Verdade e Mentira No Sentido Extramoral (Fichamento)

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  • 7/25/2019 Verdade e Mentira No Sentido Extramoral (Fichamento)

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    Verdade e Mentira no Sentido Extramoral em Nietzsche

    (Fichamento)

    Amauri Morais de Albuquerque Jnior

    no homem que esta arte da dissimulao atinge o seu ponto culminante: a iluso a

    lison!a a mentira e o engano a calnia a ostentao o "ato de des#iar a #ida por um

    brilho emprestado e de usar m$scaras o #%u da con#eno o "ato de brincar de

    comediante diante dos outros e de si mesmo em suma o grace!o perp%tuo que em todo

    lugar go&a unicamente com o amor da #aidade so nele a tal ponto a regra e a lei que

    quase nada % mais inconceb'#el do que o aparecimento nos homens de um instinto de#erdade honesto e puro les esto pro"undamente mergulhados nas ilus*es e nos

    sonhos seu olhar somente desli&a sobre a super"'cie das coisas e #+ apenas as "ormas

    sua percepo no le#a de maneira nenhuma , #erdade mas se limita a receber as

    e-cita*es e a andar como que ,s cegas no dorso das coisas. (p /01)

    23nicialmente de modo meta"4rico 5iets&che "a& uso de uma "$bula na qual alude ,

    e"emeridade da e-ist+ncia humana contraposta ,s eternidades. (p6) decorridas na

    nature&a antes do surgimento do homem 7 intelecto contudo con"ere ao pr4prio

    homem um papel de centralidade no plano da e-ist+ncia 5isto tal qual uma mosca que

    na#ega pelo ar compelida por pai-o e sentido de si que #oar % o centro do mundo.

    (p/) assim o "il4so"o o mais arrogante de todos os homens imagina que a sua obra

    con"ere semelhante "ulcaralidade a sua e-ist+ncia no plano uni#ersal8

    7 intelecto enquanto meio de conser#ao do indi#'duo desen#ol#e o essencial de

    suas "oras na dissimulao pois esta % o meio de conser#a o dos indi#'duos mais

    "racos e menos robustos na medida em que lhe % imposs'#el en"rentar uma luta pela

    e-ist+ncia munidos de chi"res ou das poderosas mand'bulas dos animais carn'#oros.

    (p/)

    27 intelecto acrescidos ao conhecimento e abstra*es sistemati&adas no homem

    produ&em nele um e"eito de ebriedade ngodado pela trama das con#en*es

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    desesperado para acompanhar o curso do rebanho o homem engana e % enganado pelo

    instinto de #erdade honesto e puro. (p/)8

    Mas o que sabe o homem na #erdade de si mesmo9 ainda seria ele sequer capa& de

    se perceber a si pr4prio totalmente de boa0"% como se esti#esse e-posto numa #itrine

    iluminada9. (p1)

    27 homem sempre "ala de seu lugar "ruto de sua hist4ria e de seu tempo ortanto %

    #edada ao homem uma condio de pure&a em suas abstra*es 5esse sentido sempre

    ir$ "alar a si mesmo aquilo que !$ lhe % pr4prio or isso de#er$ sempre se ancorar

    naquilo que !$ se con#encionou chamar de #erdade 3sso lhe satis"a& lhe tra& segurana

    em meio as imprecis*es da nature&a8

    5o estado de nature&a na medida em que o indi#'duo quer conser#ar0se diante dos

    outros indi#'duos ele no utili&a sua intelig+ncia o mais das #e&es seno com "ins de

    dissimulao. (p1)

    ;e "ato aquilo que daqui em diante de#e ser a #erdade % ento "i-ado quer di&er %

    descoberta uma designao uni"ormemente #$lida e obrigat4ria das coisas e a

    legislao da linguagem #ai agora "ornecer tamb%m as primeiras leis da #erdade pois

    nesta ocasio e pela primeira #e& aparece uma oposio entre #erdade e mentira.

    (p10+ncias deplor$#eis e

    ne"astas de certos tipos de iluso apenas nesse sentido restrito que o homem quer a

    #erdade ;ese!a os resultados "a#or$#eis da #erdade aqueles que conser#am a #ida? mas% indi"erente diante do conhecimento puro e sem conseq>+ncia e % mesmo hostil para

    com as #erdades que podem ser pre!udiciais e destruti#as. (p

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    de di&er por e-emplo que esta pedra % dura. como se conhec+ssemos o sentido de

    duro. de outro modo que no "osse apenas uma e-citao totalmente sub!eti#a9

    lassi"icamos as coisas segundo os g+neros designamos lBarbre como masculino e a

    planta como "eminino: que transposi*es arbitr$riasC A que ponto estamos a"astados do

    cDnone da certe&aC. (p

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    como % e#idente que uma "olha no % nunca completamente id+ntica , outra tamb%m

    bastante e#idente que o conceito de "olha "oi "ormado a partir do abandono arbitr$rio

    destas caracter'sticas particulares e do esquecimento daquilo que di"erencia um ob!eto

    de outro. (p

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    segundo linhas matem$ticas estritas e destinaram este espao assim delimitado para

    templum de um deus assim tamb%m todo po#o possui um c%u conceitual semelhante a

    que est$ adstrito? a e-ig+ncia da #erdade signi"ica ento para ele que todo conceito a

    e-emplo de um deus somente de#e ser procurado na sua pr4pria es"era. (p

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    descon"iana pro"unda a respeito de todo idealismo desse tipo a cada #e& que se

    mostrou claramente persuadido pela l4gica pela uni#ersalidade e pela in"alibilidade

    eternas das leis da nature&a e disso tirou a seguinte concluso: a' tudo % certo

    elaborado in"inito regrado despro#ido de "alha at% onde pode le#ar o nosso olhar

    graas ao telesc4pio apontado para as alturas do mundo e graas ao microsc4pio

    dirigidopara as suas pro"unde&as. (p

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    li#re ento do sinal da ser#ido: empenhado habitualmente na sombria tare"a de indicar

    a um pobre indi#'duo que aspira a e-ist+ncia o caminho e os meios de alcan$0lo

    e-torquindo para o seu senhor a presa e o produto do saque ele agora tornou0se o

    senhor e pode ento apagar do rosto a e-presso da indig+ncia. (p