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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ LEONARDO JOSÉ PINHEIRO PROPOSTA DE MELHORIAS NO CONTROLE E ARMAZENAGEM DE ESTOQUE PARA A SULCATARINENSE MINERAÇÃO, ARTEFATOS DE CIMENTO, BRITAGEM E CONSTRUÇÃO Ltda. Biguaçu 2011

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

LEONARDO JOSÉ PINHEIRO

PROPOSTA DE MELHORIAS NO CONTROLE E ARMAZENAGEM DE ESTOQUE

PARA A SULCATARINENSE MINERAÇÃO, ARTEFATOS DE CIMEN TO,

BRITAGEM E CONSTRUÇÃO Ltda.

Biguaçu

2011

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LEONARDO JOSÉ PINHEIRO

PROPOSTA DE MELHORIAS NO CONTROLE E ARMAZENAGEM DE ESTOQUE

PARA A SULCATARINENSE MINERAÇÃO, ARTEFATOS DE CIMEN TO,

BRITAGEM E CONSTRUÇÃO Ltda.

Trabalho de conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação de Biguaçu – Universidade do Vale do Itajaí, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em administração. Professor Orientador: Rosalbo Ferreira

Biguaçu

2011

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LEONARDO JOSÉ PINHEIRO

PROPOSTA DE MELHORIAS NO CONTROLE E ARMAZENAGEM DE ESTOQUE

PARA A SULCATARINENSE MINERAÇÃO, ARTEFATOS DE CIMEN TO,

BRITAGEM E CONSTRUÇÃO Ltda.

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção

do Título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

________________________________________________ Profº. Dr. Valério Cristofolini

UNIVALI – Campus Biguaçu

Coordenador do Curso

Banca Examinadora:

________________________________________________

Profº. Dr. Rosalbo Ferreira

UNIVALI – Campus Biguaçu

Professor Orientador

________________________________________________

Profª. Msc. Vanderléia Martins Lohn

UNIVALI – Campus Biguaçu

Membro I

________________________________________________

Profº Msc. João Carlos Domingues Carneiro

UNIVALI – Campus Biguaçu

Membro II

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Dedico este trabalho aos meus pais José e Solange, por ter me

concedido todas as condições necessárias para conclusão de

mais uma etapa da minha vida e minha namorada Patricia, que

também me deu muita força nos momentos difíceis, me

incentivando e estando sempre ao meu lado.

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AGRADECIMENTOS

Para realização deste estudo pude contar com pessoas muito generosas,

que me auxiliaram no processo de desenvolvimento deste trabalho de conclusão de

estágio.

Primeiramente agradeço a Deus por me dar muita saúde e força na minha

caminhada.

Ao gerente e os colaboradores do almoxarifado da Sulcatarinense M. A. C. B.

C. Ltda., pela atenção e prontidão nas dúvidas sobre a realização da pesquisa de

campo.

O orientador e Prof. Dr. Rosalbo Ferreira, pela sua dedicação e estímulo, com

importantes dicas e orientações para a finalização do projeto.

A meus avós, que são exemplo de pessoas, me deram muita educação, e que

onde, me espelho muito.

Aos meus amigos da turma, que sempre realizamos os trabalhos juntos, pela

amizade, paciência e dedicação demonstradas durante o curso.

A todo o corpo docente do curso de Administração da UNIVALI, que

compartilhou seus conhecimentos e experiências.

E por fim, a todas as pessoas que acreditam em mim e me deram confiança

nessa importante etapa da minha vida

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Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos.

Fazer ou não fazer algo só depende de nossa vontade e

perseverança.

Albert Einstein

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RESUMO PINHEIRO, Leonardo José. Proposta de melhorias no controle e armazenagem de estoque para a Sulcatarinense Mineração, Artefat os de Cimento, Britagem e Construção Ltda. 2011. Trabalho de conclusão de estágio (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu 2011.

O presente trabalho foi realizado na área de administração de materiais e teve como objetivo, propor melhorias no controle de estoque para a Sulcatarinense Mineração, Artefatos de Cimento, Britagem e construção Ltda. A empresa está localizada na cidade de Biguaçu, Santa Catarina, atuando no setor de Mineração, Construção e Pavimentação. Primeiramente este estudo estruturou-se em uma pesquisa bibliográfica formando uma base teórica importante para o embasamento da identificação e construção das propostas de melhorias. Para o levantamento de dados a pesquisa caracterizou-se como um estudo de caso com uma abordagem qualitativa e caráter exploratório. Buscando entender e modificar alguns conceitos e também, por ser tratar de uma situação real da empresa, a pesquisa possui em caráter descritivo. O estudo oportunizou a organização um melhor controle sobre os itens em estoque e rever seus métodos de estocagem. Propôs um sistema de classificação mais adequado para a quantidade de itens e sua respectiva identificação. Analisando os processos de recebimento e armazenagem, foi sugerido mudanças no layout do almoxarifado, para um melhor aproveitamento do espaço físico. E também, uma análise, através da curva ABC, das quantidades e variedades de pneus em estoque. Por meio da pesquisa realizada a organização poderá rever e modificar muitos processos do controle de estoque, otimizando recursos e contribuindo para redução de custos. Palavras-chaves: Estoque; Classificação; Armazenagem; Curva ABC.

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ABSTRACT

PINHEIRO, Leonardo José. Proposta de melhorias no controle e armazenagem de estoque para a Sulcatarinense Mineração, Artefat os de Cimento, Britagem e Construção Ltda. 2011. Trabalho de conclusão de estágio (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu 2011.

This work was carried out in the area of materials management and aimed to propose improvements in inventory control for Sulcatarinense Mining, Cement Artifacts, Ltd. Crushing and construction. The company is located in the city of Biguaçu, Santa Catarina, working in the mining, construction and paving. First, this study was structured in a literature search to form an important theoretical basis for reliance on the identification and construction of proposed improvements. For data collection the research was characterized as a case study with a qualitative approach and exploratory. Seeking to understand and modify some concepts and also because it is dealing with a company's actual situation, the research has in descriptive. The study provided an opportunity to organize a better control over inventory items and review their methods of storage. He proposed a classification system more suitable for the quantity of items and their identification. Analyzing the processes of receiving and storage, suggested changes to the layout of the warehouse, to a better use of space. Also, an analysis by the curve ABC, the quantities and varieties of tires in stock. Through the research organization may review and modify many processes of inventory control, optimizing resources and contributing to cost reduction. Keywords : Inventory; Classification; Storage; Curve ABC.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Organograma logístico para administração de materiais. ......................... 18

Figura 2: Sistema de codificação alfanumérico. ....................................................... 23

Figura 3: Distribuição típica e usual da curva abc. ................................................... 27

Figura 4: Fórmula para o cálculo da média móvel. ................................................... 29

Figura 5: Sistema de reposição duas gavetas. ......................................................... 30

Figura 6: Método de revisão periódica. .................................................................... 32

Figura 7: Reposição por ponto do pedido. ................................................................ 35

Figura 8: Fórmula para o cálculo do ponto do pedido. .............................................. 36

Figura 9: Aplicação do estoque de segurança. ........................................................ 37

Figura 10: Fórmula para calcular o estoque de segurança. ..................................... 38

Figura 11: Organograma padrão funcional de um almoxarifado. ............................. 41

Figura 12: Fases do recebimento de materiais.. ...................................................... 43

Figura 13: Armazenamento vertical de pneus... ....................................................... 48

Figura 14: Esquema da disposição dos materiais.. .................................................. 50

Figura 15: Entrada e a pedreira da sulcatarinense.. ................................................. 57

Figura 16: Organograma da sulcatarinense.. ........................................................... 59

Figura 17: Ficha de controle de estoque. ................................................................. 61

Figura 18: Identificação do item no estoque e no sistema de informação. ............... 62

Figura 19: Vista interna do estoque da Sulcatarinense. ........................................... 66

Figura 20: Estufa para armazenagem de eletrodos ................................................. 67

Figura 21: Armazenagem de barris de óleo lubrificante. .......................................... 68

Figura 22: Produto tóxico armazenado dentro do estoque. ...................................... 69

Figura 23: Armazenagem de óleo diesel. ................................................................. 70

Figura 24: Layout atual do almoxarifado. ................................................................. 80

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Figura 25: Primeira proposta para o novo layout do almoxarifado. .......................... 81

Figura 26: Segunda proposta para o novo layout do almoxarifado .......................... 82

Figura 27: Armações para tambores. ....................................................................... 84

Gráfico 1: Elaboração do ponto do pedido e estoque de segurança ......................... 75

Gráfico 2: Porcentagem dos valores dos itens em estoque ...................................... 77

Gráfico 3: Análise da quantidade dos pneus em estoque ......................................... 85

Gráfico 4: Análise dos valores dos pneus em estoque .............................................. 85

Gráfico 5: Análise ABC de valores dos pneus ........................................................... 86

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LISTA DE TABELA

Tabela 1: Fases da armazenagem. .......................................................................... 45

Tabela 2: Normas para o empilhamento máximo na horizontal ................................ 49

Tabela 3: Avaliação dos fornecedores ...................................................................... 64

Tabela 4: Planilha de avaliação dos fornecedores .................................................... 65

Tabela 5: Frota de equipamentos que utilizam pneus ............................................... 72

Tabela 6: Levantamento de pneus com tipos e valores ............................................ 73

Tabela 7: Sistema de codificação proposto para os pneus ....................................... 78

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14

1.1 OBJETIVOS ..................................................................................................... 15

1.1.1 Objetivo geral .......................................................................................... 15

1.1.2 Objetivos específicos ............................................................................. 15

1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................... .................................................. 17

2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS .................................................................. 17

2.2 CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS ................................................................... 20

2.2.1 Identificação ............................................................................................ 21

2.2.2 Codificação .............................................................................................. 22

2.2.3 Catalogação ............................................................................................. 24

2.3 CLASSIFICAÇÃO ABC DE MATERIAIS ........................................................... 25

2.4 MÉTODOS DE CONTROLE DE ESTOQUE ..................................................... 27

2.4.1 Média móvel ............................................................................................. 28

2.4.2 Média do último pedido .......................................................................... 29

2.4.3 Duas gavetas ........................................................................................... 30

2.4.4 Reposição periódica ............................................................................... 31

2.4.5 Ponto do pedido ...................................................................................... 33

2.4.6 Estoque de segurança ............................................................................ 36

2.5 ARMAZENAGEM.............................................................................................. 39

2.5.1 Receber .................................................................................................... 42

2.5.2 Estocar ..................................................................................................... 44

2.5.2.1 Estocagem de pneus .......................................................................... 46

2.5.2.2 layout .................................................................................................. 49

2.5.3 Distribuir .................................................................................................. 51

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 54

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ................................................................ 54

3.2 CONTEXTO E PARTICIPANTES ..................................................................... 55

3.3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ................. 56

3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS ........................................................ 56

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4 LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS ................ ....................................... 57

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA................................................................. 57

4.2 LEVANTAMENTO DOS DADOS ...................................................................... 60

4.2.1 Métodos de estocagem utilizados pela empresa ................................. 60

4.2.2 Quantidade de itens contidos em estoque ........................................... 61

4.2.3 Classificação dos materiais ................................................................... 62

4.2.4 Processos de recebimento e armazenagem ......................................... 63

4.2.4.1 Óleo diesel .......................................................................................... 69

4.2.5 Variedade e quantidade de pneus utilizados na empresa ................... 71

4.3 ANÁLISE E PROPOSTAS ................................................................................ 74

4.3.1 Métodos de estocagem utilizados pela empresa ................................. 74

4.3.2 Quantidade de itens contidos em estoque ........................................... 76

4.3.3 Classificação de materiais ..................................................................... 77

4.3.4 Processos de recebimento e armazenagem ......................................... 79

4.3.5 Variedade e quantidade de pneus utilizados na empresa ................... 84

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ...................... ........................................ 868

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 90

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1 INTRODUÇÃO

Com a grande competitividade do mercado, as empresas estão buscando

cada vez mais reduzir custos. Neste contexto, uma boa administração de materiais é

um fator importantíssimo, pois vem apresentando economias significativas para as

organizações.

Nessa perspectiva Viana (2009, p. 35) contribui analisando que para atingir

essas economias, a principal meta é identificar o equilíbrio entre estoque e consumo,

onde deve haver um inter-relacionamento entre as atividades afins, com o objetivo

de aprimorar todos os processos de administração materiais. Formando um eficiente

sistema de abastecimento. E assim as empresas estão transformando o seu controle

e armazenagem de materiais em uma ferramenta indispensável para o sucesso

empresarial.

A presente pesquisa foi realizada no almoxarifado central da empresa

Sulcatarinense Mineração de Artefatos de cimento, britagem e construção Ltda. Uma

empresa que já atua a vinte e nove anos no mercado de pavimentação, construção

civil, produção e venda de pedra britada. Conta com a qualidade dos seus serviços,

excelência de seu corpo técnico, com profissionais de ponta em seus setores de

atuação e equipamentos de ultima geração, garantindo o bem estar dos seus

colaboradores e a satisfação dos clientes. Com isso, a Sulcatarinense tornou-se

uma das maiores empresas desse ramo em Santa Catarina.

Como a organização possui um alto nível de produção e também de estoque,

foi verificado que o setor de controle e armazenagem de peças de reposição, como

pneus e lubrificantes, precisa de novas idéias para facilitar o controle, a

movimentação dos itens e adequação da armazenagem de acordo com as

características físicas e químicas dos itens. Observando essa necessidade, foi

realizado um estudo a fim de propor melhorias na forma de organizar e controlar os

estoques, apresentando propostas para o melhor funcionamento dos mesmos.

E assim, foi apresentado novas propostas para armazenar e controlar seus

estoques, contribuindo na melhora dos processos . O trabalho tem como objetivo

resolver a seguinte questão: quais alternativas que a Sulcatarinense poderá

implementar na armazenagem e controle de materiais que trarão melhores

resultados?

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1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Propor melhorias no controle de estoques para a Sulcatarinense Mineração

de Artefatos de Cimento, Britagem e Construção Ltda., em Biguaçu, no período de

março a novembro de 2011.

1.1.2 Objetivos específicos

• Conhecer a forma e os métodos de estocagem da Sulcatarinense

Mineração, Artefatos de Cimento, Britagem e Construção Ltda.;

• Identificar a quantidade de itens contidos em estoque;

• Analisar o sistema de classificação de materiais;

• Avaliar os processos de recebimento e armazenagem da empresa;

• Levantar todos os tipos de pneus utilizados pela Sulcatarinense;

• Propor melhorias para sistema de estoque de pneus.

1.2 JUSTIFICATIVA

Este estudo foi de muita importância para a empresa, pois como a

Sulcatarinense trabalha com um estoque bastante variado mediante da sua

produção e ramo de atividade, precisa constantemente melhorar e acompanhar seu

fluxo e controle de materiais para que não eleve muitos seus custos. Reforça Viana

(2009, p. 49) que manter um estoque elevado, aumenta o custo, pois o dinheiro fica

parado e tem também as despesas da própria manutenção física, por isso deve-se

buscar alternativas junto aos fornecedores para diminuir esses gastos.

A Sulcatarinense encontra-se em um momento de crescimento, está

conquistando novos mercados e precisa de uma boa estrutura organizacional, que

de suporte para esse crescimento. Com isso, novas ideias para a administração de

materiais foram de extrema importância, ainda mais que o estoque da empresa é

composto de peças de reposição da sua produção, que é ponto fundamental da

empresa.

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O momento é oportuno para realizar o trabalho e trazer melhorias no setor de

administração de materiais da Sulcatarinense, porque apresentar novas ideias,

trazer alternativas que melhorarão os métodos se estocagem é importante para

qualquer empresa que busca crescer e reduzir seus custos. E também, o gestor

mostrou interesse para a realização da pesquisa e que apresentasse propostas de

melhorias.

O estudo trouxe muito conhecimento tanto para a organização, como para o

acadêmico, possibilitando uma troca de informações muito valiosa. Foi colocado na

prática todo aprendizado adquirido na sala de aula, auxiliando a empresa a melhorar

constantemente. Com isso, a empresa pode perceber a importância de novos

métodos de estocagem, como está estruturado seu estoque, com a construção do

layout e novas propostas para o mesmo, possibilitando uma reorganização do seu

espaço físico, facilitando a armazenagem e a movimentação física. E também,

formas corretas de armazenar alguns produtos que necessitavam de ferramentas

para armazenagem.

