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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE PESQUISA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO Período: AGOSTO 2008/JULHO 2009 ( ) PARCIAL (x ) FINAL IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO Título do Projeto de Pesquisa: As Práticas Formativas em Educação Profissional no Estado do Pará: em busca de uma didática da educação profissional. Resolução: nº 012/2008 - ICED Nome do Orientador: Ronaldo Marcos de Lima Araujo. Titulação do Orientador: Doutorado Unidade: Instituto de Ciências da Educação Laboratório: Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho e Educação - GEPTE Título do Plano de Trabalho: As praticas Formativas em Educação Profissional na Escola Agrotécnica Federal de Castanhal. Nome da Bolsista: Bruna de Moraes Damasceno Tipo de Bolsa: ( X ) CNPq ( ) PIBIC/UFPA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

DEPARTAMENTO DE PESQUISA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA –

PIBIC

RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO

Período: AGOSTO 2008/JULHO 2009

( ) PARCIAL

(x ) FINAL

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Título do Projeto de Pesquisa: As Práticas Formativas em Educação Profissional no

Estado do Pará: em busca de uma didática da educação profissional.

Resolução: nº 012/2008 - ICED

Nome do Orientador: Ronaldo Marcos de Lima Araujo.

Titulação do Orientador: Doutorado

Unidade: Instituto de Ciências da Educação

Laboratório: Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho e Educação - GEPTE

Título do Plano de Trabalho: As praticas Formativas em Educação Profissional na

Escola Agrotécnica Federal de Castanhal.

Nome da Bolsista: Bruna de Moraes Damasceno

Tipo de Bolsa: ( X ) CNPq

( ) PIBIC/UFPA

RESUMO DO RELATÓRIO ANTERIOR:

O relatório anterior apresentou resultados parciais do trabalho desenvolvido a partir do

plano de atividades “As Práticas Formativas em Educação Profissional na Escola

Técnica Estadual Magalhães Barata .”, no período de Agosto de 2008 a Julho 2009,

sendo parte integrante do Projeto de Pesquisa “As Práticas Formativas em Educação

Profissional no Estado do Pará: em busca de uma Didática da Educação Profissional no

Pará”, vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho e Educação - GEPTE,

do Instituto de Ciências da Educação, na UFPA. A pesquisa em questão analisou as

práticas formativas propostas e experimentadas na Escola Técnica Estadual Magalhães

Barata. A metodologia aplicada foi de caráter qualitativo a partir de estudos

bibliográficos e pesquisa de campo, sendo feitas observações e entrevistas semi-abertas.

A análise da pesquisa bibliográfica revelou que a didática da educação profissional

atende a lógica do capitalismo, mas também, leva em consideração a politecnica, ou

seja, a formação ampla para o trabalhador, que preencha todas as suas faculdades. A

pesquisa empírica mostrou que os docentes observados e entrevistados transmitem a

ideologia do capital, ao qual devem especializar-se para atender ao mercado de trabalho,

e, conseqüentemente, assegurarem um emprego neste espaço, o que possibilita o

sustento e estabilidade financeira do trabalhador. Esta foi a ideologia presente na

didática dos professores em sala de aula e nas entrevistas realizadas com estes.

INTRODUÇÃO

Este relatório apresenta resultados finais do trabalho de pesquisa construído a

partir do plano de atividades, As Práticas Formativas em Educação Profissional na

Escola Agrotécnica Federal de Castanhal, sendo parte integrante do Projeto de Pesquisa

“As Práticas Formativas em Educação Profissional no Estado do Pará: em busca de uma

didática da educação profissional”, vinculado ao GEPTE do Instituto de Ciências da

Educação/UFPA.

Na primeira etapa, tivemos como procedimento de pesquisa a revisão

bibliográfica no que concerne à didática, e especificando na área da avaliação

educacional, já que, no desenvolvimento do relatório passado, foi detectada certa

deficiência no suporte teórico para balizar o elemento constituinte da didática, neste

caso, a avaliação.

Após o preenchimento desta lacuna em relação à avaliação educacional partiu-se

para a produção de fichamentos dos artigos publicados nos Boletins Técnicos do

SENAC, com o propósito de desvelar que tipo de didática existe na educação

profissional, a partir de alguns autores sobre a área.

Na segunda etapa, que ainda será realizada a pesquisa de campo, pois devido

neste ainda estarmos aprofundando nossa pesquisa bibliográfica, a qual nos possibilitará

ter um embasamento teórico para analisar na instituição de educação profissional, onde

houve uma mudança no lócus de pesquisa.

O motivo pelo qual foi modificado o lócus de pesquisa, já que no relatório

anterior teria sido informado que aconteceria na Escola Técnica Estadual Magalhães

Barata-ETEMB,e neste atual,que será realizado na Escola Agrotécnica Federal de

Castanhal.A modificação ocorreu devido esta ser um instituição tradicional em relação à

educação profissional no Estado do Pará, e também por haver poucas pesquisas sobre a

instituição e ainda pelo fato da instituição anterior ser o lócus de investigação da

bolsista Manuela Tavares,que resultou no seu trabalho de conclusão do curso de

Pedagogia.Devido a isto,a mesma ao concluir o curso de Pedagogia teve que se

desvincular da condição de Bolsista.

Cabe destacar que analise feita no relatório anterior possibilitou um

aproveitamento do trabalho desenvolvido, já que, as alterações feitas apenas se referem

a acréscimos neste relatório.

Este estudo dá continuidade e aprofundamento à pesquisa atualmente realizada

neste Grupo de Pesquisa acerca das práticas formativa propostas e experimentadas nas

instituições de educação profissional sediadas no Estado do Pará, em particular na

Região Metropolitana de Belém.

Neste sentido, acredita-se que o aprofundamento da pesquisa na área de

avaliação educacional servirá para consolidar as formulações de estudos nesse campo

do conhecimento que vêm sendo desenvolvido pelo Grupo de Estudo sobre Trabalho e

Educação da UFPA, possibilitando definir as características das práticas avaliativas

desenvolvidas na educação profissional e como a mesma orienta a estrutura das práticas

que têm servido de referência para a formação dos trabalhadores, permitindo, por sua

vez, uma identificação dos conteúdos das diferentes ações formativas junto a seus

significados.

Dessa forma, a pesquisa pretende responder questões relativas aos processos de

definição dos objetivos de ensino, da organização curricular e das estratégias formativas

e de avaliação implementadas na educação profissional, e ainda, pelo desenvolvimento

de novas pesquisas da didática voltada para a ótica do trabalhador, e não para a ótica

empresarial.

JUSTIFICATIVA

Segundo Araujo (2007), faz-se necessário um estudo para organizar e

sistematizar as principais referências que permitam a avaliação de práticas formativas

de educação profissional. Para o autor, o desconhecimento sobre essa didática dificulta

o planejamento racional das políticas e das proposições de ações de formação que visem

à qualificação do trabalhador.

No caso da avaliação educacional, é imprescindível que haja também um estudo

dos teóricos que seguem esse tema, já que foi encontrado, no relatório anterior, lacunas

sobre o assunto, que deixaram para ser preenchidas neste relatório, pois não havia mais

tempo de aprofundar neste tema.

Segundo Libâneo (1994) o processo didático desenvolve-se mediante a ação

recíproca dos componentes fundamentais do ensino: os objetivos da educação e da

instrução, os conteúdos, o ensino, a aprendizagem, os métodos, as formas e meios de

organização das condições da situação didática, a avaliação, sendo considerados os

conceitos fundamentais que formam a base de elementos constituintes da Didática.

Neste sentido, a avaliação educacional possui um importante dever em identificar como

está se desenvolvendo as capacidades cognitivas e da aprendizagem, que se estabelece a

partir da ação dos demais elementos didáticos, no meio de interação entre professor e

alunos.

Sendo assim, observamos a importância do assunto a ser aprofundado já que está

diretamente ligado ao processo de aprendizagem. E este processo é inerente à formação

do trabalhador. Por isso a necessidade de um maior suporte teórico acerca da avaliação

no ensino técnico.

Este debate será importante para toda a comunidade desta instituição federal,

assim como para todas as instituições de Educação Profissional que realmente estão

compromissadas com uma formação de perspectiva integral dos seus trabalhadores, que

não se reduz a ação educativa ao mero adestramento e à conformação à alienação.

OBJETIVOS

O objetivo geral de desvelar a didática desenvolvida na educação profissional

(EP) de n na Escola Agrotécnica Federal de Castanhal, a partir de uma revisão

bibliográfica nos periódicos do Boletim Técnico do SENAC.

No objetivo geral houve alteração, devido à modificação no lócus de pesquisa e

o acréscimo dos periódicos do Boletim Técnico do SENAC. A pesquisa de campo que

se realizara no próximo relatório mostrara resultados que se consolidará ao referencial

teórico apresentado neste relatório.

