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VIDIGUEIRA-À DESCOBERTA DA NOSSA TERRA Trabalho de investigação realizado pelos alunos do 3º ano Turma E ANO LETIVO 2015/2016 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VIDIGUEIRA

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VIDIGUEIRA-À DESCOBERTA DA NOSSA TERRATrabalho de investigação realizado pelos alunos do 3º ano Turma E

ANO LETIVO 2015/2016

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VIDIGUEIRA

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INTRODUÇÃO

O objectivo deste trabalho é ficarmos a conhecer melhor a nossa terra.Vamos investigar, fazendo entrevistas, pesquisando na internet, fazendo perguntas aos mais velhos e visitando o Museu Municipal da Vidigueira.No final, esperamos ter ficado a saber mais sobre a Vidigueira e sobre o seu património.

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HISTÓRIA DA VIDIGUEIRA A Vidigueira é uma vila que está situada no extremo Norte do Baixo Alentejo.

A freguesia de Vidigueira é sede do concelho de Vidigueira, no Distrito de Beja. A padroeira da freguesia é Nossa Senhora das Relíquias, que é celebrada todos os anos, na Quinta- Feira de Ascensão.O nome próprio da povoação Vidigueira é um derivado de Vidigal que vem do latim viticale cujo significado é terreno onde cresce o vitex, uma espécie de arbusto aromático. A existência da Vidigueira como povoação, só se encontra documentada a partir de meados do Século XIII , porém, não se exclui a hipótese de presença humana no território da freguesia em épocas muito anteriores. Isto porque o seu concelho possui numerosos dados, sobretudo de natureza arqueológica, que tornam possível detetar a presença humana até aos tempos pré-históricos, o Ano lectivo 2015/2016 3ºE Página 2

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que permite traçar um panorama de evolução histórica desta região.

Todos estes vestígios pré–históricos e outros que se vão descobrindo, mostram a importância que teve esta região, sobretudo no período neolítico período da Pedra Polida, e dão um forte testemunho sobre um povoamento que já se estende por vários milénios. Os povos antigos eram atraídos pelo bom clima e pelas riquezas naturais da região. Estas boas condições atraíram os romanos que aqui se fixaram.

VidigueiraA primeira referência documental sobre a vila da Vidigueira até agora conhecida, data de 1255, altura em que com a fundação do Monteiro de S. Cucufate foi instituída a respectiva paróquia e estabelecidos os limites da mesma, fazendo-se já nessa escritura menção da mesma. É natural que as suas origens remontem a período anterior ao da última conquista, que se situa em 1235, não havendo contudo nenhum documento que esclareça este ponto. O primeiro donatário desta vila foi Mestre Tomé, tesoureiro da sé de Braga e leal servidor do Rei D. Afonso Em conformidade com o encargo que receberam ao ser-lhe feita a doação, Mestre Tomé terá mandado povoar o local que depressa se desenvolveu, tendo-lhe sido igualmente atribuída a edificação da igreja consagrada a Santa Clara, que foi a primeira matriz. De 1304 a 1315, segundo Ano lectivo 2015/2016 3ºE Página 3

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testemunha a escritura então lavrada, a vila da Vidigueira pertenceu ao rei D. Dinis e em 1285, D. João I doou-a ao condestável D. Nuno Álvares Pereira. Estes factos documentam a importância que a vila teria na altura. Em 1496, foi fundado na Vidigueira o Convento de Nossa Senhora das Relíquias, pertence à Ordem do Carmo. Na várzea do Zambujal, locar onde segundo a lenda, a Virgem Maria fez a sua aparição a uma pastorinha, foi erigida uma ermida que mais tarde foi entregue aos monges carmelitas de Moura, para que aqui estabelecessem um convento. A sua fundação encontra-se documentada por alvará expedido em Montemor pelo Rei D. Manuel a 7 de Janeiro de 1496. Tendo estado por duas vezes na posse da Casa de Bragança, a vila da Vidigueira recebeu o seu foral a 1 de Janeiro de 1512, concedido pelo rei D. Manuel. Durante o reinado desde monarca, esta vila conheceu ainda outro momento alto da sua história. Por carta passada em Évora a 29 de Dezembro de 1519, D. Manuel concede D. Vasco da Gama, almirante da índia, o título de conde da Vidigueira, com todos as honras, graças e privilégio que tinham os condes do reino. A casa da Vidigueira, fundada pelo ilustre Navegador, levou decerto a que a povoação se desenvolvesse e que o seu nome ganhasse prestígio. Para a prosperidade do concelho que então se limitava à freguesia actual, contribuiu também a atividade agrícola que tinha característica muito particulares. Os vinhos da Vidigueira já então eram famosos. No séc. XVIII, « A preponderância cabia às províncias da Beira,

