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AVALIAÇÃO DE ACARICIDAS NO CONTROLE DO ÁCARO Tetranychus urticae KOCH (Acari: Tertranychidae) FITÓFAGO DO PIMENTÃO Capsicum annuum L. EVALUATION OF ACARICIDES IN MITE CONTROLTetranychus urticae KOCH (Acari: Tertranychidae) PHYSIOPHAGE OF PEPPER Capsicum annuum L. Luiz Fernando Pacheco - [email protected] Thiago Henrique Souza Alves – [email protected] Graduando em Engenharia Agronômica – Unisalesiano Lins Prof.ª Ma. Elisete Peixoto de Lima – Unisalesiano Lins - [email protected] Prof. Marcos José Ardenghi – Unisalesiano Lins - [email protected] Resumo O ácaro rajado, Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae) é uma das principais pragas na cultura do pimentão Capsicum annuum L, essa praga tem trazido prejuízos econômicos significativos aos produtores. A principal forma de combater o ácaro rajado na cultura do pimentão é por meio de aplicação de produtos químicos. O uso contínuo de defensivos químicos eleva o custo da produção e pode provocar resistência do T. urticae, tornando o controle ainda mais difícil. O presente experimento objetiva fornecer subsídios técnicos para o controle do T. urticae na cultura do pimentão, estudar a flutuação populacional do ácaro rajado T. urticae e avaliar, sob condições de laboratório, a eficiência de inseticidas/acaricidas na mortalidade de ovos e fêmeas adultas do ácaro rajado. O experimento foi conduzido no laboratório de microscopia do Salesiano de Lins, período no qual foram realizados levantamentos de campo e análises laboratoriais. Palavras-chave: Controle químico. Tetranychus urticae. Pimentão. Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul- dez de 2016

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AVALIAÇÃO DE ACARICIDAS NO CONTROLE DO ÁCARO Tetranychus urticae

KOCH (Acari: Tertranychidae) FITÓFAGO DO PIMENTÃO Capsicum annuum L.

EVALUATION OF ACARICIDES IN MITE CONTROLTetranychus urticae KOCH (Acari: Tertranychidae) PHYSIOPHAGE OF PEPPER Capsicum annuum L.

Luiz Fernando Pacheco - [email protected]

Thiago Henrique Souza Alves – [email protected]

Graduando em Engenharia Agronômica – Unisalesiano Lins

Prof.ª Ma. Elisete Peixoto de Lima – Unisalesiano Lins - [email protected]

Prof. Marcos José Ardenghi – Unisalesiano Lins - [email protected]

Resumo

O ácaro rajado, Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae) é uma das principais pragas na cultura do pimentão Capsicum annuum L, essa praga tem trazido prejuízos econômicos significativos aos produtores. A principal forma de combater o ácaro rajado na cultura do pimentão é por meio de aplicação de produtos químicos. O uso contínuo de defensivos químicos eleva o custo da produção e pode provocar resistência do T. urticae, tornando o controle ainda mais difícil. O presente experimento objetiva fornecer subsídios técnicos para o controle do T. urticae na cultura do pimentão, estudar a flutuação populacional do ácaro rajado T. urticae e avaliar, sob condições de laboratório, a eficiência de inseticidas/acaricidas na mortalidade de ovos e fêmeas adultas do ácaro rajado. O experimento foi conduzido no laboratório de microscopia do Salesiano de Lins, período no qual foram realizados levantamentos de campo e análises laboratoriais. Palavras-chave: Controle químico. Tetranychus urticae. Pimentão.

Abstract

The twospotted spider mite, Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae) is one of the main pests in the Capsicum annuum L. bell pepper crop, and has brought significant economic harm to producers. The main way to combat the twospotted spider mite in the bell pepper crop is through the application of chemicals. The continuous use of chemical pesticides raises the cost of production and may provoke T. urticae resistance, making control even more difficult. The present experiment aims to provide technical support for the control of T. urticae in the bell pepper crop, to study the population fluctuation of T. urticae and to evaluate, under laboratory conditions, the efficiency of insecticides/acaricides in the mortality of eggs and adult females of the twospotted spider mite. The experiment was conducted in

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the Microscopy laboratory of the Salesiano de Lins, during which field surveys and laboratory analysis were performed.Keywords: Chemical control. Tetranychus urticae. Bell pepper.