Os objetivos Especificos da pesquisa na Instituição Federal são:

• Revisar a bibliografia sobre educação profissional;

• Consolidar estudos sobre didática e planejamento educacional.

• Verificar a formação dos docentes da E.P. desta Instituição e

• Verificar como está organizado o currículo da E.P.,

Nos objetivos específicos houve modificações como: acréscimos, exclusões e

revisão de redação nos objetivos existentes, ficando como objetivos: analisar o Projeto

Político Pedagógico (PPP) da Escola Agrotécnica Federal de Castanhal; aprofundar

estudos na área da avaliação educacional na educação profissional; Verificar a formação

dos docentes da E.P; Verificar como estão se desenvolvendo as práticas avaliativas de

nível técnico na escola pesquisada; Identificar a partir do plano de curso os conteúdos

de ensino propostos na ETEMB para a composição dos cursos.

Sendo assim, tais objetivos precisaram se ajustar de acordo com o que foi

achado durante a pesquisa para o relatório anterior. E por esse e outros motivos foi

necessário o ajuste dos objetivos específicos para o desenvolvimento da pesquisa na

área da didática da educação profissional. Além disso, nesta etapa da pesquisa houve

necessidade de aprofundamento dos Boletins Técnico do SENAC, o qual constitui como

uma fonte de estudo para nossa pesquisa.

MATERIAIS E MÉTODOS

Tivemos como procedimento de pesquisa a análise documental procurando

identificar as características da didática da Educação Profissional desenvolvida no

Estado do Pará na Escola Técnica Estadual Magalhães Barata. Delineou-se uma

pesquisa cuja preocupação central consistiu no estudo dos autores da área de avaliação

educacional, que instigou a realização deste trabalho, para que possa ser aprofundado o

conhecimento sobre a avaliação educacional na educação profissional.

Primeiramente, foi feito um levantamento bibliográfico de diversos autores da

área em estudo. Depois, foi feito uma seleção das obras mais relevantes para a pesquisa.

E então, tais obras, dentre elas livros, artigos em revistas e artigos retirados da web,

foram utilizados para o aprofundamento teórico da pesquisa.

De acordo com Luna (2002), a pesquisa é sempre um elo de ligação entre o

pesquisador e a comunidade científica, razão pela qual sua publicidade é elemento

indispensável do processo de produção do conhecimento. Por isso, é essencial que após

a conclusão deste projeto de pesquisa, esta seja publicada para que assim seja

socializada com a comunidade científica.

Nesta fase aprofundaram-se os estudos no Boletim Técnico do SENAC,devido

este ser uma das fontes bibliográficas na pesquisa Práticas Formativas da Educação

Profissional no Estado do Pará. No levantamento dos Periódicos do Boletim Técnico do

SENAC encontramos 45 artigos que tratavam do tema sobre práticas formativas em

educação profissional, dos quais 18 artigos foram fichados e sistematizado em forma de

texto, tendo em vista a questão das práticas realizadas no contexto da educação

profissional, destacamos os seguintes:

ANO

TÍTULO

AUTOR

Conhecimento, trabalho e obra: uma proposta metodológica para educação profissional.

Jarbas Novelino Barato

2008

Currículo Analógico em um mundo digital: considerações sobre a dissociação entre a formação no ensino superior e as exigências do mercado de trabalho.

Lucidio Bianchetti e Valéria Batio.

Promovendo o aprendizado organizacional por meio de Comunidades de Prática.

Maria Teresa Andrade de Gouvêa;Claúdia Paranhos e Claúdia Lage Rebello da Motta.

Trabalho e Vida Pessoal: O Equilíbrio Necessário

Daizy Valmorbida Stepansky e Lucia França

Surfando na Sociedade da Informação e do Conhecimento: a questão das competências docentes

Mirian Maia do Amaral e Lúcia Regina Goulart Vilarinho

Qualificação Profissional de Jovens e Adultos Trabalhadores: O Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego em Discussão.

Carlos Soares Barbosa e Neise

Deluiz

A Questão da Função Social da Educação no Novo Milênio

Vânia Cardoso da Motta

2007 Cursos Superiores De Tecnologia: Um Estudo Do Impacto Provocado Em Seus Estudantes

Sandra R. Uliano Smaniotto e Elizabeth

Educação Profissional no Brasil e opções metodológicas de pesquisa: elementos para o debate

Maria Rita Aprile; Rosa Elisa Mirra Barone

2006

Alternativas Metodológicas para a Identificação de Competências

Allan Claudius Queiroz Barbosa e Marco Aurélio Rodrigues

Educação Formal nas Empresas: Um Desafio para os Diferentes Atores

Rosa Elisa Mirra Barone e Maria Rita Aprile

2005 O Professor da Educação Profissional: Que Perfil Corresponde aos Desafios Contemporâneos?

Cleunice M. Rehem

Assim sendo, objetivamos desvelar que tipo de formação está sendo priorizado

na educação profissional, a partir da constatação da existência de uma didática

específica dessa modalidade de ensino. Delinearemos, a partir dos artigos eleitos nos

periódicos do Boletim Técnico do SENAC, que se constituíram como fonte de estudo

para a nossa pesquisa e discorreram mais precisamente sobre a temática em questão.

RESULTADOS

Iniciamos os estudos pesquisando sobre a avaliação educacional em seu sentido

geral, utilizada na escola básica. Revisamos autores como Luckesi (1995), Libâneo

(1994), Depresbiteris (1991 e 2001) e Araujo (2007). Ao estudá-los, foi possível

identificar as perspectivas de aprendizagem, por meio da avaliação educacional,

buscando transformar a escola padronizada, e surgindo assim, uma escola inovadora,

formando sujeitos atuantes na sociedade em que vivem.

E com acréscimos dos artigos destacados no Boletim Técnico do SENAC,

ampliou-se a discussão das praticas formativas de educação profissional não se detendo

apenas a área de avaliação.

Primeiramente para que se possa fazer uma discussão sobre a avaliação

educacional na Educação Profissional é necessário que se conheça as concepções que

norteiam o assunto em questão, e ainda sua trajetória, para que haja compreensão sobre

o assunto.

A avaliação da aprendizagem possui uma finalidade de suma importância para

verificar como está se desenvolvendo a aprendizagem dos educandos. Serve ainda para

2004 Em busca de uma didática para o saber técnico. Jarbas Novelino Barato 2003 Competências,Qualificação e

Avaliação:Observações sobre Práticas Pedagógicas e Educação Profissional.

Suzana Barros Corrêa Saraiva e Máximo Augusto Campos Mansson

2002 Conhecimento e Competências no Trabalho e na Escola.

Acácia Zeneida Kuenser

2001 O modelo das competências profissionais no mundo do trabalho e na educação: implicações para o currículo

Neise Deluiz

2000 Qualificação versus Competência

Maria da Conceição Calmon Arruda

o professor perceber como os seus alunos estão recebendo seus ensinamentos. Portanto,

é importante para o mestre saber como está desempenhando sua docência, pois, por

meio dos resultados da avaliação dos seus alunos é que será possível perceber a

qualidade de sua docência.

Para Silva (2002), a avaliação cruza o trabalho pedagógico desde seu

planejamento até sua execução, coletando dados para melhor compreensão da relação

ensino e aprendizagem. Ou seja, para que o processo avaliativo seja bem sucedido é

necessário que leve em consideração a avaliação escolar desde o planejamento,

refletindo-se na execução dos métodos de avaliação da aprendizagem, que levará em

consideração os objetivos propostos no planejamento. Daí sua importância em estar

presente desde o planejamento até os resultados que serão obtidos com a aplicação do

método avaliativo.

Na história da educação escolar brasileira, a questão da avaliação da

aprendizagem foi enfatizada, em sua própria prática, como punitiva, autoritária e

repressora, sendo criados certos mitos pelos próprios docentes como forma de controle

sobre seu alunado. Sendo assim, primeiramente, é preciso desconstruir tais

preconceitos, estereótipos e mitos culturalmente enraizados na comunidade escolar,

como, por exemplo: “professor bom é aquele que reprova”; “repetir é bom para o aluno

pegar base”; “a culpa pela nota baixa é do aluno que não quer estudar”. A partir dessas

premissas é que o termo avaliar tem sido associado a expressões como: fazer exame,

fazer prova, atribuir nota, repetir ou passar de ano. Estas associações são resultantes de

uma concepção pedagógica ultrapassada, mas tradicionalmente, dominante, sendo a

educação conceituada como mera transmissão e memorização de conhecimentos

prontos, sendo o aluno visto como um ser passivo e receptivo, assumindo assim a

avaliação um caráter seletivo e competitivo.

