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Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
2º SEMINÁRIO NACIONAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTOÁREA TEMÁTICA: PLANEJAMENTO TERRITORIAL, POLÍTICAS PÚBLICAS
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL: Da estruturação da Política Nacional aos desafios atuais do desenvolvimento urbano e habitacional no Brasil.
O presente estudo caracteriza o arcabouço jurídico institucional Nacmoradia de interesse social na atualidade. Estabelece, através da abordagem qualiquantitativa e da pesquisa descritiva e explicativa, a relação da Política Nacional de Habitação com a implementação dos Programas Nacionais de maior envede Curitiba a partir de 2007. O método bibliográfico e documental possibilitou levantar dados oficiais dos programas, contratações de demandas no âmbito Nacional e Local, bem como consultar autores reconhecidos pela trajconhecimento a cerca do tema.A partir dessa construção, apresentamMinha Casa Minha Vida, a desvinculação das intervenções urbanas da questão fundiária e a possibilidade de retrocesso da Política Urbana e Habitacional no País. Palavras-chave: Habitacão de Interesse Social, PAC, MCMV, Curitiba
This study characterizes the institutional legal framework to address the national housing of social interest today. Establishes, through qualitative and quantitative approach and the descriptive and explanatory research, the relationship of the National Housing Policy with the implementation of national programs on a larger scale, contracted by the municCuritiba from 2007. Bibliographic and documentary method enabled officers lift program data, hiring demands in national and local levels, as well as consulting with authors recognized by critics who study and provide knowledge about the subject this construction, we present data indicating the booming of the Minha Casa Minha Vida, the untying of urban interventions of the land question and the possibility of kicking Urban Policy and Housing in the Country
Keywords: Social Housing, PAC, PMCMV, Curitiba
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
2º SEMINÁRIO NACIONAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTOÁREA TEMÁTICA: PLANEJAMENTO TERRITORIAL, POLÍTICAS PÚBLICAS
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL: Da estruturação da Política Nacional aos
desafios atuais do desenvolvimento urbano e habitacional no Brasil.
Kelly Maria Christine Mengarda Vasco
Resumo
O presente estudo caracteriza o arcabouço jurídico institucional Nacmoradia de interesse social na atualidade. Estabelece, através da abordagem qualiquantitativa e da pesquisa descritiva e explicativa, a relação da Política Nacional de Habitação com a implementação dos Programas Nacionais de maior envergadura, contratados pelo Município de Curitiba a partir de 2007. O método bibliográfico e documental possibilitou levantar dados oficiais dos programas, contratações de demandas no âmbito Nacional e Local, bem como consultar autores reconhecidos pela trajetória crítica com que estudam e disponibilizam conhecimento a cerca do tema. A partir dessa construção, apresentam-se dados que indicam a franca expansão do Programa Minha Casa Minha Vida, a desvinculação das intervenções urbanas da questão fundiária e a possibilidade de retrocesso da Política Urbana e Habitacional no País.
Habitacão de Interesse Social, PAC, MCMV, Curitiba
Abstract
This study characterizes the institutional legal framework to address the national housing of interest today. Establishes, through qualitative and quantitative approach and the
descriptive and explanatory research, the relationship of the National Housing Policy with the implementation of national programs on a larger scale, contracted by the municCuritiba from 2007. Bibliographic and documentary method enabled officers lift program data, hiring demands in national and local levels, as well as consulting with authors recognized by critics who study and provide knowledge about the subject this construction, we present data indicating the booming of the Minha Casa Minha Vida, the untying of urban interventions of the land question and the possibility of kicking Urban Policy and Housing in the Country
Housing, PAC, PMCMV, Curitiba
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
2º SEMINÁRIO NACIONAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO ÁREA TEMÁTICA: PLANEJAMENTO TERRITORIAL, POLÍTICAS PÚBLICAS
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL: Da estruturação da Política Nacional aos desafios atuais do desenvolvimento urbano e habitacional no Brasil.
Kelly Maria Christine Mengarda Vasco
O presente estudo caracteriza o arcabouço jurídico institucional Nacional para tratar da moradia de interesse social na atualidade. Estabelece, através da abordagem qualiquantitativa e da pesquisa descritiva e explicativa, a relação da Política Nacional de Habitação com a
rgadura, contratados pelo Município de Curitiba a partir de 2007. O método bibliográfico e documental possibilitou levantar dados oficiais dos programas, contratações de demandas no âmbito Nacional e Local, bem como
etória crítica com que estudam e disponibilizam
se dados que indicam a franca expansão do Programa Minha Casa Minha Vida, a desvinculação das intervenções urbanas da questão fundiária e a
Habitacão de Interesse Social, PAC, MCMV, Curitiba
This study characterizes the institutional legal framework to address the national housing of interest today. Establishes, through qualitative and quantitative approach and the
descriptive and explanatory research, the relationship of the National Housing Policy with the implementation of national programs on a larger scale, contracted by the municipality of Curitiba from 2007. Bibliographic and documentary method enabled officers lift program data, hiring demands in national and local levels, as well as consulting with authors recognized by critics who study and provide knowledge about the subject trajectory. From this construction, we present data indicating the booming of the Minha Casa Minha Vida, the untying of urban interventions of the land question and the possibility of kicking Urban Policy
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
Introdução
Somente a partir de 2003 o Brasil assume a direção social da política de
habitação, direcionando esforços e recursos para o atendimento da população de menor renda,
conceituando a moradia de interesse social e reco
pelas milhares de famílias que moram nos assentamentos precários das cidades brasileiras.
Contudo, os esforços iniciais que configuraram o Programa Nacional e
conceberam o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Soci
recursos fundo a fundo, foram sendo substituídos por Programas Habitacionais atrelados ao
desenvolvimento Econômico do País.
Com o Programa de Aceleração do Crescimento, ainda que longe da concepção do
FNHIS, estratégias de enfren
para a intervenção em assentamentos precários, foram estabelecidas com padrões e condições
mínimas de moradia, de saneamento ambiental, de infraestrutura e de participação social.
Mas é com o PM
de ação urbana pontual que atende famílias de menor renda, mas cujo processo, não garante a
inclusão dos segmentos mais vulneráveis, a fixação das famílias nas novas condições de
moradia, nem tampouco reconhece e prioriza a intervenção em assentamentos precários e,
assim não atrela a política ao desenvolvimento urbano e da cidade.
É nesse contexto que o presente estudo buscou levantar indicativos dos esforços
dos e dos limites da Política Nacion
famílias de menor renda, sobretudo, as que moram nos assentamentos precários, utilizando
de dados das contratações e de comunidades cadastradas em assentamentos precários do
Município de Curitiba para explicar os desdobramentos da Política e Programas Nacionais,
permitindo indicar os riscos de exclusão dos segmentos mais vulneráveis e do retrocesso da
política habitacional no seu aspecto mais fundamental, o de desenvolvimento urbano e de
construção de uma cidade para todos.
Para desenvolvimento do estudo, a estruturação da Política Nacional de Habitação
de Interesse Social, sua implementação no Município de Curitiba estão descritos na primeira
sessão.
Na segunda sessão encontram
Curitiba e a conceituação do direito à moradia e à cidadania e na terceira sessão estão as
considerações finais, com indicativos, questionamentos e reflexões que demarcam a direção e
visam suscitar novos estudos e reflexões sobre a
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
Somente a partir de 2003 o Brasil assume a direção social da política de
habitação, direcionando esforços e recursos para o atendimento da população de menor renda,
conceituando a moradia de interesse social e reconhecendo a desigualdade urbana marcada
pelas milhares de famílias que moram nos assentamentos precários das cidades brasileiras.
Contudo, os esforços iniciais que configuraram o Programa Nacional e
conceberam o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS)para repasse de
recursos fundo a fundo, foram sendo substituídos por Programas Habitacionais atrelados ao
desenvolvimento Econômico do País.
Com o Programa de Aceleração do Crescimento, ainda que longe da concepção do
FNHIS, estratégias de enfrentamento das dimensões da questão da moradia, com prioridade
para a intervenção em assentamentos precários, foram estabelecidas com padrões e condições
mínimas de moradia, de saneamento ambiental, de infraestrutura e de participação social.
Mas é com o PMCMV que as diretrizes iniciais são desvirtuadas, num contexto
de ação urbana pontual que atende famílias de menor renda, mas cujo processo, não garante a
inclusão dos segmentos mais vulneráveis, a fixação das famílias nas novas condições de
mpouco reconhece e prioriza a intervenção em assentamentos precários e,
assim não atrela a política ao desenvolvimento urbano e da cidade.
É nesse contexto que o presente estudo buscou levantar indicativos dos esforços
dos e dos limites da Política Nacional de Habitação de Interesse Social no atendimento das
famílias de menor renda, sobretudo, as que moram nos assentamentos precários, utilizando
de dados das contratações e de comunidades cadastradas em assentamentos precários do
ara explicar os desdobramentos da Política e Programas Nacionais,
permitindo indicar os riscos de exclusão dos segmentos mais vulneráveis e do retrocesso da
política habitacional no seu aspecto mais fundamental, o de desenvolvimento urbano e de
de uma cidade para todos.
Para desenvolvimento do estudo, a estruturação da Política Nacional de Habitação
de Interesse Social, sua implementação no Município de Curitiba estão descritos na primeira
Na segunda sessão encontram-se dados da demanda por moradia na Cidade de
Curitiba e a conceituação do direito à moradia e à cidadania e na terceira sessão estão as
considerações finais, com indicativos, questionamentos e reflexões que demarcam a direção e
visam suscitar novos estudos e reflexões sobre a Política de Habitação de Interesse Social.
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
Somente a partir de 2003 o Brasil assume a direção social da política de
habitação, direcionando esforços e recursos para o atendimento da população de menor renda,
nhecendo a desigualdade urbana marcada
pelas milhares de famílias que moram nos assentamentos precários das cidades brasileiras.
Contudo, os esforços iniciais que configuraram o Programa Nacional e
al (FNHIS)para repasse de
recursos fundo a fundo, foram sendo substituídos por Programas Habitacionais atrelados ao
Com o Programa de Aceleração do Crescimento, ainda que longe da concepção do
tamento das dimensões da questão da moradia, com prioridade
para a intervenção em assentamentos precários, foram estabelecidas com padrões e condições
mínimas de moradia, de saneamento ambiental, de infraestrutura e de participação social.
CMV que as diretrizes iniciais são desvirtuadas, num contexto
de ação urbana pontual que atende famílias de menor renda, mas cujo processo, não garante a
inclusão dos segmentos mais vulneráveis, a fixação das famílias nas novas condições de
mpouco reconhece e prioriza a intervenção em assentamentos precários e,
É nesse contexto que o presente estudo buscou levantar indicativos dos esforços
al de Habitação de Interesse Social no atendimento das
famílias de menor renda, sobretudo, as que moram nos assentamentos precários, utilizando-se
de dados das contratações e de comunidades cadastradas em assentamentos precários do
ara explicar os desdobramentos da Política e Programas Nacionais,
permitindo indicar os riscos de exclusão dos segmentos mais vulneráveis e do retrocesso da
política habitacional no seu aspecto mais fundamental, o de desenvolvimento urbano e de
Para desenvolvimento do estudo, a estruturação da Política Nacional de Habitação
de Interesse Social, sua implementação no Município de Curitiba estão descritos na primeira
por moradia na Cidade de
Curitiba e a conceituação do direito à moradia e à cidadania e na terceira sessão estão as
considerações finais, com indicativos, questionamentos e reflexões que demarcam a direção e
Política de Habitação de Interesse Social.
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
Moradia de Interesse Social: O Contexto da Política no âmbito Nacional e no Município
de Curitiba
A criação do Ministério das Cidades (MCidades), através da Lei Federal nº 10.683/2003 representou o país precisavam ser enfrentados com políticas de Estado e por meio de uma abordagem integrada. Essa abordagem se materializou, no plano federal, na criação de um órgão para tratar das questões mais relevdesenvolvimento urbano, em especial, para enfrentar os problemas relacionados com os assentamentos precários e efetivar o direito à moradia digna para a população de baixa renda, que exigem a integração das políticas urbanas (MICIDADES, 2010, p.14).
