8 Nov - PÚBLICO

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rui dias JEWEL SAMAD/AFP QUI 8 NOV 2012 EDIÇÃO LISBOA Ano XXIII | n.º 8249 | 1€ | Directora: Bárbara Reis | Directores adjuntos: Nuno Pacheco, Manuel Carvalho, Miguel Gaspar | Directora executiva Online: Simone Duarte | Directora de Arte: Sónia Matos Voto dos hispânicos e das mulheres foi decisivo na reeleição de Obama Presidente faz apelo à união da família americana | Os desafios do segundo mandato na economia e na política externa | Derrota de Mitt Romney deixa os republicanos sem estratégia | Análise de Jorge Almeida Fernandes | Opinião de Luís Amado, Álvaro Vasconcelos e Carlos Gaspar Destaque, 2 a 13 e Editorial Pedro Passos Coelho deu ontem como adquirido que a refundação do memorando e a reforma das funções do Estado avançarão sem o PS p25 O gasto dos portugueses para o Natal ronda os 464 euros, menos 13,5% do que em 2011. É o montante mais baixo desde 2005, de acordo com um estudo p16 As autoridades sanitárias da Madeira notificaram à Direcção-Geral de Saúde o registo de 1148 casos de febre de dengue entre 3 de Outubro e 4 de Novembro p18 Governo já não conta com o PS para reforma do Estado Portugueses vão ter o Natal com menos prendas desde 2005 Madeira registou mais de mil casos de febre do dengue CHINA O GANG DE XANGAI CONTRA A LIGA DA JUVENTUDE NO CONGRESSO DO PC Mundo, 30/31 HOJE Heróis Marvel – II : Vol. 4 – Surfista Prateado: Parábola Por + 8,90€

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rui dias

JEWEL SAMAD/AFP

QUI 8 NOV 2012EDIÇÃO LISBOA

Ano XXIII | n.º 8249 | 1€ | Directora: Bárbara Reis | Directores adjuntos: Nuno Pacheco, Manuel Carvalho, Miguel Gaspar | Directora executiva Online: Simone Duarte | Directora de Arte: Sónia Matos

Voto dos hispânicos e das mulheres foi decisivo na reeleição de Obama Presidente faz apelo à união da família americana | Os desafi os do segundo mandato na economia e na política externa | Derrota de Mitt Romney deixa os republicanos sem estratégia | Análise de Jorge Almeida Fernandes | Opinião de Luís Amado, Álvaro Vasconcelos e Carlos Gaspar Destaque, 2 a 13 e Editorial

Pedro Passos Coelho deu ontem como adquirido que a refundação do memorando e a reforma das funções do Estado avançarão sem o PS p25

O gasto dos portugueses para o Natal ronda os 464 euros, menos 13,5% do que em 2011. É o montante mais baixo desde 2005, de acordo com um estudo p16

As autoridades sanitárias da Madeira notifi caram à Direcção-Geral de Saúde o registo de 1148 casos de febre de dengue entre 3 de Outubro e 4 de Novembro p18

Governo já não conta com o PS para reforma do Estado

Portugueses vão ter o Natal com menos prendas desde 2005

Madeira registou mais de mil casosde febre do dengue

CHINAO GANG DE XANGAI CONTRA A LIGA DA JUVENTUDE NO CONGRESSO DO PC Mundo, 30/31

HOJE Heróis Marvel – II : Vol. 4 – Surfista Prateado: Parábola Por + 8,90€

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2 | DESTAQUE | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

ELEIÇÕES NOS EUA

Obama parte paraum novo mandato com a missão de unir a família americana

Em 2008, Barack Obama fez

história, ao tornar-se no

primeiro Presidente negro

dos Estados Unidos. Na terça-

feira à noite, ele fez história

ao ser o primeiro Presidente

americano reeleito com uma taxa

de desemprego alta (7,9%) desde a

Grande Depressão.

Obama conseguiu vencer, apesar

de perder a maioria do voto branco,

graças a um eleitorado composto por

afro-americanos, hispânicos, jovens

e mulheres, tal como em 2008. Mas

a proporção de americanos brancos

que votaram nele nestas eleições foi

mais estreita do que há quatro anos.

Quase seis em 10 americanos bran-

cos votaram em Mitt Romney, que,

pode dizer-se, também fez história:

tornou-se no primeiro candidato a

perder umas eleições presidenciais

apesar de a sua proporção do elei-

torado branco ser a mais expressiva

de sempre.

Um dia depois de umas eleições

que, no essencial, não mudaram na-

da — Obama continua na Casa Bran-

ca por mais quatro anos, a Câmara

dos Representantes mantém a sua

maioria republicana, e o Senado per-

manece sob o controlo dos demo-

cratas — a questão é se o Presidente

conseguirá unifi car um país marca-

damente dividido. A resposta a essa

pergunta surgirá em Janeiro, quando

a Casa Branca e a oposição terão de

negociar um acordo para evitar o

que se tornou conhecido como um

“precipício fi scal” — o aumento de

impostos e cortes dramáticos no or-

çamento que poderão lançar a eco-

nomia americana numa nova crise.

No seu discurso de vitória em Chi-

cago, pouco depois da uma e meia da

manhã (6h30 em Portugal), Obama

adoptou um tom conciliador, elevan-

do-se acima das diferenças partidá-

rias e prometendo ser o Presidente

de todos os americanos e trabalhar

com os republicanos. “Nós somos

uma família americana e erguemo-

nos ou caímos juntos, como uma na-

ção, como um povo”, disse, no fi nal

de uma das campanhas presidenciais

mais negativas de sempre.

Foi como se Obama, o porta-es-

tandarte do bipartidarismo, tivesse

ressurgido para acabar o que come-

çou, em 2004, com a sua célebre in-

tervenção na convenção democrata

(“Não existem estados democratas

nem estados republicanos. Só exis-

tem os Estados Unidos da América”).

Mas durante a campanha Obama no-

tou que aprendera algumas lições

duras e sugeriu que iria adoptar uma

abordagem mais agressiva em rela-

ção à oposição, se viesse a ser ree-

leito. A sua base eleitoral não espera

menos do que isso.

O discurso, feito perante 10 mil

apoiantes e voluntários da sua cam-

panha, ofereceu uma mensagem

mais optimista e confi ante em re-

lação ao futuro da América do que

Obama alguma vez conseguiu fazer

curso, “de vitória”, para a noite elei-

toral, emergiu na sede da sua cam-

panha, em Boston, pouco antes da

uma da manhã, hora e meia depois

de as televisões projectarem Obama

como o vencedor. O ex-governador

do Massachusetts, candidato à Pre-

sidência americana pela segunda

vez, anunciou que acabara de ligar

a Obama, felicitando-o pela sua vitó-

ria. “Este é um período de grandes

desafi os para a América e rezo para

que o Presidente tenha sucesso em

conduzir a nossa nação”, disse o

homem que no último ano retratou

a liderança presidencial de Obama

como um falhanço. A desilusão era

palpável nos rostos dos seus apoian-

tes, em Boston.

Os analistas políticos acreditam

que a derrota de Romney deverá

levar os republicanos a um período

de introspecção, se não mesmo a

uma guerra civil pela alma do par-

tido, que se radicalizou nos últimos

quatro anos. A ala moderada insistirá

que o partido corre o risco de nunca

O Presidente democrata parte “mais determinado e mais inspirado do que nunca” para mais quatro anos na Casa Branca e prometeu, no seu discurso de vitória, que, “para os Estados Unidos da América, o melhor ainda está para vir”

Kathleen Gomes,em Chicago

durante o último ano. Emocionado,

ele disse que regressava à Casa Bran-

ca “mais determinado e mais inspi-

rado do que nunca” e que, “para os

EUA, o melhor ainda está para vir”.

Há 28 anos, o republicano Ronald Re-

agan foi reeleito com uma mensagem

semelhante, mas Obama raramente

foi tão explícito durante a campanha.

A sua reeleição, num contexto

que à partida lhe era desfavorável

— taxas de desemprego altas e um

crescimento económico anémico

não costumam reeleger presidentes

americanos — é, na prática, um selo

de aprovação do seu primeiro man-

dato e dá-lhe uma oportunidade para

defender algumas das medidas mais

difíceis e controversas que marca-

ram os primeiros quatro anos (como

a reforma da saúde) e deixar a Casa

Branca com um legado positivo.

Crise republicanaO seu adversário Mitt Romney, que

no fi nal do dia dissera aos jornalistas

que tinha preparado um único dis-

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PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | DESTAQUE | 3

mais ganhar eleições presidenciais se

não se mover para o centro. E é pre-

visível que o Tea Party defenda que

a derrota eleitoral se deveu ao facto

de terem escolhido um moderado

como candidato, outra vez (o mesmo

lamento foi ouvido no rescaldo das

eleições de 2008, quando John Mc-

Cain foi o candidato republicano).

Os resultados eleitorais vieram

confi rmar aquilo que as sondagens

indicavam na última semana: que

Obama seria o vencedor provável.

Mas o facto de nenhum dos dois can-

didatos ter uma vantagem estatística

signifi cativa abria caminho a vários

cenários, incluindo a possibilidade

de o resultado fi car em suspenso du-

rante semanas, quando não meses,

dependente da recontagem manual

de votos em estados como a Florida,

onde a diferença entre os dois parti-

dos costuma ser minimal. De facto,

a Florida não traiu a sua reputação

enquanto estado mais politicamente

dividido da América: ontem à tarde,

os votos naquele estado ainda esta-

vam a ser contados e nenhum vence-

dor tinha sido declarado. A diferença

de resultados entre os candidatos era

apenas de algumas décimas percen-

tuais, com Obama à frente.

A questão é que, ao contrário de

2000, o resto da América não teve

de esperar que a Florida decidisse

as eleições. Desde o momento em

que os primeiros resultados e as

primeiras projecções começaram a

surgir, as perspectivas foram mais

favoráveis ao Presidente. A multidão

de apoiantes de Obama em Chicago

reagiu efusivamente à medida que os

ecrãs foram projectando vitórias em

estados decisivos como o Wisconsin,

o Iowa, a Pensilvânia, e o Ohio. Co-

mo peças de dominó, estes estados

do Midwest ou do coração da Améri-

ca industrial foram caindo a favor de

Obama e asseguraram a sua vitória.

Se o resgate da indústria automóvel

autorizado por Obama no início do

seu primeiro mandato foi uma deci-

são polémica, a sua vitória por todo

o Midwest, incluindo o Michigan, on-

CHIP SOMODEVILLA/AFP“Somos uma família americana e erguemo-nos ou caímos juntos, como uma nação, como um povo”, disse Obama

de milhões de empregos dependem

da produção de automóveis, foi uma

ratifi cação clara dessa medida, como

um “obrigado”.

Dos nove estados mais disputa-

dos, Romney só conseguiu vencer

na Carolina do Norte, um estado do

Sul que Obama conquistou há quatro

anos com uma margem minimal de

0,3%. Obama conseguiu ser reelei-

to com margens mais pequenas do

que em 2008, no voto popular e no

colégio eleitoral. Até ontem, quando

ainda faltava apurar o vencedor na

Florida e a contagem de votos ain-

da estava a decorrer, Obama tinha

50,4% do voto popular (Romney

tinha 48,1%, uma diferença de 2,3

pontos percentuais) e 303 dos vo-

tos do colégio eleitoral. O número

mágico para atingir a Casa Branca

são 270 votos no colégio eleitoral,

um marco que Obama ultrapassou.

Mas mesmo que venha a ganhar os

29 votos da Florida, não conseguirá

igualar os 365 votos conquistados há

quatro anos.

Há quatro anos, no Grant

Park, em Chicago, uma mul-

tidão recebia o Presidente

eleito repetindo o slogan

que marcara a primeira

campanha vitoriosa de

Barack Obama. Era um discurso de

dor e esperança, pronunciado à som-

bra do desastre de Wall Street, pelo

primeiro Presidente negro da histó-

ria dos Estados Unidos. E, no fi nal,

Barack Obama repetia a frase “Yes we

can” como se fosse um reverendo a

falar a uma congregação que o ouvia

em silêncio. Essa solenidade reli-

giosa, pedida emprestada a Martin

Luther King, desapareceu do segun-

do discurso de vitória de Obama,

ontem de madrugada, outra vez em

Chicago. Como desapareceu a con-

vicção de que a vitória nas urnas era

um momento de mudança.

Mas Barack Obama, o Presiden-

te reeleito, temperado por quatro

anos de frustrações e desilusões,

mobilizou de novo os seus podero-

sos recursos retóricos para tentar

construir um primeiro momento

defi nidor do novo mandato. Não

houve silêncios solenes, mas uma

emoção em crescendo até ao fi nal,

como se fosse um concerto e não

um discurso. Em vez de mudança

a palavra-chave era forward (em

frente, o leitmotiv desta campanha),

mas disse que “o melhor ainda es-

tava para vir”. Pela segunda vez em

quatro anos, Barack Obama quis

celebrar uma vitória inventando o

futuro. É difícil fazer isto duas ve-

zes, sobretudo depois de falhar à

primeira.

O Presidente que em 2008 queria

governar em nome do bipartidaris-

mo voltou a conseguir dizer, no dis-

curso de ontem, que os EUA não são

uma soma de estados republicanos

e de estados democratas. Mas no

momento da segunda vitória, ele

estava a falar para um país dividido

ao meio, que vai continuar bloque-

ado politicamente, enquanto a dí-

vida acumulada nos últimos anos o

empurra para o que se convenciou

chamar o “precipício fi scal”.

No discurso de vitória, Obama fez

o elogio da divergência, ligando-a ao

O Presidente que inventou o futuro duas vezes

excepcionalismo americano. “Ape-

sar de todas as diferenças, a maior

parte de nós partilha algumas es-

peranças sobre o futuro da Améri-

ca”, disse. Numa passagem em que

evocou Charles de Gaulle, afi rmou:

“Quer tenham ou não votado em

mim, eu ouvi-vos”. E, mais à frente,

transformou a frase emblemática do

discurso de posse de John Kennedy,

em 1961: “A América nunca foi sobre

o que pode ser feito para nós; foi

sobre aquilo que pode ser feito por

nós em conjunto”. E partiu para o

elogio do excepcionalismo, contra o

“optimismo cego” com o qual se dei-

xou conotar e como móbil para os

combates difíceis do segundo man-

dato: “Acredito que podemos con-

quistar esse futuro juntos porque

não estamos tão divididos quanto

as nossas políticas sugerem”, disse,

já perto do fi m, perante a multidão

empolgada pela retórica combativa

do Presidente reeleito.

O discurso parecia, em vários

aspectos, decalcado do de há qua-

tro anos. Da referência solene ao

passado dos Estados Unidos logo

na abertura, às graças sobre o cão

das filhas, Sasha e Malia. Ou do

apelo à colaboração com o adver-

sário derrotado. Mas Obama tinha

que mostrar que era outro Obama,

para tornar credível a sua segunda

reinvenção do futuro. O Presidente

que em 2008 se revia em Abraham

Lincoln, Franklin Roosevelt ou John

Kennedy, encontra agora em Theo-

dore Roosevelt um modelo para um

Presidente mais de acção do que de

palavras.

Há quatro anos, Obama foi eleito

em nome de um sonho e de uma

visão. Olhando ontem para o man-

dato que passou, o Presidente dis-

se que a economia recuperou e que

o país está a sair de uma época de

guerra, para dizer que os primeiros

quatro anos deixaram uma base pa-

ra o segundo mandato. Mas a visão

desapareceu, esmagada pela reali-

dade, e o futuro da América conti-

nua sombrio. Para começar o seu

segundo combate na Casa Branca,

Obama usou o seu melhor recurso,

a palavra, para se reinventar como

um político que falhou e apreendeu,

mas não abdicou da sua capacidade

para inspirar um país.

Miguel Gaspar

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4 | DESTAQUE | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

EMMANUEL DUNAND/AFP

Ao reconhecer a derrota, Romney apelou ao fim das querelas partidárias no Congresso

A vitória de Barack

Obama é duplamente

amarga para o Partido

Republicano. Antes de

transformar estas eleições

num “referendo” sobre

a política económica de Obama,

centrou a sua acção no bloqueio

da iniciativa presidencial. Para sua

surpresa, num contexto económico

negativo e com uma alta taxa de

desemprego, assistiu a uma vitória

clara do adversário. A derrota do

Grand Old Party (GOP, designação

tradicional dos republicanos)

abre feridas graves, porque vai

muito para lá dos eventuais erros

do candidato Mitt Romney ou da

efi cácia da estratégia de Obama.

