Sporting Club de Paris - LusoJornal“Não basta afirmarmos a grandiosi-dade do povo que deu novos...

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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa 07 A primeira edição do Salão Internacional do Vinho Português vai ter lugar no Parc Floral de Paris, nos dias 4, 5 e 6 de junho. Edition nº 267 | Série II, du 01 juin 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais Política. O Deputado Paulo Pisco vai apre- sentar, na próxima semana, uma Moção sobre Comunidades portuguesas no Congresso do Partido Socialista. 02 Champigny. Vai ser inaugurado no próximo dia 11 de junho, em Champigny, um monumento de homenagem ao ex- Maire Louis Talamoni. 05 Exposição. Susana Alexandre expôs no Salão da Fotografia Contemporânea de Paris e apresentou a nova série “119” sobre violência sexual. 11 Miss. Leonor Manuel Vaz foi eleita na se- mana passada, Miss Guiné-Bissau em França 2016, num concurso organizado em Aubervilliers. 17 Clube franco-português já ganhou 11 títulos nacionais SCP 21 Sporting Club de Paris Campeão francês de Futsal PUB PUB

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G R A T U I T

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

07A primeira edição do Salão Internacionaldo Vinho Português vai ter lugar no ParcFloral de Paris, nos dias 4, 5 e 6 de junho.

Edition nº 267 | Série II, du 01 juin 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais

Política. O Deputado Paulo Pisco vai apre-sentar, na próxima semana, uma Moção sobreComunidades portuguesas no Congresso doPartido Socialista.

02 Champigny. Vai ser inaugurado nopróximo dia 11 de junho, em Champigny,um monumento de homenagem ao ex-Maire Louis Talamoni.

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Exposição. Susana Alexandre expôsno Salão da Fotografia Contemporânea deParis e apresentou a nova série “119”sobre violência sexual.

11 Miss. Leonor Manuel Vaz foi eleita na se-mana passada, Miss Guiné-Bissau emFrança 2016, num concurso organizadoem Aubervilliers.

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Clube franco-português já ganhou 11 títulos nacionaisSCP

21Sporting Club de ParisCampeão francês de Futsal

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02 Política

Pergunta do leitor

Pergunta:

Senhor Diretor,[...] Parabéns por divulgar as ativida-des que nós organizamos fora deParis, porque durante muitos anos pa-recia que só existia Paris e o resto erapaisagem. [...] Como podemos ser co-laboradores do LusoJornal?Carla Ribeiro (mail)

Resposta:Cara leitora,Obrigado pelas palavras simpáticasque diz a nosso respeito.Sabe, há efetivamente em Paris umgrupo de Portugueses, que se co-nhece, que nós conhecemos, e quejulga que tudo deve circular à voltadeles. É gente de bem, é gente querespeitamos, alguns dão bem entreeles, outros dão-se mal, mas, se con-tarmos bem, não passarão de 200 ou300 pessoas (estarei a exagerar?).É gente que gosta de se ver nas foto-grafias, é gente que vemos regular-mente nas publicações (no LusoJor-nal e nos nossos colegas).Mas o LusoJornal sempre se posicio-nou acima disso, sempre pretendeucomunicar para os 99% de Portugue-ses residentes em França que nãoestão neste “grupinho”. Será esta arazão do nosso “sucesso”? Acreditoque sim. Ter mais de 40.000 leitorespor semana só se justifica por issomesmo.Qual seria o interesse de só falar destegrupinho? Só se fosse por interessecomercial (pode ser um argumentorespeitável). Mas até por interesse co-mercial, se eu tivesse uma empresa,gostaria mais de comunicar para osoutros do que comunicar para mimpróprio...Por isso, pode enviar-nos informaçõessobre os seus eventos, nós tentaremoscontinuar a falar de todos: de Paris, daregião parisiense e da província (semqualquer carga pejorativa para estetermo). Continuaremos à procura dePortugueses que nem estão relacio-nados com a “Comunidade”. Tenta-remos mostrar que esta presençaportuguesa em França é riquissima,heterogénea e dinâmica. E é issomesmo que faz com que os Portu-gueses de França sejam muito respei-tados.É isto que faz com que este “seu” Lu-soJornal seja um jornal muito apre-ciado, respeitado e sobretudo muitolido.

Carlos Pereira Diretor do LusoJornal

le 01 juin 2016

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret: 52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, AntónioMarrucho, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz(Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos, José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel doNascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Patricia Valette Bas, Ricardo Vieira, RuiRibeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos: António Borga, LuísGonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de la porte de Vanves, 75014Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: juin 2016 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

Paulo Pisco apresenta Moção que defende ensinoda história da emigração nas escolas e MuseuO ensino da história da emigração nasescolas e a criação de um Museu Na-cional da Emigração são duas das pro-postas de uma moção setorial queserá apresentada pelo DeputadoPaulo Pisco durante o congresso doPartido Socialista, que decorre emLisboa na próxima semana.Na moção “Fazer a diferença nas Co-munidades” sublinha-se que “a his-tória da emigração portuguesa precisade ser conhecida nas suas várias di-mensões a nível do ensino secundário,um trabalho que já devia estar feito hámuito tempo”.O ensino da história da emigração nasescolas, segundo o documento, “éuma forma de dignificar a valorizar aemigração portuguesa que ainda évista com estigma e preconceito pelasociedade e pelas instituições, e fo-mentar os estudos destas temáticasao nível do ensino superior deve serassumido como um dos objetivos dequalquer governação”.“Não basta afirmarmos a grandiosi-dade do povo que deu novos mundosao mundo e estarmos sempre a exaltaro nosso universalismo. Temos tam-bém de olhar de frente para a nossaemigração, para aquilo que ela repre-senta, para as feridas que se abrirampossam sarar, sobretudo com o dramada emigração para França nos anos60 e 70, com a miséria nos bidonvil-les na periferia de Paris. É preciso co-nhecer a forma como a ditadura geriua emigração e condicionou milharesde vidas. Como após o 25 de abril ossucessivos governos e os poderes pú-blicos encararam as políticas para asComunidades. Estas realidades, pormais duras que sejam, precisam ser

assumidas como parte integrante doque somos. De nada vale tentar es-conder uma realidade que está sem-pre presente de forma profundamenteemotiva. Todos os portugueses mere-cem o reconhecimento e valorização.Não pode ser a nação a fomentar aexistência de portugueses de pri-meira e de segunda. Para isso já bas-tou o mal que a todos fez a ditadurade Salazar e Caetano e a formacomo amesquinhou todo um povo”

lê-se no documento a que o Luso-Jornal teve acesso.“Por outro lado, com o mesmo sen-tido pedagógico, o Estado devia co-meçar a pensar em criar um grandeMuseu Nacional da Emigração, comeste ou outro nome. A nossa identi-dade coletiva está marcada pelas mi-grações que ao longo dos séculosdeixaram um legado histórico e hu-mano de uma riqueza imensa, quenunca deveríamos descurar”, refere-se na Moção. “É paradoxal que a emi-gração portuguesa esteja retratada emgrandes museus na França, Alemanhaou Suíça e em Portugal não haja maisdo que algum museu municipal, comas limitações que isso representa e,por maior que seja a boa vontade e aimportância dos seus espólios, nãochega para honrar e dignificar a mag-nífica, para o bem e para o mal, di-mensão das migrações portuguesas”.Segundo o documento, independen-temente de o Partido Socialistaestar no poder ou na oposição, devesempre “defender políticas públicassólidas para as Comunidades emtodas as suas dimensões, do ensinoaos Consulados, da participação cí-vica ao associativismo, do domíniosocial à cultura”.“Devemos, acima de tudo, ter umaestratégia coerente e consistente paravalorizar, reconhecer e dignificar asnossas comunidades. E assim tam-bém fazer a diferença”, indica o textocujo primeiro proponente é o Depu-tado eleito pelo círculo eleitoral da Eu-ropa, Paulo Pisco.

No documento refere-se que o PartidoSocialista nasceu também fora dopaís durante a ditadura, em 19 deabril de 1973, na Alemanha, em BadMunstereifel, e entre os seus funda-dores havia exilados e emigrantes.“Na emigração misturam-se as misé-rias e as grandezas de um país quenem sempre deu futuro aos seus ci-dadãos, mas que sempre tiveram umaextraordinária vontade de vencer, queconseguiram superar todos os obstá-culos que se lhes apresentaram nocaminho. Mistura-se o drama daemigração a ‘salto’ para os bidonvil-les e o estigma e o medo instiladopela PIDE aos que tinha de emigrarcom a extraordinária capacidade deadaptação nos quatro cantos domundo, onde fomos moldando cultu-ras e costumes e assim deixámos anossa marca na História e nas histó-rias das nações” lê-se na Moção. “Épreciso compreender estas dimensõesda nossa existência coletiva presentena relação com as Comunidades e co-locá-las como pano de fundo das nos-sas ações político-partidárias”.O PS, segundo a moção, precisa dereforçar a sua relação com as sec-ções no estrangeiro e tem de ser“ambicioso na sua relação com asComunidades”.“Só assim será possível ao partidocrescer nas comunidades, atrair novosmilitantes e estar motivado para ga-nhar as batalhas eleitorais do futuro,particularmente nas eleições para aAssembleia da República e para oParlamento Europeu”, indica-se.Segundo o documento, é necessáriocriar um site e uma newsletter exclu-sivamente dirigida aos militantes dasComunidades como forma de os man-ter informados e assim potenciar a di-namização de iniciativas e aumentara sua motivação e interesse. Por outrolado, as secções devem partilhar todoo tipo de informação, indica-se aindana moção.Para além de Paulo Pisco, a Moçãofoi apresentada por uma vasta listade militantes socialistas, entre osquais se destaca a antiga Ministrada Cultura Gabriela Canavilhas, oDeputado e ex-coordenador da Cam-panha de António Costa às eleiçõeslegislativas Ascenso Simões, AurélioAlmeida Pinto, Maria Luísa Pinto,Maria Fernanda Pinto, FernandoSilva, todos militantes da acção so-cialista de Paris.A limitação proporcional dos salá-rios dentro de cada empresa pú-blica ou privada e a legalização daeutanásia, da prostituição e dasdrogas leves são algumas propostasdas dez moções setoriais que serãodiscutidas no 21º Congresso do PSque decorre nos dias 03, 04 e 05de junho, em Lisboa.

Congresso do Partido Socialista

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Deputado Paulo PiscoDR

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03Comunidade

Lesados do BES querem manifestar no dia10 de junho em ParisA Associação Movimento dos Emi-grantes Lesados Portugueses(AMELP) vai reunir-se com Diogo La-cerda Machado no próximo dia 6 dejunho e promete intensificar os pro-testos caso não se encontre uma so-lução nesse dia, disse o Presidente daAssociação. “Há força de vontade daparte do Governo, mas não há doNovo Banco”, disse à Lusa o Presi-dente da AMELP, Luís Marques.A AMELP reuniu-se na sexta-feira dasemana passada com o advogadoDiogo Lacerda Machado que o Go-verno nomeou como mediador paratentar negociar uma solução com oNovo Banco para os cerca de 2.000emigrantes lesados pelo Banco Espí-rito Santo (BES). No entanto, se-gundo Luís Marques, esta reuniãofoi inconclusiva, uma vez que os le-sados entregaram novos documen-

tos a Diogo Lacerda Machado, mas“o Novo banco não apresentou nadaem concreto”.“Achamos que o Novo Banco não temforça de vontade para encontrar umasolução e se na reunião agendadapara o dia 6 de junho não houver nadaem concreto, vão intensificar-se osprotestos contra o Novo Banco e oBanco de Portugal (BdP)”, referiu oPresidente da associação que repre-senta estes clientes.A Associação Movimento dos Emi-grantes Lesados Portugueses temmarcadas duas manifestações emParis, nomeadamente a 10 de junho,coincidindo com as comemorações doDia de Portugal na capital francesa,nas quais estará o Presidente da Re-pública, Marcelo Rebelo de Sousa.No passado dia 28 de abril, LacerdaMachado reuniu-se com a AMELP,

uma reunião na qual os emigrantes le-sados deram a conhecer o seu caso eo advogado deu pistas sobre os próxi-mos passos a seguir com vista a umasolução.A escolha de Lacerda Machado paraintervir como mediador em nome doexecutivo aconteceu depois da reu-nião de 18 de abril, em Paris, entre aAMELP e o Primeiro-Ministro, em queAntónio Costa se comprometeu a no-mear um representante para este as-sunto. Inicialmente, após a resoluçãodo BES, a 4 de agosto de 2014, osemigrantes que se diziam lesados as-cendiam a 8.000 num total de 728milhões de euros de dinheiro inves-tido. No entanto, no verão do ano pas-sado, o Novo Banco propôs umasolução comercial aos emigrantes de-tentores de vários produtos comercia-lizados pelo BES (Poupança Plus, Top

Renda e Euro Aforro), que permitia arecuperação faseada da quase totali-dade das aplicações, tendo tido aco-lhimento por parte de 80%.Por resolver ficou assim o caso dosemigrantes que não aceitaram a pro-posta - com a própria AMELP a con-siderar então que a complexidade dasolução não se adequava ao perfil fi-nanceiro dessas pessoas - e ainda oscerca de 400 emigrantes que subs-creveram os produtos Euro Aforro 10e EG Premium, para os quais o NovoBanco não fez proposta, considerandoque não era possível pelo tipo de pro-duto financeiro em causa.Quanto à AMELP, exige que seja oNovo Banco (o banco de transiçãoque ficou com ativos do BES) a con-tribuir para uma solução que de-volva aos emigrantes as suaspoupanças.

Associação dos lesados vai voltar a reunir com o Mediador

Terminou a greve na Caixa Geral de DepósitosOs trabalhadores da Caixa Geral de De-pósitos (CGD) em França terminaramna semana passada uma semana emgreve “por motivos salariais, pelas con-dições de trabalho e por temerem pelacontinuidade da empresa”, disse àLusa fonte sindical. “Hoje toda a genteretomou os seus postos. Assinámos umprotocolo de acordo de fim de greveontem à meia-noite”, adiantou LurdesMonteiro, delegada sindical da CGDem Paris.A delegada sindical explicou que “oacordo abrange condições de recu-peração de poder de compra porqueos salários não eram atualizados hácinco anos”, tendo havido também“compromissos da Direção” relativa-mente a “melhores condições de tra-balho” e medidas para assegurar acontinuidade da sucursal da CGDem Paris, nomeadamente “forma-ções específicas do pessoal e produ-tos novos para a clientela”.“Foram sete dias de greve, começandocom 50% de adesão e acabando com64%. Todos os dias havia mais gente

a aderir. Estou otimista em relação aoacordo que vamos vigiar de muitoperto”, acrescentou Lurdes Monteiro,sublinhando que os trabalhadores re-ceberam a notícia do acordo alcançado“com bastante satisfação e com a sen-sação de que valeu a pena lutar”.Por parte da Direção da Sucursal, umanota foi enviada à imprensa confir-mando que “no seguimento de umdiálogo intenso e construtivo, o bomsenso de todos permitiu chegar a umacordo. A rápida resolução da situaçãopermite-nos garantir (como duranteestes dias, apesar de menor reativi-dade) a qualidade de serviço aos clien-tes, que é a nossa prioridade absoluta”.A greve começou a 17 de maio, o diaem que a delegada sindical denunciouà Lusa “a falta de efetivos, as horas ex-traordinárias não pagas e um máximode baixas e ausências por motivos dedoenças prolongadas, depressão e‘burn out’”, temendo o fecho de agên-cias em França porque “os clientes fe-cham contas às centenas”.A paralisação tinha sido convocada

pelos sindicatos FO, CGT e CFTC e foilevada ao Parlamento por Deputadosdo PCP e do BE que questionaram oGoverno sobre o futuro da CGD emFrança. No comunicado final, os sindi-catos agradeciam também o apoio doSindicato dos Professores das Comu-nidades Lusíadas (SPCL) e da Associa-ção dos Emigrantes Lesados do BES(AMELP).

O comunicado final falava de vitória.“Os sindicatos e as demais instânciasrepresentativas dos trabalhadores daCGD França lembram que o que estavaem causa nesta ação de luta era inver-ter a degradação salarial e das condi-ções de trabalho, defender o serviçopúblico e a perenidade da Sucursal embenefício da Comunidade portuguesaem França. Após sete dias de luta in-tensa, foram obtidas melhorias sala-riais significativas para o conjunto dosmais de 500 trabalhadores da Sucur-sal, e escalonada a implementação demedidas concretas tendentes a melho-rar as condições de trabalho e nomea-

damente o registo e pagamento dashoras extraorinárias trabalhadas nasagências”.O comunicado diz ainda que “os sin-dicatos da CGD França obtiveramigualmente da Direcção Geral da Insti-tuição Pública a garantia da criação denovos produtos para limitar uma parteda atual fuga de clientes e a imple-mentação de ações de formação dedi-cadas ao pessoal da rede”.Confrontado com os receios de fechode agências, Rui Soares, Diretor-geralda Caixa Geral de Depósitos França,garantiu, à Lusa, a boa saúde finan-ceira da instituição em França. “Noano passado, foi o nosso ano mais ren-tável. Estamos a crescer mais de 10%ao nível da atividade com as empresas.Temos indicadores que são muito po-sitivos e temos evoluído muito bem,quer em termos de volume de negó-cios, quer em termos de relações comos clientes, quer em termos de renta-bilidade”, declarou, sublinhando que“não é verdade” que haja “centenas declientes a fechar contas”.

le 01 juin 2016

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Nom: Lino FerreiraVille: Tremblay-en-FranceFonction:Conseiller municipal déléguéParti: Europe Ecologie - Les VertsDélégations: Coopération décentraliséePremière élection: 2001Autres représentations: Conseiller ter-ritorial Terres d’envolVille d’origine au Portugal: Vila Novade Famalicão

Comment s’est fait le déclic pour ren-trer en politique?A l’âge de 15 ans, en 1980, de retourà mon village natal, nous avions reçul’interdiction d’utiliser l’eau du puits,qui se trouvait dans le jardin depuisdes générations. L’eau polluée ajoutéau fait de devoir payer l’eau à une«compagnie» à provoqué un déclicen moi.

Quelles ont été les principales difficul-tés dans les fonctions actuelles?La principale difficulté pour un élulocal qui a un emploi à plein tempsest de réussir à concilier les deux, voirles trois en y ajoutant la vie person-nelle et familiale.

Y a-t-il encore un espoir d’enrayer leprocessus de dérèglement climati-que?Oui, si à l’instar de mon pays d’ori-gine, le Portugal, toute la planèteopère rapidement une conversion deson recours à des énergies propresplutôt que fossiles.

Un partenariat de LusoJornal avec Cívica

Elus d’origine portugaise

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04 Comunidade

lusojornal.com

emsíntese

Ordem dos Médicos do Centrocria Gabinete deapoio aos médicosemigrados

A Secção Regional do Centro daOrdem dos Médicos (SRCOM)apresentou em Coimbra o Gabi-nete de Apoio aos Médicos Portu-gueses no Estrangeiro, que temcomo principais áreas de atuaçãoo fomento de um “regresso maisfacilitado” aos profissionais resi-dentes no estrangeiro, o forneci-mento de informação necessáriapara médicos que decidem emi-grar e o aprofundamento da liga-ção com médicos que trabalhamno estrangeiro (com permanenteenvio de informação), disse o Pre-sidente da SRCOM, Carlos Cortes.O projeto pioneiro a nível nacionalarrancou devido à “nova reali-dade” da emigração médica, ex-plicou Carlos Cortes, sublinhandoque nos últimos três anos emigra-ram cerca de 1.300 profissionais,52% dos quais com menos de 35anos e 65% sem especialidademédica.Neste momento, “muitos dos con-cursos são fechados” e torna maisdifícil o regresso de médicos emi-grados, sendo necessário o execu-tivo “aproveitar esta vontade” dosprofissionais e “fomentar uma au-toestrada de regresso” aos clíni-cos.Face à falta de “médicos em algu-mas áreas e especialidades”, o Mi-nistério da Saúde poderiaaproveitar a “bolsa considerável”de clínicos portugueses no estran-geiro para colmatar as dificuldadesde recursos humanos. SegundoCarlos Cortes, de momento, “osmédicos saem e têm sido esque-cidos”.Para o dirigente da Ordem dosMédicos, o Gabinete também teráuma vertente de ação política“para sensibilizar para esta reali-dade”, ao mesmo tempo que iráelaborar um “guia de regresso aomédico no estrangeiro”.“Nós queremos continuar a estara par daquilo que acontece nonosso país de origem. Há uma ne-cessidade grande de manter estaligação com o nosso país”, subli-nhou Alberto Pais, especialista emMedicina Geral e Familiar, atual-mente a exercer em França. Paraalém da necessidade de ligação aopaís, a vontade de retorno é algoque está “sempre no horizonte”,frisou o jovem médico, defen-dendo “mais instrumentos de mo-bilidade” para facilitar o retorno aopaís.

23 Anos da Geminação entre Ovar e PhitiviersA geminação entre Ovar, localidadeportuguesa do distrito de Aveiro, ePithiviers, localidade no Loiret, si-tuada a cerca de 60 km a norte deOrléans, foi iniciada em 1993 com aassinatura de uma primeira Carta deintenções em França e, no ano se-guinte, devidamente formalizada emOvar. Mas foi principalmente a partirde 2004, graças ao empenho e esfor-ços de Ana Lúcia Thierry, Presidenteda associação Les Azulejos, que umnovo impulso foi dado ao relaciona-mento entre as duas localidades,através de celebrações e atividadesmútuas e diversas.Esta associação tem como missão apromoção da cultura dos países lu-sófonos e de língua portuguesa, comexposições temáticas ligadas à pin-tura, azulejos, bordados, gastrono-mia. Uma vez por semana, Ana LúciaThierry dá cursos de português aadultos e adolescentes, cuja receitasimbólica reverte para a coletividade.Na semana passada, o Vice-Presi-dente da Câmara Municipal de Ovar,Domingos Silva, liderou uma delega-

ção em que se integravam RicardoNunes, Arrais do Mar (o equivalentea Presidente da Direção) e FranciscoCasaca, Confrade, membros da Con-fraria Gastronómica de Ovar, e Ga-briela Ribeiro, Chanceler-mor eAdérito Carlos Ferreira, Chanceler,membros da Confraria do Pão e Lóde Ovar, marca regional certificada.

A comitiva integrava ainda o jovemgrupo musical Conversa de Bote-quim, de Ovar, que produz músicaportuguesa e brasileira e se deslocouexpressamente de Portugal paraatuar na sala de festas de Pithiviers.Durante a cerimónia principal, queocorreu no dia 28 de maio nas inta-lações da Mairie de Pithiviers, a Con-

fraria Gastronómica de Ovar assinouum Protocolo de geminação com aConfraria de Pithiviers, na pessoa doseu Presidente Jean Philippe Liger,cujo objetivo é a divulgação do Pãode Ló nacional e do “Pithiviers”, es-pecialidade da doçaria local, “cons-cientes que a gastronomia e acultura são valores que unem e con-tribuem para a boa relação entre ospovos, aspetos que interessa prote-ger, valorizar e promover, com a fi-nalidade de estabelecer e manteros elos permanentes e de coopera-ção e de amizade entre as duas as-sociações”.As principais cerimónias decorreramna presença do Cônsul Honorário dePortugal em Orléans, José de Paiva,do Maire de Pithiviers, Philippe Nol-land, da Primeira-Adjunta do Maire,Monique Bévière, igualmente Conse-lheira regional, da Presidente da as-sociação “Os Azulejos”, Ana LúciaThierry, dos representantes da comi-tiva nacional, de vários membros doConselho municipal e membros as-sociativos.

Na presença do Cônsul Honorário de Portugal em Orléans

Les Rotariens de Porto de Mós ont visité OloronIl y a trois ans, les membres du RotaryClub d’Oloron Sainte Marie (64), sesont rendus au Portugal sur l’invitationdu Rotary Club de Porto de Mós, dontElsa Godfrin avait facilité le jumelage.Il était donc «normale» que le RotaryClub d’Oloron, présidé par Jean Mon-toulieu, accueille en retour leurs ho-mologues Portugais qui sont arrivés aunombre de 7 seulement, avec leurPrésident Rogério Torcato, pour parti-ciper à cette première rencontre dansles Pyrénées.Les Rotariens Olororonais leur ont pré-paré un magnifique programme quiles ont conduit a visiter Oloron et lesenvirons, le tout suivi par des dégus-tations de produits locaux et un excel-lent repas en toute convivialité avecdes chants béarnais durant apéritif,interprétés par Montanhas E Ribere,groupe béarnais bien connu, devantl’exposition photos sur Porto de Mós,

préparé par la Présidente de l’associa-tion France-Portugal.Plusieurs élus étaient présents, dont

le Maire d’Oloron, Hervé Lucbereilh,et Daniel Lacrampe, Président de laCCPO.

Christian et Elsa Godfrin, responsa-bles de l’association France-Portugalétaient conviés à ce partage d’amitié,où tout le monde se promis de se re-trouver autour peut être d’un échangemusical.Les Rotariens portugais ont a leur tourinterprété quelques belles mélodiesde musique traditionnelle accompag-nées par leur compagnon António, unami qui non seulement joue de la gui-tare à la perfection, mais chante aussidu bel canto!Le dernier jour de leur séjour, lesPortugais se sont rendus à Lourdes,non sans avoir auparavant fait un dé-tour par le Rond Point du Portugaldont les pierres ont été offertes parla Municipalité de Porto de Móspour les vingt ans de l’AssociationFrance-Portugal, en 2007. Ce qui apermis à celle-ci d’être nominée auxTalents en 2008.

Du 26 au 29 mai

Município de Arcos de Valdevez participouna Feira do território em Dammarie-les-LysA Câmara Municipal dos Arcos deValdevez, representada pelo VereadorHélder Barros, esteve nos dias 13,14 e 15 de maio em Dammarie-les-Lys, cidade geminada com Arcos deValdevez, para participar na Festa doTerritório. Um certame que serviu paradar a conhecer os produtos locais ar-cuenses ao nível da gastronomia, vi-nhos e artesanato, bem como parareunir todos os municípios geminadoscom esta vila francesa, nomeada-mente Eppelheim (Alemanha), Tata(Hungria) e Montebelluna (Itália).O Vereador também participounuma festa organizada pela Comu-nidade portuguesa de Dammarie-les-Lys em honra de Nossa Senhorade Fátima, para a qual foi convi-

dado um Pároco da Congregação doEspírito Santo de Viana do Castelo,e onde marcaram presença o Depu-tado Carlos Gonçalves, o Maire-Ad-joint Paulo Paixão, Dina Martins,Conselheira Municipal, assim comoo Grupo Folclórico dos Portuguesesde Dammarie-les-Lys.O Município dos Arcos de Valdevezemitiu uma nota de imprensa assu-mindo que pretende “manter e es-treitar cada vez mais as relaçõescom Dammarie-les-Lys, por issoeste tipo de iniciativas são vistascom bons olhos, já que permitem atroca de conhecimentos, promovemas boas relações entre ambos e es-treitam os laços com a Comunidadearcuense que aí se encontra”.

le 01 juin 2016

Cônsul Honorário, Maire, Presidente da Associação, ConfrariasDR

Au Rond-Point du PortugalDR

Quer comentar [email protected]

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05Comunidade

Portugueses vão homenagear antigo autarcade Champigny com um monumento

Uma associação portuguesa está acriar um monumento para homena-gear Louis Talamoni, um antigo au-tarca de Champigny-sur-Marne, acidade francesa onde milhares de Por-tugueses se instalaram num bairro delata nas décadas de 1960 e 1970.“Ele foi o homem que mais ajudou osPortugueses de todos os tempos. Eleencontrou-se numa situação como aque hoje se vê em Calais e teve defazer face àquela miséria toda. Em vezde desmantelar o bairro de lata, deci-diu mandar pôr água, luz e esgotos.Chegou a mandar professores levaremos alunos aos balneários públicos paratomarem duche e também distribuiucobertores”, disse à Lusa ValdemarFrancisco, o mentor da iniciativa ePresidente da associação Les Amis duPlateau.A rotunda fica localizada a “cerca de200 metros” do memorial aos emi-grantes portugueses do escultor RuiChafes e vai ter como peça centraluma escultura a representar “um hu-manista e um homem com H grande”que foi Maire de Champigny entre1950 a 1975, explicou ValdemarFrancisco.“Os Portugueses que vieram nos anos60 prestam homenagem ao Louis Ta-lamoni e aos habitantes de Cham-pigny cujas casas desvalorizaramimenso no tempo dos bairros de lata.É também uma homenagem aFrança, para agradecer à França pornos ter recebido e nos ter integrado”,continuou o Presidente da associação.Valdemar Francisco viveu nove anosno “bidonville” de Champigny-sur-

Marne depois de ter chegado a Françaem 1960, com apenas seis anos, edecidiu avançar com o projeto porque“as pessoas estavam a morrer e tudoo que desaparece é esquecido”.Nesse sentido, o português de 62anos criou a associação Les Amis duPlateau e convidou os emigrantes adeixarem a sua assinatura num tijolopara o monumento em troca de dezeuros. No final, conseguiu mais dedois mil tijolos, mas a soma anga-riada foi meramente simbólica por-que a obra custou 360 mil euros e

foi financiada por empresas franco-portuguesas.Tijolo a tijolo, a campanha ganhou vi-sibilidade e até há tijolos autografadospelo Presidente da República, Mar-celo Rebelo de Sousa, pelo Primeiro-Ministro, António Costa, peloscantores Pedro Abrunhosa, Luís FilipeReis, Linda de Suza, pelo Presidentedo Futebol Clube do Porto, Pinto daCosta, entre muitas outras personali-dades. “O Marcelo Rebelo de Sousaquando assinou o tijolo dele ainda nãoera Presidente mas prometeu-nos vir

e disse que podíamos contar com elepara a inauguração”, avançou Valde-mar Francisco, acrescentando quetanto o Presidente da Repúblicaquanto o Primeiro-Ministro já confir-maram a presença na cerimónia deinauguração, a 11 de junho, um diadepois das comemorações do Dia dePortugal, de Camões e das Comuni-dades Portuguesas também em Paris.A festa da inauguração vai contar tam-bém com uma homenagem a GéraldBloncourt, um dos fotógrafos quemais retratou os bairros de lata portu-gueses dos anos 1960 nos arredoresde Paris e a quem o Presidente da Re-pública vai atribuir, este ano, o graude Comendador da Ordem do InfanteD. Henrique.Os 20 mil tijolos vão revestir oito co-lunas que abrem alas para a esculturacentral: uma pilha de livros rodeadade quatro mãos e encimada pela es-cultura em vulto do rosto de Louis Ta-lamoni.Há, ainda, doze oliveiras na rotundacujas azeitonas serão “colhidas todosos anos no dia do São Martinho”, umadata para homenagear o antigo au-tarca e lembrar o passado de milharesde Portugueses nos bairros de lata emFrança. “Falar disto é levantar um bo-cadinho o testo à panela. Há quemtenha vergonha, há quem tenha sidofeliz lá, há de tudo. A França acolheu-nos mal porque não preparou, masdeixou-nos desenrascar e quando issoacontece as pessoas têm mais garra.O povo português tem muita cora-gem”, concluiu Valdemar Franciscoque está também a fazer um docu-mentário sobre o ‘bidonville’ deChampigny.

Presidente da República e Primeiro Ministro vão inaugurar o Monumento

lusojornal.com

Por Carina Branco, Lusa

emsíntese

Associação deMoradores doBairro Alto trazproblemas com turismo em Lisboa, a Paris

A Associação de Moradores doBairro Alto (AMBA) vem represen-tar Portugal numa reunião de as-sociações em Paris, na qual se vaidebruçar sobre a “asfixia dos mo-radores face à massificação turís-tica que invade a cidade” deLisboa.O encontro “Nuisances Noctur-nes: les citoyens europeénes semobilisent” decorre na capitalfrancesa no dia 31 de maio econta com a participação daAMBA, à semelhança da ediçãoanterior.O tema da intervenção portuguesaserá a asfixia dos moradores pe-rante o turismo, que a associaçãoconsidera ser promovida pela Câ-mara, pelo Governo e pelo Turismode Portugal afirmou à Lusa o Pre-sidente da AMBA, Luís Paisana.Segundo o responsável, a gestãodo turismo está a ser feita “semmuitas regras, um liberalismo umbocadinho exagerado”, e o cresci-mento deste fenómeno está a levara um despovoamento da capital.Outra das consequências aponta-das é a “descaracterização da pró-pria cidade de Lisboa e dos seusbairros, que começam a perderaquelas características que nofundo os turistas vêm à procura: ocontacto direto com a população,a roupa estendida, as tascas”, re-feriu.Na opinião do líder da AMBA, tam-bém “está em causa” o comérciotradicional e a qualidade de vidados moradores, assim como o au-mento dos preços de bens e servi-ços.Quanto à noite, Luís Paisana faz ocontraste entre Lisboa “onde épermitido consumir álcool, fazerruído sem qualquer problema”, ecidades como “Amesterdão e Lon-dres, onde é proibido o consumode álcool na via pública”. Para aAMBA, isto “constitui um atentadoao direito fundamental ao des-canso e ao sono” dos moradores.O responsável afirmou que provo-cou “algum espanto” na últimareunião em que participou,quando mostrou fotografias danoite de Lisboa e das “discotecasna rua”.“Nestes países os fenómenos sãogrupos de jovens que andam narua com garrafas a beber, mas nãohá estas aglomerações que vemosem Lisboa. Os responsáveis inter-nacionais não imaginavam queisso fosse possível num país euro-peu, numa cidade europeia”, sus-tentou.

Jornadas Sociais da Santa Casa da Misericórdiade Paris para combater a precariedadeA Santa Casa da Misericórdia de Paris(SCMP) organiza, no sábado 4 dejunho, entre as 9h30 e as 12h30, noConsulado-Geral de Portugal em Paris,a sexta edição das Jornadas Sociais,este ano subordinadas ao tema “Con-tra a precariedade: justiça, partilha emisericórdia”.A 8 de dezembro 2015, alarmadocom a desigualdade, a injustiça e amiséria que hoje alastram pelomundo, o Papa Francisco proclamou2016 como Ano Santo da Misericór-dia. Ora, as Santas Casas têm pre-cisamente por missão e vocação ocumprimento das 14 obras de mise-ricórdia (sete de ordem corporal esete de ordem espiritual), as quaisprocuram responder às diferentes si-tuações que reclamam apoio e solida-riedade.A Misericórdia de Paris aproveita aoportunidade que proporciona esteAno da Misericórdia para, mais umavez, promover a reflexão e o debate afim de melhor estruturar a intervençãosolidária no terreno. Procura-se, assim,mobilizar e empenhar as forças vivasda Comunidade disponíveis para coo-perar, reforçando as parcerias já exis-tentes e estabelecendo novas com

associações, empresas, comunidadescatólicas e organismos oficiais. “Émais eficaz trabalhar em conjunto, deforma ordenada, do que dispersar osesforços, tanto mais que não abundamos voluntários” diz uma nota daquelainstituição enviada às redações e assi-nada por Joaquim Silva Sousa, Prove-dor da Misericórdia de Paris.Este ano, o evento conta com umaintervenção de Audrey Marcillat(EHESS-Paris) que aborda o tema“regards sociologiques sur la pré-

carité contemporaine”, enquantoFilipe Rios (Secours Catholique)partilha um testemunho sobre oacompanhamento de situações deprecariedade.O certame vai começar às 9h30 comintervenções iniciais do Cônsul-Geralde Portugal em Paris António Albu-querque Diniz e do Provedor da SantaCasa da Misericórdia de Paris JoaquimSilva Sousa.As conclusões vão ser feitas depoisde um debate, por Joaquim Pereira

Sousa.As primeiras jornadas sociais da SCMPtiveram lugar em 2010, tendo portema a luta contra a pobreza e a ex-clusão social. Nos anos seguintesabordaram-se os novos fluxos de tra-balhadores portugueses para França(2012), a formação inicial e contínua- passaporte para o Emprego (2013),analisar o passado para construir o fu-turo (2014, no 20º aniversário daSCMP).Ainda no dia 4 de junho, às 16h00,os responsáveis da Misericórdia deslo-cam-se ao cemitério Sul de Enghien-les-Bains para uma cerimónia dehomenagem aos 12 compatriotas se-pultados no jazigo da SCMP.No dia 12 de junho, a Misericórdia deParis estará presente nas Festas dosSantos Populares (Rádio Alfa) com umstand para a apresentação das ativida-des da SCMP, adesões e banco de vo-luntariado.A Santa Casa assegura, durante oano, uma permanência telefónica(01.79.35.11.03), prestando infor-mações de ordem geral, encaminha-mento de situações para os serviçoscompetentes e ajuda em casos deemergência (voluntariado).

le 01 juin 2016

Valdemar Francisco, impulcionador do projetoLusoJornal / Carlos Pereira

Provedor Joaquim SousaLusoJornal / Carlos Pereira

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06 Empresas

emsíntese

Festa da RádioAlfa: Bilhetes àvenda na CGD

No âmbito da Parceria oficial entre aCGD França e a Festa da Rádio Alfa,que terá lugar em Créteil, no domingodia 12 de junho, os bilhetes estão àvenda nos balcões da Sucursal deFrança da Caixa Geral de Depósitos ao“preço preferencial” de 13 euros (emvez de 17 euros).A entrada é gratuita para as criançascom menos de 10 anos de idade.Lista das agências: www.cgd.fr

Reunião de informação emMutzig sobre o estatuto de Residente Não Habitual

A exemplo do que foi organizado nopassado dia 12 de março, o Consu-lado-Geral de Portugal em Strasbourgvai realizar, no próximo dia 4 de junho,em Mutzig, uma reunião de esclareci-mento e informação sobre o regimefiscal para o Residente Não Habitual,principalmente destinada aos pensio-nistas e reformados do regime francêsque pretendam residir em Portugal.A reunião, preparada conjuntamentecom a associação “Os Lusitanos” deMutzig, terá lugar numa sala da Mairielocal, a partir das 15h00.Infos: 06.16.09.72.48

Mais de uma dezena de ligaçõesaéreas canceladasentre Portugal eFrança

Mais de uma dezena de ligações aé-reas entre aeroportos franceses e por-tugueses foram canceladas nasemana passada, dia 26 de maio, emdia de greve dos controladores aéreosem França. Segundo a ANA - Aero-portos de Portugal, foram canceladostrês voos com origem em Lisboa, doisque partiriam do Porto e dois comsaída de Faro. Quanto às chegadas,de voos oriundos de aeroportos fran-ceses, foram cancelados quatro vooscom destino ao aeroporto de Lisboa edois que deveriam aterrar no Porto.

Convívio & Copos

La prochaine édition de «Convívio &Copos», la rencontre mensuelle desmembres de la Chambre de com-merce et d’industrie franco-portugaise(CCIFP) - qui a lieu habituellement ledernier jeudi de chaque mois - a eulieu le jeudi 26 mai, à la Maison Azea,4 rue Montesquieu, à Paris 1.

lusojornal.com

Empresa de Viana do Castelo vai mudar35 milhões de contadores em FrançaUma empresa de Viana do Castelo vaiencaixar 20 milhões de euros com ocontrato que vai iniciar no final doano, em França, para substituição de35 milhões de contadores por 500mil contadores inteligentes.Em comunicado, a empresa adiantouque a empreitada “terá a duração mí-nima de quatro anos, envolvendo maisde 100 trabalhadores que irão operarem várias regiões de França”.Segundo a Painhas, empresa queopera em infraestruturas na área daenergia, “alguns desses recursos hu-manos serão recrutados no mercadonacional, pelo que já se encontra emcurso um processo de receção de can-didaturas”.De acordo com a empresa, fundadaem 1980, com sede na zona indus-trial do Neiva, em Viana do Castelo, ecom mais de 2.000 colaboradores di-retos e indiretos, o contrato agora al-cançado “vem consolidar a aposta nomercado francês” e representa “mais

uma etapa no seu processo de inter-nacionalização”.“A Painhas S.A é a única empresaportuguesa a sair vencedora nesteconcurso europeu, onde participarammais de 1.000 empresas europeias”,sustentou, referindo-se ao concursolançado pela ERDF, empresa respon-

sável por 95% da distribuição elétricaem território francês.Em Portugal, a empresa foi responsá-vel pela instalação das EB (EnergyBox) do projeto InovGrid da EDP Dis-tribuição e, em França, irá implemen-tar o projeto Linky, da ERDF. “Oprojeto Linky é o maior na área das

Smart Grids em curso atualmente naEuropa e prevê a substituição de 35milhões de contadores em França até2022. Serão instalados mais de500.000 contadores inteligentes emvárias regiões de França, que se irátraduzir num volume de 20 milhõesde euros”, explicou a empresa.

Painhas SA ganhou contrato de 20 milhões de euros

La Banque BCP organise une conférencepour ses clientsLa Gestion Privée de la Banque BCPa organisé les 19 et 20 mai derniersau siège de la banque, à Paris, deuxconférences avec une trentaine declients autour des «successions inter-nationales». Appuyée par la BanquePrivée CEIDF, et un notaire, laBanque BCP a répondu aux problé-matiques sur les successions et la fis-calité de ses clients.Quand est-il de nos avoirs et notre pa-trimoine à l’étranger que nos parentset grands-parents veulent nous légueret que nous voulons nous-même lé-guer à nos enfants? Comment rapa-trier un patrimoine hérité à l’étranger?Existe-t-il un échange d’informationentre les services fiscaux à niveau eu-ropéen voir mondial? Quelles straté-gies patrimoniales peut-on mettre enplace pour optimiser notre succes-sion? Autant de questions auxquelles

Serafim Costa, responsable de la Ges-tion Privée de la Banque BCP, a ré-pondu lors des conférences sur les«successions internationales» les 19et 20 mai au siège de la Banque BCP.Conjointement animé avec la BanquePrivée Caisse d’Epargne Ile deFrance, et Maître Nuno Monteiro,cette conférence a réuni, sur deuxsoirées, une trentaine de clients«Prestige» de la Banque BCP. Cer-tains sont résidents français, d’autressont résidents portugais. Tous sontconcernés par une même probléma-tique, comment anticiper la transmis-sion du patrimoine? La Gestion Privéeet son équipe d’experts a donné lapossibilité à ses clients d’aborder etde comprendre la complexité de lafiscalité des successions internatio-nales et éviter une double impositionFrance/Portugal.

Sindicato da Construção avança com campanhade mobilidade em segurança para emigrantesO Sindicato da Construção de Portu-gal está a distribuir pelo país 200 fai-xas e milhares de prospetos comrecomendações para os trabalhadoresdo setor sobre viagens em segurançapara a Europa, no âmbito da emigra-ção. “O objetivo é que os trabalhado-res que têm emigrado e vão continuara emigrar, se não forem tomadas al-gumas medidas, não morram nas es-tradas entre Portugal, Alemanha,Espanha ou França”, explicou o Pre-sidente da organização sindical.Albano Ribeiro falava em conferênciade imprensa, realizada na Câmara deBaião, acompanhado do Presidenteda autarquia, Paulo Pereira. O presi-dente do sindicato assinalou que acampanha “Mobilidade em Segu-

rança na Europa” tem o apoio da Se-cretaria de Estado das Comunidades.As faixas estão a ser colocadas emaeroportos e estações ferroviárias e decamionagem, de onde partem e ondechegam os emigrantes do setor daconstrução. O sindicato está tambéma distribuir, por algumas regiões dopaís, as faixas alusivas às campa-nhas, para além dos prospetos, comoaconteceu nos Paços do Concelho deBaião.Na semana passada, contou AlbanoRibeiro, foram percorridos os conce-lhos de Cinfães, Marco de Canavesese Baião, território que designou como“a capital da emigração no setor daconstrução”. Esta semana, a campa-nha vai realizar-se em Vila Real, no

concelho de Fundão e na fronteira deVilar Formoso. “Queremos chegar aofim do ano e fazer um balanço de quevaleu a pena o apoio da Secretaria deEstado das Comunidades e do Sindi-cato da Construção de Portugal”, as-sinalou, recordando que, de 2005 a2009, morreram 42 trabalhadoresnas estradas entre Portugal e Espa-nha.O Presidente do Sindicato anuncioutambém que vai ser solicitada umaaudiência com o Bispo do Porto, aoqual vai ser pedido que os prospetoscom questões alusivas à mobilidadena Europa possam ser colocados nasigrejas e dessa forma chegarem amais pessoas.A propósito da emigração, lamentou

que os trabalhadores da construçãocontinuem a ter de sair do país de-vido à situação do setor, que reafir-mou ser a pior de sempre emPortugal, com a perda de 300.000empregos em poucos anos. “Os tra-balhadores emigram porque um ope-rário qualificado em Portugal ganha545 euros. Um trabalhador naFrança ganha 2.800 euros e isso éapetecível”, comentou. Apesar disso,afirmou não ter dúvidas de “que mui-tos milhares de trabalhadores esta-riam em Portugal se a situação dosetor fosse diferente”. Apostar na rea-bilitação urbana, na remodelação dasescolas e no regadio são políticas,disse, que ajudariam à recuperaçãodo emprego no setor.

le 01 juin 2016

Thierry Alvado, Serafim Costa, Clotilde Courtois et Maître Nuno MonteiroDR

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07Empresas

Le premier Salon international du vin portugais auralieu au Parc Floral de Paris

Le Salon International du Vin Portu-gais aura lieu au 4 au 6 juin au ParcFloral de Paris.En effet, le Portugal est à la modemais pas uniquement que dans le do-maine de l’immobilier. Sur la table, lesPortugais sont connus pour leur géné-rosité et abondance. Mais qui dit gas-tronomie dit aussi une bonne bouteillede vin et l’heure est arrivée en Francede faire découvrir aux Français les va-riétés de vins portugais et leur qualitéqui se confirme jour après jour,concours après concours.Ainsi la 1ère édition du Salon Interna-tional du Vin Portugais à Paris ouvrirases portes pendant 3 jours du 4 au 6juin. Le monde de la viticulture portu-gaise représentée par des grandesmaisons du Portugal mais aussi pardes nombreux producteurs indépen-dants qui seront sur place. Professionnels et amateurs de vinspeuvent enfin découvrir toute la ri-chesse du terroir viticole portugaisréuni dans une même enceinte à l’oc-casion de ce premier Salon.Un de organisateurs du Salon, Roméode Amorim a commencé par expliquerles raisons qui l’ont emmené à mettreen place cet événement. «La premièrecar le vin c’est un produit culturel, unproduit qui est au coeur de la tableportugaise. C’est une idée qui me sé-duisait afin de réunir les gens. Le vinportugais a beaucoup progressé aucours des dernières années, et il y abeaucoup d’investissements ces der-nières années». Roméo de Amorimpoursuivit en expliquant les particula-rités des vins portugais, avec beau-coup de petites parcelles et beaucoupde petits producteurs constituant unpatrimoine énorme en termes de cé-pages. «Nous sommes le 2ème pays,après la France, qui a le plus de cé-pages différents. On va dire qu’on a unpotentiel extraordinaire en matière devins, c’est pour ça que nous avons touten termes de vins».Finalement l’idée du Salon est néed’une rencontre entre Roméo de Amo-

rim et l’un de ses associés, Mikael Mo-rais, Chef sommelier au St James, àParis, et après discussion sur les vins,sur le regret de chacun que les Fran-çais ne connaissaient pas assez lesvins portugais. «Cela se voit dans lesconcours internationaux, chaque foisles Portugais gagnent des médailles etchaque fois ils sont reconnus pour laqualité de leurs produits».Roméo de Amorim regrette que le vinportugais n’est pas suffisammentconnu en France, et compare les 2 ex-trémités, «on a le grand public quiconnait le produit d’entrée de gammeparce qu’il va dans les grandes sur-faces et il trouve les bouteilles portu-gaises au premier prix, mais ce ne sontpas de bons produits. Et de l’autre

côté on a les chefs cuisiniers et surtoutles sommeliers qui s’y connaissent, ilssavent qu’il y a des bons vins au Por-tugal mais souvent à part le Porto ilsconnaissent peu des produits».Un pari donc ambitieux celui de leurfaire connaître ces vins là qui permet-traient une porte d’entrée pour les pro-ducteurs portugais dans le marchéfrançais. Dans le cadre du Salon unconcours de vins a été réalisé avec l’undes plus beaux jury de vins en France.Il donne alors l’exemple de celui qui areprésenté la France au concours desmeilleurs sommeliers du monde,David Biraud, qui a fini 2ème et il s’estréjouit auprès de LusoJornal des re-merciements après le concours de lapart des professionnels, de leur avoir

fait d’avoir découvrir plusieurs vinsportugais «car finalement ils neconnaissent pas, sauf le Porto, à tra-vers des partenariats avec des maisonsnotamment de Champagne, et là onleur a permis de découvrir du ‘VinhoVerde’, du rouge, du rosé, ils ont étésurpris par le rosé d’ailleurs, ils s’at-tendaient à des produits moins bons.Mais le Porto reste encore le porte dra-peau du vin portugais».Avec un peu plus de 85 exposants,l’organisation se réjouit du succès etespère attirer environ 10.000 visi-teurs. Il avoue cependant que la dé-marche commerciale a démarré il y amoins d’un an, et donc peu de tempspour les exposants de s’organiser.Selon Roméo de Amorim les vins por-

tugais ont pris un virage très intéres-sant au niveau de l’internationa-lisation, «on a des producteurs expo-sants qui ne sont pas du tout distri-bués en France qui seront dans notreSalon. Par contre on trouve des vinsportugais sur tous les continents». Fi-nalement il reconnait que les convain-cre, n’a pas été une mince affaire, «ilssont habitués à la vente directe entreproducteur et client dans l’ambiancevillage et là nous avons poussé sur lecôté beaucoup plus gastronomique,qualitatif et il a fallu les convaincrecar selon eux les Français ont déjàbeaucoup de vins et ne semblaientpas convaincus que cela puisse inté-resser les Portugais de France».Roméo de Amorim cite alors les barsà vins très ouverts sur les vins étran-gers et qui souhaitent découvrir desbons vins.Le salon sera ouvert au public le sa-medi et le dimanche puis aux pro-fessionnels le lundi. «Notre cibleprincipale ce sont les Français,parce qu’ils ont une bonne image duPortugal et qui veulent du coup dé-couvrir davantage. Nous souhaitonsque le public puisse demander desvins portugais à leur caviste de quar-tier ou à leur restaurant et de l’autrecôté que les professionnels doivent lesproposer dans leur carte».Toutes les régions viticoles du Por-tugal seront représentées à traversles différentes catégories de vin por-tugais.

Du 4 au 6 juin

Par Clara Teixeira

le 01 juin 2016

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Roméo de Amorim, co-organisateurDR

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08 Empresas

lusojornal.com

Feira Portuguesa de Cenon vai na 7ª edição

Pelo sétimo ano consecutivo, realizou-se em Cenon, nos arredores de Bor-deaux, mais uma Feira de ProdutosPortugueses, organizada pela Associa-ção Alegria Portuguesa da Gironde. Ocertame realizou-se durante três dias,sexta 27, sábado 28 e domingo 29 demaio, no Domaine do Loret, um dosparques municipais da cidade.“Esta feira foi inspirada numa que serealiza nos arredores de Paris” expli-cou ao LusoJornal José Rodrigues,Presidente da associação organiza-dora, fazendo referência à Feira deprodutos produtos de Nanterre, orga-nizada pela associação ARCOP. “Sefunciona em Paris, também pode fun-cionar em Cenon” confirmou o Presi-dente.Logo na primeira edição José Rodri-gues falou com Fernanda Alves, MaireAdjointe de Cenon “e ela concordouimediatamente que era uma boa ideiae deu todo o apoio que este projetonecessitava”. Desde então o “MarchéPortugais de Cenon” - como é conhe-cido - foi organizado pelo duo associa-

ção/autarquia. O próprio Maire AlainDavid, considera que “este evento émuito importante para a cidade, nãosó por termos muitos Portugueses amorar em Cenon, como também parao conjunto da população” disse ao Lu-soJornal. Interrogado sobre o númerode Portugueses que residem atual-mente em Cenon, Alain David disseque “devem ser cerca de 20% da po-

pulação da cidade”.Dos cerca de 20 stands que partici-param na primeira edição, “hojetemos quase 80” lembrou FernandaAlves quando acompanhou a delega-ção oficial a dar a volta aos exposito-res. No ato inaugural participaram osdois Deputados portugueses, CarlosGonçalves e Paulo Pisco, a CônsulGeral de Portugal em Bordeaux, assim

como alguns autarcas portuguesesque se deslocaram propositadamentede Portugal para participar nesteevento, sobretudo minhotos porqueFernanda Alves é Minhota.Para além de empresas portuguesasde cá, nomeadamente os bancos, amaior parte dos expositores vieram dePortugal. Trouxeram fumeiro, azeites,pão, vinhos, mas também granitos ou

artesanado. “Está cada vez mais di-versificado e temos aqui expositoresque nos acompanham desde a pri-meira edição - é sinal que fazem ne-gócio” resume Fernanda Alves.No sábado à noite, o Portugal Busi-ness Club de Bordeaux organizouum jantar na sala da associação por-tuguesa, logo ali no mesmo parque,mas os forasteiros juntaram-se so-bretudo para o baile de sexta-feira ànoite, com o grupo “Kalhambeke”de Paredes de Coura, e para o de sá-bado, com o Show Band e o OfirBand de Nino Fernandes, que tam-bém veio de Portugal.Único ponto negativo do fim de se-mana: as condições metereológicas. Achuva teimou, também ela, em ir àfeira e estragou alguns dos momentosdo certame. Mesmo assim o arraial foianimado e divertido, com milhares depessoas no Parque de Cenon.Os organizadores, todos voluntários,prometem repetir a experiência nopróximo ano. “Se continuar a crescermuito vai sendo cada vez mais difícil”diz José Rodrigues, “mas ainda pode-mos ir mais longe”.

Certame durou três dias no fim de semana passado

Por Carlos Pereira

le 01 juin 2016

Le Restaurant d’Henrique Leis à Almancil

Si l’on s’aventure à l’ouest de Faro, enquittant la RN 125 et franchissant laligne de chemin de fer, dans un petitvirage sur la gauche, sur les hauteursd’Almancil, vers Loulé, on s’invitepresque tout naturellement, dans unegrande maison aux allures de chaletsuisse, assez étonnant dans la région.Il s’agit du restaurant d’Henrique Leis,ouvert en l’an 2000 et qui conservedepuis plus de 15 ans son étoile Mi-chelin. Ce Brésilien né dans le Maran-hão, qui a fait ses classes chez PaulBocuse, Pierre Troisgros, Guy Savoy etGaston LeNôtre pour les desserts, nevous décevra point.

Accueillies très gentiment par un per-sonnel souriant, jeune, discret et pro-fessionnel, nous avons déjeuné, en cejour de la Fête Dieu, Corpo de Deus,en terrasse couverte avec vue jusqu’àl’infini, pour moi, là où commence lamer.Aux écoutes des clients, les uns hol-landais, les autres britanniques, ouencore français, les habitudes de s’yrestaurer sont tenaces.Donc a priori, une clientèle aussi defidèles, au palais de fin gourmet pourun menu à midi en semaine pour 17euro avec 4 choix d’entrée +3 de platsprincipaux.Amuse-gueules surprise du Patron enentrée si demandées, avec pain fait

maison. Puis 4 desserts proposés. Letout accompagné d’un verre de blancportugais choisi par le sommelier etcafé. 65 euros pour 2 personnes + lepourboire que j’évalue à 10% en gé-néral, voire plus. Absolument rien àredire. Mais même fin mai, les réser-vations s’imposent.Le soir, une formule 5 plats + sélec-tions de vins est proposée pour 55euros. A préciser lors de la réservation.Celle-ci m’inciterait à y retourner.En plus des plats plus élaborés à lacarte, courte d’ailleurs. Mais là, lesprix tirent un peu plus vers le haut.Ce restaurant semble ne pas désem-plir et mérite largement que l’on yfasse un détour.

1 Etoile Michelin et une formation française

Par Gracianne Bancon

Manuel Ferreira: A revolta de um socialista desiludido

Manuel Ferreira é Secretário de Sec-ção do Partido Socialista portuguêsem Nantes desde 2000. O seu em-penho na política começou nos anos1990, quando aderiu a este Partido.Mas agora diz que está revoltado coma situação na qual se encontramNantes e o Grande Oeste francês,“órfãos duma estrutura consulardigna dos 50.000 Portugueses quevivem nesta área”.Dia 13 de janeiro de 2012, o Vice-Consulado de Portugal em Nantes,um dos mais antigos em França, en-cerrou, decisão do Governo daquelaaltura. Desde então, o PS “fartou-se”de condenar esse encerramento, eafirmou a reabertura quando voltar aoPoder. Aliás, o Deputado Paulo Piscofez declarações nesse sentido váriasvezes. Manuel Ferreira, enquanto Se-cretário de Secção está portanto à es-pera que a promessa se cumpra...

Dois anos depois do encerramento,Permanências consulares começa-ram em Nantes e Rennes, sempremuito lotadas, em locais não adapta-

dos a receber tanto público e com co-nexão à internet fraca, impedindoassim a realização de um simplesCartão de cidadão.

Em março de 2014, graças aos es-forços de Manuel Ferreira, que escre-veu dezenas de cartas a autarcasportugueses e membros do Governo,e teve encontros com autarcas deNantes, “a Mairie pôs à disposiçãoum pequeno local para poder aten-der os nossos compatriotas todosos dias das 8h00 às 12h30”. Nãose trata da re-abertura do antigoPosto já que essas instalações nãosão mais do que uma antena deParis em Nantes, ou seja, “não hápor exemplo nenhum número detelefone direto para entrar em con-tacto com os funcionários de Nan-tes. Tudo passa por Paris”.Segundo Manuel Ferreira “isso nãopode continuar, essas Permanênciasdeviam ser provisórias, sobretudoquando vimos abrir de novo estrutu-ras próximas de Paris como é o casode Orléans e Tours, sabendo tambémque em Clermont-Ferrand voltaramàs instalações antigas, e que para a

região Oeste só Bordeaux é que temum Consulado Geral. Nantes estavade luto em 2012 e permanece es-quecida dos políticos de Lisboa”disse ao LusoJornal.Manuel Ferreira continua explicandoque “quando foi das eleições presi-dencias, nem sequer houve mesa devoto em Nantes, para votar era pre-ciso fazer 800 km, ida e volta, parair votar a Paris”. Sendo assim, deci-diu fazer um “boicote”, este ano nãose deslocará ao Congresso do PS, noinício de junho, “Congresso no qual,porém, participo há 20 anos”.Também não quis organizar nadapara as passadas eleições do Secre-tário Geral. “Enquanto não houverabertura de um Posto consular dignodos 50.000 Portugueses que vivemnuma área que cobre o equivalente a56% do território português, ou seja8 Departamentos franceses, a minhaação política estará parada, à esperade uma resolução”.

Por Inês Vaz

LusoJornal / Carlos Pereira

LusoJornal / Gracianne Bancon

Manuel Ferreira frente ao Vice-Consulado em janeiro de 2012LusoJornal / Inês Vaz

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Cultura

Alliance Française et Rotary Club de l’Algarveont organisé une Soirée Blanche à Faro

Pour la 2ème année consécutive, la Soi-rée Blanche - «Branco ao Jantar» - futorganisée à l’initiative de Christine Fay,Vice-Présidente de l’Alliance Françaiseà Faro et membre du Rotary Club d’Es-toi. António Bernardes, Président del’Alliance Française, était bien sûr pré-sent.L’événement bien connu en France de-puis quelques temps, et déjà lancédans un genre différent par Eddie Bar-clay à St Tropez dans les années 1980,représentait une nouveauté au Portu-gal.Dans le cloître de l’ancien couvent, ac-tuellement Ecole Hôtelière de l’Al-garve, près de 200 personnes, toutesde blanc vêtues, de la tête aux pieds,certaines chapeautées ou même mas-quées aux allures vénitiennes, ont étéaccueillies par les deux charmantes etsouriantes hôtesses dont Aurélie Quin-tanilha, Secrétaire à l’année au siègede l’Alliance Française de Faro.16 tables nappées de blanc, entouréeschacune de 12 chaises égalementblanches, avec accoudoirs, attendaientdès 19h30 les inscrits de différentesnationalités: 1/3 de Français, 1/3 dePortugais et 1/3 d’anglophones.Un peu surpris par le vent et la frai-cheur de la soirée, les participantsn’ont pas hésité à installer leurs tables.Qui s’occupaient de la décoration, quiapportaient les victuailles, qui la vais-selle. Bref un vrai piquenique élégant.Où chacun rivalisait d’imagination etde poésie pour donner un thème à satable. Sur l’une d’elles, une maquetteblanche d’un phare réalisée par un bri-tannique, surélevé de son éclairage delumière blanche longue portée et sur-monté d’un mobile de mouettes à lamanière de Calder aurait remporté mapréférence.Le top de la soirée fut lancé avec la

prestation du Grupo Folclórico de SãoBrás de Alportel, pour se réchauffer aurythme de la musique entraînante por-tugaise.Un peu plus tard, les Danças de Salãode l’Escola João de Deus de Faro. Etpour finir, la fadista Raquel Peters. Ces3 animations ont suscité des applau-dissements bien mérités.Tout ceci était organisé autour et dansun but bien précis. Moyennant unticket d’entrée de l’ordre de 20 eurospar personne, chacun a pu contribuerà apporter sa petite goutte à l’œuvrecaritative grande et discrète du RotaryInternational depuis 1905, date de sa

création. 10.000 projets en cours,1.200.000 membres au niveau mon-dial. Avec au cœur de leurs valeurs«Servir d’abord». Le Rotary Club d’Ol-hão avec Maria Carmo était conjointe-ment organisateur de cette soirée.Sans oublier les autres clubs autour deFaro, nombreux dans la région.Les bénéfices générés ce soir là, vontpermettre de soutenir deux associa-tions locales portugaises. A savoir,d’une part l’ACAPO, Associationd’Aveugles et Amblyopes du Portugal,institution privée de solidarité sociale àbuts non lucratifs et d’autre part le Re-Food de Faro. La mission de cette der-

nière consiste à réduire la faim dans leszones urbaines et diriger les excédentsalimentaires directement vers les per-sonnes qui en ont le plus besoin.Les différents sponsors locaux ayantparticipé aux financements des fraisd’impression et de fonctionnement decette Soirée Blanche, l’on peut suppo-ser qu’environ 3 à 4.000 euro, permet-tront de soutenir les deux associations.Ce qui montre bien qu’il faut déployerbeaucoup d’efforts et d’énergie de lapart des bénévoles, pour accompagnerles moins chanceux vers un peu plusde confort ou pallier à leur minimumvital.

Pour la deuxième année consécutive

Par Gracianne Bancon

João Pinto Coelho no Festival PremierRoman de ChambéryA 29ª edição do Festival PremierRoman de Chambéry que se reali-zou entre os dias 26 e 29 de maio,contou com 23 autores de primei-ros romances francófonos e euro-peus, dos quais “Perguntem aSarah Gross” do escritor portuguêsJoão Pinto Coelho.João Pinto Coelho participou numaconversa com os leitores, em por-tuguês, no sábado de manhã, noclaustro do Museu Savoisien e nomesmo dia, à tarde o autor inte-grou uma mesa-redonda sob otema “Vous avez-dit roman?”“Em 1968, Kimberly Parker, umajovem professora de literatura,atravessa os Estados Unidos para irensinar no colégio mais elitista daNova Inglaterra, dirigido por umamulher carismática e misteriosachamada Sarah Gross. Foge de umsegredo terrível e procura em St.Oswald’s a paz possível com acompanhia da exuberante Miranda,o encanto e a sensibilidade de Cle-

ment e sobretudo a cumplicidadede Sarah. Mas a verdade persegueKimberly até ali e, no dia em quetoma a decisão que a poderia sal-var, uma tragédia abala inespera-damente a instituição centenária,abrindo as portas a um passadoavassalador. Nos corredores da uni-versidade ou no apertado gueto deCracóvia; à sombra dos choupos deBirkenau ou pelas ruas de Aus-chwitz quando ainda era uma ci-dade feliz, Kimberly mergulhanuma história brutal de dor e so-brevivência para a qual ninguém apreparou” diz o resumo do livro.Rigoroso, imaginativo e profunda-mente cinematográfico, com diálo-gos magistrais e personagensinesquecíveis, “Perguntem a SarahGross” é um romance trepidanteque nos dá a conhecer a cidadeque se tornou o mais famosocampo de extermínio da História. Aobra foi finalista do prémio LeYaem 2014.

João Pinto Coelho nasceu em Lon-dres em 1967. Licenciou-se emArquitetura em 1992 e viveu amaior parte da sua vida em Lisboa.Passou diversas temporadas nosEstados Unidos, onde chegou a tra-balhar num teatro profissionalperto de Nova Iorque e dos cená-rios que evoca neste romance. Em2009 e 2011 integrou duas açõesdo Conselho da Europa que tiveramlugar em Auschwitz, na Polónia,trabalhando de perto com diversosinvestigadores sobre o Holocausto.No mesmo período, concebeu eimplementou o projeto “Auschwitzin 1st Per-son/A Letter to Meir Ber-kovich”, que juntou jovens portu-gueses e polacos e que o levouuma vez mais à Polónia, às ruas deOswiécim e aos campos de concen-tração e extermínio. A esse propó-sito tem realizado diversasintervenções públicas, uma dasquais, como orador, na conferênciainternacional Portugal e o Holo-

causto, que teve lugar na FundaçãoCalouste Gulbenkian, em 2012.“Perguntem a Sarah Gross” é o seuprimeiro romance.O Festival du Premier Roman deChambéry é a única manifestaçãoliterária em França que trabalhaem prol da descoberta e promoçãode primeiros romances francofonose europeus através da leitura.3.200 leitores selecionam, apósum ano de leituras e de debates, osautores de primeiros romances quemais gostaram e que serão convi-dados para o Festival. Assim, 14autores de primeiros romancesfrancófonos e 7 autores de primei-ros romances italianos, espanhois,alemães, romenos, ingleses e por-tugueses participam no Festival, aolado de autores célebres. A inicia-tiva tem o apoio do Camões IP.Esta abordagem original da formaa um evento literário único e plu-ral, ao serviço da criação literáriacontemporânea.

le 01 juin 2016

Quais são as novas medidas Simplex + 2016?

Resposta:

O projeto Simplex + 2016 é umplano de ação governamental quecontém um conjunto de 255 me-didas que têm como objetivo asimplificação da relação entre aadministração pública portuguesae os cidadãos e as empresas.De entre as medidas preconizadaspoder-se-ão enumerar as se-guintes:- Trabalhadores dependentes vãodeixar de entregar o IRS: esta me-dida visa terminar de forma gra-dual com a necessidade deentrega da declaração de IRSpelos contribuintes que apenasaufiram rendimentos de trabalhodependente ou sejam aposenta-dos e reformados;- Emissão e revalidação da cartade condução online;- Criação do Espaço Óbito: com ajunção num único local de atendi-mento de um conjunto de serviçostransversais a várias entidades pú-blicas e privadas;- Simplificação do processo de ob-tenção da isenção do IMI: comesta medida quem comprar umacasa para habitação própria e per-manente (e tiver os requisitos paraestar isento do pagamento do IMIdurante os primeiros anos) nãoprecisará de submeter o pedidojunto do Fisco;- Limitação da penhora do saldobancário ao valor efetivamente emdívida;- Voto em mobilidade: alarga-mento do exercício do direito desufrágio antecipado e em qual-quer lugar;- Abertura de uma conta bancáriaapenas com o Cartão do Cidadão(atualmente é necessário bilhetede identidade ou cartão do cida-dão, cartão de contribuinte, com-provativo de morada,comprovativo de profissão e enti-dade patronal, entre outros);- Criação de uma aplicação quepermita fazer o pagamento dosimpostos, por débitos diretos;- Pedido do Registo criminal atra-vés de uma plataforma online.Estas são algumas das medidasprevistas no Simplex + 2016.

Rita RibeiroJuristaRua Principal, nº 150Granja2425-013 Monte RealInfos: +351.926.300.365Infos: +33 (0)6.12.601.427

Rubrica jurídica

LusoJornal / Gracianne Bancon

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10 Cultura

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José Rodrigues dos Santos esteve em Strasbourg

Na terça-feira, dia 24 de maio, os lei-tores e admiradores, assim como aComunidade portuguesa residente emStrasbourg, no Leste de França, tive-ram encontro marcado com o jorna-lista e escritor José Rodrigues dosSantos ao final da tarde na livrariaKléber, em pleno centro da cidade deStrasbourg. José Rodrigues dos San-tos é sem margem para dúvida umverdadeiro caso de sucesso. Algunsdos seus livros conseguem ser tradu-zidos em 18 línguas e vende milharesde exemplares no território francês.Este encontro serviu principalmentepara apresentar o seu mais recente ro-mance traduzido em francês, “FurieDivine”. Este livro tenta descrever oterrorismo e a forma como os terroris-tas islâmicos agem e pensam. Abordaainda temas como política, ideologia,sociedade, o islão, entre outros assun-tos. Como já é habitual, José Rodri-gues dos Santos tenta demonstrar edescrever pormenorizadamente deque forma o ser humano é capaz dese radicalizar e de se sacrificar emnome de uma ideologia.

O escritor declarou ainda que “es-crevo romances para contar factos ve-rídicos. A ficção não necessita de serprovada, pois é ficção”. José Rodri-gues dos Santos disse também quegosta de escrever sobre temas queconsidera estarem envoltos de um

mistério por desvendar.Este encontro durou pouco mais deuma hora e teve lugar na sala brancada livraria Kléber. Estiveram presentesmais de cem pessoas, muitas delas denacionalidade francesa. A AssociaçãoCultural Portuguesa de Strasbourg es-

teve também representada por umacomitiva composta de membros e di-rigentes, que fizeram questão de es-tarem presentes neste encontro eaproveitaram para colocar questões aoescritor. Este momento foi organizadoe promovido pela livraria Kléber.

Para apresentar o seu mais recente livro em francês “Furie Divine”

Por Rui Ribeiro Barata

Encenador francês Claude Régy em AlmadaA peça “La barque, le soir”, do norue-guês Tarjei Vesaas, com encenação dofrancês Claude Régy, sobriu ao palcoda sala principal do Teatro MunicipalJoaquim Benite, em Almada, até do-mingo passado, dia 29 de maio.O encenador francês regressou à ci-

dade de Almada, depois do êxito na27ª edição do Festival de Teatro, em2010, quando apresentou “Ode Marí-tima”, interpretada por Jean-QuentinChâtelin.“Le barque, le soir” é o excerto de umromance cuja ação gira em torno de

um homem “meio-morto”, à deriva,agarrado a um tronco, que paulatina-mente se vai apercebendo das som-bras que o rodeiam.O universo do espetáculo da compa-nhia Les Ateliers Contemporains, deParis, decorre num estado intermédio,

entre a vida e a morte, pondo emcausa a própria noção de realidade.A peça, que foi falada em francês eteve legendas em português, teve in-terpretações de Yann Boudaud, OlivierBonnefoy e Nichan Moumdjian. A ce-nografia é de Sallahdyn Khatir.

Maria de Medeiros leu Alexandra LucasCoelho na Noite da Literatura em Paris

A atriz Maria de Medeiros leu ex-certos do livro “O meu amante dedomingo”, de Alexandra LucasCoelho, na 4ª edição da Noite daLiteratura, em Paris, no sábadopassado.O evento juntou autores de 19 paí-ses, acompanhados por atores fran-cófonos, que leram excertos dassuas obras e conversaram com opúblico, na chamada “CouléeVerte” do Viaduc des Arts, um es-paço pedonal criado numa antigalinha de comboios, no 12º bairrode Paris.Para Alexandra Lucas Coelho, lerexcertos de “O meu amante de do-mingo” na capital francesa tem umsignificado muito especial porque“Paris está muito ligado a estelivro”.“Há uma sequência de pequenoscapítulos do livro que tem a vercom Balzac, e a narradora faz umapromessa de vir trazer uma flor-de-lis ao Père Lachaise, o cemitérioonde Balzac está. Quando acabeide fazer este livro e quando ele es-tava a ser paginado para ser publi-

cado, vim a Paris e fui visitar acampa do Balzac ao Père Lachaise”,contou a escritora à Lusa.A autora de “O meu amante de do-mingo”, o seu primeiro romance tra-duzido para francês, leu excertosem português, e Maria de Medei-ros, em francês, o que, para Ale-xandra Lucas Coelho, é como ouvir“um texto novo, mas que aomesmo tempo já existia”.O evento é organizado pelo Fórumdos Institutos Culturais Estrangei-

ros em Paris, que reúne mais de50 organismos, incluindo o CentroCultural Camões.O Conselheiro cultural da Embai-xada de Portugal em França, JoãoPinharanda, explicou à Lusa que oconceito da Noite da Literaturaconsiste em escolher um autor deum livro recentemente publicado etraduzido em França, tendo esco-lhido Alexandra Lucas Coelho, “porvárias razões”, incluindo por serum romance que sugere outra ima-

gem da mulher portuguesa. “É umromance que coloca questõesmuito interessantes relativamenteà posição da mulher, à sexualidadee à libertação da mulher e é umaimagem muito diferente da que ha-bitualmente se cola às mulheresportuguesas, muitas vezes doponto de vista de um olhar e de umpensamento conservador e ruralistaque ainda há sobre Portugal, osportugueses e as portuguesas”, de-clarou.João Pinharanda sublinhou, ainda,que Alexandra Lucas Coelho “é al-guém com muito mundo” para en-riquecer a conversa com o públicofrancês, depois da leitura de textosdo livro publicado em França, em2015, pela editora Seuil. “Ela temuma abrangência de interessesmuito larga que é simultaneamenteliterária, de cronista de jornal etambém política no sentido de terempenho em algumas causas e emalgumas reportagens de viagemque ela fez ao México, Palestina,Brasil. Digamos que é alguém commuito mundo e isso poderá desen-cadear outro tipo de conversas”,disse.

Por Carina Branco, Lusa

le 01 juin 2016

“Maria Judite deCarvalho - Uneécriture en libertésurveillée”

Paru auxédi t ionsL’Harmat-tan en2 0 1 2 ,dans lacollectionMondesl u s o -phones,cet ou-vrage col-l e c t i f

organisé par Maria Graciete Besse(Université Sorbonne-Paris IV),Adelaide Cristóvão (Coordinatricede l’enseignement du portugais enFrance) et José Manuel da CostaEsteves (Institut Camões/UniversitéNanterre-La Défense) réunit dix-neuf études qui «éclairent la pro-fondeur de l’œuvre de Maria Juditede Carvalho, interrogent les jeux etles enjeux d’une écriture qui, traver-sant les époques, nous invite àmieux comprendre le présent».Précisons que ce livre est issu ducolloque international «Maria Juditede Carvalho: thèmes, genres et re-présentations». 50 ans après la pa-rution de «Tanta gente, Mariana»,qui a eu lieu à Saint-Denis et àParis, du 4 au 6 novembre 2009.Marqué par une réflexion sur la so-litude humaine, sur la brièveté de lavie et la condition des femmes, laparution en 1959 de ce premier re-cueil de nouvelles, «Tanta gente,Mariana» (publié en français sousle titre de «Tous ces gens, Ma-riana») annonce déjà les principauxthèmes de l’univers fictionnel deMaria Judite de Carvalho (1921-1998), l’une des voix les plus se-crètes de la littérature portugaise,malgré une œuvre considérable etencore mal connue, qui fait appelaussi bien à l’histoire qu’à la poli-tique, la philosophie ou les arts.La première partie de ce volumes’intéresse aux destinées fémininesqui traversent la fiction de Maria Ju-dite de Carvalho; la deuxième partieest consacrée à l’élaboration de sonécriture, «marquée par le désir defaire coïncider brièveté et vérité»,affirme Maria Graciete Besse dansson introduction; l’attention au rôledécisif de l’expérience temporelle,bien présente dans l’ensemble deson œuvre, occupe la troisième par-tie; le quatrième axe de cet ouvrages’intéresse à la dimension compa-ratiste de l’œuvre de l’auteure, ou-vrant ainsi de nouvelles pistes delecture; enfin, la dernière partie duvolume aborde la problématiquedes genres et ses enjeux particu-liers.

Um livro por semana

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

Josiane Cauet

Alexandra Lucas Coelho

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Cultura 11

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«La femme africaine face aux défis climatiques»

Organisée par le groupe des Étatsmembres africains auprès del’Unesco, l’édition 2016 de la Se-maine africaine, qui avait pour thème«La femme africaine face aux défis cli-matiques», a eu lieu du 23 au 27 maidernier au siège de l’Unesco, à Paris,en présence de la Princesse du Maroc,Lalla Hasnaa, désignée marraine del’événement par le groupe des ambas-sadeurs africains accrédités auprès del’Unesco.Le point culminant de cette Semainea été la conférence sur les enjeux dela COP 22 pour l’Afrique et la femmeafricaine: 1 - quelles stratégies pourl’intégration de la femme africainedans les politiques de lutte contre lechangement climatique? 2 - Lafemme africaine et la protection del’environnement (l’accent a été mis

particulièrement sur des actions réus-sies par les femmes africaine).La Semaine africaine mettait égale-ment à l’honneur la diversité du patri-moine culturel et artistique del’Afrique, à travers notamment une ex-position-vente d’objets d’art, de pein-tures contemporaines et de publica-tions, des projections de films et unesoirée de gala. Parmi les nombreuxpays africains exposants, figuraientégalement trois pays de l’Afrique luso-phone: au stand du Cap-Vert, outre lesobjets d’artisanat et les produits gas-tronomiques, on pouvait voir une ex-position de photographies de Gabrielda Costa, montrant notamment lespaysages de l’archipel capverdien.À l’espace consacré à l’Angola étaientexposées les toiles de l’artiste-peintreDavid Mvuluba, né dans la provincede Uige (Angola), en 1971. Tout enpoursuivant ses études de méca-

nique dans son pays natal, DavidMvuluba a fréquenté les ateliers despeintres tels que Bodo, Kabisi etDimbi. Depuis une dizaine d’annéesil vit à Paris.Enfin, au stand du Mozambique,étaient proposés d’une part des pro-duits artisanaux, des livres et des CDsmusicaux et, d’autre part, une expo-sition avec des reproductions dupeintre mozambicain Malangatana(1936-2011), nommé en 1997 ar-tiste de l’Unesco pour la paix, et aussides toiles d’un autre artiste-plasticienmozambicain, Carlos Fornasini, né en1960, à Maputo. À signaler égale-ment, dans ce stand, la présence del’Association des Mozambicains etdes Amis du Mozambique en France,dont le but est de promouvoir la cul-ture mozambicaine et de renforcer lesliens entre la diaspora mozambicaineet la France.

La Semaine africaine à l’Unesco

Par Dominique Stoenesco

Susana Alexandre participou no Salão da fotografiacontemporânea de ParisA fotógrafa portuguesa Susana Ale-xandre participou pela segunda vezno “Salon de la Photographie Con-temporaine”, que teve lugar emParis, na Place Saint Sulplice, nosdias 30 e 31 de maio, e que juntoucerca de 100 fotógrafos franceses eestrangeiros. Um outro fotógrafoportuguês, Jean-Charles Rosa, par-ticipou neste salão.A participação no Salão da fotogra-fia contemporânea de Paris foi tam-bém o momento escolhido porSusana Alexandre para lançar umanova série do seu trabalho - “119”- um trabalho de homenagem àscrianças vítimas de violência se-xual.“119 é o número das urgências, emFrança, para criancas vítimas deviolação sexual. A violência sexualsobre crianças ainda é pouco fa-lada, no entanto existem vítimasque não falam, que têm medo, ver-gonha, julgam-se culpadas do crimeque não cometeram” explica a ar-

tista. “80% dos casos passam-seem ambientes familiares ou com

amigos da família”.Susana Alexandre trabalha sobre

este tema há aproximadamente doisanos. “Para mim é importante falar,

fotografar, para dar voz. Estas crian-cas, que mais tarde são adultas,continuam a viver com esta dor,com este traumatismo, e podem serrejeitadas pela sociedade, devido acomprortamentos ‘selvagens’, ‘tími-dos’, que têm no dia a dia”.Na coleção “119”, Susana Alexan-dre quer falar deste tema em ima-gens, “visto que é difícil colocarpalavras. Gostava através desta ex-posição, à minha escala, dar ima-gem (voz) a esta epidemia e pararcom ela”.Susana Alexandre nasceu em Peni-che, onde viveu parte da sua infân-cia, inevitavelmente apaixonadapelo mar, com o qual aprendeu aarte de ser rebelde. Passou a adoles-cência nos Açores, antes de viajarpara Paris onde ainda hoje reside.Também pinta, escreve, faz teatro,mas é na fotografia que encontra amelhor forma de se expressar artisti-camente. A sua máquina fotográficapassa a ser a sua fiel companheira.Em 2013 Susana Alexandre decidiufinalmente partilhar as suas fotogra-fias com o público, numa exposiçãointitulada “Expressões/Expressions”.Seguiu-se a exposição “Mulheres”,que chegou a ser exposta na Assem-bleia da República portuguesa para aocasião do Dia mundial da mulher.Em dezembro 2013 apresentou a ex-posição “Natal no Mundo”, ondeexpôs a sua visão do Natal em Portu-gal e em Paris. E em 2014 revela aopúblico a cor, na misteriosa exposição“Silences”.“Expressões/Expressions” e “Silen-ces” foram acompanhadas da ediçãode um livro, no qual Susana Alexandrese entregou um pouco mais, assi-nando textos que convidam o leitor aviajar.Já expôs em Paris, Nanterre, Lisboa,Mafra, Espinho, Peniche, Hamburgo,e foi nomeada revelação artísticado ano 2014 na Gala Cap Magellanna Mairie de Paris.

“119”: um trabalho sobre crianças vítimas de violência sexual

le 01 juin 2016

Susana Alexandre com Jean-Charles RosaDR

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14 Cultura

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“Ascensão”, de Glória do Ribatejo a Cannes

Aos 29 anos, Pedro Peralta levou atéCannes a primeira curta-metragem,“Ascensão”. Na Semana da Crítica,secção paralela do maior festival decinema do mundo, o filme impressio-nou o público e os críticos, naquelaque foi a melhor estreia internacionala que o realizador e a equipa pode-riam aspirar. Antes, na passagem peloIndie Lisboa, o filme tinha já arreca-dado um prémio.À mesa de um café de Cannes, trocá-mos impressões com Pedro Peralta ecom o assistente de realização DiogoAllen.

Como é que a ideia de “Ascensão”evoluíu até o filme chegar a Cannes?Pedro Peralta: O filme é a conclusãode um processo que durou cerca detrês anos, desde o primeiro esboço deguião, em 2013. No ano seguinte,concorremos a ajudas do ICA (Insti-tuto do Cinema e Audiovisual), que fi-nanciou o filme em conjunto com aFundação Calouste Gulbenkian.Quando obtivemos o financiamento,começámos a trabalhar sobre esseguião. Houve um processo de procurados locais e das pessoas para interpre-tar as personagens, que não são atoresprofissionais. Esse processo demoroucerca de sete meses, porque foi pre-ciso conhecer as pessoas e criar rela-ções com elas. Acabou por alterar,aqui e ali, algumas partes do guião,mas o grosso da história estava es-crito. A rodagem foi relativamentecurta, fez-se em quatro dias, mas exi-giu muita preparação, já que o filmefoi todo feito em planos-sequência, oque requer uma grande logística epreparação, nomeadamente por partedo nosso diretor de fotografia, João Ri-beiro. O processo de montagem e mis-tura de som foi também demorado, jáque o som foi todo gravado “a poste-riori”. A pós-produção demorou tam-bém muito tempo. Da rodagem até àfinalização do filme, passaram-se seis

meses, o que para uma curta é muitotempo. O filme estreou na ediçãodeste ano do Indie Lisboa, onde foidistinguido com o prémio “Árvore daVida”. A Semana da Crítica de Cannesfoi a estreia internacional. É a melhorestreia internacional que poderíamoster.

Como foi a reação quando souberamque o filme tinha sido selecionado?PP:Obviamente, ficámos todos muitocontentes. É a garantia de que o nossotrabalho é mostrado no melhor palcopossível e terá a melhor visibilidade,para não falar dos eventuais contactosque a presença no festival proporcionae que poderão garantir uma continui-dade do nosso trabalho.

Tiveram ajuda do ICA e da Gulben-kian. A forma como se processam asajudas públicas motiva algumas dasprincipais queixas dos cineastas inde-pendentes. Como reagem?PP: O importante é cada um saber ofilme que quer fazer e de que meiosprecisa. Há países mais generososque outros, mas Portugal não é o paísmais complicado da Europa nestecampo. É um país que protege bas-tante, embora não sendo uma situa-ção ideal.

Reparei em duas coisas interessantes,do ponto de vista formal: Uma é aquase falta de diálogos e outra são osplanos-sequência, de que já falámos(o filme tem, ao todo, três planos).Isso coloca desafios importantes?PP: Não há muitos diálogos de línguafalada, mas há um grande foco na lin-guagem corporal. É um filme queapela mais à visão, à audição e até aotato. Nesse sentido, o filme é tudomenos estéril em termos de lingua-gem. Quanto aos planos-sequência,para mim representam uma tradiçãode trabalhar no cinema. Não é a maisconvencional. O maior desafio é fazer-nos perceber de que meios precisa-mos para trabalhar assim, visto não

ser a norma. Tem de haver uma maioratenção, mas ao mesmo tempo issodá mais energia. Acabou por correr

tudo bem.

Onde foram buscar inspiração para a

história? A mim, a história parece-mea de uma ressurreição…PP: Não consigo tirar esse tipo de ila-ções. É algo que prefiro manter abertoà interpretação do público. Tivemosvárias inspirações, sendo que algopresente desde o início era a homena-gem que quis fazer a um amigo quedesapareceu. Um filme, ou qualquerobjeto artístico, apela à nossa huma-nidade. Pode apelar à espiritualidadeou simplesmente ao entretenimento.Uma das inspirações tem a ver comas representações clássicas da des-cida de Cristo da cruz. Ouvi tambémum relato de um salvamento de umpoço, que me impressionou bastante.Diogo Allen: Ouvimos até vários rela-tos. Quando projetámos o filme emGlória do Ribatejo, onde foi rodado,uma senhora dirigiu-se a um dos ato-res e descreveu-lhe o que costumaacontecer, que os afogados deitamágua pela boca, etc… No meio ruralportuguês, é um acontecimento recor-rente alguém cair a um poço.PP: Sendo que tivemos outras refe-rências. Seria exaustivo estar a enu-merá-las.

Noto alguma influência de Manoel deOliveira, ou estarei errado?DA: Gostas muito do Manoel de Oli-veira...PP: Sim, mas, para mim, mais do quea influência de outros realizadores, aminha maior influência é sempre aminha experiência pessoal e a daspessoas que trabalham comigo, comoo Diogo. Várias ideias dele entraramno guião. Um filme, como o concebo,é um trabalho de equipa. O diretor defotografia também colocou aqui as re-ferências dele, sejam artísticas oupessoais. O montador e misturador desom, Miguel Martins, igualmente. Al-guns aspetos criativos só foram en-contrados na montagem sonora dofilme.

(*) Ricardo Figueira em Cannes parao LusoJornal e para a Euronews

Um filme de Pedro Peralta

Por Ricardo Figueira (*)

le 01 juin 2016

Joana Vasconcelos vai criar uma obra para Paris 18

A artista Joana Vasconcelos vai criaruma obra para os residentes do 18ºbairro de Paris, Porte de Clignan-court, no âmbito de um projeto dereabilitação urbana, da capital fran-cesa, disse à Lusa Hermano San-ches Ruivo, Conselheiro de Paris,delegado aos assuntos europeus.A portuguesa foi uma das artistasconvidadas a criar uma obra “enco-mendada” por habitantes de bairroslimítrofes de Paris, os quais foramconsultados pela autarquia, no con-texto das obras de reabilitação ur-bana ligadas à extensão da linha doelétrico.“A Mairie de Paris lidera o processo,mas os habitantes apresentaram umcaderno de encargos e pediram umaobra muito acolhedora e que trou-xesse alegria”, afirmou HermanoSanches Ruivo à Lusa, indicandoque a obra deverá estar concluídaantes da inauguração da linha T3do elétrico, prevista para o último

trimestre de 2018.Joana Vasconcelos vai trabalharcom residentes do centro social“Maison Bleue Porte Montmartre”,do 18º bairro da capital francesa, e“é a artista que mais avançou noprojeto e no intercâmbio com a po-pulação”, continuou Hermano San-ches Ruivo, adiantando que, “nesteoutono, devem ser apresentados osprimeiros esboços” do trabalho.O Conselheiro de Paris sublinhoutratar-se de “um projeto inovador,porque envolve os cidadãos deParis” que foram consultados sobre“o que gostariam que fosse mu-dado”, no âmbito das obras de rea-bilitação urbana. “A Joana faz partedas artistas que a Mairie de Parisreconhece e que já apoiámos. Porexemplo, quando a obra ‘A Noiva’foi rejeitada para a exposição do Pa-lácio de Versailles, conseguimosexpô-la no Centquatre. É mais umamarca lusófona que vai ficar na ci-dade de Paris, além de, por exemplo,o Vhils, que já tem umas paredes”,

afirmou à Lusa.Joana Vasconcelos já tinha expostono Palácio de Versailles, entre 18de junho e 30 de setembro de2012, tendo sido uma das cincoexposições mais visitadas em Paris,nos últimos cinquenta anos, com1,6 milhões de entradas, segundoo jornal Le Figaro. A artista foi a pri-meira mulher e a mais jovem cria-dora a expor naquele palácio, ondetambém passaram obras do artistanorte-americano Jeff Koons e do ar-tista japonês Takashi Murakami.Nascida em Paris, em 1971, JoanaVasconcelos vive e trabalha em Lis-boa. Em 2010 mostrou, no MuseuColeção Berardo, em Lisboa, a suaprimeira exposição antológica, inti-tulada “Sem Rede”, tendo repre-sentado oficialmente Portugal naBienal de Arte de Veneza em 2013.Nesse ano, Joana Vasconcelos tam-bém expôs no Palácio Nacional daAjuda, em Lisboa, tendo sido amostra individual mais visitada emPortugal, com 200 mil pessoas.

Por Carina Branco, Lusa

O filme17 minutos, três planos-sequência, diálogos mínimos e muita força visual. Es-tamos no Portugal de outros tempos, um homem caíu a um poço e um grupode aldeões trá-lo de regresso a terra firme. Mero salvamento ou milagre, episódioquotidiano ou metáfora da ressurreição, Pedro Peralta consegue aqui uma pri-meira obra (fora do âmbito escolar) cheia de peso. A partir de uma história sim-ples, constrói um objeto visual carregado de beleza, para o qual muito contribuiua fotografia com assinatura de João Ribeiro. Depois do Indie Lisboa e de Cannes,“Ascensão” estará presente no festival “Olhar de cinema”, em Curitiba, no Bra-sil. Produção: Terratreme filmes.“Teaser” do filme: https://vimeo.com/163299058

Lusa / Mário Cruz

Pedro Peralta e Diogo Allen em CannesLusoJornal / Ricardo Figueira

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Cultura 15

emsíntese

Guest Star: Nelson Freitassous tous les angles sur Trace Toca

Le mercredi 8 juin, à 23h00, l’hommeaux tubes, Nelson Freitas, sera dansl’émission «Guest Star», sur la chaînede télévision Trace Toca. À l’occasionde la sortie de son album «Four», leCapverdien vous révèle les étapes dé-cisives de sa carrière.Influencé par la Sodade et la Mornaqui ont bercé son enfance, NelsonFreitas a bouleversé les codes de la Ki-zomba, du Zouk capverdien et duR&B.Le chanteur a fait ses premiers pasdans la lumière au sein du groupeQuatro. En 2006, son premier albumsolo intitulé «Magic» dont est extrait lehit «Deeper» en duo avec Kaysha, étaitdisque de platine en Angola.Trois albums plus tard et un trophéeaux Cabo Verde Music Awards, Nel-son Freitas n’est plus à présenter. Toutce qu’il touche se transforme en or:ses albums se vendent à plusieurs di-zaines de milliers d’exemplaires(70.000 pour le premier et 90.000pour le second) et ses titres comme«Rebound Chick» sont des tubes im-médiats. Surnommé «Mr Magic» de-vant tant de succès, il fait désormaispartie des incontournables de la mu-sique capverdienne. Il sera à Paris le12 juin pour un concert exceptionnel.Lancée en 2014, Trace Toca est la pre-mière chaîne musicale en portugaisexclusivement consacrée à la cultureet aux musiques afro-lusophones.

Diffusion: le mercredi 8 juin, à 23h00Rediffusion: le vendredi à 20h00, lesamedi à 13h00 et le dimanche à19h00Durée: 13 minutes

José Alberto Reis promove álbum em francês

Já está à venda o primeiro álbum can-tado em francês por José Alberto Reis- “La même passion” - editado recen-temente, e que reúne 10 títulos ro-mânticos.Este foi um dos sonhos que o cantorconseguiu agora realizar após muitosanos de espera e sobretudo muito tra-balho em estúdio. “Nunca falei bemo francês mas sempre me sentiatraído pela língua francesa. Desdepequeno ouvia muito as canções fran-cesas de vários artistas e cresci comesse som no ouvido e sempre sonheicantar em francês”, começa por de-clarar o cantor ao LusoJornal. JoeDassin, Mireille Mathieu, Edith Piaff,ou ainda Charles Aznavour são algunsdos nomes citados que o inspiraramao longo da sua carreira profissional.Em 2017 José Alberto Reis festejará30 anos de carreira e para marcar oevento decidiu, com a ajuda de umamigo e compositor residente emFrança - Fernando Braga - atacar-se àfonética francesa e aperfeiçoar o seufrancês nas suas canções. “Nãoposso dizer que falo bem francês maspelo menos quis dar o máximo dequalidade ao meu trabalho e daí eupassar muitas horas a fio para pro-nunciar bem o francês”.Assim numa colaboração mútua, JoséAlberto Reis compôs a sua música efoi Fernando Braga que escreveu as

letras. Satisfeito com o trabalho, ocantor já teve a oportunidade de apre-sentar alguns dos seus novos títulosem alguns espetáculos, nomeada-mente em França, onde ainda recen-temente subiu ao palco de Amiens,perante uma maioria de Franceses.O espetáculo foi organizado por Abílio

de Sousa, Presidente do FC PortoPortugais d’Amiens. Havia 420 pes-soas para o jantar e para o espetá-culo. “Quando canto em francêssinto-me bem e gosto do que canto,e tento entregar as mesmas emoçõesao público como se cantasse em por-tuguês. As emoções não têm frontei-

ras”.“J’ai perdu la face”, “Un rêve ina-chevé”, “J’ai oublié de t’aimer”, ouainda “L’ami qui m’a trahi”, são al-guns dos temas que podemos ouvirneste álbum. Com cerca de 20 proje-tos musicais, considera este comoum dos seus maiores desafios, masdiz ter outro gravado também em es-panhol, já que considera ser impor-tante saber expandir as suasexpetativas e o seu trabalho.José Alberto Reis é um dos intérpre-tes românticos mais reconhecidospelo público português. Com uma vozsuave, mas profunda, sensual semdeixar de ser apaixonante e terna,somos levados pela sua interpretaçãoem composições inspiradas, quetransformam os seus CD’s em êxitose este não pode deixar de ouvir. “Ro-mântico”, “De alma e coração”, “So-zinho”, “Destino” ou ainda “Eterno”em 2014, o cantor tem um percursosólido e alargado e não obstante acrise que afetou o universo musicalem Portugal estes últimos anos, fazum balanço positivo em 2015 e “esteano está a ser muito bom”, confiou jáno fim ao LusoJornal. Com vários es-petáculos já agendados este verão emPortugal, o artista estará de volta aFrança no mês de novembro paranovos espetáculos. Mas antes passarápor Bruxelas no dia 26 de junho ondepoderá apresentar o seu novo trabalhoao público francófono.

Cantor romântico esteve na semana passada em Amiens

Por Clara Teixeira

“Do fundo da alma”, primeiro álbum para aartista portuguesa Sónia Cortez

Depois do seu primeiro single co-mercializado em julho de 2015, aartista portuguesa Sónia Cortez foimais longe no seu sonho, concreti-zado na realidade com o seu pri-meiro álbum “Do fundo da alma”,gravado no Alfama Studio, emParis, e editado pela discográficaEspacial, em Lisboa.Depois de uma longa digressão porPortugal, onde gravou um vídeoclip na sua cidade natal das Caldasda Rainha, participou na emissãoda SIC “Portugal em Festa” emPaços de Ferreira, esteve presentena Feira do Porco Alentejano emOurique, participando na emissãoda TVI “Somos Portugal”, SóniaCortez regressou à região Midi-Py-rénées onde reside há pouco maisde três anos.“É um álbum um pouco autobio-gráfico, a letra da minha autoria,com a composição musical do ar-tista português radicado em Paris,

Johnny, numa base musical quedefino como pop/rock romântico”,disse.O álbum saiu no início do mês deabril e é constituído por 13 temas,

dois dos quais são em inglês, umem francês e um em espanhol.“Não é fácil para um artista entrarno mercado, no entanto o álbum jáé comercializado em Portugal, nas

principais lojas de discos, e tam-bém nas pequenas. Em Françaainda não, mas é possível adquiri-lo através da minha página Face-book. Pensei também incluir nodisco temas em inglês, língua quegosto bastante e que é comercial-mente interessante. O título em es-panhol não estava previsto,coloquei-o por brincadeira, o meunome Cortez suscita muitas vezesque me associem à Espanha, massou bem portuguesa! Quanto aotema em francês foi um contributoao país que me acolheu”, declaroua cantora ao LusoJornal.Depois de muitos anos para levar atermo um dos seus grandes objeti-vos, Sónia Cortez, sabe hoje qual éo seu caminho, aquilo que desejae não deseja. Para já dois espectá-culos estão previstos na suaagenda, o primeiro na cidade deClermont-Ferrand, no dia 26 dejunho, e no dia 4 de dezembro, noevento Gaia Solidária no Teatro Ri-voli do Porto.

Por Manuel André

le 01 juin 2016

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Sónia Cortez na apresentação do seu álbum em AlbiLusoJornal / Manuel André

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16 Associações

lusojornal.com

emsíntese

Festa da AssociaçãoFranco-Portuguesaem Oberhausbergen

Decorreu no passado dia 21 maio, agrande festa anual da AssociaçãoAFP Saudades de Portugal, emOberhausbergen (67), região daAlsace.Já vem sendo habitual nesta alturado ano, a concretização destegrande evento no complexo des-portivo de Oberhausbergen.Trata se de uma associação fun-dada em 25 de abril de 1994, eque por norma realiza o grandeevento anual no mês de maio. Se-gundo referiu a Presidente da as-sociação, Catarina Folgueira, arealização da grande festa decorreno mês seguinte ao aniversário daAFP, “porque no mês de abril nãose consegue ter uma previsão me-teorológica tão favorável como emmaio, apesar de poder haver sem-pre surpresas com o tempo”.Todos os elementos da AFP esta-vam bastante satisfeitos com apresença das centenas de Portu-gueses da Comunidade, que apro-veitaram o excelente dia de solpara convívio, festa e muita anima-ção. Não faltou a boa comida,desde o Porco no espeto, as Sar-dinhas, o Caldo verde, entre ou-tros.No início do dia, para aquecer oscorações da Comunidade portu-guesa, decorreu uma aula abertade Kizomba.Nas horas seguintes atuaram osgrupos de folclore Florival deGuebwiller, e da associação orga-nizadora AFP Saudades de Portu-gal. Vieram também da Suíça oRancho de Martigny, e da Alema-nha o Rancho de Kaiserslauten.Para completar a tradição portu-guesa, atuaram também “Os reisdos bombos” de Metz.No final da noite, já dentro do pa-vilhão desportivo, teve lugar o bailecom o Grupo Hexagone.Com uma afluência digna de gran-des espetáculos musicais, esteevento contou com a presença doCônsul Geral de Portugal emStrasbourg, Miguel Rita, assimcomo de parte da sua equipa.

Por Miguel Bernardo Santos

A Associação Cultural Portuguesa deNeuilly-sur-Seine leva alunos a Provins

Porque nem só de aulas se forma umestudante, a Associação CulturalPortuguesa de Neuilly-sur-Seine (92)proporcionou, no domingo passado,dia 29 de maio, aos seus alunos,“Uma Viagem à Idade Média”, noâmbito das múltiplas atividadesdesta associação.Na realidade, motivada pela ideia deque as viagens formam a juventude,a ACPN ofereceu a todos os alunosque frequentam as aulas de Línguae Cultura Portuguesas naquela asso-ciação, uma viagem a Provins, ci-dade medieval, situada a cerca de80 quilómetros de Paris.Convidou também os respetivos pais,que tiveram uma pequena participa-ção para as despesas - que se podecontudo considerar simbólica, namedida em que a mesma incluía aviagem, o almoço no restaurante e asentradas para os espetáculos de fal-coaria e de destreza equina.Apesar da chuva que caiu com maiorou menor intensidade ao longo dodia, os espetáculos foram realizadose altamente apreciados. Na falcoariaforam gratificados com voos rasan-tes, mas controlados, e com lindís-simas coreografias e bailados de

mochos, corujas, águias reais e abu-tres, entre outros. No que à destrezaequina diz respeito, assistiram à re-produção de combates e duelos, queilustravam a história, antiga daqueleburgo e, mais particularmente, alenda segundo a qual um Conde deChampagne, aquando de uma dasCruzadas a Jerusalém, terá comba-

tido e derrotado o mal, tendo igual-mente trazido de Jerusalém umarosa que é hoje símbolo da terra eque é conhecida como a rosa de Pro-vins.A adesão, quer dos alunos quer dospais, foi grande e, no regresso, todosaplaudiram a iniciativa e reclamarammais para os próximos anos.

A próxima atividade da AssociaçãoCultural Portuguesa de Neuilly-sur-Seine será a festa de fim do ano es-colar da qual faz parte o já tradicionale concorrido concurso de poesia por-tuguesa. O evento terá lugar na salade teatro de Neuilly-sur-Seine, aentrada é livre, e estão todos con-vidados.

Os pais também fizeram a viagem

Por Carlos Monteiro

Festival «Couleursdu monde» em St Martin d’Hères

Le samedi 21 mai, durant toute lajournée, à Saint Martin d’Hères, uneville de l’agglomération grenobloise(38), il y a eu lieu le Festival «Cou-leurs du monde», organisé par laMairie locale. Plusieurs associationsconstituées de personnes issues durectangle ibérique lusophone y ontparticipé, notamment la Maison dela culture portugaise et le groupe dedanse «Os Lusitanos do Minho».Pendant la matinée, les gens ont dé-filé en cortège tout au long des prin-cipales rues de la ville. À midi, on apu déguster les spécialités propo-sées par chaque association, les bei-gnets de morue et le Vinho Verdefaisant un acte de présence très ap-précié par tout le monde.

L’après-midi, ce fut l’occasion devoir des «ranchos» évoluer surscène. Au rythme plutôt endiablé,joué par des instruments typiquestels la concertina, le bombo et lereque. Ce fut vraiment une merveillede voir les jeunes filles du rancho«Os Lusitanos do Minho» (dontquelques-unes sont des élèves de laCité Scolaire internationale de Gre-noble) faire tourner leurs longuesjupes.Après leur performance, dès qu’ellesont quitté la scène, de nombreuxgens qui méconnaissaient encore labeauté des belles robes noires desdanseuses tombaient des nues enles appréciant en détail. Ils n’arrê-taient pas de faire des complimentsà la finesse ainsi qu’à l’harmonie desbroderies en or qu’elles affichaient.

Par Manuel Ramos

le 01 juin 2016

Conto Contigo: Leituras com sabores

No dia 28 de maio realizou-se umanova sessão do Conto-Contigo, destavez no espaço La Caravelle des Sa-veurs, na rue du Faubourg SaintMartin.E o local não foi escolhido por acaso.É que a história envolvia Caravelasportuguesas e a chegada dos Portu-gueses ao Brasil, e a simpática anfi-triã, Paula Simão, tem na sua loja àdisposição de todos uma variedadede sabores dos dois países.Para um público maioritariamentecomposto por adultos, o que tornoua sessão ainda mais desafiante, aequipa do Conto-Contigo.fr fez pas-sar perante os nossos olhos a viagemde Pedro Álvares Cabral e da sua ar-mada até chegarem ao Brasil, os pri-

meiros contactos com os povos quejá la viviam, o choque e a curiosi-dade que deve ter provocado o en-contro de duas culturas tão distintas.O livro eleito foi “Brasil, a Terra deVera Cruz” da editora “Zero a Oito”e faz parte da coleção “A aventurados descobrimentos”.Falando novamente de obras notá-veis feitas pelos Portugueses, a pró-xima sessão extra do Conto-Contigorealiza-se no dia 4 de junho na Fun-dação Calouste Gulbenkian, emParis, e será uma sessão muito espe-cial que pretende fazer chegar o ar-tista Amadeo de Souza-Cardoso àscrianças.www.agrafr.fr.

(*) Patrícia Mota é tradutora e mem-bro da equipa Conto-Contigo.fr

Por Patrícia Mota (*)

LusoJornal / Manuel Ramos

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17Evento

Leonor Manuel Vaz élue Miss Guinée-Bissau France’16

Samedi 21 mai, à Aubervilliers (93),dans la région parisienne, a eu lieu la3ème édition de l’élection de MissGuinée-Bissau France 2016.Leonor Manuel Vaz, étudiante Hô-tesse d’Accueil demeurant à Mantes-la-Jolie (78), a remporté la couronnede Miss Guinée-Bissau France 2016.Elle est âgée de 18 ans et née à Bis-sau.Au total, dix candidates toutes origi-naires de la Guinée-Bissau étaientdans la course afin de devenir la reinede la beauté des jeunes filles de ladiaspora pendant une année. Les can-didates ont défilé dans 4 tenues: l’unede ville, une autre militaire, une tenuetraditionnelle et une robe de soirée.Quant aux 5 finalistes, elles ont portéune tenue supplémentaire pour la dé-libération. Après la délibération dujury composé de bissau-guinéens etde capverdiens, Milen Ferreira, étu-diante en Licence de Commerce, de24 ans, demeurant à Saint Denis (93)et Ghislaine Ferreira, esthéticienne etdermographiste, de 23 ans, demeu-rant à Cergy (95), ont respectivementremporté les prix de 1ère et 2èmedauphines.Pour savourer cet événement, la divade la musique bissau-guinéenneDulce Neves était de la partie. Zé Es-panhol (artiste capverdien), la nou-velle révélation Fanta Indula etTchuma Bari ont également vibré sur

scène.Leonor Manuel Vaz qui a succédé à lacharmante Miss 2015, Gnani Gueye,aura désormais pour tâche de repré-senter la beauté des femmes bissau-guinéennes à travers l’Europe. Elleparticipera à l’élection nationale deMiss Guinée-Bissau.Voici ce qu’a dit DJ Paul Lopes, lepromoteur de l’événement à LusoJor-nal: «pour nous, l’événement a étéune réussite totale. Pendant le défilé,

nous avons reçu les félicitations despersonnes présentes dans la salle.Nous avons débuté la soirée en chan-tant l’hymne national du pays. An-dreia, d’Andy Agency, qui a cru ennotre organisation, a redonné uneautre dimension à cette élection.Grâce à elle, nous avons pu obtenir denombreux partenaires comme vous, etcela a permis de toucher un large pu-blic, composé à 90% de Bissau Gui-néens et Capverdiens, des frères

siamois».«L’histoire ne change pas. Qu’on leveuille ou non, nous avons tous lemême leader, Amílcar Cabral. Quandvous rencontrez un Capverdien sur voslieux de travail ou tout autre endroit,vous remarquez que nous nous com-portons réellement comme des frères»dit l’organisateur au LusoJornal. «Jedéplore toutefois l’absence des auto-rités bissau-guinéennes, que nousavions invitées».

DJ Paul a, dans ce sens, rappelé leslogan de l’après-indépendance de1973 «Guiné ku Cabo-Verde dois cor-pos i um coração» (Guinée et le Cap-Vert deux corps distincts avec un seulcœur).Plus de 700 personnes ont répondu àl’appel du comité MGBF, I & P Events,en partenariat avec Andy Agency(pour la communication). Ils nous pro-mettent de faire encore mieux l’annéeprochaine, confient à LusoJornal.

Guinée-Bissau

Par Jùlio-Lanto Na-Djoco

le 01 juin 2016

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Leonor Manuel Vaz avec Milen Ferreira et Ghislaine FerreiraDR

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18 Desporto

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emsíntese

Éder assina porquatro épocascom o Lille

O avançado português Éder, futebo-lista que estará no Euro2016, deixa oSwansea e assinou por quatro épocascom o Lille, clube a que estava em-prestado pelos galeses.A informação foi avançada na se-mana passada pelo Lille, que termi-nou a Liga francesa em quinto lugar,explicando que o clube ofereceu umcontrato ao jogador, de 28 anos, de-pois de ter chegado ao Lille em ja-neiro.Éder disputou 13 jogos no Campeo-nato francês e um na Taça da Liga,marcando seis jogos pela equipa.“Foi um elemento determinante parao nosso sucesso, um verdadeiroavançado-centro, que fez muito nonosso ataque”, justificou o TreinadorFrederic Antonetti, qualificando Édercomo um “guerreiro”.Frederic Antonetti disse ainda quetodos estão bem cientes da dificul-dade de se encontrar um bom ponta-de-lança e que a vontade do Lille é ade manter o jogador, que diz ter tra-zido valor à equipa.Também o Swansea, clube a queÉder chegou na última época, prove-niente do Sporting de Braga, e noqual disputou 15 jogos, confirmou asaída do jogador, no valor de 4,5 mi-lhões de euros. “Todos no SwanseaCity queremos agradecer a Éder osserviços prestados e desejamos-lhe omelhor na sua carreira”, assinalou oclube galês em comunicado.

Les Lusitanos de St Maur au bout du suspenseAu terme d’un scénario de folie etd’une victoire (3-2), arrachée dans lesdernières secondes sur le terrain deSaint Quentin, Saint Maur récupère la2ème place du classement du GroupeG de CFA2 devant Grande Synthe. Uneplace synonyme de montée qu’il faudraconserver à l’issue de la dernière jour-née face à Feignies.En une minute tout a changé. D’uncoup de tête ravageur de Kévin Farade,à la dernière minute du temps addi-tionnel (90+4 min), les Lusitanos ontréussi leur première finale de cette finde saison. Car le rêve d’une montée enCFA passait par une victoire et seule-ment une victoire au Stade Paul De-bresie.Dans une enceinte bien garnie et unechaude ambiance, les Saint-Mauriensont su se faire violence pour remporterles 4 points qui leur permettent de pré-parer la dernière journée et la venue deFeignies avec leur destin entre lesmains. Privé de Filipe Sarmento,blessé, Carlos Secretário faisait confian-ce aux joueurs qui avaient su battreGrande Synthe à domicile (1-0), 15jours auparavant. Mais face à eux, lesSaint-Quentinois espéraient validerleur maintien en CFA2 devant leursnombreux supporters. Et dès les pre-mières minutes, les velléités picardesse font sentir sur le terrain. Et à l’en-tame du dernier quart d’heure de la1ère période, c’est l’OSQ qui ouvre lamarque par Youssoufa (1-0, 28 min),bien servi sur coup-France par Our-

guini. Mais la réaction des Lusitanosne se fait pas attendre. A l’issue d’unbon mouvement collectif, côté droit,Kévin Diaz ajuste le portier Saint-quen-tinois, dans la surface (1-1, 32 min).Le 12ème but de la saison du meilleurbuteur du club.Seulement, ce match allait encoreconnaître un nouveau coup de théâtre.Servi à l’entrée de la surface, KévinDiaz réalise le chef d’œuvre de la ren-contre avec une frappe lobée, en pre-mière intention, qui permet à SaintMaur de prendre justement les devants(1-2, 40 min). Saint Quentin est sonnéau moment de rejoindre les vestiaires.Du côté de Saint Maur, on sait que leplus dur est encore à venir.

Dans une 2ème période hachée, lesLusitanos auront bien les occasions dedoubler la mise mais que ce soitRamos, Nova ou Ayi, ils ne connaîtrontpas de réussite dans leurs différentestentatives. Kévin Farade verra mêmel’une de ses frappes atterrir sur le po-teau.Et au moment où le Stade Paul Debre-sie s’y attendait le moins, Simon Diarefroidit les ardeurs Saint-mauriennesen égalisant à 5 minutes de la fin (2-2, 85 min).C’était sans compter sur la volonté desLusitanos qui se jettent à l’abordagedes buts de Barret. Et sur le derniercoup-franc du match, Pedro Nova dé-pose le ballon sur la tête de Kévin Fa-

rade qui débloque son compteur sousle maillot lusitanien avec un but dontil se souviendra toute sa vie. Celui dela victoire. «J’ai ressenti un très grossoulagement», expliquait-il à l’issue dela rencontre. «J’étais heureux de mar-quer ce but à la dernière minute.Après, je travaille à l’entraînement pourça. Pour vivre des moments aussi in-tenses chaque week-end. J’espère quemon but va contribuer à la montée enCFA l’année prochaine. Ce serait laplus belle des récompenses».Le week-end prochain, une victoire àFeignies, qui n’aura plus rien à jouer,au Stade Louison-Bobet du Plessis-Tré-vise (18h00), permettra aux Lusitanosde valider leur billet pour le CFA.

Football / CFA 2

Par Eric Mendes

Festa de Nossa Senhora de Fátima em Montluel

No fim de semana dos dias 28 e 29de maio, a Associação portuguesa deMontluel (01) organizou a sua pere-grinação anual em honra de NossaSenhora de Fátima. Estamos no finaldo mês de maio, e aqui terminam asmanifestações e romarias em honrada Virgem Maria na Diocese de Lyone de l’Ain.O Padre Gonçalo Fernandes, vindo dePortugal a convite da associação, foio pregador e animador destes doisdias, onde lembrou e repetiu as men-sagens deixadas em Fátima pela Vir-gem Maria e também os exemplosque se devem seguir, cada um nassuas vidas.No sábado, dia 28, foi celebradamissa às 20h00, e seguiu-se umaProcissão onde se recitou o terçopelas ruas de Montluel, adjacentes àIgreja paroquial de “Notre Dame desMarais”, a padroeira desta localidade.“Sou Vicentino, faço parte desta Con-gregação que vive e presta serviços naPastoral missionária e que está tam-bém ao serviço de apoio nas Dioce-ses” explicou ao LusoJornal o PadreGonçalo Fernandes. “No mundosomos perto de três mil, e em Portu-gal 43 Padres”. O Padre Gonçalo viveem Lisboa, mas é natural de Chaves.“Conheço bem o mundo da emigra-ção e respondemos sempre positiva-mente as estes convites de pregação

e animação feitos pelas Comunida-des. Aqui, em Montluel, é já a se-gunda vez que sou convidado pelafamília Barros e pela associação por-tuguesa, para animar esta festa emhonra de Nossa Senhora de Fátima”.“Esta Comunidade está muito viva, ti-vemos aqui muitos jovens a participare espero que estejam sempre atentosàs mensagens de Nossa Senhora”concluiu para o LusoJornal o PadreGonçalo Fernandes.“A nossa Associação hoje conta comos voluntários para a organização

desta festa e durante o ano temosmais atividades, como jantares e con-cursos de sueca. Também temos aquicentralizado o ensino de português,com alunos vindos de Decines eOyonnax, entre outras povoações vizi-nhas” explicou por seu lado a Secre-tária da coletividade, Maria do CéuBarros.O Presidente da associação desde háquatro anos é Filipe Marques, o VicePresidente é Paulo da Silva, a ViceSecretária é Natália Barros, o Tesou-reiro é Pascal Marques e o Vice Tesou-

reiro é Paulo Jesus. “Estamos a tra-balhar para que a nossa associaçãotenha locais próprios e assim termosmais atividades de lazer para proporaos nossos aderentes” conclui Mariado Céu Barros.“Nós já organizamos esta homena-gem a Nossa Senhora de Fátimadesde 1980, e com a ajuda de váriosvoluntários, quer no grupo coral, queensaia os cânticos religiosos duas atrês vezes para este evento, como de-pois na festa popular com os ranchose o espetáculo”. Este ano os organi-zadores convidaram um grupo musi-cal que veio da Suíça, os “Anjos danoite”, assim como o grupo de fol-clore Estrelas do Minho de Vaulx-en-Velin.“Esta imagem da Virgem já está aquina igreja paroquial, desde 1974. Foiadquirida por um grupo de senhoresque fizeram um peditório na Comuni-dade portuguesa que residia aqui emMontluel. Depois o nosso pedido queum altar fosse criado na igreja paro-quial foi aceite pelo Pároco, e desdeaí a Comunidade vem aqui para serecolher e orar à Virgem” concluiuMaria do Céu Barros ao LusoJornal.Este ano as condições atmosféricasnão foram muito favoráveis, mas osdevotos e os festeiros responderampresentes a esta homenagem aNossa Senhora de Fátima queconta então cerca de trinta e seisanos de existência.

Por Jorge Campos

le 01 juin 2016

Procura professores

A Association Culturelle Portugaise deNeuilly-sur-Seine (92), procura pro-fessores para nível secundário (do 5°ano ao 12° ano).Aulas ao sábado de manhã e detarde.Contacto: [email protected]

Lusitanos de Saint Maur / EM

LusoJornal / Jorge Campos

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20 Desporto

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Roland Garros: João Sousa perdeu na segunda rondaem singulares e em pares

O único português presente no torneiodo Grand Slam de Roland-Garros navertente masculina, João Sousa, nãofoi além da segunda ronda em singu-lares e igualmente de pares.O tenista português, na vertente desingulares, conseguiu ultrapassar aprimeira ronda ao vencer o bósnioDamir Dzumhur em quatro sets: 2-6,7-6 (10-8), 6-4 e 7-5.

Foi um encontro difícil…Penso que foi um encontro muito di-fícil a nível psicológico principal-mente. Acho que fiz um esforçotremendo para dar a volta ao encontro.Ele é um jogador com um estilo des-confortante para mim, então no pri-meiro set eu não comecei tão bem.Depois, no segundo set estive porcima, muito mais acutilante, maisagressivo, mas acabei por não conse-guir fechar e teve um momento demuitas dúvidas para fechar o set. Con-segui mentalmente estar muito bempara ganhar 7-6 no segundo set. Foiaí que o desenrolar do encontro favo-receu-me e a partir desse segundo set,ganhei alguma confiança, comecei ajogar melhor e as coisas correram me-lhor, até conseguir vencer.

Estava incomodado com o estilo deDzumhur?O meu jogo não encaixa no dele, tinhaconsciência disso porque já tinha jo-gado contra ele. Tanto eu como o Fre-derico [ndr: treinador] tínhamosconsciência disso e tentámos a níveltáctico jogar da melhor maneira.Penso que consegui dar a volta aojogo dele. Estou feliz por ter vencido

porque ele é um excelente jogador.Agora é descansar porque realmentefoi um encontro muito exigente.

Na segunda ronda de singulares, o te-nista luso perdeu frente ao letão Er-nests Gulbis em três sets com osparciais de 6-2, 7-5 e 6-3.

O encontro não correu como queria?Acho que não joguei a um bom nível.Fisicamente não estive à altura do de-safio e daí a vitória dele. O rankingnão quer dizer nada. Ele já esteve notop-10, já fez meias-finais aqui emRoland-Garros e é um torneio que elegosta de jogar. Eu tinha consciênciaque ele estava a jogar bem, aliás eledemonstrou isso ao vencer na pri-meira ronda o Seppi em apenas trêssets, o que era complicado. Ele fezum excelente jogo. Eu realmente nãoestive ao mais alto nível, sem dúvida,e portanto ele mereceu a vitória.

Está dececionado pela derrota?Todos os encontros que eu jogo, tentovencer. Infelizmente perdi, mas oténis é assim, portanto tenho queaceitar que ele foi melhor.

Na vertente de pares, João Sousa e oargentino Leonardo Mayer, consegui-ram ultrapassar a primeira ronda aovencer em dois sets a dupla franco-hispanica, Chardy-Verdasco, com osparciais de 6-2 e 6-4.

Foi uma vitória importante nos pares?Nos pares, acho que fiz um grandejogo, um nível muito bom, quer seja aresponder ou a servir, portanto achoque fiz um excelente jogo e estou con-tente com a vitória nos pares. Salvo

erro acho que é a primeira vez queeles jogam juntos [ndr: Chardy-Ver-dasco], nunca é fácil quando se jogapela primeira vez, então eles estive-ram a experimentar. Eu e o Leonardojá jogámos muitas vezes juntos e por-tanto é sempre mais fácil quando seconhece o parceiro. Acho que fizemosum excelente jogo, um nível altíssimo.Este par, mesmo não jogando muitasvezes junto, acho que é um par fortís-simo. Estamos muito contentes coma vitória, a atitude foi excelente du-rante todo o encontro. Tivemos agar-rados ao jogo durante todo o encontroe acho que fizemos um jogo quaseperfeito.

No entanto na segunda ronda, a duplaluso-argentina acabou por perderfrente à dupla composta pelo austra-liano Chris Guccione e o brasileiroAndré Sá em três sets com os parciaisde 6-1, 6-7 (5-7) e 6-3.

Como podemos analisar este encon-tro?Sem dúvida não jogámos ao nossomelhor nível ou pelo menos ao nívelda primeira ronda. Demos tudo o quetínhamos, tentámos jogar com o quetínhamos em campo e as coisas nãocorreram bem, principalmente noprimeiro set. Não entrámos bem noencontro, depois, no segundo set,com mais atitude, com mais bolasdentro, melhor percentagem de ser-viço, conseguimos equilibrar as coi-sas. No terceiro set infelizmenteconseguiram quebrar-nos e acabá-mos por perder o encontro. Não hágrande coisa a acrescentar. Foi maisum encontro de ténis em que as coi-sas não correram bem apesar de ter-

mos dado o nosso melhor. Eles con-seguiram jogar melhor.

Que balanço podemos fazer dospares?Para mim os pares é uma vertenteque gosto muito de jogar, gosto dejogar com pessoas que gosto de terao meu lado e o Leonardo [ndr: Leo-nardo Mayer] é uma delas. Acho quefazemos uma boa dupla. É um ba-lanço positivo visto que ganhámosum jogo e passámos uma ronda. Es-távamos à espera de ganhar e depoder continuar no Torneio mas nãofoi possível. O balanço é sempre po-sitivo quando não há lesões.

A dupla com Leonardo Mayer é paracontinuar?Em Wimbledon, na vertente depares, vou jogar novamente com oLeonardo. Eu gosto de jogar parescom pessoas com quem me sintobem. Tento sempre jogar pares por-que divirto-me imenso e daí jogarcom o Leonardo, aliás ultimamenteos nossos torneios coincidem e joga-mos juntos.

Qual vai ser o seu programa agora?Agora vou descansar e depois voupreparar a temporada de relva. Aindaestou a ver qual torneio vou fazer. Ocerto é que estou inscrito no torneioholandês de s-Hertogenbosch, aindanão tenho a certeza de jogar lá, de-pois tenho o torneio de Halle (Alema-nha), o torneio de Nottingham e parafechar o Grand Slam de Wimbledon.

Como se sente fisicamente?Sinto-me bem, sinto-me no entantocansado porque a época de terra ba-

tida foi longa e portanto preciso dealguns dias de descanso tanto físicocomo mental.

Agora vai ser uma preparação espe-cífica para a temporada de relva?Vou tentar preparar-me da melhormaneira porque os apoios na relvasão diferentes e tacticamente tam-bém tenho que jogar de uma maneiradiferente. Vou tentar adaptar-me damelhor maneira.

Que balanço podemos fazer da épocade terra batida?Estou satisfeito com a temporada deterra batida, dei o meu melhor, tenteialcançar os melhores resultados quepude e acho que fiz uma boa épocanesse piso.

Qual foi o seu melhor momento naterra batida este ano?O meu melhor momento foi em Ma-drid. Acho que joguei num nível al-tíssimo. Todos os jogos que disputei,joguei a um nível muito, muito bome penso que na terra batida, foi essetorneio o meu melhor momento.

Uma palavra sobre o apoio dos Por-tugueses em Paris?É importantíssimo o apoio do pú-blico. Há três ou quatro anos nãohavia quase ninguém de português ehoje as coisas mudaram. As pessoascomeçam a entender mais de ténis.É importantíssimo o apoio dos fãs. Ébom ter o carinho do público.

Recorde-se que João Sousa é o te-nista português que alcançou a me-lhor classificação no rankingmundial, ocupando o 28° lugar.

Ténis

Por Marco Martins

le 01 juin 2016

João Sousa no Roland GarrosLusoJornal / António Borga

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Portugal derrotou no domingo pas-sado a Noruega (3-0), no seu pri-meiro jogo de preparação para oCampeonato Europeu de futebol de2016, disputado no Estádio do Dra-gão, no Porto.Ricardo Quaresma inaugurou o mar-cador (13 min), fixando o resultadoao intervalo, antes do lusodescen-dente, e jogador do Lorient, RaphaëlGuerreiro (65 min), de livre direto, eo avançado do Lille Éder (70 min)completarem a vitória mais expres-

siva da Seleção portuguesa sob o co-mando de Fernando Santos.De notar ainda que no onze titularestavam presentes Anthony Lopes,guarda-redes lusodescendente doLyon, Ricardo Carvalho, defesa-cen-tral do Monaco, João Moutinho,médio do Monaco, sem esquecer omédio lusodescendente do Sporting,Adrien Silva, que entrou na segundaparte.No fim do encontro três «franceses»falaram à imprensa.

Anthony Lopes: “Foi um jogo muito

importante para preparar o Europeu.Claro que faltaram jogadores muitoimportantes e de grande qualidade,mas os jogadores que estiveram hojemostraram também muita quali-dade. Temos de continuar assim evencer o próximo jogo contra a Ingla-terra, que não vai ser fácil. Tentofazer o meu trabalho. Quem vai jogarno Europeu é o Treinador que de-cide. Eu estou atrás do Rui Patrício,mas não há problema. Claro que aSeleção portuguesa pode ganhar oEuropeu. Temos um grupo fantás-tico”.

Éder: “Fizemos um bom jogo, umaboa exibição, ganhámos bem, mar-cámos três golos e estamos felizes.É um orgulho representar o meupaís, ainda para mais com a braça-deira de Capitão. A minha convoca-tória foi uma prova de confiança doSelecionador e quero retribuir damelhor forma. Nestes últimos seismeses tinha feito bons jogos emFrança. Espero dar continuidade aesse processo. Procuro trabalhar damelhor forma, é o que me cabe amim fazer. Quanto às críticas, tenhoque responder dentro de campo evou fazer da melhor forma”.

Adrien Silva: “Foi um teste positivo nogeral. Os jogadores que ainda vão che-gar são importantíssimos, de quali-dade mundial. Eles vêm com o moralem cima e para nos ajudar da melhorforma. Quantos mais jogos tivermosnas pernas, mais ideias assimiladasvão aparecer. É isso que este grupoestá a tentar fazer”.

Portugal defronta a Inglaterra estaquinta-feira, no Estádio de Wembley,em Londres, no segundo teste para oEuro2016, no qual integra o Grupo F,juntamente com Islândia, Áustria eHungria.

lusojornal.com

21Desporto

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Le Sporting Club de Paris est à nouveau Championde France de Futsal

Le Sporting Club de Paris s’est im-posé en finale du Championnat deFrance de futsal face aux voisins duKremlin Bicêtre United (KBU) sur lescore de 7 buts à 5, après prolonga-tion. Le Sporting Club de Paris a rem-porté le match décisif de la saison, lematch qu’il fallait gagner, le matchqu’il lui permet de décrocher un cin-quième titre de Champion de Franceet qui lui permettra de disputer unenouvelle campagne européenne.Le Sporting Club de Paris a de nou-veaux amis aujourd’hui mais la familleverte et blanche, elle-seule, connaît lavaleur de ce titre 2016. Cette nouvelleétoile a été conquise au terme d’uneannée compliquée et plombée par lesblessures, les suspensions, les ru-meurs et propos infondés sur la santédu club et sur la moralité de ses diri-geants. Ce titre a été acquis grâce autravail accompli par les joueurs sur leparquet, de tous les joueurs, les an-ciens, les nouveaux, les historiques,les débutants, les réservistes qui ontfait une pige ou plusieurs. Ce titre estle fruit de l’encadrement technique,et en premier lieu Rodolphe Lopes,présent sur le banc à longueur de sai-son. Ce titre est aussi un peu celui desenfants du club qui sont aujourd’hui

les dirigeants de l’ombre et qui œu-vrent à leur façon pour que brillent lescouleurs du Sporting Club de Paris.Mais la saison se joue sur un seul et

unique match et nos hommes le dé-butent plutôt timidement laissant lejeu au KBU. Mais les troupes de l’en-traineur portugais Hugo Sintra testent

mollement la résistance des gants deDjamel Haroun. Fort de cela, les Spor-tingmen se livrent plus facilement,plus ouvertement et se libèrent deleurs premiers pas hésitants. Les pre-mières occasions se montrent déci-sives et se concrétisent. 2-0 à lapause mais rien n’est acquis et rienn’est joué.Mais le Sporting Club de Paris entreavec une mentalité décisive et sou-haite s’épargner des sueurs froides.L’avantage grandit, se développe pourse maintenir à 5-1 pour le plus beaupalmarès de France.Mais les coéquipiers d’AlexandreTeixeira se montrent indisciplinés etse trouvent rapidement sanctionnésde 5 fautes, synonyme de tir à 10 mè-tres. Les fautes généreusement of-fertes par le corps arbitral permettentde relancer le cours de cette finale. LeChampion 2015 livre ses ultimesforces pour arracher l’égalisation à 5-5 et la prolongation et se congratulercomme si le plus dur avait été réalisé.Mais c’est à la fin du bal qu’on payeles musiciens et le Sporting Club deParis tire profit de ce temps de jeusupplémentaire pour reprendre l’avan-tage, un avantage décisif et ainsi scel-ler le sort du match et de la saison.Les récompenses peuvent être re-mises mais oh! Surprise… le trophée

est différent des saisons précédentes.Et la question légitime que l’on peutse poser est de savoir ce qu’est deve-nue la Coupe récompensant le Cham-pion de France de futsal. Tout celamontre une fois de plus l’amateu-risme de la discipline alors que leSporting Club de Paris du PrésidentJosé Lopes a toujours œuvré pour l’es-sor et la promotion du futsal.Mais que dire de la diffusion de cettefinale de Toulon. Seul le teaser s’estmontré à la hauteur, le reste aura étéune parodie de diffusion à l’image desengagements. Des images saccadées,un son strident digne de séance detorture. Du «bonheur» pour les yeux etles oreilles et le meilleur moyen deprésenter une image négative de cesport magique qu’est le futsal. Maisaujourd’hui ne boudons pas notreplaisir, le Sporting Club de Paris, leclub que nous suivons chaque se-maine dans LusoJornal, est Championde France 2016.Seul le Championnat compte dansle futsal français et le Sporting Clubde Paris continuera sa visite euro-péenne interrompue au cours decette saison. Désormais, place auxdiscussions avec les partenairespour savoir si le club peut monterune équipe compétitive pour brilleren UEFA Futsal Cup.

C’est la 5ème fois que le club est Champion de France

Par Julien Milhavet

Futebol: «Franceses» dão vitória a PortugalPor Marco Martins, com Lusa

le 01 juin 2016

Entraineur Rodolphe LopesLusoJornal / Carlos Pereira

Raphael Guerreiro (Lorient) marcou um goloLusa / Estela Silva

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22 Tempo Livre

lusojornal.com

«A quem hei-detemer?»

Abraão, já muito velhinho, estava sen-tado numa esteira à sombra da suatenda, quando viu aparecer no hori-zonte um homem que caminhava nasua direção. A visão daquele viajanteno deserto fez com que Abraão recor-dasse a visita dos três anjos, que tan-tos anos antes o tinham surpreendidocom a promessa do nascimento deseu filho Isaac. O solitário peregrinoaproximava-se cada vez mais doacampamento e Abraão sorria à ideiade viver novamente a experiência davisita de um anjo.Quando finalmente se encontraram àdistância de dois passos, Abraão es-tremeceu, pois na face séria e gravedo homem que o visitava reconheceuo rosto de um anjo, porém, não umanjo de vida, mas sim de morte.Abraão gritou: «Anjo da morte, pára!Antes de reclamares o meu espírito,responde-me a esta pergunta: cha-mam-me o “amigo de Deus”. Al-guma vez viste um amigo desejar amorte de outro amigo?» O anjo repli-cou: «Também eu te faço uma per-gunta. Alguma vez viste um homemapaixonado declinar o encontro coma pessoa amada?» Abraão respon-deu-lhe: «Anjo do Senhor, leva-mecontigo».Este antigo conto da tradição místicamuçulmana apresenta-nos dois sen-timentos possíveis diante do mistérioda morte: terror ou serenidade.O Evangelho do próximo domingoconta-nos como Jesus ressuscitou ofilho da viúva de Naim: este gesto diz-nos que Ele “é” a Ressurreição, o Se-nhor da vida, o destino e aliado detodos os homens. Com esta certezano coração, tudo parece menos as-sustador (até mesmo a morte!) e po-demos repetir, com confiança, aspalavras do salmo 26: «O Senhor éminha luz e salvação: a quem hei-detemer? O Senhor é protector da minhavida: de quem hei-de ter medo?»

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Notre Dame-du-Travail de Plaisance34-36 rue Guilleminot75014 ParisDomingo às 9h00

boanotícia

Jusqu’au 5 juin «Embrasser l’incertain», exposition orga-nisée par Alice Martins avec Marie Trossatet Nada Diane Fridi. Artistes invités: Astridde la Chapelle, Louise Druhle et RaphaëlBastide, Manon Rousseau et JérémyLandes. Dans le cadre du festival Parfumsde Lisbonne. Au 59Rivoli the Aftersquat,59 rue de Rivoli, à Paris 1.

Jusqu’au 6 juin Exposition de l’artiste franco-brésilien JoséPirès à Corps et Âme Gallery, 1 bis rueEmile Jamais, à Nîmes (30). Infos: 09.81.89.52.38.

Jusqu’au 25 juin Exposition de Sérgio Remondes «Hom-mage à Marc Chagall et à la ville de Paris»,présentant les dernières œuvres (2015-2016). Lusofolie’s, 57 avenue Daumesnil,à Paris 12.

Jusqu’au 26 juin «Tirelire», exposition personnelle d’AnaJotta. Au Credac, La Manufacture des Œil-lets, 25-29 rue Raspail, à Ivry-sur-Seine(94).

Jusqu’au 30 juin Exposition de peinture d’Isabel Pavão «Diximpressions de rose et de mer» en dia-logue avec les poèmes homonymes deNuno Júdice. Maison du Portugal Andréde Gouveia, Cité Universitaire Internatio-nale, 7P boulevard Jourdan, à Paris 14.

Jusqu’au 18 juillet Exposition d’Amadeo de Souza-Cardoso,une co-organisation de la Fondation Ca-louste Gulbenkian et de la Réunion desmusées nationaux, au Grand Palais - Ga-leries nationales, 3 avenue du Général Ei-senhower, à Paris 8.

Jusqu’au 28 août Exposition «Shifting Boundaries» avecArianna Arcara, Pierfrancesco Celada,Marthe Aune Eriksen, Jakob, Ganslmeier,Margarida Gouveia, Marie Hald, DominicHawgood, Robin Hinsch, Eivind H. Natvig,Ildikó Péter, Marie Sommer et ChristinaWerner. Fondation Calouste Gulbenkian,Délégation en France, 39 boulevard de laTour Maubourg, à Paris 7.

Jusqu’au 29 août «Les universalistes: 50 ans d’architectureportugaise», une co-organisation de laFondation Calouste Gulbenkian et de laCité de l'architecture et du patrimoine, àla Cité de l’architecture et du patrimoine,1 place du Trocadéro et du 11 Novembre,à Paris 16.

Le mercredi 1er juin, 18h30 Présentation du livre «Le Roi de Pierre»,de Ana Hatherly, en présence de la traduc-trice Catherine Dumas, de José ManuelEsteves (Université Paris Ouest Nanterre -La Défense) et de Ana Marques Gastão(Fundação Calouste Gulbenkian - Lisboa).Cette présentation est organisée par AnneRideau Editions. Fondation Calouste Gul-benkian, 39 boulevard de la Tour Mau-bourg, à Paris 7. Infos: 01.53.85.93.83.

Le mercredi 8 juin, 19h00 Rencontre avec João Tordo. Librairie Por-tugaise & Brésilienne, 19/21 rue des Fos-sés Saint-Jacques, Place de l’Estrapade,à Paris 5. Infos: 01.43.36.34.37.

Le jeudi 9 juin, 18h30 Festival «Conversations fictives / Rencon-tres de Littérature ibéro-américaine», quiest le seul festival dédié aux littératures enlangues castillane et portugaise à Paris.Fondation Calouste Gulbenkian, 39 bou-levard de la Tour Maubourg, à Paris 7.

Le dimanche 19 juin, 15h00 Donner de la voix en terrasse! Dialogueset poèmes aussi, autour des saveursdes sons, dans le cadre du festival Par-fums de Lisbonne. «Comme à Lis-bonne» rue du Roi de Sicile, à Paris.

Le mardi 21 juin, 19h00 Café littéraire: Miguel Miranda présen-tera son dernier roman policier «La dis-parition du cœur des symboles». EtPierre Michel Pranville (Editions del’Aube) présentera le 3ème roman deLuís Miguel Rocha «Le mensongesacré». Au Lusofolie’s, 57 avenue Dau-mesnil, à Paris 12.

Le dimanche 5 juin, 15h00 Performance de danse «Je t’aime».Conception de João Costa Espinho etinterprétation de Joana Castro et JoãoCosta. Maison du Portugal André de Gouveia,7 P boulevard Jourdan, à Paris 14.

Le mardi 14 juin, 19h00 Spectacle et lancement de Clorântida,avec Rosalina Marshall (poème et voix)et Luisa Gonçalves (piano). En partena-riat avec le Festival Parfums de Lis-bonne. Maison du Portugal André de Gouveia,7 P boulevard Jourdan, à Paris 14.

Le jeudi 23 juin, 19h30 Récital de poésie et guitare «Dérives oules visages du Réel» dédié à Sophia deMello Breyner. Récital de textes de Camilo Pessanha,Fernando Pessoa, Nuno Júdice, Sophiade Mello Breyner. Maison du Portugal André de Gouveia,7 P boulevard Jourdan, à Paris 14.

Jusqu’au 4 juin, 20h30 «Zululuzu» d’après la vie de FernandoPessoa, par Teatro Praga, dans le cadre deCarrefours d’Europe, au Théâtre desAbesses, à Paris.

Le samedi 4 juin, 17h00 «Voyage dans les mémoires d’un fou»dans le cadre du Festival l’île au Théâtrede Volvestre, à Montesquieu (31).

Le jeudi 9 juin, 19h00 Performance du Groupe de Théâtre Andréde Gouveia (GTAG) intitulée «On peut direque la maison est grande». Création col-lective à partir de textes de Maria Velho daCosta et Antoine Tchékov, avec mise enscène de Nuno Fidalgo. Maison du Portu-gal André de Gouveia, 7 P boulevard Jour-dan, à Paris 14.

Le samedi 4 juin, 11h00 «À une heure incertaine» (2016) de CarlosSaboga, suivi d’un débat avec le réalisa-teur et Graça dos Santos dans le cadre dufestival Parfums de Lisbonne. Au MK2Beaubourg, à Paris.

Le vendredi 10 juin, 18h30 Film «Les Emigrés» suivi d’un débat enprésence du réalisateur José Vieira, orga-nisé par l’Association Culturelle FrancePortugal 37, à la Mairie de Tours, SalleAnatole France, à Tours (37). Infos: 06.83.27.31.15.

Le samedi 11 juin, 11h00 «Les mille et une nuits - Le Désolé»(2015) de Miguel Gomes, suivi d’uneconférence-débat animée par Régis Sa-lado dans le cadre du festival Parfums deLisbonne. Au MK2 Beaubourg, à Paris.

SORTEZ DE CHEZ VOUS

EXPOSITIONS

CONFÉRENCES

THÉÂTRE

CINEMA

le 01 juin 2016

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DANSE

POÉSIE

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Le samedi 18 juin, 11h00 «La Visite ou Mémoires et confessions»(1982) de Manoel de Oliveira, suivied’une conférence-débat animée parJacques Lemière dans le cadre du festivalParfums de Lisbonne. Au MK2 Beau-bourg, à Paris.

Le vendredi 3 juin, 21h00 Soirée «Tous les fados du monde» présen-tée par Jean-Luc Gonneau sur «Fados di-vines, et pas seulement», avec ConceiçãoGuadalupe, accompagnée par Filipe deSousa (guitarra), Nuno Estevens (viola),Nella Selvagia (percussions), PhilippeLeiba (contrebasse) et Dominique Oguic(viola). Plus artistes invités: João Rufino,Tânia Caetano, Vanda Rainho, EugéniaMaria, António de Freitas,… Les Affiches/Le Club, 7 place Saint Michel, à Paris 5.Infos: 06.22.98.60.41.

Le dimanche 12 juin, 14h30 Fado avec Nina Tavares, Jenyfer Rainho,Eugénia Maria, Lauriano Brás, Paulo Ma-nuel, Flaviano Ramos, José Rodrigues etanimation de DJ Anibal, organisé par Vozde Portugal IDFM et l’Association socio-culturelle portugaise d’Epinay-sur-Seine.Espace Culturel, 8 rue Lacépède, àEpinay-sur-Seine (93). Infos: 06.48.24.85.53.

Le vendredi 17 juin, 20h00 Apéro-live «Sud Express, pour un voyageraconté en Fado» avec Mónica da Cunhaaccompagnée par Filipe de Sousa, NunoEstevens e Philippe Mallard. La Chapelledes Lombards, 19 rue de Lappe, à Paris11.

Le samedi 4 juin, 20h30 Concert de Nazaré Pereira au Portail, 77avenue de Paris, à Villejuif (94).

Le mardi 14 juin, 19h00 Concert-spectacle et lancement de CD,Clorântida, Poème et voix: Rosalina Mar-shall, Piano: Luisa Gonçalves (déconstruc-tion sur un lied de Schumann, «Ich grolle

Nicht» dans le cadre du festival Parfumsde Lisbonne. Maison du Portugal André deGouveia, Cité Universitaire Internationale,7P boulevard Jourdan, à Paris 14.

Le mercredi 15 juin, 20h30 Concert de la brésilienne Alé Kali, présen-tation de son nouvel album. Studio del’Hermitage, 8 rue de l’Ermitage, à Paris20.

Le vendredi 24 juin, 20h00 Concert de jazz avec le Paris Jazz Quartet,avec Quitó de Sousa Antunes, SébastienLechanoine, Thomas Baron et Marc Sal-vatore. Lusofolie’s, 57 avenue Daumesnil,à Paris 12.

Le samedi 18 juin, 19h00 Concert du jeune pianiste João Costa Fer-reira avec des oeuvres de Vianna da Motta.Dans le cadre du Festival Parfums de Lis-bonne. Maison du Portugal André de Gou-veia, 7 P boulevard Jourdan, à Paris 14.

Le dimanche 26 juin, 16h00 Récital de chant et piano d’Anne Kaasa(piano) et Natasa Sibalic (soprano). Enpartenariat avec le Festival Parfums deLisbonne. Maison du Portugal André deGouveia, 7 P boulevard Jourdan, à Paris14.

Le jeudi 30 juin, 19h00 Concert de la pianiste Marta Menezes,avec des oeuvres de Beethoven, Chopin etFragoso. Dans le cadre du Festival Par-fums de Lisbonne. Maison du PortugalAndré de Gouveia, 7 P boulevard Jourdan,à Paris 14.

Le samedi 11 juin, 19h00 Arraial avec Mike da Gaita, puis anima-tions de Carlos Pires et son orchestre,groupe de concertinas, et ‘Gaiteiros deMogadouro’, organisé par l’AssociationMogadouro no Coração. Parc Rosy Varte,18 rue Gabriel Frauveau, à Groslay (95).Entrée libre.

Le samedi 11 juin, 20h00 Repas dansant animé par Ary et Lucy avec

menu portugais, organisé par Luso Poissy,au restaurant Marcel Cerdan, 129 avenuede la Maladrerie, à Poissy (78). Infos: 06.51.55.93.64.

Le dimanche 12 juin, 10h00 Fête du Churrasco, avec défilé de NotreDame do Caminho dans les rues de Gros-lay (départ parc Rosy Varte), suivi de lamesse à l’église St Martin, déjeuner etanimation musicale avec Carlos Pires etson orchestre, les Bombos de Groslay,Gaiteiros do Mogadouro et Jeremy. ParcRosy Varte, 18 rue Gabriel Frauveau, à

Groslay (95). Entrée libre. Infos: 06.52.17.32.08.

Le dimanche 5 juin, 14h00 Fête du folklore de l’association Conver-gence avec les groupes Mon Pays de Mai-sons Alfort, Estrelas de Portugal deMontfermeil, Amizades e Sorrisos de Cla-mart, Estrelas do Mar de Nogent-sur-Marne et le Grupo de ConcertinasConvergência. Ecole Diderot II, 19 ave-nue Walwein, à Montreuil (93).

Le dimanche 12 juin, 14h30 L’association Les Amis Franco-Portugaisde Montreuil organise un festival de fol-klore avec les groupes Arc en Ciel d’Alfort-ville, Os Lusitanos de St Cyr l’Ecole,Estrelas do Minho de Trappes, ATSF deBezon, Terras do Minho de Kremlin Bicê-tre, Vale do Ave de Montreuil. Repas lemidi sur réservation jusqu’au 8 juin (fei-joada). Ecole Henri Wallon, 51-55 ruePaul Doumer, à Montreuil (93). Infos: 06.22.48.07.05.

Les samedi 4 et dimanche 5 juin Fête du Cheval Lusitanien avec plusieursconcours et démonstrations au Parc duChâteau, à Montrond-les-Bains (42). En-trée gratuite. Infos: 06.80.27.73.44.

Les 10, 11 et 12 juin Foire Lusitana de Toulouse avec gastrono-mie, artisanat et musique (Shina, Tony &Sónia, David Dany, Elena Correia et BrunoPereira), organisée par les associationsNotre Dame de Fátima, A Cabana et VilaRosa. Salle Notre Dame de Lafourguette,195 rue de Seysses, à Toulouse (31).

Le samedi 11 juin, 15h00 19ème Concours de poésie lusophone,«Hora do Poeta» organisé par l’AssociationCulturelle Portugaise de Neuilly-sur-Seineau Théâtre de Neuilly-sur-Seine (92).Infos: 01.55.62.62.50.

A partir du 10 juin Retransmissions des matches de l’euro2016 de football, dans une ambiance plusparticulière pour les matches de l’équipedu Portugal et de l’équipe de France. Lu-sofolie’s , 57 avenue Daumesnil, à Paris12.

23Tempo livre

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LJ 267-II

le 01 juin 2016

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