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Universidade Estadual de Londrina CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PERFIL PROFISSIONAL DE INSTRUTORES DE MUSCULAÇÃO DA REGIÃO CENTRAL NA CIDADE DE LONDRINA-PR Jéssica Martinuzzo de Souza LONDRINA PARANÁ 2012

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Universidade

Estadual de Londrina

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE

CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

PERFIL PROFISSIONAL DE INSTRUTORES DE MUSCULAÇÃO DA REGIÃO CENTRAL NA CIDADE

DE LONDRINA-PR

Jéssica Martinuzzo de Souza

LONDRINA – PARANÁ

2012

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JÉSSICA MARTINUZZO DE SOUZA

PERFIL PROFISSIONAL DE INSTRUTORES DE

MUSCULAÇÃO DA REGIÃO CENTRAL NA CIDADE

DE LONDRINA-PR

Trabalho apresentado como requisito parcial para a Conclusão do Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pelas graças concedidas e por me proporcionar força, fé, e perseverança para a conclusão deste trabalho.

A minha família, em especial minha mãe Maria Lúcia Martinuzzo, por estar sempre ao meu lado, me auxiliando no que fosse necessário

Ao meu Orientador Anísio Calciolari Jr, pela paciência e todo o auxilio prestado.

A Gabriel Bento Ladeia por me ajudar quando surgia alguma dúvida, por me incentivar sempre para que eu desse o melhor de mim como profissional e pela paciência que teve comigo durante o processo de construção deste trabalho.

A todos os professores do Centro de Educação Física, pela colaboração em minha carreira profissional, principalmente a Jorge Both e Rubiane Giovani Fonseca, por terem influenciado diretamente o trabalho com suas propostas de trabalho.

A todos os meus amigos, em especial a Mariana Kamimura, Débora Aline de Souza, Alenise Duarte, Hozana Kazuma, Jonas Belchior, João Emilio, Laís Moura, Flávia Martins entre outros, por estarem ao meu lado e me confortarem com palavras de incentivo.

A todos os profissionais que participaram do estudo, sem eles nada disso teria sido feito.

Por fim agradeço a todos que contribuíram direta e indiretamente para o sucesso deste trabalho.

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EPÍGRAFE

“Mantenha seus pensamentos positivos, porque seus pensamentos tornam-se suas palavras.

Mantenha suas palavras positivas, porque suas palavras tornam-se suas atitudes.

Mantenha suas atitudes positivas, porque suas atitudes tornam-se seus hábitos.

Mantenha seus hábitos positivos, porque seus hábitos tornam-se seus valores.

Mantenha seus valores positivos, porque seus valores... Tornam-se seu destino.”

Mahatma Gandhi

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SOUZA, Jéssica Martinuzzo de. Perfil Profissional de Instrutores de Musculação da Região Central na Cidade de Londrina-Pr. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2012.

RESUMO

O mercado de trabalho da Educação Física é algo que vem se expandindo a cada dia, em virtude da maior preocupação das pessoas em relação à saúde e estética. Esse fato desencadeou um grande aumento da prática do exercício físico nas academias de musculação, tornando- as um dos locais mais procurados para a promoção da saúde e a busca pelo corpo mais próximo aos padrões de beleza atual. O profissional de educação física, especificamente o instrutor de musculação é o profissional que atuará diretamente com esse público. Com isso o objetivo do presente estudo foi de identificar e descrever o perfil profissional de instrutores de musculação das academias da região central na cidade de londrina-Pr em relação à formação profissional, faixa etária, condições de trabalho e sua percepção em relação ao mercado de trabalho. A amostra foi composta por 20 sujeitos. O instrumento para coleta de dados foi um questionário com 25 perguntas de múltipla escolha (objetivas e subjetivas), entregue para o entrevistado com o aval dos responsáveis pela academia e mediante o preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, os dados foram analisados através da técnica de análise qualitativa de conteúdo e através do software SPSS V. 20. Conclui-se que dentre os sujeitos entrevistados a maior parte é do sexo masculino na faixa etária dos 25 aos 30 anos, formados entre 2 e 5 anos, graduados em Educação Física e registrados no sistema CONFEF/CREF. 94,7% dos sujeitos cursaram a disciplina de Musculação em sua graduação. Para a atualização profissional a maioria dos sujeitos utiliza como fonte de dados a Internet 78,9% e os artigos científicos 73,7%. Os entrevistados consideram importante o processo de atualização profissional e segundo os dados, 94,4% pesquisa freqüentemente assuntos relacionados com musculação. 66,7% afirma que a disciplina na graduação não ofereceu o suporte necessário para a atuação profissional, sendo necessária a complementação com os estágios, em que 66,7% considerou essencial. Grande parte dos sujeitos não estão satisfeitos com a remuneração salarial, totalizando 83,3%. Contudo, os profissionais alegam que estão realizados como profissionais 77,8% e não optariam por outra área de trabalho fora da Educação Física 72,2%. Em relação a preocupação da imagem corporal para se manter no mercado de trabalho, a resposta foi unânime, onde 100% dos sujeitos consideram a imagem corporal um fator determinante na profissão de Instrutor de Musculação.

Palavras-chave: Musculação; Perfil profissional; Mercado de trabalho.

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ABSTRACT

The labor market of Physical Education is something that is expanding every day, because the biggest concern of people in relation to health and aesthetics. This fact triggered a large increase in physical exercise in gyms, making them one of the most popular sites for health promotion and search for the body closest to the current standards of beauty. The physical education teachers, specifically the fitness instructor is a professional who will work directly with the public. Therefore, the objective of this study was to identify and describe the profile of professional instructors bodybuilding gyms in the central city of Londrina-Pr with respect to training, age, working conditions and their perception of the market work. The sample consisted of 20 subjects. The instrument for data collection was a questionnaire with 25 questions multiple choice (objective and subjective), delivered to the respondent with the consent of those responsible for the gym and by completing the Term of Consent, the data were analyzed by technical and qualitative analysis through SPSS V. 20. We conclude that among the subjects interviewed most are males aged 25 to 30 years, formed between 2 and 5 years, graduated in Physical Education and registered in the system CONFEF / CREF. 94.7% of subjects were enrolled in the discipline of Bodybuilding graduation. For the most updated professional subjects used as a source of data to Internet 78.9% and 73.7% of scientific articles. Respondents consider the important process of professional development and according to the data, 94.4% research often issues with weight. 66.7% said that discipline in graduation not offered the support necessary for professional practice, being necessary to the completion stages, in which 66.7% considered essential. Much of the subjects are not satisfied with the rate of pay, totaling 83.3%. However, practitioners claim they are performed as professionals and not 77.8% would choose another work area outside the Physical Education 72.2%. Regarding the concern body image to remain in the labor market, the answer was unanimous, where 100% of the subjects consider the body image a factor in the profession Instructor Bodybuilding.

