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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
LIDERANÇA
Por: Lynitt Martins de Souza Lopes
Orientador
Prof. Marcelo Saldanha
Rio de Janeiro
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
LIDERANÇA
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Pedagogia
Empresarial.
Por: Lynitt Martins de Souza Lopes.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus,
porque sem ele nada seria possível.
A minha Mãe e ao meu Pai, ao meu
noivo e minha sogra Martha Inês pelo
imenso apoio.
Ao meu Orientador Marcelo Saldanha,
a todos os amigos da Pós-graduação e
a Diretoria da Fundação Euclides da
Cunha que me ajudou a concluir esse
curso.
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DEDICATÓRIA
Dedico essa monografia a minha família e
também em especial a minha sogra
Martha Inês que sempre torceu pelo meu
sucesso.
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RESUMO
O presente estudo aborda o tema da Liderança no meio Empresarial que
é um tema amplo e com diversos enfoques. O principal aspecto explorado foi quanto à importância da liderança e se
realmente ela é fundamental para este profissional, pois os líderes representam
na eficiência do grupo e da organização. No primeiro capítulo foi realizada uma abordagem da importância da
Liderança no meio empresarial, enfocando que liderança exige paciência,
disciplina, humildade, respeito e compromisso. No segundo capítulo foi feito um estudo dos estilos de lideranças e as
características dos melhores líderes. O terceiro capítulo aborda o processo de liderança Organizacional que
promove os comportamentos de liderança e das equipes de trabalho. No quarto capítulo foi abordado o efeito de como o Líder pode se tornar
modelo para sua equipe e que pode criar um futuro mais promissor. Uma vez definida o conhecimento geral do tema, foram desenvolvidos
os capítulos que compõem o trabalho. Espera-se de um líder empresarial uma
visão mais aprofundada, espera-se mais empenho e clareza em suas
características, sua forma de agir, coordenar pessoas, apesar de tantas
diversidades para enfrentar, inclusive pelo mundo atual que vivemos.
Após todo estudo observa-se que é fundamental ter espírito de
liderança, principalmente o líder que trabalha em equipes e desenvolve
recursos humanos.
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METODOLOGIA
A metodologia empregada foi através de pesquisas bibliográficas e pela
internet.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA EMPRESARIAL 09
CAPÍTULO II - ESTILOS DE LIDERANÇA 14
CAPÍTULO III - LIDERANÇA ORGANIZACIONAL 23
CAPÍTULO IIII - SEJA UM MODELO PARA SUA EQUIPE 31
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
ÍNDICE 42
FOLHA DE AVALIAÇÃO 43
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INTRODUÇÃO
Hoje, um dos graves problemas do mundo é a ausência de perspectivas.
As pessoas estão sem esperança e não acreditam num amanhã mais
promissor. Essa atitude pessimista é meio caminho andado para o fracasso.
As organizações bem sucedidas estão adotando uma nova abordagem,
pois as pessoas passam a maior parte de suas vidas dentro das organizações
e isso prevê a formação de equipes ou times, como se costuma dizer no meio
empresarial, por conta disso uma boa liderança proporciona melhor
produtividade para as organizações e benefícios para os seus funcionários.
O estudo se desenvolverá pesquisando o tema liderança em vários
aspectos, procurando buscar em literaturas existentes o que se entende pelo
tema, as várias formas de exercê-la, as características particulares de cada tipo
de liderança.
As empresas precisam de uma metodologia que não só eleve o nível de
produtividade, qualidade e satisfação dos clientes, mas que motive seus
colaboradores, contribuindo assim para o sucesso.
Portanto, liderar se torna de grande valia para que o indivíduo tenha um
bom desempenho e relacionamento.
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CAPÍTULO I
A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA EMPRESARIAL
"A liderança com certeza não está gravada em um gene, nem
constitui um código secreto que não possa ser compreendido por
pessoas comuns" (James Kouzes e Barry Posner).
A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana,
principalmente nas empresas e em cada um de seus departamentos.
Um líder é alguém capaz de tirar um grupo de onde ele está e levá-lo
aonde devia estar. Um bom líder é alguém que consegue os resultados através
de outras pessoas.
Além de possuir várias características de liderança sabemos que para
alcançar os objetivos e manter o trabalho de equipe, o líder deve exercer
algumas funções. Entender cada uma delas é fundamental.
Para Peter Drucker (2001, p.104), não há um conjunto de características
que descreva o líder ideal. Segundo ele, "o que distingue o líder do mau líder
são suas metas (...). A segunda exigência é que encare a liderança como
responsabilidade". Para o autor, o líder carismático nem sempre pode ser
considerado bom líder, ressaltando a importância de inspirar confiança e de
possuir integridade em suas ações. A liderança estratégica dever criar uma
visão positiva do futuro, que seja contagiante e envolvente, para que todos se
sintam de alguma forma, mobilizados a fazer parte da comunidade que
construirá a nova realidade. A visão deve inspirar a ação. Portanto,
concordamos com Drucker ao afirmar que "um líder eficaz sabe que a tarefa da
liderança é criar energia e visão humana" (PETER DRUCKER, 2001, p.145).
Delegar é uma condição difícil de ser estabelecida por alguns chefes.
Mas é imprescindível para quem deseja ser ou ter um verdadeiro líder
participativo e democrático na empresa moderna é também uma questão de
etiqueta, de bons modos, já que delegar com sabedoria evita atritos nas
relações interpessoais.
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Não se confunde “chefia” ou “gerência” com “liderança”. Na
Organização, a gerência possui finalidade específica: conseguir que as
pessoas cumpram o seu papel. Para isso, ela exerce influência sobre os
indivíduos, valendo-se do poder que o sistema normativo racional-legal
proporciona-lhes (FIORELLE, 2003).
Contudo, conseguir de cada pessoa o cumprimento das prescrições de
papel, não torna o gerente, supervisor ou chefe, reconhecido como líder. Ele
mais do que ninguém, é aquele que sabe o melhor modo de agir para levar as
pessoas a fazer o que pretende, ele consegue interessar os membros de sua
equipe, fazendo com que a produtividade aumente e para isso, a liderança é o
instrumento mais prático de que ele dispõe, já que é uma questão
essencialmente humana.
Segundo Warren Bennis (1988), torna-se necessário a análise das
características principais de um líder ideal para que este que lida com as
pessoas possa adotar postura de liderança e atender suas atribuições que a
profissão exige.
Estudos recentes revelaram quatro qualidades comuns a todos os
líderes:
1. Altas doses de criatividades;
2. Grande capacidade de motivar pessoas e desenvolver-lhes o potencial;
3. Considerável concentração para fazer trabalho bem feito;
4. Uma crença inabalável nos resultados positivos, sem receio de possíveis
fracassos.
Normalmente, as pessoas julgam liderança como o ato de controlar. Por
isso, liderar quase sempre foi sinônimo de mandar, de impor a posição
hierárquica sobre os outros para ser obedecido. No mundo globalizado,
competitivo, o sistema mudou. Hoje, a maioria das pessoas segue o líder que
seja competente, antecipado dos acontecimentos, inspirador, honesto, flexível
diante dos desafios e o autêntico líder deve saber comunicar-se muito bem em
todos os níveis e com todas as áreas, expressar-se em público, com postura
adequada, por meio de qualquer veículo de comunicação.
