccedilatildeo atmosfeacuterica a poluiccedilatildeo visual entre

muitas outras mas neste trabalho dar-se-aacute destaque agrave poluiccedilatildeo hiacutedrica

enfrentada atualmente

O principal objetivo eacute fazer um levantamento de artigos e analisar as leis

acerca do tema ldquorecursos hiacutedricosrdquo Este assunto consideraraacute de forma criacutetica e

reflexiva os principais problemas referentes a ldquopoluiccedilatildeo hiacutedricardquo e a sua situaccedilatildeo

num contexto histoacuterico e social

10 CAPITULO I

O que seria a ideacuteia de pureza sem a imagem de uma aacutegua liacutempida e

clara sem esse belo pleonasmo que nos fala de uma aacutegua pura

(Gaston Bachelard)

1 ndash POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

Podemos iniciar com o Art 225 da Constituiccedilatildeo Brasileira de 1988 que

eleva a proteccedilatildeo ambiental agrave categoria de direito fundamental de todo cidadatildeo

ldquoArt225 ndash Todos tecircm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e

essencial agrave sadia qualidade de vida impondo-se ao Poder

Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-lo para as

presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo

Desde os primoacuterdios da civilizaccedilatildeo o homem por meio do progresso

tecnoloacutegico e da expansatildeo demograacutefica tem infelizmente degradado cada vez

mais o meio ambiente em que vive pois necessitam a cada dia de um maior

aproveitamento das mateacuterias-primas dispostas pela natureza Sendo assim com

intenso uso da natureza o homem acaba por danificar a mesma causando

agressotildees violentas contra o meio ambiente este que seria um espaccedilo onde se

encontram os recursos naturais inclusive aqueles jaacute reproduzidos

(transformados) ou degenerados (poluiacutedos) como no caso do meio ambiente

urbano (CUSTOacuteDIO1993)

Assim apoacutes conceituar o meio ambiente elemento fundamental para o

entendimento acerca da poluiccedilatildeo pode-se de maneira ampla poreacutem segura

conceituar poluiccedilatildeo como sendo a ldquodegradaccedilatildeo da qualidade ambiental

resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a sauacutede a

seguranccedila e o bem-estar da populaccedilatildeo criem condiccedilotildees adversas agraves atividades

sociais e econocircmicas afetem desfavoravelmente a biota afetem as condiccedilotildees

esteacuteticas ou sanitaacuterias do meio ambiente lancem mateacuterias ou energia em

11 desacordo com os padrotildees ambientais estabelecidosrdquosup1 ldquoA noccedilatildeo de lsquopoluiccedilatildeorsquo eacute

definida de forma diversa nas legislaccedilotildees vigentes O art 1ordm da lei belga de 26

de marccedilo de 1971 qualifica como tal qualquer contribuiccedilatildeo da atividade humana

que possa alterar a aacutegua em sua composiccedilatildeo ou em sua qualidade de modo a

tornaacute-la inidocircnea ao uso ou de degradaacute-lardquo

Apoacutes a conceituaccedilatildeo de meio ambiente e poluiccedilatildeo nota-se que pelos

conceitos passados eacute possiacutevel encontrar vaacuterias espeacutecies de poluiccedilatildeo no mundo

atual como por exemplo ldquoas poluiccedilotildees sonoras decorrentes da maacutexima

utilizaccedilatildeo dos meios de transportes aeacutereos e terrestres e demais elementos que

emitem ondas sonoras acima de 80 ldquoDbzrdquo tolerados pela lei e pela medicinardquo sup2 a

poluiccedilatildeo visual hoje encarada como natural nas grandes cidades por meio das

propagandas em outdoors a poluiccedilatildeo hiacutedrica atualmente muito comentada e

analisada por pesquisadores e cientistas Essa poluiccedilatildeo eacute causada pela emissatildeo

de dejetos humanos resiacuteduos soacutelidos das mais variadas espeacutecies assim devido

a sua grande interferecircncia na vida dos seres humanos a poluiccedilatildeo hiacutedrica eacute alvo

do trabalho aqui apresentado

A aacutegua possui um ciclo indispensaacutevel agrave vida de qualquer ser vivo ela pode

existir em abundacircncia ou natildeo mas sempre teraacute grande importacircncia agrave vida e

tambeacutem na configuraccedilatildeo dos ecossistemas Mas como sempre existe um lado

negativo as aacuteguas quase sempre satildeo o destino final de quase toda poluiccedilatildeo

produzida pelo homem mas para que ela cesse eacute necessaacuteria uma

conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para que ocorra a conservaccedilatildeo que constitui uma

base de todo um processo de desenvolvimento que possa receber o adjetivo

sustentaacutevel Pensando dessa maneira o uso indiscriminado de agrotoacutexicos na

agricultura associada agrave incidecircncia de chuvas ou mesmo agrave praacutetica de irrigaccedilatildeo

acarreta uma grande contaminaccedilatildeo dos cursos e depoacutesitos de aacutegua incluindo os

lenccediloacuteis freaacuteticos acarretando tambeacutem prejuiacutezos agressotildees agrave sauacutede humana

seja de forma direta ou indireta existem tambeacutem os danos causados agrave flora e

principalmente agrave fauna que satildeo de alta gravidade assumindo dimensotildees

crescentes agrave medida que o uso de atividades agriacutecolas poluidoras se expandem

________________________________________________________________ sup1 - A Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Lei 6938 de 31 de Agosto 1981 Art 3ordm inciso III ndash a b c d e

sup2 - Resoluccedilatildeo CONAMA 00186 sobre Diretrizes Gerais para Uso e Implementaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo do Impacto Ambiental como um dos Instrumentos da Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Art 1ordm inciso I ndash II ndash III ndash IV ndash V

12 impulsionadas pelo crescimento dos mercados interno e externo

A tiacutetulo de exemplo Passos de Freitas exemplifica o problema da seguinte

maneira

ldquoO Brasil nos uacuteltimos anos vem tomando consciecircncia do

problema Afinal um povo que possui os maiores rios do

mundo tem dificuldade em imaginar que pode ficar sem

aacutegua Mas apesar de termos cerca de 137 a aacutegua doce

disponiacutevel no mundo a verdade eacute que os problemas vecircm se

agravando No Nordeste a falta de aacutegua eacute crocircnica No

Sudeste ela eacute abundante poreacutem de maacute qualidade A

invasatildeo de aacutereas de mananciais hiacutedricos pela populaccedilatildeo

carente eacute um dos maiores problemas de Satildeo Paulo Os

dejetos industriais lanccedilados no rio Paraiacuteba do Sul tornam

precaacuteria a aacutegua que abastece o Rio de Janeiro e outras

cidades Falta aacutegua para irrigar os arrozais do Rio Grande

do Sul (2003 p 158)rdquo

Atualmente vaacuterias legislaccedilotildees (ANEXO 1) tecircm a poluiccedilatildeo hiacutedrica como ponto

fundamental na elaboraccedilatildeo de normas para regulamentaccedilatildeo assim como no

Wasserhaushaltsgesetz alematildeo nos sectsect 3 22 26 27 32 ter 38 identificam como

poluiccedilatildeo hiacutedrica como sendo qualquer espeacutecie de ldquotransformaccedilatildeo prejudicialrdquo da

aacutegua mediante alteraccedilatildeo de suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas A

lei francesa de 16 de novembro do ano de 1964 no seu primeiro artigo entende

como poluiccedilatildeo hiacutedrica sendo qualquer operaccedilatildeo apta a provocar ou acrescentar

a degradaccedilatildeo das aacuteguas mediante modificaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas

quiacutemicas bioloacutegicas ou bacterioloacutegicas Mais geneacuterica eacute a conceituaccedilatildeo dada

pela lei holandesa em seu primeiro artigo ldquoqualquer descarga de substacircncias de

qualquer modo prejudiciais agrave qualidade das aacuteguas superficiaisrdquo Assim eacute

possiacutevel verificar a divergecircncia ou a amplitude quanto agrave conceituaccedilatildeo de

poluiccedilatildeo hiacutedrica

13 11 ndash Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

Segundo Ramos 2003 Como fruto da atuaccedilatildeo do homem sobre o meio

ambiente surge o problema da poluiccedilatildeo dos rios lagos oceanos enfim do

sistema hiacutedrico As fontes de poluiccedilatildeo da aacutegua dos rios satildeo advindas dos

esgotos domeacutesticos despejos industriais escoamento da chuva das aacutereas

urbanas e das aacuteguas de retorno de irrigaccedilatildeo (ANEXO 2 fig 1 2 e 3) Desse modo

principalmente no atual seacuteculo o grande crescimento populacional e o

desenvolvimento industrial aleacutem do uso cada vez maior de fertilizantes

quiacutemicos e inseticidas nas lavouras tecircm causado seacuterios danos aos rios e a vida

de modo geral As grandes concentraccedilotildees de nitrogecircnio e foacutesforo usados nos

adubos e fertilizantes constituem um tipo muito comum de poluiccedilatildeo da aacutegua As

enxurradas transportam para os rios os fosfatos e nitratos Estes nutrem as

plantas aquaacuteticas as quais multiplicam-se (especialmente algas) absorvem o

oxigecircnio da aacutegua Por sua vez a falta de oxigecircnio provoca a morte de muitas

plantas e animais que ao se decomporem aumentam a poluiccedilatildeo Aleacutem deste

fato muitos outros satildeo causadores da poluiccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Os inseticidas usados nas lavouras que destroem o fitoplacircncton existente

nos rios o qual eacute responsaacutevel pela renovaccedilatildeo de 70 do oxigecircnio da atmosfera

Os sedimentos que satildeo transportados para os rios pelas enxurradas em

decorrecircncia de praacuteticas agriacutecolas que natildeo se preocupam com a conservaccedilatildeo do

solo Os sedimentos ou detritos natildeo deixam a luz do sol penetrar na aacutegua

dificultando as formas de vida subaquaacuteticas

Quando eacute ultrapassada a capacidade de autodefesa da aacutegua em sanear os

detritos em virtude do excesso de esgoto despejado nos rios ocorre o

aparecimento de gases nocivos agrave vida aquaacutetica

Segundo Ramos 2003 As poluiccedilotildees dos recursos hiacutedricos satildeo classificadas em

Poluiccedilatildeo Bioloacutegica causada pelos esgotos urbanos ou por certas induacutestrias que

lanccedilam substacircncias que favorecem a proliferaccedilatildeo que microorganismos que

consomem grande quantidade de oxigecircnio da aacutegua assim causando a morte de

peixes que ali vivem natildeo por envenenamentos mas sim por asfixia

14 Poluiccedilatildeo Quiacutemica provocadas por substacircncias natildeo biodegradaacuteveis presentes na

aacutegua Satildeo aquelas que natildeo podem ser decompostas pela accedilatildeo dos

microorganismos como metais pesados detergentes herbicidas pesticidas

petroacuteleo e outros

Poluiccedilatildeo Fiacutesica provocada por resiacuteduos radioativos com precipitaccedilatildeo atocircmica

cujo perigo indireto manifestando-se de forma canceriacutegena e geneacutetica

Esses satildeo os principais causadores da poluiccedilatildeo hiacutedrica atual Foi dada

apenas uma breve introduccedilatildeo esses elementos seratildeo aprofundados no capiacutetulo

ll ndash Crise dos recursos hiacutedricos

15 CAPITULO II

Os seres humanos natildeo satildeo os uacutenicos que aspiram agrave liberdade O

ecossistema inteiro a deseja

A revoluccedilatildeo tambeacutem eacute para os lagos os rios as aacutervores e os animais

(Padre Ernesto Cardenal ndash Ministro da Cultura da Nicaraacutegua sandinista)

2 ndash CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

O sistema hiacutedrico mundial eacute muito rico tanto eacute que a maior porccedilatildeo do

Planeta Terra eacute banhado por aacutegua compreendendo lagos rios aacuteguas

subterracircneas e os oceanos (cobre a maior parte da Terra) Para demonstrar

numericamente a grandiosidade dos recursos hiacutedricos dados estimados

divulgados pela ONU mostram que infelizmente 975 da aacutegua encontrada no

planeta eacute inconsumiacutevel pois 95 satildeo salgadas portanto estatildeo nos oceanos e

25 das aacuteguas estatildeo presentes nas geleiras sobrando apenas 25 de reserva

de aacutegua doce (fig4) desse total apenas 007 estaacute acessiacutevel ao consumo

humano

fig4 ndash Quantidades de aacutegua nos principais reservatoacuterios da Terrra (Rebouccedilas 2002a) sup3

O Brasil possui grande importacircncia quando relacionado aos recursos

hiacutedricos pois 8 de toda aacutegua existente estaacute nele estando 80 na regiatildeo

sup3 - REBOUCcedilAS Aldo ndash Uso Inteligente da Aacutegua Escrituras Satildeo Paulo 2004

16 Amazocircnica Isso se reforccedila mais quando se compara a falta de aacutegua que atinge

aproximadamente um quinto da populaccedilatildeo mundial faltando esse recurso

permanentemente em 22 paiacuteses Estudos da ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees

Unidas) ainda estimam que problemas de abastecimento de aacutegua iratildeo afetar dois

terccedilos da humanidade por volta do ano 2025 ndash hoje como jaacute exposto um quinto

da populaccedilatildeo mundial sofre com a falta de aacutegua potaacutevel e o estoque disponiacutevel

vem sendo contaminado pela falta de tratamento (Fundo Mundial para a Natureza

WWW 1999)

Apesar das grandes dificuldades que o homem no decorrer dos anos impocircs

ao sistema hiacutedrico existem diversas utilidades que satildeo possiacuteveis de se destacar

como por exemplo a irrigaccedilatildeo na agricultura o uso na induacutestria (apoacutes o uso ser

tratada) o uso domeacutestico para a pesca para geraccedilatildeo de energia eleacutetrica para o

turismo e tambeacutem satildeo importantiacutessimos para os recursos viaacuterios o que natildeo

pode ser esquecido devido ao fator do desenvolvimento econocircmico

21 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

A partir do momento em que um fator for prejudicial agrave vida seraacute tambeacutem

considerado poluente Assim praticamente todo agente fiacutesico ou quiacutemico torna-

se poluente quando ultrapassa certo limite em relaccedilatildeo ao meio ambiente natural

(ANEXO 2 fig 1 2 e 3)

Tipos de agentes poluentes da aacutegua (Fundo Mundial para a Natureza WWW

1999)

middot Iacuteons de metais de transiccedilatildeo - Cobre (Cu) Mercuacuterio (Hg) Chumbo (Pb)

Niacutequel (Ni) Caacutedmio (Cd)

middot Compostos orgacircnicos ndash Inseticidas detergente petroacuteleo

middot Nutrientes de plantas ndash Nordeacutelio (NO) Polocircnio (PO)

middot Substancias radioativas ndash Despejos com uracircnio

middot Agentes bioloacutegicos ndash Bacteacuterias e viacuterus

middot Calor ndash aacutegua utilizada na refrigeraccedilatildeo de sistemas industriais e usinas

nucleares

middot Despejos que retiram o oxigecircnio dissolvido ndash despejos de animais

vegetaccedilatildeo em decomposiccedilatildeo

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

middot Almanaque Abril 2000 nordm 020735070001-09 Novo Disc Brasil CD-ROM

middot Brasil Constituiccedilatildeo (1988) da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia

Senado Federal Subsecretaria de Ediccedilotildees Teacutecnicas 2002

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ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

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ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

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middot MACHADO Paulo A L Direito Ambiental Brasileiro 6ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

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35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

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middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 6: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

6 RESUMO

O grande ldquoplaneta aacuteguardquo estaacute passando sede Eacute incriacutevel imaginar que

atualmente dezenas de milhotildees de pessoas vivam com menos de cinco litros de

aacutegua por dia em um planeta que possui 70 de sua superfiacutecie coberta por aacutegua

Eacute certo que a ldquohidrosfera aproveitaacutevelrdquo eacute suficiente para o abastecimento de aacutegua

de toda a populaccedilatildeo da Terra mas ela eacute irregularmente distribuiacuteda A aacutegua como

substacircncia estaacute presente em toda parte mas os recursos hiacutedricos entendidos

como um bem econocircmico e que pode ser aproveitado pelo ser humano dentro de

custos financeiros razoaacuteveis eacute mais escasso O problema da escassez de aacutegua

tornou-se uma seacuteria ameaccedila para o planeta neste terceiro milecircnio Durante muito

tempo acreditou-se que a aacutegua doce da Terra natildeo acabaria nunca Entretanto o

aumento da populaccedilatildeo o desperdiacutecio a poluiccedilatildeo e a crescente urbanizaccedilatildeo sem

um planejamento adequado agravaram com o passar do tempo o problema da

falta de aacutegua Racionamento e disseminaccedilatildeo de doenccedilas satildeo apenas algumas

consequumlecircncias do mau uso dos recursos hiacutedricos Aleacutem do uso inadequado a

distribuiccedilatildeo desigual dos recursos hiacutedricos sobre a Terra e as diferenccedilas de

consumo entre paiacuteses e setores econocircmicos torna o futuro do abastecimento de

aacutegua para as novas geraccedilotildees ainda mais preocupante

Fornecer aacutegua potaacutevel para todos eacute o grande desafio da humanidade para os

proacuteximos anos

7 METODOLOGIA

Esta pesquisa monograacutefica de teor bibliograacutefico e documental foi efetuada

utilizando recursos proacuteprios a partir do desenvolvimento de etapas preacute-definidas

Inicialmente foram realizados levantamentos de algumas Leis sobre os Recursos

Hiacutedricos depois a anaacutelise bibliograacutefica de experiecircncias de autores Partindo

desse ponto para um aprofundamento maior na pesquisa (livros Internet

tabelas reportagens) A siacutentese dos conteuacutedos analisados levou agrave elaboraccedilatildeo de

um relatoacuterio preliminar A discussatildeo e revisatildeo de tal relatoacuterio geraram o relatoacuterio

final da pesquisa

8 SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO

CAPIacuteTULO I ndash 1 POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

CAPIacuteTULO II ndash 2 CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

CAPIacuteTULO III ndash 3 NORMAS REGULADORAS

31 Constituiccedilatildeo Brasileira 88

32 Coacutedigo penal Brasileiro

33 Lei Nordm 960598

34 Lei Nordm 943397

35 LEI Nordm 979599

CONCLUSAtildeO

BIBLIOGRAFIA

ANEXOS

9 INTRODUCcedilAtildeO

Este tema foi escolhido devido agrave aacutegua ser um dos elementos mais

importantes para a manutenccedilatildeo da vida na Terra sua maior ou menor

abundacircncia eacute que determina os ecossistemas existentes no planeta Para que

isso ocorra de maneira beneacutefica para todos os seres a poluiccedilatildeo seja qual for

necessita ser tratada com toda a atenccedilatildeo e precauccedilatildeo

Desde os tempos mais remotos o homem costuma lanccedilar seus detritos nos

cursos de aacutegua Ateacute a Revoluccedilatildeo Industrial poreacutem esse procedimento natildeo

causava problemas jaacute que os rios mares e oceanos tecircm consideraacutevel poder de

autolimpeza de purificaccedilatildeo Com a industrializaccedilatildeo a situaccedilatildeo passou a sofrer

profundas alteraccedilotildees O volume de detritos despejados na aacuteguas tornou-se cada

vez maior superando a capacidade de purificaccedilatildeo dos rios e oceanos que eacute

limitada Aleacutem disso passou a ser despejada na aacutegua uma quantidade de

elementos que natildeo satildeo decompostos pela natureza Tais elementos ndash por

exemplo os plaacutesticos a maioria dos detergentes e os pesticidas ndash vatildeo se

acumulando nos rios lagos e oceanos diminuindo a capacidade de retenccedilatildeo de

oxigecircnio das aacuteguas e consequumlentemente prejudicando a vida aquaacutetica

A aacutegua empregada para resfriar os equipamentos nas usinas termoeleacutetricas e

aacutetomo-eleacutetrico e em alguns tipos de induacutestrias tambeacutem causa seacuterios problemas

de poluiccedilatildeo Essa aacutegua que eacute lanccedilada nos rios ainda quente faz aumentar a

temperatura das aacuteguas e provoca a eliminaccedilatildeo dos animais e plantas laacute

existentes

Como eacute possiacutevel verificar no trecho acima existem inuacutemeras formas

poluidoras que infelizmente comprometem o bom andamento da vida aleacutem delas

existem a poluiccedilatildeo sonora a poluiccedilatildeo atmosfeacuterica a poluiccedilatildeo visual entre

muitas outras mas neste trabalho dar-se-aacute destaque agrave poluiccedilatildeo hiacutedrica

enfrentada atualmente

O principal objetivo eacute fazer um levantamento de artigos e analisar as leis

acerca do tema ldquorecursos hiacutedricosrdquo Este assunto consideraraacute de forma criacutetica e

reflexiva os principais problemas referentes a ldquopoluiccedilatildeo hiacutedricardquo e a sua situaccedilatildeo

num contexto histoacuterico e social

10 CAPITULO I

O que seria a ideacuteia de pureza sem a imagem de uma aacutegua liacutempida e

clara sem esse belo pleonasmo que nos fala de uma aacutegua pura

(Gaston Bachelard)

1 ndash POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

Podemos iniciar com o Art 225 da Constituiccedilatildeo Brasileira de 1988 que

eleva a proteccedilatildeo ambiental agrave categoria de direito fundamental de todo cidadatildeo

ldquoArt225 ndash Todos tecircm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e

essencial agrave sadia qualidade de vida impondo-se ao Poder

Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-lo para as

presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo

Desde os primoacuterdios da civilizaccedilatildeo o homem por meio do progresso

tecnoloacutegico e da expansatildeo demograacutefica tem infelizmente degradado cada vez

mais o meio ambiente em que vive pois necessitam a cada dia de um maior

aproveitamento das mateacuterias-primas dispostas pela natureza Sendo assim com

intenso uso da natureza o homem acaba por danificar a mesma causando

agressotildees violentas contra o meio ambiente este que seria um espaccedilo onde se

encontram os recursos naturais inclusive aqueles jaacute reproduzidos

(transformados) ou degenerados (poluiacutedos) como no caso do meio ambiente

urbano (CUSTOacuteDIO1993)

Assim apoacutes conceituar o meio ambiente elemento fundamental para o

entendimento acerca da poluiccedilatildeo pode-se de maneira ampla poreacutem segura

conceituar poluiccedilatildeo como sendo a ldquodegradaccedilatildeo da qualidade ambiental

resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a sauacutede a

seguranccedila e o bem-estar da populaccedilatildeo criem condiccedilotildees adversas agraves atividades

sociais e econocircmicas afetem desfavoravelmente a biota afetem as condiccedilotildees

esteacuteticas ou sanitaacuterias do meio ambiente lancem mateacuterias ou energia em

11 desacordo com os padrotildees ambientais estabelecidosrdquosup1 ldquoA noccedilatildeo de lsquopoluiccedilatildeorsquo eacute

definida de forma diversa nas legislaccedilotildees vigentes O art 1ordm da lei belga de 26

de marccedilo de 1971 qualifica como tal qualquer contribuiccedilatildeo da atividade humana

que possa alterar a aacutegua em sua composiccedilatildeo ou em sua qualidade de modo a

tornaacute-la inidocircnea ao uso ou de degradaacute-lardquo

Apoacutes a conceituaccedilatildeo de meio ambiente e poluiccedilatildeo nota-se que pelos

conceitos passados eacute possiacutevel encontrar vaacuterias espeacutecies de poluiccedilatildeo no mundo

atual como por exemplo ldquoas poluiccedilotildees sonoras decorrentes da maacutexima

utilizaccedilatildeo dos meios de transportes aeacutereos e terrestres e demais elementos que

emitem ondas sonoras acima de 80 ldquoDbzrdquo tolerados pela lei e pela medicinardquo sup2 a

poluiccedilatildeo visual hoje encarada como natural nas grandes cidades por meio das

propagandas em outdoors a poluiccedilatildeo hiacutedrica atualmente muito comentada e

analisada por pesquisadores e cientistas Essa poluiccedilatildeo eacute causada pela emissatildeo

de dejetos humanos resiacuteduos soacutelidos das mais variadas espeacutecies assim devido

a sua grande interferecircncia na vida dos seres humanos a poluiccedilatildeo hiacutedrica eacute alvo

do trabalho aqui apresentado

A aacutegua possui um ciclo indispensaacutevel agrave vida de qualquer ser vivo ela pode

existir em abundacircncia ou natildeo mas sempre teraacute grande importacircncia agrave vida e

tambeacutem na configuraccedilatildeo dos ecossistemas Mas como sempre existe um lado

negativo as aacuteguas quase sempre satildeo o destino final de quase toda poluiccedilatildeo

produzida pelo homem mas para que ela cesse eacute necessaacuteria uma

conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para que ocorra a conservaccedilatildeo que constitui uma

base de todo um processo de desenvolvimento que possa receber o adjetivo

sustentaacutevel Pensando dessa maneira o uso indiscriminado de agrotoacutexicos na

agricultura associada agrave incidecircncia de chuvas ou mesmo agrave praacutetica de irrigaccedilatildeo

acarreta uma grande contaminaccedilatildeo dos cursos e depoacutesitos de aacutegua incluindo os

lenccediloacuteis freaacuteticos acarretando tambeacutem prejuiacutezos agressotildees agrave sauacutede humana

seja de forma direta ou indireta existem tambeacutem os danos causados agrave flora e

principalmente agrave fauna que satildeo de alta gravidade assumindo dimensotildees

crescentes agrave medida que o uso de atividades agriacutecolas poluidoras se expandem

________________________________________________________________ sup1 - A Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Lei 6938 de 31 de Agosto 1981 Art 3ordm inciso III ndash a b c d e

sup2 - Resoluccedilatildeo CONAMA 00186 sobre Diretrizes Gerais para Uso e Implementaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo do Impacto Ambiental como um dos Instrumentos da Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Art 1ordm inciso I ndash II ndash III ndash IV ndash V

12 impulsionadas pelo crescimento dos mercados interno e externo

A tiacutetulo de exemplo Passos de Freitas exemplifica o problema da seguinte

maneira

ldquoO Brasil nos uacuteltimos anos vem tomando consciecircncia do

problema Afinal um povo que possui os maiores rios do

mundo tem dificuldade em imaginar que pode ficar sem

aacutegua Mas apesar de termos cerca de 137 a aacutegua doce

disponiacutevel no mundo a verdade eacute que os problemas vecircm se

agravando No Nordeste a falta de aacutegua eacute crocircnica No

Sudeste ela eacute abundante poreacutem de maacute qualidade A

invasatildeo de aacutereas de mananciais hiacutedricos pela populaccedilatildeo

carente eacute um dos maiores problemas de Satildeo Paulo Os

dejetos industriais lanccedilados no rio Paraiacuteba do Sul tornam

precaacuteria a aacutegua que abastece o Rio de Janeiro e outras

cidades Falta aacutegua para irrigar os arrozais do Rio Grande

do Sul (2003 p 158)rdquo

Atualmente vaacuterias legislaccedilotildees (ANEXO 1) tecircm a poluiccedilatildeo hiacutedrica como ponto

fundamental na elaboraccedilatildeo de normas para regulamentaccedilatildeo assim como no

Wasserhaushaltsgesetz alematildeo nos sectsect 3 22 26 27 32 ter 38 identificam como

poluiccedilatildeo hiacutedrica como sendo qualquer espeacutecie de ldquotransformaccedilatildeo prejudicialrdquo da

aacutegua mediante alteraccedilatildeo de suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas A

lei francesa de 16 de novembro do ano de 1964 no seu primeiro artigo entende

como poluiccedilatildeo hiacutedrica sendo qualquer operaccedilatildeo apta a provocar ou acrescentar

a degradaccedilatildeo das aacuteguas mediante modificaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas

quiacutemicas bioloacutegicas ou bacterioloacutegicas Mais geneacuterica eacute a conceituaccedilatildeo dada

pela lei holandesa em seu primeiro artigo ldquoqualquer descarga de substacircncias de

qualquer modo prejudiciais agrave qualidade das aacuteguas superficiaisrdquo Assim eacute

possiacutevel verificar a divergecircncia ou a amplitude quanto agrave conceituaccedilatildeo de

poluiccedilatildeo hiacutedrica

13 11 ndash Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

Segundo Ramos 2003 Como fruto da atuaccedilatildeo do homem sobre o meio

ambiente surge o problema da poluiccedilatildeo dos rios lagos oceanos enfim do

sistema hiacutedrico As fontes de poluiccedilatildeo da aacutegua dos rios satildeo advindas dos

esgotos domeacutesticos despejos industriais escoamento da chuva das aacutereas

urbanas e das aacuteguas de retorno de irrigaccedilatildeo (ANEXO 2 fig 1 2 e 3) Desse modo

principalmente no atual seacuteculo o grande crescimento populacional e o

desenvolvimento industrial aleacutem do uso cada vez maior de fertilizantes

quiacutemicos e inseticidas nas lavouras tecircm causado seacuterios danos aos rios e a vida

de modo geral As grandes concentraccedilotildees de nitrogecircnio e foacutesforo usados nos

adubos e fertilizantes constituem um tipo muito comum de poluiccedilatildeo da aacutegua As

enxurradas transportam para os rios os fosfatos e nitratos Estes nutrem as

plantas aquaacuteticas as quais multiplicam-se (especialmente algas) absorvem o

oxigecircnio da aacutegua Por sua vez a falta de oxigecircnio provoca a morte de muitas

plantas e animais que ao se decomporem aumentam a poluiccedilatildeo Aleacutem deste

fato muitos outros satildeo causadores da poluiccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Os inseticidas usados nas lavouras que destroem o fitoplacircncton existente

nos rios o qual eacute responsaacutevel pela renovaccedilatildeo de 70 do oxigecircnio da atmosfera

Os sedimentos que satildeo transportados para os rios pelas enxurradas em

decorrecircncia de praacuteticas agriacutecolas que natildeo se preocupam com a conservaccedilatildeo do

solo Os sedimentos ou detritos natildeo deixam a luz do sol penetrar na aacutegua

dificultando as formas de vida subaquaacuteticas

Quando eacute ultrapassada a capacidade de autodefesa da aacutegua em sanear os

detritos em virtude do excesso de esgoto despejado nos rios ocorre o

aparecimento de gases nocivos agrave vida aquaacutetica

Segundo Ramos 2003 As poluiccedilotildees dos recursos hiacutedricos satildeo classificadas em

Poluiccedilatildeo Bioloacutegica causada pelos esgotos urbanos ou por certas induacutestrias que

lanccedilam substacircncias que favorecem a proliferaccedilatildeo que microorganismos que

consomem grande quantidade de oxigecircnio da aacutegua assim causando a morte de

peixes que ali vivem natildeo por envenenamentos mas sim por asfixia

14 Poluiccedilatildeo Quiacutemica provocadas por substacircncias natildeo biodegradaacuteveis presentes na

aacutegua Satildeo aquelas que natildeo podem ser decompostas pela accedilatildeo dos

microorganismos como metais pesados detergentes herbicidas pesticidas

petroacuteleo e outros

Poluiccedilatildeo Fiacutesica provocada por resiacuteduos radioativos com precipitaccedilatildeo atocircmica

cujo perigo indireto manifestando-se de forma canceriacutegena e geneacutetica

Esses satildeo os principais causadores da poluiccedilatildeo hiacutedrica atual Foi dada

apenas uma breve introduccedilatildeo esses elementos seratildeo aprofundados no capiacutetulo

ll ndash Crise dos recursos hiacutedricos

15 CAPITULO II

Os seres humanos natildeo satildeo os uacutenicos que aspiram agrave liberdade O

ecossistema inteiro a deseja

A revoluccedilatildeo tambeacutem eacute para os lagos os rios as aacutervores e os animais

(Padre Ernesto Cardenal ndash Ministro da Cultura da Nicaraacutegua sandinista)

2 ndash CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

O sistema hiacutedrico mundial eacute muito rico tanto eacute que a maior porccedilatildeo do