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Estremadura e Alentejo, já então gozando de renome os vinhos do Alentejo (Borda, Vidigueira, Viana e Avis)…» A última década do século passado e o princípio desde século foram marcados por uma personalidade cuja ação ainda hoje permanece viva em terras da Vidigueira: o visconde da Ribeira Brava. Eleito duas vezes Presidente da Câmara, respetivamente de 1890 a 1898 e de 1899 a 1902, Ribeira Brava realizou importantes obras, tendo em vista o melhoramento das condições de vida da população. A ele se devem: o abastecimento de água a Vidigueira e Vila de Frades, a criação do Hospital Civil, o melhoramento das ruas e praças da vila e a construção do edifício da Câmara Municipal. Sempre ligada a homens, feitos e tradições que o tempo jamais apagará, a vila da Vidigueira é possuidora de um património arquitetónico e artístico de grande valor.

BRASÃO DO CONCELHO DA VIDIGUEIRA

O brasão que a Vila da Vidigueira usou até 1938 era composto apenas pelas armas antigas a torre envolvida pela videira.Em 1937 é apresentada pela Câmara Municipal do concelho da Vidigueira , uma proposta para parecer à Associação dos Arqueólogos Portugueses, sobre a Ano lectivo 2015/2016 3ºE Página 5

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constituição heráldica das armas, bandeira e selo do Município.Tendo em consideração o parecer da comissão de heráldica que a seguir se transcreve , foi publicada em 7 de Junho de 1938 , pela Direcção Geral da Administração Politica e Civil do Ministério do Interior a portaria n.º9:012.Armas: de negro com uma torre torreada de prata aberta e iluminada do campo ,envolvida por uma videira troncada da sua cor, folhada de verde e frutada de púrpura. Coroa mural de prata de quatro torres.Listel branco com os dizeres “ Vila da Vidigueira” em negro.Bandeira: esquartelada de branco e de verde .Cordões e borlas de prata e de verde. Haste e lança douradas.Selo: circular , tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos , os dizeres ”Câmara Municipal da Vidigueira”.

BANDEIRA DO CONCELHO DA

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VIDIGUEIRAESCUDO

Escudo de Ouro.

Coroa Mural de prata de três torres.LISTEL

Listel branco com a legenda a negro. “FREGUESIA DE VIDIGUEIRA”

“GAMA”

GAMA DE VERMELHO- Representa os Condes da Vidigueira, donatários da povoação, dos quais se destaca o grande navegador D. Vasco da Gama, o primeiro a usar o titulo . RAMO DE OLIVEIRA E BACELO DE VIDE EM ORLA, RAMO DE OLIVEIRA DE VERDE, FRUTADO DE NEGRO E BACELO DE VERDE, FRUTADO DE PÚRPURA COM OS PÉS PASSADOS EM ASPA.- Representa as atividades económicas, com destaque para a agricultura e as suas principais produções.

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PERSONAGENS ILUSTRES

FREI ANTÓNIO DAS CHAGASFrei António das Chagas foi um frade franciscano e poeta português. Este homem chamado António da Fonseca Soares, também era conhecido por Padre António da Fonseca . António da Fonseca Soares destacou-se na história portuguesa mais pela sua faceta literária do que propriamente pela sua faceta eclesiástica .António da Fonseca Soares nasceu na Vidigueira, a 25 de Junho de 1631 e faleceu em Varatojo, Torres Vedras, a 20 de Outubro de 1682 . O seu pai era um fidalgo e juiz português, enquanto a sua mãe era de nacionalidade Irlandesa .Este homem passou a sua infância e juventude no Alentejo e estudou no Colégio dos Jesuítas em Évora. Quando tinha 18 anos o seu pai faleceu , por isso, não concluiu os estudos e foi forçado a regressar à Vidigueira. Então, alistou-se no exército,

