Unidade 2 - PNAIC - Planejamento

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Orientadora: Elaine Regina Cruz Ortega

Leitura

Produção de texto escrito

Análise linguística

S.E.A.

Oralidade

Ano 1

Leitura

Envolve a aprendizagem de diferentes habilidades:

• Domínio da mecânica que implica na transformação dos signos escritos em informações;

• Compreensão das informações explícitas e implícitas do texto lido;

• Construção de sentido.

Ano 1

Leitura

• Atuar como mediador dos processos de leitura;

• Ler diariamente para os alunos, textos de diferentes gêneros e com diferentes objetivos (deleite, busca de informações, etc);

• Propor atividades de leitura diversificadas (individual, compartilhada) e próximas das práticas sociais de letramento.

Cabe ao professor alfabetizador:

Ano 1

Dimensões da escrita a serem contempladas:

• Registro de um texto que se sabe de cor; • Reescrita de textos, em que as crianças sabem o

conteúdo do texto, mas precisam recuperá-lo e escrever de outro modo;

• Escrita autoral de textos, em que os estudantes precisam definir o que vão dizer e como vão dizer.

Produção de texto escrito

Ano 1

Produção de texto escrito

• Despertar o desejo de escrever;

• Propor escritas espontâneas desde as primeiras semanas de aula (copiar não é sinônimo de escrever).

• Revisar textos quando for exibido em murais.

• Propor escritas de diferentes formas: coletivas, em dupla, individuais.

• Atuar como escriba.

Cabe ao professor alfabetizador:

Ano 1

Ser competente em diferentes situações

linguísticas orais engloba:

• Saber adequar sua linguagem ao contexto ou ao evento em que estamos inseridos;

• Saber as regras de convivência e de comportamento segundo as quais os espaços sociais estão organizados;

• Saber monitorar a fala e a escuta em situações formais.

Oralidade

Ano 1

Oralidade

• Compreender que se ensina para que as crianças sejam sujeitos capazes de expor, argumentar, explicar, narrar, escutar atentamente e opinar, respeitando a vez e o momento de falar;

• Promover práticas com os usos reais da língua, sem estigmatizar a variedade dos alunos.

• Propor atividades sistemáticas que envolvam os gêneros orais (apresentação de trabalhos, entrevistas,

debates, contação de histórias, etc)

Cabe ao professor alfabetizador:

Ano 1

Envolve os seguintes conhecimentos:

• Conhecer todas as letras do alfabeto, seus respectivos nomes e diferentes formas de grafá-las;

• Perceber as relações que existem entre som-letra, por meio do desenvolvimento da consciência fonológica;

• Aprender sobre ortografia.

Análise linguística

S.E.A.

Ano 1

Análise linguística - S. E. A.

• Promover reflexões acerca da língua e seu funcionamento, já que o SEA é complexo e possui regras próprias;

• Favorecer a reflexão acerca de segmentos linguísticos menores, como as sílabas e os fonemas, através de jogos, atividades lúdicas, atividades de composição e decomposição de palavras, etc;

• Propor escrita de palavras, tanto para iniciantes quanto para os que precisam consolidar relações

som-letra e ganhar mais agilidade na escrita;

Cabe ao professor alfabetizador:

Ano 1

Ano 1

Quando planejamos atividades a serem realizadas para cada dia sem

tomarmos como referencial o ano letivo, perdemos de vista o processo mais amplo e

corremos o risco de negligenciarmos conteúdos que são direitos de aprendizagem

de nossos alunos e, com isso, muitas vezes nos surpreendemos com os

resultados obtidos. (U2.A1.P13)

Ano 1

Ao organizarmos planos anuais, devemos:

Conhecer as orientações oficiais, para selecionar conteúdos e competências;

Ter como foco os direitos de aprendizagem e as experiências acumuladas;

Visualizar aspectos mais amplos do trabalho de alfabetização e letramento e tomar decisões gerais relacionadas ao processo ensino/aprendizagem;

Integrar diferentes instâncias e âmbitos que constituem a escola e o processo educativo.

A partir do plano anual é que devem ser elaborados os planos semanais e diários, construindo assim uma rotina de trabalho.

A avaliação diagnóstica inicial deve ser o ponto de partida. Ano 1

Ano 3

Concebido: currículo formal.