IntroduçãoO pimentão (Capsicum annuum) é uma das hortaliças de maior consumo no

Brasil, sendo cultivado em praticamente todos os estados brasileiros (Minas Gerais,

Goiás, São Paulo, Ceará, Rio Grande do Sul, Bahia e Sergipe), tendo a região

sudeste como o principal polo produtor de frutos do pimentão, devido aos grandes

centros consumidores estarem localizados nesta região, ocupando significante área

de plantio, tanto em sistema de ambiente protegido como em campo aberto.

Anualmente, a área cultivada com pimentões do gênero Capsicum no Brasil gira em

torno de cinco mil hectares, permitindo uma produção de 75 mil toneladas, com

produtividade média de 15 t/ha. (EMPRABA, 2007).

Originário do continente americano, C. annuum, pertence à família das

solanáceas e sua espécie é perene, porém cultivada como cultura anual

(FILGUEIRA, 2008). É uma olerácea de frutos que podem ser consumidos verdes ou

maduros, crus em saladas, no preparo de molhos, cozidos ou assados. O pimentão

é uma planta arbustiva, com caule semilenhoso, cujo porte situa-se entre 50-150 cm

de altura. É uma planta normalmente autopolinizada, embora a taxa de cruzamento

possa tornar-se elevada, dependendo da ação de insetos polinizadores. O sistema

radicular é pivotante, podendo atingir até 120 cm de profundidade, enquanto o caule

pode ultrapassar 1 m de altura. As flores são pequenas, de cor branca, isoladas,

apresentam os dois sexos (hermafroditas) e são autógamas. O fruto é uma baga oca

de formato alongado ou cúbico (FIGUEIRA, 2003). O valor nutritivo do pimentão

deve-se a presença de vitaminas, em especial a vitamina C, essencial à saúde

humana cujo teor pode chegar até 15 g/kg de peso seco, além de 10% de proteína

(EL-SAEID, 1995).

O ciclo da cultura desde a semeadura até o início da colheita dos frutos

verdes é de 100-110 dias. O período pode ser prolongado na produção de frutos

maduros, de coloração vermelha, amarela ou outra cor. O ideal é que o clima seja

quente e úmido, com temperaturas entre 21ºC e 30ºC, com alta luminosidade e sol.

O solo leve, profundo, bem drenado, fértil, rico em matéria orgânica e pH entre 5,5 e

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6,8. As sementes de pimentão podem ser semeadas diretamente no local definitivo,

mas como as mudas são relativamente frágeis, é recomendado o plantio em

sementeiras. As sementes devem ficar aproximadamente 0,5 cm de profundidade no

solo e a germinação geralmente ocorre em 1 a 3 semanas. O transplante para o

local definitivo é feito quando as mudas de pimentão atingem aproximadamente 10

cm. O espaçamento recomendado é de 80 a 120 cm entre as linhas de plantio e 40

a 60 cm entre as plantas, variando com o cultivar e as condições de cultivo. É

recomendado fazer o tutoramento das plantas para evitar que os frutos acabem

tocando o solo se as plantas ou seus ramos tombarem. Retirar plantas invasoras

que estiverem competindo por recursos e nutrientes. A colheita prolonga-se por 3-6

meses dependendo do estado fitossanitário e nutricional das plantas (FILGUEIRA,

2008).