Planeta Terra eacute banhado por aacutegua compreendendo lagos rios aacuteguas

subterracircneas e os oceanos (cobre a maior parte da Terra) Para demonstrar

numericamente a grandiosidade dos recursos hiacutedricos dados estimados

divulgados pela ONU mostram que infelizmente 975 da aacutegua encontrada no

planeta eacute inconsumiacutevel pois 95 satildeo salgadas portanto estatildeo nos oceanos e

25 das aacuteguas estatildeo presentes nas geleiras sobrando apenas 25 de reserva

de aacutegua doce (fig4) desse total apenas 007 estaacute acessiacutevel ao consumo

humano

fig4 ndash Quantidades de aacutegua nos principais reservatoacuterios da Terrra (Rebouccedilas 2002a) sup3

O Brasil possui grande importacircncia quando relacionado aos recursos

hiacutedricos pois 8 de toda aacutegua existente estaacute nele estando 80 na regiatildeo

sup3 - REBOUCcedilAS Aldo ndash Uso Inteligente da Aacutegua Escrituras Satildeo Paulo 2004

16 Amazocircnica Isso se reforccedila mais quando se compara a falta de aacutegua que atinge

aproximadamente um quinto da populaccedilatildeo mundial faltando esse recurso

permanentemente em 22 paiacuteses Estudos da ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees

Unidas) ainda estimam que problemas de abastecimento de aacutegua iratildeo afetar dois

terccedilos da humanidade por volta do ano 2025 ndash hoje como jaacute exposto um quinto

da populaccedilatildeo mundial sofre com a falta de aacutegua potaacutevel e o estoque disponiacutevel

vem sendo contaminado pela falta de tratamento (Fundo Mundial para a Natureza

WWW 1999)

Apesar das grandes dificuldades que o homem no decorrer dos anos impocircs

ao sistema hiacutedrico existem diversas utilidades que satildeo possiacuteveis de se destacar

como por exemplo a irrigaccedilatildeo na agricultura o uso na induacutestria (apoacutes o uso ser

tratada) o uso domeacutestico para a pesca para geraccedilatildeo de energia eleacutetrica para o

turismo e tambeacutem satildeo importantiacutessimos para os recursos viaacuterios o que natildeo

pode ser esquecido devido ao fator do desenvolvimento econocircmico

21 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

A partir do momento em que um fator for prejudicial agrave vida seraacute tambeacutem

considerado poluente Assim praticamente todo agente fiacutesico ou quiacutemico torna-

se poluente quando ultrapassa certo limite em relaccedilatildeo ao meio ambiente natural

(ANEXO 2 fig 1 2 e 3)

Tipos de agentes poluentes da aacutegua (Fundo Mundial para a Natureza WWW

1999)

middot Iacuteons de metais de transiccedilatildeo - Cobre (Cu) Mercuacuterio (Hg) Chumbo (Pb)

Niacutequel (Ni) Caacutedmio (Cd)

middot Compostos orgacircnicos ndash Inseticidas detergente petroacuteleo

middot Nutrientes de plantas ndash Nordeacutelio (NO) Polocircnio (PO)

middot Substancias radioativas ndash Despejos com uracircnio

middot Agentes bioloacutegicos ndash Bacteacuterias e viacuterus

middot Calor ndash aacutegua utilizada na refrigeraccedilatildeo de sistemas industriais e usinas

nucleares

middot Despejos que retiram o oxigecircnio dissolvido ndash despejos de animais

vegetaccedilatildeo em decomposiccedilatildeo

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 7: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

7 METODOLOGIA

Esta pesquisa monograacutefica de teor bibliograacutefico e documental foi efetuada

utilizando recursos proacuteprios a partir do desenvolvimento de etapas preacute-definidas

Inicialmente foram realizados levantamentos de algumas Leis sobre os Recursos

Hiacutedricos depois a anaacutelise bibliograacutefica de experiecircncias de autores Partindo

desse ponto para um aprofundamento maior na pesquisa (livros Internet

tabelas reportagens) A siacutentese dos conteuacutedos analisados levou agrave elaboraccedilatildeo de

um relatoacuterio preliminar A discussatildeo e revisatildeo de tal relatoacuterio geraram o relatoacuterio

final da pesquisa

8 SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO

CAPIacuteTULO I ndash 1 POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

CAPIacuteTULO II ndash 2 CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

CAPIacuteTULO III ndash 3 NORMAS REGULADORAS

31 Constituiccedilatildeo Brasileira 88

32 Coacutedigo penal Brasileiro

33 Lei Nordm 960598

34 Lei Nordm 943397

35 LEI Nordm 979599

CONCLUSAtildeO

BIBLIOGRAFIA

ANEXOS

9 INTRODUCcedilAtildeO

Este tema foi escolhido devido agrave aacutegua ser um dos elementos mais

importantes para a manutenccedilatildeo da vida na Terra sua maior ou menor

abundacircncia eacute que determina os ecossistemas existentes no planeta Para que

isso ocorra de maneira beneacutefica para todos os seres a poluiccedilatildeo seja qual for

necessita ser tratada com toda a atenccedilatildeo e precauccedilatildeo

Desde os tempos mais remotos o homem costuma lanccedilar seus detritos nos

cursos de aacutegua Ateacute a Revoluccedilatildeo Industrial poreacutem esse procedimento natildeo

causava problemas jaacute que os rios mares e oceanos tecircm consideraacutevel poder de

autolimpeza de purificaccedilatildeo Com a industrializaccedilatildeo a situaccedilatildeo passou a sofrer

profundas alteraccedilotildees O volume de detritos despejados na aacuteguas tornou-se cada

vez maior superando a capacidade de purificaccedilatildeo dos rios e oceanos que eacute

limitada Aleacutem disso passou a ser despejada na aacutegua uma quantidade de

elementos que natildeo satildeo decompostos pela natureza Tais elementos ndash por

exemplo os plaacutesticos a maioria dos detergentes e os pesticidas ndash vatildeo se

acumulando nos rios lagos e oceanos diminuindo a capacidade de retenccedilatildeo de

oxigecircnio das aacuteguas e consequumlentemente prejudicando a vida aquaacutetica

A aacutegua empregada para resfriar os equipamentos nas usinas termoeleacutetricas e

aacutetomo-eleacutetrico e em alguns tipos de induacutestrias tambeacutem causa seacuterios problemas

de poluiccedilatildeo Essa aacutegua que eacute lanccedilada nos rios ainda quente faz aumentar a

temperatura das aacuteguas e provoca a eliminaccedilatildeo dos animais e plantas laacute

existentes

Como eacute possiacutevel verificar no trecho acima existem inuacutemeras formas

poluidoras que infelizmente comprometem o bom andamento da vida aleacutem delas

existem a poluiccedilatildeo sonora a poluiccedilatildeo atmosfeacuterica a poluiccedilatildeo visual entre

muitas outras mas neste trabalho dar-se-aacute destaque agrave poluiccedilatildeo hiacutedrica

enfrentada atualmente

O principal objetivo eacute fazer um levantamento de artigos e analisar as leis

acerca do tema ldquorecursos hiacutedricosrdquo Este assunto consideraraacute de forma criacutetica e

reflexiva os principais problemas referentes a ldquopoluiccedilatildeo hiacutedricardquo e a sua situaccedilatildeo

num contexto histoacuterico e social

10 CAPITULO I

O que seria a ideacuteia de pureza sem a imagem de uma aacutegua liacutempida e

clara sem esse belo pleonasmo que nos fala de uma aacutegua pura

(Gaston Bachelard)

1 ndash POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

Podemos iniciar com o Art 225 da Constituiccedilatildeo Brasileira de 1988 que

eleva a proteccedilatildeo ambiental agrave categoria de direito fundamental de todo cidadatildeo

ldquoArt225 ndash Todos tecircm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e

essencial agrave sadia qualidade de vida impondo-se ao Poder

Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-lo para as

presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo

Desde os primoacuterdios da civilizaccedilatildeo o homem por meio do progresso

tecnoloacutegico e da expansatildeo demograacutefica tem infelizmente degradado cada vez

mais o meio ambiente em que vive pois necessitam a cada dia de um maior

aproveitamento das mateacuterias-primas dispostas pela natureza Sendo assim com

intenso uso da natureza o homem acaba por danificar a mesma causando

agressotildees violentas contra o meio ambiente este que seria um espaccedilo onde se

encontram os recursos naturais inclusive aqueles jaacute reproduzidos

(transformados) ou degenerados (poluiacutedos) como no caso do meio ambiente

urbano (CUSTOacuteDIO1993)

Assim apoacutes conceituar o meio ambiente elemento fundamental para o

entendimento acerca da poluiccedilatildeo pode-se de maneira ampla poreacutem segura

conceituar poluiccedilatildeo como sendo a ldquodegradaccedilatildeo da qualidade ambiental

resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a sauacutede a

seguranccedila e o bem-estar da populaccedilatildeo criem condiccedilotildees adversas agraves atividades

sociais e econocircmicas afetem desfavoravelmente a biota afetem as condiccedilotildees

esteacuteticas ou sanitaacuterias do meio ambiente lancem mateacuterias ou energia em

11 desacordo com os padrotildees ambientais estabelecidosrdquosup1 ldquoA noccedilatildeo de lsquopoluiccedilatildeorsquo eacute

definida de forma diversa nas legislaccedilotildees vigentes O art 1ordm da lei belga de 26

de marccedilo de 1971 qualifica como tal qualquer contribuiccedilatildeo da atividade humana

que possa alterar a aacutegua em sua composiccedilatildeo ou em sua qualidade de modo a

tornaacute-la inidocircnea ao uso ou de degradaacute-lardquo

Apoacutes a conceituaccedilatildeo de meio ambiente e poluiccedilatildeo nota-se que pelos

conceitos passados eacute possiacutevel encontrar vaacuterias espeacutecies de poluiccedilatildeo no mundo

atual como por exemplo ldquoas poluiccedilotildees sonoras decorrentes da maacutexima

utilizaccedilatildeo dos meios de transportes aeacutereos e terrestres e demais elementos que

emitem ondas sonoras acima de 80 ldquoDbzrdquo tolerados pela lei e pela medicinardquo sup2 a

poluiccedilatildeo visual hoje encarada como natural nas grandes cidades por meio das

propagandas em outdoors a poluiccedilatildeo hiacutedrica atualmente muito comentada e

analisada por pesquisadores e cientistas Essa poluiccedilatildeo eacute causada pela emissatildeo

de dejetos humanos resiacuteduos soacutelidos das mais variadas espeacutecies assim devido

a sua grande interferecircncia na vida dos seres humanos a poluiccedilatildeo hiacutedrica eacute alvo

do trabalho aqui apresentado

A aacutegua possui um ciclo indispensaacutevel agrave vida de qualquer ser vivo ela pode

existir em abundacircncia ou natildeo mas sempre teraacute grande importacircncia agrave vida e

tambeacutem na configuraccedilatildeo dos ecossistemas Mas como sempre existe um lado

negativo as aacuteguas quase sempre satildeo o destino final de quase toda poluiccedilatildeo

produzida pelo homem mas para que ela cesse eacute necessaacuteria uma

conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para que ocorra a conservaccedilatildeo que constitui uma

base de todo um processo de desenvolvimento que possa receber o adjetivo

sustentaacutevel Pensando dessa maneira o uso indiscriminado de agrotoacutexicos na

agricultura associada agrave incidecircncia de chuvas ou mesmo agrave praacutetica de irrigaccedilatildeo

acarreta uma grande contaminaccedilatildeo dos cursos e depoacutesitos de aacutegua incluindo os

lenccediloacuteis freaacuteticos acarretando tambeacutem prejuiacutezos agressotildees agrave sauacutede humana

seja de forma direta ou indireta existem tambeacutem os danos causados agrave flora e

principalmente agrave fauna que satildeo de alta gravidade assumindo dimensotildees

crescentes agrave medida que o uso de atividades agriacutecolas poluidoras se expandem

________________________________________________________________ sup1 - A Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Lei 6938 de 31 de Agosto 1981 Art 3ordm inciso III ndash a b c d e

sup2 - Resoluccedilatildeo CONAMA 00186 sobre Diretrizes Gerais para Uso e Implementaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo do Impacto Ambiental como um dos Instrumentos da Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Art 1ordm inciso I ndash II ndash III ndash IV ndash V

12 impulsionadas pelo crescimento dos mercados interno e externo

A tiacutetulo de exemplo Passos de Freitas exemplifica o problema da seguinte

maneira

ldquoO Brasil nos uacuteltimos anos vem tomando consciecircncia do

problema Afinal um povo que possui os maiores rios do

mundo tem dificuldade em imaginar que pode ficar sem

aacutegua Mas apesar de termos cerca de 137 a aacutegua doce

disponiacutevel no mundo a verdade eacute que os problemas vecircm se

agravando No Nordeste a falta de aacutegua eacute crocircnica No

Sudeste ela eacute abundante poreacutem de maacute qualidade A

invasatildeo de aacutereas de mananciais hiacutedricos pela populaccedilatildeo

carente eacute um dos maiores problemas de Satildeo Paulo Os

dejetos industriais lanccedilados no rio Paraiacuteba do Sul tornam

precaacuteria a aacutegua que abastece o Rio de Janeiro e outras

cidades Falta aacutegua para irrigar os arrozais do Rio Grande

do Sul (2003 p 158)rdquo

Atualmente vaacuterias legislaccedilotildees (ANEXO 1) tecircm a poluiccedilatildeo hiacutedrica como ponto

fundamental na elaboraccedilatildeo de normas para regulamentaccedilatildeo assim como no

Wasserhaushaltsgesetz alematildeo nos sectsect 3 22 26 27 32 ter 38 identificam como

poluiccedilatildeo hiacutedrica como sendo qualquer espeacutecie de ldquotransformaccedilatildeo prejudicialrdquo da

aacutegua mediante alteraccedilatildeo de suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas A

lei francesa de 16 de novembro do ano de 1964 no seu primeiro artigo entende

como poluiccedilatildeo hiacutedrica sendo qualquer operaccedilatildeo apta a provocar ou acrescentar

a degradaccedilatildeo das aacuteguas mediante modificaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas

quiacutemicas bioloacutegicas ou bacterioloacutegicas Mais geneacuterica eacute a conceituaccedilatildeo dada

pela lei holandesa em seu primeiro artigo ldquoqualquer descarga de substacircncias de

qualquer modo prejudiciais agrave qualidade das aacuteguas superficiaisrdquo Assim eacute

possiacutevel verificar a divergecircncia ou a amplitude quanto agrave conceituaccedilatildeo de

poluiccedilatildeo hiacutedrica

13 11 ndash Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

Segundo Ramos 2003 Como fruto da atuaccedilatildeo do homem sobre o meio

ambiente surge o problema da poluiccedilatildeo dos rios lagos oceanos enfim do

sistema hiacutedrico As fontes de poluiccedilatildeo da aacutegua dos rios satildeo advindas dos

esgotos domeacutesticos despejos industriais escoamento da chuva das aacutereas

urbanas e das aacuteguas de retorno de irrigaccedilatildeo (ANEXO 2 fig 1 2 e 3) Desse modo

principalmente no atual seacuteculo o grande crescimento populacional e o

desenvolvimento industrial aleacutem do uso cada vez maior de fertilizantes

quiacutemicos e inseticidas nas lavouras tecircm causado seacuterios danos aos rios e a vida

de modo geral As grandes concentraccedilotildees de nitrogecircnio e foacutesforo usados nos

adubos e fertilizantes constituem um tipo muito comum de poluiccedilatildeo da aacutegua As

enxurradas transportam para os rios os fosfatos e nitratos Estes nutrem as

plantas aquaacuteticas as quais multiplicam-se (especialmente algas) absorvem o

oxigecircnio da aacutegua Por sua vez a falta de oxigecircnio provoca a morte de muitas

plantas e animais que ao se decomporem aumentam a poluiccedilatildeo Aleacutem deste

fato muitos outros satildeo causadores da poluiccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Os inseticidas usados nas lavouras que destroem o fitoplacircncton existente

nos rios o qual eacute responsaacutevel pela renovaccedilatildeo de 70 do oxigecircnio da atmosfera

Os sedimentos que satildeo transportados para os rios pelas enxurradas em

decorrecircncia de praacuteticas agriacutecolas que natildeo se preocupam com a conservaccedilatildeo do

solo Os sedimentos ou detritos natildeo deixam a luz do sol penetrar na aacutegua

dificultando as formas de vida subaquaacuteticas

Quando eacute ultrapassada a capacidade de autodefesa da aacutegua em sanear os

detritos em virtude do excesso de esgoto despejado nos rios ocorre o

aparecimento de gases nocivos agrave vida aquaacutetica

Segundo Ramos 2003 As poluiccedilotildees dos recursos hiacutedricos satildeo classificadas em

Poluiccedilatildeo Bioloacutegica causada pelos esgotos urbanos ou por certas induacutestrias que

lanccedilam substacircncias que favorecem a proliferaccedilatildeo que microorganismos que

consomem grande quantidade de oxigecircnio da aacutegua assim causando a morte de

peixes que ali vivem natildeo por envenenamentos mas sim por asfixia

14 Poluiccedilatildeo Quiacutemica provocadas por substacircncias natildeo biodegradaacuteveis presentes na

aacutegua Satildeo aquelas que natildeo podem ser decompostas pela accedilatildeo dos

microorganismos como metais pesados detergentes herbicidas pesticidas

petroacuteleo e outros

Poluiccedilatildeo Fiacutesica provocada por resiacuteduos radioativos com precipitaccedilatildeo atocircmica

cujo perigo indireto manifestando-se de forma canceriacutegena e geneacutetica

Esses satildeo os principais causadores da poluiccedilatildeo hiacutedrica atual Foi dada

apenas uma breve introduccedilatildeo esses elementos seratildeo aprofundados no capiacutetulo

ll ndash Crise dos recursos hiacutedricos

15 CAPITULO II

Os seres humanos natildeo satildeo os uacutenicos que aspiram agrave liberdade O

ecossistema inteiro a deseja

A revoluccedilatildeo tambeacutem eacute para os lagos os rios as aacutervores e os animais

(Padre Ernesto Cardenal ndash Ministro da Cultura da Nicaraacutegua sandinista)

2 ndash CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

O sistema hiacutedrico mundial eacute muito rico tanto eacute que a maior porccedilatildeo do

Planeta Terra eacute banhado por aacutegua compreendendo lagos rios aacuteguas

subterracircneas e os oceanos (cobre a maior parte da Terra) Para demonstrar

numericamente a grandiosidade dos recursos hiacutedricos dados estimados

divulgados pela ONU mostram que infelizmente 975 da aacutegua encontrada no

planeta eacute inconsumiacutevel pois 95 satildeo salgadas portanto estatildeo nos oceanos e

25 das aacuteguas estatildeo presentes nas geleiras sobrando apenas 25 de reserva

de aacutegua doce (fig4) desse total apenas 007 estaacute acessiacutevel ao consumo

humano

fig4 ndash Quantidades de aacutegua nos principais reservatoacuterios da Terrra (Rebouccedilas 2002a) sup3

O Brasil possui grande importacircncia quando relacionado aos recursos

hiacutedricos pois 8 de toda aacutegua existente estaacute nele estando 80 na regiatildeo

sup3 - REBOUCcedilAS Aldo ndash Uso Inteligente da Aacutegua Escrituras Satildeo Paulo 2004

16 Amazocircnica Isso se reforccedila mais quando se compara a falta de aacutegua que atinge

aproximadamente um quinto da populaccedilatildeo mundial faltando esse recurso

permanentemente em 22 paiacuteses Estudos da ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees

Unidas) ainda estimam que problemas de abastecimento de aacutegua iratildeo afetar dois

terccedilos da humanidade por volta do ano 2025 ndash hoje como jaacute exposto um quinto

da populaccedilatildeo mundial sofre com a falta de aacutegua potaacutevel e o estoque disponiacutevel

vem sendo contaminado pela falta de tratamento (Fundo Mundial para a Natureza

WWW 1999)

Apesar das grandes dificuldades que o homem no decorrer dos anos impocircs

ao sistema hiacutedrico existem diversas utilidades que satildeo possiacuteveis de se destacar

como por exemplo a irrigaccedilatildeo na agricultura o uso na induacutestria (apoacutes o uso ser

tratada) o uso domeacutestico para a pesca para geraccedilatildeo de energia eleacutetrica para o

turismo e tambeacutem satildeo importantiacutessimos para os recursos viaacuterios o que natildeo

pode ser esquecido devido ao fator do desenvolvimento econocircmico

21 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

A partir do momento em que um fator for prejudicial agrave vida seraacute tambeacutem

considerado poluente Assim praticamente todo agente fiacutesico ou quiacutemico torna-

se poluente quando ultrapassa certo limite em relaccedilatildeo ao meio ambiente natural

(ANEXO 2 fig 1 2 e 3)

Tipos de agentes poluentes da aacutegua (Fundo Mundial para a Natureza WWW

1999)

middot Iacuteons de metais de transiccedilatildeo - Cobre (Cu) Mercuacuterio (Hg) Chumbo (Pb)

Niacutequel (Ni) Caacutedmio (Cd)

middot Compostos orgacircnicos ndash Inseticidas detergente petroacuteleo

middot Nutrientes de plantas ndash Nordeacutelio (NO) Polocircnio (PO)

middot Substancias radioativas ndash Despejos com uracircnio

middot Agentes bioloacutegicos ndash Bacteacuterias e viacuterus

middot Calor ndash aacutegua utilizada na refrigeraccedilatildeo de sistemas industriais e usinas

nucleares

middot Despejos que retiram o oxigecircnio dissolvido ndash despejos de animais

vegetaccedilatildeo em decomposiccedilatildeo

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 8: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

8 SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO

CAPIacuteTULO I ndash 1 POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

CAPIacuteTULO II ndash 2 CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

CAPIacuteTULO III ndash 3 NORMAS REGULADORAS

31 Constituiccedilatildeo Brasileira 88

32 Coacutedigo penal Brasileiro

33 Lei Nordm 960598

34 Lei Nordm 943397

35 LEI Nordm 979599

CONCLUSAtildeO

BIBLIOGRAFIA

ANEXOS

9 INTRODUCcedilAtildeO

Este tema foi escolhido devido agrave aacutegua ser um dos elementos mais

importantes para a manutenccedilatildeo da vida na Terra sua maior ou menor

abundacircncia eacute que determina os ecossistemas existentes no planeta Para que

isso ocorra de maneira beneacutefica para todos os seres a poluiccedilatildeo seja qual for

necessita ser tratada com toda a atenccedilatildeo e precauccedilatildeo

Desde os tempos mais remotos o homem costuma lanccedilar seus detritos nos

cursos de aacutegua Ateacute a Revoluccedilatildeo Industrial poreacutem esse procedimento natildeo

causava problemas jaacute que os rios mares e oceanos tecircm consideraacutevel poder de

autolimpeza de purificaccedilatildeo Com a industrializaccedilatildeo a situaccedilatildeo passou a sofrer

profundas alteraccedilotildees O volume de detritos despejados na aacuteguas tornou-se cada

vez maior superando a capacidade de purificaccedilatildeo dos rios e oceanos que eacute

limitada Aleacutem disso passou a ser despejada na aacutegua uma quantidade de

elementos que natildeo satildeo decompostos pela natureza Tais elementos ndash por

exemplo os plaacutesticos a maioria dos detergentes e os pesticidas ndash vatildeo se

acumulando nos rios lagos e oceanos diminuindo a capacidade de retenccedilatildeo de

oxigecircnio das aacuteguas e consequumlentemente prejudicando a vida aquaacutetica

A aacutegua empregada para resfriar os equipamentos nas usinas termoeleacutetricas e

aacutetomo-eleacutetrico e em alguns tipos de induacutestrias tambeacutem causa seacuterios problemas

de poluiccedilatildeo Essa aacutegua que eacute lanccedilada nos rios ainda quente faz aumentar a

temperatura das aacuteguas e provoca a eliminaccedilatildeo dos animais e plantas laacute

existentes

Como eacute possiacutevel verificar no trecho acima existem inuacutemeras formas

poluidoras que infelizmente comprometem o bom andamento da vida aleacutem delas

existem a poluiccedilatildeo sonora a poluiccedilatildeo atmosfeacuterica a poluiccedilatildeo visual entre

muitas outras mas neste trabalho dar-se-aacute destaque agrave poluiccedilatildeo hiacutedrica

enfrentada atualmente

O principal objetivo eacute fazer um levantamento de artigos e analisar as leis

acerca do tema ldquorecursos hiacutedricosrdquo Este assunto consideraraacute de forma criacutetica e

reflexiva os principais problemas referentes a ldquopoluiccedilatildeo hiacutedricardquo e a sua situaccedilatildeo

num contexto histoacuterico e social

10 CAPITULO I

O que seria a ideacuteia de pureza sem a imagem de uma aacutegua liacutempida e

clara sem esse belo pleonasmo que nos fala de uma aacutegua pura

(Gaston Bachelard)

1 ndash POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

Podemos iniciar com o Art 225 da Constituiccedilatildeo Brasileira de 1988 que

eleva a proteccedilatildeo ambiental agrave categoria de direito fundamental de todo cidadatildeo

ldquoArt225 ndash Todos tecircm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e

essencial agrave sadia qualidade de vida impondo-se ao Poder

Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-lo para as

presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo

Desde os primoacuterdios da civilizaccedilatildeo o homem por meio do progresso

tecnoloacutegico e da expansatildeo demograacutefica tem infelizmente degradado cada vez

mais o meio ambiente em que vive pois necessitam a cada dia de um maior

aproveitamento das mateacuterias-primas dispostas pela natureza Sendo assim com

intenso uso da natureza o homem acaba por danificar a mesma causando

agressotildees violentas contra o meio ambiente este que seria um espaccedilo onde se

encontram os recursos naturais inclusive aqueles jaacute reproduzidos

(transformados) ou degenerados (poluiacutedos) como no caso do meio ambiente

urbano (CUSTOacuteDIO1993)

Assim apoacutes conceituar o meio ambiente elemento fundamental para o

entendimento acerca da poluiccedilatildeo pode-se de maneira ampla poreacutem segura

conceituar poluiccedilatildeo como sendo a ldquodegradaccedilatildeo da qualidade ambiental

resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a sauacutede a

seguranccedila e o bem-estar da populaccedilatildeo criem condiccedilotildees adversas agraves atividades

sociais e econocircmicas afetem desfavoravelmente a biota afetem as condiccedilotildees

esteacuteticas ou sanitaacuterias do meio ambiente lancem mateacuterias ou energia em

11 desacordo com os padrotildees ambientais estabelecidosrdquosup1 ldquoA noccedilatildeo de lsquopoluiccedilatildeorsquo eacute

definida de forma diversa nas legislaccedilotildees vigentes O art 1ordm da lei belga de 26

de marccedilo de 1971 qualifica como tal qualquer contribuiccedilatildeo da atividade humana

que possa alterar a aacutegua em sua composiccedilatildeo ou em sua qualidade de modo a

tornaacute-la inidocircnea ao uso ou de degradaacute-lardquo

Apoacutes a conceituaccedilatildeo de meio ambiente e poluiccedilatildeo nota-se que pelos

conceitos passados eacute possiacutevel encontrar vaacuterias espeacutecies de poluiccedilatildeo no mundo

atual como por exemplo ldquoas poluiccedilotildees sonoras decorrentes da maacutexima

utilizaccedilatildeo dos meios de transportes aeacutereos e terrestres e demais elementos que

emitem ondas sonoras acima de 80 ldquoDbzrdquo tolerados pela lei e pela medicinardquo sup2 a

poluiccedilatildeo visual hoje encarada como natural nas grandes cidades por meio das

propagandas em outdoors a poluiccedilatildeo hiacutedrica atualmente muito comentada e

analisada por pesquisadores e cientistas Essa poluiccedilatildeo eacute causada pela emissatildeo

de dejetos humanos resiacuteduos soacutelidos das mais variadas espeacutecies assim devido

a sua grande interferecircncia na vida dos seres humanos a poluiccedilatildeo hiacutedrica eacute alvo

do trabalho aqui apresentado

A aacutegua possui um ciclo indispensaacutevel agrave vida de qualquer ser vivo ela pode

existir em abundacircncia ou natildeo mas sempre teraacute grande importacircncia agrave vida e

tambeacutem na configuraccedilatildeo dos ecossistemas Mas como sempre existe um lado

negativo as aacuteguas quase sempre satildeo o destino final de quase toda poluiccedilatildeo

produzida pelo homem mas para que ela cesse eacute necessaacuteria uma

conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para que ocorra a conservaccedilatildeo que constitui uma

base de todo um processo de desenvolvimento que possa receber o adjetivo

sustentaacutevel Pensando dessa maneira o uso indiscriminado de agrotoacutexicos na

agricultura associada agrave incidecircncia de chuvas ou mesmo agrave praacutetica de irrigaccedilatildeo

acarreta uma grande contaminaccedilatildeo dos cursos e depoacutesitos de aacutegua incluindo os

lenccediloacuteis freaacuteticos acarretando tambeacutem prejuiacutezos agressotildees agrave sauacutede humana

seja de forma direta ou indireta existem tambeacutem os danos causados agrave flora e

principalmente agrave fauna que satildeo de alta gravidade assumindo dimensotildees

crescentes agrave medida que o uso de atividades agriacutecolas poluidoras se expandem

________________________________________________________________ sup1 - A Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Lei 6938 de 31 de Agosto 1981 Art 3ordm inciso III ndash a b c d e

sup2 - Resoluccedilatildeo CONAMA 00186 sobre Diretrizes Gerais para Uso e Implementaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo do Impacto Ambiental como um dos Instrumentos da Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Art 1ordm inciso I ndash II ndash III ndash IV ndash V

12 impulsionadas pelo crescimento dos mercados interno e externo

A tiacutetulo de exemplo Passos de Freitas exemplifica o problema da seguinte

maneira

ldquoO Brasil nos uacuteltimos anos vem tomando consciecircncia do

problema Afinal um povo que possui os maiores rios do

mundo tem dificuldade em imaginar que pode ficar sem

aacutegua Mas apesar de termos cerca de 137 a aacutegua doce

disponiacutevel no mundo a verdade eacute que os problemas vecircm se

agravando No Nordeste a falta de aacutegua eacute crocircnica No

Sudeste ela eacute abundante poreacutem de maacute qualidade A

invasatildeo de aacutereas de mananciais hiacutedricos pela populaccedilatildeo

carente eacute um dos maiores problemas de Satildeo Paulo Os

dejetos industriais lanccedilados no rio Paraiacuteba do Sul tornam

precaacuteria a aacutegua que abastece o Rio de Janeiro e outras

cidades Falta aacutegua para irrigar os arrozais do Rio Grande

do Sul (2003 p 158)rdquo

Atualmente vaacuterias legislaccedilotildees (ANEXO 1) tecircm a poluiccedilatildeo hiacutedrica como ponto

fundamental na elaboraccedilatildeo de normas para regulamentaccedilatildeo assim como no

