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4V.O Bitio ue j _ ._:ii_o. m _iti_ i_:ii_. -m i»_ julho uk ií»h... a©3 ^^E_^e#{j-ÇA?, £«*| JmUCji-SEís5UAVA.FEI, ESTE JORNAL PUBLICA 1SSIGNAN T ES CHANTEC O barão de Balmaceda tendo ouvido lalar de Chantecler, uma peça em que todos os personagens sio animaes, combinou com a baro- neza,sua esposa,uma representação d'esse gênero. Mandou chamar um de seus amigos, o __./i_M,e,con_ecendo suas habilidades theatraes, encommendou-lhe uma ^comedia no gênero do Chantecler. 3 O Sr. Atheu metteu logo mios á obra e, oito dias depois, leu em casa do barão sua come- dia, que foi julgada excellente. Mv 4 Immediatamente os donos da casa e seus amigos trataram de di.tribuir os papeis a rarios amigos e de preparar os vestuários. Uma tia do barão, que .aliava muito, teve o papel do papagaio; uma prima muito magra foi encarregada do papel do avestruz e assim por deante. Todos tinham papeis de bichos. O espectacalo foi muito brilhante. 5— Uns meninos da visinhança, filhos de um amigo do barào, voltaram6 Para isso contavam com a tia Luizã, que lhes fazia sempre todas dessa festa enthusiasmados e resolvidos a organisar um espectaculo seme-as vontades. Pediram a tia Luiza que escrevesse uma peça. A bòa senhora lhanteassim fez. Os meninos acharam-a genial.. (Continua na pagina seguinte) REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO. Rua do Ouvidor 164—RIO DE JANEIRO (IP-UlOliO&ÇãO CÍ'0 MALHO)(üuinero avulso * OO reis. atrazado 500 rela!

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4V.O itio ue j _ ._:ii_o. m _iti_ i_:ii_. -m i»_ julho uk ií»h ... a©3

^^E_^e#{j-ÇA?, £«*| JmUCji-SEís5UAVA.FEI,

ESTE JORNAL PUBLICA 1SSIGNAN T ES

CHANTEC

• O barão de Balmaceda tendo ouvidolalar de Chantecler, uma peça em que todos ospersonagens sio animaes, combinou com a baro-neza,sua esposa,uma representação d'esse gênero.

Mandou chamar um de seus amigos, o__./i_M,e,con_ecendo suas habilidades theatraes,encommendou-lhe uma ^comedia no gênero doChantecler.

3 — O Sr. Atheu metteu logo mios á obra e,oito dias depois, leu em casa do barão sua come-dia, que foi julgada excellente.

Mv

4 — Immediatamente os donos da casa e seus amigos trataram de di.tribuir os papeis a rarios amigos e de preparar osvestuários. Uma tia do barão, que .aliava muito, teve o papel do papagaio; uma prima muito magra foi encarregada do papeldo avestruz e assim por deante. Todos tinham papeis de bichos. O espectacalo foi muito brilhante.

5— Uns meninos da visinhança, filhos de um amigo do barào, voltaram 6 — Para isso contavam com a tia Luizã, que lhes fazia sempre todasdessa festa enthusiasmados e resolvidos a organisar um espectaculo seme- as vontades. Pediram a tia Luiza que escrevesse uma peça. A bòa senhoralhante assim fez. Os meninos acharam-a genial.. (Continua na pagina seguinte)

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO. Rua do Ouvidor 164—RIO DE JANEIRO

(IP-UlOliO&ÇãO CÍ'0 MALHO) (üuinero avulso * OO reis. atrazado 500 rela!

CHANTECLER (conclusão) O TICO-TICO

7) Tia Luiza encarregòu-se do papel de Perdiz. Que perdiz 8) ...para ensaiar mais á vontade, tia Luiza e os meninosPesava pelo menos 90 kilos. Um creado fazia o papel de Mocho, iam para o fundo da chácara .vestidos já com as roupasdapeça, queuma creada de Coruja, os meninos de pintos. devia ser uma surpreza para os donos da casa.

9) Mas o filho de um camponez cujos 10) ... a avisar seu pai — Papai I... Uns 11)—Que historia é essa. ..você está doido?terrenos ficavam juntos á chácara, viu-os passarinhos enormes, alli na chácara do Sr. —perguntou o camponez—Venha ver l venhade longe e correu... Sampaio... Venha ver... só ver.—insistiu o rapaz.

12)0 camponez foi até o logar indicado 13)—E' verdade— disse elle—eu nunca 14).., quero caçal-.os. O menino foipelo filho e,com effeito, viu, a certa distancia, imaginara que houvesse pássaros d'csse logo busc.ir a espingarda ; o camponez apon-vultos enormes,cheios de pennas ejmovendo-se. tamanho; vai buscar minha espingarda... tou e fez fogo.'.

15) Tia Luiza assustada com o estampido 16) O susto tirara a;i forças a tia Luiza, 17) Quanto ao camponez, accusado de tercahiu. Quando o camponez se approximou que voltou para casa carregada, jurando tentado assassinar uma pobre mulher, foi le-para apanhar a caça, ficou horrorisado ao ver nunca mais se mettcr a Chantecler. vado á prisão. No que deu Chantecler Ique o pássaro era uma senhora.

O TICO-TICOE _KZ P3 _Eü 3DIE _tST T H5

Condiçcesda assignatura:interior: 1 anno, 11$000, 6 mezes 6$000exterior: 1 » 20S000, 6 ¦ 12$000

Numero avulso, 200 réis. Numero atrazado, 500 réis.

A empreza d'0 Malho publica todas as quartas-feiras,O Tico-Tico, jornal Íllustrado paracreancas.no qual cotlabo-ram escriptores e desenhistas de nomeada.

PEDIMOS AOS ÜOSSOS ASSMiViliTFS,cujas assignaturas terminaram em 30 de JUNHOmandarem reformai-as para que não fiquem desfal-cada* SUAS COI.l.ECCOES.

1

Meus netinhos:Vocês já devem ter ouvide fal-

lar em animaes «de sangue quente»e animaes »de sangue frio.»E' uma expressão muito antiga,

pois outriora julgava-se que o calornao fosse commum a todos os seres.

Este erro cessou de«de 1841,época em que Valencienne, obser-vou numa serpente do Jardim das

Plantas calor muito pronunciado, ou de 19° centígradosacima de zero.

Collòquem a mão sobre um peixe. Sentirão im-pressão de frio. Mas não vão d'ahi concluir que seu san-gue é frio. E' frio em relação á mão, que é mais quente.Ahi está.

Foi esse erro de apreciação, que deu logar a legendaseculardos animaes de san-gue frio.

Hoje, os nossos sábiosainda se servem d'essas de-nominações para estabele-cer certa distíneção na se-rie dos seres animados.

Se não as condemnaramdefinitivamente, foi porqueha animaes, que desenvol-vem tão pouco calor, quenão podem ser apreciadospelos thermometros ordi-narios. Emquanto que cmoutros o calor é tão intenso,que não se precisa de obje-cto algum para observal-o.

Tomem uma gallinha ecollòquem a mão sob a aza;a pelle parecerá em braza.

As aves, são com effeito, os animaes em que a temperaturaé mais elevada, indo ás vezes até 42° centígrados.

Para avaliar com precisão a differença entre animaesde sangue quente e animaes de cangue frio, faz-se umaexperiência muito simples e que pôde ser repetida á von-tade.

Toma-se um mammifero qualquer, uma lebre, porexemplo, e um peixe, que represente approximadamente omesmo volume. Colloca-se cada um d'esses animaes numvaso e cerca-se com gelo na temperatura de 0 graus.

A quantidade de gelo fundido num determinado espa-ço de tempo, é proporcional á quantidade de calor forne-cida por esses dous animaes.

E não. demora muilo a observação: a quantidade degelo fundido pelo peixe é pouco apreciável, emquanto queno vaso em que foi collocada a lebre, se encontra cerca deum litro de acua liquida.

Vòví

O peixe é um dnimal de san-guejrio; a lebre é um ani-

mal de sangue quente

ANIMAES MYSTERIOSOSA SIBA

Vocês já devem ter ouvido fallar nos ossos dd siba,prin-ctpalmente aquelles que tomam banhos de mar, pois seencontram nas praias. \

Os amadores e creadores de canários fazem d'ellas anutrição favorita de seus pássaros.Não ha quem não conheça os ossos da siba. Sabe-se"que elles pertenceram a um reixe e que esse peixe vive nosmares. E, geralmente, a curiosidade dos amadores só vaiaté ahi.E' um erro. O

. osso de siba nos éfornecido por umanimal muito inter-essante.

A siba é encon-trada até nas re-giões polares, masabunda particular-mente nas regiõestemperadas.

Pertence metade áclasse dos mollus-cos e metade á cias-se dos peixes.

O característicodos molluscos é,com effeito, seremdesprovidos de umesqueleto interno,como os animaes a>ticuladi.s. Ora, osmusculosda siba en-contram no interiordo corpo um pontode apoio; não é arti-culado como o es-queleto dos animaes vertebrados (os peixes por exemplo)mas é solido. Esse ponto de apoio todos conhecem; é umapeça única, não flexível, de uma matéria análoga á dasconchas, mas friavel, o osso da siba. Eis porque as sibasnão são nem molluscos nem peixes.São portanto «carnes». Sua carne, com effeito, é umalimento de grande consumo. Outr'ora a medicina em-pregava também o osso da siba em certos remédios.

Accrescentemos ainda uma particularidade. Algumasespécies contêm, em suas bolsas, uma matéria negra e co-lorante de que se faz o nankin. Outras espécies contêmuma matéria escura, que fornece aos pintores uma côrdenominada sepia.

A siba

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A graciosa Emilia Sophia de Castro Menezes, filha doSr. Miguel da Fonseca Magalhães, residente

na cidade do Porto, Portugal

O TICO-TICO

NO "O TOMBO DO RIO"Os Srs. chefes de familia encontram o mais bello, mais varia-do e mais barato «stock» de roupas para meninos de 3 a 12 an-nos, desde o preço de 3$ a 40$, assim como gorros, bòr.dtç e cha-peus de palha para os mesmos. ¦^^^^^W^Wã^ã^ij^^M^W^ô'

1 --ELUÃ. TJJ^GrTXfi.Y______. -1PONTO DOS BONDS

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04

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O TICO-TICO

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A SUPPLICA"«^^t*^^^

V í ÍT _ /Li ^—¦—l^-, i f

*ARLINHOS era mui-to infeliz.

Quando dizemosinfeliz e preciso notarque elle romia e bebiaá vontade. Mas, comose sabe, nem a bebidanem a comida consti-luem a felicidade.

Carlinhos tinha oito annos e era inglez. Ia todos os diasao collegio, salvo aos domingos, que consagrava ao re-pouso, emquanto sua mãi s&occupava dos arranjos da casae seupai trabalhava numa officina.

O sonho dourado do pequeno Cailos era viver^feliz_econtente e entre sua bôa e doce mãi e seu pai, que nãopossuía nenhuma d'essas qualidades.

Pois o pai de Carlinhos, todas as noites, ao sair daofficina, ia beber em uma taverna próxima ; bebia demaise o mais das vezes, ia para casa embriagado.

E, quando entrava com os olhos congestionados, obigode ainda molhado de aguardente, tinham logar scenashorríveis, que Carlinhos presenciava muito contristado.Nessas seus pulsos eram mais pesados que um marteilo.

A mãi de Carlinhos soffria os maiores insultos mas,passada a bebedeira, o bruto tornava-se dócil e maldizia-se.

Ordinariamente mãi e filho soffriam emsiiencio, semprotestes, nem ódios, com a maior resignação.

No emtanto, uma noite em que o incorrigivel ebno setornara mais brutal do que de costume.atirando aos seus osrnais pesados insultos e que, sentado a um canto da mesa,tapava toda a luz da lâmpada, Carlinhos, que ha alguns

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P^ ¦ 'B-_2~Í^t) ¦ w ^\ . fny

Mamai ha muilo que penso numa cousa que julgo possível

Curvou-se sobre o papel e escreveu estas linhas

dias parecia ruminar algum projecto—disse a suamãi, entre caricias:

Mamai ha muito tempo que penso numacousa que julgo possível e que quero tentar sejacomofór. Se formos felizes, talvez o papai mud".de proceder e a felicidade nos volte.

Que empreza queres tentar, me i pobreCarlos ? Descobriste algum philtro mágico ? —disse sua mãi tristemente. '

Quem sabe I...—respondeu a creança, dis-trahidamente, pensando em seu projecto.—Deixe-me agir só; peço-lhe unicamente uma cousa : énão indagar do que se trata... Dentro de algunsdias terá noticias do meu projecto. '

Pois bem—sejal—respondeu a bôa mãi.Emquanto ella se oecupava em arrumar a casa,

eo bebedo roncava brutalmente.ao canto da mesa.Carlinhos tomou uma folha de papel. Com a mãono ar, parecia coordenar em seu cérebro as idéasque ia traçar.

Finalmente, curvando-se sobre o papel, tra-çou estas linhas:

«A Sua Magestade, o rei Eduardo VII, em seupalácio de Wmdsor.—Venho dizer-lhe, respeitosa-mente, que mamai e eu somos os entes mais infe-lizes d'este mundo. Papai todas as noites se em-briaga e quando de volta a casa, nos bate, sem dónem piedade.Disseram-me no collegio que o nossosoberano é muito poderoso. Creio ser isso umaverdade e que Vossa Magestade não recusará talfavor a minha bôa mãi e ao vosso leal servidor—Carlos Bastos.n

Tendo lido esta carta varias vezes com grandecuidado. Carlinhos pol-a num enveloppe e en-dereçou-a ao rei Eduardo VII. Depois collocou-ano bolso e foi se deitar.

No dia seguinte, em caminho para o collegio,o menino poz a carta no correio.

Durante todo o dia mostrou-se de uma impa-

O TICO-TICO eciência febril, perguntando de si para si, que resulta-ria d'essa empreza.

Teria feito bem, agindo d'essa maneira ? —Nâo—diziaelle—não se pôde mandar prender um indivíduo que pedea protecção do rei 1' No emtanto estava perplexo... Ao cair danoite, voltou a casa, como de costume. Nada denovo havia ainda.

Estava em ancias para contar tudo a sua mãi;mas preferiu esperar. Deitou-se, finalmente,pensando na carta e pouco depois dormia. ,

Pela manhã, ficou surprezo e ainda mais deque na véspera. Por vezes se sentia invadido porum desfallecimento, ,que se traduzia por umareilexão que lhe vinha á mente a cada instante ;

— O rei não tem tempo para se oecupar com-tigo, tolinho. Elle tem mais em que pensar. Náofizeste bem I

Não, Carlinhos não tinhf. agido como um in-consciente. Não^ierdera seu tempo, pois duranteas aulas, se tiv'cW,e o dom de ver através das pa-redes, teria notado o soberano em seu gabinetede trabalho assignando vários papeis de impor-tancia. Entre as cartas, que constiluiam o seucorreio particular, trazidas pelo seu secretario,se achava a missiva de Carlinhos.