O Ministério das Cidades orientou suas atividades através de duas linhas de
atuação conduzidas pela Secretaria Nacional de Habitação
e legal do setor e a revisão dos programas existent
Medidas e ações a partir dessas linhas determinaram a construção em 2004 da Política
Nacional de Habitação – PNH voltada ao desenvolvimento urbano integrado, que estabelece
“o arcabouço conceitual, estrutura as ações n
envolvidos na implementação da política” (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2010, p 14).
O Sistema Nacional, instituído pela Lei Federal 11.124/2005, que também institui
o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social e
Ministério das Cidades (2010), é direcionado exclusivamente para a provisão de habitação de
interesse social através de um modelo de gestão descentralizado que deve integrar as políticas
habitacionais nas esferas de gov
urbano, ambientais e de inclusão social.
A partir de 2003, ocorrem com as diretrizes de aplicação dos recursos do FGTS:
uma mudança de rumo: passaram a priorizar o atendimento das famílias de baixa renda, com ampliação da dotação orçamentária destinada, especificamente, para o financiamento da habitação popular e para os recursos de receita financeira do FGTS a fim de viabilizar o subsídio a famílias nas faixas de renda situadas abaixo dos três salár
O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos, por sua vez, em que pese sua
formação por recursos privados, apresenta um subsídio implícito que é a isenção tributária
sobre os rendimentos auferidos pelos p
Para que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios acessem os recursos do
Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social, precisam constituir um Fundo Local de
Habitação de Interesse Social, um Conselho Gestor do Fundo Local e elaborar
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
Moradia de Interesse Social: O Contexto da Política no âmbito Nacional e no Município
A criação do Ministério das Cidades (MCidades), através da Lei Federal nº 10.683/2003 representou o reconhecimento de que os imensos desafios urbanos do país precisavam ser enfrentados com políticas de Estado e por meio de uma abordagem integrada. Essa abordagem se materializou, no plano federal, na criação de um órgão para tratar das questões mais relevantes e estratégicas para o desenvolvimento urbano, em especial, para enfrentar os problemas relacionados com os assentamentos precários e efetivar o direito à moradia digna para a população de baixa renda, que exigem a integração das políticas urbanas (MICIDADES, 2010, p.14).
O Ministério das Cidades orientou suas atividades através de duas linhas de
atuação conduzidas pela Secretaria Nacional de Habitação – SNH: reestruturação institucional
e legal do setor e a revisão dos programas existentes e do incremento dos investimentos.
Medidas e ações a partir dessas linhas determinaram a construção em 2004 da Política
PNH voltada ao desenvolvimento urbano integrado, que estabelece
“o arcabouço conceitual, estrutura as ações no campo da habitação e relaciona os agentes
envolvidos na implementação da política” (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2010, p 14).
O Sistema Nacional, instituído pela Lei Federal 11.124/2005, que também institui
o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social e seu Conselho Gestor, de acordo com o
Ministério das Cidades (2010), é direcionado exclusivamente para a provisão de habitação de
interesse social através de um modelo de gestão descentralizado que deve integrar as políticas
habitacionais nas esferas de governo, e as demais políticas setoriais de desenvolvimento
urbano, ambientais e de inclusão social.
A partir de 2003, ocorrem com as diretrizes de aplicação dos recursos do FGTS:
uma mudança de rumo: passaram a priorizar o atendimento das famílias de baixa renda, com ampliação da dotação orçamentária destinada, especificamente, para o financiamento da habitação popular e para os recursos de receita financeira do FGTS a fim de viabilizar o subsídio a famílias nas faixas de renda situadas abaixo dos três salários mínimos (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2010 p 22).
O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos, por sua vez, em que pese sua
formação por recursos privados, apresenta um subsídio implícito que é a isenção tributária
sobre os rendimentos auferidos pelos poupadores.
Para que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios acessem os recursos do
Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social, precisam constituir um Fundo Local de
Habitação de Interesse Social, um Conselho Gestor do Fundo Local e elaborar
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
Moradia de Interesse Social: O Contexto da Política no âmbito Nacional e no Município
A criação do Ministério das Cidades (MCidades), através da Lei Federal nº reconhecimento de que os imensos desafios urbanos do
país precisavam ser enfrentados com políticas de Estado e por meio de uma abordagem integrada. Essa abordagem se materializou, no plano federal, na criação
antes e estratégicas para o desenvolvimento urbano, em especial, para enfrentar os problemas relacionados com os assentamentos precários e efetivar o direito à moradia digna para a população de baixa renda, que exigem a integração das políticas urbanas (MINISTÉRIO DAS
O Ministério das Cidades orientou suas atividades através de duas linhas de
SNH: reestruturação institucional
es e do incremento dos investimentos.
Medidas e ações a partir dessas linhas determinaram a construção em 2004 da Política
PNH voltada ao desenvolvimento urbano integrado, que estabelece
o campo da habitação e relaciona os agentes
envolvidos na implementação da política” (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2010, p 14).
O Sistema Nacional, instituído pela Lei Federal 11.124/2005, que também institui
seu Conselho Gestor, de acordo com o
Ministério das Cidades (2010), é direcionado exclusivamente para a provisão de habitação de
interesse social através de um modelo de gestão descentralizado que deve integrar as políticas
erno, e as demais políticas setoriais de desenvolvimento
A partir de 2003, ocorrem com as diretrizes de aplicação dos recursos do FGTS:
uma mudança de rumo: passaram a priorizar o atendimento das famílias de baixa renda, com ampliação da dotação orçamentária destinada, especificamente, para o financiamento da habitação popular e para os recursos de receita financeira do FGTS a fim de viabilizar o subsídio a famílias nas faixas de renda situadas abaixo dos três
ios mínimos (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2010 p 22).
O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos, por sua vez, em que pese sua
formação por recursos privados, apresenta um subsídio implícito que é a isenção tributária
Para que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios acessem os recursos do
Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social, precisam constituir um Fundo Local de
Habitação de Interesse Social, um Conselho Gestor do Fundo Local e elaborar um Plano
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
Local de Habitação de Interesse Social. A partir desse desenho institucional, os programas
federais foram divididos em: urbanização de assentamentos precários e produção habitacional.
O PAC Habitação foi criado com o compromisso de “universalizar
moradia digna, entendido como direito social, condição para o desenvolvimento econômico e
prioridade nacional”. (MINISTÉRIO DAS CIDADES
2007/2010 R$ 17 bilhões e demarca sua prioridade na urbanização e favelas
centralidade da questão urbana no Brasil.
Para formulação e implementação do PAC, o MCidades conceituou os
assentamentos precários, estabeleceu padrões mínimos de intervenção, definiu as dimensões
da regularização fundiária e exigiu projeto de tr
beneficiárias em todas as fases do projeto de intervenção física e social, desenvolvimento
socioeconômico das famílias por meio de ações socioeducativas e de enfrentamento de
vulnerabilidades, bem como da articu
geração de trabalho e renda.
Também estabeleceu padrão mínimo de habitabilidade e a integração do
assentamento à cidade, implantando redes de infraestrutura básica como rede elétrica,
iluminação pública e saneamento ambiental, melhoria dos acessos para circulação e
eliminando situações de risco como deslizamentos, enchentes e desmoronamentos e reduzindo
a frequência de inundações, adequação ao sistema viário para acesso dos serviços públicos de
emergência e ainda a recuperação e revegetação das áreas de preservação desocupadas e
fazendo o desadensamento e reordenamento da ocupação e a implantação de equipamentos
comunitários quando necessário
A Regularização Fundiária inclu
segurança jurídica da posse ou da propriedade através do fornecimento de título registrado no
Cartório de Registro de Imóveis.
O outro Programa de grande envergadura do governo federal, Programa Minha
Casa Minha Vida – PMCMV foi criado em março de 2009, segundo o Ministério das Cidades
(2010), para mitigar os efeitos da crise internacional de 2008, em face de redução do crédito
para o país, afetando os investimentos das empresas privadas, sobre tudo o da constr
civil. Adotou um conjunto de ações no setor da construção civil e infraestrutura. Os esforços
dirigidos à construção civil são justificados pelo MCidades face a relevância do setor na
cadeia produtiva da economia e pelo peso desse no Produto Interno B
capacidade empregadora.
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
Local de Habitação de Interesse Social. A partir desse desenho institucional, os programas
federais foram divididos em: urbanização de assentamentos precários e produção habitacional.
O PAC Habitação foi criado com o compromisso de “universalizar
moradia digna, entendido como direito social, condição para o desenvolvimento econômico e
prioridade nacional”. (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2010, p. 30). Desti
2007/2010 R$ 17 bilhões e demarca sua prioridade na urbanização e favelas
centralidade da questão urbana no Brasil.
Para formulação e implementação do PAC, o MCidades conceituou os
assentamentos precários, estabeleceu padrões mínimos de intervenção, definiu as dimensões
da regularização fundiária e exigiu projeto de trabalho social para participação das famílias
beneficiárias em todas as fases do projeto de intervenção física e social, desenvolvimento
socioeconômico das famílias por meio de ações socioeducativas e de enfrentamento de
vulnerabilidades, bem como da articulação com programas de qualificação profissional e de
geração de trabalho e renda.
Também estabeleceu padrão mínimo de habitabilidade e a integração do
assentamento à cidade, implantando redes de infraestrutura básica como rede elétrica,
e saneamento ambiental, melhoria dos acessos para circulação e
eliminando situações de risco como deslizamentos, enchentes e desmoronamentos e reduzindo
a frequência de inundações, adequação ao sistema viário para acesso dos serviços públicos de
a e ainda a recuperação e revegetação das áreas de preservação desocupadas e
fazendo o desadensamento e reordenamento da ocupação e a implantação de equipamentos
comunitários quando necessário (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2010).
A Regularização Fundiária incluiu, a regularização patrimonial, relacionada à
segurança jurídica da posse ou da propriedade através do fornecimento de título registrado no
Cartório de Registro de Imóveis.
O outro Programa de grande envergadura do governo federal, Programa Minha
PMCMV foi criado em março de 2009, segundo o Ministério das Cidades
(2010), para mitigar os efeitos da crise internacional de 2008, em face de redução do crédito
para o país, afetando os investimentos das empresas privadas, sobre tudo o da constr
civil. Adotou um conjunto de ações no setor da construção civil e infraestrutura. Os esforços
dirigidos à construção civil são justificados pelo MCidades face a relevância do setor na
cadeia produtiva da economia e pelo peso desse no Produto Interno B
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
Local de Habitação de Interesse Social. A partir desse desenho institucional, os programas
federais foram divididos em: urbanização de assentamentos precários e produção habitacional.
O PAC Habitação foi criado com o compromisso de “universalizar o acesso à
moradia digna, entendido como direito social, condição para o desenvolvimento econômico e
, 2010, p. 30). Destinou no período
2007/2010 R$ 17 bilhões e demarca sua prioridade na urbanização e favelas enquanto
Para formulação e implementação do PAC, o MCidades conceituou os
assentamentos precários, estabeleceu padrões mínimos de intervenção, definiu as dimensões
abalho social para participação das famílias
beneficiárias em todas as fases do projeto de intervenção física e social, desenvolvimento
socioeconômico das famílias por meio de ações socioeducativas e de enfrentamento de
lação com programas de qualificação profissional e de
Também estabeleceu padrão mínimo de habitabilidade e a integração do
assentamento à cidade, implantando redes de infraestrutura básica como rede elétrica,
e saneamento ambiental, melhoria dos acessos para circulação e
eliminando situações de risco como deslizamentos, enchentes e desmoronamentos e reduzindo
a frequência de inundações, adequação ao sistema viário para acesso dos serviços públicos de
a e ainda a recuperação e revegetação das áreas de preservação desocupadas e
fazendo o desadensamento e reordenamento da ocupação e a implantação de equipamentos
(MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2010).
iu, a regularização patrimonial, relacionada à
segurança jurídica da posse ou da propriedade através do fornecimento de título registrado no
O outro Programa de grande envergadura do governo federal, Programa Minha
PMCMV foi criado em março de 2009, segundo o Ministério das Cidades
(2010), para mitigar os efeitos da crise internacional de 2008, em face de redução do crédito
para o país, afetando os investimentos das empresas privadas, sobre tudo o da construção
civil. Adotou um conjunto de ações no setor da construção civil e infraestrutura. Os esforços
dirigidos à construção civil são justificados pelo MCidades face a relevância do setor na
cadeia produtiva da economia e pelo peso desse no Produto Interno Bruto e ainda, pela
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
O programa é fundamentado na ampliação do acesso ao financiamento de
moradias e infraestrutura proporciona mais emprego e oportunidades de
moradia e subsídio às famílias de baixa renda, mediante as
financiamentos, criação do Fundo Garantidor (para cobertura de 36 meses para famílias que
ficarem desempregadas ou com perda de renda). Além de definir estrutura e modalidades de
atendimento por faixa de renda, definiu instrume
tardam o desenvolvimento de uma política habitacional para as faixas de menor renda,
formalizados pela Lei 11.977/09. Ministério das Cidades (2010).