Key Words: Bodybuilding; Professional Profile; Job Market.

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LISTA DE ANEXOS

Figura 1 - Questionário 24

Figura 2 - Mapa região central de londrina 26

Figura 3 - Termo de consentimento 27

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SUMÁRIO

RESUMO iii

ABSTRACT iv

LISTA DE ANEXOS v

1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 02

1.1 Justificativa................................................................................................. 03

1.2 Objetivos.................................................................................................... 04

2 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 05

2.1 Aspectos Históricos da Educação Física................................................... 05

2.2 Competências e Formação do Profissional de Educação Física............... 06

2.3 Mercado de Trabalho na Educação Física................................................. 08

3 MÉTODOS................................................................................................. 10

3.1 Caracterização do Estudo.......................................................................... 10

3.2 População e Amostra................................................................................. 10

3.3 Procedimento para coleta de dados.......................................................... 10

3.4 Análise dos Dados..................................................................................... 11

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS........................................ 12

4.1 Gênero e faixa etária.................................................................................. 12

4.2 Formação Profissional............................................................................... 13

4.3 Experiência Profissional............................................................................. 14

4.4 Atualização Profissional............................................................................. 15

4.5 Condições de Trabalho .............................................................................. 17

4.6 Percepções Pessoais ............................................................................... 17

5 CONCLUSÃO..............................................................................................19

REFERÊNCIAS 21

ANEXO I 24

ANEXO II 26

ANEXO III 27

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1 INTRODUÇÃO

Hoje em dia a prática de atividade física é disponibilizada para a

sociedade pelas mais diferentes formas, seja ela oferecida em prol da saúde,

do lazer ou da educação. Atualmente devido ao aumento da preocupação com

a estética corporal e, principalmente, o reconhecimento pela população da

importância do exercício físico para a saúde e qualidade de vida tem

influenciado as pessoas a procurarem as academias de ginástica e musculação

tornando-as um dos locais mais populares e mais procurados para se

conseguir tais objetivos. As academias são locais que devem permanecer e

evoluir buscando sempre corresponder as necessidades atuais e futuras da

sociedade pelos relevantes serviços que oferecem, pois exercitar-se não é

modismo passageiro. A atividade física e o exercício físico são direitos dos

cidadãos expressos na Constituição e reconhecidos como importantes fatores

para a qualidade de vida das pessoas e não se destinam apenas aos atletas ou

a alguns grupos privilegiados (ANTUNES 2003).

Pude observar nas academias, que uma das atividades mais

procuradas, é o Treinamento de força, mais conhecido como “musculação”.

Segundo Stoppani (2008) é um forma sistematizada de treinamento, realizada

com pesos livres e equipamentos que aplicam resistências ao movimento

humano. Esse tipo de treinamento pode ser praticado por todos os públicos

tanto crianças, como idosos, cardiopatas, diabéticos, etc. Dentre os objetivos

buscados estão à melhora da qualidade de vida, estética, desempenho atlético,

condicionamento físico, proporcionados por alguns benefícios como o aumento

da massa muscular, diminuição da gordura corporal, entre outros. De acordo

com Faganello (2011) esses benefícios são importantes, porque estão

relacionados com as necessidades dos praticantes, que podem ser decorrentes

ou não de doenças, dessa forma o treinamento de força atuará como uma

forma de tratamento coadjuvante para obesos, hipertensos, diabéticos,

cardiopatas, pessoas com debilidades articulares e problemas posturais.

O profissional responsável pela prescrição e orientação do treinamento

de força é o Bacharel em Educação Física, mais especificamente o Instrutor de

musculação, responsável por deter a gama de conhecimentos científicos e

práticos para atender as necessidades do publico que procura o treinamento de

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força. Levando em consideração esses fatos é de extrema importância que o

instrutor de musculação esteja atualizado profissionalmente através de livros,

cursos de aperfeiçoamento, pós-graduação, artigo cientifico, congressos, e

revistas da área para uma conduta profissional segura e de qualidade. O

instrutor de musculação informado e atualizado apresenta-se como um

elemento essencial para a promoção da saúde e qualidade de vida para

diversos públicos, prescrevendo e supervisionando exercícios adequadamente

e informando o publico sobre praticas mais saudáveis ou direcionando os

indivíduos á obtenção de um melhor rendimento esportivo (CHIESA; ONO

2004, PEREIRA; PAULA 2007).

Durante esses 4 anos que passei na graduação, tive experiência em

alguns campos de estágios e como eu, vários outros colegas de turma tiveram

como primeira opção as academias de musculação como área principal de

estágio. Pude observar que de fato é o local mais procurado pelos estudantes

de Educação Física, principalmente, pela facilidade de conseguir estágios

nessa área, e também, como um meio de rápida inserção no mercado de

trabalho, pois buscam continuar, na academia na qual estagiou, como instrutor

de musculação. Deparei-me com algumas situações irregulares, estagiários

prescrevendo treinamento, profissionais formados prescrevendo exercícios

sem total atenção. Pude observar vários perfis de profissionais, em sua grande

maioria homens e mulheres jovens, com boa aparência, uns com mais e outros

com menos (ou nenhuma) experiência, uns eram formados outros não, porém,

todos atendiam a mesma população. Diante dos fatos apresentados, surge o

seguinte questionamento: “Qual o perfil profissional dos instrutores de

musculação em relação à formação profissional e as características do

mercado de trabalho?”

1.1 JUSTIFICATIVA

Diante desta variabilidade de perfis, e da crescente valorização do

corpo e a grande preocupação das pessoas com a estética, saúde e qualidade

de vida que tem levado a uma grande adesão a pratica do exercício físico em

academias, seria de extrema importância conhecer o perfil desse profissional

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em relação ao gênero, faixa etária, formação profissional, experiência

profissional, atualização, condições de trabalho e sua percepção pessoal sobre

o mercado de trabalho fato que também poderia orientar a formação dos

graduandos, ajudando a saber se as disciplinas/conteúdos abordados nos

cursos de graduação estão capacitando para a atuação após formados,

influenciando também na escolha do profissional recém formado em relação á

área de atuação a seguir.

