VII Congresso Brasileiro de Geógrafos - A expansão...
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A expansão da dendeicultura na Amazônia paraense e suas mudanças no modo de
vida das comunidades em Moju-PA1.
Ana Cláudia Alves de Carvalho/ Mestranda pela UFPA/Bolsista Capes
Elvecia Noleto Nascimento/Graduanda pela UFPA/Bolsista PIBIC
João Santos Nahum/ Prof. Dr. em FGC/PPGEO/UFPA
Introdução
A expansão da monocultura de dendê no Pará vem ganhando força desde a
década de 1960, grandes empresas aumentam a cada dia suas áreas de produção
transformando a espaço e a dinâmica territorial de determinados lugares. Há dois
principais marcos que contribuíram para os avanços desta expansão, o primeiro deles é a
implantação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que almeja o uso dos produtos
agrícolas para a produção de energia renovável, desenvolvendo e transferindo
tecnologia para uma produção sustentável. O segundo marco é a instalação dos “Pólos
de Produção de Biodiesel”, criados pela Secretaria de Agricultura Familiar do
Ministério do Desenvolvimento Agrário, com a intenção de favorecer a inclusão dos
agricultores familiares na produção, no Pará o pólo 1 alcança 37 municípios.
1 Este artigo resulta de trabalho no projeto USOS DO TERRITÓRIO, DENDEICULTUTA E MODO DE
VIDA QUILOMBOLA NA AMAZONIA: ESTUDO DA MICRORREGIAO DE TOMÉ-AÇU (PA), coordenado pelo professor Dr. João Santos Nahum e contando com o trabalho das bolsistas de iniciação cientifica. O projeto conta com auxílio financeiro do CNPQ.
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Objetivamos mostrar quais as mudanças no modo de vida das comunidades no
municipio de Moju a partir da chegada das empresas de dendeicultura no Pará. Assim
como NAHUM e MALCHER (2012) vemos a dendeicultura como um evento que onde
se instala trás consigo mudanças, gerando novas relações entre os atores envolvidos,
neste caso, as comunidades que vivem desde suas gerações passadas naquele lugar,
vivendo da agricultura, onde estabeleciam uma relação de próximidade com a sua terra;
as grandes empresas que se instalam na região, dentre elas a MARBORGES,
BIOPALMA, AGROPALMA, PETROBRAS e GALP, todas envoltas em uma serie de
politicas públicas e programas de incentivos fiscas que visam a produção de biodiesel,
sendo o Estado um agente determinante na construção do que chamamos de “Período da
dendeicultura no Pará”. Devemos tambem considerar o papel da técnica no
aprimoramento da produção de dendê, desde o melhoramento genético das sementes até
a essencial manutenção dos dendezais. Metodologicamente realizamos investigação
sobre a noção de modo de vida na Amazônia, além da formação de referencial teórico
sobre as políticas de Estado para a agricultura familiar, o programa nacional de
biodiesel e a dendeicultura. Além de pesquisa de campo e entrevistas com
representantes de grupos e empresas da atividade da dendeicultura.
Objetivos
Objetivamos mostrar quais as mudanças ocorreram no modo de vida das
comunidades no municipio de Moju a partir da chegada das empresas de dendeicultura
no Pará. Assim como NAHUM e MALCHER (2012) vemos a dendeicultura como um
evento que onde se instala trás consigo mudanças, gerando novas relações entre os
atores envolvidos, neste caso, as comunidades que vivem desde suas gerações passadas
naquele lugar, vivendo da agricultura, onde estabeleciam uma relação de próximidade
com a terra; e que agora, devido a instalação na região de grandes empresas, dentre elas
a MARBORGES, BIOPALMA, AGROPALMA, PETROBRAS e GALP.
Metodologias
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Metodologicamente realizamos investigação sobre a noção de modo de vida na
Amazônia, além da formação de referêncial teórico sobre as políticas de Estado para a
agricultura familiar, o programa nacional de biodiesel e a dendeicultura. Além de
pesquisa de campo e entrevistas com representantes de grupos e empresas da atividade
da dendeicultura. Buscamos construir a pesquisa baseada em um T1 (Tempo 1) e o T2
(Tempo 2), apresentando como T1 o tempo antes da chegada da dendeicultura,
mostrando como as comunidades reproduziam seu modo de vida; e em seguida o T2
enfatizando como as comunidades vivem hoje, após a presença de tais empresas.
Resultados preliminares
Na questão agrária na Amazônia paraense sempre obteve papel de destaque os
conflitos de terra, a apropriação indevida dos recursos naturais e a instação de grandes
projetos na região, acreditamos que seja necessário uma interpretação geografica deste
evento que é a dendeicultura, e que vem influênciando os lugares onde se aporta, neste
caso, investigando se há mudanças e quais mudanças a dendeicultura trouxe ao se
instalar em determinados municipios do nordeste paraense, nosso papel aqui é o de
apresentar os fatos a partir de uma analise geografica, acreditando estar contribuindo
para as discussões sobre a questão agrária paraense.
