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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM SISTEMA DE PRODUÇÃO POR CARTÃO KANBAN Por: Jailson Pereira de Aquino Orientador Prof. Nelson Magalhães Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

SISTEMA DE PRODUÇÃO POR CARTÃO KANBAN

Por: Jailson Pereira de Aquino

Orientador

Prof. Nelson Magalhães

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

SISTEMA DE PRODUÇÃO POR CARTÃO KANBAN

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Engenharia da

Produção

Por: Jailson Pereira de Aquino

Rio de Janeiro

2011

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, que me deu saúde, e condições para mais esta realização em minha vida, minha esposa Sandra, as minhas filhas Jamily e

Jennifer, aos meus pais, meu irmão, enfim toda a minha família e meus amigos, enfim todas as pessoas que amo, e que torceram por mim ao longo

desta jornada.

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DEDICATÓRIA

Primeiramente a Deus, que me deu saúde, e condições para mais esta realização em minha vida pessoal, minha esposa Sandra, as minhas filhas

Jamily e Jennifer, aos meus pais, meu irmão, meus amigos, enfim todas as pessoas que estiveram junto comigo nesta caminhada, participando de

maneira direta ou indireta para a realização deste sonho, que deixou de ser sonho e ser tornou realidade, obrigado por tudo, por tudo mesmo, sem a

colaboração destas pessoas eu não conseguiria, divido com vocês esta vitória, deixando claro, que a vitória não é minha é de todos vocês.

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RESUMO

Desde o século XVIII com o inicio da Revolução Industrial, as empresas

vem buscando novos métodos de trabalho que resultem numa oferta maior de

seus produtos a sociedade, bem como os mesmos possam ser ofertados aos

seus clientes por um preço competitivo, baseado neste fundamento Henry

Ford, promove o sistema de trabalho Fordismo em 1914, que era um sistema

de produção em massa. Chiavenato (2004, p. 364) diz que produção em

massa é a produção feita em grande quantidade, que revolucionou a indústria

automobilística na época, sua intenção era fabricar carros em série, daí surgiu

o nome de produção seriada, ou produção em massa, seu objetivo principal

era reduzir ao máximo os custos de produção, com o objetivo de ofertar seus

carros a um preço baixo, de modo que grande parte da população americana

pudesse comprar, esta estratégia alavancou a venda de automóveis ao redor

do mundo, más será que este modelo de produção nos tempos atuais seria

razoável para as empresas praticarem, certamente não, pois o mercado

consumidor de hoje procura a diversificação e um mix de bens de consumo, ou

seja, a grande maioria dos consumidores de hoje, procura ao máximo

personalizar seus bens de consumo, de modo que ele seja único e exclusivo.

Então surge a seguinte dúvida como então as empresas de hoje podem

ser competitivas? A resposta é simples, porém muito difícil de praticar, redução

de estoques de maneira racional e equilibrada, uma empresa que opta por

uma produção em massa ela tem um custo elevado com estoques de matéria

prima, bem como de produtos já manufaturados, isto resulta em perda de fluxo

de caixa, por conseqüência perda de competitividade.

Após o final da Segunda Guerra mundial, o Japão ficou totalmente

destruído, por conseqüência de sua derrota da guerra, a escassez de recursos

financeiros que assolavam não só o governo japonês, mas também as

empresas privadas japonesas, esta dificuldade financeira motivou a Toyota a

buscar um sistema de produção totalmente inovador, como as empresas não

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tinham um aporte financeiro razoável, para a compra em escala de matéria de

prima para seus respectivos estoques, surge o chamado Toyotismo, trata-se

de um sistema de produção enxuto, completamente o oposto do Fordismo.

O Toyotismo tem sua estratégia pautada na produção puxada, ou seja,

um produto só é colocado na linha de produção quando sua venda é efetuada,

com isso reduz-se drasticamente o volume de estoques, bem como seus

custos em matéria prima estocado, e de produtos manufaturados, neste

cenário, surge um facilitador para a introdução deste sistema de produção, o

sistema de produção por Kanban, onde no decorrer deste trabalho iremos

fazer uma abordagem ampla de como funciona o cartão de produção por

Kanban, mencionando todas as variáveis que o sistema promove no chão de

fabrica.

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METODOLOGIA

Para a elaboração deste trabalho acadêmico, fez se necessário a leitura

de periódicos, livros e etc., deste modo as pesquisas serão de cunho

bibliográfico, a partir de autores que versam sobre o tema acordado. No

cenário desta pesquisa buscaremos fatos relevantes no processo produtivo

das organizações que fazem uso do sistema de cartão de kanban, toda a

pesquisa terá como base consulta em livros e visitações em empresas que

utilizam o sistema de cartão de kanban. , ressaltando fatos relevantes sobre os

assuntos inerentes na gestão da Engenharia da Produção, alinhando os

conhecimentos práticos e teóricos concernentes ao âmbito profissional bem

como ao âmbito acadêmico.

De acordo com Roesch (2005, p.32) o propósito da pesquisa

quantitativa é avaliar de algum sistema ou projeto cujo objetivo é medir

relações entre as variáveis.

Quanto aos fins trata-se de uma pesquisa investigativa explicativa, com

o objetivo de tornar claras as benesses do sistema kanban, e ao mesmo

tempo, como funciona o sistema, procurando explicar numa linguagem clara e

objetiva, com o intuito de tornar fácil o entendimento, a qualquer pessoa que

possa se interessar pelo assunto aqui discorrido.

Vergara (2010, p.42) afirma que uma pesquisa investigativa explicativa

tem como principal objetivo tornar algo inteligível justificar-lhe os motivos. Visa,

portanto, esclarecer quais fatores contribui de alguma forma, para a ocorrência

de determinado fenômeno. Por exemplo; as razões do sucesso de

determinado empreendimento.

Para elaboração desta pesquisa, serão necessárias consultas em

bibliotecas que contenham um acervo rico em relação ao tema abordado, tais

como as bibliotecas nas universidades: Unigranrio e Candido Mendes, assim

como a biblioteca Municipal de Duque de Caxias, através desta pesquisa

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bibliográfica pretendem-se adquirir maiores conhecimentos teóricos a respeito

do tema acordado.

