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    Fundao Getlio VargasGraduao Tecnolgica em Processos Gerenciais

    Equipe G4Airton Joaquim

    Daniel BicharaGibson Nascimento

    Ldia BelarminoRafael Williams

    I Workshop Interdisciplinar 2009Estrutura Organizacional x Relaes de Poder

    Estudo de Case: Steve Jobs26 de outubro de 2009

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    diversa.". Essas palavras, que abrem a conferncia de Fernando Henrique Cardoso nono lndian lntemational Centre, em Nova Dli, retratam uma indiscutvel realidade.

    Falar de Globalizao hoje j no nenhuma novidade. O mundo inteiro sabe disso, umfenmeno social, de escala global que integra itens antes segregados como economia,

    poltica, cultura e o ser social. Globalizao, podemos resumir, em encurtamento dedistncias e surgiu inevitvel com os avano do capitalismo e foi possvel graas aosavanos tecnolgicos e a necessidade de expandir o fluxo comercial.

    Os impactos da globalizao no modelo de relaes de poder, foi diluindo edespersonalizando a relao patro-empregado nos setores mais dinmicos e modernos.Esta era, de mundializao do capital, modificou o paradigma econmico e financeiro,transformando sociedades nacionais em globais, e com a liberalizao do comrcioexterior, comeamos acostumar com multinacionais perto de casa. As relaes de

    produo, de trabalho e poder se modificaram e irreversivelmente.

    No se fala apenas em competio empresarial no mundo, mas em ambiente altamenterivalizado. A interpenetrao de mercados, com a conseqente mudana na forma deconcorrncia interfirmas para outro, de rivalidade global tem levado as organizaes a

    buscarem um diferencial estratgico para poder competir em Mercado Global.

    Neste cenrio, est cada vez mais difcil ser diferente. Qualquer diferencial facilmentedesbancado pela ambiente competitivo e superado. Por isso, outros diferenciais comoestabelecer uma imagem positiva da empresa/marca junto ao cliente, se tornaram umaestratgia essencial. A imagem tem forte carga emocional capaz de criar vnculos com ocliente.

    Mas no s isso, a gesto da empresa deve ser globalizada. As empresas passaram a secaracterizar por estruturas enxutas e sistematizadas, com reduo de nveis hierrquicos,flexibilizao, orientao para busca constante por qualidade, capacitao contnua deseus profissionais, gesto de comunicao e outras.

    Com viso estratgica, empreendedora. No basta ter bons produtos. Deve haver viso.Conhecer o mercado, prever mudanas, se preparar para elas, estar seguro em caso deturbulncias. Deve estar pautada um modelo de gesto adequado para o seu negcio,deve ter estruturao.

    O Lder global deve saber operar em mltiplos ambientes na tentativa de alcanar ummesmo objetivo, deve administrar a empresa integrada em outras fronteiras pautadas

    por diferentes sistemas culturais, jurdicos e econmicos. Mas no se podesimplesmente clonar algum modelo de gesto de sucesso. Para clonar o modelo deGesto da Apple, somente clonando seu lder Steve Jobs.

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    Steve Jobs, atual e quase vitalcio CEOda Apple por excelncia, ele gera

    polmica, no somente pelo seu jeitoexcntrico, autoritrio e dizem at

    carrasco, mas principalmente pela suaparticipao na histria da informtica,pelo seu esprito inovador e inventivo.Chamado de astro do rock e executivo

    pop star, ele simplesmente revolucionoua computao pessoal.

    um lder nato, e famoso pelo seu comportamento explosivo que j foi causador depnico aos seus funcionrios. Famoso tambm pela sua capacidade de aliar algo muitoprtico com muito moderno, designs inovadores e sofisticados com viso de mercado,tornando seu processo criativo em vendvel. Jobs um motivador nato e um bom

    palestrante, com observaes que sempre remetem emoo mais do que lgica.Quando discursa, sempre ovacionado no mundo inteiro.

    Steve Jobs revolucionou a estratgia daApple, sem seguir padres clssicos ecom estilo nico. Tendo esta visoglobalizada, Steve Jobs, recuperou aApple da quase morte, ampliando osnegcios para outros mercados e comosaldo, um alcance mundial.