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em plena em Guerra da Restauração, iniciando uma carreira militar promissora.António da Fonseca Soares participou na Guerra da Restauração, mas ficou famoso pela sua veia poética, ficando conhecido pela associação das armas e das letras como o “ Capitão das Boninas”.Como poeta e prosador, escreveu nos mais diversos géneros poéticos: sonetos, madrigais, romances, décimas, glosas e dois poemas heróicos – Mourão Restaurado e Canto Panegírico à Vitória de Elvas .Em 1653 com 22 anos de idade, fugiu para o Brasil porque foi perseguido pela justiça por ter causado a morte de um rival, em duelo. Passou três anos na Baía, sem alterar o seu modo de vida irreverente. Um texto de Frei Luís de Granada sensibilizou-o para a fé e para Deus.

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VASCO DA GAMANasceu provavelmente em 1469,] em Sines,[ na costa sudoeste de Portugal, possivelmente numa casa perto da Igreja de Nossa Senhora das Salvas de Sines. Sines, um dos poucos portos da costa alentejana, era então uma pequena povoação habitada por pescadores.Era filho legítimo de Estêvão da Gama, que em 1460 era cavaleiro da casa de D. Fernando de Portugal, Duque de Viseu e Mestre da Ordem de Cristo. D. Fernando nomeara-o alcaide-mor de Sines e permitira-receber uma pequena receita de impostos sobre a fabricação de sabão em Estremoz. Estêvão

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da Gama era casado com Dona Isabel Sodré, filha de João Sodré (também conhecido como João de Resende).Sodré, que era de ascendência Inglesa, tinha ligações à casa de D. Diogo, Duque de Viseu, filho de Fernando de Portugal, Duque de Viseu.Em 1492, João II de Portugal enviou-o ao porto de Setúbal, a sul de Lisboa, e ao Algarve para capturar navios franceses em retaliação por depredações feitas em tempo de paz contra a navegação portuguesa – uma tarefa que Vasco da Gama executou rápida e eficazmente.D. Manuel I de Portugal confiou a Vasco da Gama o cargo de capitão-mor da frota que, num sábado 8 de Julho de 1497, zarpou de Belém em demanda da Índia. Em 20 de Maio de 1498, a frota alcançou Kappakadavu, próxima a Calecute, no actual estado indiano de Kerala, ficando estabelecida a Rota do Cabo e aberto o caminho marítimo dos Europeus para a Índia.Em 1519 foi feito primeiro Conde da Vidigueira pelo rei D. Manuel I, com sede num terreno comprado a D. Jaime I, Duque de Bragança, que a 4 de Novembro cedera as vilas da Vidigueira e Vila de Frades a Vasco da Gama, seus herdeiros e sucessores, bem como todos os rendimentos e privilégios relacionados, sendo o primeiro Conde português sem sangue real.Tendo adquirido uma reputação de temível "solucionador" de problemas na Índia, Vasco da Gama foi enviado de novo para o subcontinente

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indiano em 1524.[O objectivo era o de que ele substituísse o Duarte de Meneses, cujo governo se revelava desastroso, mas Vasco da Gama contraiu malária pouco depois de chegar a Goa. Como vice-rei atuou com rigidez e conseguiu impor a ordem] mas veio a falecer na cidade de Cochim, na véspera de Natal em 1524.

Foi sepultado na Igreja de São Francisco (Cochim). Em 1539 os seus restos mortais foram transladados para Portugal, mais concretamente para a Igreja de um convento carmelita, conhecido actualmente como Quinta do Carmo (hoje propriedade privada), próximo da vila alentejana da Vidigueira, como conde da Vidigueira de juro e herdade (ou seja, a si e aos seus descendentes) desde 1519.Aqui estiveram até 1880, data em que ocorreu a trasladação para o Mosteiro dos Jerónimos, que foram construídos logo após a sua viagem, com os primeiros lucros do comércio de especiarias, ficando ao lado do túmulo de Luís Vaz de Camões. Há quem defenda, porém, que os ossos de Vasco da Gama ainda se encontram na vila alentejana. Como testemunho da trasladação das ossadas, em frente à estátua do navegador na Vidigueira, existe a antiga Escola Primária Vasco da Gama (cuja construção serviu de moeda de troca para obter permissão para efectuar a trasladação à época),

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onde se encontra instalado o Museu Municipal de Vidigueira.