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Também, para ser líder é necessário saber mais do que todos e precisa
ser respeitado profissionalmente, é esse administrador que se almeja no
mundo globalizado e competitivo que vivemos.
Num mundo que necessita de empreendedores, não se pode depender
de profissionais que ficam à espera de alguém lhes dizer o que fazer. Pior que
um funcionário que não faz o que você pede, é aquele que só faz o que você
pede.
Liderar exige que, além de ser bom no que faz você consiga que os
outros sejam bons em suas funções. As pessoas que obtêm mais sucesso são
as que criam equipes poderosas.
Muitos profissionais são bons técnicos, mas não conseguem superar o
desafio de se transformar em líderes, pois não sabem lidar com pessoas e é
esse estudo que estamos analisando.
Em geral, o bloqueio a uma carreira em ascensão ocorre quando o
profissional não é capaz de dar o salto que torna um grande técnico num bom
líder. Um exemplo é aquele bom vendedor que fracassa ao ser promovido a
supervisor de equipe. O analista de sistemas que é escolhido para ser o novo
gerente do departamento e não sabe transformar seus técnicos num time.
Contudo, o líder sabe como fazer cada membro de sua equipe se sentir
importante e competente, mas o fundamental é que ele tem capacidade de
transformar um grupo de pessoas num time integrado e comprometido.
É preciso estar em equilíbrio total para visualizar o futuro e,
posteriormente, concretizá-lo. Quando a autoconfiança está abalada,
dificilmente os objetivos serão alcançados (HESSELBEIN, GOLDSMITH e
BECKHARD, 1996).
Bergamini aponta dois aspectos comuns às definições de liderança:
"Em primeiro lugar, elas conservam o denominador
comum de que a liderança esteja ligada a um fenômeno
grupal, isto é, envolve duas ou mais pessoas. Em
segundo lugar, fica evidente tratar-se de um processo de
influenciação exercido de forma intencional por parte dos
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líderes sobre seus seguidores". (BERGAMINI, 1994,
p.103)
O que é relevante considerar, no estudo da liderança, é sua relação com
o aspecto de motivação dos trabalhadores. Talvez o termo "influenciação"
utilizado por Bergamini não reflita exatamente o que as modernas concepções
acerca de liderança têm proposto.
Ramos (1989, p.146), ao modelar a nova organização como uma
interação de homens parentéticos, apresenta o líder como "um agente capaz
de facilitar o desenvolvimento de iniciativas livremente geradas pelos
indivíduos, passíveis de se amalgamarem sob a forma de configurações reais".
Em outras palavras, um agente de motivação.
Max de Pree (1989) refere-se ao líder como um servidor da organização
e das pessoas que trabalham com ele.
Todas estas concepções possuem um traço em comum: o líder deve
proporcionar ao seu liderado o apoio necessário à motivação no trabalho. Em
outras palavras, não cabe ao líder influenciar o liderado a alcançar um dado
objetivo. A motivação para o alcance do objetivo deve ser intrínseca ao
trabalhador. Ao líder, cabe o papel de facilitador, de ajudar as pessoas a
entenderem o lugar onde elas se encontram, ou seja, seu presente; a
compreender o que elas fizeram para chegar a essa situação; a desenhar o
futuro; e a descobrir meios para realizá-lo.
Na verdade, existe uma relação funcional que vem através da percepção
de um grupo sobre aquele (o líder) que possui os meios para ver e rever suas
necessidades. Assim, fica fácil para o grupo aceitar espontaneamente àquela
pessoa que zelará por suas necessidades.
A própria Bergamini (1994, p.105), ao analisar a relação entre liderança
e motivação, constata que "esses dois termos, a partir de um determinado
momento, parecem definitivamente unidos na teoria e na prática por uma
relação de causa e efeito". A autora salienta, entretanto, que a função do líder
não é motivar seus liderados, pois a motivação é uma força intrínseca, mas
cabe ao líder manter seus liderados motivados. Esta proposta baseia-se na
premissa de que "quando aceitam um novo emprego, as pessoas, em geral,
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estão cheias de esperanças e acalentam expectativas, sendo, por isso,
depositárias de um rico manancial de motivação".
Entretanto, não é sempre que o líder irá se deparar com uma equipe
voluntariamente motivada. Muitas vezes, ele precisa saber criar um ambiente
no qual o trabalhador possa despertar o seu potencial motivacional. É certo que
esta tarefa é muito mais difícil do que apenas manter o trabalhador motivado.
Por isso, todo esforço no sentido de não desmotivar um trabalhador é
fundamental no processo de liderança.
“O líder valoriza a todos e estimula o trabalho em equipe, fazendo cada
um se sentir útil. A sua grande arma é o próprio exemplo. Transpira auto-
estima e eleva a dos outros, respeitando a todos, sobremodo em seus limites.”
(HESSELBEIN, GOLDSMITH e BECKHARD, 1996).
Pessoas motivadas são imprescindíveis na época em que vivemos. Elas
são responsáveis pelas grandes idéias que movem o mundo, geram lucros e
modificam comportamentos. Exemplos de comportamentos, atitudes e ações
que criam um ambiente mais humano na empresa, condição principal para
implementar uma política motivacional nas organizações (VIANNA, 2003).
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CAPÍTULO II
ESTILOS DE LIDERANÇA
Os líderes são pessoas com capacidade para se expressar plenamente,
sabem o que querem, por que querem e como comunicar isso aos demais, a
fim de obter a cooperação e o apoio deles, ou seja, saber se comunicar com os
seus colegas já é um grande passo para quem aspira à liderança do grupo.
Se a liderança é uma influência interpessoal, convém explicitar o que
significa influência. A influência é uma força psicológica, "uma transação
interpessoal na qual uma pessoa age de modo a modificar o comportamento de
outra, de algum modo intencional". Geralmente, a influência envolve conceitos
como poder e autoridade, abrangendo todas as maneiras pelas quais
introduzem mudanças no comportamento de pessoas ou de grupos de
pessoas.
Líderes têm dois papéis a desempenhar: carismático e instrumental. O
primeiro papel diz respeito a como ele estimula a imaginação, concede poder e
dá energia a seus subordinados, em seu papel instrumental, os líderes são os
arquitetos da organização e recompensam o comportamento de seus liderados,
estes dois papéis formam a base da liderança eficaz (VRIES, 1997).
Existem três estilos de liderança, definidos por diversos autores, que
são: Liderança autocrática, Liderança democrática e Liderança liberal ou
Laissez faire.
• Liderança autocrática: é normalmente mais reservado, nem sempre muito
comunicativo, com fortes tendências a ser centralizador, gostando de
acompanhar tudo de perto, já que a maior parte dos trabalhos, na sua
concepção, deve passar por suas mãos. Ele prefere definir como as coisas
devem ser feitas em vez de perguntar, toma a maior parte das decisões
sozinho e direciona as pessoas conforme os objetivos e as metas que ele
estabeleceu. Concede pouca autonomia de decisão aos subordinados e
não aceita críticas com facilidade.
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• Liderança democrática: adota um estilo mais aberto e comunicativo,
preferindo dialogar e trocar idéias com seus subordinados. Ele valoriza o
trabalho em grupo e dá ênfase a ele. Também delegam tarefas e boa parte
das decisões, principalmente as corriqueiras ou as que exijam julgamento
com base na experiência do subordinado. Aceita críticas com mais
facilidade do que o líder autocrático. O chefe democrático sabe tomar
decisões sozinho, mas, quando o problema afeta o grupo, ele prefere ouvir
as opiniões e sugestões dos seus colaboradores. Ele estimula a iniciativa e
a criatividade dos funcionários.