    Hoje alm de computadores Apple, tem entre seus produtos aplicativos digitais comoiPod (tocador de musica porttil) o iTunes (tocador de mdia e gerenciador de iPods e aloja virtual para a aquisio de musicas MP3 a iTunes Store, alm da participao de7 . Sua viso no para por ai em 2007 a Apple embarcou no mercado de telefoniamvel com o iPhone. Alm de ser o maior acionista individual da Walt Disney, postoque adquiriu depois que esta ltima adquiriu dele, a Pixar, empresa de animao porcomputao grfica, que criou por exemplo, os filmes Procurando Nemo, MonstrosS.A., Carros, Os incrveis, Ratatouille, entre outros.

    um lder de estilo democrtico, porm com algumas posturas e atitudes que o colocamcomo Liberal. Uma das suas principais estratgias de negcios recrutar as pessoasmais talentosas que puder encontrar. E ainda participa de todas as grandes decises daempresa. Jobs tem duas bases de apoio, chamadas por ele de Deeply Collaboration eControl.

    A primeira, Colaborao profunda em portugus, no existe um setor que detm umproduto, tudo criado e trabalhado simultaneamente com envolvimento de todos os

    departamentos e revisado constantemente. um processo orgnico. A segunda lio

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    sobre o Controle, participa do desenvolvimento das idias em todas as fases mas aresponsabilidade decisria sobre os produtos, suas estratgias ficam sob o seu controle.

    Inovao, controle total da coisa,

    valorizao do talento e viso global,so caractersticas deste lder. E garantiade sucesso para a Apple.

    Mas no sem MUITO trabalho. O que uma tendncia verificada no cenrio

    globalizado. Aqueles que esto no poder esto trabalhando mais, direcionando para acarreira a maior parte de seu tempo. O que um paradoxo, em pleno sculo 21, as

    pessoas e principalmente a cpula, diante dos termos produtividade com avanotecnolgico, que fazer mais com menos, no estejam aproveitando mais a vida. O queintriga justamente o fato de o peloto de elite da fora de trabalho, os executivos maisqualificados, estejam na contramo do que deveria ser tendncia. Este contrasensocontemporneo est justamente ligado ao fenmeno da globalizao. A mudana nomodelo das empresas promoveu tambm quebra nas barreiras de horrios, trabalhar setornou um torneio e o stress tambm entrou no cardpio do inconsciente coletivo. O

    ritmo de trabalho possivelmente no ir desacelerar, e, goste-se ou no da atualrealidade, o fato que a maioria ter de aprender a conviver com ela de maneiraequilibrada.

    Globalizao - charge

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    Globalizao - foto ilustrativa

    CrnicaO QUE GLOBALIZAO.

    De um leitor (parece fico, mas eu os tenho), recebo esta jia de definio.

    GLOBALIZAO

    Pergunta: Qual a mais correta definio de Globalizao?

    Resposta: Morte da Princesa Diana.

    Pergunta: Por qu?

    Resposta: Uma princesa inglesa com um namorado egpcio, tem um acidente de carrodentro de um tnel francs, num carro alemo com motor holands,conduzido por umbelga, bbado de whisky escocs, que era seguido por paparazzis italianos, em motos

    japonesas.

    A princesa foi tratada por um mdico americano, que usou medicamentos brasileiros. Eisto enviado a voc por um brasileiro, usando tecnologia americana (Bil Gates), e,

    provavelmente, voc est lendo isso em um computador genrico que usa chips feitosem Taiwan, e num monitor coreano montado por trabalhadores de Bangladesh, numa

    fbrica de Singapura, roubados por indonsios e transportados em caminhesconduzidos por indianos, descarregados por pescadores sicilianos, reempacotados pormexicanos e, finalmente, vendido a voc por judeus, de um entreposto do Paraguai.

    Globalizao - Crnica

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    tica

    Segundo o Novo Dicionrio Aurlio, 1986, tica o "estudo dos juzos de apreciaoreferentes conduta humana suscetvel de qualificao do ponto de vista do bem e do

    mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto" e, emseguida, a anotao: "compare com moral". Ainda no Aurlio, moral: "Conjunto deregras de conduta consideradas como vlidas, quer de modo absoluto para qualquertempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada". E: "O conjunto das nossas

    faculdades morais; brio, vergonha". Etimologicamente, tica vem do grego ETHOS,modo de ser, carter e tem seu correlato no latim MORALE com o mesmo significado;conduta relativa aos costumes. Podemos concluir que, etimologicamente, trata-se deuma realidade humana construda em base histrica e socialmente a partir das relaescoletivas dos seres humanos nas sociedades a qual esto inseridos.

