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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PROJETO GRADUAÇÃO ”LATO SENSO”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
SATISFAÇÃO NO ATENDIMENTO AOS DISTRIBUIDORES DOS
PRODUTOS DA RICH’S
Por: Andréia de Jesus Pereira.
Satisfação do cliente
Orientador Prof. Ms.: Nilson Guedes de Freitas
Rio de janeiro 2004
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PROJETO GRADUAÇÃO ”LATO SENSO”
PROJETO A VEZ DO MESTRE SATISFAÇÃO NO ATENDIMENTO AOS DISTRIBUIDORES DOS
PRODUTOS DA RICH’S
Apresentação de monografia “a Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão “lato senso” em docência do ensino superior.
3
AGRADECIMENTOS
... aos amigos, parentes, que contribuíram
para a confecção desse trabalho acadêmico...
4
DEDICATÓRIA
... uma pessoa que está comigo
nos melhores momentos e nos
mais difíceis, agradeço todas as
minhas conquistas a minha
mãe...
5
RESUMO
Pode-se observar que atendimento com qualidade nos dias atuais, não é
questão mais de diferencial, mas sim uma condição para sobrevivência em um
mercado cada vez mais competitivo.
Percebe-se que toda empresa, de alguma forma, oferece serviços
O objetivo é prestar um atendimento de qualidade e conquistar a
fidelização dos seus clientes, solucionando qualquer insatisfação do
distribuidor, com a implementação as ferramentas de marketing.
Qualidade em serviços não significa somente o fato de o vendedor tratar
bem ou não o cliente. A realidade é muito mais complexa que isso, a
organização deve sempre saber quais são as expectativas de seus clientes
para poder atendê-las e ficar na mente do cliente como prestadora de um
serviço de qualidade. Com isso estaremos conquistando a satisfação dos
cliente que é a função de desempenho e expectativas percebidos.
A estratégia de Marketing de retenção de clientes é muito diferente da
estratégia de conquistar novos clientes. Portanto, devemos nos preocupar
também com a estratégia de retenção de clientes chamada de Marketing de
Relacionamento.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi as pesquisas bibliográficas.
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SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I 11 CAPÍTULO II 23 CAPÍTULO III 29 CONCLUSÃO 43 ANEXOS 44 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 45 ÍNDICE 46 FOLHA DE AVALIAÇÃO 48
8
INTRODUÇÃO
Pode-se observar que atendimento com qualidade nos dias atuais, não é
questão mais de diferencial, mas sim uma condição para sobrevivência em um
mercado cada vez mais competitivo.
Ser uma empresa dinâmica, orientada ao crescimento e destinada a
estabelecer a nível mundial novos padrões de excelência na satisfação do
cliente e novos níveis de êxito no mercado, em cada tipo de negócio em que
operamos.
Realizaremos nossa missão trabalhando juntos como uma equipe num
esforço para atingir a qualidade total, através da prática da seguinte estratégia:
impressionar nossos clientes (oferecer um serviço excepcional a nossos
clientes externos, na primeira vez e sempre);melhorar, melhorar, melhorar
(melhorar continuamente a qualidade e o valor dos produtos que
manufaturamos e os serviços que oferecemos);delegar responsabilidade e
autoridade (criar um ambiente de trabalho que promova a comunicação franca e
direta e a criatividade, participação e desenvolvimento de nossos associados, e
onde se reconheçam e recompensem seus ganho.);trabalhar inteligentemente
(eliminar qualquer desperdício de tempo, esforço e materiais. Todos os
obstáculos que evitam que trabalhemos eficazmente.) e faça a coisa certa
(manter as mais altas normas de moral, integridade e responsabilidade).
E a Rich´s quer esta sempre leal, a seus consumidores, sempre trazendo
novos desafios. Sendo assim torna-se fundamental que nossos distribuidores
sejam bem atendidos, levando a diante a filosofia de Qualidade no atendimento
seguida pela Rich´s.
Torna-se importante fazer uma descrição da empresa em questão para
que possamos nos familiarizar melhor com o objeto deste estudo.
A Rich´s Products Corporation, é uma empresa com sede em Búfalo
(NovaYork) com negócios em oitenta países no mundo, sendo que no Brasil
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começou a operar em 1994, fortalecendo sua atuação comercial em nosso país
em 1997 com a criação de uma subsidiária, cuja sua razão social é Rich´s do
Brasil Ltda. Esta mantinha relações comerciais com a Santista Alimentos S.A., a
qual detinha exclusividade de distribuição dos produtos fabricados pela Rich.
Em 01 de abril de 2001 ocorreu uma quebra de contrato entre as
empresas em questão, como consequência de uma decisão corporativa, onde
as mesmas decidirão realinhar seus focos de atuação. Então a subsidiária Rich
do Brasil passou a controlar totalmente as operações comerciais em nosso
país.
Será que os distribuidores estão satisfeitos com o atendimento prestado
pela subsidiária?
O objetivo é prestar um atendimento de qualidade e conquistar a
fidelização dos seus clientes, solucionando qualquer insatisfação do
distribuidor, com a implementação as ferramentas de marketing.
Se o cliente estiver satisfeito com o atendimento, ele será fiel e trará
mais clientes. Caso contrário, procurará outra empresa que o atenda melhor.
Quando se fala em serviços logo pensamos em bancos, seguradoras,
distribuidoras, transportadoras, turismo, negócios imobiliários, etc. Mas essa é
uma visão muito limitada de serviços. Na verdade, todas as empresas, de
alguma maneira, prestam serviços, pois sempre existem os momentos em que
a organização atende o cliente (SAC). E nessas horas, se o atendimento não
for bom, a percepção do cliente sobre a qualidade do serviço não será boa.
Esse trabalho está sendo elaborado para caracterizarmos a qualidade em
serviços e como podemos fazer para prestarmos um atendimento de
excelência.
Mostraremos como fazer isso, direcionando ferramentas de marketing,
em marketing de serviço.
Para tanto veremos no capítulo 1, que toda empresa, de alguma forma,
oferece serviços. Mesmo que seja uma empresa predominantemente industrial,
na hora em que estiver vendendo seus produtos ao consumidor ou ao
revendedor, ela estará prestando um serviço, portanto, essa interação na hora
10
de concretizar a venda, será percebida pelo cliente ou revendedor, como um
serviço de boa ou má qualidade.
No capítulo 2 veremos, que os clientes avaliam qual oferta proporciona
maior valor eles procuram sempre maximizar o valor, dentro dos limites
impostos pelos custos envolvidos na procura e pelas limitações de
conhecimento, mobilidade e receita. Eles formam uma expectativa de valor e
agem com base nela. A probabilidade de satisfação e repetição da compra
depende de a oferta atender ou não a essa expectativa de valor.
No capítulo 3 veremos, A estratégia de Marketing de retenção de
clientes é muito diferente da estratégia de conquistar novos clientes. Portanto,
as empresas devem se preocupar com as duas estratégias. A estratégia de
retenção de clientes é chamada de Marketing de Relacionamento.
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CAPÍTULO 1
O QUE É QUALIDADE EM SERVIÇOS?
Recentemente, um consumidor de Florianópolis resolveu acessar a
Internet para saber o que teria de interessante para fazer no sábado à noite no
Rio, já que pretendia passar o final de semana aqui e, após várias tentativas,
resolveu ir num show com outros amigos, sendo que um deles morador de
Niterói que, deslocou-se para o Rio de Janeiro especialmente para curtir esse
programa.
Para surpresa deles, quando chegaram ao local do show, descobriram
que o mesmo não iria acontecer, pura e simplesmente porque a casa de
espetáculo estava fechada, mas não tinha ninguém e nem ao menos um cartaz
explicando o motivo do cancelamento. Ficaram totalmente decepcionadas, e o
que é pior, no dia seguinte o show continuava sendo anunciado no mesmo site.
Ligaram para o Teatro onde aconteceria o show e ninguém soube dar
informações.