Segundo o Ministério das Cidades (2010) o objetivo maior das pol
habitacionais no contexto atual, levou a concentrar recursos para atendimento de famílias com
renda de até R$ 1.600,00. O governo incentiva a produção de unidades habitacionais por meio
de um regime de tributação especial e subsídios aos
financiamentos de longo prazo. Esse rendimento é denominada
se com a intervenção das Entidades Organizadas da Sociedade Civil.
Para famílias com renda de até R$ 3.275,00, na área urbana,
o incentivo é a combinação de redução de juros, disponibilização de fundo garantidor, regime
especial de tributação e concessão inversamente proporcional à renda. Já as famílias de renda
de até R$ 5.000,00, faixa 3, atendidas pelo merc
de seguro e o acesso ao Fundo Garantidor.
FX RENDA
FAMILIAR
RECURSO
1 Até R$ 1.600,0
1 Até R$ 3.275,00
2 Até R$ 5.000,00
3 Até R$ 1.600,00
Quadro 1 – Diferenças entre as Faixas Salariais no PMCMV
Fonte: Ministério das Cidades (2010).
Para atendimento da faixa 1, nos Município acima de 50.000 habitantes, o
programa prevê a construção e requalificação de empreendimentos, pelas empresas do setor
da construção civil, preferencialmente em parceria com o poder público local, sob forma de
contrapartida em terreno, infraestrutura ou recursos financeiros. Os projetos físicos são de
responsabilidade das empresas do setor de construção civil junto ao agente financeiro que tem
o papel de analisar, aprovar e contratar a obra, de acordo com a especif
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
O programa é fundamentado na ampliação do acesso ao financiamento de
moradias e infraestrutura proporciona mais emprego e oportunidades de
moradia e subsídio às famílias de baixa renda, mediante as melhores taxas de juros nos
financiamentos, criação do Fundo Garantidor (para cobertura de 36 meses para famílias que
ficarem desempregadas ou com perda de renda). Além de definir estrutura e modalidades de
atendimento por faixa de renda, definiu instrumentos para resolver gargalos que impedem ou
tardam o desenvolvimento de uma política habitacional para as faixas de menor renda,
formalizados pela Lei 11.977/09. Ministério das Cidades (2010).
Segundo o Ministério das Cidades (2010) o objetivo maior das pol
habitacionais no contexto atual, levou a concentrar recursos para atendimento de famílias com
renda de até R$ 1.600,00. O governo incentiva a produção de unidades habitacionais por meio
de um regime de tributação especial e subsídios aos beneficiários que vão adquiri
financiamentos de longo prazo. Esse rendimento é denominada faixa 1.
se com a intervenção das Entidades Organizadas da Sociedade Civil.
Para famílias com renda de até R$ 3.275,00, na área urbana,
o incentivo é a combinação de redução de juros, disponibilização de fundo garantidor, regime
especial de tributação e concessão inversamente proporcional à renda. Já as famílias de renda
, atendidas pelo mercado privado, o incentivo é a redução de custos
de seguro e o acesso ao Fundo Garantidor.
RECURSO PREÇO DA UFH PÚBLICO ALVO
FAR Até R$ 64.000,00 Demandas Aberta e Fechada
FDS Até R$ 64.000,00 ENTIDADES
FGTS Até R$ 100.000,00 Demanda Aberta
FGTS Até R$ 170.000,00 MERCADO
Diferenças entre as Faixas Salariais no PMCMV
Fonte: Ministério das Cidades (2010).
Para atendimento da faixa 1, nos Município acima de 50.000 habitantes, o
programa prevê a construção e requalificação de empreendimentos, pelas empresas do setor
da construção civil, preferencialmente em parceria com o poder público local, sob forma de
trapartida em terreno, infraestrutura ou recursos financeiros. Os projetos físicos são de
responsabilidade das empresas do setor de construção civil junto ao agente financeiro que tem
o papel de analisar, aprovar e contratar a obra, de acordo com a especif
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
O programa é fundamentado na ampliação do acesso ao financiamento de
moradias e infraestrutura proporciona mais emprego e oportunidades de negócio. Foca a
melhores taxas de juros nos
financiamentos, criação do Fundo Garantidor (para cobertura de 36 meses para famílias que
ficarem desempregadas ou com perda de renda). Além de definir estrutura e modalidades de
ntos para resolver gargalos que impedem ou
tardam o desenvolvimento de uma política habitacional para as faixas de menor renda,
Segundo o Ministério das Cidades (2010) o objetivo maior das políticas
habitacionais no contexto atual, levou a concentrar recursos para atendimento de famílias com
renda de até R$ 1.600,00. O governo incentiva a produção de unidades habitacionais por meio
beneficiários que vão adquiri-las com
faixa 1. Para essa faixa, conta-
Para famílias com renda de até R$ 3.275,00, na área urbana, denominada faixa 2,
o incentivo é a combinação de redução de juros, disponibilização de fundo garantidor, regime
especial de tributação e concessão inversamente proporcional à renda. Já as famílias de renda
ado privado, o incentivo é a redução de custos
PÚBLICO ALVO
Demandas Aberta e Fechada
ENTIDADES
Demanda Aberta
MERCADO
Para atendimento da faixa 1, nos Município acima de 50.000 habitantes, o
programa prevê a construção e requalificação de empreendimentos, pelas empresas do setor
da construção civil, preferencialmente em parceria com o poder público local, sob forma de
trapartida em terreno, infraestrutura ou recursos financeiros. Os projetos físicos são de
responsabilidade das empresas do setor de construção civil junto ao agente financeiro que tem
o papel de analisar, aprovar e contratar a obra, de acordo com a especificação mínima das
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
unidades e valor máximo de aquisição da unidade habitacional. Ministério das Cidades
(2010).
O empreendimento é destinado às famílias, selecionadas pelo poder público local
por meio de critérios de seleção definidos nacionalmente em
com aprovação no conselho de habitação ou, em caso de inexistência, pelo conselho de
assistência social.
Atualmente as famílias beneficiadas assumem financiamento com valor mínimo
de 5% da renda familiar ou prestação mínima
modalidade o recurso utilizado é proveniente do OGU. É na faixa 1, que concentra
habitacional (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2010).
Para as famílias da faixa 2, os recursos utilizados são do FGTS e do OGU com o
objetivo de subsidiar de acordo com a renda familiar a aquisição da moradia, de acordo com o
enquadramento nos programas.
Nos seus normativos, o programa define que os municípios podem comprometer
até 50% das contratações com famílias de assentamentos pre
fechada, portanto para as quais os critérios de seleção nacional e local são dispensáveis e
demais contratações podem ser utilizadas para demanda aberta, ficando a critério do
município a utilização total do percentual de contrat
Nessa situação, o Programa, em que pese permita a contratação para
reassentamento, não exige padrões de intervenção para dar conta das demais questões como
recuperação ambiental das áreas desocupadas, infraestrutura básica e titul
origem para as famílias que podem permanecer.
Requer articulação dos estados e municípios para garantir a implantação adequada
dos empreendimentos de interesse social em relação à: integração urbana; conexão com a
malha viária existente; bo
equipamentos, serviços e infraestrutura urbana, incluindo abastecimento de água, coleta de
esgoto, energia elétrica, coleta de lixo, acessibilidade e mobilidade e proximidade com
equipamentos básicos de educação, saúde, segurança pública e de lazer, bem como o
atendimento a legislação ambiental para licenciamento dos projetos. (MINISTÉRIO DAS
CIDADES, 2010).
O Ministério das Cidades, através da Secretaria Nacional de Habitação, além do
arcabouço jurídico institucional e de linhas programáticas para enfrentamento do deficit
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
unidades e valor máximo de aquisição da unidade habitacional. Ministério das Cidades
O empreendimento é destinado às famílias, selecionadas pelo poder público local
por meio de critérios de seleção definidos nacionalmente em portaria, e definidos localmente
aprovação no conselho de habitação ou, em caso de inexistência, pelo conselho de
Atualmente as famílias beneficiadas assumem financiamento com valor mínimo
de 5% da renda familiar ou prestação mínima de R$ 25,00 durante 120 meses. Nessa
modalidade o recurso utilizado é proveniente do OGU. É na faixa 1, que concentra
habitacional (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2010).
Para as famílias da faixa 2, os recursos utilizados são do FGTS e do OGU com o
objetivo de subsidiar de acordo com a renda familiar a aquisição da moradia, de acordo com o
nos programas.
Nos seus normativos, o programa define que os municípios podem comprometer
até 50% das contratações com famílias de assentamentos precários, chamada de demanda
fechada, portanto para as quais os critérios de seleção nacional e local são dispensáveis e
demais contratações podem ser utilizadas para demanda aberta, ficando a critério do
município a utilização total do percentual de contratação para demanda aberta.
Nessa situação, o Programa, em que pese permita a contratação para
reassentamento, não exige padrões de intervenção para dar conta das demais questões como
recuperação ambiental das áreas desocupadas, infraestrutura básica e titul
origem para as famílias que podem permanecer.
Requer articulação dos estados e municípios para garantir a implantação adequada
dos empreendimentos de interesse social em relação à: integração urbana; conexão com a
malha viária existente; boas condições de acessibilidade e mobilidade; oferta de
equipamentos, serviços e infraestrutura urbana, incluindo abastecimento de água, coleta de
esgoto, energia elétrica, coleta de lixo, acessibilidade e mobilidade e proximidade com
e educação, saúde, segurança pública e de lazer, bem como o
atendimento a legislação ambiental para licenciamento dos projetos. (MINISTÉRIO DAS
O Ministério das Cidades, através da Secretaria Nacional de Habitação, além do
o institucional e de linhas programáticas para enfrentamento do deficit
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
unidades e valor máximo de aquisição da unidade habitacional. Ministério das Cidades
O empreendimento é destinado às famílias, selecionadas pelo poder público local
portaria, e definidos localmente
aprovação no conselho de habitação ou, em caso de inexistência, pelo conselho de
Atualmente as famílias beneficiadas assumem financiamento com valor mínimo
de R$ 25,00 durante 120 meses. Nessa
modalidade o recurso utilizado é proveniente do OGU. É na faixa 1, que concentra-se o deficit
Para as famílias da faixa 2, os recursos utilizados são do FGTS e do OGU com o
objetivo de subsidiar de acordo com a renda familiar a aquisição da moradia, de acordo com o
Nos seus normativos, o programa define que os municípios podem comprometer
cários, chamada de demanda
fechada, portanto para as quais os critérios de seleção nacional e local são dispensáveis e
demais contratações podem ser utilizadas para demanda aberta, ficando a critério do
ação para demanda aberta.