As razões mais dolorosas do

desaire remetem para um lugar-

comum dos analistas: “Demasiado

velho, demasiado branco,

demasiado masculino.” Após as

eleições de 2008, os republicanos

fi zeram uma curta refl exão. Jeb

Bush, irmão de George W. Bush

e ex-governador da Florida,

declarou na altura ao jornal

Politico: “Os conservadores têm de

levar em conta a nova demografi a

dos EUA. Não podemos ser anti-

hispânicos, antijovens, antimuitas

coisas e fi carmos surpreendidos

quando [os democratas] ganham

as eleições.”

Também Tim Pawlenty, então

governador do Minnesota,

avisou: “O país está a mudar

demográfi ca, cultural, tecnológica

e economicamente, [enquanto

os republicanos mantêm uma

imagem e um discurso velho de

30 anos].” O GOP é um partido

“cada vez mais branco, rural e

envelhecido, num país que se

está a tornar racialmente misto,

suburbano e dominado por uma

geração pós-baby boomer, sem

memória do Vietname ou das

guerras culturais do passado”,

sintetizou o mesmo jornal, após

ouvir fi guras cimeiras do GOP.

A crise de 2008 suscitou a

eclosão do Tea Party e, com ela,

não só desapareceu a refl exão,

como se acentuou a radicalização

do partido, numa combinação

entre conservadorismo moral,

desregulação económica e um

discurso contra o Estado (big

government) e os impostos. E

regressaram as “guerras culturais”.

Na campanha eleitoral de 2010, os

radicais do Tea Party começaram

a marginalizar os “moderados”. Os

nomes mais sonantes do partido

colocaram-se prudentemente

na reserva perante a corrida

presidencial deste ano.

“Guerra civil”Hoje, os republicanos sabem

que foram derrotados pelo

voto hispânico, pelo voto

afro-americano, pelo voto das

mulheres e pelo voto jovem.

Obama voltou a atrair, como

em 2008, grande parte dos

“democratas de Reagan”, os

operários brancos do Midwest

que se afastaram do Partido

Democrata nos anos 1980.

Romney venceu entre os maiores

de 65 anos, Obama entre os

menores de 30; Romney venceu

entre os brancos, Obama captou

70% do voto hispânico.

Resumiu na semana passada

o senador republicano Lindsey

Graham: “Se perdermos esta

eleição, há uma única explicação

— a demografi a.” Mas os “puristas”

rejeitam “a matemática”, pois

“acreditam que os princípios

básicos do conservadorismo só

poderão triunfar defi nitivamente,

se forem aplicados sem grandes

desvios”, diz ao New York Times

um antigo consultor do GOP. A

reentrada em período de refl exão

e crítica passará por uma espécie

de “guerra civil”.

Hoje, o partido está mais

dividido do que em 2008. Os

pragmáticos justifi carão a derrota

pela demografi a e pela imagem

“extremista” do partido, mesmo

com um candidato moderado

como Mitt Romney. Para ganhar

as primárias, ele alimentou essa

imagem. A sua manobra de

viragem ao centro foi brilhante

mas tardia. Os ultraconservadores

responderão que Romney perdeu,

tal como antes dele John McCain,

por ser um “moderado” e não

levar até às últimas consequências

o conservadorismo.

Do lado democrataO primeiro teste ocorrerá no

Congresso, onde republicanos

e democratas têm de decidir

se prosseguem a “guerrilha”,

ou se enveredarão pela

negociação e por compromissos

“bipartidários”. Romney apelou

ontem ao fi m das “querelas

partidárias” no Congresso. Mas

a nova bancada republicana na

Câmara dos Representantes é

mais radical do que a anterior.

Tal como a minoria democrata

parece ser mais “liberal” do que a

antecedente.

Será um exercício fascinante.

O bloqueio dominante no

Congresso é a mais imediata

ameaça à recuperação económica

americana (ver PÚBLICO de ontem). E o primeiro grande

desafi o do Presidente no início

do segundo mandato será

exactamente desfazer o bloqueio.

A clara vitória de Obama

coloca-o numa posição de

vantagem para o braço-de-

ferro que se anuncia. Durante

a campanha ele foi evasivo em

relação às grandes linhas do

segundo mandato, embora elas

sejam relativamente previsíveis

para os americanos. Pode

dizer-se que não recebeu um

“mandato categórico”. Mas o que

o eleitorado fundamentalmente

rejeitou foi o “referendo” contra

a sua política proposto pelos

republicanos. Perante isto, uma

linha de obstrução sistemática no

Congresso será impopular e um

quase suicídio eleitoral a pensar

nas legislativas de 2014. Aqui, a

iniciativa deverá pertencer ao

Presidente: recomeçar “a partir

do zero” a negociação com

os republicanos. Em minoria

na Câmara e sem a maioria

qualifi cada (60%) no Senado, não

tem outro caminho — e é também

a via de forçar a “separação das

águas” no campo republicano.

Há quatro anos, a vitória de

Obama foi interpretada como

o início de uma longa era de

supremacia democrática. Este

cenário foi teorizado em 2002

pelo politólogo Ruy Teixeira e pelo

jornalista John Judis (The Emerging

Democratic Majority) — à imagem

do ciclo de hegemonia democrata

iniciado por Franklin Roosevelt

em 1932 —, agrupando agora as

várias minorias, os jovens, as

mulheres e os segmentos mais

cultos e modernos.

O ensaísta Peter Beinart

retomou ontem esta ideia no

jornal electrónico The Daily Beast.

Antevê um Obama a “moldar

a política americana para

décadas, um novo Reagan ou FDR

[Franklin Delano Roosevelt]”.

“Talvez o tenha conseguido na

noite de terça-feira.”

O resultado desta eleição não

autoriza tal extrapolação e o

Partido Republicano pode decidir-

se a ter em conta a demografi a.

O “pragmático” Obama não

desistiu certamente de consolidar

a reforma do sistema de saúde,

de legislar sobre os imigrantes

ou de refazer o modelo fi scal

americano. A vitória de terça-

feira é um incalculável estímulo.

Mas a prioridade imediata é fazer

baixar a polarização que bloqueia

o sistema político americano e

impede quaisquer reformas.

Republicanos dilacerados, Obama com a iniciativa

AnáliseJorge Almeida Fernandes

ELEIÇÕES NOS EUA

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6 | DESTAQUE | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

ELEIÇÕES NOS EUA

Com o poder novamente

dividido em Washington,

o maior e mais imediato

desafio para o reeleito

Presidente dos Estados

Unidos, Barack Obama, será

acertar o tom do relacionamento com

a maioria republicana na Câmara de

Representantes, de forma a evitar

o chamado “precipício fi scal”, que

implicará uma subida dos impostos e

um corte cego na despesa pública no

valor de 600 mil milhões de dólares,

logo no primeiro dia de 2013.

O Presidente estaria, teoricamen-

te, numa posição de força para des-

bloquear o impasse criado pela opo-

sição republicana, com a sua intran-

sigência negocial durante o processo

de fi xação de um novo limite da dí-

vida pública americana. No entanto,

sabendo-se do efeito nefasto para a

economia de uma eventual queda no

abismo — o Gabinete Orçamental do

Congresso e todos os especialistas

alertam para uma violenta guinada

da curva ascendente do crescimento

económico de novo para o território

da recessão —, será a Administração

Obama quem pagará o preço político

por uma nova crise. O Presidente es-

tá forçado a negociar para encontrar

uma solução.

O problema tem a ver com um

conjunto de medidas que serão

automáticas sem a intervenção do

Congresso. Uma série de cortes fi s-

cais, negociados pelo ex-Presidente

George W. Bush e pelo próprio Oba-

ma, expiram a 31 de Dezembro, ao

mesmo tempo em que o “sequestro”

orçamental entra automaticamen-

te em vigor, congelando a chamada

despesa discricionária e os fundos

do Pentágono.

Outros problemas económicos que

exigem a atenção urgente do Presi-

dente: a aprovação do orçamento

para o próximo ano fi scal (o funcio-

namento da máquina federal só está

fi nanciado até Março de 2013) e o es-

tabelecimento de um novo tecto para

a dívida que, segundo as estimativas,

atingirá o limite de 16,4 biliões (mi-

lhões de milhões) de dólares dentro

de quatro meses.

Ninguém acredita que o Presiden-

te não tenha aprendido a lição depois

do seu braço-de-ferro com os líderes

republicanos do Congresso durante

as negociações de Março para a sus-

tentabilidade fi scal. Muitos comenta-

dores viram no falhanço de Obama

em levar por diante as recomenda-

ções do Relatório Simpson-Bowles (os

apelidos dos dois senadores republi-

cano e democrata responsáveis pelas

conclusões de uma comissão bipar-

tidária) o grande erro de cálculo do

seu primeiro mandato.

Mas a bancada republicana tam-

bém terá tirado as suas próprias

conclusões — não só do desfecho

desse “episódio” como sobretudo

da mensagem dos eleitores nas ur-

nas. O speaker do Congresso, John

Boehner (que fi ca no cargo na pró-

xima legislatura), apareceu a dizer

que “os americanos demonstraram

que não querem mais impostos”, as-

sim que as projecções confi rmaram

uma nova maioria conservadora na

Câmara de Representantes. Na cam-

panha, Obama defendeu prolongar

a baixa de impostos de Bush para

todos os contribuintes excepto para

os 2% que têm os rendimentos mais

altos — a sua taxa subiria para o nível

dos anos Clinton.

Os republicanos podem reduzir a

margem de manobra do Presidente

e interferir com a sua agenda, numa

aposta arriscada tendo em conta as

intercalares de 2014. Mas é certo

que os primeiros anos do segundo

mandato de Obama serão defi nidos

pela estratégia que a oposição deci-

dir adoptar: mais obstrucionismo,

como até agora, ou mais cedência.

Dada a divisão interna da bancada

republicana, ainda refém do Tea

Party, este último caminho parece

ser o mais difícil. A polarização do A emoção de uma apoiante de Obama em Chicago

JASON REED/REUTERS

Rita Siza

Obama forçado a negociar para evitar o precipício fi scal (e outras crises iminentes)O Presidente reeleito tem pela frente um novo braço-de-ferro com a oposição republicana, para impedir subidas de impostos e cortes na despesa pública no valor de 600 mil milhões de dólares

país sugere que não existe consenso

para a aplicação de muitas das políti-

cas da Casa Branca, mas a verdade é

que o Presidente conseguiu aprovar

um pacote de estímulo económico,

uma reforma do sistema regulatório

e o chamado Obamacare, contra a

oposição republicana.

Também é de esperar que Obama

tenha retirado lições importantes da

condução de alguns dos dossiers que

fi caram incompletos ou sem solução

e que o Presidente já indicou querer

fechar no segundo mandato. Na polí-

tica interna, a reforma da imigração,

abandonada por cálculo político nos

primeiros quatro anos, será segura-

mente tornada uma prioridade, tal

como a questão energética, com o

que ela implica de combate ao aque-

cimento global, e a redefi nição da po-

lítica orçamental, nomeadamente

pela reforma do código fi scal.

Na política externa, o Presidente

continuará a confrontar-se com a ur-

gente crise na Síria e com a ambigui-

dade do regime iraniano, sob pressão

internacional por causa do programa

nuclear. Mas o problema mais bicudo

nas suas mãos ainda é o processo de

paz entre Israel e a Palestina.

Do discurso de vitória de Oba-

ma em Chicago podem retirar-se as

grandes linhas da sua futura acção

governativa. Sem grandes detalhes,

o Presidente enumerou a redução

do défi ce e o equilíbrio das contas

públicas, a reforma da imigração e as

alterações climáticas/independência

energética. “Vocês votaram na acção,

não na politiquice do costume”, su-

blinhou, num sinal de que está deter-

minado em avançar em todas estas

frentes. Para já, não é possível saber

se o processo legislativo avançará de

imediato, ou se a Administração vai

ser cautelosa e esperar por uma even-

tual recomposição do Congresso em

dois anos. Se for assim, o Presidente

poderá dedicar mais atenção à sua

vasta agenda internacional, que tem

no fi m da guerra no Afeganistão mais

um sucesso anunciado.

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8 | DESTAQUE | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

ELEIÇÕES NOS EUA

Voto dos hispânicos, dos negros, dos jovens e das mulheres foram decisivos

Colégio Eleitoral Senado Câmara dosRepresentantes

RomneyObama

Votos

303 206 55 193 23445

8

Democratas Republicanos

Fonte: Jornal online Huffington Post (dados de 7/11/2012)

Votos apurados (%) (N.º de votos no colégio eleitoral)

43%55%

WASHINGTON

52% (12)

46%52%

NEVADA

99% (6)

65%33%

IDAHO

100% (4)

73%25%

UTAH

100% (6)

55%43%

ARIZONA

99% (11) 43%53%

NOVO MÉXICO

100% (5)

47%51%

COLORADO

94% (9)

55%42%

MONTANA

91% (3)

61%38%

NEBRASCA

100% (5)

46%53%

MINNESOTA

99% (10)

46%53%

WISCONSIN

99% (10)

45%54%

MICHIGAN

96% (16)

36%63%

N. IORQUE

98% (29)

47%52%

PENSILVÂNIA

99% (20)

48%51%

VIRGÍNIA

99% (13)

51%48%

CAROLINA NORTE

100% (15)

55%44%

CAROLINA SUL

99% (9)

31%67%

VERMONT

99% (3)

47%52%

NEW HAMPSHIRE

99% (4)41%56%

MAINE

89% (4)

38%61%

MASSACHUSETTS

99% (11)

36%63%

RHODE ISLAND

98% (4)

41%58%

CONNECTICUT

95% (7)

41%58%

NEW JERSEY

99% (14)

40%59%

DELAWARE

100% (3)

37%62%

MARYLAND

99% (10)

7%91%

WASHINGTON DC

100% (3)

47%52%

IOWA

99% (6)

41%57%

ILLINOIS

99% (20)

54%44%

INDIANA

99% (11)

61%38%

KENTUCKY

100% (8)

60%39%

TENNESSEE

99% (11)

61%38%

ALABAMA

99% (9)

53%45%

GEÓRGIA

100% (16)

49%50%

FLORIDA

100% (29)

48%50%

OHIO

99% (18)

62%36%

VIRGÍNIA OC.

100% (5)54%44%

MISSURI

100% (10)

60%38%

KANSAS

99% (6)

67%33%

OKLAHOMA

100% (7)

57%41%

TEXAS

100% (38)

28%71%

HAVAI

100% (4)

55%42%

ALASCA

99% (3)

58%41%

LUISIANA

100% (8)

55%44%

MISSISSÍPI

99% (6)

61%37%

ARCANSAS

98% (6)

69%28%

WYOMING

100% (3)

59%39%

DACOTADO NORTE

100% (3)

58%40%

DACOTADO SUL

100% (3)

44%53%

OREGON

85% (7)

39%59%

CALIFÓRNIA

100% (55)

Romney

57.591.058Obama

60.382.760

29

50,4% 48,1%

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PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | DESTAQUE | 9

OPartido Democrata con-

quistou mais um lugar no

Senado e mais outro na

Câmara de Representantes,

mas as eleições de terça-fei-

ra consagraram o statu quo

no Congresso. Na próxima legislatura,

o poder na câmara legislativa man-

tém-se dividido, com os democratas

a controlarem o Senado (53-47) e os

republicanos a dominarem a Câmara

de Representantes (240-190). Assim,

o potencial para o impasse político é

exactamente o mesmo que vem de

2010 até agora.

A votação para o Senado era à

partida mais difícil para o Partido

Democrata, que tinha de defender

23 assentos, muitos mais do que os

adversários republicanos, que só

tinham dez entre os 33 lugares em

disputa. No final, os democratas

perderam um e conquistaram três à

bancada contrária, alargando a sua

maioria na câmara alta.