Outra situação bem comum relacionada à má qualidade em serviços;
acontece quando um cliente vai a uma loja e logo que entra, é abordado por um
vendedor muito simpático. Quando o cliente informa que deseja efetuar uma
troca, seu suplício começa. O vendedor pede para que ele o aguarde e vai
atender a outro cliente. E após aguardar por bastante tempo, se encaminhou a
outro vendedor, que recebeu e foi sensível a sua reclamação e, realizou a toca.
Uma simples troca que demoraria alguns poucos minutos, arrastou-se por
quase 25 minutos, em razão do total descaso e desrespeito ao consumidor.
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1 Definindo qualidade em serviços
Em todos os casos descritos acima fica evidente que existe alguma falha
no atendimento e na consideração que se deve dar ao cliente na hora da
compra do produto e, no pós venda. Contudo, qualidade em serviços não
significa somente o fato de o vendedor tratar bem ou não o cliente. A realidade
é muito mais complexa que isso. Se perguntarmos a um cliente o que ele define
como um serviço de qualidade, dificilmente ele saberá responder.
Sempre que precisa de determinado serviço, o cliente cria certas
expectativas a respeito do serviço. E o nível de qualidade do serviço vai
depender dessas expectativas. Portanto, a organização deve sempre saber
quais são as expectativas de seus clientes para poder atendê-las e ficar na
mente do cliente como prestadora de um serviço de qualidade.
Segundo Kotler em seu livro Administração de Marketing, (1995 pg.403),
“um serviço é qualquer ato ou desempenho que uma parte pode oferecer a
outra e que seja essencialmente intangível e não resulta na propriedade de
nada. Sua produção pode ou não estar vinculada a um produto físico".
Christian Gronroos em seu livro Marketing: Gerenciamento e Serviços,
(1995 pg.36), já prefere combinar várias definições que vêm sendo dadas
durante os anos, formando a sua dessa maneira: “O serviço é uma atividade ou
uma série de atividades de natureza mais ou menos intangível - que
normalmente, mas não necessariamente, acontece durante as interações entre
clientes e empregados de serviço e/ou recursos físicos ou bens e/ou sistemas
do fornecedor de serviços - que é fornecida como solução ao(s) problema(s)
do(s) cliente(s)".
D. Keith Denton, autor do livro Qualidade em Serviços, ( 1990 pg. 118),
diz que: “Para ser bem sucedido no fornecimento de serviços com qualidade, é
necessário, pelo menos, atender, e talvez exceder, às expectativas dos
clientes”. Exemplificou contando o caso da American Express, que iniciou seus
esforços de garantia da qualidade no começo dos anos 70. Seu primeiro
13
objetivo era “definir seus esforços do ponto de vista do cliente – e não do ponto
de vista de um funcionário, analista, gerente, diretor ou vice-presidente”. Então
eles quiseram mensurar os serviços com o mesmo rigor e objetividade que
usavam para medir produtividade, custos e rendas.
Percebe-se que toda empresa, de alguma forma, oferece serviços.
Mesmo que seja uma empresa predominantemente industrial, na hora em que
estiver vendendo seus produtos ao consumidor ou ao revendedor, ela estará
prestando um serviço, portanto, essa interação na hora de concretizar a venda,
será percebida pelo cliente ou revendedor, como um serviço de boa ou má
qualidade. Um serviço normalmente é percebido de forma subjetiva. Existem
formas abstratas para dizer o que é um serviço. Geralmente, para descrever os
serviços, os clientes utilizam expressões como experiência, confiança, tato e
segurança. Portanto, pode-se dizer que os serviços são classificados como
produtos intangíveis. Entretanto, muitos serviços incluem elementos bem
tangíveis, como por exemplo, a comida de um restaurante e as peças de
reposição utilizadas em uma oficina de automóveis.
1.1A importância da Qualidade em Serviços, segundo Karl
Albrecht em seu livro Revolução nos Serviços, (1992 pg.13).
Como Estratégia Competitiva. A competência de uma empresa se deve a
uma excelente qualidade técnica dos produtos. Esta costumava ser uma
estratégia amplamente utilizada, especialmente para muitos fabricantes de bens
industriais. Funciona bem em situações onde a excelência técnica demonstrada
pela empresa é, por si só, de valor crítico para os clientes. Quanto mais a
competência técnica entre os concorrentes crescer, menos poderosa se torna a
estratégia de qualidade técnica. À medida que muitas empresas venham a
oferecer uma solução técnica similar, a excelência técnica poderá não ser mais
um fator de diferenciação. É aí que entra a qualidade dos serviços como uma
estratégia competitiva. Pois, numa concorrência entre duas empresas que
fornecem um produto similar e com a mesma qualidade técnica, ganhará
14
mercado aquela que fornecer um serviço de maior qualidade. Isso não significa
que uma qualidade técnica excelente seja menos importante do que antes. Mas
a empresa terá que oferecer muito mais do que isto. A aplicação de uma
estratégia de serviços implica que o principal foco do pensamento estratégico e
da tomada de decisão do corpo gerencial são os serviços.
Do ponto de vista do posicionamento competitivo, Karl Albrecht define
excelência de serviço, como: “um nível de qualidade de serviço, comparado ao
de seus concorrentes, que é suficientemente elevado, do ponto de vista de seus
clientes, para lhe permitir cobrar um preço mais alto pelo serviço oferecido,
conquistar uma participação de mercado acima do que seria considerado
natural e/ou obter uma margem de lucro maior do que a de seus concorrentes".
Para desfrutar de algumas dessas vantagens, ou de todas elas, a empresa
precisa ter um alto grau de serviço aos olhos do cliente. Não basta esforçar-se.
Campanhas publicitárias não resolvem o problema. A única coisa que
funcionará é proporcionar um serviço superior e que tenha sucesso no
mercado.
Uma lacuna a ser explorada. Estudos regulares de opinião pública
revelam que a percepção geral de qualidade de serviço na maior parte dos
países ocidentais é muito negativa. O consumidor comum pesquisado acredita
que está recebendo muito pouco por seu dinheiro na maioria das empresas que
prestam algum tipo de serviço. As evidências indicam que a maioria das
pessoas acredita que a qualidade dos serviços, em geral, precisa melhorar
muito.
Parece haver uma irritação crescente, em todas as áreas, com os
serviços e os estabelecimentos que os prestam, e o número crescente de
artigos de revista e editoriais de jornal é uma prova disso. Esses estudos nos
levam a crer que a empresa que colocar em prática um bom programa de
Qualidade de Serviços, já sairia na frente dos concorrentes.
Lucratividade. As empresas que proclamam a qualidade de seus
produtos como prioridade de seus negócios seguem três duradouros princípios
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da superioridade de qualidade, segundo Day, George em seu livro: Estratégia
voltada para o Mercado, (1990 pg.194).
1. A qualidade superior é lucrativa.
2. Qualidade é mais que conformidade. Ela somente é atingida na medida em
que produto ou serviço satisfaça ou exceda as exigências do cliente.
3. A qualidade superior é conseguida com um sistema total de qualidade, que
atinge os aspectos da empresa.
1.2 Serviços X Bens Físicos
Estabelecer diferenças entre produtos e serviços está cada vez mais
difícil. Em geral, entende-se por serviço tudo que um restaurante deve fazer
para agradar um cliente - incluindo a comida, o atendimento etc. Por outro lado,
a literatura especializada refere-se a “bens e serviços” como constituintes do
chamado “produto”. Nesse caso, o “bem” seria a refeição; “o serviço”
corresponderia ao atendimento; e o “produto”, à somatória desses dois fatores,
associados a outros que levam o freguês a “se sentir bem” a ponto de desejar
retornar ao restaurante.
Conceitualmente, há diferenças entre bens e serviços, conforme
resumido abaixo.
Na maioria dos serviços, podemos identificar algumas características
importantes, segundo Gronroos, como:
1. Os serviços são mais ou menos intangíveis. Uma amostra do serviço não
pode ser enviada com antecedência ao cliente, para aprovação; nem o
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seu valor é necessariamente proporcional aos “custos de produção”. Até
mesmo porque a “Qualidade do Serviço” é uma questão altamente
subjetiva.
2. Os serviços são atividades ou uma série de atividades em vez de
coisas.