• Liderança liberal ou Laissez faire: dá grande liberdade de ação e autonomia
aos subordinados. Ao delegar tarefas, delega também grande parte da
autoridade e responsabilidade sobre as mesmas, mais do que controlar
passo a passo a execução das tarefas, ele se preocupa em controlar o
alcance das metas e dos objetivos previamente fixados. Sua ênfase é sobre
objetivos e não sobre controles. Este gerente estimula em alto grau a
iniciativa e capacidade criativa dos seus funcionários. Freqüentemente ele
se interessa muito mais em desenvolver as pessoas individualmente do que
propriamente a equipe de trabalho.
Os três estilos de liderança devem ser mesclados, dependendo do tipo
de pessoa, grupo ou situação que o gerente ou líder tiver pela frente. Sabendo
utilizar de maneira apropriada cada um dos estilos, todos eles trarão resultados
eficazes. A palavra-chave, portanto, flexibilidade de estilo, é exatamente isto o
que diferencia o bom do mau líder: uso do estilo certo no momento apropriado
e com a pessoa certa.
Existe também a Liderança situacional que surgiu diante da necessidade
de um modelo significativo na área de liderança, onde defini-se a maturidade
como a capacidade e a disposição das pessoas de assumir a responsabilidade
de dirigir seu próprio comportamento, devemos então definir o que significa
"Maturidade": em termos de capacidade e de disposição, dizemos que o
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conceito de maturidade divide-se em duas dimensões: maturidade de trabalho
(capacidade) e maturidade psicológica (disposição).
A maturidade de trabalho está relacionada com a capacidade de fazer
alguma coisa, referindo-se ao conhecimento e à capacidade técnica. As
pessoas com alta maturidade de trabalho numa determinada área tem o
conhecimento, a capacidade e a experiência necessária para executarem
certas tarefas sem direção da parte de outros.
A maturidade psicológica refere-se à disposição ou motivação para fazer
alguma coisa, está ligada à confiança em si mesmo e ao empenho. As pessoas
que possuem alta maturidade psicológica julgam que a responsabilidade é
importante, tem confiança em si mesma e sentem-se bem nesse aspecto do
seu trabalho. Não precisam de grande encorajamento para cumprir suas
tarefas.
Segundo Hersey e Blanchard (1986, p.187), "maturidade é a capacidade
e a disposição das pessoas de assumir a responsabilidade de dirigir seu
próprio comportamento".
A capacidade está relacionada com o conhecimento e a habilidade
necessários, ou seja, com o aspecto de saber o que fazer e como fazer, o que
pode ser conseguido através de comunicação e treinamento.
O nível de maturidade pode ser aplicado a indivíduos ou a grupos. O
líder que trabalha com um grupo pode determinar sua maturidade através da
observação da predominância de maturidades individuais.
Hersey e Blanchard salientam também que a maturidade de um
indivíduo ou de um grupo não é absoluta, mas varia de situação para situação.
Dependendo da atribuição, o indivíduo ou o grupo podem assumir diferentes
níveis de capacidade e disposição.
Na Teoria Situacional existem quatro estilos de liderança: "Determinar",
"Persuadir", "Compartilhar" e "Delegar". Estes estilos resumem uma
combinação de comportamento de tarefa e de relacionamento, estabelecendo
objetivos e definindo os papéis das pessoas que são dirigidas pelo líder.
Determinar: pessoas que não tem nem capacidade nem vontade de
assumir a responsabilidade de fazer algo, não são seguras de si. Este estilo
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caracteriza-se pelo fato de o líder definir as funções e especificar o que as
pessoas devem fazer, como, quando e onde devem executar várias tarefas.
Comportamento de tarefa alta e relacionamento baixo.
Persuadir: pessoas que não tem capacidade e sentem disposição para
assumir responsabilidades, mas ainda não possuem as habilidades
necessárias. A maior parte da direção a ser tomada neste estilo ainda é dada
pelo líder. Comportamento de alta tarefa e alto relacionamento.
Compartilhar: as pessoas possuem capacidade, mas não estão
dispostas a fazer o que o líder quer, por não estarem seguras de si mesmas. O
líder e o liderado participam juntos da tomada de decisão, sendo o papel
principal do líder facilitar a tarefa e a comunicação. Comportamento de
relacionamento alto e tarefa baixa.
Delegar: as pessoas têm capacidade e disposição para assumir
responsabilidades, são psicologicamente maduros, não necessitando de uma
comunicação acima do normal ou de um comportamento de apoio.
Comportamento de relacionamento baixo e tarefa baixa.
Para promover o crescimento do indivíduo para o nível de maturidade
mais alto, não basta apenas que o líder determine o nível de maturidade de seu
liderado e aplique o estilo de liderança mais adequado. Este é um requisito
necessário, mas não suficiente. O líder precisa conduzir um processo de
amadurecimento do liderado, que deve ser lento e gradual, a fim de fornecer-
lhe apoio sócio-econômico e direção apropriados.
Hersey e Blanchard (1986, p.263) ressaltam que as pessoas estão
sujeitas, por fatores internos e externos à organização, a regredir em seu nível
de maturidade. Os líderes devem estar constantemente atentos às situações
de regressão, pois, de acordo com Hersey e Blanchard (1986, p.267), o
processo de retorno a um estágio já anteriormente alcançado será tão mais
dispendioso quanto o tempo decorrido entre a regressão e a efetiva
intervenção de apoio.
A chave da utilização da Liderança Situacional consiste em avaliar o
nível de maturidade dos liderados e comportar-se de acordo com o modelo,
está implícita a idéia de que o líder deve ajudar os liderados a amadurecer até
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o ponto em que sejam capazes e estejam dispostos a fazê-lo. Esse
desenvolvimento dos liderados deve ser realizado ajustando-se o
comportamento de liderança, ou seja, passando pelos quatro estilos, (HERSEY
E BLANCHARD, 1986, p.193).
HAGGAI (1990), ao liderar, expões os quatros fatores seguintes:
• O subordinado: não há duas pessoas iguais, as diferenças existentes entre
elas e é o que definem o tipo de liderança a ser adotado.
• O grupo: o caráter do grupo exerce influência sobre o modo de como o
gerente deve dirigi-lo, as diferenças entre um grupo e outro é o que difere
qual o método de liderança a ser adotado.
• O momento: o momento refere-se à situação do grupo ou da pessoa num
determinado período. Períodos de maior ou menor pressão, ou de maiores
ou menores problemas definem também o estilo mais indicado de liderança.
Épocas de crise ou de intensas dificuldades são manejadas com maiores
chances de sucesso adotando o método autocrático, até a superação da
instabilidade. Períodos de maior tranqüilidade e brandura são mais bem
gerenciados por meio do método democrático ou liberal, em conformidade
com as características das pessoas.
• A personalidade do próprio gerente: o estilo predominante de liderança do
gerente tem muito a ver com a maior ou menor flexibilidade de seu
comportamento perante o seu pessoal. Para cada método de liderança
usado, há um determinado tipo de resposta do subordinado ou do grupo.
Ser líder consiste na habilidade de tratar cada funcionário de forma
individual, respeitando as suas características de comportamento, emocionais
e intelectuais e conseguir em troca desempenho e resultados.