Logo que lhe deitou os olhos o rei sorriu.Chamou o seu secretario particular, o qual cor-rcu, tomando uma carta.que lhe estendia'o mo-

, narchâ, acompanhada de um gesto, que pareciauma ordem. O secretario inclinou-se e sahira.

Se elle pudesse ver, teria assistido a un.acousa ainda mais curiosa.

Seu pai sahindo da officina dirigira-se, comoera costume, para a taverna. Dous homens lhehaviam tomado a frente e, entrando na casa debebidas, tinham dito algumas palavras ao donodo estabelecimento.

Este ultimo, inclinára-se respeitosamente e quandoo-operario lhe pediu de beber, elle se negou a attendel-o.

O operário pediu, supplicou, insultou, mas o dono dataverna, disse-lhe que se retirasse, pois senão mandariachamar um policial.'Muito contrariado voltou homem para casa de cabeçabaixa.

A creança nao podia julgar o que se passara, de ma-ncira que ficou attonita quando viu o pai em seu juizo per-feito, o que havia muito nâo acontecia. Nos dias que seseguiram, deu-se o mesmo.

A felicidade,que parecia banida d'essa casa, tornara-asorridente, alegrando o lar.

Desde então, não houve mais pancadas nem rixas. Em

seu logar vieram palavras dóceis e o arrependimento dascousas passadas. Carlinhos era então muito querido e suabôa mãi tornou-se respeitada e querida pelo esposo.

A felicidade, segundo dizem, nos torna egoístas

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O tavernéiro disse que não lhe daria de beber

Pode ser que tal aconteça, mas para aquelles que nãotem consciência.

Tal porém não aconteceria com Carlinhos. Esse homen-sinho deoitoannos.nãosepodiaesquecer que escrevera umacarta ao monarcha e que fora com toda a certeza este, queprohibira a venda de bebidas a seu pai. Assim, julgou-se naobrigação de agradecer-lhe e, tomando uma folha de pa-pel, traçou, tremulo pelo reconhecimento, estas linhas:

o A S. Magestade o rei Eduardo VII, em' seu paláciode Wmdsor:—Não sei o que fez V. Magestade, mas o certoé que papai está outro homem; a sua condueta é incensu-ravel, nâo se embriaga mais. Mamai e eu agradecemos detodo o coração, desejando-vos todas as prosperidades.—Vosso leal servidor, Carlos Brownn

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BENEDICTA TELLES,no^sa amiguinha

Reside em S. Simão —SãoPaulo

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A intelligente meninaOLGA,lilha do Sr. capitão CanutoAmericano de Andrade re-sidente na capital da Bahia

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MANUELITO NOGUEIRA(Chiquinho), galante

leitor d'0 J-ico-Tico, residente emCurityba

O TIOO-TICO

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_£^._§ãwg==si_i^_^,"***:a>*s

_xRAr_NiN_O melhor meio e o mais bonito é lançar mão

.marcador.Este faz-se muito simplesmente com um peda-

ço de papel de Bristol.Tomem a gravura ao lado, decalquem-na e pas-

sem-na para o papel de Bristol, cortando cuidado-samente os contornos.

UM MARCADOR PARA LIVROSTodas as meninas devem ler os bons livros e,

como estes são geralmente caios, convém tratal-oscom todo o cuidado. Não se devem dobrar os cantosdas paginas, pois isso além de cortál-as. no fim dealgum tempo, deforma o volume.

Feito isso,com um canivete de ponta fina ou umatesoura cortem pelas linhas pontuadas que, se vêem

.no centro da figura. A parte superior dessa linhapontuada, a marcada com linhas mais longas nàodeve ser cortada, pois é neceesaria á construcçao,

Uma vez cortada a linha pontuada até o pontoque indicamos, levantem a lingueta que se deveformar e terão assim um lindo marcador.

O livro acima mostra a maneira de collocal-opara marcar. A pagina deve ficar entre o corpo domarcador e a lingueta recortada.

Façam assim e obterão bons resultados.

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ü__l ______ __^BRHI Bffita». ¦ *^sl

Nossa leitora Ottilia de Vasconccllos.de 10 annos de edade.e sua interessante boneca

Trez amiguinhos d'0 Tico-Tico. São elles:ZELIA, SYLVIA e MARTHA, filhas do Sr. Antônio Ma-

xiinino Pinto e Souzaproprietário da Fazenda Santa Fé,

E.tado de Minas

O TICO-TICO 8

O "SR. X" E A SUA PAGINAO PORQUÊ DAS CITAÇÕES

A LANTERNA DE DIOGENES — São muitas as his-torias e anecdotas attribuidas a Diogenes. Algumas foramreunidas pelos seus contemporâneos e legadas ás geraçõesfuturas; outras parecem apocryphas. (•;

Diogenes era um personagem muito original. Nascidoem Sinope aos 413 annos antes de Christo. acompanhara,em Athenas, as lições do philosopho Anhristene, chefe dadoutrina cynica, que considerava como a principal sabe-doria o afastamento das leis sociaes para se approximarda natureza. .

Diogenes poz em pratica, mas de um modo ostensivo,os preceitos, que recebera. Andava quasi nú pelas ruas,coberto unicamente Com algumas pelles e dormia nos de-

~—-__

A lanterna de Diogenes : tProcuro um homem»

graus de qualquer casa, ou num tonei. Toda a sua fortunase resumia numa chicara de madeira para beber água.

Um dia, vendo uma creança beber água no concavoda mão, partiu a chicara considerando-a luxo inútil.

Um dia em que percorria as ruas da cidade, com umalanterna na mão, com grande surpreza de todos, disse aoscuriosos : — Procuro um homem ! Queria dizer com issoque todos para elle se tinham deixado levar pela civilisa-

ão da época e que não podia encontrar um homem des-interessado, tendo todas as virtudes de que se dizia pos-puidor. No fundo Diogenes era um o-gulhoso e procuravaassim esconder, a tristeza que lhe causava a sua evidentepobreza, s^b os sarcasmos do seu espirito vivo e mordaz.

Quando velho foi morar em Arintho. Quando Alexan-dre passava pela cidade, em meio de um imponente cor-tejo, parou deante do philosopho e perguntou-lhe o que' lhe seria preciso fazer para tiral-o d'aquella pobreza extre-ma: — Quero unicamente que não me tapes o soU —disse ellc. Mas |á estava no fim da vida e pouco lhe im-portava uma existência melnor, quai.do, durante tantotempo passara sem ella. Fora condemnado a um estadode miscria physiologica tal, que seu talento embruteceu-se.

A. sim se diz dos indivíduos atirados a philosophos cque nuncacheg-fma resolver cousa alguma :—«E' um novoDiogenes» como quem diz: «E' um presumpçoso, umlouco». •»

UM I^ROMETRO FAGILCortem em uma folha de papel de Bristol, uma tira de

14 a 18 centímetros de comprimento e de 5 a 6 millimetro->de largur' ; em seguida molhem uma das faces. Enrolem(_sta em espiral em torno d. um lápis,como mostra a fig. 1,collocando a parte secca para dentro. Prendam a tira na->duas extremidades, por meio de um alfinete e depoiscubram a parte de fora com verniz branco e gomma lacca;cm seguida sobre essa camada deitem outra.

FIJ_._.

Enrola-se uma lira de papel em torno de um lápis

Feito isso deixem seccar a espiral. yUma vez secca, colloca-se nas duas extremidades um

pedaço dc cortiça, que se prende com gomna arábica. No

ponto B'(figura 2) fixa-se uma agulha fina. Em B atravessa-se a cortiça por um fio de arame curvo, o qual serve paramanter em suspensão num quadrado C (fig. 3) a espiral demaneira que a agulha B' atravesse o lado opposio do quadro.

Colloca-se em cada extremidade um pedaço de cortiçapreso com gomma arábica

que fôrma um quadrante dividido em partes eguaes.Quando a agulha estiver bem presa colloca-se uma

agulha fina no angulo recto, sobre a agulha B\ com oauxilio de um pouco de lacre. E tem-se assim um baro-

ai ã

y0^Um baromelro fácil

metro. Para graduar o apparelho escolhe-se um logat'secco e marca-se com zero a parte em que ficara agulha;trnnsporta-se em seguida para um logar humido e mar-ca-se onde parar a agulha. Marcando então as divisões in-termediarias 25, 50, 75, ter-se-ha bom tempo quando aagulha estiver collocada entre O e 50, e máu tempo entre50 e 100; 50 será variável, 25 fixo, e 75 chuva.

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B•'' _s_p '¦¦**'''- '*_ __tfPS ít'_S-f ¦ _•*'¦¦' '' I

(¦) De origem duvidosa.

Alberto c Bernardino Faria de Queiroz, naiuraes dacidade de Vassouras e estudantes na cidade

de Aveiro, Portugal

FBibliotheea d'0 Ti__£>-Tico YAYA' 8

serem sempre muito amimados; desgra-ça muito doce, mas que apezard'isso levepara Yayá consequencias deploráveis, elogo a primeira dór vergonhosa, incon-fcssavel I

O nascimento de Luizinha foi a causa.Habituada a reinar só em casa e no

coração de seus pais, ella soffreu por vêra affeição d'esses se dividir egualmenfeentre ella c a recém-chegada. A Babáinstallavá-se de dia e de noite perto dopequeno berço, oue parecia ser o centrodos interesses de todos; em um_. palavra,levantava se um outro poder ao seu lado.

Viram-na ficar triste, emmagrecer ; seurosto alterou-se, elle fugia do pequenoser, que julgava roubar-lhe os cuidadose o amor de toda a casa; sentia contraella uma espécie de cólera feroz. Suamãi, descobrindo o que se passava nessaalma imperiosa, ficou triste, sobretudo aoreconhecer que Ydyá era ciumenta.

Não ralhou nem castigou ; tratou acre-anca como uma doente ; e uma noite, em-balando a pequena Luizinha, ella contoudisfarçadamente a Yayá, que estava departe, sombria e cornos olhos cheios delagrymas, como se lhe tivessem roubadoas caricias, que faziam a sua irmã, á his-.toria verdadeira de um cãosinho que ellatinha tido, quando se casou e que se tinhadeixado moner de tristeza, quando umrival tinha vindo partilhar da affeição desua dona.

Que rival?—perguntou Ydyá.Meu primeiro filho, que morreu de-

pois. Eu enxotava muitas vezes o pobreTotó, doquarto,porque os seus latidos per-turbavam o somno da creança e seus sal-tos a assustavam.

Totó, vendo, com o seu maravilhosoinstineto, que a minha affeição tinha di-minuido, sobretudo de?de que elle tinhatido a maldade de morder a criança, recu-sou comer e beber, e enfraqueceu depres-sa. Emfim, um bello dia acharam-non.orto.

Yayá tinha ouvido com attençao, coma cabeça baixa e as faces vermelhas.

Nada respondeu ; mas sua mãi ouviu,na meia escuridão do quarto, um ruidode soluços abafados.

Que tens? — perguntou ella.E como Yayá não respondesse :

Lamenta a sorte do Totó ?Sim, — respondeu a menina, des-

atando Iojpo a chorar—e depois...—aslagrymas interromperam na durante ai-guns segundos, — e depois eu pensavaque também faria como elle, mais cedoou mais tarde, porque também não soutão estimada... e por causa d'estal—•disse ella apontando para sua irmãsinha,com gesto que parecia querer lhe bater.

A senhora Oliveira estremeceu e ficoupallida. Conteve-se no emtanto ; deitoua Dequenina no berço, depois, puxandoYíiyá para seus joelhos, apertou-a porsua vez ternamente contra si. Ao mesmotempo fallava-lhe baixo, esforçando-separa explicar que ella se enganava, quese se occupLvam mais com a pequeninaera por dever e não por preferencia.— Você mesma — disse ella — tem suasobrigações de irmã mais velha, como nóstemos as nossas de pai e mãi. Deve desdejá sua protecção á Luizinha ; mais tardedeve ser para ella o exemplo, e, se eulhe faltar um dia, se a fortuna de seu paiacabasse, vocês duas ficariam pobrescomo tantas outras, e você teria de ser amãisinha de sua irmã, trabalhar paraella, sacrificar-se, se assim fosse preciso,por seu futuro. Comprehende, Yayá"?...

Yayácomprehendia bem e eram cousasessas em que ella nunca tinha pensado.

Um dia sua irmãsinha cahiu gravementedoente, e, durante essa doença, que deso-lava e oecupava teda a casa, Yayá ficourealmente esquecida ; mas não era maisegoísta, não era mais o ciúme que faziacorrerenrsuas lagrymas.

Todo o dia ella ficava sentada dianteda porta do quarto de Luizinha, espe-rando noticias. Logo que lhe permittiram,entrou no quarto na ponta dos pés, ellatão barulhenta de ordinário, e ajudoucomo poude os cuidados que exigia oestado de Luizinha ; fallava com doçuracom ella, procurava distrahil-a, trazia-lheseus brinquedos e supportava sem sequeixar que ella os quebrasse. Umanoite, a Babá, abrindo os olhos, ficouadmirada do que viu e que a fez pensarque sonhava ainda. Yayá tinha deixadoa cama, descalça e de camisola, e estavaperto de sua irmãsinha adormecida, bei-jando-lhe de vez em quando a mãosinhaemmagrecida que pendia para fora doberço. O primeiro sorriso de Luizinhaconvalescente foi para Yayá, para Yayáainda o primeiro beijo de seus delicados

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a porca e a ovelha produzindo geração; segurar-lhe as rédeas. O impaciente ban-as vaccas dando excellente leite, a menina do de negrinhos, que tinha ainda de incomprou isto e aquillo, o que acabou por ventar sem cessar todos os brinquedos,uma fortuna de quinhentos contos de réis. todas as travessuras possíveis, espreita-

-Poisbem!-dizia Yayá a Babá, ou- va a passagem da Yayáunha. Com ovindo essas maravilhas-quando eu fôr Pr.etexto de a vigiar, de substituir a Ba-tão rica como essa menina, darei tudo, *«• cada 9ual a 1uer!.a Ievar Para as mais

perigosas aventuras.Quantas vezes seus

pais a julgaram per-dida, cahida em algu-ma ribanceira I Paraque lado o seu estou-vamento a teria levado?A pobre Babá, deses-perada, corria todo odia, d sua procura, co-mo uma gallinha atrazdo pintinho que criou.Yará voltava com aspernas cheias de pica-das de mosquitos,,cha-mados borrachudos)que ficavam cheios desangue de tanto ella ascoçar.apezardesua mãiestar sempre lhe dizen-do que não o fizesse.