E consequentemente o que se espera de qualquer empresa ou setor, reduzir

custos e tornar qualquer estudo ou nova ferramenta, em estratégia competitiva,

aproveitando a oportunidade de realizar-se estudos e pesquisas para um constante

melhoramento. O trabalho foi viável de ser realizado dentro de oito meses.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Tendo em vista que esse trabalho tem o objetivo de propor melhorias para a

administração de estoque da Sulcatarinense Mineração de Artefatos de Cimento,

Britagem e construção Ltda., serão abordados na fundamentação teórica tópicos

fundamentais para proposta do trabalho, apresentando argumentos de diferentes

autores, auxiliando o acadêmico na realização da pesquisa e na elaboração das

propostas de melhorias.

2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

A função de administrar materiais já é realizada nas organizações desde o

princípio da administração. Foi ganhando força quando percebeu-se que juntamente

com a logística, a empresa podia romper barreiras e aumentar o seu grau de

atendimento e expectativas dos clientes. Além de conciliar a necessidade de

suprimentos, a administração de materiais possui outra função muito importante

para qualquer empresa, a otimização dos recursos financeiros, ou seja, redução de

custo. E assim, com uma boa administração sobre os investimentos em estoque,

proporcionará ganhos significativos para a empresa, tornando-se um meio para

obtenção de vantagem competitiva. (GONÇALVES, 2004, p. 2).

Com a grande competitividade do mercado, surge à preocupação em reduzir

custos, com isso, a administração de materiais vem sendo tratada por todas as

pessoas ligadas à área produtiva da empresa, como: gerentes, administradores e

engenheiros, sendo algo importantíssimo, pois trabalha com o capital da empresa,

os investimentos que ela realiza para produção. Sendo assim, todos devem

administrar da melhor forma possível os recursos escassos da empresa. (MARTINS;

ALT, 2000, p. 4).

É necessário usar todos os princípios, conceitos e técnicas para se saber que itens pedir, quanto pedir, quando são necessários, como e onde armazená-los. O bom entendimento da gestão dos estoques direciona a otimização dos investimentos em estoques e capital envolvido, do serviço ao cliente, e das operações de produção, compras e distribuição. (BERTAGLIA, 2009, p. 330).

Viana (2009, p. 35) destaca que o objetivo principal dos gestores e das

organizações é conseguir encontrar um ponto de equilíbrio entre estoque e o

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consumo, que para isso, será necessário que toda a gestão de materiais,

demonstrado na figura 1, trabalhe unidos, tenham um inter-relacionamento para

propiciar mais exatidão e qualidade às atividades.

Figura 1: Organograma logístico para Administração de materiais.

Fonte: VIANA (2009, p. 46).

Atualmente a logística empresarial, ou seja, todas as atividades da

administração de materiais precisam ser bem definidas. Nesse intuito, a figura acima

define bem as áreas com o organograma da logística empresarial, podendo ser

modificado e adaptado conforme a necessidade e a estrutura da empresa. E assim,

com a elaboração desse organograma, facilitará muito o fluxo de materiais, desde o

ponto de aquisição, até o seu consumo final, organizando e agilizando toda a

administração de materiais. (VIANA, 2009. p. 45).

Em complemento, Ballou (1995, p. 59) coloca em evidência que a principal

função da administração de matérias é atender de forma eficiente e eficaz as

necessidades dos processos de produção, ou seja, fazer com que a produção não

pare por falta de itens no estoque ou desorganização por parte dos gestores que

não identificaram corretamente os itens. Todas as necessidades provem de

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demandas que geralmente, oscilam muito por causa de clientes, da própria

produção e da distribuição física. Sendo assim, os clientes tornam-se a operação da

empresa. O gestor de estoque deve estar sempre atento, conhecer a fundo os

processos da empresas, as variações do mercado e ter sempre um bom

planejamento projetando possíveis quedas ou aumento da demanda, para que não

seja pego de surpresa.

Dias (1993, p.23) também concorda com os autores citados acima ao

enfatizar que a principal meta da empresa é maximizar os lucros sobre o capital

investido. Os gestores devem trabalhar para reduzir os custos e assim minimizando

os investimentos em estoques. Mas essa minimização deve ser realizada com todo

cuidado para que não atrapalhe a produção da empresa.

Nesse sentido, Dias (1993, p.23) menciona que o estoque “funciona como

amortecedor entre os vários estágios da produção até a venda final”. De forma mais

abrangente, Messias (1989, p. 21) evidencia que não se diminui custos somente na

compra ou não dos materiais, outros fatores são determinantes na redução dos

custos, como: transporte, armazenagem, conservação, manipulação e o controle dos

mesmos. E assim, com um bom gerenciamento de todas essas etapas da

administração de materiais, transformará essa área da empresa, em uma ferramenta

indispensável para tornar qualquer organização competitiva.

E assim a administração de materiais torna-se cada vez mais importante,

pois, interfere muito na eficiência de outras áreas e também depende dessas outras

áreas para sua eficiência. E assim Gonçalves (2004, p. 3) destaca essas principais

áreas que são:

• A área financeira é responsável pela liberação dos recursos para o

abastecimento dos estoques, isso obriga as duas a estar em sintonia para

não elevar muito os custos e não faltar item em estoque.

• A produção fornece a demanda de material que já saiu anteriormente e o

planejamento da demanda de materiais para atender um determinado

período da produção.

• A área de vendas interfere no volume de produção dos produtos, que logo

são repassados para a gestão de estoque realizar o ressuprimento.

• A área de recursos humanos contribui para contratação de mão de obra

capacitada para administrar os estoques.

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• A distribuição está diminuindo cada vez mais a distância entre produção e

os clientes finais, obrigando a administração de estoque a está preparada

para possíveis demandas inesperadas.

• E a informática trás o apoio tecnológico necessário para uma maior

agilidade no recebimento e registro das informações e também auxiliando

no uso de ferramentas de gestão de estoque.

Além de tudo, Viana (2009, p. 50) conclui que, com os avanços da tecnologia,

a administração de materiais vai se modernizando cada vez mais, e assim, as

empresas e os administradores precisam estar preparados buscando sempre mais

informação e atualização. “Por mais estranho que possa parecer, o futuro do

gerenciamento de estoque é administrar estoque nenhum”. (VIANA, 2009, p. 50).

Perante a posição dos autores, pode-se concluir, que a administração de

materiais tornou-se algo importantíssimo para as organizações que trabalham com

estoque. Empresas que almejam o crescimento, juntamente com a redução de

custos e estratégias competitivas, precisam ter sua área de administração de

materiais bem definida e controlada, atendendo sempre suas necessidades e

expectativas. E para auxiliar no controle de estoque serão apresentadas ferramentas

indispensáveis para o controle do mesmo, que é o caso da classificação de

materiais.

2.2 CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

Com a grande variedade de produtos existentes no mercado, e a necessidade

juntamente com o desejo dos consumidores por novos produtos, baratos e que o

satisfaça. Atentas ao mercado, as empresas aumentaram muito a quantidade e

variedade de produtos. Com isso, obrigatoriamente necessita-se de um controle

sobre esses produtos, criar uma classificação onde são atribuídas características

sobre cada produto, facilitando sua identificação dentro do estoque. Para a plena

eficiência dessa ferramenta, todos os produtos devem ser codificados e relatados

em um catálogo, digitais ou em um caderno. (GONÇALVES, 2004, p. 258).

Para um com controle da armazenagem de materiais é preciso classificá-los,

inserir uma codificação, obtendo assim, um estoque mais padronizado e de fácil

localização dos intens. A classificação é a peça chave para um eficiente controle de

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materiais, que facilitará a vida dos gestores nos almoxarifados. Deve ser feita de

modo com que um produto não seja confundido com outro, e também, localizado em

um lugar específico, onde o produto do seu lado não traga danos pro outro. Ex:

produtos químicos no lado de alimentos. (DIAS, 1996, p. 4).

Em perspectiva similar Viana (2009, p. 51) menciona que a classificação de

materiais é um processo que tem como base, identificar e aproximar matérias

semelhantes. Além de proporcionar um maior controle e conhecimento dos itens em

estoque, a etapa de classificação pode auxiliar os gestores na definição de

prioridades, como de localização e armazenamento, dependendo do material. O

autor ainda completa que para uma boa classificação de materiais, deve-se destacar

alguns atributos essências como; abrangência, atribuindo características marcantes

para fácil identificação; flexibilidade, classificando os materiais de forma que os seus

códigos possam ser utilizados por diferentes ferramentas de classificação e

praticidade, onde o código ou nome identificado seja simples e direito.

Conclui-se, a partir daí, que “o objetivo da classificação de materiais é definir

uma catalogação, especificação, normalização, padronização e codificação de todos

os materiais componentes do estoque da empresa”. (DIAS, 1997, p. 176).

A respeito da classificação, entende-se que é a organização do estoque da

empresa, todas as anotações de cada item em estoque para facilitar o controle de

materiais, como, a reposição de estoque, a localização de todos os itens e a

distribuição final. Nesse sentido será apresentado a identificação de materiais, um

dos primeiros passos para estruturar-se um sistema de classificação de materiais.

2.2.1 Identificação

A identificação consiste em especificar de forma minuciosa as características

de um item. Características estas que podem ser físicas e químicas, onde serão

extremamente importantes para os processos de controle de estoque. E assim

facilitando a comunicação entre os clientes, a empresa e os fornecedores. (DIAS,

1997, p. 177).

Em perspectiva similar, Chiavenato (1991, p. 129) aborda a identificação

como sendo uma descriminação detalhada de um determinado item, seu tamanho,

cor, peso e especificações do fabricante. Com isso, quando mais bem feito for à

identificação, maior facilidade em identificar os itens, diminuindo as dúvidas. Sendo

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assim, a identificação é importantíssima para atividade de administração de

materiais e principalmente a de compras, pois se bem realizada, agilizará a

descrição do item para o fornecedor, evitando a compra de itens errados e fácil

inspeção no recebimento do material.

E Gonçalves (2004, p. 258) considera que a identificação tem por finalidade,

identificar os itens da empresa de maneira completa e bem estruturada, de modo a

garantir sua fácil localização e identificação. Esse processo deve conter algumas

regras de padronização específicas para a descrição do item e atribuição da

nomenclatura, onde esta deverá ser exclusiva.

Conclui-se que a identificação é o mesmo que realizar a descrição do perfil de

uma pessoa, onde colocamos varias características. No caso, é descrever o perfil

dos materiais, identificar características que o individualizam dos outros materiais,

facilitando a localização e a movimentação dos mesmos. Após esse processo de

identificação, deve-se criar uma codificação, uma forma resumida de identificar cada

item, melhor detalhado no tópico abaixo.

2.2.2 Codificação

Buscando uma visão geral e um maior controle dos produtos, as empresas se

preocuparam em identificar todos os seus materiais, com o intuito de facilitar a

visualização e a identificação dos itens. Assim, utilizam um conjunto de símbolos

alfanuméricos ou somente numéricos, que irão identificar, da melhor forma possível,

cada item. Para tornar fácil essa classificação foi criada a codificação, que consiste

em estabelecer características aos materiais, separá-los em grupos, onde cada

material receberá um código. (VIANA, 2009, p. 93).

O autor ainda acrescenta observando que “o código, por conseguinte, é

secreto, só entendendo-o quem possuir o Plano de Codificação, que se constitui na

chave para sua interpretação”.

Uma empresa que possui um estoque com muitos itens e ou uma produção

bastante diversificar, tem-se a necessidade de codificar esses itens em estoque.

Esse código deve abranger a natureza do item, a localização no estoque e

principalmente que seja simples e objetivo, facilitando os gestores no controle dos

materiais. (ZACCARELLI, 1987, p. 66).

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O autor ainda complementa evidenciando alguns fatores determinantes para o

processo de codificação, como:

1. Todos os itens devem ser classificados e identificados no presente.

2. A codificação deve ser especifica, mas preparada para classificar e

identificar possíveis itens futuramente.

3. Deve ter critérios consistentes e facilmente identificados.

4. Não deve ser muito longo e muito curto e impessoal.

5. Favorecer a memorização principalmente dos gestores do estoque para

facilitar a localização e identificação

6. Tem que ser único, não permitir que outro material tenha o mesmo código.

Dias (1993, p.190) considera que a codificação representa todas as

informações que são necessárias e suficientes para diferenciar um item de outro.

Essas classificações podem ser somente letras, conhecido como método alfabético,

o método numérico que utiliza somente números e o alfanumérico, apresentado na

figura 2, que é o mais utilizado pelas empresas por favorecer a identificação, pois

utiliza letras e números.

Figura 2: sistema de codificação alfanumérico.

Fonte: DIAS (1993, p. 190).

O sistema de codificação alfanumérico é simples de ser aplicado e oferece

uma fácil identificação dos itens, pois utiliza letras, que dependendo da estrutura da

codificação, pode-se, por exemplo, colocar a letra inicial do item ou a letra de

alguma característica do mesmo. Permite também a divisão em classe, grupo de

itens e código identificador para individualiza-lo, opção interessante para empresas

que possuem uma quantidade de itens elevada. (DIAS, 1993, p. 190).

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Em perspectiva similar a essa posição, mas complementando-a, Gonçalves

(2004, p. 259) evidencia que para atribuir um código ao produto, deve-se primeiro,

realizar um correto processo de classificação e identificação sobre determinado item,

pois, vai ser essa, a base para atribuir o código ao produto. Esse código pode ser

somente letra, números ou letras e números, mas devem representar de forma

correta as características dos materiais para a sua identificação.

Com isso, a codificação, também é uma importante ferramenta de

classificação de materiais, possibilita uma unificação de cada item, de forma

resumida, podendo separá-los por famílias, tipo de material e outras especificações,

ou seja, é flexível conforme as necessidades de cada empresa. E para completar o

processo de classificação, será apresentado a catalogação desses materiais, todos

os dados e características importantes sobre cada item são agrupadas e arquivadas.

2.2.3 Catalogação

O processo de catalogação trata-se do agrupamento de todos os itens

existentes na organização, sem deixar de descrever nenhum deles. Deve se

arquivado de forma organizada, facilitando a apresentação de todos esses itens e

fornecendo uma visão geral dos materiais. (CHIAVENATO, 1991, p.129).

Para Messias (1989, p. 27) a catalogação dos materiais visa facilitar a

identificação e a localização dos itens, através de um catalogo, todos os itens são

descritos com suas respectivas características. Esse catálogo deve conter também a

localização desses itens dentro do estoque, a fim de facilitar o ponto onde se

encontra o material solicitado. E sendo muito importante principalmente para as

pessoas que ainda não possuem um pleno conhecimento do estoque.

De forma mais abrangente Dias (1995, p.177) afirma que a catalogação é

uma das últimas etapas da classificação de materiais. É responsável em ordenar de

forma eficiente todos os dados dos itens contidos em estoque, que devem estar

devidamente identificados e codificados para a fácil verificação na hora que for

necessário. E também, permitir o entendimento pelas pessoas dos diferentes

setores, não somente as pessoas do almoxarifado. Com isso, formando um controle

de estoque eficiente e ágil, facilitando as atividades da administração de materiais.

E assim, na catalogação, todas as informações sobre os itens ficam

registradas juntamente com o seu código. Com esse registro, a organização tem um

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maior controle sobre a variedade total de itens no estoque, especificações

importantes sobre os mesmos e fonte de pesquisa para novos colaboradores.

Finalizado o processo de classificação, passamos para uma das mais importantes

ferramentas de controle de estoque, a curva ABC de materiais.

2.3 CLASSIFICAÇÃO ABC DE MATERIAIS

Cada vez mais a redução de estoque é algo almejado e tratado como uma

das principais metas das empresas, mas muitas ainda necessitam manter estoques

um pouco elevados para não interromper sua produção e não causar danos a

equipamentos e matéria prima. E assim, a curva ABC, vem sendo uma importante

ferramenta no auxilio aos gestores na adequação dos estoques. (ARNOLD, 1999, p.