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Sem essa habilidade, nenhum executivo chega ao topo de sua carreira.
Pessoas que entendem de gente são facilmente reconhecíveis, porque todo
mundo tem satisfação em auxiliá-las, em lhes prestar favores ou em atender a
seus pedidos, e isso, quando funciona, se chama Liderança e quando não
funciona, chama-se caos, que é o resultado da insubordinação e da bagunça,
pois no mundo globalizado, altamente competitivo, é obvio que o que se
necessita é de líderes que consigam lidar com mudanças e enfrentar os
desafios da concorrência.
Embora os estilos de liderança já tenham sido identificados
anteriormente aqui ficam outros estilos de liderança associados à relação
causal entre cada estilo e os efeitos sobre o clima de trabalho e o desempenho.
(SIQUEIRA, 1995)
Líderes visionários: desperta em seu grupo aquilo que chamamos de
"visão". Fazem com que as pessoas desenvolvam um conjunto de razões e
emoções coerentes entre si que justifiquem o engajamento pleno num projeto.
Esse estilo desperta, desenvolve e sustenta os "porquês" de ações e projetos
focando o significado mais amplo, profundo e global do que se está fazendo.
Desenvolve a chamada visão propulsora do futuro.
Líderes atentos para a individualidade: compreender peculiaridades
da individualidade pode contribuir para que o líder comunique-se melhor com
as pessoas, entendendo sua visão e estratégias únicas para agir. Pode
dissolver corporativismos e reações do grupo quando se mobiliza alguém em
sua individualidade.
Líderes inspiradores: são aqueles que inspiram as pessoas, fazendo
importantes reflexões, trabalhando o significado das situações. Dependendo do
momento, um pensamento, uma frase impactante, um exemplo verídico
causam mais reflexão e influenciam pessoas do que tratados e estudos
puramente racionais.
Líderes estimuladores: "puxam" pelos membros de seu grupo ou
equipe, incentivando e convidando que os mesmos aprimorem mais e mais um
movimento, uma ação, a expressão de suas habilidades e talentos.
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Líderes intelectuais: fornecem evidências, estudos, pesquisas, dados
irrefutáveis sobre aquilo que quer transmitir.
Líderes por objetivos: compreende que o cérebro trabalha melhor com
metas definidas, planejamento, análise de resultados e que o processo é
decidido e executado em parceria com toda a equipe para que haja uma soma
de energias - ou sinergia - colaborando com o resultado.
Líderes por recompensa: estimula recompensa pelas vitórias e
sucessos de uma pessoa ou equipe. É importante tomar cuidado para que a
recompensa não seja vista como o mais importante, pois faz parte da vida
ganhar e perder. A recompensa deve ser vista como uma celebração e um
reconhecimento.
Foi percebido nos estudos que este enfoque da liderança nas pessoas,
não garante que se obtenha um número da produtividade, até porque, não visa
a tarefa como mais importante, porém, ficou claro que melhora o
relacionamento entre as pessoas e a satisfação do funcionário, bem como,
aumenta a coesão do grupo de trabalho.
2.1. Características dos melhores líderes
A liderança deve desempenhar um papel essencialmente educador,
levando as pessoas a se desenvolverem, a sintonizarem idéias, a
disseminarem adequadamente valores, são as pessoas responsáveis pelo
andamento de uma empresa, setor ou grupo. Teoricamente são os
profissionais mais preparados para exercerem a função, no entanto, a
realidade mostra que o despreparo é maior do que se imagina por parte de
muitos desses comandantes, especialmente em situações cotidianas.
Um dito popular diz que “cachorro que não se parece com o dono é
roubado”, significa dizer que uma empresa ou setor tem a “cara” de quem a
comanda.
Assim, tendemos a transpor para nosso local de trabalho nosso ritmo,
visão e forma de conduzir as ações cotidianas.
• Confiança / Apoio;
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• Liberdade de expressão;
• Espírito aberto e receptivo, para aprender e aperfeiçoar-se
• Delegação;
• Liberdade de ação;
• Comunicação eficiente e eficaz;
• Mostra aos seus subordinados os objetivos da empresa (HAGGAI,
1990).
Os líderes estão mais interessados no futuro, enquanto os gerentes se
apegam ao presente. Os líderes estão preparados para lidar com as
mudanças, e os gerentes mais preocupados com a estabilidade. Líderes
pensam no longo prazo, gerentes no curto prazo. Os líderes têm visões e
inspiram os demais, ao passo que os gerentes, sem ter esta visão, precisam
ser instruídos.
Por causa da forma como os líderes tocam as vidas das pessoas, diz-se
que eles têm carisma. A base do poder dos gerentes, por outro lado, provêm
mais da autoridade hierárquica. Os líderes perguntam por que, enquanto os
gerentes estão preocupados com o como.
O líder atual abre mão do poder de posição e age potencializando o seu
poder pessoal. A verdadeira forma de liderança é influenciar o indivíduo para
que trabalhe entusiasmado para atingir metas e o comprometimento mutuo é
fundamental como comportamento orientador. Isso dito aqui é simples, mas
sabemos que no dia-a-dia acontece pouco, reconhecer e mudar seus hábitos.
O hábito da "compaixão", como nos ensina Dalai Lama, no livro a Arte
da Felicidade, é um valor fantástico para iniciar a aprendizagem de se tornar
um verdadeiro líder. O hábito da "humildade", sendo autêntico sem pretensão
ou arrogância. O hábito do "respeito" tratando o outro como uma pessoa
importante. E outros tantos hábitos que alimentam a própria vida do líder para
alimentar a vida das pessoas que o cercam. A responsabilidade pessoal do
líder começa com a autocompreensão, que é essencial para poder administrar
os pontos fracos e desenvolver os pontos fortes.
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O líder reconhece e aceita as suas obrigações, que acompanha o seu
papel organizacional, e aprender a resistir a qualquer tentação de abusar da
sua posição de confiança e poder. Abrir mão do poder para ser autoridade
torna-se para o líder aprendiz um verdadeiro desafio. O conceito de poder é
uma preocupação para muitos líderes, para alguns é como um entorpecente, e
para outros, uma fonte de fascinação. Sabemos que alguns indivíduos (e
organizações) movidos pelo poder podem ser definidos como bem-sucedidos
em curto prazo, mas as evidências cada vez mais estão apontando para essas
pessoas "as sementes de sua própria destruição".
Os líderes que forem capazes e competentes de combinar ação com
reflexão, desenvolvendo e possuírem autoconhecimento suficiente para
reconhecer o vírus do poder, serão no fim os mais poderosos. Serão lembrados
com respeito e carinho. Serão admirados por todos e terão lealdade. Empresas
inteligentes, poucas sabemos, estão investindo no desenvolvimento sócio-
emocional e espiritual dos líderes.
Ser um excelente líder requer muito comprometimento e prática. "O líder
deve ser, conforme o que expomos dignos de confiança, respeitosos e
preocupados, equilibrados entre "agir" e ser", emocionalmente letrados e
culturalmente autoconscientes. O líder também deve encontrar tempo para se
dedicar, a uma reflexão honesta e contínua a fim de ser bem-sucedido. E o
mais importante, o líder deve assumir a responsabilidade pelo desenvolvimento
de novos líderes capazes de desempenhar papéis de liderança no futuro.