Sendo assim é de extrema importância que os profissionais

responsáveis por conduzirem essas atividades tenham uma formação superior

na área da Educação Física, visto que a qualidade dos serviços é dependente

do conhecimento.

1.2 OBJETIVO

Descrever o perfil dos Instrutores de Musculação na academias da

Região Central de Londrina.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Aspectos Históricos da Educação Física

Em relação aos aspectos históricos da educação física, optou-se por

realizar um recorte temporal, que consiste a partir da década de 1970.

Optamos por essa temporalidade por compreendermos que, foi a partir desse

período histórico que o campo de atuação profissional na educação física

começa a se expandir para além dos muros das escolas.

Em meados da década de 1970, houve uma necessidade de mudança

em relação ao profissional licenciado que atuava somente na área escolar, um

dos fatores dessa mudança seriam as novas demandas do mercado de

trabalho, que necessitava de um novo profissional apto para atender de forma

competente as necessidades da população (SOUZA NETO et al, 2004).

No ano de 1987, com a resolução CFE n. 03/87, foi estabelecida a

criação do bacharelado em educação física, nesta nova concepção o curso

passou a ter 4 anos de duração e passou de 1.800 para 2.880 horas aula.

Segundo Antunes (2009) essas alterações resultaram em um novo olhar para o

curso, porque além da ampliação da carga horária, também foram agregados

novos conhecimentos no processo de preparação do profissional com ênfase

na área das ciências humanas e sociais. Este novo profissional visava atender

as necessidades do mercado e da sociedade, ligado aos programas de

atividades físicas, e o licenciado continuaria atuando na Educação Física

escolar.

Com a evolução das necessidades da sociedade e do conhecimento,

tem proporcionado cada vez mais espaço para os profissionais de educação

física fora do contexto escolar. A criação do Bacharel visa atender a um novo

perfil de profissional que atua fora do ensino regular, este profissional atua em

uma nova e crescente fatia do mercado constituído por clubes, academias,

empresas, prefeituras, condomínios, personal trainers, onde a atuação é

direcionada não mais somente em executar habilidades, mas em saber como e

porque executar (GHILARDI, 1998).

A lei ordinária número 9696/98 regulamentou a profissão da Educação

Física no Brasil em 1998, a partir desta lei foi definido a criação do conselho

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federal e dos conselhos regionais de educação física, delegando a eles a

responsabilidade de regular e fiscalizar as atividades destes profissionais

através da elaboração de regras, condutas, direitos e deveres. Essas

atividades deveriam ser desenvolvidas por um profissional de nível superior ou

pelos indivíduos, que mediante comprovação, já desenvolviam atividades

profissionalmente, conhecidos como profissionais provisionados.

Souza Neto (1999) e Souza Neto et al. (2004) apontam que na criação

do bacharelado, embora a justificativa fosse as novas demandas do mercado

de trabalho, o que de fato estava em jogo era a introdução de um modelo

curricular denominado “técnico-científico”, em busca da superação do currículo

centrado em conteúdos gímnico-desportivos. Pretendia-se, portanto,

desenvolver um corpo de conhecimento teórico para a área, em “busca do

reconhecimento da educação física na universidade também como um campo

de conhecimento cientifico”.

No estabelecimento deste caráter cientifico na Educação Física e

devido aos avanços na ciência e tecnologia, o Confef (2000) afirma a

necessidade, por parte das instituições de ensino superior, de uma rediscussão

sobre a preparação dos profissionais para que os currículos acadêmicos

estejam em sintonia com as constantes renovações dos conceitos na área do

exercício físico e demais áreas de atuação (FAGANELLO, 2011)

Outro fator importante seria a educação continuada, que pode ser

através de cursos de especialização, congressos, eventos científicos,

atualização profissional através de artigos científicos, entre outros. Para que

esses profissionais busquem os avanços técnicos e científicos ao longo da sua

trajetória de atuação, tornando os profissionais competentes para atuar no

mercado de trabalho.

2.2 Competências e Formação do Profissional de Educação Física

De acordo com a lei 9696/98 que regulamentou a profissão de

educação física, as competências do profissional consistem em planejar,

supervisionar, avaliar e executar trabalhos, programas e projetos, além de

prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos

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especializados, participar de equipes multi e interdisciplinares e elaborar

informes técnicos, científicos e pedagógicos, nas áreas de atividades físicas e

do desporto. (BRASIL, 1998)

Segundo a resolução do CONFEF n° 046/2002 a respeito da

intervenção do profissional de educação física.

Art. 1º - O Profissional de Educação Física é especialista em atividades físicas, nas suas diversas manifestações - ginásticas, exercícios físicos, desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento corporal, ioga, exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas corporais -, tendo como propósito prestar serviços que favoreçam o desenvolvimento da educação e da saúde, contribuindo para a capacitação e/ou restabelecimento de níveis adequados de desempenho e condicionamento fisiocorporal dos seus beneficiários, visando à consecução do bem-estar e da qualidade de vida, da consciência, da expressão e estética do movimento, da prevenção de doenças, de acidentes, de problemas posturais, da compensação de distúrbios funcionais, contribuindo ainda, para consecução da autonomia, da auto-estima, da cooperação, da solidariedade, da integração, da cidadania, das relações sociais e a preservação do meio ambiente, observados os preceitos de responsabilidade, segurança, qualidade técnica e ética no atendimento individual e coletivo.

A preparação profissional em Educação Física passou por mudanças

profundas desde sua regulamentação. Hoje encontramos uma realidade um

pouco modificada, em parte graças aos novos conhecimentos produzidos e

discutidos, em parte fruto das novas exigências do mercado.

Oliveira (2000) destacou alguns pontos importantes na área da

educação física que surgiram através da divisão do curso. Esses pontos

serviram como indicadores para uma melhor formação. Dentre eles, destacou-

se:

a) O novo currículo adotado pelas universidades; b) A extinção do

excesso de disciplinas técnicas, e a implementação sugerida pelo CFE/MEC

para as disciplinas das áreas centrais de formação, com embasamento em

conhecimento humanístico, técnico e aprofundamentos; c) A agregação de

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novas áreas do conhecimento como a biomecânica, sociologia, fisiologia,

psicologia, nutrição, estatística, etc. que contribuíram para a formação do

profissional; d) A veiculação do conhecimento da área através de periódicos e

livros.

Essas modificações são importantes porque elas possibilitam

diferenciação entre as duas áreas de atuação refletindo diretamente na

formação do profissional.