3. Os serviços são, pelo menos até certo ponto, produzidos e consumidos
simultaneamente.
4. O cliente participa do processo de produção, pelo menos até certo ponto.
Um serviço, na sua versão final, é “produzido” no mesmo instante em que é
fornecido ao cliente.
5. Salvo em caso de automatização total, serviços possuem um
componente social determinante. E quanto maior o número de fornecedores
do serviço com que o cliente interagir pessoalmente, maior o risco deste não
ficar satisfeito.
6. Não há como pedir a terceiros para repassarem um serviço já prestado,
ou mesmo chamá-los de volta, para reparos.
A interação entre o fornecedor do serviço e o cliente ocorre na maioria
das vezes, porém, existem exceções. Quando um eletricista resolve algum
problema no sistema elétrico de um prédio, não há uma interação imediata
entre o eletricista (fornecedor do serviço) e o morador de um determinado
apartamento. Por outro lado, muitas situações onde não existem as interações
no momento da operação, elas acontecem num momento posterior. Como é o
caso do conserto de um automóvel dentro da oficina, em que o dono do veículo
não presencia o momento do conserto. Porém, quando o carro é entregue ao
cliente, as interações começam.
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1.3 Qualidade em serviços: a percepção do cliente
Existe sempre um risco de que quando a qualidade é definida muito
estreitamente, os programas de qualidade se tornem muito limitados. Por
exemplo, a especificação técnica de um serviço ou produto é freqüentemente
considerada a qualidade do produto ou a característica mais importante da
qualidade percebida. Na realidade, os clientes percebem a qualidade como um
conceito muito mais amplo, que vai além da qualidade técnica do produto. Se
um produto ou serviço for muito bom tecnicamente, muito bem produzido,
porém o tratamento do funcionário ou vendedor perante o cliente for
inadequado ou insatisfatório, a qualidade percebida pelo cliente não será boa.
Portanto, as empresas devem definir a qualidade de seus produtos da mesma
forma que fazem os seus clientes, isto é, as empresas devem se colocar no
lugar dos seus clientes.
2 As dimensões da qualidade
A qualidade de um serviço conforme percebida pelos clientes tem duas
dimensões: a dimensão do resultado técnico (o que) e a dimensão funcional ou
relacionada a processo (como).
O que os clientes recebem em suas interações coma empresa é muito
importante para eles e para sua avaliação da qualidade. Mas essa é apenas
uma dimensão da qualidade, chamada de qualidade técnica do resultado do
processo de produção do serviço.
Entretanto, além do produto recebido, existe uma dimensão também
muito importante na concepção total da qualidade percebida. Essa dimensão
diz respeito às interações entre o prestador de serviços e o cliente, incluindo
horas da verdade mal ou bem administradas. O cliente será influenciado pela
maneira como a qualidade técnica, as conseqüências ou o resultado final de um
processo são transferidos para ele - a facilidade de acesso a um caixa
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automático, a um restaurante, a aparência e comportamento dos garçons, dos
caixas no banco, balconistas de uma loja etc. Os serviços de encanadores e
técnicos de manutenção e como esses empregados realizam suas tarefas, o
que dizem e como dizem também influenciam a visão que o cliente possa ter do
serviço.
3 As expectativas do cliente
Além das duas dimensões básicas da qualidade - o que e como - que
estarão sempre nas mentes dos clientes, observamos que a qualidade é, em
grande parte, percebida subjetivamente. O processo de concepção é não
somente isso, é ainda mais complexo. Não são apenas as experiências das
dimensões das qualidades que determinam se a qualidade é considerada boa,
neutra ou ruim.
Boa qualidade percebida é obtida quando a qualidade experimentada
atende às expectativas do cliente, ou seja, à qualidade esperada. Se as
expectativas forem muito altas, a qualidade total percebida será baixa mesmo
se a qualidade experimentada, medida em forma objetiva, for boa.
A qualidade esperada, ou as expectativas advêm de vários fatores,
como: comunicação com o mercado, comunicação boca a boca, imagem
corporativa/local e necessidades dos clientes. A comunicação com o mercado
inclui publicidade, mala direta, relações públicas e campanhas de venda, que
estão diretamente sob o controle da empresa. Os fatores de imagem e a
comunicação boca a boca são apenas indiretamente controlados pela empresa.
Por último, as necessidades do cliente também têm um forte impacto nas suas
expectativas. Quando uma empresa adota programas de qualidade que incluem
aspectos da qualidade funcional, a qualidade percebida do serviço pode ainda
ser baixa ou até deteriorada se, por exemplo, a empresa colocar
simultaneamente campanhas publicitárias que prometam demais ou que sejam
inadequadas sob algum aspecto. Portanto, o nível de qualidade total é
determinado pela diferença entre a qualidade esperada e a qualidade
19
experimentada. Como conseqüência, podemos afirmar que cada programa para
a qualidade deve englobar não apenas os funcionários que estão envolvidos
nas operações, mas os responsáveis por marketing e pela comunicação com o
mercado, também. Igualmente, os profissionais de comunicação devem tomar
todo o cuidado com a imagem da empresa perante o mercado.
4 Os critérios da boa qualidade percebida
Como a percepção da qualidade tem relação direta com as expectativas
do cliente, as empresas devem sempre pesquisar o que os seus clientes
querem e quais são as suas expectativas com relação ao produto.
Os seis critérios da boa qualidade percebida do serviço, segundo
Gronroos em seu livro Marketing: Gerenciamento e Serviço, (1995 pg.61).
4.1 Profissionalismo e Habilidades
Os clientes compreendem que o prestador de serviços, seus
empregados, os sistemas operacionais e os recursos físicos possuem o
conhecimento e as habilidades necessárias para solucionar seus problemas de
forma profissional (critérios relacionados aos resultados).
4.2 Atitudes e Comportamento
Os clientes sentem que os funcionários de serviços (pessoas de contato)
estão preocupados com eles e se interessam por solucionar seus problemas de
uma forma espontânea e amigável (critérios relacionados ao processo).
4.3 Facilidade de Acesso e Flexibilidade
Os clientes sentem que o prestador de serviços, sua localização, suas
horas de operação, seus empregados e os sistemas operacionais são
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projetados e operam de forma a facilitar os acessos aos serviços e estão
preparados para ajustar-se às demandas e aos desejos dos clientes de maneira
flexível (critérios relacionados ao processo).
4.4 Confiabilidade e Honestidade
Os clientes sabem que qualquer coisa que aconteça ou sobre a qual se
concorde será cumprida pela empresa, seus empregados e sistemas, para
manter as promessas e ter um desempenho coerente com os melhores
interesses dos clientes (critérios relacionados a processos).
4.5 Recuperação
Os clientes compreendem que sempre que algo der errado ou alguma
coisa imprevisível e inesperada acontecer, o prestador de serviços tomará de
imediato e ativamente ações para mantê-los no controle da situação e para
encontrar uma nova e aceitável solução (critérios relacionados a processos).
4.6 Reputação e Credibilidade
Os clientes acreditam que as operações do prestador de serviço
merecem sua confiança, valem o dinheiro pago e que representam bom nível
de desempenho e valores que podem ser compartilhados entre os clientes e o
prestador de serviços (critérios relacionados à imagem).
Um dos critérios acima profissionalismo e habilidades, está relacionado a
resultados, sendo uma dimensão técnica da qualidade. Reputação e
credibilidade estão relacionados à imagem, fazendo uma função de filtragem.
Os demais critérios, atitudes e comportamento, facilidade de acesso e
flexibilidade, confiabilidade e honestidade e recuperação são relacionados a
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processos e representam, assim, a dimensão funcional da qualidade.
5 Padrões de desempenho
Cada empresa oferece um tipo de serviço. E cada tipo de serviço deve
estabelecer um padrão de desempenho para medir a sua Qualidade em
Serviços. O padrão indica o nível em que a medida deve ser desempenhada
para satisfazer as expectativas do cliente. Por exemplo, um banco pode
considerar a cortesia como uma dimensão de Qualidade em Serviços. Uma das
medidas, no caso, seria responder telefonemas antes de um certo toque. E o
padrão de desempenho corresponde a essa medida “antes do terceiro toque”.