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CAPÍTULO III
LIDERANÇA ORGANIZACIONAL
É de suma importância ressaltar algumas definições sobre
comportamento organizacional (CO), pois, através dele, pode-se entender
melhor o comportamento humano. Sem o entendimento desse comportamento,
fica-se impossibilitado de entender as necessidades que motivam as pessoas a
desenvolverem bem suas tarefas.
Por esta razão, recorre-se a Wagner e Hollenbeck (2002), que discutem
sobre o CO, definindo-o como “um campo de estudo voltado a prever, explicar,
compreender e modificar o comportamento humano no contexto das
empresas”.
Segundo Eduardo Soto (2002), o comportamento organizacional está
ligado às atitudes e aos atos das pessoas dentro de uma organização.
As organizações entendem que incessantemente se torna importante o
estudo e a compreensão das atitudes e necessidades dos indivíduos dentro de
uma organização, principalmente neste século, em que os administradores
estão enfrentando os desafios da competitividade global.
É notável a importância da qualidade nas empresas e é por isso que é
necessário conjugar o interesse pela qualidade com produtividade e pela
satisfação e necessidade dos clientes, internos e externos, e é justamente esse
o desafio das organizações: conseguir descobrir e satisfazer as necessidades
dos clientes, principalmente, clientes internos.
Robbins (2002, p. 51) afirma que o comportamento organizacional é:
“Um campo de estudo que investiga o impacto que
indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o
comportamento dentro das organizações, com o propósito
de utilizar esse conhecimento para promover a melhoria
da eficácia organizacional”.
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Ainda segundo o autor, por ser um campo de estudos, torna–se
importante analisar três determinantes: indivíduos, grupos e estrutura e
aplicando-se os resultados desse estudo nas organizações, para que elas
tenham resultados positivos e pessoas mais eficazes, ou seja, “o
comportamento organizacional se preocupa com o estudo que as pessoas
fazem nas organizações e de como esse comportamento afeta o desempenho
dessas empresas”.
Pode-se notar que o CO atua sobre as necessidades, a personalidade, a
capacidade de trabalho em equipe, as ambições, os sonhos, de cada um dos
membros de uma organização. Pode-se afirmar, também, que tudo o que os
integrantes da organização almejam, podem alcançar, se a política atual da
organização permitir, pois, se as necessidades individuais não vierem de
encontro com as necessidades da organização, o resultado desta interação
pode se retratar em equipes de baixo rendimento e baixa motivação.
Entende-se, então, que, para se obter equipes eficazes e motivadas, é
preciso, um cuidado especial na interação entre estas equipes e a organização,
respeitando as necessidades individuais.
Um líder é muito mais que um superior hierárquico. É alguém que possui
sabedoria, conhecimentos e técnicas para desenvolver pessoas, criando à sua
volta um ambiente no qual a comunicação, a coesão, a criatividade e o trabalho
em equipe estão sempre presentes.
Liderar é persuadir e pedir o comprometimento dos seus seguidores
através de seu próprio exemplo. É motivá-los a desempenhar suas atividades
corretamente, comprometendo-se com os resultados. Não só por meio de
disciplina e responsabilidade como também pelo entusiasmo.
Existe uma grande diferença entre um chefe e um líder. Um chefe
executa suas funções e cumpre as metas traçadas. Um líder faz isso tudo e
ainda desenvolve as pessoas que estão ao seu lado nesse processo (HENFIL
apud PENTEADO, 1986).
O líder é um modelo sob todos os aspectos, seja social, espiritual ou
profissional e seus atributos mais valiosos são integridade, inteligência,
criatividade, coragem de expressar suas idéias, desde que não agrida pessoas,
25
coesão, saber como aprender com as experiências e busca constante pela
melhoria na comunicação interpessoal.
Com isso o líder gera junto ao seu grupo de trabalho, um ambiente
progressivo gerando resultados superiores, pois sabe criar em torno de si um
clima aberto e seguro para que as pessoas troquem idéias e experiências. Com
essa atitude, ele desperta maior senso de participação e valores comuns,
fazendo com que cada um sinta que seu envolvimento é extremamente
importante, que sua contribuição é respeitada e levada em conta, sendo este o
maior estímulo que um profissional pode receber em qualquer nível para
desempenhar suas atividades de maneira satisfatória.
O líder do passado era uma pessoa que sabia como dizer. O líder do
futuro é uma pessoa que sabe como perguntar é um professor que informa e
educa seus seguidores para que realizem seus trabalhos sem instruções
superiores, favorece o trabalho, favorece o espírito de equipe, conhece as
habilidades e potencialidades de sua equipe utilizando-os da melhor forma
possível, desenvolve as pessoas com as quais trabalha, desenvolve
habilidades para criar a sinergia de equipes, desenvolve capacidade para
delegar responsabilidade e autoridade, desenvolve métodos pelos quais as
pessoas recebem "feedback" sobre seu desempenho tanto em termos
profissionais-financeiros como comportamentais.
O verdadeiro líder acredita em si mesmo, mas consegue ser humilde,
gosta do que faz, é profundamente voltado para o aprendizado, é voltado para
o como ser - como desenvolver qualidade, caráter, mentalidade, valores,
princípios e coragem, desenvolve todas as facetas de seu potencial a fim de
liderar não apenas alguns poucos aspectos necessários para gerenciar
(HENFIL apud PENTEADO, 1986)
O líder do futuro é espontâneo, isto é, aprendeu a conhecer seus
sentimentos e emoções e não tem receio de demonstrá-los, embora não o faça
descontroladamente. Não responde de forma rígida ou pré-determinada,
porém, muda seus planos conforme a situação o exija. Introduz no ambiente de
trabalho a dimensão - prazer e qualidade de vida - procura reduzir a tensão e o
26
desgaste. Conhece profundamente a empresa, promove altos níveis de
lealdade com a organização e estimula o comportamento ético.
A capacidade intelectual de uma liderança tem papel fundamental para o
sucesso e realização das metas e do propósito da empresa, afinal, são as
pessoas que criam, inovam e sabem usar os recursos materiais para produzir a
diferença.
Comunicar-se de forma persuasiva, comportar-se de modo íntegro,
possuir intuição e habilidade de lidar com os sinais de comunicação não verbal.
Ser avaliador, conselheiro e flexível, com ampla experiência multidisciplinar.
É necessário que todas as organizações tenham um sonho a realizar,
isto lhes dá uma direção a seguir. Entretanto, o sonho não é suficiente para
que as coisas aconteçam; é necessário construir um caminho seguro, rumo ao
sonho; por exemplo: definir ações que tornaram o sonho realidade é
importante, porém igualmente importante é construir este caminho de forma
participativa (ARGYRIS 1975).
Para as Organizações gerarem comprometimentos nos seres humanos,
com os planos traçados, é necessário que os mesmos participem ativamente
do processo de definição do plano.
É necessário que estejam adequadamente sensibilizados para sua
importância, para que fiquem motivados, a motivação é outro ingrediente
importantíssimo e indispensável.
O planejamento das organizações deverá contemplar novas
considerações em relação às pessoas, objetivando avaliar as expectativas,
aspirações, qualificações e valores das mesmas a fim de atrair e manter seus
talentos competitivos.