Património

Ermida de S.PedroSituada no cimo de uma colina constituída no século XVII oferece aos visitantes uma panorâmica encantadora. Foi desde sempre um local ideal para romarias e festejos populares. De arquitetura simples, esta ermida tem à frente um alpendre ao qual se sobe por três degraus. Atrás, o arredondado da abside quebra a linearidade do conjunto, estabelecendo contudo uma certa correspondência com os arcos rasgados do alpendre frontal.A sua origem não está ligada à história nem qualquer lenda, mas sim ao carácter popular de S. Pedro entre as gentes do concelho.Ano lectivo 2015/2016 3ºE Página 13

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Ermida de S. RafaelEsta ermida de planta quadrangular e arquitectura simples, foi mandada edificar por D. Francisco da Gama, 4º Conde da Vidigueira, com o fim de aí ser colocada a imagem de S. Rafael e o menino Tobias que acompanhou Vasco da Gama e alguns dos seus familiares nas viagens à Índia.Após estas viagens e provavelmente nos seus intervalos a imagem foi colocada nesta capela onde se manteve cerca de dois séculos. No século passado, quando a ermida foi profanada e caiu em ruínas, a imagem foi levada para o Recolhimento do Espírito Santo, onde ficou guardada até à

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transladação dos restos mortais de Vasco da Gama para o Mosteiro dos Jerónimos. Mais tarde foi levada para o Museu da Marinha , onde se encontra actualmente.Segundo se pode ler na lápide por cima do portal, em 1942 a Câmara Municipal pro cedeu ao restauro desta capela e alguns anos mais tarde foi colocado no seu interior o conjunto S. Rafael-Menino Tobias , sendo este ultimo autêntico e o primeiro a réplica que entretanto fora mandada fazer.Em 1966 a capela foi assaltada e a imagem roubada. Embora tenha sido recuperada não voltou a ser colocada na capela, cujo interior se encontra atualmente vazio.

ERMIDA DE Sta.CLARAÉ a mais antiga das ermidas existentes na Vidigueira e foi mandada construir em 1555 pelo 2º Conde D. Francisco da Gama e sua mulher D. Guiomar de Vilhena.

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A construção de planta rectangular coroada de ameias e contrafortes terminadas por pináculos em forma de conetruncado, parece pertencer ao estilo manuelino tendo no entanto já sido classificada de gótico.Na fachada destaca-se o portal em pedra, com dois colunelos providos de capitéis e arco ogival com arquivolta.Acima deste abre-se uma fresta estreita e na parte superior da frontaria eleva-se, a meio, o campanário.Ultimamente esta ermida tem passado por diversas devastações e arrombamentos, razão pela qual o seu interior se encontra vazio e a sua entrada tapada a alvenaria.

Torre do RelógioAno lectivo 2015/2016 3ºE Página 16

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Esta torre de forma quadrangular cuja data de construção se ignora ,deve a sua importância ao sino que alberga na sua guarita . Segundo o testemunho da inscrição que possui : « Este sino mandou fazer o sr ,conde Dom Vasco Almirante da Índia na Era de mil c/v vinte ,« o sino foi mandado fazer talvez com o propósito de o oferecer a alguma igreja da vila tal como sugere Teixeira de Aragão, tendo sido mais tarde colocado na torre onde actualmente se encontra.

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O casteloDo castelo da vila, apenas resta uma torre quadrangular, que hoje serve de miradouro, donde se desfruta um panorama de rara beleza.Esta construção parece datar da primeira metade do séc. xv e deve-se a D . Fernando 2º Duque de Bragança. Sem contudo haver uma certeza, tudo leva a crer que o seu abandono e arruinamento se tenha verificado no séc.XIX.Em 1758 ainda se inscreve no dicionário geográfico de Portugal que a vila da Vidigueira « tem um castelo antigo, que é a casa dos donatários « (1) não havendo qualquer referência ao seu estado de destruição .Aquando da sua obra de restauro feita pela câmera Municipal , colocou-se-lhe ao lado uma janela manuelina possivelmente do séc .xvi, encontrada em Vila de Frades que se supõe ter pertencido ao antigo palácio dos conde da Vidigueira.