Outras vezes,nosdiasdc chuva forte, Yayámettia-se descalça norio, para pescar, e vol-tava mo.hada até aos

I ossos, e, para que não! se resfriasse era ainda

Hj a Babá que lhe davaV_ I chá quente. Uma vez

Yaya foi picada poruma cobra,e a pobreBabá chupou o feri-mento para tirar-lhs oveneno.

Yaya era muito curi-osa; a curiosidade é

a você porque você entende melhor do inútil e ao mesmo to-npo prejudicial eque eu de cuidar dos bichos. Mas não é perigosa. Mas quanüv é interdicta pelaporque elles me hão de tornar rica que- sabedoria dos pais, as creanças devemeu gosto d'elles; gosto porque são bons obedecer, porque ás vezes até a suae são meus. vida corre perigo.

De boa vontade Yayd acompanhava sua O que vamos contar passou-se algummãi nas visitas de caridade á pequena tempo antes e durante uma pequena es-aldeia que as casas dos negros formavam tada da familia Oliveira na cidade. Yayá,na propriedade. Deixava-lhes com prazer c no já dissemos,era muito curiosa mas,os vinténs e ás vezes alguma pratinha de apezar disso, era bôa. Era necessáriodez tostões mas, quando tinha cumprido que as pessoas estivessem sempre emesses deveres ''agradáveis, era preciso guarda contra a sua excessiva vivacidade

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Aquella famosa llabà era uma narradora incomparavel; creanças ecreados reuniam-se todas as noites para ouvir os seus contos

6 Bibliotheca d'0 Tico-Tico

que a levava a, vêr, tudo pegar e a com-prehender tudo com o testemunho dosseus sentidos, quer dizer de seus olhos ede seus dedos.

— Yayá- - disse-lhe um dia a Sra. Oli-veira — vai brincar bem quietinha na-quelle quarto ; estão alli todos os seusbrinquedos, a sua boneca, a sua louça,o seu jogo de paciência ; mas é precisoque me prometia não ir vôr o que sepassa na rua.

—Mamai,— disse a menina,—eu pro-metto ter muito juizo; mas você me dáem recompensa uma bala.

—Dou-te,mascom a condição dequefi-carás tranquilla nesse quarto, emquantoeu estiver occupada.

—Sim, sim, mamai, eu terei juizo, vocêverá!

Dwrante os primeiros instantes Yaràcumpriu estrictamente o que promettera.

Mas bem depressa os barulhos da rua,uma briga de cães, uma disputa entre vi-zinhos a attrahiram para pe*toda janella.Ella levantou-se um pouc»da cadeirinha,mas lembrou-se logo da prohibição dosua mãi e poz-se novamente a seus brin-quedos.

De repente um realejo melodioso fez-seouvir, acompanhado pelas graças de ummacaco. Ohl aquillo era irresistível IYayá não se poude vencer.

Esqueceu todas as promessas e correupara abrir a janella, que lhe estava inter-dieta, empregando nisso prodígio-sos esforços. Para ver melhor na rua,debruçou se com impetuosidade, de mo-do que o seu corpo ficou suspenso scjbreo peitoril. Então sentiu se aterrorisada.Seus gritos agudos avisaram sua mãi,que correu.com Babá para acudir-lhe. Ellafoi muito leprehendida por sua desobe-diencia. E' inútil dfeerque Yayá não re-clamou as balas que não tinha merecidoeprometteu muito que de ora em diantenão será tão curiosa e seria mais obedi-ente.

Aquella famosa Babá, mulata alta, ain-da bonita.com seu turbante artisticamen-te arranjada, era uma narradora incom-paravel de historias. Creanças e creadosse reuniam todas as uoites para ouvir osseus contos, e que contos I Sem pés nemcabeça; mas taes como eram,com sua es-quesitisse e sua extravagância, encanta-vam o auditório ingênuo.

A narradora começava invariavelmentecom estas palavras : Era uma vez...

O compadre Macaco representava sem-pre um grande papel na historia; é oheróe das fábulas negras. Vai uma manhã roubar no jardim do imperador e éapanhado pelo jardineiro, que lhe arranjauma armadilha fabricando um homem depáos e papelões untados de alcatrão, ten-do na cabeça um taboleiro de bananas. Oc.mpadre Mono é comilão, vê as ba-nanas, vem cumprimentar o boneco, eacaba por pedir-lhe uma banana das queelle tem na cabeça. Irritado por não obterresposta alguma, elle ameaça-o dá-lhesegunda bofetada; eil-o seguro pelas duaspatas. Nova ameaça, pontapés; as quatropatas estão seguras; sua cólera é tal queelle dá no seu adversário com a barriga,o que o torna definitivamente prisioneiro.O jardineiro chega e vai buscar o impe-rador para fazel-o assistir á execução domacaco, que elle amarra primeiro comboas cordas. O compadre Mono chora; ocompadre Elephante passa e pergunta-lheo que elle tem.

E'que o imperador, — disse o compa-dre Mono, me condemnou a comer umboi inteiro.

O compadre Elephante pensa que o boiseria talvez para elle de uma digestãomais fácil do que para o macaco.

A idéia d'aquelle prato desconhecido otenta pouco a pouco; chega a invejar asorte do desgraçado, e propõe-lhe sim-plesmente tomar o seu logar. O compa-dre Mono, libertado de seus laços, amarrapor sua vez o imbecil glutão. O impera-dor, no emtanto, vem ao appello do jardi-neiro e, sem se admirar com a substi-tuição, ordena que se metta um ferro embraza atravez do corpo do elephante.Feito isto, soltam o pobre animal, quefoge berrando, com o seu espeto; e oingrato Mono dirige-lhe, do alto de umaarvore que escolheu para observatório,muitas pilhérias, das quaes Yayá ria atéperder o fôlego Nunca ella tinha pen-sado em se preoecupar com a possibili-dade ou a moral do conto, evidentementededicado aos comilões e aos tolos do paiz.A Babá sabia além d'isso as mais bellascantigas.

Mas era sobretudo nas adivinhações •que ella brilhava. As adivinhaçõesnegras nada têm de complicado. Todos

YAYA'

estão sentados:—adivinhai—disse a es-phinge de turbante.

—Vermelhão—disse o Pretão—agüentabem, agüenta com força! Se arrebentas,eu morro !...

E' preciso adivinhar que Vermelhão éo fogo e PretSo a panella. Se a panellaarrebenta, é claro que o fogo será apaga-

Eu não sou tola, — dizia ella a seuspais, — porque adivinho todos os eni-g.nas, e quanto ao que se pode lêr no-;seus livros aposto que nelles nada hatão bom como as historias da minha Bá-bà. Os pais tinham feito mal em rir doque elles chamavam suas graças; mostra-vam se muito indulgentes com tudo.

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D. Maria apertou ternaraente sua filti. entre os braços

do com o liquido, que cahirá cm cima.Yayá adivinhava enigmas muito mais dif-ficeis do que aquelle, pois se ella tivesseconhecido na sua infância O Tico-Ticocom certeza teria sempre ganho os pre-mios; mas infelizmente naq.uella epochaesse querido jornal ainda não existia.

Não podiam esquecer que tinh«m per-dido muitos filhos, e tremiam sempr»pelos que lhes restavam, poupando lhesa saúde physica, com prejuízo mesmo d\educação cerebral. Alén} d'isso Yiv.i ti-njia sido muito tempo filha única e já sesabe que a desgraça dos filho., únicos é

O TICO-TICO AVENTURAS DO CHIQUINHOA. desforra, cio Jeig-uiiço

II

O Jagunço por sua vez reuniu todos os seus amigos da vizinhança E trataram todos de o pôr em pratica. No dia seguinte, mesmoe explicou-lhes 0 plano que Chiquinho organisára para vingal-o. Toda na oceasião em que a carrocinha de apanhar cachorros vinha sea assembléa approvou esse plano. approximando, Chiquinho sahiu para a rua, levando Jagunço semxolleir____

O homem da carrocinha dirigiu-se a elle e exigiu que lhe entre- agarou o Chiquinho pelo pescoço e estendeu a mão paragasse o cão. Chiquinho, muito calmo, declarou que não o entregava segurar o Jagunço. Nesse momento todo o pessoal de ChiquinhoO homem brutalmente. e toda a cachorrada que estava escondida appareceu e. .

{Continua)

í

OS CHINELLOS DO AVARENTO O TIOO-TICO12

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Içl) Em uma cidade da Pérsia havia umvelho avarento chamado Sadi. Era tal suaavareza, que havia já quarenta annos usavao mesmo par de chinellos...

2) ... Os pobres chinellos, remendados econcertados por varias gerações de sapateiros,já não tinham fcitio nem geito de cousa útil.

:?) PoisSjdí, em vez de comprar outros,contentava-se com fazer todos os dias umaoração, pedindo a Deus que lhe desse umpar de chinellos novos

4) Deante de sua casa morava um pobresapateiro que, apezar de honesto e traba-'lhador, vivia em difflculdades. Um diavieram-lhe cobrar dous sequins, que ellenão tinha para pagar. Um mendigo, qüe

tsava,-.

5) ... —disse a Sadi:—Ahi es tá uma bõa oc-casião de ser caridoso e pratico; compre a essesapateiro um par de chinellos. Assim elle teráos dous sequins de que precisa e o senhordeixará de andar com esses, já tão gastos.

fi) O avarento protestou, dizendo que seuschinellos ainda estavam muito bons—Poisbem—disse o mendigo— para castigo de tuaavareza, fica sabendo que esses chinellosvelhos hão-de trazer desgraça.

7) Sadi não se importou com essas pala-vras e foi para a egreja pedir a Allah chi-nellos novos. Como é costume entre osmusulmanos, Sadi deixou os chinellos áporta.

8) Pouco depois chegou um Vizir que, paraentrar na egreja, deixou tambem do lado de forasuas sandálias, que eram novas e muito lu-xuosas. Mas como o vizir entrara...

9) .. dous garotos, que iam passando,tiveram a idéa de trocar os chinellos; col-locaram os de Sadi no logar das sandáliasdo Vizir e puzeram as ricas sandálias...

10) . . no logar em que Sadi deixaraseus remendados chinellos. Sadi encon-trandu as sandálias íicou muito satisfeito,pensando que ellas tinham apparecido pormilatrre. Calcou-as c secruiu seu caminho.

11) Mas o Vizir, quando sahiu daegrejac teveque calçar os chinellos de Sadi, ficou furioso.— De certo algum mendigo roubou minhas san-dalias—pensou elle.

12) Os guardas, prevenidos do roubo, sa-hiram cm pesquizas pela cidade e, quando en-contraram Sadi muito contente a passeiar,com as sandálias do vizir ..

(.Concilie na pagina seguinte)

O TICO-TICO OS CHINELLOS DO AVARBNTO (CONCLUSÃO) 13

13) .. .prenderam-no logo. Sadi foi processadocomo ladrão, e condemnado a pagar dez mil se-quins de multa, Sadi pagou e restituiram-lhe en-tão os chinellos velhos.

14) Voltando a sua casa, Sadi furioso lõ) .. .mas com tanta infelicidade que osjulgando que com effeito aquelles chinel- chinellos foram bater mesmo em cheio nolos davam desgraça, chegou á janella rosto do chefe de policia,, que ia passandoatirou-os á rua. na occasião.

16) Sadi foi preso novamente e, dessavez, para obter a liberdade, teve que pagarcem mil sequins, a metade de sua fortunaAinda por cima, libertando-o, restitujram-lhe ..

17) .. os chinellos. Para se ver livred'aquelles malditos, que tantos desgostosjá lhe tinham causado, Sadi resolveu en-terral-os. Dous ladrões, que o viram...

18) ...cavando na terra, pensaram que elleestava desenterrando algum thesouro e ataca-ram-o a pauladas, para roubar-lhe o dinheiro.

19) Quando souberam que Sadi estava ape- 20) Sadi resolveu queimar os chinellos de 21) .. .fez uma fogueira tão grande que onas enterrando os chinellos, já famosos pelo má sorte. E para isso fez uma fogueira. fogo communicou-se a sua casa e incendiou-acaso com o Vizir, os ladrões desataram a rir Mas com a raiva com que estava... toda. Sadi ficou completamente arruinado, re-e... e restituiram-lhe os chinellos. duzido a pedir esmolas pelas ruas...

v *•>¦ rf-g-'* * ~j~ -***^ -i L_. i _.,..¦,_¦.¦-- i. ..._,,—a i, ¦ i.. i I . in¦ ii .i.i.i

22) Andava um dia, assim descalço e fa- 23)—Eu não, que não sou feiticeiro — disse 24) , os garotos não teriam trocadominto, quando encontrou o mendigo, que outro —Quiz apenas fazer-te medo para ver se te teus chinellos velhos pelas sandálias dofallárade seus chinellos deante do sapateiro, resolvias a comprar.calçado novo. Se tivesses se- Vizir Nada mais te teria acontecido e não— Tu é que lançaste má sorte sobre elles— guido meu conselho. serias obrigado a andar descalço.

AVENTURAS DE KAXIMBOWN EM FANTASIOPO-,\S

O major Kaximbown, vovó de Tônico, depois de 80 annos de estudos indigestos conseguiu De facto a invenção era assombrosa e Kaximbown fez conta de explicai-a a Tônico, aoinventaram bezouroplano, com o qual poderia voarde um cabo a outro do mundo. mordomo Pipoca e a Pistolão, o melhor cão do mundc

Foi construído o bezouroplano ao qual foi dado o nome de Bezouro Tônico, Pipoca e Pis- A's 8 em ponto partiu o bezouroplano com a velocidade de 894 756,827 milhões de kilo-tolão embarcaram em campleto trajo para uma viagem maravilhosa. metros por hora.em demanda de FantaitopoZw.capital do Império do Absurdo.no mundo dalua.

. (Continua)_alrr io io .n 2> 2 24-

15 O TICO-TICO

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Quasi todos, depois que se servem dos ovos, deitam m ^wiS^^s.s cascas fora. No entanto, com essas cascas vasias po- //^^f^M^Wvem-se fazer muitos brinquedos interessantes. míími wir\O OVO E O ARCO W

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Trata-se de partir um ovo com um arco. /'/ \ iitjfff \\

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Trata-se de partir um ovo com um arco.E' cousa muito simples, dirão vocês; mas somos capa-

ses de apostar em como nenhum conseguirá fazel-o.Querem saber por que é que é impossível ?Tomem a casca do ovo, vasia, ecolloquem-na a um

canto de uma sala—fig. 1.Agora podem fazer o esforço que quizerem que não

conseguirão partil-a.OVO DE PE' SOBRE UMA DAS PONTAS

Fíq4-'3Tomem agora um ovo cosido—já não é a casca—e pro-ponham-se a pol-o de pé sobre uma das pontas—fig. 2.

Dirão todos que é uma cousaa do outro mundo, anão ser que façam como Christovão Colombo, partindo-o. Então, depois desacudil-o um pouco, a gemma — fig. 2A rompe a membrana interior e depo-sita-se na pai te inferior. Agora com o peso da gemma, o ovo se mantém depé facilmente.