    Valores ticos nas relaes profissionais esto no centro de algumas das polmicas maisinflamadas dos ltimos tempos. Quais so exatamente as fronteiras entre os direitos edeveres dos funcionrios e os direitos e deveres da empresa? O assunto ainda maisdelicado porque no depende somente de normas e leis trabalhistas. Envolve a tica,que, embora seja um valor universal, no varejo est sujeita a interpretaes subjetivas.

    O filme Ensaio sobre a Cegueira de Fernando Meirelles baseado na obra de JosSaramago, questionado a conduta de pessoas comuns quando arrancadas de seu

    cotidiano e introduzidas em novo contexto, um sentido, a Viso, suprimida. Aausncia da Viso proporciona uma reviravolta na ordem do poder: a pessoa cega, que

    j conhecia a limitao e estava adaptada a ela, torna-se pea importante para o controlee a manuteno do novo grupo dominante no poder. Mas este cego no era o lder. Poroutro lado, a personagem principal, nica que ainda enxergava, conduzia os demais paraassist-los nas tarefas mais bsicas, auxiliando-os na adaptao com o novo meio queforam inseridos.

    E o lder, quem era o lder? Uma noo muito primitiva,o lder naquele momento era o mais forte a quem todostemiam. Uma liderana baseada no medo, na violao

    psicolgica. Neste momento no discutiremos o papeldo lder e o relacionamento entre os personagens masabordaremos a tica nas relaes de poder.

    Imagine-se numa situao extrema de job rotation: voc assume o lugar do seu chefe

    como no filme em que a ausncia de viso trouxe um novo lder e o seu chefeassume seu posto. Como voc agiria? Voc arrancaria o couro dele? Voc, o novo

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    chefe, talvez com uma mesa melhor voltada para a janela e longe daquele cubculo,tem uma sensao de prazer. Imediatamente, lembra-se que aqueles emails chatos,comunicados e planilhas podem ser abandonados. Se voc precisar de algo, s pedir

    para um subordinado. Que vida boa, hein!? Neste instante, voc lembra daquele dia quevoc pegou um atestado mdico falso para justificar aquela esticadinha do feriado. Eo outro dia, que voc no estava com vontade de trabalhar e ficou olhando as revistas naweb. E o seu antigo chefe, ser que ele est fazendo isto agora?

    Mas e os seus novos chefes? O dono do negcio, o presidente, o investidor ou oconselho para quem voc deve dirigir-se? Teremos uma nova relao de poder que,talvez, at ento voc desconhecia. Novas tarefas, novas obrigaes, novasresponsabilidades e, quem sabe, ainda mais trabalho. Voc logo comea a pensar na

    primeira reunio: e se eles arrancarem meu couro?

    Nossas relaes devem estar pautadas no mnimo moralmente, nas normas mais bsicasde conduta. Se a relao de trabalho com seu chefe sempre foi pautada pela tica, nadamudaria neste job rotation. Talvez, o primeiro passo para a tica seja a resposta para a

    pergunta: e se eu estivesse no lugar dele?

    Para pessoa pblica, a responsabilidade em relao tica elevada, por naturalmenteser um influenciador, um formador de opinies. No caso de Steve Jobs, no somente

    pela reputao da empresa que representa, mas os valores e crenas que envolvem seu prprio nome, sua imagem. A imagem deve refletir respeito, integridade, simpatiasomados s caractersticas e valores da empresa combinada com medidas prticas e um

    firme compromisso com uma conduta tica e a misso de praticar e motivar os outrospara a prtica da cidadania.

    A prpria histria de sucesso da Apple remete histria pessoal deste grande lder,fundou a Empresa e dela foi demitido. Do zero, iniciou uma empresa de animao porcomputao grfica, a NeXt que mais tarde foi comprada pela prpria Apple, ocolocando novamente frente da empresa.