De acordo com Vergara (2010, p.43) a pesquisa bibliográfica é o estudo

sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros,

revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em

geral.

Realizei também uma pesquisa de campo, em uma indústria de

metalúrgica, cujo seu segmento esta na fabricação de metais sanitários para

banheiro e cozinha, onde o sistema kanban de produção é usado para a

manufatura de seus produtos ao longo do processo, buscando fatos relevantes

sobre o tema abordado.

Vergara (2010, p.43) afirma que pesquisa de campo é uma investigação

empírica, realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno, ou que

dispõe de elementos para explicá-lo. Pode incluir entrevistas, aplicações de

questionários, testes e observações participantes ou não.

Portanto fica estabelecido, que em nesta pesquisa os seus meios serão

pautados em uma pesquisa bibliográfica e de campo, com o objetivo de

encurtar a distância entre a universidade e o que ocorre de na pratica nas

organizações.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I - Como surgiu o cartão kanban 12

CAPÍTULO II - Implantando o sistema de produção por cartão kanban 20

CAPÍTULO III - Pesquisa de Campo 23

CAPÍTULO IV - Desmitificando o sistema kanban 28

CAPÍTULO V - Vantagens da Implantação do kanban 30

CONCLUSÃO 37

ANEXOS 39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41

ÍNDICE 43

FOLHA DE AVALIAÇÃO 45

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INTRODUÇÃO

As mais variadas organizações sejam elas pequenas médias ou

grandes, de qualquer que seja o seu segmento por toda a parte do mundo,

buscam por melhorias em seus processos produtivos, motivados pela procura

incessante de um processo produtivo que lhes garantam uma maior

produtividade, atrelado a um custo cada vez menor, de forma que seus

respectivos produtos sejam ofertados ao mercado consumidor por um preço

competitivo.

De acordo com Slack (2008, p.30) A administração da produção é,

acima de tudo, um assunto prático que trata de problemas reais.

Este é o dilema da empresas atualmente, solucionarem problemas reais, de

modo que tais problemas não ponham em risco a saúde financeira da

empresa, e para isto a empresa deve se adequar as contingências do

mercado, se adaptando as necessidades de seus clientes.

Segundo Zacharias (2001, p.33) as organizações dependem de seus

clientes e, portanto convém que entendam as necessidades atuais e futuras do

cliente, de modo que atendam aos seus requisitos e que excedam as suas

expectativas.

No inicio da década de 90, surge à globalização, e este conceito de

valorizar aos anseios dos clientes ganham força ao redor do mundo, uma vez

que a abertura econômica dos países forçou as empresas a mudarem

totalmente suas respectivas estratégias de produção.

Segundo Garvin (1992, p.30), novos fatos do mercado convenceram

muitos gerentes de que a melhoria poderia ser vista como uma meta rentável.

A justificativa para a elaboração deste estudo acadêmico se dá pela

importância que as empresas de manufatura industrial têm para a geração de

riquezas para economia nacional. Em entrevista concedida a Revista da

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Indústria em julho de 2010, o Presidente do BNDES, Luciano Coutinho afirma

que o setor industrial brasileiro nos últimos anos vem sofrendo forte

recuperação de investimentos do setor privado, fruto da confiança dos

empresários na consciência da política macroeconômica e no potencial de

crescimento da economia brasileira.

Coutinho (Revista da Indústria 2010, p.17) relata que o setor industrial

brasileiro hoje representa 19% do PIB, más atingirá, com os fortes

investimentos nos próximos anos entre 22% a 23% do PIB nacional.

Espera-se que esta pesquisa possa contribuir com informações

relevantes aos profissionais que atuam de maneira direta ou indireta nas

indústrias de manufatura, tais como Administradores, Engenheiros,

Empreendedores, Empresários, Consultores e etc. bem como todo o corpo

docente e discente desta instituição de ensino.

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CAPÍTULO I

SISTEMA DE PRODUÇÃO POR CARTÃO KANBAN

COMO SURGIU O SISTEMA DE PRODUÇÃO POR

CARTÃO KANBAN.

Com o fim da II Guerra Mundial, o Japão ficou totalmente destruído, por

conseqüência sua economia ficou muito fragilizada, as empresas japonesas

não tinham um capital de giro, capaz de fomentar uma produção em larga

escala, uma vez que a estratégia adotada na época tratava-se de produção em

massa ou produção em escala, tendo como exemplo a Ford nos EUA.

De acordo com (Moura 1994, p.3) o método de produção em massa de

um único modelo possibilitava um baixo custo devido aos grandes volumes

produzidos, o sistema Ford adotava esta estratégia, com isso as empresas

tinham a necessidade de um investimento alto em estoques de matérias

primas, bem como de produtos já manufaturados, e isto custava muito caro,

deste modo esta estratégia tornava-se impraticável aos olhos japoneses.

Campos (1992, p.149) afirma que a excelência das empresas japonesas

deflagrou uma verdadeira corrida por programas de produção que melhorem a

produtividade bem como a qualidade.

De acordo com Woronoff (1993, p.18) o kanban é uma técnica

interessante que relaciona-se com o controle de estoques, importante para os

japoneses devido a escassez de espaço e ao seu alto custo.

O Japão teve que desenvolver um sistema de produção próprio para

produzir veículos a baixo custo, com a mesma qualidade dos carros europeus

e americanos (MOURA, 1994, p.3) uma vez que os recursos financeiros eram

extremamente escassos, com o surgimento desta necessidade surge o

sistema de produção por kanban.

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Os processos produtivos de uma empresa devem ser bem definidos,

pois ele refletirá diretamente no resultado operacional de toda organização.

Segundo Redesist (2005 p.13) notoriamente os processos são

componentes fundamentais das organizações, assim o sistema de produção

por cartão kanban é um processo de produção, que renderia para a

organização, uma produção enxuta com níveis de estoques bastante

reduzidos.

De acordo com Cerqueira (1995, p.164) um sistema de produção bem

definido, alinhado à estratégia da organização e aos seus respectivos

interesses, podem garantir o sucesso do negócio.

De acordo com Campos (1992, p.6) ser competitivo é ter uma maior

produtividade entre todos os seus concorrentes é o que realmente vai garantir

a vida de uma organização.