Numa série de corridas emblemá-

ticas, as escolhas das primárias e as

vicissitudes da campanha facilitaram

a vida aos liberais. Nenhum exemplo é

melhor do que o das corridas do Mis-

souri e do Indiana. No primeiro caso,

a democrata Claire McCaskill inverteu

a sua fortuna contra o desafi ador To-

dd Akin, que não conseguiu recupe-

rar dos seus polémicos comentários

sobre “violações verdadeiras”. No se-

gundo caso, Richard Mourdock, que

eliminara o veterano (e moderado)

Richard Lugar com o apoio do Tea

Party, perdeu um lugar tradicional-

mente republicano também por de-

fender que a gravidez resultante de

uma violação é a vontade de Deus.

A história foi diferente na eleição

para a câmara baixa, com os republi-

canos a suster a ofensiva democrata e

garantir um número de congressistas

bastante superior aos 218 que com-

põem a maioria. Os candidatos libe-

rais conseguiram evitar a reeleição de

12 republicanos, mas perderam nove

dos seus antigos lugares, pelo que no

fi nal a próxima bancada conservado-

ra só terá menos um representante

do que a actual.

Statu quo no Congresso após eleição

Rita Siza

Outros vencedores e vencidos das eleiçõesElisabeth Warren

Crítica feroz de Wall Street, Elizabeth Warren, 63 anos, é a primeira

mulher a representar o estado de Massachusetts no Senado americano, que com estas eleições tem um número recorde de mulheres: pelo menos 19. Ao ganhar ao republicano Scott Brown, esta advogada e especialista em falências,

professora na Faculdade de Direito da Universidade de Harvard e antiga conselheira de Barack Obama, agradeceu aos

apoiantes, dizendo que eles tinham dado um sinal de que “queriam um senador que estivesse sempre a lutar pela classe média”. A sua vitória marca um regresso dos democratas no tradicional estado liberal de Massachusetts, liderado mais de quatro décadas por Ted Kennedy, liderança interrompida pela vitória de Scott Brown nas eleições especiais de 2010 em sequência da morte do veterano democrata.

Marijuana Há quem veja a vitória do sim na legalização da marijuana no

Colorado e Washington como a possibilidade de abrir a porta para uma mudança em mais estados americanos. Na terça-feira, a proposta para a posse e venda de marijuana com “fins recreativos” deixar de ser penalizada para maiores de 21 anos e até 28,5 gramas

foi ineditamente aprovada naqueles dois estados americanos com 53% dos votos a favor no Colorado e 55% em Washington

– mas foi chumbada no Oregon. Um dos responsáveis pela campanha no Colorado, Mason Tvert, disse, citado pela Reuters: “O Colorado nunca mais vai ter leis que levem as pessoas a beber álcool e os adultos serão

livres para consumir marijuana em vez disso, se preferirem. Seremos melhores como sociedade por causa disso.” O uso da marijuana para fins medicinais já é autorizado em mais de uma dezena de estados.

GaysAo dar a vitória aos democratas no estado de Wisconsin

Tammy Baldwin, antiga partidária republicana, tornou-se na primeira senadora assumidamente homossexual. Baldwin derrotou assim um forte opositor, o antigo governador do Wisconsin Tommy Thompson,

que desempenhou ainda o cargo de secretário da Saúde e de Serviços Humanos na Administração de George W.

Bush. Formada em Direito, Tammy Baldwin, que num tweet escreveu não se ter candidatado para fazer história, mas para fazer a diferença, declarou no seu discurso de vitória: “Esta noite obtivemos uma grande vitória para a classe média do Wisconsin. A voz do povo foi ouvida esta noite, Wisconsin, e deixem chegar Janeiro que a vossa voz será ouvida no Senado americano. Serei senadora de todo o Wisconsin.” Outra vitória para os defensores dos direitos dos homossexuais foi a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo nos estados do Main e de Maryland. O casamento gay é aceite em outros estados, mas esta foi a primeira vez que foi aprovado por voto. Como notava a Slate, até esta eleição os 32 estados que tinham sujeitado a escrutínio público a decisão de aprovar o casamento gay viram a proposta rejeitada. Daí esta vitória ser inédita.

KennedyApesar dos seus 32 anos, Joseph P. Kennedy III conseguiu uma

vitória que o Boston Globe

avançava como expressiva para o Congresso americano com cerca de 64% contra 34% do

seu adversário republicano Sean Bielat (numa contagem de mais de 40% dos votos). Um dos congressistas

eleitos por Massachusetts, Joseph (sobrinho-neto de JFK) garantiu assim mais uma presença do clã Kennedy na política americana, algo que, aliás, foi usado como crítica na campanha do seu adversário.

Karl RoveKarl Rove foi protagonista do momento televisivo embaraçante da noite

eleitoral. Em directo na Fox News, o comentador político e ex-chefe de gabinete de George W. Bush pôs em causa a informação da cadeia conservadora sobre a vitória de Obama no Ohio (decisiva para a sua reeleição). Os seus comentários sobre as contagens de voto no Ohio que questionavam os dados

avançados pela Fox, dizendo que afirmar vitória era prematuro, tornaram-se piada nos media, com Rove a ser

retratado como um perdedor que quer mudar os factos. À semelhança de outros apoiantes de Mitt Romney que investiram milhões na sua campanha (como o magnata Sheldon Adelson), Rove foi um dos "derrotados" destas eleições.

Todd Akin eRichard Mourdock

As declarações chocantes sobre o aborto e a violação feitas pelos

republicanos candidatos ao Senado Todd Akin e Richard Mourdock durante a campanha eleitoral foram também vetadas pelo eleitorado do Missouri e do Indiana, respectivamente. Akin disse que era contra o aborto, mesmo em caso de

violação e afirmou: “Parece-me, pelo que sei dos médicos, que isso é muito raro. Se for uma

violação legítima, o corpo da mulher tem formas de tentar resolver essa questão.” Mourdock, por seu lado, disse que uma mulher só engravida depois de uma violação “porque Deus quis que isso acontecesse”, pois a gravidez

é sempre resultado da vontade de Deus. Na terça-feira, os dois republicanos perderam assim para os democratas: Mourdock com uma margem mais pequena em relação ao adversário Joe Donnelly – 44,4% contra 49,9%. Já no caso de Akin a diferença em relação à democrata Claire McCaskill foi mais expressiva: 39,2% contra 54,7% (dados do Huffington Post à hora do fecho desta edição).

Pena de morteNão foi nestas eleições que a pena de morte foi abolida na Califórnia

por vontade popular. Com 53% dos eleitores a rejeitarem uma proposta para acabar com a pena capital e a substituir pela prisão perpétua, os resultados contrariaram uma tendência da última década nos Estados Unidos, em que cinco estados a aboliram, de acordo com a Reuters. A agência lembrava que 17 estados e o distrito da Columbia não a permitem. Um dos defensores do "não" ao fim da pena capital, McGregor Scott, disse, citado pelo San Jose Mercury News: “O povo da Califórnia enviou uma mensagem clara de que a pena de morte ainda deve ser aplicada aos que cometem os crimes mais hediondos e inimagináveis.” O jornal lembrava ainda que a medida acabaria com a pena de morte de quase um quarto dos mais de 3100 presos que neste momento aguardam execução no corredor da morte.

Numa altura como esta, não podemos aceitar insignificâncias políticas e querelas partidáriasMitt RomneyCandidato derrotado à presidência dos EUA

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10 | DESTAQUE | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

Avitória de Obama é um sinal de

esperança para o mundo. A sua

reeleição signifi ca que, apesar

das difi culdades e dos sérios

problemas com que a América se

confronta, a sociedade americana

continua aberta a valores de tolerância e

de solidariedade, o que constitui uma boa

mensagem na conjuntura actual.

O mundo está no meio de um complexo

e perigoso processo de reajustamento

económico e do sistema político mundial,

desde que a crise fi nanceira e económica

abalou os alicerces da ordem internacional

das últimas décadas. Provavelmente, só os

EUA e a sua democracia poderão garantir

que este processo evolua e se desenvolva

em paz e sem uma confrontação global.

Nessa perspectiva, a reeleição de Obama,

nas circunstâncias adversas em que

ocorreu, foi um acontecimento importante.

Mitt Romney é um político moderado e

competente, qualidades que demonstrou

enquanto governador de Massachussets. Mas

muitas das ambiguidades das suas propostas

e da sua campanha, designadamente em

matéria de política externa, resultam do

necessário compromisso, com uma agenda

social e política dominada pelos instintos do

sector mais radical do Partido Republicano.

A recusa pela maioria do povo americano

dessa agenda, mais ideológica e mais

“agressiva” para lidar com os problemas

da América e do mundo, é a outra face da

vitória de Obama que deve ser registada.

A vitória de ontem foi a confi rmação

do seu talento político e do extraordinário

esforço que fez nos últimos quatro anos,

para reanimar uma economia com

gravíssimos desequilíbrios estruturais e para

reabilitar a imagem e o poder da América em

crise, num mundo em crise.

No plano internacional, os EUA

continuam a ser, não nos iludamos

com as suas fragilidades, a primeira

potência mundial. Têm por isso uma

responsabilidade indelegável na liderança

do sistema internacional e na redefi nição

dos seus equilíbrios. Não uma liderança

solitária ou unilateral, inaceitáveis nas

actuais circunstâncias, mas uma liderança

que exige mais cooperação, mais acção

política e diplomática, mais concertação

multilateral, o tipo de liderança que Obama

pode continuar a promover. Os sinais da

candidatura de Romney foram, apesar do

candidato, no sentido contrário. A guerra,

nas circunstâncias actuais, como se viu pelo

resultado das aventuras militares no Iraque

e no Afeganistão, não é uma solução para os

problemas da América e do mundo. O que

não signifi ca que a “guerra” não seja uma

referência essencial na gestão das crises e

tensões geopolíticas, com que os Estados

Unidos terão que continuar a lidar nos

tempos mais próximos. Obama soube fazê-

lo com inegável sucesso nos últimos quatro

anos, o que esteve também em avaliação

nestas eleições.

Esperemos para ver, agora que não tem

o espectro da reeleição, como vai gerir a

retirada do Afeganistão e as crises no Médio

Oriente, as relações com o Irão e no mar da

China, situações de enorme risco para a paz

no mundo.

Mas a América não poderá reafi rmar essa

imagem de liderança sem resolver os graves

problemas internos que tem no sistema

fi nanceiro, na economia e no sistema

social, o que exige uma particular atenção

à disfunção do seu sistema político, que se

agravou nos últimos anos.

A radicalização da maioria do Congresso,

que continuará nas mãos do Partido

Republicano, revelou-se um dos problemas

mais difíceis para Obama no anterior

mandato e perante o qual revelou uma

inesperada inabilidade. Foi em parte

responsável pela baixa, impensável, do

rating dos Estados Unidos e paralisou em

parte a acção governativa. Como é que o

Presidente reeleito vai gerir esta situação

no momento imediato, face aos riscos que

a economia americana conhece, é uma

incógnita que o Presidente terá de desfazer

rapidamente, se for capaz...

Os EUA precisam urgentemente de um

novo compromisso, no domínio fi scal e

orçamental, que permita lidar, de uma

forma credível, com uma dívida e um défi ce

percebidos como insustentáveis a prazo,

apesar do “exorbitante privilégio” do dólar.

O confronto ideológico, neste domínio,

entre os dois candidatos deixa antever um

compromisso difícil. Sem esse compromisso

a economia americana entraria,

automaticamente, em recessão e arrastaria na

sua queda, ainda mais, a economia mundial.

A partir daí tudo seria possível.

Um sinal de esperança

OpiniãoLuís Amado

ELEIÇÕES NOS EUA

Num ano deprimente para os

europeus e os portugueses, eis

fi nalmente uma boa notícia. A vitória

de Obama era tão importante para

os 300 milhões de americanos como

para as quase sete mil milhões de

pessoas que não votam nos EUA, mas que

são afectadas pelas políticas americanas.

Comecemos pela crise gravíssima que

põe em perigo o projecto europeu e lança

no desespero tanto dos seus cidadãos. A

vitória do Obama permitirá a continuação da

política de recuperação económica. Os EUA

estão a sair da pior recessão desde os anos

30, o país está a crescer e a criar emprego,

num equilíbrio entre estímulos à economia,

com ênfase na inovação, e rigor, onde ele

é necessário – e, talvez mais importante,

reforçando a protecção social e o orgulho nos

seus emigrantes e na sua diversidade. Por

isso, a esmagadora maioria dos hispânicos

votou Obama. A economia americana e a

europeia são as mais interligadas do mundo;

a continuação da recuperação americana

torna mais possível a inversão do ciclo

na Europa – assim os líderes europeus o

queiram.

Na política internacional, o “momento

Obama” poderá transformar-se na “era

Obama” – uma era de multilateralismo efi caz,

porque inclusivo. Toni Morrison disse que

Obama tinha a maior das qualidades – a

sabedoria. Nada era mais importante que a

vitória da razão depois da insensatez trágica

dos anos Bush – e o primeiro mandato

mostrou que a grande escritora afro-

americana tinha razão.

A primeira e mais importante

característica dessa sabedoria é aceitar o

declínio relativo dos EUA, fruto da saída da

pobreza de grande parte da população da

China, da Índia e do Brasil. Reeleito, Obama

poderá continuar a construção de um

multilateralismo inclusivo, de que o G20 é

um exemplo, como o foi a cimeira nuclear de

Washington. Obama aceita a impossibilidade

da supremacia hegemónica norte-americana,

e a aliança com as democracias europeias,

por muito importante que seja, não é

sufi ciente para resolver as grandes questões

globais – do desenvolvimento às mudanças

climáticas e à escassez da água, entre outras.

A segunda dimensão é a recusa da guerra

como meio para a resolução dos problemas

de segurança do mundo, nomeadamente na

luta contra o terrorismo. Como reconheceu

na sua Estratégia Nacional de Segurança

de 2010, o terrorismo combate-se com

intelligence e acções especiais, como o

provou a descoberta de Bin Laden, e não

com exércitos e ocupações de tipo colonial.

Reeleito, Obama poderá rever parte da

herança Bush que abraçou, quando alargou

a guerra dos drones ao Paquistão, no que é o

maior erro da sua Administração.

A terceira é ter feito da criação de pontos

de contacto com o mundo islâmico um

objectivo central da sua política. Em Ancara,

em Jacarta e no Cairo, Obama repetiu

sempre: “A América não está em guerra com

o Islão.” A recusa da incompatibilidade entre

o islão e a democracia foi (é) um factor que

facilitou a vaga democrática árabe – pois,

como disse no Cairo, todos partilhamos

uma humanidade comum e “aspiramos à

liberdade de expressão e a decidir a forma

como somos governados”. Obama poderá

continuar a sua política de respeito pelos

resultados eleitorais,

como fez no Egipto.

Restam ainda

promessas essenciais

por cumprir. Desde

logo, proteger os

sírios, depois a

resolução da questão

palestiniana – e,

aqui, o fracasso foi

evidente. Exige-

se determinação

na questão dos

colonatos na

Cisjordânia, fazendo

jus às suas palavras:

“Se o direito de Israel

a existir não pode

ser negado, o mesmo

se aplica à Palestina.” É preciso convencer

Israel que chegou o tempo da paz e que

aventuras militares contra o Irão terão a

oposição séria dos EUA. Finalmente, terá que

fechar Guantánamo, usando, se necessário e

possível, os poderes presidenciais.

A América reelegeu o Presidente que os

europeus pediam. Estará a UE à altura de

mais uma oportunidade histórica?

Ganhámos!

OpiniãoÁlvaro Vasconcelos

A América reelegeu quem os europeus pediam. Estará a UE à altura de mais uma ocasião histórica?

Ex-ministro dos Negócios Estrangeiros

Ex-director do EUISS (European Union Institut for Security Studies) e coordenador da direcção do Global Group10

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PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | 11

No melting pot que é a América,

Barack Obama preparou com

cuidado a receita para a vi-

tória: cortejou as mulheres,

voltou a pedir o entusiasmo

dos jovens e encontrou o dis-

curso certo para as minorias. Fatias

da população essenciais para a reelei-

ção, sobretudo porque o Presidente

sabia que não tinha consigo o elei-

torado masculino branco. Mas, da

análise demográfi ca, o que sobressai

é sobretudo o esmagador apoio dos

hispânicos, a comunidade em mais

rápido crescimento nos EUA e cujo

voto é cada vez mais decisivo.