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Igreja da MisericórdiaErigida em 1592 a Igreja da Misericórdia situa-se no centro da vila , estendendo –se a sua fachada Lateral dos lados da praça da República. Segundo testemunha a inscrição que hoje ainda se pode ler na pedra do lavatório da sacristia, este edifício foi parcialmente destruído por um incêndio que ocorreu em 1687, pelo que se procedeu à sua reedificação no ano seguinte.No seu interior de uma só nave pode ver-se a meia altura da parede do lado da Epístola uma magnífica tribuna de madeira trabalhada, por baixo da qual se encontra um túmulo brasonado sem qualquer inscrição. O brasão é constituído por um escudo esquartelado, com a cruz de Avis no primeiro e no quarto quartéis e duas torres ladeando um leão no segundo e no terceiro.

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O altar-mor é uma peça magnífica que se distingue pela altura e pela dilatação do espaço central ocupado pelo trono com a imagem de Cristo crucificado. Esta imagem foi doada por D. Brites de Vilhena em 1691, após a reedificação da igreja.

Museu Municipal da VidigueiraSala de aula

Esta sala de aula existe no Museu porque o edificio do Museu era a antiga Escoa Primária.A sala é muito diferente da nossa as carteiras eram de madeira e os brancos eram ligados às mesas.As pastas eram de pele (para os meninos ricos) de papelão(para os meninos pobres), os alunos escreviam em lousas ou com aparos.

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Os rapazes e as raparigas andavam separados, nem sequer se viam.Os alunos levavam reguadas com uma régua de madeira bem grossa e vestiam uma bata branca que tinha que estar sempre limpa.

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O Barbeiro

O barbeiro era o local onde se ia fazer a barba e arrancar dentes.Antigamente não existiam dentistas e era o barbeiro que fazia esse trabalho.O chão era feito de terra batida e os homens cuspiam para o chão,por esse motivo existiam os escarradores.

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A MERCEARIA

A mercearia era o local onde se comprava de tudo.As pessoas não compravam grandes quantidades porque não tinham muito dinheiro.Existia um «Livro de fiados» que era o livro onde se apontava o nome da pessoa e o que ela levava. Quando recebiam iam pagar e ás vezes deixavam lá todo o dinheiro.Antigamente as pessoas não tinham eletricidade em casa e iam comprar o petróleo á mercearia.

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A PADARIA

Existiam muitas padarias na Vidigueira, porque a alimentação era à base do pão alentejano.A Vidigueira é a capital do pão alentejano.Os fornos onde se coziam o pão eram de lenha.

FESTIVIDADES

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O trabalho no campo(agricultura)

A agricultura é o trabalho na terra.Os homens e as mulheres trabalhavam do nascer ao pôr do sol e ganhavam pouco.Utilizavam-se enxadas e charruas puxadas por animais, geralmente mulas.Os trabalhadores levavam conduto ( toucinho e azeitonas)ou levavam o almoço de casa que era aquecido no lume de chão.

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O ABEGÃO

O abegão é uma profissão em extinção porque as pessoas já quase nãoutilizam carroças.Eles contruiram rodas para as carroças.

A PESCANo nosso conelho, os habitantes de Pedrógão, dado que viviam perto do rio Guadiana, dedicavam-se na sua maioria à pesca no rio em contraste com a outra população do concelho que se dedicava à agricultura.

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O CANTAR DOS REISÉ uma tradição muito antiga na nossa terra que se mantém pela altura do vinho novo,no início de janeiro.Os grupos de cantares alentejanos saiam à rua para cantar os Reis.Iam de porta em porta das grandes famílias para juntarem dinheiro para o grupo.No fim da moda cantava-se um verso para mandar dar a esmola pela rosa ou cravo que eram os meninos que tinham em casa.“Senhora dona de casa deixe-se estar que está bemmande-me dar a esmolapela rosa ou cravo que aí tem.”Uma tradição que ainda se mantém.