O aumento expressivo na produção desse fruto nos mercados consumidores

(interno e externo) tem favorecido o aumento na ocorrência de pragas associadas à

cultura, podendo comprometer a produção e a qualidade dos frutos. Várias espécies

de pragas encontram-se associadas à cultura do C. annuum e dentre elas pode-se

destacar como uma das principais o ácaro rajado Tetranychus urticae Koch (Acari:

Tetranychidae), fitófago que pode ser encontrado em clima tropical e temperado em

mais de 150 plantas, ocorrendo ao longo de todo o período de cultivo, causando

danos diretos e indiretos o que resulta em prejuízos aos produtores. (CRISÓSTOMO

et al., 2008). Esta praga tem trazido grandes perdas não só para os produtores de

pimentão, mas a diversos tipos de culturas, tais como algodão, feijão, mamão,

morango, maçã, plantas ornamentais, dentre outras. Genótipos de C. annuum L

apresentaram maior suscetibilidade ao ataque de ácaros Polyphagotarsonemus

latus e Tetranychus urticae quando comparado com os genótipos C. baccatum, C.

chinensis, C. frutescens (LIMA, FILHO, CAFÉ, 2003, 1158 p.). Os ácaros geralmente causam prejuízos quando a combinação de fatores

climáticos como a alta temperatura, baixa umidade e ausência de chuvas favorecem

o crescimento populacional, além do desequilíbrio ambiental provocado pelo uso

constante de inseticidas nas lavouras, que favorecem o crescimento populacional da

praga. (COSTA et al.,2007).

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Os sinais sobre as plantas são facilmente reconhecidos, pois T. urticae

produz teia que os protege de seus predadores, uma vez que muitos destes não

conseguem movimentar-se entre os fios da teia, impedindo o estabelecimento de

outra espécie no mesmo lugar, como por exemplo, Panonychus ulmi, que não se

estabelece em áreas ocupadas por T. urticae. A teia produzida em grande

quantidade, os protege também da ação das chuvas, dificultando que gotículas

atinjam a colônia, além de facilitar o encontro da fêmea pelo macho e a dispersão

dos ácaros. (MORAES; FLECHTMANN, 2008).

Os T. urticae, popularmente conhecidos como ácaros rajados, são

considerados pragas agrícolas, pois se alimentam perfurando com os estiletes

principalmente as células da epiderme foliar abaxial de folhas jovens da parte apical

das plantas, nos brotos terminais, sugando o conteúdo celular e os cloroplastos,

impedindo a realização da fotossíntese, sobrando apenas uma pequena quantidade

de material celular residual que coagula formando uma massa branco-amarelada em

todo limbo foliar, com posterior necrose, podendo também causar deformidades nas

flores e nos frutos, provocando sua queda e, consequentemente, comprometendo a

produção. Em ataques intensos podem ocasionar a seca das folhas, as quais caem

prematuramente, reduzindo a área foliar, afetando o desenvolvimento, a

produtividade e podendo causar a morte da planta, devido à exposição dos frutos à

ação dos raios solares, prejudicando a qualidade dos mesmos. (BACCI et al., 2007).

Os adultos de T. urticae podem ser vistos a olho nu, pois medem cerca de 0,6

mm e apresentam acentuado dimorfismo sexual, sendo as fêmeas ovaladas e

robustas com cerca 0,5 mm de comprimento, de coloração verde/amarelada

apresentando um par de manchas verde-escuras no dorso; os machos são menores

e mais esguios medindo cerca de 0,3 mm de comprimento. A reprodução pode ser

sexuada ou partenogênica e as fêmeas colocam seus ovos, de formato esférico e

coloração amarelada, entre os fios. (FLECHTMANN, 1972).

“As fêmeas de muitos ácaros tetraniquídeos tecem apreciável

quantidade de teias, recobrindo parcialmente a superfície das

folhas, depositando os ovos entre os fios da teia. Aquelas que

não tecem teias depositam os ovos diretamente sobre as

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folhas, abrigando-os entre a pilosidade ou junto à nervura das

folhas”. (FLECHTMANN, 1972, p. 23)

Segundo Flechtmann (1972) os ovos do ácaro rajado são esféricos, medindo

cerca de 0,14 mm de diâmetro, sendo quase transparentes quando recém-postos na

face abaxial das folhas e a medida que a incubação progride vão se tornando

opacos e vítreos e pouco antes da eclosão das larvas, tornam-se amarelados,

deixando ver nitidamente as duas manchas oculares, vermelho- escuras, do

embrião. O período de incubação está diretamente relacionado à temperatura do

ambiente e ao regime de chuvas, variando de 4 dias à temperatura de 23ºC a 18

dias a 13ºC.