Taichi Ohno, o idealizador do projeto kanban, o que se tornaria no

mundo contemporâneo uma das ferramentas mais competitivas para as

empresas que conseguirem implantar este sistema de produção, que é muito

fácil de manusear, pois não requer tecnologias ultramodernas e complicadas,

porém extremamente difícil de gerenciar, pois um cartão kanban é como se

fosse uma ordem de fabricação.

A organização que possui o método de produção, Just in Time/Kanban

geralmente não conta com tecnologias ultramodernas com robôs e controle por

central de computadores (RIFIKIN, 1996, p. 99).

Slack (2008, p. 494) afirma que um cartão kanban é um sinal para um

processo produtivo começar, portanto as pessoas que movimentarem os

cartões kanban no chão de fabrica devem ter total conhecimento das causas

bem como dos efeitos causados pela circulação do cartão kanban, as

empresas devem ter uma boa vontade em resolver tais questões, como

treinamento de pessoal e etc., a empresa automobilística Toyota foi a pioneira

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a adotar este sistema de produção, deixando para trás o conceito de produção

“empurrada” para “puxada”, isto significar dizer que um determinado bem de

consumo só deverá entrar em processo em uma linha de produção, quando a

venda do mesmo já estiver sido considerada.

Segundo (Moura, 1994 p.8) o sistema de Puxar é a parte do principio de

só produzir quando a houver vendas e toda a empresa cria condições para

reduzir o ciclo de manufatura. Baseado neste principio surge o sistema de

produção por cartão kanban, porque ele alia exatamente o único modelo

competitivo de produção que se encaixava para a sua época, uma vez que a

Toyota não tinha recursos financeiros suficientes para manter um estoque em

larga escala, tão pouco grandes estoques de produtos acabados, o que geraria

um enorme custo, tornando a atividade totalmente inviável.

1.1 – Quanto à implantação do sistema de produção por

kanban.

È importante ressaltar que a implantação do sistema de produção por

cartão kanban não será tarefa fácil, assim como todo paradigma leva tempo

para ser quebrado, a implantação do sistema kanban de produção não deixa

de ser um paradigma.

Moura (1994, p.139) diz que antes da implantação do kanban, os

gerentes bem como os diretores da organização devem compreender todas as

ramificações do sistema kanban, pois a lógica da produção com kanban não é

um caminho natural de reflexão. É preciso saber o que fazer e como fazer, de

modo que nada fuja do planejado, por isso se faz importante o entendimento

de todo o escopo do projeto.

1.2 - Colaboradores, peças fundamentais para a implantação

correta do sistema.

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Além do treinamento, a todo o pessoal envolvido no processo, as

empresas devem disponibilizar nos respectivos setores, quadros para

sinalização do cartão kanban, além de recipientes adequados para a

acomodação de peças, de modo que privilegie a visualização bem como a

arrumação do setor. Segundo Hirano (1994, p.35) os principais quadros de

sinalização devem ser claramente identificados desde a entrada da fábrica.

Moura (1994, p. 140) afirma que a tarefa mais árdua do implantador do

kanban é, sem dúvida alguma, conseguir o envolvimento do pessoal e o seu

comprometimento com os objetivos da organização, portanto os líderes e os

supervisores dos setores devem educar e treinar a exaustão a sua equipe de

trabalho, quanto à disciplina do uso dos cartões kanban, eles não devem fazer,

mas sim ensinar aos seus liderados o uso adequado do cartão kanban,

estabelecendo rotinas que devem ser adotadas todo dia.

Therrien (1996, p.7) diz que para se conseguir avanços em termos de

produtividade, deve-se fazer uso maior de interações sociais entre os

colaboradores, ou seja, um treinamento entre eles.

1.3 - Conhecendo a funcionalidade das cores do fundo do

quadro kanban.

Adequação da demanda anterior tendo como base um consumo médio

dos mesmos itens nos últimos três meses, subdividindo-os em três níveis de

fabricação, que estarão representados no fundo dos painéis com as cores

verde, amarela e vermelha.

Slack (2008, p. 494) menciona que a colocação do cartão kanban no

fundo na cor verde, expressa aviso verbal para o setor como prioridade normal,

na cor amarela prioridade moderada e na cor vermelha prioridade principal, a

seguir ilustração de um painel de kanban sinalizador para a produção, em cada

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quadradinho é anexado um cartão kanban, a sua colocação é de baixo para

cima, conforme ilustra a seta ao lado direito do painel, deixando bem claro qual

item do setor requer maior atenção.

Figura 1

Fonte: Pesquisa de Campo

Vale lembrar que o sistema kanban pressupõe a circulação dos cartões

sempre na horizontal, ou seja, temos que ir produzindo de acordo com o fundo

do quadro que sugere a prioridade, assim o item a será produzido até o

término da faixa vermelha, após vamos para o item b e produzimos até o fim

da faixa vermelha e assim sucessivamente.

Moura (1994, p.80) afirma que os itens são produzidos com base na

proximidade dos cartões da zona vermelha. Estando literalmente no vermelho,

aquele item está à zero no supermercado, ou no processo seguinte de

produção.

Cada item é classificado com o número de cartões compatíveis com a

demanda, levando-se também em consideração o volume que cabe em cada

contenedor, logo se a demanda de um determinado item for baixa logo o

numero de cartões também será baixo conforme ilustra o item c na tabela cuja

A

8x1000

B

5X500

C

3X100

D

5X600

E

3X150

F

6X750

G

8X1000

H

4X1500

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demanda mensal em média é de 150 peças, e da mesma sorte se a demanda

for alta o número de cartões também será alto conforme ilustra o item a, cuja

demanda mensal em média é de 8000 peças.

Moura (1994, p.145) salienta que se determina o consumo médio

anterior, peça a peça para a definição dos números e quantidades do cartão

kanban.

Assim teremos uma produção eficiente e rápida, possibilitando um

atendimento melhor aos clientes, no que se refere aos prazos de entrega, a um

custo infinitamente menor, se comparado ao sistema de produção puxado,

onde os produtos são manufaturados antes mesmo de ser vendido, a

produção puxada só inicia a produção após a venda for concretizada, ou seja o

cliente literalmente puxa a produção, estabelecendo prioridades, quantidades,

prazos de entrega e etc., ou seja quem determina o que deve entrar em

processo de fabricação é o cliente final.