283).

A curva ABC, ou curva de Pareto, é um método de se avaliar os estoques,

elaborado por Vilfredo Pareto no século passado. Através de um estudo sobre

distribuição de renda e riqueza da população local, notou que uma grande

porcentagem de toda renda local concentrava-se em uma pequena parcela da

população, ou seja, 80% da renda total estavam nas mãos de 20% da população. E

assim, Pareto atribui esse estudo em outras áreas, principalmente na administrativa,

utilizando a curva ABC. Tornando-se uma ferramenta fundamental em diversos

setores que trabalham com grande volume de dados e decisões exatas, como:

estoques, produção, vendas, salários, entre outros. (POZO, 2007, p. 92).

Esse método tornou-se indispensável para uma boa administração de

materiais, onde de acordo com Martins e Alt (2000, p. 162) essa ferramenta é uma

das mais utilizadas pelos gestores, pois possibilita uma visão geral não somente da

quantidade, mais também o valor monetário que seus estoques representam. Com

uma boa aplicação, facilitará outras atividades como compras, onde itens com

valores relevantes devem ser acompanhados com cuidado e também possibilitando

um auxílio ao controle dos custos de estocagem.

Dias (1993, p. 76) contribui argumentando que a curva ABC é uma importante

ferramenta para todos os administradores, principalmente os de materiais. Ela

possibilita identificar quais itens de seu estoque deverão receber uma atenção maior

quanto a volume e preço. Salienta também, que a curva ABC pode ser utilizada para

várias atividades, não somente controlar estoques, mas também como: definição de

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políticas de vendas e planejamento da produção. Ajudando sempre, a tomada de

decisão. E assim, o controle deve ser diferenciado conforme as classes estabelecida

onde:

• Classe A, possuem alta prioridade no controle, pois, apesar da quantidade

de itens menor, representam o grupo de maior valor em estoque;

• Classe B, possuem uma prioridade média no controle, pois, em

quantidade e valor não têm muita representatividade dentro do estoque;

• Classe C, possuem uma prioridade menor no controle, pois, em

quantidade e valor, têm baixa representatividade dentro do estoque.

Na mesma concepção, Gonçalves (2004, p. 136) define que o principal

objetivo da curva ABC é identificar aqueles itens que possuem maior demanda e

valor, aplicando a eles, uma gestão mais cuidadosa, pois alguns podem representar

boa parte do valor de todo o estoque. Com isso, proporcionara uma redução de

custo valiosa. O autor ainda destaca que para o perfeito funcionamento, os preços

de aquisição ou preços médios devem estar devidamente atualizados para a

exatidão dos resultados.

Contudo, Viana (2009, p. 66) sugere que para a elaboração de uma correta

curva ABC, é preciso seguir alguns passos importantes que darão ao gestor, maior

facilidade e clareza na obtenção de resultados. Primeiro, se elabora a tabela mestra,

onde deve conter, nessa ordem, o material, seu preço unitário, o consumo anual em

unidades e o valor de consumo anual em reais. Por fim, construir o gráfico, como

está apresentado na figura 3, interpretando os resultados obtidos com os

percentuais das quantidades de itens contidos em cada classe e sua faixa de valor.

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Figura 3: Distribuição típica e usual da curva ABC.

Fonte: MARTINS e ALT (2000, p. 165).

Mas, apesar de toda sua funcionalidade, Martins e Alt (2000, p. 165)

destacam que as empresas não podem utilizar somente a analise ABC para

controlar seus estoques, pois podem ocorrer distorções perigosas. Esse método

trata os itens como um todo, tendo o grau de importância o valor unitário. Um

exemplo é o parafuso, seu grau de importância é baixo, mas, talvez, sua falta poderá

interromper toda uma produção e causar prejuízo. Sendo assim, o controle dos

estoques serão mais exatos se acompanhados de mais ferramentas.

E assim, diante dos autores consultados, pode-se concluir que a curva ABC é

uma importante ferramenta, não somente para o controle de estoque, mas também

para outras áreas como, produção, financeira, entre outras. Permite uma perspectiva

geral de valores e unidades do estoque, aumentando o controle sobre o mesmo.

Nesse sentido, será apresentado abaixo, alguns métodos de estocagem com

ferramentas importantes para o controle de estoque.

2.4 MÉTODOS DE CONTROLE DE ESTOQUE

Os estoques possuem valor econômico dentro das empresas, um

investimento com objetivo de incrementar a produção e o atendimento aos clientes.

Mas, a formação desses estoques é algo que capta o capital da empresa, onde

muitas das vezes, não possui um resultado momentâneo, entretanto, pode ser

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fundamental para atender uma demanda inesperada. Surgi assim, o desafio dos

gestores, manterem um equilíbrio entre estoque e consumo, encontrar ferramentas

que os auxiliarão no gerenciamento do estoque e na tomada de decisão. (VIANA,

2009, p. 144)

Nesse sentido, serão apresentadas abaixo, algumas ferramentas de controle

de estoque que serão fundamentais para eficiência do estudo em propor melhorias

para o estoque da Sulcatarinense.

2.4.1 Média móvel

Este método se baseia na demanda dos períodos anteriores, ou seja, utiliza a

média aritmética das demandas passadas para formular uma nova demanda. Deve-

se tomar alguns cuidados, pois o método da média móvel apresenta um grau de

confiabilidade baixo, porque os peso das demandas são iguais, independentemente

de ser mais antiga ou atual. Ela pode gerar momentos rotativos indevidos

prejudicando a formação da demanda e também, demanda reais extremas para

mais ou para menos afetarão a formação do pedido. (JACOBSEN, 2009, p.152).

Em perspectiva similar, Dias (1993, p.37) conclui que o método da média

móvel, nada mais é, do que o cálculo da média dos pedidos anterior para formular

um novo lote de compra, como descreve a figura 4. Se o consumo for crescente a

previsão gerada pela ferramenta é geralmente menor que os valores ocorridos e ao

contrário, se o consumo for decrescente, a previsão será maior. Sendo assim, o

método da media móvel apresenta algumas vantagens e desvantagens.

Como vantagem, o autor apresenta a simplicidade para sua implantação,

execução manual e a dispensa de um sistema computadorizado para controlar. E

como desvantagens o autor analisa que alguns cuidados devem ser tomados na

utilização da ferramenta, pois traz algumas desvantagens que causam distorção no

resultado da média móvel, ou seja, podem apresentar resultados não existentes nos

dados originais, valores muito baixos ou muito altos podem também alterar no

resultado do cálculo, períodos mais antigos tem o mesmo peso que os mais atuais e

por fim, esse método necessita de uma manutenção do número de dados muito

grande.

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Figura 4: Fórmula para o cálculo da média móvel.

Fonte: Adaptada de (DIAS, 1993, p. 37).

Perante a pesquisa bibliográfica, entende-se que a média móvel é uma simples

ferramenta para encontrar o consumo médio de um determinado item e formar um novo

pedido. Abaixo será apresentado o método da média do último pedido, também de fácil

aplicação e que auxilia na formação da demanda do período seguinte.

2.4.2 Média do último pedido

O método da média do último período é um das mais simples ferramentas de

controle de estoque, baseia-se em formular a demanda do próximo período com

base no valor real do consumo do período anterior. Podendo-se acrescentar uma

certa quantidade, quando observa-se que o consumo vem crescendo, mediante os

períodos anteriores. (CHIAVENATO, 1991, P.72).

Esse modelo mais simples e sem base matemática consiste em utilizar como previsão para o período seguinte o valor ocorrido no período anterior. Se colocarmos em um gráfico os valores ocorridos e as previsões, obteremos duas curvas exatamente iguais, porém deslocadas de um período de tempo. (DIAS, 1997, p. 33).

E em perspectiva similar, Dias (1993, p. 36) menciona que esta ferramenta de

controlar os estoques é considerada uma das mais simples do gerenciamento de

materiais, pois não possui uma base matemática para prever a quantidade pedida

de um determinado item no período seguinte, mas apenas utiliza o período anterior

para formar a demanda.

E assim, pode-se concluir que essa ferramenta não é tão eficaz para

previsões mais exatas, deve-se utilizar para calcular simples demandas ou combina-

CM = C¹ + C² + C³ + ... + Cn n

CM = consumo médio. C¹, C², C³, Cn = consumo nos períodos anteriores. n = números de períodos

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la com outro método para garantir mais exatidão, como o método duas gavetas,

apresentado a seguir.

2.4.3 Duas gavetas

É determinante para qualquer empresa o controle sobre os níveis de estoque

e a revisão contínua de ressuprimento. Assim, o sistema de controle dos estoques

duas gavetas, fornece um gerenciamento simples e de fácil entendimento. Em duas

caixas é estocado o lote de um determinado material, onde, na primeira caixa, ficam

os itens que vão sendo utilizado e a segunda é composta pelo nível do estoque de

reposição ou ponto do pedido, mais o estoque de segurança, como ilustra a figura 5.

Quando essa primeira caixa termina, é emitida a ordem para um novo pedido de

reposição do material. Ao chegar o item solicitado, é completada a segunda caixa e

colocado o resto na primeira. (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, p. 401).

O autor ainda destaca que deve-se tomar alguns cuidados na utilização dessa

ferramenta com produtos que possuem prazo de validade, principalmente, quando

esse prazo é muito baixo. Sendo assim, é aconselhado trabalhar a segunda caixa de

cabeça para baixo, ou seja, tirar os materiais de baixo para cima.

Figura 5: Sistema de reposição duas gavetas.

Fonte: Adaptada de (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2007, P. 401).

Em perspectiva similar Arnold (1999, p. 344) considera que o sistema de

controle dos estoques duas gavetas, consiste em colocar em duas caixas uma

quantidade em estoque, onde uma dessas caixas ou gavetas a quantidade de itens

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deve ser igual ao ponto do pedido. Com isso, vai sendo utilizado o estoque da outra

caixa, quando terminar, consequentemente deverá ser utilizado o estoque da caixa

do ponto do pedido. Ocorrendo isso, é dada a ordem de ressuprimento do estoque.

Com a chegada dos itens, é completada a caixa do ponto do pedido e o que restar

vai para a outra caixa. O autor ainda observa que o sistema de duas gavetas é mais

utilizado para manter o controle do estoque dos itens de classe C, pois são de

pequeno valor e não necessitam de muita quantidade de tempo e dinheiro para o

seu controle.

Zaccarelli (1987, p. 24) ainda complementa sustentando que a quantidade

contida na segunda caixa deve ser calculada para satisfazer a demanda durante o

período de recebimento do novo pedido.

Essa ferramenta apresenta algumas vantagens e desvantagens. Como

vantagem, o sistema de duas gavetas possibilita um fácil entendimento e controle

por parte dos gestores, permite um rápido levantamento do estoque físico, devendo

este, ser acompanhado desde o recebimento do pedido. Como desvantagem, esse

método não possibilita muito a redução de custo, relacionados com o transporte e

descontos no preço unitário, pois, não trabalha com vários itens simultaneamente.

(ZACCARELLI, p. 24).

Perante a colocação dos autores, observa-se que o método duas gavetas,

além de garantir um maior controle sobre a reposição dos materiais, também

favorece a renovação do estoque, sendo muito importante para empresas que

trabalham com produtos que não podem ficar muito tempo em estoque. Nessa linha,

a reposição periódica, apresentada abaixo, é outro importante método para

reposição dos estoques.

2.4.4 Reposição periódica

Este método de controle de estoques baseia-se em intervalos de tempos para

a reposição do estoque. Cada item possui o seu período de reposição adequado

para dar mais segurança ao controle de estoque e minimizar os custos de

estocagem. Diferentemente dos outros métodos, a reposição do material é realizada

periodicamente em intervalos de tempos iguais, conhecidos como período de

reposição. E a quantidade de material pedido, devera suporta a demanda do período

subsequente. (CHIAVENATO, 1991, p. 84).

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Para Bertaglia (2009, p. 350) o método de reposição periódica consiste em

controlar os estoques em períodos fixos e regulares, onde no final de cada revisão é

colocado um novo pedido para a reposição do estoque, como ilustra a figura 6. Os

períodos entre os pedidos são previamente formulados. Mesmo a demanda sendo

variável, o período se matem fixo, alterando somente a quantidade do lote de

compra. E de acordo com a classificação dos itens, as reposições também podem

variar, pois, itens prioritários, seja por valor econômico ou grau de importância,

geralmente possuem um nível de estocagem baixo e assim surge à necessidade de

revisões mais freqüentes. Já itens com relevância econômica mais baixa, deve-se

adotar uma periodicidade mais longa para as revisões.

Figura 6: Método de revisão periódica.

Fonte: BERTAGLIA (2009, p. 350).

Segundo Dias (1997, p.129) convém enfatizar, que a reposição periódica

deverá basear-se em um estoque de segurança controlando o dimensionamento,

prevenindo o consumo acima do normal e possíveis atrasos na entrega dos

materiais durante as épocas de reposição. O autor ainda alerta para grande

dificuldade desse método, que é determinar os períodos das reposições. Com isso,

deve-se ter um bom controle desse processo, pois um espaço pequeno entre as

reposições aumenta o estoque médio e consequentemente os custos. E um espaço

de tempo longo entre as reposições, deixa baixo o estoque médio, aumentando o

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custo do pedido e risco de falta de material. Para evitar esses problemas, cada

material ou classe de material, deve ser calculada e possuir um intervalo para sua

reposição. E sempre de acordo com os objetivos organizacionais e financeiros da

empresa.

Essa ferramenta de ressuprimento dos estoques é fundamental para as

empresas que compram vários itens com o mesmo Fornecedor. Como os itens não

possuem o mesmo grau de saída dos estoques, é preciso buscar uma ferramenta

que trabalhe o ressuprimento através do período e não da quantidade. O método de

reposição periódica é exatamente assim, ele trabalha com um tempo fixo e revisões

periódicas determinado pela empresa com uma quantidade de item variável.

(CHING, 1999, p. 46).

Verifica-se, nessa perspectiva, que o método de reposição periódica consiste

em estabelecer a cada item do estoque, intervalos de tempos pré estipulados para

renovação do mesmo, variando de item para item. Em cada encomenda a

quantidade a ser adquirida, mais, a quantidade que já existe em estoque, deve ser

suficiente para atender toda a demanda até a chegada do próximo pedido. E como a

demanda varia muito, existe a necessidade de manutenção e estabelecer um

estoque reserva. (ZACCARELLI, 1987, p. 25).

Corroborando com a afirmação IMAM (2000, p. 720) conclui que “o sistema

de revisão periódica somente executa uma revisão num ponto especifico e

consequentemente, um estoque de segurança extra, precisa ser feito”.

Com isso, conclui-se que a reposição periódica, trabalha a reposição do

estoque através de períodos pré-estipulados pela empresa. Conforme uma análise

dos tempos de reposições passados, determina-se o período da próxima reposição.

Para uma maior eficiência, deve-se verificar com uma determinada frequência, o

período de reposição, evitando possíveis rompimentos do estoque. Em perspectiva

similar, outro método de reposição bastante eficaz e que traz bons resultados, é o

ponto do pedido, argumentado a seguir.

2.4.5 Ponto do pedido

Conforme Ching (1999, p. 42) o ponto do pedido, conhecido também como

estoque mínimo, tem o objetivo de utilizar da melhor forma possível os investimentos

em estoque. Para isso, faz uma relação entre estoque elevado, que possui custos

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maiores, e estoque baixo, com a possibilidade de perda de vendas e paradas na

produção. A partir dessas duas variáveis é elaborado o ponto do pedido, ou seja,

encontrar o ponto certo de ressuprimento, onde não ocorra a falta de material e não

aumente os custos. E assim, quando o nível do estoque alcançar esse ponto, é

disparado a ordem de suprimento, com uma quantidade fixa que também é

conhecido como lote econômico de compra.

Completando essa posição Pozo (2007, p. 64) menciona que o ponto do

pedido é a quantidade, formulada pela empresa, de um determinado item contido em

estoque, que garantirá o abastecimento do processo produtivo sem correr riscos de

faltar até a chegada do próximo lote de compra. E assim, quando um item em

estoque alcança esse ponto, deve-se fazer o reabastecimento do seu estoque.