A larva recém-eclodida tem apenas três pares de pernas, é esférica e

apresenta um tamanho semelhante ao do ovo, é incolor e transparente, exceto as

duas manchas ocelares, vermelhas. À medida que se alimenta vai gradativamente

mudando de cor, primeiramente para verde claro, depois verde escuro chegando a

quase preto. (FLECHTMANN, 1972).

O estágio larval tem a duração de 1 dia à temperatura de 23ºC,

variando até 9 dias para machos e 11 dias para fêmeas à

temperatura de 13ºC. A protoninfa é maior e mais oval do que a

larva; apresenta quatro pares de patas. De início é de

coloração verde-clara e , à medida que se alimenta, vai

escurecendo. As duas manchas oculares são maiores e mais

pronunciadas do que na larva. Passando por uma fase imóvel,

sofre a segunda ecdise, resultando na deutoninfa. O tempo

mínimo para o desenvolvimento do primeiro estágio ninfal é de

1 dia, para ambos os sexos, à temperatura de 24ºC ou pouco

acima; à temperatura de 10ºC o estágio de protoninfa tem

duração de 7 dias para os machos e 13 dias para as fêmeas.

(FLECHTMANN, 1972, p. 25).

De acordo com o observado por Flechtmann (1972), as fêmeas são maiores,

mais volumosas e arredondadas e exibem as manchas ocelares mais pronunciadas

que as dos machos, que apresentam a região do opistossoma afilada para a região.

O desenvolvimento de ovo a adulto, para T. urticae, leva de 5 a 20 dias para os

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machos e de 5 a 50 dias para as fêmeas. A longevidade das fêmeas está ao redor

de 10 a 30 dias e a dos machos de 15 a 40 dias. A proporção dos sexos, durante os

períodos mais favoráveis para o desenvolvimento, é de 53% fêmeas para 47% de

machos.

BOUDREAUX (1958) relatou que as fêmeas em oviposição põem um número

maior de ovos e têm maior longevidade quando se encontram em atmosfera de

baixa umidade relativa à eclosão dos ovos não é afetada por extremos de umidade e

as larvas recém-nascidas sobrevivem precariamente em ambientes de elevada

umidade. Os resultados são explicados com base na habilidade do ácaro de ingerir

maior quantidade de alimento em ambiente de baixa umidade pela eliminação de

água através da evaporação pela cutícula. Assim se explica o desenvolvimento de

grandes populações desses ácaros em casas de vegetação em que há intensa

circulação de ar renovado.

Flechtmann (1972) discute que o efeito entre o teor de minerais de

alimentação e o crescimento da população de T. urticae ainda não é bem conhecido.

De maneira geral a boa condução da cultura, com fertilização adequada e bons

tratos culturais, leva a um aumento da população desses ácaros. Observou-se

também que em pomares abandonados os ácaros são geralmente escassos.

Também se verificou que certas espécies são favoravelmente influenciadas por

elevado teor de nitrogênio e fósforo nas folhas da planta hospedeira e o nível de

potássio parece não afetar estas populações.

A maioria dos tetraniquídeos de importância econômica

alimenta-se a partir da face abaxial das folhas, inclinando o

corpo para frente, num ângulo de cerca de 60º com a superfície

foliar, apoiando-se sobre o rostro o primeiro e o segundo pares

de patas, as patas do terceiro e quarto pares ficam no ar. Esta

posição parece favorecer a penetração dos estiletes no tecido

foliar. Devido à turgescência das células, parte do seu

conteúdo vem à superfície foliar, o ácaro encosta a abertura

oral (rostro) nesta gotícula sugando-a. O dano limita-se às

células perfuradas. (FLECHTMANN, 1972).

