7/18/2019 60089933 a Proibicao Da Leitura Da Biblia Na Igreja de Roma

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A proibição da leitura da Bíblia na igreja de Roma 

Durante os primeiros mil anos da Igreja, não houve restrições àleitura dos Livros Sagrados; pelo contrário, podem-se encontrarmuitas recomendações a l-los! "oi um #ispo de $oma, %reg&rio 'II,(uem teve o duvidoso privil)gio de ter esta#elecido em *++ aprimeira proi#ição . du(ue da /o)mia tinha-lhe solicitado permissãopara pu#licar as 0scrituras em eslavo para serem usadas nosserviços! . papa proi#iu (ue se 1i2esse tal coisa! 0m 1inais do s)culoseguinte, Inocncio III escreveu ao #ispo de 3et2 (ue a prática eraperigosa para os simples e incultos 4noção oposta à (ue ensina a/5#lia6! Seguiram-se proi#ições locais dos S5nodos de 7olosa 4*8896,7arragona 4*8::6 e .1ord 4*<+6 contra a tradução de =>cli11e, de(uem se disse no ?onc5lio de ?onstança @a(uele pestilento miserável

de maldita heresia (ue inventou uma nova tradução das 0scrituras nasua l5ngua maternaA!

B partir da )poca da $e1orma as proi#ições emanam de $oma! Cio I',no Index Librorum Prohibitorum de *9, indica na $egra I' (uesomente se pode autori2ar a leitura da /5#lia aos leigos educados (uepossam #ene1iciar com isso, para o (ue era necessário umapermissão escrita!

Eão há dFvida (ue alentar a leitura da /5#lia por parte dos leigos não1oi a atitude da Igreja de $oma at) ao s)culo GG!

B de Setem#ro de *H*:, na ?onstituição Dogmática Unigenitus, opapa ?lemente GI condenou como erradas uma s)rie de proposiçõesde Cascásio uesnel, entre elas as seguintes

H+! Jtil e necessário ) em todo tempo, em todo lugar e para todog)nero de pessoas estudar e conhecer o esp5rito, a piedade e osmist)rios da Sagrada 0scritura!

H*! B leitura da Sagrada 0scritura ) para todos!

*! B o#scuridade santa da Calavra de Deus não ) para os leigosra2ão de dispensar-se da sua leitura!

8! . dia do Senhor deve ser santi1icado pelos cristãos com piedosasleituras e, so#retudo, das Sagradas 0scrituras! K coisa danosa (uererretrair os cristãos desta leitura!

:! K ilusão (uerer convencer-se de (ue o conhecimento dosmist)rios da religião não devem comunicar-se às mulheres pelaleitura dos Livros Sagrados!!!

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<! Brre#atar das mãos dos cristãos o Eovo 7estamento ou mant-lo1echado, tirando-lhes o modo de entend-lo, ) 1echar-lhes a #oca de?risto!

! Brre#atar ao povo simples este consolo de unir a sua vo2 à vo2

de toda a Igreja, ) uso contrário à prática apost&lica e à intenção deDeus!

4Den2inger M*<89-*<:<, *<:6!

NCor(ue deverias ter tido diante dos olhos o (ue constantementeavisaram tam#)m os nossos predecessores, a sa#er (ue se ossagrados Livros se permitem correntemente e em l5ngua vulgar e semdiscernimento, disso há-de resultar mais dano (ue utilidade! .ra, aIgreja $omana (ue somente admite a edição 'ulgata, por prescrição#em not&ria do ?onc5lio 7ridentino 4ver H s6, rejeita as versões das

outras l5nguas e somente permite a(uelas (ue se pu#licam comanotações oportunamente tomadas dos escritos dos Cadres edoutores cat&licos, a 1im de (ue tão grande tesouro não esteja a#ertoàs corruptelas das novidades e para (ue a Igreja, di1undida por todoo or#e, seja de uma só língua e das mesmas palavras 4%en **,*6!N

4Cio 'II, carta Magno et acerbo, : de Setem#ro de **; Den2ingerM *+:6

NB ini(uidade dos nossos inimigos chega a tanto (ue !!! se es1orçamem converter em detrimento da religião as Sagradas Letras, (ue nos

1oram divinamente dadas para edi1icação da pr&pria religião! Eão sevos oculta, 'eneráveis Irmãos, (ue certa Sociedade  vulgarmentechamada bíblica percorre auda2mente todo o or#e e, despre2adas astradições dos santos Cadres, contra o conhecid5ssimo decreto do?onc5lio 7ridentino Ov! HP, juntando para isso as suas 1orças e todosos meios, tenta (ue os Sagrados Livros se vertam, ou melhor, sepervertam nas l5nguas vulgares de todas as nações!N

4Leão GII, 0nc5clica Ubi primum de de 3aio de *8<6!