Wasserhaushaltsgesetz alematildeo nos sectsect 3 22 26 27 32 ter 38 identificam como

poluiccedilatildeo hiacutedrica como sendo qualquer espeacutecie de ldquotransformaccedilatildeo prejudicialrdquo da

aacutegua mediante alteraccedilatildeo de suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas A

lei francesa de 16 de novembro do ano de 1964 no seu primeiro artigo entende

como poluiccedilatildeo hiacutedrica sendo qualquer operaccedilatildeo apta a provocar ou acrescentar

a degradaccedilatildeo das aacuteguas mediante modificaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas

quiacutemicas bioloacutegicas ou bacterioloacutegicas Mais geneacuterica eacute a conceituaccedilatildeo dada

pela lei holandesa em seu primeiro artigo ldquoqualquer descarga de substacircncias de

qualquer modo prejudiciais agrave qualidade das aacuteguas superficiaisrdquo Assim eacute

possiacutevel verificar a divergecircncia ou a amplitude quanto agrave conceituaccedilatildeo de

poluiccedilatildeo hiacutedrica

13 11 ndash Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

Segundo Ramos 2003 Como fruto da atuaccedilatildeo do homem sobre o meio

ambiente surge o problema da poluiccedilatildeo dos rios lagos oceanos enfim do

sistema hiacutedrico As fontes de poluiccedilatildeo da aacutegua dos rios satildeo advindas dos

esgotos domeacutesticos despejos industriais escoamento da chuva das aacutereas

urbanas e das aacuteguas de retorno de irrigaccedilatildeo (ANEXO 2 fig 1 2 e 3) Desse modo

principalmente no atual seacuteculo o grande crescimento populacional e o

desenvolvimento industrial aleacutem do uso cada vez maior de fertilizantes

quiacutemicos e inseticidas nas lavouras tecircm causado seacuterios danos aos rios e a vida

de modo geral As grandes concentraccedilotildees de nitrogecircnio e foacutesforo usados nos

adubos e fertilizantes constituem um tipo muito comum de poluiccedilatildeo da aacutegua As

enxurradas transportam para os rios os fosfatos e nitratos Estes nutrem as

plantas aquaacuteticas as quais multiplicam-se (especialmente algas) absorvem o

oxigecircnio da aacutegua Por sua vez a falta de oxigecircnio provoca a morte de muitas

plantas e animais que ao se decomporem aumentam a poluiccedilatildeo Aleacutem deste

fato muitos outros satildeo causadores da poluiccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Os inseticidas usados nas lavouras que destroem o fitoplacircncton existente

nos rios o qual eacute responsaacutevel pela renovaccedilatildeo de 70 do oxigecircnio da atmosfera

Os sedimentos que satildeo transportados para os rios pelas enxurradas em

decorrecircncia de praacuteticas agriacutecolas que natildeo se preocupam com a conservaccedilatildeo do

solo Os sedimentos ou detritos natildeo deixam a luz do sol penetrar na aacutegua

dificultando as formas de vida subaquaacuteticas

Quando eacute ultrapassada a capacidade de autodefesa da aacutegua em sanear os

detritos em virtude do excesso de esgoto despejado nos rios ocorre o

aparecimento de gases nocivos agrave vida aquaacutetica

Segundo Ramos 2003 As poluiccedilotildees dos recursos hiacutedricos satildeo classificadas em

Poluiccedilatildeo Bioloacutegica causada pelos esgotos urbanos ou por certas induacutestrias que

lanccedilam substacircncias que favorecem a proliferaccedilatildeo que microorganismos que

consomem grande quantidade de oxigecircnio da aacutegua assim causando a morte de

peixes que ali vivem natildeo por envenenamentos mas sim por asfixia

14 Poluiccedilatildeo Quiacutemica provocadas por substacircncias natildeo biodegradaacuteveis presentes na

aacutegua Satildeo aquelas que natildeo podem ser decompostas pela accedilatildeo dos

microorganismos como metais pesados detergentes herbicidas pesticidas

petroacuteleo e outros

Poluiccedilatildeo Fiacutesica provocada por resiacuteduos radioativos com precipitaccedilatildeo atocircmica

cujo perigo indireto manifestando-se de forma canceriacutegena e geneacutetica

Esses satildeo os principais causadores da poluiccedilatildeo hiacutedrica atual Foi dada

apenas uma breve introduccedilatildeo esses elementos seratildeo aprofundados no capiacutetulo

ll ndash Crise dos recursos hiacutedricos

15 CAPITULO II

Os seres humanos natildeo satildeo os uacutenicos que aspiram agrave liberdade O

ecossistema inteiro a deseja

A revoluccedilatildeo tambeacutem eacute para os lagos os rios as aacutervores e os animais

(Padre Ernesto Cardenal ndash Ministro da Cultura da Nicaraacutegua sandinista)

2 ndash CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

O sistema hiacutedrico mundial eacute muito rico tanto eacute que a maior porccedilatildeo do

Planeta Terra eacute banhado por aacutegua compreendendo lagos rios aacuteguas

subterracircneas e os oceanos (cobre a maior parte da Terra) Para demonstrar

numericamente a grandiosidade dos recursos hiacutedricos dados estimados

divulgados pela ONU mostram que infelizmente 975 da aacutegua encontrada no

planeta eacute inconsumiacutevel pois 95 satildeo salgadas portanto estatildeo nos oceanos e

25 das aacuteguas estatildeo presentes nas geleiras sobrando apenas 25 de reserva

de aacutegua doce (fig4) desse total apenas 007 estaacute acessiacutevel ao consumo

humano

fig4 ndash Quantidades de aacutegua nos principais reservatoacuterios da Terrra (Rebouccedilas 2002a) sup3

O Brasil possui grande importacircncia quando relacionado aos recursos

hiacutedricos pois 8 de toda aacutegua existente estaacute nele estando 80 na regiatildeo

sup3 - REBOUCcedilAS Aldo ndash Uso Inteligente da Aacutegua Escrituras Satildeo Paulo 2004

16 Amazocircnica Isso se reforccedila mais quando se compara a falta de aacutegua que atinge

aproximadamente um quinto da populaccedilatildeo mundial faltando esse recurso

permanentemente em 22 paiacuteses Estudos da ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees

Unidas) ainda estimam que problemas de abastecimento de aacutegua iratildeo afetar dois

terccedilos da humanidade por volta do ano 2025 ndash hoje como jaacute exposto um quinto

da populaccedilatildeo mundial sofre com a falta de aacutegua potaacutevel e o estoque disponiacutevel

vem sendo contaminado pela falta de tratamento (Fundo Mundial para a Natureza

WWW 1999)

Apesar das grandes dificuldades que o homem no decorrer dos anos impocircs

ao sistema hiacutedrico existem diversas utilidades que satildeo possiacuteveis de se destacar

como por exemplo a irrigaccedilatildeo na agricultura o uso na induacutestria (apoacutes o uso ser

tratada) o uso domeacutestico para a pesca para geraccedilatildeo de energia eleacutetrica para o

turismo e tambeacutem satildeo importantiacutessimos para os recursos viaacuterios o que natildeo

pode ser esquecido devido ao fator do desenvolvimento econocircmico

21 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

A partir do momento em que um fator for prejudicial agrave vida seraacute tambeacutem

considerado poluente Assim praticamente todo agente fiacutesico ou quiacutemico torna-

se poluente quando ultrapassa certo limite em relaccedilatildeo ao meio ambiente natural

(ANEXO 2 fig 1 2 e 3)

Tipos de agentes poluentes da aacutegua (Fundo Mundial para a Natureza WWW

1999)

middot Iacuteons de metais de transiccedilatildeo - Cobre (Cu) Mercuacuterio (Hg) Chumbo (Pb)

Niacutequel (Ni) Caacutedmio (Cd)

middot Compostos orgacircnicos ndash Inseticidas detergente petroacuteleo

middot Nutrientes de plantas ndash Nordeacutelio (NO) Polocircnio (PO)

middot Substancias radioativas ndash Despejos com uracircnio

middot Agentes bioloacutegicos ndash Bacteacuterias e viacuterus

middot Calor ndash aacutegua utilizada na refrigeraccedilatildeo de sistemas industriais e usinas

nucleares

middot Despejos que retiram o oxigecircnio dissolvido ndash despejos de animais

vegetaccedilatildeo em decomposiccedilatildeo

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 9: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

9 INTRODUCcedilAtildeO

Este tema foi escolhido devido agrave aacutegua ser um dos elementos mais

importantes para a manutenccedilatildeo da vida na Terra sua maior ou menor

abundacircncia eacute que determina os ecossistemas existentes no planeta Para que

isso ocorra de maneira beneacutefica para todos os seres a poluiccedilatildeo seja qual for

necessita ser tratada com toda a atenccedilatildeo e precauccedilatildeo

Desde os tempos mais remotos o homem costuma lanccedilar seus detritos nos

cursos de aacutegua Ateacute a Revoluccedilatildeo Industrial poreacutem esse procedimento natildeo

causava problemas jaacute que os rios mares e oceanos tecircm consideraacutevel poder de

autolimpeza de purificaccedilatildeo Com a industrializaccedilatildeo a situaccedilatildeo passou a sofrer

profundas alteraccedilotildees O volume de detritos despejados na aacuteguas tornou-se cada

vez maior superando a capacidade de purificaccedilatildeo dos rios e oceanos que eacute

limitada Aleacutem disso passou a ser despejada na aacutegua uma quantidade de

elementos que natildeo satildeo decompostos pela natureza Tais elementos ndash por

exemplo os plaacutesticos a maioria dos detergentes e os pesticidas ndash vatildeo se

acumulando nos rios lagos e oceanos diminuindo a capacidade de retenccedilatildeo de

oxigecircnio das aacuteguas e consequumlentemente prejudicando a vida aquaacutetica

A aacutegua empregada para resfriar os equipamentos nas usinas termoeleacutetricas e

aacutetomo-eleacutetrico e em alguns tipos de induacutestrias tambeacutem causa seacuterios problemas

de poluiccedilatildeo Essa aacutegua que eacute lanccedilada nos rios ainda quente faz aumentar a

temperatura das aacuteguas e provoca a eliminaccedilatildeo dos animais e plantas laacute

existentes

Como eacute possiacutevel verificar no trecho acima existem inuacutemeras formas

poluidoras que infelizmente comprometem o bom andamento da vida aleacutem delas

existem a poluiccedilatildeo sonora a poluiccedilatildeo atmosfeacuterica a poluiccedilatildeo visual entre

muitas outras mas neste trabalho dar-se-aacute destaque agrave poluiccedilatildeo hiacutedrica

enfrentada atualmente

O principal objetivo eacute fazer um levantamento de artigos e analisar as leis

acerca do tema ldquorecursos hiacutedricosrdquo Este assunto consideraraacute de forma criacutetica e

reflexiva os principais problemas referentes a ldquopoluiccedilatildeo hiacutedricardquo e a sua situaccedilatildeo

num contexto histoacuterico e social

10 CAPITULO I

O que seria a ideacuteia de pureza sem a imagem de uma aacutegua liacutempida e

clara sem esse belo pleonasmo que nos fala de uma aacutegua pura

(Gaston Bachelard)

1 ndash POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

Podemos iniciar com o Art 225 da Constituiccedilatildeo Brasileira de 1988 que

eleva a proteccedilatildeo ambiental agrave categoria de direito fundamental de todo cidadatildeo

ldquoArt225 ndash Todos tecircm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e

essencial agrave sadia qualidade de vida impondo-se ao Poder

Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-lo para as

presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo

Desde os primoacuterdios da civilizaccedilatildeo o homem por meio do progresso

tecnoloacutegico e da expansatildeo demograacutefica tem infelizmente degradado cada vez

mais o meio ambiente em que vive pois necessitam a cada dia de um maior

aproveitamento das mateacuterias-primas dispostas pela natureza Sendo assim com

intenso uso da natureza o homem acaba por danificar a mesma causando

agressotildees violentas contra o meio ambiente este que seria um espaccedilo onde se

encontram os recursos naturais inclusive aqueles jaacute reproduzidos

(transformados) ou degenerados (poluiacutedos) como no caso do meio ambiente

urbano (CUSTOacuteDIO1993)

Assim apoacutes conceituar o meio ambiente elemento fundamental para o

entendimento acerca da poluiccedilatildeo pode-se de maneira ampla poreacutem segura

conceituar poluiccedilatildeo como sendo a ldquodegradaccedilatildeo da qualidade ambiental

resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a sauacutede a

seguranccedila e o bem-estar da populaccedilatildeo criem condiccedilotildees adversas agraves atividades

sociais e econocircmicas afetem desfavoravelmente a biota afetem as condiccedilotildees

esteacuteticas ou sanitaacuterias do meio ambiente lancem mateacuterias ou energia em

11 desacordo com os padrotildees ambientais estabelecidosrdquosup1 ldquoA noccedilatildeo de lsquopoluiccedilatildeorsquo eacute

definida de forma diversa nas legislaccedilotildees vigentes O art 1ordm da lei belga de 26

de marccedilo de 1971 qualifica como tal qualquer contribuiccedilatildeo da atividade humana

que possa alterar a aacutegua em sua composiccedilatildeo ou em sua qualidade de modo a

tornaacute-la inidocircnea ao uso ou de degradaacute-lardquo

Apoacutes a conceituaccedilatildeo de meio ambiente e poluiccedilatildeo nota-se que pelos

conceitos passados eacute possiacutevel encontrar vaacuterias espeacutecies de poluiccedilatildeo no mundo

atual como por exemplo ldquoas poluiccedilotildees sonoras decorrentes da maacutexima

utilizaccedilatildeo dos meios de transportes aeacutereos e terrestres e demais elementos que

emitem ondas sonoras acima de 80 ldquoDbzrdquo tolerados pela lei e pela medicinardquo sup2 a

poluiccedilatildeo visual hoje encarada como natural nas grandes cidades por meio das

propagandas em outdoors a poluiccedilatildeo hiacutedrica atualmente muito comentada e

analisada por pesquisadores e cientistas Essa poluiccedilatildeo eacute causada pela emissatildeo

de dejetos humanos resiacuteduos soacutelidos das mais variadas espeacutecies assim devido

a sua grande interferecircncia na vida dos seres humanos a poluiccedilatildeo hiacutedrica eacute alvo

do trabalho aqui apresentado

A aacutegua possui um ciclo indispensaacutevel agrave vida de qualquer ser vivo ela pode

existir em abundacircncia ou natildeo mas sempre teraacute grande importacircncia agrave vida e

tambeacutem na configuraccedilatildeo dos ecossistemas Mas como sempre existe um lado

negativo as aacuteguas quase sempre satildeo o destino final de quase toda poluiccedilatildeo

produzida pelo homem mas para que ela cesse eacute necessaacuteria uma

conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para que ocorra a conservaccedilatildeo que constitui uma

base de todo um processo de desenvolvimento que possa receber o adjetivo

sustentaacutevel Pensando dessa maneira o uso indiscriminado de agrotoacutexicos na

agricultura associada agrave incidecircncia de chuvas ou mesmo agrave praacutetica de irrigaccedilatildeo

acarreta uma grande contaminaccedilatildeo dos cursos e depoacutesitos de aacutegua incluindo os

lenccediloacuteis freaacuteticos acarretando tambeacutem prejuiacutezos agressotildees agrave sauacutede humana

seja de forma direta ou indireta existem tambeacutem os danos causados agrave flora e

principalmente agrave fauna que satildeo de alta gravidade assumindo dimensotildees

crescentes agrave medida que o uso de atividades agriacutecolas poluidoras se expandem

________________________________________________________________ sup1 - A Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Lei 6938 de 31 de Agosto 1981 Art 3ordm inciso III ndash a b c d e

sup2 - Resoluccedilatildeo CONAMA 00186 sobre Diretrizes Gerais para Uso e Implementaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo do Impacto Ambiental como um dos Instrumentos da Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Art 1ordm inciso I ndash II ndash III ndash IV ndash V

12 impulsionadas pelo crescimento dos mercados interno e externo

A tiacutetulo de exemplo Passos de Freitas exemplifica o problema da seguinte

maneira

ldquoO Brasil nos uacuteltimos anos vem tomando consciecircncia do

problema Afinal um povo que possui os maiores rios do

mundo tem dificuldade em imaginar que pode ficar sem

aacutegua Mas apesar de termos cerca de 137 a aacutegua doce

disponiacutevel no mundo a verdade eacute que os problemas vecircm se

agravando No Nordeste a falta de aacutegua eacute crocircnica No

Sudeste ela eacute abundante poreacutem de maacute qualidade A

invasatildeo de aacutereas de mananciais hiacutedricos pela populaccedilatildeo

carente eacute um dos maiores problemas de Satildeo Paulo Os

dejetos industriais lanccedilados no rio Paraiacuteba do Sul tornam

precaacuteria a aacutegua que abastece o Rio de Janeiro e outras

cidades Falta aacutegua para irrigar os arrozais do Rio Grande

do Sul (2003 p 158)rdquo

Atualmente vaacuterias legislaccedilotildees (ANEXO 1) tecircm a poluiccedilatildeo hiacutedrica como ponto

fundamental na elaboraccedilatildeo de normas para regulamentaccedilatildeo assim como no

Wasserhaushaltsgesetz alematildeo nos sectsect 3 22 26 27 32 ter 38 identificam como

poluiccedilatildeo hiacutedrica como sendo qualquer espeacutecie de ldquotransformaccedilatildeo prejudicialrdquo da

aacutegua mediante alteraccedilatildeo de suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas A

lei francesa de 16 de novembro do ano de 1964 no seu primeiro artigo entende

como poluiccedilatildeo hiacutedrica sendo qualquer operaccedilatildeo apta a provocar ou acrescentar

a degradaccedilatildeo das aacuteguas mediante modificaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas

quiacutemicas bioloacutegicas ou bacterioloacutegicas Mais geneacuterica eacute a conceituaccedilatildeo dada

pela lei holandesa em seu primeiro artigo ldquoqualquer descarga de substacircncias de

qualquer modo prejudiciais agrave qualidade das aacuteguas superficiaisrdquo Assim eacute

possiacutevel verificar a divergecircncia ou a amplitude quanto agrave conceituaccedilatildeo de

poluiccedilatildeo hiacutedrica

13 11 ndash Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

Segundo Ramos 2003 Como fruto da atuaccedilatildeo do homem sobre o meio

ambiente surge o problema da poluiccedilatildeo dos rios lagos oceanos enfim do

sistema hiacutedrico As fontes de poluiccedilatildeo da aacutegua dos rios satildeo advindas dos

esgotos domeacutesticos despejos industriais escoamento da chuva das aacutereas

urbanas e das aacuteguas de retorno de irrigaccedilatildeo (ANEXO 2 fig 1 2 e 3) Desse modo

principalmente no atual seacuteculo o grande crescimento populacional e o

desenvolvimento industrial aleacutem do uso cada vez maior de fertilizantes

quiacutemicos e inseticidas nas lavouras tecircm causado seacuterios danos aos rios e a vida

de modo geral As grandes concentraccedilotildees de nitrogecircnio e foacutesforo usados nos

adubos e fertilizantes constituem um tipo muito comum de poluiccedilatildeo da aacutegua As

enxurradas transportam para os rios os fosfatos e nitratos Estes nutrem as

plantas aquaacuteticas as quais multiplicam-se (especialmente algas) absorvem o

oxigecircnio da aacutegua Por sua vez a falta de oxigecircnio provoca a morte de muitas

plantas e animais que ao se decomporem aumentam a poluiccedilatildeo Aleacutem deste

fato muitos outros satildeo causadores da poluiccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Os inseticidas usados nas lavouras que destroem o fitoplacircncton existente

nos rios o qual eacute responsaacutevel pela renovaccedilatildeo de 70 do oxigecircnio da atmosfera

Os sedimentos que satildeo transportados para os rios pelas enxurradas em

decorrecircncia de praacuteticas agriacutecolas que natildeo se preocupam com a conservaccedilatildeo do

solo Os sedimentos ou detritos natildeo deixam a luz do sol penetrar na aacutegua

dificultando as formas de vida subaquaacuteticas

Quando eacute ultrapassada a capacidade de autodefesa da aacutegua em sanear os

detritos em virtude do excesso de esgoto despejado nos rios ocorre o

aparecimento de gases nocivos agrave vida aquaacutetica

Segundo Ramos 2003 As poluiccedilotildees dos recursos hiacutedricos satildeo classificadas em

Poluiccedilatildeo Bioloacutegica causada pelos esgotos urbanos ou por certas induacutestrias que

lanccedilam substacircncias que favorecem a proliferaccedilatildeo que microorganismos que

consomem grande quantidade de oxigecircnio da aacutegua assim causando a morte de

peixes que ali vivem natildeo por envenenamentos mas sim por asfixia

14 Poluiccedilatildeo Quiacutemica provocadas por substacircncias natildeo biodegradaacuteveis presentes na

aacutegua Satildeo aquelas que natildeo podem ser decompostas pela accedilatildeo dos

microorganismos como metais pesados detergentes herbicidas pesticidas

petroacuteleo e outros

Poluiccedilatildeo Fiacutesica provocada por resiacuteduos radioativos com precipitaccedilatildeo atocircmica

cujo perigo indireto manifestando-se de forma canceriacutegena e geneacutetica

Esses satildeo os principais causadores da poluiccedilatildeo hiacutedrica atual Foi dada

apenas uma breve introduccedilatildeo esses elementos seratildeo aprofundados no capiacutetulo

ll ndash Crise dos recursos hiacutedricos

15 CAPITULO II

Os seres humanos natildeo satildeo os uacutenicos que aspiram agrave liberdade O

ecossistema inteiro a deseja

A revoluccedilatildeo tambeacutem eacute para os lagos os rios as aacutervores e os animais

(Padre Ernesto Cardenal ndash Ministro da Cultura da Nicaraacutegua sandinista)

2 ndash CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

O sistema hiacutedrico mundial eacute muito rico tanto eacute que a maior porccedilatildeo do

Planeta Terra eacute banhado por aacutegua compreendendo lagos rios aacuteguas

subterracircneas e os oceanos (cobre a maior parte da Terra) Para demonstrar

numericamente a grandiosidade dos recursos hiacutedricos dados estimados

divulgados pela ONU mostram que infelizmente 975 da aacutegua encontrada no

planeta eacute inconsumiacutevel pois 95 satildeo salgadas portanto estatildeo nos oceanos e

25 das aacuteguas estatildeo presentes nas geleiras sobrando apenas 25 de reserva

de aacutegua doce (fig4) desse total apenas 007 estaacute acessiacutevel ao consumo

humano

fig4 ndash Quantidades de aacutegua nos principais reservatoacuterios da Terrra (Rebouccedilas 2002a) sup3

O Brasil possui grande importacircncia quando relacionado aos recursos

hiacutedricos pois 8 de toda aacutegua existente estaacute nele estando 80 na regiatildeo

sup3 - REBOUCcedilAS Aldo ndash Uso Inteligente da Aacutegua Escrituras Satildeo Paulo 2004

16 Amazocircnica Isso se reforccedila mais quando se compara a falta de aacutegua que atinge

aproximadamente um quinto da populaccedilatildeo mundial faltando esse recurso

permanentemente em 22 paiacuteses Estudos da ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees

Unidas) ainda estimam que problemas de abastecimento de aacutegua iratildeo afetar dois

terccedilos da humanidade por volta do ano 2025 ndash hoje como jaacute exposto um quinto

da populaccedilatildeo mundial sofre com a falta de aacutegua potaacutevel e o estoque disponiacutevel

vem sendo contaminado pela falta de tratamento (Fundo Mundial para a Natureza

WWW 1999)

Apesar das grandes dificuldades que o homem no decorrer dos anos impocircs

ao sistema hiacutedrico existem diversas utilidades que satildeo possiacuteveis de se destacar

como por exemplo a irrigaccedilatildeo na agricultura o uso na induacutestria (apoacutes o uso ser

tratada) o uso domeacutestico para a pesca para geraccedilatildeo de energia eleacutetrica para o

turismo e tambeacutem satildeo importantiacutessimos para os recursos viaacuterios o que natildeo

pode ser esquecido devido ao fator do desenvolvimento econocircmico

21 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

A partir do momento em que um fator for prejudicial agrave vida seraacute tambeacutem

considerado poluente Assim praticamente todo agente fiacutesico ou quiacutemico torna-

se poluente quando ultrapassa certo limite em relaccedilatildeo ao meio ambiente natural

(ANEXO 2 fig 1 2 e 3)

Tipos de agentes poluentes da aacutegua (Fundo Mundial para a Natureza WWW

1999)

middot Iacuteons de metais de transiccedilatildeo - Cobre (Cu) Mercuacuterio (Hg) Chumbo (Pb)

Niacutequel (Ni) Caacutedmio (Cd)

middot Compostos orgacircnicos ndash Inseticidas detergente petroacuteleo

middot Nutrientes de plantas ndash Nordeacutelio (NO) Polocircnio (PO)

middot Substancias radioativas ndash Despejos com uracircnio

middot Agentes bioloacutegicos ndash Bacteacuterias e viacuterus

middot Calor ndash aacutegua utilizada na refrigeraccedilatildeo de sistemas industriais e usinas

nucleares

middot Despejos que retiram o oxigecircnio dissolvido ndash despejos de animais

vegetaccedilatildeo em decomposiccedilatildeo

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

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Page 10: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

10 CAPITULO I

O que seria a ideacuteia de pureza sem a imagem de uma aacutegua liacutempida e

clara sem esse belo pleonasmo que nos fala de uma aacutegua pura

(Gaston Bachelard)

1 ndash POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

Podemos iniciar com o Art 225 da Constituiccedilatildeo Brasileira de 1988 que

eleva a proteccedilatildeo ambiental agrave categoria de direito fundamental de todo cidadatildeo

ldquoArt225 ndash Todos tecircm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e

essencial agrave sadia qualidade de vida impondo-se ao Poder

Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-lo para as

presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo

Desde os primoacuterdios da civilizaccedilatildeo o homem por meio do progresso

tecnoloacutegico e da expansatildeo demograacutefica tem infelizmente degradado cada vez

mais o meio ambiente em que vive pois necessitam a cada dia de um maior

aproveitamento das mateacuterias-primas dispostas pela natureza Sendo assim com

intenso uso da natureza o homem acaba por danificar a mesma causando

agressotildees violentas contra o meio ambiente este que seria um espaccedilo onde se

encontram os recursos naturais inclusive aqueles jaacute reproduzidos

(transformados) ou degenerados (poluiacutedos) como no caso do meio ambiente

urbano (CUSTOacuteDIO1993)

Assim apoacutes conceituar o meio ambiente elemento fundamental para o

entendimento acerca da poluiccedilatildeo pode-se de maneira ampla poreacutem segura

conceituar poluiccedilatildeo como sendo a ldquodegradaccedilatildeo da qualidade ambiental

resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a sauacutede a

seguranccedila e o bem-estar da populaccedilatildeo criem condiccedilotildees adversas agraves atividades

sociais e econocircmicas afetem desfavoravelmente a biota afetem as condiccedilotildees

esteacuteticas ou sanitaacuterias do meio ambiente lancem mateacuterias ou energia em

11 desacordo com os padrotildees ambientais estabelecidosrdquosup1 ldquoA noccedilatildeo de lsquopoluiccedilatildeorsquo eacute

definida de forma diversa nas legislaccedilotildees vigentes O art 1ordm da lei belga de 26

de marccedilo de 1971 qualifica como tal qualquer contribuiccedilatildeo da atividade humana

que possa alterar a aacutegua em sua composiccedilatildeo ou em sua qualidade de modo a

tornaacute-la inidocircnea ao uso ou de degradaacute-lardquo

Apoacutes a conceituaccedilatildeo de meio ambiente e poluiccedilatildeo nota-se que pelos

conceitos passados eacute possiacutevel encontrar vaacuterias espeacutecies de poluiccedilatildeo no mundo

atual como por exemplo ldquoas poluiccedilotildees sonoras decorrentes da maacutexima

utilizaccedilatildeo dos meios de transportes aeacutereos e terrestres e demais elementos que

emitem ondas sonoras acima de 80 ldquoDbzrdquo tolerados pela lei e pela medicinardquo sup2 a

poluiccedilatildeo visual hoje encarada como natural nas grandes cidades por meio das

propagandas em outdoors a poluiccedilatildeo hiacutedrica atualmente muito comentada e

analisada por pesquisadores e cientistas Essa poluiccedilatildeo eacute causada pela emissatildeo

de dejetos humanos resiacuteduos soacutelidos das mais variadas espeacutecies assim devido

a sua grande interferecircncia na vida dos seres humanos a poluiccedilatildeo hiacutedrica eacute alvo

do trabalho aqui apresentado

A aacutegua possui um ciclo indispensaacutevel agrave vida de qualquer ser vivo ela pode

existir em abundacircncia ou natildeo mas sempre teraacute grande importacircncia agrave vida e

tambeacutem na configuraccedilatildeo dos ecossistemas Mas como sempre existe um lado

negativo as aacuteguas quase sempre satildeo o destino final de quase toda poluiccedilatildeo

produzida pelo homem mas para que ela cesse eacute necessaacuteria uma

conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para que ocorra a conservaccedilatildeo que constitui uma

base de todo um processo de desenvolvimento que possa receber o adjetivo

sustentaacutevel Pensando dessa maneira o uso indiscriminado de agrotoacutexicos na

agricultura associada agrave incidecircncia de chuvas ou mesmo agrave praacutetica de irrigaccedilatildeo

acarreta uma grande contaminaccedilatildeo dos cursos e depoacutesitos de aacutegua incluindo os

lenccediloacuteis freaacuteticos acarretando tambeacutem prejuiacutezos agressotildees agrave sauacutede humana

seja de forma direta ou indireta existem tambeacutem os danos causados agrave flora e

principalmente agrave fauna que satildeo de alta gravidade assumindo dimensotildees

crescentes agrave medida que o uso de atividades agriacutecolas poluidoras se expandem

________________________________________________________________ sup1 - A Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Lei 6938 de 31 de Agosto 1981 Art 3ordm inciso III ndash a b c d e

sup2 - Resoluccedilatildeo CONAMA 00186 sobre Diretrizes Gerais para Uso e Implementaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo do Impacto Ambiental como um dos Instrumentos da Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Art 1ordm inciso I ndash II ndash III ndash IV ndash V

12 impulsionadas pelo crescimento dos mercados interno e externo

A tiacutetulo de exemplo Passos de Freitas exemplifica o problema da seguinte

maneira

ldquoO Brasil nos uacuteltimos anos vem tomando consciecircncia do

problema Afinal um povo que possui os maiores rios do

mundo tem dificuldade em imaginar que pode ficar sem

aacutegua Mas apesar de termos cerca de 137 a aacutegua doce

disponiacutevel no mundo a verdade eacute que os problemas vecircm se

agravando No Nordeste a falta de aacutegua eacute crocircnica No

Sudeste ela eacute abundante poreacutem de maacute qualidade A

invasatildeo de aacutereas de mananciais hiacutedricos pela populaccedilatildeo

carente eacute um dos maiores problemas de Satildeo Paulo Os

dejetos industriais lanccedilados no rio Paraiacuteba do Sul tornam

precaacuteria a aacutegua que abastece o Rio de Janeiro e outras

cidades Falta aacutegua para irrigar os arrozais do Rio Grande

do Sul (2003 p 158)rdquo

Atualmente vaacuterias legislaccedilotildees (ANEXO 1) tecircm a poluiccedilatildeo hiacutedrica como ponto

fundamental na elaboraccedilatildeo de normas para regulamentaccedilatildeo assim como no

Wasserhaushaltsgesetz alematildeo nos sectsect 3 22 26 27 32 ter 38 identificam como

poluiccedilatildeo hiacutedrica como sendo qualquer espeacutecie de ldquotransformaccedilatildeo prejudicialrdquo da

aacutegua mediante alteraccedilatildeo de suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas A

lei francesa de 16 de novembro do ano de 1964 no seu primeiro artigo entende

como poluiccedilatildeo hiacutedrica sendo qualquer operaccedilatildeo apta a provocar ou acrescentar

a degradaccedilatildeo das aacuteguas mediante modificaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas

quiacutemicas bioloacutegicas ou bacterioloacutegicas Mais geneacuterica eacute a conceituaccedilatildeo dada

pela lei holandesa em seu primeiro artigo ldquoqualquer descarga de substacircncias de

qualquer modo prejudiciais agrave qualidade das aacuteguas superficiaisrdquo Assim eacute

possiacutevel verificar a divergecircncia ou a amplitude quanto agrave conceituaccedilatildeo de

poluiccedilatildeo hiacutedrica

13 11 ndash Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

Segundo Ramos 2003 Como fruto da atuaccedilatildeo do homem sobre o meio

ambiente surge o problema da poluiccedilatildeo dos rios lagos oceanos enfim do

sistema hiacutedrico As fontes de poluiccedilatildeo da aacutegua dos rios satildeo advindas dos

esgotos domeacutesticos despejos industriais escoamento da chuva das aacutereas

urbanas e das aacuteguas de retorno de irrigaccedilatildeo (ANEXO 2 fig 1 2 e 3) Desse modo

principalmente no atual seacuteculo o grande crescimento populacional e o

desenvolvimento industrial aleacutem do uso cada vez maior de fertilizantes

quiacutemicos e inseticidas nas lavouras tecircm causado seacuterios danos aos rios e a vida

de modo geral As grandes concentraccedilotildees de nitrogecircnio e foacutesforo usados nos

adubos e fertilizantes constituem um tipo muito comum de poluiccedilatildeo da aacutegua As

enxurradas transportam para os rios os fosfatos e nitratos Estes nutrem as

plantas aquaacuteticas as quais multiplicam-se (especialmente algas) absorvem o

oxigecircnio da aacutegua Por sua vez a falta de oxigecircnio provoca a morte de muitas

plantas e animais que ao se decomporem aumentam a poluiccedilatildeo Aleacutem deste

fato muitos outros satildeo causadores da poluiccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Os inseticidas usados nas lavouras que destroem o fitoplacircncton existente

nos rios o qual eacute responsaacutevel pela renovaccedilatildeo de 70 do oxigecircnio da atmosfera