Os padrões de desempenho devem descrever claramente o
comportamento exibido e o que se espera dele. Para tanto, deve-se sempre
recorrer a uma frase de ação, do tipo “enviar a carta em até 24 horas a partir da
postagem”. A seguir, alguns indicadores de Qualidade de Serviços através de
padrões de desempenho.
Para Lobos, uma vez estabelecidos os padrões de desempenho, é
imprescindível medir regularmente o desempenho real para compará-los.
Medição e feedback são indispensáveis para o sucesso de uma estratégia de
serviço, visando a sua melhoria contínua. O feedback pode ser interno ou
externo.
Para se obter o feedback interno, é preciso controlar os processos de
trabalho dos quais depende o fornecimento dos serviços. Se um dos processos
de trabalho estiver falhando ou levando um tempo maior do que o normal,
esses problemas refletirão no processo final que é a entrega do serviço ao
cliente.
O feedback interno pode ser colhido também através de pesquisas sobre
opiniões da Linha de Frente, ou seja, do pessoal que atende o cliente. Deve-se
conhecer os sentimentos e desejos dos empregados, e também o que esses
funcionários imaginam que sejam as Expectativas dos clientes, a sua
importância e a que nível essas expectativas estão satisfeitas.
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O feedback externo deve ser colhido necessariamente dos clientes. Pode
ser feita de várias maneiras, desde a simples avaliação de uma reação
individual de um cliente, a entrevistas com grupos de consumidores
especialmente selecionados. Essas entrevistas costumam ser de maior
profundidade. Podem ser feitas também pesquisas amostras de clientes,
realizadas através de questionários.
Existem também as reclamações dos clientes, que se forem gerenciadas
de uma forma correta, podem trazer um feedback externo muito importante para
se usar na estratégia de qualidade de serviços. Entretanto, deve-se tomar muito
cuidado com essas reclamações. Estudos realizados nos Estados Unidos com
mais de 300 empresas, concluem que os clientes que reclamam representam
uma parcela muito pequena dos clientes insatisfeitos, entre 2% e 4%. A maioria
não reclama porque acha que não resolve.
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CAPÍTULO 2
SATISFAÇÃO DO CLIENTE
O que são satisfação e valor para o cliente e como as empresas líderes
os criam e os fornecem?
As empresas atualmente estão enfrentando uma concorrência jamais
vista.
É grande o número de empresas que acreditam que buscar clientes é
obrigação do departamento de marketing ou do departamento de vendas. Se
esses departamentos não têm êxito nessa tarefa, a empresa chega à conclusão
de que seus profissionais de marketing não são muito competentes. Mas na
verdade o marketing é apenas um dos fatores envolvidos na atração e retenção
de clientes. Nem mesmo o departamento de marketing do mundo seria capaz
de vender produtos de má qualidade ou que não atendem às necessidades de
ninguém. O departamento de marketing só pode ser eficaz em empresas onde
os vários departamentos e funcionários tenham projetado e implementado um
sistema de entrega de valor ao cliente superior ao da concorrência.
Veja o exemplo do McDonald´s. Todos os dias uma média de 38 milhões
de pessoas vai aos seus 23 500 restaurantes em 109 países. As pessoas mão
se aglomeram à porta do McDonald´s simplesmente porque adoram o
hambúrguer. Outras lanchonetes fazem hambúrgueres mais saborosos. As
pessoas agregam-se em torno de um sistema, não de um hambúrguer. Em todo
o mundo, esse sistema cuidadosamente aperfeiçoado fornece aquilo que o
McDonald´s denomina QSCV (qualidade, serviço, limpeza e valor). O
McDonald´s é eficaz porque trabalha em conjunto com fornecedores,
franqueados, funcionários e terceiros para entregar um valor excepcional alto a
seus clientes.
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Definição de valor e de satisfação para o cliente
Há mais de 35 anos, Peter Drucker observou que a primeira tarefa de
uma empresa é criar clientes. Mas os clientes de hoje de deparam com um
vasto universo de produtos, marcas, preços e fornecedores pelos quais optar.
Como os clientes fazem suas escolhas?
Acreditamos que os clientes avaliam qual oferta proporciona maior valor
eles procuram sempre maximizar o valor, dentro dos limites impostos pelos
custos envolvidos na procura e pelas limitações de conhecimento, mobilidade e
receita. Eles formam uma expectativa de valor e agem com base nela. A
probabilidade de satisfação e repetição da compra depende de a oferta atender
ou não a essa expectativa de valor.
1. Valor para o cliente
Nossa premissa é de que os clientes compararão da empresa que,
segundo a percepção deles, oferecer o maior valor:
• Valor entregue ao cliente é a diferença entre o valor total para o cliente e
o custo total para o cliente. O valor total para o cliente é o conjunto de
benefícios que os clientes esperam de um determinado produto ou
serviço. O custo total para o cliente é o conjunto de custos em que os
consumidores esperam incorrer para avaliar, obter, utilizar e descartar
um produto ou serviço.
Nesse ponto, recorrer a um exemplo será de bastante ajuda: suponha
que o comprador de uma grande empreiteira deseje comprar um trator. Ele está
em dúvida entre o da Caterpillar e o da Komatsu. Os vendedores dessas
empresas concorrentes descreverão cuidadosamente suas respectivas ofertas
ao comprador, que tem uma aplicação específica em mente: utilizar o trator na
construção de residências. Ele gostaria que o trator lhe proporcionasse
determinados níveis de confiabilidade, durabilidade, desempenho e valor de
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revenda. Ele avalia o trator das duas empresas e chega à conclusão de que o
produto oferecido pela Caterpillar possui um valor superior no que se refere à
confiabilidade, à durabilidade, ao desempenho e ao valor de revenda. Também
percebe diferenças nos serviços incluídos – entrega, treinamento e manutenção
– e conclui que a Caterpillar oferece um melhor atendimento. Ele percebe ainda
que o pessoal da Caterpillar aparenta conhecer melhor o produto e suas
aplicações e é mais atencioso. Por fim, atribui um valor maior á imagem
corporativa da Caterpillar. Soma todos os valores a partir de quatro fontes –
produto, serviço, pessoal e imagem – e deduz que a Caterpillar oferece maior
valor ao cliente. Ele compra o trator da Caterpillar? Não necessariamente. Ele
também pondera o custo total com que terá de arcar para efetuar a transação
com a Caterpillar e com a Komatsu. O custo total consiste em mais do que o
custo monetário. Como observou Adam Smith, há mais de dois séculos, “O
verdadeiro preço de alguma coisa é o trabalho e a dificuldade para adquiri-la”.
Além do custo monetário, o custo total para o cliente inclui os custos de tempo,
de energia física e psíquicos do comprador, que leva em conta esses custos
juntamente com o custo monetário para formar um quadro do custo total para o
cliente. Após calcular os custos, o comprador verifica se o custo total para o
cliente da Caterpillar é demasiadamente elevado em relação ao valor total
entregue pela Caterpillar. Se for, o comprador poderá optar pelo trator da
Komatsu. O comprador comprará daquele que entregar o maior valor.
Agora vamos aplicar essa teoria do processo decisório do comprador
para ajudar a Caterpillar a vender seu trator a ele. A Caterpillar pode melhorar
sua oferta de três maneiras. A primeira é aumentando o valor total para o
cliente, melhorando os benefícios relacionados a produto, serviços, pessoal
e/ou imagem. A segunda é reduzindo os custos não-monetários do comprador,
ou seja, seus custos de tempo, de energia física e psíquicos. A terceira é
reduzindo o custo monetário de seu produto.
Suponha que a Caterpillar conclua que, para o comprador, sua oferta
vale 20 mil dólares. Além disso, suponha que o custo da Caterpillar para
produzir o trator seja de 14 mil dólares. Isso significa que a oferta da Caterpillar
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gera potencialmente 6 mil dólares acima do custo da empresa (20 mil menos 14
mil).