    Steve Jobs o cone do sucesso, da resilincia, sem nunca se abalar, apenas motivadopela paixo pelo que faz e isso que propaga em suas palestras pelo mundo.

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    tica charge

    tica Foto ilustrativa

    Responsabilidade Social

    Nem sempre oempresariado pensou

    em responsabilidade social. O termo empresasocialmente responsvel relativamente novo e nasceu

    por demanda social. Aquela histria de cada um fazer asua parte por um mundo melhor, mais verde passou aconstituir um slogan obrigatrio, de natureza intrnseca,no cerne da cidadania, ao ponto de fazer parte do DNAde qualquer instituio. Como tornar a responsabilidadesocial inerente, atendendo presso do mercado sem

    perder a essncia? Esse um dos maiores desafios.

    A ideologia da responsabilidade social, incorporada pela organizao, faz parte de ummovimento de resposta aos ataques sofridos pelas grandes corporaes, que so

    percebidas como sistemas fechados, de legitimidade questionvel, com enorme poder

    poltico, econmico e social.Por intermdio desse movimento, a organizao desenvolve uma interveno maisqualificada em direo dominao dos influenciadores externos nas relaes de poder.Aliada pratica filantrpica, a organizao, ao desenvolver programas ou melhoria emservios ou produtos, busca no apenas o fortalecimento da prpria imagem, comotambm o desenvolvimento interno de competncias.

    A concepo da ideologia da responsabilidade social ainda pode ser vista meramentecomo uma pura pea da estratgia empresarial, a gerncia da organizao visualiza as

    possveis contribuies ou reivindicaes de outros atores sociais, organizados comopontos geradores de conflitos. Numa relao de poder em que um conjunto de atores

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    permanece inteiramente submisso, a interface organizaosociedade realizada sobuma nica via. A difuso da ideologia da responsabilidade social essencialmente sob aptica gerencial acaba ocultando um antigo debate sobre o controle das corporaes nasociedade, reduzindo-o a uma discusso dicotmica entre a prtica ou no da cidadaniacorporativa. Assim, o comportamento das corporaes, que na realidade se encerra nasrelaes de poder que envolvem grupos de presso na sociedade, traduzido pela visohegemnica da gerncia. Portanto, a presso dos influenciadores externos sobre aorganizao importante no s para a rediscusso da governana corporativa, mastambm para compensar o poder resultante das prerrogativas de natureza gerencial. Aideologia da responsabilidade social ultrapassa as fronteiras do discurso hegemnico daimportncia da tica na conduo dos negcios, situando-se em um contexto de relaesde poder em que ocorrem conflitos envolvendo dominao e subordinao. Uma

    perspectiva da cidadania corporativa como uma relao de poder em que cabe aosdiferentes agentes (stakeholders) negociar os interesses prprios com as corporaes.

    O referencial terico est estruturado em pesquisa bibliogrfica que abrangediversas concepes sobre a responsabilidade social, culminando numa anlise acercada difuso dos valores da cidadania corporativa em todo o universo empresarial, o queleva gerao de movimentos diferenciados com o mesmo objetivo: a veiculao deuma imagem socialmente responsvel. Tais movimentos, que variam de aescentralmente planejadas por associaes empresariais, como o incentivo aovoluntariado, a programas focalizados de cunho filantrpico, resultam da avaliao de

    que as organizaes operam em um ambiente social que exige mais do que somente asobrigaes legais e financeiras. (Mcintosh, 2001).

    Conseqentemente, a ideologia da responsabilidade social demonstra a preocupao dasorganizaes com a presso dos influenciadores externos nas relaes sociais de poder,resultado de mudanas sociais que impulsionaram a aceitao de novas normas, que,

    por sua vez, tornaram comportamentos anteriores socialmente inaceitveis.

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    A sustentabilidade obriga a corporao a desenvolver nveis mais altos de flexibilidadena atuao social. Outro conceito o de responsividade social e entendido como o

    papel a ser desempenhado pela corporao a longo prazo, num contexto socialdinmico. Pressupe que a corporao antecipe as provveis mudanas futuras nocenrio social, que podem ser resultantes da atuao da prpria corporao ou de

    problemas sociais em que as corporaes precisem desempenhar um papel significativo. Nas palavras de Sethi, as corporaes devem iniciar polticas e programas queminimizem os efeitos adversos de atividades suas, presentes e futuras, que possam

    gerar crises e tornar-se catalisadoras de ondas de protestos (Sethi, 1975, p. 63).

