| ENTRE MARGENS 26 OUTUBRO 2017 FIM DE SEMANA02 · 2018. 4. 18. · estúdio que Elliott Smith...

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MOREIRA DE CÓNEGOS Rua Laurinda F. Magalhães, nº 42 Telefone 253 563 250 S. MARTINHO DO CAMPO Av. Manuel Dias Machado, 283 Telemóvel: 919 366 189 VILA DAS AVES Rua D.Nuno Álvares Pereira, 27 (Largo da Mariana) Telefone: 252 941 316 entre MARGENS BIMENSÁRIO | 26 OUTUBRO 2017 | N.º 592 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO JOAQUIM COUTO TOMA POSSE COMO PRESIDENTE DA CÂMARA DE SANTO TIRSO O Faria que se segue Executivo tricolor Resultados das eleições ditaram qu e alianças teriam obrigatoriamente que ser feitas. Sem acordos a dois, Jorge Faria vai liderar um executivo de freguesia composto por si mesmo (Movimento Independente Unidos Por Vilarinho), Romeu Lima (PS) e Abílio Martins (CDU). PÁGINA 12 Casa cheia para receber o novo executivo da junta de freguesia de Vila das Aves. Joaquim Faria assumiu o cargo reafirmando a vontade de “mudança” para um novo ciclo político e o “intuito de cumprir a totalidade do programa eleitoral”, incluindo a realização de uma auditoria às contas da junta. PÁGINAS 10 E 11 Poder do Benfica derruba Aves VILA DAS AVES VILARINHO Quim foi o melhor jogador em campo. O veterano guardião do Desportivo das Aves bateu o record de jogador mais velho a atuar numa partida da primeira liga portuguesa com 41 anos e 11 meses destronando o lendário Manuel Bento. PÁGINAs 16 e 17 FOTO: VASCO ASCO ASCO ASCO ASCO OLIVEIRA OLIVEIRA OLIVEIRA OLIVEIRA OLIVEIRA

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MOREIRA DE CÓNEGOSRua Laurinda F. Magalhães, nº 42

Telefone 253 563 250

S. MARTINHO DO CAMPOAv. Manuel Dias Machado, 283

Telemóvel: 919 366 189

VILA DAS AVESRua D.Nuno Álvares Pereira, 27

(Largo da Mariana)Telefone: 252 941 316

entreMARGENSBIMENSÁRIO | 26 OUTUBRO 2017 | N.º 592 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

JOAQUIM COUTO TOMA POSSE COMO PRESIDENTE DA CÂMARA DE SANTO TIRSO

O Faria quese segue

ExecutivotricolorResultados das eleições ditaramque alianças teriam obrigatoriamenteque ser feitas. Sem acordos adois, Jorge Faria vai liderar umexecutivo de freguesia compostopor si mesmo (MovimentoIndependente Unidos PorVilarinho), Romeu Lima (PS) eAbílio Martins (CDU).PÁGINA 12

Casa cheia para receber o novoexecutivo da junta de freguesiade Vila das Aves. Joaquim Fariaassumiu o cargo reafirmando avontade de “mudança” para umnovo ciclo político e o “intuitode cumprir a totalidade doprograma eleitoral”, incluindo arealização de uma auditoria àscontas da junta. PÁGINAS 10 E 11

Poder do Benficaderruba Aves

VILA DAS AVES VILARINHO

Quim foi o melhor jogador em campo. O veteranoguardião do Desportivo das Aves bateu o record dejogador mais velho a atuar numa partida daprimeira liga portuguesa com 41 anos e11 meses destronando o lendárioManuel Bento. PÁGINAs 16 e 17

FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

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FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 26 OUTUBRO 2017

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

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O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens.

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No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestasegunda saída de outubro foi o nosso estimado assinante José Augusto Gonçalves

Pimenta, residente na rua do Campo Grande, em Vila das Aves.

Dentro de portas - “Figure 8”

||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Este foi o quinto e último álbum deestúdio que Elliott Smith lançou an-tes de morrer. O seu trágico suicídio,em 2003, transformou o mural visí-vel na capa num memorial. Localizadaem Los Angeles na célebre Sunset Bou-levard, a parede tornou-se um desti-no para os fãs fotografarem e vanda-lizarem com mensagens diversas.

O trajecto do músico americanoteve o seu ponto alto quando recebeuuma nomeação para um Óscar. “MissMisery”, incluída na banda sonorade “Good Will Hunting” (“O BomRebelde”), não lhe deu a estatuetadourada que ficou para Celine Dione para “Titanic”. A elevada visibilida-de proporcionou-lhe, porém, umanova editora, a DreamWorks. Foi comela que editou “XO” e “Figure 8”. Namaior parte da crítica especializada,

Indie popbem polido,relaxadoe luminoso

este registo de 2000 perde a bata-lha contra todos os anteriores. Ficana sombra e é, invariavelmente, acu-sado de ser demasiado produzido eornamentado. A luxuosa produçãonão me incomoda. O intimismo dasbaladas não desaparece. Esqueço fa-cilmente o charme do lo-fi e reparo,aburguesado, nos arranjos comple-xos e na riqueza instrumental.

O indie pop é bem polido, relaxa-do e luminoso. Sentimos uma clarainfluência dos Beatles e a associaçãofica mais óbvia quando sabemos es-tas duas curiosidades: foi gravadoparcialmente nos estúdios Abbey Roade “In the Lost and Found (HonkyBach)/The Roost” foi tocada no mes-mo piano que Paul McCartney tocou“Penny Lane”. As camadas sonorasparecem realmente um sonho denostalgia. Todas as faixas são cati-vantes e temos muita dificuldade emeleger as melhores. Realçamos “Can’tMake a Sound”, liricamente enigmá-tica e melodiosamente grandiosa. Asuavidade da guitarra acústica abreespaço para uma eléctrica poderosaque fura os coros com autoridade.Imperdível! Para o fecho, a prescindí-vel “Bye”. Após 15 motivos para nosbesuntarmos com tanto doce, aceita-mos o instrumental final como en-cerramento de um disco memorável.Três anos depois seria a verdadeirae dolorosa despedida. |||||

As camadas sonorasparecem realmenteum sonho de nostal-gia. Todas as faixassão cativantes e temosmuita dificuldade emeleger as melhores”.

No próximo sábado, pelas21h30, a banda “Pontas Sol-tas” atua no Centro CulturalMunicipal de Vila das Aves. Oespetáculo insere-se na inicia-tiva “Noite Tirsense”, promovi-da pela Câmara de Santo Tirsocom o objetivo de dar a co-nhecer os artistas do concelho.Piano, percussão, violino, gui-tarra, viola baixo e voz unem-se no que se pretende que sejaum novo olhar sob a músicatradicional e popular portugue-sa, reconstruindo e transpor-tando o que há de mais belonas nossas raízes às novasgerações. Uma ponte musicalentre o antigo e o moderno.Filipe Fernandes ao piano, LuísMiguel Carvalho na percussão,Vera Ferreira na guitarra, MiguelCorreia na viola baixo e ÂngelaFerreira na voz prometem ummagnifica noite de boa música.A entrada para o espetáculo égratuita. |||||

AVES | CCMVA

“Pontas Soltas”atuam na NoiteTirsense28 DE OUTUBRO,21H30, CENTROCULTURAL MUNICI-PAL DE VILA DAS AVES

São 55 as fotografias que integrama exposição "Jeau de 54 cartes", apre-sentada esta sexta feira com a pre-sença do fotógrafo e do presidenteda Câmara Municipal de Santo Tirso,Joaquim Couto.

Jorge Molder, fotógrafo reconhe-cido a nível nacional e internacional,preparou um trabalho inédito paramostrar em Santo Tirso, baseando oseu processo criativo na noção de jogo.As fotografias, realizadas ao longo desteano, têm por base a estrutura típica dopopular baralho de cartas francês, cons-tituído por quatro naipes de 13 cartascada. Para esta exposição, o artistarealizou uma série de fotografias comseis partes: 52 imagens repartidas por

“Jeu de 54 cartes”inaugurada amanhãEXPOSIÇÃO INÉDITA DE JORGE MOLDER APRESENTADA ÀS19H, NO MUSEU INTERNACIONAL DE ESCULTURA CONTEM-PORANEA.

quatro naipes (Caras, Mãos, Bocados,Espectros), mais dois Jokers e a foto-grafia de um Gabarito.

Assim, as 55 fotografias que com-põe a exposição são fragmentos deuma história que tem a ver com o mun-do dos sonhos, no qual se assumecomo um jogador peculiar, suis generis,que encara o jogo como uma distraçãocompletamente desprovida do sentidodramático e espetacular que a natu-reza do ato em si mesmo encerra.A exposição estará patente até 21 dejaneiro, podendo ser visitada de ter-ça a sexta-feira, entre as 9h00 e as17h30, e ao fim de semana, entre as14h00 e as 19h00. A entrada é gra-tuita. |||||

EXPOSIÇÃO | SANTO TIRSO

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ENTRE MARGENS | 26 OUTUBRO 2017 | 03

Quem tem saúde eliberdade é ricoe não sabe

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Av. Comendador Silva Araújo, nº 3594795-003 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

São sete os intérpretes que dão cor-po ao novo espétaculo de Olga Roriz.“Síndrome” estreou em Lisboa emjunho deste ano e circula agora umpouco por todo o país, com paragemeste sábado, 28 de outubro, na Casadas Artes de Famalicão.

“Síndrome” parte de “Antes queMatem os Elefantes” (a peça anteriorda coreógrafa natural de Viana doCastelo), “transformando-o num novoespaço, solitário e individual, envol-to num ambiente de utopia como umasuspensão da realidade, em busca doque ficou esquecido, do que se per-deu. Vive-se a verdade, as expetativas,as aspirações e desencantos”. Nesteespetáculo, “baralham-se as conven-ções, e faz-se daquele lugar um ou-tro, ou apenas um palco a existir comotal, numa relação entre o ser huma-no, o tempo, o espaço e a matéria”.

Nos corpos de André de Cam-pos, Beatriz Dias, Bruno Alexandre,Bruno Alves, Carla Ribeiro, FranciscoRolo, Marta Lobato Faria “reconstro-em-se os afetos, o mundo imprime-seno olhar, no rosto, no corpo e nas

“Síndrome” deOlga Roriz chegaeste sábadoa Famalicão

DANÇA | FAMALICÃO

DEPOIS DE “ANTES QUE MATEM OS ELEFANTES”,COREÓGRAFA APRESENTA, ESTE SÁBADO, NOVA PEÇA NACASA DAS ARTES DE VILA NOVA DE FAMALICÃO

palavras, em direção a outros cami-nhos do sentir”. Em “Síndrome”, e se-gundo a própria coreógrafa “ouvem-se memórias de guerra, descrições decasas destruídas, imagens ausentesde homens, mulheres e crianças”. É,por outro lado, um espaço onde “cadaum procura reconstruir-se, exaltando,lamentando, retraindo-se ou abando-nando-se ao desejo. É”, conclui a co-reógrafa, “uma lenta marcha fúnebre”.

“Síndrome” é apresentado às21h30 deste sábado, no grande au-ditório da Casa da das Artes deFamalicão. O preço dos bilhetes é dedez euros (50 por cento de descon-to para estudantes e portadores docartão quadrilátero cultural). |||||

Em Síndorme “ouvem-se memórias de guer-ra, descrições de casasdestruídas, imagensausentes de homens,mulheres e crianças”

A edição 30 dos Encontro da Ima-gem termina no próximo domin-go. O Festival, iniciado em 1987,é hoje uma referência quase úni-ca da cultura fotográfica em Portu-gal, alcançando já uma posiçãode destaque no panorama inter-nacional, sendo atualmente umdos festivais de fotografia maisantigos e reputados da Europa.

Este ano, para além das dife-rentes propostas de exposições pa-tentes em Braga, o certame mostra-se também em cidades como Gui-marães, Barcelos e Famalicão. Nacidade-berço, os Encontros da Ima-gem passam pelo Museu de Alber-

EXPO | GUIMARÃES

O universosurrealista daespanholaOuka Leele

to Sampaio. A iniciativa traz à Salado Capítulo uma exposição defotografia da artista espanholaOuka Leele. Com uma arte bas-tante influenciada pela pintura epela música, Ouka Leele usa as co-res berrantes e ‘elétricas’, em com-posições ‘carregadas de surrealis-mo’, evocando, de resto, uma for-te tradição espanhola.

Até domingo, últimos dias paraver esta exposição de ‘Ouka Leele”,que pode ser visitada no horáriocompreendido entre as 10h00 eas 17h30. A entrada é livre. |||||

SEXTA, DIA 27 SÁBADO, DIA 28Céu limpo. Vento fraco.Max. 29º / min. 16º

Céu limpo. Vento fraco.Máx. 29º / min. 18º

Céu limpo. Vento moderado.Máx. 27º / min. 16º

DOMINGO, DIA 29

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04 | ENTRE MARGENS | 26 OUTUBRO 2017

DESTAQUE

|||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

“Daqui a quatro anos haverá, segura-mente, problemas a resolver. A vida édinâmica. Contudo, estou convicto que,nessa altura teremos um concelho commais coesão social e com níveis decompetitividade superiores aos de hoje”.Quando Joaquim Couto proferia estaspalavras, em 2013, tomava posse comopresidente da Câmara, depois de 14anos de interregno. Os quatro anos queo presidente Joaquim Couto falava cul-minaram no dia 21 com Joaquim Couto,

Já começou a nova etapade Joaquim CoutoJOAQUIM COUTO VOLTA A VESTIR A CAMISOLA DE SANTO TIRSO PARA MAIS UM MANDATO. ENCHEU OS PAÇOS DOCONCELHO E FALOU AOS PRESENTES DE RESPONSABILIDADE, DE PRIORIDADES. À COESÃO SOCIAL JUNTA, AGORAO INVESTIMENTO, O EMPREGO, A REQUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS, A MOBILIDADE E O AMBIENTE.

novamente presidente, a deixar a certe-za de que “as famílias vivem hoje me-lhor do que há quatro anos”. E não foisó na eleição que Couto fez bis. Foi naquantidade de pessoas que encheramo átrio dos Paços do concelho para over, nos aplausos, nos cumprimentosque se demoraram e repetiram, no final.