Os sedimentos que satildeo transportados para os rios pelas enxurradas em

decorrecircncia de praacuteticas agriacutecolas que natildeo se preocupam com a conservaccedilatildeo do

solo Os sedimentos ou detritos natildeo deixam a luz do sol penetrar na aacutegua

dificultando as formas de vida subaquaacuteticas

Quando eacute ultrapassada a capacidade de autodefesa da aacutegua em sanear os

detritos em virtude do excesso de esgoto despejado nos rios ocorre o

aparecimento de gases nocivos agrave vida aquaacutetica

Segundo Ramos 2003 As poluiccedilotildees dos recursos hiacutedricos satildeo classificadas em

Poluiccedilatildeo Bioloacutegica causada pelos esgotos urbanos ou por certas induacutestrias que

lanccedilam substacircncias que favorecem a proliferaccedilatildeo que microorganismos que

consomem grande quantidade de oxigecircnio da aacutegua assim causando a morte de

peixes que ali vivem natildeo por envenenamentos mas sim por asfixia

14 Poluiccedilatildeo Quiacutemica provocadas por substacircncias natildeo biodegradaacuteveis presentes na

aacutegua Satildeo aquelas que natildeo podem ser decompostas pela accedilatildeo dos

microorganismos como metais pesados detergentes herbicidas pesticidas

petroacuteleo e outros

Poluiccedilatildeo Fiacutesica provocada por resiacuteduos radioativos com precipitaccedilatildeo atocircmica

cujo perigo indireto manifestando-se de forma canceriacutegena e geneacutetica

Esses satildeo os principais causadores da poluiccedilatildeo hiacutedrica atual Foi dada

apenas uma breve introduccedilatildeo esses elementos seratildeo aprofundados no capiacutetulo

ll ndash Crise dos recursos hiacutedricos

15 CAPITULO II

Os seres humanos natildeo satildeo os uacutenicos que aspiram agrave liberdade O

ecossistema inteiro a deseja

A revoluccedilatildeo tambeacutem eacute para os lagos os rios as aacutervores e os animais

(Padre Ernesto Cardenal ndash Ministro da Cultura da Nicaraacutegua sandinista)

2 ndash CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

O sistema hiacutedrico mundial eacute muito rico tanto eacute que a maior porccedilatildeo do

Planeta Terra eacute banhado por aacutegua compreendendo lagos rios aacuteguas

subterracircneas e os oceanos (cobre a maior parte da Terra) Para demonstrar

numericamente a grandiosidade dos recursos hiacutedricos dados estimados

divulgados pela ONU mostram que infelizmente 975 da aacutegua encontrada no

planeta eacute inconsumiacutevel pois 95 satildeo salgadas portanto estatildeo nos oceanos e

25 das aacuteguas estatildeo presentes nas geleiras sobrando apenas 25 de reserva

de aacutegua doce (fig4) desse total apenas 007 estaacute acessiacutevel ao consumo

humano

fig4 ndash Quantidades de aacutegua nos principais reservatoacuterios da Terrra (Rebouccedilas 2002a) sup3

O Brasil possui grande importacircncia quando relacionado aos recursos

hiacutedricos pois 8 de toda aacutegua existente estaacute nele estando 80 na regiatildeo

sup3 - REBOUCcedilAS Aldo ndash Uso Inteligente da Aacutegua Escrituras Satildeo Paulo 2004

16 Amazocircnica Isso se reforccedila mais quando se compara a falta de aacutegua que atinge

aproximadamente um quinto da populaccedilatildeo mundial faltando esse recurso

permanentemente em 22 paiacuteses Estudos da ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees

Unidas) ainda estimam que problemas de abastecimento de aacutegua iratildeo afetar dois

terccedilos da humanidade por volta do ano 2025 ndash hoje como jaacute exposto um quinto

da populaccedilatildeo mundial sofre com a falta de aacutegua potaacutevel e o estoque disponiacutevel

vem sendo contaminado pela falta de tratamento (Fundo Mundial para a Natureza

WWW 1999)

Apesar das grandes dificuldades que o homem no decorrer dos anos impocircs

ao sistema hiacutedrico existem diversas utilidades que satildeo possiacuteveis de se destacar

como por exemplo a irrigaccedilatildeo na agricultura o uso na induacutestria (apoacutes o uso ser

tratada) o uso domeacutestico para a pesca para geraccedilatildeo de energia eleacutetrica para o

turismo e tambeacutem satildeo importantiacutessimos para os recursos viaacuterios o que natildeo

pode ser esquecido devido ao fator do desenvolvimento econocircmico

21 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

A partir do momento em que um fator for prejudicial agrave vida seraacute tambeacutem

considerado poluente Assim praticamente todo agente fiacutesico ou quiacutemico torna-

se poluente quando ultrapassa certo limite em relaccedilatildeo ao meio ambiente natural

(ANEXO 2 fig 1 2 e 3)

Tipos de agentes poluentes da aacutegua (Fundo Mundial para a Natureza WWW

1999)

middot Iacuteons de metais de transiccedilatildeo - Cobre (Cu) Mercuacuterio (Hg) Chumbo (Pb)

Niacutequel (Ni) Caacutedmio (Cd)

middot Compostos orgacircnicos ndash Inseticidas detergente petroacuteleo

middot Nutrientes de plantas ndash Nordeacutelio (NO) Polocircnio (PO)

middot Substancias radioativas ndash Despejos com uracircnio

middot Agentes bioloacutegicos ndash Bacteacuterias e viacuterus

middot Calor ndash aacutegua utilizada na refrigeraccedilatildeo de sistemas industriais e usinas

nucleares

middot Despejos que retiram o oxigecircnio dissolvido ndash despejos de animais

vegetaccedilatildeo em decomposiccedilatildeo

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

middot Almanaque Abril 2000 nordm 020735070001-09 Novo Disc Brasil CD-ROM

middot Brasil Constituiccedilatildeo (1988) da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia

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ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

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ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

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35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

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middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 11: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

11 desacordo com os padrotildees ambientais estabelecidosrdquosup1 ldquoA noccedilatildeo de lsquopoluiccedilatildeorsquo eacute

definida de forma diversa nas legislaccedilotildees vigentes O art 1ordm da lei belga de 26

de marccedilo de 1971 qualifica como tal qualquer contribuiccedilatildeo da atividade humana

que possa alterar a aacutegua em sua composiccedilatildeo ou em sua qualidade de modo a

tornaacute-la inidocircnea ao uso ou de degradaacute-lardquo

Apoacutes a conceituaccedilatildeo de meio ambiente e poluiccedilatildeo nota-se que pelos

conceitos passados eacute possiacutevel encontrar vaacuterias espeacutecies de poluiccedilatildeo no mundo

atual como por exemplo ldquoas poluiccedilotildees sonoras decorrentes da maacutexima

utilizaccedilatildeo dos meios de transportes aeacutereos e terrestres e demais elementos que

emitem ondas sonoras acima de 80 ldquoDbzrdquo tolerados pela lei e pela medicinardquo sup2 a

poluiccedilatildeo visual hoje encarada como natural nas grandes cidades por meio das

propagandas em outdoors a poluiccedilatildeo hiacutedrica atualmente muito comentada e

analisada por pesquisadores e cientistas Essa poluiccedilatildeo eacute causada pela emissatildeo

de dejetos humanos resiacuteduos soacutelidos das mais variadas espeacutecies assim devido

a sua grande interferecircncia na vida dos seres humanos a poluiccedilatildeo hiacutedrica eacute alvo

do trabalho aqui apresentado

A aacutegua possui um ciclo indispensaacutevel agrave vida de qualquer ser vivo ela pode

existir em abundacircncia ou natildeo mas sempre teraacute grande importacircncia agrave vida e

tambeacutem na configuraccedilatildeo dos ecossistemas Mas como sempre existe um lado

negativo as aacuteguas quase sempre satildeo o destino final de quase toda poluiccedilatildeo

produzida pelo homem mas para que ela cesse eacute necessaacuteria uma

conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para que ocorra a conservaccedilatildeo que constitui uma

base de todo um processo de desenvolvimento que possa receber o adjetivo

sustentaacutevel Pensando dessa maneira o uso indiscriminado de agrotoacutexicos na

agricultura associada agrave incidecircncia de chuvas ou mesmo agrave praacutetica de irrigaccedilatildeo

acarreta uma grande contaminaccedilatildeo dos cursos e depoacutesitos de aacutegua incluindo os

lenccediloacuteis freaacuteticos acarretando tambeacutem prejuiacutezos agressotildees agrave sauacutede humana

seja de forma direta ou indireta existem tambeacutem os danos causados agrave flora e

principalmente agrave fauna que satildeo de alta gravidade assumindo dimensotildees

crescentes agrave medida que o uso de atividades agriacutecolas poluidoras se expandem

________________________________________________________________ sup1 - A Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Lei 6938 de 31 de Agosto 1981 Art 3ordm inciso III ndash a b c d e

sup2 - Resoluccedilatildeo CONAMA 00186 sobre Diretrizes Gerais para Uso e Implementaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo do Impacto Ambiental como um dos Instrumentos da Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente Art 1ordm inciso I ndash II ndash III ndash IV ndash V

12 impulsionadas pelo crescimento dos mercados interno e externo

A tiacutetulo de exemplo Passos de Freitas exemplifica o problema da seguinte

maneira

ldquoO Brasil nos uacuteltimos anos vem tomando consciecircncia do

problema Afinal um povo que possui os maiores rios do

mundo tem dificuldade em imaginar que pode ficar sem

aacutegua Mas apesar de termos cerca de 137 a aacutegua doce

disponiacutevel no mundo a verdade eacute que os problemas vecircm se

agravando No Nordeste a falta de aacutegua eacute crocircnica No

Sudeste ela eacute abundante poreacutem de maacute qualidade A

invasatildeo de aacutereas de mananciais hiacutedricos pela populaccedilatildeo

carente eacute um dos maiores problemas de Satildeo Paulo Os

dejetos industriais lanccedilados no rio Paraiacuteba do Sul tornam

precaacuteria a aacutegua que abastece o Rio de Janeiro e outras

cidades Falta aacutegua para irrigar os arrozais do Rio Grande

do Sul (2003 p 158)rdquo

Atualmente vaacuterias legislaccedilotildees (ANEXO 1) tecircm a poluiccedilatildeo hiacutedrica como ponto

fundamental na elaboraccedilatildeo de normas para regulamentaccedilatildeo assim como no

Wasserhaushaltsgesetz alematildeo nos sectsect 3 22 26 27 32 ter 38 identificam como

poluiccedilatildeo hiacutedrica como sendo qualquer espeacutecie de ldquotransformaccedilatildeo prejudicialrdquo da

aacutegua mediante alteraccedilatildeo de suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas A

lei francesa de 16 de novembro do ano de 1964 no seu primeiro artigo entende

como poluiccedilatildeo hiacutedrica sendo qualquer operaccedilatildeo apta a provocar ou acrescentar

a degradaccedilatildeo das aacuteguas mediante modificaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas

quiacutemicas bioloacutegicas ou bacterioloacutegicas Mais geneacuterica eacute a conceituaccedilatildeo dada

pela lei holandesa em seu primeiro artigo ldquoqualquer descarga de substacircncias de

qualquer modo prejudiciais agrave qualidade das aacuteguas superficiaisrdquo Assim eacute

possiacutevel verificar a divergecircncia ou a amplitude quanto agrave conceituaccedilatildeo de

poluiccedilatildeo hiacutedrica

13 11 ndash Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

Segundo Ramos 2003 Como fruto da atuaccedilatildeo do homem sobre o meio

ambiente surge o problema da poluiccedilatildeo dos rios lagos oceanos enfim do

sistema hiacutedrico As fontes de poluiccedilatildeo da aacutegua dos rios satildeo advindas dos

esgotos domeacutesticos despejos industriais escoamento da chuva das aacutereas

urbanas e das aacuteguas de retorno de irrigaccedilatildeo (ANEXO 2 fig 1 2 e 3) Desse modo

principalmente no atual seacuteculo o grande crescimento populacional e o

desenvolvimento industrial aleacutem do uso cada vez maior de fertilizantes

quiacutemicos e inseticidas nas lavouras tecircm causado seacuterios danos aos rios e a vida

de modo geral As grandes concentraccedilotildees de nitrogecircnio e foacutesforo usados nos

adubos e fertilizantes constituem um tipo muito comum de poluiccedilatildeo da aacutegua As

enxurradas transportam para os rios os fosfatos e nitratos Estes nutrem as

plantas aquaacuteticas as quais multiplicam-se (especialmente algas) absorvem o

oxigecircnio da aacutegua Por sua vez a falta de oxigecircnio provoca a morte de muitas

plantas e animais que ao se decomporem aumentam a poluiccedilatildeo Aleacutem deste

fato muitos outros satildeo causadores da poluiccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Os inseticidas usados nas lavouras que destroem o fitoplacircncton existente

nos rios o qual eacute responsaacutevel pela renovaccedilatildeo de 70 do oxigecircnio da atmosfera

Os sedimentos que satildeo transportados para os rios pelas enxurradas em

decorrecircncia de praacuteticas agriacutecolas que natildeo se preocupam com a conservaccedilatildeo do

solo Os sedimentos ou detritos natildeo deixam a luz do sol penetrar na aacutegua

dificultando as formas de vida subaquaacuteticas

Quando eacute ultrapassada a capacidade de autodefesa da aacutegua em sanear os

detritos em virtude do excesso de esgoto despejado nos rios ocorre o

aparecimento de gases nocivos agrave vida aquaacutetica

Segundo Ramos 2003 As poluiccedilotildees dos recursos hiacutedricos satildeo classificadas em

Poluiccedilatildeo Bioloacutegica causada pelos esgotos urbanos ou por certas induacutestrias que

lanccedilam substacircncias que favorecem a proliferaccedilatildeo que microorganismos que

consomem grande quantidade de oxigecircnio da aacutegua assim causando a morte de

peixes que ali vivem natildeo por envenenamentos mas sim por asfixia

14 Poluiccedilatildeo Quiacutemica provocadas por substacircncias natildeo biodegradaacuteveis presentes na

aacutegua Satildeo aquelas que natildeo podem ser decompostas pela accedilatildeo dos

microorganismos como metais pesados detergentes herbicidas pesticidas

petroacuteleo e outros

Poluiccedilatildeo Fiacutesica provocada por resiacuteduos radioativos com precipitaccedilatildeo atocircmica

cujo perigo indireto manifestando-se de forma canceriacutegena e geneacutetica

Esses satildeo os principais causadores da poluiccedilatildeo hiacutedrica atual Foi dada

apenas uma breve introduccedilatildeo esses elementos seratildeo aprofundados no capiacutetulo

ll ndash Crise dos recursos hiacutedricos

15 CAPITULO II

Os seres humanos natildeo satildeo os uacutenicos que aspiram agrave liberdade O

ecossistema inteiro a deseja

A revoluccedilatildeo tambeacutem eacute para os lagos os rios as aacutervores e os animais

(Padre Ernesto Cardenal ndash Ministro da Cultura da Nicaraacutegua sandinista)

2 ndash CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

O sistema hiacutedrico mundial eacute muito rico tanto eacute que a maior porccedilatildeo do

Planeta Terra eacute banhado por aacutegua compreendendo lagos rios aacuteguas

subterracircneas e os oceanos (cobre a maior parte da Terra) Para demonstrar

numericamente a grandiosidade dos recursos hiacutedricos dados estimados

divulgados pela ONU mostram que infelizmente 975 da aacutegua encontrada no

planeta eacute inconsumiacutevel pois 95 satildeo salgadas portanto estatildeo nos oceanos e

25 das aacuteguas estatildeo presentes nas geleiras sobrando apenas 25 de reserva

de aacutegua doce (fig4) desse total apenas 007 estaacute acessiacutevel ao consumo

humano

fig4 ndash Quantidades de aacutegua nos principais reservatoacuterios da Terrra (Rebouccedilas 2002a) sup3

O Brasil possui grande importacircncia quando relacionado aos recursos

hiacutedricos pois 8 de toda aacutegua existente estaacute nele estando 80 na regiatildeo

sup3 - REBOUCcedilAS Aldo ndash Uso Inteligente da Aacutegua Escrituras Satildeo Paulo 2004

16 Amazocircnica Isso se reforccedila mais quando se compara a falta de aacutegua que atinge

aproximadamente um quinto da populaccedilatildeo mundial faltando esse recurso

permanentemente em 22 paiacuteses Estudos da ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees

Unidas) ainda estimam que problemas de abastecimento de aacutegua iratildeo afetar dois

terccedilos da humanidade por volta do ano 2025 ndash hoje como jaacute exposto um quinto

da populaccedilatildeo mundial sofre com a falta de aacutegua potaacutevel e o estoque disponiacutevel

vem sendo contaminado pela falta de tratamento (Fundo Mundial para a Natureza

WWW 1999)

Apesar das grandes dificuldades que o homem no decorrer dos anos impocircs

ao sistema hiacutedrico existem diversas utilidades que satildeo possiacuteveis de se destacar

como por exemplo a irrigaccedilatildeo na agricultura o uso na induacutestria (apoacutes o uso ser

tratada) o uso domeacutestico para a pesca para geraccedilatildeo de energia eleacutetrica para o

turismo e tambeacutem satildeo importantiacutessimos para os recursos viaacuterios o que natildeo

pode ser esquecido devido ao fator do desenvolvimento econocircmico

21 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

A partir do momento em que um fator for prejudicial agrave vida seraacute tambeacutem

considerado poluente Assim praticamente todo agente fiacutesico ou quiacutemico torna-

se poluente quando ultrapassa certo limite em relaccedilatildeo ao meio ambiente natural

(ANEXO 2 fig 1 2 e 3)

Tipos de agentes poluentes da aacutegua (Fundo Mundial para a Natureza WWW

1999)

middot Iacuteons de metais de transiccedilatildeo - Cobre (Cu) Mercuacuterio (Hg) Chumbo (Pb)

Niacutequel (Ni) Caacutedmio (Cd)

middot Compostos orgacircnicos ndash Inseticidas detergente petroacuteleo

middot Nutrientes de plantas ndash Nordeacutelio (NO) Polocircnio (PO)

middot Substancias radioativas ndash Despejos com uracircnio

middot Agentes bioloacutegicos ndash Bacteacuterias e viacuterus

middot Calor ndash aacutegua utilizada na refrigeraccedilatildeo de sistemas industriais e usinas

nucleares

middot Despejos que retiram o oxigecircnio dissolvido ndash despejos de animais

vegetaccedilatildeo em decomposiccedilatildeo

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

middot Almanaque Abril 2000 nordm 020735070001-09 Novo Disc Brasil CD-ROM

middot Brasil Constituiccedilatildeo (1988) da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia

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middot CARVALHO Seacutergio Vilson Educaccedilatildeo Ambiental amp Desenvolvimento

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middot DIAS Genebaldo Freire Educaccedilatildeo Ambiental ndash Princiacutepios e Praacuteticas 6ordf

ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

middot FREITAS Vladimir Passos de Aacuteguas ndash aspectos juriacutedicos e Ambientais 2ordf

ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

middot LOUREIRO Carlos Frederico B Trajetoacuteria e Fundamentos da Educaccedilatildeo

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middot MACHADO Paulo A L Direito Ambiental Brasileiro 6ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

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35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

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middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

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middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

middot RAMOS Gabriel Abreu Poluiccedilatildeo

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middot httpwwwambientebrasilcombr Acesso 12052005

middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 12: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

12 impulsionadas pelo crescimento dos mercados interno e externo

A tiacutetulo de exemplo Passos de Freitas exemplifica o problema da seguinte

maneira

ldquoO Brasil nos uacuteltimos anos vem tomando consciecircncia do

problema Afinal um povo que possui os maiores rios do

mundo tem dificuldade em imaginar que pode ficar sem

aacutegua Mas apesar de termos cerca de 137 a aacutegua doce

disponiacutevel no mundo a verdade eacute que os problemas vecircm se

agravando No Nordeste a falta de aacutegua eacute crocircnica No

Sudeste ela eacute abundante poreacutem de maacute qualidade A

invasatildeo de aacutereas de mananciais hiacutedricos pela populaccedilatildeo

carente eacute um dos maiores problemas de Satildeo Paulo Os

dejetos industriais lanccedilados no rio Paraiacuteba do Sul tornam

precaacuteria a aacutegua que abastece o Rio de Janeiro e outras

cidades Falta aacutegua para irrigar os arrozais do Rio Grande

do Sul (2003 p 158)rdquo

Atualmente vaacuterias legislaccedilotildees (ANEXO 1) tecircm a poluiccedilatildeo hiacutedrica como ponto

fundamental na elaboraccedilatildeo de normas para regulamentaccedilatildeo assim como no

Wasserhaushaltsgesetz alematildeo nos sectsect 3 22 26 27 32 ter 38 identificam como

poluiccedilatildeo hiacutedrica como sendo qualquer espeacutecie de ldquotransformaccedilatildeo prejudicialrdquo da

aacutegua mediante alteraccedilatildeo de suas propriedades fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas A

lei francesa de 16 de novembro do ano de 1964 no seu primeiro artigo entende

como poluiccedilatildeo hiacutedrica sendo qualquer operaccedilatildeo apta a provocar ou acrescentar

a degradaccedilatildeo das aacuteguas mediante modificaccedilatildeo de suas caracteriacutesticas fiacutesicas

quiacutemicas bioloacutegicas ou bacterioloacutegicas Mais geneacuterica eacute a conceituaccedilatildeo dada

pela lei holandesa em seu primeiro artigo ldquoqualquer descarga de substacircncias de

qualquer modo prejudiciais agrave qualidade das aacuteguas superficiaisrdquo Assim eacute

possiacutevel verificar a divergecircncia ou a amplitude quanto agrave conceituaccedilatildeo de

poluiccedilatildeo hiacutedrica

13 11 ndash Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

Segundo Ramos 2003 Como fruto da atuaccedilatildeo do homem sobre o meio

ambiente surge o problema da poluiccedilatildeo dos rios lagos oceanos enfim do

sistema hiacutedrico As fontes de poluiccedilatildeo da aacutegua dos rios satildeo advindas dos

esgotos domeacutesticos despejos industriais escoamento da chuva das aacutereas

urbanas e das aacuteguas de retorno de irrigaccedilatildeo (ANEXO 2 fig 1 2 e 3) Desse modo

principalmente no atual seacuteculo o grande crescimento populacional e o

desenvolvimento industrial aleacutem do uso cada vez maior de fertilizantes

quiacutemicos e inseticidas nas lavouras tecircm causado seacuterios danos aos rios e a vida

de modo geral As grandes concentraccedilotildees de nitrogecircnio e foacutesforo usados nos

adubos e fertilizantes constituem um tipo muito comum de poluiccedilatildeo da aacutegua As

enxurradas transportam para os rios os fosfatos e nitratos Estes nutrem as

plantas aquaacuteticas as quais multiplicam-se (especialmente algas) absorvem o

oxigecircnio da aacutegua Por sua vez a falta de oxigecircnio provoca a morte de muitas

plantas e animais que ao se decomporem aumentam a poluiccedilatildeo Aleacutem deste

fato muitos outros satildeo causadores da poluiccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Os inseticidas usados nas lavouras que destroem o fitoplacircncton existente

nos rios o qual eacute responsaacutevel pela renovaccedilatildeo de 70 do oxigecircnio da atmosfera

Os sedimentos que satildeo transportados para os rios pelas enxurradas em

decorrecircncia de praacuteticas agriacutecolas que natildeo se preocupam com a conservaccedilatildeo do

solo Os sedimentos ou detritos natildeo deixam a luz do sol penetrar na aacutegua

dificultando as formas de vida subaquaacuteticas

Quando eacute ultrapassada a capacidade de autodefesa da aacutegua em sanear os

detritos em virtude do excesso de esgoto despejado nos rios ocorre o

aparecimento de gases nocivos agrave vida aquaacutetica

Segundo Ramos 2003 As poluiccedilotildees dos recursos hiacutedricos satildeo classificadas em

Poluiccedilatildeo Bioloacutegica causada pelos esgotos urbanos ou por certas induacutestrias que

lanccedilam substacircncias que favorecem a proliferaccedilatildeo que microorganismos que

consomem grande quantidade de oxigecircnio da aacutegua assim causando a morte de

peixes que ali vivem natildeo por envenenamentos mas sim por asfixia

14 Poluiccedilatildeo Quiacutemica provocadas por substacircncias natildeo biodegradaacuteveis presentes na

aacutegua Satildeo aquelas que natildeo podem ser decompostas pela accedilatildeo dos

microorganismos como metais pesados detergentes herbicidas pesticidas

petroacuteleo e outros

Poluiccedilatildeo Fiacutesica provocada por resiacuteduos radioativos com precipitaccedilatildeo atocircmica

cujo perigo indireto manifestando-se de forma canceriacutegena e geneacutetica

Esses satildeo os principais causadores da poluiccedilatildeo hiacutedrica atual Foi dada

apenas uma breve introduccedilatildeo esses elementos seratildeo aprofundados no capiacutetulo

ll ndash Crise dos recursos hiacutedricos

15 CAPITULO II

Os seres humanos natildeo satildeo os uacutenicos que aspiram agrave liberdade O

ecossistema inteiro a deseja

A revoluccedilatildeo tambeacutem eacute para os lagos os rios as aacutervores e os animais

(Padre Ernesto Cardenal ndash Ministro da Cultura da Nicaraacutegua sandinista)

2 ndash CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

O sistema hiacutedrico mundial eacute muito rico tanto eacute que a maior porccedilatildeo do

Planeta Terra eacute banhado por aacutegua compreendendo lagos rios aacuteguas

subterracircneas e os oceanos (cobre a maior parte da Terra) Para demonstrar

numericamente a grandiosidade dos recursos hiacutedricos dados estimados

divulgados pela ONU mostram que infelizmente 975 da aacutegua encontrada no

planeta eacute inconsumiacutevel pois 95 satildeo salgadas portanto estatildeo nos oceanos e

25 das aacuteguas estatildeo presentes nas geleiras sobrando apenas 25 de reserva

de aacutegua doce (fig4) desse total apenas 007 estaacute acessiacutevel ao consumo

humano

fig4 ndash Quantidades de aacutegua nos principais reservatoacuterios da Terrra (Rebouccedilas 2002a) sup3

O Brasil possui grande importacircncia quando relacionado aos recursos

hiacutedricos pois 8 de toda aacutegua existente estaacute nele estando 80 na regiatildeo

sup3 - REBOUCcedilAS Aldo ndash Uso Inteligente da Aacutegua Escrituras Satildeo Paulo 2004

16 Amazocircnica Isso se reforccedila mais quando se compara a falta de aacutegua que atinge

aproximadamente um quinto da populaccedilatildeo mundial faltando esse recurso

permanentemente em 22 paiacuteses Estudos da ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees

Unidas) ainda estimam que problemas de abastecimento de aacutegua iratildeo afetar dois

terccedilos da humanidade por volta do ano 2025 ndash hoje como jaacute exposto um quinto

da populaccedilatildeo mundial sofre com a falta de aacutegua potaacutevel e o estoque disponiacutevel

vem sendo contaminado pela falta de tratamento (Fundo Mundial para a Natureza

WWW 1999)

Apesar das grandes dificuldades que o homem no decorrer dos anos impocircs

ao sistema hiacutedrico existem diversas utilidades que satildeo possiacuteveis de se destacar

como por exemplo a irrigaccedilatildeo na agricultura o uso na induacutestria (apoacutes o uso ser

tratada) o uso domeacutestico para a pesca para geraccedilatildeo de energia eleacutetrica para o

turismo e tambeacutem satildeo importantiacutessimos para os recursos viaacuterios o que natildeo

pode ser esquecido devido ao fator do desenvolvimento econocircmico

21 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

A partir do momento em que um fator for prejudicial agrave vida seraacute tambeacutem

considerado poluente Assim praticamente todo agente fiacutesico ou quiacutemico torna-

se poluente quando ultrapassa certo limite em relaccedilatildeo ao meio ambiente natural

(ANEXO 2 fig 1 2 e 3)

Tipos de agentes poluentes da aacutegua (Fundo Mundial para a Natureza WWW

1999)

middot Iacuteons de metais de transiccedilatildeo - Cobre (Cu) Mercuacuterio (Hg) Chumbo (Pb)

Niacutequel (Ni) Caacutedmio (Cd)

middot Compostos orgacircnicos ndash Inseticidas detergente petroacuteleo

middot Nutrientes de plantas ndash Nordeacutelio (NO) Polocircnio (PO)

middot Substancias radioativas ndash Despejos com uracircnio

middot Agentes bioloacutegicos ndash Bacteacuterias e viacuterus

middot Calor ndash aacutegua utilizada na refrigeraccedilatildeo de sistemas industriais e usinas

nucleares

middot Despejos que retiram o oxigecircnio dissolvido ndash despejos de animais

vegetaccedilatildeo em decomposiccedilatildeo

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

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35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

Tribunais 2001

middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

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middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

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middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 13: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

13 11 ndash Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

Segundo Ramos 2003 Como fruto da atuaccedilatildeo do homem sobre o meio

ambiente surge o problema da poluiccedilatildeo dos rios lagos oceanos enfim do

sistema hiacutedrico As fontes de poluiccedilatildeo da aacutegua dos rios satildeo advindas dos

esgotos domeacutesticos despejos industriais escoamento da chuva das aacutereas

urbanas e das aacuteguas de retorno de irrigaccedilatildeo (ANEXO 2 fig 1 2 e 3) Desse modo

principalmente no atual seacuteculo o grande crescimento populacional e o

desenvolvimento industrial aleacutem do uso cada vez maior de fertilizantes

quiacutemicos e inseticidas nas lavouras tecircm causado seacuterios danos aos rios e a vida

de modo geral As grandes concentraccedilotildees de nitrogecircnio e foacutesforo usados nos

adubos e fertilizantes constituem um tipo muito comum de poluiccedilatildeo da aacutegua As

enxurradas transportam para os rios os fosfatos e nitratos Estes nutrem as

plantas aquaacuteticas as quais multiplicam-se (especialmente algas) absorvem o

oxigecircnio da aacutegua Por sua vez a falta de oxigecircnio provoca a morte de muitas

plantas e animais que ao se decomporem aumentam a poluiccedilatildeo Aleacutem deste

fato muitos outros satildeo causadores da poluiccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Os inseticidas usados nas lavouras que destroem o fitoplacircncton existente

nos rios o qual eacute responsaacutevel pela renovaccedilatildeo de 70 do oxigecircnio da atmosfera