Libâneo (1994) define a avaliação escolar como um componente do processo de

ensino constituindo os elementos necessários à didática, visando, através da verificação

e qualificação dos resultados obtidos, determinar a correspondência destes com os

objetivos propostos e, daí, orientar a tomada de decisão em relação às atividades

didáticas que se seguem. Portanto, esta concepção pode ser considerada oposta a de

Tyler, já que ele defende a verificação da aprendizagem como método de medição da

apreensão do conhecimento.

Segundo Libâneo (idem), as mais importantes características da avaliação

escolar são: refletir a unidade objetivos-conteúdos-métodos; possibilitar a revisão do

plano de ensino; desenvolver as capacidades e habilidades; voltar-se para a atividade

dos alunos; ser objetivo, ajudando na autopercepção do professor; refletir valores e

expectativas do professor em relação aos alunos. E ainda destaca quais os instrumentos

de verificação da aprendizagem e como devem ser aplicados pelo professor. Os

instrumentos são: prova escrita dissertativa, que tem como objetivo verificar o

desenvolvimento das habilidades intelectuais dos alunos na assimilação dos conteúdos,

servindo para avaliar as atitudes, os hábitos, a ordem, limpeza dos alunos; a prova

escrita de questões objetivas serve para avaliar a extensão de conhecimentos e

habilidades; questões de certo-errado; questões de lacuna; questões de correspodência;

questões de múltipla escolha; questões de interpretação de texto; questões de ordenação

e questões de identificação. Sendo assim, este autor não só explica seu posicionamento

a respeito da avaliação na escola como também disponibiliza como se devem utilizar os

instrumentos de avaliação, promovendo assim uma formação democrática e completa.

Considerando a avaliação somativa, Luckesi (1995) destaca que a prática

educativa escolar está se restringindo à chamada “pedagogia do exame”, centrando-se

na realização de provas, testes, questionários, etc, com o intuito de, desde já, acostumar

o aluno a esse tipo de instrumento avaliativo, já que este será realizado quando for

prestar vestibular e, mais atualmente, concursos públicos. Sendo assim, o autor

evidencia elementos facilitadores da disseminação da super valorização do exame,

como a atenção na promoção do aluno, ou seja, fixando o objetivo do estudante em

alcançar a média/nota/conceito almejado, sem se importar como foram obtidas e nem

por quais caminhos foram alcançados. Os pais também centram o sucesso da

aprendizagem dos seus filhos em notas, pois o que lhes interessa é o resultado final, ou

seja, a nota obtida na avaliação. Há ainda a preocupação da própria instituição escolar

em centrar-se no resultado quantitativo das provas, pois através deste instrumento de

ensino é possível saber como os alunos estão respondendo ao processo de ensino e

aprendizagem em sala de aula. E já que a “pedagogia do exame” está disseminada e

fincada na sociedade, é vista como um método padrão, sendo aceita normalmente, até

mesmo de forma punitiva e autoritária.

Para Luckesi (1995) a forma mais comum de conceituar avaliação é dizer que

esta é considerada “um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da

realidade, tendo em vista uma tomada de decisão” (p.33).

Primeiramente, ela é considerada um juízo de valor devido obter uma afirmação

qualitativa sobre um dado objeto, de acordo com critérios pré-estabelecidos, sendo tanto

mais satisfatório quanto mais se aproximar do ideal estabelecido, e menos aceitável

quanto mais longe estiver do significado ideal.

Posteriormente, tal crítica se faz com base nos caracteres relevantes da realidade,

pois, apesar de ser qualitativo, não será inteiramente subjetivo, já que devem ser levados

em consideração os indicadores específicos do conhecimento.

Em terceiro lugar, a avaliação guia a uma tomada de decisão, pois o julgamento

de valor conduz a um posicionamento conceitual, obrigando a uma tomada de posição

sobre o objeto avaliado, e uma tomada de decisão quando se trata de um processo.

De acordo com o mesmo autor, a avaliação educacional somativa “torna-se um

instrumento autoritário e frenador do desenvolvimento de todos os que passarem pelo

ritual escolar, possibilitando a uns o acesso e o aprofundamento no saber, a outros a

estagnação ou a evasão dos meios do saber”. (pág. 37).

Esse tipo de avaliação promove a o papel disciplinador do professor,

enquadrando seus educando as normas estabelecidas pela sociedade, ocorrendo

constantemente atitudes de autoritarismo, já que o mestre detém esse poder em suas

mãos.

Luckesi defende a avaliação diagnóstica ao dizer que é um instrumento

fundamental para auxiliar o aluno no seu processo de competência e crescimento para a

autonomia. Ou seja, para que se possa efetivar tais princípios é preciso que o educando

acate o modelo de sociedade que vise a transformação social, pois este tipo de

instrumento de avaliação promove a busca por uma sociedade democrática.

AVALIAÇÃO EDUCACIONAL NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Relacionando a avaliação da aprendizagem à Educação Profissional, pode-se

dizer que esta categoria sofre modificações em sua prática, já que a modalidade em

questão busca alcançar objetivos diferenciados ao da educação básica. Por isso, a

avaliação da aprendizagem é vista de uma forma mais eficiente, almejando uma

formação completa para o trabalhador.

A partir de estudos acerca da Educação Profissional, é possível perceber que a

lógica capitalista predomina no desempenho das práticas formativas em educação

profissional, estendendo-se aos métodos de avaliação desenvolvidos nos cursos técnicos

e nas empresa que possuem ações de formação continuada de seus trabalhadores. Tais

métodos repassam aos operários a ideologia dos empresários, fazendo com que este

pensamento seja absorvido, e, portanto, praticado pelos trabalhadores subservientes,

deixando de lado uma formação mais humanitária, que se preocupe não só com o lucro

e atuação técnica do trabalhador, mas também com a conscientização, a democracia e a

cidadania que deveria ser intrínseca à formação do trabalhador.

Embora as práticas pedagógicas em Educação Profissional priorizem o mercado

de trabalho, há outra perspectiva que valoriza, primeiramente, uma educação voltada

para o trabalhador, mas que, no entanto, não desvincule o objetivo máximo do mercado

de trabalho, que é a inserção do indivíduo, capaz de atender às suas exigências.

Portanto, aos poucos, a formação do trabalhador vem assumindo uma nova proposta de

qualificação do operariado, mas o que ainda predomina é a formação voltada a atender o

mercado de trabalho.

Quanto aos saberes que devem ser aprendidos na Educação Profissional, Masson

e Saraiva (2003, p.44) afirmam que este serão aprendido e transmitido em meio e frente

à experiência imediata do trabalho, no processo de socialização próprio à conformação

de uma identidade coletiva de trabalhadores, portanto, numa outra pedagogia, distinta

daquela retoricamente afirmada pelo aparelho escolar. Isto é, os saberes necessários à

formação profissional devem ser transmitidos sob a ótica do trabalho, diferentemente do

sistema educacional básico.

Os mesmos autores dizem que :

“Tem-se, portanto, como desafio propor uma avaliação de acordo com

princípios que reconheçam as experiências existenciais dos educandos, seja

no contexto específico das relações de trabalho, seja no espaço social em

geral. Ainda que a educação profissional, pelas suas próprias

características, historicamente veio a exigir um tipo de avaliação que

ultrapasse a aparente posse formal do conhecimento, uma abordagem que

enfatize o domínio competente obriga a mudanças nos métodos de avaliação

usualmente empregados nas práticas pedagógicas.” (pág. 47)

Neste sentido, a avaliação em educação profissional deve abordar tanto o

contexto profissional como o contexto social no qual o indivíduo está inserido. Sendo

assim, os métodos devem ser modificados dos demais, ou seja, daqueles presentes nas

práticas pedagógicas escolares. Ao avaliar, devem ser levados em conta os

conhecimentos básicos, os específicos, e assim, serem aplicados em situações cotidianas

de trabalho.

Masson e Saraiva (2006, p.47) selecionam alguns critérios que devem nortear o

processo formativo. São eles:

a) a avaliação deve ser considerada parte fundamental de todo o processo

educacional, servindo ao desenvolvimento das capacidades dos educandos;

b) deve haver a unificação entre teoria e prática;

c) A avaliação deve possibilitar aos educandos condições de autonomia e

promover a auto-avaliação, com o intuito de o aluno assumir papéis ativos no

desenvolvimento de seu conhecimento, tornando-se também sujeito histórico de sua

formação;

d) A avaliação deve ser contínua e processual, sendo realizada durante toda a

trajetória das unidades de ensino;

e) É importante o papel do docente na definição das técnicas e instrumentos de

avaliação, para que possibilite uma comprovação pública e fundamental para a auto-

avaliação do educando de suas capacidades e competências, contextualizando-as não

somente diante do espaço de trabalho, mas também de toda a sociedade.

f) Quanto mais preciso forem os instrumentos a serem aplicados maiores a

probabilidade de relativização do subjetivismo próprio de qualquer avaliador

Sendo assim, na prática da avaliação, “é preciso levar em conta o cenário em que

é realizada, e mais ainda no contexto da educação profissional, não escapar de

contradições entre os aparelhos econômicos e os sistemas de ensino.” (Masson e

Saraiva, p. 48). Portanto, deve-se realizar uma avaliação que busque capacitar os

trabalhadores para sua atuação no mercado de trabalho, já que a principal função da

Educação Profissional é preparar o indivíduo para o mercado de trabalho. No entanto,

não se devem desprezar elementos essenciais para uma formação omnilateral, elevando

suas potencialidades enquanto ser humano.