Vivido: efetivamente manifesta, ou não, a concretização do concebido.

Ano 3

Do ponto de vista de sua realização, o currículo pode assumir duas formas:

Deste modo, o que é efetivamente praticado na escola, constitui de fato o currículo.

É resultado de suas concepções sobre ensino/aprendizagem.

Ano 3

Prática pedagógica do professor

CONCEPÇÕES CONSTRUÍDAS COM BASE EM...

Documentos Curriculares

Textos Estudados

Situações de Formação

Experiências Vivenciadas

Resultados de Avaliações

Conhecimentos Adquiridos

Concepções influenciam os planejamentos e processos de mediação dos professores

É regido por princípios didáticos.

Ano 3

PLANEJAMENTO

...nem sempre o docente tem consciência dos princípios que regem seu trabalho.

...quanto mais consciência tiver, mais autonomia terá no processo de planejamento

e realização da ação didática.

Público alvo: - 2 professoras do 5º ano do Ensino Fundamental - 51 alunos (31 em uma turma e 20 na outra)

Ano 3

ESTUDO – Lima (2011)

Sequência didática: - Desenvolvida(s) em 10/13 aulas. Atividades: - Leitura e discussão de reportagens sobre preconceito,

adoção, ataques de tubarões e saneamento básico. - Produção de reportagens que compuseram o jornal mural da escola.

Metodologia de Pesquisa: - Análise de relatórios de aulas (anotações, gravações e

filmagens). - Entrevistas com alunos para saber a opinião sobre as aulas.

(1) ensino reflexivo: estimulavam as crianças a refletir sobre os conhecimentos, evitando situações em que estes eram simplesmente transmitidos por elas;

(2) ensino centrado na problematização: planejavam atividades em que as crianças eram desafiadas a resolver problemas diversos; havia desafios que motivavam as crianças a querer aprender;

(3) ensino centrado na interação em pares: priorizavam situações em que a aprendizagem se dava por meio da interação em grandes grupos, em pequenos grupos, em duplas; as atividades individuais sempre culminavam

em momentos de socialização e discussão;

Ano 3

Princípios centrados na perspectiva SOCIOINTERACIONISTA de ensino:

ESTUDO COM DUAS PROFESSORAS – Lima (2011)

(4) ensino centrado na explicitação verbal: estimulavam as crianças a falar sobre o que pensavam, responder perguntas; elas não tinham medo de errar porque sabiam que podiam dizer o que pensavam sem passar por constrangimentos; entendiam que todos estavam aprendendo; (5) favorecimento da argumentação: estimulavam as crianças a expor e justificar suas opiniões; permitiam o confronto de diferentes pontos de vista; valorizavam as posturas de respeito, mas com explicitação das diferentes possibilidades de pensar sobre os conhecimentos; (6) sistematização dos saberes: realizavam atividades de sistematização dos conhecimentos ensinados; havia momentos de sínteses em relação aos conhecimentos acumulados, seja por meio de exposições breves, seja por meio de registro coletivo das aprendizagens realizadas;

Ano 3

Princípios – perspectiva SOCIOINTERACIONISTA:

ESTUDO COM DUAS PROFESSORAS – Lima (2011)

Ano 3

Princípios – perspectiva SOCIOINTERACIONISTA:

(7) valorização dos conhecimentos dos alunos: estimulavam as crianças a expor seus conhecimentos valorizando o que diziam e se preocupavam em saber o que os alunos sabiam e utilizavam isso como ponto de partida para planejar as atividades; investiam também no aumento da autoestima; (8) incentivo à participação dos alunos: se dirigiam às crianças quando percebiam que elas estavam apáticas, tímidas ou sem iniciativa; (9) diversificação de estratégias didáticas: realizavam vários tipos de atividades com recursos diferentes para contemplar um determinado conteúdo; (10) ensino centrado na progressão: contemplavam um mesmo conteúdo em aulas diferentes, aumentando o grau de dificuldade.

ESTUDO COM DUAS PROFESSORAS – Lima (2011)

• os conteúdos eram importantes para a vida; • as atividades eram boas; • havia vários tipos de atividades; • a ordem das atividades era interessante; • os assuntos trabalhados em uma aula também eram ensinados em outras aulas; • alguns assuntos eram de duas “matérias”; • as atividades não eram muito difíceis; • a professora ajudava a realizar a atividade; • a professora explicava “direito”; • os textos eram bons; • a professora percebia se a turma estava aprendendo; • conseguiam aprender.