Na visão de Argyris (1975), se faz necessária uma efetiva integração
entre o indivíduo e a organização, a qual deverá ser conduzida pela alta
administração. É importante reconhecer os diferentes interesses. Enquanto os
indivíduos buscam suas satisfações pessoais através do salário, lazer,
conforto, horário mais favorável de trabalho, oportunidades de carreira,
segurança no cargo etc., as organizações, do mesmo modo, têm necessidades
27
de capital, edifícios, equipamentos, potencial humano, lucratividade,
oportunidades de mercado, etc.
Dentre as necessidades organizacionais, sobressai-se a indispensável e
inestimável necessidade do elemento humano, mas devemos compreender
que a sobrevivência da vida de ambos está intima e inseparavelmente
interligada e que a integração entre pessoas e organizações é complexa,
dinâmica e de reciprocidade.
A organização participa com remuneração, segurança, status e outros, e
reciprocamente o colaborador responde, trabalhando, desempenhando suas
tarefas; a organização espera que o empregado obedeça à sua autoridade, e o
empregado espera que a organização se comporte corretamente com ele e
opere com justiça. Com esse processo, se forma um contrato psicológico de
expectativa recíproca, indo muito além de qualquer contrato formal de emprego
que estabeleça o trabalho a ser realizado e a recompensa a ser recebida.
O contrato psicológico é um elemento importantíssimo na relação de
trabalho que influencia consideravelmente o comportamento das partes, sendo
sempre avaliado por o que está oferecendo e o que está recebendo em troca.
Segundo Chiavenato (1992), sempre existe um relacionamento de
intercâmbio entre os indivíduos e a organização; o modo pelo qual os objetivos
individuais são satisfeitos determina sua percepção do relacionamento, que
poderá ser observado como satisfatório para as pessoas que percebem que
suas recompensas excederam as demandas feitas sobre elas. O indivíduo
ingressa na organização quando espera que as suas satisfações pessoais
sejam maiores que seus esforços pessoais. Acredita-se que seus esforços
pessoais ultrapassem as satisfações, tornando-se propenso a abandonar a
organização, se possível.
Ao mesmo tempo, a organização espera que a contribuição de cada
indivíduo ultrapasse os custos de ter pessoas na organização. Em outros
termos, a organização espera que os indivíduos contribuam mais do que ela
lhes dá.
28
Os processos mentais e emocionais na ação desempenhada no
contexto sócio-profissional, através dos contratos psicológicos, deverão ser
reavaliados para o próximo século organizacional.
Segundo Kanaane (1999), deverá ser levado em consideração um novo
estágio de desenvolvimento organizacional, considerando a qualidade de vida
do trabalhador e seu grau de integração ao trabalho e à organização a que
pertence.
"Todo dirigente terá que considerar que as pessoas que
lhe são subordinadas hierarquicamente, e ele próprio, são
seres inacabados, incompletos, com possibilidades de
crescimento e aprimoramento constante em termos de
relacionamento humano e interpessoal, além da
capacitação técnica." (p. 124).
Para a manutenção dos talentos de uma organização, algumas medidas
são necessárias a serem assumidas pelos especialistas de recursos humanos
desde as relacionadas aos fatores materiais, como espaço físico, quantidade e
volume de trabalho, higiene e segurança do trabalho e salário, inclusive as co-
relacionadas à organização social do trabalho, como o estilo de liderança, o
processo de delegação, as perspectivas de participação nas decisões, sinergia
entre setores e departamentos e outros vinculados à dinâmica da organização.
Liderar é a capacidade de influenciar pessoas, fazendo com que elas se
empenhem voluntariamente em objetivos. A realização de objetivos com e
através de pessoas, na realidade é liderança.
O papel do líder nas empresas é de vital importância para que uma
organização mantenha-se competitiva e atuante no mercado frente às suas
concorrentes.
“Ou seja, as pessoas, ao desenvolverem competências
essenciais para o sucesso da empresa, estão também
investindo em si mesmas não só como cidadãos
organizacionais, mas como cidadãos do próprio país e do
mundo” (FLEURY E FLEURY, 2000, pág. 32).
29
O sucesso de um líder é medido pelo resultado do grupo que dirige e
refere-se à maneira como o indivíduo ou grupo se comporta.
Nos últimos anos temos visto um aumento muito grande com relação a
investimentos na área de pessoal, principalmente na formação de líderes,
através de cursos e treinamento interno ministrados por consultorias e
assessorias especializadas.
O líder deve ser moldado, trabalhando no sentido de desenvolver esta
qualidade, a liderança, para o grupo.
Muitas pessoas já nascem com uma espécie de liderança natural e que,
se não trabalhada corretamente, poderá ao invés de gerar progressos no
grupo, acontecer o inverso e provocar divisões entre os componentes
(KANAANE, 1999).
O trabalho do líder é justamente administrar as diversas faces existentes
no grupo. As vaidades e personalidades de cada indivíduo são diferentes e
cabe ao líder ter a percepção do que há em sua volta e encaixar cada "peça"
na engrenagem da organização para que seu rendimento seja otimizado.
O grupo é exatamente a cara de seu líder. Se um grupo não produz com
eficácia e fica aquém dos resultados esperados, pode ter certeza de que falta
qualidade na liderança.
Ter seguidor-aliados voluntários é algo que diferencia claramente líder
de não- líder. Se um líder deve ter seguidores, grande parte de sua atividade
está relacionada à obtenção de apoio das pessoas, ou seja, a conseguir
seguidores.
A liderança é um campo de interação, onde a tarefa central é o
desenvolvimento de um sólido relacionamento profissional com os outros.
Os novos líderes atuam como agentes de mudança, forçando as
pessoas a pensar em um futuro incerto, e se preparar para esse futuro. Esses
líderes concentram-se menos em direcionar e controlar o comportamento dos
trabalhadores e mais em desenvolver a iniciativa dos funcionários apoiando
suas idéias.
Segundo Robbins (2002), alguns fatores são eficazes para manter a
interação ou o envolvimento da equipe de trabalho:
30
• Estabelecer metas válidas - objetivos estratégicos dentro da
organização;
• Obter o comprometimento das pessoas - ter a certeza de que o
colaborador produzirá resultados específicos numa faixa de tempo
razoável dentro dos limites estabelecidos;
• Aceitar responsabilidades - pelos resultados de seus subordinados;
• Apoiar e assistir os subordinados - fornecendo-lhes os recursos e apoio
moral que os capacitará a executar seus trabalhos;
• Tomar decisões - esta é a atividade que o líder desempenha para
chegar a conclusões e fazer seus julgamentos. As decisões se aplicam
ao grupo como um todo. Uma vez que a decisão de orientação geral
seja formulada, o líder delega tanta autoridade ao subordinado quanto
lhe for possível.
• Comunicação - trocar informações com os subordinados, associados,
superiores e outros, sobre planos, progressos e problemas; e
• Melhorias - utilizar metodologia da "Qualidade Total" para melhorar os
processos de trabalho.
O líder faz com que o grupo se comprometa com o seu plano. É
necessário assumir os riscos do que irá fazer e ouvir os resultados de certa
forma cobrando-os e determinando o que é prioridade. Deve ser um
possibilitador, ou seja, ter a função de facilitar contatos com pessoas de outras
áreas e ajudar a desenvolver planos de ação.
31
CAPÍTULO IIII
SEJA UM MODELO PARA SUA EQUIPE
“Servir de modelo não é a melhor forma de ensinar; é a única forma
de ensinar (ALBERT SCHWEITZER apud WAISSMANN, 1965)”.