Nessa situação, o Programa, em que pese permita a contratação para
reassentamento, não exige padrões de intervenção para dar conta das demais questões como
recuperação ambiental das áreas desocupadas, infraestrutura básica e titulação na área de
Requer articulação dos estados e municípios para garantir a implantação adequada
dos empreendimentos de interesse social em relação à: integração urbana; conexão com a
as condições de acessibilidade e mobilidade; oferta de
equipamentos, serviços e infraestrutura urbana, incluindo abastecimento de água, coleta de
esgoto, energia elétrica, coleta de lixo, acessibilidade e mobilidade e proximidade com
e educação, saúde, segurança pública e de lazer, bem como o
atendimento a legislação ambiental para licenciamento dos projetos. (MINISTÉRIO DAS
O Ministério das Cidades, através da Secretaria Nacional de Habitação, além do
o institucional e de linhas programáticas para enfrentamento do deficit
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
habitacional acumulado e a demanda futura por novas moradias
atendidas através do PlanHab
O Município de Curitiba desenvolve sua Políti
Interesse Social através da Companhia de Habitação de Interesse Social
uma sociedade de Economia Mista, constituída em conjunto com as demais COHABs do
Brasil como estratégica da política Nacional instaurada e
Para atender os requisitos da Política Nacional e assim, captar recursos para
desenvolvimento da Política de Habitação de Interesse Social, o Município de Curitiba
elaborou o Plano de Habitação e Habitação de Interesse Social através da Lei 11.266
que "Dispõe sobre a adequação do Plano Diretor de Curitiba ao Estatuto da Cidade
Federal nº 10.257/01, para orientação e controle do desenvolvimento integrado do
Município.
O Município elaborou também o Plano Municipal de Regularização Fund
Áreas de Preservação Permanente, cuja coordenação foi da COHAB
articulado com as Políticas Habitacional e Ambiental que constam da Lei Municipal 11.266
de 16 de dezembro de 2004 que adequou o Plano Diretor de Curitiba ao Estatuto
age em conformidade com a resolução 369/2006 do CONAMA. A elaboração do PMRF
APPs constitui um marco inicial na implementação das políticas municipais de habitação e
meio ambientes associados ao desenvolvimento urbano.
O PAC no Município de Curitiba
A Prefeitura Municipal de Curitiba (PMC), através da COHAB
projetos do PAC no período 2007 a 2011 para atendimento de 12.859 famílias através de
intervenções de urbanização para 5.895 famílias que permanecem nas áreas de origem da
intervenções, e reassentamento para 6.928 famílias que precisam ser removidas das áreas de
preservação ambiental ou impróprias para moradia. Nesse programa dentro da urbanização
1 O Deficit acumulado e a demanda futura representam cerca de 30 milhões de moradias no país até 2023,
de acordo com a Secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães no Plano Nacional de Habitação. Versão
Debates. Brasília: Ministério das Cidades/Secretaria Nacional de Habitação. Primeira impressão: maio de
2 O PlanHab é um dos mais importantes instrumentos de implementação da Política Nacional de
Habitação, previsto na Lei 11.124/05, que estruturou o Sistema de Habitação de In
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
habitacional acumulado e a demanda futura por novas moradias1 estabeleceu metas a serem
atendidas através do PlanHab2, finalizado em 2010.
O Município de Curitiba desenvolve sua Política Municipal de Habitação de
Interesse Social através da Companhia de Habitação de Interesse Social
uma sociedade de Economia Mista, constituída em conjunto com as demais COHABs do
Brasil como estratégica da política Nacional instaurada em 1964.
Para atender os requisitos da Política Nacional e assim, captar recursos para
desenvolvimento da Política de Habitação de Interesse Social, o Município de Curitiba
elaborou o Plano de Habitação e Habitação de Interesse Social através da Lei 11.266
"Dispõe sobre a adequação do Plano Diretor de Curitiba ao Estatuto da Cidade
Federal nº 10.257/01, para orientação e controle do desenvolvimento integrado do
O Município elaborou também o Plano Municipal de Regularização Fund
Áreas de Preservação Permanente, cuja coordenação foi da COHAB
articulado com as Políticas Habitacional e Ambiental que constam da Lei Municipal 11.266
de 16 de dezembro de 2004 que adequou o Plano Diretor de Curitiba ao Estatuto
age em conformidade com a resolução 369/2006 do CONAMA. A elaboração do PMRF
APPs constitui um marco inicial na implementação das políticas municipais de habitação e
meio ambientes associados ao desenvolvimento urbano.
uritiba
A Prefeitura Municipal de Curitiba (PMC), através da COHAB
projetos do PAC no período 2007 a 2011 para atendimento de 12.859 famílias através de
intervenções de urbanização para 5.895 famílias que permanecem nas áreas de origem da
intervenções, e reassentamento para 6.928 famílias que precisam ser removidas das áreas de
preservação ambiental ou impróprias para moradia. Nesse programa dentro da urbanização
O Deficit acumulado e a demanda futura representam cerca de 30 milhões de moradias no país até 2023,
de acordo com a Secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães no Plano Nacional de Habitação. Versão
io das Cidades/Secretaria Nacional de Habitação. Primeira impressão: maio de
O PlanHab é um dos mais importantes instrumentos de implementação da Política Nacional de
Habitação, previsto na Lei 11.124/05, que estruturou o Sistema de Habitação de Interesse Social.
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
estabeleceu metas a serem
ca Municipal de Habitação de
Interesse Social através da Companhia de Habitação de Interesse Social – COHAB-CT, que é
uma sociedade de Economia Mista, constituída em conjunto com as demais COHABs do
Para atender os requisitos da Política Nacional e assim, captar recursos para
desenvolvimento da Política de Habitação de Interesse Social, o Município de Curitiba
elaborou o Plano de Habitação e Habitação de Interesse Social através da Lei 11.266 de 2004,
"Dispõe sobre a adequação do Plano Diretor de Curitiba ao Estatuto da Cidade – Lei
Federal nº 10.257/01, para orientação e controle do desenvolvimento integrado do
O Município elaborou também o Plano Municipal de Regularização Fundiária em
Áreas de Preservação Permanente, cuja coordenação foi da COHAB-CT. O Plano está
articulado com as Políticas Habitacional e Ambiental que constam da Lei Municipal 11.266
de 16 de dezembro de 2004 que adequou o Plano Diretor de Curitiba ao Estatuto da Cidade, e
age em conformidade com a resolução 369/2006 do CONAMA. A elaboração do PMRF-
APPs constitui um marco inicial na implementação das políticas municipais de habitação e
A Prefeitura Municipal de Curitiba (PMC), através da COHAB-CT contratou 18
projetos do PAC no período 2007 a 2011 para atendimento de 12.859 famílias através de
intervenções de urbanização para 5.895 famílias que permanecem nas áreas de origem das
intervenções, e reassentamento para 6.928 famílias que precisam ser removidas das áreas de
preservação ambiental ou impróprias para moradia. Nesse programa dentro da urbanização
O Deficit acumulado e a demanda futura representam cerca de 30 milhões de moradias no país até 2023,
de acordo com a Secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães no Plano Nacional de Habitação. Versão
io das Cidades/Secretaria Nacional de Habitação. Primeira impressão: maio de 2010.
O PlanHab é um dos mais importantes instrumentos de implementação da Política Nacional de
teresse Social.
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
estavam incluídos os investimentos em recuperação ambiental das áreas desocu
trabalho social. COHAB-CT (2014), conforme observa
Gráfico 2 – Famílias atendidas em Curitiba através do PAC
Fonte: COHAB-CT (2014).
Para o reassentamento, as casas contratadas foram projetadas pra atender ao
diagnóstico socioeconômico das famílias em cada comunidade. Dentre as diversas
características identificada o tamanho das famílias, resultou em tipologias habitacionais de
casas com 1, 2 e 3 quartos, casas térreas adaptadas para famílias com pessoas portadoras de
deficiência física e metragens que variam de 32 a 52 metros quadrados, além de sobrados com
2 quartos e metragem, aproximada, de 42 metros quadrados.
As áreas para reassentamento foram estabelecidas, na maioria dos projetos, em
localização próxima das áreas e
demonstrados nos mapas, abaixo, de Localização das Intervenções nas Áreas de Origem e
Destino das Famílias denominadas PAC 1 e PAC 2.
3 Os Dados da Contratação do Município de Curitiba no Programa de Aceleração do Crescimento
foram fornecidos pela Coordenadoria de Projetos Especiais da COHAB
contratos nesse programa.
2007
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
3670
5242
Fx 1 - renda de até R$ 1600,00
Fx 2 - renda entre R$ 1600,01 até R$ 3275,00
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
estavam incluídos os investimentos em recuperação ambiental das áreas desocu
CT (2014), conforme observa-se no gráfico abaixo:
Famílias atendidas em Curitiba através do PAC3
Para o reassentamento, as casas contratadas foram projetadas pra atender ao
socioeconômico das famílias em cada comunidade. Dentre as diversas
características identificada o tamanho das famílias, resultou em tipologias habitacionais de
casas com 1, 2 e 3 quartos, casas térreas adaptadas para famílias com pessoas portadoras de
iciência física e metragens que variam de 32 a 52 metros quadrados, além de sobrados com
2 quartos e metragem, aproximada, de 42 metros quadrados.
As áreas para reassentamento foram estabelecidas, na maioria dos projetos, em
localização próxima das áreas em que as famílias residiam. Tais deslocamentos são
demonstrados nos mapas, abaixo, de Localização das Intervenções nas Áreas de Origem e
Destino das Famílias denominadas PAC 1 e PAC 2.
Os Dados da Contratação do Município de Curitiba no Programa de Aceleração do Crescimento
foram fornecidos pela Coordenadoria de Projetos Especiais da COHAB-CT, responsável pela gestão dos
2008 2009 2011
965
282
1941
929459 655
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
estavam incluídos os investimentos em recuperação ambiental das áreas desocupadas e o
se no gráfico abaixo:
Para o reassentamento, as casas contratadas foram projetadas pra atender ao
socioeconômico das famílias em cada comunidade. Dentre as diversas
características identificada o tamanho das famílias, resultou em tipologias habitacionais de
casas com 1, 2 e 3 quartos, casas térreas adaptadas para famílias com pessoas portadoras de
iciência física e metragens que variam de 32 a 52 metros quadrados, além de sobrados com
As áreas para reassentamento foram estabelecidas, na maioria dos projetos, em
m que as famílias residiam. Tais deslocamentos são
demonstrados nos mapas, abaixo, de Localização das Intervenções nas Áreas de Origem e
Os Dados da Contratação do Município de Curitiba no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC
CT, responsável pela gestão dos
2011
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
655
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
Planta 1 – Mapa de localização das áreas de origem dos assentamentos
Fonte: COHAB-CT (2014).
4 Os Mapas de Localização das áreas de origem das intervenções e do destino das famílias que precisam
ser reassentadas, foram fornecidos pela Coordenadoria de Projetos Especiais da COHAB
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
Mapa de localização das áreas de origem dos assentamentos precários e do PAC 1
calização das áreas de origem das intervenções e do destino das famílias que precisam
ser reassentadas, foram fornecidos pela Coordenadoria de Projetos Especiais da COHAB
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
precários e do PAC 14.
calização das áreas de origem das intervenções e do destino das famílias que precisam
ser reassentadas, foram fornecidos pela Coordenadoria de Projetos Especiais da COHAB-CT em maio de 2014.
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
Planta 1 – Mapa de localização das áreas de origem dos assentamentos precários e do PAC 1.
Fonte: COHAB-CT (2014).
De acordo com a COHAB
PAC em Curitiba no período de 2007 a 2011 foram de R$ 173.307.941,00 do Governo
Federal via OGU (R$ 106.807.941,00) e FGTS (R$ 66.500.000,00) e da Prefeitura Municipal
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
Mapa de localização das áreas de origem dos assentamentos precários e do PAC 1.
De acordo com a COHAB-CT (2014). Os investimentos para implementação do
PAC em Curitiba no período de 2007 a 2011 foram de R$ 173.307.941,00 do Governo
Federal via OGU (R$ 106.807.941,00) e FGTS (R$ 66.500.000,00) e da Prefeitura Municipal
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
Mapa de localização das áreas de origem dos assentamentos precários e do PAC 1.
CT (2014). Os investimentos para implementação do
PAC em Curitiba no período de 2007 a 2011 foram de R$ 173.307.941,00 do Governo
Federal via OGU (R$ 106.807.941,00) e FGTS (R$ 66.500.000,00) e da Prefeitura Municipal
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
para contrapartida na ordem de R$ 29.461.089,00 para atendimento de 12.859 famílias, sendo
53% com reassentamento e o restante com urbanização
O PMCMV no Município de Curitiba
A PMC através da COHAB
unidades habitacionais da faixa 1, destinado às famílias com renda de até R$ 1600,00 e 8.614
unidades habitacionais da faixa 2 correspondentes a renda familiar de R$ 1.600,00 a R$
3275,00. Para tanto, precisou adaptar instrumentos jurídicos, fiscais e administrativos que
conformasses a adaptação requisitada pelo Programa.