Mesmo com o aumento do desemprego na indústria, o mercado de

trabalho está se expandido, com o surgimento de novas e diferentes

ocupações que exigem do profissional qualificação tecnológica, atualização de

conhecimentos, diversas aptidões e, principalmente, capacidade de adaptação,

qualidade e rapidez no serviço prestado. Na área da educação física a

profissionalização é vista inicialmente como um processo histórico que busca

estabelecer espaço no mercado de trabalho para a intervenção do profissional

da área (NASCIMENTO, 2002).

2.3 Mercado de Trabalho na Educação Física

Inicialmente, o profissional de educação física era considerado apenas

como professor, e atuava na área escolar, desempenhando suas funções

quase exclusivamente nesse ramo. Atualmente, a evolução das necessidades

da sociedade e do próprio conhecimento veiculado na área tem propiciado aos

profissionais de educação física atuarem fora da escola e em grau ascendente

(OLIVEIRA, 2000).

De acordo com Barros (2006) o mercado do fitness está se

transformando em um segmento econômico cada dia mais representativo.

Ainda dentro desse contexto de mercado do fitness, estão às academias de

ginástica e musculação. As academias são espaços utilizados para a execução

de exercícios físicos, fazendo o uso de tecnologias em equipamentos

esportivos que influenciam pessoas de diferentes faixas etárias que buscam

uma melhoria do condicionamento físico.

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O mercado de trabalho do profissional de Educação Física é amplo

com diversas colocações na sociedade. As academias de atividades esportivas

podem ser consideradas como a alternativa mais atrativa dentre os campos

para os profissionais da Educação Física. Pesquisas revelam que estas têm

sido a escolha de muitos profissionais, principalmente os recém formados.

Melo (1995) afirma que isto pode ser constatado pelo crescimento acelerado da

procura da população pelas atividades físicas desenvolvidas em

estabelecimentos fora da educação formal, como, por exemplo, as academias

desportivas.

Independente dos objetivos que conduziram uma pessoa à procura da

atividade física, e possíveis benefícios que a mesma possa alcançar quanto à

melhoria da condição do ser humano, acredita-se que um fator primordial para

que se possa alcançar os objetivos esperados com o máximo de eficiência,

respeitando sua integridade física, psicológica ou moral é a conduta ética que

o profissional terá durante o desenvolvimento de seu trabalho. (OLIVERA;

SILVA s/d)

A qualidade dos serviços prestados pelo profissional é dependente de

seu conhecimento, prática e a busca pela atualização das informações através

de cursos, palestras, congressos, etc. Diante da importância do instrutor de

musculação neste contexto, faz-se necessário conhecer o perfil desse

profissional em relação a sua formação e suas perspectivas em relação ao

mercado de trabalho.

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3. MÉTODOS

3.1 Caracterização do estudo

O estudo tem como característica a pesquisa quantitativa de natureza

descritiva.

3.2 População e amostra

A região central de londrina (ver mapa ANEXO III) conta com cerca de

30 academias, este levantamento foi feito através de Lista Telefônica Editel e

conhecimento empírico. Para o estudo, foram selecionadas intencionalmente

15 academias. Do total dessa amostra, a coleta de dados foi realizada com 20

instrutores de musculação, atuantes nas academias da região central de

londrina. Ressaltando que, o universo de instrutores nas academias

pesquisadas é de 40 instrutores.

3.3 Procedimentos para coleta de dados

Foi aplicado um questionário elaborado pelo pesquisador com 25

perguntas de múltipla escolha, com possibilidade de justificativa para alguma

delas, sendo caracterizada como um instrumento de coleta de dados misto

(perguntas objetivas e subjetivas), conciliando assim a análise qualitativa e

quantitativa dos dados. Segundo Thomas; Nelson; Silverman (2007) a

convergência desses dois tipos de análises auxilia na produção da extração

potencializada das informações.

Foi solicitada a permissão aos donos/coordenadores das academias

para que a coleta pudesse ser realizada. Com o aval do responsável pela

academia os participantes disponíveis responderam voluntariamente o

questionário na presença do entrevistador para esclarecer eventuais dúvidas,

mediante a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.

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Primeiramente, foi realizado uma coleta piloto com 5 sujeitos para

verificar o instrumento – questionário - da coleta de dados. Ressaltando que a

amostra da coleta piloto está inserida no universo geral da pesquisa, uma vez

que acreditamos que os dados coletados e o questionário estavam de acordo

com os propósitos estabelecidos.

3.4 Análise dos dados

Para a análise dos dados, foi utilizada a técnica de análise qualitativa

de conteúdo. As questões objetivas foram analisadas por meio da estatística

descritiva analisada com o auxilio do software estatístico SPSS versão 20.

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4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

4.1 Gênero e Faixa Etária

A maior parte dos sujeitos do estudo é do sexo masculino (57,1%). De

acordo com Goellner (2006) essa fato pode ser influenciado pela associação do

exercício físico como espaço do público masculino, pelo receio de que a sua

prática pudesse levar a masculinização das mulheres, sendo comum o

preconceito dentre os praticantes. Atualmente a inserção das mulheres neste

meio tem aumentado após muitos avanços, porém ainda há indícios de que

essas práticas corporais não são territórios de livre acesso para as mulheres.

Este processo de visibilidade da mulher no esporte não foi marcado pela intenção de mudar a condição feminina, a ordem social que se impunha, ou mesmo a hierarquia de gênero que se estabelecia na sociedade brasileira. Às mulheres foi sendo concedida e incentivada a prática de atividades físicodesportivas, através de alterações nas representações, pelos próprios movimentos autônomos dessas mulheres, e pela normatização da ideologia higienista e eugênica. (MOURÃO, 2002, pag. 8)

A faixa etária variou de 24 a 36 anos, sendo a maioria na faixa dos 25

aos 30 anos, (68,4%.) 24 anos (5,3%) e mais de 30 anos (26,3%)

De acordo com os dados o número de instrutores é maior na faixa dos

20 aos 30 anos, e diminuindo a partir daí. Antunes (2003); Vieira e Junior

(2010) encontraram dados semelhantes em seu estudo, onde a maior parte dos

instrutores se encontram na faixa dos 25 anos, e a partir dos 30 esse número é

bem menor, eles atribuiram o fato a questão da valorização da condição física

e aspecto jovial para esse mercado de trabalho.