1.4 - Modelo de cartão kanban.

De acordo com Moura (1997, p.19) a principal diferença entre os dois

modelos de produção é que com o sistema de produção por cartão kanban, a

reposição do produto é ordenada pelo processo posterior, na proporção em

que o mesmo é consumido. A seguir modelo de cartão kanban, contendo todas

as informações relevantes para o processo, inclusive o endereçamento dos

respectivos centros de trabalho, vale a pena lembrar que este modelo é

somente ilustrativo, a confecção do mesmo pode se alterar de acordo com os

anseios de cada organização.

Conforme podemos observar, o cartão tem frente e verso

respectivamente, com cor de fundo verde para se alocado na área verde do

quadro conforme ilustra o quadro kanban acima, assim como este cartão em

fundo verde, também temos cartões de fundo amarelo e vermelho, o que nos

permite avaliar em que grau de prioridade esta o processo da peça em

questão.

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Figura: 2

Figura: 3

O cartão também tem o nome da peça a ser fabricado que no caso é um

parafuso, bem como o código técnico do mesmo , apresentando a quantidade

máxima que deve ser acondicionada na caixa, no exemplo para uma produção

de 1000 parafusos os mesmos devem ser subdivididos em 2 cartões de 500

peças no tipo de caixa que aponta o cartão o kanban, que no caso trata-se da

caixa 1, ou seja no final da manufatura deste cartão kanban, deve seguir para

DATA: 26/10/2010

Embalagem:Caixa 1

PARAFUSO

000001

1000

2 caixas de 500 peças

Total de cartões: 5

Quadro Origem: Forjaria

Local final: Montagem

Código Técnico: 00001

Quantidade de matéria prima necessária: 10 Kgs.

“Matéria Prima utilizada: Barra Latão Importado ½”

operação / setores/tempo gasto

1 SER 0.5

2 FORJ 1.50

3 USIN 2.00

4 CROM 0.50

5 MONT 1.00

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o processo seguinte 2 caixas de 500 peças, sendo que o cartão kanban deve

ser anexado junto com as caixas.

No verso do cartão podemos observar o tipo de matéria prima

necessário para a fabricação do parafuso bem como a quantidade de matéria

prima necessária para a fabricação destes mesmos 1000 parafusos, além de

todo tempo gasto entre os processos de fabricação.

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CAPITULO II

SISTEMA DE PRODUÇÃO POR CARTÃO KANBAN

Implantando o sistema de produção por cartão kanban.

Certamente várias dificuldades surgirão ao longo da implantação do

sistema por parte das pessoas envolvidas, umas das frases que mais se ouvirá

serão as seguintes; isto não vai dar certo, sempre fiz assim e nunca deu

errado.

Moura (1994, p.147) ressalta que o ser humano é resistente a

mudanças, por isso o sistema kanban não é simples de se aplicado, não pela

sua dificuldade como sistema, mas sim por sua filosofia, que exige de toda

uma imensa predisposição a ação e a melhorar coisas.

O kanban na sua funcionalidade exige, que de tempo em tempo sua

quantidade bem como o número de cartões estabelecidos devam ser revistos,

pois a demanda de certo item pode alterar para mais ou menos, assim faz se

necessário ajustes para a adequação do trabalho, além disso, novos

processos internos podem surgir, tais como compra de novos equipamentos

que promovem uma maior produção em menos tempo de trabalho.

2.1 - MRP, um grande aliado para a boa funcionalidade do

sistema.

Uma vez implantado o sistema de produção por cartão kanban, agora

vamos ao segundo passo, trata-se da circulação do cartão kanban entre os

setores. Na verdade tudo começa no setor comercial da empresa, quando uma

venda do produto é fechada, automaticamente é produção é acionada para

produzir um determinado item, existem vários sistemas de tecnologia da

informação que auxiliam o sistema kanban, o mais conhecido é o MRP, que

permite a explosão do item vendido na forma de subconjuntos, permitindo a

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retirada de toda a matéria prima necessária no almoxarifado para o inicio da

fabricação do produto.

Podemos citar como exemplo a venda de um automóvel, assim que o

pedido é registrado pelo setor de vendas o MRP automaticamente explode o

produto final que no caso é o automóvel em sub-produtos como pneus,

bancos, aros, motor e etc., ou seja o sistema MRP, requisita através do cartão

kanban a fabricação de 5 pneus, de bancos de assentos , bancos de assento,

a fabricação de 5 aros e etc., aos devidos centros de trabalho, assim o cartão

kanban circula entre os centros de trabalhos, até o setor de montagem final do

produto.

Sandras (1989, p.87) afirma que o sistema MRP e o sistema de

produção por cartão kanban se complementam, uma vez que o MRP planeja

toda a produção através de inputs registrados pelo do setor de vendas, e o

cartão kanban executa o processo no chão de fabrica.

Deste modo, o MRP possibilita uma sinergia com o cartão de produção

por kanban, enquanto o MRP planeja a fabricação de um determinado

subconjunto, o cartão de produção por kanban executa o processo operacional

entre os setores, abaixo podemos observar um fluxograma que se refere a

fabricação de um parafuso que será usado na fabricação de um determinado

produto acabado, conforme podemos observar o MRP transformou o produto

final em subconjuntos, permitindo a circulação do cartão entre os centros de

trabalhos, até a linha de montagem.

A seguir, um fluxograma, demonstrando o fluxo operacional do cartão

kanban entre os centros de trabalho, vale a pena lembrar que cada centro de

trabalho possui um painel de encomenda para o acondicionamento do cartão

kanban, o que permite a visualização de todos os colaboradores do centro de

trabalho envolvido.

Como demonstra no fluxograma a seguir, podemos perceber que na

contra mão do fluxo de produção, vem o fluxo de informações que o kanban

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permite a perfeita identificação dos problemas ou gargalos de produção, o que

permite uma perfeita visualização dos problemas, no que diz respeito aos

entraves produtivos, como por exemplo: longos setups, ciclo de produção não

compatível com a demanda pelo equipamento produtivo, problemas de

manutenção e etc.