Para Bertaglia (2009, p. 351) o sistema de ponto do pedido é uns dos mais

utilizados para controlar estoque. Baseia-se em verificar a quantidade de cada item

sempre que um produto é retirado do estoque, com o objetivo de identificar o ponto

exato para fazer a reposição do mesmo, como mostra a figura 7. Para efetuar as

verificações, deve-se adotar um período que, dependendo dos itens ou dos

processos que a empresa adotar, varia. Esse período pode ser diário, semanal,

quinzenal e mensal. Também, dependendo muito do tipo de consumo. O autor ainda

analisa que a formulação do ponto do pedido deve abranger programações e

atrasos na entrega dos itens. Com isso, o ponto do pedido não deve ser comparado

somente com o estoque disponível, mas sim, com as programações de entrega e

estoque em trânsito, eliminando possíveis problemas no comportamento dos

estoques.

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Figura 7: Reposição por ponto do pedido.

Fonte: BERTAGLIA (2009, p. 353).

Em mesma linha dessas afirmações, Jacobsen (2009, p.157) destaca que a

quantidade em estoque que aciona o ponto do pedido é denominada de estoque

virtual, formado pelo estoque físico que está disponível no momento, pelos saldos

dos pedidos que estejam para chegar e pelo estoque de inspeção que controla a

qualidade e quantidade do recebimento no cliente. Dessa forma, o ponto do pedido

deve ser bem formulado, calculado e acompanhado para não ocasionar ruptura nos

estoques.

Para determinar a quantidade do ponto do pedido, deve-se adotar a fórmula

apresentada na figura 8, onde Tubino (2008, p. 89) destaca que essa quantidade

deve ser suficiente até a chegada do novo pedido, suportando o tempo de reposição

do item (T), mais o estoque de segurança (Qs), como mostra a figura 8. E esse

estoque reserva vai ser fundamental, pois, se houver variações na demanda durante

o tempo reposição do estoque, garantirá o abastecimento evitando a falta de

material.

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Figura 8: Fórmula para o cálculo do Ponto do Pedido .

Fonte: Adaptada de (TUBINO, 2008, p. 89).

Ainda acrescenta Russomano (2000, p. 163) que por ser uma ferramenta

mais automática, o método do ponto do pedido, compatibiliza-se muito bem com a

informática.

Uma visão diferente dos outros autores é apresentada por Wanke (2008, p.

71) onde analisa que apesar da ferramenta de ponto do pedido estar diretamente

ligada à demanda média e do tempo de resposta, a solicitação de um novo pedido

pode ser enviada após o alerta indicado pelo ponto do pedido, porque dependendo

dos custos de manutenção e ressuprimento dos estoques, torna-se viável essa

decisão. Um exemplo é quando há possibilidade de se contratar transporte

expresso. Pode ser mais vantajoso manter produtos com custos elevados, baixo

peso unitário, alto grau de perecibilidade ou obsolência em trânsito, ou seja, manter

seu estoque com o fornecedor. Apesar de pagar um pouco a mais no começo, o

custo benefício pode compensar tornando-se mais viável a operação.

Com relação ao ponto do pedido, pode-se dizer que é uma ferramenta que

minimiza o máximo, os investimentos em estoque. Através do cálculo do ponto do

pedido, identifica-se a quantidade mínima em estoque para atender a demanda e o

ponto exato da próxima reposição. E para efetivar a eficiência desse método, o

estoque de segurança, apresentado a seguir, é indispensável para essa ferramenta.

2.4.6 Estoque de segurança

De acordo com Pozo (2007, p. 66), o estoque de segurança também

conhecido como estoque mínimo é a quantidade mínima de material contido em

PP = Ponto de pedido;

D = Demanda por unidade de tempo;

T = Tempo de reposição;

Qs = Estoque de segurança.

PP = (D x T) + Qs

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estoque que tem como função, proteger a empresa de determinadas variações

como: atraso na entrega do fornecedor, rejeitos nos lotes de compra e o aumento da

demanda do produto. Mas deve ser sempre estudado e elaborado com muita

atenção para otimizar os recursos disponíveis, minimizar os custos envolvidos e

também para não faltar material.

Essas variações, seja durante o tempo de ressuprimento, nas variações do

próprio tempo de ressuprimento ou fatos inesperados, podem causar a falta de

estoque. Com isso, a figura 9 ajuda a entender essas situações. Primeiro, se ocorrer

uma variação da demanda de (d) para (d’), o estoque entra na faixa de segurança

antes do tempo normal de ressuprimento (t). E segundo, se a demanda (d) segue

normal, mas o tempo de ressuprimento passe de (t) para (t ‘), surgirá à necessidade

de utilizar o estoque de segurança para manter o processo produtivo. E assim,

conforme forem às variações da demanda e do tempo de reposição, o estoque de

segurança deve ser formulado e controlado para garantir o abastecimento.

(TUBINO, 2008, p. 81).

Figura 9: Aplicação do estoque de segurança.

Fonte: Tubino (2008, p. 81).

Em perspectiva similar Russomano (2000, p. 161) destaca que a principal

função do estoque de segurança é cuidar das variações do estoque no consumo

médio mensal e o tempo de reposição. Para sua elaboração, deve-se tomar alguns

cuidados, pois trabalha com a imobilização do capital da empresa nos estoques. A

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margem do estoque de segurança deve estar atualizada para que não prejudique a

quantidade estocada, em relação ao custo de oportunidade da falta de estoque e o

custo de estocagem no excesso de itens nos armazéns.

Já Dias (1993, p. 63) analisa o estoque de segurança, como uma das mais

importantes funções da administração de materiais e que está diretamente ligado

com o grau de imobilização financeira da empresa. É o ponto chave para uma

adequada formação do ponto do pedido. Sendo assim, através da fórmula

apresentada na figura 10, pode-se chegar ao estoque de segurança.

Figura 10: Fórmula para calcular o estoque de segur ança.

ES = C x K

ES = estoque de segurança

C = consumo médio mensal

K = fator de segurança com o qual se deseja

garantir contra um risco de ruptura

Fonte: Adaptada de (DIAS, 1993, p. 64).

O fator “K” (fator de segurança) apresentado na fórmula acima, ele é

arbitrado, a empresa determina o grau de atendimento para o item. (DIAS, 1993, p.

64).

Na mesma concepção, Wanke (2008, p. 138) define como estoque de

segurança o cálculo, a probabilidade para não faltar produto em estoque, e assim,

esse calculo é agregado ao ponto do pedido. O autor ainda acrescenta que a

probabilidade de faltar item em estoque em empresas que não utilizam o estoque de

segurança é de 50%.

Para Viana (2009, p. 151), o estoque de segurança é a quantidade mínima de

ressuprimento que a organização é capaz de suportar sem afetar o sistema

produtivo. A empresa deve estar atenta a esse fator, ter controle da demanda para

que quando chegar a esse ponto possa tomar as devidas providências, como, por

exemplo, a ativação das encomendas em andamento, acompanhamento dos

pedidos, para que não falte material em estoque. E esse fator é calculado em função

do nível de atendimento fixado pela empresa, da importância operacional, o valor do

material e, também, os prazos médios de reposição.

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Em complemento a esta posição, Martins e Alt (2000, p. 201) menciona que

se houvesse demanda e tempo de atendimento constante, não precisaria manter o

estoque de segurança. Como na maioria das empresas essas variáveis na são

conhecidas, há necessidade de manter uma quantidade de itens em estoque, para

alguma demanda inesperada, e ou problemas no processo produtivo.

Proporcionando assim, uma maior tranqüilidade para a empresa, diminuindo os

riscos de não atender seus clientes finais e também, seus clientes internos.

E assim, o estoque de segurança visa proteger a empresa das incertezas do

processo, ou mantém um estoque extra, ou faça-se um pedido antecipado, também

chamado de lead time de segurança. Os dois resultam em um estoque extra, mais

métodos de cálculo diferentes, que dependerão dos seguintes fatores: variação da

demanda, frequência de novos pedidos, nível de atendimento desejado e a extensão

do lead time. Com isso, o estoque de segurança irá atender os fatos previsíveis

dentro do planejado para produção e grau de atendimento. (ARNOLD, 1999, p. 321).

Com a consulta aos autores, entende-se que o estoque de segurança é

fundamental para o controle de estoque, principalmente para os materiais que

possuem um prazo de entrega extenso ou importantíssimo para o cliente final. Visto

os métodos de controle de estoque, será apresentado a armazenagem, outro tópico

importante para a administração de estoque, que engloba todo o processo de

receber, estocar e distribuir os materiais.

2.5 ARMAZENAGEM

A maioria das empresas possui algum tipo de estoque, sendo assim,

precisam armazenar esse estoque de maneira adequada. Estoques esses que

podem ser de matéria-prima, estoque de produtos em processos, produtos

acabados, suprimentos e dependendo da empresa, peças de reposição. Com isso, a

armazenagem, torna-se um fator importantíssimo para as organizações, pois, tem

como objetivo principal, minimizar os custos e maximizar o atendimento aos clientes.

(ARNOLD, 1999, p. 352).

O autor ainda complementa que para esse método ter uma maior eficiência,

os gestores devem desempenhar, da melhor forma possível, as seguintes tarefas:

ser pontual com os clientes, ter um controle adequado de todos os itens, facilitando

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sua localização, minimizar os esforços físicos e consequentemente os custos de

transporte dos produtos e dos equipamentos.

Santos (2001, p. 25) observa que a armazenagem está relacionada com o

abastecimento, necessita de métodos e técnicas adequadas de armazenagem,

instalações apropriadas para um melhor recebimento, estocagem e distribuição dos

materiais. E dependendo do segmento da empresa, o gestor tem que identificar o

método e técnica de armazenagem que melhor atenderá as necessidades da

organização.

Assim, uma boa armazenagem, além de possibilitar um maior controle sobre

os itens existentes, reduz os custos. É um processo benéfico para toda organização,

pois a eficiência dos métodos de armazenagem possibilita a organização, uma

melhora no fluxo das atividades, diminui os riscos de acidentes de trabalho e

aumenta a qualidade dos produtos. (DIAS, 1993, p. 135).

Para melhorar cada vez mais as atividades dos gestores e os métodos

utilizados, um bom planejamento, estabelecendo a função correta do processo de

armazenagem, juntamente com o auxilio da informática, serão determinante para a

eficiência de toda gestão de materiais, refletindo em outros setores. (SANTOS,

2001, p. 27).

Viana (2009. p. 275) contribui analisando que a armazenagem, como

apresentada na figura 11, possui funções fundamentais dentro da administração de

materiais. É responsável por proteger e guardar todos os materiais da empresa,

fazer a entrega dos materiais com as requisições autorizadas pelo responsável da

área e manter todos os registros atualizados conforme as necessidades.

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Figura 11:Organograma padrão funcional de um almoxa rifado.

Fonte: VIANA (2009, p. 274).

E Pozo (2007, p. 83) finaliza mencionando que atualmente, cada vez mais, as

empresas vêm procurando reduzir seus estoques percebem a importância de

estoques bem administrados, buscam identificar futuras necessidades de mercado,

promovem uma maior sintonia entre os setores, eliminando os estoques entre eles e

atendendo mais rapidamente os clientes. E assim, na medida do possível, manter o

mínimo de estoque, pois, em excesso, gera muito custo, e na competitividade do

mercado atual, a redução de custo é um fator determinante para o sucesso.

Na armazenagem, entende-se o quanto é importante um estoque bem

organizado e administrado, a correta execução de todas as etapas que a compõe, o

quanto isso reflete em toda administração de materiais e no atendimento ao seu

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cliente final. Nessa linha, será apresentado o primeiro tópico da armazenagem, o

recebimento dos materiais.

2.5.1 Receber

Martins e Laugeni (1999, p. 25) consideram como inicio da atividade de

recebimento quando o material chega à empresa. Ela é realizada pelo responsável

do setor a armazenagem, mas em algumas empresas, com um volume e variedade

de itens muito grande, possuem setores específicos para cada tipo de material. Os

autores ainda apresentam que para há alguns procedimentos que devem ser

tomados para o completo processo de recebimento de materiais, são eles:

1 Verificar se o material que foi entregue está de acordo com o pedido;

2 Analisar os valores da nota fiscal;

3 Confere se a quantidade de itens esta de acordo com o valor total;

4 Observar se as embalagens não estão danificadas;

5 Verificar a qualidade dos materiais entregados, sabendo-se a qualidade

que foi pedida está sendo respeitada.

6 Estudar as condições dos seus fornecedores, como transporte, segurança

e rapidez.

Bertaglia (2009, p. 179) demonstra que a atividade de recebimento é iniciada

quando o pedido é liberado para ser descarregado no almoxarifado. A partir daí,

começa o processo de conferência dos produtos, onde devem ser comparados com

o documento do seu pedido e verificar se está tudo certo, de acordo com o

solicitado. Conforme a natureza do produto é necessária uma análise da sua

qualidade, que muita das vezes são feitas antes mesmo do material ser

descarregado. O autor ainda atribui uma classificação para o processo de

recebimento, que podem ser; de importação, transferência entre as fábricas da

empresa, produtos oriundos de terceiros e devolução de consumidores.

E também, o recebimento é responsável por intermediar a atividade de

comprar, fornecimento e o pagamento de fornecedor, pois o responsável da área

confere os materiais entregues e verifica com os que foram solicitados. Assim o

recebedor fica responsável pela atividade de receber ou devolver materiais, analisa

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a documentação para ver se a compra foi permitida, se os valores estão corretos,

verifica se quantidade contida na nota fiscal está igual à quantidade entregue,

confere as condições do material para observar se não houve nenhum dano no

transporte até a empresa, decide se aceita ou não o material e libera-o para estoque

como está explicando a figura 12. (VIANA, 2009, p. 281).

E ainda Viana (2009, p. 282) enfatiza que “um sistema de recebimento de

materiais de ter, como uns dos seus requisitos, o gerenciamento global”.

Figura 12: Fases do recebimento de materiais.

Fonte: VIANA (2009, p. 277).

Perante o recebimento de materiais, chega-se a conclusão, que é um dos processos

da armazenagem mais importante, pois, é nessa etapa, que tem-se o primeiro contato com

o material solicitado, confere-se as especificações do pedido e qualidade do material. Com

as corretas verificações, evita-se possíveis transtornos nas outras etapas da armazenagem.

Após o processo de receber os materiais, passamos para a estocagem dos mesmos, não

menos importante, e que também possui forte influência até a chegada ao cliente final.

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2.5.2 Estocar

Martins e Laugeni (1999, p. 26) salientam que a atividade de estocar possui

uma função muito importante dentro da administração de materiais, pois, a correta

execução dessa atividade possibilita uma boa redução de custo e um melhor

atendimento ao cliente. Com uma boa armazenagem, outras atividades serão

desempenhadas com facilidade como: o bom funcionamento do PEPS (primeira

entrar e primeira a sair), mantendo a qualidade do controle dos materiais estocados,

melhor aproveitamento do espaço destinado à estocagem, aproximando itens

semelhantes, diminuindo os custos de estocagem e aumentando a eficácia do

estoque.

Em complemento a esta posição, Pozo (2007, p. 81) afirma que a

armazenagem e manuseio dos materiais consomem de 10 a 40% das despesas

logística de uma empresa.

De forma mais abrangente Jacobsen (2009, p. 195) considera que a atividade

de armazenar além de ser responsável por estocar os materiais, também possui

uma função muito importante na cadeia de abastecimento, cuidando dos materiais e

do espaço físico para que sempre estejam em perfeitas condições, facilitando os

processos da empresa e consequentemente o aumento do nível de atendimento aos

clientes.