Os sedimentos que satildeo transportados para os rios pelas enxurradas em

decorrecircncia de praacuteticas agriacutecolas que natildeo se preocupam com a conservaccedilatildeo do

solo Os sedimentos ou detritos natildeo deixam a luz do sol penetrar na aacutegua

dificultando as formas de vida subaquaacuteticas

Quando eacute ultrapassada a capacidade de autodefesa da aacutegua em sanear os

detritos em virtude do excesso de esgoto despejado nos rios ocorre o

aparecimento de gases nocivos agrave vida aquaacutetica

Segundo Ramos 2003 As poluiccedilotildees dos recursos hiacutedricos satildeo classificadas em

Poluiccedilatildeo Bioloacutegica causada pelos esgotos urbanos ou por certas induacutestrias que

lanccedilam substacircncias que favorecem a proliferaccedilatildeo que microorganismos que

consomem grande quantidade de oxigecircnio da aacutegua assim causando a morte de

peixes que ali vivem natildeo por envenenamentos mas sim por asfixia

14 Poluiccedilatildeo Quiacutemica provocadas por substacircncias natildeo biodegradaacuteveis presentes na

aacutegua Satildeo aquelas que natildeo podem ser decompostas pela accedilatildeo dos

microorganismos como metais pesados detergentes herbicidas pesticidas

petroacuteleo e outros

Poluiccedilatildeo Fiacutesica provocada por resiacuteduos radioativos com precipitaccedilatildeo atocircmica

cujo perigo indireto manifestando-se de forma canceriacutegena e geneacutetica

Esses satildeo os principais causadores da poluiccedilatildeo hiacutedrica atual Foi dada

apenas uma breve introduccedilatildeo esses elementos seratildeo aprofundados no capiacutetulo

ll ndash Crise dos recursos hiacutedricos

15 CAPITULO II

Os seres humanos natildeo satildeo os uacutenicos que aspiram agrave liberdade O

ecossistema inteiro a deseja

A revoluccedilatildeo tambeacutem eacute para os lagos os rios as aacutervores e os animais

(Padre Ernesto Cardenal ndash Ministro da Cultura da Nicaraacutegua sandinista)

2 ndash CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

O sistema hiacutedrico mundial eacute muito rico tanto eacute que a maior porccedilatildeo do

Planeta Terra eacute banhado por aacutegua compreendendo lagos rios aacuteguas

subterracircneas e os oceanos (cobre a maior parte da Terra) Para demonstrar

numericamente a grandiosidade dos recursos hiacutedricos dados estimados

divulgados pela ONU mostram que infelizmente 975 da aacutegua encontrada no

planeta eacute inconsumiacutevel pois 95 satildeo salgadas portanto estatildeo nos oceanos e

25 das aacuteguas estatildeo presentes nas geleiras sobrando apenas 25 de reserva

de aacutegua doce (fig4) desse total apenas 007 estaacute acessiacutevel ao consumo

humano

fig4 ndash Quantidades de aacutegua nos principais reservatoacuterios da Terrra (Rebouccedilas 2002a) sup3

O Brasil possui grande importacircncia quando relacionado aos recursos

hiacutedricos pois 8 de toda aacutegua existente estaacute nele estando 80 na regiatildeo

sup3 - REBOUCcedilAS Aldo ndash Uso Inteligente da Aacutegua Escrituras Satildeo Paulo 2004

16 Amazocircnica Isso se reforccedila mais quando se compara a falta de aacutegua que atinge

aproximadamente um quinto da populaccedilatildeo mundial faltando esse recurso

permanentemente em 22 paiacuteses Estudos da ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees

Unidas) ainda estimam que problemas de abastecimento de aacutegua iratildeo afetar dois

terccedilos da humanidade por volta do ano 2025 ndash hoje como jaacute exposto um quinto

da populaccedilatildeo mundial sofre com a falta de aacutegua potaacutevel e o estoque disponiacutevel

vem sendo contaminado pela falta de tratamento (Fundo Mundial para a Natureza

WWW 1999)

Apesar das grandes dificuldades que o homem no decorrer dos anos impocircs

ao sistema hiacutedrico existem diversas utilidades que satildeo possiacuteveis de se destacar

como por exemplo a irrigaccedilatildeo na agricultura o uso na induacutestria (apoacutes o uso ser

tratada) o uso domeacutestico para a pesca para geraccedilatildeo de energia eleacutetrica para o

turismo e tambeacutem satildeo importantiacutessimos para os recursos viaacuterios o que natildeo

pode ser esquecido devido ao fator do desenvolvimento econocircmico

21 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

A partir do momento em que um fator for prejudicial agrave vida seraacute tambeacutem

considerado poluente Assim praticamente todo agente fiacutesico ou quiacutemico torna-

se poluente quando ultrapassa certo limite em relaccedilatildeo ao meio ambiente natural

(ANEXO 2 fig 1 2 e 3)

Tipos de agentes poluentes da aacutegua (Fundo Mundial para a Natureza WWW

1999)

middot Iacuteons de metais de transiccedilatildeo - Cobre (Cu) Mercuacuterio (Hg) Chumbo (Pb)

Niacutequel (Ni) Caacutedmio (Cd)

middot Compostos orgacircnicos ndash Inseticidas detergente petroacuteleo

middot Nutrientes de plantas ndash Nordeacutelio (NO) Polocircnio (PO)

middot Substancias radioativas ndash Despejos com uracircnio

middot Agentes bioloacutegicos ndash Bacteacuterias e viacuterus

middot Calor ndash aacutegua utilizada na refrigeraccedilatildeo de sistemas industriais e usinas

nucleares

middot Despejos que retiram o oxigecircnio dissolvido ndash despejos de animais

vegetaccedilatildeo em decomposiccedilatildeo

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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middot DIAS Genebaldo Freire Educaccedilatildeo Ambiental ndash Princiacutepios e Praacuteticas 6ordf

ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

middot FREITAS Vladimir Passos de Aacuteguas ndash aspectos juriacutedicos e Ambientais 2ordf

ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

middot LOUREIRO Carlos Frederico B Trajetoacuteria e Fundamentos da Educaccedilatildeo

Ambiental Cortez editora 2004

middot MACHADO Paulo A L Direito Ambiental Brasileiro 6ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Malheiros Editores 1996

middot MARSILY Ghislain de A aacutegua Instituto Piaget

35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

Tribunais 2001

middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

Sextante 2003

middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

middot RAMOS Gabriel Abreu Poluiccedilatildeo

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

Coacuted=7173ampcodcarreira=30Keywords=poluiccedilatildeo20dasaacuteguas

Acesso em 18 de Marccedilo de 2005

middot RONDOcircNIA Secretaria de Estado e Planejamento Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

httpwwwrondoniarogovbrsecretariasepladdiag-20022420-

PoluiC3A7C3A3020HC3ADdricahtm

Acesso em 28 de abril de 2005

middot RONNEY Rafael Poluiccedilatildeo das Aacuteguas no Brasil

httpwwwzemolezacombrtrabalho-veraspcod=10950ampcodcarreira=

34keywords =poluiccedilatildeo20dasaacuteguas Acesso em 11 de maio de 2005

middot TEIXEIRA Wilson (Fabio Taioli e outros) Decifrando a Terra Oficina de

textos USP

middot httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

middot httpwwwambientebrasilcombr Acesso 12052005

middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

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Page 14: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

14 Poluiccedilatildeo Quiacutemica provocadas por substacircncias natildeo biodegradaacuteveis presentes na

aacutegua Satildeo aquelas que natildeo podem ser decompostas pela accedilatildeo dos

microorganismos como metais pesados detergentes herbicidas pesticidas

petroacuteleo e outros

Poluiccedilatildeo Fiacutesica provocada por resiacuteduos radioativos com precipitaccedilatildeo atocircmica

cujo perigo indireto manifestando-se de forma canceriacutegena e geneacutetica

Esses satildeo os principais causadores da poluiccedilatildeo hiacutedrica atual Foi dada

apenas uma breve introduccedilatildeo esses elementos seratildeo aprofundados no capiacutetulo

ll ndash Crise dos recursos hiacutedricos

15 CAPITULO II

Os seres humanos natildeo satildeo os uacutenicos que aspiram agrave liberdade O

ecossistema inteiro a deseja

A revoluccedilatildeo tambeacutem eacute para os lagos os rios as aacutervores e os animais

(Padre Ernesto Cardenal ndash Ministro da Cultura da Nicaraacutegua sandinista)

2 ndash CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

O sistema hiacutedrico mundial eacute muito rico tanto eacute que a maior porccedilatildeo do

Planeta Terra eacute banhado por aacutegua compreendendo lagos rios aacuteguas

subterracircneas e os oceanos (cobre a maior parte da Terra) Para demonstrar

numericamente a grandiosidade dos recursos hiacutedricos dados estimados

divulgados pela ONU mostram que infelizmente 975 da aacutegua encontrada no

planeta eacute inconsumiacutevel pois 95 satildeo salgadas portanto estatildeo nos oceanos e

25 das aacuteguas estatildeo presentes nas geleiras sobrando apenas 25 de reserva

de aacutegua doce (fig4) desse total apenas 007 estaacute acessiacutevel ao consumo

humano

fig4 ndash Quantidades de aacutegua nos principais reservatoacuterios da Terrra (Rebouccedilas 2002a) sup3

O Brasil possui grande importacircncia quando relacionado aos recursos

hiacutedricos pois 8 de toda aacutegua existente estaacute nele estando 80 na regiatildeo

sup3 - REBOUCcedilAS Aldo ndash Uso Inteligente da Aacutegua Escrituras Satildeo Paulo 2004

16 Amazocircnica Isso se reforccedila mais quando se compara a falta de aacutegua que atinge

aproximadamente um quinto da populaccedilatildeo mundial faltando esse recurso

permanentemente em 22 paiacuteses Estudos da ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees

Unidas) ainda estimam que problemas de abastecimento de aacutegua iratildeo afetar dois

terccedilos da humanidade por volta do ano 2025 ndash hoje como jaacute exposto um quinto

da populaccedilatildeo mundial sofre com a falta de aacutegua potaacutevel e o estoque disponiacutevel

vem sendo contaminado pela falta de tratamento (Fundo Mundial para a Natureza

WWW 1999)

Apesar das grandes dificuldades que o homem no decorrer dos anos impocircs

ao sistema hiacutedrico existem diversas utilidades que satildeo possiacuteveis de se destacar

como por exemplo a irrigaccedilatildeo na agricultura o uso na induacutestria (apoacutes o uso ser

tratada) o uso domeacutestico para a pesca para geraccedilatildeo de energia eleacutetrica para o

turismo e tambeacutem satildeo importantiacutessimos para os recursos viaacuterios o que natildeo

pode ser esquecido devido ao fator do desenvolvimento econocircmico

21 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

A partir do momento em que um fator for prejudicial agrave vida seraacute tambeacutem

considerado poluente Assim praticamente todo agente fiacutesico ou quiacutemico torna-

se poluente quando ultrapassa certo limite em relaccedilatildeo ao meio ambiente natural

(ANEXO 2 fig 1 2 e 3)

Tipos de agentes poluentes da aacutegua (Fundo Mundial para a Natureza WWW

1999)

middot Iacuteons de metais de transiccedilatildeo - Cobre (Cu) Mercuacuterio (Hg) Chumbo (Pb)

Niacutequel (Ni) Caacutedmio (Cd)

middot Compostos orgacircnicos ndash Inseticidas detergente petroacuteleo

middot Nutrientes de plantas ndash Nordeacutelio (NO) Polocircnio (PO)

middot Substancias radioativas ndash Despejos com uracircnio

middot Agentes bioloacutegicos ndash Bacteacuterias e viacuterus

middot Calor ndash aacutegua utilizada na refrigeraccedilatildeo de sistemas industriais e usinas

nucleares

middot Despejos que retiram o oxigecircnio dissolvido ndash despejos de animais

vegetaccedilatildeo em decomposiccedilatildeo

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

middot Almanaque Abril 2000 nordm 020735070001-09 Novo Disc Brasil CD-ROM

middot Brasil Constituiccedilatildeo (1988) da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia

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middot DIAS Genebaldo Freire Educaccedilatildeo Ambiental ndash Princiacutepios e Praacuteticas 6ordf

ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

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ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

middot LOUREIRO Carlos Frederico B Trajetoacuteria e Fundamentos da Educaccedilatildeo

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middot MACHADO Paulo A L Direito Ambiental Brasileiro 6ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

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35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

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middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

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middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 15: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

15 CAPITULO II

Os seres humanos natildeo satildeo os uacutenicos que aspiram agrave liberdade O

ecossistema inteiro a deseja

A revoluccedilatildeo tambeacutem eacute para os lagos os rios as aacutervores e os animais

(Padre Ernesto Cardenal ndash Ministro da Cultura da Nicaraacutegua sandinista)

2 ndash CRISE DOS RECURSOS HIacuteDRICOS

O sistema hiacutedrico mundial eacute muito rico tanto eacute que a maior porccedilatildeo do

Planeta Terra eacute banhado por aacutegua compreendendo lagos rios aacuteguas

subterracircneas e os oceanos (cobre a maior parte da Terra) Para demonstrar

numericamente a grandiosidade dos recursos hiacutedricos dados estimados

divulgados pela ONU mostram que infelizmente 975 da aacutegua encontrada no

planeta eacute inconsumiacutevel pois 95 satildeo salgadas portanto estatildeo nos oceanos e

25 das aacuteguas estatildeo presentes nas geleiras sobrando apenas 25 de reserva

de aacutegua doce (fig4) desse total apenas 007 estaacute acessiacutevel ao consumo

humano

fig4 ndash Quantidades de aacutegua nos principais reservatoacuterios da Terrra (Rebouccedilas 2002a) sup3

O Brasil possui grande importacircncia quando relacionado aos recursos

hiacutedricos pois 8 de toda aacutegua existente estaacute nele estando 80 na regiatildeo

sup3 - REBOUCcedilAS Aldo ndash Uso Inteligente da Aacutegua Escrituras Satildeo Paulo 2004

16 Amazocircnica Isso se reforccedila mais quando se compara a falta de aacutegua que atinge

aproximadamente um quinto da populaccedilatildeo mundial faltando esse recurso

permanentemente em 22 paiacuteses Estudos da ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees

Unidas) ainda estimam que problemas de abastecimento de aacutegua iratildeo afetar dois

terccedilos da humanidade por volta do ano 2025 ndash hoje como jaacute exposto um quinto

da populaccedilatildeo mundial sofre com a falta de aacutegua potaacutevel e o estoque disponiacutevel

vem sendo contaminado pela falta de tratamento (Fundo Mundial para a Natureza

WWW 1999)

Apesar das grandes dificuldades que o homem no decorrer dos anos impocircs

ao sistema hiacutedrico existem diversas utilidades que satildeo possiacuteveis de se destacar

como por exemplo a irrigaccedilatildeo na agricultura o uso na induacutestria (apoacutes o uso ser

tratada) o uso domeacutestico para a pesca para geraccedilatildeo de energia eleacutetrica para o

turismo e tambeacutem satildeo importantiacutessimos para os recursos viaacuterios o que natildeo

pode ser esquecido devido ao fator do desenvolvimento econocircmico

21 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

A partir do momento em que um fator for prejudicial agrave vida seraacute tambeacutem

considerado poluente Assim praticamente todo agente fiacutesico ou quiacutemico torna-

se poluente quando ultrapassa certo limite em relaccedilatildeo ao meio ambiente natural

(ANEXO 2 fig 1 2 e 3)

Tipos de agentes poluentes da aacutegua (Fundo Mundial para a Natureza WWW

1999)

middot Iacuteons de metais de transiccedilatildeo - Cobre (Cu) Mercuacuterio (Hg) Chumbo (Pb)

Niacutequel (Ni) Caacutedmio (Cd)

middot Compostos orgacircnicos ndash Inseticidas detergente petroacuteleo

middot Nutrientes de plantas ndash Nordeacutelio (NO) Polocircnio (PO)

middot Substancias radioativas ndash Despejos com uracircnio

middot Agentes bioloacutegicos ndash Bacteacuterias e viacuterus

middot Calor ndash aacutegua utilizada na refrigeraccedilatildeo de sistemas industriais e usinas

nucleares

middot Despejos que retiram o oxigecircnio dissolvido ndash despejos de animais

vegetaccedilatildeo em decomposiccedilatildeo

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 16: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

16 Amazocircnica Isso se reforccedila mais quando se compara a falta de aacutegua que atinge

aproximadamente um quinto da populaccedilatildeo mundial faltando esse recurso

permanentemente em 22 paiacuteses Estudos da ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees

Unidas) ainda estimam que problemas de abastecimento de aacutegua iratildeo afetar dois

terccedilos da humanidade por volta do ano 2025 ndash hoje como jaacute exposto um quinto

da populaccedilatildeo mundial sofre com a falta de aacutegua potaacutevel e o estoque disponiacutevel

vem sendo contaminado pela falta de tratamento (Fundo Mundial para a Natureza

WWW 1999)

Apesar das grandes dificuldades que o homem no decorrer dos anos impocircs

ao sistema hiacutedrico existem diversas utilidades que satildeo possiacuteveis de se destacar

como por exemplo a irrigaccedilatildeo na agricultura o uso na induacutestria (apoacutes o uso ser

tratada) o uso domeacutestico para a pesca para geraccedilatildeo de energia eleacutetrica para o

turismo e tambeacutem satildeo importantiacutessimos para os recursos viaacuterios o que natildeo

pode ser esquecido devido ao fator do desenvolvimento econocircmico

21 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUICcedilAtildeO HIacuteDRICA

A partir do momento em que um fator for prejudicial agrave vida seraacute tambeacutem

considerado poluente Assim praticamente todo agente fiacutesico ou quiacutemico torna-

se poluente quando ultrapassa certo limite em relaccedilatildeo ao meio ambiente natural

(ANEXO 2 fig 1 2 e 3)

Tipos de agentes poluentes da aacutegua (Fundo Mundial para a Natureza WWW

1999)

middot Iacuteons de metais de transiccedilatildeo - Cobre (Cu) Mercuacuterio (Hg) Chumbo (Pb)

Niacutequel (Ni) Caacutedmio (Cd)

middot Compostos orgacircnicos ndash Inseticidas detergente petroacuteleo

middot Nutrientes de plantas ndash Nordeacutelio (NO) Polocircnio (PO)

middot Substancias radioativas ndash Despejos com uracircnio

middot Agentes bioloacutegicos ndash Bacteacuterias e viacuterus

middot Calor ndash aacutegua utilizada na refrigeraccedilatildeo de sistemas industriais e usinas

nucleares

middot Despejos que retiram o oxigecircnio dissolvido ndash despejos de animais

vegetaccedilatildeo em decomposiccedilatildeo

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 17: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

17 Bronzati (2003) relata que os Despejos Industriais apenas 8 da aacutegua

utilizada no planeta satildeo para fins domeacutesticos Boa parte da aacutegua doce eacute

destinada agrave induacutestria ou agrave agricultura (fig 5) Considera-se atualmente que as

induacutestrias satildeo responsaacuteveis por dois terccedilos do total de poluentes produzidos pelo

ser humano

As principais induacutestrias poluentes satildeo as faacutebricas de papel de alimentos

metaluacutergicas e de quiacutemica pesada (produtora de aacutecidos sais bases oacutexidos e

fertilizantes)

fig 5 - Utilizaccedilatildeo dos Recursos Hiacutedricos - Fonte CNEN 1996

Os Detergentes satildeo substacircncias que facilitam a dissoluccedilatildeo de oacuteleos e

gorduras na aacutegua Quando os despejos domeacutesticos e industriais satildeo lanccedilados

nos rios haacute bacteacuterias que atacam os detergentes biodegradaacuteveis transformando

em moleacuteculas menores facilitando assim sua eliminaccedilatildeo No entanto haacute

detergentes natildeo-biodegradaacuteveis altamente poluentes que soacute podem ser

eliminados por teacutecnicas especiais

Os Inseticidas tambeacutem chamados de agrotoacutexicos os inseticidas satildeo

importante fontes de contaminaccedilatildeo de lenccediloacuteis freaacuteticos rios e alimentos

vegetais Foi em 1939 que surgiu o DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano)

Atualmente mais de cem espeacutecies insetos tornaram-se resistentes ao DDT

Aleacutem disso a razoaacutevel estabilidade da moleacutecula desse inseticida faz com que

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

middot Almanaque Abril 2000 nordm 020735070001-09 Novo Disc Brasil CD-ROM

middot Brasil Constituiccedilatildeo (1988) da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia

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Janeiro 1987

middot BOUGUERRA Mohamed Larbi As Batalhas da Aacutegua ndash Por um bem comum

da humanidade Vozes Editora Petroacutepolis 2004

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middot CARVALHO Seacutergio Vilson Educaccedilatildeo Ambiental amp Desenvolvimento

Comunitaacuterio Wak editora 2002

middot CUSTOacuteDIO Helita Barreira A Questatildeo Constitucional Propriedade Ordem

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middot DERANI Cristiane Direito Ambiental Econocircmico 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Editora Max Limonad 2001

middot DIAS Genebaldo Freire Educaccedilatildeo Ambiental ndash Princiacutepios e Praacuteticas 6ordf

ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

middot FREITAS Vladimir Passos de Aacuteguas ndash aspectos juriacutedicos e Ambientais 2ordf

ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

middot LOUREIRO Carlos Frederico B Trajetoacuteria e Fundamentos da Educaccedilatildeo

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middot MACHADO Paulo A L Direito Ambiental Brasileiro 6ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Malheiros Editores 1996

middot MARSILY Ghislain de A aacutegua Instituto Piaget

35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

Tribunais 2001

middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

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middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

middot RAMOS Gabriel Abreu Poluiccedilatildeo

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

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Acesso em 18 de Marccedilo de 2005

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middot RONNEY Rafael Poluiccedilatildeo das Aacuteguas no Brasil

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middot TEIXEIRA Wilson (Fabio Taioli e outros) Decifrando a Terra Oficina de

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middot httpwwwambientebrasilcombr Acesso 12052005

middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 18: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

18 ele se acumule na cadeia alimentar aparecem tambeacutem algumas espeacutecies de

animais que jaacute estatildeo ateacute mesmo ameaccediladas de extinccedilatildeo pelo acuacutemulo de

inseticidas em seus organismos Devido a esses fatores os cientistas passaram

a pesquisar vaacuterios tipos de inseticidas como ldquoparationrdquo e o ldquosevinrdquo O paration se

decompotildee rapidamente mas eacute o mais toacutexico para o ser humano que o DDT O

sevin eacute um dos inseticidas mais utilizadas atualmente Apesar de ser menos

toacutexico que o DDT ele tem o inconveniente de degradar-se com facilidade de

modo que sua eficaacutecia depende de frequumlentes pulverizaccedilotildees

Poluiccedilatildeo Teacutermica vocecirc jaacute percebeu que os refrigerantes que borbulham mais

intensamente em condiccedilatildeo ambiente (25degC) do que em baixas temperaturas

Isso ocorre porque o gaacutes carbocircnico eacute pouco soluacutevel em aacutegua e o aumento

da temperatura favorece o seu escape O mesmo fenocircmeno tambeacutem ocorre com

o gaacutes oxigecircnio Quanto agraves aacuteguas de um rio por exemplo tornam-se mais

quentes haacute tambeacutem oxigecircnio menos dissolvido

A poluiccedilatildeo teacutermica baseia-se nesse fenocircmeno Assim quando uma usina

nuclear aquece as aacuteguas de um rio a reduccedilatildeo da quantidade de oxigecircnio

dissolvido prejudica todos os seres aquaacuteticos da regiatildeo

Para Ronney (2003) A Ocupaccedilatildeo Desordenada do solo ndash O crescimento

caoacutetico das grandes cidades com a ocupaccedilatildeo de aacutereas de importantes

mananciais eacute um fator importante para a poluiccedilatildeo das aacuteguas e a devastaccedilatildeo de

aacutereas urbanas Na cidade de Satildeo Paulo segundo informaccedilotildees do Instituto Soacutecio-

Ambiental (ISA) entre 1989 e 1996 a regiatildeo em torno das represas Billings e

Guarapiranga que abastecem os paulistanos concentra 76 do crescimento

populacional da capital Em consequumlecircncia as aacutereas proacuteximas da Guarapiranga

perderam 15 de sua cobertura vegetal Essa ocupaccedilatildeo normalmente eacute feita por

loteamentos clandestinos cujos esgotos acabam lanccedilados nas aacuteguas das

represas

Desastres Ecoloacutegicos - nos uacuteltimos anos rios e mares tecircm sido seriamente

afetados por grandes desastres ambientais Um dos principais ocorreu em

janeiro de 2000 quando um vazamento de 13 milhatildeo de litros de oacuteleo de uma

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

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36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 19: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

19 refinaria da Petrobraacutes poluiu a baiacutea de Guanabara no Rio de Janeiro (foto 1) Em

setembro do mesmo ano 4 milhotildees de litros de oacuteleo escapam de uma refinaria

da estatal no Paranaacute atingindo o rio Iguaccedilu A sequumlecircncia de acidentes

envolvendo a empresa continua em 2001 Em fevereiro vazou 50 mil litros de

oacuteleo diesel de um duto da Transpetro subsidiaacuteria da Petrobraacutes numa regiatildeo de

preservaccedilatildeo ambiental em Morretes (PR)

Foto 1 - tirada no mecircs 012000 ndash desastre ecoloacutegico Baiacutea da Guanabara

Substacircncias Toacutexicas - os agrotoacutexicos utilizados nas lavouras acabam por meio

das curvas atingindo rios e lenccediloacuteis freaacuteticos Natildeo haacute nuacutemeros sobre o consumo

desses produtos em territoacuterio brasileiro embora estimativas indiquem que em

1999 eles movimentaram 23 bilhotildees de doacutelares no paiacutes Por razatildeo da agressatildeo

ao ambiente e dos males causados aacute sauacutede pelos agrotoacutexicos e por outras

substacircncias toacutexicas 90 paiacuteses entre eles o Brasil assinaram em maio de 2001

um acordo para eliminar ou reduzir o uso de 12 Poluentes Orgacircnicos

Persistentes (POPs) Dos poluentes proibidos ndash aldrin clorano mirex dieldrin

DDT dioxinas furanos PCB endrin heptacloro HCB toxafeno - o Brasil ainda

utiliza o DDT o HCB e o heptacloro As bacias hidrograacuteficas brasileiras sofrem

ainda com os efeitos de atividades econocircmicas que degradam o ambiente e

afetam a sauacutede da populaccedilatildeo De acordo com a Fundaccedilatildeo Onda Azul entre 35

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

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mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

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36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 20: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

20 mil e 40 mil toneladas de mercuacuterio satildeo lanccediladas por ano pelo garimpo nos rios

da regiatildeo Amazocircnia contaminando cerca de 10 mil pessoas

Estaacute claro que os seres humanos deveratildeo tomar decisotildees para resolver o

desafio da aacutegua pois natildeo percamos de vista que a quantidade de aacutegua sobre a

terra eacute limitada O desafio eacute muito mais forte para os pobres que para os ricos

pois alguns natildeo tecircm aacutegua para beber e outros lamentam natildeo ter bastante aacutegua

para regar seu jardim lavar seu carro ou encher sua piscina

Precisariacuteamos chegar a ldquouma sociedade econocircmica em aacuteguardquo seja para o

nosso proacuteprio interesse obviamente como para o das geraccedilotildees futuras e dos

seres vivos em sua totalidade

A aacutegua coloca portanto uma verdadeira questatildeo para a sociedade e mostra

que fora do desenvolvimento duraacutevel ndash ou melhor do eco-desenvolvimento ndash

natildeo haacute salvaccedilatildeo principalmente porque nossa sauacutede e nosso bem-estar

dependem desse precioso recurso

Isso demonstra claramente que nossa subsistecircncia estaacute profundamente

atrelada agrave manutenccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da populaccedilatildeo

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

middot Almanaque Abril 2000 nordm 020735070001-09 Novo Disc Brasil CD-ROM

middot Brasil Constituiccedilatildeo (1988) da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia

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middot BOUGUERRA Mohamed Larbi As Batalhas da Aacutegua ndash Por um bem comum

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middot CARVALHO Seacutergio Vilson Educaccedilatildeo Ambiental amp Desenvolvimento

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Editora Max Limonad 2001

middot DIAS Genebaldo Freire Educaccedilatildeo Ambiental ndash Princiacutepios e Praacuteticas 6ordf

ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

middot FREITAS Vladimir Passos de Aacuteguas ndash aspectos juriacutedicos e Ambientais 2ordf

ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

middot LOUREIRO Carlos Frederico B Trajetoacuteria e Fundamentos da Educaccedilatildeo

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middot MACHADO Paulo A L Direito Ambiental Brasileiro 6ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

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35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

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middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

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middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

21

CAPITULO III

ldquoAo ampliarmos a organizaccedilatildeo da sociedade civil em defesa do uso

racional dos recursos hiacutedricos cresce a resistecircncia agraves agressotildees

ambientais e exercita-se a praacutetica da cidadaniardquo

(Joseacute Chacon de Assis)

3 ndash NORMAS REGULADORAS

Apoacutes ter analisado a poluiccedilatildeo e a grande crise que ronda os recursos

hiacutedricos se faz necessaacuterio integrar esses assuntos agraves normas reguladoras ou

seja as leis que regulam o dia-a-dia da poluiccedilatildeo

Eacute necessaacuterio ficar assentado que as normas de proteccedilatildeo do meio ambiente

natildeo se destinam necessariamente a modificaccedilotildees radicais da relaccedilatildeo homem-

natureza Na maior parte das vezes tais normas contecircm prescriccedilotildees de caraacuteter

quantitativo Isto eacute a preocupaccedilatildeo dominante gira em torno de quanto poluente

quanto de abstenccedilatildeo ou exploraccedilatildeo dentre outros Eacute no interior do

desenvolvimento industrial-tecnoloacutegico moderno que devem ser encontrados os

meios de proteccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos naturais Pensar em proteccedilatildeo do

meio ambiente eacute uma clara opccedilatildeo pela continuidade desta sociedade A natureza

continua recurso natural permanece objeto estranho ao sujeito por ela somente

identificada mediante sua apropriaccedilatildeo e transformaccedilatildeo (Derani 2001 p77)

ldquoAs normas ambientais satildeo essencialmente voltadas a uma

relaccedilatildeo social e natildeo a uma assistecircncia agrave natureza O direito

ambiental eacute um direito para o homem Eacute um direito que

deve ver o homem em todas as dimensotildees de sua

humanidaderdquo (Derani 2001 p79)

ldquoCorromper ou poluirrdquo satildeo conceitos que devem ficar claros apoacutes ser

explorados e analisados Partindo desse ponto a poluiccedilatildeo seraacute analisada

segundo as normas reguladoras

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

22 A ONU em 1992 Redigiu um documento intitulado ldquoDeclaraccedilatildeo Universal

dos Direitos da Aacuteguardquo O qual merece profunda reflexatildeo e divulgaccedilatildeo por todos

os amigos e defensores do planeta terra em todos os dias (ANEXO 3)

31 CONSTITUICcedilAtildeO FEDERAL BRASILEIRA 88

A Constituiccedilatildeo Federal Brasileira de 1988 eacute uma das mais modernas do

mundo sendo muito admirada por outras naccedilotildees que vecircm pesquisaacute-la analisaacute-

la para emprego em seus respectivos paiacuteses sendo assim a Constituiccedilatildeo de

1988 natildeo deixou de legislar sobre o meio ambiente ou mesmo sobre os

recursos hiacutedricos

ldquoSatildeo bens da Uniatildeo os lagos rios e quaisquer correntes de

aacutegua em terrenos de seu domiacutenio ou que banham mais de

um estado sirvam de limites com outros paiacuteses ou se

estendam a territoacuterio estrangeiro ou dele provenham bem

como os terrenos marginais e as praias fluviaisrdquo (art20 lll)

ldquoAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaratildeo

os infratores pessoas fiacutesicas ou juriacutedicas a sanccedilotildees penais e administrativas

independente da obrigaccedilatildeo de reparar os danos causadosrdquo (art 225 sect3)