O líder é o modelo de sua equipe, mesmo que não saiba as pessoas
sempre vão se inspirar nele. Elas vão tratar seus clientes da maneira como o
líder as trata, vão se envolver nos projetos como ele.
Se o líder é conspirador, sua equipe também vai ser. Principalmente
contra ele mesmo. Se ele é um líder que valoriza o estudo, sua equipe vai
valorizar a aprendizagem.
Quando um diretor faz a abertura de um programa de treinamento nas
empresas, e ele participa, a força de seu exemplo é maior que todas as
palavras de apoio proferidas em seu discurso.
Quando se vai para frente de batalha com seus funcionários, sua equipe
se sente protegida para arriscar. A simples presença do líder faz despertar a
coragem e a confiança de todos.
Valorizando o conhecimento de sua equipe, vai ser mais fácil ela
valorizar o seu. Crescer no mundo dos negócios depende de que tipo de
pessoas você lidera. Em outros tempos, os chefes escolhiam pessoas
submissas para controlá-las e ser obedecidos, agora necessita de gente com
iniciativa e precisam aprender a coordenar grandes talentos (FALCONI, 2000).
Nesse caso o chefe tem de estar aberto às novas oportunidades, porque
você precisa que ele cresça para abrir espaço para você.
Numa posição de liderança, sua principal responsabilidade é fazer com
que tarefas sejam feitas através de outras pessoas. Suas idéias podem ser
maravilhosas e suas decisões bem pensadas, mas elas serão boas na exata
medida da sua capacidade de explicá-las com clareza a outras pessoas e fazer
com que o apóiem. Por conseguinte, a comunicação é a ferramenta mais
importante.
32
4.1. Liderar significa criar o futuro
Quando na empresa impera a “fofoca”, é sinal de que a liderança da
empresa está fraca. E o momento de alguém especial chamar o grupo para
conversar, deixar cada um expressar suas insatisfações e desejos e, a partir
daí, criar o futuro que todos querem construir.
Liderar é aquele técnico que chama o jogador no banco de reserva,
olha-o nos olhos com firmeza e diz: "vai lá e marca o gol do título". A potência
do olhar e das palavras do líder tem que ser maior que todo o baixo astral das
conversas dos corredores.
Por isso, é preciso que o líder invista seu tempo para cuidar de sua
equipe.
Quando se percebe que não existe motivação, a primeira tarefa do dia é
chamar a equipe para uma conversa, analisar o que está acontecendo, ajudar
cada um a se lembrar de sua capacidade de conquistar vitórias e ajudá-los a
lutar por seus objetivos.
A importância de um líder aparece mais nos momentos de derrota.
Nessas ocasiões, a presença do líder se torna fundamental. Acusações estão
proibidas.
Os líderes do futuro serão aqueles que colocarão sua missão de vida
acima de seus anseios pessoais ao entender que a evolução de seus liderados
será o grande prêmio de sua própria evolução.
Outras modificações reforçam a necessidade de "reinvenção" do papel
do líder atual. A primeira está na capacidade de atuar num ambiente de caos.
Durante algum tempo, as empresas ainda trabalharão tentando conceber um
futuro sobre o qual não terão a menor idéia. Nesse contexto, o novo líder terá
de decidir em cima de dilemas, como agilidade versus incerteza, humanismo
versus lucro, competitividade versus qualidade, motivação versus turbulência.
Tal campo de incerteza levará o novo líder a valorizar ainda mais a
educação, o que não consiste em reforçar aspectos teóricos, mas em
transformar a empresa num pólo de aprendizagem prática. A massa do
33
conhecimento e tecnologia continuará a dobrar a cada ano, e aprender e
preparar-se para o novo, serão metas mínimas para a sobrevivência.
Liderar significa possuir capacidade, discernimento para comandar
pessoas, e isso é mais do que muitos chefes sabem fazer (HAGGAI, 1990).
Autoridade significa credibilidade para mandar e ser obedecido.
O verdadeiro líder sabe que é investido de autoridade, mas dificilmente
faz uso dela, pois consegue que as tarefas sejam realizadas pela confiança
que ele inspira nas pessoas. Mesmo assim, se, por qualquer motivo, tiver de
usar sua autoridade, ele o fará com consciência e convicção.
O líder deve ser respeitado e reconhecido como uma pessoa de
credibilidade e confiança, que sabe motivar e valorizar pessoas e, por meio
delas, atingir eficazmente as metas previstas, tenha maturidade de
comportamento: Muitos chefes têm comportamento imaturo, com freqüentes
mudanças de humor, mudanças de idéias e de objetivos. Eles colocam em
polvorosa os subordinados, que nunca sabe o que os espera a cada novo dia
que se inicia e é uma das formas mais rápidas de desmotivar e provocar a
perda de confiança das pessoas, além de colocar em risco o alcance de metas.
É preciso ter uma atitude madura, confiante e positiva, dando segurança
aos colaboradores quanto às suas idéias e seu comportamento.
Toda chefia que é líder tem um comportamento estável e previsível. Isso
não significa que a chefia não possa, às vezes, aborrecer-se, zangar-se ou
mudar de idéia, mas, quando o fizer, deverá ser um ato consciente de sua
parte, assumindo total responsabilidade por esse comportamento.
Os líderes são muitas vezes admirados ou odiados de acordo com como
se relacionam, transmitem instruções, cobram resultados, premiam, sancionam
regras ou lidam com as situações de pressão. Sãos eles os responsáveis pela
condução dos caminhos a serem trilhados.
Seus subordinados, liderados ou colaboradores teoricamente vêem ou
esperam que o líder seja o profissional capaz e preparado para conduzir os
rumos da empresa, dar o tom das discussões ou ainda imprimir o ritmo
necessário ao andamento da organização ou setor. Muitos ainda esperam que
34
a liderança seja capaz de fornecer caminhos para a resolução de problemas ou
desafios.
Ser líder, sobretudo é em muitas circunstâncias ciência e em outras uma
arte. Um cargo, uma plaqueta ou uma designação não torna alguém um líder
genuíno.
As habilidades de um líder devem vir à tona com seus exemplos. O
tempo dá o tom do profissional de destaque e também evidencia os medíocres.
Em época de grande exigência dos consumidores, da profissionalização
da concorrência e dos produtos e serviços cada vez mais similares, o lado
humano é posto a prova, e francamente muitos líderes se avaliados não seriam
selecionados para cargo algum na empresa ou setor que comandam.
Não se é líder senão na medida em que se é capaz de gerar paixão e
partilham a todos do grupo, mais do que conduzir as pessoas como uma
manada deve ao invés gerar sentimentos de participação, importância e
conjunto.
Mantenha todos bem informados: Cuidado com os boatos. Eles só
surgem quando há pouca ou nenhuma informação e só causam
desapontamentos, mágoas, insegurança e raiva. Tome providências para
interromper os boatos; melhor ainda: não deixe nem mesmo que comecem.
Deixe claras as coisas desde o início e certifique-se de que os
subordinados saibam que podem encontrar no gerente a verdade. E se,
porventura, houver algo sigiloso que o gerente não possa dizer-lhes, eles
entenderão.
O reconhecimento da sua equipe poderá saber da capacidade da
mesma conhecendo as pessoas que a compõem. Antes de delegar, é preciso
conhecer a competência de cada um, quem está mais apto a fazer o quê, suas
limitações, seus planos e aspirações profissionais, seu grau de maturidade e
iniciativa, potencial de crescimento.