Fugindo do eixo atual que pressupõe apresentar a dendeicultura de maneira
técnica, exaltando suas potêncialidades, buscamos analisar as mudanças geradas pela
instalação destes grandes empreendimentos em torno da produção da dendeicultura
enfatizaremos aqui o municipio do Moju, localizado na microrregião de Tomé-açu.
Para isso, consideramos a existência de um sub-periodo anterior a chegada da
dendeicultura (tempo 1), onde prevaleciam as relações ligadas a extração da terra,
agricultura e ao cultivo de animais, relações ligadas ao seu entorno, contendo uma
solidariedade e unidade entre as comunidades, utilizando o território para a reprodução
de sua vida. È importante destacar que nesse momento as relações não se baseavam no
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dinheiro e sim nos vinculos fraternais, as áreas comuns e multirões também eram uma
realidade que prevalecia.
O isolamento vivido por tais comunidades geraram particularidades em seu
modo de vida, além de permitirem certa autonômia por parte de suas atividades
econômicas, pois aqui o uso da natureza se dava em prol da reprodução da existência,
apenas isso, não para a acumulação.
O municipio do Moju sempre foi referência na produção de farinha, muitas
familias viviam da plantação de mandioca, para sua subsistência, o exedente era
vendido ou levado até a cidade para ser comercializado, o valor recebido era muitas
vezes dividido entre eles, já que era algo produzido em conjunto, um ajudava o outro
desde o cuidado com a terra, até o processo final torrar a farinha. A figura 1 demonstra
esse processo, que devido as trasformações ocorridas nos ultimos anos, pouco se
reproduz nas comunidades localizadas ao entorno das empresas de dendeicultura.
Figura 1- Produção de farinha no Território Quilombola do Jambuaçu em Moju-PA.
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Fonte: Trabalho de Campo GDEA, 2014.
O Estado que durante muito tempo foi ausênte no meio rural, vê na
dendeicultura e nos programas de produção do óleo de palma para biodisel uma saída
para incluir o agricultor familiar na cadeia produtiva do agronegôcio. Como agente
transformador ele não mede esforços para investimentos em infraestrutura a fim de
oferecer subsidios que permitam a instalação dos grandes projetos de produção da
dendeicultura nos municipios paraenses.
Um conjunto de técnicas oferecidas pela EMBRAPA, somado a um conjunto
de planos e ações políticas,tais relações ocorrem sobre uma base territorial já existente
que influência e resulta em espaços heterogêneos. Tal como Nahum, Malcher (2012),
concebemos a dendeicultura como um evento para o lugar, pois reorganiza a dinâmica
territorial das comunidades próximas aos empreendimentos. Reordenando o lugar
criando singularidades e transformando o espaço.
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A partir da chegada da dendeicultura nos diversos municipios paraenses, mais
precisamente na microrregião de Tomé-açu, temos o emergir de um evento que vem
reconfigurar a dinâmica existente nas comunidades que localizam-se ao seu redor, a
exemplo temos a empresa MARBORGES, que está em atividade desde julho de 1991,
sua indústria foi inaugurada em 1992; sendo composta por duas empresas: Marborges
Agroindústria S.A e a Reflorestadora Mojú Acará Ltda., sendo até a década de 1970 a
REASA detentora das plantações, que após sua falência teve suas áreas compradas
pela Marborges.
Desde sua instalação ainda como REASA alguns embates já foram vivenciados
entres as comunidades e as areas de plantiu da empresa, conflitos de terra
aterrorizavam os moradores que hoje em sua maioria já conseguiram a regularização
fundiária por meio do reconhecimento como remanescente quilombola, sendo
atualmente cerca de 15 comunidades pertencentes ao território quilombola do
Jambuaçu em Moju-PA.
A empresa na área oferece um leque muito de grande de empregos, desde os
mais manuais, que lidam com a manutenção dos dendezeiros, colheita de cacho,
transporte dos cachos até os contendes, retirada dos frutos soltos do chão, fito
sanidade, que é analise manual de cada fruto, estes cargos compreendem em sua maior
parte mão-de-obra local.
Além dessas funções que são as mais “pesadas”, a empresa emprega desde
camareiras, cozinheiras, secretárias, técnicos em agronomia, á trabalhadores da
indústria, mecânicos, motoristas, engenheiros, e outros. Recebendo em sua maioria
mão-de-obra local, a MARBORGES já possui parceria com algumas familias na
produção da dendeicultura, onde o agricultor familiar juntamente com sua familia
passa a cultivar dendê recebendo todo o aparato técnico necessário para a produção,
tendo um contrato assinado pela empresa de compra dessa produção.
Assim como ela temos a BIOPALMA, no município do Acará, empresa que
entrou no mercado de óleo de palma com cerca de 50 mil hectares plantados com
palma, pretendendo ter em 2013, 80 mil hectares plantados e outros 90 mil hectares
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destinados à reserva legal e à área de preservação permanente. A BIOPALMA ainda
possui cinco polos agrícolas na região do Vale do Acará e Baixo Tocantins, no
nordeste do Pará, e será responsável pela produção de 600 mil toneladas de biodiesel
em 2019, quando a lavoura atingir sua maturidade.