O autor ainda destaca que, para um melhor desempenho da atividade de

estocar, os gestores devem encontrar soluções para minimizar o esforço individual,

minimizando a mão de obra e otimizando as operações internas, mas sempre

dependendo da cada almoxarifado. E assim, com um estoque bem administrado a

empresa conseguirá além de diminuir os custos, economizar em vários outros

fatores como:

• Redução na perda de mercadorias por quebra ou deterioração

• Maior fluência no controle das transações;

• Implantação eficaz de sistemas de informação;

• Melhor utilização do espaço físico e circulação interna;

• Diminuição de acidentes de trabalho;

• Melhorando o acesso os materiais, economizando tempo e aumentando a

produção co m o melhor aproveitamento da força de trabalho.

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Em complemento a essa posição Viana (2009, p. 277) afirma que alguns

cuidados devem ser tomados em armazenar os materiais, pois muitos estoques

podem conter produtos inflamáveis, tóxicos e perecíveis. Produtos como esse

podem modificar totalmente a forma de estocagem de uma empresa. O autor ainda

ressalta que a armazenagem possui algumas fases apresentada na tabela 1, onde

devem ser sempre elaboradas pensando na maximização do espaço físico

utilizando-o nas três dimensões (comprimento, largura e altura), mas que traga

mobilidade dentro dele e segurança para os colaboradores e para os itens em

estoque.

Tabela 1: Fases da armazenagem.

Fonte: VIANA (2009, p. 278).

Fatores importantíssimos na estocagem dos materiais são apresentados por

Ferreira (1994 p. 27) onde, de acordo com o autor, os processos de armazenagem

precisam de algum cuidado para que possam ser eficientes. São eles:

• Perigos mecânicos; todos os itens devem ser manuseados de forma a

garantir sua integridade física. Observar as especificações de

armazenagem para não causar dano aos produtos e transportá-los de

maneira correta, com equipamentos corretos.

• Ameaças climáticas; deve-se tomar alguns cuidados com os fatores

climáticos como, variação da temperatura, maresia, chuva, neve e umidade

do ar. Esses agentes podem trazer muito danos aos estoques, resultando

em prejuízo para a empresa. Com isso, dependendo do tipo de estoque e

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especificação dos materiais, a empresa deve planejar um estoque que seja

adequado aos seus materiais, diminuindo as perdas.

• Corredores e portas de acesso; estes devem estar livres de materiais, bem

definidos e espaçosos para facilitar a circulação e a armazenagem dos

itens. Também para que no caso de uma emergência, como incêndio,

possa ser deixado o local rapidamente.

• Ricos de incêndio; é considerado o pior inimigo da área de armazenagem,

pois pode surgir inesperadamente colocando a vida das pessoas em risco

e um grande prejuízo para a empresa. Para evitar essas catástrofes,

alguns cuidados devem ser tomados como a colocação de extintores

específicos para os produtos em estoque, cuidados redobrados com

produtos inflamáveis, revisar periodicamente as instalações elétricas e

manter o ambiente sempre organizado.

Convêm enfatizar que nos dias de hoje a grande maioria das empresas estão

tentando eliminar algumas etapas do sistema distribuição, para isso, buscam a

redução de estoque, diminuindo o número de materiais no sistema e

consequentemente reduzindo seus custos. Uma das ações que as empresas devem

adotar para reduzir principalmente seus custos de armazenagem é o cross-docking,

onde os fornecedores descarregam os materiais que a empresa solicitou

diretamente dentro do caminhão da empresa para imediatamente ir entregar ao

cliente final, sem a necessidade de passar pelo estoque. (POZO, 2007, p. 83).

2.5.2.1 Estocagem de pneus

Para um bom controle desse tipo de estoque, Bertaglia (2009, p. 307) destaca

que deve-se colocar uma ou duas pessoas responsáveis por esses itens, onde

somente estas controlarão a entrada e saída dos materiais, evitando que muitas

pessoas circulem ou interfiram nesse estoque, diminuindo sua eficiência e exatidão.

Mas não tem-se a necessidade que os responsáveis fiquem exclusivamente nesse

local, a não ser que a quantidade de itens for muito grande, com isso, terão que,

além de controlar, realizar as compras desses materiais.

Wanke (2008, p. 170) contribui mencionando que as peças de reposição

devem ser tratadas de maneira diferenciada dentro da gestão de estoque, pois os

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custos de aquisição são elevados, o tempo de ressuprimento é mais longo

comparado com outros itens e possui um baixo giro em estoque, comum em peças

de reposição. Dificultando a gestão de estoque para tomar as principais decisões de

quanto e quando pedir uma nova reposição do estoque e também quanto deve ser a

quantidade do estoque de segurança.

A estocagem de pneus ou qualquer outro tipo de peça de reposição, que

possuem um consumo e valores consideráveis é fundamental que se faça um bom

controle desse estoque. Utilizar diferentes ferramentas para acompanhar esses

itens, realizar negociações com fornecedores, compras em consignação, buscando

bons preços sem deixar cair à qualidade. Mas, muitas empresas não dão o devido

valor a esse tipo de estoque, só solicitam uma nova compra quando não possui mais

nenhuma unidade em estoque. Podendo ocorrer perda de produtividade, pois o

equipamento ficará parado aguardando peças ou danificar o equipamento pela falta

desse item. (BERTAGLIA, 2009, p. 306).

Para se estocar pneus, Ferreira (1994, p. 180) evidencia que, como a

composição deles, é grande parte de borracha, obriga a elaborar condições

especiais para sua armazenagem. Outros materiais também estão presentes na

composição do pneu, como, tecido, produtos químicos e metal, materiais

determinantes na estrutura e duração dos mesmos.

Os pneus não devem ser estocados diretamente no solo, devendo-se manter

uma distância de 10 cm. Para evitar possíveis danos na banda de rodagem, devem

ser mudados de posição a cada 20 ou 30 dias. Sem esquecer os cuidados

primordiais que é proteger da chuva e do sol, os pneus podem ser estocados de

duas maneiras; na posição vertical, sendo o mais recomendado, ou na posição

horizontal, quando não possui-se muito espaço para estocá-los. E ambas as formas

devem adotar o procedimento do PEPS (FIFO), primeiro a entrar e primeiro a sair,

garantindo assim a renovação do estoque. (FERREIRA, 1994, p.181).

Para a armazenagem na posição vertical é sugerido que criem estantes

próprias para pneus, como apresenta a figura13, onde estas não devem ser maiores

que dois andares e possuir um espaço confortável entre as estantes, para facilitar a

movimentação dos pneus. Para a elaboração dessas estantes é recomendável que

estabeleça as seguintes medidas:

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• A altura é determinada como sendo a altura do pneu x 1,3;

• A largura é estabelecida como sendo a largura da banda de rodagem x 4;

• E a profundidade como sendo a altura do pneu x 0,9.

Figura 13: Armazenamento vertical de pneus.

Fonte: FERREIRA (1994, p. 182).

Em todas as dimensões, deve-se adotar uma tolerância de mais ou menos

10%, permitindo a utilização de pneus com dimensões próximas, aproveitando a

utilização dessas estantes. (FERREIRA, 1994, p. 182).

Na armazenagem horizontal, os pneus não devem ficar parados em estoque

por mais de um mês. O armazenamento é feito com a utilização de estrados de

madeira, evitando o contato com o chão. E para o empilhamento deve-se seguir as

recomendações apresentadas na tabela 2, fazendo um rodízio a cada duas

semanas, evitando possíveis deformações e aumentando a vida útil dos pneus.

(FERREIRA, 1994, p.183).

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Tabela 2: Normas para o empilhamento máximo na hori zontal.

Largura da Seção (Banda de Rodagem)

Nº Máximo de Pneus por Pilha

Até 4 (ou 125 mm) 15

5 (135mm a 145 mm) 12

6 (155mm a 175 mm) 10

7 (185 mm) 8

Acima de 7 6

Largura da Seção (Banda de Rodagem)

Nº Máximo de Pneus por Pilha

Até 8 12

9 ou 10 10

11 ou 12 8

PNEUS DE VEÍCULOS DE PASSEIO OU CAMIONETAS

PNEUS PARA CAMINHÕES E ÔNIBUS

Fonte: FERREIRA (1994, p. 183).

E o autor ainda salienta que não somente os pneus em estoque devem ser

cuidados, mas também os pneus que estão montados nos veículos, principalmente

quando esses veículos ficam muito tempo parados. O próprio peso do veiculo

danifica os pneus. E assim, é recomendado que esses carros sejam movimentados

pelo menos 20 cm por semana. (FERREIRA, 1994, p. 181).

2.5.2.2 layout

O layout do almoxarifado tem o principal objetivo de estabelecer a melhor

utilização de todo o espaço físico, não somente na horizontal, mas também,

verticalmente. Um aspecto importante esta relacionado à correta utilização das

prateleiras, onde estas devem permitir uma livre passagem entre elas e fácil acesso

as portas, tanto de entrada como de saída. (MESSIAS, 1989, p. 59). E o autor ainda

evidencia que os materiais devem ser armazenados conforme sua rotatividade

dentro do estoque, como apresenta a figura 14.

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Figura 14: Esquema da disposição dos materiais.

Fonte: MESSIAS (1989, p. 60).

De acordo com Viana (2009, p. 309) o layout da armazenagem é

determinante para todas as operações do estoque. Possibilita uma visão ampliada

de todo armazém, o local que está armazenado cada material, o fluxo de materiais e

possíveis obstáculos que podem dificultar a armazenagem e colocar em risco a

segurança dos colaboradores. E com isso o autor propõe alguns objetivos básicos

para um correto layout da armazenagem:

• Utilizar todo o espaço do almoxarifado;

• Estruturar um layout que facilite a movimentação do estoque;

• Otimizar recursos, evitando gastos desnecessários com equipamentos,

espaço, danos nos matérias e muita mão-de-obra.

Em mesma linha, Arnold (1999, p. 357) saliente que os itens com finalidades

iguais, devem estar sempre agrupados, facilitando a localização e contribuindo para

o recebimento e a retirada dos itens em estoque, como por exemplo, porcas,

arruelas e parafusos. E também, colocar o mais perto possível do recebimento e

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saída, os itens que possuem um giro rápido, facilitando o fluxo de armazenagem e a

redução da mão de obra.

Em outra perspectiva Dias (1996, p. 138) aborda a importância de se fazer

alterações no layout, pois com uma análise do arranjo físico atual da empresa, pode-

se perceber, se esse layout está facilitando ou complicando o armazenamento de

materiais, se uma intervenção deverá ser feita, mas para isso, dependera sempre da

empresa. Deve-se identificar junta a organização, a movimentação dos itens, os

picos de saídas de materiais e a necessidade de armazenamento dos mesmos. Com

isso, pode-se chegar à conclusão de qual tipo de layout de armazém a empresa

deve trabalhar.

Para a estocagem dos produtos, chega-se a conclusão que para esse

processo, deve-se levar em consideração vários fatores, físicos e químicos, normas

de segurança, armazenagem adequada para determinados produtos, garantindo

assim a qualidade dos mesmos, baixo desperdício e a organização do estoque. E

também, a elaboração e a adequação de um arranjo físico, permitindo uma visão

geral da estocagem e possíveis modificações para melhorar a movimentação física.

Finalizando o processo de armazenagem, será apresentado a distribuição dos

materiais.

2.5.3 Distribuir

Conforme Viana (2009, p. 364) a distribuição é uma atividade onde as

organizações realizam a entrega de seus produtos aos devidos clientes. Esta

atividade é diretamente ligada à movimentação e transporte. Quando se fala em

distribuição, podem ser internas, responsável pelas matérias primas, componentes

para manutenção da produção, do almoxarifado para o requisitante e demais

atividades da empresa. E a distribuição externa, trabalha com a entrega de produtos

aos consumidores e todo o processo para que o produto possa chegar ao cliente

final da melhor forma possível. Com isso, o autor apresenta alguns fatores

determinantes que devem ser planejados para um correto e seguro processo de

distribuição, como:

• Natureza dos produtos a transportar, onde deve-se analisar o tipo de

carga como; produtos a granel, líquidos e sólidos, cuidados com o peso

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dos materiais, cargas que necessitam de licenças para serem

transportadas e cuidados quanto a produtos perigosos que precisam de

transporte especial.

• Origem dos recursos de transporte, onde a empresa deve ter um bom

controle de custos para a distribuição física, pois, essa atividade não

agrega valor ao produto e representa uma despesa que consome uma

porcentagem do valor das vendas.

Na mesma concepção, Bertaglia (2009, p. 33) aponta que:

A distribuição é um processo que está normalmente associado ao movimento de material de um ponto de produção ou armazenagem até o cliente. As atividades abrangem as funções de gestão e controle de estoque, manuseio de materiais ou produtos acabados, transporte, armazenagem, administração de pedidos, análise de locais e redes de distribuição, entre outras [...].

Contribuindo ainda, Bertaglia (2009, p.33) observa que a atividade de

distribuição vem sendo um foco permanente nas empresas, pois, os custos

envolvidos são elevados e as oportunidades são muitas. As organizações estão

buscando vantagem competitiva para colocar os produtos ao alcance dos clientes.

Conclui-se a partir daí, que, como o custo para manter-se um bom sistema de

distribuição é alto, as organizações estão apostando na terceirização desse

processo. Além dos custos, outros fatores são considerados na decisão de optar por

terceiros, como; transporte próprio que exige grande investimento, controle dos

serviços prestados aos consumidores e a flexibilidade. (MARTINS; ALT, 2000, p. 4).

Corroborando com a afirmação Bertaglia (2009, p. 34) destaca que a

terceirização do processo de distribuição trás algumas vantagens para a

organização, mas alguns cuidados devem ser tomados na hora de escolher a

empresa que realizará o serviço, investir em quem tem experiência no mercado e

que forneça toda a estrutura necessária para o transporte dos materiais específicos

que exige a sua demanda.

De acordo com a pesquisa realizada, conclui-se que a distribuição é

responsável por fazer com que os materiais cheguem até os clientes finais,

cumprindo prazos de entrega, materiais corretos e garantindo a qualidade dos

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mesmos. E cuidados esses que devem ser aplicados tanto para os clientes externos

quanto para os clientes internos.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este estudo foi realizado na empresa Sulcatarinense Mineração de Artefatos

de Cimento, Britagem e Construção. A empresa está localizada na cidade de

Biguaçu, Santa Catarina, na Rua 13 de maio, bairro Saudade. A pesquisa será

desenvolvida no período de março de 2011 a novembro de 2011.

Primeiramente, foi realizada a pesquisa bibliográfica. Segundo Ruiz (1996, p.

51), antes de partir para a pesquisa em campo, devemos realizar uma boa pesquisa

bibliográfica sobre a situação em questão para podermos concretizar a pesquisa de

forma adequada e analisar os dados de forma correta.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa é um estudo de caso, e de acordo com Yin (1981 apud ROESH

1999, p. 155) esse método de pesquisa baseia-se em identificar e explicar fatos

contemporâneos dentro de um contexto. Sua principal característica perante os

outros métodos é que ele aborda as situações presente das organizações, o que

realmente esta acontecendo no momento. Ele possibilita trabalhar com dados

quantitativos e qualitativos, com isso, dependendo somente do tipo de pesquisa a

ser realizada, não precisa utilizar somente um método de coleta de dados, podendo

utilizar outros. Mas para uma maior eficiência, o estudo de caso deve-se classificar

como sendo uma abordagem qualitativa proporcionando uma formação conceitual

confiável.

No caso deste estudo a pesquisa tem como base ser qualitativa, onde, de

acordo com Roesch (1999, p. 155).

Desta forma, a pesquisa qualitativa é apropriada para a avaliação formativa, quando se trata em melhorar a afetividade de um programa,ou plano, ou mesmo quando é o caso da proposição de planos, ou seja, quando se trata de selecionar as metas de um programa e construir uma intervenção, mas não é adequada para avaliar resultados de programas ou planos. [...] argumenta-se que a pesquisa qualitativa e seus métodos de coleta e análise de dados são apropriados para uma fase exploratória da pesquisa.

Oliveira (1997, p. 117) corrobora afirmando que na abordagem qualitativa

exige do pesquisador um bom aprofundamento do assunto em questão, descrever o

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que os diferentes autores apresentam sobres os tópicos estudados. E, assim,

estabelecer as relações entre as idéias para alcançar os melhores resultados.