Depresbiteris (2001) relaciona a avaliação da aprendizagem à lógica das

competências, e diz que “a avaliação de competências busca verificar a capacidade do

educando no enfrentamento de situações concretas, sendo que o foco não é apenas na

tarefa, mas na mobilização e articulação dos recursos que o educando dispõe,

construídos formal ou informalmente. Portanto, o educando deve ser preparado para

lidar com situações reais que, no futuro, serão enfrentadas por ele, no seu ambiente

profissional.

Ao se trabalhar a avaliação de competências na educação profissional, é

necessário definir critérios, pois consistem em “princípios que servirão de base para o

julgamento da qualidade dos desempenhos compreendidos como mobilização de uma

série de atributos que para ele convergem, incorporando aspectos descritivos da

qualidade do desempenho.” (Desprebiteris, p. 42)

A mesma autora afirma que:

“Quando se fala de avaliação qualitativa deve-se pensar não só na

competência técnica dos saberes, mas na dimensão do saber ser, ou seja, das

capacidades de construir o conhecimento e nas atitudes que imprimem um

comportamento ético à ação. A avaliação será, nesse sentido, o

questionamento teimoso, persistente, voltado para a necessidade de

diagnosticar, com maior precisã possível, as condições concretas da

aprendizagem do aluno.” (p. 43)

Diante da discussão acerca da avaliação da aprendizagem em suas diversas

abordagens, e especialmente na modalidade da educação profissional, é importante que

se identifique a concepção de avaliação educacional predominante no ensino técnico.

Neste contexto, Fildago e Machado (2000) definem a avaliação educacional como

“processo de julgar a qualidade, testar, estimar e atribuir valor ao aproveitamento do

sujeito em situações de aprendizagem pelo uso de técnicas formais e informais” (pág.

32). Dentro desta perspectiva, a avaliação no ensino técnico deve ser promotora dos

atributos necessários à inserção do indivíduo no mundo do trabalho, sem desvincular tal

prática da perspectiva de formação politécnica.

Em relação aos periódicos do Boletim Técnico do SENAC apresentaremos as

principais referencias que os autores revelam sobre as praticas formativas na Educação

Profisisonal.

Boletim Técnico do SENAC -2008

Na produção dos periódicos do Boletim Técnico do SENAC do ano de 2008 foram

destacados 6 artigos principais que tratavam dos temas sobre “ Conhecimento, trabalho e

obra: uma proposta metodológica para educação profissional” (BARATO,2008), “Currículo

Analógico em um mundo digital: considerações sobre a dissociação entre a formação no

ensino superior e as exigências do mercado de trabalho” (LUCIDIO,2008), “Trabalho e Vida

Pessoal: O Equilíbrio Necessário” (STEPANSKY e FRANÇA,2008), “Surfando na

Sociedade da Informação e do Conhecimento: a questão das competências docentes”

(AMARAL e VILARINHO,2008), “Qualificação Profissional de Jovens e Adultos

Trabalhadores: O Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego em Discussão”

(BARBOSA e DELUIZ,2008) e “Promovendo o aprendizado organizacional por meio de

comunidades de prática”( GOUVÊA,2008)

O artigo de Barato trata do sentido da Obra na formação Profissional, pois existe uma

desvalorização dos saberem constituídos no e pelo trabalho como elementos constitutivos de

uma metodologia da educação profissional. E o autor defende as atividades produtivas como

indicadores de saberes que se constroem no e pelo trabalho.

No campo da didática pedagógica há uma distinção da teoria e pratica, esta distinção

caracteriza o engano de subordinar o saber técnico (saber como) ao saber teórico (saber que).

O abandono do mencionado dicotômico muda modos de ver a educação profissional. E muda

também o modo de ver os sabres que se constituem no e pelo trabalho. Toda essa mudança

requer novas maneiras de ensino no campo da formação profissional. Acredito que a

metodologia que utilizem a obra como principio orientado nesta direção pode ser uma saída

interessante.

A obra, assim, não é apenas um produto que resulta de processos de produção. Ela é

um alvo que mobiliza o sujeito em busca da satisfação de certa necessidade. Tal mobilização

passa por saberes socialmente construído, uso de ferramentas e divisão do trabalho. Passam

por efetivação de intenções, julgamentos, valores.

A Organização de ambientes de aprendizagem de modo a utilizar saberes construído no

e pelo trabalho necessita operar uma mudança radical. E uma possibilidade nessa direção

seria considerar a obra como principio organizador das atividades de aprendizagem em

programas de formação profissional.

Nessa perspectiva não partiremos dos conhecimentos e habilidades que o trabalhador

precisa dominar, mas tendo como ponto de partida perguntar que obras são valorizadas pelas

comunidades de prática onde se desenvolve o trabalho do profissional que pretende

formar.Não cabem obras executadas apenas para o efeito pedagógico, e sim, o aprendiz está

integrado desde inicio nas atividades produtivas. Essa providência garante experimentar

construção social do conhecimento.

No texto de Lucidio (2008), o autor problematiza o Descompasso do Currículo

educacional ( analógico) e o currículo implementado no mundo do trabalho ( digital). Dessa

forma, o autor afirma que é na lógica do sistema capitalista, e não em uma das suas

manifestações, no caso as diferentes tecnologias, que está a explicação do desemprego e das

dificuldades de inclusão, seja na escola, seja no trabalho.

O desemprego, como lembra Marx, é parte constitutiva do capital, ou melhor, sua cara

metade. A luz da teoria marxiana, sustentamos que a solução do desemprego não depende de

boa vontade ou de uma mudança brusca nos currículos educacionais e nem será alcançada se

no lugar da tecnologia analógica todos forem incluídos ou aderirem à digital..

Enquanto tivermos sobre o primado do capital, o desemprego ascendente e a

precariedade manifesta nas condições de inserção no mundo do trabalho e, de modo mais

abrangente, na manutenção das necessidades básicas persistirão como marcas distintivas da

reprodução da vida social sob o atual padrão de acumulação, independente das medidas

reparatórias do estado, do grau de escolarização da população e da inserção de novas

tecnologias.

As questões curriculares fazem-se necessário contextualiza-las diante da mundialização

do capital e do novo complexo de reestruturação produtiva do capital. Com toda certeza a

escola/ universidade, no seu planejamento e atuação, não pode simplesmente vincular-se ao

mercado, com sua tendência a tudo digitalizar e acelerar.

Ao mesmo tempo, no entanto, a instituição não pode desconhecer a complexidade que

está explodindo todos os parâmetros que até há pouco tempo davam segurança à atuação dos

professores e fazia das instituições educacionais baseada em seus currículos mediações, por

excelência, para acessar um mercado de trabalho menos complexos, menos disputados e com

perspectiva de nele permanecer até aposentar-se.

No artigo de Stepansky e França (2008) trata da globalização e suas implicações no

processo de Trabalho. Problematizando o desequilíbrio no tempo de vida Pessoal e vida de

trabalho. Afirmando que o equilíbrio de tempo, trabalho e vida, associado a uma

compensação salarial digna, permitiria ao trabalhador o usufruto do bem-estar, a assistência

familiar e a promoção da saúde, resultados naturalmente esperados pela sua dedicação ao

trabalho e à organização.

Numa época em que se prioriza no país o crescimento acelerado da economia, definindo

metas de crescimento econômico, é fundamental que seja lembrada a importância do

desenvolvimento paralelo dos indicadores sociais e da qualidade de vida dos indivíduos

participantes do processo de trabalho. As organizações devem considerar que não é o grande

consumo de tempo do trabalhador que leva à produtividade, mas que, ao contrário, é o

ambiente organizacional saudável que deve apoiar o trabalhador. A flexibilização de tempo

oferece o equilíbrio entre as responsabilidades de trabalho e as necessidades individuais e

familiares, produzindo uma diferença efetiva na qualidade de vida para todos.

A oferta de condições para o desenvolvimento pessoal, para a criatividade e para a

participação positiva no trabalho são fatores significativos na atualidade das organizações. É

uma nova revolução no mundo do trabalho, com a absorção de novas formas de

responsabilidade, de empregabilidade e de sustentabilidade, em que o processo produtivo

contribuirá para o desenvolvimento humano e para a melhoria das condições de vida da

sociedade.