O OVO CARRAPETAEnrolem um cordel em torno de uma casca de ovo vasia; puxem por esse

cordel e verão que a casca gira sobre si mesma, como se fosse uma car-rapeta —fig. 3.

O OVO SOBRE A GARRAFATrata-se de manter um ovo em equilíbrio sobre o gargalo de uma garrafa.Para isso tomem uma rolha, enterrem nella dous garfos—fig. 4. e afastando-

cs depois de collocar a rolha sobre o ovo, estabeleçam o equilíbrio. E' muitofácil ; basta olhar para a figura.

O OVO DANSARINOImprimam a uma casca de ovo um movimento giratório, mantendo-a de pé

soore um prato. Fazendo girar este ultimo a casca parecerá dansar e assim po-derão acompanhar qualquer musica.

O TICO-TICO 16"

VIAGEM BE ARMANDO Afl POLO NOITEPeça em quatro actos para theatro de

sombrinhasFor ARMANDO 13-1-1-3

Vejam explicações no fim

ACTO IA PARTIDA

QUADRO I

A scena representa wncampojle experiências,onde se.vê, ao ceniro.uin baião I »?g /) que deve estar pi eso a u.:ia li-nha que passe por cima do lheatro, de maneira que,puxam-_-o balão suba. Ao lado está o B.n'ão {fig. 3) e .sua filhaAurora (fig. ~). Os aeronautas já esião na bat quinhá,.

O Bar.-.:— Vamos a ver se chegas ao polo norte, A rthui.Se isto conseg. ires terás a mão de minha filha.

Arthui.:—Muito obrigado, senhor barão. Espero que-chegarei lá cm ~0dias, pois o meu balão possue todos osaperfeiçoamentos.

Arm._ uo {zangado):—Para que heide irlam-eiíi te nãoganho nada ?

Arthur:—Tu receberás dinheiro. Não é.ser.hcr barão .O Barão:—Com cc.tcza. Vai meu amigo; eu não deixa-

rei de recompensar um homem tão valente e que se expõea tantos perigos. Se tu mereceres, terás até os cem contosque prometti ao aeronauta mais corajoso.

.Irthür;—Até a volta,senhor barão; até a volta senho-rila Aurora.

Aurora r; o Barão ('"unios) : — Até á volta. 0 balãocomeça a subir até que se some por cima do lheatro.

QUADRO IIA scena está vasia. Pouco depois apparete o balão, (1)

subindoArmando:—Soecorro 1... Soecorro.'...Arthur (assustado):-- Que e ?

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í7*

Armando:-Quebrôo-S- a haste da direcção. E agora,que fazer ?

Ari dur:--Agora, nem mais nem menos Vamos subir,supir... passaremos a atmosphera daTerra e morreremos sem ar.

Armando (horrorisadó)—Com osdemônios! Isso não 1 Vamos abrir aválvula e eahiremos na Terra.

AiirmR : — Nada, nada, o balãovai subindo de vagar, e pode mrcaharpor si,sem sahir da atmosphera daTeria,c cahir lentamente num campo,e nos salvaremos. Se abrirmos a vai-vula, estaremos *,crdi-dos, i r r c rrmente.

( Emqumüo Arthur eArmando faliam, o ba-lão vai subindo, dc ?...:-neira que, quando ter-minam o dialogo, elledcsapparéce )

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. Fig. 2

QUADRO 111A scena é um grande disco, que toma toda a parte

superior do lhealio. O balão vai subindo.Arthur :— A lua! Olha, Armando, aquella bolla ê a

lua, e nos vamos para lá IQue engano dos sábios pen-sar que.não se morre semar fora da atmosphera daTerra !Armando : —Mas nos vamospara a Lua . F. se lá existir ai-gum monstro que nes ca-gula ?Arthur : — Ora ! Sc for ha-birada, até levarei para aTerra alguns .iabi-tantes.

ei balão vai-se approxi-mando ao disco c, afinal, so-me-se nelle. Cahc <> panno.

ACTO 13NO MUNDO DA LUA

QUADRO 1Ao levantar o pannír, vé-

se o balão ( 1) cahi.Io a umlado, e ArtHur (5) e Ar-mando (-6).

Aiiimi! {admirado)'. —Que horror ! nem uma iógoita dc água ! nem uma sóherva I tudo à areia !

Armando : —Eu acho que1...0 ha.de ser habitada Cornoò que se pode viver comen-do c bebendo arci_ .

Au i iilr : —Quem sabe láse cm outro logar ha quecomer.equeni tambem sabe

flf\ se cahimos num deserto dàlua?

Armando : —Não será o Sahara ? Dizem que elle é tãogrande I

Arthur—Não meti amigo, o deserto do Salara é lá naTerra, c nós estamos na Lua. '

O TICO-TICOArmando— O que eu acho melhor é irmos procurarcomida, pois estou com muita fome.Arthur—Mas se nóssahirmos d'aqui, podemos nãoen-

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contrar depois o logar onde eslá obalão e então para voltarmos...

Neste momento ouvem se assobios,primeiramente fracos, depois maisfortes, que interrompem a phrasede Arthur, e de todos os lados appa-recém os lunáticos (7).Devem-se cor-tar umas _o figuras iguacs a estapara apparecer em scena 1/774.1 multidão de lunáticos, cer-cando os viajantes. Os dous ficam no mssmo logar. Os tu-tiaticos vendo que elles não jogem, nãoavanain.

Arihur—Bons dias, meus ami-gos lunáticos ; nós somos habitantesda Terra, viemos visitai-os.

Os LUNÁTICOS —Fiiiiiiiiii (assobio).Arthur—Eu sei que vocôs não

me entendem, mas fiquem sabendoque nós somos da Terra, não co-memos gente, e por isso não lhes fa-remos mal.

Os lunáticos—Fiiiiiiii (assobio).Armando — Senhcr Arlhur, eu

acho melhor irmos para o nosso ba-lão e deixarmos estes monstros que,d'aq_i a pouco, nos enguüirão vivos.

Arthur—Não, eu prefiro ser co-mido, mas não volto á Terra, semao menos levar um d'es tes seres,extraordinários.

Os lunáticos -. Fiii sobiobem forte).

Arthur e Armando rçcêam e oslunáticos avançam; os viajantes sahemperseguidos por todos os monstros.

QUADRO II

Vém-,e ao centro Armando eArlhur,.Tui.L. ... nochão (S) e cercados de todos os lunáticos).

Arthur {indignado)—Miseráveis antropophagos, se euconseguir me escarpar d'esta, direia todos os habitantes da Terra, nun-ca mais vir para aqui. E quem vaiperder são vocOs mesmos, porquemeus companheiros haviam de osensinar a fazer tudo, e lhes da-riam todos os aperfeiçoamentos co-nhecidos dos civilisados... selva-#ens I...

Durante o tempo em que Arthurfalta, se deve ir mechendo com oslunáticos, para tingir que elles dan-çam em torno dos prisioneiro*. De-pois apparece no ar o balão, que seencheu de gaz e subiu (1) vem depen-durada em baixo uma corda, comuma ancora na ponta (._).

Chegando em cima dos dous,parou, e começou a descer, até quea corda toca no chão; ahi começoudc novo a subir, mas d'esta vez le-vando os viajantes. Isto se Jaz pre-gando atraz da figura um ganchinhoeahi se prende a ancora quando ellatocar no chão. Como a mesma figura Fig. 6

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que eslá no chão, deve apparecer no ar, não se deve pofsupporte nclle; Jicar.i de pé, presa entre dous alfinetes.

Armando—Adeus selvagens lunáticos e antropopha-gos; hojevocôs não nos comem, ficarão sem almoço.

Arthur—» Deixem estar, eu avisarei todos lá da Terrapara que nunca venham para cá.

(.4 ri... r e Armando desaparecem levados peto balão).

QUADRO IIIA scena, é o mesmo circulo que'representava a Lua,mas

em vez de estar em cima, se acha embaixo. Vem d'ahi, obalão (:) subindo devagar, alè que desapparece por cima.

Armando, fora da scena,— O talão vai cahindo outravez na Lual

Arthur, idem,—Deita lastro.Armando, i.icm,—Xâo temos nem um sacco de areia.ARTHun, idem,—Então vai jogando tudo que ha de pe-saüo, que eu faço o mesmo. Quem vai approvcitar são os

patifes dos lunáticos, pois ficarão com tudo.Começam então .1 cahir pelo menos, botas, garra/as.re1 etc. '¦;¦'¦ Cahe o panno.

(Continua):*5°

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°DrSABE-TUD°

J. R. dos Santos—Um cartãocom a ponta dobrada significaque foi a própria pessoa, cujonome alli está, que entregou ocartão. Por exemplo: sendo apre-sentado a uma pessoa, o senhorentrega-lhe um de seus cartões,para recordar seu nome, masnão deve dodrar a ponta. Masse vai fazer uma visita e nãoencontra em casa as pessoas quedesejava visitar, deixa um cartãode visita com a ponta dobrada(qualquer ponta; em geral a decima á direita). Isso quer dizerque foi o senhor que alli esteveprocurando os donos da casa.

B. Barbosa — O Tico-Tico játratou largamente d'esse assuin-pio em vários artigos com o li-

tulo »A Arte de formar Brazileiros». E dizendo exactamenteo que o senhor diz agora em sua carta.

Diva Pacheco—Murat era um francez empregado emuma cavallariça. Alistou-se como soldado durante as guerras da Revolução.

Por sua bravura e tino militar tornou-se um dos me-Ihores generaes de Napoleâo, que o fez piincipe. DepoisMurat casou com uma das irmãs dc Napoleâo e foi feitorei de Nápoles. Deposto pelos austríacos, tentou rehaver othrono,conspirando; foi aprisionado e fuzilado. 2- Não en-tendo sua pergunta. Quer saber que parte da oração é«JesusChristo»?À-as de que oração? Sem que m'a apre-sente não lhe posso responder. 3; Houve duas Arthemisiasfamosas. A primeira era rainha de Hallicarnasse, fez acampanha dos Persas na guerra contra os Giegose comba-teu na batalhada Salamina. Arthemisia II, a mais conheci-da, elevou a seu marido Mausolo o túmulo que foi consi-derado uma das sete maravilhas do mundo ; 4- — Os, pre-cedido de uma apostrophe, em inglez indica o dativo. Porexemplo housc quer dizer casa; sailor quer dizer marinhei-ro; lhe sailor's house quer dizer a casa do marinheiro. 5-O mais notável compositor allemão foi Richard Wagner.

Geraldina Costa Mattos—O melhor é pronunciar bolsos.As sete maravilhas do mundo eram: As Pyramides doEgyplo.O templo de Diana emEpheso.G túmulo de Mausolo,collossa de Phodes, Os jardins suspensos da Babyfonia, Opliároí de Alexandria e a estatua de Júpiter Olrmpico

Dr. Sabetudo¦ 1 ¦ ¦

O TICO-TICO iS

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M compras forem de 100*000. Uma assignatura de 1 anno ao freguez cujas compras forom de 200*000. Uma assignatura 1annual d A LEITURA PARA TODOS, ao freguez cujas compras forem de 100*000. Uma assignatura de 6 mezes do jornal "J

nO fícb-TÍCÕ7a" iodo o freguez que comprar ãcírnada quantia de 100*000. Uma assignatura da 1 anno, se as compras

foiforem acima da quantia de 200*000. í.

19 O TICO-TICO

^W^^^W/wm RESULTADO DO CONCURSO^M%^^-M^Ê N- 563Ahi temos nós a solução do

concurso n. 565, cujo sorteio, fei-to entre muitas milhares dc solu-ções, deu o segi inte resultado :

1- premio — 103000

Saturnino de O. -Ferreiracom 11 annos de edade, morador á rua Visconde Silva, 41Capital.

2-premio —ÍOSOOO

Manuel Vazdc 12 annos dc edale,residente em S. Paulo.

Recebemos soluções dos leitores, cujos nomes seguem :Mathilde Dulce de Seixas, Aglais do Rego Barros, JoãoMusa dcEscobar, Antonio Teixeira Lopes, Wiston José deAlmeida, Cecilia de Araujo, Augusta Soares de Souza, IsisPaes d'Andade, Ezaú Mascarenhas, João Marques do Patro-cinio, Carlos Lima Afflalo, Ruth Ida Gomes, OrmezindaMaria Fernandes, Maria Lydia Pereira da Cunha, Domingosl-'crreira do Prado, Agenor Belmonte dos Santos, Saturninodo O. Ferreira, Coryntha Bràyner, Edgar do Amaral Alhadas,Theocrito Teixeira de Miranda, Homero Lathari, Olga daRocha Santos, Almira da Fonseca, Antonio Corrêa Jorge,Guilherme Santos, Pedro Gouvêa, Maria do Carmo Peixoto,

Solução do concurso n. id

Manuel Vaz, Gastão Pinto Trindade, Clovis Nogueira, As-pazia de Andrade, Avany Ribeiro Vidal, Magdalena RibeiroMachado, Julia Chastenet, João Valctio da Silva, StellaGarcia da Silva, Edgar Brazil, Eduardo Souza, Maria deLourdes Pinheiro Baptista, José Luiz Fernandes Villela,Beatriz Gonçalves Ferreira, Julieta de Carvalho, Gilbertode Macedo Soares, José Lobão, Analia Pereira dos Santos,Álvaro Fernandes da Silva Dias, Mario de Albuquerque<".osta, Adalberto Tavares, Nady Nazario, Arminda Cândida,Waldemar Mera Barroso, Cynira Lopes, Zitade Souza, An-tonio Pinheiro, João Walter T-eixeira, Daliby Madi, Cariesdc Menezes, Maria José Barata, Eduardo Ramos, Gisclia S.Leal, Gilberto Barata, Antonietta Rita de Mendonça, Arge-

miro Torres, Zaira Vianna, Olegario Barata, Maria da Can-delaria S. Diniz, Lúcia Percz de Araujo, Renato M. Leãode Aquino, Waldemar Paim, Cezar Augusto Cataldo, Os-waldo Seba.stião Lessa, Theophilo Carvalho, Maria Castim,Antônio da Gloria 1'. Machado, João Martins Ribeiro, Edel-vira Moraes, Armando Lopes de Araujo, Oswaldo Barbosa,Alayde Lopes Rodrigues, Luiz Moreira Maia, Esther Be-souchet, Nestor de Araujo, Gilberto deCerqueira Gonçalves,Maria Dolores Pinto Carvalho, Nair Linhares Dias, Gabrielde Oliveira, Carlos Frederico Braga, Eugênio Rodrigues,Célia Martinez, Plinio Pereira, Domingos Gama Filho, El-vira Aló, Maria Theotonio Ramos, Luiz Torres Netto, Au-reliano Dias Tavares Bastos, Antonio daGloria P. Machado,Aurelia Martins, Leonidia L. da Silva Moraes. Edgar Mar-quês de Carvalho, Floriano Alves Xavier, Victor HugoRaymundo, Nicomedes Martins dos Santos, Maria AugustaPereiraGarcia. Guilherme A. de Asumacker, João Nogueira,Eduardo de Magalhães Gama, Manuel Victorino Pereira,Adelina Pereira Pinto, Renata Maria de Moura, CordeliaSimões Corrêa, Oswandina Moraes, Severino Carneiro deAlbuquerque, Sylvia de Assis Ribeiro, Helena de ÁvilaMachado, Olina Ribeiro, Argentina Benelopes de Carvalho,Gizelda C. Cony, Plácido Espinosa. Janyra da Rocha Aze-vedo, José Nogueira de Carvalho, João Tina Sobrinho,Laura da Silveira Barbosa, Manuel Duarte da Cunha Ju-nior, Affonso Henrique Cardoso, Joaquim A. Naegele,Jayme Amorim, Amélia Erothides de Martins Castilho, AlbaFonseca, Álvaro B. Moreira Guimarães, Nellie D. Collicr,Carlota Ferreira do Nascimento, Maria Benedicta da Silva,ílyeraclio Gonçalves, Clovis Brederodes Mendonça, JoséMaria Pinto Ribeiro, Ibrahim de Mello, Leonina dos SantosPereira, Luiz Gonzaga dos Santos, Gastão de Carvalho,Olivia Teixeira, Alba Ferreira da Fonseca, Raul Meirelles,João Dolbeth Lucas, Vilda Cerqueira, Seevola de SennaFilho, Argentina Vianna, Manuel Alonso, Olga de UlhóaRodrigues, Teimo de S. Pereira, Luiz da Costa Maia FTlho,Edith Stiebler, Floriano Ramos, Máximo de Oliveira Ávila,José Duarte Pinto, Maria de Lourdes Brazil, Gilberto Trom-powsky Livramento, Annibal Fernandes da Costa, HildaHermes, Ariosto Ribeiro Cordeiro, Prospero HermogenesLapagesse, Juaidy Gonçalves, Isaura Mathias, ValentimMassannat, Carmen da Costa Ferreira, Octacilio P. Amorim,Moysés de Souza Lima, Pedrinho Schrago. HenriqueSchrago, Walter Lima Torres, Celita Pontes, Virgílio Pi-nheiro de Souza, Ataliba Barcellos, Dulce Ribeiro Meira,Hermengarda Mamcde. Odette A. de Saldanha da Gama,Maria Mendes. Carlos Stiebler Sobrinho, NiloGarcindo Fer-nandes de Sá, Augusto Stiebler Franco, Waldemar T.,Arlindo Mariz Garcia, Alfredo B. Lopes da Cruz, YolandaC. Ferraz, Cecy Lydia d'A!meida, Edith da Gama Pinheiro,Isolina da Costa, Anisio Spins, Adrião Silveira Caminha,Jacy Zany dos Reis, Possidonio Botelho Pereira, Boamer-ges Thaumaturgo, Maria Fdith Sampaio Tavares, GuiomarMaciel, José Macief, Geraldo Rodrigo de Assis e Lima,Lasthcnia Magnane de Vasconcellos, Octacilio Antonio Ti-biriça, Wanda das Chagas Leite, Leonidas F. Garcez, Ro-mario F, Garcez, Sylvio da Gama Marques, Almiro Newtonde Lemos, Pedro Telles de Souza, Maria Antonietta Uchôa,Fliczar Oear Coelho, José de Góes Duarte, Orlando MaresOuia, José Caldas Ju.ii,>r, Nair Junqneira, Iracema R»sa,Marieta Brito da Silva, IlayJéc Pyott, Adelinha Santos Du-ruont, Rena Lemana, Stellita f i citas Barbos, Alberto Ray-mundo de Figueiredo, Maria da Qtori* Corrêa, IracemaCoimbra, Alice Brandão da Silva, Lydia dos Santos, Odet-te Bastos da Motta, Gontran Mury, Jandyra Rocha Pinto,EmiliacVe Souza Vianna, Renato Leite Ribeiro de Almeida,EurisCardoso, Fernando Silveira, Emilio Maia Vianna, Ar-naido Coelho d'Alverga, José Fontes de Carvalho. Dora Re»

O TICO-TICO 20bello, Abigail Nicomedes do Valle, Pedro da Costa Bello,Maria Santa Vellozo, Meiga Novaes, Fernando OlympioCavalcanti, Antonio Murta Vellozo, Clarice Ribeiro, llelioSá, Gilberto Kloers Werneek, Theodorico Condcixa deAzevedo, Aloysio S. de Macedo, Severina Caldas, IrmãLeitão, Irene Morena Valle, Philomena Tortorclla, Césarde Áreas, Waldemar Fernandes Braga, Euclydcs XavTéidos Santos, Maria Carmenzita Ribeiio de Carvalho, Sylviade Lira e Oliveira, Evandro Muniz Netto, Celmira do PradoCarvalho, Francisco Gomes Cruz, Maria Luiza TraiT.pov.sUy,Manuel Moreira Machado, Cecilia Fernandes da Silva,Roberto Cataldo, Ilcrnani Nunes Barreto, Mathilde Leitede Medeiros, Aloysio Meirelles,Maria de Lourdes Foeppei,Feldy Ludwig, Clarinda Rangel, Nair Cândido Gouvéa,Joanna Walter do Prado, Rita Ferreira Firas, Marina Co-rimbaba, Anna Pires, Celina Leal, Gustavo ,Jardim, BrancaHerminio, Joaquim de Sylos Cintra, Arcilio Samarani,"Vicente de Carvalho, Haydée Cardoso, Nadyr Martins Car-doso, Haydée Ephigenia dos Santos, Irene Astréa dc As-sumpção, Hercina Proserpina de Assumpção, AthanagildoAssumpção, Fernando Machado Villela, Waldemar dePaula Ribeiro, Henrique de B. Mendonça Santos, LadyNunes Lopes, Floriano Salvaterra Dutra, Maria SalvaterraDutra, Renato Nunes, Mario de Oliveira Brandão, Maria deLourdes Costa, Maria Eugenia dc Lima, Eduardo Andrés,Consuelo P. Jorge, José Vicente Júnior, Pedro José RicardoJúnior, Antonio Garcia Bento, Ruth Costa Lobo, GuiomarUrpia, lida Lopes da Cruz, Oswaldo de I.uné Porchat, In-nocencio P. de W. Galvão, Maria Oli na de Azevedo, AdolphoCelso Uchôa Cavalcanti, Dulce da Silva Pinto, Oetavia daConceição Lage, João Guilherme Vieira, Tarcísio M. No-gueira, Sabino Portugal, Jehovah Prestes, Victor Mello,Remildo Queiroga, Luiz Zucchelli, Olympia Bianchi, NelsonTinoco, Juracy Coelho, Demctrio Garofallis, Emilio ZolaAlcoforado, João Alfredo Costa Lima, Antonio Luiz Gon-çalves, Floriano Lopes, Mario de Souza Medeiros, GuidoMazzini, Martha Duarte ds Vasconcellos, Mario Augusto deFreitas, Jorge Feijó, Isolina Soares da Silva, Oswaldo Eva-risto da C. Gouveia, Florinda Peixoto, Áurea Rosa deMiranda, Ephraim Lima, Arnaldo da Silveira Faro, EdisonLacerda, Nadir Moreno Peixoto, Ary Moreno Peixoto, Ar-mindo Batalha, Alfredo Seelinger Henry, Alice Ramos,José Aristeu de Carvalho, José Pimentel Ramos, MarioAndrade Neves, Maria Coimbra Marmon, Marianna FerreiradAlmeida, Wanda R. Rocha, Felix Vieira Cordeiro deBarros, Flodoardo Lima da Silveira, Zilda Alves, Hélio deAraujo Maia, Inah Costa, Maria da Conceição Halfela,Franck Camargo, Martha dos Santos Abreu, OlegarioWerner, Alice Vieira Ferreira, Carlinda Tinquitella, AyltqmA. Paiva, Pedro Fernandes da Costa Mattos, José GalileuCarneiro Costa, Mario de Oliveira Dias, liaul dos Santos,Murillo Ilerval Garcia, Ernesto da Cunha Velioso, AntônioLima, Estrella de Oliveira Tinoco, José Marques de Olivei-ra, Guilherme de Souza Bastos, Züah de Magalhães, Luiz

\}. Oliveira, Dulce Barbosa de Almeida, Orlando Amoroso,Maria das Mercês do Rego Barros, Aurora Duque EstradaBastos, Haydée Lefevre, Antonio Pires, Mario Pereira,Therezilla Veiga, Annibal Barreto, Cardoso dc Mello, Ri-carte Ferreira Gomes, Orlando de Almeida Cardoso, Car-los Martins de Alcantarino, Vonda Guimarães, Isa Guima-rães, Alfredo Aydar, Anlenor Salvaterra Dutra, Inar Diasde Figueiredo, João A. de Carvalho, Fernando da GamaLobo, João Baptista Furtado, José Bustamente, João deOliveira, Alfredo de Almeida Soares, Gilberto Câmara,Jair Corrêa, Maria J. Novaes, João .Maurício de Castro,¦Conceição José Alves, Luiz Fernandes Barata, Eloy Tei-xeira Bastos, Rita da Silva, Julieta Moraes, Eliza Amaral eSilva, Dinorah Guilhermina Moreira de Araujo, -ManuelSchueller, Arthur César Boisson, Marie Charlottc Orns-tein, Antonio Gouvéa Júnior, Lúcia Porto Mendes, Walde-miro Coelho Dias, Rosa R. Fernandes, João de Oliveira,Alfredo de Barres, Zuleida Silva, Ary Torres Ramos, Ade-laide de Vasconcellos Chaves, Rubens Monteiro Leão deAquino, Carmen Lorena Boisson, Sady de Carvalho, JacyTrigo Alves, Oscar de Sá Pego,Maria do Carmo Dias Leal,

-Donguinha Dias Leal, Homero Dias Leal,Filhote Dias Leal.Luiz de Mello Alvarenga, Ernani Ferraz Nogueira, JoséJustino Pereira Filho, Luiz Cardière Netto, Luiza Pinheiro,Maria Clément, Helena Lisboa, Hugo Mello M .tos de Cas-tro, Rosa Lepesteur Carolo, Descartes Cunh*a'"QS-A-,Mr> D.

GÒmT" r-r'°nr° dC Loor,dcts' P .* .rCarelli'CaPobtanco,vSna O CamP°f- Antônio Henrique8 Mattoso Leal,S^moFir. aVÍÇA^to Rodrigues, Ângelo Manada Cruz, Plinio Vieii • _ Magalhães, Luiz A. llyppolito,Lydia da Gloria, João Sobrosa Valladão, Cremilda Lima,'Alfredo de Aquino, Brcno Fernando, Helena Monat, Leo-_ oldo M. Guimarães, Mario Paranhos, Torquato SidneyGuimarães, Manuel Mello, Antônio da Silva Masson. Ignez

Varisano, Carlos Almeida da Silva, Jorge Tourasse, NoemiaGorgulho Nogueira, Ernesto Pereira de Oliveira, Noel Fal-cão, Gentil F. Uibeiro, Zoraido Lima, Maria Carolina doMonte Bransford, Luiz F. Feijó Bittencourt, Vicente Baro-r.e, Eduardo Barros de Moraes, Maria Dagmar MoraesRocha, Arnaldo Almirantino Octaviano, Lido Bcrtolini,Henriqueta Tiilles, Oswaldo Ferreira dc Carvalho, AméliaFaria, Almir de Oliveira Braga, Haydo Mury Netto, Fran-cisco R. Carri), Pedro de Alcântara Marcondes Machado',João Telemaco de Mello Senra, Josephina Barbosa, CeciliaSilveira Martins, João Fina Sobrinho, João José da Silva,Graciema Antunes Pereira, Zelia Barros.

RESULTADO DO CONCURSO N. 578

RESPOSTAS:

I* — Castro—mastro.2- — Gazellj.3' — Üelogio.4- — Filha—Milha.5; — Malho.O resultado, oolido no sorteio, éo seguinte :1- premio— 10$>0 00:

Noemi Cotrim M. de Carvalho11 annos de edade — rua Conde Bomfim, 802—Capital.

2- premio — 10$000:'Christiano Teixeira Lobão

11 annos de edade, morador á rua S. Manuel, 16.Enviaram-nos soluções :Angélica L. A, Feiojosé da Fonseca Rangel, Carlinda

Tinquitella, Maria do Carmo Dias Leal, Donguinha DiasLeal, Homero Dias Leal, Frederico Godoy, Sylvia dc A.Ribeiro, Carlos Werneek, Franco Linr.eu Baithazar daSilveira, Guilherme dos Santos, Djalma Carvalho, ScbastaoAmaro Rodrigues, Maria de Lourdes Brazil, ChristianoTeixeira Lobão, Maximiano Paim, Edgard Cerqueira,MariaJoanna dos Santos, Hercyna Proserpina de Assumpção,Francisco da Costa Maia, Noemi Cotrim Moreira, JoãoJosé da Silva, Ary Maurel Lobo. Edjaldc Barbosa Porto,Benedicto Mendes de Castro, José Duarte Pinto, JoséMarques de Oliveira, Annita Bastos, Thereza Suplicy,Raulino Dias, Yára Dezouzart, Irene Asti-éa de Assump-ção, Luiz PizzarroDias Carneiro, Martha Evaristo de Vas-concellos, Zoraido Lima, Maria d'Avila Mattos, FernandoMachado Villela, Maria da Candelária S. Diniz, Maria Su-plicy, Noel Falcão, Aryene Mignot, Oswaldo D. Gomes,Maria Conceição Castro Silva, Duarte Pinto, Maria LourdesPinheiro Baptista, Yolanda C. Ferraz, João Fernandes,Yára Dezouzait, Joaquim Antônio Naegcle, José M. M.Naegele, Dagmar Lccpage, Osmar Leepage, OJette Clé-ment, Haydée M. Cardoso, Olegario Barata, Pedro Fer-nandes Costa Matios.Alfredina Fernandes da Costa Mattos,Geraldo Rodrigues dc A: Silva, Maria Alexandrina AlvesRibeiro, Armando Lopes de Aquino, Juracy Silva, EdelviraMoraes, Aloysio Meirelles, Ormandina Moraes, Beatriz Al-ves Almeida, Gontran Mury, F. Alidon Nobrega, Armandode Vasconcellos Bittencourt, Antonio Luiz Gonçalves,MariaMagdalena C. Ferraz, A. dos Santos, Jjão dos Santos,'Stella Garcia da Silva, Octavio Magalhães, Msgnolia Dias,Iracema Rcsa, Newton Sampaio, Nelson Delduque, Zoroas-to Campos,Mario dc Oliveira Brandão c Bemjamtm Constnt.

CONQURSO N. 5S3

PA_k -l^ LEITORES D'ESTA CAPITAL, _- OH TODOS OS ESTADOS

Perguntas:

1- — Elle é pisadoFila é caminho

Q.iaes são as palavras ?(De Arlindo Maris Garcia). t2 —Qual é a fructa que não tem esposo se duas

lettras lhe acrescentarmos?(Por José Carneiro Duarte).

—Quat eVáüfciõe^lativo menor do q- e o positivo ?inviada pela megina Annettc M. "so).pela

4' — E' mulher,E' instrumento,E' uma flor

Que è?(Maria Luiza Gouvéa). '

21 O TICO-TICO4-—As aves têm e nós nella moramos quando accre-

scentada com mais uma lettra.Que é?(Reinettida pela menina Rosa R. Fernandes)Por sorteio serão distribuídos dous prêmios de ÍOSOOO

cada um. Só serão apuradas as soluções, que vierem assi-gnadas pelo punho do próprio concurrcnte e acompanha-das de sua residência e edade. E' também indispensáveltrazer collado a margem o vale n. r__>3.

Até o dia 8 de Agosto serão recebidas as solujões.

CONCURSO N. 584PARA OS LEITORES DE TODO O BRAZIL

Espalhados neste grande quadrado e formando novaquadrados menores estão varias rofas bonitas. O nosso

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problema consiste em tirar qualro- dessas rosas, deixandoporém o desenho perfcitt>-cTeuma cruz "formada de rosa"em mais quatro quadrados pequenos.

Receberemos soluções até ó dia 19de Setembro.Daremos dous prêmios de 10í> cada um.

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WÊà:Arlindo Mariz Carcia—Será

tomada em consideração o seupedido.

Laurindo Corrêa MalheirosJá publicámos vários desenhos

/•- 1! TV-Vv lí?'i'l seus e continuaremos a publicai-<. I |i('__*W^**~"^, os desde que elles nos cheguem

-^"" il^yrif_fc-- -^ L*s mios, sejam bons e haja oc-V<^?v<^£_^l5_~i casião.

l-lodoardo Lima da SilveiraVamos procurar a photogra-

phia, se ella não estiver em nos-sas mãos, você enviará outra,

Jorge J. Ristom —Toda c qualquer creança pode col-laborar nas paginas d'0'Tico-Tico com trabalhos julgadosbons.

Carlos Frederico Braga — Acceitamos com prazer.

AVISONo intuito de evitar que sejamos ludibriados, publi-

cando, como jatem acontecido, trabalhos de outrem, assi-gnados por creanças, pedimos aos nossos innumeros e gen-

lis leitores, que nos avisem quando tal acontecer, afim deque não publiquemos mais trabalhos assignados pelos in-fractores d'este regulamento.

Assim, pois, todos os nossos collaboradores ficam, des-de agera, seientes de que os trabalhos enviados só verão aluz cia publicidade quando forem de sua inteira autoria .

Não estão incluídas no presente regulamento as tradu-cções. que devem, comtudo, ser feitas pelas creanças, queas assignarem c virem acompanhadas da nota :—Traducção,

i*edimos aos nossos collaboradorcs que, quandonos enviarem trabalhos (perguntas, desenhos, ver-sos, contos, ete.) o laçam cm papel separado dos con-cursos e que escrevam cni um só lado do papel. A*perguntas elevem vir acompanhadas das respeeti.asSO..Í .'._«>«.

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O menino esquece depressa os brin-quedos, quando se trata de comer a

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Oi primeiros exercícios com o "laçai"

Turco, de couraça como sempre, abria a marcha; Bill erravaaqui e alli, levando ás costas Knips (era o nome que tínhamos dadoao pequeno macaco), e meus filhos iam todos bem armados. Quan-to a mim, seguia um pouco atraz com minha mulher, que levavaFranz pela mão.

Dirigimo-nos para o pântano do Flamengo. Frilz meteu-se porentre o matto com Turco; ouvimos um tiro e vimos cahir um pas-saro enorme; mas não estava morto e encontrámos meu filho emluta, assim como os cães, com um forte animal, que se defendia co-rajosamente com os pés c as azas.

as Bitoliotlieoa cL'0 TIOO-TIOO

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W^f V£V r!*5____i

\. ¦-.,-•'.--•

T. --_,Pouco depois chegámos ao bosque dos macacos

Turco já tinha duas profundas feridas na cabeça, quan-do eu me approximei e envolvi a cabeça do animal com omeu lenço. Assim elle deu golpes menos perigosos e eon-seguimos facilmente immobilisal-o Solhe encontrei umaferida em uma das azas. Amarrei-as ambas e prendi-lheuma pata; depois Ievámol-o assim para a grade.-Que bello pássaro!—exclamaram todos ao vel-o.

—Meu pai — disse Ernesto — creio que é uma pata be-tarda.

—Tens em parte razão,—respondi—é uma betarda.masnão tem os pés membranosos como os dos patos; é da es-pecie que os naturalistas chamam gallinha betarda, apezarde lhe faltar nos pês o esporão, que distingue os galli-naceos. A ferida não me parece incurável—acrcescentei —e gostaria de a amansar e guardal-a no gallinheiro.

A betarda bem amarrada na grade, puzemo-nos acaminho e não tardámos a chegar ao bosque dos macacos

Fritz contou rindo a sua mãi, á aventura que alli nosacontecera com os macacos e logo o guloso Ernesto fezvotos para que um novo bando de macacos viesse atirarcocossobre nós ; mas nada apparecia, procuravamosos meiosde fazer as vezes de animaes, quando, de repente, um coco

cahiu a meus pés,, depois um segundo, depois ainda um terceiroTodos levantámos a cabeça para vèr que mão atirava assim as fruetas,mas nada viamos, e a folhagem continuava immovel.

—E' exquisito !—exclamou fack—estaremos no reino das fadas .Apenas disse isso, um coco veiu bater-lhe no rosto. De repente

Fritz, que se tinha refugiado em baixo da arvore para se abrigar dosprojectis, exclamou :

—Descobri o feiticeiro 1 eil-o que desce da arvore; olhem, quehorror I

Com effeito, um bem feio animal descia da arvore, disposto agozar de sua colheita, quando Jack o viu; horrorisando-se com afealdade do feiticeiro, correu para elle e quiz matal-o com um golpeda coronha de sua espingarda, mas errou. O animal, que eu tinhareconhecido ser um carangueijo terrestre, pouco assustado com essademonstração, avançou para o seu aggressor estendendo para elle aspinças tão grandes e tão formidáveis, que Jack depois de lhe ter feitofrente alguns instanies, fugiu gritando. Mas como seus irmãos rissemd'elle, a vergonha lhe deu coragem, tirou o paletot e parou deante doseu inimigo; depois quando este chegou bem perto,cobriu-otodocomocasaco. Sabendo que não havia perigo para elle, deixei-o lutar algunsinstantes: mas era preciso, para paralvsar as forças do inimigo, mais

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O pequenino Franz ficava sempre junto de sua mãi

Ernesto voltou logo gritandoforça do que tinha o meu pobre faek. Então decidi-me alhe applicar um golpe de machado, que o matou logo.

A fealdade do animal, o terror e a bravura suecessivasde Jack oecuparam-nos ainda algum tempo, Collocámos nagrade o feiticeiro e seus cocos e partimos. Pouco a pouco ornatto se ia cerrando depressa tivemos que recorrer aomachado para abrir passagem ao burro e á grade, queelle puxava.

O calor tinha-se tornado excessivo, andávamos em si-lencio e de cabeça baixa porque escavamos mortos dc sede.Mas de repente Ernesto, sempre observador, mostrou-nosuma planta, da extremidade da qual pendiam algumasgottas d'água límpida e pura. Um primeiro corte tinhafeito cahir bastante água para que o menino matasse asede; mas reparei que ainda havia liquido e que era a faltade ar que o empedia de correr; abri então a planta em todoo comprimento e todos, até o burro, mataram a sede porsua vez

Isso deu-nos novas forças, para chegar depressa áscabaceiras.

Escolhemos as melhores e fizemos pratos razos, ninhospara os pombos, emfim todos os utensílios necessários

O-Hei—as litbographioas d'0 MALHO

lõ O TICO-TICO

O "SR. X" E A SUA PAGINAUMA SORTE ARTÍSTICA

LÁPIS GÊMEOSOS

O emprego dos «lápis gêmeos», solidamen-te fixados um sobre o outro, por meio de umannel de metal ou de papelão, é muito útil aospintores decoradores. Permittem-lhes' traçar,com facilidade, lettras enfeitadas e arabescosde apparencia complicada. E mesmo vocês,meus meninos, vão ficar espantados com o re-sultado que irão obter com uma tira de papelforte, duas ou trez vezes dobrado sobre simesmo (fig.l). Façam um annel do dobro dadimensão exacta de um lápis commum (fig. 2),

V N \Í?^Y^ '^ÜW*¥^_piz__í> F^SL>£C_I_7j. /w_. Y£=^^sY^!^^r/^'Y^^^m^ -¦ \w ¦"""" Y-/s~JY-^~*/ '> &.X

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4s abelhas

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Outra experiência ainda mais interessante para mostrarque a abelha só vôa numa direcção.

A duzentos metros da colmeia collocam-se algumasflores. Para lá vôa um certo numero de abelhas.

No dia seguinte collocam-se outras flores a pequenadistancia das primeiras.

Chegam novas abelhas, mas d'esta vez não são asmesmas da véspera. Estas só se dirigem para o ponto quejá conhecem, em linha recta, e formam com as segundasvim verdadeiro angulo, A A' R, sendo A a colmeia e A A osdous ramilhetesde flores.

Segundo alguns sábios, o sentido da direcção, nasabelhas não reside nos olhos nem nas antenas e sim nocérebro, attendendo á sagacidade d'esses animaes.

A

As abelhas da véspera não procuram as novas flores, vão ter ondeforam na véspera, formando um verdadeiro angulo

li..LUililliii..iiiJiiUiliiiU,ii£•. .\\__-i,

Os lápis gemros

introduzam em seguida, nesse annel, dous lápis como sevê na fig. 3. Nada mais é preciso para fazer as figuras,do que mantel-as na posição indicada pela gravura 4. Terãoassim, flores, lettras, arabescos, etc. etc.

AS ABELHAS

A NOÇÃO DA DIRECÇÃO

Todos vocês conhecem as abelhas. Pois bem; vamosdar alguns detalhes curiosos do seu modo de viver. Ha ai-guma cousa na vida das abelhas que nos escapa. E' a noçãoda direcção que possuem em-alto gráo e que nos é até certoponto desconhecida por varias razões.

Posto que esses animaes sejam dotados de grandesolhos cada um d'elles constituído por 1200 elementares etrez simples collocados sobre a cabeça, nao são estes órgãosque lhes mostram a direcção, por isso que é bastante afãs-tar a colmeia uns 50 centímetros para que ellas não a co-nheçammais.

As abelhas ficariam no logar onde devia estar a colmeia e ahi morreriam de fome sem acertarem com a casa,a tão curta distancia. Ha outras experiências também inter-ressantes. Assim por exemplo, se num raio de dous kilo-metros em"torno da colmeia tomarmos algumas abelhas ecollocarmos numa caixa, dando volta á colmeia, sem afãs-tarnos da mencionada distancia e soltarmos pouco a pouco,as abelhas irão em linha recta para casa, sem procurar ologar d'onde foram tiradas.

O que prova que os olhos de nada lhes servem é quese pode tapal-os com uma camada de collodio, sem queesses animaes deixem de ir ter perfeitamente á colmeia.

____¦ _______

A galante HELOÍSA, diie- O travesso ALUIZIOcta filha do D tenente Sr.Vir- amigo do Chiquinho e filhogilio Borba, residente em do I; tenente Vir-Fortaleza, Ceará, nossa ami- gilio Borba, morador emguinha e constante leitora. Fortaleza, Ceará

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—Que> Você com aedade de 21 annos aindalê O Tico-Tico ?

—E porque não ?Poisnão sabes que este jornal

j, é para «creanças» de 6 a80 annos?

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O TICO-TICO 16~>7 flQUEfc-'̂ ¦*fA1A?>;o Vc^JZ^o^BÍA)''::

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Vestido emflanella ingle-za, com viezesda mesma fa-zenda e punhoe golla de se-tim.

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17 O TICO-TICO

SECGÂO PARA MENINASO JOGO DOS BONECOS

A construcção hoje é mais complicada. Mas com todaa certeza as meninas não fazem grande questão de conhe-cer o seu mechanismo para se divertir.

Toma-sc uma caixa de papelão e tira-se um dos lados;em seguida toma-se outra caixa sem tampa, podendo en-

jtrar.perfeitamente.na primeira e não tendo mais do que ura.terço da sua altura, e tira-se metade de sua tampa.

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Toma-se uma caixa e tira-se-lhe um dos ladosDepois no lado da frente fazem-se pequenas aberturas

em forma de arco de ponte.Assim.se lançarmos uma bola sobre a caixa de maneira

que vá cair onde a tampa foi retirada, ella sahirá pelafrente, por um dos arcos; pela -abertura ver-se-á a bola,mas esta ficará presa, devido a conformação do arco,

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Tira-se a metade da tampaPode-se também collocar na caixa inferior, pequenoscartões separando as aberturas.Segundo a abertura por onde sair a boia o jogadorcontará um certo numero de pontos.Agora as duas reunidas e cortadas como acabamos de

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Bonecos promptos para o iogoensinar t_m a configuração de um palco. Para que o jogotenha mais graça fazem-se alguns bonecos de panno comoyeem abaixo, de maneira que, collocados no palco, dêem aimpressão de uma scena qualquer.O palco e o theatro podem e devem ser enfeitadoscom cortinas e desenhos á penna.

Trez adores celebresPrompto o theatro collocam-se os bonecos sobre cada

uma das aberturas numeradas e inicia-se o jogo. Cada jo-gador toma uma bola e vira um boneco. Se acertar,estecahe e a bola cahindo pela parti posterior do palco appa-recerá numa das aberturas. Contam-se então os pontos.

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Cj 1 |5oo; 100 \;/.^/.\ 50 [? |

Fazem-se aberturas em arco, na parte dianteira da eaixa

O jogo dos bonecosl

E' uma diversão muito interessante e que pode serfeita com grande numero de jogadores, dependendo uni-camente do tamanho do theatro»

No exemplo, que damos, podem jogar cinco. 0 queacertar na criadinha que está no centro terá o maior nu-mero de pontos.

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O TICO-TICO 18

»iifàIMT0-*S IDE 2»-

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19 O TICO-TICO

l§Ír3^Í5IfliS| ' RESULTADO DO CONCURSO

ÈÊSÊÊêMÊSÊKÊT N" 5Ü7Houve uma animação verda-

deiramente assombrosa no con-curso n. 567. Feito o sorteio, ficouverificado o seguinte resultado:

1- premio — 10$:

Seraphim "Lobocom 14 annos de edade, morador, á rua General Câmaran. 264,1- andar—Capital.

2-- premio—10$ :•Luiz de Azevedo

14 annos, rua Riachuelo, n. 311—casa n. 11—Capital.Recebemos soluções dos leitores :Sabino Portugal, João de Oliveira Simões, NairPimen-

tel de Paiva Lessa, José P. Ramos, Antonio Joaquim Tei-xeira Lopes, Theodorico Condeixa de Azevedo, Victor deMello, Romildo Queiroga, Brivaldo Queiroga, ErAani Oli-veira, Henriqueta Trilles, Sylvio de Oliveira Fausto, Deme-trio Garofallis, Jupyra Coelho, Almira da Fonseca, Filan-disia de Castro Sócrates, Alfredo Amorim Weyne, PedroClimaco Cavalcante, Luiz CoelhoAlves da Silva, Júlio Durval RcgisJúnior, Jorge Feijó, Adelia Paula,Benedicto Christino de Camargo,Mario de Souza Medeiros, AliceBrandão da Silva, Lydia dos San-tos, Mario de Souza, Alice Lopes,Cailos Celso Uchôa Cavalcanti,Raul Dias, Eunice Barrozo, SylvioCoimbra Manuel, Amélia Casano-va, Herminia P. Costa, Mario An-drade Neves, Maria O. de Azevedoe Silva, Alicinha Fortuna Garcez,Cremilda Lima, Francisco de AssisA. Lyra, America C. F. Fontes,Macario Augusto de Freitas, Aloy-sa dos Santos Jordão, Ephrem Li-ma, Edison Nobre de Lacerda,Isaias J . Vianna, Sylvio de Carva-lho Espinheira, Maria Joanna dosSantos, Marfiza Echevanguir Car-dozo, Carlos P. S. Varges, OdilaPinheiro da Motta, -Leonidia deMoraes Xavier, Noemia Lyra daSilva, Vicente Barona, Odette Go-mes de Rezende, Eurico Ribeiro,Nair Mendonça, José Galileu Car-neiro Costa, Vicente Tortorelli, Jo-sé Carneiro Duarte, Joaquim Anto-nio Naegele, Gizelda C. Cony,LaUiú dí Araujo, Beatriz TorresNetto, Custa»./? de Senna, Themis-tocles de Almeiüã. Julia Barbosade Siqueira, Fernai.do MachadoVillela, Armando Peicira Luz,Alice Vieira Ferreira, João AndréBergallo, Luiz Bergallo, Maria Isa-bel S. da Silva Pinto, Luiz Ign.vcio Andrade Lima, Maria do Car-mo Peixoto, Octacilio Antonio Ti-birita, Carlinda '1 inquitella, Ernes-to Walt Júnior, João Valerio daSilva, Guilherme Kulkmann, Nadir

G. de Souza, Antonio Vaz Pinto, Fernando O. Cavalcantide Albuqerque, Eduardo Souza Filho, Clovis Nenes Perei-ra, Omphale Monteiro de Barros, David Pinto Mendes, Ma-ria Adriana de Araujo Jorge, Odaléa Pereira, Adrião Sil-veira Caminha, Frederico Barata, Adhail Vieira Zalazar,Possidonio Botelho Pereira, Noemi da Costa Coutinho,Martha dos Santos Abreu, Flavio Cláudio de Mesquita, Jo^éCoimbra. Clarice Ribeiro, Annibal B. Reis, João José diSilva, Christiano Teixeira Lobão, Lourdes Lage, OlegarioBarata, Umberto Marreli, Antonio Valença de Mello, Jacy-ra da Rocha Azevedo, José Nogueira de Carvalho, There-zilla Veiga, José Maria Pinto Ribeiro, Sylvio Costa, MarioAghina, Plácido Espinosa, Mendo Machado, João Fina So-brinho, Maria Luiza Palmeira, Aurora e Regina Cordeiro,Maria Magdalena de Araujo, Dagmar Lepage, Julia Cha—tenet, Benicio Augusto Vieira, Felix Vieira Cordeiro deBarros, Zilda Alves, Adrino Filgueiras, Manuel Alonso,Francisco de Britto, Anisio Espinola, Iracema Rosa, Narci-so de Siqueira, Adelinha Santos Dumont, Sebastião Cabel-Io, Zelia Silva.Nydia R. A. d'A., José de Sant'Anna Pinto,Ecila Donovau, Luiza Precht, Álvaro Machado, Hilda Wren-cher, Guilherme Machado, Gustavo E. de Abreu , Elly E.de Abreu, Raymundo Cleliode Sampaio, Flodoardo Lm adaSilveira, Leonidas Fortuna Garcez,DarcyBonnet, MiltonTenorio Araujo, Innocencio P. de N. Galvão, Anna Maria-ni Bittencourt, Nestor Cezar de Menezes, Penelope de

«Wr ii ii «an———*Solução do concurso n. 357

Ò TICO-TICO 20Carvalho. Celecina de Sá Cavalcanti, Armando Lopes deAraujo, Stellita de Freitas Barbosa, Avany Ribeiro Vidal,Leonor de Lvra e Oliveira, Nair d'Apparecida Junqueira,Saul Wagner, Haydée Ephigenia dos Santos, Maria Anto-nietta Uchôa de Lyra, Antônio Ferreira de Lima, AlmiroNewton de Lemos, Guilherme Schumacker, José Archime-rio Gonçalves Bezerra, Sylvio da Gama Marques, Ibrahimde Mello, Paulo Lima, José Fontes de Carvalho, OswaldoS. Lessa, Ary Maurell Lobo, Severina Caldas, OlynthaAraujo de Faria, Zoraida Araujo de Faria, Abigail Nicome-des do Valle, Angélica Laporti, Lydia da Silva, LaffayttteSá, Sady Caheu Fischer, Alberto Ribeiro Sallberry, CecilioBaram. Alba Fonseca, Aida Pinto Cabral, Carlos Pinto Car-doso, Floriano Álvaro Xavier, Edith Guimarães, Luizd'Avellar Drummond, Maria Celina Pina, Eduardo Ramos.Aloysio Salazar de Macedo, Alice de Mello, Evandro Mu-niz Netto, Vicente d'Anniballe, Armando Diniz, José Wal-

. domiro da Rocha,Elvira Martins Ribeiro,Edwiges L. Faria,Olivia Teixeira, Waldemar T. Faria, Oswaldo Manso Sayão,Maria José Perez de Araujo, Amélia Martins, Vicente San-ches, Nelson Tinoco, Mario Aurelino Pinto Guimarães,Dra-gomis Kaenow, Alide Berg, Emilio Antunes Gurbez, JoséPereira da Silva, Waldemar Augusto Macedo, MartinhoGonçalves Leite, Hilda Faber, Oreste Carelli. Carlos Crisci,Zaira Prado Vianna, João Telemaco de Mello Souza, Ce-lita Pontes, João Ratto, Ruth Rebello Silva, Beatriz Cer-queira, Haydo Cardoso, Nayr M. Cardoso, Torquato Sid-ney Guimarães, Leopoldo Guimarães, Helena Monat, Ma-tia do Carmo Dias Leal, Donguinha Dias Leal, HomeroLias Leal, Filhote Dias Leal, Guilherme de Souza Bastos,<ilga da Rocha Santos, Celina Leal, Lúcia Margarido Pires,Alfredo Almeida Ozorio, Augusto Cezar de Andrade, JoãoPinto de Mendonça, Celestino Barata da Silveira, AntônioMariz Garcia, Manuel Mello, Francisco Gomes Cruz, IgnezVarisano, Affonso Guimarães, Antônio Camuyrano,_^ydemisio Nuthenio Gottschalk,Gilberto de Cerqueira Gon-_ alves, Emiliano Pires Petersen, Haydo Mury Netto, Anto-ni<* Borges da Silva, Matia Fommi,Vicente Cicarino.FannyMandelbaum, Brazilina Amaral, Sylvio de Almeida, Gastãode Almeida, Maria Suplicy, Rubem Gaspar de Mello, Noe-mia Gorgulho Nogueira, Nestor de Araujo, Antônio LuizGon;alves, José Lobão, Pelagio de Souza Dias, Alfredo deAlmeida Soares, Júlio de Oliveira, Zilda Raymsford, IrinéaMacahè, Maria Dagmar da Rocha, Eduardina SanfAnnade Azevedo, Hermancia da Silva Barbosa, Stella de MelloBarretto, Raul Mattos, Alayde Rodrigues, Paulo de Carva-lho, Annita Nunes de Faria, Maria de Lourdes de SouzaQueiroz, Plinio Pereira, Maria Augusta Pereira Gar-cia, Ormandina Moraes, Edelvira Moraes, Livia Sobral, Joséde Carvalho Moreira, Cyro Soares Neiva.Ernesto da CunhaVelloso, Zoraido de Lima, Manuel Victorino Pereira, Ame-na-VJe Silveira, Gilberto Câmara, Álvaro Fernandes da Sil-va João Dolbets Lucas, Nicomedes M.dos Santos, AloysioMeirelles, Marianna Ferreira de Almeida, Lydia Nunes Lo-pes, Juracy de Paiva, Georgina C. Chaves, Wiston Joséde Almeida, Mario de Oliveira Brandão, Scevola de SennaFilho, Hugo Mello Mattos de Castro, Alflere Pereira, AlbaFerreira Pinto, Alfredo Dulce, José Calliera, ManuelinoSeixas, Alfredo de Barros Falcão de Lacerda, João C. Junior, Arthur Kopke, Olga José Medeiros, Hamilton C Pinheiro da Cunha, Henriette Worms, João Fina Sobrinho,Ary Guimarães, Hermengarda Mamede, Iracema CoulombBarroso, Edméa Machado, Godofredo Albuquerque. Gondemar de Mello Pereira, Francisco Ribeiro Carril, Hercu-lano, Noel Falcão Francisco H., Luiz Gonzaga Assis, Er-resto Pereira de Oliveira, Moema Hating, Noemi CotrimMoreira de Carvalho, José Maria da Silva Porto, A. Júnior,Sofia Elisa Gomes Aranha, Emir Góes Cardoso, FredericoCaetano da Silva, Francisca de Souza, José Gomide Júnior,José Vital, Attila Paes Leme, Irmã Leitão, Corina de Car-valho Bastos, Edgard Machado, Ignez Domingues Vinhaes,Mclita Shweitzer, Antônio Tavares Bastos, Luiz Corrêa Re-quião, Belkiss S. Netto, Clarice Sigaud, Enodéa Camargo.Salomão Affonso Adiala, Osmar de Beresford de CarvalhoGloria, Hugo Siegl, Herman Siegl, Emil Siegl, Lydia Go-mes de Mattos, Olinda Lattari, Celina Rubembuck, Gon-tran Mury, Arlindo Rodrigues Lima, Eugênio Rodrigues,Reynaldo Fonseca, Geraldina Costa Mattos, Yolanda C.Ferraz, Lineu Balthazar da Silveira, Yvone Pereira, IsauraRodrigues Martin, Walter Lima Torres, Rosa RodriguesFernandes, Loninia Mattos. Horacio Penido Monteiro,Jorge J. Ristom, Maria Augusta Lopes, Francisco Anto-iiio Curzio, Isolina Soares da Silva, Cecilia Silveira, AttilioA. Sylvio Oguibcrne, Pedro Pinto de Souza, Ernesto Fi-pueira de Vasconcellos, Nilo Garcindo Fernandes dc Sá,Gabriel de Oliveira, Marietta Palvedo Barros, Aglais doRego Barros, Maria de Andrade Carqueja, Ricardo JoséAntunes, Antônio Tortorella. Antônio de Mello Alvarenga,

Martha Duarte de Vasconcellos. Izaac Alves, Julieta Moraes,Laura S. Motta Barbosa, Vicenlina Gentile, MargaridaCesta, Annita Bezerra, Filhinha Nunes, Ernesto Furlau,Areia Leal, Lilia Coralli, Norberto Coralli, Ernani FerrazNogueira, Antônio Pires, Alice Dias, Orminda Aréas, C.Abreu da Cunha, Alba Seixas, Reynaldo Amorim Gou-larte And.ade, Mario Metereschs de Moraes, Maria deLourdes Brazil, Irene Moreira Valle, Gulnare Some, MariaSome, Maria Magdalena Torres Filho, Clovis A. da Silva,Iracerça Almeida da Silva, Carlos José Santos, Euridice M.de Araujo, Odette de Macedo Carvalho, Alamiro Queirozda Silva, Alberto Porto Filho, Frederico da Silva Braga,Olibys Malafaia, Octacilio Amorim, Jayme da Gama Fil-gueiras Lima, Leolina Macieira, Oswaldo Reis, Luiz Fer-nandes Barata, Gilberto Barata, João de Castro, Luiz Mo-reira Maia, Yvonne Aguiar, Cassio Augusto Penteado Bar-ros, Maria Elisa de Carvalho Whitaker, João CarneiroSantiago, Luiz Pontes, Luiz Cardiere Netto, Orlando MaresGuia, Gai de Abreu Sodré, Nelson Costa, Leonor Pereirados Santos, Honorina da Conceição, José Duarte Pinto,Theocrito Teixeira de Miranda, Áurea Rosa de Miranda,Pedro M. de C. Santos Filho, Antenor Martins, Gilda Bra-ga, Pedro Emilio da Costa, João Baptista Marcondes, Car-men Zulmira Chaves, Mario Pereira, Waldomiro CoelhoDias, Carolina Prates, Ruth Braga, Eduardo Tomanik Ju-nior, Jorge Tourasse, America Gonzaga, At:tonio Henri-quês Mattoso Leal, Juracy Silva, Lilina Ferreira, Juho B.Arouca, Oswaldo Ferreira de Carvalho, Brazil Leite, OdetteToussaint Braga, Debbora Moreira, Virgílio Pinheiro deSouza, Mathilde Manno, Antonia de Lourdes, Hug-o deCaslro, Simão Pedro Assef, Arcilio Saramani, CyomaraVillela, José Soares Caneco, Alfredina Fernandes da CostaMattos, Reynaldo Smith de Vasconcellos, José da Fonse-ca Rangel Júnior, Milton M. Coelho, Maria da Con-ceição Halfeld, Emila Rodrigues Teixeira, Marina AméliaTartarini, Descartes Cunha, Antônio Saramago Fonseca,Geraldina C. Romera, Sady de Carvalho, Ernesto WilteJúnior, Bemjamim Amadeu Goffi,Waldemar Mera Barroso,José da Rocha Martins, João Fernandes Braga, WaldemarFernandes Braga, Salomita de Carvalho, Pedro Fernandesda Costa Mattos, Decio Guadagny, Arnold Wiedherger,Gilberto Ribeiro de Carvalho, Manuel Duarte Filho, JoãoMusa de Escobar, Hilda Costa, Manuel Menezes, OswaldoGomes da Fonseca, Margarida Lopes, Stenio de CartrposTeixeira, Célia Martinez, Humberto Inneco, Eurico C. daSilva, Jayme Amorim, Helena deAvilla Machado, AméliaErothides de Martins Castilho. João Dias Moreira, WandaRegina Ruperty, Oldina Lemos, Eduardo Wrencher, Hum-berto da Silva Araujo, José Vidal, Maria Alice, AtalibaBarcellos, Maria Carmenzita Ribeiro de Carvalho, Mariade Lourdes Araujo, Américo Andrade Magalhães Gomes,Adolpho Coelho Pedroso da Silveira, Ena de Lima Evan-gelho, Walter Bayma, Maria Clément, Celio Baptista, JoséJúlio de Calasans, Luiz Andrés, Abner de Moura, José Vi-cente Júnior, Mario C. Oliveira Filho, Pedro Gouvêa,Haydée Lefevre, José Ignacio da Silva, Maximiano Paim,Armando Clément, Waldemar Taranto, Júlio Clément,Adauto de Assis, Seraphim Lobo, Thamiras de Souza eSil.a, Pedro Lopes de Oliveira, Américo Lopes de Olivei-ra, Virgínia Lopes de Oliveira João Nogueira, Joaquim daSilva Cintra, Moacyr Faria, Ruth Ramos Elphe de Carva-lho, Adelayde Monteiro, Jandyra Rocha Pinto, EleonoraMendes Hanson, Zulmira de Medeiros, Isauza Queiroz,Carlos Arieira, Olympio de Oliveira Almeida, Risoleta Pro-ença Moreira, Magdalena Ribeiro Machado. Alzira Mar-quês è Tancinha de Souza.

RESULTADO DO CONCURSO N. 580respostas:

1* — Belladona.2- — Canário.3É — Franca.4- — Moinho5- — Nome.6- — Aücante.A sorte distribuiu os prêmios da seguinte maneira ;t' premio — 10$ :

José "Marques dc Oliveira9 annos de edade, morador árua Hoddock Lobo, 45—Ca-pitai.

2- premio— 10$:•Hyeralio Gonçalves

com 6 ann-is de edade residente em Nictheroy, á rua Silv»Jardim n. 2_l

21 O TICO-TICOEnviaram-nos soluções:Josó M. M. Naegele, Pedro Pinto de Souza, Antônio Tei-

«eira de Oliveira, Naha Rodrigues, Jandyra Rocha Pinto,AntônioHenriques Mattoso Leal, Mario Zoega, MarthaDuarte de Vasconcellos, Olga da Rocha Santos, OctavioMagarinos, Elvira da Silva Barbosa, Vicente Barone, Irace-ma Rosa. José Duarte Pinto, Joaquim Rodrigues, PhylhsSell, Delfino Freire de Rezende Júnior, Carolina Prates,Sylvia Corrêa Netto, Osmar Lepage, Judice Sanzio, Clotil-deR. Maia, João Segadas. Oswaldo Gomes, Heitor Diniz,Gontran Mury, Roberto A. Cataldo, Maria do CarmoDias Leal, Donguinha Dias Leal, Homero Dias Leal, Fi-lhote Dias Leal, Waldemar da Silva Gomes, E. AmorimMuller, Euclydes Reis, Haydée Cardoso, Alba Fonseca,Hyeraclio Gonçalves, Zoraide Lima, Simão Pedro, CelinaKuchemlinck. Aida Pinto Cabral, Noel Falcão, Irene As-.éa de Assumpção, Maria Falcão, Alice Soares Caneco,

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Christiano Teixeira Lobão, Joaquim A. Naegele, Lydia dosSantos, Martha dos Santos Abreu, Irene Moreira Valle,Irmã Leitão, Antônio Luiz Gonçalves, Celita Pontes, JoãoFernandes Braga, Alfredina Fernandes da Costa Mattos,Maximiano Paim,Odette Gonçalves,José Lafayette Ribeiro,Luiz Guimarães, Stella Garcia da Silva, Maria das DoresBretas, Olegario Barata, Ecila Donovan Odett*.Clément,Pedro Fernandes da Costa Mattos, Marciliano l)ié>go Filho.Luiz de Azevedo, Elizar do Amaral e Silva, "E-ielvfra Mo-raes, Julia Andrés, João L. C. Araujo, Nicomedes M. dosSantos, Mario de Oliveira Brandão, Celestino Barata daSilveira, Carmen Muniz Netto, Helena Dolabclla, JostTMar,quês de Oliveira, Edgard Ribeiro de Britto, Floriano Sal-vaterra Dutra, Antenor Salvaterra Dutra, Antônio de Lour-des, Nair da Rocha Azevedo, Maria das Dores Ferreira.Jacyra da Rocha Azevedo, Mario Aghina, Eurico SiqueiraCouto, Carmen Lorena Boisson, Armando Diniz, AloysioMeirelles e Ormandina Moraes.

CONCURSO N. 585

PARA OS LEITORES D'ESTA CAPITAL E DOS ESTADOS

O Sr. Palhetão era um professor como não hamuitos. Se por acaso seus alumnos manchavamuma folha de papel ainda em branco, elle os obri-gava a fazer um desenho naquella mesma pagi-na, aproveitando e disfarçando as manchas.

Ahi está ao lado um rectangulo de papel queseus alumnos mancharam e que, além disso, rece-beu um formidável pingo de tinta. O Sr. Palhe-tão quer que seus alumnos Jaçam nesse papel umdesenho qualquer, disjarçando essas manchas eesse borrão, de modo que pareçam fazer partedo desenho.

Por exemplo: podem desenhar uma scenade guerra : o pingo de tinta será uma bombaestourando; podem desenhar uma scena de diade chuva: o pingo de tinta será o pingo de umagotteira.

E assim por deante.Haverá dous prêmios de 10$ cada um e re-

ceberemos soluções até o dia 25 de Setembro.

O TICO-TICO 22CONCURSO N. 586

PARA OS LEITORES DOS ESTADOS PRÓXIMOS E D'ESTA CAPITAL

1 '—Qual é a mulher que está nos ovos ?(C. de Rosa Rodrigues Fernandes)2-—Qual é o sobrenome composto de cinco lettras que

é outro sobrenome, se lhe mudarmos a primeira lettra?(José Marques de Oliveira)3-—E' medida, mas se lhe mudarmos a primeira lettra

fica uma veste.Que é?( Enviada por José Maria Pinto Ribeiro)4-—Qual é a ave que é composta de um pronome e um

conduetor de água ?(Messias Lutterback)Serão distribuídos por sorteio dous prêmios de 103 cada

um. Receberemos soluções até o dia 15 de Agosto.Cada concurrente deverá fazer acompanhar a sua so-

lução pelo vale n. 530.

Deixamos de publicar neste numero a continuação dacomedia Viagem ao Polo Norte, por absoluta falta de es-paço.

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m1§Jí:SAmanda Guzzi (S. Paulo) —

O nosso pessoal ficou muito agra-decido ás lembranças.

José Fernandes do Valle —Não só dos assignantes, mastambém, dos demais leitores.

Armando Diniz—Vamos fa-zer o possivel para o attender.

Maria Carolina Bransford —Nós não costumamos fazer in-justiças.

Por falta de espaço neste nu-mero não publicaremos a lista dos trabalhos recebidos du-rante a semana.

AVISONo intuito de evitar que sejamos ludibriados, publi-

cando, como jatem acontecido, trabalhosde outrerri, assi-gnados por creanças, pedimos aos nossos innumerose gen-tis leitores, que nos avisem quando tal acontecer, afim deque não publiquemos mais trabalhos assignados pelos in-fractores d'este regulamento.

Assim, pois, todos os nossos collaboradores ficam, des-de agora, scientes de que os trabalhos enviados só verão aluz da publicidade quando forem de sua inteira autoria.

Não estão incluídas no presente regulamento as tradu-cções, que devem, comtudo, ser feitas pelas creanças, queas assignarem e virem acompanhadas da nota:—Traducção.

Pedimos aos nossos collaboradores <|iic, quaud»nos enviarem trabalhos (perguntas, desenhos, ver-mis, contos, etc.) o façam em papel separado dos con-cursos e que escrevam em um só lado do papel. Asperguntas devem vir acompanhadas das respectivassoluções.

Olliaf para o futuro de vossos filhos% II I i ¦ ¦ M I—^M^».W——.tS—— .___>! I I

Dai-lUes Morrhuir.a (principio activo do óleo d»ligado de bacalhau) de

COELHO BARBOSA & G. - RUA DOS OURIVES 38e QUITANDA 104

SCIENCIA FÁCILCORRESPONDÊNCIA DO DR. SABETUDO

Alberto Correia Lima — Lobishome é o nome de umente fantástico, inventado pela imaginação popular. Dizuma lenda que certas pessoas, tendo commettido peccados,são condemnadas a mudar de forma durante a noite, trans-formando-se em lobos. E assim vagam pelos campos atéo amanhecer.

Edith Silva — As denominações de 8- e 12- para enca-dernação referem-se ás dobras do papel de impressão. Opapel de impressão para livros tem tamanho certo; depoisde impresso pôde ser dobrado em 8, 12 ou 18 pedaços e éclaro que assim dobrado terá tamanhos differentes. Então,diz-se um livro em 12, quer dizer do tamanho do papel deimpressão dobrado em 12- Em 18 será menor, em 8- serámaior.

Dr. Sabetudo

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1 Cinema HADDOCK LOBORUA HADDOCK LOBO N. 20

13 O melhor installado do Bairro e o que mais com-modidade oíTerece ás Exmas. Famílias.

^ Entrada gratuita para creanças até 10 annos, nas—3 sessões das quintas-feiras, quando acom-

panhadas por adulto. - jf^

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Cá está elle, cá está o milagrosissimo Bromil, quecura qualquer tosse em 24 horas.

Para obter a suaPho sphatine Falièr es,

Bebe se decide

assim os tomareis fortes e livres de muitasmoléstias aa juventude

fazer os primeirospassos

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ROBINSON SUISSO CONTINUAÇÃO 29

Corremos apressadamente para a praiaEmquanto trabalhávamos, Ernesto meteu-se pelo matto para

procurar algum rio, mas voltou logo,muito assustado, dizendo quevira um crocodilo adormecido sobre um rochedo. Não julguei pro-vavel que fosse crocodilo; e.com effeito, reconheci no animai umlagarto. Soceguei-o porpue esse animal não é perigoso e disse-lheque na America, os indígenas apreciam muito a sua carne. Frittia disparar-lhe um tiro, mas expliquei-lhe que a bala não através-saria suas escamas.

Pedi uma varinha fina e corda, na ponta da qual fiz um nó decorrer. Comecei depois a assobiar e, aproveitando a espécie deentorpecimento em que essa melodia mergulhou o animal, passei-lhe a corda em torno do pescoço. Depois enfiei-lhe por uma ventaentreaberta, a varinha; o sangue correu abundantemente e o ani-mal morreu logo. Colloquei-o ás costas e voltámos. Minha mu-lher e Iram inquietos, nos procuravampor todos os lados.

Como não tínhamosencontrado água, come-mos para nos desalterar,umas pequenas fruetas,que tínhamos apanhadopelo caminho e nas quaesjulguei reconhecer goi-abas; depois tomamos acaminho do Ninho doFalcão, deixámos a gra-de no meio do acampa-mento. Somente o burrofoi carregado com o la-garto e com a nossa lou-ça de cabaças.

Augmentámos a nossaprovisão de goiabas. De-pressa chegámos a casa;emquanto eu preparavao lagarto, meus filhosdescarr^-avam o burro.

O lagarto foi saborea-do, mas o carangueijofoi atirado aos cães. Ce-amos á pressa, e corre-mos para descançar nopalácio aéreo.

CAPITULO XVII

Np dia seguinte volta-mos ás cabaceiras e en-contra mos tudo em bomestado. Resolvi fazeruma eucursão além dosrochedos, e entrar naregião que ainda não ti-nhamos visitado.

Encontrávamos de dis-tancia em distancia, pe-quenos rios, 'campos debatatasou de mandioca,bandos de cotias, quebrincavam tranquilla-mente.

Por fim penetrámos emum bosque de arvoresdesconhecidas e entre asquaes descobrimos amyrica cerifera, arvorecujos bagos produzem acora. Aconselhei a Fritzque apanhasse a maiorquantidade possivel,porque eu sabia que essadescoberta daria prazera minha mulher.

Pouco mais longe vi-mos uma espécie depássaros, que pareciamviver em sociedade emum ninho immenso ondehabitava a tribu inteirae na qual cada um acha-va um abrigo. Estavacollocado no meio daarvore, em baixo dos

galhos e dos ramos, e parecia SXteriormente uma grande esponja, por causa das aberturas numerosas que conduziam a cada ninho particular. Misturados com os habitantes do ninho, uma quantida-de enorme de pequenos papagaios, voava soltando gritos agudos e disputando aos proprietários aentrada do ninho. Fritz, subiu á arvore e depois de muitas tentativas, conseguiu apanhar um d'es-ses pequenos pássaros, que meteu vivo no bolso, apezar dos gritos, do bater das azas e das bicadasde seus companheiros.

Quanto ás arvores,que nos eram desconhecidas,pareciam figueiras selvagens e tinham no tron-co bolas de gomma, endurecidas pelo ar. Fritz que conhecia a rezina das arvores da Europa, quizamollecel-a na mão; mas a acção do calor distendeu-a, e ella tomou logo a sua primeira fôrmapor um movimento elástico. Surprehendido com essa descoberta elle gritou :— E' borracha... Infelizmente para nada nos serve porque nada temos a desenhar.

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Tudo quanto enconravam, meus filhos vinham me trazer ro0)

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n?4 Bitoliotlaeoa. d'0 TICO-TICO 30 O TICO-TICO

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-_^\P^\n\ >Fui Jazer uma excursão chmFrit: e levámos o burro Era um lagarto que estava alli deitado

Perdão —disse-lhe eu—po-de servir para fa-zer tecido im per-meavel efabiicarcalçado para aestação das chu-vas.

A borracha— acrescentei eu—é esta gomma,que se tira da ar-vore que estásvendo; cahegot-ta a gotta e apa-ram-na em vasi-lhas. Apanham-na liquida e co.brem pequenasgarrafas de barroque expõem áfu-maça de um fogode lenha humi-da, que secca oenvolucro. E' porisso que a borracha toma a córpreta com a qualchega á EuropaQuanto á formaé a que dão aosmoldes. Appli-cam sobre essesmoldes, muitascamadas successivas de gomma,e, quando ellasestão sufficientemente seccas.quebram a garrafa, cujos pedaçossahem pela abertura superior. Eeste proecessoque conto appli-car á confecçãode nossos sapa-tos. Encheremosde areia uma denossas meias eestenderemospor cima as ca-madas de borra-cha necessáriaspara fazermosuma bota solida.

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