Como a poluiccedilatildeo vem aterrorizando a sociedade atual fez-se necessaacuterio

legislar na ldquolei superiorrdquo sobre ela impondo sanccedilotildees penas para os que

cumprem com o seu respectivo dever ou seja o de preservar

ldquoCompete privativamente agrave Uniatildeo legislar sobre IV ndash aacuteguas energia

informaacutetica telecomunicaccedilotildees e radiodifusatildeordquo (art 22 IV) Poreacutem apesar da

legislaccedilatildeo constitucional dizer que a competecircncia legislativa sobre a questatildeo

hiacutedrica ser da Uniatildeo natildeo se pode retirar dos Estados e dos Municiacutepios o poder

de legislar supletivamente (art 25 sect1ordm e art30 I e II ambos da Constituiccedilatildeo

Federal respectivamente)

Ademais os problemas de poluiccedilatildeo ultrapassam as fronteiras municipais

estaduais e muitas vezes nacionais atingindo locais distantes da fonte poluidora

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

Tribunais 2001

middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

Sextante 2003

middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

middot RAMOS Gabriel Abreu Poluiccedilatildeo

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

Coacuted=7173ampcodcarreira=30Keywords=poluiccedilatildeo20dasaacuteguas

Acesso em 18 de Marccedilo de 2005

middot RONDOcircNIA Secretaria de Estado e Planejamento Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

httpwwwrondoniarogovbrsecretariasepladdiag-20022420-

PoluiC3A7C3A3020HC3ADdricahtm

Acesso em 28 de abril de 2005

middot RONNEY Rafael Poluiccedilatildeo das Aacuteguas no Brasil

httpwwwzemolezacombrtrabalho-veraspcod=10950ampcodcarreira=

34keywords =poluiccedilatildeo20dasaacuteguas Acesso em 11 de maio de 2005

middot TEIXEIRA Wilson (Fabio Taioli e outros) Decifrando a Terra Oficina de

textos USP

middot httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

middot httpwwwambientebrasilcombr Acesso 12052005

middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

23 o que torna inoperante a tentativa de diminuiacute-los sem a participaccedilatildeo de todos os

envolvidos acrescentando aiacute a sociedade civil

As normas de emissatildeo dos efluentes hiacutedricos tecircm relaccedilatildeo tanto com o uso do

solo como com a obtenccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um determinado padratildeo de

qualidade da aacutegua Legislar sobre o que e em que quantidade pode ser lanccedilada

na aacutegua eacute mateacuteria que diz respeito primeiramente ao poder de poliacutecia dos

estados pois natildeo se estaacute legislando sobre as aacuteguas quando se definem as

normas de emissatildeo Entretanto conforme forem essas normas poder-se-aacute atingir

ou natildeo o padratildeo de qualidade determinado pela norma federal Portanto a norma

de emissatildeo estadual deveraacute conformar-se com a norma federal de qualidade das

aacuteguas (Machado 1996)

32 COacuteDIGO PENAL BRASILEIRO

Para a imposiccedilatildeo de sanccedilotildees sobre a poluiccedilatildeo foi legislado no CP O Coacutedigo

Penal Brasileiro de 1940 (Decreto-lei 2848 de 07 de Dezembro de 1940 com

vigecircncia a partir de 01 de janeiro de 1942) prevecirc o envenenamento de aacutegua

potaacutevel ou de substacircncia alimentiacutecia ou medicinal no art 270 e a corrupccedilatildeo ou

poluiccedilatildeo de aacutegua potaacutevel no art 271 - ldquoCorromper ou poluir aacutegua potaacutevel de uso

comum ou particular tornando-a improacutepria para o consumo ou nociva agrave sauacutederdquo -

pena reclusatildeo de dois a cinco anos Modalidade Culposa ndash paraacutegrafo uacutenico se o

crime eacute culposo pena ndash detenccedilatildeo de dois meses a um ano (Machado 1996)

A interpretaccedilatildeo de ldquoaacutegua potaacutevelrdquo tem apresentado dificuldades de

interpretaccedilatildeo entre doutrinadores para soluccedilatildeo desse impasse (Batalha 1987 p

42) conceitua de forma clara que

ldquoA aacutegua em seu estado de pureza total natildeo existe

deve-se imaginaacute-la como uma substacircncia que se

manifesta sob a forma de numerosas dispersotildees

aquosas de composiccedilatildeo muito variaacutevel que lhe

conferem em consequumlecircncia caracteriacutesticas que nem

sempre satildeo aquelas que representam a condiccedilatildeo

desejadardquo

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

middot Almanaque Abril 2000 nordm 020735070001-09 Novo Disc Brasil CD-ROM

middot Brasil Constituiccedilatildeo (1988) da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia

Senado Federal Subsecretaria de Ediccedilotildees Teacutecnicas 2002

middot BATALHA Ben-Hur Lutterback Glossaacuterio de Engenharia Ambiental Rio de

Janeiro 1987

middot BOUGUERRA Mohamed Larbi As Batalhas da Aacutegua ndash Por um bem comum

da humanidade Vozes Editora Petroacutepolis 2004

middot BRONZATI Cinthia Agentes Poluentes da Aacutegua

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

Coacuted=1778ampcodcarreira=30keywords=poluiccedilatildeo20dasaacuteguas

Acesso em 15 de Dezembro de 2004

middot CARVALHO Seacutergio Vilson Educaccedilatildeo Ambiental amp Desenvolvimento

Comunitaacuterio Wak editora 2002

middot CUSTOacuteDIO Helita Barreira A Questatildeo Constitucional Propriedade Ordem

Econocircmica e Dano Ambiental In Dano Ambiental Prevenccedilatildeo Reparaccedilatildeo e

Repressatildeo Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1933

middot DERANI Cristiane Direito Ambiental Econocircmico 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Editora Max Limonad 2001

middot DIAS Genebaldo Freire Educaccedilatildeo Ambiental ndash Princiacutepios e Praacuteticas 6ordf

ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

middot FREITAS Vladimir Passos de Aacuteguas ndash aspectos juriacutedicos e Ambientais 2ordf

ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

middot LOUREIRO Carlos Frederico B Trajetoacuteria e Fundamentos da Educaccedilatildeo

Ambiental Cortez editora 2004

middot MACHADO Paulo A L Direito Ambiental Brasileiro 6ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Malheiros Editores 1996

middot MARSILY Ghislain de A aacutegua Instituto Piaget

35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

Tribunais 2001

middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

Sextante 2003

middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

middot RAMOS Gabriel Abreu Poluiccedilatildeo

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

Coacuted=7173ampcodcarreira=30Keywords=poluiccedilatildeo20dasaacuteguas

Acesso em 18 de Marccedilo de 2005

middot RONDOcircNIA Secretaria de Estado e Planejamento Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

httpwwwrondoniarogovbrsecretariasepladdiag-20022420-

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Acesso em 28 de abril de 2005

middot RONNEY Rafael Poluiccedilatildeo das Aacuteguas no Brasil

httpwwwzemolezacombrtrabalho-veraspcod=10950ampcodcarreira=

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middot TEIXEIRA Wilson (Fabio Taioli e outros) Decifrando a Terra Oficina de

textos USP

middot httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

middot httpwwwambientebrasilcombr Acesso 12052005

middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 24: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

24 A prova de se haver tornado a aacutegua improacutepria para o consumo ou nociva agrave

sauacutede deveraacute ser feita por meio de periacutecia As normas de emissatildeo oriundas das

autoridades ambientais e os padrotildees de qualidade da aacutegua ajudaratildeo na

constataccedilatildeo do crime Interessa comprovar-se a probabilidade de dano para a

sauacutede das pessoas e dos animais e a transformaccedilatildeo da aacutegua em improacutepria ao

consumo (Machado 1996)

33 LEI Nordm 960598

Com a aprovaccedilatildeo da Lei de Crimes Ambientais e sua sanccedilatildeo pelo

Excelentiacutessimo Senhor Presidente da Repuacuteblica a sociedade brasileira os

oacutergatildeos ambientais e o Ministeacuterio Puacuteblico passaram a contar com um instrumento

que lhes garantiraacute agilidade e eficaacutecia na puniccedilatildeo aos infratores do meio

ambiente

A Lei entretanto natildeo trata apenas de puniccedilotildees severas ela incorporou

meacutetodos e possibilidades da natildeo aplicaccedilatildeo das penas desde que o infrator

recupere o dano ou de outra forma pague sua diacutevida agrave sociedade

Dada a importacircncia da conservaccedilatildeo do meio e dos recursos hiacutedricos vaacuterias

leis foram criadas para a conservaccedilatildeo do meio Vejamos um dispositivo

pertinente

ldquoArt 54 ndash Causar poluiccedilatildeo de qualquer natureza em niacuteveis tais que resultem ou

possam resultar em danos agrave sauacutede humana ou que provoquem a mortalidade de

animais ou a destruiccedilatildeo significativa da florardquo

Pena ndash reclusatildeo de um a quatro e multa

Paraacutegrafo 1ordm - Se o crime eacute culposo

Pena ndash detenccedilatildeo de seis meses a um ano e multa

Paraacutegrafo 2ordm - Se o crime

()

III ndash causar poluiccedilatildeo hiacutedrica que torne necessaacuteria a interrupccedilatildeo do abastecimento

puacuteblico de aacutegua de uma comunidade

IV ndash dificultar ou impedir o uso puacuteblico das praias

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

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35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

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middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

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mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

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middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

25 V ndash ocorrer por lanccedilamento de resiacuteduos soacutelidos liacutequidos ou gasosos ou detritos

oacuteleos ou substacircncias oleosas em desacordo com as exigecircncias estabelecidas

em leis ou regulamentos

Pena ndash reclusatildeo de um a cinco anos

sect 3ordm Incorre nas mesmas penas previstas no paraacutegrafo anterior quem deixar de

adotar quando assim o exigir a autoridade competente medidas de precauccedilatildeo

em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversiacutevel

Art 60 Construir reformar ampliar instalar ou fazer funcionar em qualquer

parte do territoacuterio nacional estabelecimentos obras ou serviccedilos potencialmente

poluidores sem licenccedila ou autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ambientais competentes ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes

Pena - detenccedilatildeo de um a seis meses ou multa ou ambas as penas

cumulativamente

34 LEI Nordm 943397

A Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 vem sendo chamada de Lei das

Aacuteguas (ANEXO 4) incorporou vaacuterios dos princiacutepios que mencionamos acima e

inclui em seus fundamentos que a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser

descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e

das comunidades Este foi o ponto de partida para que se deflagrasse a

princiacutepio com o amparo da Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do

Meio Ambiente a constituiccedilatildeo de um movimento hoje plenamente difundido e

promovido pela sociedade civil o Movimento de Cidadania Pelas Aacuteguas ndash

MCPA

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I ndash a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II ndash a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

middot Almanaque Abril 2000 nordm 020735070001-09 Novo Disc Brasil CD-ROM

middot Brasil Constituiccedilatildeo (1988) da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia

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middot CARVALHO Seacutergio Vilson Educaccedilatildeo Ambiental amp Desenvolvimento

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middot DIAS Genebaldo Freire Educaccedilatildeo Ambiental ndash Princiacutepios e Praacuteticas 6ordf

ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

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ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

middot LOUREIRO Carlos Frederico B Trajetoacuteria e Fundamentos da Educaccedilatildeo

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35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

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middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

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middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

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middot RAMOS Gabriel Abreu Poluiccedilatildeo

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middot httpwwwambientebrasilcombr Acesso 12052005

middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

26 III ndash em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o

consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das

aacuteguas

V ndash a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI ndash a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a

participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

Art2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I ndash assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua

em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

II ndash a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte

aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III ndash a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem

naturais ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

35 LEI Nordm 979599

Tbilisi (URSS) 1997 Primeira Conferecircncia Intergovernamental sobre

Educaccedilatildeo Ambiental (UNESCOPNUMA) ndash Meio Ambiente composto pelo meio

fiacutesico-bioacutetico + meio social e cultural Relaciona os problemas ambientais com os

modelos de desenvolvimento adotados pelo homem Conceituou

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute uma forma abrangente de

educaccedilatildeo que se propotildee a atingir todos os cidadatildeos

inserindo a variaacutevel meio ambiente em suas dimensotildees

fiacutesica quiacutemica bioloacutegica econocircmica poliacutetica e cultural em

todas as disciplinas e em todos os veiacuteculos de transmissatildeo

de conhecimentos As diversas definiccedilotildees de Educaccedilatildeo

Ambiental variam de acordo com o enfoque dado pela aacuterea

de conhecimento (biologia geografia ciecircncias sociais)rdquo

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

middot Almanaque Abril 2000 nordm 020735070001-09 Novo Disc Brasil CD-ROM

middot Brasil Constituiccedilatildeo (1988) da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia

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middot CARVALHO Seacutergio Vilson Educaccedilatildeo Ambiental amp Desenvolvimento

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middot DERANI Cristiane Direito Ambiental Econocircmico 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Editora Max Limonad 2001

middot DIAS Genebaldo Freire Educaccedilatildeo Ambiental ndash Princiacutepios e Praacuteticas 6ordf

ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

middot FREITAS Vladimir Passos de Aacuteguas ndash aspectos juriacutedicos e Ambientais 2ordf

ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

middot LOUREIRO Carlos Frederico B Trajetoacuteria e Fundamentos da Educaccedilatildeo

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middot MACHADO Paulo A L Direito Ambiental Brasileiro 6ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Malheiros Editores 1996

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35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

Tribunais 2001

middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

Sextante 2003

middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

middot RAMOS Gabriel Abreu Poluiccedilatildeo

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

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Acesso em 18 de Marccedilo de 2005

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middot RONNEY Rafael Poluiccedilatildeo das Aacuteguas no Brasil

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middot httpwwwambientebrasilcombr Acesso 12052005

middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

27 Os pressupostos obtidos na Conferecircncia de Chosica que ocorreu no Peru

em 1976 juntamente com os que foram abrangidos em Tbilisi (realizada no

ano seguinte) foram a base soacutelida de sustentaccedilatildeo para uma proposta de

Educaccedilatildeo verdadeiramente ambiental e popular (Loreiro1992) Chosica foi

talvez a Conferecircncia que melhor conseguiu conceituar o que seria a

Educaccedilatildeo Ambiental

ldquoA Educaccedilatildeo Ambiental eacute accedilatildeo educativa permanente pela

qual a comunidade educativa tende agrave tomada de

consciecircncia de sua realidade global do tipo de relaccedilotildees

que os homens estabelecem entre si e com a natureza dos

problemas derivados destas relaccedilotildeesrdquo

- A Lei Federal nordm 9795 (ANEXO 5) define a Educaccedilatildeo Ambiental como ldquoo

processo por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a

conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidaderdquo (art1ordm Lei Federal nordm 9795 de

27499)

O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental varia de interpretaccedilotildees de acordo com

cada contexto conforme a influecircncia e vivecircncia de cada um

Para muitos a Educaccedilatildeo Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos

relacionados agrave natureza lixo preservaccedilatildeo paisagens naturais animais etc

Dentro deste enfoque a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter basicamente

naturalista

Atualmente a Educaccedilatildeo Ambiental assume um caraacuteter mais realista

embasado na busca de um equiliacutebrio entre o homem e o ambiente com vista agrave

construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e

progresso (pensamento positivista) Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute

ferramenta de educaccedilatildeo para o desenvolvimento sustentaacutevel (apesar de

polecircmico o conceito de desenvolvimento sustentaacutevel tendo em vista ser o

proacuteprio desenvolvimento o causador de tantos danos soacutecio-ambientais)

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

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ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

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35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

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middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

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middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

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middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

28 Ampliando a maneira de perceber a Educaccedilatildeo Ambiental podemos dizer que

se trata de uma praacutetica de educaccedilatildeo para a sustentabilidade Para muitos

especialistas uma Educaccedilatildeo Ambiental para o Desenvolvimento Sustentaacutevel eacute

severamente criticada pela dicotomia existente entre desenvolvimento e

sustentabilidade

Na tentativa de fazer uma anaacutelise sobre os conceitos desta praacutetica coloco agrave

disposiccedilatildeo diferentes definiccedilotildees para a Educaccedilatildeo Ambiental a fim de perceber

este conceito de forma mais abrangente e contextual Para perceber a

abrangecircncia e o significado da Educaccedilatildeo Ambiental eacute preciso uma forma de

pensar mais complexa ndash da teoria moriniana Soacute assim seraacute possiacutevel a evoluccedilatildeo

deste conceito ao seu amplo significado

A fim de colaborar para uma visatildeo mais abrangente da Educaccedilatildeo Ambiental

aqui satildeo apresentadas algumas definiccedilotildees A fonte de pesquisa foi

exclusivamente a Internet e apoacutes cada definiccedilatildeo estaacute disponibilizada a autoria e

o link correspondente

ldquoEducaccedilatildeo Ambiental foi definida como uma dimensatildeo dada ao conteuacutedo e agrave

praacutetica da Educaccedilatildeo orientada para a soluccedilatildeo dos problemas concretos do meio

ambiente atraveacutes de enfoques interdisciplinares e de uma participaccedilatildeo ativa e

responsaacutevel de cada indiviacuteduo e da coletividade I Conferecircncia

Intergovernamental sobre Educaccedilatildeo Ambientalrdquo (Tbilisi Georgia ndash ex URSS)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambsecund-edambhtml

- A definiccedilatildeo oficial de educaccedilatildeo ambiental do Ministeacuterio do Meio Ambiente

ldquoEducaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornam

aptos a agir ndash individual e coletivamente ndash e resolver problemas ambientais

presentes e futurosrdquo

Fonte httpwwwrevistaeducacaocombrapresenta2phpedicao=254amppag_id=239

- De acordo com o conceito de educaccedilatildeo ambiental definido pela comissatildeo

interministerial na preparaccedilatildeo da ECO-92 A educaccedilatildeo ambiental se caracteriza

por incorporar as dimensotildees soacutecio-econocircmica poliacutetica cultural e histoacuterica natildeo

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

29 podendo se basear em pautas riacutegidas e de aplicaccedilatildeo universal devendo

considerar as condiccedilotildees e estaacutegios de cada paiacutes regiatildeo e comunidade sob uma

perspectiva histoacuterica Assim sendo a Educaccedilatildeo Ambiental deve permitir a

compreensatildeo da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a

interdependecircncia entre os diversos elementos que conformam o ambiente com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfaccedilatildeo material e

espiritual da sociedade no presente e no futuro ( in Leatildeo amp Silva1995)

Fonte httpwwwcprhpegovbrsec-educambctudo-edamb_art_documentohtml

- O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educaccedilatildeo

Ambiental como um processo de formaccedilatildeo e informaccedilatildeo orientado para o

desenvolvimento da consciecircncia critica sobre as questotildees ambientais e de

atividades que levem agrave participaccedilatildeo das comunidades na preservaccedilatildeo do

equiliacutebrio ambiental

Fonte httpwwwriorjgovbrmultiriocimeCE09CE09_012html

- Para a UNESCO ldquoA educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no

qual os indiviacuteduos e a comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e

adquirem conhecimentos habilidades experiecircncias valores e a determinaccedilatildeo

que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente na busca de

soluccedilotildees para os problemas ambientais presentes e futuros (UNESCO 1987)rdquo

Fonte httpwwwmmagovbrportsbfdapeducambhtml

- Na conferecircncia de Estocolmo em 1972 A finalidade da educaccedilatildeo

ambiental eacute formar uma populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada com o

ambiente e problemas com ele relacionados e que possua os conhecimentos as

capacidades as atitudes a motivaccedilatildeo e o compromisso para colaborar individual

e coletivamente na resoluccedilatildeo de problemas atuais e na prevenccedilatildeo de problemas

futuros (UNESCO 1976 p2)

Fonte httpwwwterravistaptenseada3185educaohtm

- Stapp et alii (1969) definiu a Educaccedilatildeo Ambiental como um processo que

tem como objetivo a formaccedilatildeo de cidadatildeos cujos conhecimentos acerca do

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

middot Almanaque Abril 2000 nordm 020735070001-09 Novo Disc Brasil CD-ROM

middot Brasil Constituiccedilatildeo (1988) da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia

Senado Federal Subsecretaria de Ediccedilotildees Teacutecnicas 2002

middot BATALHA Ben-Hur Lutterback Glossaacuterio de Engenharia Ambiental Rio de

Janeiro 1987

middot BOUGUERRA Mohamed Larbi As Batalhas da Aacutegua ndash Por um bem comum

da humanidade Vozes Editora Petroacutepolis 2004

middot BRONZATI Cinthia Agentes Poluentes da Aacutegua

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

Coacuted=1778ampcodcarreira=30keywords=poluiccedilatildeo20dasaacuteguas

Acesso em 15 de Dezembro de 2004

middot CARVALHO Seacutergio Vilson Educaccedilatildeo Ambiental amp Desenvolvimento

Comunitaacuterio Wak editora 2002

middot CUSTOacuteDIO Helita Barreira A Questatildeo Constitucional Propriedade Ordem

Econocircmica e Dano Ambiental In Dano Ambiental Prevenccedilatildeo Reparaccedilatildeo e

Repressatildeo Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1933

middot DERANI Cristiane Direito Ambiental Econocircmico 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Editora Max Limonad 2001

middot DIAS Genebaldo Freire Educaccedilatildeo Ambiental ndash Princiacutepios e Praacuteticas 6ordf

ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

middot FREITAS Vladimir Passos de Aacuteguas ndash aspectos juriacutedicos e Ambientais 2ordf

ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

middot LOUREIRO Carlos Frederico B Trajetoacuteria e Fundamentos da Educaccedilatildeo

Ambiental Cortez editora 2004

middot MACHADO Paulo A L Direito Ambiental Brasileiro 6ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Malheiros Editores 1996

middot MARSILY Ghislain de A aacutegua Instituto Piaget

35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

Tribunais 2001

middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

Sextante 2003

middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

middot RAMOS Gabriel Abreu Poluiccedilatildeo

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

Coacuted=7173ampcodcarreira=30Keywords=poluiccedilatildeo20dasaacuteguas

Acesso em 18 de Marccedilo de 2005

middot RONDOcircNIA Secretaria de Estado e Planejamento Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

httpwwwrondoniarogovbrsecretariasepladdiag-20022420-

PoluiC3A7C3A3020HC3ADdricahtm

Acesso em 28 de abril de 2005

middot RONNEY Rafael Poluiccedilatildeo das Aacuteguas no Brasil

httpwwwzemolezacombrtrabalho-veraspcod=10950ampcodcarreira=

34keywords =poluiccedilatildeo20dasaacuteguas Acesso em 11 de maio de 2005

middot TEIXEIRA Wilson (Fabio Taioli e outros) Decifrando a Terra Oficina de

textos USP

middot httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

middot httpwwwambientebrasilcombr Acesso 12052005

middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

________________________________________________________________

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

30 ambiente biofiacutesico e seus problemas associados possam alertaacute-los e habilitaacute-los

a resolver seus problemas

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Mellowes (1972) define que Educaccedilatildeo Ambiental seria um processo no

qual deveria ocorrer o desenvolvimento progressivo de um senso de

preocupaccedilatildeo com o meio ambiente baseado em um completo e sensiacutevel

entendimento de relaccedilatildeo do homem com o meio

Fonte httpwwwdorvalmhpgigcombrgoverno_e_politica72index_int_3html

- Para Aziz Abrsquo Saber a ldquoEducaccedilatildeo Ambiental eacute um processo que envolve um

vigoroso esforccedilo de recuperaccedilatildeo de realidades e que garante um compromisso

com o futuro Uma accedilatildeo entre missionaacuteria utoacutepica destinada a reformular

comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanccedilados

Trata-se de um novo ideaacuterio comportamental tanto no acircmbito individual quanto

coletivordquo

Fonte httpeducarscuspbrbiologiaquadrinhosdefinicaojpg

Eacute importantiacutessimo fazermos uma reflexatildeo para que possamos consolidar uma

praacutetica educativa que desenvolva novos valores em relaccedilatildeo agrave forma como

vemos sentimos e vivemos onde a cidadania a inclusatildeo o respeito a

alteridade a convivecircncia harmocircnica e a toleracircncia sejam uma constante na

praacutetica educacional

O desenvolvimento de praacuteticas de educaccedilatildeo ambiental destaca-se como uma

estrateacutegia para a reversatildeo do processo de degradaccedilatildeo e para a conservaccedilatildeo e

utilizaccedilatildeo racional dos recursos naturais

A Constituiccedilatildeo Federal vigente consagra a promoccedilatildeo da ldquoeducaccedilatildeo ambiental

em todos os niacuteveis de ensino e a conscientizaccedilatildeo puacuteblica para a preservaccedilatildeo do

meiordquo (art 225 sect 1ordm VI)

A educaccedilatildeo ambiental eacute um processo permanente no qual os indiviacuteduos e a

Comunidade tomam consciecircncia do seu meio ambiente e adquirem

conhecimentos valores habilidades experiecircncias e determinaccedilatildeo que os tornem

aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

middot Almanaque Abril 2000 nordm 020735070001-09 Novo Disc Brasil CD-ROM

middot Brasil Constituiccedilatildeo (1988) da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia

Senado Federal Subsecretaria de Ediccedilotildees Teacutecnicas 2002

middot BATALHA Ben-Hur Lutterback Glossaacuterio de Engenharia Ambiental Rio de

Janeiro 1987

middot BOUGUERRA Mohamed Larbi As Batalhas da Aacutegua ndash Por um bem comum

da humanidade Vozes Editora Petroacutepolis 2004

middot BRONZATI Cinthia Agentes Poluentes da Aacutegua

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

Coacuted=1778ampcodcarreira=30keywords=poluiccedilatildeo20dasaacuteguas

Acesso em 15 de Dezembro de 2004

middot CARVALHO Seacutergio Vilson Educaccedilatildeo Ambiental amp Desenvolvimento

Comunitaacuterio Wak editora 2002

middot CUSTOacuteDIO Helita Barreira A Questatildeo Constitucional Propriedade Ordem

Econocircmica e Dano Ambiental In Dano Ambiental Prevenccedilatildeo Reparaccedilatildeo e

Repressatildeo Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1933

middot DERANI Cristiane Direito Ambiental Econocircmico 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Editora Max Limonad 2001

middot DIAS Genebaldo Freire Educaccedilatildeo Ambiental ndash Princiacutepios e Praacuteticas 6ordf

ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

middot FREITAS Vladimir Passos de Aacuteguas ndash aspectos juriacutedicos e Ambientais 2ordf

ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

middot LOUREIRO Carlos Frederico B Trajetoacuteria e Fundamentos da Educaccedilatildeo

Ambiental Cortez editora 2004

middot MACHADO Paulo A L Direito Ambiental Brasileiro 6ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Malheiros Editores 1996

middot MARSILY Ghislain de A aacutegua Instituto Piaget

35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

Tribunais 2001

middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

Sextante 2003

middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

middot RAMOS Gabriel Abreu Poluiccedilatildeo

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

Coacuted=7173ampcodcarreira=30Keywords=poluiccedilatildeo20dasaacuteguas

Acesso em 18 de Marccedilo de 2005

middot RONDOcircNIA Secretaria de Estado e Planejamento Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

httpwwwrondoniarogovbrsecretariasepladdiag-20022420-

PoluiC3A7C3A3020HC3ADdricahtm

Acesso em 28 de abril de 2005

middot RONNEY Rafael Poluiccedilatildeo das Aacuteguas no Brasil

httpwwwzemolezacombrtrabalho-veraspcod=10950ampcodcarreira=

34keywords =poluiccedilatildeo20dasaacuteguas Acesso em 11 de maio de 2005

middot TEIXEIRA Wilson (Fabio Taioli e outros) Decifrando a Terra Oficina de

textos USP

middot httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

middot httpwwwambientebrasilcombr Acesso 12052005

middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

31 Ela seraacute constantemente apontada como a uacutenica saiacuteda para a preservaccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo do planeta em que vivemos

Segundo a Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

ENVOLVERDE (2005)ndash O Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no

cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu

gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no

Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (2303) O texto reconhece a aacutegua como

estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a

implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse

recurso natural no Paiacutes (ANEXO 6)

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

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ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

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ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

middot LOUREIRO Carlos Frederico B Trajetoacuteria e Fundamentos da Educaccedilatildeo

Ambiental Cortez editora 2004

middot MACHADO Paulo A L Direito Ambiental Brasileiro 6ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Malheiros Editores 1996

middot MARSILY Ghislain de A aacutegua Instituto Piaget

35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

Tribunais 2001

middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

Sextante 2003

middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

middot RAMOS Gabriel Abreu Poluiccedilatildeo

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

Coacuted=7173ampcodcarreira=30Keywords=poluiccedilatildeo20dasaacuteguas

Acesso em 18 de Marccedilo de 2005

middot RONDOcircNIA Secretaria de Estado e Planejamento Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

httpwwwrondoniarogovbrsecretariasepladdiag-20022420-

PoluiC3A7C3A3020HC3ADdricahtm

Acesso em 28 de abril de 2005

middot RONNEY Rafael Poluiccedilatildeo das Aacuteguas no Brasil

httpwwwzemolezacombrtrabalho-veraspcod=10950ampcodcarreira=

34keywords =poluiccedilatildeo20dasaacuteguas Acesso em 11 de maio de 2005

middot TEIXEIRA Wilson (Fabio Taioli e outros) Decifrando a Terra Oficina de

textos USP

middot httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

middot httpwwwambientebrasilcombr Acesso 12052005

middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

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Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

32 CONCLUSAtildeO

Feito um estudo e anaacutelise geral sobre os aspectos efeitos e consequumlecircncias

que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar em primeiro plano que existem

diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo hiacutedrica aqui abordada tem sido

muito comentada e eacute causa de grande preocupaccedilatildeo da humanidade

Disposto nos itens e capiacutetulos anteriores em termos de recursos hiacutedricos

sabe-se que haacute mecanismos legais interessantes e modernos capazes de

diminuir a poluiccedilatildeo Poreacutem de nada valeratildeo se natildeo houver uma aplicaccedilatildeo

correta sendo importante nesse processo a conscientizaccedilatildeo de todos de que a

aacutegua principalmente a doce eacute o mais vulneraacutevel dos recursos naturais natildeo se

esquecendo que esse importantiacutessimo bem eacute renovaacutevel mas finito Finito porque

se a poluiccedilatildeo for por exemplo por material radioativo mercuacuterio ou chumbo

estaraacute comprometida a sua renovabilidade

Tambeacutem natildeo podemos esquecer que a aacutegua que hoje utilizamos eacute a mesma

de milhotildees de anos pois ela apenas muda seu estado em um ciclo eterno de

forma que natildeo podemos a contaminar sob pena de comprometer a nossa

proacutepria sobrevivecircncia

Aleacutem disso sem efetivas mudanccedilas comportamentais da sociedade moderna

e uma concreta aplicaccedilatildeo de diretrizes de proteccedilatildeo ambiental o sistema

aquaacutetico mundial experimentaraacute em poucas deacutecadas um verdadeiro colapso

ecoloacutegico rios e lagos passaratildeo a ser massas de aacutegua sem vida e os oceanos

imensos depoacutesitos de lixo e dejetos natildeo propiciando mais a condiccedilatildeo de vida agrave

proacutepria humanidade Uma frase do ilustre pensador indiano Mahatma Gandhi

sintetiza a ideacuteia geral do trabalho aqui exposto ldquoQue Deus jamais permita que a

Iacutendia adote a industrializaccedilatildeo agrave maneira do Ocidente A Inglaterra precisou de

metade dos recursos do planeta para alcanccedilar tal prosperidade De quantos

planetas um paiacutes grande como a Iacutendia iria precisarrdquo

Portanto eacute possiacutevel concluir que o objetivo do trabalho foi alcanccedilado de

maneira satisfatoacuteria pois depois de ter feito um estudo e anaacutelise sobre os

aspectos efeitos e consequumlecircncias que rodeiam a poluiccedilatildeo foi possiacutevel verificar

em primeiro plano que existem diversas formas de poluiccedilatildeo mas a poluiccedilatildeo

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

middot Almanaque Abril 2000 nordm 020735070001-09 Novo Disc Brasil CD-ROM

middot Brasil Constituiccedilatildeo (1988) da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia

Senado Federal Subsecretaria de Ediccedilotildees Teacutecnicas 2002

middot BATALHA Ben-Hur Lutterback Glossaacuterio de Engenharia Ambiental Rio de

Janeiro 1987

middot BOUGUERRA Mohamed Larbi As Batalhas da Aacutegua ndash Por um bem comum

da humanidade Vozes Editora Petroacutepolis 2004

middot BRONZATI Cinthia Agentes Poluentes da Aacutegua

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

Coacuted=1778ampcodcarreira=30keywords=poluiccedilatildeo20dasaacuteguas

Acesso em 15 de Dezembro de 2004

middot CARVALHO Seacutergio Vilson Educaccedilatildeo Ambiental amp Desenvolvimento

Comunitaacuterio Wak editora 2002

middot CUSTOacuteDIO Helita Barreira A Questatildeo Constitucional Propriedade Ordem

Econocircmica e Dano Ambiental In Dano Ambiental Prevenccedilatildeo Reparaccedilatildeo e

Repressatildeo Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1933

middot DERANI Cristiane Direito Ambiental Econocircmico 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Editora Max Limonad 2001

middot DIAS Genebaldo Freire Educaccedilatildeo Ambiental ndash Princiacutepios e Praacuteticas 6ordf

ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

middot FREITAS Vladimir Passos de Aacuteguas ndash aspectos juriacutedicos e Ambientais 2ordf

ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

middot LOUREIRO Carlos Frederico B Trajetoacuteria e Fundamentos da Educaccedilatildeo

Ambiental Cortez editora 2004

middot MACHADO Paulo A L Direito Ambiental Brasileiro 6ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Malheiros Editores 1996

middot MARSILY Ghislain de A aacutegua Instituto Piaget

35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

Tribunais 2001

middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

Sextante 2003

middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

middot RAMOS Gabriel Abreu Poluiccedilatildeo

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

Coacuted=7173ampcodcarreira=30Keywords=poluiccedilatildeo20dasaacuteguas

Acesso em 18 de Marccedilo de 2005

middot RONDOcircNIA Secretaria de Estado e Planejamento Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

httpwwwrondoniarogovbrsecretariasepladdiag-20022420-

PoluiC3A7C3A3020HC3ADdricahtm

Acesso em 28 de abril de 2005

middot RONNEY Rafael Poluiccedilatildeo das Aacuteguas no Brasil

httpwwwzemolezacombrtrabalho-veraspcod=10950ampcodcarreira=

34keywords =poluiccedilatildeo20dasaacuteguas Acesso em 11 de maio de 2005

middot TEIXEIRA Wilson (Fabio Taioli e outros) Decifrando a Terra Oficina de

textos USP

middot httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

middot httpwwwambientebrasilcombr Acesso 12052005

middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

33 hiacutedrica aqui abordada tem sido muito comentada e eacute a causa da grande

preocupaccedilatildeo da humanidade

34 BIBLIOGRAFIA

middot Almanaque Abril 2000 nordm 020735070001-09 Novo Disc Brasil CD-ROM

middot Brasil Constituiccedilatildeo (1988) da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia

Senado Federal Subsecretaria de Ediccedilotildees Teacutecnicas 2002

middot BATALHA Ben-Hur Lutterback Glossaacuterio de Engenharia Ambiental Rio de

Janeiro 1987

middot BOUGUERRA Mohamed Larbi As Batalhas da Aacutegua ndash Por um bem comum

da humanidade Vozes Editora Petroacutepolis 2004

middot BRONZATI Cinthia Agentes Poluentes da Aacutegua

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

Coacuted=1778ampcodcarreira=30keywords=poluiccedilatildeo20dasaacuteguas

Acesso em 15 de Dezembro de 2004

middot CARVALHO Seacutergio Vilson Educaccedilatildeo Ambiental amp Desenvolvimento

Comunitaacuterio Wak editora 2002

middot CUSTOacuteDIO Helita Barreira A Questatildeo Constitucional Propriedade Ordem

Econocircmica e Dano Ambiental In Dano Ambiental Prevenccedilatildeo Reparaccedilatildeo e

Repressatildeo Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1933

middot DERANI Cristiane Direito Ambiental Econocircmico 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Editora Max Limonad 2001

middot DIAS Genebaldo Freire Educaccedilatildeo Ambiental ndash Princiacutepios e Praacuteticas 6ordf

ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

middot FREITAS Vladimir Passos de Aacuteguas ndash aspectos juriacutedicos e Ambientais 2ordf

ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

middot LOUREIRO Carlos Frederico B Trajetoacuteria e Fundamentos da Educaccedilatildeo

Ambiental Cortez editora 2004

middot MACHADO Paulo A L Direito Ambiental Brasileiro 6ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Malheiros Editores 1996

middot MARSILY Ghislain de A aacutegua Instituto Piaget

35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

Tribunais 2001

middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

Sextante 2003

middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

middot RAMOS Gabriel Abreu Poluiccedilatildeo

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

Coacuted=7173ampcodcarreira=30Keywords=poluiccedilatildeo20dasaacuteguas

Acesso em 18 de Marccedilo de 2005

middot RONDOcircNIA Secretaria de Estado e Planejamento Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

httpwwwrondoniarogovbrsecretariasepladdiag-20022420-

PoluiC3A7C3A3020HC3ADdricahtm

Acesso em 28 de abril de 2005

middot RONNEY Rafael Poluiccedilatildeo das Aacuteguas no Brasil

httpwwwzemolezacombrtrabalho-veraspcod=10950ampcodcarreira=

34keywords =poluiccedilatildeo20dasaacuteguas Acesso em 11 de maio de 2005

middot TEIXEIRA Wilson (Fabio Taioli e outros) Decifrando a Terra Oficina de

textos USP

middot httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

middot httpwwwambientebrasilcombr Acesso 12052005

middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

34 BIBLIOGRAFIA

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middot Brasil Constituiccedilatildeo (1988) da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacutelia

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Janeiro 1987

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httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

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Comunitaacuterio Wak editora 2002

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Econocircmica e Dano Ambiental In Dano Ambiental Prevenccedilatildeo Reparaccedilatildeo e

Repressatildeo Satildeo Paulo Revista dos Tribunais 1933

middot DERANI Cristiane Direito Ambiental Econocircmico 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Editora Max Limonad 2001

middot DIAS Genebaldo Freire Educaccedilatildeo Ambiental ndash Princiacutepios e Praacuteticas 6ordf

ediccedilatildeo Gaia Editora 2000

middot FREITAS Vladimir Passos de Aacuteguas ndash aspectos juriacutedicos e Ambientais 2ordf

ediccedilatildeo Juruaacute Editora 2003

middot JUacuteNIOR Paulo Joseacute da Costa Direito Penal Ecoloacutegico 2ordf ediccedilatildeo Rio de

Janeiro Forense Universitaacuteria 1996

middot LOUREIRO Carlos Frederico B Trajetoacuteria e Fundamentos da Educaccedilatildeo

Ambiental Cortez editora 2004

middot MACHADO Paulo A L Direito Ambiental Brasileiro 6ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo

Malheiros Editores 1996

middot MARSILY Ghislain de A aacutegua Instituto Piaget

35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

Tribunais 2001

middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

Sextante 2003

middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

middot RAMOS Gabriel Abreu Poluiccedilatildeo

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

Coacuted=7173ampcodcarreira=30Keywords=poluiccedilatildeo20dasaacuteguas

Acesso em 18 de Marccedilo de 2005

middot RONDOcircNIA Secretaria de Estado e Planejamento Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

httpwwwrondoniarogovbrsecretariasepladdiag-20022420-

PoluiC3A7C3A3020HC3ADdricahtm

Acesso em 28 de abril de 2005

middot RONNEY Rafael Poluiccedilatildeo das Aacuteguas no Brasil

httpwwwzemolezacombrtrabalho-veraspcod=10950ampcodcarreira=

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middot TEIXEIRA Wilson (Fabio Taioli e outros) Decifrando a Terra Oficina de

textos USP

middot httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

middot httpwwwambientebrasilcombr Acesso 12052005

middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

35 middot MILAREacute Edis Direito Ambiental 2ordf ediccedilatildeo Satildeo Paulo Editora Revista dos

Tribunais 2001

middot MOUSINHO Patriacutecia Meio Ambiente no Seacuteculo 21 Rio de janeiro Editora

Sextante 2003

middot PETRELLA Ricardo O Manifesto da Aacutegua ndash Argumentos para um contrato

mundial 2ordf ediccedilatildeo Vozes Editora 2001

middot RAMOS Gabriel Abreu Poluiccedilatildeo

httpwwwzemolezacombrtrabalho_verasp

Coacuted=7173ampcodcarreira=30Keywords=poluiccedilatildeo20dasaacuteguas

Acesso em 18 de Marccedilo de 2005

middot RONDOcircNIA Secretaria de Estado e Planejamento Poluiccedilatildeo Hiacutedrica

httpwwwrondoniarogovbrsecretariasepladdiag-20022420-

PoluiC3A7C3A3020HC3ADdricahtm

Acesso em 28 de abril de 2005

middot RONNEY Rafael Poluiccedilatildeo das Aacuteguas no Brasil

httpwwwzemolezacombrtrabalho-veraspcod=10950ampcodcarreira=

34keywords =poluiccedilatildeo20dasaacuteguas Acesso em 11 de maio de 2005

middot TEIXEIRA Wilson (Fabio Taioli e outros) Decifrando a Terra Oficina de

textos USP

middot httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

middot httpwwwambientebrasilcombr Acesso 12052005

middot httpwwwenvolverdecombr Acesso 20052005

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

36 ANEXO 1

LEGISLACcedilAtildeO

Coacutedigo de Aacutegua

Foto 02

Coacutedigo de aacutegua estabelecido pelo Decreto Federal nordm 24643 de 10 de

julho de 1934 consubstancia a legislaccedilatildeo baacutesica brasileira de aacuteguas

Considerado avanccedilado pelos juristas haja vista a eacutepoca em que foi promulgado

necessita de atualizaccedilatildeo principalmente para ser ajustado agrave Constituiccedilatildeo

Federal de 1988 agrave Lei nordm 9433 de 08 de Janeiro de 1997 e de regulamentaccedilatildeo

de muitos de seus aspectos

O referido Coacutedigo assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente

de aacutegua para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as aacuteguas

puacuteblicas conformando-se com os regulamentos administrativos Impede a

derivaccedilatildeo das aacuteguas puacuteblicas para aplicaccedilatildeo na agricultura induacutestria e higiene

sem a existecircncia de concessatildeo no caso de utilidade puacuteblica e de autorizaccedilatildeo

nos outros casos em qualquer hipoacutetese daacute preferecircncia agrave derivaccedilatildeo para

abastecimento das populaccedilotildees

O Coacutedigo de aacuteguas estabelece que a concessatildeo ou a autorizaccedilatildeo deve ser

feita sem prejuiacutezo da navegaccedilatildeo salvo nos casos de uso para as primeiras

necessidades da vida ou previstos em lei especiais

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

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Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

37 Estabelece tambeacutem que a ningueacutem eacute liacutecito conspurcar ou contaminar as

aacuteguas que natildeo consome com prejuiacutezo a terceiros

Ressalta ainda que os trabalhos para a salubridade das aacuteguas seratildeo

realizadas agrave custa dos infratores que aleacutem da responsabilidade criminal se

houver responderatildeo pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes

forem impostas pelos regulamentos administrativos Tambeacutem esse dispositivo eacute

visto como precursor do princiacutepio usuaacuterio-pagador no que diz respeito ao uso

para assimilaccedilatildeo e transporte de poluentes Fonte Recursos Hiacutedricos no Brasil de abril de 1998

Legislaccedilatildeo Ambiental Relacionada agrave Qualidade das Aacuteguas

LEIS FEDERAIS

Lei nordm 5357 de 071267 Estabelece penalidades para embarcaccedilotildees e territoriais Mariacutetimas ou fluviais que lanccedilaram detritos ou oacuteleo em aacuteguas brasileiras

Lei nordm 4771 de 150965 Coacutedigo Florestal

Lei nordm 6938 de 310881 Dispotildee a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

Lei nordm 7661 de 160588 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

Lei nordm 9433 de 08 0197 Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

DECRETOS FEDERAIS

Decreto nordm 89336 de 310184 Dispotildee sobre as reservas Ecoloacutegicas e aacutereas de relevante Interesse Ecoloacutegico

Decreto nordm 99274 de 060690 Regulamenta a Lei nordm6938 sobre a Poliacutetica Nacional do Meio Ambiente

RESOLUCcedilOtildeES do CONAMA

Resoluccedilatildeo nordm 04 de 180985 Define Reservas Ecoloacutegicas

Resoluccedilatildeo nordm 20 de 180686 Classifica as aacuteguas segundo seus usos preponderantes

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 38: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

38 LEIS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Lei nordm 898 de 181275 Disciplina o uso do solo para a proteccedilatildeo dos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua e demais recursos hiacutedricos de interesse da Regiatildeo Metropolitana da Grande Satildeo Paulo Lei nordm 997 de 310576 Dispotildee sobre controle da poluiccedilatildeo do meio ambiente Lei nordm 1172 de 171176 Delimita as aacutereas de proteccedilatildeo relativas aos mananciais cursos e reservatoacuterios de aacutegua Lei nordm 6134 de 020688 Dispotildee sobre a preservaccedilatildeo dos depoacutesitos naturais de aacuteguas subterracircneos no Estado de Satildeo Paulo Lei nordm 7663 de 301291 Estabelece a Poliacutetica de Recursos Hiacutedricos Lei nordm 7750 de 310392 Dispotildee sobre a Poliacutetica de Saneamento Lei nordm 9509 de 200397 Dispotildee sobre a Poliacutetica Estadual do Meio Ambiente Lei nordm 9866 de 281197 Diretrizes e normas para proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo das Bacias hidrograacuteficas dos mananciais de interesse Regional do Estado de Satildeo Paulo DECRETOS ESTADUAIS - SAtildeO PAULO Decreto nordm 9714 de 190477 Aprova o Regulamento das Leis 89875 e 117276 Decreto nordm 10755 de 221177 Dispotildee sobre o enquadramento dos corpos de aacutegua receptores na classificaccedilatildeo prevista no Decreto 846876 Aleacutem do Coacutedigo de aacutegua e da Legislaccedilatildeo Ambiental segue abaixo relaccedilatildeo de algumas Leis Decretos e Resoluccedilatildeo Federais Decreto nordm 50877 de 29 de junho de 1961 Dispotildee sobre o lanccedilamento de resiacuteduos toacutexicos ou oleosos nas aacuteguas interiores ou litoracircneas do paiacutes e daacute outras providecircncias Lei nordm 5318 de 26 de setembro de 1967 Institui a Poliacutetica Nacional de Saneamento e cria o Conselho Nacional de Saneamento Decreto nordm 78171 de 2 de agosto de 1976 Dispotildee sobre o controle e fiscalizaccedilatildeo sanitaacuteria das aacuteguas minerais destinadas ao consumo humano httpwwwuniaguaorgbr Acesso 20052005

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 39: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

39 ANEXO 2

Fig 1 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela atividade industrial

Fig 2 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea pela deposiccedilatildeo incorreta de resiacuteduos soacutelidos e pelas perdas da rede de

esgoto

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 40: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

40

Fig 3 - Contaminaccedilatildeo da aacutegua subterracircnea em aacuterea agriacutecola provocada pela aplicaccedilatildeo de fertilizantes e agrotoacutexicos

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 41: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

41 ANEXO 3

Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos da Aacutegua (22 de marccedilo de 1992)

1 - A aacutegua faz parte do patrimocircnio do planeta Cada continente cada povo cada naccedilatildeo cada

regiatildeo cada cidade cada cidadatildeo eacute plenamente responsaacutevel aos olhos de todos

2 - A aacutegua eacute a seiva de nosso planeta Ela eacute condiccedilatildeo

essencial de vida de todo vegetal animal ou ser humano

Sem ela natildeo poderiacuteamos conceber como satildeo a atmosfera

o clima a vegetaccedilatildeo a cultura ou a agricultura

3 - Os recursos naturais de transformaccedilatildeo da aacutegua em

aacutegua potaacutevel satildeo lentos fraacutegeis e muito limitados Assim

sendo a aacutegua deve ser manipulada com racionalidade

precauccedilatildeo e parcimocircnia

4 - O equiliacutebrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservaccedilatildeo da aacutegua e de seus ciclos

Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da

vida sobre a Terra Este equiliacutebrio depende em particular da preservaccedilatildeo dos mares e oceanos

por onde os ciclos comeccedilam

5 - A aacutegua natildeo eacute somente heranccedila de nossos predecessores ela eacute sobretudo um empreacutestimo

aos nossos sucessores Sua proteccedilatildeo constitui uma necessidade vital assim como a obrigaccedilatildeo

moral do homem para com as geraccedilotildees presentes e futuras

6 - A aacutegua natildeo eacute uma doaccedilatildeo gratuita da natureza ela tem

um valor econocircmico precisa-se saber que ela eacute algumas

vezes rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear

em qualquer regiatildeo do mundo

7 - A aacutegua natildeo deve ser desperdiccedilada nem poluiacuteda nem

envenenada De maneira geral sua utilizaccedilatildeo deve ser feita

com consciecircncia e discernimento para que natildeo se chegue a

uma situaccedilatildeo de esgotamento ou de deterioraccedilatildeo da qualidade das reservas atualmente

disponiacuteveis

8 - A utilizaccedilatildeo da aacutegua implica em respeito agrave lei Sua proteccedilatildeo constitui uma obrigaccedilatildeo juriacutedica

para todo homem ou grupo social que a utiliza Esta questatildeo natildeo deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 42: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

42 9 - A gestatildeo da aacutegua impotildee um equiliacutebrio entre os imperativos de sua proteccedilatildeo e as

necessidades de ordem econocircmica sanitaacuteria e social

10 - O planejamento da gestatildeo da aacutegua deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razatildeo de sua distribuiccedilatildeo desigual sobre a Terra

Fonte ONU (Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas)

Fonte httpwwwambientebrasilcombragenda Acesso 12052005

NAtildeO ADIANTA SOacute QUERER Eacute NECESSAacuteRIO FAZER

PRESERVAR A AacuteGUA Eacute PRESERVAR A VIDA

AJUDE A FUTURA GERACcedilAtildeO A SOBREVIVER AJUDE A PRESERVAR O AZUL DO NOSSO PLANETA

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 43: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

43 ANEXO 4

Presidecircncia da Repuacuteblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juriacutedicos

LEI Nordm 9433 DE 8 DE JANEIRO DE 1997

Mensagem de veto

Institui a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos regulamenta o inciso XIX do art 21 da Constituiccedilatildeo Federal e altera o art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 que modificou a Lei nordm 7990 de 28 de dezembro de 1989

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

TIacuteTULO I

DA POLIacuteTICA NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

CAPIacuteTULO I

DOS FUNDAMENTOS

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades

CAPIacuteTULO II

DOS OBJETIVOS

Art 2ordm Satildeo objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - assegurar agrave atual e agraves futuras geraccedilotildees a necessaacuteria disponibilidade de aacutegua em padrotildees de qualidade adequados aos respectivos usos

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 44: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

44 II - a utilizaccedilatildeo racional e integrada dos recursos hiacutedricos incluindo o transporte aquaviaacuterio com vistas ao desenvolvimento sustentaacutevel

III - a prevenccedilatildeo e a defesa contra eventos hidroloacutegicos criacuteticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais

CAPIacuteTULO III

DAS DIRETRIZES GERAIS DE ACcedilAtildeO

Art 3ordm Constituem diretrizes gerais de accedilatildeo para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - a gestatildeo sistemaacutetica dos recursos hiacutedricos sem dissociaccedilatildeo dos aspectos de quantidade e qualidade

II - a adequaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos agraves diversidades fiacutesicas bioacuteticas demograacuteficas econocircmicas sociais e culturais das diversas regiotildees do Paiacutes

III - a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

IV - a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com o dos setores usuaacuterios e com os planejamentos regional estadual e nacional

V - a articulaccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a do uso do solo

VI - a integraccedilatildeo da gestatildeo das bacias hidrograacuteficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras

Art 4ordm A Uniatildeo articular-se-aacute com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos hiacutedricos de interesse comum

CAPIacuteTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

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Page 45: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

45 SECcedilAtildeO I

DOS PLANOS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 6ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e o gerenciamento dos recursos hiacutedricos

Art 7ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos satildeo planos de longo prazo com horizonte de planejamento compatiacutevel com o periacuteodo de implantaccedilatildeo de seus programas e projetos e teratildeo o seguinte conteuacutedo miacutenimo

I - diagnoacutestico da situaccedilatildeo atual dos recursos hiacutedricos

II - anaacutelise de alternativas de crescimento demograacutefico de evoluccedilatildeo de atividades produtivas e de modificaccedilotildees dos padrotildees de ocupaccedilatildeo do solo

III - balanccedilo entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hiacutedricos em quantidade e qualidade com identificaccedilatildeo de conflitos potenciais

IV - metas de racionalizaccedilatildeo de uso aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis

V - medidas a serem tomadas programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento das metas previstas

VI - (VETADO)

VII - (VETADO)

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos

IX - diretrizes e criteacuterios para a cobranccedila pelo uso dos recursos hiacutedricos

X - propostas para a criaccedilatildeo de aacutereas sujeitas a restriccedilatildeo de uso com vistas agrave proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 8ordm Os Planos de Recursos Hiacutedricos seratildeo elaborados por bacia hidrograacutefica por Estado e para o Paiacutes

SECcedilAtildeO II

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE AacuteGUA EM CLASSES SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES DA AacuteGUA

Art 9ordm O enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua visa a

I - assegurar agraves aacuteguas qualidade compatiacutevel com os usos mais exigentes a que forem destinadas

II - diminuir os custos de combate agrave poluiccedilatildeo das aacuteguas mediante accedilotildees preventivas permanentes

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

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Page 46: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

46 Art 10 As classes de corpos de aacutegua seratildeo estabelecidas pela legislaccedilatildeo ambiental

SECcedilAtildeO III

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 11 O regime de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da aacutegua e o efetivo exerciacutecio dos direitos de acesso agrave aacutegua

Art 12 Estatildeo sujeitos a outorga pelo Poder Puacuteblico os direitos dos seguintes usos de recursos hiacutedricos

I - derivaccedilatildeo ou captaccedilatildeo de parcela da aacutegua existente em um corpo de aacutegua para consumo final inclusive abastecimento puacuteblico ou insumo de processo produtivo

II - extraccedilatildeo de aacutegua de aquumliacutefero subterracircneo para consumo final ou insumo de processo produtivo

III - lanccedilamento em corpo de aacutegua de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos tratados ou natildeo com o fim de sua diluiccedilatildeo transporte ou disposiccedilatildeo final

IV - aproveitamento dos potenciais hidreleacutetricos

V - outros usos que alterem o regime a quantidade ou a qualidade da aacutegua existente em um corpo de aacutegua

sect 1ordm Independem de outorga pelo Poder Puacuteblico conforme definido em regulamento

I - o uso de recursos hiacutedricos para a satisfaccedilatildeo das necessidades de pequenos nuacutecleos populacionais distribuiacutedos no meio rural

II - as derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos considerados insignificantes

III - as acumulaccedilotildees de volumes de aacutegua consideradas insignificantes

sect 2ordm A outorga e a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica estaraacute subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art 35 desta Lei obedecida a disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 13 Toda outorga estaraacute condicionada agraves prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Recursos Hiacutedricos e deveraacute respeitar a classe em que o corpo de aacutegua estiver enquadrado e a manutenccedilatildeo de condiccedilotildees adequadas ao transporte aquaviaacuterio quando for o caso

Paraacutegrafo uacutenico A outorga de uso dos recursos hiacutedricos deveraacute preservar o uso muacuteltiplo destes

Art 14 A outorga efetivar-se-aacute por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal dos Estados ou do Distrito Federal

sect 1ordm O Poder Executivo Federal poderaacute delegar aos Estados e ao Distrito Federal competecircncia para conceder outorga de direito de uso de recurso hiacutedrico de domiacutenio da Uniatildeo

sect 2ordm (VETADO)

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 47: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

47 Art 15 A outorga de direito de uso de recursos hiacutedricos poderaacute ser suspensa parcial ou totalmente em definitivo ou por prazo determinado nas seguintes circunstacircncias

I - natildeo cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga

II - ausecircncia de uso por trecircs anos consecutivos

III - necessidade premente de aacutegua para atender a situaccedilotildees de calamidade inclusive as decorrentes de condiccedilotildees climaacuteticas adversas

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradaccedilatildeo ambiental

V - necessidade de se atender a usos prioritaacuterios de interesse coletivo para os quais natildeo se disponha de fontes alternativas

VI - necessidade de serem mantidas as caracteriacutesticas de navegabilidade do corpo de aacutegua

Art 16 Toda outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos far-se-aacute por prazo natildeo excedente a trinta e cinco anos renovaacutevel

Art 17 (VETADO)

Art 18 A outorga natildeo implica a alienaccedilatildeo parcial das aacuteguas que satildeo inalienaacuteveis mas o simples direito de seu uso

SECcedilAtildeO IV

DA COBRANCcedilA DO USO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 19 A cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos objetiva

I - reconhecer a aacutegua como bem econocircmico e dar ao usuaacuterio uma indicaccedilatildeo de seu real valor

II - incentivar a racionalizaccedilatildeo do uso da aacutegua

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenccedilotildees contemplados nos planos de recursos hiacutedricos

Art 20 Seratildeo cobrados os usos de recursos hiacutedricos sujeitos a outorga nos termos do art 12 desta Lei

Paraacutegrafo uacutenico (VETADO)

Art 21 Na fixaccedilatildeo dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hiacutedricos devem ser observados dentre outros

I - nas derivaccedilotildees captaccedilotildees e extraccedilotildees de aacutegua o volume retirado e seu regime de variaccedilatildeo

II - nos lanccedilamentos de esgotos e demais resiacuteduos liacutequidos ou gasosos o volume lanccedilado e seu regime de variaccedilatildeo e as caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e de toxidade do afluente

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

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Page 48: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

48 Art 22 Os valores arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos seratildeo aplicados prioritariamente na bacia hidrograacutefica em que foram gerados e seratildeo utilizados

I - no financiamento de estudos programas projetos e obras incluiacutedos nos Planos de Recursos Hiacutedricos

II - no pagamento de despesas de implantaccedilatildeo e custeio administrativo dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

sect 1ordm A aplicaccedilatildeo nas despesas previstas no inciso II deste artigo eacute limitada a sete e meio por cento do total arrecadado

sect 2ordm Os valores previstos no caput deste artigo poderatildeo ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem de modo considerado beneacutefico agrave coletividade a qualidade a quantidade e o regime de vazatildeo de um corpo de aacutegua

sect 3ordm (VETADO)

Art 23 (VETADO)

SECcedilAtildeO V

DA COMPENSACcedilAtildeO A MUNICIacutePIOS

Art 24 (VETADO)

SECcedilAtildeO VI

DO SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES SOBRE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 25 O Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos eacute um sistema de coleta tratamento armazenamento e recuperaccedilatildeo de informaccedilotildees sobre recursos hiacutedricos e fatores intervenientes em sua gestatildeo

Paraacutegrafo uacutenico Os dados gerados pelos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos seratildeo incorporados ao Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

Art 26 Satildeo princiacutepios baacutesicos para o funcionamento do Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - descentralizaccedilatildeo da obtenccedilatildeo e produccedilatildeo de dados e informaccedilotildees

II - coordenaccedilatildeo unificada do sistema

III - acesso aos dados e informaccedilotildees garantido agrave toda a sociedade

Art 27 Satildeo objetivos do Sistema Nacional de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos

I - reunir dar consistecircncia e divulgar os dados e informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo qualitativa e quantitativa dos recursos hiacutedricos no Brasil

II - atualizar permanentemente as informaccedilotildees sobre disponibilidade e demanda de recursos hiacutedricos em todo o territoacuterio nacional

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 49: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

49 III - fornecer subsiacutedios para a elaboraccedilatildeo dos Planos de Recursos Hiacutedricos

CAPIacuteTULO V

DO RATEIO DE CUSTOS DAS OBRAS DE USO MUacuteLTIPLO DE INTERESSE COMUM OU COLETIVO

Art 28 (VETADO)

CAPIacuteTULO VI

DA ACcedilAtildeO DO PODER PUacuteBLICO

Art 29 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos compete ao Poder Executivo Federal

I - tomar as providecircncias necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

II - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os usos na sua esfera de competecircncia

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito nacional

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Paraacutegrafo uacutenico O Poder Executivo Federal indicaraacute por decreto a autoridade responsaacutevel pela efetivaccedilatildeo de outorgas de direito de uso dos recursos hiacutedricos sob domiacutenio da Uniatildeo

Art 30 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito Federal na sua esfera de competecircncia

I - outorgar os direitos de uso de recursos hiacutedricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos

II - realizar o controle teacutecnico das obras de oferta hiacutedrica

III - implantar e gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em acircmbito estadual e do Distrito Federal

IV - promover a integraccedilatildeo da gestatildeo de recursos hiacutedricos com a gestatildeo ambiental

Art 31 Na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municiacutepios promoveratildeo a integraccedilatildeo das poliacuteticas locais de saneamento baacutesico de uso ocupaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do solo e de meio ambiente com as poliacuteticas federal e estaduais de recursos hiacutedricos

TIacuteTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HIacuteDRICOS

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 50: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

50 CAPIacuteTULO I

DOS OBJETIVOS E DA COMPOSICcedilAtildeO

Art 32 Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos com os seguintes objetivos

I - coordenar a gestatildeo integrada das aacuteguas

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hiacutedricos

III - implementar a Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

IV - planejar regular e controlar o uso a preservaccedilatildeo e a recuperaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

V - promover a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

Art 33 Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash o Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I-A ndash a Agecircncia Nacional de Aacuteguas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash os Conselhos de Recursos Hiacutedricos dos Estados e do Distrito Federal (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash os oacutergatildeos dos poderes puacuteblicos federal estaduais do Distrito Federal e municipais cujas competecircncias se relacionem com a gestatildeo de recursos hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash as Agecircncias de Aacutegua (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

CAPIacuteTULO II

DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 34 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos eacute composto por

I - representantes dos Ministeacuterios e Secretarias da Presidecircncia da Repuacuteblica com atuaccedilatildeo no gerenciamento ou no uso de recursos hiacutedricos

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - representantes dos usuaacuterios dos recursos hiacutedricos

IV - representantes das organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

Paraacutegrafo uacutenico O nuacutemero de representantes do Poder Executivo Federal natildeo poderaacute exceder agrave metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

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Page 51: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

51 Art 35 Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - promover a articulaccedilatildeo do planejamento de recursos hiacutedricos com os planejamentos nacional regional estaduais e dos setores usuaacuterios

II - arbitrar em uacuteltima instacircncia administrativa os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hiacutedricos cujas repercussotildees extrapolem o acircmbito dos Estados em que seratildeo implantados

IV - deliberar sobre as questotildees que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos ou pelos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

V - analisar propostas de alteraccedilatildeo da legislaccedilatildeo pertinente a recursos hiacutedricos e agrave Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos aplicaccedilatildeo de seus instrumentos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VII - aprovar propostas de instituiccedilatildeo dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica e estabelecer criteacuterios gerais para a elaboraccedilatildeo de seus regimentos

VIII - (VETADO)

IX ndash acompanhar a execuccedilatildeo e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos e determinar as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

X - estabelecer criteacuterios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos e para a cobranccedila por seu uso

Art 36 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute gerido por

I - um Presidente que seraacute o Ministro titular do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

