Urgencias oftalmologicas

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Urgências Oftalmológicas

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Trauma ocular

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  • Urgncias Oftalmolgicas

  • Estruturas do Globo Ocular

  • Urgncias OftalmolgicasCorpo estranhoQueimadura ocularTrauma contusoTrauma penetranteOlho vermelho:conjuntivite, glaucoma agudo e uvete.Hemorragia subconjuntivalHordoloCelulite Perda sbita da viso

  • Corpo estranho

  • Corpo estranhoCondutaAplicao de colrio anestsicoEctoscopiaDocumentar a acuidade visual antes de qualquer procedimento

  • Corpo estranhoColrio de fluorescena se corpo estranho no for visualizado.Lavagem abundante com soro fisiolgico Pode ser usado cotonete umidecido ou agulha 25X7 se corpo estranho na crnea.Remover o anel de ferrugem.Aps a retirada do corpo estranho preencher o olho com pomada Epitezam e realizar curativo oclusivo.

  • Corpo estranhoAntibitico tpico pode ser utilizado.Lgrima artificial pode ser dado em caso de irritao ocular moderada.Seguimento:Corpo estranho corneano com anel de ferrugem residual deve ser reavaliado em 24h.Corpo estranho conjuntival seguimento em 1 semana se corpos estranhos forem deixados na conjuntiva.

  • Queimadura ocular por substncia qumicaA gravidade da leso depende da concentrao do agente, da durao da exposio do globo ocular ao agente, do pH da soluo e da velocidade de penetrao da droga.cidos mais comuns so sulfrico, sulfuroso e hidroclordrico . Os acidentes com substncias bsicas como cal e soda custica so mais graves.Provoca hiperemia ocular e lacrimejamento

  • Queimadura ocular por substncia qumica

  • Conduta na queimadura ocular qumicaInstilao de colrio anestsico. Limpeza abundante com Ringer Lactato por 30 minutos.Instilao de fluorescena para evidenciar a extenso do dano.Inspeo dos frnices com cotonete mido para remover partculas de material custico e conjuntiva necrtica.

  • Conduta na queimadura ocular qumicaCurativo oclusivo com Epitezam.Analgsicos via oral se necessrio.

  • Queimadura fotoeltrica Epitlio corneano altamente susceptvel a radiao UV.Exposiao prolongada a solda eltrica ou ao sol.Sintomas ocorrem em poucas horas aps a esposio.Crnea reepitelizada em 24 horas.Tratamento:Lubrificao ou curativo oclusivo compressivo.

  • Queimadura trmicaCalor atua como indutor da inflamao , expresso da protease extromal e pode levar a destruio do colgeno principal componente do estroma corneano.Raro , geralmente atinge as plpebras e clios.Objetivos do tratamento:Aliviar o desconforto , prevenir a inflamao secundria e ulcerao da crnea.Tratamento:Cicloplgico (Allergan), antibitico tpico, debridamento se necessrio.

  • Trauma Ocular contuso

  • Trauma Ocular contusoPode haver fratura de ossos da rbita, parede inferior e medial so mais frgeis.Se edema palpebral intenso prescrever analgsico , antiinflamatrio e compressa fria.Aps 24 horas exame do olho pode ser realizadoFundoscopia imprescindvel para avaliar se houve leso de retina, o ideal que seja realizada em torno de 15 dias aps o acidente.

  • Hemorragia subconjuntivalProvocada por trauma contuso, pico hipertensivo, tosse , vmito.Reabsoro expontnea em 14 dias.

  • Hifema traumtico Acumulo de sangue na cmara anterior.Necessita de avaliao oftalmolgica

  • Hifema traumtico Risco de ressangramento 3 a 30% em 2 a 5 dias.Complicaes associadas:Glaucoma , atrofia ptica , impregnao endotelial da crnea.Tratamento:Repouso,cabeceira a 30, acompanhamento da leso.Corticide tpico, beta bloqueadores e inibidores da anidrase carbnica(acetazolamida). Cirurgia pode ser necessria para prevenir atrofia ptica.