Os números ainda não são defi ni-

tivos, mas entre 65 e 70 por cento

dos eleitores com raízes latino-ame-

ricanas preferiram Obama a Romney,

que esteve pior junto daquela comu-

nidade do que os dois antecessores

(George W. Bush e John McCain). Um

resultado explicado pela forma como

o candidato se encostou à direita nos

temas da imigração, chegando a pro-

por que os ilegais deveriam sair do

país — “autodeportar-se”, foi a sua

expressão — e só depois pedir a na-

cionalidade americana. Obama fez

precisamente o oposto, ao admitir

que o “maior fracasso” do seu primei-

ro mandato tinha sido não cumprir

a promessa que fi zeram em 2008 de

reformar as leis de imigração e pro-

metendo para breve uma iniciativa

que repare essa falta.

A recompensa chegou ontem:

não só os hispânicos foram em nú-

mero-recorde às urnas para votar em

Obama, como foram decisivos nos

estados em que se jogou a eleição.

Na Florida, onde um em cada cinco

eleitores nasceu ou tem origem na

América Latina, Obama terá batido

Romney por 21 pontos, uma diferen-

ça enorme num estado onde as vitó-

rias se jogam ao milímetro.

“Os republicanos têm um enor-

me problema hispânico”, escreveu o

Washington Post, sublinhando que o

partido não pode continuar a hostili-

zar aquela que é já a segunda maior

comunidade do país (24 milhões de

potenciais eleitores) com a sua re-

tórica anti-imigração. Um problema

que urge resolver, tanto mais que o

Hispânicos foram decisivos e votaram em número-recorde

rápido crescimento da população

hispânica, sobretudo no Sul do país

(tradicionalmente conservador) faz

prever que estados que os republi-

canos agora dão como garantidos

podem tornar-se campos de batalha

nas próximas presidenciais — caso

do Arizona, estado que tentou cri-

minalizar a imigração ilegal.

“O nosso partido tem de perceber

que tem sido demasiado velho, dema-

siado branco, demasiado masculino

e que precisa de acompanhar as mu-

danças demográfi cas do país antes

que seja tarde de mais”, disse ao site

Politico o antigo líder republicano Al

Cardenas, aludindo aos três pilares

que têm sustentado o voto republi-

cano nas últimas décadas.

Um paradigma mantido nestas elei-

ções — Romney foi o preferido dos

cidadãos seniores e de quase dois ter-

ços dos homens brancos —, mas que,

ao contrário do que previam os estra-

tegos republicanos, foi insufi ciente

para garantir a vitória nos estados de-

cisivos. No Ohio, estado sem o qual

nenhum dos últimos Presidentes foi

eleito, Obama conseguiu evitar uma

razia no voto dos operários brancos,

colhendo os frutos do seu polémico

plano de ajuda à indústria automóvel.

A votação de terça-feira confi rmou

também algumas certezas — 55% das

mulheres apoiaram Obama, muito

por culpa das cedências de Romney

aos mais radicais opositores do abor-

to; e a população negra votou esma-

gadoramente no primeiro Presidente

afro-americano.

Mas houve também surpresas. As

sondagens indicavam que os jovens

estavam menos entusiasmados com

estas eleições, o que deixaria a cam-

panha democrata em maus lençóis.

Na realidade, os eleitores com menos

de 30 anos foram mais às urnas do

que em 2008, sobretudo para apoiar

Obama, que se mantém como o Pre-

sidente mais popular entre os jovens

em três décadas.

Ana Fonseca Pereira

Os hispânicos são a segunda maior comunidade dos EUA e representam 24 milhões de potenciais eleitores

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12 | DESTAQUE | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

ELEIÇÕES NOS EUA

A eleição de Barack Obama

provou que, por mais

carisma que o Presidente

tenha, não há no Partido

Democrata um homem

como Bill Clinton. Já

ganhou aura histórica (como Ted

Kennedy tinha, por outros motivos).

E é por natureza um agregador e um

sedutor de plateias.

Obama deve-lhe um bocado des-

ta vitória. Um bom bocado, porque

Clinton foi o melhor advogado de

defesa que teve. Uma análise publi-

cada no USA Today quando Clinton

foi à Convenção Democrata defen-

der Obama resume que o ex-Presi-

dente pôde fazer o que o outro não

podia: ser agressivo e até negativo,

atirando culpas à oposição pelo de-

sastre económico e fi nanceiro do

país, e dando às suas palavras um

toque irresistível de nostalgia pelos

tempos da América abastada (os

seus tempos, depois de dois man-

dados, Clinton deixou a economia

com superavit). ”Um mestre da po-

lítica” (chamou-se o USA Today) que

conseguiu transportar Obama para

esse sonho nostálgico e futurista — o

que foi, poderá voltar a ser.

“Nenhum Presidente — nem eu

nem outro antes de mim —, ninguém

conseguiria reparar em apenas

quatro anos todos os danos que

ele encontrou, uma economia

em ruínas”, disse Clinton.

Os analistas disseram que

foi ele quem defi niu os ter-

mos da campanha que se

seguiu, dura, polariza-

da, directa ao alvo:

Romney, tornando-o

uma fi gura imprópria

para ser alternativa.

No fi nal da interven-

ção, Obama entrou

no palco e mostrou-se

humilde e admirador,

reconhecendo quem

era ali a estrela — o

“enviado do passa-

do que lhe ia as-

segurar o futuro”

(Slate).

Os ajudantes da vitóriaForam os mais mediáticos, mas também os de maior impacte no percurso eleitoral e pessoal do Presidente. Obama descobriu Clinton, manteve-se fi el a Axelrod, apostou em Michelle e no seu “número dois”

Bill Clinton

Bill Clinton sucedeu a um republicano, George Bush, e encontrou a economia deficitária. No final dos seus dois mandatos, os Estados Unidos da América tinham um superavit. “É a economia, estúpido”, foi um dos seus motes contra Bush

Esqueceu-se do nome do

Presidente, trocou o nome

de um governador (de Tim

passou a Tom), mandou

levantar um homem em

cadeira de rodas, cometeu

gafes atrás de gafes. Podem atribuir-se

a distracção ou a cansaço. Joe Biden,

o vice-presidente dos EUA, foi um dos

elementos mais activos da campanha

Obama, assistindo a 120 comícios

este ano, e saltando de estado para

estado. Só nas duas semanas que

antecederam a votação esteve em

oito estados. Na terça-feira, dia das

eleições, viajou mais uma vez para o

Ohio, um estado crucial — o anúncio

dos resultados aqui determinou

que a vitória de Obama seria certa

—, pedindo aos eleitores para irem

votar, para fi carem na fi la, pois não

se desperdiçaria um único voto.

Biden, que faz 70 anos nos próxi-

mos dias, é descrito pelos que lhe

são próximos como uma criatura

enérgica que, quando se compro-

mete, é imparável. Está há 40 anos

na política e a experiência — de cam-

panhas, de debates, de falar para um

eleitorado específi co, por exemplo as

mulheres, e, logo a seguir, para outro

grupo, por exemplo os indecisos —

produziu resultados.

Manteve um discurso coerente em

relação ao “chefe”: “Não houve um

único momento nos últimos quatro

anos em que não sentisse orgulho de

ser o seu vice-presidente”. Manteve

agressividade — nos debates com o

candidato a vice-presidente republi-

cano, Paul Ryan, ganhou.

Foi uma mais-valia como enviado

de Obama pelo país e garantiu o seu

futuro imediato.

Joe Biden

Conceda-se que há algum

sexismo na defi nição. Mas

é válida para explicar a

contribuição, diferente, das

mulheres dos candidatos

à Presidência dos EUA.

De acordo com um analista da

CNN, a mulher de Mitt Romney

fez, em nome do marido, “política

de veludo”. Michelle Obama, por

oposição, fez política.

Michelle partiu para a reeleição do

marido com um ponto a seu favor:

é considerada a fi gura política mais

popular do país. O que fez – e demo-

rou tempo a que a equipa Obama

o percebesse – foi capitalizar o seu

potencial a favor dele, explicando-o

e voltando a explicar aos eleitores de

muitos estados. Viajou, sozinha, em

campanha, repetindo o que diz ser

a essência de Obama. O ponto alto

da participação de Michelle foi a sua

intervenção na Convenção Demo-

crática. A estratégia foi usá-la para

relembrar o que move este Presiden-

te: um homem comprometido em

melhorar a vida dos americanos e

ajudar os que estão em difi culdade,

disse a sua mulher.

Michelle, que se formou em Direito

em Harvard, recebeu a missão difícil

de se concentrar no factor demo-

gráfi co. Coube-lhe cimentar o

apoio (crucial nesta vitória)

das mulheres, dos hispâni-

cos, dos negros, dos gays. A

mulher que há quatro anos

assumiu que aconselhou o

marido a não se candida-

tar, foi agora uma peça

importante também

na captação de fundos

para a campanha. En-

tre Março e Setembro,

proferiu 24 discursos em

comícios e angariações de

fundos em dez estados;

ainda assim, limitou a sua

participação na campanha

a três dias por semana,

para se manter próxima

das fi lhas, Malia (de 14

anos) e Natasha (Sasha,

de 11).

Michelle Obama

A equipa Obama, que demorou a perceber o potencial de Michelle, atribuiu-lhe a tarefa de cimentar o apoio das mulheres, hispânicos, negros e gays

Meio calvo, de sobrancelhas

fartas e megabigode.

O “boneco” de David

Axelrod, o estratego de

Chicago (a cidade de

Obama), é um dos mais

conhecidos da política americana. “Se

Romney ganhar, corto o bigode”.

Axelrod é o cabeça de cartaz da

famosa “equipa de Chicago” que pla-

neou a campanha de Obama para

2004 e voltou agora a dar-lhe a vi-

tória. O estratego e Obama conhe-

ceram-se era o Presidente senador

estadual. Amigo de longa data dos

Clinton, David escolheu um campo e

tornou-se uma peça essencial na Ca-

sa Branca de Obama, mesmo quan-

do esta se encheu de conselheiros,

assessores e especialistas.

Foi Axelrod e o “grupo de Chica-

go” quem ajudou a defi nir a agenda

doméstica do Presidente, do estimu-

lo económico às reforma da saúde,

diz o New York Times. Em Janeiro

de 2011, o grupo abandonou a Ca-

sa Branca e voltou a Chicago para

começar a campanha da reeleição.

Os republicanos, com os cofres da

campanha cheios, iriam atacar a

qualquer momento e queriam estar

preparados. “Sentíamo-nos como os

ingleses, a olhar para o céu à espera

das bombas que não caíam”, disse

ao Washington Post um estratego

que pediu o anonimato. Ganharam

tempo para defi nir uma linha de ac-

ção: o micro-marketing, mensagens

dirigidas a grupos específi cos.

A estratégia resultou. Foram as

mulheres, os negros e os hispânicos

que deram a vitória a Obama nos

estados cruciais e salvaram o bigode

de Axelroad.

David Axelrod

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Page 13: 8 Nov - PÚBLICO

PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | DESTAQUE | 13

Contra as expectativas

iniciais, a reeleição

do Presidente Barack

Obama, dada como certa,

foi difícil e revelou uma

comunidade política

dividida e polarizada, num

contexto de crise económica

prolongada. Nesse quadro, a

prioridade do Presidente vai

continuar a ser a política interna,

tanto no sentido de controlar a

dívida externa e o Orçamento

do Estados Unidos, como para

consolidar o seu programa de

reformas sociais, que pode limitar

os problemas de exclusão e

assegurar as melhores condições

possíveis na transição para a nova

“sociedade da informação”.

A política interna justifi ca

a declaração confi ante do

Presidente no momento da

vitória: “O melhor está para vir.”

Mas, na política externa, o pior

pode estar para vir.

A estratégia internacional dos

Estados Unidos não vai mudar. As

circunstâncias, internas e externas,

que determinaram uma estratégia

de retraimento – retrenchment, no

original –, não mudaram e parecem

ser reconhecidas por todos como

imperativas. A continuidade da

preponderância norte-americana

reclama uma maior contenção

nas intervenções externas, uma

relação mais forte com os aliados

tradicionais e a procura de novas

parcerias. Porém, essas condições

não estão todas adquiridas

e requerem uma diplomacia

presidencial mais exigente e

qualifi cada.

A Síria, o Afeganistão e o Irão

são questões abertas e com data

marcada. Os Estados Unidos não

querem intervir na guerra civil na

Síria e vão retirar do Afeganistão,

sem que estejam, neste momento,

asseguradas as condições de

sobrevivência do regime instalado

pelos aliados ocidentais. Porém,

no caso do Irão, a intervenção

norte-americana é indispensável e

urgente para o regime teocrático

não passar a ter armas nucleares

durante o segundo mandato de

Barack Obama e para impedir uma

cadeia de proliferação regional.

A China também tem data

marcada. Em Taiwan, ou nas

ilhas dos mares adjacentes, a

probabilidade de uma crise é cada

vez maior e, ao mesmo tempo, a

instalação no poder de Xi Jiping

e da “quinta geração” comunista

cria, nos próximos meses, uma

oportunidade rara para defi nir um

quadro de estabilidade estratégica

nas relações entre os Estados

Unidos e a China, indispensável

para garantir a inserção

construtiva da nova (velha)

potência asiática no sistema

internacional.

Paralelamente, o Presidente

Barack Obama reconheceu a

erosão do sistema multilateral

internacional herdado da Guerra

Fria, mas não conseguiu nem criar

novas instituições, nem avançar

na reforma das existentes, que não

pode ser indefi nidamente adiada

sem prejudicar a integração das

potências emergentes na ordem

internacional edifi cada pelos

Estados Unidos. O Conselho de

Segurança das Nações Unidas,

bem como o Fundo Monetário

Internacional devem adaptar-se

aos novos tempos, e a criação de

novas áreas de comércio livre no

Pacífi co e no Atlântico está, ou

deve passar a estar, na ordem do

dia da diplomacia dos EUA.

A Europa Ocidental, o Japão,

o Brasil ou o México foram

ignorados na campanha, mas

não o podem continuar a ser na

política externa norte-americana.

A estratégia de retraimento tem

como corolário uma transferência

de responsabilidades de

segurança para os aliados

tradicionais. A Índia e a Indonésia

foram igualmente esquecidas, mas

são novos parceiros necessários

para restaurar a balança do poder

na Ásia.

Os Estados Unidos não entraram

numa fase de declínio irreversível:

a estratégia de retraimento pode

ter sucesso e consolidar a sua

posição internacional. Mas esse

sucesso exige que o Presidente

Barack Obama revele no

segundo mandato novos talentos

diplomáticos e um empenho

acrescido na política externa.

Mais quatro anos

OpiniãoCarlos Gaspar

Ao longo do dia das eleições

norte-americanas muitas

foram as queixas de pes-

soas que garantem ter pas-

sado bastante tempo em

fi las para poderem votar.

Algumas pessoas queixaram-se de

chegar a esperar quatro horas.

A espera deve-se ao facto de cada

eleitor não votar apenas em quem

prefere para ser o próximo Presi-

dente dos EUA. Há outras questões

a serem votadas, a nível de cada es-

tado (por exemplo, os estados do

Longas filas de espera e cidadãos impedidos de votar denunciam falhas no sistema de votação

Maine e do Maryland aprovaram

ontem o casamento homossexu-

al). Isto signifi ca mais boletins de

voto, mais tempo, mais aparato e,

viu-se ontem, mais e maiores fi las

de espera.

O próprio sistema de votação

electrónica também apresentou fa-

lhas. Chegaram vídeos amadores ao

YouTube, amplamente difundidos

pelas televisões norte-americanas,

de situações em que um eleitor car-

regava no ecrã para votar em Barack

Obama e a máquina seleccionava

Mitt Romney.

Outro factor que terá contribuído

para as longas fi las de espera é o fac-

to de as eleições norte-americanas

serem à terça-feira, e não ao domin-

go, como é hábito noutros países.

Isto leva a que muitas pessoas se

desloquem para as assembleias de

voto até antes de estas abrirem, ge-

ralmente às 07h00, para poderem

votar a tempo de conseguirem che-

gar a horas ao trabalho.

No discurso de vitória, o Presiden-

te norte-americano, Barack Obama,

não esqueceu esta questão. “Quero

agradecer a todos (...) aqueles que

esperaram em fi las durante muito

tempo [para votar]... Já agora, temos

de resolver isso”, disse. A democra-

cia norte-americana agradece.

