Post on 28-May-2015
Gestão do Conhecimento
Ser é saber
Mudança de foco
Há 50 anos, as economias mundiais baseavam seu sistema de valores na produção. Hoje, esse sistema está fundado em intelecto e capacitação.
Onde está o poder
No mundo dos negócios de hoje, o que as organizações sabem está se tornando muito mais importante do que as tradicionais fontes de poder econômico: capital, terra e trabalho.
Acesso à informação
Hoje, a vantagem competitiva está em agir para explorar a dinâmica do mercado. Isso só acontece em empresas cujo pessoal tem acesso às informações necessárias para identificar tendências ou maximizar a experiência coletiva da companhia para gerenciar oportunidades.
Um Tesouro Enterrado
Arquivos mortos
Em todas as organizações, há um conhecimento extremamente valioso sobre o negócio, seus produtos, clientes, processos e concorrentes. Mas quase sempre este conhecimento está trancado nas mentes das pessoas, ou em arquivos de papel, ou em formato digital.
Sharing
Para trazer à luz esse conhecimento é preciso suprir a cultura, os processos e a tecnologia que facilitem o compartilhamento da informação e o melhor desempenho geral da empresa.
Obstáculos
Compartilhar o conhecimento? Desenvolver o próprio
conhecimento é a maneira de se diferenciar na organização. Isso gera a atitude de que “conhecimento é poder”. Recompensando os que têm maior conhecimento, os gerentes reforçam essa atitude e favorecem um ambiente de desconfiança.
Medo da inovação
Ação e pensamento inovadores são essenciais para lidar com mercados em constante mudança. Contudo, a inovação é quase sempre considerada uma iniciativa arriscada. As pessoas se agarram aquilo a que já estão acostumadas, o que quase sempre resulta em oportunidades perdidas.
Atmosfera
Para vencer essas barreiras, a organização precisa criar uma atmosfera em que compartilhar o conhecimento e inovar sejam recompensados, implícita e explícitamente.
De onde vem o conhecimento
Dados do Negócio Um apanhado de fatos selecionados
sobre os acontecimentos correntes. A maioria das organizações obtém esses dados de serviços especializados. São também assinantes de relatórios de informação demográfica, estatísticas da concorrência e outras informações de mercado. Tudo isso precisa ser analizado, sintetizado e transformado em informação e conhecimento.
Conhecimento explícito
É o que nos dá o contexto para experiências e idéias. A informação - ou experiência explícita - está armazenada em conteúdos semi-estruturados, como documentos, e-mails, correio de voz e multimídia.
Esse conteúdo precisa ser gerenciado de maneira a torná-lo fácil de localizar, reutilizar e aprender com a experiência, de modo a não repetir erros e não duplicar tarefas.
Conhecimento tácito
É formado pelas idéias, sacadas, valores e decisões de indivíduos. É dinâmico e só pode ser acessado através da colaboração e comunicação diretas com os peritos que têm o conhecimento.
Incentivos
O sistema de gestão do conhecimento precisa fornecer os incentivos culturais para o compartilhamento de experiências pessoais que, historicamente, constituem o valor do indivíduo para a organização
Missão
Hoje, a contribuição do indivíduo está em criar novo conhecimento, através da colaboração com outros e da síntese das informações e dados disponíveis.
A prática da Gestão do Conhecimento
Criação Consiste em transformar o
conhecimento tácito em conhecimento explícito. Esforços neste sentido podem incluir a criação de fóruns para discussão de temas de interesse. É um trabalho de grupo voltado para a solução de problemas, para estudos dirigidos e estudos de temas abertos.
Modelos conceituais
O objetivo desses fóruns é provocar reflexão sobre questões, cotidianas ou não. O resultado é a criação de novos modelos conceituais, a serem usados imediatamente ou em oportunidades posteriores.
Utilização
Aqui, a Tecnologia da Informação faz a diferença. Não adianta investir na criação do conhecimento se não houver, na organização, uma cultura de pesquisa voltada para o aproveitamento desse conhecimento.
Retenção
Pode assumir dois sentidos: o de assimilar ou o de preservar o conhecimento. No sentido de assimilar, a criação de modelos conceituais é um método especialmente válido. Os modelos possibilitam um melhor compartilhamento e armazenamento do conhecimento gerado para posteriores aplicações.
Patrimônio
No sentido de preservar, a consideração mais importante na gestão moderna é a de que o conhecimento gerado constitui patrimônio, podendo, portanto, transformar-se em dinheiro.
Medindo o conhecimento A quantidade de conhecimento de
uma organização é a diferença entre o seu valor de mercado e o seu valor patrimonial. O preço de venda da Lotus à IBM, por exemplo, dá uma idéia da dimensão que este conceito pode assumir: 15 vezes o valor patrimonial da primeira.
Medir o conhecimento organizacional é viável no nível do conhecimento explícito. O mercado, por sua vez, avalia o conhecimento explícito da organização e especula sobre o tácito. De qualquer forma, o conhecimento tácito é a “possibilidade” que valoriza a organização do conhecimento.
Motivação
Nas organizações do conhecimento, onde o trabalho intelectual será cada vez mais predominante, mais os contratos de trabalho serão psicológicos. Organizações e pessoas estarão mais envolvidas na identificação das expectativas dos outros.
Reter talentos dependerá fundamentalmente disso.Algumas recompensas materiais e benefícios devem ser especificamente estipulados e concordados, porém os fatores psicológicos, tais como a satisfação no trabalho e as expectativas de trabalho desafiante, tratamento imparcial e assim por diante são mais implícitos por natureza.
Mesmo assim, embora não declaradamente, esta “renda psicológica” talvez seja o componente mais crítico do contrato.
Na Era do Conhecimento, os sistemas de autoridade com ênfase no controle e na coerção estão definitivamente sepultados. As normas e os valores da organização serão decisivos para definir quem vai poder (ou querer) trabalhar para ela.