Acrescenta ainda que, as pesquisa que utilizam o método qualitativo possuem uma

facilidade maior de trabalhar com dados e hipótese complexas, ou seja, uma

compreensão maior do que se esta pesquisando.

A pesquisa além de ser qualitativa, possui um caráter exploratório onde

segundo Gil (2008, p. 27) este método de pesquisa tem como objetivo “desenvolver,

esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista a formulação de problemas

mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudo posteriores.” O autor ainda

salienta que esse método é o que menos apresenta rigidez mediante os outros para

o planejamento e são aplicados para proporcionar uma visão geral da situação a ser

estudada, quando o tema escolhido não é tão explorado, deixando difícil a

formulação de hipóteses precisas.

Por trabalhar com a situação real da empresa, a pesquisa possui um caráter

descritivo e de acordo com Cervo e Bervian (1996, p. 49) a pesquisa descritiva

registra, estuda e correlaciona fatos sem modificá-los. Procura identificar, com muita

precisão, como que esses fatos ocorrem, o que faz eles agirem dessa forma, e não

de outra, e quais suas principais característica. Esse método baseia-se

principalmente em realizar estudos sobre fatos ou problemas que precisam ser

estudados e não possuem registro algum sobre o mesmo.

Em complemento a esta afirmação, Gil (2008, p. 28) revela que esse método

de pesquisa, junto com a exploratória, são os que mais trabalham com a prática e

muito solicitados por empresas comerciais e instituições de ensino.

3.2 CONTEXTO E PARTICIPANTES

Participarão da pesquisa, seis colaboradores do almoxarifado. Pessoas

essas, que através de conversas informais, foram coletadas todas as informações

sobre a área de estudo e o objetivo da pesquisa. Apresentaram os processos de

recebimento, armazenagem e distribuição dos materiais, os métodos de estocagem

utilizados, como era o dia a dia dentro do estoque e apresentaram os principais

problemas do setor. E assim, estiveram envolvidos direta ou indiretamente com a

pesquisa, auxiliando o acadêmico a alcançar os melhores resultados para propor as

melhorias para a empresa.

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3.3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Todo processo de coleta de dados foi parte fornecido pela empresa e parte

através de uma pesquisa realizada pelo acadêmico no setor de administração de

materiais da mesma.

De acordo com Oliveira (1997, p. 182) essa etapa do projeto deve ser bem

elaborada buscando a aplicação dos instrumentos e técnicas de coleta de dados

adequados, para realizar-se a pesquisa necessária, desenvolver o estudo e registrar

os dados de forma correta para a eficiência e agilidade nas conclusões. Nesse

sentido, Andrade (1999, p. 134) ainda reforça mencionando que todas as etapas da

coleta de dados devem ser bem planejadas, com atividades bem definidas e

objetivas, facilitando o desenrolar da pesquisa.

3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS

Depois de todo o processo de pesquisa bibliográfica e coleta de dados

concluídos, será realizada uma análise sobre as informações obtidas, verificação da

adequação dos métodos existentes de administração de materiais e possíveis erros

no controle dos estoques.

E assim, cumprindo o objetivo principal da pesquisa, propor melhorias para o

setor, com idéias inovadoras, mas bem definidas e adaptadas à realidade da

empresa pesquisada.

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4 LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS

Nesse tópico, foi apresentado todo o levantamento feito na empresa,

especificamente no almoxarifado da empresa, observando os processos de

estocagem, identificando fatores que possam ser melhorados e propor alternativas

para facilitar e trazer segurança para o controle de estoque.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

Percebendo a ascensão do mercado da engenharia, nasce em 1982 a

Sulcatarinense Mineração de Artefatos de Cimento, Britagem e Construção Ltda. A

empresa primeiramente trabalhava somente com construção pesada, produção e

comercialização de pedra britada. Mas ao longo do tempo, veio se modernizando,

criando tecnologias próprias, capacitando seus profissionais e expandindo seu

mercado para obras urbanas, pavimentação de estradas e rodovias, aeroportos,

saneamento, loteamento e construção civil.

Figura 15: Entrada e a pedreira da Sulcatarinense.

Fonte: Dados primários.

A Sulcatarinense tem como missão proporcionar e garantir a seus clientes,

obras de alta qualidade, sempre respeitando a natureza, pois é dela a fonte de sua

matéria prima e a comunidade em geral. Sua visão é tornar-se a empresa de maior

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qualidade e rentabilidade no ramo de construção pesada e material britado do

estado de Santa Catarina.

Possui sua localização na cidade de Biguaçu, Santa Catarina, na Rua 13 de

maio, bairro Saudade, onde detém toda sua estrutura de britagem, usina de asfalto,

venda de pedra britada e a oficina central de seus equipamentos. Apesar de sua

estrutura está localizada na cidade de Biguaçu, a Sulcatarinense, além das vendas,

possui obras de pavimentação, saneamento e construção pesada presente em todo

o estado de Santa Catarina, onde cada obra tem seu próprio responsável, mas

controladas pela central.

A organização também se preocupa muito com o lado profissional dos seus

colaboradores, pois para ter qualidade no que faz, tem que dar suporte a quem faz.

Com isso, vários cursos são oferecidos durante todo ano, para que os mais de 800

funcionários possam completar seus estudos, fazer cursos de especialização para

terem a oportunidade de crescerem junto com a empresa tornando-se profissionais

de sucesso e exemplos de cidadãos.

A Sulcatarinense adota uma forma de gestão que divide a empresa em

pequenas empresas com seus respectivos coordenadores. Com isso, cada uma

dessas empresas possui o seu próprio faturamento e também seus custos. Para o

controle, cada uma recebe um número que é cadastrado no sistema e serve para

lançamentos de possíveis despesas, como os salários das pessoas que trabalham

para esse setor. Cada obra que a Sulcatarinense trabalha é considerada como uma

empresa, a manutenção dos equipamentos também é uma empresa, o escritório

administrativo, a usina de concreto e a pedreira de onde é extraída sua matéria

prima. No caso do almoxarifado, ele pertence à empresa 1 (um), que é o escritório

administrativo. E as áreas da empresa ficam claras com o seu organograma

apresentado na figura 16.

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Figura 16: Organograma da Sulcatarinense.

Fonte: Dados primários.

O estoque da empresa é bem distribuído, conta vários locais para a

armazenagem dos produtos. Ela possui uma área específica para o óleo diesel,

outra para o estoque de óleo lubrificante e outra para pneus. Esses pequenos

armazéns ficam em pontos estratégicos para facilitar o fluxo de entrada e saída

desses materiais, e também, para atender as normas de segurança, como por

exemplo, o óleo diesel, que está em uma área reservada somente para ele. Os

outros materiais, grande parte, peças de reposição, (parafuso, dente de máquina,

correias, filtros de óleo, etc.), material de escritório e uniformes da empresa, ficam no

estoque central.

E assim o estudo foi desenvolvido em todo almoxarifado da empresa, com o

objetivo de trazer novas idéias para melhorar as atividades do setor, identificando

possíveis problemas e propor métodos de estocagem que melhor se adaptam com

os processos da empresa.

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4.2 LEVANTAMENTO DOS DADOS

4.2.1 Métodos de estocagem utilizados pela empresa

Cada item que é retirado no estoque, os colaboradores, através de uma ficha

comum de requisição de material, pegam a assinatura da pessoa que está retirando

o material e o local para onde vai ser aplicado esse material. Isso é realizado para

que quando os colaboradores forem dar baixa desse item no sistema, saberem para

onde debitar o custo daquele item retirado do estoque.

Para controlar os seus estoques, a empresa não possui um método

específico, ela adota meios mais simples para organizar todos os itens. Para a

armazenagem, a empresa coloca os itens com características e funcionalidades

semelhantes sempre próximos, facilitando a localização e a organização desses

materiais.

No controle das quantidades em estoques e principalmente o nível de

reposição, a empresa adotou um controle manual, onde toda a movimentação do

estoque, seja de saída ou de entrada, é anotada em uma ficha de controle de

estoque, como ilustra a figura17, onde cada item possui sua própria ficha que fica

próximo ao item. Além de anotar nas fichas, os colaboradores também devem dar

baixas no sistema a toda hora que o item sai ou entra do estoque.

E para reposição do estoque, a empresa realiza um novo pedido quando a

quantidade máxima do item fica pela metade, ou seja, se a quantidade máxima de

um produto é 100 (cem), quando o item atingir a quantidade de 50 (cinquenta) itens

no estoque, é solicitada uma nova compra para repor o mesmo.

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Figura 17: Ficha de controle de estoque.

Fonte: Dados primários. 4.2.2 Quantidade de itens contidos em estoque

O estoque da Sulcatarinense possui uma quantidade considerável de

materiais e trabalha com um nível de estocagem alto. Grande parte do seu estoque

é composto por peças de reposição que são utilizadas na sua produção. Os

restantes são materiais de escritório, uniformes e também óleo lubrificante e óleo

diesel, que em valores e quantidade, esse dois último, possuem uma

representatividade muito grande dentro do estoque.

A empresa possui em seu sistema de informação em torno de 20000 (vinte

mil) itens cadastrados, onde cerca de 1500 (mil e quinhentos) são de estoque e os

demais, de aplicação direta. Os de aplicação direta são aqueles itens que só são

comprados quando surge a necessidades. Isso acontece muito com algumas peças

de manutenção dos equipamentos, onde não tem como prevê o seu uso e também,

por algumas serem caras demais. E assim sua compra ocorrer quando sente-se a

necessidade de substituí-la ou porque ouve a quebra de algum item ou um desgaste

excessivo.

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4.2.3 Classificação dos materiais

A Sulcatarinense ordena seu estoque por família de materiais, ou seja, os

itens que possuem funcionalidades e características semelhantes estão sempre

próximos. Para a diferenciação de cada item, a empresa possui um sistema

codificação de oito dígitos. Essa numeração que cada item possui, é também, a

mesma que está presente no sistema de informação que a empresa utiliza para o

controle dos estoques.

Todos os itens possuem uma etiqueta de identificação com a descrição do

mesmo e o seu código, que também ficam cadastrados dentro do sistema de

informação que toda empresa utiliza para variadas funções.

A figura 18 mostra essa identificação nas duas ferramentas.

Figura 18: Identificação do item no estoque e no si stema de informação.

Fonte: Dados primários.

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Ela também classifica seu estoque em materiais que geram crédito e que não

geram crédito para descontos em vendas de pedras e serviços. Os que geram

crédito são os itens que tem contato direto com a pedra, principal matéria prima da

empresa, ou seja, todos aqueles itens que são usados para fragmentar a pedra e

transportá-la de um lado para outro da produção. É o caso das correias

transportadora, os dentes das máquinas que carregam os caminhões, as caçambas

desses caminhões que fazem o transporte da pedra da pedreira até os

equipamentos que fragmentam a pedra, entre outros. Os que não geram crédito são

os itens que não tem esse contato direto com a pedra, como material de escritório,

uniformes, materiais de solda, entre outros também.

Essa separação já é realizada dentro do sistema, onde na hora de lançar a

nota fiscal do fornecedor o sistema já envia para a receita federal, que aquele item

gera crédito. O sistema sabe que um determinado item gera crédito, porque é feito

um cadastramento de todos os itens que a empresa trabalha, onde é a Receita

Federal que indica quais itens podem ser cadastrados como geradores de crédito.

4.2.4 Processos de recebimento e armazenagem

A administração de materiais possui um processo de avaliação de

fornecedores que tem como objetivo atribuir notas para o processo de recebimento,

qualificando ou desqualificando os fornecedores.

Nesse processo são avaliadas algumas variáveis do recebimento como; prazo

de entrega, qualidade dos materiais, onde verifica-se o material sofreu alguma

avaria, confere o pedido com a quantidade entregada, a data recebimento com a

nota fiscal e o preço. E esse processo é aplicado para todos os fornecedores.

A tabela 3 apresenta essa ferramenta.

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Tabela 3: Avaliação dos fornecedores.

Fonte: Dados primários.

Para essa avaliação, foi criada uma tabela, onde cada fornecedor é avaliado,

atribuindo-lhes notas que qualificam ou desqualificam esses fornecedores. Essas

notas vão para tabela de histórico de avaliação e que conforme essas notas, se o

fornecedor não tomar providências perante sua baixa qualificação, ele pode ser

eliminado da lista de fornecedores da Sulcatarinense. A tabela 4 mostra como

funciona essa avaliação.

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Tabela 4: Planilha de avaliação dos fornecedores.

Setor: Industrial Obra:

Conferência de NF com

pedidoPrazo Qualidade Preço

5 5 5 5 Qualif icado

5 5 5 5 Qualif icado

5 5 5 5 Qualif icado

5 5 5 5 Qualif icado

5 5 5 5 Qualif icado

2 2 2 2Não

qualif icado

5 5 5 5 Qualif icado

5 5 5 5 Qualif icado

2 2 2 2Não

qualif icado

5 5 5 5 Qualif icado

5 5 5 5 Qualif icado

PLANILHA DE AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES Responsável Pelo Preenchimento:

Data de Preenchimento 01/08/2010

Razão SocialMateriais

fornecidos

AVALIAÇÃOResultado da Qualificação

Data da AvaliaçãoMédia Final

Metalúrgica Bom Jesus

Material de Fundição

5

Empresa 1 Óleo Diesel 2

CRV IndustrialParafusos Porcas

e Arr.5

JK Pneus Pneus 5

Oxigênio Florianópolis

Oxigênio e Acetileno

5

Dominik Metalurjica 5

Órica esplosivo 5

Hoff Pneus 5

Metso Metalúrgica 5

Pró EletroEquip. De

Perfuração5

empresa 2Oxigênio e Acetileno

2

Fonte: Dados primários.

Depois de toda avaliação, dá-se entrada na ficha de controle de estoque e

lança-se no sistema a quantidade recebida para repor o mesmo. Para a

armazenagem, primeiramente é observado às características dos produtos e as

orientações do fabricante, evitando danos e garantindo a qualidade dos mesmos. De

forma geral, todos os produtos são estocados em estantes, onde recebem um

código de controle interno.

O almoxarifado possui 10 m x 10 m, ou seja, 100m² (cem) metros quadrados,

mas o grande problema é que foi construído uma sala dentro do estoque, que nem

se quer, serve para os colaboradores do almoxarifado, pois a porta fica do outro lado

do estoque e pelo lado de fora. Essa sala possui um espaço de 5 m x 5 m (metros).

Com isso, dos 100m² (cem) metros quadrados total do almoxarifado, somente 75m²

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(setenta e cinco) metros quadrados são utilizados pelo estoque, como mostra a

figura 19.

Figura 19: Vista interna do estoque da Sulcatarinen se.

Fonte: Dados primários.

Alguns itens necessitam de uma armazenagem diferenciada, é o caso dos

eletrodos, uma vareta que vai ao bico da máquina de solda, o óleo lubrificante e o

óleo diesel. Para os eletrodos a armazenagem é feita em uma estufa de madeira

aquecida com três lâmpadas de 40 watz para garantir o aquecimento, ilustrada na

figura 20.

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Figura 20: Estufa para armazenagem de eletrodos.

Fonte: Dados primários.

Esse item necessita ser mantido em uma temperatura superior ao do

ambiente para garantir a qualidade do produto e a eficiência na hora da soldagem.

Os óleos lubrificantes vêm para a empresa em barris de 100 (cem) litros e também e

galões de 20 (vinte) litros. A quantidade e a variedade desses itens são

consideráveis, pois a Sulcatarinense possui uma grande frota de equipamentos,

cerca de 150 (cento e ciquenta), variando muito de tipo e marca de lubrificante,

conforme as orientações dos fabricantes desses equipamentos.

A empresa também possui um bom controle de lubrificação, realizando trocas

de óleo programadas para cada equipamento, onde alguns possuem trocas de até

300 (trezentos) litros de óleo lubrificante, trocados em uma determinada quantidade

de horas, numa média de uma vez por mês.

Esses itens não ficam dentro do almoxarifado central da empresa, eles estão

localizados ao lado da rampa de lubrificação dos equipamentos. Estão armazenados

na forma horizontal, como mostra a figura 21, com duas pilhas de barris em cima de

tabuas de madeira e ao abrigo da luz solar.