Outro artigo selecionado, Amaral e Vilarinho (2008) trata da competência docente na

sociedade da Informação. Partindo do questionamento que Dada a velocidade com

que,hoje,as competências desaparecem,transforma-se e se renovam,torna-se relevante discutir

o papel do professor no desenvolvimento de suas atividades profissionais, seja em ambientes

de aprendizagens virtuais, semipresenciais ou presenciais.. Quais são as competências

necessárias mediante a atuação do professor, no ambiente em que exerce suas atividades, em

consonância às finalidades e estratégias organizacionais?

Grande parte dos conhecimentos, habilidades, valores e atitudes adquiridos por uma

pessoa no início de sua trajetória profissional tornam-se obsoletos antes mesmo do final de

suas atividades. O professor tem o desafio de educar na cibercultura, o que requer

desenvolver sua imaginação criadora para atender às demandas da aprendizagem interativa.

Isso implica investimento educacional desde a formação básica, estendendo-se, como um

continuum, ao longo de sua vida profissional; ou seja, uma educação continuada, que propicie

o desenvolvimento de competências para atuar num mundo marcado por mudanças e

incertezas.

O melhor modelo de competência é aquele que reflete a cultura vigente na organização;

ou seja, o que se alinha às competências organizacionais. A rapidez com que os

conhecimentos evoluem aliados às mudanças requeridas pela sociedade, exige do professor

contemporâneo uma aprendizagem permanente individual e colaborativa, o que se traduz em

desenvolvimento de novas competências e reconfiguração de outras.

A importância do desenvolvimento de competências para que o professor possa atuar no

contexto em tela, tendo em vista uma prática educacional que cumpra sua função social,

considerando a tecnologia como parte integrante do processo ensino-aprendizagem.

Responder aos desafios da sociedade do conhecimento, portanto, requer reflexão sobre a

prática profissional e atualização constante dos indivíduos, que devem estar conectados às

exigências do mercado de trabalho.

Conclui afirmando que educar na cibercultura implica docência interativa, presencial ou

online, e pressupõe participação colaborativa, intervenção na mensagem, bidirecionalidade e

dialogicidade e, ainda, conexões em teias abertas de relacionamentos. Isso requer não apenas

abertura para as mudanças, mas também redimensionamento das competências e solidez

acadêmica com vistas à autonomia profissional. Tais competências/saberes devem estar

relacionados a diferentes dimensões, sejam elas profissionais, didáticas, pessoais, sociais,

lingüísticas, éticas, políticas, pedagógicas. Devem, fundamentalmente, preparar o sujeito para

enfrentar os desafios da vida, e não para as circunstâncias do momento.

O artigo de Barbosa e Deluiz (2008) aborda a qualificação Profissional de Jovens e

Adultos, propondo políticas públicas voltadas para o aumento da escolaridade do jovem, a

qualificação profissional, a participação social a garantia do primeiro emprego-a fim de

proporcionar-lhe experiência profissional, além de uma política integrada de proteção social.

Reconhecendo o emprego juvenil como um dos principais desafios do Governo Lula, o

Programa Nacional de Estimulo ao Primeiro Emprego/Consórcio Social da Juventude tem

como foco “o fomento à geração de postos de trabalho formais e preparação para o primeiro

emprego”. A inserção no mercado de trabalho formal é uma das principais dificuldades

apontadas pelos coordenadores das entidades pesquisadas, principalmente dos jovens que

possuem baixa escolaridade e não têm experiência profissional. Essas dificuldades são

ressaltadas por Mesquita (2006)36 quando aponta que o PNPE estimulou 38 mil empregos

desde 2003, enquanto o universo no país é de quatro milhões de jovens desempregados.

Segundo o autor, os contemplados pelo Programa trabalham por um ano e ainda assim

encontram dificuldades de inserção no mercado, pois não há uma política de continuidade.

Conclui seu artigo afirmando que apesar do discurso das entidades investigadas de que

trabalham na perspectiva da construção do sujeito critico e se preocupam com a formação

política dos jovens, a pesquisa constatou que as ações de educação profissional não propiciam

a formação política dos sujeitos individuais e coletivos no sentido da sua participação na

esfera pública, ou seja, um curso de curta duração, aligeirado e fragmentado não proporciona

uma qualificação profissional e social de forma decente.

O artigo de Gouvêa (2008) trata da aprendizagem Organizacional, problematizando a pouca

participação de seus membros, seja no registro de informações relevante para o grupo, como

participação em discussões sobre determinado assunto, esclarecimento de dúvidas para

solução de um problema, troca de experiências e idéias e até mesmo o pouco uso da base de

conhecimento gerado pela comunidade.

Tendo como tese a necessidade de cultivar uma cultura nas organizações em que as pessoas

sintam-se confortáveis em compartilhar seus conhecimentos. Daí o interesse em desenvolver

comunidades de prática para promover a colaboração, aumentar a interação social, aumentar a

produtividade e melhorar a aprendizagem organizacional.

A comunidade da prática vem ao encontro da abordagem da gestão do conhecimento,

contribuindo para a existência de uma cultura favorável ao compartilhamento de experiências,

conhecimentos e melhores práticas nas organizações, tornando-se um atraente para a

aprendizagem colaborativa.

O autor finaliza destacando cinco estratégias que as empresas precisam para

solucionar ou minimizar, dentre elas são divulgar a importância desse tipo de atividade nos

valores da companhia, promover e compartilhar os resultados práticos alcançados pela

comunidade, valorizar a participação e iniciativa individual, bem como criar uma

infraestrutrura tecnológica e pessoal para apoiar a comunidade.

Boletim Técnico do SENAC -2007

Na produção dos periódicos do Boletim Técnico do SENAC do ano de 2007 foram

destacados 2 artigos principais que tratavam dos temas sobre “A Questão da Função Social

da Educação no Novo Milênio” ( MOTA,2007) e “Cursos Superiores De Tecnologia: Um

Estudo Do Impacto Provocado Em Seus Estudantes” ( SMANIOTTO,2007).

Já no texto da Motta (2007), a autora problematiza a educação, enquanto atividade

social centrada no homem e em suas necessidades, subordinada à lógica do capital, exerce as

funções de reprodução alienada da força de trabalho e de conformação com a realidade. Dessa

forma, ela propõe o trabalho como principio educativo.

O modo pelo qual o homem produz sua existência (modo de produção) é constituído

pelas relações sociais estabelecidas entre os homens no processo de produção de sua

existência (relações de produção) mais a capacidade de produção, que são as forças

produtivas (os instrumentos, as técnicas, as máquinas, a força de trabalho).

No entanto, o modo de produção não pode ser compreendido simplesmente como a

reprodução material da existência humana. O modo de produção, que é constituído de

relações de produção mais força de trabalho, é também uma forma pela qual o homem

expressa o seu modo de vida. O que produz e como produz expressam o modo como vive. A

natureza do indivíduo depende das condições materiais de sua produção, incluindo nessas

condições as idéias, as instituições, ideologias que são produzidas e reproduzidas ao longo de

sua vida.

Ela finaliza seu texto afirmando que a mundialização, sob a égide das grandes

corporações, da hipertrofia financeira e de seus mecanismos de reestruturação produtiva, se

apresenta problemática pelo alto custo social, não só, mas principalmente, nos países

dependentes. Além do

aumento da pobreza, da desigualdade social e do desemprego estrutural, as determinações de

políticas macroeconômicas neoliberais resultaram na precarização do trabalho, com o

aumento do subemprego e perdas dos direitos sociais, no enfraquecimento das forças

trabalhistas, e põem em risco a própria existência humana.

Boletim Técnico do SENAC -2006

Na produção dos periódicos do Boletim Técnico do SENAC do ano de 2006 foram

destacados 2 artigos principais que tratavam dos temas sobre “Alternativas metodológicas

para identificação de Competências” (BARBOSA,2006) e “Educação Profissional no

contexto da reforma educacional dos anos 90” ( FIRMINO e CUNHA,2006).

O artigo de Barbosa e Rodrigues (2006), vem trazer uma analise acerca da

competência, problematizando as validades de utilização metodológicas das competências.E a

autora afirma que a concepção adotada é que o tema competência e seus desdobramentos,

tanto no plano teórico quanto no plano concreto das práticas de gerenciamento, pode

representar uma extraordinária revitalização do campo da “organização e gestão do trabalho”.

E a noção de competência ainda encontra-se em construção e tem sido amplamente

submetida a uma ação operacional no âmbito das empresas, com diferentes resultados e

impactos. E com uma gama variada de interpretações quanto ao seu escopo.

E finaliza seu texto afirmando que os avanços efetivos nessa área – que ultrapassam as

fronteiras dos estudos em seus campos originais– somente serão possíveis com a

disponibilidade de métodos, técnicas e ferramentas apropriadas. Os enfoques metodológicos

apresentados neste documento oferecem alternativas interessantes para operacionalizar

sistemas integrados de gestão com base no conceito de competência.