Empresa pertencente a Vale em sociedade com o Grupo MSP, a BIOPALMA
da Amazônia S/A, inaugurou sua primeira usina extratora de óleo de palma de dendê
em 2012. A usina encontra-se em Moju, a 150 km de Belém, no Pará, e é a primeira de
duas unidades que serão construídas para extrair o óleo de palma, prevê-se a
construção de uma unidade para transformar o óleo em biodiesel a partir de 2015.
Dessa forma, constitui-se uma nova dinâmica territorial voltada para a
produção da dendeicultura (tempo 2) onde o lugar passa a receber ordens de fora,
comandos exógenos fazem com que este lugar se torne altamente dependente, além do
mais, para tais comunidades, até então esquecidas pelo poder publico o projeto da
dendeicultura passa a ser apresentado pelo Estado como única política de
desenvolvimento territorial para o meio rural capaz de gerar emprego, renda e inclusão
social, fazendo com que as relações tidas entre eles e seu lugar ganhem outros
sentidos, metamorfoseando seu modo de vida de lugar historicamente estruturados
sobre um gênero de vida camponês tradicional.
Gerando talvez, e isso propõe a continuação de pesquisas já em andamento, um
campo sem camponês, e sim com trabalhadores para o capital, uma vez que muitos
passaram a trabalhar de forma assalariada nas empresas, reproduzindo relações
capitalistas, onde ao mesmo tempo que a dendeicultura transforma as relações e
transforma o modo de vida tradicional e suas especificidades, ela ratifica as
heterogênidades pois ao sofrer metamorfoses a partir dos eventos, juntamente com o
espaço, as populações encontram meios de adaptar-se criando novas singularidades,
onde só a partir de um estudo longitudinal, e comparativo chegaremos a um
denominador comum a respeito dos impactos gerados pela dendeicultura.
Somado aos trabalhos de campo realizados com o grupo de pesquisa
Dinâmicas Territoriais do Espaço Agrário na Amazônia ao desenvolver o projeto
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“Usos do territorio dendeicultura e modo de vida quilombola na microrregião de
Tomé-açu-PA” tivemos a oportunidade de conhecer mais de perto a configuração
territorial criada pelo dendê, ao entrevistar os moradores das comunidades, ouvir seus
descontentamentos, em outros casos seus contentamentos (já que as opniões sobre os
beneficios gerados pela dendeicultura variam) elencamos algumas das diversas
mudanças observadas nestes trabalhos de campo.
As mudanças destacadas aqui correspondem as abservações realizadas durante
a aplicação de questionários e entrevistas semi estruturadas, estas são voltados ao
modo de vida das comunidades que moram ao entorno das empresas de dendeicultura.
a) Risco a segurança alimentar e nutricional;
b) Perda da autonomia sobre suas terras;
c) Dependência dos preços no mercado do monocultivo de dendê;
d) Desestruturação do modo de vida dessas comunidades;
e) Assoreamento e contaminação dos igarapés;
f) Impactos na manutenção e execução no plantio diversificado;
g) Preferência por atividades ligadas a dendeicultura (emprego fixo e
registrado);
h) Desmobilização politica da comunidade;
i) Dendeicultura como única alternativa de reprodução;
j) Inchaço populacional nas comunidades mais próximas as empresas em
busca de empregos;
k) Aumento da violência nestas comunidades assim como em alguns casos
aumento no tráfico de drogas;
l) Alta rotatividade dos funcionários nas empresas de dendeicultura;
m) Envelhecimento da mão- de- obra na agricultura;
n) Surgimento e predominância das relações ligadas ao dinheiro, trabalho
terceirizado na roça;
o) Detrimento da agricultura familiar, já que os jovens passam a trabalhar
desde cedo nas empresas;
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Precisamos ter consciência de que a dendeicultura não é a responsável por
todos os problemas atuais no campo paraense, e nem de que é a cultura em si que gera
transformações negativas, além disso, nossa analise não pode ser focado só nos fatores
que nos interessam, neste caso, precisamos entender que existem outros fatores que
somados a dendeicultura impulsionam as mudanças, como é o caso do programa bolsa
familia e da aposentadoria rural, que já vem em pequena escala modificando o modo
de vida destas comunidades. Resultado em certa dependência das familias por estes
recursos financeiros, ou seja, as variaveis são muitas, a dendeicultura é uma delas.
Tais ideias consistem nos resultados prelimináres de uma pesquisa de
dissertação de mestrado, conjuntamente com as ações de pesquisa do Grupo
Dinâmicas Territoriais do Espaço Agrário na Amazônia (GDEA), buscamos dar
continuidade as questões aqui levantadas, como forma de colocar em evidência as
questões vividas no Estado do Pará, que tem sido cenário de diversos conflitos de
terra, assim como a Amazônia como um todo, na luta pela preservação de seus
resursos naturais e do modo de vida de suas populações.
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