NEas regras (ue 1oram aprovadas pelos Cadres designados pelo?onc5lio 7ridentino, aprovadas por Cio I' e antepostas ao Qndice doslivros proi#idos, l-se por sanção geral (ue não se deve permitir aleitura da Bíblia publicada em língua vulgar a não ser àquelesque se julgue poderem aproveitá-la para aumento da fé e dapiedade! B esta mesma regra,!!!, 1oi acrescentada 1inalmente porautoridade de /ento GI' a declaração de (ue se tivesse em diantecomo permitida a leitura da(uelas versões vulgares (ue tenham sidoaprovadas pela S) Bpost&lica ou pu#licadas com notas tomadas dosCadres da Igreja ou de varões doutos e cat&licos !!! 7odas assupraditas Sociedades /5#licas, já desde muito tempo reprovadas pornossos antecessores, as condenamos novamente por autoridadeapost&lica!!!N

7/18/2019 60089933 a Proibicao Da Leitura Da Biblia Na Igreja de Roma

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4Cio IG, 0nc5clica Inter praecipuas, * de 3aio de *<<; negritoacrescentado6

B primeira versão em espanhol reali2ada a partir dos manuscritosgregos e he#raicos pu#licou-se um s)culo depois da Fltima enc5clica

citada!Somente a partir do ?onc5lio 'aticano II a Igreja de $oma alentouseriamente a leitura das 0scrituras, eortação (ue a maioria doscat&licos ainda não leva a s)rio!

Cor ve2es ainda hoje se ouve alguns cat&licos argumentar (ue adi1usão das 0scrituras a partir da $e1orma protestante teve e1eitosindesejáveis e (ue seria melhor o acesso a elas ser restrito! 0steargumento es(uece várias coisas!

0m primeiro lugar, (ue uma ra2ão poderosa dos e1eitos tantodesejáveis como indesejáveis da di1usão da /5#lia 1oi o 1acto dasdi1erenças a#ismais entre as doutrinas e práticas da Igreja de $oma eas (ue são ensinadas nas 0scrituras! Cor sua ve2 isto se deveu aoa1astamento progressivo da /5#lia por parte dos cl)rigos; primeiropor(ue se deu importRncia eagerada aos ensinamentos dosescolásticos, de modo (ue a doutrina aprendia-se deles da suas5ntese aristot)lica-escritural e não da pura 1onte da revelação 4comoaprendiam o dito pelos Cadres das Sentenças de Cedro Lom#ardo6!7odos os clamores de re1orma anteriores ao s)culo G'I insistem na

ignorRncia dos cl)rigos! 0 segundo, por(ue os #ispos e cardeais eramem muitos casos não s& ignorantes, mas desinteressados no estudo ena eposição #5#lica s)ria! 0ram pr5ncipes seculares interessados emmanter os seus 1eudos! ?omo ) #em sa#ido, os #ispos de $oma, emparticular os (ue houve no tempo da $e1orma, eram o paradigma do(ue aca#o de di2er! 3as já antes se evidenciava claramente isto; poreemplo, /oni1ácio 'III era um muito #om jurista mas um p)ssimoeegeta escritural!

0m outras palavras, a Igreja se havia a1astado tanto das 0scrituras(ue podia ser ne1asto para a pr&pria su#sistncia (ue o povo

sou#esse o (ue na verdade esta di2ia!

0m segundo lugar, há (ue ter em conta (ue a li#erdade sempreenvolve risco! Bdão 1oi criado livre, e já se sa#e o (ue aconteceu! Eoentanto, isso não signi1ica (ue a li#erdade não seja um #emdesejável para a condição humana! .#viamente, a Igreja de $omaoptou por coarctar a li#erdade do povo em ve2 de educá-lo, seja pornão poder ou não (uerer 1a2-lo! Bs conse(uncias de s)culos deadoptar consistentemente esta pol5tica se tornaram mani1estas logo(ue as pessoas tiveram acesso às 0scrituras na sua pr&pria l5ngua!

3as o papado somente colhia o (ue tinha semeado por (uase cincos)culos!

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