Ana Maria Ferreira e José Pedro Ma-chado são os veteranos da vereaçãoque continuam de pedra e cal. AlbertoCosta e Tiago Araújo voltam a ser es-colhidos e a mostrar que em equipaque ganha não se mexe. A cereja no

topo do bolo é Sílvia Tavares, a quintavereadora que o Partido Socialista con-quistou nas eleições de 1 de outubro.Proeza que não acontecia há décadas.Para o presidente Joaquim Couto estenovo mandato não é o começo de umnovo ciclo. É, antes, “uma nova etapa deum novo ciclo político que se iniciouem 2013”. Num discurso que acompa-nhou, aos poucos, o cair da noite, Coutolembrou ter lançado, no último manda-to, “as sementes de um novo ciclo deevolução do Município, com um proje-to de desenvolvimento, inclusivo e

mobilizador, em que as pessoas estãono centro da ação política”. Deu garan-tias de que, consigo “Santo Tirso nãovoltará a fechar-se sobre si mesmo”. “Aofim de quatro anos a fazer e a estar napolítica de outra forma, sinto-me orgu-lhoso por liderar um projeto políticoem que o insulto deu lugar ao diálo-go”, congratulou-se. Da escolha expres-siva da população no ato eleitoral fazuma leitura simples: as escolhas para omunicípio foram acertadas, assim comoas prioridades. “A prioridade dada àcoesão social, num momento particu-larmente difícil para as famílias, face àcrise que se vivia, estava certa”, “quandoescolhemos as pessoas em vez do be-tão, a opção estava certa”.

Rui Ribeiro, ainda como presidentecessante da Assembleia Municipal, deuposse, um a um, aos 41 novos elemen-tos que integram a Assembleia: 16 elei-tos pelos PS, 10 pela coligação PSD/CDS,um pela CDU, assim como os presiden-tes de junta que, por inerência de fun-ções, têm assento na Assembleia Mu-nicipal e representam, assim, mais 10eleitos pelo PS, 2 pela coligação e doisindependentes. Jorge Faria, do Movi-mento Unidos por Vilarinho e José

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SANTO TIRSO // TOMADA DE POSSE DO NOVO EXECUTIVO CAMARÁRIO E ASSEMBLEIA MUNICIPAL

ANDREIA NETO, JOSÉ PIMENTA DECARVALHO E CARLOS VALENTEINCLUEM A VEREAÇÃO PELO PSD/CDSALBERTO COSTA, JOSÉ PEDROMACHADO, ANA MARIAFERREIRA,TIAGO ARAÚJO E SILVIATAVARES, OCUPAM O CARGO PELO PS.

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ENTRE MARGENS | 26 OUTUBRO 2017 | 05

Pacheco pelo Água Longa é de Todos.O executivo camarário tomou posse, de-pois. Primeiro Joaquim Couto, depoisAndreia Neto, eleita pela coligação PSD/CDS, seguidos dos restantes vereado-res. Sem José Pimenta de Carvalho eCarlos Valente, eleitos para a oposição,que justificaram a ausência e irão to-mar posse posteriormente, o jogo dacerimónia fez-se seis a um, e o presi-dente Joaquim Couto não se coibiu deabordar diretamente os “pontos negros”de uma campanha que, apelida de“suja”. Couto culpa a oposição e “umjornal sem escrúpulos, sem ética, semum pingo de vergonha”. Garante tersido orquestrada “por alguém que des-tila ódio pessoal contra o presidenteda Câmara”. Recordou os tempos difí-ceis onde diz ter sido vítima de “notíci-as mentirosas, caluniosas e ofensivasda honra e dignidade” e, foi com amesma convicção, que sublinhou: “Re-sisti. Resistimos”.

“É IMPERIOSO MANTER E MELHORARTODO O DISPOSITIVO MUNICIPAL CON-TRA INCÊNDIOS”Não houve cadeiras suficientes paratodos os que marcaram presença e

“A prioridade dada àcoesão social, nummomentoparticularmente difícilpara as famílias, face àcrise que se vivia,estava certa”.

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EXCERTOS DO DISCURSO DE TOMADADE POSSE DE JOAQUIM COUTO

“No último mandatolançamos as sementesde um novo ciclo deevolução do Municí-pio, com um projeto dedesenvolvimento,inclusivo emobilizador, em que aspessoas estão no centroda ação política”

mesmo de pé, os espaços disponíveiseram escassos. Couto, o presidente Jo-aquim Couto, foi aplaudido diversasvezes. Falou de responsabilidade, da queassumia naquele dia, da que teve cadadia dos últimos anos. Acredita que “San-to Tirso mudou, está a mudar e vai con-tinuar”. Reforça as prioridades do man-dato anterior, aposta na coesão social,no investimento e no emprego, narequalificação dos espaços públicos eda rede viária e acrescenta-lhes a mo-bilidade e o ambiente. Quer 20 quiló-metros de ciclovias, que irão integrar oPlano de Mobilidade Urbana, e garan-te prestar atenção à floresta e à proteçãocivil. “É imperioso manter e melhorartodo o dispositivo municipal contra in-cêndios e ordenamento florestal, apos-tando na prevenção, nomeadamente nalimpeza dos terrenos e em ações desensibilização, e no combate aos fogosflorestais”. Assegura que irá “descen-tralizar mais”, nomeadamente com acriação de um gabinete de atendimen-to prioritário para presidentes de junta,até porque, garante: “não queremos ummunicípio a duas velocidades, a dasfreguesias e a da cidade”. Deixou claronão ter deixado nenhuma medida paraapresentar naquele momento, “nenhumprojeto novo para tirar da manga” nacerimónia, mas anunciou, sem porme-nores, o interesse de uma multinacionalamericana, que”vai abrir o primeiro res-taurante no nosso município”. Isso e,entre outras propostas que constam doseu manifesto, a tão prometida constru-ção do cineteatro.

A Assembleia reuniu pela primei-ra vez, no salão nobre, depois. Às carasantigas, juntaram-se novas e Rui Ribei-ro foi novamente escolhido para presi-dir ao órgão deliberativo do município.A ele, juntaram-se, mais uma vez e semsurpresas, Fernando Benjamim e IsabelCarvalho.

No dia em que assumiu os desti-nos do concelho por mais quatro anos,o presidente Joaquim Couto falou danecessidade de um autarca “pensar di-ferente”, “ter visão”, “sair da sua zonade conforto e explorar novos caminhos”.Recordou as medidas levadas a cabonos últimos anos, umas pioneiras, ou-tras nem tanto mas todas fruto de tra-balho. Trabalho esse que prometeu con-tinuar porque a sorte, garante, “só aju-da às vezes”, e o objetivo é que SantoTirso “seja um lugar cada vez melhorpara viver. Não um dia ou um mês, masuma vida inteira”. |||||

Com a nova distribui-ção de pelouros, SÍLVIATAVARES arrecada umadas pastas mais importan-tes e passa a gerir a edu-cação e formação. Tem,igualmente, a seu cargoo emprego e inserçãoprofissional, a moderni-zação administrativa e ossistemas de informação.

JOAQUIM COUTO teráa coordenção geral daspolíticas locais, a gestãode fundos comunitários,os projetos e obras muni-cipais, a cultura, o turismoe os recursos humanos.

ALBERTO COSTA assu-me a vice presidência,soma a governação locale a cidadania à mobilida-de sustentável, à polícia

Sílvia Tavaresarrecada Educação

municipal e à contrataçãopública.

ANA MARIA FERREIRAherda o desporto e lazer,assegura a gestão econó-mica e financeira, o am-biente, o património mu-nicipal e o planeamento,em articulação com o pre-sidente

JOSÉ PEDRO MACHADOpassa a ser vereador ad-junto, gere a coesão so-cial, a saúde, a proteçãocivil e os serviços urba-nos.

TIAGO ARAÚJO man-tem a cultura, que gere emarticulação com o presi-dente, assume as relaçõesinternacionais e tem, tam-bém a seu cargo, a juven-tude e o voluntariado. ||||

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06 | ENTRE MARGENS | 26 OUTUBRO 2017

OPINIAO~

"Gente simpática,boa comida,belo clima!"

Quando se pergunta aos turistas o quemais gostam no nosso país esta é a res-posta mais comum, a nossa gente, anossa cozinha, o nosso clima. Mas, seatendermos às sondagens divulgadasnos jornais, os portugueses são dosque mais se queixam da vida entre oscidadãos da União Europeia. Seremos,então, simpáticos, se não somos feli-zes? Ou as sondagens estão erradas?

Ao passar os olhos pelos títulos dosdiversos jornais portugueses ficamoscom a sensação que o nosso país nãoé bom para se viver, o que dá razão àssondagens: "Longas listas de esperanos hospitais", "Violência doméstica -xmulheres assassinadas por companhei-ros e ex-companheiros", "Corrupção emaltas esferas do Estado", "Incêndios des-truidores e assassinos"... País de bran-dos costumes? Gente simpática?

Bom, o panorama internacional nãoé melhor: os focos de guerra na Síria,no Afeganistão, em vários países deÁfrica, o medonho fenómeno terroris-ta espalhado por toda a Europa, Mé-dio Oriente e EUA, os ditadores e seusgovernos autoritários que tornam os po-vos reféns das suas loucuras, as catás-

Bom dia!Ele há coisas!...Estava esta manhã a limpar no-

zes, quando dei por mim a pensarem como essa “ninharia” me divertia.

Esse fato (facto) conduziu-me àfábula da cigarra e da formiga (umaadaptação do La Fontaine) tal e qualainda é ensinada...

Estamos numa sociedade quedesvaloriza, reprova mesmo, as ni-nharias e quem gosta delas.

Ambiciona, louva, admira, protegeas grandezas e quem vive para elas.

É uma sociedade que trama osdiferentes, os que querem apenasou apenas sabem viver com o essen-cial. Criou um cidadão tipo e é esseque publicita, que apoia e quem nãocorresponder a esse modelo trama-o, acusa-o e recusa-o. Assim, se nãoés doutor, é porque és burro oupreguiçoso... Se não és industrial,homem de negócios ou empreen-dedor, é porque nasceste para tra-balhar para eles... Então, ai de quemnasceu apenas com vontade de des-frutar da vida, simplesmente...

Eis porque é vulgar encontrarmospessoas que “não querem trabalhar”e lhes apontamos o dedo acusa-dor, pessoas que “são deficientes”e lhes negamos trabalho, pessoascompetentes, mas cujo trabalho des-valorizamos e com ele, o ordenado,enfim... uma mão cheia de segrega-ções, exclusões e depreciações comque nos defrontamos todos os dias.

O trabalho foi, desde que o ho-

Viver PERSPETIVAS | VIAGENS

trofes humanitárias associadas à guer-ra, ao terrorismo e à destruição doambiente, retratam um planeta em con-vulsão profunda, tornando a insegu-rança uma marca do nosso tempo.

Vendo as coisas por este prisma, po-demos concluir que, realmente, vive-mos em Portugal num cantinho sosse-gado onde até a natureza nos prote-ge - apesar do excessivo calor que nesta"época de incêndios" teve consequên-cias particularmente atrozes - longe deterríveis furacões, inundações, terramo-tos que castigam outras partes do glo-bo. Recapitulo: belo clima (pois... fora oque se viu e verá...), gente simpática (sim,há os incendiários, os maridos violen-tes, os corruptos mais ou menos pode-rosos, os filhos que "despejam" os pais,os pais que maltratam os filhos, masfazemos o esforço de falar inglês comos turistas, sorrimos e somos prestáveiscom os forasteiros...), boa comida, issosim, indiscutível: os novos e os mais dis-tintos chefs até transformam os pratostradicionais em vistosos menus de "nou-velle cuisine" ou outra moda dignade passar em programas de TV e foto-grafadas para revistas especializadas.

Gente simpática acolhe bem e, na ver-dade, há imensa delicadeza e generosi-dade espalhada pelos portugueses, sor-risos abertos sob o céu que nos cobre,ora azul, ora rosa, ora ostentando todasas cores do arco-íris, povo que aindanão perdeu alguns tiques do passadocolonialista mas é, por natureza, desem-baraçado e aberto a novas "viagens".|||||

M.ª Assunção Lino

mem passou de caçador/recoletora sedentário cultivador, eleito comoum dever absoluto, mas atenção: o“trabalho produtivo”! A sobrevivên-cia de quem tinha outros trabalhos,“não produtivos” (casos de pinto-res, atores e músicos) dependia dacompreensão dos senhores que nãoprecisavam (nem podiam!) trabalhar:nobres de sangue azul, clérigos...

O trabalho foi (e continua a ser)um dever tornado obrigação para asobrevivência de quem não tem po-der para viver de outra forma... Poroutro lado, dificilmente se reconhe-ce o direito ao trabalho que maisnos atrai e, muitas vezes, para o qualestamos habilitados! Finalmente, de-vemos trabalhar ainda que apenaspor uma “malga de caldo”, porque“é o que há” e “é melhor ter umtrabalho que não ter nenhum...”

A maioria aceita esta forma depensar tornada sem alternativa pelapropaganda e domínio das elites edos poderes...

Ora o futuro, com a chegada daera da robótica, vai, dizem e já secomeça a verificar ser realidade, sa-crificar imensos empregos a exem-plo, aliás, do que aconteceu com aautomatização num passado que amaioria de nós ainda recorda...

Como vai a sociedade entãomanter-se em paz?

Há um movimento a nível mun-dial que começa a debruçar-se so-bre medidas que possam amenizarou resolver mesmo esse grave pro-blema futuro. Uma dessas medidasé o estudo e a experimentação daideia de um rendimento básicouniversal para TODAS/OS, indepen-dentemente de trabalhar ou não,ter reforma ou não, rendimento quedá a todos a possibilidade de te-rem uma vida minimamente digna.

Assim, quem não quisesse tra-

balhar (tal com entendemos hoje)viveria desse rendimento. Quem pre-ferisse ter um trabalho ainda hojenão reconhecido como tal (traba-lho de casa, p.ex.) teria esse rendi-mento e quem tivesse um trabalhoreconhecido como “emprego”, qual-quer que ele fosse, recebê-lo-ia tam-bém, para além do seu ordenado.

Esta ideia que, quanto a mim,contribuiria para a construção deuma sociedade mais humana e justa,exigiria algumas transformações emedidas que ainda estão em estu-do, no sentido de se verificar seserão praticáveis e corretas.