FLUXO DE PROCESSO

ALMOXARIF. SERRA FORJARIA USINAGEM CROMAR MONTAR

FLUXO DE INFORMAÇÕES

Oportunidades de Melhorias (identificações de gargalos)

Figura 4

Fonte: Elaboração Própria

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CAPITULO III

SISTEMA DE PRODUÇÃO POR CARTÃO KANBAN

Pesquisa de Campo.

Em busca de exemplos práticos, quanto à transição bem como, a

implantação do sistema de produção por cartão Kanban, fomos a uma

indústria metalúrgica, uma das lideres no cenário nacional no segmento de

metais sanitários para banheiro e cozinha, a intenção desta pesquisa é

exatamente sentir na prática o funcionamento do sistema de produção por

cartão kanban, usaremos um formulário de pesquisa, onde contem perguntas

relevantes do tema acordado, vamos entrevistar principalmente os funcionários

desta organização que participaram do sistema de produção antigo, e o

sistema atual de produção, que é o sistema de produção por cartão kanban,

nosso alvo é exatamente mensurar a funcionalidade do sistema atual, e

constatar as vantagens e desvantagens do sistema kanban, e apontar as

dificuldades de transição de um sistema para o outro, sob o ponto de vista

operacional, tendo como base os fatos levantados por intermédio dos

entrevistados.

Iniciamos nossa pesquisa de campo indo ao almoxarifado de matéria

prima, constatei que as barras de latões, usados para as transformações dos

produtos acabados estão separados e identificados conforme o tipo de peça

que irá ser fabricado, o próprio operador da serra munido do cartão kanban

requisita o matéria prima necessária para a fabricação, o funcionário do

almoxarifado cede a matéria prima necessária e dá o input necessário ao

sistema da informação da empresa, que no caso é o MRP, para os controles

necessários, a partir deste ponto inicia-se o fluxo de materiais entre os setores.

Tive a oportunidade de entrevistar um Supervisor de Produção de um

setor de passagem do processo, ao ser indagado por mim, sobre o que ele

acha do sistema de produção por kanban, ele me relatou que não consegue

mais trabalhar sem o sistema de cartão kanban, pois ele tem uma visão global

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do processo produtivo, porque através do painel de cartões em seu setor de

trabalho ele tem uma real noção quais são os itens que requerem maior

prioridade, e da mesma sorte os que não requerem tanta prioridade assim, ele

relatou que antes a sua informação sobre o que fazer era deficitária, pois ele

dependia de informação externas, e na maioria das vezes a informação não

era exata, o que acarretava em produção em grandes volumes e

desnecessários, onde resultava em altos volumes de estoques de um

determinado produto, e a escassez de outros, em suma o cartão kanban

conseguiu balancear a produção de seu setor, diminuindo drasticamente o

número de horas extras, com uma maior produtividade efetiva.

Outro funcionário entrevistado foi um líder de seção, onde ele relata que

o cartão kanban facilitou muito o seu trabalho, antes ele tinha que preencher

uma pilha de ordens de serviços, documento esse utilizado para requisitar a

matéria prima necessária para a manufatura de seu setor, isto roubava 1/3 do

seu tempo de trabalho, com o advento do cartão kanban esse trabalho

desnecessário foi abolido, e ele pôde concentrar-se mais no setor produtivo de

seu setor.

Ao entrevistar um Comprador desta mesma organização, ele disse, que

antes do cartão kanban, os níveis de estoque de seu almoxarifado eram

altíssimos, o cartão kanban, permitiu um estoque mais enxuto, e por

conseqüência disso a empresa torna-se mais competitiva, uma vez que o seu

fluxo de caixa aumentou o que propiciou investimentos em outros setores da

produção, tais como infraestrutura entre outros.

A seguir alguns gráficos que demonstram os dados obtidos através da

pesquisa de campo realizado valem lembrar que foram entrevistados 20

funcionários ao longo de toda a cadeia produtiva.

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3.1 - Quanto a Funcionalidade do Sistema

Figura 5

Fonte: elaboração própria

A grande maioria dos colaboradores envolvidos, cerca de 95%

afirmaram que o cartão de produção por Kanban, tem uma boa funcionalidade,

pelo fato de ele ser visual, facilita o dia dia sobre as decisões sobre o que

fazer, e quando fazer.

3.2 - Quanto às informações do cartão kanban

Quando perguntados, sobre o fluxo do sistema de cartão por kanban,

em relação às peças produzidas no chão de fabrica, se realmente condizem

com o que esta pré-estabelecido no verso do cartão, houve unanimidade,

todos afirmaram que o fluxo é respeitado, conforme ilustra o gráfico a seguir.

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Figura 6 Fonte: Elaboração Própria

3.3 - Quanto a Pontualidade das Entregas

Podemos observar também que com o advento do kanban, a empresa

passou a atender melhor a seus clientes no que se refere a prazos, a cada 100

pedidos somente três não são atendidos dentro do prazo, a seguir

demonstração gráfica dos dados aqui apresentados.

Figura 7

Fonte: Elaboração Própria.

3.4 - Kanban Melhorou a Produtividade

Outro ponto muito relevante nesta pesquisa, esta no tempo de horas

trabalhadas dos setores fabril, antes tínhamos um total de horas trabalhadas

por máquinas em média de 140 horas mensais, hoje este número foi diminuído

para 100 horas, com resultados bem superiores que o anterior, pois a

produção começou a operar em sentido horizontal, em oposição ao vertical

que era praticado anteriormente.

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Figura 8

Fonte: Elaboração Própria.

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CAPITULO IV

SISTEMA DE PRODUÇÃO POR CARTÃO KANBAN

Desmitificando o Sistema de Produção por Kanban

Existem vários engodos concernentes ao kanban, muitos acham que

kanban e Just In Time são a mesma coisa, este julgamento é errado, Segundo

Sandras (1989, p.23) JIT é a eliminação de desperdícios como um todo, seja

ele de tempo, de matéria prima, e etc., enquanto o kanban nada mais é do que

uma limitação de quantidade de peças na produção, ou seja o kanban é um

facilitador do JIT.

Muitos acham que o sistema de produção por cartão kanban, se torna

impossível no chão de fabrica, isto não é verdade, De acordo com Slack (2008,

p.495) o sistema é bastante simples e pode ser usado para planejar e controlar

a produção.