Ano 3

Concepção dos Estudantes

ENTREVISTAS COM 51 ALUNOS – Lima (2011)

Quando as aulas são bem planejadas, os estudantes se envolvem mais.

Ano 3

Conclusão do Estudo

ENTREVISTAS COM 51 ALUNOS – Lima (2011)

Além disso, é importante...

Postura do professor; Modos de mediação; Capacidade de explicar bem e dialogar; Modos de interagir com os alunos.

Atividades permanentes: se repetem durante um determinado período de tempo (semana, mês, ano).

Sequências didáticas: atividades são dependentes umas das outras e sua ordem é importante, sendo que um mesmo conteúdo pode ser revisitado em diferentes aulas.

Projetos didáticos: diferentes atividades são resolvidas

para resolver um problema, e há uma culminância com a socialização das produções. É interdisciplinar, e os alunos do planejamento das estratégias a serem utilizadas.

Ano 3

Organização do trabalho pedagógico

Ano 3

Ano 1 – Pág. 17

Ano 1 – Pág. 17

Música: COTIDIANO Chico Buarque

Revolução industrial/desenvolvimento do capitalismo:

• Produção em série. • Divisão do trabalho em intelectual e braçal. • Perda do controle sobre o processo produtivo pelos trabalhadores.

Ano 1 – Pág. 17

Educação tecnicista/comportamentalista:

• Formação de mão-de-obra qualificada. • Surgem os cursos profissionalizantes. • Gestores e supervisores planejavam e prescreviam o

que deveria ser ensinado e os métodos a serem desenvolvidos; professores apenas executavam.

Ano 1 – Pág. 18

Décadas de 60/70: Atividades repetitivas guiadas por manuais, planejadas e pré-estabelecidas para dividir o conteúdo em pequenas doses diárias com o objetivo de se fazer cumpri-las, independente do que pudesse ocorrer no decorrer do processo.

Década de 80: Com a interpretação equivocada da teoria construtivista, o professor não precisaria se programar para realizar as atividades, pois estas iriam surgir na própria prática cotidiana. Transformou a sala de aula em lugar de improvisos constantes.

Ano 1 – Pág. 18-19

Século XXI: Defesa à volta dos “tradicionais” métodos de alfabetização.

Polarização entre correntes

TRADICIONAL/ CONSTRUTIVISTA

Ano 1 – Pág. 20

Alfabetizar não deve se resumir a trabalhar o sistema de escrita de forma repetida e com ênfase na memória, dentro de uma rotina desprovida dos encantamentos dos textos que estão presentes na vida cotidiana das pessoas e de atividades reflexivas e desafiadoras para os alunos.

- Atividades diagnósticas para saber os conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos;

- Atividades de natureza diferenciadas como as atividades permanentes, sequências didáticas, projetos didáticos, trabalho com o livro didático, uso de jogos, etc;

Ano 1 – Pág. 21

- A interação dos alunos com os objetos do conhecimento. - A participação ativa e envolvimento no processo pedagógico.

Ano 1 – Pág. 22

- Leitura deleite pela professora, para ampliar experiências de letramento e formar o gosto pela leitura.

- Leitura de textos de memória (poemas, cantigas, parlendas) para desenvolver a fluência leitora e para refletir sobre o Sistema de Escrita Alfabético.

- Uso do laboratório de informática para escrita de palavras trabalhadas e uso de jogos de alfabetização instalados.

Ano 1 – Pág. 23-24

- De duração variável (semanas, um mês ou mais), trabalhada de duas a três vezes por semana, para atingir objetivos didáticos relacionados à diferentes áreas.

- Articulados aos objetivos didáticos propostos no plano anual para a classe, principalmente nas outras áreas de ensino (Ciências, História, Geografia e Artes).