Existe uma ênfase nessa questão exagerada da aparência física ,

principalmente no ambiente das academias, que é muito influenciada pela

mídia e pelo culto ao corpo de nossa sociedade. (CARVALHO, 1995;

COURTINE, 1995.)

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4.2 Formação Profissional

Todos os sujeitos entrevistados possuem formação em Educação

Física, um total de 100%. Sendo assim estando de acordo com a lei 9696/98,

que enfatiza a necessidade de que a prática de exercícios físicos nesses locais

seja ministrada por um profissional de Educação Física Graduado ou

Provisionado. Outro dado importante abordado na pesquisa é em relação ao

registro no sistema CONFEF/CREF, onde também todos os sujeitos

entrevistados estão registrados no sistema, demonstrando estar de acordo com

o que diz o Conselho Federal de Educação Física:

O profissional de Educação Física, pela natureza e características da profissão que exerce, deve ser devidamente registrado no Sistema CONFEF/CREFs – Conselho Federal dos Conselhos Regionais de Educação Física e possuidor da cédula de identidade profissional, sendo interventor nas diferentes dimensões de seu campo de atuação profissional, o que supõe pleno domínio do conhecimento da Educação Física (conhecimento científico, técnico e pedagógico), comprometido com a produção, difusão e socialização desse conhecimento a partir de uma atitude crítico-reflexiva (CONFEF, 2002, p. 134).”

Quando questionados sobre o tempo em que haviam concluído o

curso, as respostas variaram de 1 a 11 anos. A maioria havia concluído o curso

entre 2 e 5 (57,9%), a menos de 2 anos (15,7%), de 6 a 10 anos (21%) e acima

de 10 anos de conclusão (5,3%). Os dados vão de encontro com estudo de

Antunes (2003), que demonstra que a maior parte dos sujeitos tem de 2 a 5

anos de formado, esses dados possuem relação com a idade, demonstrando a

valorização da aparência jovial e física para essa profissão.

Em relação à Instituição de Ensino dos sujeitos, 73,7% concluíram a

graduação em Universidade Particular e 26,3% em Universidade Pública. Este

fato pode ser atribuído pelo grande número de Instituições Particulares (ao todo

três Universidades) e o aumento das vagas ofertadas para este curso nessas

instituições na cidade de Londrina- PR.

A maioria dos sujeitos possui pós-graduação (57,9%), não possui pós-

graduação (31,3%) e 10,5% está cursando. Os dados demonstram que a

maioria dos sujeitos entrevistados busca uma especialização, que é importante

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para que se de a continuidade dos estudos depois da graduação. Batista e

Tojal (2009), afirma a necessidade dessa continuidade acadêmica, de modo

que esses programas devem formar novos formadores de pensamento, que é

responsável pela imensa gama de conhecimento e sua propagação.

Dentre os sujeitos 94,7% cursaram a disciplina Musculação em sua

formação, obtendo informações básicas para sua atuação profissional e

apenas 5,3% não cursaram. Pode ser que os sujeitos que não cursaram a

disciplina, tenham a habilitação de licenciatura, onde esta matéria não é

ministrada. Segundo a divisão do curso em 2004, os sujeitos que optaram pela

licenciatura atual não possuiriam conteúdos apropriados para a aplicação de

treinamento de força (VIEIRA; CARNEIRO JUNIOR, 2010; ZICA, 2011.)

Quando questionados sobre a obtenção de informações para

musculação prescrita para populações especiais, como idosos, hipertensos,

obesos, cardiopatas e diabéticos, 89,5% afirmaram que tiveram algum tipo de

informação durante a graduação e 10,5% não adquiriram nenhum tipo de

informação. Visto que atualmente aumenta-se o número de indivíduos com

essas características, sendo o exercício físico um agente modificador e

preventivo dessas doenças é de extrema necessidade que o Profissional de

Educação Física esteja apto e tenha informações suficientes para lhe dar com

esse tipo de público.

4.3 Experiência Profissional

Sobre o tempo de atuação do profissional de Educação Física como

instrutor de musculação, a maioria dos sujeitos estão atuando entre 2 e 5 anos

(55,5%). A menos de 2 anos de atuação (5,5%) , de 6 a 10 anos (33,3%) e

acima de 10 anos (5,5%). Estes dados podem se relacionar com os dados de

faixa etária encontrados neste estudo, onde a maioria dos sujeitos tem a idade

de 25 a 30 anos.

Grande parte dos sujeitos (78,9%) trabalha em apenas um local como

instrutor de musculação, enquanto 15,8% trabalha em mais de uma academia.

Quando questionados sobre a carga horária semanal de trabalho como

instrutor a respostas variaram entre 20 a 51 horas. A maioria trabalha entre 20

e 25 horas semanais, (47,3%), de 26 a 30 horas (21%), entre 31 e 35 horas

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(5,3%), de 36 a 40 horas (15,8%) e acima de 40 horas (10,6%). Os dados

demonstram que a maioria dos sujeitos trabalha de 4 a 5 horas por dia,

disponibilizando as horas restantes para outras ocupações. Pode ser que a

maioria dos profissionais disponibilizam as horas restantes para atuar como

Personal Trainer, de acordo com os dados obtidos 89,5 % dos instrutores

também exercem este cargo. Todos os sujeitos do estudo totalizando 100% da

amostra se sentem preparados para atuar com musculação, eles acreditam

que a experiência prática é a principal alternativa para a boa preparação

profissional. Por outro lado 66,7% afirma que a disciplina de musculação não

ofereceu suporte necessário para a atuação profissional, os sujeitos justificam

que o tempo disponibilizado para a disciplina na graduação não foi o suficiente

para sanar todas as dúvidas, e que os conteúdos foram abordados muito

superficialmente, sendo necessária a complementação com os estágios para

aprender realmente na prática. Em virtude dessa afirmação 66,7% dos

profissionais consideram o estágio curricular algo muito importante para o

processo de preparação profissional, porque através dele puderam por em

prática o que aprenderam na teoria, os sujeitos atribuem o conhecimento

através da prática algo mais importante quando comparado com o

conhecimento teórico, aprendido nas aulas da graduação.

4.4 Atualização Profissional

Em relação a atualização profissional, quando questionados sobre as

fontes de informação que utilizam, 78,9 utilizam a internet como o principal

meio de atualização, seguido por artigos científicos (73,7%), livros (68,4%), a

própria experiência como praticante (68,4%), cursos (57,9%), revistas da área

(36,8%), material das aulas de graduação (15,8%) e outros (5,3%). Lembrando

que o entrevistado podia responder mais de uma alternativa.