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FESTAS RELIGIOSASAs festas religiosas na Vidigueira, realizam-se na quinta-feira de Ascenção, feriado municipal. Esta festa é organizada pela paróquia em honra de Nossa Senhora das Relíquias. A festa consiste numa missa solene de manhã e numa procissão à tarde. De noite realiza-se a festa tradicional com espetáculos e bailes.

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Tradições

Antigamente, as pessoas juntavam-se em casa uns dos outros e faziam grandes bailes. A música era tocada com uma flauta ou cantando cantigas enquanto dançavam. No meio rural isto era um

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divertimento especialmente para a juventude, que não tinha outra distração.

Era habitual, à noite, ao serão os mais velhos entreterem as crianças com lengalengas. Com os dedos da mão dizia-se:--Dedo mindinho, seu vizinho, pai de todos, fura bolos e mata piolhos que era o polegar. Outros diziam:-Este achou um ovo, este pôs-lhe sal, este pôs a assar, este provou e o outro papou.

“Zé Godinho"

Lá vem o Zé Godinho a cavalo no burrinho,

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O burrinho é fraco, a cavalo num macaco,O macaco é valente, a cavalo numa trempe,A trempe é de ferro, a cavalo num rodelo,O rodelo é de sola, a cavalo numa bola,A bola é vermelha, a cavalo numa telha,

A telha é de barro, a cavalo num cocharro,O cocharro é de cocha, a cavalo numa floucha,

A floucha é de bico, a cavalo num penico,O penico é vidrado, a cavalo num cajado,

O cajado é de pinhoE lá vai o Zé Godinho a cavalo no burrinho.”

Canções

Algum dia p’ra te ver Pulava 7 quintaisAgora p’ra te não ver Pulo 7 e muito mais.

Minha mãe p’ra me casarPrometeu–me uma panelaDepois de me ver casada Partiu-me a cara com ela

BRINCADEIRAS DE CARNAVAL

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Pelo Carnaval, as pessoas divertiam-se pregando partidas uns aos outros. Atavam um fio à aldraba da porta e escondiam-se. Puxavam o fio e quando as pessoas vinham à porta não viam ninguém. Isto repetia-se muitas vezes. Outras vezes quando ficavam janelas abertas deitavam lá para dentro da casa ovos, que faziam uma grande porcaria.Mas as pessoas divertiam-se e diziam, :- No Carnaval ninguém leva a mal.

Enterro do bacalhau 1

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DANÇAS DE RODARapazes e raparigas faziam uma roda com uma menina lá dentro que era a viuvinha. Depois, todos a rodar, cantavam:Olha a triste viuvinhaQue anda na roda a chorarAnda a ver se encontra o noivoPara com ela casar.

Depois, a viuvinha pedia a um rapaz para casar e ele dizia que não e cantavam:Já lá levas um cabaço Dois ou três hàs-de levar È benfeita,è benfeitaNão achares com quem casar

À terceira vez ela pedia a outro rapaz em casamento e ele aceitava casar.

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RECEITAS

FATIAS DOURADASINGREDIENTES PARA 6 PESSOAS:400 gr de pão½ de leite8 ovosAzeite para fritarAçúcarCanela em pó.Corte o pão em fatias com cercas de 1cm de espessura. Embeba-as no leite, retire-as e depois de escorrido o exesso e sobreponha-as.À parte, bata ovos (gemas e claras) em quantidade sufiente para embeber as fatias de pão. Mergulhe as fatias nos ovos batidos e leve-as a fritar em azeite a ferver.Quando estiverem bem douradas, polvilhe-as de açúcar e canela ou regue-as com calda de açúcar.Sirva-as mornas ou frias.

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BOLO DE AMÊNDOA DO CONVENTO DA VIDIGUEIRA

Ingredientes:500 g de açúcar ; 500 g de amêndoas ; 6 ovos inteiros + 6 gemas ; 100 g de farinha ; 1 colher de chá de canela em pó ; açúcar em póConfecção:Escaldam-se, pelam-se e ralam-se as amêndoas.Numa tigela batem-se muito bem com uma colher de pau o açúcar, as amêndoas, os ovos inteiros e as gemas. Junta-se a canela em pó e bate-se um pouco mais. Finalmente, junta-se a farinha e mistura-se bem sem bater. Deixa-se esta massa repousar durante cerca de 30 minutos.Em seguida deita-se a massa numa forma untada e polvilhada com farinha e leva-se em forno quente durante cerca de 15 minutos.Desenforma-se e, depois de frio, corta-se o bolo em fatias, que se passam pelo açúcar em pó.