E no outro artigo selecionado, Firmino e Cunha (2006) abordam a Reforma da

educação profissional, partindo do questionamento de “Verificar se a pedagogia da

competência está se efetivando na prática conforme defendida nos documentos oficiais?”.

Tendo como tese que a pedagogia da competência atrelada a uma mudança prática dos

professores. E essa Formação por competência só se efetivará no cotidiano escolar se

propiciar aos alunos condição de acesso. Conclui seu texto afirmando a existência da falta de

preparo da escola e dos professores em frente à pedagogia das competências.

Boletim Técnico do SENAC -2005

Na produção dos periódicos do Boletim Técnico do SENAC do ano de 2005 foram

destacados 2 artigos principais que tratavam dos temas sobre “Educação Formal nas

Empresas: Um Desafio para os Diferentes Atores” (BARONE e APRILE,2005) e “O

Professor da Educação Profissional: Que Perfil Corresponde aos Desafios Contemporâneos?”

(REHEM, 2005).

O artigo de Barone e Aprile (2005) trata das empresas nas ações educativas, pois a

educação formal passou a ser um dos fatores referenciais para o planejamento e reformulação

da carreira e está intimamente relacionado à definição do que vem sendo tratado com

condição e padrão de empregabiliddade.

E as autoras afirmam que as empresas restabelecidas entre escolaridade e trabalho

interessam devidos no plano macro aumento da escolaridade e o aumento da produtividade da

empresa e os setores governamentais grandes números de projeto desenvolvido ligados a

questão do trabalho com programas de qualificação profissional em diferentes níveis. Isso são

iniciativas que estão ocorrendo de formas desarticuladas devido a inexistência de uma política

global de educação.

É nesse contexto que insere o movimento de um numero maior de empresas, no

sentido de assumir para si a tarefa de promover a escolarização de seus trabalho levando a

escola para o chão da fábrica.

Boa parte dos programas de educação formal desenvolvidos no âmbito das empresas

muito mais que formar ou escolarizar o indivíduos para elas, estão desenvolvendo ações

educativas com ganhos que poderão reverter tanto para esses indivíduos no que diz respeito a

sua empregabilidade quanto para a sociedade de um modo geral.

E necessário estabelecer os limites entre o que diz respeito, efetivamente, à ampliação

do nível educacional, e o que se refere a um maior treinamento para as tarefas e atividades

próprias do trabalha a ser realizado.

As práticas educativas desenvolvidas internamente nestas empresas têm mão dupla.

Podem reiterar e reforçar a histórica relação capital/trabalho presente na produção capitalista.

E podem, ainda que de modo tênue, reverberar no questionamento desta relação e na

emergência de um padrão diferenciado no relacionamento entre capital e trabalho que possa

contribuir para a construção da qualificação de trabalhadores que, atentos ao seu papel

histórico, intervenham na sociedade concreta. Ademais, tais práticas devem proporcionar às

empresas melhores condições de sobrevivência dentro da nova ordem mundial.

O artigo de Cleunice M.. Rehem (2005) trata da educação profissional, partindo da

indagação “Qual o perfil demandado ao formador de profissionais na sociedade

Contemporânea?”. E o autor defende a tese de que transformar a concepção de educação

como produto acabado e finito para um processo continuo, na relação educando/educador

requer um novo professor, mais mediador, assessor, orientador, conselheiro, arquiteto e

artista, do que palestrante de “aulas magistrais”, o tradicional da dor de aulas, ensinador.

Essa é a arte necessária para o formador de profissionais conduzirem os processos

educacionais na contemporaneidade, adotando naturalmente a simetria de processos entre

educação e modernidade “líquida”: ensinar nesse escopo requer autonomia, ultrapassar

limites, independência, imaginação, autenticidade, identidade cultural, quebra de

preconceitos, prazer, alegria, leveza, ousadia, coragem, inovação, crença em valores

afirmativos. Ingredientes estes que integram a arte.

E o autor conclui o seu texto afirmando que o novo professor sinaliza para a

necessidade de uma formação docente, também renovada, que oportunize aos intelectuais

transformadores a construção - pela mediação em processos socioconstrutivistas - das

competências, dos saberes que alicercem seu trabalho formativo.

A arte de fazer aprender num mundo imprevisível, cuja certeza maior é a mudança

permanente e veloz, está em processo de aprendizagem pelos próprios educadores, que talvez

possam dominá-la, quando o mundo estiver vivenciando uma possível e já vislumbrado

modernidade gasosa.

Boletim Técnico do SENAC -2004

Na produção dos periódicos do Boletim Técnico do SENAC do ano de 2004 foram

destacados 2 artigos principais que tratavam dos temas sobre “Em busca de uma didática

para o saber técnico. ( BARATO,2004) e A Educação e o Trabalho num tempo de crise

( SALGADO,2004).

O artigo de Salgado (2004) trata da Educação e Trabalho, a autora questiona até que

ponto se pode limitar o processo educacional a respostas ao mundo da produção quando o

próprio valor do trabalho está sendo fragilizado perante a sociedade?.E, afirma que o

processo educativo, enquanto veículo social através do qual se pretende desenvolver o

homem em todas as suas dimensões e potencialidades, não deve ser estreitado aos parâmetros

limitadores da atividade produtiva e não pode ser vista como manancial que responde aos

apelos nitidamente econômicos da sociedade.

A autora destaca em seu texto que a profissionalização ou a preparação para o

trabalho deve ter um caráter complementar e optativo em nível de decisão e de escolha

consciente dos indivíduos e não comovem acontecendo, forma escapatória e discriminativa

oferecida aos evadidos do sistema de educação geral e que buscam, na ocupação, um recurso

de sobrevivência num mercado a cada dia menos receptivo e mais exigente.

E que qualquer mudança mais efetiva nos rumos da formação profissional e das

instituições que a ela se dedicam, implicaria que a própria formação profissional estivesse

mais bem contextualizada na sociedade brasileira e que o trabalho ganhasse maior

significância e organicidade no sistema produtivo.

Enquanto nada disto acontece, é indispensável que se continue refletindo

profundamente no significado social e político de se dar a alguém formas de trabalho e

expressão e de se dar ao trabalhador a consciência clara de seu importante papel na sociedade.

O artigo do Barato (2004) crítica as abordagens tradicionais das técnicas nos meios

educacionais. A meu ver, a observação de Hutchins ajuda-nos a superar o absurdo subjacente

no julgamento de que o fazer pode ser reduzido a simples adestramento. Ao que tudo indica,

as aprendizagens que demandam execução engajam os aprendizes em modos de pensar

necessários para que se constitua um conhecimento que represente o fazer.

A técnica é uma forma de saber, exigindo por essa razão um tratamento didático

especifico. A atividade do trabalho como um saber, ou seja, o autor vem propor uma didática

que considere as atividades de trabalho como um saber.

Ela afirma que o fazer demanda um conhecimento específico, próprio, em vez de ser

aplicação de um conhecimento que dele pode ser desvinculado, é preciso contar com uma

explicação que acomode satisfatoriamente saber fazer, saber falar e todos os outros saberes

próprios da espécie humana.

o conhecimento é constituído por estruturas profundas, não verbais e, num certo sentido,

inconscientes. Nessa direção, o saber final não é palavroso ou, mais do que isso, não é

representado por um conjunto de proposições.

Por sua própria natureza, processos ou técnicas exigem demonstração e explicação em

termos de ensino-aprendizagem. Mas como o discurso não é a mediação mais importante no

caso, podem ocorrer situações como a do velho trabalhador a que me referi no início desta

seção. É preciso reparar, por outro lado, que simples solicitação de uso do discurso não

resolve a questão. Em trabalhos com docentes de diversas áreas, observei que na

demonstração, muitas vezes, a fala tratava de assuntos que nada tinham a ver com a execução.

Mesmo docentes capazes de falar enquanto demonstram não são, necessariamente, peritos

que conseguem produzir um discurso que descreve seu conhecimento processual.

Entendo que no campo de educação profissional há uso de uma didática que foi

produzida para a educação geral. Boa parte da produção didática existente pode acomodar

com certo sucesso o ensino de fatos, conceitos e princípios. Mas, quase nada existe sobre

ensino de processos.

E o autor conclui seu artigo dando um exemplo que as tendências contemporâneas de

reorganização da educação profissional estão valorizando sobremaneira os itens de educação

geral (fatos, conceitos e princípios). Estão, de outro modo, deixando a técnica de lado ou

opinando que ela não é tão importante dada a velocidade das mudanças que estamos

assistindo na organização do trabalho e no avanço tecnológico. Temo que esse modo de

pensar esconda uma tendência de esvaziar, cada vez mais, o trabalho de conteúdo. Acho que

já é hora de discutir mais a questão. Um repertório sólido de conhecimentos técnicos,

acompanhando uma educação geral consistente, talvez seja uma saída mais justa e inteligente.