A Caterpillar precisa cobrar um preço entre 14 a 20 mil dólares. Se
cobrar menos que 14 mil dólares, não cobrirá seu preço de custo. Se cobrar
acima de 20 mil dólares, ficara fora do mercado. O preço cobrado pela
Caterpillar determinará quanto valor será entregue ao comprador e quanto ela
receberá. Por exemplo, se a Caterpillar cobra 19 mil dólares, estará
concedendo mil dólares de valor ao cliente e 5 mil dólares para si. Quanto
menor o preço determinado pela Caterpillar, maior seu valor entregue e,
portanto, maior o incentivo para o cliente comprar.
Considerando-se que a Caterpillar queira realizar a venda, ela deverá
oferecer um valor maior que o entregue pela Komatsu. O valor entregue pode
ser medido a partir de uma diferença ou de uma relação. Se o valor total para o
cliente for de 20mil dólares e o custo total para o cliente for de 16 mil dólares,
então o valor entregue será de 4 mil dólares (medido como uma diferença) ou
de 1,25 (medido como uma relação). Relações utilizadas para comparar ofertas
são freqüentemente denominados relações valor-preço.
Alguns profissionais de marketing poderão argumentar que o processo
que descrevemos aqui é demasiadamente racional. Eles podem citar exemplos
em que compradores não optaram pela oferta que entregava o maior valor.
Suponha que o cliente escolha o trator da Komatsu. Como podemos explicar
essa escolha? Eis três possibilidades:O comprador pode ter recebido ordens
para comprar o produto de menor preço, sendo impedido de fazer uma escolha
com base no valor entregue. A tarefa do vendedor da Caterpillar é convencer os
superiores do comprador que comprar levando em conta unicamente o preço
resultará em lucros menores no longo prazo.
1. O comprador se aposentará antes que a empresa perceba que
o trator da Komatsu é mais caro de operar que o da Caterpillar.
O comprador conquistará prestígio no curto prazo – estará
maximizando o benefício pessoal. A tarefa do vendedor da
27
Caterpillar será convencer outras pessoas na empresa-cliente
de que sua oferta oferece maior valor no longo prazo.
2. O comprador tem uma longa amizade com o vendedor da
Komatsu. Nesse caso, o vendedor da Caterpillar precisará
mostrar ao comprador que o trator da Komatsu suscitará
queimas de seus operadores, uma vez que o custo com
combustível é alto e há necessidade freqüente de manutenção.
O objetivo desses exemplos é claro: os compradores operam sob
diversas limitações e ocasionalmente fazem escolhas que pesam mais para seu
beneficio pessoal do que para o beneficio da empresa. Entretanto, a
maximização do valor entregue é um fundamento útil que se aplica a muitas
situações e resulta em percepções muito importantes. Eis suas implicações:
primeiro, o vendedor deve avaliar o valor e o custo total para o cliente em
relação à oferta da concorrência para saber como sua oferta é vista pelo
comprador. Segundo, o vendedor que estiver em desvantagem em termos de
valor entregue tem duas alternativas: o vendedor poderá tentar aumentar o
valor total para o cliente ou reduzir o custo total para ele. A primeira alternativa
requer o fortalecimento ou aumento dos benefícios relacionados a produto,
serviços, pessoal e imagem da oferta. A segunda requer uma redução dos
custos para o comprador, reduzindo-se o preço, simplificando-se o processo de
encomenda e entrega ou absorvendo-se algum risco do comprador por meio de
uma garantia.
2. SATISFAÇÃO DO CLIENTE
A satisfação do comprador após a realização da compra depende do
desempenho da oferta em relação às suas expectativa. De modo geral:
Satisfação consiste na sensação de prazer ou desapontamento
resultante da comparação do desempenho (ou resultado) percebido de um
produto em relação as expectativa. Fica claro por essa definição que a
28
satisfação é a função de desempenho e expectativas percebidos. Se o
desempenho não alcançar expectativas, o cliente ficará insatisfeito. Se o
desempenho alcançar as expectativas, o cliente ficará satisfeito. Se o
desempenho for além das expectativas o cliente ficará altamente satisfeito ou
encantado.
Muitas empresas estão objetivando a alta satisfação porque clientes
meramente satisfeitos mudam facilmente de fornecedor quando aparece uma
oferta melhor. Os que estão altamente satisfeitos são muito menos propensos
a mudar. Um alto nível de satisfação ou encantamento cria um vinco emocional
com a marca, não apenas uma preferência racional. O resultado é um alto grau
de fidelidade do cliente. A alta administração da xerox acredita que um cliente
altamente satisfeito ou um cliente encantado vale dez vezes mais para a
empresa do que um cliente apenas satisfeito. Um cliente muito satisfeito
provavelmente continuará cliente da xerox por muitos anos e comprará mais do
que compraria um cliente simplesmente satisfeito.
29
CAPÍTULO 3
MARKETING DE RELACIONAMENTO
Segundo a revista Marketing (04/1998, pg. 55-56), um estudo
econômico encomendado pela Casa Branca à Tarp (Technical Research
Assistance Programs) conforme matéria A Força do Telemarketing revelou
que, entre o universo das empresas americanas, de cada cem clientes
insatisfeitos, apenas cinco tornavam claro o seu descontentamento para a
empresa, seja verbalmente ou por escrito. 95% dos clientes nunca chegavam a
reclamar. Dessa maneira, as empresas perdiam a oportunidade de saber o que
estava desagradando seus clientes e deixavam de aprimorar ou melhorar os
seus produtos ou serviços.
mesmo estudo da Tarp revelou que um cliente que é mal atendido conta
para entre dez a doze pessoas de seu relacionamento (amigos e parentes).
Portanto, essas pessoas que ficam sabendo do acontecimento, passarão a
evitar a empresa. Por isso é muito importante as empresas de serviços sempre
atender muito bem, para que seus clientes fiquem fiéis a seus serviços.
1. Retenção ou conquista?
A conquista de novos clientes tem sido a básica de toda estratégia de
marketing, no desejo de aumentar seus faturamentos e lucros. É da natureza
humana olhar além de um negócio atual no sentido de expansão de lucros. Por
30
isso, todos os esforços de marketing e capital são voltados para prováveis
clientes potenciais.
Inconscientemente, assume-se que o apoio dos clientes atuais
permanecem. Seus valores para a empresa são esquecidos e esses atuais
clientes são negligenciados. Geralmente são feitas pesquisas com o objetivo
de mudar as características do produto para atrair novos clientes, dando como
certa a contínua contribuição dos atuais clientes para o lucro da empresa. A
organização falha na manutenção desses clientes, e quando eles deixam de
ser fiéis, não se preocupam em saber o porquê.
Além das mídias tradicionais, existem as mais diversas em
desenvolvimento a cada dia, entre elas: Televisão a cabo, Programas
produzidos para a televisão a cabo, Programas de televisão associados.
Revistas especializadas. Eventos: de entretenimento, esportivos e culturais.
Patrocinadores e anunciantes em videocassetes, “Quadro de avisos” em
escritórios e escolas. Redes de televisão em circuito fechado em escolas,
aeroportos, restaurantes e supermercados. Mala-direta seletiva.
Telemarketing ativo e receptivo. Internet.
Terry G. Vavra mostra em seu livro Marketing de Relacionamento, (1993
pg. 30) que estudos recentes conduzidos por vários grupos e organizações nos
Estados Unidos, demonstram o grande negócio de se manter os clientes
atuais: As empresas americanas perdem em média, 25% dos clientes a cada
ano,custa cinco vezes mais conquistar um novo cliente do que manter um
cliente atual, onde há excesso de oferta (muita gente brigando pelo mesmo
cliente),quando há custos de mídia de massa muito altos e linhas de produto
cada vez mais extensas para serem anunciadas, Uma empresa que perde um
cliente por dia, que gasta 50 dólares por semana, perderá num ano, um milhão
de dólares, 91% de clientes insatisfeitos jamais comprarão dessa mesma
empresa e comunicarão sua insatisfação a pelo menos nove outras pessoas. (
O famoso Marketing Boca a Boca).