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De acordo com Moraes e Fletchtmann (2008), sua disseminação se dá pelo

vento, de forma natural ou pelo contato entre a folhagem das plantas, por meio de

estruturas vegetais infestadas e transportadas de uma área para outra ou, ainda, por

meio de ferramentas e utensílios, especialmente nas casas de vegetação.

A fim de se verificar a intensidade da infestação da lavoura pelo ácaro rajado

devem-se realizar diversas amostragens coletando-se uma folha por planta no terço

mediano do vegetal, avaliando-se cinco exemplares por ponto amostral em um total

de 20 pontos de amostragem por talhão, totalizando 100 plantas. É importante

avaliar a presença de adultos e ninfas, em 1 cm2 de área do limbo foliar na face

abaxial da folha, com auxílio de uma lupa de aumento de 10 x. O controle dessas

espécies deve ser realizado quando forem observados, em média, 10 ou mais

ácaros ou ovos por folha. (EMBRAPA, 2007).

Para o controle do ácaro rajado frequentemente utiliza-se de um controle

químico muitas vezes ineficiente com a aplicação de acaricidas, o que pode

favorecer, segundo Zhang (2003) a rápida evolução da resistência aos produtos

químicos, principalmente pela limitação no uso de acaricidas na cultura do pimentão

tendo somente a abamectina com registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (MAPA) sob nº 05501 para o controle do ácaro, os produtores podem

elevar as doses, o que causa riscos a quem aplica, ao ambiente e aos

consumidores, que não tem a garantia de adquirir e consumir um produto isento de

contaminantes. (KIM; LEE, 2006).

Para controlar o ácaro rajado, assim como outras pragas que atacam a

cultura de C. annuum, devem-se priorizar diversas estratégias de controle cultural,

como o uso de sementes sadias e isentas de viroses, variedades ou híbridos de

ciclo curto e bom nível de resistência, eliminação de plantas com sintomas de

ataques, de plantas daninhas e de hospedeiros silvestres; produção de mudas em

locais protegidos; isolamento de talhões, adubação equilibrada, manejo adequado

da irrigação, colheita antecipada, destruição de restos culturais e rotação de

culturas, além de técnicas físicas e mecânicas como a implantação de barreiras

vivas e uso da irrigação por aspersão para controle mecânico dos ácaros e de

controles alternativos e biológicos. (EMPRABA, 2007).

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A principal forma de combater as pragas na cultura do pimentão é por meio

de aplicação de produtos químicos, em que se tem verificado o emprego intensivo

de agrotóxicos. O pimentão encontra-se nos primeiros lugares do ranking de

alimentos que apresentam os mais altos índices de agrotóxicos. Em pesquisa feita

pela Agência Nacional da Vigilância Sanitária (ANVISA) (BRASIL 2013), das 190

amostras analisadas na cultura do pimentão, 90% apresentaram irregularidades, tais

como ingrediente ativo não autorizado e ingrediente ativo acima do limite autorizado,

ou ambos. Com resultado do prolongado uso de pesticidas e práticas de manejo

inadequadas, surgem vários problemas, como o prejuízo das funções ecológicas de

polinização e controle biológico, além de resistência de pragas a inseticidas,

tornando o controle ainda mais difícil. (KRUESS; TSCHARNTKE, 1994; POVEDA;

GÓMEZ; MARTÍNEZ, 2008; TILMAN et al., 2002), (MARTINS et al., 2012).

Para poder reduzir as perdas econômicas causadas pelo ácaro T. urticae em

lavouras de pimentão (C. annuum L) os produtores tem utilizado aplicações

contínuas dos defensivos químicos, elevando o custo da produção e aumentando a

probabilidade do T. urticae desenvolver resistência aos acaricidas empregados em

seu controle, podendo também contribuir para que o fruto exceda o limite máximo

permitido de resíduos químicos, causando a contaminação ambiental, intoxicação do

consumidor e do trabalhador rural.

O maior problema associado ao controle químico do ácaro rajado está em seu

elevado potencial reprodutivo e devido ao seu ciclo de vida ser curto, onde acaba

favorecendo o desenvolvimento da resistência aos acaricidas (STUMPF; NAUEN,

2001).