João Dias

4,5O custo estimado da eleição ronda os 4,5 mil milhões de euros, de acordo com o Centre for Responsive Politics

400 O slogan “Four more years” (mais quatro anos) de Obama deu origem a 400 mil tweets na sua primeira hora de “vida”

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Page 16: 8 Nov - PÚBLICO

16 | PORTUGAL | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

NUNO FERREIRA SANTOS

Passos Coelho já não conta com o PS para avançar com a “refundação”

O primeiro-ministro, Pedro Passos

Coelho, deu ontem como adquirido

que a sua proposta de “refundação”

do memorando e reforma das fun-

ções do Estado avançará sem o PS.

À saída da cerimónia de abertura do

ano lectivo da Academia Militar, on-

de se deslocou a três dias de se rea-

lizar em Lisboa uma manifestação

de militares, o líder do Governo la-

mentou a recusa do secretário-geral

do PS, mas garantiu que a intenção

de mexer na estrutura do Estado não

é para abandonar. “Se o PS não está

disponível para se comprometer com

esse exercício, e esse exercício tem

de ser feito, o Governo não deixará

de assumir as suas responsabilida-

des e não deixará, até Fevereiro, de

discriminar essas medidas”, disse na

Amadora.

Passos Coelho explicou também

por que não apresentou medidas

concretas na reunião que teve na

passada segunda-feira com Antó-

nio José Seguro. A conversa com o

líder socialista limitou-se a abordar a

premência de avançar com um corte

permanente de quatro mil milhões

de euros na despesa, porque a sua

intenção era lançar um debate “que

não esteja limitado por decisões pre-

concebidas do Governo”. E garantiu

não existir, até ao momento, o “com-

promisso de fazer cortes específi cos

em determinadas áreas”.

O primeiro-ministro justifi cou a

intenção de avançar mesmo sem o

apoio do PS com o compromisso as-

sumido com a troika de fazer esse

corte durante a sétima avaliação, que

deverá acontecer em Fevereiro de

2013. Isto apesar de reconhecer que

seria preferível que “estas medidas

fossem entendidas por todos os por-

tugueses como medidas que fossem

duráveis, permanentes, e que não

dependessem de um Governo em

particular”.

Mas os deputados que sustentam

o Governo parecem mais optimistas.

A maioria PSD/CDS considera que o

entendimento com o PS sobre a re-

forma do Estado e o corte estrutural

na despesa pública é difícil, embora

ainda não dê o caso como perdido,

apurou o PÚBLICO. No Parlamento,

falhou ontem entre as duas partes o

Na conferência de líderes, a pre-

sidente da Assembleia da Repúbli-

ca, Assunção Esteves, recusou dar

o seu aval à proposta do PSD/CDS

para um conjunto de conferências

sobre o tema por falta de consenso

com o PS. A maioria, por seu turno,

rejeitou uma proposta do PS que

pretendia realizar “relatórios ana-

líticos” através de protocolos com

universidades, seguidas de confe-

rências a realizar em Abril e Maio.

Só em Junho os resultados de todos

os estudos estariam disponíveis para

as bancadas poderem avançar com

iniciativas legislativas. O calendário é

incompatível com o do Governo, que

tem de apresentar até Fevereiro de

2013 (e iniciando o trabalho a partir

da próxima avaliação regular da troi-

ka, que começa na segunda-feira) as

medidas a tomar para cortar quatro

mil milhões de euros na despesa do

Estado. Essa data foi ontem reafi r-

mada pelo primeiro-ministro, Passos

Coelho, quando questionado pelos

jornalistas sobre o desafi o lançado

ao PS. “Não é um debate para fazer

até ao Verão do próximo ano”, disse

Passos Coelho, numa clara referência

à proposta socialista.

O consenso aparentemente difícil

entre os calendários e o método pa-

ra o debate será tentado na próxima

conferência de líderes marcada para

dia 21. À saída da reunião de ontem, o

líder parlamentar do PS, Carlos Zor-

rinho, acusou a maioria de querer

fazer um “debate-relâmpago pro-

vavelmente com os dados do FMI”.

Nuno Magalhães, líder da bancada

do CDS, rejeitou a ideia, dizendo

que não se pretende um processo-

relâmpago, mas também que não

seja “um processo ao retardador”.

O consenso não foi possível, apesar

de as bancadas mais à esquerda con-

cordarem com a discussão sobre as

funções do Estado.

Luís Fazenda, do BE, referiu que

os bloquistas não se furtam ao deba-

te, mas lembrou que o PS “pretende

fazer um debate sobre o sistema po-

lítico”. Fazenda referia-se a um dos

pontos da proposta socialista que

propõe a reforma da lei eleitoral.

Pelo PCP, Bernardino Soares acu-

sou o PS de “querer adiar a posição

sobre o Estado para daqui a alguns

meses”, sublinhando que os comu-

nistas estão desde já contra qual-

quer corte nas funções sociais do

Estado.

Passos garantiu que o Governo não deixará de assumir as suas responsabilidades na reforma do Estado

PSD e CDS não querem ainda desistir de envolver os socialistas no corte estrutural de despesa do Estado, mas falhou o consenso no Parlamento sobre o modelo e o calendário para um debate sobre o assunto

Reforma do EstadoNuno Sá Lourenço e Sofia Rodrigues

Concessão da ANA

Não haverá medidas adicionais

Passos Coelho garantiu ontem que não serão necessárias medidas adicionais de contenção

de despesa no caso de vir a ser recusada pela Eurostat a contabilização da concessão da ANA para controlar o défice. Referindo-se às contas de 2012, o primeiro-ministro assegurou que essa era uma questão que “está fechada do ponto de vista da troika e do Governo”.

“Se existir algum pronunciamento ulterior do Eurostat que obrigue a rever o valor do défice para este ano, coisa que espero que não aconteça, mas sobre a qual não tenho que me pronunciar”, essa será uma “questão que se verá na altura própria, mas que não terá efeitos retroactivos. Não vale a pena discutir novas medidas para 2012 que não se colocam”, disse.

O líder social-democrata adiantou também que estavam a ser ponderadas medidas adicionais apenas para 2013, o chamado plano B do Governo, que poderão atingir os 830 milhões de euros, na eventualidade da execução orçamental não correr de acordo com o previsto pelo Governo. E acrescentou depois, para sustentar a sua expectativa de que o Eurostat não chumbe a medida, que a troika tinha sido convencida pelo Governo. “A troika aceitou que o contrato pudesse ser contratualizado até um valor próximo de mil milhões de euros, que abate ao défice deste ano, não do próximo”.

O Governo inclui nas contas de 2012 as receitas provenientes da concessão da ANA a privados por forma a atingir um défice de 5%.

consenso sobre o modelo de debate

em torno da reforma do Estado. No

âmbito do Orçamento do Estado,

PSD e CDS deverão ter até ao fi nal

da semana propostas para cortar na

despesa.

A maioria e o Governo têm manti-

do prudência nas declarações públi-

cas sobre a resposta do líder do PS

ao convite para colaborar no corte

estrutural da despesa de quatro mil

milhões de euros. As reservas são jus-

tifi cadas com o argumento de que é

preciso dar espaço aos socialistas.

A maioria ainda não quer dar sinais

de desistir de pedir a participação

do PS, embora os sociais-democratas

já vejam uma resposta positiva como

muito difícil e já só tenham esperan-

ças de conseguir algum contributo na

concertação social.

Na maioria há quem lembre, por

outro lado, que fi guras socialistas co-

mo Francisco Assis ou António Costa

não recusaram a ideia de lançar uma

reforma estrutural no Estado, apesar

das críticas à forma de actuação do

Governo.

O entendimento entre maioria

PSD/CDS e PS falhou, para já, no âm-

bito parlamentar, quanto à forma e

calendário para fazer um debate em

torno da reforma do Estado.

Page 17: 8 Nov - PÚBLICO

PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | PORTUGAL | 17

Líder do PCP diz que “não irá chamar nomes” a Angela Merkel

O PCP olha para uma mesma solução

por duas janelas diferentes. “Este Go-

verno tem que ser derrotado e subs-

tituído.” Como, se foi eleito demo-

craticamente e tem maioria no Par-

lamento? Através de manifestações

na rua (por isso Jerónimo de Sousa

apela aos portugueses “que lutem”)

e da “capacidade constitucional” do

Presidente da República de demitir o

Governo e convocar eleições.

O quadro foi ontem desenhado

pelo secretário-geral do PCP em en-

trevista à RTP. Porém, questionado

sobre que partidos veria num próxi-

mo Governo, Jerónimo retraiu-se e

nem o seu próprio partido nomeou,

apesar do desafi o nas entrelinhas dei-

xado pelo jornalista Vítor Gonçalves.

E foi nas entrelinhas que respondeu,

com uma referência enigmática so-

bre o quão difícil é “arranjar, assim,

uma solução ali ao virar da esquina”.

Para acrescentar: “Isso é muito difí-

cil, mas olhe que o mundo move-se”

— entendível como uma alusão a um

Governo de esquerda de predomi-

nância comunista. O líder do PCP

preferiu manter o seu discurso mais

abrangente do “Governo patriótico e

de esquerda”. Se houvesse eleições

e o PS ganhasse, o PCP só aceitaria

participar no executivo sob a “con-

dição fundamental” de os socialistas

romperem com o memorando.

PCP apela à luta e espera que Cavaco demita Governo

Sobre a tão falada refundação do

Estado, o secretário-geral comunis-

ta não conta receber uma carta do

primeiro-ministro a convidá-lo para

a discussão, até porque Passos Co-

elho “conhece bem as posições do

PCP”, mas também não especifi ca

se o actual modelo pode ou não ser

mexido. Tal como também não se

compromete na questão do pedido

de fi scalização do Orçamento do Es-

tado, preferindo, por agora, “lutar”

em vez de “queimar etapas”, numa

crítica implícita ao BE.

Jerónimo admitiu que se a vida lhe

“permitir” participará na manifesta-

ção marcada para o dia da visita de

Merkel. “Não para chamar nomes,

mas para afi rmar a nossa soberania”

perante alguém que parece vir “visi-

tar a colónia”. Sobre a crescente con-

testação, admitiu que há comunis-

tas nos protestos específi cos contra

membros do Governo, mas “também

quem votou PSD”.

PartidosMaria Lopes

Jerónimo vai participar na manifestação contra Merkel, e admite que há comunistas nos protestos contra governantes

Breves

Declarações sobre Holocausto

Governo manifestou desagrado ao embaixador de IsraelO Governo português disse ontem o embaixador de Israel, chamado de manhã ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, que as declarações proferidas numa conferência pública “não são adequadas a um representante diplomático, sendo profundamente injustas para os portugueses”, disse fonte oficial à Lusa.O embaixador Ehud Gol participou a 30 de Outubro numa conferência sobre Portugal e o Holocausto, na Fundação Calouste Gulbenkian, onde afirmou que “Portugal ‘tem uma nódoa’ que lhe estará ‘para sempre associada’ por ter posto a bandeira a meia haste quando Hitler morreu”. A chamada de um embaixador ao MNE é uma das medidas diplomáticas, utilizadas com pouca frequência, para assinalar uma posição de desagrado. Mas o episódio não colocou em causa o relacionamento entre países.Antes, no Parlamento, cinco deputados do PS tinham questionado por escrito a presidente da Assembleia da República, defendendo que o MNE solicitasse explicações ou desculpas ao embaixador.

Um conjunto de cidadãos, entre eles

a escritora Alice Vieira, o realizador

António Pedro Vasconcelos e o his-

toriador Rui Bebiano, subscreveram

uma carta aberta dirigida a Angela

Merkel, contestando a sua visita a

Portugal e lamentando que o Go-

verno português, “fraco e débil, a

receba entre fl ores e aplausos”.

Com 109 assinaturas de portugue-

ses e estrangeiros à cabeça, a men-

sagem baseia-se num facto: Angela

Merkel não foi eleita por nenhum

português, ou por nenhum outro

europeu que não o povo alemão. Por

isso, os subscritores não aceitam que

a chanceler alemã venha a Portugal

a 12 de Novembro para interferir nas

decisões do Estado. Ainda para mais

quando a acompanhá-la viaja uma

comitiva de grandes empresários

alemães, que sob o “disfarce de ‘in-

vestimento estrangeiro’”, vêm com-

prar “a preço de saldo” o património

português privatizado.

A carta aberta dirige-se directa-

mente à líder alemã e não ao Gover-

no português porque, escrevem os

subscritores, “há algum tempo” que

este “deixou de obedecer às leis deste

país e à Constituição da República”.

O executivo liderado por Passos Coe-

lho não escapa às críticas dos subscri-

tores, ainda que a carta seja dirigida a

Angela Merkel: “A verdade, senhora

Cidadãos declaram Angela Merkel persona non grata a Portugal

chanceler, é que a maioria da popu-

lação portuguesa desaprova cabal-

mente a forma como este Governo,

sustentado pela troika e por si, está

a destruir o país”, pode ler-se.

A carta deixa ainda uma mensa-

gem de apoio, não só aos povos que,

segundo os subscritores, a austerida-

de promovida pela Alemanha “dei-

xou em ruína”, mas também ao povo

alemão, “que sofre connosco”.

Na carta aponta-se ainda para

a greve geral de dia 14 de Novem-

bro como um momento em que os

subscritores esperam que Portugal

e a Europa mostrem a sua crescente

oposição às políticas de austeridade

promovidas por Angela Merkel.

“Acordamos, senhora Merkel.

Seja mal-vinda a Portugal”, conclui

a carta, que está aberta a subscri-

ção pública através do endereço

http://carachancelermerkel.blogs-

pot.pt/2012/11/carta-aberta-angela-

merkel.html.

Cidadania Félix Ribeiro

“Acordamos, senhora Merkel. Seja mal-vinda a Portugal”, lê-se numa carta aberta à chanceler alemã onde se critica o governo

A chanceler alemã estará em Portugal na segunda-feira

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Page 18: 8 Nov - PÚBLICO

18 | PORTUGAL | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

Os media portugueses, sobretudo as

televisões, não estão sufi cientemente

preparados para o futuro, cada vez

mais digital. Quem o admite são os

responsáveis pela RTP, SIC e TVI, que

ontem participaram na conferência

Media do Futuro 2012, organizada

pelo Expresso e SIC Notícias, e onde

defenderam que é preciso “reinven-

tar” e “refundar” a televisão que se

faz actualmente. Sobretudo por cau-

sa da multiplicidade de plataformas

onde hoje é possível aceder a conte-

údos — do televisor ao computador,

do telefone aos tablets — e para as

quais é preciso produzir de forma

diferente.

Luís Marques, da SIC, defende que

a reinvenção da TV tem sido feita ao

longo dos últimos 20 anos, depois

de ter acabado o monopólio, por

isso é altura de ir mais longe: “Per-

ceber quem me vê e que conteúdos

quer ver”. E, já agora, por que con-

teúdos está disposto a pagar, ajusta

José Alberto Carvalho, director de

Informação da TVI, que diz não co-

nhecer “ninguém com menos de 30

anos disposto a pagar por informa-

ção ou entretenimento [séries, fi lmes

ou grandes eventos] na net”.

O director-geral da RTP, Luís Ma-

rinho, acredita que o paradigma de

como se faz TV mudará nos próxi-

Televisões têm dese reinventar mas não sabem como

mos anos, mas não sabe dizer em

que direcção. A crise, porém, tem

levantado questões importantes co-

mo o modo de produção, que é agora

mais barata, menos técnica e mais

simples. Os desafi os para as televi-

sões nesta era do digital? “Continuar

a gerar audiência [que garante as re-

ceitas] e a gerar interactividade.”

Numa conferência onde não falta-

ram referências à crise — que condi-

ciona fortemente o desenvolvimento

do sector —, Francisco Pinto Balse-

mão apelou novamente ao Gover-

no (já fez por carta em Março, sem

resposta) que legisle, como fi zeram

a Alemanha, Espanha e Bélgica, no

sentido de obrigar empresas como a

Google a pagar às empresas de me-

dia parte da publicidade que angaria

ao usar os seus conteúdos. O patrão

da Impresa anunciou que já fez 14

queixas à Comissão Europeia contra

a Google abuso de posição dominan-

te. Porém, apesar dos reparos que a

comissão terá feito à multinacional,

as negociações ainda se arrastam.