O futuro da Humanidade con-tém uma série de incertezas em áre-as essenciais para a sua sobrevivên-cia e evolução positiva: no ambien-te, na alimentação, no trabalho. Aresolução desses problemas depen-de muito da mudança de mentali-dades que permita essa resolução.

Cabe a cada um de nós manter-mo-nos abertos e informados so-bre tudo o que implique essas mu-danças sob pena de, não o fazen-do, estarmos a comprometer o fu-turo da nossa descendência. |||||

José Machado

O futuro da Humani-dade contém umasérie de incertezas emáreas essenciais para asua sobrevivência eevolução positiva: noambiente, na alimen-tação, no trabalho. Aresolução desses pro-blemas depende muitoda mudança de men-talidades que per-mita essa resolução”.

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

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LUÍS ANTÓNIO MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, PAULO R. SILVA, LUDOVINA SILVA,

ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES,

PEDRO FONSECA, NUNO MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ADÉLIO CASTRO, CATARINA

GONÇALVES, FELISBELA FREITAS E FELISBELA LUÍS FREITAS.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

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RUA DE S. BRÁS, 1 - GUALTAR 4710 -073 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 592 - 26 OUTUBRO 2017

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CARTOON // VAMOS A VER...

Adélio Castro

Maria Antónia Brandão

Podemos concluir que, realmente, vivemos em Portugalnum cantinho sossegado onde até a natureza nosprotege - apesar do excessivo calor que nesta ‘época deincêndios’ teve consequências particularmente atrozes-”.

Saudosista?Nem pensar!

Resolvi escrever este texto depois dever publicada a crónica anterior pois,podiam, aqueles que me conhecempior, imaginar que eu penso que “an-tes é que era bom”. Nem pensar, nãohá cá “no meu tempo…”, o meu tem-po é este, o momento presente. E opresente é muito bom (apesar de tudoo que é mau).

Olho e vejo um Portugal muitomais cuidado, educado, organizadoe limpo do que no passado. Deslo-co-me frequentemente por este paísfora e, se no passado víamos case-bres “mal-amanhados”, sem condi-ções de habitabilidade, crianças ra-nhosas, rotas, descalças e famintas,ruas sujas e descuidadas, sem sane-amento ou luz pública, centros de ci-dade decadentes, pobreza e uma re-signação fruto da baixa escolarizaçãoe da ignorância, agora tudo mudoue estou bastante mais otimista.

Alguns leitores vão pensar, “estálouca”, isto agora é uma “pouca ver-gonha”, mas não estou. Constato éque, há muita coisa mal feita, muitoserros se cometeram e cometem a to-dos os níveis, fazem-se muitas asnei-ras, tomam-se decisões pouco acer-tadas. No entanto, temos segurançasocial (só na década de 70 do sécu-lo passado se alargou e consolidouo conceito de direito universal deproteção social), serviço nacional desaúde, (criado pela Lei n.º 56/79,de 15 de setembro, que institui umarede de instituições e serviços pres-tadores de cuidados globais de saú-de a toda a população, financiadaatravés de impostos, em que o Esta-do salvaguarda o direito à proteçãoda saúde), escolaridade obrigatória(até ao 12º ano), igualdade de gé-neros (as mulheres podem ter contabancária e podem viajar sozinhas parao estrangeiro, o que não acontecia an-tes do 25 de abril). E muitas outrascoisas mais que nos tornam, agora, um

povo mais informado, mais preocu-pado com o meio ambiente, mais ca-paz de enfrentar e superar os desafi-os que o mundo atual nos coloca, oque não acontecia no tal passado deque falava.

Vamos imaginar um saudosistaque diz: “agora não se lê”, sabem osleitores que nos anos 70, um em cadaquatro portugueses não sabia ler(25%)? Hoje são menos de 5%, lê-semuito mais do que no passado. An-tes apenas uma minoria privilegiadatinha acesso aos livros, hoje estes es-tão nas bibliotecas, prontos para nossaltarem para a mão, ou à distânciade um clique (livros digitais).

Não tenho saudades do passa-do, sei que a memória tende a ame-nizar, a reescrever, a editar o passa-do. Torna-o melhor, mais suportável,mais cor-de-rosa, devemos estar aten-tos a essas “perversidades” da me-mória para não dourar o passado emaldizer o presente. |||||

Se no passado víamoscasebres sem condiçõesde habitabilidade,crianças ranhosas, ro-tas, descalças e famin-tas, ruas sujas e descui-dadas, sem saneamentoou luz pública, centrosde cidade decadentes, po-breza e uma resignaçãofruto da baixa escola-rização e da ignorân-cia, agora tudo mudou”.

Vivi toda a vida sob o aconchegan-te braço e abraço dos Aves...

Nasci, saboreei a infância, enfren-tei a idade das borbulhas, fiz-me ho-menzinho, homem, marido, pai e fi-nalmente “cota” nesta abençoada pe-nínsula, com o grande Ave à direita,o pequeno Ave à esquerda e a fozdeste aos pés...

Esta península foi o meu quintalde sonho, foi o meu Campo de S.Mamede, o mar do meu Nautilus, asminhas pradarias no Oeste selvagem,a minha floresta de Sherwood, a mi-nha selva... Nela fui o invencível Afon-so Henriques, o excêntrico capitãonemo, o cow-boy insolente, o xerifeimplacável, o índio selvagem, o ga-lante Robin dos bosques, o Ricardocoração de Leão, o Tarzan dos ma-cacos e tantos outros... Foi, enfim aminha inesgotável reserva de sonhos...

Foi nestes rios que aprendi a na-dar e a apreciar as carícias do sol de-pois de um banho gelado. Foi neles,que pasmei espreitando o seu eter-no namoro com o sol e que vi deslum-brado, com estes olhos que a terrahá-de comer, os seus caleidoscópi-

Mea-culpacos jogos de luz e cor que suave-mente se camaleonavam dos rutilan-tes reflexos do meio dia, até aos lân-guidos dourados do pôr-do-sol.

Vi-os generosamente a saciar se-des, a ofertar beleza, frescura e pei-xe. Vi-os a a moer pão e a mover fá-bricas, onde um mundo de traba-lhadores suavam o seu sustento...

Vi a ingratidão e a cegueira doshomens, que aos longo dos anosos transformaram em esgotos, e nãocontentes, a virar-lhes as costas, en-vergonhados.

Testemunhei a minha, e a quasegeral trágica passividade, perante estehomícidio qualificado...

Vi num luminoso dia de esperan-ça, primeiro o anúncio, depois osincontáveis estudos e finalmente aconstrução do pomposamente de-nominado Sistema Integrado de Des-poluição do Vale do Ave, no qualforam sepultados milhões a perderde vista...

A verdade, é que depois de apa-rentemente alguma coisa ter melho-rado, o decorrer do tempo encarre-gou-se de provar o pior... E apesardo tão dispendioso tratamento, ofacto é que nada de substancial ti-nha mudado, e os meus rios conti-nuam doentes, muito doentes, ape-sar de continuar a ser exigida aoscidadãos e às empresas uma pesa-díssima factura destinada ao funci-onamento do dito pretenso Sistemade Despoluição do Vale do Ave.

E um estrondoso, estranho, ver-gonhoso e incómodo silêncio pairasobre este absurdo, sem uma expli-cação, sem um único responsável...

Faço aqui, e agora, um tão dolo-roso, como sincero mea-culpa, edeixo a promessa que a minha pas-sividade acaba aqui e já.

Sei que que poderei fazer é ape-nas uma gota no oceano, mas comodizia a Madre Teresa de Calcutá“...sem ela o oceano seria muito menor”.

Começo já esta jornada por con-vidar todos os beneficiários deste,apesar de tudo, pedaço de paraísoa juntar a sua à minha a sua gotade água. ||||||

“Faço aqui, e agora, umtão doloroso, comosincero mea-culpa, edeixo a promessa quea minha passividadeacaba aqui e já”.

“M.ª ASSUNÇÃO LINO

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ATUALIDADE

A alternativa à Estrada Nacional105 de Santo Tirso a Guimarães;

A segunda fase da Rua SilvaAraújo em Vila das Aves;

A requalificação da Estrada daBarca – passeios para peões.

“Prosseguir com a expansão darede pública de saneamento eágua” (Outdoors de campanhafalam de concursos já em anda-mento. Que taxa de coberturaatingir em final de mandato, num enoutro domínio?);

Requalificar as ligações viárias deVila Nova do Campo a Roriz, pelazona da Costa;

A ligação a Paradela, em Vilarinho,a EM 513 em Vilarinho;

O acesso ao Parque Sara Moreira(inclui a ligação à EN 105?), a liga-ção da Reguenga à Seroa, a EstradaMunicipal 318, em Água Longa;

“Aumentar o número de bolsasde estudo a atribuiraos alunos universitários”

AS MAISESPERADAS

“Criar o Parque Silvestre doVerdeal”… (a nova qualificação de‘silvestre’ e o alargamento doprojeto à outra margem não lheretiram a antiguidade);

“Prosseguir o programa de des-poluição do Rio Ave e do RioVizela” (objetivo sempre renovado);

“Promover a instalação de um PóloUniversitário Agrário em SantoTirso”;

“Exigir ao governo a ligação davariante à EN14 ao nó da A3”;

“Exigir ao Governo a reformulaçãoda portagem da A3 em SantoTirso”;

“Concluir o novo nó da Ponte deFrádegas”

AS MAISANTIGAS

“Requalificar o Cineteatro de SantoTirso”;

“Desenvolver medidas demobilidade suave”;

“Implementar um programa deEducação Olímpica”;

“Criar pontos de acesso à internetgratuitos, nos principais espaçõspúblicos”;

“Instalar postos de abastecimentopara veiculos elétricos.”

AS MAISBADALADAS

AS MAISMUTANTES“Dialogar com o governo a requali-ficação do Hospital de Santo Tirso”;

“Promover a criação de um Centrode Operações Avançado, para gerirde forma integrada e inteligente osserviços Municipais, aumentando asua eficiência e sustentabilidade”.

AS MAISUTÓPICAS“Limpar o fundo do Rio Ave”;

“Promover a instalação de umteleférico em Santo Tirso queestabeleça a ligação entre o centroda cidade e o Monte de NossaSenhora da Assunção”;

“Promover a construção de umhotel junto às Termas das Caldasda Saúde e outro no ParqueUrbano Sara Moreira”;

“Criar os Caminhos de SãoRosendo, estabelecendo a ligaçãoentre S. Miguel do Couto, em SantoTirso, e Celanova, em Espanha”;

“Criar um Gabinete de atendimentoprioritário aos Presidentes de Junta”;

“Construir uma rotunda noentroncamento da nacional 105,com a EM 644, junto à autoni.”

“Reabilitar e dinamizar os edifíciosdas estações de caminho de ferrode Santo Tirso e Vila das Aves”;

“Apoiar a construção de umapiscina no Parque Urbano SaraMoreira”;

“Concretizar a ligação pedonalentre o futuro Parque Silvestre doVerdeal e o ParqueUrbano Sara Moreira”.

AS MAISRECENTES

“Recuperar a figura do guarda-rios”;

“Criar “Brigadas Verdes” nasfreguesias para “envolver oscidadãos na defesa ativa do meioambiente”;

“Criar um “Banco Local deVoluntariado”,

“Desenvolver a implementação daaplicação “Eu sou responsável”,para aumentar a participação ativados cidadãos na comunidade.”

AS MAISINCRÍVEIS

“Projetar uma ponte sobre o RioVizela para ligar Cense, na Vila dasAves, a Rebordões;

“Construir uma nova ponte sobre oRio Vizela ligando Vila Nova doCampo à estação de caminhos deferro de Lordelo”;

“Fomentar a atividade de golfe paracrianças, jovens e seniores emarticulação com o Vale Pisão”;

“Instalar sistemas de monitortizaçãoda qualidade do ar, contribuindopara um politica de baixo teor decarbono.”

AS MAISIMPROVÁVEIS

“Criar um boletim municipalinformativo”;

“Fomentar a criatividade e aprodução artística.”

AS QUE JÁEXISTEM

AS MAISESQUECIDAS

CELEBRADA A POSSE COM O ENTUSIASMO RESULTANTE DO REFORÇO DAMAIORIA, VISLUMBRA-SE UM MANDATO CAMARÁRIO SEM SOBRESSALTOS,CONTANDO QUE ESTANDO “SANTO TIRSO EM BOAS MÃOS” VEREMOS OSAUTARCAS A METER MÃOS À OBRA, SENDO CERTO QUE MUITA OBRA OU JÁFOI LANÇADA OU SE ENCONTRA EM CONCURSO. ISSO NÃO IMPEDE QUE,PARA CONTRAPOR A UM CERTO ALARIDO DE EUFORIA PELA VITÓRIA, SEFAÇA UMA ANÁLISE DA LISTA DE MEDIDAS PROPOSTAS AOS MUNÍCIPES EMCAMPANHA ELEITORAL, PARA MEMÓRIA FUTURA.

E agora, mãos à obra...

“Promover a instalação de um teleféricoem Santo Tirso que estabeleça aligação entre o centro da cidade e oMonte de Nossa Senhora da Assunção”

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VILA DAS AVES (EM FRENTE AO MERCADO)

Há exatamente 4 anos e um dia to-mava eu posse como Presidente deJunta de Freguesia de Vila das Avese tinha comigo a responsabilidadede pagar o que faltava do investimen-to que tinha sido feito: a dívida era,precisamente, de 68.056,75 euros.Passado um ano da minha tomadade posse, tinha já essa dívida paga eos fornecedores da Junta a receber amenos de 30 dias. Hoje, passados4 anos, deixamos todas as contaspagas, incluindo já os salários deOutubro, metade do valor das obrasem curso, uma boa quantia no ban-co e ainda verbas a receber. Entrega-mos hoje ao executivo que vai darinício às suas funções 72.859,22euros em depósitos às ordem a queacrescem três verbas a receber: 6.000euros da Camara Municipal (dos pro-tocolos das escolas), 1.417,31 eurosda energia elétrica cedida para asobras da Quinta dos Pinheiros e10.000,00 euros de um donativodo Clube Desportivo das Aves SAD.Resumidamente, há 4 anos na mi-nha tomada de posse recebi umadívida de cerca de 68 mil euros ehoje entrego ao novo executivo umsaldo positivo que ultrapassa os 90mil euros.

O executivo que liderei tudo fezpara cumprir os Planos de Investimen-to aprovados. Durante estes 4 anos,muita ginástica financeira fizemos paracomeçarmos com investimentos… tão

Hoje entrego ao novoexecutivo um saldopositivo que ultrapassaos 90 mil euros

esperados e necessários! E começa-mos: deixamos em andamento duasgrandes obras que muito vão facilitara vida aos avenses: a rua da BelaVista em Cense, que tinha 3 metrose ainda em terra e passará para 6metros de largura, pavimentada e com1 metro de passeio. Aqui fica o agra-decimento ao Sr. Rodrigues que ce-deu gratuitamente a totalidade doterreno para que isto fosse possível!A Rua Pedro Dioga, que tanta polé-mica já deu, para além de já ter sidoalargada, vai ser pavimentada e comum traçado que permitirá fazer liga-ção direta à Igreja, passando pelosterrenos da paróquia. Já falámos como Sr. Padre Fernando que deu luzverde para os técnicos se colocaremno terreno e apresentarem um pro-jeto para a ligação. Desta forma ficaevidenciada a viabilidade da execu-ção desta obra caso o novo executi-vo assim o entenda.

Pois bem, Sr. Presidente da Junta:nestas duas situações fica já com otrabalho bem adiantado, pois, só ne-cessita de lhe dar continuidade. É quejá tem a disponibilidade financeirapara pagar, a metade em falta, destasduas obras.

Durante estes 4 anos muito foifeito. Vila das Aves viveu aconteci-mentos únicos que colocaram a nos-sa Vila na comunicação social naci-onal. Falo do “Aves em Movimento”e do “Aves em Natal”, que foram omotor da envolvência de toda a co-munidade na vida da nossa terra. Naminha opinião este legado não deveparar aqui – deve continuar!

Nem só de obras e festas é feito otrabalho de um executivo de uma Jun-ta. Mas sim de muito trabalho que nãose vê, e que tem impactos enormes navida de muitas pessoas. Exemplo distoé o trabalho de revisão da delimitaçãode Vila das Aves com a Vila de Lordelo.Foi uma negociação longa entre as duasJuntas e as duas Câmaras Municipais.A conclusão desta negociação termi-nou com problemas de décadas queafetavam as populações limítrofes. Ou-

sar do Cemitério Novo não ser propri-edade da JF, nunca deixamos de reivin-dicar a construção de sanitários e colo-cação de iluminação.

Relativamente às artérias da Vila queestavam por pavimentar, neste manda-to intervencionamos quatro.Pela primeira vez na história da nossaterra temos, não um, mas dois parquesinfantis, dando uma nova dinâmica aoslocais onde foram implantados. O quenos dá mais orgulho é ter avenses quedepositaram em nós a capacidade dedarem às crianças da nossa terra umequipamento tão importante. Muito maispoderia mencionar…Fizemos muita coi-sa. Muito mais há a fazer? Claro queSIM! A nossa ambição deve ser à medi-da da grandeza da nossa terra!

Nunca nos cansámos de exigir ereivindicar aquilo que é de direito paraVila das Aves: o crescimento sustenta-do e as infra-estruturas que o permi-tam; ser um pólo atrativo na zona nas-cente do Concelho. Nunca cedemos ainteresses pessoais ou corporativos e,foi com esta “receita” que nos últimos60 anos, que Vila das Aves se tornounuma referência de desenvolvimento.Não sou eu que o digo, é a Históriaque o comprova.Por último, e porque os últimos são osprimeiros, todo o trabalho que conse-guimos e toda a força que tivemos paralutar pela nossa terra foi porque tive-mos sempre connosco muita gente.Voluntários incansáveis que deram desi para que muitas atividades se con-cretizassem, sem eles muito deste traba-lho não era possível. Para os nossosfornecedores, tínhamos uma máxima: osfornecedores da junta teriam de ser deVila das Aves e, só quando na terranão havia opção é que a Junta de Fre-guesia contratava fora.

Agora inicia-se um novo ciclo, e, talcomo se pretende em democracia, pre-parámos o caminho para os que nossucedem. Deixamos alicerces para quequem vem a seguir faça um bom traba-lho. VIVA VILA DAS AVES. ||||| EEEEELISLISLISLISLISABETEABETEABETEABETEABETE

RRRRROQUEOQUEOQUEOQUEOQUE F F F F FARIAARIAARIAARIAARIA* 20 20 20 20 20 DEDEDEDEDE OUTUBROUTUBROUTUBROUTUBROUTUBROOOOO DEDEDEDEDE 20 20 20 20 201111177777

CARTAS AO DIRETOR

tro trabalho menos visível, mas muitoimportante, foram as alterações àtoponímia surgidas ao longo dos anose que foram sendo registadas culmi-nando na edição de novos mapas ondepassamos a incluir os códigos postais,substituindo assim o mapa de 1995:sim, fizemos uma edição do mapa daVila atualizado! Festas da Vila: ao longodestes quatro anos fomos alterando adinâmica deste evento, que já é umareferência da nossa região. Devolvemosao histórico lugar da Tojela o palco dasfestas; reduzimos o orçamento com asfestas dando oportunidade aos nossostalentos para atuarem e o resultado foibrilhante: lançamos a 1ª Orquestra Ur-bana de Vila das Aves – a primeira or-questra do concelho. As festas da Vilatornaram-se uma montra para as Asso-ciações da nossa Vila e um espaço deanimação para os mais jovens e osmenos jovens. Temos a melhor e maisfrequentada Universidade Sénior daRegião desde o ano letivo 2014/2015.Integrada na RUTIS e a funcionar naescola de Cense desde o passado anoletivo, a Universidade Sénior, conformeprometido por este executivo no anopassado, tem agora uma carrinha denove lugares para o serviço de trans-porte dos alunos. Como veem deixa-mos este projeto com todas as condi-ções para ter um futuro de sucesso. Atéo edifício da escola de Cense foi recen-temente renovado.

Ao longo destes 4 anos o movi-mento associativo de Vila das Aves co-nheceu um grande incremento, tivemostodas as associações da Vila ativas ecolaborantes entre si e de forma bemvisível nas atividades da Junta. Mantive-mos viva a cultura da nossa Geminaçãocom Saint Étienne les Remiremont. De-senvolvemos protocolos de colabora-ção com várias entidades que prestamajuda em diferentes áreas aos Avenses.Exemplo disso é o atendimento que estáa ser feito aos ex-combatentes na sededa Junta semanalmente, o atendimentoda ACIST aos comerciantes da vila e obalcão da Segurança Social. Homena-geamos os nossos combatentes vivos efalecidos com uma Escultura de home-nagem onde todos os anos osrelembramos com honras militares. NoCemitério antigo investimos na apare-lhagem sonora e na cobertura para asúltimas exéquias, bem como construí-mos novas instalações sanitárias, dan-do mais dignidade aquele espaço. Ape-

*RECEBEMOS DE ELISABETEROQUE FARIA, COM PEDIDODE PUBLICAÇÃO, O TEXTO QUESE TRANSCREVE. SEGUNDO AEX-PRESIDENTE DA JUNTA,ESTE SERIA O TEOR DO SEUDISCURSO NA SESSÃO DAASSEMBLEIA DE FREGUESIAQUE DECORREU APÓS A POSSEDO NOVO EXECUTIVO SETIVESSE TIDO OPORTUNIDADEDE O PROFERIR.

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ATUALIDADETOMADA DE POSSE // VILA DAS AVES

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

É uma cerimónia repleta de significa-do simbólico no início de qualquerlegislatura, ainda mais quando noepicentro desta está uma mudançade sentido de voto. “É uma cerimóniaque se reveste de grande significadoquer para mim, quer para todos oseleitos para os órgãos autárquicos,quer para a freguesia de Vila dasAves”, confessou Joaquim Faria, noseu estilo desarmado, conduzindouma sessão sem floreados. Onde oato falou por si. Cumpriu-se o pro-cesso, trataram-se das formalidadese etiquetas legalmente requeridas.Elegeram-se os representantes coma maioria conquistada nas urnas a 1de outubro passado. Começou o“novo rumo”.

Após as cordialidades habituaise de um momento emocionado aofalar da família, o recém-empossadopresidente de junta sublinhou a re-levância dos acontecimentos do dia

“Sei que as expectativas sãoaltas, mais alta é a minhavontade e a vontade daminha equipa”CASA CHEIA PARA RECEBER O NOVO EXECUTIVO DA JUNTA DE FREGUESIA DE VILADAS AVES. JOAQUIM FARIA ASSUMIU O CARGO REAFIRMANDO A VONTADE DE“MUDANÇA” PARA UM NOVO CICLO POLÍTICO E O “INTUITO DE CUMPRIR ATOTALIDADE DO PROGRAMA ELEITORAL”, INCLUINDO A REALIZAÇÃO DE UMAAUDITORIA ÀS CONTAS DA JUNTA.

das eleições. Este último processoeleitoral “afirmou claramente a von-tade do povo avense em querer darum novo rumo à gestão autárquica,atribuindo ao PS uma expressiva vitóriae confiança neste programa político.”

Contudo, Joaquim Faria não sevê como vencedor, ou pelo menosainda não, pois diz que simplesmen-te foram a lista mais votada e que sósentirá vencedor quando, ao longodeste mandato, “conseguirem fazer oque há anos se anda a pedir queseja feito. Aí sim, podemos dizer quese materializou a verdadeira mudan-ça e a verdadeira vitória”, realçou.Por entre os apelos ao diálogo entreas várias forças políticas e à interven-ção cívica dos cidadãos, o novo pre-sidente garantiu que é seu intuito“cumprir na totalidade o programaeleitoral que foi sufragado”, preten-dendo “prestar serviços de qualida-de a toda a população” em todas asáreas de intervenção da junta de fre-guesia, bem como “cumprir todas ascompetências que lhe foram atribuí-das e preparar investimentos e inter-venções que sustentem o futuro danossa comunidade”.

O novo executivo irá avançar paraa realização de uma auditoria às con-tas da junta de freguesia, “não por ques-tões de confiança no trabalho efetuadopelo anterior executivo, mas para deforma transparente dar a conhecer à

população a realidade da junta de fre-guesia de Vila das Aves”, anunciou.

Quanto à relação com a CâmaraMunicipal, tremida nos últimos anos,Joaquim Faria dirigiu-se diretamenteao Presidente da Câmara sentado naprimeira fila, em forma de convidadode honra do momento. “Estou certoque podemos finalmente remar parao mesmo lado e trabalharemos emconjunto, pois em conjunto seremosainda mais fortes”, sentimento a quetambém se juntou, Jorge Machado nasua primeira intervenção como presi-dente da assembleia de freguesia.

Em modo de cumprimento ao Pre-sidente da Câmara, o novo presidenteda assembleia enfatizou a importânciada presença do edil tirsense nesta oca-sião, pois representa “uma clara mani-festação de apoio e sobretudo a ga-rantia de trabalho conjunto a favor dapopulação de Vila das Aves”, acrescen-tando, num discurso em tom senatori-al, que a assembleia de freguesia é “averdadeira casa da democracia” e queconta com a participação de todos.

A fechar a sua intervenção, Joa-quim Faria declarou os seus desejosde “gerir com seriedade, trabalho, res-ponsabilidade e com humildade demo-crática”, já que “em política não se de-vem combater pessoas. Em política de-vem-se combater políticas”. Se assimacontecer, Vila das Aves “estará nopelotão da frente.” |||||

JOAQUIM FARIA, SÓNIAMARTINS, JOSÉ PEDRO PARATY,FILIPA COELHO E NOÉMIAGOUVEIA COMPÕEM O EXECUTIVO.JORGE MACHADO, ANA LUÍSASANTOS E ALBERTO GOUVEIA,OCUPAM A MESA DA ASSEMBLEIA.

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||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Aos 37 anos, Joaquim Ribeiro Faria é oFaria que se segue na presidência da Jun-ta de Freguesia de Vila das Aves. Põe fimao decano domínio social democratanuma das vilas mais peculiares e bairristasdo concelho de Santo Tirso. Sucede a Eli-sabete Roque Faria e herda uma históriade pouca proximidade com a Câmara Mu-nicipal, projetos que se arrastam há anos,uma população reivindicativa.

Vive em Vila das Aves e para a grandeparte da população dispensa apresenta-ções. Casado e com uma filha, foi na fregue-sia que agora lhe caiu em mãos que cres-ceu. Ainda pequeno, foi na Escola de Quin-tão 2 que aprendeu as bases do que aper-feiçoou ao longo da vida. Seguiu-se o ‘ci-clo’, a Secundária D. Afonso Henriques e,mais tarde, a Universidade Nova de Lis-boa onde frequentou uma extensão Uni-versitária em Emergência e Proteção Cívil.A sua história escreve-se em paralelo coma dos Bombeiros e com a Associação deMoradores do Complexo Habitacional deRinge que abraçou desde os 18 anos eque ajudou a crescer e a solidificar, atéhoje, enquanto presidente.

Diz que não “perde tempo com o futebol”admite, ainda assim, simpatizar com o Ben-fica mas é o Aves que tem no coração. Diz-se persistente e teimoso, duas faces de umamoeda que só possuem os dotados depersonalidade forte. Garante estar ligadoao PS desde sempre e foi pelo PS que concor-reu a uma das principais juntas de fregue-sia do concelho. No início da campanha,garantia que não frequentaria espaços quenunca frequentou, que seria simplesmenteo que é. Deixou claro que na política nãovale tudo e rejeitou alinhar em “fachadas”“só para ir à caça ao voto”. Sublinhou a suadisponibilidade, incentivou a que falassemcom ele, que trocassem ideias e disse fa-

O Faria que se segueO PERFIL DE UM PRESIDENTE QUE RETIROU, À OPOSIÇÃO, A VITÓRIA ANUNCIADA

zer questão de ir, pessoalmente, porta aporta, falar das suas propostas e fazer comque os avenses o conhecessem melhor.Prometeu nunca baixar os braços e acabarcom as “quezílias”. “Quem pensa que nãosou reivindicativo, desengane-se, pois, que-ro o melhor para a nossa vila”, dizia.

À campanha trouxe um dos hinos maisoriginais e pedia o voto no PS com umtoque de “Despacito”, que era difícil tirarda cabeça. Prometeu um novo rumo e ga-rantiu que a sua prioridade seriam as pes-soas. Assumiu que, em caso de eleição, in-centivava a recuperação do berçário e cre-che nas instalações da antiga Associaçãodo Infantário de Vila das Aves. A essa jun-tou mais 54 medidas que aglutinou em 8ideias fundamentais. Promover e apoiariniciativas de cariz solidário e social, dina-mizar e promover o projeto da Universida-de Sénior, mobilizar esforços para ampliaras redes de abastecimento de água, sane-amento básico e gás natural, articular comentidades locais ações para a promoçãoda saúde e hábitos de vida saudável, criarum orçamento participativo jovem da fre-guesia, entre muitas outras.

Chamou para perto de si 28 pessoas ecriou uma lista que assegurou ter “sanguenovo”, empenho e motivação. Ganhou. Nodia 1 de outubro ficou na história comouma das vitórias da noite ao somar mais533 votos que a adversária direta, Elisa-bete Roque Faria. Ganhou em todas asmesas de voto, conquistou sete deputa-dos para a Assembleia de Freguesia, con-tra seis da coligação PSD/CDS. No dia 20um socialista voltou a tomar posse da Juntade Vila das Aves. “A estrela brilha e con-tinuará a brilhar para quem trabalha comHumildade e Honestidade”, escreveu nacarta que, dias antes, deixava a todos osavenses e que, entre várias garantias su-blinhava duas: “trabalharemos para tod@s!Contamos com tod@s!”. ||||||

Joaquim Faria não “perde tempo com o futebol”admite, ainda assim, simpatizar com oBenfica mas é o Aves que tem no coração.

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ATUALIDADE

www.ortoneves.pt

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O tom de celebração, típico dasassembleias de tomada de posse, fi-cou à porta. Em Vilarinho, o combatepolítico começou desde o minutozero. Das eleições do passado dia 1de outubro, saiu um imbróglio políti-co, sem maiorias óbvias, sobretudotendo em conta as ocorrências dosúltimos meses. As conversas pré-assembleia entre as forças políticasnão resolveram a situação e comotal, a assembleia ficou em suspenso.

Em Vilarinho oexecutivo é tricolorOS RESULTADOS DAS ELEIÇÕES DITARAM QUE ALIANÇAS TERIAM OBRIGATORIAMENTEQUE SER FEITAS. SEM ACORDOS A DOIS, JORGE FARIA VAI LIDERAR UM EXECUTIVO DEFREGUESIA COMPOSTO POR SI MESMO (UNIDOS POR VILARINHO), ROMEU LIMA (PS)E ABÍLIO MARTINS (CDU).

Depois de ver a sua primeira moçãorejeitada, Jorge Faria abriu espaço paraintervenções dos deputados recém-empossados da nova assembleia.Liliana Sampaio, por parte da lista dopresidente, não poupou críticas àoposição. “Hoje os vilarinhenses fi-caram a conhecer o verdadeirocaráter das pessoas”, salientando “aobrigação moral” dos deputados em“aceitar os cargos para o quais foramnomeados.” Concluiu dizendo que“um executivo tripartidário não refle-te os resultados eleitorais.”

Romeu Lima (PS) referiu que o re-sultado eleitoral ditou que o próxi-mo presidente de junta é Jorge Faria,mas que existe “uma clara maioria deesquerda que tem que ser represen-tada”, o que significa que o executivotem que ser composto pelas três for-ças políticas.

Na semana que antecedeu aassembleia de freguesia, AbílioMartins tinha dado o pontapé desaída com a difusão de m comunica-do onde mostrava a disponibilidadeda CDU em fazer parte de um execu-tivo tripartido, mas que a prioridade

deveria ser de uma solução entre osdois partidos mais votados.

Deste modo, a proposta aprova-da (7-2) pela assembleia de fregue-sia para formar o executivo envolveJorge Faria como presidente, RomeuLima como tesoureiro e AbílioMartins como secretário.

A eleição para a mesa daassembleia de freguesia percorreu omesmo caminho. Jorge Faria levou avotação uma lista com elementos doseu movimento independente e doPS, acabando chumbada (5-4) pelamaioria composta pelos socialistase comunistas. Coube a Romeu Limaapresentar nova proposta, desta feitacom Armindo Vieira (PS) a liderara mesa da assembleia, Li l ianaSampaio e Rafael Coelho a secreta-riar, sendo aprovada (5-4), factoque causa revolta na assistência eda própria Liliana Sampaio que de-cidiu não subir para ocupar o seulugar uma vez que, afirma, “ArmindoVieira não é a pessoa mais indicadapara o lugar”.Na sua primeira intervenção comolíder da nova solução tripartida, ondetodos os partidos com assento naassembleia estão representados noexecutivo, Jorge Faria não escondeuque a “solução encontrada não é aque preferiria”, mas respeita a deci-são soberana da assembleia e porconsequência a vontade dosvilarinhenses.

Apesar das críticas e doburburinho na sala, Armindo Vieira,ex-presidente de junta, assumiu olugar de presidente da mesa daassembleia, dizendo que foi “eleitopor voto secreto, com legitimidadepara cumprir o mandato.” Vieira assi-nalou ainda que a assembleia de fre-guesia “estará pronta para ajudar aencontrar soluções” políticas duran-te a legislatura.

“Não há tempo para perder tem-po”, afirmou Jorge Faria no final dasua intervenção. “Vilarinho está ànossa espera.” |||||

TOMADA DE POSSE // VILARINHO

Hoje os vilarinhensesficaram a conhecer overdadeiro caráter daspessoas”

“LILIANA SAMPAIO

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OBRAS JÁ COMEÇARAM E CUSTARÃO CERCA DE 200MIL EUROS.

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Vinte e quatro de Abril de 2016. Aprimeira fase da Avenida Manuel DiasMachado, em Vila Nova do Campo,foi inaugurada o ano passado e asegunda já está no terreno.

Na inauguração da primeira faseMarco Cunha sublinhava a vontadede ver avançar, rapidamente, a segun-da fase. No passado dia 17, acompa-nhou o presidente da Câmara, Joa-quim Couto, na visita que marcou oinício das obras que irão trazermelhorias a mais uma parte da ex-tensão da Avenida. “É o início de umanova fase na Avenida”, avançou Joa-quim Couto, lembrando que a obra“estava programada e planeada e queum conjunto de circunstâncias retar-daram o início e a execução de al-guns investimentos, mas a verdade éque eles estão a continuar”.

Inserida no Plano Municipal deMobilidade, a Avenida usufruirá deuma “melhoria sensível na seguran-

centro cívico, de uma centralidade emvila nova do campo que será desen-volvida ao longo dos próximos anos”,explica. Couto acredita que a “novaurbanidade no centro da vila” é “ab-solutamente indispensável” e “digni-fica a imagem pública do dentro davila” e Marco Cunha concorda. Opresidente da Junta lembra que sepretende dar continuidade a “umaobra emblemática” no centro da fre-guesia e sublinha: “não poderíamoscomeçar de melhor maneira estemandato”. “Isto passa a ser tudo umpasseio, vai haver na mesma a circu-lação automóvel mas vai ficar comum enquadramento com o acesso àjunta de freguesia também a serrequalificado e portanto é uma obraextremamente importante”, continua.

“Tirar daqui a feira fez com queesta obra, se calhar, fosse atrasada”,adianta Marco Cunha, que, ainda as-sim, olha para o lado positivo daquestão: “neste momento já temos afeira no novo local, a funcionar ebem”. “Foi tudo pensado, não é nadafeito ao calhas e está tudo enqua-drado no desenvolvimento que que-remos dar a esta freguesia”, concluiu.|||||

Av. Manuel DiasMachado já nasegunda fase

ça, uma melhoria na circulação e namobilidade pedonal, uma organiza-ção do tráfego, com passeios maislargos, arborização e, portanto, umamelhoria e requalificação do espaçopúblico”, explica o presidente da Câ-mara. A divisão da obra em fases foi,garante, dialogada com a junta defreguesia e, à obra que agora se ini-cia e que tem um orçamento queronda os 200 mil euros, surgirá aqui-lo que Couto chama de “segundafase B”, que já está em fase de adju-dicação e “que vai desde o cimo daavenida ate à saída para S. Mamedede Negrelos”. Prevista está, de resto,também, uma terceira parte que vaida igreja à rotunda e que o municí-pio espera ver concluída durante oano 2018.

Em concreto, esta segunda faseirá criar uma “uma plataforma maiselevada junto da igreja, do cemité-rio, do salão paroquial e da junta defreguesia, ajudando e contribuindopara a formatação progressiva de um

AVENIDA MANUEL DIAS MACHADO | V.N. CAMPO

Humildade cívica,aqui e agora

EDITORIAL

O discurso do Presidente daRepública a propósito dos trágicosincêndios deste ano apela à hu-mildade cívica para reconhecer que“portugueses houve que não viramos poderes públicos como garantede segurança e de confiança” e que“a fragilidade existiu e existe e atin-giu os poderes públicos”.

Este apelo à humildade paraabrir um novo ciclo e iniciar umnovo caminho não pode deixar deestender-se a todos os poderespúblicos, incluindo aqueles que aca-bamos de eleger e de empossar,aqui e agora.

É salutar pensar que, apesar denão ter havido no município situa-ções com a gravidade e a extensãodas ocorridas noutros locais, a elesnão estamos imunes e, como cida-dãos, queremos ter garantias deprontidão e a eficiência dos dispo-sitivos de proteção civil e de res-posta às situações de emergência.

E, neste domínio, e ao nível domunicípio de Santo Tirso, a neces-sidade de um novo ciclo advém daevidência de um conjunto de cir-cunstâncias que, ao longo do ciclopassado, não podiam senão con-duzir à fragilização dos dispositi-vos das corporações de bombeirosdo concelho, que, apesar de dota-das de efetivos de grande qualida-de, necessitam de meiosoperacionais adequados. E, comoexemplo, a falta dum apoio extra-ordinário para a conclusão do pa-gamento do quartel dos vermelhos,

que noutros ciclos autárquicos te-ria sido pacífica vistos os exemplospassados, cria objetivamente difi-culdades à prontidão e eficiênciados seus meios operacionais.

Joaquim Couto, no discurso deposse para o novo mandato, afir-mou “com humildade democráticasaberei ouvir”. Iniciar um novo ci-clo obriga a ouvir e a rever o tipode resposta a dar às solicitaçõesdos responsáveis das instituições,acarreta acabar de vez com a pro-dução de equívocos protocolaresinsensatos e impõe não se assu-mir com indigente certeza que cer-tos donativos têm motivações hos-tis. Iniciar um novo ciclo obriga apassar para segundo plano a dis-cussão sobre quem tem a obriga-ção de proceder ao financiamentodas corporações para as não dei-xar à míngua num tempo em que,noutros domínios, a autarquia as-sume o financiamento e a execu-ção de obras que o estado, anteri-ormente, se comprometera executar.

A humildade cívica que tambémse exige às instituições não pode, po-rém, num regime democrático, impe-dir representantes seus de exerce-rem em plenitude os seus direitoscívicos e qualquer manobra ten-dente a desvalorizar esse exercíciosó diminui quem a promove. Asopções pessoais feitas em liberda-de num contexto de su-frágioautárquico serão condicionante denova eleição na instituição? Ométodo democrático o dirá. ||||

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ATUALIDADE

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De “prisão” a “hospício”, a escola foitratada de todas as formas e feitios,numa espécie de relação amor/ódioentre a instituição escola os que nelavivem diariamente. André Fernandes,ex-presidente da associação de estu-dantes, deu o mote no discurso deabertura. Em estilo irónico, entrela-çou histórias do seu percurso peloagrupamento com comentários sar-cásticos sobre as personagens comquem se foi cruzando ao longo dosanos, com foco especial no “seu diretor”Rui Sousa.

Os contos eram joviais, o estilocompassado, a linguagem “despro-positada” para uma cerimónia destetipo, mas o discurso encheu a sala desurpresas e sorrisos nos lábios. “Foi aquique cresci, vivi e formei o meu carác-ter”, concluindo de modo iminente-mente emocional.

O mérito e a excelênciada D. Afonso Henriques

CERIMÓNIA DE ENTREGA DE DIPLOMAS DE FINAL DECICLO, MÉRITO E EXCELÊNCIA JUNTARAM ALUNOS PAIS EPROFESSORES PARA UMA NOITE DE VALORIZAÇÃO DOMELHOR QUE O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D. AFONSOHENRIQUES TEM PARA OFERECER.

Quem subiu ao palco visivelmentecomovido foi o diretor do agrupa-mento, Rui Sousa com as palavrasdesarmantes do ex-aluno. “Só alguémcomo o André podia dizer palavrascomo aquelas”, confessou, antes deredirecionar a sua intervenção paraa importância desta cerimónia. “É oreconhecimento público do trabalhoárduo de todos estes alunos e cor-po docente.”

O diretor sublinhou ainda as mu-danças e os projetos pioneiros queestão em curso no agrupamento, casosdo Centro Qualifica, programa deflexibilização curricular, eTwinning eErasmus +.

Um a um os alunos foram sendochamados para receberem o diplomaque lhes permite afirmar que termina-ram o ensino secundário, cientifico-humanístico ou profissional, peranteo olhar enternecido dos pais pelosentimento de dever cumprido. Umae outra vez no caso de alguns, comos prémios de mérito e excelência aidentificarem os melhores dos me-lhores, dos mais pequenos do quartoano, passando pelo sexto, nono e cul-minando naqueles que dizem adeusao ensino regular.

O prémio de melhor aluno doagrupamento foi entregue pelavereadora da educação, Ana MariaFerreira. Termina André Fernandes emjeito de sumário de uma experiência,a da escola, que tem tanto de univer-sal como de único. “A escola é dequem a faz, fez e fará.” |||||

Mais de dez milpessoas terãodentista em VilaNova do Campo

|||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

É o primeiro protocolo a ser levadoa cabo entre um município do dis-trito do Porto e o Estado para a ins-talação de um dentista nas Unida-des de Saúde e o escolhido foi San-to Tirso. “O Serviço Nacional de Saú-de, ao longo de muitos anos aca-bou por descurar a questão da saú-de oral e nós queremos inverter issoe temos, com as autarquias, traba-lhado no sentido de começar a co-locar médicos dentistas nos centrosde saúde”, sublinhava Fernando Ara-újo, Secretário de Estado da Saúde,quando, no dia 13 se deslocou aoconcelho para reunir com aautarquia. O objetivo, garante, é tor-nar o projeto realidade já no primeirotrimestre de 2018 e, em Santo Tirso,será a Unidade de Saúde de S.Martinho do Campo quem irá passara ter disponível um dentista.

“Eu já tinha anunciado este diá-logo antes das eleições mas por ra-zões óbvias só agora é que estamos

MUNÍCIPIO DE SANTO TIRSO ASSINA, PARALELAMENTE,PARCERIA COM O MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA APROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

SAÚDEdo. “Reúne todas as características econdições para podermos trabalharem conjunto e termos sucesso”,acrescentou. O Estado está a levara cabo uma estratégia de promoçãode alimentação saudável com vista àimplementação de medidas diversasde promoção da saúde e assinou,para isso, um protocolo com SantoTirso. “Vamos reunir com os restau-rantes e com os fornecedores dealimentação para tomar um conjun-to de medidas aparentemente sim-ples mas de grande impacto, comotirar saleiros dos restaurantes, reti-rar as máquinas de comida “malici-osa” das escolas, dos edifícios pú-blicos, fazer sessões de showcookingpara ensinar a cozinhar saudavel-mente”, explica o presidente da Câ-mara que sublinha ainda o contactoque está a ser levado a cabo com umnutricionista para acompanhar, dia-riamente, as refeições escolares. Asmedidas serão calendarizadas e Jo-aquim Couto congratula-se com o fac-to do Ministério da Saúde estar emsintonia com o município. “Sinto-memuito orgulhoso por o governo terescolhido Santo Tirso como municí-pio piloto para protocolar, para desen-volver esta nova politica de promo-ção da saúde através da alimenta-ção e promovendo uma alimenta-ção saudável”, sublinha lembrandoas politicas de promoção da saúdeque, desde 2013, tem levado a cabo.Couto acredita que “é mais vantajo-so para o estado e para a saúdedos portugueses promover a saúdedo que curar a doença” e o secretá-rio de Estado da Saúde concorda.“Continuamos a gastar muito di-nheiro em medicamentos e muitopouco na prevenção das doenças equeremos inverter esse paradigmae começar com as autarquias quetêm uma capacidade e uma vonta-de de trabalhar”, explica, sublinhan-do que Santo Tirso tem a sorte deter “um médico à frente do municí-pio que tem esta sensibilidade e temjá um conjunto de medidas pensa-das, que podemos articular com asnossas do Ministério e em conjun-to termos um programa coerente eque possa mudar esta realidade”. Arealidade que Fernando Araújo des-creve é de um país com poucos há-bitos de alimentação saudável quelevam a problemas graves de saúde.“Cerca de 10 por cento dos portu-gueses são diabéticos, 1 em cada 5serão hipertensos, 1 em cada 2 se-rão obesos ou pré obesos e temosum longo caminho a percorrer paramudar esta realidade”, concluiu. |||||

a concretizar esse protocolo, a pô-lo em prática nos moldes, nos ter-mos e nos timings que tínhamospreviamente fixado”, adianta o pre-sidente da Câmara, Joaquim Couto,explicando que se trata de uma parce-ria entra a Câmara e o Ministério daSaúde que prevê a colocação de umdentista e respetiva auxiliar, “ funci-onando nos mesmos moldes domédico de família”. “O Ministério dasaúde fornece as instalações, a Câ-mara Municipal fornece a aparelha-gem, um investimento que andaráentre os 40 e os 50 mil euros e oMinistério compromete-se a colocar,no primeiro trimestre de 2018, omedico e o pessoal auxiliar necessá-rio para desenvolver esta nova valênciade saúde”, explicou o presidente, sali-entando que a medida irá abrangerentre 11 e 13 mil pessoas.

CONTRA O SAL E POR UMA ALIMEN-TAÇÃO SAUDÁVEL

“Este vai ser o município exem-plo”, adiantou o secretário de Esta-

EDUCAÇÃO

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O III Congresso Internacional de Enge-nharia Civil e Território reuniu, em Vigo,300 profissionais de engenharia por-tugueses e espanhóis, durante dois dias.Na comitiva portuguesa, para além dosrepresentantes da Ordem dos Enge-nheiros da Região Norte esteve tam-bém Castro Fernandes, ex presidente daCâmara Municipal de Santo Tirso eMembro da OERN.O congresso tinha o mote “Conserva-ção e Gestão da Obra Pública. Cidadee Território” e foi justamente a primeirasessão sobre Transportes que CastroFernandes presidiu e durante a qualforam abordados temas relativos a es-tradas e arruamentos, pontes, viadutos,segurança rodoviária, transportes aére-os, aeroportos, obras portuárias, trans-portes públicos e logística. CastroFernandes assinalou que “intervençõesmuito importantes do Presidente daMetro do Porto, Jorge Moreno Delga-do, e a do Professor Catedrático deCoimbra, António José País Antunes,sobre o Aeroporto do Porto, tiveramuma abrangência muito interessante,com reflexo direto na resolução dosproblemas dos municípios e com apli-cação prática na vida dos cidadãos doNorte de Portugal e da Galiza.”

Um dos temas que teve grande ên-fase neste congresso foi a questão daconservação do património público, eCastro Fernandes acredita ser “um dosproblemas mais importantes que se co-loca na atualidade é o da conservaçãodo património público construído”. “De-pois dos investimentos realizados, aolongo das últimas dezenas de anos,nomeadamente com recursos a Fun-dos Comunitários, há que garantir umasérie de medidas que evitem a degra-dação dos equipamentos”, concluiu. Ocongresso é bianual e o próximo seráem Portugal. |||||

VIGO | CONGRESSO

Castro Fernandespreside sessão emcongresso ibérico

Quando a Catalunha foi aquiMEMÓRIA | TERRITÓRIO

O NOME “TERRAS DO AVE” É LHE FAMILIAR? NO FINAL DOS ANOS 90 TRÊS FREGUESIAS SEDIADASENTRE OS RIOS AVE E VIZELA SONHARAM POR UM CONCELHO PRÓPRIO QUE LHES ABRISSENOVOS HORIZONTES DE INDEPENDÊNCIA E UM FUTURO MELHOR. COM AQUESTÃO DA CATALUNHA NA ORDEM DO DIA, O “ENTREMARGENS” RECUPERA O PROJETO QUEINCLUIRIA AS FREGUESIAS DE VILA DAS AVES,LORDELO E RIBA DE AVE.

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Decorria o ano de 1998. A lei queregula a criação de novos municí-pios tinha sido desbloqueada nareta final de 97 e consequentementeaberto uma corrida à autonomia, umpouco por todo o país. Na Vila dasAves, onde o sentimento de amor-próprio se vive à flôr da pele, estatornou-se uma oportunidade dou-rada para conquistar uma auto-nomia à muito desejada.Vila das Aves, Lordelo eRiba de Ave, freguesiascontíguas de trêsconcelhos dife-rentes, com asmais variadasrazões para sesepararem dosMunicípios que asabrigam perante lei, lan-çaram-se na tentativa deconstruir um futuro melhor ba-seado no muito que têm em co-mum. Uma história partilhada deséculos facilmente identificável comuma região.

A três de fevereiro reunia pelaprimeira vez a “Comissão Promoto-ra da Criação do Município ou Au-tonomia de Vila das Aves”, um grupode notáveis da vila onde se incluía o,à época, presidente da junta de fre-guesia, Aníbal Magalhães Moreira.No final desse mês seguia para Lis-boa, mais concretamente para a secre-tária do Presidente da Assembleia daRepública, a Petição para a criação doConcelho de “Terras do Ave”.

As visitas ao Parlamento, as reu-niões com os grupos parlamentaresforam-se sucedendo. Os requisitoslegais da proposta de concelho cum-priam os critérios da legislação, com aexceção da área total, que ficava aquémdos trinta quilómetros quadrados exi-gidos, algo provisório tendo em

conta a intenção de agregaroutras freguesias da região.Portugal e o seu governo centralseguem o amplo exemplo de ou-tras nações do “velho continente” –a sua longa e contenciosa históriarelacionada com a autonomiaterritorial e independência adminis-trativa. O passado senhorial e colo-nial está no ADN de uma europaque é um agregado de povos ecomunidades variados, cujo um dospoucos fatores de união são a pro-ximidade territorial. Descentralização,sim. Autonomia regional, não. In-dependência muito menos.

A Catalunha é um caso levadoao extremo. A Escócia um exemploparadigmático, perdido no limbo dobrexit do qual os seus cidadãos sedemonstraram eleitoralmente con-tra. Numa era de supra-democraci-as e macro-estruturas, o poder de

soberania perde-se nosantros dos centros de decisão. Sãoseis mil assinaturas que apoiam umapetição que ficam arquivado numagaveta, de um gabinete algures nacapital.

Por mais contexto histórico, pro-ximidade geográfica e afinidade so-ciológica o destino estava traçadomesmo antes de existir. A exceçãofoi criada para satisfazer batalhas delonga data. Falhou o tempo. O planogeral da narrativa não incluía as “Ter-ras do Ave”.

Na obra “Vila das Aves em livroaberto” no capítulo dedicado ao pro-cesso de criação do novo concelho,escrevia José Pacheco em jeito de re-mate sobre o caso: “o oportunismopolítico dos governantes, as posiçõesambíguas de alguns partidos, a quese juntaram as tradicionais hesita-ções dos avenses em momentos his-tóricos decisivos, produziram desâni-mo e desistência. O movimento decriação do novo concelho estagnou.As razões da reivindicação mantêm-se.” |||||

NO FINAL DESSE MÊS SEGUIA PARALISBOA, MAIS CONCRETAMENTE PARA ASECRETÁRIA DO PRESIDENTE DAASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, A PETIÇÃOPARA A CRIAÇÃO DO CONCELHO DE“TERRAS DO AVE”.

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DESPORTO

Poder do Benficaderruba AvesDOIS PENALTIS A FAVOR DOS “ENCARNADOS” RESOLVERAM UM ENCONTROBEM DISPUTADO ONDE NÃO SE NOTOU A DIFERENÇA ENTRE OS DOISEMBLEMAS. DESPORTIVO FOI MAIS PERIGOSO, MAS FALTOU EFICÁCIA À EQUIPADE LITO VIDIGAL. QUIM TORNOU-SE NO JOGADOR MAIS VELHO A JOGAR NOPRINCIPAL CAMPEONATO NACIONAL DE FUTEBOL.

ter encostado o Benfica às cordas eaproveitar a pressão com que a equi-pa tem lidado nos últimos tempos.Mas não foi capaz disso. Ou quan-do foi, no momento em que reduzpara 1-2, acontece o momento quedecide o jogo. À passagem do mi-nuto 78’, Jonas empurra claramenteNildo Petrolina junto à cabine doquarto árbitro, no campo de visão doassistente e na sequência da jogadaPizzi arranca um penalti que, só por

si já seria duvidoso. Mais tarde, apóso jogo, vem a saber-se que as comu-nicações entre o vídeo-árbitro (VAR)e o juiz de campo estavam interrom-pidas desde o minuto 66’, o que nãoaltera o facto de ambos os lancesacontecerem com a equipa de arbi-tragem no enfiamento dos lances.Recuando na cronologia dos acon-tecimentos, o SL Benfica entrou mui-to bem no encontro. Diogo Gonçal-ves, jovem promessa “encarnada” lan-

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FOTOS: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

O resultado final é enganador. Opoder do talento individual do Benficae a controversa decisão que atribuiuo segundo penalti da partida aos cam-peões nacionais ditaram números fi-nais demasiado pesados para a pro-dução dentro das quatro linhas deambas as equipas.

O Desportivo pode queixar-se, doárbitro e de si mesmo, pela falta deeficácia que demonstrou em momen-tos cruciais do encontro, onde podia

LIGA NOS | DESPORTIVO DAS AVES

18 - ESTORIL PRAIA09 06 17 - CD AVES09 06

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - FC PORTO 09 25

2 - SPORTING 09 23

3 - BENFICA 09 20

4 - BRAGA 09 185 - MARÍTIMO 09 16

7 - BOAVISTA 09 13

9 - FEIRENSE 09 11

10 - V. GUIMARÃES 09 11

11 - V. SETÚBAL 09 10

6 - RIO AVE 09 14

09

13 - TONDELA 09 09

16 - MOREIRENSE

09 0814 - PORTIMONENSE

09 08 15 - CHAVES09 06

12 - PAÇOS FERREIRA 09 09

138 - BELENENSES

ESTORIL PRAIA 0 - BOAVISTA 3

FEIRENSE 1 - RIO AVE 0

V. SETÚBAL 3 - MARÍTIMO 1

FC PORTO 6 - PAÇOS FERREIRA 1TONDELA 2 - BELENENSES 0

SPORTING 5 - CHAVES 1

BENFICA - FEIRENSERIO AVE - SPORTING

CD AVES 1 - BENFICA 3

BELENENSES - MOREIRENSEBOAVISTA - FC PORTOBRAGA - CHAVES

PAÇOS FERREIRA - ESTORIL PRAIA

MARÍTIMO - TONDELA

JORNADA 09 - RESULTADOS

CD AVES - V. GUIMARÃES

MOREIRENSE 0 - BRAGA 1V. GUIMARÃES 3 - PORTIMONENSE 3

PORTIMONENSE - V. SETÚBAL PRÓ

XIM

A JO

RNAD

A 10

- 27

A 30

OUT

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ENTRE MARGENS | 26 OUTUBRO 2017 | 17

São Martinho cai de péfrente ao Braga

MELHOR EM CAMPO

“Tivemos momentosmuito bons no jogoe estou contenteporque os meusjogadores se entrega-ram. São um grupohumilde e têm sidobravos, mas aindanão tem sido sufici-ente para ganharcom frequência.”LITO VIDIGAL

QUIMTrês golos sofridos são estatísticainglória para um princípio de noiteque ficou para a história. O veteranoguardião do Desportivo das Avesbateu o record de jogador mais velhoa atuar numa partida da primeira ligaportuguesa com 41 anos e 11 mesesdestronando o lendário ManuelBento. Este feito é ainda mais simbó-lico por ter sido alcançado em casa,perante os adeptos da equipa que oacolheu nos últimos cinco anos efrente à equipa pela qual se sagroucampeão nacional. A exibição de-monstra que Quim tem muito paradar ao futebol português e aoDesportivo das Aves.

Costuma dizer-se que a Taça de Por-tugal é uma competição especial. Aolongo dos anos foi construída todauma mitologia com os encontrosentre os clubes de primeira liga quetêm que se desenvencilhar de forma-ções de divisões inferiores. A festa dataça é essa, a possibilidade de colocarao mesmo nível realidades que sãointrinsecamente diferentes e tornar oimpossível, possível.

O São Martinho do Campeona-to de Portugal recebeu em casa em-prestada o SC Braga da Liga NOS e apartida correspondeu aos standards deum jogo de Taça. Emotivo, com cheiro asurpresa ao virar da esquina. O SC Bragavenceu, mas colocou-se a jeito de sereliminado por um São Martinhoirreverente e personalizado, em especi-al no segundo tempo quando os ner-vos de enfrentar uma equipa do esca-lão maior desapareceram.

A equipa de Abel Ferreira passoupara a frente do marcador ao minu-to 11’ por intermédio de Dyego Sou-za. Com poucas alterações no onzeem relação a campeonato, o Braga do-minou por completo a primeira parte,remetendo o São Martinho para umaposição de passividade à procura dabola. Aos 39’ Dyego Souza bisou napartida e jogo pareceu resolvido.

Só que a segunda metade tinhaoutras ideias. Rui Orlando fez entrarManuel Pedro e Luther King ao in-tervalo e o São Martinho surgiu revi-gorado. Luther King, acabado de en-trar reduziu o marcador, só para ver oSC responder no minuto seguinte porFábio Martins. Só que à passagem dominuto 56’ Daniel Alves, de cabeça,

çado no onze de Rui Vitória do qualnão constava Pizzi, criou váriosdesiquilíbrios pela ala esquerda doataque e testou as capacidades deQuim desde o primeiro minuto. Ali-ás, o veterano guarda-redes avensefoi o grande protagonista do encon-tro, sendo obrigado a intervir porvárias ocasiões sempre a grande ní-vel.

O Desportivo a jogar sem os em-prestados “encarnados” Carlos Ponck,Arango e Salvador Agra não se fe-chou e conseguiu com que o jogode parada resposta fosse uma cons-tante. O Benfica entrava na grandeárea do CD Aves com facilidade ecriou vários lances de perigo, mas naresposta do Desportivo saía para con-tra-ataques venenosos aproveitandoa velocidade de Amílton e a dispo-nibilidade física e Alexandre Guedes.Aos 19’ Rodrigo Defendi aparecesozinho no limite da pequena áreado Benfica na sequência de um can-to do lado esquerdo, mas ocabeceamento saiu ao lado, uma es-pécie de prenúncio do que estariapara vir.

Já perto da meia hora, Washing-ton derruba indiscutivelmente DiogoGonçalves dentro da grande áreaavense e o árbitro assinalou arespetiva grande penalidade queJonas, goleador por excelência, nãodesperdiçou.

O CD Aves não tremeu com ogolo sofrido e respondeu muito bemao golo. Foi para cima do adversárioe à procura do empate. Ao minuto36’ uma jogada de envolvimento en-tre Amílton e Nélson Lenho pela es-querda do ataque, culminou num cru-zamento milimétrico do lateral avensepara a entrada fulminante de NildoPetrolina nas costas de Grimaldo, quenão conseguiu concretizar. Poucos mi-nutos depois, novamente Petrolina a fazero mesmo movimento nas costas dolateral adversário para correspondera um cruzamento perigosíssimo deAmílton, mas desta feita Rúben Diastirou a bola quando esta se encon-trava perto da linha de golo.

O primeiro tempo terminou com oCD Aves a empurrar o Benfica para asua grande área com vários lancesde perigo. Primeiro Vítor Gomes apasse de Washington, a seguir De-fendi novamente de cabeça acorresponder a um livre de V. Go-mes e Svilar teve que se aplicar. Emcima do apito para o intervalo foiGuedes que numa jogada de insis-tência tentou a sua sorte.

Logo a abrir a etapa complemen-tar, o Benfica alarga a vantagem para

2-0. Jonas atira de longe, mas o re-mate do brasileiro desvia na defen-siva avense sobrando para Salvio quecoloca fora do alcance de Quim, sen-do Seferovic a confirmar o segundodo Benfica praticamente em cima dalinha de golo. Lito Vidigal não bai-xou os braços e poucos minutos vol-vidos fez entrar Paulo Machado eSami para os lugares de N. Lenho eWashington, fazendo com que NildoPetrolina baixasse para lateral e ofe-recendo mais pendor ofensivo aosda casa.

Contudo, o segundo golo tran-quilizou os “encarnados” que passa-ram a controlar melhor a posse debola a meio campo. Para esse efeito,Rui Vitória tirou Salvio e colocou Pizziem jogo.

O Desportivo das Aves conseguiureduzir o marcador à passagem dominuto 75’. Um canto do lado es-querdo do ataque avense marcadocom conta, peso e medida por PauloMachado para o primeiro poste deuoportunidade a Rodrigo Defendi dese redimir dos dois lances anteriorese fazer o 1-2.

Os últimos minutos foram de altatensão. O penalti e subsequente 1-3para o Benfica deixara adeptos e ban-co de suplentes da casa irritadíssimos,mas em campo os pupilos de LitoVidigal não se deixaram ficar. Derley,que entrara para o lugar do lesionadoGuedes, trouxe capacidade atlética aoataque do Desportivo. O trio que com-pôs com Amílton e Sami casou muitosproblemas ao setor recuado doBenfica. Amílton com duas arranca-das fulminantes deixou AndréAlmeida de rastos e na sequênciade uma delas Derley ainda enviou abola ao poste, mas o resultado estavafeito. O Benfica sacudiu a pressão deresultados, mas a exibição não con-venceu. Já o Desportivo das Aves con-tinua a senda de bons jogos frente aadversários de alto calibre, mas semresultados práticos. |||||

FUTEBOL | TAÇA DE PORTUGAL

devolveu a esperança às largas cen-tenas de adeptos campenses queenchiam a bancada principal. 2-3 etudo era possível até ao final do en-contro.

O São Martinho pressionou, criouoportunidades, mas o SC Braga conse-guiu segurar a vantagem até final, dis-pondo mesmo de uma grande pena-lidade nos descontos, desperdiçada porJefferson. A formação campense foi eli-minada da Taça de Portugal, mas dei-xou uma excelente imagem para o mun-do do futebol.

DESPORTIVO SOFREU MAS SEGUEEM FRENTEA deslocação ao terreno do Vila Real,a contar para a 3ª eliminatória da Taçade Portugal foi sofrida, mas oDesportivo das Aves acabou por fa-zer valer a lei do mais forte pela mar-gem mínima. Autogolo de Júnior aominuto 86’ carimbou a passagem dospupilos de Lito Vidigal, na sua estreiaaos comandos dos avenses. União deLeiria é o adversário que se segue.|||| PRSPRSPRSPRSPRS

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18 | ENTRE MARGENS | 26 OUTUBRO 2017

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Deslocação a Moreira de Cónegospara o sempre sempre esperado du-elo contra o Moreirense terminoucom derrota avense por três golos.A expulsão que mudou o jogo. Onulo que se manteve na primeira horade jogo foi desfeito aos 63’, por TiagoLeite, mas foi o vermelho mostrado aFlorentino Silva que mudou o cursoda partida.

O Moreirense é uma das equi-pas do campeonato nacional dejuniores, encontrando-se no segun-

do lugar, mas o CD Aves bateu-sede igual para igual num encontro queé sempre especial para jogadores,equipas técnicas e adeptos. Sem oavançado guineense em campo, oDesportivo foi presa fácil. Aos 74’Ricardo Martins dilatou a vantageme cinco minutos depois foi Pedro Ri-beiro a estabelecer o resultado fi-nal.Pupilos de Hélder Amaral encon-tram-se na 11ª posição da tabelacom seis pontos em oito jogos. Na

Expulsões custam pontosCD AVES // JUNIORES

jornada anterior, o Aves recebeu oPaços de Ferreira em partida que ter-minou empatada a zero.

O Desportivo das Aves adiantou-se no marcador no primeiro tempo,aos 23’ por intermédio de RúbenPina. Contudo, mesmo antes do in-tervalo, à passagem do minuto 43’,David Moreira vê o cartão verme-lho e é expulso da partida. A jogarem superioridade numérica o Paçosde Ferreira chega ao empate aos 52’através de Hugo Alves. |||||

13 Medalhas parakaratecas avenses

KARATÉ

Atletas do Shotokan de Vila das Avescompetiram em Castelo de Paiva naTaça Nacional do Centro Portuguêsde Karaté e no 6º Torneio de Karatédas Vindimas. Associação do mestreJoaquim Fernandes celebra 30 anosno próximo dia 1 de Novembro.Na manhã do dia 15 de outubro noescalão de cadetes, José Pereira con-quistou o 2º lugar kumite menos de57kg, Rodrigo Azevedo 2º lugarkumite menos de 67kg e 3º lugarkatas, Júlio Silva o 1º lugar kumitemais de 67kg e Beatriz Martins 2ºlugar kumite feminino menos de

53kg. Nos seniores Iuri Silva conse-guiu o 2º lugar katas, Ana Pinto 3ºlugar kumite menos de 61kg,Emanuel Fernandes 1º lugar kumitemenos de 75kg, Manuel Ribeiro 1ºlugar kumite mais de 75kg.Na tarde do mesmo dia, na competi-ção para cadetes José Pereira subiuao 2º lugar do pódio em kumitemenos de 57kg e Rodrigo Azevedo2º lugar kumite mais de 63kg. Emseniores o destaque vai para AnaPinto com o 2º lugar kumite Open(todos pesos) e Manuel Ribeiro 2ºlugar kumite mais de 75kg. |||||

FUTSAL // LIGA SPORTZONE

Primeira jornada do campeonatonacional da II Divisão arrancoupara a equipa sénior do Aves comuma vitória contundente sobre asrivais de Santo Tirso.

Um derby concelhio é sem-pre um jogo especial, ainda paramais quando as duas equipas emquestão têm tantas históriasentrecruzadas desde que o CDAves voltou a ter secção de volei-bol. A vitória pela margem máxi-ma revela que as atletas aos co-mandos de Manuel Barbosa che-garam à II Divisão com aspiraçõesclaras a disputar os primeiros lu-gares da tabela classificativa. Ape-sar da juventude das jogadoresequipadas de vermelho e branco,cedo mostraram a superioridadecom o parcial de 16-25 a fecharo primeiro set. O segundo setmais equilibrado culminou como parcial de 21-25, sendo que oset decisivo fechou a partida por18-25.

Após a primeira jornada daSérie A da II Divisão Nacional oCD Aves é líder da classificação. |||||

Seniores arrasamGinásio

VOLEIBOL FEMININO

Sporting aniquilaesperançasavenses

O Desportivo das Aves, último classi-ficado depois da derrota tangencialcom o Belenenses, viajou até à capitale ao pavilhão João Rocha para medircom o campeão nacional e uma dasmelhores equipas do panorama eu-ropeu. As diferenças ficaram bem àvista.A formação verde e branca não deuqualquer hipótese aos avenses e noespaço de poucos minutos fez trêsgolos, decidindo o encontro logo noprimeiro quarto de hora. Diogo abriuas hostes (8’), seguido por EdgarVarela (11’) e pelo italiano Alex Merlim(14’). No segundo tempo a equipade Alvalade ainda fez mais quatrogolos. Rodolfo Fortino (26’), Diogo

VIAGEM A LISBOA PARA DEFRONTAR O CAMPEÃOTERMINOU EM PESADELO COM UMA DERROTAEXPRESSIVA POR 7-0.

(28’), João Matos (38’) e Alex Merlimnovamente fixou o resultado final.Frente ao Belenenses, um dos histó-ricos clubes da modalidade em Por-tugal, a partida foi muito equilibrada.Aliás, no primeiro tempo, golos só ume já perto da buzina. Aos 18’, PauloDavid deu vantagem aos azuis doRestelo. Contudo, o segundo tempotrouxe outra animação. Aos 28’ ZéRui empata o jogo para os da casa eGuedes aos 34’ deu vantagem aoDesportivo. Só que o Belenenses res-pondeu de imediato e virou o en-contro com dois golos de rajada. PauloDavid, mais uma vez, igualou o resul-tado e no minuto seguinte Fábio Ar-mando deu a vitória aos visitantes. |||||

ASSOCIAÇÃO DE PESCADORES DE RORIZConvida os associados e público em geral a participar no tradicional magustoe entrega de prémios, a realizar no próximo dia 12 de novembro (Domingo)pelas 15h. Serão “inauguradas” as obras de beneficiação realizadas na sede daAssociação, a antiga escola do Calvário.

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DIVISÃO ELITE - AF PORTO (SÉRIE 2)Jornada 6: Barrosas 1-0 Vilarinho

Tirsense 1-0 SobradoJornada 7: Paços de Ferreira B 1-1 Vilarinho

São Pedro da Cova 0-1 Tirsense

DIVISÃO DE HONRA – AF PORTO (SÉRIE 2)Jornada 6: Gens SC 0-1 Tirsense BJornada 7: Tirsense B 1-0 Ataense

1ª DIVISÃO – AF PORTO (SÉRIE 2)Jornada 5: Caíde Rei 2-1 UDS RorizJornada 6: UDS Roriz 1-3 Livração

2ª DIVISÃO – AF PORTO (SÉRIE 1)Jornada 4: Aliado Lordelo B 3-0 Monte CórdovaJornada 5: Monte Córdova 4-1 Vandoma

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PRIMEIRA QUINZENA DE NOVEMBRO DE 2017CCCCCARNEIRO ARNEIRO ARNEIRO ARNEIRO ARNEIRO (21/03 (21/03 (21/03 (21/03 (21/03 AAAAA 20/04) 20/04) 20/04) 20/04) 20/04)Carta Dominante: Rainha de Paus, que significaPoder Material. Amor: Tudo estará em plena har-monia. Que o seu sorriso ilumine todos em seuredor! Saúde: Faça um check-up. Dinheiro: Tentepoupar um pouco mais, pois mais vale prevenirdo que remediar. Pensamento positivo: Dou aten-ção às mensagens dos meus sonhos.

T O U R O T O U R O T O U R O T O U R O T O U R O (21/4 a 20/05)(21/4 a 20/05)(21/4 a 20/05)(21/4 a 20/05)(21/4 a 20/05)Carta Dominante: 8 de Copas, que significaConcretização, Felicidade. Amor: A sua relaçãotem vindo a esfriar e você precisa de tomar umaatitude. Não exija tanto do outro, dê mais de sipróprio.Saúde: Não faça dietas demasiado rigo-rosas. Dinheiro: Invista neste momento em algoque planeia há muito. A sorte é-lhe favorável.Pensamento positivo: Mereço todas as glórias etriunfos que a vida me dá.

G É MG É MG É MG É MG É ME O S E O S E O S E O S E O S (21/5 a 20/06)(21/5 a 20/06)(21/5 a 20/06)(21/5 a 20/06)(21/5 a 20/06)Carta Dominante: A Papisa, que significa Estabi-lidade, Estudo e Mistério. Amor: Tenha cuidadopois pode perder aquilo que tanto trabalho lhedeu a conquistar. Seja o seu melhor amigo! Saú-de: Não se sobrecarregue desnecessariamente.Dinheiro: Trabalhe e confie no seu sucesso. Pen-samento positivo: Tenho força e domínio sobre asminhas emoções e pensamentos.

CARANGUEJOCARANGUEJOCARANGUEJOCARANGUEJOCARANGUEJO (2 (2 (2 (2 (21/06 a 21/07)1/06 a 21/07)1/06 a 21/07)1/06 a 21/07)1/06 a 21/07)Carta Dominante: A Temperança, que significaEquilíbrio. Amor: Evite deixar-se abater por umadiscussão familiar. Faça todos os possíveis pormanter a calma. Saúde: Tendência para a ansie-dade. Dinheiro: É possível que não consiga ter-minar um projecto dentro do prazo estabelecido.Não desanime e esforce-se por finalizá-lo o maisdepressa possível. PensamenCarta Dominante: AMorte, que significa Renovação. Amor: Poderá terde enfrentar uma forte discussão com alguém dasua família. Que a sabedoria seja a sua melhorconselheira! Saúde: O cansaço poderá invadi-lo,

tente relaxar. Dinheiro: A sua conta bancária andaum pouco em baixo, seja prudente nos gastos.Pensamento positivo: Cultivo as energias positi-vas na minha vida.

LEÃOLEÃOLEÃOLEÃOLEÃO (22/07 a 22/08) (22/07 a 22/08) (22/07 a 22/08) (22/07 a 22/08) (22/07 a 22/08)Carta Dominante: Valete de Ouros, que significaReflexão, Novidades. Amor: Guarde o seu sarcas-mo e fique atento às queixas do seu par. A força doBem transforma a vida! Saúde: Espere um perío-do regular. Dinheiro: Poderá investir em novosprojetos, mas, com prudência. Pensamento posi-tivo: Venço a melancolia através da confiança e dafé.

VIRGEMVIRGEMVIRGEMVIRGEMVIRGEM (23/08 a 22/09) (23/08 a 22/09) (23/08 a 22/09) (23/08 a 22/09) (23/08 a 22/09)Carta Dominante: O Louco, que significa Excen-tricidade. Amor: Ao enfrentar algum problema sópoderá ser resolvido se for abertamente discutidopelos dois. Aprenda a escrever novas páginas nolivro da sua vida! Saúde: Cuidado com a alimen-tação. Dinheiro: Lembre-se das contas que temem atraso. Pensamento positivo: A felicidade per-manece na minha vida!

BALANÇABALANÇABALANÇABALANÇABALANÇA (23/09 a 22/10) (23/09 a 22/10) (23/09 a 22/10) (23/09 a 22/10) (23/09 a 22/10)Carta Dominante: Ás de Copas, que significa Prin-cipio do Amor, Grande Alegria. Amor: O convíviocom a pessoa amada será proporcionado nestafase. Aproveite estes momentos e esqueça todos osseus receios. Mantenha-se alegre e recetível. Saú-de: Fase estável mas esteja sempre alerta. Dinhei-ro: Os seus problemas poderão ser resolvidos,embora com lentidão. Pensamento positivo: Te-nho habilidade para lidar com todos os elementosda minha vida.

ESCORPIÃOESCORPIÃOESCORPIÃOESCORPIÃOESCORPIÃO (23/10 a 21/11) (23/10 a 21/11) (23/10 a 21/11) (23/10 a 21/11) (23/10 a 21/11)Carta Dominante: A Roda da Fortuna, que signi-fica acontecimentos inesperados. Amor: Não dêatenção a quem não o merece. Selecione apenasaquelas pessoas que o compreendem e gostam desi para o rodear. Que a clareza de espírito estejasempre consigo! Saúde: Cuide da sua imagem.

Inicie uma dieta. Dinheiro: Não se esforce dema-siado na sua atividade laboral, será recompensa-do na devida altura. Pensamento positivo: Souequilibrado em tudo na minha vida.

SAGITÁRIOSAGITÁRIOSAGITÁRIOSAGITÁRIOSAGITÁRIO (22/11 a 21/12) (22/11 a 21/12) (22/11 a 21/12) (22/11 a 21/12) (22/11 a 21/12)Carta Dominante: A Estrela, que significa Prote-ção, Luz. Amor: Não tenha medo de demonstraros seus sentimentos à pessoa que ama, até poderáser correspondido. Tenha a ousadia de sonhar!Saúde: Não deixe que o seu sorriso fique amareloe procure o seu dentista. Dinheiro: Momento fa-vorável. Pensamento positivo: Tenho vitória sobreas questões que me preocupam.

CAPRICÓRNIOCAPRICÓRNIOCAPRICÓRNIOCAPRICÓRNIOCAPRICÓRNIO (22/12 a 20/01) (22/12 a 20/01) (22/12 a 20/01) (22/12 a 20/01) (22/12 a 20/01)Carta Dominante: 6 de Ouros, que significa Ge-nerosidade. Amor: Tenha algum cuidado com aforma como fala com os seus familiares, poispode magoa-los sem querer. Aceite os erros dosoutros. Saúde: Tudo estará dentro da normalida-de. Dinheiro: Momento propício a investimentosum pouco mais alargados. Pensamento positivo:A minha confiança em mim mesmo dá-me espe-rança mesmo nos momentos difíceis.

AQUÁRIO AQUÁRIO AQUÁRIO AQUÁRIO AQUÁRIO (21/01 a 19/02)(21/01 a 19/02)(21/01 a 19/02)(21/01 a 19/02)(21/01 a 19/02)Carta Dominante: 5 de Copas, que significa Der-rota. Amor: Procure ser sincero nas suas promes-sas se quer que a pessoa que tem a seu lado confieem si. Viva o presente com confiança! Saúde: Li-berte-se e a sua saúde irá melhorar. Dinheiro:Excelente período para tratar de assuntos de cará-ter profissional. Pensamento positivo: Esforço-me diariamente para dar o meu melhor.

PEIXESPEIXESPEIXESPEIXESPEIXES (20/02 a 20/03) (20/02 a 20/03) (20/02 a 20/03) (20/02 a 20/03) (20/02 a 20/03)Carta Dominante: Os Enamorados, que significaEscolha. Amor: Esteja atento a tudo o que o rodeia.Preocupe-se com aquilo que você pensa sobre si pró-prio, faça uma limpeza interior. Saúde: Dê maisatenção à sua saúde. Dinheiro: Algumas dificul-dades avizinham-se. Pensamento positivo: Gra-ças ao meu empenho consigo muitos ganhos.

Assembleia Geral OrdináriaAssembleia Geral OrdináriaAssembleia Geral OrdináriaAssembleia Geral OrdináriaAssembleia Geral Ordinária

Liga dos Amigos do Hospital de Santo Tirso

convocatóriaconvocatóriaconvocatóriaconvocatóriaconvocatóriaDe acordo com os artigos 23º e 27º dos estatutos, con-

voco a Assembleia Geral da Liga dos Amigos do Hospital deSanto Tirso, para reunir em sessão ordinária no próximo dia16 de Novembro, pelas 17.30 horas na sede doa Liga sita aoLargo Domingos Moreira com a seguinte ordem de traba-lhos:

Eleição dos membros da Assembleia Geral,Eleição dos membros da Assembleia Geral,Eleição dos membros da Assembleia Geral,Eleição dos membros da Assembleia Geral,Eleição dos membros da Assembleia Geral,DirDirDirDirDirecçãecçãecçãecçãecção e Conselho Fiscal paro e Conselho Fiscal paro e Conselho Fiscal paro e Conselho Fiscal paro e Conselho Fiscal para o Ta o Ta o Ta o Ta o Triénio 20riénio 20riénio 20riénio 20riénio 20111118/8/8/8/8/2020, definido nos Artigo 27º dos Estatutos.2020, definido nos Artigo 27º dos Estatutos.2020, definido nos Artigo 27º dos Estatutos.2020, definido nos Artigo 27º dos Estatutos.2020, definido nos Artigo 27º dos Estatutos.

Se à hora indicada não se verificar a presença da maiorialegal, a reunião terá lugar uma hora depois com qualquernúmero de sócios, de acordo com o ponto 1 do Art.º 24ºdos Estatutos.

Santo Tirso, 16 de Outubro de 2017O Presidente da Mesa da Assembleia GeralFernando Manuel da Costa Marques, Enf.º

DIVERSOSAssembleia Geral OrdináriaAssembleia Geral OrdináriaAssembleia Geral OrdináriaAssembleia Geral OrdináriaAssembleia Geral Ordinária

convocatória convocatória convocatória convocatória convocatóriaAbílio Fontes Martins, Presidente da Mesa da Assembleia

Geral vem, nos termos do artigo 28.º, dos Estatutos da Casatir,convocar os associados para a Assembleia Geral que se re-alizará no dia 19 de novembro, pelas 09.00h, na sede, sitona rua de S. Pedro, nº137 - Roriz, com a seguintem Ordemde Trabalhos:

1- Leitura da Ata da última Assembleia Geral Ordinária;2- Discussão e votação do Plano de Atividades e Orça-

mento para o ano 2018;3- Outros assuntos de interesse.

No caso de, à hora marcada não se encontrarem reuni-das as condições previstas do artigo 30.º do Estatuto daCasatir, a Assembleia funcionará trinta minutos depois comos presentes. Roriz, 18 de Outubro de 2017

O Presidente da Mesa da Assembleia GeralAbílio Fontes Martins

CASCASCASCASCASAAAAATIRTIRTIRTIRTIRRoriz

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A FECHARPróxima edição

do Entre Margensnas bancas a

16 de novembro

Decorreu no dia 23 do corrente,ao longo do dia comemorativo donascimento de Manuel da SilvaMendes (MSM), um colóquio so-bre este ilustre avense, realizado sobo alto patrocínio da “Fundação dosAmigos do Livro de Macau JorgeAlves”. O evento teve lugar no Cen-tro de Estudos Camilianos de S.Miguel de Seide e a presença sim-bólica do vereador Leonel Neves,da câmara de Vila Nova deFamalicão mostra, uma vez mais, queesta assume o homenageado comoum vulto famalicense. De facto, naaltura do nascimento de MSM, S.Miguel das Aves ainda pertenciaàquele concelho e foi em Famalicãoque o homenageado exerceu ad-vocacia e cidadania antes de partirpara Macau. Presidiu às cerimóniaso General Garcia Leandro, diretorexecutivo da fundação patrocinado-ra e que foi governador de Macau

e a moderação esteve a cargo deum dos seus quadros. Num primei-ro painel da manhã, depois da in-tervenção do General Garcia Le-andro, vieram à baila os temas pro-postos para o colóquio que já desi, abonam em favor do valor dointelectual homenageado: AmadeuGonçalves falou sobre os “150anos de MSM entre Vila Nova deFamalicão e Macau e/ ou oanarquismo e o Taoismo”; o profes-sor António Aresta dissertou so-bre MSM como “um intelectual por-tuguês em Macau”; Aureliano Ba-rata desenvolveu o tema “MSM, umolhar sobre Macau e o seu ensi-no”.

Depois, durante a tarde,Norberto Cunha desenvolveu otema “Silva Mendes e o Marxismo”e a especialista de estudos chine-ses Ana Cristina Alves desenvol-veu com projeções e visualizações

V. N. DE FAMALICÃO | CULTURA

Comemoração dos 150 anosdo nascimento de Manuel daSilva Mendes

muito curiosas alguns aspetos do“taoismo de Silva Mendes”. Mais tar-de, o poeta, tradutor e grande co-nhecedor da China António Graçade Abreu apresentou comentários eleituras curiosíssimas, tratando espe-cialmente dos casos certamenteantitéticos de MSM e do grande po-eta Camilo Pessanha (que tambémcomemora 150 anos do seu nasci-mento e que foram coetâneos na-quela província de Macau), sob o tí-tulo e antinomia, “a inimizade inteli-gente”. Num último momento, o filó-sofo Rui Lupi, pegando num conjun-to de intelectuais e escritores que nosséculos XIX e XX desenvolveram pen-samento sobre o confucionismo e otaoismo e os expuseram aos ociden-tais nos seus estudos e comentários,deu um destaque especial a MSMpela sua elevação, compreensão filo-sófica, emoção estética e quase ade-são espiritual.

No final foi apresentado um se-gundo volume de textos e estudosconsagrados a Silva Mendes e a ou-tros intelectuais que desenvolverama sua atividade em Macau e a pro-messa de os assuntos agora aborda-dos virem a ser publicados em próxi-ma em 2018. |||||

O Grupo Os Mosqueteiros en-tregou 1000 equipamentos deproteção individual de combate aincêndios florestais a corporações debombeiros de norte a sul do país.No dia 25 de Outubro foram osBombeiros de Vila das Aves a rece-ber 5 equipamentos, sendo cada umconstituído por bota florestal, luvas,cógula, fato de proteção florestal(Calças e Dólman), capacete esweatshirt.

Durante a entrega dos equi-

Intermarché de Vila das Aves ofereceequipamentos de proteção individualaos Bombeiros da freguesia

pamentos Rui Fonseca, dono da lojade Vila das Aves, fez questão de su-blinhar: “Esta é uma iniciativa quenos enche a todos de orgulho. Numano em que o país foi particular-mente massacrado pelos incêndiosflorestais, com a venda do livro in-fantil “Bombeiro dos pés à cabeça”conseguimos alertar as crianças paraa necessidade de preservar a flores-ta e simultaneamente angariar osfundos necessários para melhorar asegurança dos bombeiros”. |||||

VILA DAS AVES | SOLIDARIEDADE