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Figura 21: Armazenagem de barris de óleo lubrifican te.

Fonte: Dados primários.

Outro fator importantíssimo que precisa de melhorias foi identificado e que

pode até trazer risco para os colaboradores é a armazenagem de barris de óleo

lubrificante. Dentro do estoque é armazenado um composto tóxico que é utilizado na

composição do asfalto. Esse item vem em baldes de 20 (vinte) litros e ficam

armazenados de forma inadequada sem nenhuma forma de segurança. O principal

problema é que o contato com esse produto pode prejudicar a saúde, correndo o

risco de acontecer algum acidente, ainda mais que esse material fica bem na

entrada e na frente da mesa de um colaborador, como mostra melhor a figura 22.

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Figura 22: Produto tóxico armazenado dentro do esto que.

Fonte: Dados primários.

4.2.4.1 Óleo diesel

O óleo diesel é um item diferenciado dentro do controle de estoque da

Sulcatarinense, tanto para o recebimento quanto para armazenagem. Isso se da em

função do ao grande consumo médio mensal desse item, que é de 350000

(trezentos e cinqüenta mil) litros, quantidade essa, responsável por abastecer todos

os equipamentos da empresa, máquina e caminhões, em torno de 150

equipamentos próprios que utilizam óleo diesel. Além disso, a empresa também

fornece combustível para terceiros, conforme contratos de serviços ajustado com a

Sulcatarinense.

A empresa possui três tanques com capacidade de 15000 (quinze mil) litros

cada, esses tanques ficam na superfície em um espaço coberto por um galpão

cercado com um muro de contenção e tela conforme normas de segurança. E estão

interligados em duas bombas de combustível que fazem o reabastecimento dos

equipamentos. A figura 23 ilustra o local da armazenagem do óleo diesel.

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Figura 23: Armazenagem de óleo diesel.

Fonte: Dados primários.

A reposição de estoque desse item é em média de duas ou três vezes por

semana, variando conforme o consumo, onde uma empresa especializada em

combustíveis fornece todo o óleo diesel utilizado.

Na chegada a empresa, o caminhão do fornecedor de combustível passa pela

balança para verificar o peso inicial do caminhão, depois vai até os tanques para

abastecê-los, encaminhado por um colaborador do almoxarifado que faz todo o

processo inicial de conferência do reabastecimento, analisando a nota fiscal,

conferindo quantidade e tipo de óleo, especifica as saídas de combustível para

averiguar se estão todos com o lacre de segurança, faz a verificação do nível de

óleo do tanque do caminhão para ver se estão de acordo com o solicitado. Após

todas as conferências iniciais, o óleo é passado para o tanque da empresa, que

também são verificados para ter certeza que estão realmente vazios. Terminando o

processo de descarregamento do óleo o colaborador faz as últimas conferências,

onde especifica-se que não ficou óleo na mangueira de transferência, se os tanque

do caminhão estão vazios e se o óleo foi realmente repassado.

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Para finalizar o processo de recebimento, o caminhão tanque passa

novamente pela balança, fazendo outra pesagem. Através das duas pesagens

realizadas, a empresa faz a conferência final da nota, pois, o peso de um litro de

óleo diesel pode variar de 0,84 a 0,86 Kg. E assim, através das pesagens, o

carregamento é conferido através de um cálculo entre a quantidade e peso do óleo,

garantindo que a quantidade comprada está sendo realmente entregue.

4.2.5 Variedade e quantidade de pneus utilizados na empresa

A Sulcatarinense conta com uma quantidade e uma variedade muito grande

de pneus. Isso se da ao grande número de equipamentos e o ramo de atividade que

a empresa atua. Atualmente a empresa conta com uma frota de 137 (cento e trinta e

sete) equipamentos que utilizam pneus, onde possui equipamentos que utilizam

somente 2 pneus e equipamentos que chegam a utilizar 13 pneus.

Um fator importante que também vem do ramo de atividade da empresa, é o

grande desgaste de pneus, principalmente dos caminhões. Na sua produção, a

Sulcatarinense em dois turnos, o tipo de terreno, (pedregulho) é um dos piores

terrenos para os pneus, e assim os caminhões sofrem um desgaste excessivo e

também, muitas vezes por causa da das pedras, ocorre muitos cortes nos pneus,

obrigando a ser trocados e ficando inviáveis para recapagem.

E assim, a tabela 5 demonstra toda frota de equipamentos que a

Sulcatarinense possui, mas somente aqueles que utilizam pneus.

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Tabela 5: Frota de equipamentos que utilizam pneus.

EQUIPAMENTO QUANTIDADEQUANTIDADE DE PNEU

POR EQUIPAMENTOTOTAL

CAMINHÃO TRUCK (3 EIXO) 36 11 396

CAMINHÃO TOCO (2 EIXO) 20 7 140

CAVALO MECÂNICO (2 EIXO) 9 7 63

CAVALO MECÂNICO (3 EIXO) 1 11 11

CARRETA BASCULANTE (3 EIXO) 8 13 104

CARRETA PRANCHA (2 EIXO) 2 10 20

CARRETA PRANCHA (3 EIXO) 1 14 14

CARROS LEVES 7 5 35

COMPRESSOR DE AR 2 4 8

ÔNIBUS 3 7 21

CAMINHÃO FORA DE ESTRADA 3 4 12

FRESADORA 1 4 4

RETRO ESCAVADEIRA 12 4 48

MOTONIVELADORA 7 6 42

ROLO DE ASFALTO 4 7 28

ROLO COMPACTADOR 10 2 20

TRATOR AGRÍCOLA 2 4 8

CARREGADEIRA 7 4 28

MINICARREGADEIRA 2 4 8

TOTAL 137 1010

FROTA DE EQUIPAMENTOS SULCATARINENSE (QUE UTILIZAM PNEUS)

Fonte: Dados primários.

Esses pneus também variam muito de preços e também se são novos ou

recapados, onde alguns possuem valores consideráveis. A Sulcatarinense utiliza

uma variedade em torno de 34 (trinta e quatro) tipos de pneus, que são desde pneus

de carros a máquinas que utilizam pneus grandes. Pneus esse que também variam

muito de valor, onde possui pneus de R$ 120,00 (cento e vinte reais) a R$11000,00

(onze mil reais) cada.

Para melhor entendimento, a tabela 6 detalha todo a levantamento de pneus,

utilizados pela Sulcatarinense, com os tipos e seus respectivos valores, realizados

pelo acadêmico.

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Tabela 6: Levantamento de pneus com tipos e valores .

MEDIDANOVO /

RECAP.

QUANT.

EM USO

QUANT.

EM EST.V. UNIT (R$)

TOTAL EM

USO (R$)

TOTAL EM

EST. (R$)

TOTAL GERAL

(R$)

N 9 R$ 600,00 R$ 5.400,00 R$ 0,00 R$ 5.400,00

R 5 2 R$ 220,00 R$ 1.100,00 R$ 440,00 R$ 1.540,00

N 2 2 R$ 400,00 R$ 800,00 R$ 800,00 R$ 1.600,00

R 5 2 R$ 150,00 R$ 750,00 R$ 300,00 R$ 1.050,00

165x60-13 N 5 2 R$ 120,00 R$ 600,00 R$ 240,00 R$ 840,00

175X70-13 N 20 2 R$ 140,00 R$ 2.800,00 R$ 280,00 R$ 3.080,00

TOTAL CARROS 46 10 R$ 11.450,00 R$ 2.060,00 R$ 13.510,00

N 2 R$ 600,00 R$ 1.200,00 R$ 0,00 R$ 1.200,00

R 2 4 R$ 335,00 R$ 670,00 R$ 1.340,00 R$ 2.010,00

1800-25 R 4 2 R$ 2.400,00 R$ 9.600,00 R$ 4.800,00 R$ 14.400,00

N 8 R$ 980,00 R$ 7.840,00 R$ 0,00 R$ 7.840,00

R 12 6 R$ 320,00 R$ 3.840,00 R$ 1.920,00 R$ 5.760,00

N 6 R$ 720,00 R$ 4.320,00 R$ 0,00 R$ 4.320,00

R 2 6 R$ 510,00 R$ 1.020,00 R$ 3.060,00 R$ 4.080,00

N 8 R$ 1.600,00 R$ 12.800,00 R$ 0,00 R$ 12.800,00

R 16 4 R$ 700,00 R$ 11.200,00 R$ 2.800,00 R$ 14.000,00

N 8 R$ 2.000,00 R$ 16.000,00 R$ 0,00 R$ 16.000,00

R 4 4 R$ 750,00 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00 R$ 6.000,00

N 4 R$ 3.500,00 R$ 14.000,00 R$ 0,00 R$ 14.000,00

R 14 4 R$ 1.300,00 R$ 18.200,00 R$ 5.200,00 R$ 23.400,00

N 4 R$ 2.400,00 R$ 9.600,00 R$ 0,00 R$ 9.600,00

R 12 4 R$ 1.200,00 R$ 14.400,00 R$ 4.800,00 R$ 19.200,00

19,5X24 R 22 4 R$ 1.300,00 R$ 28.600,00 R$ 5.200,00 R$ 33.800,00

N 2 R$ 6.500,00 R$ 13.000,00 R$ 0,00 R$ 13.000,00

R 6 2 R$ 2.200,00 R$ 13.200,00 R$ 4.400,00 R$ 17.600,00

N 2 R$ 11.000,00 R$ 22.000,00 R$ 0,00 R$ 22.000,00

R 6 2 R$ 3.200,00 R$ 19.200,00 R$ 6.400,00 R$ 25.600,00

N 13 2 R$ 400,00 R$ 5.200,00 R$ 800,00 R$ 6.000,00

R 4 R$ 205,00 R$ 0,00 R$ 820,00 R$ 820,00

7-14X70-20 COMP. N 14 R$ 4.100,00 R$ 57.400,00 R$ 0,00 R$ 57.400,00

10,00X20 COMP. N 14 R$ 2.000,00 R$ 28.000,00 R$ 0,00 R$ 28.000,00

PNEU DE FRESAD. N 4 R$ 2.500,00 R$ 10.000,00 R$ 0,00 R$ 10.000,00

N 8 R$ 2.120,00 R$ 16.960,00 R$ 0,00 R$ 16.960,00

R 12 2 R$ 830,00 R$ 9.960,00 R$ 1.660,00 R$ 11.620,00

23,1 - 26 N 2 R$ 2.525,00 R$ 5.050,00 R$ 0,00 R$ 5.050,00

1000X24 R 2 R$ 550,00 R$ 1.100,00 R$ 0,00 R$ 1.100,00

12,4x24 R 4 R$ 350,00 R$ 1.400,00 R$ 0,00 R$ 1.400,00

TOTAL MÁQUINAS 217 50 R$ 358.760,00 R$ 46.200,00 R$ 404.960,00

P

N

E

U

S

M

Á

Q

U

I

N

A

S

225X70 R15

215X75 R17,5P

.

C

A

R

R

O

S

23,5X25

20,5X25

13,00X24

10X16,5

12,5X80 R18

12X16,5

14,00X24

16,00X25

17,5X25

7,50x16

18-4x30

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MEDIDANOVO /

RECAP.

QUANT.

EM USO

QUANT.

EM EST.V. UNIT (R$)

TOTAL EM

USO (R$)

TOTAL EM

EST. (R$)

TOTAL GERAL

(R$)

N 40 4 R$ 800,00 R$ 32.000,00 R$ 3.200,00 R$ 35.200,00

R 18 4 R$ 319,00 R$ 5.742,00 R$ 1.276,00 R$ 7.018,00

N 8 4 R$ 1.100,00 R$ 8.800,00 R$ 4.400,00 R$ 13.200,00

R 80 4 R$ 325,00 R$ 26.000,00 R$ 1.300,00 R$ 27.300,00

N 40 4 R$ 970,00 R$ 38.800,00 R$ 3.880,00 R$ 42.680,00

R 20 4 R$ 370,00 R$ 7.400,00 R$ 1.480,00 R$ 8.880,00

N 40 4 R$ 1.155,00 R$ 46.200,00 R$ 4.620,00 R$ 50.820,00

R 120 4 R$ 380,00 R$ 45.600,00 R$ 1.520,00 R$ 47.120,00

N 24 4 R$ 1.220,00 R$ 29.280,00 R$ 4.880,00 R$ 34.160,00

R 12 4 R$ 350,00 R$ 4.200,00 R$ 1.400,00 R$ 5.600,00

N 23 4 R$ 1.400,00 R$ 32.200,00 R$ 5.600,00 R$ 37.800,00

R 72 4 R$ 379,00 R$ 27.288,00 R$ 1.516,00 R$ 28.804,00

N 40 4 R$ 1.300,00 R$ 52.000,00 R$ 5.200,00 R$ 57.200,00

R 104 4 R$ 360,00 R$ 37.440,00 R$ 1.440,00 R$ 38.880,00

N 12 4 R$ 1.500,00 R$ 18.000,00 R$ 6.000,00 R$ 24.000,00

R 44 4 R$ 378,00 R$ 16.632,00 R$ 1.512,00 R$ 18.144,00

900X20 LISO N 8 4 R$ 800,00 R$ 6.400,00 R$ 3.200,00 R$ 9.600,00

900X20 BORR. R 20 4 R$ 336,00 R$ 6.720,00 R$ 1.344,00 R$ 8.064,00

N 4 4 R$ 1.200,00 R$ 4.800,00 R$ 4.800,00 R$ 9.600,00

R 18 4 R$ 355,00 R$ 6.390,00 R$ 1.420,00 R$ 7.810,00

TOTAL CAMINHÕES 747 80 R$ 451.892,00 R$ 59.988,00 R$ 511.880,00

1010 140 R$ 822.102,00 R$ 108.248,00 930.350,00TOTAL

P

N

E

U

S

C

A

M

I

N

H

Õ

E

S

1000x20 CONV.

LISO

1000x20 CONV.

BORR.

1000x20 RADIAL

LISO

1000x20 RADIAL

BORR.

11,00X22

275/80 R22,5 LISO

275/80 R22,5 BORR.

295/80 R22,5 LISO

295/80 R22,5 BORR.

Fonte: Dados primários.

4.3 ANÁLISE E PROPOSTAS

4.3.1 Métodos de estocagem utilizados pela empresa

A empresa não possui ferramentas específicas de controle de estoque, ela

utiliza apenas uma ficha de controle, que são anotadas as entradas e as saídas de

materiais, que fica junto a cada item, e o sistema de informação, onde também são

colocadas as entradas e saídas de materiais e apura a quantidade de itens atual de

estoque. Os colaboradores além de fazer a anotação na ficha de controle, que por

ser feita manualmente pode ocorrer erros na hora de apontar e comprometer todo

controle, também deve alimentar o sistema.

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A próxima compra é realizada quando a quantidade de um determinado item

fica pela metade de seu estoque máximo. E assim, o estoque é controlado pelos

colaboradores através da sua própria experiência, acarretando muitos custos pelo

fato de não utilizar uma ferramenta para que o estoque possa trabalhar de maneira

correta com um nível de estocagem adequado para cada item, evitando o risco de

faltar algum material ou ter estoque excessivo.

Sendo assim, está sendo proposto a utilização de duas importantes

ferramentas de controle de estoque, o ponto de pedido e o estoque de segurança no

item óleo diesel, como ilustra o gráfico1.

Ponto do pedido:

PP= ?

C= 11667 litros por dia

TR= 1 dia

ES= 11667

Estoque de Segurança

Es= ?

C = 11667 litros por dia

K = 100%

Gráfico 1: Elaboração do ponto do pedido e estoque de segurança.

quant.

1

23334

45000

Tempo/ dia1

estoque de segurança

ponto do pedido

11667

Fonte: Dados primários.

PP= (11667x1) + 11667

PP= 23334

Es= 11667x1

Es=11667

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No sistema de controle atual desse item a empresa realiza o ponto do pedido

quando um dos três tanques de combustível que possui ficar vazio, ou seja, o ponto

do pedido é com 30000 (trinta mil) litros. A proposta é realizar o próximo pedido com

uma quantidade de média de 23500 (vinte e três mil e quinhentos) litros. E utilizar

um estoque de segurança para dar um maior controle dos itens.