Os dados obtidos são preocupantes, visto que a maioria dos sujeitos

utiliza a internet como um dos meios de atualização profissional mais

procurado, atualmente acha-se de tudo na internet, desde informações

verdadeiras a informações sem conhecimento cientifico nenhum. O problema é

que alguns sites podem não ser confiáveis, e se o profissional não souber

diferenciar essas fontes, seu trabalho e quem depende dele poderá ser

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prejudicado. Os dados obtidos aqui se diferenciam dos dados obtidos no

estudo de Faganello (2011), onde a maioria dos sujeitos utiliza o artigo

cientifico como principal meio de atualização. O acesso a esse tipo de fonte ,

em relação aos outros itens questionados, é algo geralmente mais confiável,

por serem baseados em evidências cientificas, porém, neste estudo ficou em

segundo lugar, demonstrando que alguns profissionais não se preocupam se a

fonte em que usam para atualização é confiável ou não. Quando questionados

sobre a freqüência em que esses sujeitos se atualizam, 94,9% se atualizam

frequentemente e apenas 5,6% raramente se atualizam, os dados demonstram

que as dúvidas que surgem são relacionadas ao cotidiano da profissão , e não

a uma busca de formação continuada. Isso implica que o profissional não se

organiza, não se prepara para fazer uma capacitação, e busca atualização

apenas com o surgimento de algumas situações na qual ele não possui o

conhecimento necessário para a intervenção.

Sobre a participação em congressos ou outros cursos de

aperfeiçoamento 50% dos sujeitos dizem que participam frequentemente

desses eventos, raramente participam (44,4) e não participam (5,6%). A

questão indica um equilíbrio entre os profissionais que raramente se atualizam

e os que se atualizam freqüentemente, os profissionais que raramente se

atualizam justificam que o investimento e a distância entre bons cursos, são as

maiores barreiras para a atualização profissional. Os profissionais que

freqüentemente se atualizam consideram a atualizam através de cursos e

outros eventos muito importante em virtude das constantes modificações da

área. Krug et al (2008) e Vieira e Carneiro Junior (2010), ressaltaram que os

profissionais de Educação Física devem desenvolver uma atitude científica,

analisando criticamente as informações, e entendendo a natureza dinâmica do

conhecimento, tendo como conseqüência a necessidade de constantes

atualizações e reciclagens para a manutenção da competência profissional.

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4.5 Condições de Trabalho

Quando questionados se possuem carteira assinada, 84,2% dos

sujeitos responderam que possuem e 15,8% não possuem carteira assinada.

Dado este que demonstra a recente valorização deste profissional, tendo em

vista a busca incessante da área para a valorização e o reconhecimento no

mercado de trabalho.

Em relação a faixa salarial 57, 9% recebem de 1 a 2 salários mínimos,

até 1 salário mínimo (15,8%), 2 a 3 salários mínimos (21,1%). A baixa

remuneração destes profissionais pode levar ao acúmulo de funções dando

vazão aos problemas de saúde, falta de tempo para organização profissional e

pessoal e falta de tempo e disposição para qualificação profissional

(BENEVIDES; PEREIRA 2002 apud SANTINI; MOLINA NETO 200).

Os dados podem se relacionar com a questão da satisfação da

remuneração salarial, onde a grande maioria (83,3%) não está satisfeita e

considera a profissão mal remunerada, muitos afirmam que a falta de

reconhecimento da área e a desvalorização do profissional são as maiores

barreiras para se conquistar um salário que condiz com os esforços do

profissional.

89,5% dos sujeitos atuam em outra função na academia, ou fora dela,

e apenas 10,5% não atuam. Dentre os que atuam, 89,5% exercem a função de

Personal Trainer.

4.6 Percepções Pessoais

A grande maioria dos sujeitos (77,8%) se sentem realizados

profissionalmente como instrutores de musculação, não estão

satisfeitos(22,2%). Mesmo com a insatisfação em relação à remuneração

salarial, 72,2% não optaria por outra área de trabalho fora da Educação Física,

por outro lado 27,2% dos sujeitos optaria por outra área. De acordo com as

respostas pode-se perceber que os profissionais se sentem insatisfeitos

financeiramente, afirmando que outras áreas poderiam trazer mais estabilidade

financeira e maior remuneração salarial. Entretanto, os dados indicam que

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ainda assim o instrutor de musculação se identifica com a área, e a grande

maioria não optaria por outro ramo.

Quando questionados sobre a importância da imagem corporal no

mercado de trabalho, 100% dos sujeitos entrevistados consideram a imagem

uma ferramenta importante, mas não essencial para sua atuação. A justificativa

é de que a sociedade impõe um modelo corporal a ser seguido de acordo com

padrões estéticos atuais, e por mais que o profissional de educação física seja

uma pessoa intelectualmente preparada, se não estiver de acordo esses

padrões seu trabalho poderá ser questionado. Antunes (2003) achou

resultados semelhantes em relação a imagem corporal em seu estudo, a boa

aparência foi considerada importante em 84,65% dos sujeitos, fato que pode

demonstrar a influência do culto ao corpo, os sujeitos justificaram que além de

se manter atualizado e informado, a aparência física pode servir de motivação

para os clientes, e que deve ser coerente com a atividade que se executa,

trazendo mais credibilidade ao serviço.

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5 CONCLUSÃO

Os instrutores de musculação atuantes nas academias da região

central de Londrina-PR, caracterizam-se em sua maioria por indivíduos do sexo

masculino, na faixa etária dos 25 aos 30 anos, formados entre 2 e 5 anos. Os

dados vão de encontro a outros estudos que citam o instrutor de musculação

como uma pessoa jovial e preocupada com sua aparência física, eles atribuem

esses fatos a um modelo de corpo perfeito imposto pela sociedade para esse

tipo de profissional.

A grande maioria é advinda de Universidade particular e alegam ter

cursado a disciplina de “musculação” em sua graduação, porém os

profissionais não estiveram satisfeitos com os conteúdos ministrados alegando

a falta de competência do professor e a superficialidade dos conteúdos, fator

esse que pode ter contribuído para a grande importância dos estágios, onde

eles justificam que só através deles é que puderam aprender de verdade, isso

proporciona a questão da experiência prática, como requisito principal para a

melhor atuação profissional.