31
Além da perda de oportunidade de novos negócios, os estudos
mostram o tremendo potencial destrutivo dos clientes insatisfeitos. Como já foi
dito anteriormente, mais de 90% dos clientes insatisfeitos não farão esforços
para fazer reclamações; eles simplesmente passam a fazer negócios com um
concorrente. Mas eles manifestam a sua insatisfação com outros pelo menos
nove clientes potenciais. Então, além de perder o cliente que ficou insatisfeito,
perderá mais pelo menos outros nove que viriam a fazer negócios com a
empresa e não farão mais.
2. Insatisfação do cliente pode trazer conseqüências maiores
Além de manifestar a insatisfação perante um mau atendimento para os
amigos e parentes, dependendo do grau de insatisfação, o cliente pode até
entrar na justiça cobrando danos morais.
Segundo O Estado de São Paulo, de 4 de agosto de 2000, o dano moral
aparece em vários tipos de situação, mas principalmente nos processos contra
prestadores de serviços. Em Santo Amaro, uma consumidora chegou a pedir
indenização por julgar que um erro de uma administradora de cartão de crédito
foi a causa de sua separação. Segundo ela, a empresa fez uma cobrança
indevida de despesa em um motel, e um passou a acusar o outro de ter feito a
dívida. O casal se separou, e mais tarde a empresa reconheceu que cometera
o erro. Então, a consumidora entrou com uma ação pedindo reparação por
dano moral.
Numa outra situação, um casal contratou o serviço de bufê para realizar
o churrasco da festa de seu casamento. Quando os convidados chegaram ao
local da comemoração, ninguém da empresa havia aparecido. Com a noiva
perplexa, uma amiga começou a ligar para os prestadores de serviço exigindo
que fossem imediatamente para o local. Além de atrasar por mais de duas
horas, o chope servido estava quente e a carne crua. Também nesse caso, o
casal iniciou um processo na empresa por danos morais.
32
Essas duas matérias mostram a força que o consumidor tem para
requerer os seus direitos. E o perigo que correm as empresas prestadoras de
serviço que não prestarem um serviço digno de seus consumidores. Essas
ações demonstram que os consumidores estão cada vez mais avançados no
exercício da cidadania e não aceitam mais o desprezo de empresas que não
tratam os clientes como eles merecem.
3. Quanto vale um cliente leal
O americano Carl Sewell, autor de Clientes para Sempre, (1993 pg.13)
estima em 320.000 dólares os gastos médios de um cliente leal a uma marca
durante sua vida (especificamente em sua concessionária de veículos). Sewell
diz o seguinte:
“Depois de algum tempo, essa maneira de fazer negócios se auto
perpetua".
• Se você for bom para seus clientes, eles continuarão voltando porque
gostam de você.
• Se eles gostam de você, gastarão muito mais dinheiro.
• Se eles gastam mais dinheiro, você quer trata-los melhor. (O que você
faz para alguém que irá gastar $ 332.000 nunca é demais.).
• E se você trata-los melhor, eles continuarão voltando, e o ciclo
• recomeça.”
Sabe-se, por levantamentos internacionais, que os consumidores de
automóveis são altamente sensíveis. Diante de problemas na oficina, apenas
44% declaram que voltariam a comprar essa marca. Um bom atendimento é
capaz de dobrar essa proporção.
Em uma Concessionária de Automóveis de Niterói, havia um
recepcionista que, além de não ser muito simpático e atencioso com seus
33
clientes, ainda não prestava um bom serviço, gerando inúmeras reclamações
no call-center. Em contrapartida, outros dois recepcionistas, que prestavam um
serviço honesto e de qualidade, e mais que atender, eles superavam as
expectativas dos mesmos, eram elogiados e recomendados por seus fiéis
clientes.
A estratégia de Marketing de retenção de clientes é muito diferente da
estratégia de conquistar novos clientes. Portanto, as empresas devem se
preocupar com as duas estratégias. A estratégia de retenção de clientes é
chamada de Marketing de Relacionamento.
Manter clientes exige o estabelecimento de um relacionamento com
eles. Mas esse relacionamento une dois pontos de vista diferentes: do cliente e
do vendedor.
A partir da perspectiva do cliente, é mais provável que uma compra seja
vista como o começo de um relacionamento. O cliente sente o desejo ou
necessidade de um relacionamento mais duradouro com a organização. Mais
um relacionamento desse tipo muitas vezes vai contra o pensamento da
organização, que está orientada para vendas agressivas, e que pode
considerar o desfecho da venda, o ápice do relacionamento com o cliente,
relaxando após a concretização da venda, contrariando a expectativa do
cliente que espera um pouco mais de atenção na fase pós-venda.
As empresas devem mudar a mentalidade de “completar uma venda”
para a de “iniciar um relacionamento”; de “fechar um negócio” para “construir
lealdade”. Mas, na maioria das empresas, no planejamento de marketing,
geralmente é dedicada maior atenção para a conquista – ganhar novos
clientes para determinada marca, produto ou serviço. É muito difícil encontrar
uma empresa preocupada em maximizar a satisfação dos clientes, para que
eles sejam fiéis. Portanto, o espírito das atividades de pós-marketing ou
marketing de relacionamento é sempre estar atento às opiniões dos clientes
atuais.
34
No conceito de pós-marketing, os 4 P’s tradicionais do marketing
(produto, preço, praça, promoção) são acompanhados de outros elementos
também, muito importantes. Os novos elementos podem ser os seguintes:
Ü Comunicações com o cliente: programas de comunicação pós-
venda (revistas próprias, eventos etc.), código 0800 (discagem direta
gratuita) e serviço de atendimento de reclamações e de cumprimentos
aos clientes.
Ü Satisfação dos clientes: monitoramento das expectativas do
cliente e a satisfação delas com os produtos ou serviços disponíveis
e, com o sistema de entrega.
Ü Serviços: serviço pré-venda, serviço pós-venda e atividades de
conveniência do consumidor.
4. Marketing de Relacionamento: o que é e como fazer.
Algumas características importantes do Marketing de Relacionamento,
segundo Vavra Terry em seu livro Marketing de Relacionamento, (1993 pg.
29).
Fazer marketing de relacionamento é dar prioridade à manutenção de
clientes, e não à conquista. É, portanto, uma estratégia de marketing a ser
adotada ou não por uma empresa.
Fazer marketing de relacionamento é trabalhar na percepção de cada
cliente, fazendo-o acreditar que somos os melhores para ele. Fazendo-o,
portanto, desejar ser e permanecer nosso cliente.
Quando o marketing de relacionamento é bem feito, o cliente não vê a
empresa como mais uma opção. Ele a tem como o seu fornecedor. Ele se
sente seguro, inclusive, para recomeçar os serviços da empresa sem expor-
se.
35
Para fazer marketing de relacionamento com eficácia, todos os setores
da empresa precisam ser orientados para o cliente (endomarketing).
A empresa precisa saber ouvir o cliente a partir das mesmas
ferramentas que usa para enviar suas mensagens.
A produção deve fazer e ajustar produtos ou serviços que sejam
desejados pelo cliente.
O RH deve contratar treinamentos que preparem os funcionários para
atender melhor o cliente.
Desenvolvimento de Produtos deve desenhar e redesenhar produtos
conforme indicarem as pesquisas com os clientes.
O pessoal de vendas precisa saber quanto, quando e o que cada um de
seus clientes comprou. Se fez alguma queixa ao pessoal de Central de
Atendimento. Se está comprando mais do concorrente. Se está sabendo usar
direito o produto etc.
A direção da empresa deve estabelecer estratégias de atuação e tomar
decisões sempre com base nas expectativas e percepções no seu mercado e,
em especial, de seus clientes.
A empresa deve conhecer tudo que está sendo oferecido a seus clientes
pela concorrência. Nenhuma empresa deve acreditar ser a única a relacionar-
se com as pessoas que consomem seus produtos (benchmarketing).
As áreas financeiras devem participar das avaliações do crescimento do
número de consumidores ano a ano. Devem, inclusive, tentar descobrir o valor
financeiro das suas marcas em relação às concorrentes.
