Psicopedagogia hospitalar blog

Post on 06-Jun-2015

347 views 2 download

description

(Slide) Psicopedagogia Hospitalar IESF - Imperatriz - MA (BRASIL)

Transcript of Psicopedagogia hospitalar blog

Aprendizagens Humanas Aprender novas habilidades com

significado Humanização do atendimento hospitalar

No âmbito Institucional No âmbito clínico (diferente de

atendimento na clinica)

Teoria sistêmica Pediatria Processos de aprendizagens no período

de internação Procedimentos na chegada a unidade

hospitalar

Entrei no quarto onde estava um menino. Cumprimentei.Apresentei-me como estagiária de Psicopedagogia. A tia que acompanhava o menino pediu que eu explicasse o que esse serviço oferecia e foi logo dizendo que precisava conseguir uma recarga para o tubo de oxigênio que o menino utiliza em casa. Aos poucos fui me inteirando da história de SRH um menino com 11 anos, consegue ficar apenas 6 horas sem estar conectado ao oxigênio. Segundo relato da mãe teve uma infecção generalizada ao nascer o que ocasionou lesões no cérebro e no pulmão. Observei que SRH é um menino que apresenta bastante insegurança e comportamento infantilizado.

A partir do que observei procurei no material disponível algo que deixasse o menino mais a vontade para conversar e que pudesse criar um certo vínculo para uma intervenção mais efetiva Montamos quebra-cabeça, jogamos memória e dominó. Brincamos de escolinha e percebi que ele reconhece as letra do alfabeto e os numerais até 10 mas ainda não lê sílabas.Após conversar com a enfermeira responsável pela pediatria, passei algumas instruções: Poderia ir até a sala de brinquedos, escolher um brinquedo ou um livro de histórias para o acompanhante ler.

Precisou ir ao banheiro, pediu que eu esperasse o seu retorno que eu não fosse embora porque havia gostado muito de brincar comigo. Tive que prometer que eu esperaria a sua volta e que eu brincaria mais um pouco com ele. Tentava adivinhar as palavras escritas nos cartazes do quarto. Uma tia do menino estava acompanhando a internação e parecia saber muito mais sobre SRH do que a mãe. Deixei o dominó e o jogo da memória para a tia jogar com ele.

Entrei no quarto onde estava um menino. Cumprimentei.Apresentei-me como estagiária de Psicopedagogia. A tia que acompanhava o menino pediu que eu explicasse o que esse serviço oferecia e foi logo dizendo que precisava conseguir uma recarga para o tubo de oxigênio que o menino utiliza em casa. Aos poucos fui me inteirando da história de SRH um menino com 11 anos, consegue ficar apenas 6 horas sem estar conectado ao oxigênio. Segundo relato da mãe teve uma infecção generalizada ao nascer o que ocasionou lesões no cérebro e no pulmão. Observei que SRH é um menino que apresenta bastante insegurança e comportamento infantilizado.

Brinquei com a menina PRJ 7 anos primeira série. Ela estava sendo medicada devido uma picada de inseto que ocasionou grande alergia. PRJ estava ansiosa para sair do hospital e voltar logo para casa. Dizia estar com saudades da escola e dos colegas. Perguntava a todo instante quando voltaria para casa. A avó materna estava acompanhando a menina porque a mãe e o pai trabalham o dia todo. Ofereci bonecas, alguns jogos e alguns livros. PRJ convidou-me para brincar de casinha. Montamos duas casinhas. Éramos vizinhas. Ela tinha dois filhos e eu tinha apenas um bebê. Tudo foi sendo montado por sugestões da menina. “Num determinado momento ela estava visitando a vizinha e disse:” tenho que ir, se não ele chega e fica brigando...ele bate nas crianças e eu não gosto que ele faça isso.” Então eu digo: “ mas porque ele bate nas crianças?” ela responde: “ eu não sei ele se encachaça e daí já viu NE...” tchau eu já vou...foi bom ter vindo aqui , sempre é bom ter amigos para conversar...contar estas trapaça dele...”nisso a avó que havia saído do quarto estava retornando e eu respondi: Tchau amiga! volte sempre pode ser pra conversar, ou tomar um chimarrão, traga suas meninas para brincar com meu bebê.” Ela olhou séria e disse “tchau vizinha.” A enfermeira chegou para verificar os sinais vitais e levar a menina para um exame. Eu me despedi e a deixei com os brinquedos, sugerindo que a avó lesse uma história para PRJ.

É no espaço da transicionalidade que se entrelaçam os fios da subjetividade, trama de angústia e de esperança. Fios que se entrelaçam, se acrescentam e se desfazem, adquirindo novas formas e cores, numa dança continua. Dança por vezes suave e encantadora, por outra vigorosa, agressiva, triste ou apaixonada, mas sempre melodia expressando o mistério da vida. (WINNICOT, 1997, p.57)