Diante de tais necessidades, para contratar os empreendimentos e assim atender as
demandas de moradia de interesse social, a PMC assinou o Termo de Adesão
do qual seguem as principais responsa
para implantação de empreendimentos do PMCMV criando zonas de interesse social
garantir a celeridade nos processos de autorizações, alvarás e licenças; dar celeridade ao
licenciamento ambiental junto aos órgãos competentes; articular com as concessionárias de
serviços públicos para implantação, operação e manutenção das redes de energia elétrica,
água, saneamento e transporte público para a emissão do termo de viabilidade; promover
ações facilitadoras e redutoras dos custos de produção dos imóveis, apresentando propostas
legislativas, ao seu critério, estender sua participação no PMCMV sob a forma de aportes
financeiros e de fornecimento de bens, serviços e obra; e instituir grupo de análise dos
empreendimentos, com representantes das políticas de: habitação, assistência social,
educação, saúde, planejamento e transporte público.
A PMC ainda assumiu o compromisso de atender a especificações de reúso da
água e atendeu as especificidades da Norma Bras
Algumas dificuldades são identificadas pela COHAB
pavimentos, diversificação e densidade diversos do que consta na Lei de Zoneamento;
Licenciamentos ambientais; Aprovação de loteamentos e obtenção dos alv
Custo elevado da terra em Curitiba; Preço das unidades habitacionais baixo e necessidades
5 Os dados das contratações foram fornecidos pela Coordenadoria dem maio de 2014.
6 O termo de adesão ao Programa Minha Casa Minha Vida, constam nos normativos do Programa.
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
da na ordem de R$ 29.461.089,00 para atendimento de 12.859 famílias, sendo
53% com reassentamento e o restante com urbanização5.
O PMCMV no Município de Curitiba
A PMC através da COHAB-CT, contratou, no período 2009 a 2013, 5.470,00
ais da faixa 1, destinado às famílias com renda de até R$ 1600,00 e 8.614
unidades habitacionais da faixa 2 correspondentes a renda familiar de R$ 1.600,00 a R$
3275,00. Para tanto, precisou adaptar instrumentos jurídicos, fiscais e administrativos que
formasses a adaptação requisitada pelo Programa.
Diante de tais necessidades, para contratar os empreendimentos e assim atender as
demandas de moradia de interesse social, a PMC assinou o Termo de Adesão
do qual seguem as principais responsabilidades: elaborar levantamento de áreas convocação
para implantação de empreendimentos do PMCMV criando zonas de interesse social
garantir a celeridade nos processos de autorizações, alvarás e licenças; dar celeridade ao
unto aos órgãos competentes; articular com as concessionárias de
serviços públicos para implantação, operação e manutenção das redes de energia elétrica,
água, saneamento e transporte público para a emissão do termo de viabilidade; promover
oras e redutoras dos custos de produção dos imóveis, apresentando propostas
legislativas, ao seu critério, estender sua participação no PMCMV sob a forma de aportes
financeiros e de fornecimento de bens, serviços e obra; e instituir grupo de análise dos
preendimentos, com representantes das políticas de: habitação, assistência social,
educação, saúde, planejamento e transporte público.
A PMC ainda assumiu o compromisso de atender a especificações de reúso da
água e atendeu as especificidades da Norma Brasileira de Regulamentadora.
Algumas dificuldades são identificadas pela COHAB-CT, tais como: Número de
pavimentos, diversificação e densidade diversos do que consta na Lei de Zoneamento;
Licenciamentos ambientais; Aprovação de loteamentos e obtenção dos alv
Custo elevado da terra em Curitiba; Preço das unidades habitacionais baixo e necessidades
Os dados das contratações foram fornecidos pela Coordenadoria de Projetos Especiais da COHAB
O termo de adesão ao Programa Minha Casa Minha Vida, constam nos normativos do Programa.
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
da na ordem de R$ 29.461.089,00 para atendimento de 12.859 famílias, sendo
CT, contratou, no período 2009 a 2013, 5.470,00
ais da faixa 1, destinado às famílias com renda de até R$ 1600,00 e 8.614
unidades habitacionais da faixa 2 correspondentes a renda familiar de R$ 1.600,00 a R$
3275,00. Para tanto, precisou adaptar instrumentos jurídicos, fiscais e administrativos que
Diante de tais necessidades, para contratar os empreendimentos e assim atender as
demandas de moradia de interesse social, a PMC assinou o Termo de Adesão6 ao programa,
bilidades: elaborar levantamento de áreas convocação
para implantação de empreendimentos do PMCMV criando zonas de interesse social – ZEIS,
garantir a celeridade nos processos de autorizações, alvarás e licenças; dar celeridade ao
unto aos órgãos competentes; articular com as concessionárias de
serviços públicos para implantação, operação e manutenção das redes de energia elétrica,
água, saneamento e transporte público para a emissão do termo de viabilidade; promover
oras e redutoras dos custos de produção dos imóveis, apresentando propostas
legislativas, ao seu critério, estender sua participação no PMCMV sob a forma de aportes
financeiros e de fornecimento de bens, serviços e obra; e instituir grupo de análise dos
preendimentos, com representantes das políticas de: habitação, assistência social,
A PMC ainda assumiu o compromisso de atender a especificações de reúso da
ileira de Regulamentadora.
CT, tais como: Número de
pavimentos, diversificação e densidade diversos do que consta na Lei de Zoneamento;
Licenciamentos ambientais; Aprovação de loteamentos e obtenção dos alvarás de construção;
Custo elevado da terra em Curitiba; Preço das unidades habitacionais baixo e necessidades
e Projetos Especiais da COHAB-CT
O termo de adesão ao Programa Minha Casa Minha Vida, constam nos normativos do Programa.
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
externas aos empreendimentos tais como: Transporte e mobilidade; Equipamentos públicos
Áreas de lazer; Comércio. COHAB
O Gráfico abaixo, demonstra as contratações e a previsão de novas contratações:
Gráfico 3 – Contratações do Município de Curitiba no PMCMV
Fonte: COHAB-CT (2014).
Os projetos, em que pese, não possuam metragem e desenho arquitetônico pré
definidos, são praticados nacionalmente com 2 quartos e cerca de 42 metros, para as
tipologias de casa, sobrado e apartamentos. No quadro abaixo é possível visualizar que até
2011 a COHAB-CT utilizou projetos que diversificou as tipologias habitacionais (casas,
sobrados e apartamentos), situação que a partir de 2012 deixam de ocorrer. Evidenciando a
verticalização como solução programática.
FAIXA 1 – RENDA DE ATÉ
R$ 1600,00
Ano Casa Sobrado
2009 171 1894
7 Tais dificuldades constam em apresentação elaborada pela Unidade de Fomentos Habitacionais (UFH)
da COHAB-CT fornecida para fins desse artigo em maio de 2014.
8 Todos os dados das contratações do Município de Curitiba no Programa Minha Casa Minha Vida
PMCMV foram fornecidos pela Unidade de Fomentos Habitacionais
gestão dos contratos nesse programa.
2009 2010
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
3265
4071160 1448
Fx 1 - renda de até R$ 1600,00
Fx 2 - renda entre R$ 1600,01 até R$ 3275,00
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
externas aos empreendimentos tais como: Transporte e mobilidade; Equipamentos públicos
Áreas de lazer; Comércio. COHAB-CT (2014)7.
abaixo, demonstra as contratações e a previsão de novas contratações:
Contratações do Município de Curitiba no PMCMV8
Os projetos, em que pese, não possuam metragem e desenho arquitetônico pré
ados nacionalmente com 2 quartos e cerca de 42 metros, para as
tipologias de casa, sobrado e apartamentos. No quadro abaixo é possível visualizar que até
CT utilizou projetos que diversificou as tipologias habitacionais (casas,
tamentos), situação que a partir de 2012 deixam de ocorrer. Evidenciando a
verticalização como solução programática.
RENDA DE ATÉ FAIXA 2 – RENDA DE R$ 1601,01
A R$ 3.275,00
Sobrado Apto Total Casa Sobrado
1894 1200 3265 0 0
Tais dificuldades constam em apresentação elaborada pela Unidade de Fomentos Habitacionais (UFH)
ecida para fins desse artigo em maio de 2014.
Todos os dados das contratações do Município de Curitiba no Programa Minha Casa Minha Vida
PMCMV foram fornecidos pela Unidade de Fomentos Habitacionais – UFH, responsável na COHAB
atos nesse programa.
2010 2011 2012 2013 Previsão
1000127 348
10887
1448592
1280624
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
externas aos empreendimentos tais como: Transporte e mobilidade; Equipamentos públicos
abaixo, demonstra as contratações e a previsão de novas contratações:
Os projetos, em que pese, não possuam metragem e desenho arquitetônico pré-
ados nacionalmente com 2 quartos e cerca de 42 metros, para as
tipologias de casa, sobrado e apartamentos. No quadro abaixo é possível visualizar que até
CT utilizou projetos que diversificou as tipologias habitacionais (casas,
tamentos), situação que a partir de 2012 deixam de ocorrer. Evidenciando a
RENDA DE R$ 1601,01
Sobrado Apto Total
1160 1160
Tais dificuldades constam em apresentação elaborada pela Unidade de Fomentos Habitacionais (UFH)
Todos os dados das contratações do Município de Curitiba no Programa Minha Casa Minha Vida –
UFH, responsável na COHAB-CT pela
Previsão
0
2000
4000
6000
8000
10000
1200010887
8614
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
2010 6 196
2011 36 122
2012 127 0
2013 28 0
Previsão de
contratação
205 132
TOTAL 567 2344
Quadro 2 – Contratações do Município de Curitiba no PMCMV por tipologia
Fonte: COHAB-CT (2014).
O programa é utilizado na COHAB
2 é utilizada para atendimento da demanda aberta, ou seja, para
Pretendentes com renda de 1600,01 a R$ 3.275,00. Para esta faixa não é exigido o trabalho
social, pós-ocupação, recebendo as famílias o trabalho de pré
implantação de condomínio realizado sob re
denomina-se aberta, pois a família tem a possibilidade de recusar o empreendimento. Para
contratação, a família não pode ser compromissária de outro imóvel no território nacional.
Já as unidades da faixa 1, são d
as quais são aplicados os critérios nacionais e locais de seleção e diretrizes gerais que vendam
o atendimento em algumas situações e para as quais é exigido trabalho social pré
pós ocupação por um período mínimo de 06 meses. Também são destinadas às famílias
residentes em assentamentos precários, para as quais são dispensáveis os critérios de seleção.
Na foto abaixo observa
Região Sul da Cidade de Curitiba, nos quais foram atendidas famílias enquadradas nas faixas
1, localizado à direita da foto, e faixa 2, localizados à esquerda da foto. Esse último composto
de tipologias de apartamentos. Foram destinadas 2.060 famílias em oito empreendime
compostos por diferentes tipologias e faixas de
tipologias, sendo na faixa1 1725 unidades (880 apartamentos, 89 casas e 756 sobrados) e na
faixa 2 336 apartamentos para atendimento de famílias da demanda aberta e fec
diversos bairros e de diversos assentamentos precários do Município de Curitiba. O Exemplo
demarca a criação de um grande aglomerado, com adensamento de famílias provenientes de
diversos territórios, renda, e de realidades da cidade formal e info
implantado na periferia da Cidade.
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
208 407 0 40
848 1000 0 0
0 127 0 0
320 348 0 0
5403 5740 0 0
2344 7979 5473 0 0
Contratações do Município de Curitiba no PMCMV por tipologia
O programa é utilizado na COHAB-CT, via de regra, da seguinte maneira: A faixa
2 é utilizada para atendimento da demanda aberta, ou seja, para as famílias inscritas na fila de
Pretendentes com renda de 1600,01 a R$ 3.275,00. Para esta faixa não é exigido o trabalho
ocupação, recebendo as famílias o trabalho de pré-contratação, o qual compõe a
implantação de condomínio realizado sob responsabilidade da Construtora. Essa
se aberta, pois a família tem a possibilidade de recusar o empreendimento. Para
contratação, a família não pode ser compromissária de outro imóvel no território nacional.