    Da hegemonia do discurso da responsabilidade social no ambiente empresarial decorre arelevncia do desempenho social das corporaes, em que aes sociais so mensuradas

    por intermdio de balanos especficos que possibilitam a institucionalizao decomportamentos e a difuso de polticas de marketingno mercado. Isso significa que huma batalha em busca das mentes das pessoas numa estrutura social que valoriza

    imagens de representao. Hoje, o Empreendimento com responsabilidade social deveser ecologicamente correto, economicamente vivel e socialmente justo.

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    Mas existem casos em que no se trata apenas de imagem. A Apple, por exemplo, umdos casos raros de engajamento em Sustentabilidade. Para melhorar de forma efetiva ocaos ambiental e social do planeta ela acredita que precisa levar ao cerne do seu negcioestes conceitos de desenvolvimento na linha sustentvel. Como nas palavras do prprioCEO, o grande Steve Jobs, disposio no site da Apple:

    Atualizao Ambiental da Apple de 2008

    Nos ltimos anos, a Apple tem se preocupado em ser mais transparente com relao smedidas que adotamos para proteger o meio ambiente e tornar a nossa empresa mais

    sustentvel. Nesta atualizao ambiental, gostaria de informar nosso progresso eapresentar um sistema inovador de relatrio que acreditamos ser nico no mercado.

    Remoo de Materiais TxicosNo ano passado, anunciamos uma meta sem precedentes: eliminar o PVC (cloreto depolivinil) e os componentes retardadores de chama bromados (BFR) dos produtosApple at o final de 2008. Tambm anunciamos a remoo de mercrio das telas earsnico dos vidros dos monitores, assim como a transio para a tecnologia de diodode emisso de luz (LED), com menor consumo de energia.

    O maior desafio a eliminao do PVC e dos BFRs, que outras empresas prometeramfazer em determinadas partes como as placas de circuito impresso e estruturas. Ns,

    em contrapartida, estamos removendo todas as formas de bromo e cloro dos produtos eno apenas o PVC e os BFRs. A Apple testou e qualificou milhares de componentes e plsticos comprovadamente sem bromo e cloro. Estamos nos estgios finais dedesenvolvimento e certificao de cabos de alimentao sem PVC.

    Em junho de 2007, a Apple deu incio comercializao do MacBook Pro de 15polegadas, com a primeira tela LED de 15,4 polegadas sem mercrio. Em janeiro de2008 atingimos outra meta com o lanamento do MacBook Air, o notebook mais finodo mundo e o primeiro com vidro sem arsnico e tecnologia de retroiluminao semmercrio. Mais recentemente, lanamos os primeiros iPods sem BFR e PVC e o iPhone

    3G com tela sem mercrio. A nova famlia de MacBook vem com telas LED e continuafirme com o nosso compromisso como os notebooks mais ecologicamente corretos at omomento.

    Tenho orgulho de anunciar que todos os desenhos dos novos produtos da Apple esto acaminho de atingir nossa meta para o final de 2008.

    Reciclagem

    Houve um aumento significativo nos programas de take-back de produtos da Appledesde a ltima atualizao, quando estabelecemos as metas de reciclagem mais

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    agressivas do mercado. Em 2007, nosso volume de reciclagem aumentou 57% , com aApple coletando perto de 9,5 milhes de quilos de lixo eletrnico.

    Lembre-se que medimos o nosso desempenho em reciclagem de acordo com um padroproposto primeiramente pela Dell: comparando a quantidade coletada com o peso total

    dos produtos comercializados sete anos antes. Em 2007, chegamos a 18,4%, bem acimada nossa meta de 13%. Nossa meta para 2010 era de 28% e iremos bat-la em 2008,dois anos antes do prazo estabelecido'.

    A Apple oferece opes de take-back para os clientes em 95% dos pases onde osnossos produtos so comercializados. Leia aqui mais sobre o nosso progresso comrelao reciclagem.