Objetivos da pesquisa- Fornecer subsídios técnicos para o manejo integrado de T. urticae na cultura do

pimentão;

- Estudar a flutuação populacional do ácaro rajado T. urticae;

- Avaliar, sob condições de laboratório, a eficiência de inseticidas/acaricidas na

mortalidade de ovos e fêmeas adultas do ácaro rajado;

Metodologia

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O estudo foi realizado entre agosto de 2015 e julho de 2016, mediante coletas

de folhas de pimentão infestadas com ácaros vivos e adultos e folhas infestadas

com ovos, nos meses de fevereiro a abril de 2016, em uma propriedade rural no

Bairro Água Quente, município de Pirajuí-SP, sendo que essa propriedade foi

selecionada por ter adotado diferentes sistemas de produção de pimentão e de

controle de ácaros Tetranychus urticae.

As amostras de folhas das plantas foram coletadas, depositadas em sacos de

papel pardo fosco, acondicionados em sacos plásticos e transportadas no interior de

uma caixa térmica contendo gelo reutilizável para o Laboratório de Microscopia do

Centro Universitário Católico Auxilium de Lins (Unisalesiano). As superfícies, adaxial

e abaxial das folhas, foram examinadas sob microscópio estereoscópico para

identificação verificação e contagem dos ácaros e ovos. Os ácaros foram retirados

das folhas infestadas com o auxílio de pincel fino número zero e inseridos nos discos

de papel filtro com folhas de pimentão imersas nas caldas dos acaricidas e nas

folhas que serviram de testemunha. As análises do efeito dos acaricidas e contagem

dos ácaros foram realizadas sob microscópio óptico e toque com pincel de pelo fino

após 24, 48 e 72 horas.

PARTE EXPERIMENTAL: LABORATÓRIO DE MICROSCOPIA – UNISALESIANO, LINS/SP.

INSETICIDAS/ACARICIDAS UTILIZADOSForam avaliados os seguintes produtos: Abamectin nortox 18 g/L de

avermectinas, Omite 720 CE 6,0 g de i.a Propargito - sulfito de alquila com as

dosagens recomendadas pelos fabricantes para os ingredientes ativos

AVALIAÇÃO DO EFEITO DE INSETICIDAS/ACARICIDAS SOBRE OVOS DO ÁCARO RAJADO

De discos de folhas de pimentão com 3,5 cm de diâmetro, foram retirados os

ácaros adultos e deixando-se em torno de 30 ovos por arena (placas de Petri). Os

discos foram imersos nas respectivas caldas dos produtos e a folha-testemunha foi

imersa em água destilada durante cinco segundos, sob leve agitação, e secos em

temperatura ambiente por 30 minutos (GRAFTON-CARDWELL e HOY, 1983). Após

esse período, os discos foram postos sobre papel de filtro, sobrepostos em esponja

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saturada com água, no interior de bandejas plásticas. As avaliações foram feitas 24,

48 e 72h após a aplicação dos produtos, mediante a quantificação do número de

larvas eclodidas. Os resultados foram submetidos à análise de variância (ANOVA).

AVALIAÇÃO DO EFEITO DE INSETICIDAS/ACARICIDAS SOBRE FÊMEAS ADULTAS DO ÁCARO RAJADO

Cada disco de folha pimentão foi imerso nas caldas preparadas com os

inseticidas/acaricidas segundo a metodologia sugerida por GRAFTON-CARDWELL

e HOY (1983) e infestados com 15 fêmeas adultas do ácaro rajado. A mortalidade

das fêmeas foi avaliada após 24, 48 e 72h, sendo considerados mortos os ácaros

que não se movessem vigorosamente, após leve toque com pincel de pelo fino. A

morte eventual de ácaros na água foi corrigida pela mortalidade na testemunha

(ABBOTT, 1925). O delineamento utilizado será inteiramente casualizado em

esquema fatorial, constando de dois tratamentos e três repetições. Os resultados

foram submetidos à análise de variância (ANOVA).