Balsemão anunciou também que a

SIC e a TVI propuseram ao gabine-

te de Miguel Relvas, em Abril, cria-

rem dois canais gratuitos na TDT. A

contrapartida era o Governo, que já

anunciara o fecho da RTP2, manter

a RTP1 sem publicidade.

Comunicação social Maria Lopes

Na conferência sobre o futuro dos media, Balsemão anunciou que apresentou 14 queixas contra a Google por abuso de posição

Responsáveis dos três canais discutiram a televisão do futuro

O jornalista Nuno Ferreira, acusa-

do de tentativa de agressão a um

segurança do ministro-adjunto e

dos Assuntos Parlamentares, Mi-

guel Relvas, num hotel da Horta,

na ilha açoriana do Faial, foi ontem

constituído arguido pelo tribunal.

A informação foi confi rmada à Lusa

pelo advogado de defesa do jorna-

lista, Francisco Abreu de Chaves,

acrescentando que lhe foi aplicada

a medida de coacção mais leve — o

termo de identidade e residência.

À saída do Tribunal da Horta, Fran-

cisco Abreu de Chaves afi rmou que

“o processo está em segredo de jus-

tiça” e recusou prestar declarações

apesar de compreender “a pertinên-

cia das questões” dos jornalistas.

O caso aconteceu na terça-feira du-

rante uma visita de Estado de Miguel

Relvas. Nuno Ferreira, que estava na

Horta para a realização do projecto

Açores a Pé, fi cou instalado no mes-

mo hotel que o ministro. De acordo

com o jornal Expresso, durante o al-

moço de terça-feira, no hotel, Nuno

Ferreira reparou que numa mesa ao

lado estavam deputados do PSD Aço-

res, mas apenas no fi nal da refeição

viu Miguel Relvas. Nessa altura, o

jornalista decidiu questionar o mi-

nistro: “Você não tem vergonha na

cara de andar por aí depois de tudo

o que tem feito?” Uma pergunta à

Jornalista constituído arguido por tentativa de agressão a segurança de Miguel Relvas

qual Miguel Relvas respondeu: “Não

te conheço de lado nenhum.” Nuno

Ferreira terá depois insultado o mi-

nistro até à sua saída da sala.

Durante a tarde, Nuno Ferreira es-

teve à porta da sede do Parlamento

açoriano, onde decorria a cerimó-

nia de tomada de posse do governo

regional, com um cartaz em que se

lia: “Bem-vindo Exº. Srº. Drº. Relvas.

Angola gosta muito do Sr. Doutor”.

Terá também feito comentários inju-

riosos contra os polícias que faziam

segurança ao edifício e que depois

o identifi caram. Quando ao fi m da

tarde regressou ao hotel e se dirigia

ao seu quarto foi abordado pelos se-

guranças de Miguel Relvas.

Questionado pelo PÚBLICO, o

gabinete do ministro remeteu expli-

cações para a esquadra da PSP aço-

riana. O Gabinete de Comunicação e

Relações Públicas da Direcção Nacio-

nal da PSP, informou, em comunica-

do, que o homem “tentou aceder ao

quarto onde se encontrava o senhor

ministro e, ao ser impedido por um

elemento da PSP que se encontrava

em missão de segurança, que se co-

locou à sua frente, reagiu de forma

agressiva e tentou atingir o agente

com o cotovelo, momento em que

foi manietado e consumada a deten-

ção”. Nuno Ferreira negou qualquer

tentativa de agressão e contactado

pelo PÚBLICO disse “não estar auto-

rizado a prestar declarações”.

O antigo jornalista do PÚBLICO e

do Expresso foi levado para a esqua-

dra, onde um polícia lhe disse que

“estava acusado de injúrias ao mi-

nistro”. Nuno Ferreira saiu do local

por volta das 22h30 e regressou ao

quarto de hotel, passando pelo segu-

rança de Miguel Relvas, que, nessa

altura, era outro. com M.L.

Justiça Fabíola Maciel

Nuno Ferreira nega as acusações, mas o tribunal da Horta abriu inquérito e sujeitou-o a termo de identidade e residência

ADRIANO MIRANDA

Nuno Ferreira nega qualquer tentativa de agressão

Bava reage a TDT

O presidente executivo da Portugal Telecom, Zeinal Bava, negou ontem qualquer favorecimento

da PT no processo de implementação da Televisão Digital Terrestre, em Portugal. Na sequência das declarações de Sergio Denicoli sobre a existência de “indícios de corrupção”, Bava garantiu que é preciso “deixar que os tribunais avaliem se houve essa corrupção e do que é que se trata”. No seu blogue, Sergio Denicoli, autor da tese de doutoramento que conclui

que “a ANACOM favoreceu a PT”, descreveu a posição da empresa como uma “tentativa de intimidação” e classificou-a como “um duro golpe no direito à liberdade de expressão”. O académico da Universidade do Minho garantiu não ter recebido qualquer notificação e deixou um alerta: “Se um dia os intelectuais de uma nação tiverem que exercer as suas actividades sob a tutela de grandes grupos económicos, será o fim da democracia”, afirmou. Fabíola Maciel

As autoridades sanitárias da Madei-

ra notifi caram à Direcção-Geral de

Saúde (DGS) a existência de mais de

mil casos de febre de dengue no ar-

quipélago desde 3 de Outubro até 4

de Novembro.

No boletim semanal da situação do

surto, a DGS informa que, de acordo

com o novo sistema de monitoriza-

ção implantado a 29 de Outubro,

de entre os 1148 casos de febre de

dengue notifi cados pela Região Au-

tónoma da Madeira, 517 foram con-

fi rmados laboratorialmente, 631 são

considerados prováveis (apenas com

sintomas, alguns aguardando confi r-

mação laboratorial). Dos 57 hospita-

lizados (dados acumulados), apenas

três estão internados neste momen-

to. Não foram registados óbitos.

Foram também notifi cados até do-

mingo 19 casos de febre de dengue

em cidadãos com história de estadia

recente na ilha da Madeira, sendo oi-

to diagnosticados em Portugal conti-

nental (todos de evolução benigna)

e 11 em cidadãos estrangeiros pelos

serviços de saúde de outros países

(todos com evolução para a cura).

A situação epidemiológica actual

não implica qualquer restrição a via-

gens para aquele destino, reafi rma a

DGS, recomendando aos viajantes a

adopção de medidas de protecção

contra picadas de mosquitos vecto-

res, particularmente a utilização de

repelentes. Além das medidas que

estão a ser implementadas para con-

trolo do surto e para limitar a trans-

missão local e exportação do vector,

a DGS considera necessário prosse-

guir com as medidas de pulverização

das aeronaves à saída do aeroporto

do Funchal, segundo as orientações

estabelecidas pelas organizações in-

ternacionais (IATA), na medida em

que os insecticidas utilizados em es-

paços confi nados são efi cazes.

Segundo revela o comunicado da

Direcção-Geral de Saúde, em Portugal

continental foram dadas instruções

no sentido de reforçar o programa

que visa monitorizar as populações

de mosquitos (Rede de Vigilância de

Vectores – REVIVE). Desde 2008 até

ao momento, não foram identifi ca-

das espécies de mosquitos invasores,

nomeadamente Aedes aegypti nem

Aedes albopictus. Armadilhas para

capturar insectos adultos ou em es-

tados imaturos (ovos, larvas e pupas)

foram colocadas em zonas sensíveis à

sua introdução no continente, desig-

nadamente portos e aeroportos.

Mais de mil casos de dengue num mês

MadeiraTolentino de Nóbrega

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PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | PORTUGAL | 19

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O advogado Ricardo Sá Fernandes

apresentou queixa contra o Estado

português no Tribunal Europeu dos

Direitos do Homem (TEDH) por ter

sido condenado pelo crime de gra-

vação ilícita de uma conversa com

o empresário Domingos Névoa no

âmbito do caso Bragaparques.

Tudo aconteceu em 2005, tendo o

patrão da Bragaparques tido vários

encontros com o irmão do vereador

José Sá Fernandes para oferecer 200

mil euros ao autarca em troca do seu

silêncio sobre a permuta do Parque

Mayer, propriedade do grupo de Bra-

ga, pela Feira Popular, que perten-

cia à Câmara de Lisboa. O vereador

havia declarado que o negócio era

ilegal e tinha tentado desfazê-lo. O

que Domingos Névoa ignorava era

que o advogado andava a gravar as

conversas que tinha com ele. Mas se

a maioria das escutas foram autoriza-

das por um juiz, vindo assim a servir

de prova para condenar Domingos

Névoa por corrupção, o mesmo não

sucedeu com a primeira conversa. O

empresário apresentou então queixa

em tribunal contra Ricardo Sá Fer-

nandes por crime de gravação ilícita.

Perante a primeira instância, que

ilibou o advogado, compareceram

como testemunhas do arguido fi gu-

ras como Cândida Almeida, procu-

radora-geral adjunta, e a directora

do Departamento de Investigação

e Acção Penal, Maria José Morgado.

Só que a Relação veio considerar,

em Abril passado, que os juízes se

haviam enganado na apreciação da

prova e condenou o advogado. Foi

desta decisão do Tribunal da Relação

que o causídico recorreu, primeiro

para o Supremo e depois para o Tri-

bunal Constitucional. “O acórdão

da Relação envergonha a justiça

portuguesa”, considera Ricardo Sá

Fernandes. Numa decisão sumária

datada do fi nal do mês passado, um

juiz do Tribunal Constitucional de-

clarou que a causa não é passível de

apreciação pelos constitucionalistas.

“Ricardo Sá Fernandes está a jogar

com o tempo, para o processo pres-

crever”, acusa o advogado de Domin-

gos Névoa, Artur Marques. Foi tam-

bém a prescrição que fez com que o

empresário de Braga já não tenha,

afi nal, de pagar os 200 mil euros de

multa a que foi condenado por cor-

rupção. Caso o TEDH lhe dê razão, Sá

Fernandes diz que mandará reabrir o

processo em que foi condenado por

gravação ilícita.

Sá Fernandes apresenta queixa contra o Estado

Tribunal europeuAna Henriques

Julgamento do Taguspark arranca em Fevereiro com mais de um ano de atraso

Justiça Mariana Oliveira

Três juízes diferentes consideraram-se incompetentes para julgar o caso. Processo andou a viajar pelo país

O início do julgamento do caso Ta-

guspark está marcado para 14 de Fe-

vereiro do próximo ano no Tribunal

de Oeiras, com mais de um ano de

atraso. O início das audiências este-

ve marcado para Janeiro deste ano

nas Varas Criminais de Lisboa, mas o

facto de os juízes responsáveis pelo

processo se terem declarado incom-

petentes para julgar o caso fez com

que os autos tenham andado a viajar

pelo país. Primeiro até Aveiro, de-

pois de regresso a Lisboa e, por fi m,

até Oeiras. Isso porque, em Agosto,

o Supremo Tribunal de Justiça (STJ)

decidiu que o julgamento devia de-

correr naquele tribunal.

Rui Pedro Soares, João Carlos

Silva e Américo Thomati, ex-admi-

nistradores do parque tecnológico

em Oeiras, estão acusados de cor-

rupção passiva por terem celebrado

um contrato com Luís Figo alegada-

mente em troca do apoio do antigo

futebolista na reeleição de José Só-

crates. Uma entrevista a um diário

económico e um pequeno-almoço

com o líder do PS foram os actos vi-

síveis da intervenção de Figo, refere

a acusação. Estes gestos terão surgi-

do na sequência do desportista ter

subscrito um contrato de represen-

tação de imagem da Taguspark, por

um período de três anos, a troco de

350 mil euros no primeiro ano e de

duas parcelas de 200 mil euros nos

dois seguintes. “Gostaria muito que

o processo já tivesse sido julgado”,

afi rma Carlos Soares, advogado de

Rui Pedro Soares.

A decisão do Supremo pôs fi m a

um problema levantado pela defe-

sa, que levou três juízes diferentes a

declararem-se incompetentes para

julgar o processo. As Varas Criminais

de Lisboa consideraram que a com-

petência era da Comarca do Baixo

Vouga. Mas o juiz de Aveiro conside-

rou-se incompetente, tendo o caso

subido ao STJ. Antes de decidirem

o confl ito, os conselheiros ouviram

o juiz de Oeiras, que também não

se considerou competente. Mesmo

assim, o STJ entendeu que o caso

devia ser julgado em Oeiras.

Rui Pedro Soares é um dos três ex-administradores do Taguspark que estão acusados de corrupção passiva

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20 | PORTUGAL | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

MIGUEL MANSO

Mais verbas para instituições sociais e prioridade aos lares para crianças

Cada utente em lar de crianças passará a custar ao Estado 700 euros por mês

O número de crianças abandonadas,

a existência “de muitas famílias de-

sestruturadas” e a resposta nem

sempre adequada que é dada pelas

instituições de acolhimento que re-

cebem estas crianças é a justifi cação

para que os lares de infância e juven-

tude sejam dos equipamentos sociais

que mais vão ver o fi nanciamento

do Estado reforçado. A explicação é

avançada por Manuel Lemos, o pre-

sidente da União das Misericórdias

Portuguesas, a propósito do proto-

colo de cooperação entre o Ministé-

rio da Segurança Social e o chamado

terceiro sector que é hoje assinado

numa cerimónia com Passos Coelho,

em Lisboa.

Até agora, o Estado transferia para

os lares de infância 475 euros men-

sais por cada criança entregue aos

seus cuidados. O protocolo com a

União das Misericórdias Portugue-

sas, a Confederação Nacional das Ins-

tituições de Solidariedade e a União

das Mutualidades Portuguesa, que

vigorará por dois anos, prevê que,

gradualmente, e até 2014, a Segu-

rança Social passe a comparticipar

com 700 euros por criança — sendo

que alguns centros de acolhimento

temporário (14, no total) passarão já

a receber esse montante.

“Temos instituições sobrelotadas,

um acolhimento que por vezes não

tem a dignidade que deveria... Os la-

res para crianças em risco, tal como

os lares para pessoas com defi ciên-

cia, apresentam difi culdades. Mas

não há dinheiro para tudo, por isso,

para já, optou-se pelas crianças em

risco”, diz Manuel Lemos.

O documento, que rege o essen-

cial daquela que é a relação entre o

Estado e cerca de três mil institui-

ções particulares de solidariedade

social, 400 misericórdias e várias

mutualidades, é resultado de uma

negociação que agradou a Manuel

Lemos. “Num momento em que se

questionam as funções do Estado,

só posso dizer que este é um bom

acordo.” O ministro Mota Soares e o

secretário de Estado, Marco António

Costa, revelaram “sensibilidade” pa-

ra os problemas, continua.

Nas mãos do terceiro sector está

o grosso da rede de lares de idosos,

centros de dia, creches, apoio domi-

ciliário, lares de infância e serviços

de apoio a defi cientes que existe no

país — o sector lucrativo e, ainda me-

nos, o estatal, têm uma quota mui-

to menor. Anualmente, a Seguran-

ça Social e as instituições acordam

qual a comparticipação do Estado

nestes serviços (cabendo o restante

fi nanciamento às famílias, que pa-

gam em função dos rendimentos, e

às próprias instituições). Em 2012, o

aumento de verbas a transferir da Se-

gurança Social foi de 1,3%, chegando

aos 1300 milhões de euros. Em 2013

será, uma vez mais, de 1,3%, confi r-

mou ontem Manuel Lemos – o que

representará cerca de 17 milhões de

euros a mais.

Cuidados continuadosChega? É cedo para dizer, responde

Lemos, que diz que não consegue

calcular se, com a crise que atraves-

sa o país, em “Fevereiro ou Março” as

famílias vão continuar “a conseguir

pagar” a parte que lhes cabe pelos

serviços.

O novo acordo (o último tinha si-

do assinado em Janeiro) contempla

ainda a promessa de que fundos co-

munitários serão mobilizados e abre

a possibilidade da Segurança Social

passar a comparticipar respostas

que até agora não comparticipava —

como cuidados especializados para

crianças prematuras, assim como pa-

ra crianças e jovens que tendo estado

hospitalizados precisem de cuidados

continuados. Ao que o PÚBLICO apu-

rou, a ideia não é criar mais servi-

ços, mas usar os que as instituições

já têm.