Finalmente a empresa que pretende levar adiante um projeto vencedor
de marketing de relacionamento precisa antes, criar dentro de cada setor a
cultura de marketing de relacionamento.
Vavra Terry define abaixo as variáveis para o sucesso de um programa
de Marketing de Relacionamento.
36
Qualidade. A qualidade é o mínimo que o cliente espera de qualquer
produto ou serviço. Se não houver qualidade, fatalmente não haverá
relacionamento porque não haverá recompra. Porém, como já foi dito antes, a
qualidade é aquela percebida pelo cliente. Os jornais adoram publicar matéria
de empresas que não fazem a coisa certa. E esse tipo de matéria acaba com a
reputação da empresa. Reportagens do tipo “Chuveiro novo está a 48 dias no
conserto, diz dona de casa”. Uma reportagem como essa coloca abaixo grande
parte do esforço gasto pela empresa para ganhar mercado.
Comprometimento das lideranças. Todas as lideranças da empresa
devem estar comprometidas com o programa, tanto na cúpula, quanto nos
outros setores.
Paciência. Não deve haver expectativas equivocadas quanto aos
resultados do marketing de relacionamento. Um programa bem feito de
relacionamento sempre demora a dar resultados.
Tempo e Planejamento. Não basta fazer um projeto de comunicação e
implantar. Deve haver um planejamento muito bem detalhado, e isso demanda
muito tempo.
Informação. Deve haver informações sobre os clientes e informações
para os clientes. Um bom banco de dados com as informações importantes
sobre os clientes,
5. Marketing com Banco de Dados (Database Marketing)
O database é uma ferramenta muito poderosa do Marketing de
Relacionamento. Segundo Shaws em seu livro Marketing com Banco de Dados
(1993 pg.19-20), marketing com banco de dados, pode ser definido da
seguinte maneira:
37
“É uma abordagem interativa para marketing, que usa canais e meios
de comunicação de marketing endereçáveis individualmente (tais como
correio, telefone e força de vendas)”:
Ü Para ampliar a ajuda a um público-alvo da empresa.
Ü Para esttimular sua demanda.
Ü Para estar perto deles, registrando e mantendo uma memória
eletrônica de banco de clientes, clientes potenciais, todos os contatos
comerciais e de comunicação, para ajudar a melhorar todos os contatos
futuros e assegurar um planejamento mais realista de todo o marketing.”
Portanto, o Database Marketing, é uma Ferramenta de Gerência e Apoio
às Decisões. No banco de dados deverá estar gravada toda a informação
relevante dos clientes da empresa. Com base nesses dados, a empresa
poderá ter um relacionamento individual com cada cliente, podendo apresentar
para cada um o produto que lhe convier e que for de sua necessidade. O
banco de dados, porém, é apenas uma ferramenta. É a forma como ele será
usado que fará toda diferença. E essa ferramenta começa já na forma como o
banco de dados será preparado para receber as informações.
A partir do registro e manutenção dos dados dos públicos que nos
interessam é que ficamos conhecendo nossos consumidores. Um bom banco
de dados permite ir muito além das estratégias de manutenção de
relacionamento. Com ele é possível:
Ü Conhecer melhor cada público e cada segmento;
Ü Avaliar o quanto investir no relacionamento com cada um deles;
Ü Direcionar a comunicação de modo a otimizar resultados;
Ü Gerenciar a relação com grupos e indivíduos;
38
Ü Conhecer o comportamento e a opinião dos clientes em relação a
produtos, serviços, preços e outras variáveis;
Ü Analisar mercados regionais com base em dados reais;
Ü Traçar um perfil dos melhores clientes de modo a direcionar o
trabalho das equipes de vendas.
No mercado de informações extensivas da década de 90 (a era da
informação), o sucesso das empresas não depende apenas de como são
coletadas as informações, mas principalmente de como são utilizadas as
informações coletadas. Dependendo do ramo de atividade, não é fácil a
empresa implantar um bom sistema de banco de dados, porém sua
implantação é de extrema importância, pois seus esforços serão compensados
pelo aumento da lealdade dos seus clientes.
6. Serviços de Atendimento ao Consumidor
Não se pode deixar de falar dos SAC’s (Serviço de Atendimento ao
Consumidor), ferramenta importantíssima do Marketing de Relacionamento.
O Serviço de Atendimento ao Consumidor de uma empresa, geralmente
uma linha 0800 de DDG (discagem direta gratuita), é implantado para atender
opiniões, sugestões e reclamações dos consumidores a respeito de
determinado produto ou serviço. O SAC envolve o atendimento telefônico e a
comunicação escrita personalizada aos consumidores a respeito de
determinado produto ou serviço. O SAC envolve atendimento telefônico e a
comunicação escrita personalizada aos consumidores. A seguir serão
apresentados alguns cases de empresas que vêm utilizando com bastante
sucesso o SAC.
39
Serviço de Atendimento ao Consumidor Brahma ganha prêmio destaque
Procon/RJ 1997, segundo matéria publicada no próprio site.
A Companhia Cervejaria Brahma é uma das empresas ganhadoras do
Prêmio Destaque Procon/RJ 1997. Instituído pelo Governo do Estado do Rio
de Janeiro, o prêmio é destinado às empresas cujos serviços de atendimento
ao consumidor mais se destacaram no ano passado pela ética, qualidade e
respeito a ele dedicados. Concorreram ao prêmio 637 empresas que atuam
nos segmentos industrial, comercial e de prestação de serviços públicos e
privados. Deste total, 51 foram pré-selecionadas e 39 são vencedoras.
O Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Brahma funciona
de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30. O serviço conta com 15
atendimentos - nove ficam em São Paulo e os outros seis, em regiões
estratégicas como Brasília, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro. O objetivo da
Brahma é ter pessoas qualificadas tecnicamente para atender os
consumidores. Por isso, os funcionários do SAC passam por um treinamento
nas fábricas e distribuidoras da companhia e recebem orientações de
fonoaudiólogos e advogados.
Criado em 1991, o SAC da Brahma foi reestruturado em 1996 - quando
foi implantados o sistema 0800 e o telefone passou a ser divulgado nas
embalagens dos produtos. Nesta época eram realizados 300
atendimentos/mês. Atualmente, este número cresceu para 12 mil, além de 200
cartas e 250 e-mails enviados mensalmente.
SAC Parmalat é utilizado para reclamar, mas também para dar
sugestões.
Desde 1989, o SAC da Parmalat tenta estabelecer um forte elo com os
consumidores por meio de profissionais especializados para esclarecer
dúvidas e fornecer informações. Os atendentes são treinados e orientados por
nutricionistas e engenheiros de alimentos.
40
Conforme publicado na Gazeta Mercantil de 22/8/2000 o objetivo do
departamento é responder às manifestações dos consumidores, envolvendo
sugestões, reclamações, críticas e elogios. Os serviços oferecidos incluem
atendimento pelo telefone 0800, e-mail e carta, troca de produtos em domicílio
e envio de receitas. São também fornecidas informações técnicas sobre os
produtos para que os consumidores tenham conhecimento sobre o que estão
consumindo.
Nos últimos dez anos, várias sugestões recebidas já resultaram em
alteração nos produtos. Entre elas, a colocação da tampa de rosca na
embalagem do suco de laranja e dos iogurtes batidos, o lançamento do leite
condensado em lata (antes eram caixinhas longa vida) e o desenvolvimento de
versões light para diversos produtos. Outra sugestão de consumidores deu
origem à promoção de bichinhos de pelúcia da Parmalat, em que os
personagens da campanha publicitária "Porque Somos Mamíferos" -crianças
fantasiadas de filhotes de animais viraram disputados brindes.
Entre os casos descritos acima, fica clara a importância de um Serviço
de Atendimento ao Cliente para uma empresa. Geralmente as empresas
colocam o número de atendimento na embalagem do produto, estimulando o
consumidor a entrar em contato com a empresa.