Boletim Técnico do SENAC -2003

No ano de 2003 foi destacado o artigo “Competências, Qualificação e

Avaliação:Observações sobre Práticas Pedagógicas e Educação Profissional” (SARAIVA e

MANSSON, 2003). Nesse artigo aborda novos paradigmas na educação profissional.

Problematizando o formalismo de uma pedagogia centrada em conteúdo.

E destaca a avaliação com elemento estratégico para a democratização dos processos

educacionais e sociais. A avaliação, empregada em seu sentido de democratização do acesso

ao conhecimento, deve permitir que seja detectada a progressiva ampliação da compreensão

das temáticas estudadas pelos educandos, a fim de que sejam identificadas suas possíveis

insuficiências, um instrumento de importância expressiva, embora ainda não devidamente

utilizado pelos educadores em toda a sua potencialidade, vem a ser o portfólio.

Por fim, na prática da avaliação é preciso levar em conta que o cenário em que é

realizada, e mais ainda no contexto da educação profissional, não escapa ao que Bourdieu15

denominou de contradições entre os aparelhos econômicos e os sistemas de ensino,

contradições que nos permitem também considerar que se a cultura dominante é a "dos

compradores de força de trabalho", cuja hegemonia, lembrando-nos de Gramsci, nasce das

relações sociais presentes no "chão da fábrica" (e hoje, mais do que nunca, nos pisos dos

cursos de formação) também neste se visualizam perspectivas contra-hegemônicas dadas

sempre pelas relações sociais e não pela forma deste ou daquele modelo pedagógico.

Boletim Técnico do SENAC -2002

No ano de 2002 foi destacado o artigo “Conhecimento e Competências no Trabalho e

na Escola" ( KUENZER,2002).Que aponta uma nova dimensão a qual confere um novo

significado ao conceito de competência a partir das mudanças ocorridas no mundo do

trabalho, ao se pretender a inclusão: o domínio do conhecimento articulado ao

desenvolvimento das capacidades cognitivas complexas, ou seja, das competências relativas

ao domínio teórico.

Reforça-se, por este argumento, a afirmação feita acima, sobre o caráter parcial do

novo conceito de competência, uma vez que, embora apresentado como universal, inclusive

no discurso pedagógico oficial, refere-se a uma modalidade específica de trabalho: o

reestruturado, que demanda forte articulação entre as dimensões psicomotoras, cognitiva e

afetiva (fazer, saber e ser), para o que o domínio dos conhecimentos científico-tecnológicos e

sócio-históricos, adquirida através de extensa, continuada e bem qualificada escolaridade, é

fundamental.

Neste artigo, a pretensão é bem delimitada: apresentar para a discussão uma forma de

compreender a relação entre conhecimento e competências, a partir da pesquisa de campo que

vem sendo realizada na Refinaria Presidente Getúlio Vargas – REPAR, da Petrobras,6

iniciada em agosto de 2001, envolvendo operadores, técnicos, supervisores e gerentes, a partir

da exigência corporativa de certificação de competências no nível operacional. E, a partir

desta discussão, questionar as possibilidades do espaço escolar no desenvolvimento de

competências, tal como o proposto nas políticas educacionais vigentes.

Assim, os processos educativos escolares, sejam de educação geral, profissionais ou

ambas, se configuram como espaços de articulação com o conhecimento socialmente

produzido, enquanto produtos, e como espaços de apreensão das categorias de produção deste

conhecimento, enquanto processos metodológicos. São, por excelência, espaços da produção

teórica, do trabalho intelectual, sempre que possível articulado à práxis, mas sempre incapaz

de reproduzi-la em seu movimento e em sua complexidade. Não são, portanto, espaços de

desenvolvimento de competências, o que só poderá ocorrer através dos processos sociais e

produtivos. Não que a prática teórica, e o desenvolvimento das competências cognitivas

superiores não sejam de fundamental importância para o desenvolvimento de competências;

mas por si sós, são insuficientes.

A importância do trabalho teórico para o desenvolvimento de competências torna-se

mais evidentes quanto mais mediados por ciência e tecnologia sejam os processos sociais e

produtivos, tomando o saber tácito um novo significado que precisa ser mais bem pesquisado

em função das mudanças ocorridas no mundo do trabalho. Mesmo assim, a posse do saber

teórico, embora necessária, não é suficiente para produzir transformações na realidade; é

preciso que ele se transforme em ação, através de um ato de vontade.

Desconsiderar que o espaço para o desenvolvimento de competências é a prática

social e produtiva, atribuindo à escola esta responsabilidade, como propugnam as políticas

deste Governo, é prestar um desserviço aos trabalhadores, por se constituir em uma tarefa que

não é da sua natureza.

A escola é o lugar de aprender a interpretar o mundo para poder transformá-lo, a partir do

domínio das categorias de método e de conteúdo que inspirem e que se transformem em

práticas de emancipação humana em uma sociedade cada vez mais mediada pelo

conhecimento. O lugar de desenvolver competências, que por sua vez mobilizam

conhecimentos mas que com eles não se confundem, é a prática social e produtiva. Confundir

estes dois espaços, proclamando a escola como responsável pelo desenvolvimento de

competências, resulta em mais uma forma, sutil, mas extremamente perversa, de exclusão dos

que vivem do trabalho, uma vez que os filhos da burguesia desenvolvem suas capacidades

apesar da escola, que para muitos passa a ser apenas uma instituição certificadora; para os

trabalhadores, a escola se constitui no único espaço de relação intencional e sistematizada

com o conhecimento.

Cabe às escolas, portanto, desempenhar com qualidade seu papel na criação de

situações de aprendizagem que permitam ao aluno desenvolver as capacidades cognitivas,

afetivas e psicomotoras relativas ao trabalho intelectual, sempre articulado, mas não reduzido,

ao mundo do trabalho e das relações sociais, com o que certamente estarão dando a sua

melhor contribuição para o desenvolvimento de competências na prática social e produtiva.

Atribuir à escola a função de desenvolver competências é desconhecer sua natureza e

especificidade enquanto espaço de apropriação do conhecimento socialmente produzido, e

portanto, de trabalho intelectual com referência à prática social, com o que, mais uma vez, se

busca esvaziar sua finalidade, com particular prejuízo para os que vivem do trabalho.

Boletim Técnico do SENAC -2001

No ano de 2001 foi destacado o artigo “O modelo das competências profissionais no

mundo do trabalho e na educação: implicações para o currículo” (DELUIZ,2000).A autora

analisa o modelo das competências profissionais, discutindo diferentes enfoques das

competências. Ela afirma que a matriz crítico-emancipatória, a qual tem seus fundamentos

teóricos no pensamento crítico-dialético, e pretende não só ressignificar a noção de

competência, atribuindo-lhe um sentido que atenda aos interesses dos trabalhadores, mas

apontar princípios orientadores para a investigação dos processos de trabalho, para a

organização do currículo e para uma proposta de educação profissional ampliada.

E a identificação, definição e construção de competências profissionais não se pauta

pelas necessidades e demandas estritas do mercado, na ótica do capital, mas leva em conta a

dinâmica e as contradições do mundo do trabalho, os contextos macroeconômicos e políticos,

as transformações técnicas e organizacionais, os impactos socioambientais, os saberes do

trabalho, os laços coletivos e de solidariedade, os valores e as lutas dos trabalhadores. Desta

forma, investiga as competências no mundo do trabalho a partir dos que vivem as situações

de trabalho, ou seja, dos próprios trabalhadores, identificando os seus saberes formais e

informais, as suas formas de cultura e o patrimônio de recursos por eles acumulado

(aprendizados multidimensionais, transferências, reutilizações) nas atividades de trabalho.

A autora finaliza seu artigo afirmando que torna-se imprescindível enfrentar o desafio

de propor alternativas ao modelo de educação profissional vigente, calcado na noção de

competências em suas concepções não-críticas, que enfrentem e dêem respostas à dinâmica e

às transformações do mundo do trabalho, na perspectiva dos interesses dos protagonistas

sociais: os trabalhadores. A ressignificação da noção de competências é, portanto, uma tarefa

válida e urgente.

Boletim Técnico do SENAC -2000

No ano de 2000 foi destacado o artigo “Qualificação versus Competência”

(ARRUDA,2000). Ela aborda a questão da qualificação profissional, problematizando que a

nova conformação do mundo do trabalho inibe a mobilidade social e restringe a capacidade

de atuação coletiva dos trabalhadores e observa-se, ainda, um redimensionamento das

qualificações no interior dos processos de trabalho, que passam a privilegiar as atividades

simbólicas e de abstração em detrimento das atividades ditas concretas e passíveis de

codificação

A autora defende a idéia que a qualificação é um processo histórico, e como tal não

pode ser analisado desvinculado dos fatores que concorrem para sua construção. É resultante

de um processo de interatividade que não pode ser construído solitariamente, depende do

acesso efetivo a informações e processos referentes à qualificação desejada. Nesse sentido,

a possibilidade de um indivíduo se qualificar está mais próxima da sua história de vida e de

suas relações materiais de acesso do que de um desejo individual.