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” POPIAS ” DA VIDIGUEIRA

Ingredientes:

1/2 de massa pão150g de açúcar50g de banha2dl de azeite1 colher de chá de fermento em pó1 colher de chá de canela

Começa-se por amassar muito bem todos os ingredientes e modelam-se em argolas.Colocam-se num tabuleiro untado com manteiga e polvilhado com farinha.Leva-se ao forno.

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GASPACHO

200 g de pão 9 dl de água 2 dentes de alho 2 colheres de sopa de azeite 2 colheres de sopa de vinagre 2 tomates médios 1/2 pepino 1 pimento verde 1/2 colher de café de oregãos sal e pimentaNum recipiente pisa-se muito bem alho e tomate com sal. Depois junta-se cebola e pepino muito miúdos.

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Junta-se o pão aos cubos pequenos. Tempera-se com sal, vinagre e azeite e mexe-se tudo muito bem. E por junta-se água. Pode-se adicionar batata cozida aos cubos pequeninos.Normalmente, acompanha-se com peixe frito ou assado. Pode no entanto, ser acompanhado com carne frita ou assada, pastéis ou rissóis.

Açorda de tomate à moda de Vidigueira

1 cebola grande ou 1 cebola e meia3 dentes de alho4 a 6 tomates maduros4 a 6 batatas pequenas ou médias1 cavala grande cortada em três partes ( usei mais uma posta de garoupa para quem não gosta de cavala)um pouco menos que meia linguiça de porco preto e 4 ou 5 fatias de toucinho (do branco, bem gordo), embora eu tenha usado só linguiça desta vez1 molho de hortelã-da-ribeiraazeite q.b. (60 a 100 mL)

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sal q.b. (entre 2 colheres de chá a 1 colher de sopa)água q.b. (cerca de 1,5 L)1 ovo por pessoa1) Descasquem as batatas e cortem-nas às rodelas. Reservem.

2) Lavem os tomates e cortem-nos em cubinhos mais ou menos pequenos. Reservem.3) Pelem a cebola e os alhos, piquem-nos bem miudinhos. Reservem.

4) Coloquem o azeite numa panela em quantidade suficiente para cobrir o fundo e fritem nele primeiro o toucinho, retirando-o depois do azeite e fritem então a linguiça. A linguiça deve fritar só ligeiramente para não ficar dura. Retira-se do azeite e reserva-se.5) À gordura quente adiciona-se a cebola e os alho picados. Tapa-se a panela e deixa-se alourar.6) Estando a cebola loura adiciona-se-lhe o tomate picado. Tapa-se o tacho e deixa-se a estufar em lume médio, mexendo de vez em quando.7) Quando o tomate se apresenta cozinhado acrescenta-se a água, de preferência morna ou quente. Quando a água começa a ferver adicionam-se as batatas, o sal e a hortelã-da-ribeira.8) Quando as batatas estão quase cozidas acrescenta-se o peixe.9) Quando o peixe está cozido coloca-se a restante hortelã-da-ribeira e os ovos, um a um.10) Quando os ovos estão escalfados apaga-se o lume.Ano lectivo 2015/2016 3ºE Página 39

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Serve-se com sopas de pão alentejano e a linguiça e os toucinho fritos vão à mesa para quem quiser ir picando.

AGRADECIMENTOSNo final do trabalho gostaríamos de agradecer a todos aqueles que nos ajudaram, em especial:Às avós:

Mariana GoesFrancisca Maceta

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Catarina GuerreiroAna Lúcio

Aos pais:

Pedro RosaFilipe PregoJoão LuísAna MataAna GuerreiroCarla CapuchoMarta MacetaFátima LúcioMaria Mota

eAntónia OliveiraTambém agradecemos a disponibilidade mostrada pela guia que nos acompanhou na visita ao Museu Municipal de Vidigueira.

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