Resultados

Tabela 01 – Resultado da aplicação de Abamectina sobre ovos e adultos do T. Urticae.

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ABAMECTINATRATAMENTO AVALIAÇÃO AB 24 AB 48 AB 72

OVO 1ª 2,00000 0,00000 0,00000OVO 2ª 2,00000 0,00000 0,00000OVO 3ª 2,00000 0,00000 0,00000ADULTO 1ª 1,00000 0,00000 0,00000ADULTO 2ª 9,00000 6,00000 3,00000ADULTO 3ª 3,00000 1,00000 0,00000

Anova: fator único

GRUPO CONTAGEM SOMA MÉDIA VARIÂNCIAABAMECTINA 24 HORAS 6 19,00000 3,16667 8,56667ABAMECTINA 48 HORAS 6 7,00000 1,16667 5,76667ABAMECTINA 72 HORAS 6 3,00000 0,50000 1,50000

ANOVAFONTE DA VARIAÇÃO SQ gl MQ F valor-P F crítico

ENTRE GRUPOS 23,11111 2 11,55556 2,18947 0,14646 3,68232DENTRO DOS GRUPOS 79,16667 15 5,27778

TOTAL 102,27778 17

HORAS APÓS A APLICAÇÃO

RESUMO

Fonte: Elaborada pelo autor

* H: Hora

Os resultados da tabela 01 indicam boa eficiência do abamectina no controle

do ácaro Tetranychus urticae KOCH (Acari: Tertranychidae) em laboratório no

decorrer de 24H, 48H e 72H. Na avaliação de 48H já mostra boa eficiência no

controle de ovo. Não há necessidade de aplicar o teste Tukey para comparar as

médias.

Tabela 02 – Resultado da aplicação de Omite sobre ovos e adultos do T. Urticae.

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OMITETRATAMENTO AVALIAÇÃO OM 24 OM 48 OM 72

OVO 1ª 1,00000 0,00000 0,00000OVO 2ª 1,00000 0,00000 0,00000OVO 3ª 2,00000 0,00000 0,00000ADULTO 1ª 2,00000 0,00000 0,00000ADULTO 2ª 10,00000 4,00000 2,00000ADULTO 3ª 1,00000 0,00000 0,00000

Anova: fator único

GRUPO CONTAGEM SOMA MÉDIA VARIÂNCIAOMITE 24 HORAS 6 17,00000 2,83333 12,56667OMITE 48 HORAS 6 4,00000 0,66667 2,66667OMITE 72 HORAS 6 2,00000 0,33333 0,66667

ANOVAFONTE DA VARIAÇÃO SQ gl MQ F valor-P F crítico

ENTRE GRUPOS 22,11111 2 11,05556 2,08595 0,15874 3,68232DENTRO DOS GRUPOS 79,50000 15 5,30000

TOTAL 101,61111 17

RESUMO

HORAS APÓS A APLICAÇÃO

Fonte: Elaborada pelo autor

* H: Hora

Os resultados da tabela 01 indicam boa eficiência do Omite no controle do

ácaro Tetranychus urticae KOCH (Acari: Tertranychidae) em laboratório no decorrer

de 24H, 48H e 72H. Na avaliação de 48H já mostra uma boa eficiência no controle

de ovo. Não há necessidade de aplicar o teste Tukey para comparar as médias.

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Tabela 03 – Resultado da aplicação de H2O sobre ovos e adultos do T. Urticae.TESTEMUNHA H2O

TRATAMENTO AVALIAÇÃO H2O 24 H2O 48 H2O 72OVO 1ª 2,00000 0,00000 0,00000OVO 2ª 2,00000 0,00000 0,00000OVO 3ª 2,00000 7,00000 8,00000ADULTO 1ª 1,00000 0,00000 0,00000ADULTO 2ª 16,00000 8,00000 7,00000ADULTO 3ª 7,00000 2,00000 1,00000

Anova: fator único

GRUPO CONTAGEM SOMA MÉDIA VARIÂNCIAH2O 24 HORAS 6 30,00000 5,00000 33,60000H2O 48 HORAS 6 17,00000 2,83333 13,76667H2O 72 HORAS 6 16,00000 2,66667 14,26667