Já as unidades da faixa 1, são destinadas as famílias da fila de pretendentes, para
as quais são aplicados os critérios nacionais e locais de seleção e diretrizes gerais que vendam
o atendimento em algumas situações e para as quais é exigido trabalho social pré
por um período mínimo de 06 meses. Também são destinadas às famílias
residentes em assentamentos precários, para as quais são dispensáveis os critérios de seleção.
Na foto abaixo observa-se empreendimentos implantados no Bairro Ganchinho na
idade de Curitiba, nos quais foram atendidas famílias enquadradas nas faixas
1, localizado à direita da foto, e faixa 2, localizados à esquerda da foto. Esse último composto
de tipologias de apartamentos. Foram destinadas 2.060 famílias em oito empreendime
compostos por diferentes tipologias e faixas de renda. Os empreendimentos misturam
tipologias, sendo na faixa1 1725 unidades (880 apartamentos, 89 casas e 756 sobrados) e na
faixa 2 336 apartamentos para atendimento de famílias da demanda aberta e fec
diversos bairros e de diversos assentamentos precários do Município de Curitiba. O Exemplo
demarca a criação de um grande aglomerado, com adensamento de famílias provenientes de
diversos territórios, renda, e de realidades da cidade formal e informal, em Empreendimento
implantado na periferia da Cidade.
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
1408 1448
592 592
1280 1280
624 624
8614 8614
13.678 13718
Contratações do Município de Curitiba no PMCMV por tipologia
CT, via de regra, da seguinte maneira: A faixa
as famílias inscritas na fila de
Pretendentes com renda de 1600,01 a R$ 3.275,00. Para esta faixa não é exigido o trabalho
contratação, o qual compõe a
sponsabilidade da Construtora. Essa demanda
se aberta, pois a família tem a possibilidade de recusar o empreendimento. Para
contratação, a família não pode ser compromissária de outro imóvel no território nacional.
estinadas as famílias da fila de pretendentes, para
as quais são aplicados os critérios nacionais e locais de seleção e diretrizes gerais que vendam
o atendimento em algumas situações e para as quais é exigido trabalho social pré-contratual e
por um período mínimo de 06 meses. Também são destinadas às famílias
residentes em assentamentos precários, para as quais são dispensáveis os critérios de seleção.
se empreendimentos implantados no Bairro Ganchinho na
idade de Curitiba, nos quais foram atendidas famílias enquadradas nas faixas
1, localizado à direita da foto, e faixa 2, localizados à esquerda da foto. Esse último composto
de tipologias de apartamentos. Foram destinadas 2.060 famílias em oito empreendimentos
renda. Os empreendimentos misturam
tipologias, sendo na faixa1 1725 unidades (880 apartamentos, 89 casas e 756 sobrados) e na
faixa 2 336 apartamentos para atendimento de famílias da demanda aberta e fechada e de
diversos bairros e de diversos assentamentos precários do Município de Curitiba. O Exemplo
demarca a criação de um grande aglomerado, com adensamento de famílias provenientes de
rmal, em Empreendimento
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
Fotografia 1 – Empreendimentos Novo Bairro e Parque Iguaçú
Fonte: COHAB-CT (2014).
A Demanda por Moradia de Interesse Social, o Direito à Moradia e à Cidadania
Um dos componentes da moradia
Econômicos, Sociais, Culturas, citados por Saule (2004), é a Prioridade da Política
Habitacional aos Grupos Vulneráveis.
Os Estadoscondiçõelegislações não devem como consequência disto, ser destinadas a beneficiar os grupos já favorecidos em detrimento dos demais (SAULE, 2004, p. 106).
Os assentamentos precários são áreas de
questões territoriais expressadas são compostos pela expressão das questões sociais marcadas
pela pobreza que não se caracteriza apenas pela ausência de renda, mas pela impossibilidade
de usufruir dos bens e serviços
espaços de participação e ao poder.
Assim, há uma estreita relação entre as péssimas condições de moradia, o acesso a
serviços públicos e os riscos ambientais, ocorrendo nos territórios, de ac
(2002), um encontro perverso de vulnerabilidades, pois são nos territórios com ausência de
investimentos públicos que se concentram populações em situação de maior pobreza.
Rolnik (2002) considera que o “quadro de contraposição entre uma m
qualificada e uma maioria com condições urbanísticas precárias relaciona
9 Foto fornecida em maio de 2014 pela Unidade de Fomento Habitacional
utilizadas para apresentação do Programa Minha Casa Minha Vida em Curitiba.
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
Empreendimentos Novo Bairro e Parque Iguaçú9
A Demanda por Moradia de Interesse Social, o Direito à Moradia e à Cidadania
Um dos componentes da moradia adequada, de acordo com o Comitê dos Direitos
Econômicos, Sociais, Culturas, citados por Saule (2004), é a Prioridade da Política
Habitacional aos Grupos Vulneráveis.
Os Estados-partes devem dar a devida prioridade aos grupos sociais que vivem em condições desfavoráveis, concedendo-lhes atenção especial. As políticas e legislações não devem como consequência disto, ser destinadas a beneficiar os grupos já favorecidos em detrimento dos demais (SAULE, 2004, p. 106).
Os assentamentos precários são áreas de múltiplas complexidades, pois além das
questões territoriais expressadas são compostos pela expressão das questões sociais marcadas
pela pobreza que não se caracteriza apenas pela ausência de renda, mas pela impossibilidade
de usufruir dos bens e serviços produzidos pela sociedade e pela falta de acesso à cidadania, a
espaços de participação e ao poder.
Assim, há uma estreita relação entre as péssimas condições de moradia, o acesso a
serviços públicos e os riscos ambientais, ocorrendo nos territórios, de ac
(2002), um encontro perverso de vulnerabilidades, pois são nos territórios com ausência de
investimentos públicos que se concentram populações em situação de maior pobreza.
Rolnik (2002) considera que o “quadro de contraposição entre uma m
qualificada e uma maioria com condições urbanísticas precárias relaciona
Foto fornecida em maio de 2014 pela Unidade de Fomento Habitacional
utilizadas para apresentação do Programa Minha Casa Minha Vida em Curitiba.
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
A Demanda por Moradia de Interesse Social, o Direito à Moradia e à Cidadania
adequada, de acordo com o Comitê dos Direitos
Econômicos, Sociais, Culturas, citados por Saule (2004), é a Prioridade da Política
partes devem dar a devida prioridade aos grupos sociais que vivem em lhes atenção especial. As políticas e
legislações não devem como consequência disto, ser destinadas a beneficiar os grupos já favorecidos em detrimento dos demais (SAULE, 2004, p. 106).
múltiplas complexidades, pois além das
questões territoriais expressadas são compostos pela expressão das questões sociais marcadas
pela pobreza que não se caracteriza apenas pela ausência de renda, mas pela impossibilidade
produzidos pela sociedade e pela falta de acesso à cidadania, a
Assim, há uma estreita relação entre as péssimas condições de moradia, o acesso a
serviços públicos e os riscos ambientais, ocorrendo nos territórios, de acordo com Rolnik
(2002), um encontro perverso de vulnerabilidades, pois são nos territórios com ausência de
investimentos públicos que se concentram populações em situação de maior pobreza.
Rolnik (2002) considera que o “quadro de contraposição entre uma minoria
qualificada e uma maioria com condições urbanísticas precárias relaciona-se a todas as formas
Foto fornecida em maio de 2014 pela Unidade de Fomento Habitacional – UFH da COHAB-CT,
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
de desigualdade, correspondendo a uma situação de exclusão territorial, que reproduz a
desigualdade num círculo vicioso”, sendo necessário para seu enfrent
urbana com distribuição de investimentos, regulação urbanística e gestão urbana participativa.
Ainda sobre as áreas de degradação, é necessário destacar a situação de risco à
que estão expostas as camadas mais empobrecidas, e que por s
Estado para atender as necessidades sociais. Portanto, são estas situações que requerem a
prioridade das esferas de governo em constituírem políticas públicas, enquanto medida de
proteção contra os riscos efetivos a que estão exp
dentre eles, o direito à vida.
Nesse sentido, as políticas públicas habitacionais estão diretamente relacionadas à
construção da cidadania à medida que possibilita ultrapassar a situação não
necessidades básicas e vitais de sobrevivência ao acesso a serviços, a cidade com equidade,
autonomia e emancipação.
Curitiba tem uma demanda na Fila de Pretendentes
moradia – com quase 60.000 famílias, concentrando mais de 22 mil en
mínimos10, faixa salariais não atendidas, historicamente pelas políticas de moradia.
O último levantamento efetuado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento de
Curitiba (IPPUC) em conjunto com a COHAB
ANO Nº DE OCUPAÇÕES
1979
1987
1996
2000
2005
Quadro 3 – Evolução das Ocupações Irregulares em Curitiba
Fonte: COHAB-CT (2004).
Dos 34111 assentamentos precários, 63% são atingidos por Áreas de Preservação
Permanente (APPs), nas quais moram 13.196 famílias. A caracterização de alguns dados
10 Os dados constam no Plano de Habitação e Habitação de Interesse
11 Os dados relativos aos assentamentos precários constam no plano de Regularização Fundiária
em ares de Preservação Permanente, 2004.
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
de desigualdade, correspondendo a uma situação de exclusão territorial, que reproduz a
desigualdade num círculo vicioso”, sendo necessário para seu enfrent
urbana com distribuição de investimentos, regulação urbanística e gestão urbana participativa.
Ainda sobre as áreas de degradação, é necessário destacar a situação de risco à
que estão expostas as camadas mais empobrecidas, e que por sua vez, mais necessitam do
Estado para atender as necessidades sociais. Portanto, são estas situações que requerem a
prioridade das esferas de governo em constituírem políticas públicas, enquanto medida de
proteção contra os riscos efetivos a que estão expostas as famílias, e garantia de direitos,
dentre eles, o direito à vida.
Nesse sentido, as políticas públicas habitacionais estão diretamente relacionadas à
construção da cidadania à medida que possibilita ultrapassar a situação não
idades básicas e vitais de sobrevivência ao acesso a serviços, a cidade com equidade,
Curitiba tem uma demanda na Fila de Pretendentes – inscritos para obtenção de
com quase 60.000 famílias, concentrando mais de 22 mil en
, faixa salariais não atendidas, historicamente pelas políticas de moradia.
O último levantamento efetuado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento de
Curitiba (IPPUC) em conjunto com a COHAB-CT demonstra a evolução dos assentam
Nº DE OCUPAÇÕES Nº DE DOMICÍLIOS
46 6.067
87 11.929
167 33.778
301 57.333
341 62.267
Evolução das Ocupações Irregulares em Curitiba
assentamentos precários, 63% são atingidos por Áreas de Preservação
Permanente (APPs), nas quais moram 13.196 famílias. A caracterização de alguns dados
Os dados constam no Plano de Habitação e Habitação de Interesse Social, 2008.
Os dados relativos aos assentamentos precários constam no plano de Regularização Fundiária
em ares de Preservação Permanente, 2004.
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
de desigualdade, correspondendo a uma situação de exclusão territorial, que reproduz a
desigualdade num círculo vicioso”, sendo necessário para seu enfrentamento, uma política
urbana com distribuição de investimentos, regulação urbanística e gestão urbana participativa.
Ainda sobre as áreas de degradação, é necessário destacar a situação de risco à
ua vez, mais necessitam do
Estado para atender as necessidades sociais. Portanto, são estas situações que requerem a
prioridade das esferas de governo em constituírem políticas públicas, enquanto medida de
ostas as famílias, e garantia de direitos,
Nesse sentido, as políticas públicas habitacionais estão diretamente relacionadas à
construção da cidadania à medida que possibilita ultrapassar a situação não-atendimento das
idades básicas e vitais de sobrevivência ao acesso a serviços, a cidade com equidade,
inscritos para obtenção de
com quase 60.000 famílias, concentrando mais de 22 mil entre 1 a 2 salários
, faixa salariais não atendidas, historicamente pelas políticas de moradia.
O último levantamento efetuado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento de
CT demonstra a evolução dos assentamentos.
Nº DE DOMICÍLIOS
6.067
11.929
33.778
57.333
62.267
assentamentos precários, 63% são atingidos por Áreas de Preservação
Permanente (APPs), nas quais moram 13.196 famílias. A caracterização de alguns dados
Social, 2008.
Os dados relativos aos assentamentos precários constam no plano de Regularização Fundiária
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
socioeconômicos das famílias residentes ou reassentadas das ocupações irregulares do
Município de Curitiba, apresentada a seguir foram coletados nas comunidades.
De acordo com o Plano de Habitação de Interesse Social de Curitiba, a maior
parte da população, 87% (residente em assentamentos precários de Curitiba e cadastradas pela
COHAB) recebe até 3 Salár
RENDA FAMILIAR
Faixa de renda
Sem renda
Até 1 SM
De 1 até 2 SM
De 2 até 3 SM
Mais de 3 SM
TOTAL
Quadro 04 – Renda familiar da população
Fonte: IPPUC (2008).
Considerações finais
O presente estudo evidencia a reestruturação sociopolítica da Política Habitacional
com o direcionamento de recursos públicos para as famílias com rendimento de até 0
salários-mínimos, com priorização, até 2009, daquelas residentes em assentamentos precários
nos territórios brasileiros.
O arcabouço jurídico institucional demarcou a condição de planejamento da
política, a implementação de linhas programáticas diversifi
social e de mercado e estratégias para a gestão democrática da moradia.
No âmbito do Projeto Moradia, do Governo Federal, evidenciam
política habitacional para tratamento da questão fundiária, institucional
adoção do conceito de moradia adequada, localizada em terra urbanizada, com acesso a todos
os serviços públicos para atendimento das múltiplas necessidades sociais que caracterizam a
população residente nos territórios sobre as diver
12 Dados extraídos do Plano de Habitação de Interesse Social de Curitiba, que por sua vez utilizou dados
do REGULA – Sistema de Informação da COHAB
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
socioeconômicos das famílias residentes ou reassentadas das ocupações irregulares do
tiba, apresentada a seguir foram coletados nas comunidades.
De acordo com o Plano de Habitação de Interesse Social de Curitiba, a maior
parte da população, 87% (residente em assentamentos precários de Curitiba e cadastradas pela
COHAB) recebe até 3 Salários Mínimos mensais.
Quantidade
1048
3778
4523
2061
1207
12617
Renda familiar da população cadastrada no Sistema Regula NET da COHAB
O presente estudo evidencia a reestruturação sociopolítica da Política Habitacional
com o direcionamento de recursos públicos para as famílias com rendimento de até 0
mínimos, com priorização, até 2009, daquelas residentes em assentamentos precários
O arcabouço jurídico institucional demarcou a condição de planejamento da
política, a implementação de linhas programáticas diversificadas para a habitação de interesse
social e de mercado e estratégias para a gestão democrática da moradia.
No âmbito do Projeto Moradia, do Governo Federal, evidenciam
política habitacional para tratamento da questão fundiária, institucional
adoção do conceito de moradia adequada, localizada em terra urbanizada, com acesso a todos
os serviços públicos para atendimento das múltiplas necessidades sociais que caracterizam a
população residente nos territórios sobre as diversas expressões da questão urbana.
o Plano de Habitação de Interesse Social de Curitiba, que por sua vez utilizou dados
Sistema de Informação da COHAB-CT
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
socioeconômicos das famílias residentes ou reassentadas das ocupações irregulares do
tiba, apresentada a seguir foram coletados nas comunidades.12
De acordo com o Plano de Habitação de Interesse Social de Curitiba, a maior
parte da população, 87% (residente em assentamentos precários de Curitiba e cadastradas pela
%
8,3
29,9
35,8
16,3
9,6
100
cadastrada no Sistema Regula NET da COHAB-CT
O presente estudo evidencia a reestruturação sociopolítica da Política Habitacional
com o direcionamento de recursos públicos para as famílias com rendimento de até 03
mínimos, com priorização, até 2009, daquelas residentes em assentamentos precários
O arcabouço jurídico institucional demarcou a condição de planejamento da
cadas para a habitação de interesse
social e de mercado e estratégias para a gestão democrática da moradia.
No âmbito do Projeto Moradia, do Governo Federal, evidenciam-se eixos da
e de financiamento e a
adoção do conceito de moradia adequada, localizada em terra urbanizada, com acesso a todos
os serviços públicos para atendimento das múltiplas necessidades sociais que caracterizam a
sas expressões da questão urbana.
o Plano de Habitação de Interesse Social de Curitiba, que por sua vez utilizou dados
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
Com a criação do Ministério das Cidades, o governo dá a diretriz de superação do
recorte setorial para tratamento da questão da moradia e das Cidades, integrando todas as
políticas que tratam do desenvolvimento urbano em
No PAC, evidencia
questão da moradia nos assentamentos precários. Através de recursos para urbanização de
favelas com diretrizes e padrões mínimos de intervenção garantiam no desenvo
projetos intervenções urbanas amplas para atender as diversidades de problemas encontrados
em cada território e em cada comunidade, com soluções interventivas para cada
especificidade sob uma nova forma de gestão territorial local que consider
necessidades e propostas de intervenção integrada com as demais políticas públicas, bem
como a participação social das famílias beneficiadas.
No PMCMV o conjunto de ações para mitigar o impacto da crise financeira
internacional, concentrou-
justificados pelo papel que o setor desempenha na cadeia produtiva e o peso desse setor no
Produto Interno Bruto brasileiro, bem como pela capacidade empregadora.
Ao não fortalecer e impleme
como o PAC e PMCMV, prioriza o crescimento econômico, o aumento dos postos de
emprego e secundariza a regulação fundiária e a gestão democrática. Essas últimas são ainda
mais desvirtuadas no PMCMV, na
se nele através da fase inicial de habilitação, e que sua gestão tem o braço forte das
construtoras na definição dos projetos e da obra.
Ao deixar a critério do Município a utilização das contrataçõ
50% para famílias provenientes de assentamentos precários, sem recursos destinados para
urbanização, recuperação ambiental e titulação e, ainda sem requisitar do Município um plano
local para intervir na realidade nas áreas de origem em
residentes, a Política Nacional deixa de garantir a sustentabilidade, a moradia adequada e o
enfrentamento da desigualdade e da exclusão socioterritorial.
Os dados das contratações no Município de Curitiba permitem evidenciar
Política Nacional de Habitação, vem sendo substituída desde 2011pelo PMCMV. Contudo, o
agravante está nos desdobramentos e na prioridade decorrente de cada programa. Observe
que as contratações do Município de Curitiba no período 2007
das cidades doze mil, oitocentos e cincoenta e nove (12.859) famílias, mais de 53% com
unidades novas produzidas para reassentamento e as demais com urbanização, recuperação
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
Com a criação do Ministério das Cidades, o governo dá a diretriz de superação do
recorte setorial para tratamento da questão da moradia e das Cidades, integrando todas as
políticas que tratam do desenvolvimento urbano em um único ministério.
No PAC, evidencia-se a preocupação com os aspectos que complexificam a
questão da moradia nos assentamentos precários. Através de recursos para urbanização de
favelas com diretrizes e padrões mínimos de intervenção garantiam no desenvo
projetos intervenções urbanas amplas para atender as diversidades de problemas encontrados
em cada território e em cada comunidade, com soluções interventivas para cada
especificidade sob uma nova forma de gestão territorial local que consider
necessidades e propostas de intervenção integrada com as demais políticas públicas, bem
como a participação social das famílias beneficiadas.
No PMCMV o conjunto de ações para mitigar o impacto da crise financeira
-se no estímulo do setor da construção civil e infraestrutura,
justificados pelo papel que o setor desempenha na cadeia produtiva e o peso desse setor no
Produto Interno Bruto brasileiro, bem como pela capacidade empregadora.
Ao não fortalecer e implementar a política através do FNHIS, e utilizar programas
como o PAC e PMCMV, prioriza o crescimento econômico, o aumento dos postos de
emprego e secundariza a regulação fundiária e a gestão democrática. Essas últimas são ainda
mais desvirtuadas no PMCMV, na medida que este é pré-definido e cabe a família enquadrar
se nele através da fase inicial de habilitação, e que sua gestão tem o braço forte das
construtoras na definição dos projetos e da obra.
Ao deixar a critério do Município a utilização das contrataçõ
50% para famílias provenientes de assentamentos precários, sem recursos destinados para
urbanização, recuperação ambiental e titulação e, ainda sem requisitar do Município um plano
local para intervir na realidade nas áreas de origem em que podem permanecer famílias
residentes, a Política Nacional deixa de garantir a sustentabilidade, a moradia adequada e o
enfrentamento da desigualdade e da exclusão socioterritorial.
Os dados das contratações no Município de Curitiba permitem evidenciar
Política Nacional de Habitação, vem sendo substituída desde 2011pelo PMCMV. Contudo, o
agravante está nos desdobramentos e na prioridade decorrente de cada programa. Observe
que as contratações do Município de Curitiba no período 2007-2009 inclui
das cidades doze mil, oitocentos e cincoenta e nove (12.859) famílias, mais de 53% com
unidades novas produzidas para reassentamento e as demais com urbanização, recuperação
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
Com a criação do Ministério das Cidades, o governo dá a diretriz de superação do
recorte setorial para tratamento da questão da moradia e das Cidades, integrando todas as
um único ministério.
se a preocupação com os aspectos que complexificam a
questão da moradia nos assentamentos precários. Através de recursos para urbanização de
favelas com diretrizes e padrões mínimos de intervenção garantiam no desenvolvimento dos
projetos intervenções urbanas amplas para atender as diversidades de problemas encontrados
em cada território e em cada comunidade, com soluções interventivas para cada
especificidade sob uma nova forma de gestão territorial local que considera o diagnóstico das
necessidades e propostas de intervenção integrada com as demais políticas públicas, bem
No PMCMV o conjunto de ações para mitigar o impacto da crise financeira
se no estímulo do setor da construção civil e infraestrutura,
justificados pelo papel que o setor desempenha na cadeia produtiva e o peso desse setor no
Produto Interno Bruto brasileiro, bem como pela capacidade empregadora.
ntar a política através do FNHIS, e utilizar programas
como o PAC e PMCMV, prioriza o crescimento econômico, o aumento dos postos de
emprego e secundariza a regulação fundiária e a gestão democrática. Essas últimas são ainda
definido e cabe a família enquadrar-
se nele através da fase inicial de habilitação, e que sua gestão tem o braço forte das
Ao deixar a critério do Município a utilização das contratações do PMCM, em até
50% para famílias provenientes de assentamentos precários, sem recursos destinados para
urbanização, recuperação ambiental e titulação e, ainda sem requisitar do Município um plano
que podem permanecer famílias
residentes, a Política Nacional deixa de garantir a sustentabilidade, a moradia adequada e o
Os dados das contratações no Município de Curitiba permitem evidenciar que a
Política Nacional de Habitação, vem sendo substituída desde 2011pelo PMCMV. Contudo, o
agravante está nos desdobramentos e na prioridade decorrente de cada programa. Observe-se
2009 inclui ao contexto formal
das cidades doze mil, oitocentos e cincoenta e nove (12.859) famílias, mais de 53% com
unidades novas produzidas para reassentamento e as demais com urbanização, recuperação
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
ambiental, implantação de infraestrutura mínima e tipologias ha
melhor atendimento das famílias de acordo com o número de componentes além da
localização mais próxima das áreas de origem, evitando ou minimizando a periferização e a
concentração da população em um único empreendimento.
Já no PMCMV, o Município contratou no período 2009 à 2013, duas mil e
sessenta (2.060) unidades habitacionais novas, portanto utilizadas para reassentamento e para
a demanda aberta da Fila de Pretendentes, não sendo garantido nas áreas de reassentamento as
dimensões e padrões mínimos que configuram a sustentabilidade das intervenções com
implantação de infraestrutura e equipamentos, a permanência das famílias nas áreas
beneficiadas e a inclusão dessas na cidade formal para provisão dos serviços públicos.