II - um Secretaacuterio Executivo que seraacute o titular do oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

CAPIacuteTULO III

DOS COMITEcircS DE BACIA HIDROGRAacuteFICA

Art 37 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica teratildeo como aacuterea de atuaccedilatildeo

I - a totalidade de uma bacia hidrograacutefica

II - sub-bacia hidrograacutefica de tributaacuterio do curso de aacutegua principal da bacia ou de tributaacuterio desse tributaacuterio ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrograacuteficas contiacuteguas

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

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Page 52: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

52 Paraacutegrafo uacutenico A instituiccedilatildeo de Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica em rios de domiacutenio da Uniatildeo seraacute efetivada por ato do Presidente da Repuacuteblica

Art 38 Compete aos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - promover o debate das questotildees relacionadas a recursos hiacutedricos e articular a atuaccedilatildeo das entidades intervenientes

II - arbitrar em primeira instacircncia administrativa os conflitos relacionados aos recursos hiacutedricos

III - aprovar o Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia

IV - acompanhar a execuccedilatildeo do Plano de Recursos Hiacutedricos da bacia e sugerir as providecircncias necessaacuterias ao cumprimento de suas metas

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos as acumulaccedilotildees derivaccedilotildees captaccedilotildees e lanccedilamentos de pouca expressatildeo para efeito de isenccedilatildeo da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hiacutedricos de acordo com os domiacutenios destes

VI - estabelecer os mecanismos de cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos e sugerir os valores a serem cobrados

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer criteacuterios e promover o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

Paraacutegrafo uacutenico Das decisotildees dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica caberaacute recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com sua esfera de competecircncia

Art 39 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica satildeo compostos por representantes

I - da Uniatildeo

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territoacuterios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas aacutereas de atuaccedilatildeo

III - dos Municiacutepios situados no todo ou em parte em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

IV - dos usuaacuterios das aacuteguas de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

V - das entidades civis de recursos hiacutedricos com atuaccedilatildeo comprovada na bacia

sect 1ordm O nuacutemero de representantes de cada setor mencionado neste artigo bem como os criteacuterios para sua indicaccedilatildeo seratildeo estabelecidos nos regimentos dos comitecircs limitada a representaccedilatildeo dos poderes executivos da Uniatildeo Estados Distrito Federal e Municiacutepios agrave metade do total de membros

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 53: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

53 sect 2ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias de rios fronteiriccedilos e transfronteiriccedilos de gestatildeo compartilhada a representaccedilatildeo da Uniatildeo deveraacute incluir um representante do Ministeacuterio das Relaccedilotildees Exteriores

sect 3ordm Nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica de bacias cujos territoacuterios abranjam terras indiacutegenas devem ser incluiacutedos representantes

I - da Fundaccedilatildeo Nacional do Iacutendio - FUNAI como parte da representaccedilatildeo da Uniatildeo

II - das comunidades indiacutegenas ali residentes ou com interesses na bacia

sect 4ordm A participaccedilatildeo da Uniatildeo nos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica com aacuterea de atuaccedilatildeo restrita a bacias de rios sob domiacutenio estadual dar-se-aacute na forma estabelecida nos respectivos regimentos

Art 40 Os Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica seratildeo dirigidos por um Presidente e um Secretaacuterio eleitos dentre seus membros

CAPIacuteTULO IV

DAS AGEcircNCIAS DE AacuteGUA

Art 41 As Agecircncias de Aacutegua exerceratildeo a funccedilatildeo de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 42 As Agecircncias de Aacutegua teratildeo a mesma aacuterea de atuaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Paraacutegrafo uacutenico A criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua seraacute autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos mediante solicitaccedilatildeo de um ou mais Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

Art 43 A criaccedilatildeo de uma Agecircncia de Aacutegua eacute condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos

I - preacutevia existecircncia do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

II - viabilidade financeira assegurada pela cobranccedila do uso dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

Art 44 Compete agraves Agecircncias de Aacutegua no acircmbito de sua aacuterea de atuaccedilatildeo

I - manter balanccedilo atualizado da disponibilidade de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

II - manter o cadastro de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - efetuar mediante delegaccedilatildeo do outorgante a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobranccedila pelo uso de Recursos Hiacutedricos e encaminhaacute-los agrave instituiccedilatildeo financeira responsaacutevel pela administraccedilatildeo desses recursos

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 54: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

54 V - acompanhar a administraccedilatildeo financeira dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VI - gerir o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

VII - celebrar convecircnios e contratar financiamentos e serviccedilos para a execuccedilatildeo de suas competecircncias

VIII - elaborar a sua proposta orccedilamentaacuteria e submetecirc-la agrave apreciaccedilatildeo do respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

IX - promover os estudos necessaacuterios para a gestatildeo dos recursos hiacutedricos em sua aacuterea de atuaccedilatildeo

X - elaborar o Plano de Recursos Hiacutedricos para apreciaccedilatildeo do respectivo Comitecirc de Bacia Hidrograacutefica

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica

a) o enquadramento dos corpos de aacutegua nas classes de uso para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de acordo com o domiacutenio destes

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hiacutedricos

c) o plano de aplicaccedilatildeo dos recursos arrecadados com a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

d) o rateio de custo das obras de uso muacuteltiplo de interesse comum ou coletivo

CAPIacuteTULO V

DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 45 A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos seraacute exercida pelo oacutergatildeo integrante da estrutura do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal responsaacutevel pela gestatildeo dos recursos hiacutedricos

Art 46 Compete agrave Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

I ndash prestar apoio administrativo teacutecnico e financeiro ao Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

II ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

III ndash instruir os expedientes provenientes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos e dos Comitecircs de Bacia Hidrograacutefica (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

IV ndash revogado (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

V ndash elaborar seu programa de trabalho e respectiva proposta orccedilamentaacuteria anual e submetecirc-los agrave aprovaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos (Redaccedilatildeo dada pela Lei 9984 de 2000)

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 55: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

55 CAPIacuteTULO VI

DAS ORGANIZACcedilOtildeES CIVIS DE RECURSOS HIacuteDRICOS

Art 47 Satildeo consideradas para os efeitos desta Lei organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos

I - consoacutercios e associaccedilotildees intermunicipais de bacias hidrograacuteficas

II - associaccedilotildees regionais locais ou setoriais de usuaacuterios de recursos hiacutedricos

III - organizaccedilotildees teacutecnicas e de ensino e pesquisa com interesse na aacuterea de recursos hiacutedricos

IV - organizaccedilotildees natildeo-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade

V - outras organizaccedilotildees reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos

Art 48 Para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hiacutedricos as organizaccedilotildees civis de recursos hiacutedricos devem ser legalmente constituiacutedas

TIacuteTULO III

DAS INFRACcedilOtildeES E PENALIDADES

Art 49 Constitui infraccedilatildeo das normas de utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos

I - derivar ou utilizar recursos hiacutedricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso

II - iniciar a implantaccedilatildeo ou implantar empreendimento relacionado com a derivaccedilatildeo ou a utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos superficiais ou subterracircneos que implique alteraccedilotildees no regime quantidade ou qualidade dos mesmos sem autorizaccedilatildeo dos oacutergatildeos ou entidades competentes

III - (VETADO)

IV - utilizar-se dos recursos hiacutedricos ou executar obras ou serviccedilos relacionados com os mesmos em desacordo com as condiccedilotildees estabelecidas na outorga

V - perfurar poccedilos para extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea ou operaacute-los sem a devida autorizaccedilatildeo

VI - fraudar as mediccedilotildees dos volumes de aacutegua utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos

VII - infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos compreendendo instruccedilotildees e procedimentos fixados pelos oacutergatildeos ou entidades competentes

VIII - obstar ou dificultar a accedilatildeo fiscalizadora das autoridades competentes no exerciacutecio de suas funccedilotildees

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 56: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

56 Art 50 Por infraccedilatildeo de qualquer disposiccedilatildeo legal ou regulamentar referentes agrave execuccedilatildeo de obras e serviccedilos hidraacuteulicos derivaccedilatildeo ou utilizaccedilatildeo de recursos hiacutedricos de domiacutenio ou administraccedilatildeo da Uniatildeo ou pelo natildeo atendimento das solicitaccedilotildees feitas o infrator a criteacuterio da autoridade competente ficaraacute sujeito agraves seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumeraccedilatildeo

I - advertecircncia por escrito na qual seratildeo estabelecidos prazos para correccedilatildeo das irregularidades

II - multa simples ou diaacuteria proporcional agrave gravidade da infraccedilatildeo de R$ 10000 (cem reais) a R$ 1000000 (dez mil reais)

III - embargo provisoacuterio por prazo determinado para execuccedilatildeo de serviccedilos e obras necessaacuterias ao efetivo cumprimento das condiccedilotildees de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso controle conservaccedilatildeo e proteccedilatildeo dos recursos hiacutedricos

IV - embargo definitivo com revogaccedilatildeo da outorga se for o caso para repor incontinenti no seu antigo estado os recursos hiacutedricos leitos e margens nos termos dos arts 58 e 59 do Coacutedigo de Aacuteguas ou tamponar os poccedilos de extraccedilatildeo de aacutegua subterracircnea

sect 1ordm Sempre que da infraccedilatildeo cometida resultar prejuiacutezo a serviccedilo puacuteblico de abastecimento de aacutegua riscos agrave sauacutede ou agrave vida perecimento de bens ou animais ou prejuiacutezos de qualquer natureza a terceiros a multa a ser aplicada nunca seraacute inferior agrave metade do valor maacuteximo cominado em abstrato

sect 2ordm No caso dos incisos III e IV independentemente da pena de multa seratildeo cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administraccedilatildeo para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos na forma dos arts 36 53 56 e 58 do Coacutedigo de Aacuteguas sem prejuiacutezo de responder pela indenizaccedilatildeo dos danos a que der causa

sect 3ordm Da aplicaccedilatildeo das sanccedilotildees previstas neste tiacutetulo caberaacute recurso agrave autoridade administrativa competente nos termos do regulamento

sect 4ordm Em caso de reincidecircncia a multa seraacute aplicada em dobro

TIacuteTULO IV

DAS DISPOSICcedilOtildeES GERAIS E TRANSITOacuteRIAS

Art 51 O Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos e os Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos poderatildeo delegar a organizaccedilotildees sem fins lucrativos relacionadas no art 47 desta Lei por prazo determinado o exerciacutecio de funccedilotildees de competecircncia das Agecircncias de Aacutegua enquanto esses organismos natildeo estiverem constituiacutedos (Redaccedilatildeo dada pela Lei nordm 10881 de 2004)

Art 52 Enquanto natildeo estiver aprovado e regulamentado o Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos a utilizaccedilatildeo dos potenciais hidraacuteulicos para fins de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica continuaraacute subordinada agrave disciplina da legislaccedilatildeo setorial especiacutefica

Art 53 O Poder Executivo no prazo de cento e vinte dias a partir da publicaccedilatildeo desta Lei encaminharaacute ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre a criaccedilatildeo das Agecircncias de Aacutegua

Art 54 O art 1ordm da Lei nordm 8001 de 13 de marccedilo de 1990 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 57: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

57 Art 1ordm

III - quatro inteiros e quatro deacutecimos por cento agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal

IV - trecircs inteiros e seis deacutecimos por cento ao Departamento Nacional de Aacuteguas e Energia Eleacutetrica - DNAEE do Ministeacuterio de Minas e Energia

V - dois por cento ao Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia

sect 4ordm A cota destinada agrave Secretaria de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente dos Recursos Hiacutedricos e da Amazocircnia Legal seraacute empregada na implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos e na gestatildeo da rede hidrometeoroloacutegica nacional

sect 5ordm A cota destinada ao DNAEE seraacute empregada na operaccedilatildeo e expansatildeo de sua rede hidrometeoroloacutegica no estudo dos recursos hiacutedricos e em serviccedilos relacionados ao aproveitamento da energia hidraacuteulica

Paraacutegrafo uacutenico Os novos percentuais definidos no caput deste artigo entraratildeo em vigor no prazo de cento e oitenta dias contados a partir da data de publicaccedilatildeo desta Lei

Art 55 O Poder Executivo Federal regulamentaraacute esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicaccedilatildeo

Art 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

Art 57 Revogam-se as disposiccedilotildees em contraacuterio

Brasiacutelia 8 de janeiro de 1997 176ordm da Independecircncia e 109ordm da Repuacuteblica

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Gustavo Krause

Este texto natildeo substitui o publicado no DOU de 911997

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 58: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

58 ANEXO 5

Lei n 9795 de 27 de abril de 1999

Dispotildee sobre a educaccedilatildeo ambiental institui a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental e daacute outras providecircncias

O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA

Faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPIacuteTULO I DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 1ordm Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental os processos por meio dos quais o indiviacuteduo e a coletividade constroem valores sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo do meio ambiente bem de uso comum do povo essencial agrave sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade Art 2ordm A educaccedilatildeo ambiental eacute um componente essencial e permanente da educaccedilatildeo nacional devendo estar presente de forma articulada em todos os niacuteveis e modalidades do processo educativo em caraacuteter formal e natildeo-formal Art 3ordm Como parte do processo educativo mais amplo todos tecircm direito agrave educaccedilatildeo ambiental incumbindo I - ao Poder Puacuteblico nos termos dos arts 205 e 225 da Constituiccedilatildeo Federal definir poliacuteticas puacuteblicas que incorporem a dimensatildeo ambiental promover a educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente II - agraves instituiccedilotildees educativas promover a educaccedilatildeo ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem III - aos oacutergatildeos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama promover accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental integradas aos programas de conservaccedilatildeo recuperaccedilatildeo e melhoria do meio ambiente IV - aos meios de comunicaccedilatildeo de massa colaborar de maneira ativa e permanente na disseminaccedilatildeo de informaccedilotildees e praacuteticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensatildeo ambiental em sua programaccedilatildeo V - agraves empresas entidades de classe instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas promover programas destinados agrave capacitaccedilatildeo dos trabalhadores visando agrave melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho bem como sobre as repercussotildees do processo produtivo no meio ambiente VI - agrave sociedade como um todo manter atenccedilatildeo permanente agrave formaccedilatildeo de valores atitudes e habilidades que propiciem a atuaccedilatildeo individual e coletiva voltada para a prevenccedilatildeo a identificaccedilatildeo e a soluccedilatildeo de problemas ambientais Art 4ordm Satildeo princiacutepios baacutesicos da educaccedilatildeo ambiental I - o enfoque humanista holiacutestico democraacutetico e participativo

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 59: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

59 II - a concepccedilatildeo do meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependecircncia entre o meio natural o soacutecio-econocircmico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade III - o pluralismo de ideacuteias e concepccedilotildees pedagoacutegicas na perspectiva da inter multi e transdisciplinaridade IV - a vinculaccedilatildeo entre a eacutetica a educaccedilatildeo o trabalho e as praacuteticas sociais V - a garantia de continuidade e permanecircncia do processo educativo VI - a permanente avaliaccedilatildeo criacutetica do processo educativo VII - a abordagem articulada das questotildees ambientais locais regionais nacionais e globais VIII - o reconhecimento e o respeito agrave pluralidade e agrave diversidade individual e cultural Art 5ordm Satildeo objetivos fundamentais da educaccedilatildeo ambiental I - o desenvolvimento de uma compreensatildeo integrada do meio ambiente em suas muacuteltiplas e complexas relaccedilotildees envolvendo aspectos ecoloacutegicos psicoloacutegicos legais poliacuteticos sociais econocircmicos cientiacuteficos culturais e eacuteticos II - a garantia de democratizaccedilatildeo das informaccedilotildees ambientais III - o estiacutemulo e o fortalecimento de uma consciecircncia criacutetica sobre a problemaacutetica ambiental e social IV - o incentivo agrave participaccedilatildeo individual e coletiva permanente e responsaacutevel na preservaccedilatildeo do equiliacutebrio do meio ambiente entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparaacutevel do exerciacutecio da cidadania V - o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo entre as diversas regiotildees do Paiacutes em niacuteveis micro e macrorregionais com vistas agrave construccedilatildeo de uma sociedade ambientalmente equilibrada fundada nos princiacutepios da liberdade igualdade solidariedade democracia justiccedila social responsabilidade e sustentabilidade VI - o fomento e o fortalecimento da integraccedilatildeo com a ciecircncia e a tecnologia VII - o fortalecimento da cidadania autodeterminaccedilatildeo dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade CAPIacuteTULO II DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Seccedilatildeo I Disposiccedilotildees Gerais Art 6ordm eacute instituiacuteda a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 7ordm A Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental envolve em sua esfera de accedilatildeo aleacutem dos oacutergatildeos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama instituiccedilotildees educacionais puacuteblicas e privadas dos sistemas de ensino os oacutergatildeos puacuteblicos da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios e organizaccedilotildees natildeo-governamentais com atuaccedilatildeo em educaccedilatildeo ambiental Art 8ordm As atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental devem ser desenvolvidas na educaccedilatildeo em geral e na educaccedilatildeo escolar por meio das seguintes linhas de atuaccedilatildeo inter-relacionadas I - capacitaccedilatildeo de recursos humanos II - desenvolvimento de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees III - produccedilatildeo e divulgaccedilatildeo de material educativo IV - acompanhamento e avaliaccedilatildeo

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

Page 60: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

60 sect 1ordm Nas atividades vinculadas agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental seratildeo respeitados os princiacutepios e objetivos fixados por esta Lei sect 2ordm A capacitaccedilatildeo de recursos humanos voltar-se-aacute para I - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos educadores de todos os niacuteveis e modalidades de ensino II - a incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental na formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais de todas as aacutereas III - a preparaccedilatildeo de profissionais orientados para as atividades de gestatildeo ambiental IV - a formaccedilatildeo especializaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo de profissionais na aacuterea de meio ambiente V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito agrave problemaacutetica ambiental sect 3ordm As accedilotildees de estudos pesquisas e experimentaccedilotildees voltar-se-atildeo para I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave incorporaccedilatildeo da dimensatildeo ambiental de forma interdisciplinar nos diferentes niacuteveis e modalidades de ensino II - a difusatildeo de conhecimentos tecnologias e informaccedilotildees sobre a questatildeo ambiental III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando agrave participaccedilatildeo dos interessados na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de pesquisas relacionadas agrave problemaacutetica ambiental IV - a busca de alternativas curriculares e metodoloacutegicas de capacitaccedilatildeo na aacuterea ambiental V - o apoio a iniciativas e experiecircncias locais e regionais incluindo a produccedilatildeo de material educativo VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio agraves accedilotildees enumeradas nos incisos I a V Seccedilatildeo II Da Educaccedilatildeo Ambiental no Ensino Formal Art 9ordm Entende-se por educaccedilatildeo ambiental na educaccedilatildeo escolar a desenvolvida no acircmbito dos curriacuteculos das instituiccedilotildees de ensino puacuteblicas e privadas englobando I - educaccedilatildeo baacutesica a) educaccedilatildeo infantil b) ensino fundamental e c) ensino meacutedio II - educaccedilatildeo superior III - educaccedilatildeo especial IV - educaccedilatildeo profissional V - educaccedilatildeo de jovens e adultos Art 10 A educaccedilatildeo ambiental seraacute desenvolvida como uma praacutetica educativa integrada contiacutenua e permanente em todos os niacuteveis e modalidades do ensino formal sect 1ordm A educaccedilatildeo ambiental natildeo deve ser implantada como disciplina especiacutefica no curriacuteculo de ensino sect 2ordm Nos cursos de poacutes-graduaccedilatildeo extensatildeo e nas aacutereas voltadas ao aspecto metodoloacutegico da educaccedilatildeo ambiental quando se fizer necessaacuterio eacute facultada a criaccedilatildeo de disciplina especiacutefica sect 3ordm Nos cursos de formaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teacutecnico-profissional em todos os niacuteveis deve ser incorporado conteuacutedo que trate da eacutetica ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

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ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

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Page 61: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … DE LOURDES RIBEIRO SIQUEIRA.pdf · Lei Nº 9.605/98 3.4. Lei Nº 9.433/97 3.5. LEI Nº 9.795/99 CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS . 9

61 Art 11 A dimensatildeo ambiental deve constar dos curriacuteculos de formaccedilatildeo de professores em todos os niacuteveis e em todas as disciplinas Paraacutegrafo uacutenico Os professores em atividade devem receber formaccedilatildeo complementar em suas aacutereas de atuaccedilatildeo com o propoacutesito de atender adequadamente ao cumprimento dos princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental Art 12 A autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do funcionamento de instituiccedilotildees de ensino e de seus cursos nas redes puacuteblica e privada observaratildeo o cumprimento do disposto nos arts 10 e 11 desta Lei Seccedilatildeo III Da Educaccedilatildeo Ambiental Natildeo-Formal Art 13 Entendem-se por educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal as accedilotildees e praacuteticas educativas voltadas agrave sensibilizaccedilatildeo da coletividade sobre as questotildees ambientais e agrave sua organizaccedilatildeo e participaccedilatildeo na defesa da qualidade do meio ambiente Paraacutegrafo uacutenico O Poder Puacuteblico em niacuteveis federal estadual e municipal incentivaraacute I - a difusatildeo por intermeacutedio dos meios de comunicaccedilatildeo de massa em espaccedilos nobres de programas e campanhas educativas e de informaccedilotildees acerca de temas relacionados ao meio ambiente II - a ampla participaccedilatildeo da escola da universidade e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais na formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo de programas e atividades vinculadas agrave educaccedilatildeo ambiental natildeo-formal III - a participaccedilatildeo de empresas puacuteblicas e privadas no desenvolvimento de programas de educaccedilatildeo ambiental em parceria com a escola a universidade e as organizaccedilotildees natildeo-governamentais IV - a sensibilizaccedilatildeo da sociedade para a importacircncia das unidades de conservaccedilatildeo V - a sensibilizaccedilatildeo ambiental das populaccedilotildees tradicionais ligadas agraves unidades de conservaccedilatildeo VI - a sensibilizaccedilatildeo ambiental dos agricultores VII - o ecoturismo CAPIacuteTULO III DA EXECUCcedilAtildeO DA POLIacuteTICA NACIONAL DE EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL Art 14 A coordenaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental ficaraacute a cargo de um oacutergatildeo gestor na forma definida pela regulamentaccedilatildeo desta Lei Art 15 Satildeo atribuiccedilotildees do oacutergatildeo gestor I - definiccedilatildeo de diretrizes para implementaccedilatildeo em acircmbito nacional II - articulaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e supervisatildeo de planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental em acircmbito nacional III - participaccedilatildeo na negociaccedilatildeo de financiamentos a planos programas e projetos na aacuterea de educaccedilatildeo ambiental Art 16 Os Estados o Distrito Federal e os Municiacutepios na esfera de sua competecircncia e nas aacutereas de sua jurisdiccedilatildeo definiratildeo diretrizes normas e criteacuterios para a educaccedilatildeo ambiental respeitados os princiacutepios e objetivos da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo

62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

65

ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

68

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62 Ambiental Art 17 A eleiccedilatildeo de planos e programas para fins de alocaccedilatildeo de recursos puacuteblicos vinculados agrave Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental deve ser realizada levando-se em conta os seguintes criteacuterios I - conformidade com os princiacutepios objetivos e diretrizes da Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental II - prioridade dos oacutergatildeos integrantes do Sisnama e do Sistema Nacional de Educaccedilatildeo III - economicidade medida pela relaccedilatildeo entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto Paraacutegrafo uacutenico Na eleiccedilatildeo a que se refere o caput deste artigo devem ser contemplados de forma equitativa os planos programas e projetos das diferentes regiotildees do Paiacutes Art 18 (VETADO) Art 19 Os programas de assistecircncia teacutecnica e financeira relativos a meio ambiente e educaccedilatildeo em niacuteveis federal estadual e municipal devem alocar recursos agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental CAPIacuteTULO IV DISPOSICcedilOtildeES FINAIS Art 20 O Poder Executivo regulamentaraacute esta Lei no prazo de noventa dias de sua publicaccedilatildeo ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educaccedilatildeo Art 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 27 de abril de 1999 178ordm da Independecircncia e 111ordm da Repuacuteblica FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Joseacute Sarney Filho

63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

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ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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63 ANEXO 6

Internet

ENVOLVERDE Revista Digital do Meio Ambiente e Cidadania

23032005 ndash 10h03

Governo institui Deacutecada Brasileira da Aacutegua (2005-2015)

Governo considera a aacutegua um bem estrateacutegico no cenaacuterio internacional e deveraacute implementar poliacuteticas voltadas para seu gerenciamento e uso sustentaacutevel

Brasiacutelia DF ndash O decreto que institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua foi publicada no Diaacuterio Oficial da Uniatildeo de quarta-feira (23) O texto reconhece a aacutegua como estrateacutegica no cenaacuterio internacional e pretende promover a criaccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de poliacuteticas voltadas ao gerenciamento uso sustentaacutevel desse recurso natural no Paiacutes O ato tambeacutem apoio a resoluccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas que definiu o periacuteodo 20052015 como o Dececircnio Internacional para a Accedilatildeo ndash Aacutegua Fonte de Vida

A Publicaccedilatildeo do decreto atende a uma recomendaccedilatildeo do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos por meio da Moccedilatildeo CNRH nordm 31 encaminhada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos (CTEM) De acordo com o Secretario de Recursos Hiacutedricos do Ministeacuterio do Meio Ambiente Joatildeo Bosco Senra o Ato demonstra a disposiccedilatildeo do governo federal em priorizar os assuntos relativos agrave aacutegua e a construccedilatildeo do Plano Nacional de Recursos Hiacutedricos ldquoO Ato tambeacutem fortalece a posiccedilatildeo do Paiacutes em nivel globalrdquo avaliou O Decreto ldquoDECRETO DE 22 DE MARCcedilO DE 2005rdquo- Institui a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 O PRESIDENTE DA REPUacuteBLICA no uso da atribuiccedilatildeo que lhe confere o art84 inciso 2 da Constituiccedilatildeo e Considerando que a Instituiccedilatildeo da Deacutecada Brasileira da Aacutegua eacute de suma importacircncia para o Paiacutes baseada nos fundamentos e objetivos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos preconizados pela Lei nordm 9433 de 08 de janeiro de 1997 Considerando ser o Brasil detentor de reservas mundiais de aacutegua doce de relevacircncia estrateacutegica no cenaacuterio internacional partilhando das diretrizes de proteccedilatildeo de gerenciamento e uso sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos como Estado-Membro das Naccedilotildees Unidas

64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

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ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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64 Considerando a importacircncia da participaccedilatildeo e demonstraccedilatildeo de interesse e suporte agrave Resoluccedilatildeo aprovada pela Assembleacuteia das Naccedilotildees Unidas que trata do Dececircnio internacional para a Accedilatildeo - 2005-2015 Aacutegua Fonte e Vida e Considerando a sugestatildeo em moccedilatildeo apresentada pela Cacircmara Teacutecnica de Educaccedilatildeo Capacitaccedilatildeo Mobilizaccedilatildeo Social e Informaccedilatildeo em Recursos Hiacutedricos do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos composta por representantes do Governo Federal de Conselhos Estaduais de Recursos Hiacutedricos de usuaacuterios de recursos hiacutedricos e de organizaccedilotildees natildeo-governamentais DECRETA Art1ordm Fica instituiacuteda a Deacutecada Brasileira da Aacutegua a ser iniciada em 22 de marccedilo de 2005 Art 2ordm A Deacutecada Brasileira da Aacutegua terra com objetivos promover e intensificar a formulaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de poliacuteticas programas e projetos relativos ao gerenciamento e uso sustentaacutevel da aacutegua em todos os niacuteveis assim como assegurar a ampla participaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo das comunidades voltadas ao alcance dos objetivos contemplados na Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos ou estabelecidos em convenccedilotildees acordos e resoluccedilotildees a que o Brasil tenha aderido Art 3ordm Este Decreto entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo Brasiacutelia 22 de marccedilo de 2005 184ordm da Independecircncia e 117ordm da Repuacuteblica LUIS INAacuteCIO LULA DA SILVA Marina Silva

httpwwwenvolverdecombrmateriaphpcod=1910ampedt=10 Acesso 030405

2150

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ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

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ANEXO 7

Planeta Aacutegua Guilherme Arantes

Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que caem das pedras no veacuteu das cascatas ronco de trovatildeo E depois dormem tranquumlilas no leito dos lagos no leito dos lagos Aacutegua dos igarapeacutes onde Iara a matildee drsquoaacutegua eacute misteriosa canccedilatildeo Aacutegua que o sol evapora pro ceacuteu vai embora virar nuvem de algodatildeo Gotas de aacutegua da chuva alegre arco-iacuteris sobre a plantaccedilatildeo Gotas de aacutegua da chuva tatildeo tristes satildeo laacutegrimas na inundaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Aacutegua que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotatildeo Aacutegua que faz inocente riacho e desaacutegua na corrente do ribeiratildeo Aacuteguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertatildeo Aacuteguas que banham aldeias e matam a sede da populaccedilatildeo Aacuteguas que movem moinhos satildeo as mesmas aacuteguas que encharcam o chatildeo E sempre voltam humildes pro fundo da terra pro fundo da terra Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua Terra planeta aacutegua

SIQUEIRA Paulina de Lourdes Ribeiro(2005) ndash ldquoPRECIOSO ECOSSISTEMArdquo ldquoPlaneta aacuteguardquo diz a letra da Muacutesica Ela estaacute coberta de razatildeo pois sem duacutevida nenhuma a Terra eacute o planeta aacutegua O uacutenico planeta do sistema solar em que a aacutegua se encontra nos diferentes estados A aacutegua eacute essencial agrave vida portanto todos os organismos vivos incluindo o homem dependem da aacutegua para sua sobrevivecircncia Esse ciclo hidroloacutegico eacute essencial e influenciam os processos que operam na superfiacutecie da Terra incluindo o desenvolvimento e a manutenccedilatildeo da vida no planeta

66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

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66 Na Atmosfera no estado de vapor a aacutegua cai sob a forma de chuva sobre a Terra corre e infiltra-se nos lenccediloacuteis onde se evapora de novo Este ciclo perpeacutetuo alimenta um precioso ecossistema chamado ldquoPLANETA TERRArdquo

IacuteNDICE

INTRODUCcedilAtildeO 9

CAPITULO I 10

1 Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 10

11 Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 13

CAPITULO II 15

2 Crise dos Recursos Hiacutedricos 15

21 Principais Causas da Poluiccedilatildeo Hiacutedrica 16

CAPITULO III 21

3 Normas Reguladoras 21

31 Constituiccedilatildeo Federal Brasileira 88 22

32 Coacutedigo Penal Brasileiro 23

33 Lei Nordm 960598 24

34 Lei Nordm 943397 25

35 Lei Nordm 979599 26

CONCLUSAtildeO 32

BIBLIOGRAFIA 34

ANEXO 1 ndash Legislaccedilatildeo - Coacutedigo das Aacuteguas 36

ANEXO 2 ndash Contaminaccedilatildeo das Aacuteguas - figuras 1 2 e 3 39

ANEXO 3 ndash Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos das Aacuteguas 41

ANEXO 4 ndash Lei Nordm 943397 ndash Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos 43

ANEXO 5 ndash Lei Nordm 979599 ndash Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Ambiental 58

ANEXO 6 ndash Internet ndash Decreto ldquoDeacutecada Brasileira das Aacuteguasrdquo 63

ANEXO 7 ndash Letra Canccedilatildeo - Planeta Aacutegua 65

67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

Niteroacutei ____de_______________ de 2005

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67 IacuteNDICE 66

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Poacutes-Graduaccedilatildeo ldquoLato Sensurdquo

Tema Recursos Hiacutedricos

Tiacutetulo Poluiccedilatildeo Hiacutedrica no Direito Ambiental

Autor Paulina de Lourdes Ribeiro Siqueira

Data da entrega 23072005

Auto Avaliaccedilatildeo

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Avaliado por _______________________________ Grau ________________

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