  • Trauma ocular no penetranteLacerao de via lacrimal

  • Trauma ocular penetrante

  • Trauma ocular penetranteDecorrente de acidentes domstico, laborativo , automobilsticos e agresso fsica.Leso grave, gera baixa de viso e perda da estrutura ocular.Deve-se realizar medida da acuidade visual , reflexos fotomotores e inspeo.Inspeo:tonicidade do olho diminuida, lees corneanas, alterao de forma da pupila, deformidade do globo, hiposfagma denso.

  • Trauma ocular penetrante Se suspeita de perfurao no efetuar limpeza do globo ocular , nem aplicar pomadas ou colrios.A solicitao de tomografia computadorizada, RX e ultrassonografia so uteis para avaliar a extenso do dano orbitrio , descolamento de retina e presena de corpo estranho intra-orbitrio.Reparo cirrgico deve ser realizado em no mximo 36 horas.

  • Trauma ocular penetrante Curativo no compressivo at realizao da cirurgia.Antibioticoterapia e reforo antitetnico.

  • Olho vermelho Glaucoma agudo de ngulo fechadoBloqueio pupilar levando a ocluso aguda do trabeculado pela ris e aumento da presso ocular.Mais comum em mulheres , idosos , e pacientes hipermtropes.Quadro clnico:Dor ocular intensa, cefalia frontal, baixa acuidade visual, viso de halos coloridos , nuseas e vmitos.

  • Glaucoma agudo de ngulo fechado Ao exame: pupila em mdia midrase, fixa e irregular.Olho endurecido a palpao.Hiperemia.Confirmao atravs da gonioscopia.Tratamento:Acetazolamida 500mg via oral, manitol 20% ,250ml endovenoso.Timolol 0,5% e pilocarpina 2% aps reduo prvia da presso ocular.

  • Conjuntivites Viral Adenovirus Inicio agudoHiperemia conjuntival, lacrimejamento excessivo , fotofobia , prurido intenso. Pode ser acompanhado de febre , cefalia , quadro gripal.Histria de infeco ocular recente em outros membros da familia.

  • Conjuntivites Viral Tratamento:Soro fisiolgico , analgsicos , antiinflamatrios.Higiene pessoal constante para evitar disseminao.

  • Conjuntivite BacterianaHiperemia conjuntival, edema de palpebra , fotofobia , prurido intenso, secreo mucopurulenta no frnice conjuntival.

  • Conjuntivite BacterianaTratamento:Lavagem ocular com SF0,9% , Tobramicina 1 gota de 6/6h, ou Oflox.

  • Conjuntivite AlrgicaQuadro clnico se caracteriza por prurido e hiperemia ocular.Histria anterior de rinite alrgica, dermatite atpica.Ao exame :presena de edema conjuntival(quemose) e hiperemia.Tratamento:Anti histaminicos tpicos e orais , compressa frias , SF0,9%, esterides tpicos s em reaes graves.

  • Uvete Anterior Dor ocular , hiperemia , fotofobia , e baixa acuidade visual de incio agudo, sem histria de trauma.UnilateralFaixa etria mais acometida entre 18 e 50 anos.Diferenciar de conjuntivite e glaucoma agudo.Na uvete a pupila mitica e no glaucoma ela fixa e dilatada ou meia midrase.

  • Uvete AnteriorA conjuntivite no afeta o reflexo pupilar.Dilatao dos vasos perilimbares com hiperemia conjuntival.Paciente poder apresentar ptose no olho afetado devido ao blefaroespasmo.Tratamento:Midriticos para evitar sinquias posteriores e esterides tpicos.Acompanhamento em 24 a 48 horas.

  • HordoloDor aguda em regio palpebral.Ndulo palpebral bem delimitado, doloroso a palpao e com hiperemia adjacente.

  • HordoloTratamento:Calor local , Tobradex 1 gota de 6/6 horas por 7 dias.