Os dados do Município de Curitiba, tanto das contratações efetivadas quanto das
previsões de contratação, possibilitam evidenciar que o PMCMV além de franca expansão
está sendo efetivado através da implantação de tipologias verticais definidas pelas
construtoras, portanto, valendo
Contudo, a preocupação na verticalização não está posta no valor de
financiamento repassado às famílias, que sem sombra de dúvidas são os mais subsidiados e
acessíveis que já foram praticados na
valor do condomínio que estas famílias deverão arcar, bem como na quantidade de cômodos
para dormitório, dois (02) quartos que não permitem moradia adequada para as famílias
numerosas, decorrendo disso a fixação dessas nas novas condições de moradia.
Ainda agrava essa situação a realidade das famílias que estão sob múltiplas
vulnerabilidades, como baixa renda, escolaridade e qualificação profissional, formadas por
mulheres únicas provedoras, por pes
por famílias que sobrevivem da coleta de material reciclável, e que no conjunto de
perversidades como a pobreza, o tráfico de drogas, a violência a cultura da exclusão e do não
acesso à cidadania, passarão a conviver em empreendimentos adensados e formados por
famílias provenientes de diversos territórios, faixas de renda e diversidades de cultura e de
problemas.
Nesse contexto, ao observar os dados das contratações e da demanda formal e
informal no Município de Curitiba, marcada percentualmente pelas que possuem renda de até
03 salários-mínimos, que podem estar presentes nos demais Municípios Brasileiros, e que
estão relacionados o acesso das famílias à moradia de interesse social o desenvolvimento
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
ambiental, implantação de infraestrutura mínima e tipologias habitacionais que permitiam
melhor atendimento das famílias de acordo com o número de componentes além da
localização mais próxima das áreas de origem, evitando ou minimizando a periferização e a
concentração da população em um único empreendimento.
CMV, o Município contratou no período 2009 à 2013, duas mil e
sessenta (2.060) unidades habitacionais novas, portanto utilizadas para reassentamento e para
a demanda aberta da Fila de Pretendentes, não sendo garantido nas áreas de reassentamento as
es e padrões mínimos que configuram a sustentabilidade das intervenções com
implantação de infraestrutura e equipamentos, a permanência das famílias nas áreas
beneficiadas e a inclusão dessas na cidade formal para provisão dos serviços públicos.
o Município de Curitiba, tanto das contratações efetivadas quanto das
previsões de contratação, possibilitam evidenciar que o PMCMV além de franca expansão
está sendo efetivado através da implantação de tipologias verticais definidas pelas
rtanto, valendo-se a lógica do lucro dessa na verticalização.
Contudo, a preocupação na verticalização não está posta no valor de
financiamento repassado às famílias, que sem sombra de dúvidas são os mais subsidiados e
acessíveis que já foram praticados na história da Política Habitacional Brasileira, mas sim no
valor do condomínio que estas famílias deverão arcar, bem como na quantidade de cômodos
para dormitório, dois (02) quartos que não permitem moradia adequada para as famílias
sso a fixação dessas nas novas condições de moradia.
Ainda agrava essa situação a realidade das famílias que estão sob múltiplas
vulnerabilidades, como baixa renda, escolaridade e qualificação profissional, formadas por
mulheres únicas provedoras, por pessoa idosa e/ou portadora de deficiência física, ou ainda
por famílias que sobrevivem da coleta de material reciclável, e que no conjunto de
perversidades como a pobreza, o tráfico de drogas, a violência a cultura da exclusão e do não
ssarão a conviver em empreendimentos adensados e formados por
famílias provenientes de diversos territórios, faixas de renda e diversidades de cultura e de
Nesse contexto, ao observar os dados das contratações e da demanda formal e
unicípio de Curitiba, marcada percentualmente pelas que possuem renda de até
mínimos, que podem estar presentes nos demais Municípios Brasileiros, e que
estão relacionados o acesso das famílias à moradia de interesse social o desenvolvimento
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
bitacionais que permitiam
melhor atendimento das famílias de acordo com o número de componentes além da
localização mais próxima das áreas de origem, evitando ou minimizando a periferização e a
CMV, o Município contratou no período 2009 à 2013, duas mil e
sessenta (2.060) unidades habitacionais novas, portanto utilizadas para reassentamento e para
a demanda aberta da Fila de Pretendentes, não sendo garantido nas áreas de reassentamento as
es e padrões mínimos que configuram a sustentabilidade das intervenções com
implantação de infraestrutura e equipamentos, a permanência das famílias nas áreas
beneficiadas e a inclusão dessas na cidade formal para provisão dos serviços públicos.
o Município de Curitiba, tanto das contratações efetivadas quanto das
previsões de contratação, possibilitam evidenciar que o PMCMV além de franca expansão
está sendo efetivado através da implantação de tipologias verticais definidas pelas
se a lógica do lucro dessa na verticalização.
Contudo, a preocupação na verticalização não está posta no valor de
financiamento repassado às famílias, que sem sombra de dúvidas são os mais subsidiados e
história da Política Habitacional Brasileira, mas sim no
valor do condomínio que estas famílias deverão arcar, bem como na quantidade de cômodos
para dormitório, dois (02) quartos que não permitem moradia adequada para as famílias
sso a fixação dessas nas novas condições de moradia.
Ainda agrava essa situação a realidade das famílias que estão sob múltiplas
vulnerabilidades, como baixa renda, escolaridade e qualificação profissional, formadas por
soa idosa e/ou portadora de deficiência física, ou ainda
por famílias que sobrevivem da coleta de material reciclável, e que no conjunto de
perversidades como a pobreza, o tráfico de drogas, a violência a cultura da exclusão e do não
ssarão a conviver em empreendimentos adensados e formados por
famílias provenientes de diversos territórios, faixas de renda e diversidades de cultura e de
Nesse contexto, ao observar os dados das contratações e da demanda formal e
unicípio de Curitiba, marcada percentualmente pelas que possuem renda de até
mínimos, que podem estar presentes nos demais Municípios Brasileiros, e que
estão relacionados o acesso das famílias à moradia de interesse social o desenvolvimento
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Florianópolis, Santa Catarina
urbano, habitacional, ambiental e social, suscitam questionamentos, para novos estudos e
reflexões tais como:
Como garantir tipologias habitacionais diversificadas e possibilidades de
ampliação da unidade habitacional no âmbito do planejamento e da implement
Habitacional de Interesse Social pelas esferas de governo? Como não excluir social e
territorialmente as famílias que mais precisam da intervenção estatal, sobre tudo as que
residem nos assentamentos precários? E como fica o desenvolviment
sem programas que efetivem um plano de regulação da situação fundiária?
Para onde caminha a Política Nacional de Habitação no enfrentamento do deficit
habitacional nesse contexto de retrocesso da qualidade da intervenção urbana e r
fundiária? Qual planejamento urbano, habitacional, ambiental e social estão sendo elaborados
para as Cidades Brasileiras?
Municípios estão implementando e com qual cesta de produtos par
Qual são as estratégias de participação democrática para reavaliar e reconduzir a política
pública de moradia de interesse social? Quais as dificuldades e possibilidades de intervenção
dos Municípios na implementação de Política
inclusão dos segmentos mais vulneráveis e comprometidas com o desenvolvimento urbano e
construção de cidades para todos?
BIBLIOGRAFIA CITADA
BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Habitação. Habitação. Brasília, 2010.
______Ministério das Cidades. Secretaria de Habitação. Nacional de Habitação. Brasília, 2010.
COMPANHIA DE HABITAÇÃO POPULAR DE CURITIBA. Regularização Fundiária emwww.cohabct.com.br/conteudo.aspx?secao=69
INSTITUTO DE PESQUISA E PLANEJAMENTO URBANO DE CURIITBA. Habitação e Habitação de Interesse Ippucweb.ippuc.org.br/ippucweb/sasi/arquivos/documentos/d35/d35_028_br.pdf.Acessado em 27set 2013.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. 2011.
MARICATO, Ermínia. O Impasse da política u
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
XIV SIMGeoSimpósio de Geografia da UDESC
bano, habitacional, ambiental e social, suscitam questionamentos, para novos estudos e
Como garantir tipologias habitacionais diversificadas e possibilidades de
ampliação da unidade habitacional no âmbito do planejamento e da implement
Habitacional de Interesse Social pelas esferas de governo? Como não excluir social e
territorialmente as famílias que mais precisam da intervenção estatal, sobre tudo as que
residem nos assentamentos precários? E como fica o desenvolvimento urbano e das cidades,
sem programas que efetivem um plano de regulação da situação fundiária?
Para onde caminha a Política Nacional de Habitação no enfrentamento do deficit
habitacional nesse contexto de retrocesso da qualidade da intervenção urbana e r
fundiária? Qual planejamento urbano, habitacional, ambiental e social estão sendo elaborados
para as Cidades Brasileiras? Que Cidades estamos construindo? Que Política Habitacional os
Municípios estão implementando e com qual cesta de produtos para as realidades existentes?
Qual são as estratégias de participação democrática para reavaliar e reconduzir a política
pública de moradia de interesse social? Quais as dificuldades e possibilidades de intervenção
dos Municípios na implementação de Políticas de habitação de Interesse Social voltada à
inclusão dos segmentos mais vulneráveis e comprometidas com o desenvolvimento urbano e
construção de cidades para todos?
BIBLIOGRAFIA CITADA
BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Habitação.
______Ministério das Cidades. Secretaria de Habitação. Avanços e Desafios: Política . Brasília, 2010.
COMPANHIA DE HABITAÇÃO POPULAR DE CURITIBA. Plano Municipal de egularização Fundiária em áreas de Preservação Permanente.
www.cohabct.com.br/conteudo.aspx?secao=69
INSTITUTO DE PESQUISA E PLANEJAMENTO URBANO DE CURIITBA. Habitação e Habitação de Interesse Social. Ippucweb.ippuc.org.br/ippucweb/sasi/arquivos/documentos/d35/d35_028_br.pdf.Acessado
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 6ª edição.
O Impasse da política urbana no Brasil. Petrópolis. Vozes, 2011.
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de Geografia da UDESC
bano, habitacional, ambiental e social, suscitam questionamentos, para novos estudos e
Como garantir tipologias habitacionais diversificadas e possibilidades de
ampliação da unidade habitacional no âmbito do planejamento e da implementação da Política
Habitacional de Interesse Social pelas esferas de governo? Como não excluir social e
territorialmente as famílias que mais precisam da intervenção estatal, sobre tudo as que
o urbano e das cidades,
sem programas que efetivem um plano de regulação da situação fundiária?
Para onde caminha a Política Nacional de Habitação no enfrentamento do deficit
habitacional nesse contexto de retrocesso da qualidade da intervenção urbana e regulação
fundiária? Qual planejamento urbano, habitacional, ambiental e social estão sendo elaborados
Que Cidades estamos construindo? Que Política Habitacional os
a as realidades existentes?
Qual são as estratégias de participação democrática para reavaliar e reconduzir a política
pública de moradia de interesse social? Quais as dificuldades e possibilidades de intervenção
s de habitação de Interesse Social voltada à
inclusão dos segmentos mais vulneráveis e comprometidas com o desenvolvimento urbano e
BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Habitação. Plano Nacional de
Avanços e Desafios: Política
Plano Municipal de áreas de Preservação Permanente. Disponível em:
INSTITUTO DE PESQUISA E PLANEJAMENTO URBANO DE CURIITBA. Plano de Disponível em:
Ippucweb.ippuc.org.br/ippucweb/sasi/arquivos/documentos/d35/d35_028_br.pdf.Acessado
São Paulo: Atlas, 6ª edição.
Petrópolis. Vozes, 2011.
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MINAYO, M. C. S. (Org.).Vozes, 2001.
ROLNIK, Raquel. É possível uma política urbana contraSociedade, São Paulo. Editora Cortez, v. 72. P. 53
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Habitação e Cidade. São Paulo. Editora Atual, 1998.
MINAYO, M. C. S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade
É possível uma política urbana contra a exclusão?Sociedade, São Paulo. Editora Cortez, v. 72. P. 53-61, 2002.
SAULE JUNIOR, Nelson. A Proteção Jurídica nos Assentamentos Precários.Alegre, Sergio Antonio Fabris Editor, 2004.
XIV SIMGeo
de Geografia da UDESC
Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis:
a exclusão? Serviço Social e
A Proteção Jurídica nos Assentamentos Precários. Porto