Ano 1 – Pág. 23

- Exploração do texto da música “Jacaré”, de Newton Helliton, com atividades coletivas;

Eu conheço um jacaré Que gosta de comer Esconda as suas orelhas Se não o jacaré... Come as orelhas E o dedão do pé

Ano 1 – Pág. 23

- Parlenda “Jacaré com Catapora”, com atividades de identificação de rimas e de comparação da parlenda com o estilo literário do texto anterior (cantiga);

Ano 1 – Pág. 23

- Poema “Jacaré”, do livro Alfabetário, de José de Nicola,

seguida de comparação das diferentes versões

sobre uma mesma temática.

- Texto informativo sobre animais em extinção.

Ano 1 – Pág. 24-25

- Semanalmente, e quando a unidade do livro não está contextualizada dentro do que está vivenciando na semana, procura contextualizá-la na temática do livro, com o desenvolvimento de atividades complementares.

Ano 1 – Pág. 25

- Utilizados de duas a três vezes na semana, proporcionam desafios e reflexão sobre o SEA, utilizado em agrupamentos de acordo com o nível de compreensão da escrita.

Ano 1 – Pág. 26

Ano 1 – Pág. 27

A organização de uma rotina que privilegia a sistematização do trabalho da alfabetização de modo a contemplar os diferentes eixos de ensino da língua, por meio de um planeja- mento construído com base na realidade de cada aluno e escola, pode favorecer a construção e a realização de atividades que ajudam a promover a autonomia e a criatividade dos alunos no mundo da leitura e escrita.

Ano 3 – Pág. 15

Leitura

Produção de textos escritos

Análise linguística

S.E.A.

Oralidade

Ano 3 – Pág. 15

Os diferentes eixos do ensino são interligadas, mas há especificidades a serem contempladas.

Três dimensões interligadas precisam ser enfatizadas:

1. A dimensão sociodiscursiva;

2. O desenvolvimento de estratégias de leitura;

3. O domínio dos conhecimentos linguísticos.

L E I T U R A

Ano 3 - Pág. 15-16

Três dimensões interligadas precisam ser enfatizadas:

PRODUÇÃO DE TEXTOS ESCRITOS

1. A dimensão sociodiscursiva;

2. O desenvolvimento de estratégias de produção de texto;

3. O domínio dos conhecimentos linguísticos.

Ano 3 - Pág. 17-18

Quatro dimensões interligadas precisam ser enfatizadas:

1. Valorização dos textos de tradição oral;

2. Oralização do texto escrito;

3. Relações entre fala e escrita;

4. Produção e compreensão de gêneros orais.

ORALIDADE

Ano 3 - Pág. 18-19

Três dimensões interligadas precisam ser enfatizadas:

1. Caracterização e reflexão sobre os gêneros e suportes textuais;

2. Reflexão sobre o uso de recursos linguísticos para constituição de efeitos de sentido em textos orais e escritos, incluindo a aprendizagem de

convenções gramaticais;

3. Domínio do sistema alfabético e

norma ortográfica;

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Ano 3 - Pág. 19

Ano

Um trabalho centrado nos gêneros discursivos é um caminho profícuo para a ampliação do grau de letramento dos alunos.

Ano 3 - Pág. 20-21

Contribuições da Perspectiva Bakhtiniana

Bakhtin (1895-1975) Filósofo Russo, pesquisador

da linguagem humana

Ano

Propiciar situações de interação mediadas por diferentes gêneros orais e escritos;

Propor trabalhos com textos escolares e não escolares. Utilizar os textos didáticos, propiciando situações de

interpretação e discussão com os alunos sobre as dificuldades que eles possam demonstrar.

Considerar que um mesmo texto pode ser utilizado para mobilizar saberes diversos, de diferentes áreas.

Ano 3 - Pág. 20-21

Cabe à escola:

Ano 3 - Pág. 21

Ano 3 - Pág. 22

Promover situações variadas que contemplem os quatro eixos do ensino de modo integrado aos diferentes componentes curriculares, atendendo aos princípios didáticos baseados na perspectiva sociointeracionista.

Variar os modos de organização do trabalho pedagógico.

Criar ROTINAS escolares, cujos temas e conteúdos são definidos em função dos direitos de aprendizagem que se pretende contemplar.

Ano 3 - Pág. 22

As fronteiras de tempo e espaço

podem ser rompidas em planejamentos mais

flexíveis, contanto que se tenha clareza do que se

deve ensinar, considerando as necessidades,

conhecimentos e desejo dos estudantes.

Ano 3 - Pág. 23