E no decorrer do novo modelo de qualificação profissional se apresenta não só

rompido com o paradigma de qualificação anterior, que privilegiava a especialização, como

também com o modelo comportamental requerido ao trabalhador. O silêncio e a

fragmentação de tarefas dão lugar à comunicação e à interatividade.

E nisso, o setor produtivo vem solicitando à área educacional um modelo de educação

que contemple a nova conformação do mundo do trabalho. O novo modelo da competência

representaria a superação do paradigma da polarização das qualificações, à medida que estas

deixam de ser o elemento definidor dos postos de trabalho e dos salários. O coletivo cede

lugar ao individual e a competência emerge como tradutora da eficiência e produtividade do

indivíduo, um instrumento absorvido e identificado com os objetivos empresariais. Enquanto

a qualificação estaria atrelada a um sistema de classificação de cargos e de remuneração que

privilegiaria o trabalhador, a competência parece ligada aos objetivos e metas da organização

e à capacidade do indivíduo em responder adequadamente a esses objetivos.

A demanda do setor produtivo por uma força de trabalho mais educada traz embutido

um ganho para o conjunto da sociedade, que pode ser traduzido pelo aumento da qualificação

média dos trabalhadores. Aumento este que pode abrir espaço para uma reflexão crítica sobre

o modelo econômico atual e para a articulação de alternativas, pois apesar da importância

atribuída pelo setor produtivo ao conhecimento, a hierarquização e verticalização

(capitalistas) ainda se fazem presentes. Dentro dessa dinâmica, a autonomia, a mobilidade e a

flexibilidade parecem ter traduções diversas e diversificadas, que não são automaticamente

congruentes ou interrelacionais. O grande desafio parece residir na identificação e valorização

de articulações que resultem em ganhos que abarquem todos os atores sociais

Portanto, o principal objetivo deste relatório foi identificar quais as finalidades

das práticas avaliativas e formativas, se desenvolvendo a partir de atividades

racionalmente definidas, dentro de uma orientação política e decisória a favor da

competência de todos para a participação democrática da vida social (Luckesi). Deste

modo, buscamos adquirir um aporte teórico mais consistente com o intuito de identificar

como as práticas avaliativas e formativas se configuram na formação profissional no

trabalhador técnico.

PUBLICAÇÕES:

• Resumo de pesquisa “A Didática da Educação Profissional de Nível Técnico na Escola Técnica Estadual Magalhães Barata-Pará”, apresentado no IV Seminário sobre Trabalho e Educação: a Pedagogia da Práxis e a Didática da Educação Profissional, do Instituto de Ciências da Educação da Universidade Federal do Pará, nos dias 11 e 12 de setembro de 2008.

Autores: Profº Dr. Ronaldo Marcos de Lima Araujo e Profº Dr. Gilmar Pereira da Silva • Resumo de pesquisa “A Didática da Educação Profissional de Nível Técnico na

Escola Técnica Estadual Magalhães Barata-Pará”, no IV Seminário sobre Trabalho e Educação: a Pedagogia da Práxis e a Didática da Educação

Profissional, do Instituto de Ciências da Educação da Universidade Federal do Pará, nos dias 11 e 12 de setembro de 2008, participando na organização do evento.

Autores: Profº Dr. Ronaldo Marcos de Lima Araujo e Profº Dr. Gilmar Pereira da Silva • Resumo de pesquisa “A Didática da Educação Profissional de Nível Técnico na

Escola Técnica Estadual Magalhães Barata-Pará” publicado no XVIII Seminário de Iniciação Científica da UFPA, realizado no período de 20 a 24 de outubro de 2008.

Autores: Prof. Dr. Ronaldo Marcos de Lima Araujo (Orientador) e Manuela Tavares Santos (bolsista PIBIC / CNPq).

• Oficina: Semana Acadêmica de Pedagogia. ”Pedagogia para a sociedade: educar para transformar”. Realizada no período de 25 a 29 de agosto de 2008

Autores: Prof. Dr. Ronaldo Marcos de Lima Araujo (Orientador), Adriane Suely Rodrigues do Nascimento (bolsista PIBIC / CNPq) e Manuela Tavares Santos (bolsista PIBIC / CNPq)

• Resumo da pesquisa “A Didática da Educação Profissional de Nível Técnico na Escola Técnica Estadual Magalhães Barata-Pará”, publicado no VII Seminário Nacional de Políticas Educacionais e Currículo, realizado no período de 17 a 19 de dezembro de 2008.

Autores: Prof. Dr. Ronaldo Marcos de Lima Araujo (Orientador) e Manuela Tavares Santos (bolsista PIBIC / CNPq). Participação em Eventos

• 7º Seminário Nacional de Políticas Educacionais e Currículo Período: 17 a 19 de dezembro de 2008 Local: HANGAR – Centro de Convenções da Amazônia ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS

• COLÓQUIO “A Pesquisa em Trabalho, Educação e Políticas Educacionais” realizado no

Auditório Setorial Profissional da UFPA, no período de 15 a 16 de abril de 2009.

ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NOS PRÓXIMOS MESES

Nos próximos meses, de acordo com o cronograma de atividades do plano de trabalho,

as atividades que deverão ser desenvolvidas são: pesquisa de campo; sistematização e

análise dos dados coletados em confronto com o referencial teórico eleito

VIII – CONSIDERAÇÕES EM PROCESSO

Em conformidade com os resultados alcançados, considerando-se os objetivos

propostos para o trabalho, pode ser percebido que estes foram alcançados de forma

relevante, de modo que foi possível, refletirmos sobre o processo de ensino-

aprendizagem, em especial nos cursos técnicos; a efetivação das práticas formativas e

suas implicações para a formação, no que se refere às novas demandas por qualificação

profissional dos trabalhadores e o que tem servido de referência para as práticas

formativas e como estas se efetivam na prática.

Após a discussão desenvolvida acerca da avaliação educacional no ensino

técnico, pode-se compreender os apectos relevantes que devem nortear o processo de

avaliação desenvolvido no ensino médio técnico, objetivando não apenas verificar se

tais educandos estão apreendendo os conhecimentos necessários à sua formação

profissional, mas se há sucesso em relação ao processo de ensino e aprendizagem ao ser

efetivado no decorrer do curso, alcançando assim uma formação balizada na

empregabilidade, cidadania e politecnia.

Esta pesquisa buscou identificar como está se desenvolvendo a formação do

profissional técnico a partir das práticas avaliativas realizadas. Quais as característas

destas práticas, quais os critérios utilizados pelos professores ao avaliarem os estudantes

da escola, quais os métodos de avaliação peculiares à educação profissional.

Arroyo (1999) expõe que

[...] estamos no tempo em que se retoma a centralidade da educação como principal via para sair da crise do desemprego, para o reajuste do trabalho à globalização. Essa retomada vem de empresários, economistas, gestores pouco sensíveis às funções igualitárias, sociais e culturais da educação, o que tende a reforçar nos setores progressistas a crença pelo avesso no sempre reiterado papel da educação e do ajuste entre a escola e a lógica da produção de, para alienar, adestrar, integrar o trabalhador na lógica produtiva [...] (pág 21).

Dentro desta perspectiva, o trabalhador recebe uma educação voltada para a

alienação/conformação, aceitando de imedianto uma formação voltada a atender o

mercado capitalista, desconsiderando importantes saberes que influenciarão em todos os

segmentos de sua vida: cognitivo, pessoal, físico, psicológico, social.

Levando em consideração que a avaliação da aprendizagem é essencial e

realizada nas mais diversas etapas e modalidades, os alunos devem estar preparados

para a avaliação contínua de sua aprendizagem, pois esta deve verificar constantemente

como está se dando o processo de ensino e aprendizagem, favorecendo uma formação

que atenda às suas expectativas enquanto trabalhador e indivíduo social.

IX - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, Mirian Maia do; VILARINHO, Amaral e Lúcia Regina Goulart. Surfando na Sociedade da Informação e do Conhecimento: a questão das competências docentes. IN:Boletim Técnico do SENAC.vol.34.nº 1- Janeiro/Abril,2008. APRILE, Maria Rita;BARONE, Rosa Elisa Mirra . Educação Profissional no Brasil e opções metodológicas de pesquisa: elementos para o debate.IN: Boletim Técnico do SENAC.vol.32.n°1-Janeiro/Abril,2006.

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Parecer do orientador:

Prof. Dr. Ronaldo Marcos de Lima Araujo