A Internet, seguida pelos artigos científicos e os livros, foram às fontes

de atualização mais utilizadas, esses dados podem ser preocupantes, visto que

na Internet pode-se observar desde fontes não confiáveis a fontes confiáveis e

de qualidade, se o profissional não souber diferenciar essas fontes, seu

trabalho e quem depende dele poderá ser prejudicado. A justificativa dos

profissionais para a não participação em cursos/congressos, é de que á

escassez de bons cursos na região tornando o investimento alto, sendo

inviável, e isso acaba se tornando uma barreira para a atualização profissional.

Os profissionais não estão satisfeitos com a remuneração salarial, a

maioria recebe entre 1 e 2 salários mínimos, eles alegam também a falta de

reconhecimento e a desvalorização profissional como fatores de insatisfação.

Com base nos dados pode-se concluir que essa insatisfação salarial, pode

estar relacionada á questão da falta de qualidade na atualização desse

profissional, que reflete diretamente na qualidade dos seus serviços. Mesmo

com as inúmeras barreiras que o Instrutor de Musculação enfrenta desde seu

processo na graduação até o mercado de trabalho, esse profissional encontra-

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se realizado profissionalmente, e não optaria por outra área de trabalho fora da

Educação Física por gostar muito do que fazem.

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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o bem-estar do trabalhador. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.

BARROS, J. M. C. Profissão, regulamentação profissional e campo de trabalho. In: SOUZA NETO, S.; HUNGER, D (Org). Formação profissional em educação física: estudos e pesquisas. Rio Claro: Biblioética, 2006. p. 245-250. CHIESA, Luis Carlos; Personal Trainer – Ponto de Vista - Conduta Profissional, 2004. Disponível em internet. http://www.saudeemmovimento.com.br/ conteudos/conteudo_ exibel.asp? cod_ noticia =1435. Acesso em 12 de abril de 2012. COURTINE, J.J. Os stakhanovistas do narcisismo: body-building e

puritanismo ostentatório na cultura americana do corpo. In: SANT'ANNA,

D. B. de.Políticas do corpo. São Paulo: Estação Liberdade, 1995. p. 81-114

CONFEF. Resolução n° 046/2002 – Intervenção do Profissional de Educação Física e Respectivas Competências e Define os seus campos de Atuação Profissional, 2002. Disponivel em http://www.confef.org.br/extra/resolucoes/conteudo.asp?cd_resol=82. Acesso em 06 de junho de 2012. CONFEF. Carta Brasileira de Educação Física, 2000. Disponível em: http://www.confef.org.br/extra/conteudo/default.asp?id=21. Acesso 13 de Abril de 2012. FAGANELLO, Daniel de Souza; Perfil Profissional de Instrutores de Musculação: um estudo sobre as estratégias utilizadas na formação do profissional. Porto Alegre, 2011. GOELLNER, S.V.. Entre o sexo, a beleza e a saúde: o esporte e a cultura

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GHILARDI, Reginaldo, Formação Profissional em Educação Física: A relação teoria e prática, Revista Motriz, v.4, n.1, Junho. 1998.

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MELO, S. I. L.; OELKE, S. A.; TESSARI, Marino. Determinantes pela procura de cursos de Educação Física e a influência destes na opção profissional do estudante catarinense. Florianópolis: 1995. Relatório de Pesquisa. CEFID - UDESC. MOURÃO, Ludmila. Representação Social da Mulher Brasileira nas atividades físico-desportivas: da segregação á democratização. 2000/2002. Revista Movimento, vol. VII. Universidade Federal do Rio Grande do Sul NASCIMENTO, J. V. Formação profissional em educação física: contextos de desenvolvimento curricular. Montes Claros: Unimontes, 2002. NETO, Samuel de S.; ALEGRE, Atílio de N.; HUNGER, Dagmar; PEREIRA, Juliana M., A Formação do Profissional em Educação Física no Brasil: Uma História sob a perspectiva da legislação federal do século XX, Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 25, n. 2, p. 113-128, jan. 2004. OLIVEIRA, A. A. B. Mercado de trabalho em educação física e a formação profissional: breves reflexões. Revista Brasileira Ciência e Movimento, Brasília, v. 8, n. 4, p. 45-50, set.2000. OLIVEIRA, Aurélio Luiz de; SILVA, Marcelo Pereira da; O Profissional de Educação Física e a Responsabilidade legal que o cerca: Fundamentos para uma discussão. IX Simpósio Internacional do Processo Civilizador – Tecnologia e Civilização, Ponta Grossa – Pr. ONO, Melina Yumi; Perfil Profissional do Instrutor de Musculação da Cidade de Rolândia – Pr. Disponível em internet. http:// www.uel.br/cef/TCCPAGINA/RESUMOS/R-111-04. Pdf. Acesso em 12 de abril de 2012. PEREIRA, Rodrigo G.; PAULA, Alexandre H., Perfil Profissional de instrutores de musculação das academias de João Monlevade- MG, Movimentum, Revista Digital de Educação Física , Ipatinga,v.2, n.1, fev/jul. 2007. SOUZA NETO, S. Da universidade brasileira aos cursos de graduação em educação física. In:______. A educação física na universidade: licenciatura e bacharelado: as propostas de formação e suas implicações teórico-práticas. 1999. 350 f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. cap. 2, p. 34-143. STOPPANI, Jim; Conceitos Importantes; Variáveis de Treinamento; Ciclos de Treino; Equipamentos do Treinamento de Força. Enciclopédia de Musculação e Força, Porto Alegre: ARTMED, 2008.

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GOELLNER, S.V.. Entre o sexo, a beleza e a saúde: o esporte e a cultura

fitness. Labrys, Estudos Feministas, junho/ dezembro, 2006.

MOURÃO, Ludmila. Representação Social da Mulher Brasileira nas

atividades físico-desportivas: da segregação á democratização.

2000/2002. Revista Movimento, vol. VII. Universidade Federal do Rio Grande

do Sul.

SANTINI, Juarez; MOLINA NETO, Vicente. A síndrome do esgotamento

profissional em professores de educação física; um estudo da rede

municipal de ensino de porto alegre. Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo,

v.19, n.3, p.209-22, jul./set. 2005.

TOJAL, João Batista Diretrizes Curriculares para o Bacharelado em

Educação Física: Novos Rumos Revista da Educação Física/ UEM, Volume

14, Número 2, 2003.