O Serviço de Atendimento ao Cliente serve, dessa maneira, como uma
importantíssima ferramenta de tomada de decisões pela empresa, pois a partir
desses contatos a empresa saberá o que pensa o consumidor, podendo
inclusive alterar certas características de determinado produto para atender às
reivindicações do consumidor. Portanto, o Serviço de Atendimento ao
Consumidor pode servir de base para as decisões referentes ao produto, tanto
mudando alguma característica, como lançando algum produto que falta no
mercado para atender alguma necessidade constatada nesses contatos com o
consumidor final.
41
O Serviço de Atendimento ao Consumidor tem também, outra
importante finalidade, serve para formar um banco de dados de consumidores
que utilizam determinado produto. Com esse mailing, a empresa estabelece
um relacionamento personalizado com os clientes enviando-lhes periódicos
referentes aos produtos da organização. Nesse relacionamento, a empresa
pode conquistar a fidelidade do consumidor.
7 Telemarketing
Andando de mãos dadas com o Serviço de Atendimento ao
Consumidor, o telemarketing é mais uma poderosa ferramenta do Marketing de
relacionamento. O Telemarketing é qualquer processo de negociação realizada
através do telefone.
Desde pequenas lojas até grandes redes sempre utilizaram variadas
técnicas para seduzir o cliente. O objetivo era atingir o maior número de
pessoas com os melhores resultados. Mas com o passar dos anos, muita coisa
mudou. As mídias de massa passaram a ter custo muito altos sem, no entanto,
causar o efeito desejado. Desde então, o telefone passou a ser uma opção
barata de comunicação dirigida. Desse processo, nasceu o telemarketing, que
hoje é uma das principais ferramentas de marketing direto.
Hoje cada vez mais empresas utilizam o telemarketing. E não é só para
vender. A comunicação dirigida permite o acompanhamento e o conhecimento
de cada cliente, além de medir os resultados de cada ação específica.
Trabalhando com operadores treinados e a informática como aliada, o
telemarketing passou a ser mais rápido, eficiente e preciso.
De acordo com a Revista Marketing (06/1996), em 1995, os Estados
Unidos movimentaram US$1,1 trilhão em marketing direto. Desse valor, US$
600 bilhões correspondem à industria do telemarketing. Só as empresas do
42
setor nos EUA empregam 400 mil pessoas, entre operadores, supervisores,
gerente, suporte técnico e demais funcionários. No Brasil, a New Work Station
Telemarketing, emprega 600 funcionários, em 250 pontos de trabalho. A
empresa utiliza equipamentos de última geração e equipe especialmente
treinada.
O telemarketing não é somente uma ferramenta de vendas por telefone.
É usado também para manter um relacionamento constante com um cliente,
por meio de contatos periódicos. O telemarketing pode ser visto como um
intruso e excessivamente agressivo. Mas se for feito com pessoas e empresas
que já são clientes, é visto de forma diferente. Nesse caso, o telefonema
geralmente é bem vindo, principalmente se a razão do telefonema não for
vender, mas sim levantar necessidades, resolver ou prevenir problemas. Ele
permite que a empresa possa se comunicar periodicamente com os clientes,
armazenando dados para posterior utilização. Poucas armas de vendas e
marketing permitem estabelecer vínculos, fazer pesquisas, medir graus de
satisfação e fidelidade, e ainda vender – tudo ao mesmo tempo.
43
CONCLUSÃO
É muito importante a questão da Qualidade no atendimento aos clientes,
sejam eles internos ou externos, eles são peças fundamentais da existência, da
sobrevivência de qualquer empresa, portanto solucionar qualquer insatisfação
do distribuidor dos produtos Rich´s, implementando as ferramentas de
marketing, será eficaz para o consumidor final.
Como vimos no capítulo 1, sempre que precisa de determinado serviço, o
cliente cria certas expectativas a respeito do serviço. E o nível de qualidade do
serviço vai depender dessas expectativas. Portanto, a organização deve
sempre saber quais são as expectativas de seus clientes para poder atendê-las
e ficar na mente do cliente como prestadora de um serviço de qualidade.
Satisfação consiste na sensação de prazer ou desapontamento
resultante da comparação do desempenho (ou resultado) percebido de um
produto em relação as expectativa. Fica claro por essa definição que a
satisfação é a função de desempenho e expectativas percebidos. Se o
desempenho não alcançar expectativas, o cliente ficará insatisfeito. Se o
desempenho alcançar as expectativas, o cliente ficará satisfeito. Se o
desempenho for além das expectativas o cliente ficará altamente satisfeito ou
encantado.
O marketing de relacionamento, pode ser o fechamento para um bom
atendimento ao cliente, Como vimos no capítulo 3 fazer marketing de
relacionamento é trabalhar na percepção de cada cliente, fazendo-o acreditar
que somos os melhores para ele. Fazendo-o, portanto, desejar ser e
permanecer nosso cliente. Quando o marketing de relacionamento é bem feito,
o cliente não vê a empresa como mais uma opção. Ele a tem como o seu
fornecedor. Ele se sente seguro, inclusive, para recomeçar os serviços da
empresa sem expor-se.
44
ANEXOS
Peças de teatro
45
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
• RICH´S, históricos,Treinamento de Vendas (Material Interno e
Confidencial).
• KOTLER,Philip,Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e
dominar mercados. 12. ed. São Paulo: Futura, 2002.
• KOTLER,Philip,Administração de Marketing: a edição do novo milênio,
10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
• Texto retirado da internet, www.richs.com.br
• CARAVANTES, Geraldo R. e CARAVANTES. Claudia, e BJUR. Wesley.
Administração e Qualidade – A Superação dos desafios. São Paulo:
Makron Books, 1997.
46
INDICE
FOLHA DE ROSTO ............................................................................................ 2
AGRADECIMENTO ............................................................................................ 3
DEDICATÓRIA ................................................................................................... 4
RESUMO ............................................................................................................ 5
METODOLOGIA ................................................................................................. 6
SUMÁRIO ............................................................................................................7
INTRODUÇÃO .....................................................................................................8
CAPÍTULO 1
QUALIDADE DE SERVIÇO ............................................................................. .11
1.Definindo qualidade em serviços .............................................. 12
1.1 A importância da Qualidade em Serviços, segundo Karl
Albrecht em seu livro Revolução nos Serviços ................. 13
1.2 Serviços X Bens Físicos ............................................. 15
1.3Qualidade em serviços: a percepção do cliente ......... .17
2 .As dimensões da qualidade .....................................................17
3 As expectativas do cliente ........................................................ 18
4 Os critérios da boa qualidade percebida ...................................19
4.1 Profissionalismo e Habilidades ....................................19
4.2 Atitudes e Comportamento .......................................19
4.3 Facilidade de Acesso e Flexibilidade ...........................19
4.4 Confiabilidade e Honestidade ......................................20
4.5 Recuperação ................................................................20
4.6 Reputação e Credibilidade .........................................20
5 Padrões de desempenho ......................................................... 21
CAPÍTULO 2
SATISFAÇÃO DO CLIENTE .............................................................................24
1. VALOR DO CLIENTE....................................................................................24
2. SATISFAÇÃO DO CLIENTE..........................................................................27
47
CAPÍTULO 3
MARKETING DE RELACIONAMENTO ............................................................29
1.RETENÇÃO DE CLIENTE? ................................................................29
2.INSATISFAÇÃO DO CLIENTE PODE TRAZER CONSEQUÊNCIAS
MAIORES........................................................................................................ .31
3.QUANTO VALE UM CLIENTE LEAL.................................................. 32
4.MARKETING DE RELACIONAMENTO: O QUE É COMO FAZER.....34
5. MARKETING EM BANCOS DE DADOS (DATABASE MKT)............36
6. SERVIÇOS DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR.......................38
7. TELEMARKETING.............................................................................41
CONCLUSÃO...................................................................................................43
ANEXOS..........................................................................................................44
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA......................................................................45
INDICE............................................................................................................46
FOLHA DE AVALIAÇÃO.................................................................................48
48
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes
Título da Monografia: Satisfação no atendimento aos distribuidores dos
produtos da Rich`s
Autor: Andréia de Jesus Pereira
Data da entrega: 16/04/2004
Avaliado por: Conceito:
Avaliado por: Conceito:
Avaliado por: Conceito:
Conceito Final: