1° TRABALHO REATORES 1
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA DISCIPLINA: CÁLCULO DE REATORES I
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
Belém - PA 2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA DISCIPLINA: CÁLCULO DE REATORES I
Professor: Benedito Inácio da Silveira
Discentes: Carlos Adriano Moreira da Silva - 09025004001 Dayriane do Socorro de Oliveira Costa - 09025001801
Belém - PA
2012
Trabalho apresentado como parte
integrante da avaliação da disciplina
CÁLCULO DE REATORES I, do
curso de Engenharia Química da
Universidade Federal do Pará.
1ª) Utilizando-se um reator em batelada para conduzir a reação em fase
líquida A → R, foram obtidos os seguintes dados da tabela abaixo.
CA(mol/L) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 1 1,3 2 (-rA)(mol/L*min) 0,100 0,300 0,500 0,600 0,500 0,250 0,100 0,060 0,050 0,045 0,042
Pergunta-se:
a) Durante quanto tempo deve reagir cada batelada para que a
concentração de A reduza de 1,3 mol/L para 0,3mol/L.
b) Se esta reação for conduzida em um PFR, que tamanho deve ter este
reator para atingir uma conversão de 80% com uma alimentação com vazão
molar de 1000 mol/h e CA0 = 1,5 mol/L.
c) Se esta reação for conduzida em um reator CSTR que tamanho deve
ter este reator para atingir uma conversão de 75% com uma alimentação com
vazão molar de 1000 mol/h e CA0 = 1,2 mol/L.
Solução:
a) Qual o tempo de residência?
Para um reator em batelada o tempo de residência, ou seja, o tempo em
que os reagentes permanecem no recipiente para um determinado processo
descontínuo é dado por:
0
( )A
A
C AC
A
dCtr
Como não se tem uma função para integração, ou seja, f = f(CA), e
dispõem-se somente dos dados experimentais de CA(mol/L) e (-rA)
(mol/L*min), foi realizado uma regressão não linear com os dados, afim de se
obter uma equação que se ajuste aos dados experimentais obtidos. Conforme
se vê no gráfico 1, estes dados não estão apresentados de forma “suave” ou
linear. Daí a necessidade de se fazer um ajuste não linear. Como a curva
mostrada no gráfico 1 não apresenta a forma linear, optou-se em dividir a
análise de regressão em duais partes. Uma parte contendo os pontos
equidistantes entre os CA’s e a outra parte contendo os pontos não equidistantes de CA’s. A análise de regressão foi realizada no software Origin 8.0.
Gráfico 1 – Curva obtida a partir dos dados experimentais.
A concentração deve reduzir de 1,3 mol/L a 0,3 mol/L. Então, a
regressão foi realizada entre esses extremos, obtendo-se as equações
ajustáveis aos dados experimentais, como mostra os gráfico 2 e 3:
Gráfico 2 – Ajuste 1° parte dos dados experimentais.
Gráfico 3 – Ajuste 2° parte dos dados experimentais.
21 1
22 2
1 18 43571 84 60714 102 97619
1 11 4814 50 0 18 5185
( ) ( ) , , ,( )
( ) ( ) , , ,( )
A A A AA
A A A AA
f C C C Cr
f C C C Cr
Ao se calcular a integral, determina-se o tempo de residência. Logo:
0 8 1 3
1 20 3 0 8
12 706
, ,
, ,( ) ( )
, min
A A A At f C dC f C dC
t
Para mostrar que as equações obtidas da regressão f1(CA) e f2(CA) estão
ajustadas de maneira correta, optou-se também em calcular as áreas dos
trapézios que podem ser formados no gráfico 1, que corresponde ao tempo de
residência no intervelo de concentração desejado. Pelos dados obtidos,
observa-se que se deve calcular as áreas de 7 (sete) trapézios. Logo:
7
1
2 1 66667 0 1 2 1 66667 0 1 2 4 0 12 2 2
10 4 0 1 10 16 66667 0 1 20 16 66667 0 22 2 2
20 22 2222
2 ( )
( . ) * . ( . ) * . ( ) * .
( ) * . ( . ) * . ( . ) * .
( . )
( )
maior menor AlturaTrapézio Trapézio i
i
B B HA t A
t
1
0
7
32
2 , n
*
i
.
mt
Gráfico 4 – Trapézios obtidos a partir dos dados experimentais.
Gráfico 5 – Trapézios obtidos a partir dos dados experimentais.
b) Para um reator PFR:
Deve-se encontrar a concentração na saída no reator PFR. Como se
tem a conversão, logo:
00 0
0
1 5 0 8 1 5 0 3, , . , , /A AA A A A A A
A
C CX C C X C C mol LC
Fazendo um balanço de massa e através de algumas manipulações
algébricas tem-se:
000 0 0( )
A
A
V X pAX
A A A A
dXdV VF r F C
0
1
AC 0
0 ( ) ( )A A
A A
C CA ApC C
A A
dC dCr r
Da mesma forma que no item “a”, devem-se ajustar os dados
experimentais a uma equação, fazendo uma regressão não linear, com os
extremos das concentrações, ou seja, de CA = 0,3 mol/L a CA = 1,5 mol/L.
Como já dispõem-se de uma equação para o intervalo entre CA = 0,3 mol/L a
CA = 0,8 mol/L, deve-se realizar no novo ajuste para CA = 0,8 mol/L a CA = 1,5mol/L. A regressão foi realizada no software Origin 8.0, obtendo-se:
23 3
1 1 96334 1 40744 0 40236( ) ( ) ( , , , )( )A A A A
A
f C C Exp C Cr
Ao se calcular a integral, determina-se o tempo espacial. Logo:
0 8 1 5
1 30 3 0 8
17 205
, ,
, ,( ) ( )
, minp A A A A
p
f C dC f C dC
O volume pode ser calculado por:
CA0 = 1,5 mol/L CA = ?
XA0 = 0 XA = 0,8
V ?
0
0 0 0
1000p A p
A A A
FV molVF C C
h1h
60 min 1 5,Lmol
17 205. , min
1911111 ,V L
Gráfico 6 – Ajuste dos dados experimentais do item b.
c) Para um CSTR:
Da mesma forma, deve-se encontrar a concentração na saída no reator
CSTR. Como se tem a conversão, logo:
00 0
0
1 2 0 75 1 2 0 3, , . , , /A AA A A A A A
A
C CX C C X C C mol LC
V = ?
XA1 = 0.75
XA0 = 0
CA0 = 1,2mol/L
Para a concentração de CA = 0,3mol/L, a velocidade reação na saída do
reator é (-rA) = 0,5 mol/L.min. Fazendo-se um balanço de massa e através de
algumas manipulações algébricas tem-se:
0 1 2 0 3( , , )( )
A AM
A saída
C C molr
L
L0 5
.min, mol
1 8, minM
O volume do reator pode ser calculado por:
0
0 0 0
1000p A p
A A A
FV molVF C C
h1h
60 min 1 2,Lmol
1 8. , min
25 0 ,V L
2ª) A reação Diels – Alder entre a benzoquinona (A) e o ciclo – penta
dieno (B) é A + B → P com uma alimentação equimolar e tendo-se a seguinte
equação cinética : (-rA) = kCA2. Dados:
K = 9,93 m³/Ks*Kmol
XAf = 0,9 (na saída do reator)
CA0 = 0,09Kmol/m³
v0 = 0,3 m³/Ks
Determine o tamanho dos reatores para:
a) Um único CSTR.
b) Dois CSTR’s ligados em série.
c) Três CSTR’s ligados em série.
Discuta os resultados.
Solução:
Considere:
1 - Os reatores operam isotermicamente;
2 - Os reatores operam sob as mesmas condições, ou seja, apresentam
volumes iguais, para cada caso;
a) Para 1 (um) único reator CSTR:
V1= ?
XA1 = 0.9
XA0 = 0
CA0 = 0,09Kmol/m³
v0 = 0.3m³/Ks
A equação estequiométrica é dada por:
A B P
Sabendo-se que a concentração dos dois reagentes é a mesma, ou seja,
equimolar. Então a equação cinética resulta:
2 2 20( ) (1 )A A A Ar kC kC X
Fazendo-se o balanço de massa e atreves de algumas manipulações
algébricas:
1 01 1
0 0 0
( )( )A A
A A A
X XV VF r v C
1 0
20
( )A A
A
X Xk C
0 1 0
1 2201
1
( )(1 )(1 )
0,3 ³
A A
A AA
v X XVkC XX
mV
.0,9. Kmol . Ks . ³m
Ks .9,92 ³m .0,09 Kmol3
12 30,2419(1 0,9)
V m
b) Para 2 (dois) reatores CSTR’s:
Para o 1° reator:
1 0 0 1 011 2
0 1 0 1
( ) ( )( ) (1 )A A A A
A A A A
X X v X XV VF r kC X
XA2 = 0.9
XA1 = ?
XA0 = 0
CA0 = 0,09kmol/m³
v0 = 0.3m³/Ks
V1 = ? V2 = ?
Para o 2° reator:
0 2 12 2 12 2
0 2 0 2
( )( )( ) (1 )
A AA A
A A A A
v X XV X X VF r kC X
Considerando que os dois reatores CSTR’s operam sob as mesmas
condições:
1 2V V V
Logo:
0v 1 0
0
( )A A
A
X XkC
02
1(1 )A
vX
2 1
0
( )A A
A
X XkC
1 0 2 1
2 221 22
1 112 2
1
( ) ( )(1 ) (1 )(1 )
( 0) (0,9 ) 0,7635(1 ) (1 0,9)
A A A A
A AA
A AA
A
X X X XX XX
X X XX
Utilizando-se esse valor e calculando V1:
0 1 01 2
0 1
( ) 0,3 ³(1 )A A
A A
v X X mVkC X
.0,7635. Kmol . Ks . ³m
Ks .9,92 ³m .0,09 Kmol3
12
31 2
3
4586,8425(1 0,7635)
4,5868
2 4,5868 9,1737 ³T T
V m
V V V m
V x m V m
c) Para 3 (dois) reatores CSTR’s:
Para o 1° reator:
1 0 0 1 011 2
0 1 0 1
( ) ( )( ) (1 )A A A A
A A A A
X X v X XV VF r kC X
XA0 = 0
CA0 = 0,09kmol/m³
v0 = 0.3m³/Ks
V1 = ? V2 = ? V3 = ?
XA3 = 0,9
XA1 = ? XA2 = ?
Para o 2° reator:
0 2 12 2 12 2
0 2 0 2
( )( )( ) (1 )
A AA A
A A A A
v X XV X X VF r kC X
Para o 3° reator:
3 3 2 0 3 23 2
0 3 0 3
( ) ( )( ) (1 )A A A A
A A A A
V X X v X XVF r kC X
Considerando que os três reatores CSTR’s operam sob as mesmas
condições:
1 2 3V V V V
Relacionado primeiramente os volumes do 1° reator com o 2° reator e
depois o 2° reator como 3° reator, tem-se:
0v 1 0
0
( )A A
A
X XkC
02
1(1 )A
vX
2 1
0
( )A A
A
X XkC
1 0 2 1
2 221 22
2 21 0 2 2 1 1
( ) ( )(1 ) (1 )(1 )
( )(1 ) ( )(1 ) 0
A A A A
A AA
A A A A A A
X X X XX XX
X X X X X X
0v 2 1
0
( )A A
A
X XkC
02
2(1 )A
vX
3 2
0
( )A A
A
X XkC
3 22 1
2 222 33
2 22 1 3 3 2 2
( )( )(1 ) (1 )(1 )
( )(1 ) ( )(1 ) 0
A AA A
A AA
A A A A A A
X XX XX XX
X X X X X X
Resultando no seguinte sistema de equações não lineares:
2 21 2 2 1 1
2 22 1 2 2
( )(1 ) ( )(1 ) 0
( )(1 0,9) (0,9 )(1 ) 0A A A A A
A A A A
X X X X X
X X X X
O sistema de equações foi resolvido numericamente utilizando-se a
subroutina FindRoot do software Mathematica. Resultando-se nas seguintes
conversões:
1 20,67218 e 0,83745A AX X
Com estes dados pode calcular os volumes dos reatores:
0 1 01 2
0 1
( ) 0,3 ³(1 )A A
A A
v X X mVkC X
.0,67218. Kmol . Ks . ³m
Ks ,9,92 ³m .0,09 Kmol 2
1 2 3
2101,7534 ³(1 0,67218)
2,1018 ³ 3 3 2101,7534 ³ 6,3053 ³T T
m
V V V V mV xV x m V m
A seguinte tabela pode ser construída:
Reatores Volumes (m³)
1 30,2419 2 9,1737 3 6,3053
Analisando os cálculos, percebe-se que ao se operar com 2 dois
reatores CSTR’s ligados em série é bem mais vantajoso do que operar com um
único reator CSTR, visto que o volume de dois reatores é bem menor do que
de um reator ( cerca de três vezes menor).
Ao se optar em trabalhar com 3 reatores CSTR’s ligados em série, o
volume de três reatores é um pouco menor do que o volume de dois reatores, o
que leva-se a pensar que é mais vantajoso operar com três do que dois
reatores. Mas devidos aos custos de instalação de mais um reator, mantê-lo
operando em condições ótimas (controle do reator), etc, pode tornar o processo
bem mais caro e demorado. Portando é mais viável economicamente operar
somente com 2 reatores CSTR’s ligados em série.
BIBLIOGRAFIA
H. Scott Fogler. Elementos de Engenharia das Reações
Químicas. LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora. 3ª Edição.
Octave Levenspiel. Engenharia das Reações Químicas. Editora
Edgard Blucher Ltda. 3ª edição.
R.W.Missen, C.A.Mims and B.A.Saville. Introduction to Chemical
Reaction Engineering and Kinetics. John Wiley & Sons.
Charles G. Hill, Jr. An Introduction to Chemical Reaction
Engineering & Reactor Design. John Wiley & Sons.