    Emisso de Carbono

    No ano passado, prometi uma atualizao sobre as emisses de carbono quandodecidimos avaliar o real impacto ambiental da Apple. A maioria das empresasconcentra-se nas emisses geradas em seus escritrios ou fbricas, mas descobrimosque elas so responsveis por apenas uma pequena frao, ou seja, menos de 5%, dos

    gases do efeito estufa associados aos produtos eletrnicos.

    Por isso decidimos medir as emisses em cada estgio do ciclo de vida de um produto,da produo e transporte, sua utilizao e eventual reciclagem. A partir de hoje a

    Apple apresentar essas informaes sobre cada produto que for lanado para que osnossos clientes entendam melhor o progresso que estamos fazendo.

    Nossos novos Relatrios Ambientais de Produto, disposio no link desta pgina,oferecem uma descrio detalhada da economia de energia, composio, embalagem e,o mais importante, as emisses de gases do efeito estufa, de cada produto. Nenhumaoutra empresa do mercado fornece tantos detalhes sobre um produto.

    E, logicamente, continuaremos empenhados em reduzir as emisses associadas aosprodutos Apple. Isso significa torn-los mais eficientes em termos de tamanho econsumo de energia. Por exemplo, o iMac de 20 polegadas consome praticamente amesma quantidade de eletricidade de uma lampada, apenas 67 watts. Bem mais

    eficiente do que os nossos concorrentes disseram que iam fazer com os PCs h doisanos.

    Estamos encarando a questo em termos de produto porque acreditamos que essa amelhor forma de ajudar os nossos clientes a tomarem decises abalizadas sobre asemisses de carbono e como reduzi-las. Gostaria demais que vocs lessem esses novosrelatrios.

    Steve Jobs

    http://www.apple.com/recycling/http://www.apple.com/recycling/http://www.apple.com/br/environment/reports/http://www.apple.com/recycling/http://www.apple.com/br/environment/reports/
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    Concluso:

    A Apple uma gigante e se traduz em uma empresa fora dos padres. Possui sistema dehierarquia mais enxuto, o que poderia conferir maior liberdade porm sua culturaorganizacional pode ser afetada pelos sabores e dissabores de seu maior executivo-estrela e CEO, Steve Jobs. Como poucas empresas no mundo est socialmente engajadanos princpios de sustentabilidade como parte da natureza tica da companhia, da suanatureza. tica e Responsabilidade Social aqui no so meramente sinnimas de"crenas e valores nobres", nem est totalmente protegida contra crticas relacionadas sua estratgia de sustentabilidade, mas est fazendo sua parte e gerando exemplo paraoutras gigantes.

    Referncias bibliogrficas:

    CHIAVENATO, Idalberto. Administrao Teoria, Processo e Prtica. So Paulo:McGraw Hill, 1987.

    ALVES, E. Dimenses da responsabilidade social da empresa: uma abordagemdesenvolvida a partir da viso de Bowen.Revista de Administrao, So Paulo, v. 38, n.

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    Autor desconhecido. O que a tica?. Disponvel emhttp://www.dhnet.org.br/direitos/codetica/textos/oque_e_etica.html

    Autor desconhecido. Crnica O que a Globalizao. Publicado por Chico Dias.Disponvel em http://www.conteudo.com.br/chicodias/o-que-e-globalizacao-2

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    Cornell University of Law School. Ethics: an overview. Disponvel emhttp://topics.law.cornell.edu/wex/Ethics.

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    KAHNEY, Leander.Inside Steves brain. Editora Agir, 2009.

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    MCINTOSH, M. Cidadania corporativa estratgias bem-sucedidas para empresasresponsveis. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.

    SAVITS, Andrew W. e Weber, Karl.A empresa sustentvel. Editora Elsevier, 2edio

    SETHI, P. S. Dimensions of corporate social performance: an analytical framework.California Management Review, v. 13, n. 3, p. 58-64, 1975.

    TACHIZAWA, Takeshy. Gesto Ambiental e Responsabilidade Social Corporativa.Editora Atlas, 4edio.

    WIKIPEDIA.tica. Disponvel em http://pt.wikipedia.org/wiki/tica

    VAZQUEZ, Adolfo Snchez.tica. 1995.

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