ANOVAFONTE DA VARIAÇÃO SQ gl MQ F valor-P F crítico

ENTRE GRUPOS 20,33333 2 10,16667 0,49486 0,61927 3,68232DENTRO DOS GRUPOS 308,16667 15 20,54444

TOTAL 328,50000 17

HORAS APÓS A APLICAÇÃO

RESUMO

Fonte: Elaborada pelo autor

* H: Hora

Na tabela 03 (testemunha), pode-se notar que ao longo das 72H, reduziu pela

metade a quantidade de adulto do ácaro Tetranychus urticae KOCH (Acari:

Tertranychidae), mas continua uma quantidade significativa para afetar a

produtividade, pois se observa que os adultos depositaram mais ovos, aumentando

o número de ovos.

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Tabela 04 – Resultado médio das aplicações sobre ovos e adultos do T. Urticae.

RESULTADOS DAS APLICAÇÕESTRATAMENTO AVALIAÇÃO ABAMECTINA OMITE H2O

OVO 1ª 0,66670 0,33330 0,66670OVO 2ª 0,66670 0,33330 0,66670OVO 3ª 0,66670 0,66670 5,66670ADULTO 1ª 0,33330 0,66670 0,33330ADULTO 2ª 6,00000 5,33330 10,33330ADULTO 3ª 1,33330 0,33330 3,33330

Anova: fator único

GRUPO CONTAGEM SOMA MÉDIA VARIÂNCIAABAMECTINA 6 9,66670 1,61112 4,72961OMITE 6 7,66660 1,27777 3,97404H2O 6 21,00000 3,50000 15,49991

ANOVAFONTE DA VARIAÇÃO SQ gl MQ F valor-P F crítico

ENTRE GRUPOS 17,23465 2 8,61732 1,06811 0,36840 3,68232DENTRO DOS GRUPOS 121,01780 15 8,06785

TOTAL 138,25245 17

RESUMO

Fonte: Elaborada pelo autor

* H: Hora

Mesmo não havendo diferença entre o produto Omite e Abamectina na tabela 04, há um grande problema com o Omite, mesmo sendo muito utilizado na cultura do pimentão, não tem registro no Ministério da Agricultura, pecuária a Abastecimento – MAPA.

Discussão e ConclusõesNa tabela 01, apresentam-se os resultados de Abamectina, após 24h de

aplicação foram encontrados 6 ovos eclodidos na soma dos resultados das três

avaliações e após 48h e 72h não foi encontrado nenhum ovo eclodido. Já nos

adultos após 24h de aplicação foram encontrados 13 indivíduos vivos na soma dos

resultados das três avaliações, após 48h 7 indivíduos e 72h 3 indivíduos.

É possível observar na tabela 02 os resultados do Omite, após 24h de

aplicação foram encontrados 4 ovos eclodidos na soma dos resultados das três

avaliações e após 48h e 72h não foi encontrado nenhum ovo eclodido. Já nos

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adultos após 24h de aplicação foram encontrados 13 indivíduos vivos na soma dos

resultados das três avaliações, após 48h 4 indivíduos vivos e 72h 2 indivíduos vivos.

Na tabela 03, apresentam-se os resultados de Testemunha (H20), após 24h

de aplicação foram encontrados 6 ovos eclodidos na soma dos resultados das três

avaliações e após 48h 7 ovos eclodidos e 72h 8 ovos eclodidos. Já nos adultos após

24h de aplicação foram encontrados 24 indivíduos vivos na soma dos resultados das

três avaliações, após 48h 10 indivíduos vivos e 72h 8 indivíduos vivos.

Não houve diferença entre o produto Omite e Abamectina na tabela 04, mas o

grande problema é que o Omite, mesmo sendo muito utilizado na cultura do

pimentão, não tem registro no Ministério da Agricultura, pecuária a Abastecimento –

MAPA para ser usado no pimentão, pois a lei não permite.

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