Outra das respostas que deverá

também passar a ser comparticipada

é a formação na área das demências

de técnicos e auxiliares de lares de

idosos, centros de dia e apoio domici-

liário. “As misericórdias estão muito

preocupadas com o aumento brutal

das demências.”

Previstas estão, por fi m, medidas

para fazer face aos efeitos da crise

junto de públicos vulneráveis. O Go-

verno tem estado a investir no fi nan-

ciamento de refeições em cantinas

sociais para os mais pobres – tal como

contemplado no Programa de Emer-

gência Social. Agora quer-se simpli-

fi car os mecanismos de distribuição

de géneros alimentares excedentá-

rios, nomeadamente de entidades

privadas, como restaurantes, que

têm criado projectos solidários.

O acordo que Passos Coelho assina hoje prevê que mais 17 milhões de euros sejam entregues ao sector que gere grande parte de lares de idosos e para crianças, creches e centros de dia

Sector solidárioAndreia Sanches

Page 21: 8 Nov - PÚBLICO

PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | PORTUGAL | 21

Sampaio da Nóvoa e Henrique Granadeiro, da UL, ontem em Lisboa

Se a proposta de Orçamento do Es-

tado (OE) para 2013 for aprovada tal

como foi apresentada pelo Governo,

as universidades poderão chegar a

meio do próximo ano sem dinheiro

para pagar salários. Quem o diz é An-

tónio Rendas, presidente do Conse-

lho de Reitores das Universidades

Portuguesas (CRUP), que fala numa

situação “extremamente grave” e su-

blinha que a redução das dotações

do ensino superior em 9,4% vai “li-

mitar a capacidade de intervenção”

das instituições.

Numa conferência de imprensa re-

alizada ontem no Conselho Nacio-

nal de Educação, após a reunião do

CRUP com os presidentes dos Conse-

lhos Gerais das universidades, Antó-

nio Rendas disse que os cortes previs-

tos na proposta de OE terão “efeitos

imprevisíveis e irreversíveis em todo

o sistema universitário” e poderão

inviabilizar o “desenvolvimento de

actividades essenciais” para o fun-

cionamento das universidades.

Em causa poderão estar, por

exemplo, compromissos assumi-

dos com parceiros internacionais

ou parcerias com países lusófonos,

disse Rendas. E sublinhou: “O fi -

nanciamento público das univer-

sidades já foi reduzido em 144 mi-

lhões de euros, entre 2005 e 2012,

podendo este valor atingir os 200

milhões de euros se o OE 2013 vier

Reitores temem não ter dinheiro para salários em 2013

a ser aprovado sem alterações”.

O CRUP foi ontem de manhã ouvi-

do no Parlamento, onde os reitores

reforçaram que os cortes põem em

causa o futuro das universidades e

do país. “Já estamos todos abaixo da

linha de água”, disse o reitor da Uni-

versidade de Coimbra, João Gabriel

Silva, no fi nal da reunião. Citado pela

agência Lusa, o reitor da Universida-

de Técnica de Lisboa, António Cruz

Serra, disse não ter dúvidas de que a

actual proposta de orçamento “não

é exequível”.

Também os representantes dos

institutos politécnicos garantem

não haver condições para funcio-

nar durante todo o ano de 2013 se

o Governo não recuar nos cortes.

Funcionar com menos 9,8% de or-

çamento, que signifi ca menos 25,7

milhões de euros em relação a 2012,

não é possível, garantiu o vice-presi-

dente do Conselho Coordenador dos

Institutos Superiores Politécnicos,

Rui Teixeira. Este orçamento “não é,

de todo, executável”, disse também

ontem, na Comissão Parlamentar de

Educação.

Nos próximos dias, o CRUP vai le-

var a cabo uma série de iniciativas

com o objectivo de alertar para o

“iminente quadro de ruptura na re-

de universitária”. Amanhã, às 12h,

os reitores de todas as universidades

do país farão uma declaração con-

junta. Outras iniciativas se seguirão,

enquanto decorre também o diálogo

com o Governo.

“Vamos tentar negociar com a tute-

la até ao último dia antes da votação

do OE na Assembleia da República”,

disse António Rendas, acrescentan-

do que aguarda a marcação de uma

reunião com o ministro das Finan-

ças, Vítor Gaspar, e com o Presidente

da República. Cavaco Silva.

MIGUEL MANSO

Ensino superior Marisa Soares

CRUP avisa que cortes nos orçamentos das universidades inviabilizam funcionamento das instituições

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Breves

Justiça

Morgado responsável por alerta derapto de menoresMaria José Morgado, directora do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, e uma outra procuradora, Anabela Montez, vão ficar responsáveis pelo sistema de alerta de rapto de menores, que difunde nas horas que se seguem ao sequestro de uma criança informação que pretende ajudar à sua rápida localização e libertação. As procuradoras vão ficar encarregues de elaborar a mensagem de alerta e decidir os respectivos meios de difusão.

Se vive na Área Metropolitana de

Lisboa e tem uma dúvida jurídica

que há muito queria esclarecer, esta

é a sua oportunidade. Mais de 100

advogados vão fazer hoje consultas

gratuitas em 11 concelhos da Grande

Lisboa. Para participar basta apare-

cer num dos gabinetes entre as 10h

e as 17h.

Esta é a 6.ª edição do Dia da Con-

sulta Jurídica Gratuita, organizada

pelo Conselho Distrital de Lisboa

da Ordem dos Advogados (OA). A

iniciativa é aberta a todos os cida-

dãos, nacionais e estrangeiros, in-

dependentemente da sua situação

económica.

“Num contexto de crise social e

económica, que afecta milhares de

portugueses e abala a sociedade, o

Dia da Consulta Jurídica Gratuita

Advogados de Lisboa dão consultas gratuitas durante um dia

traduz-se num apoio efectivo funda-

mental aos cidadãos, especialmente,

aos mais carenciados, respondendo

a questões de carácter jurídico”, su-

blinha a organização.

Os gabinetes vão funcionar em

Almada, Amadora, Benavente, Cas-

cais, Lisboa, Loures, Mafra, Seixal,

Sesimbra, Sintra e Vila Franca de

Xira. Alguns vão estar localizados

em instalações da Ordem e outros

junto de parceiros da iniciativa, co-

mo a Cruz Vermelha Portuguesa, a

Abraço, a Associação Portuguesa de

Apoio à Vítima ou a Amnistia Inter-

nacional. No Conselho Distrital de

Lisboa da OA, na Rua dos Anjos, em

Lisboa, vão funcionar sete gabinetes

que vão estar divididos por ramos

do direito.

A iniciativa, que ocorre desde

2006 (com um interregno o ano

passado), tem contabilizado uma

média de mil consultas jurídicas

por edição.

JustiçaMariana Oliveira

Page 22: 8 Nov - PÚBLICO

22 | PORTUGAL | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

NELSON GARRIDO

A Apifarma alerta para a fuga de laboratórios para outros países

É mais um sector a acusar o Gover-

no de “estar a ir além da troika”. A

Associação Portuguesa da Indústria

Farmacêutica (Apifarma) considera

que os cortes de 333 milhões de eu-

ros na área do medicamento inscri-

tos na proposta de Orçamento do

Estado para 2013 “não têm paralelo”

e “são irrealistas”. E garantiu, por

isso, que não volta a assinar nenhum

protocolo com o Ministério da Saú-

de para redução da despesa pública

com fármacos se a tutela insistir em

valores que só têm comparação com

“alguns países de leste” e que estão

muito abaixo da média europeia.

O ministério pretende reduzir a

despesa com medicamentos, tanto

em meio ambulatório como hospita-

lar, para 1% do Produto Interno Bru-

to (PIB) já em 2013. Para este ano,

a meta situou-se em 1,25%. A tutela

diz que a medida estava inscrita no

memorando de entendimento com

a troika (Fundo Monetário Interna-

cional, Comissão Europeia e Banco

Central Europeu).

Mas o presidente da Apifarma,

num encontro com jornalistas, con-

trapôs ontem que essa percentagem

dizia apenas respeito aos medica-

mentos nas farmácias e não aos que

são utilizados nos hospitais. Há tam-

bém o problema de, com a recessão

económica, o PIB português estar a

encolher. João Almeida Lopes disse

mesmo que a própria Grécia, que

enfrenta um plano de ajuda exter-

na, tem a mesma meta de 1% mas só

para medicamentos nas farmácias e

só em 2014. “O Governo português,

claramente, tomou uma opção: ir

para além da troika”, reiterou.

600 milhões de poupançaPerante este cenário, Almeida Lopes

disse que a Apifarma vai “honrar” o

acordo para este ano, mas não está

disponível para renovar o protocolo

que assinou em Maio e que previa

que, ultrapassados determinados

limites de despesa com medicamen-

tos, seriam os próprios laboratórios

a ressarcir o Estado dos valores re-

manescentes (um mecanismo co-

nhecido como payback).

A indústria farmacêutica tinha

Laboratórios rejeitam metas do Governo e ponderam rasgar acordo sobre medicamentos

responde a um verdadeiro emagre-

cimento mas sim que o excesso está

a ser pago pelos fabricantes.

“Em dois anos, contribuímos

com uma poupança na área do

medicamento de 600 milhões de

euros”, lembrou o presidente da

Apifarma, questionando o porquê

de não haver mais nenhuma área

onde se conheçam poupanças tão

signifi cativas e esta insistência do

Governo numa receita que “causará

uma situação insustentável para os

doentes”.

Laboratórios em fugaSe o orçamento avançar tal como

está, Almeida Lopes prevê a fuga

de mais laboratórios para outros

países. Nas farmácias são cada vez

mais as denúncias de falta de medi-

camentos e, do lado dos hospitais,

chegam relatos de difi culdade em

comprar os medicamentos e dispo-

sitivos necessários com as verbas

disponíveis.

“Claramente que vão desapare-

cer medicamentos do mercado. O

desabastecimento do mercado é

sistemático. Assistimos a uma des-

truição de toda a cadeia de valor do

medicamento que nos pode condu-

zir ao desastre e ao abismo”, avisou

Almeida Lopes, lamentando que, “à

semelhança do IRS”, sejam sempre

os mesmos a pagar a factura.

Sobre as dívidas de dois mil mi-

lhões de euros do Serviço Nacional

de Saúde aos laboratórios, confi r-

mou que os valores até 2011 estão a

ser regularizados, mas lembrou que

há dívida de 2012 que pode vencer.

Questionado sobre se pensam res-

tringir o abastecimento de medica-

mentos, Almeida Lopes criticou esse

mecanismo, mas alertou que vender

apenas contra pagamento é uma so-

lução para muitos fornecedores.

aceite reduzir a despesa pública do

mercado hospitalar em 170 milhões

de euros e noutros 130 milhões em

ambulatório, tendo o Governo ga-

rantido que pagaria 60% do valor

das dívidas até ao fi nal do ano.

“Ninguém se vai comprometer

com números em que não acredi-

ta”, afi rmou o representante da

indústria farmacêutica. Quanto a

este ano, Almeida Lopes escusou-

se a avançar valores concretos, mas

adiantou que os laboratórios já es-

tão a devolver algum dinheiro ao

Estado — o que signifi ca que a des-

pesa com medicamentos não cor-

SaúdeRomana Borja-Santos

Metas do Orçamento do Estado para 2013 vão além do esperado pela indústria. Há medicamentos que vão desaparecer do mercado

Para a Apifarma, o estudo europeu Políticas de contenção de custos na despesa pública com

medicamentos na UE, recém-publicado, prova que o caminho que Portugal está a seguir é “sem paralelo” e só se pode traduzir numa “redução do nível dos cuidados prestados”. Segundo o documento, em 2010 Portugal gastava 243 euros per capita em comparticipações de medicamentos nas farmácias, o que correspondia a 1,2% do PIB, acima da média da UE (1,1%) mas abaixo de países como a Alemanha, Espanha, França, Grécia ou Irlanda. Os últimos dados do Infarmed mostram que Portugal gastou este ano 1328 milhões de euros com fármacos nas farmácias, cerca de 0,78% do PIB. R.B.S.

Corte em Portugal “sem paralelo” na UE

Breves

Justiça

Segurança

Justiça

Juiz mantém Duarte Lima em prisão domiciliária

Crimes violentos em baixa no primeiro semestre do ano

Supremo rejeita novo pedido de libertação de Vale e Azevedo

O ex-deputado Duarte Lima vai manter-se em prisão domiciliária com pulseira electrónica. Segundo a TVI, o juiz Carlos Alexandre manteve a medida de coação por mais três meses. Lima completa dia 18 um ano de detenção, o que significa que terá de ser libertado se, até lá, não for acusado. É suspeito num caso relacionado com uma burla de 40 milhões de euros ao BPN para comprar terrenos em Oeiras.

A criminalidade violenta e grave desceu 9% no primeiro semestre deste ano face ao mesmo período de 2011, tendo as forças de segurança registado menos 1080 casos, revelou ontem o Gabinete Coordenador de Segurança. Os crimes que mais baixaram foram os assaltos a automóveis (menos 3104 casos) e furto em residência. Já os crimes que mais subiram foram os de fogo posto e passagem de moeda falsa.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou ontem um novo pedido de libertação imediata (habeas corpus) de João Vale e Azevedo, retido em Londres desde Julho de 2009 e impossibilitado de se ausentar do Reino Unido. A defesa do antigo presidente do Benfica, condenado em cúmulo jurídicos a 11 anos e meio de prisão, alega que já se esgotaram todos os prazos legais para a sua prisão.

Em Portugal nascem, por ano, cer-

ca de mil bebés prematuros (menos

de 32 semanas) e nos últimos anos

registou-se um aumento entre 20 a

30%, alertou ontem um membro da

Fundação Europeia para os Cuida-

dos do Recém-Nascido.

Não está identifi cada uma causa

principal para a prematuridade es-

tar a aumentar, mas pensa-se que o

crescente número de bebés prema-

turos esteja relacionado com facto-

res como “infecções intra-uterinas”,

“hábitos da vida moderna”, “mães

fumadoras” e “stress”, enumera a

especialista Hercília Guimarães. Em

entrevista à agência Lusa no âmbito

do Dia Mundial da Prematuridade,

que se assinala a 17 deste mês, Her-

cília Guimarães referiu que a prema-

turidade tem registado um aumento

global na ordem dos “20 a 30%”.

Portugal, Grécia, Hungria, Ingla-

terra e País de Gales são países nos

quais se registam aumentos de pre-

maturos acima da média europeia,

identifi cou a ex-presidente da Socie-

dade Portuguesa de Neonatologia

e actual chefe do Departamento de

Pediatria da Faculdade de Medici-

na do Porto. A especialista alerta

o Governo e os hospitais para uma

mudança de paradigma no trata-

mento daquele problema social.

“É preciso fazer perceber aos ser-

viços hospitalares, aos serviços de

saúde, aos ministérios, ao Governo

e a quem tem poder que é preciso

modifi car os hospitais” e fazer com

que estes “tenham condições para

receber o pai, a mãe, a família”.

“Cada vez mais os cuidados devem

ser centrados no desenvolvimento

e na família, com os pais cada vez

mais junto dos fi lhos a cuidar deles

em parceria com os profi ssionais”,

acrescenta.

Assinalar o Dia Mundial da Prema-

turidade é, de certo modo, “chamar

a atenção para um problema que

existe” e que pode ter consequên-

cias muito pesadas para a socieda-

de, “caso não seja feito tudo o que é

necessário para tratar e proteger da

melhor maneira estes bebés”, argu-

menta. O Dia Mundial da Prematuri-

dade vai ser assinalado no Centro de

Congressos da Alfândega do Porto,

numa cerimónia onde estarão, entre

outros, o presidente executivo da

Fundação Europeia para os Cuida-

dos do Recém-Nascido, Silke Mader,

o bispo do Porto, Manuel Clemen-

te, e o pediatra e autarca Luís Filipe

Menezes.

Há cada vez mais bebés prematuros em Portugal

Saúde

Page 23: 8 Nov - PÚBLICO

PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | LOCAL | 23

Mouraria volta a sair vencedora no Orçamento Participativo de Lisboa

Entre os 231 projectos concorrentes, a Mouraria liderou os dois grupos em que estavam divididos. Entre passeios cor-de-rosa, paredes de escalada e sessões de fi losofi a para crianças, foram 15 os aprovados

MIGUEL MANSO

A Mouraria voltou a ter este ano os projectos mais votados, facto que pode reflectir os níveis de organização dos promotores

No rescaldo das eleições america-

nas, Lisboa conheceu ontem os re-

sultados de uma outra votação: a do

Orçamento Participativo promovido

pelo município. Entre os 231 projec-

tos candidatos, nesta quinta edição,

foram eleitos 15.