Muitos acham que o sistema de produção por kanban só pode ser

usado em grandes empresas, pois requerem tecnologias avançadas, isto

também é um engano. Moura (1994, p.235) afirma que a implantação do

kanban é simples e muito eficiente, não depende de procedimentos caros e

complexos nem de quaisquer outros investimentos especiais.

4.1 - Diferenças entre kanban e o JIT.

Kanban e Just In Time são a mesma coisa? Engana-se que pensa isto.

Just In Time nada mais é do que o combate ao desperdício como um todo,

seja ele de matéria prima de mão de obra de tempos de manutenção e etc.

enquanto que o kanban é um sistema de fluxo de produção.

Slack (2008, p.482) diz que Just In Time é uma abordagem disciplinada,

que visa o aprimoramento da produtividade global e eliminar os desperdícios.

Ele possibilita a produção eficaz em temos de custo, assim como o

fornecimento apenas da quantidade correta, no momento e locais corretos,

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utilizando o mínimo de instalações e equipamentos, materiais e recursos

humanos. O JIT é dependente do balanço entre a flexibilidade do usuário. Ele

é alcançado por meio da aplicação de elementos que requerem um

envolvimento total dos funcionários e trabalho em equipe.

4.2 - Kanban não requer tecnologias ultramodernas.

Outro grande engano é pensar que por ser um sistema de produção

visual, onde não requer tecnologias ultramodernas é pensar que este sistema

de produção não requer treinamento dos funcionários.

Moura (1994, p.29) ressalta que o kanban ressalta o senso de

propriedade entre os empregados. É estabelecida uma meta visível de

desempenho no trabalho para uma estação de trabalho e os empregados que

fazem parte dela se empenham para atingir a meta através de meios

inovadores. Este tipo de motivação do grupo garante a implantação bem-

sucedida do sistema de produção.

De acordo com Slack (2008, p.492) o envolvimento total das pessoas

pode ser visto como uma extensão das práticas básicas de trabalho.

Entretanto, ele prevê que os funcionários assumam muito mais

responsabilidades no uso de suas habilidades para o beneficio de toda a

companhia. Eles são treinados, capacitados e motivados a assumir total

responsabilidade sob todos os aspectos de seu trabalho. Por outro lado,

confia-se que irão assumir tais responsabilidades com autonomia em sua

própria área de trabalho.

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CAPITULO V

SISTEMA DE PRODUÇÃO POR CARTÃO KANBAN

Vantagens da Implantação do Sistema kanban de

Produção.

Ao Implantar o sistema kanban de produção, a organização pode ter a

certeza que esta obtendo uma ótima ferramenta para o melhoramento do fluxo

de seus processos, bem como a otimização de seus recursos tanto os de infra-

estrutura bem como os financeiros, más é claro se ele for implantado de

maneira correta, tendo como base as individualidades da organização,

levando-se em consideração o volume de vendas, a disposição de máquinas,

de pessoas, e financeiro.

Segundo Woronoff (1993, p.18) o sistema kanban economizou muito

dinheiro para os japoneses. Também lhes permitiu observar melhor o que os

fornecedores estavam fazendo.

Dentre umas séries de benefícios o kanban permite uma perfeita

radiografia do processo de trabalho, uma vez que quando acontece algum tipo

de problema que interfere no fluxo do material, a etapa seguinte do processo

simplesmente fica parada, o que torna nítido e notório onde esta o problema, e

qual é o problema, permitindo aos gestores a agirem na causa do problema e

não no efeito do problema, como era no método tradicional do problema.

Uma das fontes de desperdícios, identificadas anteriormente, era

causada pela programação de estoques. Uma programação de estoques ruim

(componentes chegam muito cedo ou muito tarde) causa da imprevisibilidade

numa operação a programação dos estoques pode ser governada por uma das

duas escolas de planejamento o controle puxado ou o controle empurrado.

(SLACK, 2008 p.493)

A resultante de uma produção empurrada é grandes estoques de um

determinado componente e a falta do outro, o que estabelece um total

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desequilíbrio da cadeia produtiva, a um custo muito alto, pois para manter

grandes estoques requer um gasto com matéria prima surreal para os tempos

atuais, bem como de matéria prima, equipamentos e mão de obra, sem falar

do não cumprimento dos prazos para com os clientes, gerando ainda uma

insatisfação, e certamente a perda de competitividade no mercado.

Woronoff (1993, p.18) o kanban é uma técnica interessante que se

relaciona ao controle de estoques, importante para os japoneses devido à

escassez de espaço e ao seu alto custo. Assim se as peças ou subunidades

puderem ser entregues em curto prazo, ficarão menos tempo estocadas e

economizarão em armazenagem. Ainda melhor, se entregues a linha de

montagem a medida que forem sendo necessárias, ou no momento exato, os

custos de estocagem podem ser acentuadamente reduzidos. Esse sistema

kanban exige estreita cooperação com os fornecedores que produzem as

peças.

Outra vantagem do kanban diz respeito ao fator motivacional de uma

equipe de força de trabalho, o colaborador do chão de fabrica é mais

participativo, e assim se sente mais importante para a organização, pois ele

tomará decisões que influenciarão no resultado operacional da empresa.

Segundo Chiavenato (2004, p.350) o administrador precisa saber

implementar mudanças e promover cooperação e colaboração entre as

pessoas para flexibilizar e agilizar sua organização.

Deste modo a participação dos colaboradores do chamado chão de

fabrica torna-se fundamentais para que os objetivos estratégicos sejam

consolidados, vejam como o colaborador se torna peça fundamental para o

sucesso do projeto, em oposição ao processo anterior, onde as decisões eram

tomadas pelo nível institucional da organização, agora as decisões são

tomadas pelo nível operacional, e o nível institucional concentra seus esforços

em algo de maior relevância para a organização, uma vez que a alta gerência

dificilmente teria tempo para estas decisões do dia a dia.

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Moura (1994, p.107) ressalta que a participação da mão de obra é vital

para o kanban. É um sistema operado pelo empregado ao nível de fabrica.

De acordo com Hammer (1994, p.18) na grande maioria das empresas

ninguém é o responsável pelos processos. Na realidade, quase ninguém da

alta administração tem consciência deles, porventura alguma empresa possui

um diretor incumbido da tarefa quanto ao atendimento ao cliente?.