Conheça o potencial de cada funcionário e promova o seu
desenvolvimento.
Chefe é muito mais observado do que observa. Seus subordinados
procuram em você um padrão de comportamento correto, suas atitudes, suas
35
decisões, sua postura, a maneira pela qual se conduz, influenciam mais os
outros do que qualquer instrução que você possa dar ou qualquer disciplina
que queira impor.
Seja disciplinado para poder exigir disciplina. A conduta do chefe reflete
na disciplina. Mantenha-se atualizado, a par dos eventos atuais de seu campo
de atuação. Participe de treinamentos, seminários, congressos, palestras e
eventos similares que o ponham em dia com novas técnicas de gerenciamento.
Converse com as pessoas que têm experiência nas áreas em que você não
possui familiaridade. Evite ficar relembrando como as coisas eram feitas "nos
velhos tempos" (HAGGAI, 1990).
Irradie energia: carregue-se de energia positiva. A energia é
característica bastante conhecida de todos os realizadores em todos os
campos de atuação. Líderes atuantes sempre transmitem otimismo e confiança
(HAGGAI, 1990).
O líder deve instruir seus subordinados fazendo com que entendam
como eles contribuem para a perspectiva mais ampla. Se o trabalho for muito
monótono, amplie o serviço, de modo que eles possam lidar com a tarefa do
começo ao fim. Promova rodízio entre o seu pessoal, ampliando assim o
trabalho deles e ensejando maior aprendizado. Mostre-lhes constantemente
como o trabalho de cada um do departamento está contribuindo para os
objetivos globais da organização.
O líder deve oferecer regularmente treinamento ao seu pessoal,
reciclando-o e atualizando-o. O retorno desse investimento será maior
motivação e produtividade. Solicite a promoção do funcionário que está em
plenas condições de ser promovido, tanto em cargo quanto em salário, ou
promover, de outra forma, divulgando na empresa um bom trabalho feito por
alguém; indique uma pessoa para cargos mais altos; permita que apresentem
projetos para a implantação de um novo procedimento ou rotina, perante outras
pessoas (HAGGAI, 1990).
Um líder deve estabelecer metas exeqüíveis, estabelecer padrões de
desempenho: Metas exageradas ou inatingíveis provocam frustrações e
36
prejudicam a moral. Estabelecer objetivos ambiciosos, mas tangíveis, e o
sucesso será alcançado (HAGGAI, 1990).
Porém, tão importante quanto às metas são os padrões de desempenho
que o seu pessoal terá de cumprir, buscando maior qualidade e produtividade.
Estabeleça de comum acordo com cada um de seus subordinados seu
desempenho quanto a: prazo (data de conclusão da tarefa), quantidade a ser
executada e qualidade (qual o padrão exigido) (HAGGAI, 1990).
Um líder deve estar em meio ao seu pessoal e trabalhe tanto quanto
eles. Dificuldades e problemas que possam ocorrer só serão descobertos
estando junto a eles e não os observando com um binóculo de cima de uma
torre de marfim. Além disso, os subordinados têm de ter a oportunidade de se
aproximar do líder como pessoa. O líder deve rir com eles, relaxar com eles,
estar com eles, sem excesso de intimidades. A liderança não tardará a fazer
efeito, e resultados positivos não demorarão a aparecer (HAGGAI, 1990).
Quando tiver de chamar a atenção de alguém, o líder deve fazê-lo em
particular e sem rodeios. Assertividade e objetividade são características de
líderes atuantes.
Deve exigir dedicação. Empenhar-se pessoalmente dando melhores
condições para que o seu pessoal produza com motivação e confiança, mas
exigir por parte deles o mesmo empenho e dedicação. Demonstrar interesse
por eles e, ao mesmo tempo, demonstrar que espera real dedicação deles
(HAGGAI, 1990).
Desenvolver o trabalho de equipe é estabelecer planos de
desenvolvimento profissional para cada um de seus colaboradores e fazer com
que todos se auxiliem mutuamente. Sempre que possível, estimular projetos
ambiciosos e fazer com que os resultados sejam frutos de um trabalho em
conjunto, e não apenas individual. Fazer com que a equipe tenha orgulho de si
mesma e terá plantado a semente da produtividade.
37
CONCLUSÃO
Sobre o conceito geral de liderança foram abordados os estágios de
influência que o líder pode exercer sobre as pessoas. Como a definição sobre
liderança é ampla, foram registradas diversas características para melhor
caracterizar os vários estilos de líderes e de liderança.
Foram citadas também, as competências que são necessárias ao líder
para um bom gerenciamento de pessoas e tarefas, bem como se caracterizou
os três estilos de liderança autocrática, democrática e liberal.
Na área de desenvolvimento dos recursos humanos, foi dissertado sobre
a importância do líder como treinador e como as empresas motivam seus
funcionários objetivando maior eficácia.
O desafio da liderança moderna presume uma grande necessidade do
auto desenvolvimento onde foram relatadas as práticas que levam ao
aprimoramento da auto liderança, isto é, a capacidade de liderar a si mesmo.
Trabalhar em grupos, onde as soluções são baseadas em comum, mas
a busca da produtividade é um compromisso individual foi a principal
característica identificada para o que se espera do líder para os próximos anos,
espera-se ainda que ele, através da sua persistência e dedicação venha
motivar contagiosamente os seus seguidores.
Portanto, ao longo dos capítulos pode-se observar que a tendência do
líder do futuro será de mostrar sua percepção e compreensão das realidades
do mundo e de si mesmo, disposição e capacidade de envolver os demais
evocando sua participação, pois as tarefas serão muito complexas e as
informações distribuídas de forma muito ampla para que os líderes resolvam
sozinhos os problemas que poderão surgir.
Numa época de revolução tecnológica e mudanças crescentes, a
liderança se torna cada vez mais crucial à medida que representa o elemento
propulsor de mudanças e a força básica por trás da mudança bem sucedida.
Sem liderança, a probabilidade de ocorrência de erros aumenta muito e
as chances de êxito reduzem-se na mesma proporção.
38
Dentro do contexto apresentado, a liderança possibilita a cooperação,
dirime conflitos e contribui para a criatividade, exercendo um papel integrador,
pois mantém as pessoas unidas, mesmo sem estarem fisicamente próximas.
Assim sendo, a liderança associa-se a estímulos e incentivos que
promovem a motivação das pessoas para o alcance dos objetivos comuns,
apresentando papel relevante nos processos de formação, transmissão e
mudança da cultura organizacional.
39
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ZALEZNIK, Abraham. Gerentes e Líderes?Eles são diferentes? Harvard
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42
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA EMPRESARIAL 09
CAPÍTULO II
ESTILOS DE LIDERANÇA 14
2.1. CARACTERÍSTICAS DOS MELHORES LÍDERES 20
CAPÍTULO III
LIDERANÇA ORGANIZCIONAL 23
CAPÍTULO IIII
SEJA UM MODELO PARA SUA EQUIPE 31
4.1. LIDERAR SIGNIFICA CRIAR O FUTURO 32
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
ÍNDICE 42
FOLHA DE AVALIAÇÃO 43
43
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes – Instituto A vez do
Mestre.
Título da Monografia: LIDERANÇA
Autor: Lynitt Martins de Souza Lopes
Data da entrega: 31/03/2011
Avaliado por: Conceito: