05 Foram eleitos os Conselheiros das Comunidades - LusoJornal - Informação de … ·...

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BES. Os Emigrantes lesados pelo ex- BES vai mesmo avançar para uma ação em tribunal contra o Novo Banco e contra o Banco de Portugal. 08 Fotos. A fotógrafa portuguesa Manuela Marques, radicada em Paris, expõe “Fruits, oiseaux, pierres et cage” na Ga- lerie Anne Barrault. 15 Cabo Verde. Isabel Borges Voltine vai ser candidata do PAICV pelo círculo elei- toral da Europa porque ganhou as Primá- rias do PAICV França. 06 Futebol. Entrevista com Pedro Mendes, o novo jogador do FC Rennes que conta como chegou ao clube e os problemas que teve com o Parma. 20 GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Edition nº 230 | Série II, du 09 septembre 2015 Hebdomadaire Franco-Portugais LusoJornal 10 Conselheiros foram eleitos em França Bruno Cavaco nomeado Cônsul Honorário em Lille 16 O artista Mike da Gaita, exímio tocador de concertina, acaba de lançar um novo disco intitulado “O rey da alegria”. 05 PUB Dossier especial: Saiba como evolui a Balança comercial entre a França e Portugal Por José de Paiva PUB Foram eleitos os Conselheiros das Comunidades 03

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BES. Os Emigrantes lesados pelo ex-BES vai mesmo avançar para uma açãoem tribunal contra o Novo Banco e contrao Banco de Portugal.

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Fotos. A fotógrafa portuguesa ManuelaMarques, radicada em Paris, expõe“Fruits, oiseaux, pierres et cage” na Ga-lerie Anne Barrault.

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Cabo Verde. Isabel Borges Voltine vaiser candidata do PAICV pelo círculo elei-toral da Europa porque ganhou as Primá-rias do PAICV França.

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Futebol. Entrevista com Pedro Mendes,o novo jogador do FC Rennes que contacomo chegou ao clube e os problemas queteve com o Parma.

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G R A T U I T

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Edition nº 230 | Série II, du 09 septembre 2015 Hebdomadaire Franco-Portugais

LusoJornal

10 Conselheiros foram eleitos em França

Bruno Cavaco nomeadoCônsul Honorário em Lille

16O artista Mike da Gaita, exímiotocador de concertina, acaba delançar um novo disco intitulado“O rey da alegria”.

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PUB

Dossier especial:Saiba como evolui a Balança comercial entre a França e PortugalPor José de Paiva

PUB

Foram eleitos os Conselheiros das Comunidades 03

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02 Opinião le 09 septembre 2015

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise.N°siret: 52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Ana Catarina Alberto, Angélique David-Quinton, AntónioMarrucho, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz (Nantes),Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos, José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel do Nascimento, MarcoMartins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Patricia Valette Bas, Ricardo Vieira, Rui Ribeiro Barata (Strasbourg),Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos: António Borga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha, TonyInácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de la porte de Vanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Publicidadeem Portugal: AJBB Network, Arnado Business Center, rua João de Ruão, nº12-1º Escrt 49. 3000-229 Coimbra. Tel.: (+351) 239.716.396 / [email protected] | Distributiongratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: septembre 2015 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

Sinais de confiançaCarlos GonçalvesDeputado (PSD) pelo círculoeleitoral da Europa

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Crónica de opinião

Agosto é, tradicionalmente, o mêsque muitos Portugueses que resi-dem no estrangeiro, escolhem paratirar as suas férias e irem a Portugalmatar saudades da família e do seupaís. Este ano não foi diferente emuitos foram aqueles que percorre-ram grandes distâncias para desfru-tarem de uns dias de descanso nasua terra junto dos seus.Este ano, este período de fériascoincide também com o termo domandato que os Portugueses deramao atual Governo para liderar osdestinos do país após a chegada daTroika a Portugal e a imposição aonosso país de um programa de as-sistência financeira negociado deforma quase humilhante pelo ante-rior Governo socialista.Por isso mesmo e porque o meu úl-timo artigo aqui no LusoJornal datajá de julho passado, parece-meadequado fazer uma espécie de en-quadramento da situação que osnossos compatriotas foram encon-trar em Portugal durante este pe-ríodo estival.Em primeiro lugar não posso deixarde destacar que neste período con-firmou-se a evolução positiva danossa economia com a Universi-dade Católica a realçar num relató-rio que “a economia portuguesacontinua a sua trajetória de recupe-

ração e pode estar já a beneficiarde sinais mais consistentes de re-cuperação do investimento”, sinaisesses que se traduzem, por exem-plo, num aumento sem igual do in-vestimento dos nossos emigrantesem Portugal num sinal de claraconfiança no nosso futuro.São esses mesmos Portugueses re-sidentes no estrangeiro que maisuma vez contribuíram para os nú-meros do crescimento verificado nosetor do turismo (que nunca mecanso de destacar), não apenas aonível da utilização das estruturasturísticas existentes em Portugalcomo também no plano do investi-mento e da apresentação de novosprojetos de qualidade que vêm re-forçar a oferta turística nacional.Ao mesmo tempo quero tambémdestacar que a taxa de desempregotem vindo a descer, numa tendên-cia consolidada, estando já abaixodos números de 2011. Com efeito,os dados que foram publicados emagosto apontam para uma taxa dedesemprego de 11,9% que nãosendo ainda o valor ideal está muitolonge das profecias catastróficasque muitos lançaram na opiniãopública. Ao mesmo tempo, outrodado importante que veio a públiconeste período foi o aumento dacriação de novas empresas no pri-

meiro semestre de 2015 numa re-lação de 2,5 novas empresas paracada uma que é extinta.Finalmente, foi tornada pública ataxa de execução orçamental nosprimeiros sete meses do ano queveio a ter um crescimento de 4,9%relativamente ao que tinha ocorridoem 2014 caminhando-se de formainequívoca para a consolidação or-çamental há tanto tempo desejadae só agora conseguida.Estes são apenas alguns dos indi-cadores da recuperação da econo-mia portuguesa que permitemafirmar que estamos perante umamelhoria clara da confiança e doambiente económico português,algo que os Portugueses que resi-dem no estrangeiro e que visitaramPortugal este verão puderam cons-tatar com os seus próprios olhos esentir nas suas deslocações pelopaís. O crescimento económico nãoé uma miragem, é algo concretoque eles puderam sentir durante otempo que permaneceram em Por-tugal.Por isso penso que devem acharalgo estranho que continuem aexistir vozes de alguns quadrantespolíticos, nomeadamente do princi-pal Partido da Oposição, que dimi-nuem tudo o que foi e é alcançadoe a dar a entender que preferiam o

mal do país para ter uma argumen-tação mais fundamentada sobre osmales que este Governo terá, nassuas palavras, feito a Portugal e aosPortugueses.Por vezes e em razão dessas afir-mações sobressai a ideia que pa-rece que gostariam que Portugaltivesse uma situação semelhante àque, infelizmente, teve e tem a Gré-cia e o seu povo neste momento.Na verdade, os Portugueses obser-vam hoje os frutos dos esforços esacrifícios que lhes foram pedidosnestes últimos quatro anos parabem de Portugal e penso que nãoencontram qualquer sustentaçãonestas críticas sucessivas ao quetem sido alcançado e devidamenteevidenciado por diversas fontes in-dependentes, sejam elas nacionaisou sejam elas internacionais.Caros leitores do LusoJornal, aolongo dos últimos anos tenho, emdiversos momentos, afirmado quePortugal precisa de confiança. Ne-cessita, sobretudo de uma dinâ-mica semelhante à demonstradapelos milhares de nossos compa-triotas a residir no estrangeiro e quepor esse mundo fora promovem onosso país, a nossa cultura e osnossos valores mais genuínos.Portugal não ganha nada com ashabituais vozes dos “velhos do Res-

telo” que agoiram sempre tudo oque se tenta fazer encontrandomales e defeitos onde eles não exis-tem. Precisamos de um Portugalforte e de Portugueses que acredi-tem no seu país, tal como ele évisto lá fora. Hoje somos um paísreconhecido pela capacidade quetivemos de inverter uma situaçãomuito difícil sendo capazes, commuita coragem, de tomar medidasdifíceis mas indispensáveis para arecuperação da dignidade e credi-bilidade do nosso país.Não podemos voltar a cair nos errosdo passado. É tempo de seguir emfrente. É tempo de dar a oportuni-dade a quem tanto lutou por Portu-gal nestes últimos anos de enormedificuldade de governar com me-lhores condições económicas e po-líticas.Portugal e os Portugueses merecema continuidade e a estabilidade quelhes garanta um futuro melhor. Emoutubro os Portugueses irão decidir,nas urnas, o seu futuro. E, tal comoafirmou o nosso Primeiro-Ministro,Pedro Passos Coelho recentemente,com “o coração e a cabeça”. Umadecisão que acredito irá renovar aconfiança naqueles que consegui-ram, com a mobilização de todos osPortugueses, os de cá e os de lá,salvar Portugal.

Tiago Pinheiro, enfermeiro-emigrado, duas vezes expulso

Cristina SemblanoEconomista, leciona economiaportuguesa na Universidade deParis-IV Sorbonne (*)

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Crónica de opinião

Tiago Pinheiro é o nome de um enfer-meiro português de 32 anos. Comomilhares de enfermeiros no nosso país(dois mil, só no ano passado), o Tiagofoi obrigado a emigrar. Ativista daSaúde 24, de onde foi despedido,“sem apelo, nem agravo, sem um te-lefonema ou um agradecimento...”(1), e depois de uma carreira de 9anos em Portugal, o Tiago partiu paraLondres o ano passado.O Tiago é uma pessoa que gosta doseu país. Mas esse país que o viu nas-cer e crescer, estudar e tornar-se en-fermeiro, tratar e cuidar sem contar,enriquecer o serviço público, essepaís que ele sonhou “de braços calo-rosos para todos poder acolher” (2)castigou-o e roubou-lhe o emprego,obrigou-o a emigrar, expulsou-o.Mas não se limitou a expulsá-lo doseu território. Expulsou-o igualmenteda possibilidade de, uma vez cá fora,poder intervir na escolha dos seus go-vernantes. Com efeito, ao dirigir-se ao

Consulado de Londres, no início destemês, após alguns dias passados emPortugal, o Tiago veio a saber que nãopodia votar no próximo ato eleitoral.Para tal, era necessário ter-se ido re-censear até à data limite de 4 deagosto (2).Como o Tiago, muitos emigrantes por-tugueses não sabem que, uma vez al-terada a morada para o estrangeiro,são erradicados dos cadernos eleito-rais em que estão inscritos no territó-rio nacional, deixando muitosimplesmente de existir. Se quiseremvoltar a existir como cidadãos plenos,com capacidade de eleger os seus re-presentantes, têm de se deslocar aosPostos consulares ou Consulados decarreira dos países de residência e re-censearem-se.É difícil não interpretar como umaforma de excluir os emigrantes daparticipação política, esta medida dis-criminatória que determina que, paraeles, o recenseamento eleitoral tem

de ser voluntário e presencial, quandoé automático para os seus compatrio-tas no território nacional (3).Poder-se-ão invocar razões de ordemtécnica, mas não há barreiras técni-cas que a política não possa transpor.Um país que tem a segunda maiortaxa de população emigrada da UniãoEuropeia (4) não tem desculpa paraexcluir da participação política tantosdos seus filhos.Esta exclusão é tanto maior quanto,ao aumento despurador dos fluxosmigratórios, se tem vindo a juntar asupressão - não menos despuradora -de Postos consulares, introduzindouma distância cada vez maior entreos emigrantes e as representações dePortugal no estrangeiro. Exigir, nestecontexto, que o recenseamento dosPortugueses que partem seja presen-cial, corresponde, de facto, a uma se-gunda expulsão do país.É verdade que a remoção dos obstá-culos ao recenseamento eleitoral dos

Emigrantes representaria um perigopois corresponderia a expor-se ao votodaqueles que as políticas do Governotêm expulsado do país. Poucos duvi-darão, com efeito, que não seria umvoto a favor. E, no entanto, como es-creve o Tiago, “o Portugal daí tambémé dos Portugueses daqui, os que nãodesistem, os que daqui gritam paraaí, tentando também se fazer ouvir”(5).Eis porque é tão importante que napróxima Legislatura, o problema dorecenseamento eleitoral dos Emigran-tes seja empunhado com firmeza esolucionado no sentido de proporcio-nar a mais vasta participação dos queforam obrigados a partir. Para que de-pois de expulso do país, mais ne-nhum Tiago possa ainda vir a serexcluído das escolhas que nele sefazem.

Notas:1. Tiago Pinheiro, “Não me demito!

(Crónica de um enfermeiro despedidoda Saúde 24”), in Opinião, Es-querda.net, 28/01/20142. Ou seja 60 dias antes da data mar-cada para o ato eleitoral3. Cf CNE (Comissão Nacional deEleições): para os cidadãos nacionaisresidentes em Portugal, e maiores de17 anos, a inscrição no recensea-mento é automática4. De acordo com os dados da ONUe do Banco Mundial, mais de 20%dos Portugueses vive fora do país emque nasceu, o que faz de Portugal,em termos relativos, o país da UniãoEuropeia com maior número de Emi-grantes, depois de Malta5. Tiago Pinheiro, “O Portugal daíexplicado aqui”, in Opinião, Es-querda.net, 25/07/2014

(*) Cristina Semblano é também diri-gente nacional do Bloco de Esquerdae cabeça de lista às eleições pelo cír-culo eleitoral da Europa

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03Destaque

lusojornal.com

le 09 septembre 2015

Foram eleitos os Conselheiros das Comunidades

As eleições para o Conselho das Co-munidades Portuguesas (CCP) tive-ram lugar no domingo passado eforam eleitos os 10 Conselheiros dasComunidades que vão passar a repre-sentar a França neste órgão de con-sulta do Governo português.A eleição teve lugar quase sem sur-presas, com pouca participação doseleitores, até porque só no círculo elei-toral de Paris e no de Bordeaux é quehavia mais do que uma lista a concor-rer.Rui Barata é o Conselheiro maisjovem dos eleitos pela França. Con-correu numa lista única, em Stras-bourg, e seria eleito, qualquer quefosse o número de votantes. Mesmoassim mobilizou 34 pessoas que sedeslocaram ao Consulado de Portugalnaquela cidade para aí exercerem oseu direito de voto. 31 votaram porele.Rui Barata é membro dirigente da As-sociação Cultural Portuguesa deStrasbourg e concorreu aliás com Isa-bel de Sousa Cardoso, Presidente daassociação. Também já é membro doConselho Consultivo da área consularde Strasbourg, interessando-se bas-tante pelas questões de participaçãocívica e tendo aliás organizado váriosdebates em Strasbourg, aproveitandoa presença de Deputados europeus(ou outros) na capital da Alsácia.Também no círculo eleitoral deLyon/Marseille concorreu apenas umalista. Foi pois muito naturalmente queManuel Cardia Lima e João Velosoforam eleitos. Como são respetiva-mente de Lyon e de Clermont-Fer-rand, não houve nenhum votante noConsulado Geral de Portugal em Mar-

seille. “Estivemos aqui todo o dia,com a mesa de voto aberta, claro, masaproveitámos para fazer arrumaçõesno Consulado” confessou ao LusoJor-nal o Cônsul de Portugal em Marseille,Pedro Marinho Costa.Em Lyon, onde Manuel Cardia Lima éPresidente da Federação das Associa-ções Portuguesas do Rhône-Alpes vo-taram apenas 32 eleitores e noConsulado Honorário de Portugal emClermont-Ferrand, onde reside JoãoVeloso votaram apenas 4 eleitores.Aliás João Veloso também não votou.É Presidente do grupo folclórico OsCamponeses Minhotos, organiza umagrande festa portuguesa na cidade,mas ausentou-se de Clermont-Ferrandno dia das eleições.De referir que Manuel Cardia Lima jáfoi, até 2008, membro do Conselhodas Comunidades Portuguesas.Na área consular de Bordeaux (quetambém integra o Vice-Consulado deToulouse) concorreram duas listas.Uma delas com elementos de Bor-deaux e a outra com elementos deToulouse. Assistiu-se pois a um “com-bate” à distância. Em Toulouse vota-ram 111 eleitores, quase todos pelalista encabeçada pelo empresário deconstrução civil António Capela - quetambém é o Presidente da Associaçãodos Empresários Portugueses de Tou-louse - e em Bordeaux votaram 92eleitores, quase todos pela lista enca-beçada pelo animador de rádio Valde-mar Félix. Os dois foram eleitos.

Paris: três listas em concorrência

A área consular de Paris é enorme: vaide Lille até Limoges, de Nantes atéSens. Por isso elegeu 5 Conselheiros

das Comunidades (é o maior círculoeleitoral no mundo). Das três listasconcorrentes, a Lista C, liderada porPaulo Marques ganhou a eleição,tendo conseguido eleger 3 dos 5Conselheiros (Carlos dos Reis e San-drine Carneiro), deixando para as ou-tras listas a eleição de Raul Lopes(Lista A) e Luísa Semedo (Lista B).Para além das mesas de voto no Con-sulado Geral de Portugal em Paris,havia mais duas mesas de voto, umano Consulado Honorário de Portugalem Tours e outra no Consulado Ho-norário de Portugal em Orléans.A localização das mesas de voto fa-voreceu a lista liderada por PauloMarques. Com efeito, o segundo can-didato da lista era o advogado Carlosdos Reis, de Orléans, que mobilizoueleitores locais, sobretudo porque es-tava em situação elegível.“Se houvesse uma mesa de voto emNantes, eu também mobilizaria”queixou-se ao LusoJornal ManuelFerreira, número dois da lista B, en-cabeçada por Luísa Semedo. No en-tanto, a lista não apresentouqualquer proposta de abertura demesa de voto em Nantes, pelomenos nos prazos legais.“Para dizer a verdade, nunca nospassou pela cabeça que não hou-vesse mesa de voto em Nantes.Quando nos apercebemos que nãohavia, já era tarde demais” disse aoLusoJornal Luísa Semedo.“Eu defendo a abertura de mesas devoto descentralizadas. Por isso apre-sentei mesmo uma proposta paraque houvesse uma em Aulnay-sous-Bois” disse ao LusoJornal Paulo Mar-ques que é precisamente autarca emAulnay-sous-Bois (93). “Sabia quenão tinha hipótese de ter uma mesa

de voto em Aulnay, só poderia haverse todas as listas votassem a favor, eeu próprio abstive-me nessa votação.O que queria mesmo mostrar é queas listas têm essa possibilidade desugerir mesas de voto descentraliza-das” garante Paulo Marques. Masninguém sugeriu à Comissão eleito-ral que fossem abertas mesas de votodescentralizadas em Nantes, emLille, em Rouen, em Reims, em Poi-tiers, em Limoges,... Por isso nãohouve. E por isso também não houvevotantes dessas cidades.“Eu fiz 400 kms para ir até Parisexercer o meu direito de voto” afir-mou Manuel Ferreira, de Nantes. Foio único.Durante alguns minutos depois dacontagem dos votos, foi comunicadaa eleição de Sara Conceição, a se-gunda candidata da lista A, encabe-çada por Raul Lopes. Mas a Regra deHondt é clara e deu vitória à terceiracandidata da lista C, Sandrine Car-neiro, autarca em Plaisir. “Foi penaporque a Sara Conceição é sociólogae seria uma mais valia para o Conse-lho das Comunidades” lamentouRaul Lopes.“Estou contente por ter vencido aseleições e por ter eleito três doscinco Conselheiros. A nossa listatinha vários autarcas, de vários par-tidos políticos, mas também era umalista de grande abertura à sociedade,com Conselheiros já experientes” ex-plicou Paulo Marques. Tanto PauloMarques como Carlos dos Reis, jáeram Conselheiros das Comunida-des. À porta da eleição ficou MárioCastilho, que também foi Conse-lheiro até agora, que concorreu nalista de Paulo Marques, mas nãoconseguiu ser eleito.

Listas “partidárias”?

“Ganhei contra dois candidatos a De-putados” dizia Paulo Marques depoisdo apuramento dos resultados daseleições.Efetivamente, Luísa Semedo é a se-gunda candidata da lista do PartidoSocialista para as eleições Legislativaspelo círculo eleitoral da Europa, eRaul Lopes também é o segundo can-didato da lista da CDU pelo mesmocírculo eleitoral. Por outro lado, PauloMarques é militante e dirigente daSecção do PSD em Paris.Por isso, em Paris, a eleição para oConselho das Comunidades transfor-mou-se numa batalha entre as trêsformações partidárias.“Eu não vejo as coisas assim” dizLuísa Semedo. “Concorri por convic-ção, porque a CCP decidiu apresentaruma lista, as pessoas que deviam en-cabeçar a lista acabaram por não estardisponíveis e tive de avançar eu por-que sou Presidente da CCPF. Nãohouve qualquer cálculo” rematou.Raul Lopes, por seu lado diz que “apartir destes resultados para as elei-ções do Conselho, não se pode tirarnenhuma conclusão para as eleiçõesLegislativas. São eleições diferentes”.Aquilo que preocupou mesmo toda agente foi a data da eleição. “Não haviacondições, as listas foram feitas du-rante o verão, não houve campanha,a própria Comissão Nacional de Elei-ções não fez qualquer campanha deapelo ao voto, num ato de discrimina-ção. Isso foi o mais grave desta elei-ção” concluiu Raul Lopes.Estas lamentações foram evocadasunanimemente por candidatos e poreleitores. “Nunca deviam marcar umaeleição para o dia 6 de setembro”.

O LusoJornal dá-lhe os resultados por posto consular

Por Carlos Pereira

Resultados provisórios (não oficiais)

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04 Comunidade

lusojornal.com

le 09 septembre 2015

O que é a sucessão?Quem são os sucessores?

Resposta:

A sucessão é o chamamento deuma ou várias pessoas à titulari-dade das relações jurídicas patri-moniais, em regra bens, dofalecido, ou seja, o chamamentodos sucessores à herança.A sucessão é definida por lei (legí-tima ou legitimária), testamento oucontrato.Os sucessores de uma herançapodem ser:- Herdeiros - herdam a totalidadeou uma quota do património do fa-lecido;- Legatários - herdam bens ou va-lores determinados.Podem ser sucessores (herdeirose/ou legatários), além do Estado,todas as pessoas nascidas ouconcebidas ao tempo da aberturada sucessão. Na sucessão testa-mentária ou contratual podemainda ser sucessores:- Os nascituros não concebidos,que sejam filhos de pessoa deter-minada;- As pessoas coletivas e as socie-dades.A herança ou é aceite ou repu-diada.A administração da herança per-tence ao cabeça-de-casal até aomomento em que é liquidada oupartilhada.O cargo de cabeça-de-casal édesempenhado pela seguinteordem:- Cônjuge sobrevivo, não separadojudicialmente de pessoas e bens(se for herdeiro ou tiver meaçãonos bens do casal);- Testamenteiro, salvo declaraçãodo testador em contrário;- Parentes que sejam herdeiros le-gais (preferindo os mais próximosem grau. De entre os herdeiros le-gais do mesmo grau de paren-tesco, ou de entre os herdeirostestamentários, preferem os queviviam com o falecido há pelomenos um ano à data da morte e,em igualdade de circunstâncias,prefere o herdeiro mais velho);- Herdeiros testamentários.Se a herança for distribuída em le-gados é cabeça-de-casal, emsubstituição dos herdeiros, o lega-tário mais beneficiado e, em igual-dade de circunstâncias, o maisvelho.

Rita RibeiroJuristaRua Principal, nº 150Granja2425-013 Monte RealInfos: +351.926.300.365Infos: +33 (0)6.12.601.427

Rubrica jurídica

As sandálias do PescadorNuno AurélioReitor do Santuário de N. Sra de Fátima de Paris

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Crónica de opinião

Tomei o título deste artigo do livro “Assandálias do Pescador” (1963) deMorris West, depois adaptado ao ci-nema (1968), que tem como figuracentral o Papa Kiril (daí a alusão aoPescador, porque sucessor de S.Pedro). No romance, a China, entãocom 800 milhões de habitantes (hojesão mais de 1.340 milhões), enfrentauma gravíssima falta de comida eameaça invadir países vizinhos, o queiniciaria a Terceira Guerra Mundial.Então o Primeiro-Ministro soviéticoreúne com o líder chinês e o novopapa, vindo do Leste europeu, paratentarem alguma solução que resolvao problema da fome de milhões e im-peça o início duma guerra nuclear.Nos acontecimentos ficcionados nolivro e na ação do fictício Papa Kiril, há50 anos, poderíamos reconhecer ostrês últimos papas, e mais recente-mente a situação política e militar naUcrânia, Rússia, entre as duas Coreias,as guerras civis no Próximo e MédioOriente, as vagas intermináveis de re-fugiados recém-chegados à Europaprocurando segurança, liberdade, pro-teção e subsistência. Por mar e porterra, chegam famílias inteiras à Eu-ropa, em número de largos milhares,com um rasto de mortos em númeroquase igual, num cenário de horror queconhecemos. Vêm do Médio Oriente ede África e até mesmo de países lon-

gínquos, todos eles afligidos pela inse-gurança e pela pobreza.A situação é complexa demais para oshabituais simplismos de governantes ede governados e levanta muitas ques-tões de dificílima resposta. Aonde alo-jar e integrar política, social,culturalmente estas multidões? Comodar-lhes meios de subsistência econó-mica? Como garantir a sua segurançae das populações que os acolhem?Como conciliar estes larguíssimos mi-lhares de pessoas com as dificuldadessentidas pela crise económica queatinge a Europa, a nível do emprego,da riqueza produzida e do apoio social,quando estes têm diminuído? As insti-tuições que se oferecem para os aco-lher nesta emergência, poderão fazê-loaté quando, qual o limite de tempo ede dinheiro? Estão dispostos os cida-dãos a suportar essa despesa pública?Haverá criminosos que vêm juntos (nãosão apenas os bons que fogem da mi-séria e da violência) e como combateros traficantes? Haverá terroristas nestesgrupos, que assim se infiltram facil-mente no Ocidente? Como tranquilizarreceios, que o desconhecido, a incer-teza e diferença dos outros sempre pro-vocam? Os que oferecem agoraempregos aos refugiados, porque nãoos ofereceram antes aos seus concida-dãos desempregados? E muitas maisperguntas haverá…

Os defensores das «portas abertas»,sem condições, aos refugiados dizemque faltam à Europa 43 milhões de ha-bitantes, devida à baixa natalidade.Pertencem todos às ideologias quedesde os anos 60 proclamam ser um“crime” pôr filhos neste mundo, e quepor todas as formas políticas (e frasesfeitas) aliadas ao conforto, bem-estarmaterial e ao individualismo, assim ge-rado, enfraqueceram o casamento (queé hoje o vínculo jurídico e social maisprecário de todos) e a família, contri-buindo para a desvalorização da ma-ternidade.Por outro lado, e como lembrava Jean-Claude Juncker, «a Europa é e semprefoi uma comunidade de valores. Trata-se de algo de que devemos orgulhar-nos, mas só muito raramente ofazemos. Dispomos dos padrões maiselevados do mundo em matéria deasilo. Nunca recusaremos a entrada àspessoas que nos procuram em buscade proteção. Estes princípios estãoconsagrados na nossa legislação e nosnossos Tratados, mas estou preocu-pado com o facto de estarem cada vezmais ausentes dos nossos corações»(25/8/2015).A Igreja «peregrina sobre a terra e mãede todos», que moldou com a força doEvangelho o espírito, a alma e o corpodas nações europeias ao longo de doismil anos, proclama que «tem por mis-

são amar Jesus Cristo, adorá-Lo e amá-Lo, particularmente nos mais pobres eabandonados; e entre eles contam-se,sem dúvida, os migrantes e os refugia-dos, que procuram deixar para trásduras condições de vida e perigos detoda a espécie» e «transmite no mundoa cultura do acolhimento e da solida-riedade, segundo a qual ninguém deveser considerado inútil, intruso ou des-cartável. A comunidade cristã, se viverefetivamente a sua maternidade, ali-menta, guia e aponta o caminho,acompanha com paciência, solidariza-se com a oração e as obras de miseri-córdia. (Mensagem do Papa Franciscopara o dia mundial do migrante e dorefugiado em 2015).As soluções e as respostas não são fá-ceis. O politicamente correto e as con-veniências eleitorais, à esquerda e àdireita, podem levar a abrir portas ou aconstruir muros. Uns e outros, con-tudo, não querem estes novos vizinhosà porta das suas casas. Já não servemdiscursos, declarações inflamadas emcomícios anti-austeridade ou “anti-qualquer-coisa”, sejam eles da «es-querda-caviar» ou da «burguesia-bio».É preciso haver uma mudança dementalidade nova e radical de cadaum, porque embora julgando-nos ‘ar-remediados’, pertencemos às socieda-des mais ricas da Terra. O que é precisofazer tem de ser feito por todos.

De que guerras fogem aqueles quemorrem afogados no Mediterrâneo?

Nuno Gomes GarciaEscritor

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Crónica de opinião

Qualquer ser humano que possua umcoração feito de carne dentro do peitochora com o sofrimento dos milharesde homens e mulheres que foram (esão) engolidos pelas ondas quando,desesperados, resolvem arriscar assuas vidas e as das crianças que car-regam nos braços em busca de umavida digna. Apenas as carcaças desu-manizadas ficam indiferentes pe-rante esta situação de catástrofehumanitária, recusando-lhes qual-quer tipo de ajuda e fechando-lhes aporta na cara. E vemos que, inacre-ditavelmente, o mundo anda cheiodessas carcaças ambulantes.É sabido que, hoje, os migrantes/re-fugiados que tentam a travessia doMediterrâneo com o objetivo de pe-netrar no limes da “Fortaleza Eu-ropa” vêm essencialmente de duasregiões do mundo: o Médio Oriente eo Norte de África. Sabemos, também,que esses migrantes/refugiadosfogem da guerra e das misérias queela arrasta.Mas urge colocar a questão essencial.Um autoquestionamento que umaboa parte da população europeia -preocupada com a sua própria sobre-vivência e comida pelos seus egoís-mos nacionais, que tão bem definema Europa historicamente -, nem se-quer consegue levar a cabo. Essa in-capacidade de se interrogar é, comonão poderia deixar de ser, exacerbada

pela informação noticiosa “empaco-tada” das televisões e dos jornais, for-necida e orientada por um regime,aquele em que vivemos, que é, elepróprio, o principal causador de todasessas desgraças. Não só das nossas,europeus, mas também das alheias,das dos desgraçados que morrem nomar.E é esta a questão que urge colocar:“Quem promove as guerras que ex-pulsa essa gente das suas terras?”A resposta é simples. Somos nós.Somos nós, todos aqueles que elege-ram os governantes que ordenaram obombardeamento e a destruição daLíbia, fazendo-a recuar aos seus tem-pos tribais enquanto as “nossas”companhias petrolíferas matam a suasede com o petróleo roubado ao povolíbio.Somos nós, todos aqueles que deramo seu voto a políticos que atiram ga-solina para cima da guerra civil síriae destruíram o Iraque, recorrendo amentiras e a sofismas para - a históriarepete-se - encherem os bolsos dosacionistas da SHEL, da EXXONMO-BIL ou da ENI.Somos nós, todos aqueles que aplau-dem quem gerou, apoia, treina earma grupos terroristas que arrastamas populações de imensos territóriospara um obscurantismo medieval.Sempre que virmos uma criança aboiar morta nas águas do Mediterrâ-

neo, lembremo-nos do nosso votoque, num qualquer domingo de sol,foi cair dentro de uma urna e elegeuNicolas Sarkozy, o principal fomenta-dor da destruição da Líbia pelas bom-bas da NATO.Sempre que virmos um barco viradodo avesso e rodeado de cadáveres,lembremo-nos de quem elegemospara os cargos de chefia da UniãoEuropeia, uma das instituições res-ponsáveis pelos desastres sírio e ira-quiano.Sempre que virmos seres humanoscomo nós a serem pescados daságuas, lembremo-nos dos cordiaiscumprimentos entre os políticos queelegemos e o rei saudita, o grandeapoiante material e ideológico do Es-tado Islâmico, esse antro de fanáticosque tanto degola cristãos como en-forca muçulmanos.Façamos, portanto, um mea culpa,pois ele é mais do que necessário.O Iraque de Saddam Hussein, a Síriade Assad ou a Líbia de Kadhafi, longede serem Estados livres, eram paísesmodernos, com o maior nível de de-senvolvimento humano das respeti-vas regiões. O Iraque, a Síria e a Líbiapassaram de ditaduras estáveis a in-fernos ardentes, levando as suas po-pulações (e as dos países vizinhos) àmiséria e à morte. Qualquer ser hu-mano que estivesse nessa situaçãofaria o mesmo que fazem os milhares

de migrantes/refugiados: tentaria atravessia para um lugar de paz quelhes permitisse uma vida digna.A maneira infantil como nós usamoso nosso voto é responsável pela mortedessa gente. Um voto irrefletido e le-viano em quem promove a guerra éuma arma de destruição maciça.Só existe, portanto, uma solução paraacabar com a tragédia no Mediterrâ-neo.E ela é a seguinte: é hora de usarmosa democracia que temos para escor-raçar do Poder os políticos que fo-mentam as guerras nos outros paísese as crises económicas nos nossos.Só elegendo Governos de rutura comeste paradigma que visa ingerir navida política de terceiros e destruir ospaíses do Médio Oriente ou de Áfricapara lhes sacar petróleo ou outrasmatérias-primas (com o intuito de,assim, alimentar um regime mori-bundo baseado no dinheiro fácil, naespeculação e na exploração) conse-guiremos estancar a hemorragia devidas que tinta o Mediterrâneo de ver-melho.O voto naqueles que defendem a paze o respeito mútuo entre todos ospovos é a nossa arma. Seja para nossalvar a nós próprios, seja para salvaraqueles que morrem na travessia domar. Para isso, basta utilizar o votocom seriedade, convicção e, claro,maciçamente.

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05Comunidade

Bruno Cavaco foi nomeado Cônsul Honorário de Portugal em Lille

O lusodescendente Bruno Cavaco au-tarca em Lens e Presidente do PôleNumérique de Lens, foi nomeado nasemana passada, Cônsul Honoráriode Portugal em Lille.Depois do encerramento do Consu-lado Geral de Portugal em Lille, o Go-verno português ainda guardounaquela cidade um Escritório Consu-lar que este Governo acabou por tam-bém suprimir. O Secretário de EstadoJosé Cesário decidiu organizar na-quela região, Presenças Consularespontuais nas cidades de Roubaix e deTourcoing, mas depressa constatouque havia utentes a mais na regiãopara que aí houvesse apenas Presen-ças consulares espaçadas uma vezpor mês e até todos os 15 dias comochegou a acontecer.Muito recentemente, fez regressar aFrança uma antiga funcionária doConsulado de Lille, que entretantoestava em funções em Bruxelas. Afuncionária depende agora do Consu-lado Geral de Portugal em Paris, masestá em permanência em Lille, ondepratica quase todos os atos consula-res que se fazem num posto consu-lar.José Cesário tinha criado entretantoum Consulado Honorário de Portugal

em Lille, mas só agora nomeou umCônsul Honorário, terminando assimo processo de reestruturação consularna região norte da França.A escolha de Bruno Cavaco pareciauma evidência, apesar deste ser au-tarca, eleito em França nas listas so-cialistas.Consciente das suas origens portu-guesas, Bruno Cavaco criou o Comitéde ligação entre o norte de Portugal

e o norte da França, uma estruturaque organizou alguns eventos e mis-sões empresariais a Portugal. Com aabertura de uma linha aérea entre oPorto e Lille, a oportunidade de exis-tir este Comité de ligação reforçou-se.Conselheiro técnico no Conseil Régio-nal do Nord Pas de Calais, Bruno Ca-vaco é autarca em Lens, com opelouro do ensino superior, da inova-ção tecnológica e da tecnologia nu-

mérica. Aliás, neste quadro foi no-meado Presidente do Pôle Numéri-que de Lens que tem desenvolvido asua ação em torno das novas tecno-logias aplicadas à cultura.O avô paterno de Bruno Cavaco, al-garvio, veio trabalhar para França nopós-guerra. Instalou-se em Lens,mais propriamente na rue Brazza, eparticipou na construção da Cité desFleurs. Bruno Cavaco não o conhe-

ceu, mas quando Aníbal Cavaco Silvafoi eleito Presidente da República,escreveu-lhe e foi recebido em au-diência. Têm o mesmo nome, origi-nários do Algarve “e o filho deletambém se chama Bruno” diz BrunoCavaco ao LusoJornal.Desde então, mesmo se não fala por-tuguês, interessou-se mais por Portu-gal ao ponto de ter criado o Comitéde ligação entre os dois países.Um grave problema de saúde impli-cando Sabine, a lusodescendentecom quem partilha a vida, fez comque atenuasse, desde o ano passado,as suas ações em torno de Portugal,mas esta nomeação de José Cesárioveio dar-lhe mais motivação. “Obri-gado ao Estado português pela con-fiança e por esta bela nomeação”escreveu nas redes sociais.A nomeação é oficial por parte dasautoridades portuguesas, mas BrunoCavaco deve aguardar luz verde doQuai d’Orsay, o Ministério francês dosNegócios Estrangeiros. A respostapode demorar vários meses, após uminquérito aprofundado por parte dasautoridades francesas. Só depoisBruno Cavaco será oficialmente Côn-sul Honorário de Portugal em Lille evai ter o apoio da funcionária do Con-sulado de Paris que trabalha em lo-cais cedidos pela Mairie de Lille.

Nomeação

Por Carlos Pereira

le 09 septembre 2015

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Bruno Cavaco no Cemitério Militar Português de RichebourgLusoJornal / Carlos Pereira

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06 Comunidade

emsíntese

Governo da Madeira quer Deputados pelaemigração

O Secretário dos Assuntos Parlamen-tares da Madeira, Sérgio Marques, afir-mou no Funchal, que a representaçãopolítica dos emigrantes na AssembleiaLegislativa Regional é uma “questãodifícil de ultrapassar”, mas garantiuque o Executivo não vai “baixar os bra-ços”.O governante explicou que a eleiçãode Deputados ao Parlamento madei-rense pelas Comunidades é uma“questão complicada”, que se deparacom “óbices constitucionais e legais”que não são fáceis de ultrapassar.“Esse será o tema onde teremos maisdificuldade em avançar, mas não é porisso vamos baixar os braços”, assegu-rou Sérgio Marques, durante a apre-sentação das conclusões do Encontrodas Comunidades Madeirenses, quedecorreu no Funchal.O Secretário regional destacou a preo-cupação dos vários representantes dadiáspora madeirense com a “falta deconfiança nas instituições financeirasnacionais”, bem como com as tarifascobradas pela TAP nas viagens comorigem nos países de acolhimento.No Encontro das Comunidades Ma-deirenses foi ainda decidido avançarcom um projeto designado “MadeiraGlobal”, com vista a estreitar o relacio-namento institucional entre a regiãoautónoma e os emigrantes. Por outrolado, será criada uma Rede Interna-cional de Empresários Madeirenses,procurando valorizar e dinamizar asoportunidades de negócios.A Universidade da Madeira é tambémchamada a interagir com as Comuni-dades, através da criação de cursos delíngua portuguesa para lusodescen-dentes.O executivo regional vai, por seu lado,implementar o Gabinete Regional deApoio ao Madeirense Emigrante, com-posto por uma equipa reduzida e comatendimento público presencial, porvia telefónica ou online. “Vamos agirem todas estas frentes de forma a quepossamos concretizar estas conclu-sões no prazo mais curto possível”,realçou Sérgio Marques, sublinhandoque a representatividade dos emigran-tes será sempre feita com base numaestrutura “aberta, ágil e pouco cus-tosa”.

Programa de estágios nos consuladosO Deputado socialista Paulo Pisco per-guntou na semana passada ao Governose o programa de estágios nos serviçosperiféricos do Ministério dos NegóciosEstrangeiros está em risco devido à de-sistência de muitos dos candidatos por“insuficientes” condições financeiras.Numa pergunta entregue no Parla-mento dirigida ao Ministro dos Negó-cios Estrangeiros, Rui Machete, oDeputado do PS eleito pelo círculo daEuropa afirma que se têm verificado“inúmeras desistências em vários paí-ses de pessoas que se candidataramaos estágios” porque “as condições fi-nanceiras disponibilizadas são clara-mente insuficientes para fazerem faceaos elevados custos de vida”.Para o Deputado, o Governo deve es-clarecer “se as desistências que se têmverificado vão ou não pôr em causa o

programa de estágios, se é encarada apossibilidade de corrigir o programa eem que países e para que Postos con-sulares ou Embaixadas é que já se ve-rificaram desistências e como se faráagora a substituição dos selecionadosque desistiram”.No requerimento, Paulo Pisco per-gunta se as desistências dos candida-tos que foram selecionados para oPrograma de Estágios Profissionais daAdministração Central do Estado, es-pecífico para os serviços periféricos doMinistério dos Negócios Estrangeiros,“coloca ou não em causa os objetivosde aliviar as enormes dificuldades derecursos humanos em Postos consula-res e Embaixadas”.O Deputado socialista frisa que os es-tagiários “têm de suportar todas asdespesas iniciais, incluindo de deslo-

cação, o que quando se trata de postosnoutros continentes é muito caro, etêm de pagar, da verba que está pre-visto receberem, também o seu aloja-mento, que em muitos países é umadespesa muito grande”. SegundoPaulo Pisco, estão a verificar-se desis-tências em países como Reino Unido,Suíça, Suécia, Dinamarca, EstadosUnidos e Austrália, entre outros.O Deputado lembra que foi inscrita noOrçamento do Estado uma verba de 5milhões de euros, com um financia-mento de 90% garantido pelo FundoSocial Europeu, para o programa de es-tágios.Paulo Pisco lamenta não ter recebidoaté hoje resposta ao requerimento en-tregue no início de janeiro no Parla-mento, no qual pedia esclarecimentosao Governo sobre as condições em que

seria implementado o programa, pe-rante o “problema muito grave de re-cursos humanos” provocado pelaredução “brutal” de diplomatas, técni-cos e funcionários em serviço nas Em-baixadas e Consulados portugueses.Para Paulo Pisco, o apoio que os es-tagiários podem dar nos Postos con-sulares e Embaixadas, “se tiveremcondições”, é importante para “ajudara aliviar a asfixia de recursos humanosatualmente existente”.No requerimento entregue em janeiro,Paulo Pisco perguntava, nomeada-mente, se os estagiários iriam ter umsalário compatível com o elevado custode vida de países como a Suíça, aFrança, os Estados Unidos, o Luxem-burgo, Angola ou Japão, de forma aterem condições financeiras para aí vi-verem durante o ano.

Vários candidatos terão desistido do estágio

Isabel Voltine candidata do PAICV FrançaIsabel Borges Voltine pode vir a sercandidata pelo PAICV às próximaseleições Legislativas em Cabo Verde.Pelo menos esta é vontade da Secçãodo PAICV em França que organizoueleições primárias para escolher onome do militante que pode vir a inte-grar a lista de candidatos pelo círculoeleitoral da Europa.“A Secção de França é a segundamaior, logo a seguir a Portugal, e porisso estimamos que devemos ter umcandidato nas próximas eleições Le-

gislativas” disse ao LusoJornal Fran-cisco Santos.Inicialmente surgiram 11 candidatos,mas apenas 7 mantiveram candida-tura até ao dia 24 de agosto, data emque foi realizada a eleição interna.“Ouvimos o que todos os candidatostinham para nos dizer e depois proce-demos à votação” disse o SecretárioGeral do PAICV França. Isabel Voltinefoi a mais votada, com 4 votos, se-guindo-se Sérgio Sanches com 3. Fer-nanda Semedo teve 2 votos e osrestantes candidatos tiveram apenasum voto cada um: Hilário de Oliveira,

José Borges e Manuel de Brito. Mari-lisa Barbosa, também candidata àsPrimárias não compareceu no dia dareunião do PAICV.“A candidatura foi agora enviada paraCabo Verde e a seu tempo, quando aslistas forem constituídas, saberemosse Isabel Voltine vai integrar a candi-datura e em que posição” explicouFrancisco Santos. Calha bem porquea Presidente do Partido e candidata aPrimeiro Ministro de Cabo Verde, Ja-nira Hopffer Almada, vem a Paris nopróximo fim de semana para encontrocom os militantes.

Por Carlos Pereira

Croyez bien que l’imminence des Lé-gislatives portugaises a occupé biendes têtes tout l’été, au Portugal maislà où vivent les Portugais, c’est-à-dire,aux quatre coins du monde.Un jour de vote coincé aux creux desaléas d’un parlementarisme vivant, le-quel pourtant fragile s’il ne trouve pasde majorité claire et clairvoyante, sus-pendue sur un fil face au risque d’ab-sence de majorité absolue, un jour devote pour une démocratie affaissée parle dogmatisme des fous de l’austéritéqui n’ont ni même épargné les filetsde protection sociale, patiemmentmaillé depuis l’aube 1974.Dès lors, c’était simple: après 4 ansd’austérité appliquées à la règle, parun gouvernement sérieusement apa-thique mais dévoué à sa sale besogne,tels les instituteurs du temps salaza-riste, où la règle en bois dictait l’im-possibilité d’élévation de l’individu, lePS gagnerait cette majorité absolue,sans nul doute, accompagné dequelques bons présages des sondages.Sauf que c’était oublier le peuple etque le peuple reste indécis et qu’il ledit, dedans et dehors. S’il sait quePedro Passos Coelho a fauché métho-diquement les plus beaux œillets duPortugal, le PS et sa gauche peinent à

conquérir LA confiance majoritaire.Il y a un autre chemin, un cheminmeilleur et le train qui emmène Antó-nio Costa, à travers le Portugal, cesjours-ci, nous le raconte, nous donnedes exemples précis crédibles, de vive-voix.Oui, il est temps d’avoir confiance etde redonner, au Portugal et aux Portu-gais, toutes ses chances amputées: lachance d’une éducation pour tous, lachance d’un emploi, la chance d’uneprotection sociale digne tout au longde la vie, la chance de devenir ce quechacun a rêvé de devenir. La fable del’équilibre rétabli des comptes publicscomme unique gage de bonheur n’apas à se substituer à un projet de vivreensemble réinventé où chacun a saplace.Pour ceux qui ont laissé leur cœur ac-croché à un petit village, à une ville ouà un quartier de Porto ou de Lisbonne,même s’ils n’y sont même pas néscomme leurs parents ou grands-pa-rents, pour ceux qui ont migré récem-ment, contraints et forcés, en cespremières années du XXIème siècle,l’espérance doit vaincre. Dehors, si lesinscriptions électorales accusent undéficit malheureux, particulièrementen France, les héritiers de la Révolu-

tion des œillets, partout où ils résident,exigent un horizon dégagé pour le Por-tugal autant qu’une réciprocité nou-velle avec ce pays des racineséternelles. Dedans, ils disent aussi hé-siter à aller voter.Cette réciprocité nouvelle suppose unereconnaissance mutuelle du cheminque chacun doit encore parcourir.L’État portugais est en dette, notam-ment de services publics effectifs etperformants, pour les Portugais duPortugal et pour tous les autres Portu-gais. Il est question d’intervention pu-blique, plus que jamais. Il est questiond’enseigner la langue de Camões par-tout où celle-ci a disparu, il est ques-tion de valoriser un réseau consulairediminué et qui manque cruellement àla vie des Portugais du monde. Il estquestion de décider, une fois pourtoute, de faire de la politique avec lesPortugais de l’étranger.Faire, enfin, de la politique avec etpour les Portugais de l’étranger, c’ests’attaquer à tout ce qui entrave leurparticipation civique et politique. C’estcroire en l’avenir des sections des mi-litants, leur organisation et leur forcepolitique. C’est avancer, aux côtés desorganisations de la société civile, fabri-quant la portugalité du monde. C’est

nous faire confiance, puisque le tempsde la confiance est revenu! Il est ques-tion de nous laisser choisir et désignerles députés qui nous représenteront àS. Bento et d’y être autant qu’eux. Ilest question d’être ce que noussommes, Portugais de l’Europe et duMonde, donc Portugais pleinement,sujets, à part entière, du même cielbleu et de l’été qui habitent le Portugalet qui nous habite encore plus que lePortugal lui-même. Nous sommes lesmeilleurs ouvriers de l’avenir du Por-tugal dans le monde entier, à conditiond’être plus nombreux, engagés et or-ganisés dehors.Vous n’avez eu ni peur de la nuit, nide la mort lors du long voyage duSalto, pour un avenir meilleur. Ce futun geste politique extraordinaire pourdire que vous ne seriez plus soumis àla volonté d'un fou et de ses valets. Ré-pétez ce geste, inscrivez-vous et votezchaque fois que vous serez appelés àle faire.En Syrie, l’étoile du matin a disparu.C’est aussi la nôtre, celle des démo-craties en souffrance.RDV avec l’enveloppe pour un 4 octo-bre 2015 historique pour une nouvelleaube et une nouvelle étoile du matinde notre démocratie.

le 09 septembre 2015

Pour une nouvelle étoile du matinNathalie de OliveiraConseillère municipale (PS)à Metz

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Chronique d’opinion

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08 Comunidade

lusojornal.com

emsíntese

Recherche jeunestagiaire àNeuilly-sur-Seine

L’Association Culturelle Portugaise deNeuilly-sur-Seine (92), rechercheun(e) jeune stagiaire lusophone bilin-gue (français/portugais) avec conven-tion de stage et ayant desconnaissances informatiques (Win-dows, Word, Excel) pour assurer lapermanence de l’association, dulundi au vendredi, de 9h30 à 12h30.Contact: 06.18.89.05.15ou [email protected]

Os 50 anos daGulbenkian emFrança

Na próxima terça-feira, dia 15 de se-tembro, a Delegação em França daFundação Calouste Gulbenkian vaifestejar 50 anos em Paris.Para esse dia está prevista uma ses-são solene na presença do Presidenteda Fundação, Artur Santos Silva, daMaire de Paris Anne Hidalgo, do Se-cretário de Estado da Cultura portu-guês e do Professor Rui Ramos,historiador e responsável por um es-tudo sobre os 50 anos daquela Dele-gação.Nesse dia vai ser inaugurada a expo-sição “Au sud d’aujourd’hui. Art con-temporain portugais [sans lePortugal]”.

Les employées dela Banque BCP semobilisent pour LaParisienne

Pour la 5ème année consécutive, laBanque BCP s’associe à la lutte con-tre le cancer du sein, en participant àla course «La Parisienne 2015» quise tiendra le dimanche 13 septembreprochain.Plusieurs dizaines d’employées de labanque vont courir dans les rues ad-jacentes à la Tour Eiffel et au Jardindu Trocadero.

Cardeal-patriarcade Lisboa esteveem Taizé

O Cardeal-patriarca de Lisboa, Ma-nuel Clemente, participou, em agosto,no “Encontro por uma nova solidarie-dade”, em Taizé, França, juntamentecom 58 jovens portugueses.A comitiva portuguesa esteve emTaizé, na Saône-et-Loire, de 9 a 16 deagosto, e Manuel Clemente participou“em diversos fóruns com testemu-nhos sobre a alegria, a simplicidadee a misericórdia”.

Emigrantes lesados do BES avançam para tribunalCentenas de clientes emigrantes comprodutos financeiros do BES vãometer ações em tribunal a pedir a nu-lidade das aplicações feitas e indem-nizações, disse à Lusa o dirigente doMovimento dos Emigrantes Lesados(MEL).Segundo Luís Marques, dirigente doMEL, houve uma reunião na terça-feira da semana passada entre cente-nas de clientes que se consideramlesados pelo BES, tendo no final ha-vido “unanimidade” na necessidadede levar os casos para tribunal.Apesar de coletivamente todos esta-rem de acordo, afirmou, cada clientevai interpor uma ação individual, emque pedem a nulidade das aplicaçõesfeitas sem a sua autorização e mesmoindeminizações, neste caso ao BES,Banco de Portugal e mesmo aos Ad-ministradores individuais dessas enti-dades.Estes casos estão a ser tratados porquatro escritórios de advogados e, se-gundo a estratégia jurídica, inicial-mente serão interpostas ações civis apedir a nulidade da subscrição deações preferenciais em nome destesclientes.Os emigrantes têm dito que o quecontrataram com o BES foram depó-sitos a prazo com capital e juros ga-rantidos e que os gestores é quetomaram a iniciativa de pôr esse di-nheiro em aplicações de ações prefe-renciais sem ter autorização para isso.Caso esse pedido de nulidade não váavante, vão pedir indeminizações por-

que consideram ter sido vendido um“produto defeituoso”. O valor será pe-dido à entidade emitente das ações,ao intermediário da operação e aoBanco de Portugal, enquanto supervi-sor do sistema financeiro.O dirigente do MEL disse à Lusa quea única hipótese de os emigrantes le-sados não avançarem com as açõesjudiciais seria chegarem a acordo como Novo Banco, mas que para isso que-riam uma solução semelhante à ofe-recida o ano passado aos clientes quevivem em Portugal e que também seconsideram lesados.

A proposta, que foi aceite pela grandemaioria dos clientes residentes, pas-sou por pôr metade do dinheiro decada cliente - agora bloqueado porqueinvestido em ações preferenciais -num depósito a prazo a três anos e aoutra metade num depósito com ma-turidade mais longa, de 10 anos.No entanto, diz Luís Marques, atéagora o Novo Banco não tem sequerrespondido aos pedidos dos emigran-tes para ir à mesa de negociações.“Eles não imaginam a força quetemos, estão a tocar em pessoas queperderam poupanças de uma vida e

achavam que íamos ficar quietos.Querem capitalizar um banco à custadestes clientes”, afirmou o dirigentedo MEL.O Novo Banco começou a apresentarem julho uma solução comercial paraos clientes que subscreveram sériescomerciais sobre ações preferenciaiscomercializadas pelo BES para oreembolso faseado do capital inves-tido.Segundo a informação dada peloNovo Banco, há duas semanas, trans-crita na edição da semana passada doLusoJornal, mais de 50% dos emi-grantes que subscreveram produtos fi-nanceiros do BES aceitaram aproposta, o que corresponde a maisde 3.500 dos 7.000 clientes. Ao totaldos clientes em causa correspondemaplicações no valor global de 720 mi-lhões de euros.A solução comercial teve de ser auto-rizada pelo Banco de Portugal e prevêa assinatura prévia dos clientes paraque o Novo Banco e o Credit Suissepossam anular os veículos financeiros.Só depois será possível avançar coma proposta comercial que garante pelomenos 60% do capital investido, e li-quidez se essa for a opção, assimcomo um depósito anual crescente aseis anos, que prevê recuperar no mí-nimo 90% do capital investido.Apesar desta solução comercial pro-posta, muitos clientes, como os quese juntaram no MEL, consideram quenão é justa e dizem que vão para tri-bunal.

Pedem nulidade das aplicações e indemnizações

A associação “Beirões Ligados a França” escreveu aos Candidatos às próximas eleiçõesA associação “Beirões Ligados aFrança” escreveu aos Candidatos àspróximas eleições Legislativas e Pre-sidenciais em Portugal sobre Direitosdo Emigrante Português Reformado.O LusoJornal transcreve a carta en-viada pela associação:

“A associação Beirões Ligados aFrança, com sede na Vila da Ribeira,concelho do Sátão, no âmbito dumdos seus objetivos estatutários no do-mínio social ‘envolvendo a reinserçãodos ex-emigrantes em Portugal, pro-porcionando apoio, prestando infor-mações, servindo de interlocutor comos organismos adequados’;Interpela, por meio desta cartaaberta, os candidatos às próximaseleições Legislativas e Presidenciaisem Portugal, sobre a resolução deuma das problemáticas que enfren-tam atualmente os Emigrantes portu-gueses que desejam regressar eresidir em Portugal.Um emigrante reformado recebe umapensão calculada sobre os saláriossobre os quais descontou em França,geralmente superiores aos saláriosmédios portugueses (em compara-ção, o salário mínimo em França temsido aproximadamente três vezes su-perior ao mínimo português). Ao es-

colher de residir e pagar imposto emPortugal, o rendimento do emigrantereformado pode alcançar escalõesmáximos da taxa do IRS e é tributadocom um imposto muito superior aoque seria coletado em França, de talmodo que o seu pagamento afetadrasticamente o seu nível de vida.Um exemplo verificado: um casal dereformados com um rendimentoanual de 48.000 € auferido emFrança e declarado para o IRS emPortugal, alcança a taxa de 45% e écoletado um imposto de 13.500 €.Se tivesse continuado a ser residentee pagar imposto em França, o mon-tante seria de 3.600 €.Esta situação concreta ocasiona a se-guinte problemática: o emigrante por-tuguês ao decidir voltar a viver no seupaísa) ou se torna residente, declara o seurendimento auferido em França parao IRS em Portugal e ao constatar estadesvantagem, que resulta finalmentenuma redução importante dos seusrendimentos e na baixa do seu nívelde vida, pode optar obviamente porrecuperar a residência em Françaonde é largamente menos tributado;b) ou vive em Portugal e continua adeclarar o seu rendimento e a pagarimposto em França, mas não pode le-

galmente e livremente desfrutar doestatuto de residente em Portugal.Considerando que o emigrante portu-guês reformado:- deve ter o direito de voltar a ser re-sidente em Portugal e conservar onível de vida proporcional ao rendi-mento que obteve com o seu trabalhoem França;- deve ter o direito de viver tranquila-mente a sua reforma no seu país semse preocupar com o número de diasque vive dentro ou fora de Portugalpara ser considerado como não resi-dente e evitar o IRS;Considerando que o Governo portu-guês tomou recentemente medidasfiscais para atrair os reformados es-trangeiros a residirem em Portugal,que vão até à isenção de imposiçãosobre os rendimentos;Considerando que a situação fiscal doemigrante reformado pode parecerdiscriminada visto se tratarem igual-mente de pensões obtidas no estran-geiro;Considerando que o emigrante refor-mado pode não somente continuar aparticipar e a investir na economia dePortugal (como sempre o tem feitoconsideravelmente ao longo dos anosou das décadas em que foi emi-grante), mas adicionalmente contri-

buir com o pagamento do IRS comoresidente em Portugal, proporcio-nando assim mais recursos para opaís;O emigrante reformado residente emPortugal solicita a implementação deum cálculo do seu IRS cujo montanteseja do mesmo nível ao que seria apli-cado em França.Não pede privilégios em relação aosoutros portugueses, nem isenção deimpostos como os outros reformadosdo estrangeiro, apenas requer harmo-nização e igualdade de imposiçãoconforme ao país onde trabalhou eobteve a sua reforma.Esperamos que este assunto retenhaa atenção dos candidatos (assimcomo outros temas relacionados como retorno dos emigrantes: por exem-plo o imposto de selo sobre os seusautomóveis baseado na data da lega-lização sem ter em conta a antigui-dade) e seja discutido nos debatessobre os programas eleitorais duranteas próximas campanhas em Portugal,de modo a darem lugar a propostasde solução e podermos informar osnumerosos emigrantes da vaga dosanos 70/80 que vão estar confronta-dos à reinstalação em Portugal e pre-tendem fazê-lo de maneira serena,legal e justa”.

Sobre Direitos do Emigrante Português Reformado

le 09 septembre 2015

Os Emigrantes lesados do BES manifestaram durante todo o verãoLusa / Fernando Veludo

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09Comunidade

emsíntese

Forte représentativitéportugaise à Maison & Objet

Avec 73 entreprises portugaises pré-sentes sur cette seconde édition de2015 du salon Maison & Objet, le Por-tugal continue à un très haut niveau dereprésentativité.Cet événement reste l’une des plus im-portantes foires internationales du sec-teur de la décoration et mobilier enFrance. Il rassemble près de 110.000visiteurs en 5 jours d’exposition, pourtotal de 3.345 exposants présents,dont 53% d’exposants internationauxet a eu lieu du 4 au 8 septembre, auParc des Expositions - Paris-Nord Vil-lepinte.

16 empresas portuguesas no Bijorhca

A primeira edição do salão bienal “Bi-jorhca” (ourivesaria e bijutaria), tevelugar de 4 a 7 de setembro, no Parquede Exposições de Paris Porte de Ver-sailles. Esta feira permite aos retalhistasda ourivesaria, bijutaria, relojoaria e damoda, aos compradores de grandeslojas e responsáveis de compras de vi-sitar mais de 400 criadores de bijutariafantasia e preciosa do mundo inteiro.Este ano, participaram 16 empresas ecriadores portugueses.

Gastronomia portuguesa no festival internacional“Les Etoiles de Mougins”O Chef Benoît Sinthon representa Por-tugal no Festival International de LaGastronomie Les Etoiles de Mougins2015. Esta será a 4ª participação doChef neste que é dos maiores encon-tros mundiais de gastronomia, focadona alta cozinha.Chef Benoît Sinthon é uma das estre-las presentes no Festival. Portugal ficaassim representado pelas mãos doconceituado Chef que promete levar agastronomia portuguesa a um dosmais prestigiados encontros gastronó-micos do mundo. O evento decorre de18 a 20 de setembro, em Mougins,França. Participante nas edições de2010, 2011 e 2013, Benoît Sinthonregressa ao Les Etoiles de Mougins noano em que o evento comemora o 10ºaniversário.“É um privilégio ser convidado para oLes Etoiles de Mougins, represen-tando Portugal, um país que já sintocomo ‘meu’, com produtos maravilho-sos que utilizo diariamente nas mi-nhas confeções. Este evento será umaoportunidade, única e prestigiante,para partilhar experiências, homena-gear o trabalho feito nesta área e,quem sabe, apresentar alguns saboresnacionais mais especiais” afirma oChef Benoît Sinthon.Chef executivo no “Il Galo d’Oro”, Be-noît Sinthon continua rendido aos pro-dutos e sabores nacionais, paixão quepromete transmitir no Festival Inter-

national de La Gastronomie, elevandouma vez mais a gastronomia portu-guesa num ambiente de partilha eaprendizagem onde a paixão pela co-zinha é o ingrediente principal.Distinguido com uma estrela Miche-lin, única até ao momento na ilha daMadeira, o Chef Benoît Sinthon vaiparticipar num show cooking onde vaidemonstrar a sua cozinha fluida e re-pleta de sabor. Durante três dias,Mougins distingue a sua identidadecom o envolvimento de todos: restau-rantes de renome, estabelecimentosmenores, adegas, museus, galerias de

arte, campos de golfe de prestígio.O Festival International de La Gastro-nomie nasceu há dez anos pelas mãosdos chefs Paul Bocuse (3 estrelas Mi-chelin), Gaston Lenôtre, Michel Gué-rard (3 estrelas Michelin) e PierreTroisgros (3 estrelas Michelin) comoforma de prestar homenagem ao ChefRoger Vergé. Desde então cresceu econseguiu alcançar uma reputaçãomundial inigualável. Este ano, paraalém da comemoração dos dez anos,o evento terá especial destaque de-vido ao falecimento no passado mêsde junho do Chef Roger Vergé, que

será certamente relembrado duranteos três dias do encontro.Nesta 10ª edição, e como vem sendohábito, vão estar presentes os grandesnomes da gastronomia nacional e in-ternacional, onde está incluído o ChefBenoît Sinthon. Show cookings, de-monstrações culinárias entre outrasações vão animar o festival que pro-mete alegria, criatividade e excelên-cia.A carreira de Benoît Sinthon teve iní-cio em França, onde viria a adquiriruma experiência eclética em diferen-tes restaurantes, entre os quais o Ro-chegude e o Joigny, ambos membrosRelais& Châteaux, com 1 e 3 estrelasMichelin, respetivamente.Após uma passagem em 1994 pelohotel Reid’s, no Funchal, regressou àilha em 1998, passando então pelohotel Savoy e pela Casa Velha do Pa-lheiro. Em 2004 assume o cargo deChef Executivo do The Cliff Bay,membro da Porto Bay Hotels & Re-sorts. Quatro anos mais tarde vê reco-nhecido o seu trabalho no restaurantegourmet do hotel, o Il Gallo D’Oro, re-cebendo a sua primeira estrela Miche-lin.Os produtos frescos da Ilha da Ma-deira assumem um papel fundamen-tal na cozinha do Chef BenoîtSinthon, combinados com ingredien-tes de alta qualidade oriundos de vá-rias regiões da Península Ibérica.

Chef Benoît Sinthon representa Portugal

Vinhas Pereira recebido por Rui MoreiraO Presidente da Câmara de comér-cio e indústria franco-portuguesa(CCIFP), Carlos Vinhas Pereira, en-controu-se na semana passadacom o Presidente da Câmara Mu-nicipal do Porto, Rui Moreira.O encontro teve lugar no edifício daCâmara Municipal, no Porto, comvista à preparação da assinatura“ainda este ano”, de um Protocolode cooperação económica entre aautarquia portuense e a CCIFP emFrança.

Segundo Carlos Vinhas Pereira, aCâmara de comércio e indústriafranco-portuguesa pretende organi-zar um almoço-debate, em outubrodeste ano, na capital francesa,“para apresentar aos nossos mem-bros as oportunidades de investi-mento na cidade do Porto, nasmais variadas áreas” disse CarlosVinhas Pereira ao LusoJornal.A CCIFP tem vindo a assinar Pro-tocolos de cooperação económicacom várias autarquias do país.

le 09 septembre 2015

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Todas as semanas, estamos ao seu lado

Chef Benoît Sinthon

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10 Comunidade

emsíntese

Bloco de Esquerda: Pedro Filipe Soares apresenta Manifestoda Emigração

O leader parlamentar do BE, Pedro Fi-lipe Soares, desloca-se a França nopróximo dia 19 de setembro, para par-ticipar na apresentação do Manifestoda Emigração pela Europa, na compa-nhia de Cristina Semblano, cabeça delista pelo Bloco de Esquerda nas pró-ximas eleições Legislativas, pelo círculoeleitoral da Europa.O Manifesto vai ser apresentado du-rante uma conferência – debate, a par-tir das 10h30, sobre a emigração, ondeestá prevista a intervenção de JoséBarros, Vice-Provedor da Santa Casade Misericórdia de Paris, Helena Bap-tista, Porta voz do Movimento dos Emi-grantes Lesados do BES em França eJosé Cardina, Vice Presidente da Coor-denação das Coletividades Portugue-sas de França (CCPF).Os organizadores preveem ainda aparticipação de representantes “doSindicato dos funcionários consularese do Movimento dos professores”.Sala CMAC, 2 rue Jules Ferry, 94250Gentilly. RER: Gentilly.Por outro lado, também está previstauma deslocação de Catarina Martins,Porta voz nacional do BE, a França, nopróximo dia 21 de setembro.

PS apresenta candidatos no Lusofolie’s

No próximo domingo, dia 13 de setem-bro, às 16h00, a Secção do Partido So-cialista português de Paris vaiapresentar ao público, no Lusofolie’s,os 4 candidatos do PS e a política doPS para as Comunidades.António Oliveira, que assume interina-mente a direção diz que vão participaros 4 Candidatos socialistas pelo círculoeleitoral da Europa: Paulo Pisco (Lis-boa), Luísa Semedo (França), CarlosPereira (Alemanha) e Ana Maria Pico(Suíça).

PSD e CDS-PPapresentam a listaesta sexta-feira

Na próxima sexta-feira, dia 11 de se-tembro, vão ser apresentados os can-didatos pelo círculo da Europa daColigação Portugal à Frente.No momento de fecho desta edição doLusoJornal, a iniciativa terá a presençade todos os candidatos e deverá terlugar em Livry-Gargan (93).O cabeça de lista Carlos Gonçalvesanunciou a presença dos restantescandidatos da lista: Irene Rodrigues(Alemanha), José Martinho (Suíça) eIsaías Afonso (França).

lusojornal.com

Empreendedorismo Jovem

Jean Philippe Silva, lusodescendenteé um exemplo de empreendedorismona região parisiense. Decorria o anode 2011 quando tomou a importantedecisão de criar a sua própria em-presa, a Ferme-Tur, juntamente comum amigo de longa data, SuleymanTur, de nacionalidade francesa. Comobjetivos bem traçados, foi simplesconcretizar o sonho de ambos. Nas-ceu uma empresa jovem, dinâmica ecom visão futurista no ramo.A “Ferme-Tur” nasceu da experiênciaadquirida de Jean Silva e SuleymanTur enquanto trabalhadores por contade outrem. A empresa executa servi-ços na área da serralharia civil, comuma diversidade de produtos que in-clui trabalhos em alumínio, ferro einox.Aposta na garantia dos materiais co-mercializados, na modernização téc-nica e na prestação rápida de serviçospós-venda, apresentando elevados ní-veis de qualidade e soluções à me-dida do mercado.Desde 2011 que o negócio crescepara além das expectativas. O su-cesso alcançado pelos dois jovens

empreendedores é proveniente demuitas horas de trabalho, dedicaçãoe disponibilidade para com os clien-tes.Os sócios proferem que “a ciência éa serralharia e que as chaves são osestudos”. É a partir desta filosofia

profissional que executam todos ostrabalhos de forma perfeccionista.Hoje os clientes “são amigos que aju-dam a crescer a empresa”. Jean Phil-lipe Silva confessa ao LusoJornal que“um amigo-cliente satisfeito, é a me-lhor publicidade que uma empresa

pode ter”. Dando muita ênfase à “re-lação pessoal e próxima” com todosos seus clientes.

Ferme-TurParis 15èmeInfos: 01.76.53.80.64

Empresa de serralharia civil

Por Paula Martins

Palais rénové à vendre à LisboaLe temps des vacances en famille per-met occasionnellement de feuilleterdes magazines hebdomadaires laisséssur les coins de tables de salon, quel’on n’a peut être pas le temps de par-courir tout au long de l’année. La ru-brique immobilière des biensprestigieux à vendre à l’étranger attireà ces moments là mon attention, neserait-ce pour rêver à moindre frais etétablir dans la foulée des comparai-sons d’un pays à un autre.Les parutions estivales ciblent davan-

tage des résidences au soleil, acces-sibles aisément par voie aérienne oumême terrestre. Des ventes haut degamme proposées au Portugal ontparu cet été quasiment une fois sur 2dans une de ces revues. Les annoncespubliées concernaient des biens à Lis-boa et dans le sud de l’Algarve.Outre les villas contemporaines offranttoutes les prestations de confort justi-fiant leur prix, j’ai été plutôt séduitepar la vente d’un Palais entièrementrénové, en plein coeur de Lisboa, avecparc arboré de 14.000 m2, 6 cham-bres, salle de jeux, salle de musique,

Chapelle et dépendances.Il me plaît de savoir, sans en connaîtreson histoire, que quelqu’un, un orga-nisme, une entreprise, ait eu l’envie etle courage de remettre en état un telédifice, même pour réaliser une opé-ration financière. Il est à noter que leluxe au 18ème et 19ème siècle diffé-rait de celui de ce début 21ème. A sa-voir, musique, parc privé, jeux,Chapelle, dépendances que l’on sup-pose en écurie, serres, gardiennagepour hier, en lieu et place du jacuzzi,suite parentale, home cinéma etaccès direct à la mer pour aujourd’hui.

Sauver de tels Palais contribue à pré-server l’âme d’une ville et augmenterson prestige historique. Sans oublierl’impact de la valeur architecturale dudit Palais sur l’environnement immé-diat de son lieu d’implantation. Sau-vegarde en prévision des ruesadjacentes, incitation à la rénovationdes immeubles, salles de spectacles,écoles, commerces, et de tout ce quifait vivre un quartier de grande ville.Evidemment, tout ceci a un coût.Pour le moment, le Palais est à vendrepour 7.500.000 euro (sept millions etdemi d’euros).

Par Gracianne Bancon

Constatamos num inquérito realizadoem 2013 em 42 associações da Co-munidade portuguesa em França,que a maioria (73,8%) divulga infor-mação sobre o ensino de português.As razões evocadas são muito diver-sas. Afirmam que “é um dever infor-mar” e que a valorização da línguaportuguesa faz parte dos seus objeti-vos, considerando “importante a suadivulgação junto dos Portugueses re-sidentes em França”.A língua é considerada como “umvetor essencial de cultura”. É umamaneira de “combater o ostracismode que o português é vítima”, de pre-servar a língua portuguesa divul-gando-a aos jovens para que estes aaprendam e a pratiquem desde pe-quenos. Declaram também que “aprocura é bastante elevada nos jovensentre os 11 e os 18 anos” e que “as

pessoas pedem informações quandonão têm português no ‘lycée’”.Certas associações difundem infor-mações em ligação com as Secçõesinternacionais portuguesas ou comuma ou outra Universidade como porexemplo a Sorbonne Nouvelle.As Secções internacionais portugue-sas são um ensino de qualidade pro-posto pelo sistema educativo francêsdesde a escola primária até ao 12°ano. São destinadas a alunos quepretendam obter uma formação apro-fundada da língua portuguesa (nívelC do Quadro Europeu Comum de Re-ferência para as Línguas) e da litera-tura, história e geografia.O desejo de que “a língua portuguesaseja a 2ª língua ensinada” também éuma das razões evocadas pelas asso-ciações. Analisando as suas respostaspodemos notar uma preocupação

pela transmissão da língua e culturaportuguesa às novas gerações mas adifusão da informação parece ser di-rigida sobretudo aos sócios e à Comu-nidade portuguesa. Por isso os meiosutilizados para comunicar são namaioria, os encontros da associação(61,9%) ou o seu jornal (19%). Ape-nas 21,4% utilizam outros meioscomo: site, Facebook, newsletter, lis-tas de difusão na internet, redes so-ciais, centro cultural, fórum dasassociações, Rádio Alfa, PortugalMag, LusoJornal, panfletos, telefone,colóquios, concursos, eventos, arma-zéns portugueses da cidade, locaiscomerciais ou antigos alunos.Nota-se no entanto um pequeno es-forço para difundir a informação paraalém da Comunidade portuguesaatravés dos jornais das câmaras(19%) ou das rádios (19%). Seria

também interessante analisar o con-teúdo das informações difundidas,mas o inquérito não abordava estaquestão.Um certo número de associações(26,2%) não divulga informaçãosobre o ensino de português conside-rando que não é o objetivo da asso-ciação, por esta ser recente ou não terlocal para o ensino. Esta posição re-vela uma certa contradição entre ofacto de 92,9% destas associaçõesse afirmarem como culturais e 31%educativas, e não divulgarem infor-mação sobre o ensino. Também pa-rece existir uma certa confusão entre“divulgar informação sobre o ensino”e “organizar cursos de português naprópria associação”. Seria interes-sante analisar porque é que um certonúmero de associações organizamelas próprias cursos de português.

le 09 septembre 2015

A divulgação da informação sobre oensino do português nas associações

Adelino de SousaProfessor de Português EPEem França

[email protected]

Crónica de opinião

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Edition nº 1 | Série III, du mercredi 05 Janeiro 2011 Hebdomadaire Franco-Portugais

As projeções para a economia portuguesa re-centemente divulgadas pelo Banco de Portu-gal apontam para a continuação do processode recuperação gradual da atividade econó-mica iniciado em 2013. Após um cresci-mento de 0,9% do PIB em 2014, prevê-seuma aceleração para 1,7% em 2015, seguidade crescimentos de 1,9% e 2,0% em 2016e 2017, respetivamente.O maior crescimento nominal da economia, aprevalência de taxas de juro historicamentebaixas e a existência de saldos primários po-sitivos permitirão o início do processo de re-dução da dívida pública em percentagem doPIB.Neste contexto, as exportações nacionais de-verão registar um crescimento robusto, refor-çando a tendência recente de transferênciade recursos produtivos para os setores da eco-nomia que estão mais expostos à concorrên-cia internacional. Conjugada com adesaceleração das importações, a contribui-ção das exportações deverá contribuir, comonos últimos anos, para uma consolidação dossaldos excedentários da balança com o exte-rior.A aceleração esperada das exportações em2015 reflete a evolução da procura externa eganhos de competitividade-preço, num con-texto de forte depreciação do euro. O fortecrescimento das exportações nos últimosanos e os ganhos de quota de mercado obser-vados no período 2011-2013 têm sido dosaspetos mais relevantes do processo de ajus-

tamento da economia portuguesa, refletindoum grau de adaptação assinalável das empre-sas nacionais às exigências dos mercados in-ternacionais.A evolução recente reflete uma alteração gra-dual do padrão das exportações portuguesasao longo da última década, que traduziu tam-bém as exigências impostas pelo esforçoacrescido de procura de novos mercados numcontexto de forte ajustamento da procura in-terna. Uma tendência que reforça assim opeso da União Europeia enquanto parceirocomercial após esforços de diversificação geo-gráfica para os países emergentes.Portugal e França estão desde séculos ligadospor fortes laços históricos, culturais e huma-nos, a que podemos acrescentar uma cumpli-cidade geopolítica e estratégica relativamenteao mundo lusófono e a países emergentes dosul. A França é um parceiro comercial privi-legiado de Portugal que, em 2014, passou aocupar a segunda posição como cliente, de-pois da Espanha, mantendo o terceiro lugarcomo fornecedor.Durante mais de 30 anos, o saldo da balançacomercial entre os dois países foi sistemati-camente deficitário para Portugal. Graças auma notável progressão das nossas exporta-ções a partir de 2009, regista-se uma notávelinversão, desde então. Em 2014, o superavitda balança comercial foi favorável a Portugalem cerca de 1,5 mil milhões de euros, valorque constitui o segundo maior saldo positivoregistado, depois de Angola. A evolução dataxa de cobertura é consequente e, em 2014,Portugal vendeu para França 35,5% mais

mercadorias do que as que lhe comprou.Neste relacionamento, resta a situação con-juntural da França que atualmente registauma dívida pública de cerca de 97%, contra20% em 1980, e apresenta graves dificulda-des para cumprir a meta de 3% do défice pú-blico prevista para 2017. A economiafrancesa apresenta uma pequena tendênciade retoma económica com um crescimentodo PIB que não deve exceder 1% em 2015,sustentada pela baixa dos preços do petróleoe desvalorização do euro face ao dólar. A taxade desemprego é superior a 10%, o seu nívelmais elevado desde 1997. Regista-se umaforte crise no imobiliário, uma enorme con-testação no setor agrícola, uma baixa dos in-vestimentos das famílias e da procura global,uma fraca incitação das empresas a investir,a juntar ao agravamento dos impostos e taxasobrigatórias.Por outro lado, quando há um ano se apostavanuma retoma da economia mundial, a ver-dade é que o crescimento é lento nos EUA ea mesma tendência se verifica nos paísesemergentes e no Japão. A China desvalorizoufortemente a sua moeda e o Brasil entrou emrecessão. Na zona euro, a boa dinâmicaalemã marca um pouco o passo.Face a tais cenários, a que se deve acrescen-tar a enorme campanha local para “acheterfrançais” reformula-se, pois, a questão: queinfluência a situação económica atual e daFrança em particular exercerá ela sobre a con-tinuidade na evolução favorável do comérciobilateral e nas compras a Portugal nos próxi-mos anos?

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LusoJornal le 09 septembre 2015 | Caderno especial Este caderno faz parte integrante do LusoJornal Edition nº 230 | Série II

um dossier realizadopor José de Paiva

O LusoJornal agradece a amável disponibi-lidade de José de Paiva para a realizaçãodeste dossier especial sobre as trocas co-merciais entre a França e Portugal.Num contexto de crise em que, cada vezmais, se fala de crescimento, de balançacomercial e de dívida, convém fazer umaanálise sobre a relação comercial entre osnossos dois países.José de Paiva é economista, licenciadopelo ISCEF (Instituto Superior de CiênciasEconómicas e Financeiras) e frequentouigualmente um curso de Marketing pro-posto pela Universidade de Harvard.Trabalhou muitos anos no ICEP, na Dina-marca e em Paris como Diretor-adjunto, etem por consequência uma larga experiên-cia nesta matéria.Atualmente é Consultor de Empresas eCônsul Honorário de Portugal em Orléans.

França segundo cliente de Portugal

RELAçãO COMERCIAL FRANçA - PORTuGAL

Por José de Paiva

As exportações mantêm-se comomotor de crescimento da economiaportuguesa

E S P E C I A L

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12 Balança Comercial

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Abrandamento das exportações, retoma das importaçõesAs exportações globais portuguesasde mercadorias registaram um com-portamento notável desde 2008, anoque marcou o início da grave criseeconómica que recentemente asso-mou o mundo.De acordo com os dados do INE, asnossas exportações registam, desdeentão, uma progressão de 49,4%,tendo passado de aproximadamente31,7 mil milhões de euros, em 2009,para 48,2 mil milhões, em 2014, ovalor mais elevado de sempre.No mesmo intervalo, as importaçõesportuguesas apenas progrediram de10,1%, tendo passado de 51,4 para58,7 mil milhões de euros. Tais com-portamentos, maior progressão mar-ginal das exportações que dasimportações, contribuíram sensivel-mente para uma melhoria do saldo da

balança comercial do nosso país, tra-duzida por uma redução de 9.117milhões de euros nos últimos seis

anos.Em 2014, no entanto, após váriosanos de dinamismo, as exportações

portuguesas de bens registaram umcrescimento nominal de apenas1,9%, relativamente a 2013, que se

explica em grande parte pela diminui-ção das vendas de combustíveis noseguimento do encerramento tempo-rário da refinaria de Sines, que afetoumuito particularmente o dinamismodas exportações extra-EU mas igual-mente, ainda que numa menor es-cala, pelo recuo de outros postos daexportação para os países terceiros(aparelhos elétricos, metais de base,agroalimentar); enquanto que as im-portações se traduziram por uma pro-gressão de 3,2%, tendo comoresultado um agravamento do déficecomercial português de bens no anopassado que se situou em aproxima-damente -10,6 mil milhões de euros(-9,6 mil milhões em 2013).A taxa de cobertura das exportaçõespelas importações passou de 61,7%em 2009, para 82% em 2014.

Balança Comercial de Portugal

Estrutura do Comércio Internacional PortuguêsA União Europeia continua a ser oprincipal destino das nossas exporta-ções, assim como a origem das nos-sas principais importações. Oposicionamento da UE, quer comocliente, quer como fornecedor de Por-tugal aumentou, aliás, entre 2013 e2014.Como cliente, a UE absorveu 70,9%das vendas de Portugal ao exterior(34,1 mil milhões de euros) e contri-buiu em 74,7% nas nossas importa-ções (43,8 mil milhões de euros), em2014. Neste ano, as exportaçõespara a UE aumentaram de 2,8% e asimportações de 7,1%, resultandouma subida do défice comercial in-tracomunitário em 25,7%.No que respeita aos Mercados Extra-

comunitários, ou países terceiros,cuja contribuição relativa diminuiunos dois últimos anos, absorveramcomo clientes 29,1% das nossas ex-portações globais em 2014 (14 milmilhões de euros) e contribuíram em25,3% nas nossas importações (14,8mil milhões de euros).As exportações para os países tercei-ros registaram uma quebra global de-0,1%, em 2014, contra -6,7% nasrespetivas importações.Por grandes blocos geográficos extra-comunitários, África representou12,0% das nossas exportações debens no período em análise (PALOP8,0%), a América 8,1% e a Ásia4,1%. Os países da OPEP registaramuma quota de 9,0%.

Por grupos de Produtos, os principais se-tores da exportação nacional são “Má-quinas e aparelhos mecânicos eelétricos” (14,5% das exportações to-tais), que continua a ocupar o primeiroposto. O setor “Veículos e outro materialde transporte”, com uma quota de mer-

cado de 10,9% passa a ocupar o se-gundo lugar, seguido pelos capítulos“Combustíveis minerais” (8,5%), “Me-tais Comuns” (8%), “Plásticos e Borra-chas” (7.2%), Agrícolas (6,0%),Vestuário (5,8%), Químicos (5,4%) eAlimentares (5,3%).

Confirma-se assim a forte tendênciapara uma maior industrialização da eco-nomia na medida em que a estrutura daexportação nacional é constituída porProdutos transformados (47%) e Máqui-nas e Materiais de Transporte (29%),enquanto que os Bens de consumo re-

presentam 18% e os produtos do setorprimário, 5% apenas.No que se refere às importações, o pri-meiro lugar no ranking continua a serocupado pelos “Combustíveis minerais”,(17,4% de quota de mercado), se-guindo-se-lhe “Máquinas e aparelhos

mecânicos e elétricos” (15,2%), “Veí-culos e outros matérias de transporte”(10,5%), “Produtos agrícolas” e “Pro-dutos químicos”, ambos com 10,4% dequota de mercado. Os cinco primeirossetores contribuem em 64% nas impor-tações globais.

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

Unidade: Milhões de euros

Exportações e Importações portuguesas, por produtosEm Portugal

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

le 09 septembre 2015

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13

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Balança Comercial

emsíntese

Em síntese

- Em 2014, a França ocupa a 2ª po-sição como cliente de Portugal(11,7% das nossas vendas) e a 3ª po-sição como fornecedor (7,1% dasnossas compras).

- As vendas de Portugal para Françaelevaram-se a 5.636 milhões deeuros em 2014 e superaram larga-mente as compras, no valor de 4.160mil milhões de euros, donde resultaum saldo de 1.476 milhões de eurosfavorável a Portugal, o segundo maiorsaldo comercial em valor face aosrestantes países clientes.

- A taxa de cobertura das exportaçõesportuguesas pelas importações, coma França, que em 2008 (início dacrise económica) era de 88,1%, pro-grediu sucessivamente e, em 2014,é de 135,5%.

- Em 2014, as exportações portugue-sas globais de bens ascenderam a48,2 mil milhões de euros, que cor-responde a um crescimento nominalem valor de 1,9%, relativamente a2013. As importações portuguesasde bens aumentaram de 3,2%, si-tuando-se em 58,7 mil milhões deeuros.

- O défice comercial português debens fixou-se em -10,6 mil milhõesde euros, em 2014. A taxa de cober-tura das importações pelas exporta-ções diminuiu para 82,0% (83,1%em 2013).

Exportações e Importações portuguesas,por países

Em 2014, a França reforça o seuposicionamento como parceiro co-mercial de Portugal passando aocupar a posição de segundocliente do nosso país e mantendo,ao mesmo tempo, a terceira posiçãocomo fornecedor.Os 10 primeiros clientes de Portu-gal absorvem 75,7% das nossas ex-portações e três de entre eles,Espanha (23,6%), França (11,7%),Alemanha (11,7%) contribuem em47% das mesmas. Verifica-se, pois,uma enorme concentração nestes 3países, sendo que a Espanha com-

pra tanto como a Alemanha e aFrança reunidas. Em 2014, as nos-sas vendas progrediram de 1,5%para Espanha, de 2,8% para Françae de 2,2% para a Alemanha.Em quarto lugar no ranking, encon-tramos Angola (6,6% de quota demercado), com uma progressão de2%, que é o nosso principal clienteextracomunitário e em quinto lugar,o Reino Unido, com uma quota demercado de 6,1% e um forte au-mento de 12,3% relativamente aoano anterior. Refira-se que o Brasil,que não figura nos quadros, ocupa

a 11ª posição no ranking, quercomo cliente, quer como fornecedorde Portugal, com 1,3% e 1,5% dequotas de mercado, respetiva-mente.Os 10 primeiros fornecedores dePortugal concentram 75% das nos-sas importações globais, mas, aexemplo do que se passa com as ex-portações, três de entre eles, Espa-nha (32,4%), Alemanha (12,4%) eFrança (7,1%) ocupam os primeiroslugares e contribuem, por si sós, emmais de metade das nossas com-pras ao estrangeiro (51,9%), sendo

todavia de salientar que a Espanha,largamente à frente de todos osconcorrentes, contribui pratica-mente com um terço (32,4%) nasnossas importações globais.A Itália (5,2%) e a Holanda (5,1%)ocupam posições dentro do rankingdos cinco primeiros fornecedores.É também de referir a forte quebrade -39% nas importações prove-nientes de Angola em 2014 que,não obstante, continua a ser onosso principal fornecedor extraco-munitário e ocupa o sétimo lugarem termos globais.

Em Portugal

França com o segundo maior saldo positivode Portugal

O saldo comercial entre Portugal ea França é particularmente favorá-vel ao nosso país e ocupa o se-gundo lugar no ranking dos saldospositivos, com cerca de 1,5 mil mi-lhões de euros em 2014, depois deAngola (saldo de cerca de 1,6 milmilhões de euros).De notar que o saldo com Angola

em proveito de Portugal progrediufortemente devido à forte reduçãodas nossas importações provenien-tes deste país, operada em 2014.Seguem-se-lhe os saldos dos EUAe do Reino Unido, com aproxima-damente 1,2 mil milhões de euroscada. Marrocos ocupa um lugar im-portante, um saldo para Portugal

de 457 milhões de euros.Ao invés, e na continuidade, osaldo da nossa balança comercialé fortemente deficitário com a Es-panha (-7,7 mil milhões de euros).É igualmente relevante com a Ale-manha (-1,6 mil milhões de euros),com a Itália (-1,5 mil milhões) ecom a Holanda (-1 milhão).

Como ordem de grandeza, pode re-ferir-se que o défice com Espanhaé, por si só, superior ao dos restan-tes países da amostra, acumula-dos, e superior em quase 37% àsexportações totais de Portugal paraa França ou para a Alemanha, se-gundo e terceiro clientes de Portu-gal.

Principais Saldos por Mercado

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

le 09 septembre 2015

5.636Números que falam

Portugal vendeu paraFrança 5.636 milhõesde euros em 2014.

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14 Balança Comercial

emsíntese

Em síntese

- A União Europeia absorveu 70,9%das nossas exportações totais e con-tribuiu em 74,7% das importações,após aumentos de 2,8% e de 7,1%,respetivamente, em 2014, donde re-sulta uma subida do défice comercialintracomunitário em 25,7%.

- Com o mercado extracomunitário,as exportações e as importações re-gistam respetivamente quebras de -0,1% e de -6,7%, em 2014,observando-se uma redução do dé-fice comercial respetivo de 55,5%. Oseu peso nas exportações totais pas-sou de 29,7% em 2013 para 29,1%no ano passado.

- Os 10 primeiros clientes de Portugalabsorvem 75,7% das nossas expor-tações e três de entre eles, Espanha(23,6%), França (11,7%), Alemanha(11,7%) contribuem em 47% dasmesmas. Espanha compra tantocomo a Alemanha e a França reuni-das.

- Angola, com uma quota de 6,6%nas exportações totais, foi o principalcliente extracomunitário e o quartoem termos globais.

- Os 10 primeiros fornecedores dePortugal concentram 75% das nos-sas importações globais, mas, aexemplo do que se passa com as ex-portações, três dentre eles, Espanha(32,4%), Alemanha (12,4%) eFrança (7,1%) ocupam os primeiroslugares e contribuem, por si sós, emmais de metade das nossas comprasao estrangeiro (51,9%).

- “Máquinas e aparelhos” e “Veículosautomóveis e Outro material de trans-porte” foram os produtos mais expor-tados, com quotas de 14,5% e10,9% no total, pela mesma ordem.

- O grupo que mais contribuiu positi-vamente para o crescimento das ex-portações foi o dos “Veículos e Outromaterial de transporte”, com umcrescimento de 292 MEur. Em sen-tido contrário, de salientar a quebrade -16,8% nas exportações de“Combustíveis minerais” (-28 MEur).

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Trocas comerciais entre França e Portugal

A França é um parceiro económicoe comercial de primeira importân-cia para Portugal. Em 2014, ocupaa 2ª posição como cliente (11,7%das nossas vendas) e a 3ª posiçãocomo fornecedor (7,1% das nossascompras).As vendas de Portugal para Françaelevaram-se a 5.636 milhões deeuros em 2014 (aumento de 2,5%relativamente ao ano anterior) e su-peraram largamente as compras,no valor de 4.160 mil milhões deeuros (aumento de 8,5%).

Resulta destas trocas um saldo de1.476 milhões de euros favoráveisa Portugal, ligeiramente inferior aodo ano precedente, mas excecionalna medida em que durante cercade 30 anos Portugal registou siste-maticamente saldos negativos comFrança. Desde 2010, esta tendên-cia inverteu-se e, em 2014, o saldoda balança comercial entre os doispaíses constitui o segundo maiorsaldo positivo para Portugal, emvalor absoluto, e uma notável con-tribuição para o comportamento e

evolução do saldo da balança co-mercial global.A taxa de cobertura das exporta-ções portuguesas pelas importa-ções, com a França, que em 2008(início da crise económica) era de88,1%, progrediu gradualmente e,em 2014, é de 135,5%.Nas relações comerciais entre osdois países, cerca de 500 filiais deempresas francesas encontram-seimplantadas em Portugal, emquase todos os setores de ativi-dade, empregando cerca de

50.000 pessoas. E, segundo oINE, foi de 5.112 o número de em-presas portuguesas exportadoraspara França, em 2014, mais 951que em 2013.Por outro lado, há que referir a pre-sença em França de mais de45.000 empresas de empresáriosde origem portuguesa que repre-sentam, segundo fontes da CCIFP,Câmara de Comércio e IndústriaFranco-Portuguesa, 3% a 4% doPIB francês em termos de volumede negócios.

Análise da Balança comercial

Exportações e importações com França,por produtos

O capitulo “Automóveis e outro ma-terial de transporte” continua a ocu-par a primeira posição no rankingdos principais produtos vendidospara França, com uma quota demercado de 15%. As “Máquinas eaparelhos” mantêm-se no segundolugar, com uma quota de 9,8%, se-guindo-se-lhes o capítulo dos “Me-

tais comuns”, com quota de mer-cado de 9,3%, graças a uma pro-gressão de 11,3% das respetivasvendas para França. O setor do “Cal-çado”, com uma quota de mercadode 7,7% mantém uma posição derelevo. O setor de “Plásticos e bor-rachas” encontra-se na quinta posi-ção com uma quota de 7,5%, à

frente do setor do “Vestuário”(7,4%).Relativamente às importações pro-venientes de França, o capítulo“Veículos e materiais de transporte”ocupa o primeiro lugar no ranking,com uma quota de mercado de19,1% (aumento de 24,8% relati-vamente a 2013). As “Máquinas e

aparelhos, mecânicos e elétricos”detêm uma quota de mercado de15,1%, os “Produtos químicos”12,9%, e os “Produtos agrícolas”11,9% de quota de mercado. Ascompras nacionais estão fortementeconcentradas nestes três grupos deprodutos que, no seu conjunto, con-tribuem em 59% do total.

le 09 septembre 2015

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

45.000Números que falam

Segundo a Câmara decomércio e indústriaf r anco -po r tuguesa(CCIFP), existem emFrança mais de 45.000empresas de empresá-rios de origem portu-guesa.

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Cultura 15

emsíntese

Reprise de l’Académie de fado

L’Académie de fado reprend ses acti-vités au 9 rue Raymond du temple, àVincennes, mais Valérie do Carmoannonce une bonne nouvelle: l’Aca-démie des musiques et danses dumonde s’enrichit d’une nouvelle salleà Paris, au 3 rue de l’église, dans le15ème «où seront proposés initiale-ment des cours de danse et de mu-siques contemporaines, mais aussides concerts, expos, show cases,...également en fado».Les cours de fado reprendront le lundi21 septembre (inscriptions jusqu’au19 septembre).L’Académie de fado sera présentetous les derniers mercredi du mois auLusofolies (57 avenue Daumesnil,75012) pour des soirées de fadovadio où tous les élèves et amateursde fado sont conviés!Et en représentation pour un specta-cle «Au cœur du fado» avec Vítor doCarmo et Sophie Paula au chant, Fi-lipe de Sousa à la guitare portugaise,Nuno Estevens à la viola et Domini-que Oguic à la mise en scène, le sa-medi 10 octobre, à 20h00, auThéâtre de la Mare au Diable, à Pa-laiseau (91).

Casting pour acteurs non-professionnels

Pour le prochain long métrage deLaurence Ferreira Barbosa intitulé«Quelle joie, cette tristesse si grande»,produit par Paulo Branco (AlfamaFilms), tournage prévu à l’automne2015 en Ile de France.La production recherche pour lesrôles principaux des acteurs non-pro-fessionnels:Pamela: âgée de 18 à 22 ans, d’ori-gine portugaise et parlant le portugais.C’est une jeune femme, sensible, quin’a pas toujours confiance en ellemais qui peut aussi avoir son petit ca-ractère.Cláudia: âgée de 16 à 19 ans, d’ori-gine portugaise et parlant le portugais.C’est une jeune femme spontanée,langue bien pendue, qui n’a pas peurd’aller contre l’avis de ses parents.Linda et António: les parents de Pa-mela âgés de 40 à 50 ans, d’origineportugaise et parlant le français avecun accent portugais. Linda est unemère aimante qui veut le meilleurprofessionnellement pour sa fille Pa-mela, et António, un père travailleuret compréhensif.Raquel: la grande sœur de Pamelaâgée de 26 à 29 ans. Une jeune mèresociable…

Envoyer photos (visage et en pied) à[email protected] 06.59.61.84.68

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Fotógrafa Manuela Marques tem nova exposição em Paris

A fotógrafa portuguesa Manuela Mar-ques, vencedora do Prémio BESPhoto em 2011, tem uma nova expo-sição em Paris, na galeria Anne Bar-rault, até 10 de outubro.A exposição, intitulada “Fruits, oi-seaux, pierres et cage”, apresenta 12obras classificadas pela galeria como“poesias silenciosas” que “originamnovas perceções baseadas na ambi-guidade do real e do visível”.Durante a inauguração da exposiçãono sábado passado, a artista disse àLusa que quis mostrar que as ima-gens são “muito mais complexas” eambíguas do que as “palavras muitosimples” que o título sugere, apon-tando o seu trabalho fotográfico comoa descrição de “um real que é ambí-guo”.“Nesta exposição a única figura hu-mana é um retrato de uma pessoaque não se pode dizer bem se é umhomem ou uma mulher. Essa pessoatem uma espécie de máscara que fazdela um personagem pássaro”, des-creveu a fotógrafa, acrescentandoainda que o tríptico de fotografiascom pavões não parece representar

pássaros mas “uma espécie de bu-raco preto na noite”.Os pavões retratados a contraluz ecom um fundo azul noturno são ilus-trações de ‘vanitas’, ou seja, alusõesà efemeridade da vida, muito comunsna pintura e na escultura de séculospassados. “O tema da ‘vanité’ é umtema recorrente no meu trabalho.Quando comecei a trabalhar preocu-pava-me mesmo muito com isso.

Agora tento tratar essa tal ‘vanité’com meios um pouco mais subtis”,continuou, explicando recorrer a téc-nicas que parecem sugerir o desenhoe a pintura.As imagens de Manuela Marquesjogam com os contrastes de formatos,cores e nitidez e convocam outrasartes como “literatura, poesia, ci-nema”, notando-se “influências forado campo fotográfico”, afirmou a ar-

tista, sublinhando a importância daescultura e da instalação nos traba-lhos mais recentes.Manuela Marques está atualmente afazer uma residência artística noMuseu de Lodève, no sul de França,num trabalho que será visível em2017, estando ainda a preparar, parao próximo ano, uma exposição na ci-dade de Reims e outra na região daBretanha.No ano passado, a fotógrafa apresen-tou na Fundação Gulbenkian de Parisa exposição “La taille de ce vent estun triangle dans l’eau”, tendo tam-bém exposto “Backstage” no CentreRégional de la Photographie Nord-Pas-de-Calais, em Douchy-les-Minese participado numa exposição cole-tiva no teatro “Le Granit”, em Belfort.Manuela Marques venceu o PrémioBES Photo em 2011, a principal dis-tinção portuguesa de fotografia, eexpõe regularmente em França e Por-tugal.A artista nasceu em Portugal, em1959, vive e trabalha na capitalfrancesa, e é representada pelas ga-lerias Caroline Pagès, em Lisboa,Anne Barrault, em Paris, e Vermelho,em São Paulo.

“Fruits, oiseaux, pierres et cage” na galeria Anne Barrault

Por Carina Branco, Lusa

Fado en France: le bilan de l’année et les mois à venir

Le fado en France va bien, mais de-meure fragile, telle est, résumée, laconclusion de la saison qui vient des’achever.Si les soirées organisées par les asso-ciations sont toujours nombreuses, etfont parfois appel à des artistes venantpour l’occasion du Portugal, à l’instarde la soirée annuelle organisée à Ne-mours depuis une dizaine d’années,les restaurants programmant réguliè-rement du fado sont de plus en plusrares. Après la fermeture de l’Arganier,seul l’Express, à Clichy, programme dufado hebdomadaire, le dimanche soir,avec un ‘elenco’ composé de JúliaSilva et Joaquim Campos, accompa-gnés aux guitares par Filipe de Sousaet Casimiro Silva, plus, une fois parmois, une ou un artiste invité(e). Dé-marrage de la saison le 6 septembre.Autres établissements assurant une ré-gularité, mais moins fréquente, laCasa Saudade de Versailles, l’une desbonnes surprises de l’année, qui faitrevivre l’«antique» Saudade, avec unegastronomie très inventive, un servicetrès soigné, et du fado tous les quinzejours le vendredi soir (ouverture dufado le 11 septembre avec Carlos Netoet Lúcia Araújo, accompagnés parJosé Rodrigues et Flaviano Ramos),tandis que le Saudade de Paris pour-suit son rythme mensuel avec unechanteuse invitée, accompagnée parManuel Corgas et Casimiro Silva lepremier mardi de chaque mois, et queles Jardins de Montesson suivent àpeu près un même rythme avec des‘elencos’ variés.D’autres restaurants, encore assez

nombreux, en région parisienne et par-fois en province, parmi lesquels des«français», programment occasionnel-lement des soirées fado, dont les«Galas de fado» proposés par le chan-teur de fado de Coimbra Alves de Oli-veira. Au total, il semble que la criseéconomique a mis en péril le duo res-tauration-fado, dont l’équilibre écono-mique est difficile.Nous avons constaté un certain déve-loppement de soirées de fado dans deslieux qui ne sont forcément des res-taurants mais des bars ou des sallesaccueillant des spectacles. Les guita-ristes Filipe de Sousa et Nuno Este-vens y sont particulièrement actifs,accompagnant, entre autres, MónicaCunha ou Eunice Ferreira. Moins oc-casionnel, puisque existant depuisquatre ans dans une formule café-concert, les Affiches, à Paris, ac-cueille, à peu près toutes les sixsemaines, des soirées de «fado vita-miné» avec un ‘elenco’ (presque) fixe,Conceição Guadalupe, Jenyfer Rainho,João Rufino, souvent rejoints par d’au-

tres vocalistes, accompagnés par uncombo «de luxe» avec Filipe de Sousaet Nuno Estevens aux guitares, NellaSelvagia aux percussions et PhilippeLeiba, et parfois d’autres en plus, letout présenté par l’auteur de ces lignesdans une ambiance festive devant unpublic en majorité non lusophone (re-prise le vendredi 16 octobre).Dans ce genre festif, autre bonne sur-prise, l’ami João Heitor accueille ledernier vendredi de chaque mois enson Lusofolie’s une soirée fado vadio-petiscos, avec les mêmes guitaristesqu’aux affiches, le même présentateur,et à chaque fois, une quinzaine dechanteuse et chanteurs, dont plusieursélèves de l’Académie du fado, troi-sième bonne surprise de l’année,puisque cette école de fado créée parValérie do Carmo, qui vient de fêterson premier anniversaire, connaît unjoli succès. Première soirée de la sai-son mercredi 30 septembre, et JoãoHeitor promet une soirée ‘quente’.Moins de restos, davantage de lieux al-ternatifs: tendance lourde ou phéno-

mène conjoncturel? L’avenir le dira.Dans les medias audiovisuels, le fadoest toujours défendu chaque semainesur Radio Alfa avec l’émission «Sófado», animée par Odete Fernandes etle guitariste et chanteur Manuel Mi-randa. Et dans la rubrique «divers», unspectacle qui allie arts équestres etfado est annoncé en février 2016 auCirque d’Amiens, avec, pour la partiefado, Conceição Guadalupe et Vitor doCarmo, les guitaristes Manuel Corgas,Manuel Miranda et Flaviano Ramos,et le contrebassiste Philippe Leiba.La France accueilli l’an passé le gratindu fado de Lisboa: Carlos do Carmo,Mariza, Ana Moura, Camané, Car-minho, Katia Guerreiro, Mísia (pourune soirée hors fado, il est vrai, maispassionnante), António Zambujo (leplus présent dans la saison), CristinaBranco, Jorge Fernando, Raquel Ta-vares, Rodrigo Costa Félix, les jeuneset talentueux Gisela João et Duarte,plus discrètement (lors d’une soiréeà l’Express), une légende du fado,Vicente da Câmara, deux jeunes etexcellentes chanteuses Helena Sar-mento et Ana Sofia Varela lors desoirées associatives. Bon, il n’y eutpas Ricardo Ribeiro, ni la trop rareAldina Duarte, quelques autresaussi, mais reconnaissons que nousavons été gâtés (surtout les pari-siens, hélas). Que nous réserve lasaison 2015/2016? António Zam-bujo est annoncé début novembre àParis, Katia Guerreiro en Ile de Franceà la fin du même mois. Ne doutonspas que ce calendrier va s’étoffer aufil des semaines et, bien entendu, Lu-soJornal ne manquera pas de vous eninformer.

Par Jean Luc Gonneau

le 09 septembre 2015

Carina Branco

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16 Cultura

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Novo disco: Mike da Gaita é “O rey da alegria”O novo disco de Mike da Gaita - “Orey da alegria” - já está disponível.A sonoridade única da concertina eos ritmos indissociáveis e obrigatóriosnas festas e romarias que um poucopor todo o país ocorrem ou pelas co-munidades portuguesas espalhadaspelos 4 cantos do mundo, fazem deMike da Gaita um dos intérpretesmais consensuais e populares destegénero musical e tal como o nomedeste novo álbum, Mike é efetiva-mente o “Rey da alegria”.Uma paixão que desde os tempos deinfância levaram de um simples brin-quedo ao instrumento musical doqual nos dias de hoje é um dos exí-mios tocadores. Com a finalidade dedivertir todos aqueles que o rodeiame “fazer a festa”, Mike da Gaita é umverdadeiro entertainer popular com

uma carreira de êxito assinalável.Com várias influências musicaisneste novo álbum, em que é também

autor da maior parte das composi-ções, com o seu “jeito” muito pes-soal, Mike interpreta 10 canções

num álbum que vai agradar aquelesque o vão acompanhando nos últi-mos anos.Em “O rey da alegria” tema que abreeste novo cd, podemos escutar aindacanções como “Larga a nota”,“Vamos pro chantière”, “Vamos ládançar” ou ainda “O rock da concer-tina”, sem deixarmos de referir a ine-vitável desgarrada neste cd,interpretada com a “cantadeira”Naty e a reedição de um dos maioressucessos deste cantor - “C’est sa ksébom” - com uma nova versão.Mike da Gaita, com a naturalidade deum “expert” e a vitalidade e alegriada juventude, tem reunidos os ingre-dientes essenciais para tornar qual-quer tema interpretado por ele numsucesso... ou não fosse Mike daGaita, o “Rey da alegria”.

Um exímio tocador de concertina

Novo álbum de Chris Ribeiro

Depois do álbum “Filho doMinho”, que o fez descobrir ao pú-blico e que encontrou um grandesucesso, com o tema “Bailinho daMadeira”, Chris Ribeiro volta comum novo disco, “Filhos da Nação”.Para esse trabalho foram convida-dos o artista Mike da Gaita e tam-bém o seu parceiro de sempre,Luzi Occi, com uma produção mu-sical que mistura o som típico daconcertina com uma onda mo-derna.Chris Ribeiro explica que a ideia éde continuar a partilhar com umanova geração as suas influênciastradicionais. Com a sua concertina,

o artista continua a sua aventura epromete mais surpresas breve-mente.A primeira é já a saída do próximovideoclipe “Heróis do Minho”, comMike da Gaita, realizado em Portu-gal este verão, que vai de certezaestar presente em muitas comuni-dades durante o ano...Chris Ribeiro mora nos arredoresde Strasbourg e é a partir desta ci-dade que, pouco a pouco, vai pe-netrando no universo da músicacom raiz tradicional, tornando-seum artista múltiplas vezes convi-dado para espetáculos e para pro-gramas de televisão.

Sónia Cortez apresenta “Nas asas de um sonho”A artista Sónia Cortez, radicada emFrança, acabou de lançar o seu pri-meiro single de apresentação - “Nasasas de um sonho” - e é já conside-rada “uma estrela em ascensão...”.“Nas asas de um sonho” é um temacom letra de Sónia Cortez, com mú-sica de Johnny, tal como o segundotema do single “Sou eu”, que tambémescreveu, musicado por Johnny.Filha de uma família humilde, SóniaCortez nasceu na cidade de Caldas daRainha, distrito de Leiria, no dia 24 defevereiro de 1981. Viveu até aos 16anos, numa pequena aldeia chamadaBairro da Senhora da Luz, que se situano concelho de Óbidos. Completou o

terceiro ciclo na Escola C+S Josefa deÓbidos, e o ensino Secundário na Es-cola Secundária Rafael Bordalo Pi-nheiro, em Caldas da Rainha.Aos 16 anos passou a viver na sua ci-dade natal.A música fez parte da sua vida desdeque nasceu, demonstrando desdecedo a sua paixão por esta arte. Surgi-ram desde cedo propostas, mas aspoucas condições financeiras da famí-lia não lhe permitiram ir mais além.Aos 15 anos ingressou num dos pro-jetos da Rádio Litoral Oeste (Óbidos)onde fez parte como corista e aos 17anos gravou a sua primeira música in-titulada de “Tu”, onde chegou a estar

em primeiro lugar no Top da RádioCaldas. Nesse mesmo ano esteve pre-sente em várias inaugurações e fez asua primeira aparição televisiva no pro-grama “Big Show Sic”, apresentadopor João Baião.Após alguns anos de ausência devidoa motivos pessoais, e agora radicadana região de Paris, Sónia Cortez estáde volta, com este novíssimo single in-titulado “Nas asas de um sonho”, quejá pode ser escutado em várias plata-formas digitais.O lançamento daquele que vai ser oseu primeiro álbum está programadopara o final do ano 2015 ou princípiosde 2016, tendo como estilo o Pop.

le 09 septembre 2015

“um imaginário eu-ropeu”, de MariaIsabel Barreno

Apesar deter sidopublicadohá quinzeanos, pelae d i t o r aCaminho,este en-saio deMaria Isa-bel Bar-r e n osobre a

identidade europeia e os imagináriosnacionais dos portugueses e dos fran-ceses, «Um imaginário europeu» (pu-blicado também em francês pelaL’Harmattan, em 2010, com o título“Un imaginaire européen”, traduçãode Madalena Guerra e Annick Mo-reau, e prefácio de Maria GracieteBesse), não deixa de ser uma reflexãosobre a atualidade.Partindo do princípio que a existênciade um país, ou de uma comunidade,exige a existência de um imagináriocoletivo, a autora responde, através dereflexões que podem ser polémicas,às seguintes perguntas: “Existe umimaginário europeu? Ou um imaginá-rio diferente em cada país? Somos ci-dadãos europeus? Qual o ‘nós’ quelegitima o enunciado deste cidadãoimaginário?”Uma das principais ideias que a au-tora combate neste livro é o fraco nívelde autoestima dos portugueses, com-parando-o com o dos franceses: “Osfranceses aprendem uma consciên-cia cívica que os portugueses maiori-tariamente ainda ignoram ouexprimem sob a embrionária e toscaforma de ‘nacional-porreirismo’”. Poroutro lado, a propósito dos emigrantesportugueses (principal motivo para aescrita deste livro), Maria Isabel Bar-reno constata “os seus esforços paté-ticos para juntar os pedaços queespalharam pela estrada no seu ir evir de desassossego”. Ao querer de-nunciar os preconceitos ou o compor-tamento de certos grupos, a autora,apesar de afirmar que “não há rigorde princípio”, corre por vezes o riscode generalizar e até de criar os seuspróprios preconceitos.Lembramos que Maria Isabel Barrenofoi Conselheira cultural da Embaixadade Portugal em França, de 1997 a2002, assumindo o trabalho de coor-denação do ensino do português. Pu-blicou 25 livros, entre os quais dezromances. Militante da causa femi-nina, em 1972 publicou, com MariaTeresa Horta e Maria Velho da Costa,as “Novas Cartas Portuguesas”, obraproibida pelo regime, e que veio a sero epicentro do “caso das três Marias”.

um livro por semana

DominiqueStoenesco

un livre par semaine

Novo videoclipe Calema ft Kataleya

Quem não conhece ainda os irmãosCalema, não vão tardar a descobriressa dupla originária de São Tomé ePríncipe. Os dois irmãos estão a fazerum trabalho de exceção e tornaram-seuns verdadeiros fenómenos da ilhaafricana. Este ano foram premiados de4 troféus em São Tomé e Príncipe,onde o tema “Bomu Kele” (VamosAcreditar) tornou-se um autênticohino. Depois de terem conquistado em2013 o Festival Lusartist que lhes per-mitiu de produzir o álbum, a carreirados jovens não para de crescer… Mu-daram-se de Paris para Lisboa, estãoa preparar o próximo trabalho com oLabel de sucessos Klasszik. Um pri-

meiro êxito já se confirmou com asaída durante o mês de agosto dotema «Tudo por Amor» que conta jácom mais de 450 mil visualizações naYoutube! Os irmãos convidaram a belaartista Kataleya, cantora de origembrasileira, conhecida e já com váriosêxitos.Jovens talentosos e promissores, estãoa preparar um show em Paris, no pró-ximo dia 1 de novembro, em Porte deVersailles, no palco do “Salon du Cho-colat”, e um Concerto no Estádio Na-cional de São Tomé para o fim do ano.A evolução dos Calema foi fulgurante,e promete ser para o ano, um trabalhode qualidade, repleto de surpresas...

Raynaud Photo

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18 Desporto

lusojornal.com

emsíntese

Paul Ricard: Penalização roubavitória a Filipe Albuquerque

Uma penalização de 45 segundos im-posta a Filipe Albuquerque, SimonDolan e Harry Tincknell roubam o pri-meiro lugar conquistado no domingopassado no circuito francês de PaulRicard, em mais uma jornada do Eu-ropean Le Mans Series.Penalização por alegadamente Albu-querque ter estado mais tempo doque o permitido ao volante do Gibsonda JOTA. Contas feitas, Albuquerquesai de Paul Ricard com o terceiro lugarna frente do Campeonato, mas so-mente com um ponto de vantagem. Avitória na corrida do Estoril avizinha-seagora obrigatória para chegar ao título.“Foi certamente uma distração daequipa, ainda por cima porque nãonos deu vantagem nenhuma. Eu tinhaos pneus velhos e se viesse para asboxes mais cedo, o meu companheirode equipa quando entrasse ia comborrachas novas e podia explorarmuito mais o carro. Enfim, um erroque nos sai demasiado caro mas quenão nos rouba a ambição de chegarao título”, disse frustrado Albuquer-que.

Portugueses falham ‘cut’ noCordon Golf Open

Os golfistas portugueses Ricardo Gou-veia, Tiago Cruz, Pedro Figueiredo eJoão Carlota foram afastados no fim desemana passado do Cordon GolfOpen, que decorreu em Pleneuf,França, depois de terem falhado o ‘cut’do torneio do European Tour.O português mais bem classificado notorneio foi Ricardo Gouveia, que subiu55 posições e terminou o segundo diada prova em 67º, a uma pancada do‘cut’ (fez um total de 143 pancadas,um ‘eagle’, dois ‘birdies’ e dois ‘bo-geys’).Em 95º, Pedro Figueiredo fez um totalde 145 pancadas (um duplo ‘bogey’,um ‘bogey’ e quatro ‘birdies’).Tiago Cruz, por seu turno, caiu 37 po-sições, terminando em 104º - 146pancadas, três ‘bogeys’, um duplo‘bogey’ e um ‘birdie’.Em pior posição ficou João Carlota,que caiu para 139º com 152 panca-das - três duplos ‘bogeys’, quatro ‘bo-geys’ e um ‘birdie’.

Le Sporting Club de Paris vous ouvre ses portes

La section futsal du Sporting Club deParis, filiale officielle du SportingClube de Portugal retrouvera les affresdu Championnat de France de la dis-cipline en recevant le club de HauteGaronne de Bruguières SC dans sonantre du 13ème arrondissement deParis, le gymnase Georges Carpentier,le samedi 12 septembre, à 16h00.

Ce site, habitué à voir les cadors natio-naux de la discipline, reçoit égalementles jeunes pousses de la discipline.Toutes les catégories (dès l’âge 5 ans)sont représentées au sein du clubfondé et présidé depuis 1983 par JoséLopes et sont encadrées par uneéquipe dirigeante de qualité et par lesjoueurs de l’équipe fanion notamment

les internationaux du club, Haroun,Teixeira, Chaulet et Hamdoud.Le Sporting Club de Paris ce n’estpas seulement le plus beau palmarèsdu futsal français, avec quatre titresde Champion de France, cinq CoupeNationale et une demi-finale del’UEFA Futsal Cup, c’est aussi la pos-sibilité pour chacun d’entre vous de

rejoindre cette formidable aventurenotamment avec la toute nouvellesection futsal loisir.Alors sans tarder rejoignez le SportingClub de Paris lors de la première jour-née du Championnat de France ou lorsdu forum des associations organisée auCentre commercial Italie 2, à Paris13ème, du 9 au 12 septembre.

Ecole de futsal

Santa Casa da Misericórdia de Paris promove uma Corrida Solidária

No próximo dia 4 de outubro, no“Domaine de la Cour Roland”, emJouy-en-Josas (78), a Santa Casa daMisericórdia de Paris (SCMP), emparceria com a empresa Oxibol, vaipromover uma Corrida Solidária. ACampeã olímpica Fernanda Ribeiro,que conquistou a medalha de ourona prova de 10.000 metros emAtlanta 1996 e a medalha debronze nos Jogos de Sydney 2000,será a madrinha desta Corrida.O regulamento pode ser consultado

através da página de internetwww.cpmdp.com. Aberta a todos osparticipantes, esta Corrida tem doispercursos (4 e 8 km). O primeiro éindicado para as pessoas que nas-ceram em 2001 ou antes. O se-gundo é proposto para os cidadãosnascidos em 1999 ou antes. Os 4km estão também abertos aos quepretendem apenas fazer uma mar-cha a pé. Para os que são menoresde idade, uma autorização parentalé exigida. A Corrida começará pelas10h00 e os participantes dispõemde um tempo máximo de 2 horas

para efetuar os percursos. Os parti-cipantes terão que escolher entreefetuar o percurso sozinhos ou emequipa. Se escolher a participaçãoem equipa, serão necessárias 5 pes-soas no máximo.Tal como ocorreu em 2014, es-pera-se que este evento seja umsucesso. Mais do que uma prova decompetição, pretende-se que sejaum momento de encontro e de fra-ternização com a Comunidade por-tuguesa residente em França. Paraabrilhantar a festa, haverá um mo-mento musical e a atuação de ran-

chos folclóricos, divulgando os as-petos culturais e tradicionais dePortugal. Não estarão esquecidosos “comes e bebes”, claro, pois afesta, e o esforço físico, assim oexigem.A SCMP, com 21 anos de História ede Obra feita em prol da Comuni-dade, sobretudo no apoio aos quese encontram em situação de fragi-lidade social, conta com a partici-pação de todos. Não falte.Inscreva-se e participe!

(*) Coordenador Geral da SCMP

Por Vítor Rosa (*)

Portugal com prestação complicada naVolta a França do futuro

A última etapa da Volta a França doFuturo, disputada entre Saint Michel-de-Maurienne e Les Bittières-les Sy-belles, foi complicada para RúbenGuerreiro, que não conseguiu seguraro lugar no top 10, caindo para o 16ºposto, por estar indisposto. O espa-nhol Marc Soler venceu a corrida e orusso Matvei Mamykin triunfou na úl-tima etapa.O problema de saúde atirou RúbenGuerreiro para o 31º lugar da etapa, a16’ 46’’ do russo Matvei Mamykin, fa-zendo-o descer para a 16ª posição dageral, a 19’ 19’’ do vencedor, o espa-nhol Marc Soler, ciclista dos quadrosda equipa Movistar.Na última etapa, o russo Matvei Ma-

mykin triunfou, relegando o austra-liano Jack Haig para o segundo lugar,com o mesmo tempo, e o camisolaamarela, Marc Soler, para o terceiroposto na etapa, a 12 segundos. Todosos Portugueses chegaram ao fim.Além do 31º lugar de Guerreiro, há aregistar o 38º de Luís Gomes, a 21’05’’, o 40º de Rui Carvalho, a 21’47’’, 61º de Nuno Bico, a 28’ 09’’, o76º de César Martingil e o 77º de JoãoRodrigues, ambos a 31’ 35’’.Na geral, Soler venceu com 1’ 09’’ devantagem sobre o australiano JackHaig e com 2’ 50’’ relativamente aorusso Matvei Mamykin, segundo e ter-ceiro, respetivamente. Rúben Guer-reiro foi 16º, a 19’ 19’’, Rui Carvalhofoi 26º, a 36’ 33’’, Nuno Bico foi 40º,a 56’ 10’’, João Rodrigues foi 41º, a

56’ 43’’, Luís Gomes foi 59º, a 1h15’44’’, e César Martingil foi 76º, a1h36’ 38’’.Apesar dos problemas que afetaram aequipa na última etapa, a Seleção Na-cional concluiu a competição comonona melhor entre as 21 equipas queiniciaram a prova.

Reação de Rúben Guerreironas redes sociais:“Vinha com o objetivo de fechartop10 nesta corrida com uma grandeequipa em meu redor com elementosque o também poderiam fazer. Come-cei um pouco doente mas de dia paradia fui sempre melhorando, chegandoà alta montanha estava com os me-lhores e pensava em algo mais do queo top10 [ndr: no dia antes da che-

gada]. Sentia-me bem e tinha tudopara fazer top10 na etapa até que a800 metros um ciclista cai para cimade mim e eu vou com a cabeça aochão, peguei noutra bike e acabei aetapa, mesmo assim passei para 10°na geral. Depois da queda fiquei comuma dorzita na cabeça mas ignorei,mas de facto é que durante a noitenão consegui dormir sempre com mádisposição. Mesmo assim [ndr: na úl-tima etapa] fui a luta pois foi por estacorrida que treinei todo o ano, acabeimas depois fui direto para o hospital.Quero agradecer primeiro aos meusgrandes colegas de equipa, nunca mefaltou nada, fico triste por não lhes daro top 10, ao staff que foi o melhorsem dúvida, à minha família, amigose a todos os que me apoiam”.

Ciclismo

Por Marco Martins, com a Lusa

le 09 septembre 2015

SCP

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20 Desporto

lusojornal.com

Pedro Mendes (Rennes): «O Parma desceu àquarta divisão e ficaram sete meses por pagar»

Tanto a primeira divisão, como a se-gunda divisão francesa, acolheram vá-rios Portugueses este ano. Comonomes sonantes tivemos Fábio Coen-trão emprestado ao Monaco, Marcos“Rony” Lopes que jogou no Lille o anopassado e que o Monaco comprou aoManchester City (Inglaterra), ou aindaPedro Mendes, jogador que passoupelo Real Madrid, quando José Mouri-nho era Treinador da equipa, e quechegou este ao Rennes. Pedro Mendesnasceu em Neuchâtel na Suíça, masfez a sua formação em Portugal, noSporting. O defesa-central de 25 anosconta com passagens pelo Real Madride pelo Parma na Itália, o seu últimoclube.Para o LusoJornal, Pedro Mendes abor-dou a sua vinda para o Rennes, a suacarreira e o seu futuro.

O que podemos dizer do início de tem-porada do Rennes?Nós trabalhamos sempre para alcançara vitória. Fazemos o nosso trabalho du-rante a semana para que as coisas cor-rem bem no fim de semana, paraalcançar os três pontos que é o maisimportante. No meu jogo de estreia naLiga francesa senti-me bem, senti-meem confiança e foi bastante satisfató-rio, mas não o suficiente porque sofre-mos dois golos nesse primeiro jogo epor um lado também é da minha res-ponsabilidade. Apesar de não ser dire-tamente a minha culpa, quando seperde, quem anda com a responsabili-dade é a defesa e eu estou claro in-cluído.

Pode nos explicar a sua escolha de as-sinar pelo Rennes?Na imprensa italiana falava-se do To-rino, do Frosinone, da possibilidade deeu ficar na Itália, mas a verdade é queproposta concreta, com valores e papelna mão, a primeira, e a mais concretaque tive, foi a do Rennes. Vi o projeto,vi que queriam depositar confiança emmim e como senti essa confiança, de-

cidi optar pelo Rennes. Analisei a pro-posta, fui ao Google ver algumas ima-gens mas não me podia basearsomente sobre a cidade e onde estábaseada. Eu jogo futebol, tinha que mebasear sobre as condições de trabalho,e foi também isso que influenciou aminha decisão. O projeto é bom, gosteidas condições que vi e a opção foientão o Rennes. Aliás também admitoque gosto da cidade que é bem sim-pática e engraçada.

Era um Campeonato que apreciava?O Campeonato francês está no top-6,top-5, e é um Campeonato que eu nãodesgosto. É um dos melhores Campeo-natos. Não fiquei desiludido por virpara o Campeonato francês e é semprebom conhecer novos Campeonatos,culturas novas e ideias de jogo novas.Isso só me enriquece como jogador eestou cá para aprender.

Como foi a sua integração?Leva o seu tempo. Ainda não estoucompletamente solto e à vontade, masisso virá com o tempo. Passei por sítiosmais complicados. Aqui em Rennes,com a ajuda dos meus colegas, vou-meadaptando melhor a cada jogo quepassa. Admito no entanto que tive boasajudas como o Gelson Fernandes, oMexer, o Pedro Henrique, aqueles quefalam português e os outros, os france-ses, também nunca me deixaram departe.

Quais são as características do Cam-peonato francês?O Campeonato francês é muito comcontacto físico, muito duelos, veloci-dade e posse de bola.

Quais são os seus objetivos pessoais eos objetivos do Rennes?Os meus objetivos são ajudar o Rennesa atingir as metas. Não temos aindanada definido quanto aos objetivos doclube. No entanto o primeiro objetivoserá garantir a manutenção e depoisveremos. Fala-se em Liga Europa masenquanto não tivermos a manutenção

adquirida, não se pode pensar emmais. Temos de ir passo a passo. Claroque para mim, espero jogar o máximode jogos possíveis. Se não jogar, voutreinar para pôr em dificuldade o Trei-nador na hora da escolha para os jogos.

Chegar à Seleção Nacional, também éum objetivo?Eu tenho de fazer bem o meu trabalhono meu clube e só depois poderei pen-sar em novos objetivos e novos proje-tos. Se não fizer bem o meu trabalho,não posso pensar na Seleção. Tenho dejogar e jogar a um bom nível para de-pois pensar na Seleção.

Está numa situação diferente, compa-rada à situação que tinha no Parma?Claro que me dá mais estabilidade etenho muito menos em que pensar.Estou tranquilo e também estive noParma mesmo na pior situação. NoRennes, tenho outra estabilidade quenão tive no Parma. Tenho toda a tran-quilidade para trabalhar sem pensar noamanhã. Quando estava no Parma eracomplicado, não sabia o que ia ser domeu futuro e não recebia o meu salá-rio, quando claro há contas para pagar.Tenho a minha família em Portugal,tenho despesas, o que é normal, e tudoestava a tornar-se complicado. No Ren-nes só penso no futebol.

Mas a situação no Parma, está resol-vida?O Parma desceu à quarta divisão e fi-caram sete meses por pagar. O pri-meiro mês pagaram mas não natotalidade, e os dois últimos foi a Ligaitaliana que pagou mas pagou à alturade 65% do ordenado, não conse-guindo cobrir 100% dos ordenadosdos jogadores. Para os outros setemeses, teremos de ir a tribunal, masnão sei quando. O advogado da asso-ciação de jogadores está a tratar disso.Acho que vai haver uma audiência emsetembro. Não vai ser uma etapa muitofácil porque não sei como vai ser todoo processo. Tenho o meu empresárioque está a seguir a situação. Eu agora

tenho é de olhar para a frente e pensarno futuro.

Para este Campeonato francês2015/2016, o PSG é o favorito?O Paris Saint Germain tem uma maiorcapacidade financeira para contratar osmelhores jogadores do mundo e comesse poderio só pode ser o principalcandidato ao título.

É sempre bom defrontar equipas comoo PSG?É como em todos os Campeonatos. EmItália jogava frente à Juventus, ao Inter,ao Fiorentina, ao Milan e ao Roma. EmFrança joga-se frente ao Saint Étienne,o Bordeaux, o Paris Saint Germain, oMonaco, o Lyon ou ainda o Marseille,é igual em todos os Campeonatos.Claro, é sempre bom defrontar gran-des clubes e grandes jogadores.

No Campeonato português parecehaver uma luta a três?Acho que é bom para o futebol portu-guês ter as três equipas de volta àconquista do título. Vai ser mais inte-ressante do que no ano passado, porcausa das trocas de Treinadores e domercado de transferências. Vai serbastante interessante.

No entanto parece haver um certoSportinguismo em si?Devo muito ao Sporting. Formei-mecomo jogador e como pessoa lá.Foram dez anos ligado ao clube. Infe-lizmente não contribui tanto peloclube mas estou feliz com os momen-tos que passei no clube, tanto na for-mação, na equipa B ou na equipaprincipal. Desejo a maior sorte aoSporting e aos meus colegas que láestão. Espero que o Sporting sejaCampeão.

O Rennes de Pedro Mendes joga nopróximo domingo frente ao Nantes.Na tabela classificativa liderada peloParis Saint Germain com 12 pontos,temos no segundo e terceiro lugar, oReims e o Rennes com 9 (!)

Futebol

Por Marco Martins

le 09 septembre 2015

staderennais.com

emsíntese

Seleção: A umponto do carimbopara França

Albânia 0-1 PortugalEstádio: Elbasan Arena, na AlbâniaAssistência: 12.500 espetadoresÁrbitro: Jonas Eriksson (Suécia)Albânia: Berisha, Djimsiti, Agolli, Ar-lind Ajeto, Lenjani, Cana, Kukeli,Xhaka, Abrashi (Basha, 54 min),Gashi (Roshi, 71 min) e Çikalleshi(Balaj, 86 min). Suplentes: Shehi,Hoxha, Lila, Rrahmani, Aliji, Memus-haj, Kaçe, Sadiku e Salihi. Seleciona-dor: Gianni De Biasi.Portugal: Rui Patrício, Vieirinha (Cé-dric, 54 min), Ricardo Carvalho,Pepe, Eliseu, Danilo, Miguel Veloso,Bernardo Silva (Ricardo Quaresma,65 min), Danny (Éder, 76 min), Nanie Cristiano Ronaldo. Suplentes: Beto,Anthony Lopes, José Fonte, Paulo Oli-veira, Raphael Guerreiro, AndréAndré, Adrien Silva, João Mário e Sil-vestre Varela. Selecionador: FernandoSantos.Marcador:Miguel Veloso (0-1), 90+2min

A Seleção portuguesa de futebol co-locou-se esta segunda-feira a umponto do Europeu de 2016, que serealiza em França, ao vencer na Al-bânia por 1-0, com um golo de Mi-guel Veloso, aos 90+2 minutos.Com o triunfo em Elbasan, a forma-ção comandada por Fernando Santosfica a apenas um empate de umasexta fase final consecutiva do Euro-peu, sendo que recebe a Dinamarca(8 de outubro, em Braga) e defrontaa Sérvia (dia 11, em Belgrado).Portugal soma 15 pontos, contra 12da Dinamarca, que tem mais um jogodisputado, e 11 da Albânia.“A vitória é sempre importante.Demos um passo importante, masnada está decidido. Matematica-mente, estamos a um ponto do apu-ramento. Temos dois jogos para umponto, que será suficiente, masvamos procurar vencê-los” disse oSelecionador de Portugal no fim dojogo.“Temos de encarar a Dinamarca (8de outubro) da mesma forma queeste. É uma final, de tudo ou nada.Jogo em que sabemos as vantagensque temos, mas não podemos ficar adormir à espera delas. Temos de as-sumir o jogo e tentar ganhar, daqui aum mês. Os jogadores estarão maisfrescos. Se mantivermos a dinâmica,esta equipa também não é fácil desuperar” completou Fernando San-tos.“O grupo está de parabéns, porquefizemos tudo até ao último segundo.Estamos todos muito contentes pelavitória” diz Miguel Veloso, autor dogolo de Portugal. “Pensava que a bolaia sobrar para mim, graças a Deus abola veio ter comigo e consegui aju-dar o grupo. Tentei fazer o meu me-lhor na oportunidade de voltar àSeleção”.

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Um golo de Valbuena, aos 85 minu-tos, garantiu novo triunfo da Françasobre Portugal, por 1-0, num particu-lar em que a Seleção lusa mostrou al-guma falta de intensidade e poucaintencionalidade no remate. No Está-dio José Alvalade, quando já se espe-rava que o encontro terminasse numnulo, o médio gaulês converteu umlivre direto à entrada da área e bateu oguarda-redes Rui Patrício, que estavaa se posicionar como um dos melhoresjogadores em campo. Até esse mo-mento, o guarda-redes do Sporting játinha impedido várias oportunidadesdos franceses, sobretudo aos 30 e 49minutos, quando Matuidi e Griez-mann, respetivamente, apareceramisolados à sua frente.Sem um triunfo nos últimos 40 anos

e agora com uma série de 10 derrotasconsecutivos, Portugal continua a terna França a sua “besta negra” equiparesponsável pelas únicas duas derrotasdo Selecionador Fernando Santos nocomando da formação da ‘quinas’.Apesar de ter tido mais bola, a Seleçãolusa apenas realizou o seu primeiro re-mate em toda a partida aos 41 minu-tos e na marcação de um livre direto,por Cristiano Ronaldo, que Lloris res-pondeu com defesa apertada. Antesdisso, Ricardo Carvalho já tinha sidorendido por José Fonte, devido a lesão,e Matuidi esteve perto de marcar paraos franceses, que, mesmo com menosposse de bola, se mostravam maisacutilantes no ataque.Na primeira parte, João Mário, Daniloe Adrien, o novo meio-campo de Por-tugal, até se mostraram em bom nível,mas tudo ficava mais difícil na alturade tentar ‘furar’ a defesa dos france-ses. Cristiano Ronaldo, que saiu aos67 minutos, até protagonizou algumasarrancadas pelos flancos, mas quase

sempre sem sucesso, enquanto Naniesteve desastrado e Eder mostrou-seuma ‘presa’ fácil para os centrais ri-vais. A segunda parte começou prati-camente com nova oportunidade paraa França, desta vez por Griezmann,mas Patrício foi determinante. Com a‘dança’ das substituições, Portugal foiperdendo o fio de jogo, enquanto aFrança, também sem grande veloci-dade, foi aparecendo com algum pe-rigo na área lusa, mas sempre com oguarda-redes português a mostrar se-gurança.Destaque para a entrada em campo deMiguel Veloso, que rendeu Adrien aos61 minutos, naquele que foi o re-gresso do médio do Dinamo Kiev à Se-leção portuguesa, após um ano deausência. Quando já se esperava queo empate a zero permanecesse, aFrança ganhou um livre à entrada daárea e Valbuena ‘gelou’ os 40 mil es-petadores que estiveram em Alvalade,com um remate que não deu possibi-lidade de defesa a Patrício.

Reações dos Treinadores ”Entrámos muito bem no jogo. Explo-rámos bem os flancos laterais, a entrarbem no interior e a projetar a bola nolado contrário. Em termos ofensivos fi-zemos boas ações, mas falta-nos gentena área” disse Fernando Santos, o Se-lecionador de Portugal. “No iníciofomos melhores, recuperámos bem abola. Depois dos 20 minutos, o jogoficou mais equilibrado. Na segundaparte, a equipa francesa entrou melhorno jogo, perdíamos a bola sistematica-mente quando a tínhamos. Consegui-mos depois alguns momentos rápidos.Quando o jogo estava mais equili-brado, e numa altura em que Portugalestava com mais iniciativa, a França,de bola parada, conseguiu fazer o golo.O resultado mais consentâneo seria,para mim, o empate. Não vamos falarindividualmente. A equipa, no con-junto, teve momentos muito bons. Épreciso retirar o que tivemos de bem eretificar os erros. Portugal está ao níveldos favoritos. Obviamente que temosde melhorar alguns aspetos. Mostrá-mos que podemos bater-nos com aFrança”. Já Didier Deschamps, o Se-lecionador de França disse que “tive-mos quatro oportunidades de golo. Oresultado é justo já que Portugal nãoteve. Na segunda parte tivemos umdomínio mais esclarecedor. PaulPogba, que começou o jogo numalinha mais baixa, subiu no terreno ecolou-se a Danilo o que estorvou asações de Portugal. Não tivemos gran-des oportunidades para vermos jogarem conjunto Benzema e Nabil Fekir,porque este saiu cedo do jogo. Alémdisso, os quatro jogadores do meio-campo também se conhecem bem. Anossa estratégia não é um 4-4-2 é um4-1-3-2. Estivemos bem a nível defen-sivo. Esta vitória é importante para oestado de espírito da equipa. No fute-bol, para atacarmos bem, temos, tam-bém, de defender bem. Foi importantenão termos sofrido golos. Não estavasatisfeito com a nossa capacidade de-fensiva”.

lusojornal.com

21Desporto

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emsíntese

Hóquei em Patins: Portugalvenceu a Françamas perdeu títuloeuropeu feminino

A Seleção portuguesa feminina de hó-quei em patins venceu a França por3-1, somando a sua terceira vitória noCampeonato da Europa. Os golos daSeleção portuguesa foram marcadospor Ana Ferreira, que ‘bisou’, e Caro-lina Gonçalves. Portugal tinha vencidoa Itália por 4-3 e a Alemanha por 2-1,nas duas primeiras rondas.No final da partida, o SelecionadorCarlos Pires elogiou o desempenho dasua equipa: “A França foi impedindoo golo de Portugal, mas fomos criandovárias oportunidades e só não surgi-ram mais golos devido à guarda-redesfrancesa e a alguma ineficácia danossa parte. Trabalhámos bem”.Com mais este triunfo, Portugal partiupara a última jornada da competiçãocom nove pontos e em condições deconquistar o título europeu, caso ven-cesse o jogo decisivo frente à Espanha.No entanto a Seleção feminina espa-nhola conquistou, pela quarta vez con-secutiva, o título de Campeã europeia,ao bater na partida decisiva Portugalpor 2-1, num jogo no qual até podiater empatado para alcançar o seu ob-jetivo. Marlene Sousa, aos 4 min,ainda adiantou a formação portu-guesa, mas a equipa espanhola con-seguiu dar a volta ao resultado comum golo em cada parte: Laura Puig-dueta (7 min) e Maria Diez (25 min).Classificação final: 1º Espanha com 12pontos, 2.º Portugal com 9, 3º Itáliacom 6, 4º Alemanha com 3 e 5ºFrança com 0 montos.

Remo: PedroFraga e Nuno Mendes foram 17º em França

A dupla olímpica constituída por PedroFraga e Nuno Mendes concluiu no sá-bado passado, os Mundiais de remono 17º lugar no double scull ligeiro,com o quinto lugar na final C em Ai-guebelette, França.Depois de falhar a primeira oportuni-dade de apuramento para os JogosOlímpicos Rio2016, reservada aos 11primeiros dos Mundiais, a dupla por-tuense cumpriu a regata em 6.27,38minutos.Fraga e Mendes foram 8° em Pe-quim2008 e 5° em Londres2012,sendo que em 2016 vão ter uma úl-tima hipótese, mais restrita, de qualifi-cação: há apenas duas vagas para odouble scull na Taça do Mundo quevai decorrer em Lucerna, Suíça.Sexta-feira, em skiff ligeiro, classe nãoolímpica, Nuno Coelho, ficou em 21ºlugar.

Portugal perdeu pela décima vez consecutivafrente à França

Futebol: jogo amigável no Estádio José Alvalade

Por Marco Martins, com Lusa

le 09 septembre 2015

Portugal 0-1 FrançaEstádio José Alvalade, LisboaAssistência: 39.853 espetadoresÁrbitro: Danny Makkelie (Holanda)Portugal: Rui Patrício, Vieirinha (Cé-dric, 61 min), Ricardo Carvalho (JoséFonte, 27 min), Pepe, Eliseu, Danilo(Bernardo Silva, 85 min), João Mário(Danny, 80 min), Adrien Silva (Mi-guel Veloso, 61 min), Nani, CristianoRonaldo (Ricardo Quaresma, 68 min)e Éder. Suplentes: Beto, AnthonyLopes, Bruno Alves, Raphael Guer-reiro, André André e Silvestre Varela.Selecionador: Fernando Santos.França: Hugo Lloris, Bacary Sagna,Laurent Varane, Raphael Koscielny,Patrice Evra, Yohan Cabaye (MorganScheiderlin, 46 min), Paul Pogba,Moussa Sissoko (Mathieu Valbuena,80 min), Blaise Matuidi, Nabil Fekir(Antoine Griezmann, 14 min, OlivierGiroud, 88 min) e Karim Benzema(Anthony Martial, 74 min). Su-plentes: Benoit Costil, Steve Man-danda, Mathieu Debuchy, KurtZuma, Geoffrey Kondogbia, EliaquimMangala e Benoit Trémoulinas. Sele-cionador: Didier Deschamps.

Lusa / José Sena Goulão

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22 Desporto

O jogo do “perde-ganha”

No Evangelho do próximo domingo,dia 13, encontramos um duro diá-logo entre Pedro e Jesus. O velhopescador pede ao jovem messiasque não assuste (e afaste) as pes-soas com conversas de cruzes,morte e sacrifícios… Porém, Jesuscoloca-o no seu lugar (o lugar do dis-cípulo) e distancia-se de todos os“gurus” e falsos profetas a quemapenas interessa agradar às multi-dões e ter muitos adeptos. A Ele in-teressa uma coisa: revelar a Verdade.«Se alguém quiser seguir-Me, renun-cie a si mesmo, tome a sua cruz esiga-Me. Na verdade, quem quisersalvar a sua vida perdê-la-á; masquem perder a vida, por causa deMim e do Evangelho, salvá-la-á».Realmente, é bem estranha esta ló-gica de opostos que nos recorda ojogo do “perde-ganha”, comoquando jogamos às damas e vencequem dá a comer todas as peças. Areação de Pedro não nos pode sur-preender: é difícil acreditar que estassejam as regras do jogo. No entanto,foi o próprio “árbitro” a informar-nos!A lógica dos homens aposta nopoder, no domínio, no triunfo; ga-rante-nos que a vida só tem sentidose estivermos do lado dos vencedo-res, se tivermos muito dinheiro, seformos reconhecidos e incensadospelas multidões. A lógica de Jesusaposta na entrega da vida a Deus eaos irmãos; garante-nos que a vidasó faz sentido se assumirmos os va-lores do Reino e vivermos no amor,na partilha, na solidariedade.Para que não houvesse dúvidas, oárbitro tornou-se jogador e a Palavrafez-se carne, fez-se vida: para quepudéssemos, não só escutar, masver e acreditar. Acreditar que a ver-dadeira vitória é renúncia amorosa, averdadeira glória é humildade dignae o verdadeiro Deus é Pai de miseri-córdia, Jesus crucificado e Espíritoque se doa.

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Église Ste Geneviève193 route de Corbeil91700 Sainte Geneviève-des-BoisMissa em português: 1° e 3° Domingo do mês às 9h00

boanotícia

le 09 septembre 2015

lusojornal.com

Les Lusitanos ramènent le nul de Tourcoing

En arrachant le match nul (1-1) ducôté de Tourcoing, les Lusitanosconfirment les promesses des deuxpremières journées et continuent entête du Groupe G de CFA 2 avec leLOSC et Grande-Synthe.Pour cette 3ème journée du Groupe Gde CFA 2, les Lusitanos avaient ren-dez-vous dans le Nord, au Stade Vande Veegaete, pour y affronter l’équipede Tourcoing. Une formation nordisteredoutable en quête d’une premièrevictoire à domicile après y avoirconcédé un nul face à l’AS Aulnoye (3-3) avant de s’imposer à Ailly-Samara(0-2).Un bon test pour des Lusitanos ampu-tés de plusieurs éléments en attaquecomme Sitou Ayi, blessé, et Jony

Ramos, parti à São Tomé e Príncipejouer son premier match internationalen Sélection face au Maroc (défaite 3-0). Pour pallier ses absences, CarlosSecretário n’hésite pas à offrir à RuiFerreira sa première titularisation surle front de l’attaque, ainsi que DiogoTorres. En face, Reynald Debaets s’ap-puie sur l’expérience d’anciens joueursde CFA comme Jérôme Kisonga, LilianLorthiois, Arnaud Desprès ou encoreFerdinand Ramanamahefa pourcontrecarrer les plans des Lusitanos.Dès les premières minutes, c’estl’USTF qui prend le jeu à son comptedevant son public. Revelino Anastasedevant se mettre de suite en actionface aux attaquants tourquennois.Mais la sanction ne tarde pas. Sur unebelle action nordiste, Lilian Lorthioisse présente seul dans la surface saint-

maurienne et ajuste Anastase d’unebelle frappe croisée (1-0, 13 min).Derrières, les Lusitanos tenteront biende réagir mais quand le portier AlexisDerville ne repousse pas une frappe dePedro Nova, c’est Rui Ferreira ou sescoéquipiers qui manquent de justessedans le dernier geste. A la pause, leLusitanos de Saint Maur étaient, pourla première fois de la saison, avec lescore en sa défaveur.Mais dès le retour des vestiaires, lesLusitanos affichent un visage plusconquérant. Tourcoing délaissant clai-rement le ballon aux visiteurs pour neprocéder qu’en contre. D’ailleurs surdeux d’entre eux, cela aurait bien pufaire basculer la partie dans le campdes Nordistes sans deux sorties excep-tionnelles de Revelino Anastase qui semontre une nouvelle fois à la hauteur

des évènements.Et à l’heure de jeu, les efforts des Lu-sitanos se voient enfin récompensés.Bien servi dans la surface, Joël Saki nelaisse pas passer l’occasion de rame-ner les siens au score, en inscrivant,du gauche, son premier but de la sai-son (1-1, 60 min). Dans un matchrythmé et engagé, les Lusitanos re-viennent au final avec un bon matchnul et un résultat qui lui permet deconserver la tête de son groupe de CFA2 avec 10 points, tout comme la ré-serve du LOSC et Grande-Synthe quirecolle au classement.La semaine prochaine, place à laCoupe de France, L’US Lusitanos serendra à Lognes (77), pour son entréedans une compétition qui ne man-quera de rappeler quelques bons sou-venirs aux supporters des Lusitanos.

CFA 2

Par Eric Mendes

Equipas portuguesas da região de Lyon iniciaram o Campeonato

No domingo passado, dia 6 de se-tembro, teve início o Campeonatodistrital do Rhône onde cinco equi-pas “portuguesas” participam emdiferentes divisões.A Associação de Vaulx-en-Velin ali-nha duas equipas, Vaulx 1 na pri-meira divisão PE, e Vaulx 2 naterceira divisão PD. A Associação deSt Fons também alinha duas equi-pas, uma na primeira divisão PE e aoutra na segunda divisão. St Priest

participa com uma equipa de senio-res na primeira divisão PD.Estas associações têm como princi-pal atividade o desporto, onde o fu-tebol anima a massa associativa, eonde os jovens portugueses, cabo-verdianos e de outras nacionalidadesconvivem em harmonia e amizade.“Nós temos cerca de quarenta licen-ciados, a nossa equipa número umacolhe os nossos melhores elemen-tos, e estamos já há muitos anospresentes neste Campeonato, na pri-meira divisão” explica João Pereira,

dirigente da ASP de Vaulx-en-Velin.A equipa começou a temporada comuma vitória (2-1) face à equipa fran-cesa Maia Sonnier.Também na primeira jornada doCampeonato, a equipa B da ASP deVaulx-en-Velin foi derrotada (0-3) noencontro com os Portugueses de St.Fons que estão na mesma divisão eno mesmo grupo.Os Portugueses de St Priest recebe-ram em casa o USEL. O resultadofinal (4-7), não foi favorável à equipada casa que começa assim o Cam-

peonato com uma derrota. “Hojenão pude estar presente neste en-contro, mas tenho por princípioacompanhar sempre que posso anossa equipa, assim como o seu res-ponsável Paulo Rocha” disse ao Lu-soJornal Jaime Barros, o Presidenteda coletividade cuja principal ativi-dade é o futebol.Este Campeonato 2015-16 prometegrandes encontros de futebol, ondeas equipas das associações portu-guesas da região de Lyon serão cer-tamente atores.

Por Jorge Campos

Les Lusitanos de St Maur en rouge reçus par l’USTF TourcoingLusitanos de Saint Maur / EM

ASP de Vaulx-en-Velin BLusoJornal / Jorge Campos

Portugueses de St Fons BLusoJornal / Jorge Campos

Page 23: 05 Foram eleitos os Conselheiros das Comunidades - LusoJornal - Informação de … · 2017-07-02 · tocador de concertina, acaba de lançar um novo disco intitulado “O rey da

Jusqu’au 28 septembre Exposition Jeunes Artistes/Autistes, en colla-boration avec l’Association Portugaise de Ges-tion pour l’Autisme (APG). Galerie deThorigny, 1 place de Thorigny, à Paris 3.Infos: 01.42.76.95.61.

Jusqu’au 10 octobre Exposition “Fruits, oiseaux, pierres etcage” avec des photos de ManuelaMarques, galerie Anne Barrault, 51 ruedes Archives, à Paris 3.

Jusqu’au 20 octobre Exposition de peinture de Cristina Borgeset Claude Mouton, au Casino de Royat,allée du Pariou, à Royat (63).

Le jeudi 10 septembre, 15h00 Conférence “Diálogos sobre Cultura, Cida-dania e Género” présidée par le Secrétaired’Etat aux Communautés Portugaises,José Cesário et par Isabelle Oliveira del’Université Sorbonne Nouvelle. Interven-tion de José Arantes, Directeur de RTPÁfrica sur “O papel dos mídias portu-gueses na emergência de uma diáspora lu-sófona”, de Manuela Aguiar, Présidente del’Assemblée Générale de l’associationMulher Migrante sur “Homenagem à DrªMaria Barroso. A génese das políticas degénero para a emigração. Encontros paraa Cidadania – 2005- 2009” et de RitaGomes, Présidente de l’association MulherMigrante, organisatrice. Université Sor-bonne Nouvelle, Sala Bourjac, 17 rue dela Sorbonne, à Paris 5.

Le samedi 19 septembre, 17h00 «Un verre avec…» Joaquim Silva Sousa,Président de la Santa Casa da Misericórdiade Paris, sur «A solidariedade social temexpressão no séc.XXI?», organisé par l’as-sociation AGRAFr. Nata Lisboa, 23 rue deRochechouart, à Paris 9.

Le samedi 26 septembre, 17h00 «Un verre avec…» Maria de FátimaMendes, Consule Général du Portugal àLyon, sur «Diplomacia - escolha pessoal?Um olhar sobre a vertente consular», or-ganisé par l’association AGRAFr. Recto-Verso, 133 rue Bugeaud, à Lyon 6.

Le samedi 3 octobre Workshop d’intégration culturelle profes-

sionnelle sur «Como melhorar a minha in-tegração profissional em França» au Cen-tre Culturel Calouste Gulbenkian, 39boulevard de La Tour Maubourg, à Paris7. Places limitées. Inscriptions sur: www.agrafr.fr

Le jeudi 1er octobre, 18h00 Projection du documentaire sur le photo-graphe brésilien Sebastião Salgado, avec«Le sel de la Terre» de Wim Wenders, dansle cadre du festival Vida Festiv’#5 Natu-raleza y Sociedad. A la Médiathèque Cen-trale Federico Fellini, à Montpellier (34).

Le dimanche 18 octobre, 16h00 Projection du film brésilien «Une SecondeMère» de la réalisatrice brésilienne AnnaMuylaert, organisée par l’association ACPde Les Ulis et Orsay en partenariat avec laVille des Ulis. Cinema Jacques Prevert,aux Ulis (91).

Du 23 au 26 septembre, à 20h00 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoriste JoséCruz (version française) au Café-théâtreDéfonce de Rire, à Clermont-Ferrand (63).

Le dimanche 27 septembre, à 15h00 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoriste JoséCruz (version portugaise) au Café-théâtreDéfonce de Rire, à Clermont-Ferrand (63).

Les samedis 10 et 17 octobre, 20h30 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoriste JoséCruz (version française), Salle des Fêtesde Sevran (93).

Le mardi 20 octobre, 20h30 «Olá!» ‘one man show’ de l’humoriste JoséCruz (version française), au théâtre TNT, àNantes (44).

Du 18 septembre au 31 décembre «Bonjour l’ivresse», une comédie deFranck Le Hen, avec, entre autres, KévinMiranda, au Théâtre du Marais, 37 rueVolta, à Paris 3. Infos: 01.71.73.97.83.

Le samedi 24 octobre, 19h30 Soirée-dîner Fado, avec Jenyfer Rainho,accompagnée par Diogo Arsénio (guitarra),Nuno Estevens (viola) et animation musi-cale d’Alexandre Silva, organisée par l’as-sociation Portugal Nord au Sud. Salle de

fêtes le Palladium, 37 rue de Piscop, àSaint Brice-sous-Forêt (95).

Le jeudi 10 septembre, 21h00 Concert “A Portugalidade” par le MaestroVitorino d’Almeida, avec le Maestro MiguelLeite, organisé par l’Association MulherMigrante. Conservatoire Jean-BaptisteLully, Mairie de Puteaux, 5 bis rue Francisde Pressensé, à Puteaux (95).

Le vendredi 11 septembre Concert de Marienne de Castro, la Diva dela Samba, dans le cadre du Festival Cul-turel Brésilien «Lavage de la Madeleine».Au Belushi’s, 5 rue de Dunkerque, à Paris10. Infos: 06.65.33.59.41.

Le samedi 12 septembre, 19h00 36ème élection de Miss Portugal enFrance, avec Iran Costa, Sónia Cortez etToni & Sónia, organisé par le groupeBombo-Folies. Salle Gravette, à Saint Lys(31). Infos: 06.72.90.18.38.

Le dimanche 13 septembre, 14h00 Spectacle de Roberto Leal, Nemanus, Ir-mãos Verdade, José Malhoa et Nelo Fer-reira. Les Halles du Portugal, 2 rue desAnciennes Cristalleries, à Choisy-le-Roi(94).

Le samedi 19 septembre Repas dansant pour les 40 ans de l’Asso-ciation des Portugais de Vernon. Bal avecCarlos Pires et son orchestre. Espace Phi-lippe Auguste, Salle Vikings, à Vernon(27). Stages de Zumba, Salsa, Folklore,pendant tout l’après-midi. Infos: 06.09.63.73.23.

Le dimanche 20 septembre Fête de la Rentrée, avec repas suivi d’unaprès-midi dansant avec l’orchestre Copa-kabana, organisée par l’association ACPde Les Ulis et Orsay. Salle des fêtes, Cour-taboeuf 1 - Z.A. des Ulis, Les Ulis (91).

Le samedi 10 octobre, 20h30 Fête portugaise avec Elena Correia,Leandro et Johnny, ainsi que leurs musi-ciens respectifs. Animation avec Dj Ani-bal. Salle Jean Vilar, 9 boulevardHéloïse, à Argenteuil (95). Infos: 06.63.78.17.13.

Le samedi 24 octobre Spectacle de Mike da Gaita + Cantaresao desafio, dans le cadre de la VIII FeiraPortuguesa organisée par l’UCP de CergyPontoise, avec la participation desgroupes Aldeias do Minho de Draveil, OsLusitanos de Saint Cyr l’Ecole, ARCOPde Nanterre, Casa dos Arcos de Paris,Flor do Minho de Villiers-le-Bel, EstrelasDouradas de Versailles, Flores de Portu-gal de Puteaux et Estrelas de Portugal deCergy-Pontoise. Hall St. Martin, chaus-sée Jules César, à Pontoise (95). Infos: 06.33.08.65.82. Entrée gratuite.

Les 19 et 26 septembre, de 10h00 à 18h00 Journée Portes Ouvertes de l’Institut delangue et de culture portugaise (ILCP) deLyon, 7 rue Curie, à Lyon 6. Metro: Char-pennes e Brotteaux.

Le dimanche 4 octobre Course à Pied organisée par Santa Casada Misericórdia de Paris, parrainée parFernanda Ribeiro, au Domaine de la CourRoland, à Jouy-en-Josas (78).

Les 9, 10 et 11 octobre Rencontre Multi Thèmes organisée parl’ACDP et la Ville de Houilles, avec bro-derie, décoration, gastronomie, littéra-ture, mode, modélisme, musique,peinture et sculpture. Foire de produitsrégionaux de Celorico. Salle Le Triplex,40 rue Faidherbe, à Houilles (78).

Le samedi 10 octobre Soirée de Gala de la Communauté por-tugaise, organisée par Cap Magellan pourla Mairie de Paris. Hôtel de Ville deParis.

23Tempo livrele 09 septembre 2015

SORTEZ DE CHEZ VOuS emsíntese

Lyon: JornadasPortas Abertas no ILCP

O Instituto de língua e de cultura portu-guesa (ILCP) de Lyon organiza nos dias19 e 26 de setembro, entre as 10h00às 18h00, as suas Jornadas PortasAbertas. Aliás, as aulas para as criançasque frequentam o curso de portuguêsno ILCP começam no sábado 26 de se-tembro, às 8h45.As perguntas que o ILCP se coloca paraestas Jornadas Portas Abertas, são“Aprender Português! Porquê?” ou“Como é que o seu filho pode, desdepequenino, aprender com sucesso aLíngua Portuguesa?”A novidade do ILCP para o presente anoletivo é a criação de ateliers “à Desco-berta da Língua Portuguesa” para crian-ças dos 4 aos 11 anos.Mas no ILCP preparam-se também osexames de português do Bac e obtem-se informações sobre as equivalênciasde estudos em Portugal ou num país lu-sófono?No fundo, o ILCP quer responder à per-gunta “Quais sãos as vantagens, tantoa nível pessoal como a nível profissional,que a Língua Portuguesa lhe pode ofe-recer?”Institut de Langue et Culture Portugaise7 rue Curie69006 LyonMetro Charpennes e Brotteaux

Strasbourg, reiníciodos programas da“Voz de Portugal”

As emissões de rádio da “Voz de Portu-gal”, animadas pela Associação CulturalPortuguesa de Strasbourg estão de re-gresso no domingo dia 13 de setembro,nas ondas da rádio RBS 91.9 FM ou viao site www.radiorbs.comAcompanhe, todos os domingos das11h00 às 13h00 a sua emissão em lín-gua portuguesa na região da Alsácia.

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