Outra grande vantagem do kanban esta associado à desburocratização

do processo, antes do kanban, era preciso a emissão das chamadas ordens de

fabricação, que demorava muito para serem emitidas, e na grande maioria das

vezes eram muitas imprecisas, no que diz respeito às quantidades que eram

efetivamente que deveriam ser produzidas, assim a entrega do produto final

sempre atrasava, pois se concentrava na manufatura em demasia de um

determinado componente, e não manufaturava o outro, e a conseqüência disso

era o atraso nas entregas aos clientes finais.

Sandras (1989, p.36) o pessoal do controle de produção, gastava

aproximadamente 75% do seu tempo programando e reprogramando ordens

de fabricação. A manutenção de dados acurados ajuda a assegurar que todo o

material será enviado a produção.

O kanban permeia exatamente o contrario disto, um cartão kanban no

quadro é a autorização automática para o inicio da manufatura do componente,

dispensando todo um processo demorado e impreciso, e na maioria das vezes

esta decisão rápida, quanto ao processo de manufatura do componente pode

ser crucial para o atendimento no prazo.

De acordo com Slack (2008, p.494) um cartão kanban de produção é

um sinal para um processo produtivo de que ele pode começar a produzir um

item para que seja colocado em estoque. A informação contida nesse tipo de

kanban normalmente inclui números e descrição do próprio processo, materiais

necessários para a produção do componente, além da destinação para a qual

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o componente deve ser enviado depois de produzido, conforme ilustra as

figuras 2 e 3, anteriormente.

Toda programação voltada para a produção é limitada de acordo com o

que é vendido, deste modo só se produz o que efetivamente esta vendido, com

isso todos os recursos são movimentados apenas para os componentes que

realmente fomentarão vendas para a organização, facilitando bastante a

diminuição dos desperdícios ao longo do processo, sejam eles quaisquer que

sejam.

Moura (1994, p.20) lembra que em um sistema tradicional de controle da

produção, os programas de produção são emitidos para todos os processos,

os processos que fabricam peças, bem como a para a linha de montagem final.

À medida que as peças são processadas de acordo com os seus programas,

elas são empurradas para o processo seguinte, independente de serem

necessárias no momento ou não. Isto é conhecido como sistema de empurrar,

estabelecendo uma inflexibilidade e dificultam à adaptação as mudanças

causadas pelos problemas ou atrasos inevitáveis que sempre ocorrem em

alguns processos, ou pelas mudanças do mix em uma linha de produção,

devido à complexibilidade do sistema antigo.

5.1 - Kanban não aumenta a produção, aumenta a

produtividade.

Kanban não aumenta a produção, muito pelo contrario ele aumenta a

produtividade, ou seja, ele apenas corrige as distorções do processo e

apresenta de maneira explicita os chamados gargalos de produção, o que

possibilita aos gestores uma tomada de decisão que vise a eliminação do

problema na causa e não no efeito como pressupõe o sistema de empurrar a

produção, pois os altos estoques mascarava os entraves no que diz respeito a

produtividade.

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Slack (2008, p.499) afirma que o sistema de produção por cartão

kanban é uma ferramenta de controle visual para identificar áreas de

superprodução e falta de sincronização.

De acordo com Moura (1994, p.107) o kanban foi desenvolvido para

propiciar um meio altamente visível de se observar o fluxo e os níveis de

inventário das peças em movimento em um processo de produção. Isto foi feito

para estimular a gerencia e a mão de obra a descobrirem meios para melhorar

a produtividade.

5.2 - Dimensionando os cartões kanban de maneira correta.

A tarefa mais difícil do sistema de produção por cartões kanban, esta

pautada na definição das quantidades e dos números de cartões que irão fluir

pelo chão de fabrica, pois uma vez mal definido a quantidade bem como o

número de cartões que irão circular, pode comprometer sem dúvida alguma o

resultado final da produção.

Moura (1994, p.92) define as seguintes variáveis que determinam todos

os aspectos, quanto ao dimensionamento dos cartões kanban.

DM = Demanda Média Diária.

N = Números de cartões de kanban.

L = Lead Time (Tempo necessário para repor um contentor).

@ = Fator de segurança, diz respeito a uma margem de segurança que você

implanta, para suprir eventuais flutuações, no que diz respeito à demanda.

TP = Tempo de processo.

TE = Tempo de espera, diz respeito ao tempo esperado para o cartão se

movimentar, alguns autores também chamam este conceito de lead time.

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A = Número de unidades de peças de cada contenedor, O número de peças

por contenedor.

K = Número de contenedores.

LE = Lote econômico

Moura (1994, p.94) traz um exemplo que nos direciona quanto à

definição do número de cartões, a seguir;

Exemplo: Suponha a seguinte simulação:

D = 40 unidades/dia para 1 turno

L = 4 horas

@ = 10%

A = 10 unidades por contenedor

Resolução:

N = (40/10) x (4/8) = (1 + 0,1) = 2,2 então N será 3, ou seja para o cenário

sugerido o número de cartões kanban será de 3 cartões, o que caracteriza a

nossa faixa vermelha do quadro de cartão kanban.

Moura (1994, p.98) também nos ensina a calcular o número de

contenedores necessários, a seguir exemplo;

Exemplo;

D = 1200 peças/dia

A = 40 peças/contenedor.

Logo,

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K= D/A, então k=1200/40 = 30, assim serão necessários 30 contenedores para

o acondicionamento destas peças, que caracteriza a faixa amarela do quadro

kanban.

A faixa verde será definida por K = @ / N, ou seja, se queremos uma

margem de segurança de represente na área verde de 1200 peças, logo, k =

1200/6 = 200, ou seja, teremos uma área verde que corresponde a 6 cartões

de produção kanban de 200 peças.

Com o dimensionamento feito, agora é só colocar o sistema para

funcionar, e claro fazer o acompanhamento do processo, entretanto não

podemos esquecer que o kanban, é um sistema flexível, ou seja, ele deve se

adequar as contingências das demandas, procurando sempre manter o seu

grau máximo de benefícios para a organização, resultando em produtividade

efetiva do processo.