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ANEXO I

QUESTIONÁRIO – INSTRUTORES DE MUSCULAÇÃO

1. Gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino 2.Idade: _________ 3. Possui formação em Educação Física? ( ) Formado ( ) Provisionado ( ) Curso Educação Física ( ) Possuo outra graduação Qual? ________________________ 4. Se for formado,concluiu o Ensino Superior a quantos anos? ___________ 5. Cursou ou (cursa) em qual Universidade? ( ) Publica ( ) Particular Qual?___________________________

6. Possui pós- graduação?

( ) Sim ( ) Não ( ) Cursando 7. É registrado no Confef/Cref? ( ) Sim ( ) Não

8. A quanto tempo atua como instrutor de musculação? ________________

9. Trabalha em algum outro local como

instrutor de musculação? ( ) Sim ( ) Não

10. Qual sua carga horária semanal como instrutor de musculação? ______________ 11. Possui carteira assinada? ( ) Sim ( ) Não 12. Faixa Salarial como instrutor de musculação: ( ) até 1 salário mínimo ( ) de 1 a 2 salários mínimos ( ) de 2 a 3 salários mínimos ( ) acima de 3 salários mínimos 13. Atua em outra função/atividade na academia ou fora dela? ( ) Sim ( )Não Qual?_________________ ___________________________________ 14. Cursou a disciplina musculação/treinamento com pesos? ( ) Sim ( ) Não 15. Em sua formação, obteve informações sobre musculação prescrita para populações especiais (idosos, hipertensos, obesos, cardiopatas, diabéticos, etc.)? ( ) Sim ( ) Não 16. Quais fontes de informação você utiliza para sua atualização profissional? ( ) Livros ( ) Revistas da área ( ) Artigo cientifico ( ) Material das aulas na graduação ( ) Internet ( ) Própria experiência como praticante de musculação ( ) Outros. Quais? ________________

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17. Com que freqüência pesquisa assuntos relacionados a musculação? Justifique. ( ) Não pesquiso ( ) Raramente ( ) Frequentemente ________________________________ ________________________________ ________________________________ 18. Participa de congressos ou outros cursos de aperfeiçoamento sobre musculação? Justifique. ( ) Não participo ( ) Raramente ( ) Frequentemente ________________________________ ________________________________ ________________________________ 19. Sente-se preparado para atuar com musculação? Justifique. ( ) Nada preparado ( ) Pouco Preparado ( ) Preparado ________________________________________________________________ ________________________________ 20. A disciplina musculação ofereceu o suporte necessário para sua atuação profissional? Justifique ( ) Sim ( ) Não _________________________________________________________________________________________________________ 21. O estágio curricular foi importante para a sua preparação? Justifique ( ) Não ( ) Pouco Importante ( ) Importante _________________________________________________________________________________________________________

22. Está satisfeito com a remuneração salarial delegada a esta atividade? Justifique ( ) Sim ( ) Não _________________________________________________________________________________________________________ 23. Sente-se realizado profissionalmente como instrutor de musculação? Justifique. ( ) Sim ( ) Não _________________________________________________________________________________________________________ 24. Se pudesse, optaria por outra área de trabalho fora da Educação Física? Justifique. ( ) Sim ( ) Não ___________________________________ ______________________________________________________________________ 25. Você acha que o Instrutor de musculação deve se preocupar com sua imagem corporal se quiser se manter no mercado de trabalho? Justifique. ( ) Sim ( ) Não ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________

Pesquisadora

Jéssica Martinuzzo de Souza 43) 8829-0294

[email protected]

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ANEXO II

MAPA REGIÃO CENTRAL

FONTE: IPPUL – Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina Região Central demostrada na cor Roxo

Delimitação: Avenida Brasília, Avenida 10 de dezembro, Lago Igapó, Avenida Maringá e

Avenida Tiradentes.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Centro de Educação Física e Esporte

TERMO DE CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO

Responsáveis: Jessica Martinuzzo de Souza

Anísio Calciolari Junior

Este é um convite especial para você participar voluntariamente do estudo: “Perfil Profissional

de Instrutores de Musculação da Região Central na Cidade de Londrina-Pr”. Por favor, leia com atenção

as informações abaixo antes de dar seu consentimento para participar do estudo. Qualquer dúvida pode

ser esclarecida diretamente com a pesquisadora Jessica Martinuzzo de Souza (Fone: 043-8829 0294).

OBJETIVO E BENEFÍCIOS DO ESTUDO O objetivo é traçar o perfil profissional dos instrutores de musculação atuantes nas academias

da região central da cidade de Londrina. Este estudo servirá como um auxílio para a sociedade em

geral, tanto para os profissionais inseridos no mercado de trabalho que poderam ter um reflexo de qual

o perfil profissional que atua nas academias da região central de londrina quanto para os futuros

profissionais, fato que poderá orientá-lo quanto a área de atuação a seguir.

PROCEDIMENTOS Para essa pesquisa, será aplicado um questionário misto com 25 perguntas de múltipla escolha,

com instrutores de musculação das academias da área central do Município de Londrina. Este

questionário será preenchido em uma sessão somente, com um tempo aproximado de 05 a 10 minutos,

acompanhado do pesquisador para qualquer eventual duvida, lembrando que o pesquisador estará em

uma distancia considerável do individuo, somente ira se aproximar se solicitado.

DESPESAS/ RESSARCIMENTO DE DESPESAS DO VOLUNTÁRIO Todos os sujeitos envolvidos nesta pesquisa são isentos de custos.

PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA A sua participação neste estudo é voluntária e o(a) senhor(a) terá plena e total liberdade para

desistir do estudo a qualquer momento, sem que isso acarrete qualquer prejuízo.

GARANTIA DE SIGILO E PRIVACIDADE As informações relacionadas ao estudo são confidenciais e qualquer informação divulgada em

relatório ou publicação será feita sob forma codificada, para que a confidencialidade seja mantida. O

pesquisador garante que seu nome e o da academia que atua não serão divulgados sob hipótese

alguma.

Diante do exposto acima eu, ___________________________________________, declaro que fui

esclarecido sobre os objetivos, procedimentos e benefícios do presente estudo. Participo de livre e

espontânea vontade do estudo em questão. Foi-me assegurado o direito de abandonar o estudo a

qualquer momento, se eu assim o desejar. Declaro também não possuir nenhum grau de dependência

profissional ou educacional com os pesquisadores envolvidos nesse projeto (ou seja, os pesquisadores

desse projeto não podem me prejudicar de modo algum no trabalho ou nos estudos), não me sentindo

pressionado de nenhum modo a participar dessa pesquisa.

Londrina, ______ de ______________ de _________.

________________________________

___________________________________

Responsável RG __________________ Pesquisador RG ____________________