  • Celulite pr-septal Infeco do tecido mole da plpebra.Dor , edema e hiperemia palpebral.Pode ser acompanhada de febre e mialgia.

  • Celulite pr-septal Surge aps infeces respiratrias superiores, conjuntivite ,sinusite, traumas e picadas de insetos.Agentes mais comuns:Staphylococcus aureus e o Streptococcus pyogenes.Tratamento:Cefalosporinas de segunda gerao , amoxicilina + clavulanato.

  • Perda sbita da viso Amaurose fugazDescolamento de retinaInsuficincia vertebrobasilarOcluso da artria central da retinaOcluso de veia central da retina Neurite ptica Neuropatia ptica isqumica anterior

  • Amaurose FugazPerda visual de um dos olhos.Durao de segundos a 5 minutos.Exame oftalmolgico geralmente normal.mbolos podem ser observados em bifurcaes de artrias retinianas.Necessita de avaliao clnica e cardiolgica para afastar fontes de mbolos cardacos e das cartidas.

  • Descolamento da retina Separao da retina neurossensorial do epitlio pigmentado da retina.Classificados em 3 tipos:Regmatognico mais comum no PS, tracional e exsudativo.Mancha ou cortina que se move no campo de viso.Indolor O exame externo normal nos casos iniciais.Fundoscopia visualiza o descolamento.

  • Descolamento da retina O paciente deve ser encaminhado para cirurgia o mais rpido possvel.Acuidade visual final ps operatria inversamente proporcional ao tempo de descolamento da mcula.

  • Insuficincia VertebrobasilarPerda transitria bilateral da viso, com durao de alguns minutos.Pode ser acompanhada de cintilaes visuais, nuseas, tontura e ataxia. Exame oftalmolgico normal.Investigao se da pela avaliao das condies clnicas, da circulao no territrio vertebrobasilar.

  • Ocluso da artria central da retina Perda sbita e acentuada da viso.Defeito pupilar aferente.Fundo de olho mostra retina plida, poupando a regio foveal, aspecto de mancha vermelho cereja.

  • Ocluso de veia central da retina

    Perda sbita e indolor da viso.Histrico de diabetes, hipertenso arterial e sndrome de hiperviscosidade.Acuidade visual discreta ou acentuadamente reduzida.Surgimento de neovasos algumas semanas aps evento inicial.Pacientes devem ser encaminhados ao especialista para avaliao de necessidade de interveno.

  • Neurite pticaPerda visual que evolui ao longo de alguns dias.Dor periocular que precede ou acompanha a perda visual , piora com a movimentao ocular.Geralmente de causa idioptica.Mais comum em mulheres dos 18 aos 40 anos.Fator de risco para esclerose mltipla.

  • Neurite pticaReduo da acuidade visual.Defeito pupilar aferente no olho acometido.Escotoma central.Fundo de olho revela edema de papila.Deve ser realizado RM, lquor e outros exames laboratoriais.Acompanhamento com oftalmologista.

  • Neuropatia ptica isqumica anterior(NOIA)Infarto do segmento anterior do nervo ptico.Perda sbita e indolor da viso.Acomete indivduos idosos, manifestao mais comum da arterite temporal.Classificada em NOIA arteritica e no arteritica.Fundo de olho mostra edema de papila que pode ser acompanhado de hemorragias peripapilares.

  • Neuropatia ptica isqumica anteriorDeve-se pesquisar com urgncia a possibilidade de arterite temporal. preciso investigar tambm fatores de risco para arteriosclerose como hipertenso, diabetes, hipercolesterolemia.

  • Referncias BibliogrficasDOUGLAS,J.RHEEL. Manual das doenas oculares Wills Eye Hospital: Diagnstico e tratamento emergencial das doenas oculares.Ed 3. Rio de Janeiro: Cultura Mdica, 2002.MARTINS,H.Saraiva.Emergncias clnicas.Ed 7.Barueri Sp:Manole 2012.