Para Moura (1994, p. 2) a manufatura deve ser flexível. A chave para o

sucesso da manufatura será a capacidade de responder às mudanças no

mercado. Isto significa responder as mudanças internas do departamento de

engenharia, o qual deve, continuamente, atualizar e desenvolver novos

produtos.

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CONCLUSÃO.

Concluo este trabalho acadêmico, tendo a certeza de que o sistema de

produção por cartão kanban é uma ferramenta altamente poderosa, para

qualquer tipo de organização independente de seu segmento, pois ela é uma

ferramenta que permite aos gestores da organização ter uma visão real e nítida

sobre os seus processos em todo o parque fabril, evidenciando de maneira

bastante clara e objetiva os problemas, o que lhes permitirá tomar decisões

que propicie em uma oportunidade de melhoria, de tal modo, que os gestores

trabalhem na causa do problema e não no efeito.

O kanban também permite que os gestores detectem os seus setores

produtividades de maiores potencialidades, dispensando um aporte financeiro

desnecessários para estes setores, podendo deste modo direcionar os seus

recursos, para os setores que realmente precisem.

O kanban quando implantado de maneira correta, observando todas as

individualidades da organização em questão permite um melhora acentuada

em seus processos, no que se refere a produtividade, pois todos os recursos

desta organização serão direcionados para o que realmente é necessário,

descartando o uso de um equipamento em vão.

Um dos benefícios que o kanban permite, é uso racional do fluxo de

caixa de uma organização, pois com uma manufatura eficiente, o investimento

em matéria prima bem como em equipamentos, são dosados na medida certa.

Isto nos remete a comparação da formula de um medicamento, a diferença

entre o remédio e o veneno, esta na dosagem, ou seja, a falta de matéria

prima implica em uma série de problemas, dentre eles o não cumprimento dos

prazos pré-estabelecidos para com os seus clientes, más a matéria prima

estocada em excesso no almoxarifado acarreta em custos elevadíssimos bem

como na perda de competitividade, pois os recursos aplicados na compra

desta matéria prima em excesso, poderiam ser aplicados perfeitamente, por

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exemplo, em um equipamento que poderia alavancar o processo fabril, em

determinado setor que eventualmente seria um gargalo de produção.

Em suma o kanban é uma ferramenta extraordinária, que permite uma

radiografia de todo o processo, o alocamento inteligente dos recursos nos

lugares certos, a resultante destes benefícios, sem dúvida alguma se resume

em uma só palavra, palavra essa que tem o nome de competitividade, sem

dúvida alguma, esta é a palavra mais procurada pelo mundo corporativo, pois

sem a aquisição deste nome, toda e qualquer organização certamente não

existirá por muito tempo.

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ANEXOS;

Anexo 1 - Questionários.

Formulário de pesquisa de campo.

1 - Qual o sistema de produção funciona melhor em sua opinião?

( ) kanban ( ) Processo Antigo

2 - Em relação ao fluxo de materiais, qual permite maior velocidade no

processo?

( ) kanban ( ) Processo Antigo

3 - No que se refere ao cumprimento de prazos, qual dos processos, atende de

maneira mais rápida?

( ) kanban ( ) Processo Antigo

4 - Qual sistema de produção permite maior produtividade?

( ) kanban ( ) Processo Antigo

5 - Qual sistema de produção é mais fácil de trabalhar?

( ) kanban ( ) Processo Antigo

6 - A nível gerencial, Qual dos 2 sistemas permite maior oportunidade de

melhoria?

( ) kanban ( ) Processo Antigo

7 - Você conseguiria trabalhar sem o sistema kanban de produção, e conseguir

o mesmo desempenho que o seu setor consegue atualmente?

( ) Sim ( ) Não

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8 - Com a adoção do sistema de produção por cartão kanban, os níveis de

estoques de matéria prima diminuíram ou aumentaram?

( ) Diminuíram ( ) Aumentaram.

9 - Com a implantação do kanban, a empresa aumentou a produção, ou

diminuiu?

( ) Diminuiu ( ) Aumentou

10 - Você se considera figura importante para o bom funcionamento do

sistema kanban?

( ) Sim ( ) Não

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.

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japonês). Belo Horizonte: Editora FCO, 1992.

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GARVIN, David A. Gerenciando a Qualidade (A visão estratégica e

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HAMMER, Michael; CHAMPY, James. Reengenharia Revolucionando a

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HIRANO, Hiroyuki. 5 S Na Pratica. São Paulo: IMAN, 1994.

MOURA, Reinaldo A. A simplicidade do controle da produção. São Paulo:

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REDE DE PESQUISA EM SISTEMAS E ARRANJOS PRODUTIVOS E

INOVATIVOS LOCAIS (Brasil). Glossário. In LASTRES, Helena Maria Martins;

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Revista da Indústria, Crescimento Sustentável. Entrevista: Luciano Coutinho,

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SANDRAS, William A. JR. Uma Guinada de 180º. Rio de Janeiro: Ed. Cátedra,

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 7

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I

COMO SURGIU O SISTEMA DE PRODUÇÃO KANBAN 12

1.1 - Implantando o sistema de produção kanban 14

1.2 - Colaboradores, peças fundamentais 15

1.3 - Conhecendo a funcionalidade das cores de fundo 15

1.4 - Modelos de cartão kanban 17

CAPITULO II

IMPLANTANDO O SISTEMA DE PRODUÇÃO POR CARTÃO KANBAN 20

2.1 - MRP, um grande aliado para a boa funcionalidade do sistema 20

CAPITULO III

PESQUISA DE CAMPO 23

3.1 - Quanto à funcionalidade do sistema de cartão kanban 25

3.2 - Quanto às informações do cartão kanban 25

3.3 - Quanto à pontualidade das entregas 26

3.4 - Kanban melhora a produtividade

27

CAPITULO IV

Desmitificando o sistema de produção por cartão kanban 28

4.1 - Diferenças entre o kanban e o JIT 28

4.2 - Kanban não requer tecnologias ultramodernas 29

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CAPITULO V

VANTAGENS DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA KANBAN 30

5.1 - Kanban não aumenta a produção, aumenta a produtividade 33

5.2 - Dimensionando os cartões kanban de maneira correta 34

CONCLUSÃO 37

ANEXOS 39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41

ÍNDICE 43

FOLHA DE AVALIAÇÃO 45

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

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