4.3.2 Quantidade de itens contidos em estoque

A quantidade de itens no estoque gira em torno de 1500 (mil e quinhentos)

itens. Esse número considerável é ocasionado em função da sua produção, que na

extração da matéria prima, a empresa trabalha em dois turnos de segunda a

sábado. Ela conta com muitas máquinas e equipamentos de diferentes marcas,

motores pesados que trabalham com muitos tipos de correia, possui diversos tipos

de parafusos, porcas e arruelas, a quantidade de filtro, sendo ele de ar, de óleo

diesel e de óleo lubrificante é grande, pois o consumo é elevado. Outro item que

possui representatividade dentro do estoque é o uniforme que a empresa utiliza,

(calça, camisa e botina), pois o número de funcionários é de cerca de 750

(setecentos e ciquenta).

A quantidade de item elevada também é em função da importância que

alguns itens possuem, como por exemplo, um uma peça de reposição que é

fundamental para toda a produção, onde o fornecedor não consegue a pronta

entrega e sua falta ocasionara muitos problemas.

Pela sua quantidade, um item que merece atenção é o óleo diesel, onde a

empresa possui capacidade de armazenamento de 45000 (quarenta e cinco mil)

litros e que apesar da grande quantidade armazenada, esse item também conta com

uma rotatividade grande e é considerado uns dos itens mais importantes, oriundo do

seu valor monetário e por ser imprescindível para toda a produção da empresa.

Para esse tópico, apesar de alguns itens terem uma quantidade elevada no

estoque à empresa salientou a importância dessas quantidades. E sendo assim,

está satisfatória a quantidade desses itens no estoque, mas foi elaborado um gráfico

representando o valor dos principais itens dentro do controle de materiais.

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Gráfico 2: Porcentagem dos valores dos itens em est oque.

Fonte: Dados primários.

Com isso, pode-se verificar a importância que os três itens, (óleo lubrificante,

óleo diesel e pneus) possuem em relação ao estoque total da empresa. Eles

representam 38% (trinta e oito) do valor total do estoque, obrigando uma atenção

maior com esses itens.

4.3.3 Classificação de materiais

Outro fator de controle de estoque que a empresa não utiliza é um bom

sistema de classificação de materiais. Ela separa seus itens apenas por

funcionalidade, ou seja, todos os itens que possuem utilidades parecidas ou são de

uma parte específica da produção, ficam sempre próximos. E também utiliza um

simples sistema de codificação onde a numeração adotada é a mesma do sistema

de informação para facilitar os apontamentos dos colaboradores.

Com isso, está sendo proposto um sistema de identificação e codificação para

os pneus, pois identificou-se a necessidade do inclusão dessa ferramenta para o

controle desses itens, que atualmente, não possuem nenhuma ferramenta de

controle de estoque. Para a construção desse sistema, foi elaborado as seguintes

normas:

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• Grupo - 01 - Caminhões;

• Grupo - 02 - Máquinas;

• Grupo - 03 - Carros.

PN .01 .001

Código identificador

Grupo caminhões

Tipo de pneu (PN; pneu novo ou PR; pneu recapado)

A tabela 7 demonstra a proposta de identificação e codificação para os pneus

de caminhões com sua descrição completa.

Tabela 7: Sistema de codificação proposto para os p neus.

CÓDIGO DESCRIÇÃO DO ÍTEM

PN.01.001 Pneu 1000X20 radial borrachudo (novo)

PR.01.002 Pneu 1000X20 radial borrachudo (recapado)

PN.01.003 Pneu 1000X20 radial liso (novo)

PR.01.004 Pneu 1000X20 radial liso (recapado)

PR.01.005 Pneu 1000X20 convencional borrachudo (novo)

PR.01.006 Pneu 1000X20 convencional borrachudo (recapado)

PN.01.007 Pneu 1000X20 convencional liso (novo)

PR.01.008 Pneu 1000X20 convencional liso (recapado)

PN.01.009 Pneu 295x80 R22,5 liso (novo)

PR.01.010 Pneu 295x80 R22,5 liso (recapado)

PN.01.011 Pneu 295x80 R22,5 borrachudo (novo)

PR.01.012 Pneu 295x80 R22,5 borrachudo (recapado)

PN.01.013 Pneu 275x80 R22,5 liso (novo)

PN.01.014 Pneu 275x80 R22,5 borrachudo (novo)

PR.01.015 Pneu 275x80 R22,5 borrachudo (recapado)

PN.01.016 Pneu 900x20 liso (novo)

PR.01.017 Pneu 900x20 borrachudo (recapado)

PR.01.018 Pneu 1100x22 (recapado)

GRUPO 01 - CAMINHÕES

Fonte: Dados primários.

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A implantação dessa ferramenta facilitara muito o controle de estoque de

pneus, pois a codificação organizara melhor os tipos e as características dos pneus,

permitindo uma melhor visualização do estoque e uma fácil localização de todos os

pneus. E também a empresa deve colocar o código de cada tipo de pneu, na estante

em que está localizado.

4.3.4 Processos de recebimento e armazenagem

Nesse tópico apresentam-se os principais problemas e as suas respectivas

propostas de melhoria para o estoque da Sulcatarinense.

No recebimento foi verificado que a empresa adota procedimentos para esse

processo, onde cada fornecedor é avaliado por diversas varáveis. Com isso,

percebeu-se que essa etapa da administração de materiais está satisfatória e não

necessita de nenhuma mudança na forma de avaliar e receber os materiais.

Na armazenagem, o espaço físico é o principal problema do controle de

estoque. Foi verificado que esse tópico é uns dos que mais necessitam de

melhorias, onde através de uma conversa informal com os colaboradores do

almoxarifado, evidenciou-se que um dos principais problemas relatados por eles é o

espaço físico. Os corredores do almoxarifado estão cada vez mais estreitos, a

quantidade de item por prateleira está aumentando e o espaço físico continua o

mesmo.

Analisando a estrutura do estoque e as queixas dos colaboradores, conclui-se

que o estoque está ficando sobrecarregado e prejudicado por essa construção que

foi realizada para dentro do almoxarifado.

A proposição para solucionar esse problema de espaço físico, primeiramente

foi elaborado o layout atual do almoxarifado da empresa, apresentado na figura 24.

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Figura 24: Layout atual do almoxarifado.

Prateleiras Mesas Cadeiras Armários Sala vazia Balcão Caixa d'agua Fonte: Dados primários.

Com a elaboração do layout, percebeu-se que esse espaço em azul, ocupado

por uma sala, pode ser melhor aproveitado, na sua parte de cima, pois possui uma

boa área. Devida à altura do estoque, que é em torno de 5 m (metros), viabiliza a

utilização deste espaço. Sendo assim, está sendo sugeridas duas novas propostas

para modificar o layout atual do almoxarifado da empresa.

A primeira proposta é utilizar esse espaço em cima dessa sala para aumentar

a área do estoque, como ilustra a figura 25.

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Figura 25: Primeira proposta para o novo layout do almoxarifado.

Prateleiras Mesas Cadeiras Armários Sala vazia Balcão Caixa d'agua

Escada

Fonte: Dados primários.

Para isso, terá de construir uma escada de acesso, colocar proteções de

segurança nas extremidades para evitar acidentes, colocar prateleiras ou utilizar

outra forma, como cabides, aproveitando as paredes para estocar os materiais. E

também, estocar produtos leves, que não tenham perigo de quebrar e que não

possuem grande rotatividade dentro do estoque, para que não fique cansativo.

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A segunda proposta é deslocar o local onde concentra-se a administração do

almoxarifado para o espaço em cima da sala vazia e aumentar as prateleiras do

estoque, como mostra a figura 26.

Figura 26: Segunda proposta para o novo layout do a lmoxarifado.

Prateleiras Mesas Cadeiras Armários Sala vazia Balcão Caixa d'agua

Escada Local para produto tóxico

Fonte: Dados primários.

Será necessário também à construção de uma escada de acesso e fechar

esse ambiente ou não, onde a empresa pode optar em fechar com divisórias de PVC

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ou somente colocar grades de proteção. Essa mudança possibilitara o aumento do

espaço físico do estoque e do seu setor administrativo possibilitando também uma

visão privilegiada do mesmo.

Para a armazenagem dos baldes dos produtos tóxicos,está sendo proposto

uma armazenagem mais adequada. E assim, a figura 26 ilustrada acima, sugere as

mudanças necessárias para adequação dessa armazenagem.

Por tratar-se de um produto tóxico, quanto menor o contato com o mesmo

melhor. Sendo assim, esse produto deve ficar o mais próximo possível da porta,

para diminuir a sua movimentação. A proposta é fechar o ambiente onde encontra-

se atualmente esse item, apresentado na cor roxa na figura acima, colocar avisos de

advertência como, produto tóxico e entrada proibida, garantindo uma correta

armazenagem e a segurança dos colaboradores. Fechando esse ambiente, será

necessário diminuir o balcão de atendimento e instalar uma porta articulada, pois

esse lugar fechará a atual entrada no almoxarifado.

Foi identificado que na armazenagem dos barris de lubrificantes não está

sendo utilizados os corretos acessórios para a armazenagem desses itens, podendo

ocasionar danos ao produto e risco de acidentes. Percebe-se que os barris não

estão em cima de estruturas adequadas, mas sim, em tabuas de madeira simples

sem nenhuma segurança, não possuem espaço entre eles dificultando o acesso.

Com isso, para melhorar a armazenagem desses barris, está sendo proposto

o uso de armações próprias para esses itens, apresentada na figura 27. Essas

armações são de baixo custo, pois são feitas de madeira, propiciam uma maior

organização, limpeza, segurança para o estoque, facilitam o empilhamento e a

circulação por entre as pilhas desses itens.

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Figura 27: Armações para tambores.

Fonte: FERREIRA (1994, p. 25).

E o óleo diesel, está armazenado de maneira correta, em lugares estratégicos

para facilitar o seu fluxo de entrada e saída, pois a empresa teve que se adequar as

normas de segurança para ter esse item em seu estoque. E com isso pode-se

considerar satisfatório o controle e a armazenagem desse item.

4.3.5 Variedade e quantidade de pneus utilizados na empresa

A empresa trabalha com um nível de estoque baixo para o volume de pneus

que ela tem em uso, que atualmente é de 1010 (cento e dez) pneus. O estoque gira

em torno de 140 (cento e quarenta) a 120 (cento e vinte) pneus, onde conforme uma

conversa informal com o colaborador, ele relatou que todos os pneus devem ter pelo

menos um par, porque quando troca-se um pneu de um lado, o mesmo pneu do

outro lado deve ter as medidas iguais ou aproximadas para que o caminhão ou uma

máquina específica não fique desnivelado, dificultando na hora de dirigir e para que

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não ocorra um desgaste fora do normal dos pneus. Caso não tenha uma parelha

para aquele pneu, todos os pneus daquele eixo devem ser trocados.

Sendo assim, identificou-se a necessidade de realizar uma análise do estoque

de pneu. Primeiramente foi elaborada uma análise de quantidade e valores nas três

diferentes classes de pneus, (caminhões, máquinas e carros). O gráfico 3 e 4 ilustra

o estudo realizado.

Gráfico 3: Análise da quantidade dos pneus em estoq ue.

Fonte: Dados primários.

Gráfico 4: Análise dos valores dos pneus em estoque .

Fonte: Dados primários.

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Através da análise dos dois gráficos, pode-se perceber que os pneus de

caminhões tem uma representatividade maior em quantidade e valores, obrigando o

controle de estoque a dar mais atenção para essa classe de pneus.

Com isso também foi proposto uma análise mais profunda desses itens

utilizando a ferramenta da “curva ABC” de materiais apresentada no gráfico 5.

Gráfico 5: Análise ABC de valores dos pneus.

Fonte: Dados primários.

Com a elaboração da curva ABC e as análises realizadas, percebe-se a

necessidade de uma maior atenção quanto aos pneus de caminhões, pois

representam um valor considerável para o estoque. Na analise ABC, conclui-se que:

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• Classe A representa 44,56% do valor, ou seja, R$ 48.080,00.

• Classe B representa 37,71% do valor, ou seja, R$ 40.940,00.

• Classe C representa 17,73% do valor, ou seja, R$ 19.228,00.

Sem assim, a empresa deve ter um maior controle sobre os itens de classe A,

pois somente nove itens possuem quase a metade do montante do valor em estoque

de pneus, obrigando um controle maior sobre esses itens. Utilização de registros

sobre giro desses itens, revisões mais frequentes para garantir a correta previsão da

demanda prevenindo a ruptura e o excesso de itens em estoque.

Mas com a análise ABC, verificou-se que os itens de classe B também

possuem um valor alto no estoque, obrigando um controle diferenciado, não

necessariamente como os de classe A, mas um acompanhamento com registros e

uma atenção regular.

E os de classe C necessitam apenas de um simples controle, alguns

registros, não deixando esses itens faltarem e até realizar pedidos em maior

quantidade.

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5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Este trabalho foi realizado com o objetivo de propor melhorias para o

controle de estoque da Sulcatarinense Mineração, Artefatos de Cimento, Britagem e

Construção Ltda., com o intuito de conhecer a empresa, mais especificamente a

administração de materiais objetivando propor novas ferramentas para o controle de

estoque e a análise dos itens de maior relevância do mesmo.

Para a realização da pesquisa, buscou-se primeiro forma-se uma boa

estrutura teórica dos tópicos relacionados com o estudo. Serviram como base para o

acadêmico analisar o estoque da empresa e propor as devidas melhorias. Também,

através de conversas informais com os colaboradores do almoxarifado, muitos

dados foram colhidos e analisados, pois os mesmos possuíam um grande

conhecimento do estoque e as suas principais dificuldades.

E assim, com uma rica base teórica e com a captação de informações

através da pesquisa exploratória, identificou-se os principias problemas do controle

de estoque da organização, os possíveis pontos que devem ser melhorados e os

itens que precisam ser melhor analisados.

Com essa análise dos itens em estoque, percebeu-se a importância do óleo

diesel enNesse contexto, foi proposto a ferramenta do ponto do pedido e o estoque

de segurança, a fim de garantir um maior controle desse material, pois o mesmo

possui um grande consumo.

Na quantidade dos itens contidos em estoque a empresa salienta a

importância de manter-se um estoque elevado e uma grande variedade de itens.

Muitos materiais possuem um consumo irregular e uma grande importância para a

produção. Portanto a empresa deixou claro que não seria interessante modificar a

quantidade e a variedade de itens do estoque.

Para a classificação de materiais sentiu-se a importância de elaborar um

sistema de codificação e identificação dos pneus, pois esses são os únicos itens que

não possuem ferramenta para controlar seu estoque. Nesse sentido, seria

interessante para a empresa, modificar a codificação do seu estoque, facilitando a

identificação e a localização dos itens. Sendo uma boa opção para trabalhos futuros.

As propostas de modificação do layout do almoxarifado é uma das principais

necessidades do estoque, decorrente das dificuldades do espaço físico. Com isso

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sugiro que a empresa aplique uma dessas propostas, que proporcionaram uma

maior segurança, organização e o aumento do espaço físico.

E para a análise dos pneus, sugiro também que a empresa não utilize

somente a curva ABC, mas incentive novas pesquisas acadêmicas na área de

administração de materiais, custos, logística, pois esses itens também possuem

grande importância para a empresa.

A organização favorece muito a realização de novos trabalhos acadêmicos,

pois, ela está em crescimento e necessita da realização desses estudos. E como

sugestão, realizar um estudo sobre reposição dos estoques, porque esse processo

pode ser melhor elaborado e oferecer uma boa redução de custo.

E assim, os objetivos do trabalho foram atingidos. Este trabalho pode auxiliar

muito o controle de estoque da empresa, principalmente no que diz respeito à

armazenagem, na adequação do espaço físico, visto como o principal problema do

estoque e as propostas e análise para o controle de pneus. O estudo trouxe muito

conhecimento para o acadêmico, concedendo-me a oportunidade de aplicar na

prática o conhecimento adquirido em toda minha graduação e pondo-me a

disposição para aplicar as propostas de melhorias na empresa.

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