A participação dos munícipes na

votação, feita através da internet,

foi a maior de sempre, apesar da

redução para metade do orçamento

disponível. O número de votantes

aumentou em 77% em relação ao

ano passado, afi rmou a vereadora

da Modernização Administrativa,

Graça Fonseca.

Os projectos para o bairro da Mou-

raria foram novamente os grandes

vencedores, com as duas propostas

mais votadas, uma em cada catego-

ria: a dos projectos até 150 mil euros

e a dos que se situam entre os 150

mil e os 500 mil euros.

A Casa da Mobilidade da Moura-

ria reuniu 1729 votos e tem previsto

um orçamento que ronda os 150 mil

euros. Já o Centro de Inovação da

Mouraria, a proposta mais votada

entre todas, com 2608 votos, re-

ceberá cerca de 400 mil euros. A

iniciativa Lisboa Acessível, que se-

rá desenvolvida em várias zonas da

cidade, arrecadará 500 mil euros,

mas conseguiu menos votos.

Bernard Aznar, um dos respon-

sáveis pelo Centro de Inovação da

Mouraria, explicou que o projecto

pretende ser “como uma espécie de

incubadora de outras ideias”.

Questionada sobre possíveis “in-

compatibilidades” resultantes do

facto de o Centro de Inovação da

Mouraria estar previsto para fun-

cionar num edifício, no Quarteirão

dos Lagares, que foi alvo de obras

de reabilitação urbana no âmbito do

Quadro de Referência Estratégico

Nacional (QREN), a vereadora rejei-

tou essa hipótese. Trata-se afi rmou,

de ter, ou não, um “edifício fecha-

do, onde não acontece nada ou um

edifício onde há um projecto” que

partiu da comunidade. A autarca

lembrou que já em edições ante-

riores foram eleitos projectos que

funcionam em edifícios municipais,

como é o caso da Start-up Lisboa, na

Rua da Prata.

A votação, que começou a 17 de

Setembro e terminou no fi nal do

mês passado, elegeu mais 12 projec-

tos. Entre eles encontra-se a requali-

fi cação do espaço público na Quinta

da Luz, onde também irá haver um

novo parque infantil.

O Largo da Graça e a Rua Voz do

Operário também serão alvos de re-

qualifi cação. Já a Rua de Campolide

foi contemplada com um estudo de

ordenamento viário e o Vale do Si-

lêncio, nos Olivais, com uma parede

de escalada. Na onda da escalada e

do desporto, foi também aprovado

um rocódromo indoor e a constru-

ção de campos de basquetebol em

frente à zona ribeirinha.

Mas para evitar corridas em busca

de um ponto com internet gratui-

ta, o Lisboa Wi-Fi pretende garantir

acesso gratuito à internet em mira-

douros e jardins, uma iniciativa que

complementará uma outra igual-

mente aprovada de aplicações para

smartphones. Nesta edição, quatro

projectos individuais destinados às

crianças do 1º ciclo de ensino bási-

co foram agregados ao Passaporte

Escolar, um grupo de trabalho que

pretende realizar uma série de ini-

ciativas que estimulem as capacida-

des das crianças de bairros sociais, a

fi m de lhes conferirem ferramentas

de diálogo, argumentação e estabi-

lidade emocional.

E nem os cantores foram esqueci-

dos neste orçamento participativo.

O passeio em frente à Casa-Museu

Amália Rodrigues irá ter a assinatura

da fadista, em calçada portuguesa

cor-de-rosa e, em local ainda a es-

tudar, será erguido um monumento

em honra do cantor Zeca Afonso.

Ao todo, cerca de 30 mil pessoas

escolheram os 15 projectos que irão

receber a atenção e apoio da câma-

ra — uma participação largamente

superior à conseguida em 2008, na

primeira edição, quando foram con-

tabilizados apenas mil votos.

Orçamento ParticipativoLiliana Pascoal Borges

Canil/Gatil estará concluído em 2013

O projecto tem enfrentado vários entraves

Graça Fonseca, a vereadora da Câmara de Lisboa que detém o pelouro da Modernização

Administrativa, do qual depende a organização do Orçamento Participativo, defendeu, na apresentação dos resultados da votação, a importância da comunicação horizontal nos serviços do município. A insuficiência desta forma de comunicação tem sido evidenciada pela própria organização desta iniciativa, sublinhou. A autarca aproveitou para fazer um balanço da concretização das edições

anteriores. “Em 2009/2010, 50% dos projectos estão implementado e 50% em execução. Espero que até ao final do ano, início do próximo, estes estejam concluídos. Quanto às edições de 2010/2011 e 2011/2012 estão todos em execução”, garantiu. Sobre um dos projectos que tem enfrentado mais “vicissitudes legais, formais e conjunturais”, o canil/gatil aprovado na 2ª edição, em 2009, a vereadora adiantou que, apesar de a obra já ter sido interrompida três vezes, deverá estar concluída durante o primeiro semestre do próximo ano.

Page 24: 8 Nov - PÚBLICO

24 | LOCAL | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

A contratação recente de oito novos

especialistas não resolve os proble-

mas de “extrema carência de mé-

dicos” do Centro Hospitalar Leiria-

Pombal (CHLP), afi rmou o presiden-

te do seu conselho de administração,

Hélder Roque, sublinhando que

aquele reforço resulta de “intensas

e insistentes negociações” com o

Ministério da Saúde. Os novos espe-

cialistas destinam-se a áreas como

a Psiquiatria, Otorrinolaringologia,

Anestesiologia, Ginecologia/Obste-

trícia e Gastrenterologia.

Para Hélder Roque, aquele centro

hospitalar — que inclui o Hospital

de Santo André (Leiria) e o Hospital

Distrital de Pombal — “é um dos hos-

pitais do país com menor número de

médicos”, pelo que foi com “satisfa-

ção” que foi acolhida a autorização

da tutela para os contratar. “Fizemos

o que nos competia, e pelas vias pró-

prias fi zemos o nosso trabalho de

formigas, esgotando todas as plata-

formas de diálogo com toda a tutela,

como sempre temos feito, na defesa

dos interesses do hospital e dos ci-

dadãos que servimos”, acrescentou

o administrador.

Hélder Roque espera que num fu-

turo próximo o Centro Hospitalar

Leiria-Pombal seja contemplado com

um “total de 46 médicos distribuídos

pelas diversas especialidades, mini-

mizando assim as carências” existen-

tes e que têm sido insistentemente

transmitidas à tutela. O presidente

do conselho de administração do

CHLP frisa que esta situação “faz

parte de um problema maior, que

afecta várias regiões e unidades do

país”. No seu entendimento, “a cor-

recção das assimetrias que penali-

zam o desempenho do Centro Hos-

pitalar não se resolve, infelizmente,

apenas com este concurso”, através

do qual foram colocados os novos

oito especialistas, e não é fácil de

conseguir.

“São necessárias mais medidas pa-

ra retirar os médicos, sobretudo os

mais graduados e diferenciados, dos

grandes centros e colocá-los onde

fazem mais falta, mais próximos das

necessidades dos cidadãos”, conclui

o administrador.

Hospital de Leiria precisa de mais 46 especialistas

Saúde Orlando Cardoso

Centro Hospital Leiria-Pombal conseguiu contratar oito especialistas, mas a administração diz que são precisos muitos mais

O aumento do caudal do Guadiana agrava o risco de proliferação

A forte pluviosidade que nos últimos

dias se abateu sobre a bacia hidro-

gráfi ca do Guadiana em território

espanhol, provocou a ruptura nas

barreiras de protecção (redes) que

foram colocadas na linha de água

para impedir a proliferação de

uma espécie infestante: o jacinto-

de-água.

José Martínez, director técnico

na Confederação Hidrográfi ca do

Guadiana (CHG), entidade que está

a realizar a extracção da planta do

lado espanhol, admite que grandes

fragmentos de jacinto-de-água “po-

dem ter chegado” à localidade extre-

menha de Lóbon, no município de

Montijo, localizada a cerca de três

dezenas de quilómetros da fronteira

portuguesa e da albufeira do Alque-

va. Antes deste incidente, a planta

encontrava-se retida na zona de Mé-

rida localizada a cerca de 60 quiló-

metros do território português.

Milhares de toneladas desta infes-

tante foram levadas pela forte cor-

rente do rio até serem de novo tra-

vadas pelas barreiras colocadas no

rio. O técnico da CHG garante que

foi travada a sua deslocação, evitan-

do que entrasse nos canais de rega

que alimentam blocos de regadio na

região. Se tal vier a acontecer, será

um desastre ambiental de “conse-

quências graves”, afrimou.

O mesmo poderá acontecer se

Jacinto-de-água cada vez mais perto de Alqueva

fragmentos da planta entrarem na

albufeira do Alqueva. O jacinto-de-

água quando dispõe de condições

ambientais favoráveis para o seu

crescimento —temperatura acima

dos 25 graus, forte luminosidade,

águas paradas e ricas em nutrientes,

— reproduz-se de uma incontrolável

em poucos dias. As consequências

imediatas refl ectem-se na morte da

fauna e fl ora subaquática.

A gravidade da situação vai obri-

gar a CHG a pedir ao Governo es-

panhol um apoio de 1,8 milhões de

euros para intensifi car e reforçar a

recolha do jacinto-de-água que co-

bre extensas áreas do troço do Gua-

diana na região de Mérida.

Desde 2004 — ano em que foi de-

tectada pela primeira vez a presen-

ça da infestante no rio Guadiana- —

foram recolhidas cerca de 300 mil

toneladas da planta oriunda do rio

Amazonas e gastos 23 milhões de

euros na sua recolha.

Diariamente continuam a ser

extraídas toneladas de jacinto-de-

água, uma espécie que não pode ser

transformada em biomassa ou em

alimentação para o gado. Há quem

já advogue a deslocação de manatis,

um peixe também conhecida por

vaca marinha, que tem o seu habitat

no rio Amazonas, onde se alimenta

de plantas aquáticas e sub-aquáticas

entre as quais o jacinto-de-água.

É patente a difi culdade revelada

pelas autoridades espanholas em

erradicar esta espécie infestante,

que está a revelar-se nociva à vida

aquática no Guadiana e uma ameaça

para as albufeiras que suportam o

fornecimento de água às centenas

de milhar de hectares de regadio

que existem na bacia hidrográfi ca

daquele rio, em território espanhol

e português.

PEDRO CUNHA

PragaCarlos Dias

Crescem as ameaças da chegada desta planta infestante ao Alqueva. Até aqui tem estado apenas do lado de lá da fronteira

Breves

Lisboa

Cais do Sodré

Ferreira do Alentejo

Predio municipal em risco fecha rua de São Lázaro

Estação ferroviáriaclassificada de interesse público

Assaltou banco com uma pedra e um cachecol na cara

A rua de São Lázaro, em Lisboa, está encerrada desde terça-feira à noite, por tempo indeterminado, entre o Martim Moniz e o Hospital de S. José devido a perigo de derrocada. “Há um problema com um edifício municipal, que tem de ser demolido e por uma questão de segurança a rua foi encerrada”, disse à Lusa o comandante da Polícia Municipal. O edifício já estava devoluto e ainda não há data para ser demolido.

A estação de comboios do Cais do Sodré foi classificada como monumento de interesse público, de acordo com uma portaria publicada ontem no DR. O edifício, refere o diploma, integra de “forma inovadora” a fachada do edifício na malha urbana preexistente. A classificação teve por base critérios “como o génio do respectivo criador, o valor estético e técnico do bem e a sua concepção arquitectónica”.

Uma dependência bancária em Ferreira do Alentejo foi ontem assaltada por um homem que roubou cerca de 3000 e foi detido pela GNR pouco depois. O assaltante, que confessou os factos, estava munido de uma pedra e tinha a cara tapada com um cachecol. Tem 43 anos e antecedentes criminais relativos ao consumo e tráfico de drogas. Foi reconhecido por testemunhas.

O turismo do Algarve pretende

conquistar um lugar no mercado

emergente do turismo de “saúde e

bem-estar”. Numa altura em o sec-

tor público da saúde sofre as conse-

quências dos cortes orçamentais,

surge em paralelo a oferta crescente

de hospitais privados, em formato

de hotel/clínica, para dar resposta a

clientes com poder de compra. Para

discutir o tema, teve ontem início,

na Escola Superior de Saúde da Uni-

versidade do Algarve, o I Congres-

so Internacional Saúde e Turismo,

evento que reúne cerca de uma cen-

tena de participantes. A construção

do novo Hospital Central do Algarve

continua adiada, e não fi gura no Or-

çamento de Estado para o próximo

ano, mas em contrapartida a região

tem vindo a assistir à multiplicação

de hospitais e clínicas privadas. A

região já conta com sete hospitais

privados, virados cada vez mais para

os turistas que visitam a região para

apanhar banhos de sol e praia, mas

também cuidar da saúde.

O administrador do grupo do

Hospital Particular do Algarve, João

Bacalhau, afi rmou na abertura do

congresso que 30% da facturação

da empresa corresponde a turistas.

“Este é um mercado com potencia-

lidades”, garantiu, referindo que a

região, pelo clima e situação geográ-

fi ca, pode assumir uma posição des-

tacada a nível mundial, nomeada-

mente na chamada “rota do Dubai”,

mercado considerado próximo, do

ponto visto geográfi co, mas distante

na estratégia empresarial.

Viegas Fernandes, professor da

Universidade do Algarve e um dos

organizadores do congresso, con-

siderou que a região “está a perder

quotas de mercado a favor de des-

tinos que apostaram no turismo de

bem estar”.

Algarve vira-se para o turismo de saúde

Congresso Idálio Revez

Os hotéis com SPA estão na moda, mas os hospitais com galeria de arte e sala de concertos poderão ser o futuro para atrair clientes

Peritos defendem que o futuro do turismo passa pelos hotéis virados para a saúde e bem-estar

Page 25: 8 Nov - PÚBLICO

PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | ECONOMIA | 25

Orçamento dos portugueses para o Natal é o mais baixo desde 2005

Orçamento previsto para a época natalícia caiu 13,5% este ano, para 464 euros. Mais de metade das prendas são para as crianças e, pela primeira vez, os consumidores esperam gastar menos que os alemães

O orçamento dos portugueses para a

época natalícia está a fi car cada vez

mais curto. De acordo com Xmas

Survey da consultora Deloitte — um

inquérito feito em 19 países sobre as

intenções de compra no Natal — o va-

lor médio dos gastos previstos pelas

famílias portuguesas com presentes,

comida e eventos sociais é, este ano,

de 464 euros, menos 13,5% do que

em 2011. É, desde que em 2005 Por-

tugal foi incluído neste inquérito, não

só a maior quebra percentual, mas

também o montante mais baixo.

Quando em 2007 a crise fi nancei-

ra e económica dava os primeiros

passos, a expectativa dos portugue-

ses era gastar 596 euros, valor que

chegou mesmo aos 620 em 2009,

ano com algumas medidas orçamen-

tais expansionistas. O real impacto

da recessão só depois começou a

sentir-se na carteira dos consumi-

dores: em três anos, entre 2010 e

2012, o orçamento encolheu 19%.

Mas este ano também é inédito

por outro motivo: é a primeira vez

que os portugueses têm a expecta-

tiva de gastar menos do que os ale-

mães: 485 euros é quanto se deverá

gastar na Alemanha este Natal. Tra-

dicionalmente mais contidos nesta

época, os alemães esperam aumen-

tar o seu orçamento disponível para

compras em 7%, uma subida expres-

siva quando comparada com a ten-

dência média europeia (menos 0,8%

face a 2011, para 590,9 euros).

Nuno Netto, um dos responsáveis

pelo estudo da Deloitte, já esperava

uma “quebra bastante substancial”

nos gastos natalícios dos lares portu-

gueses. Refl ecte “a conjuntura actual

e a necessidade de os consumidores

adaptarem os seus gastos” à realida-

de económica, disse ao PÚBLICO.

Os cortes nos subsídios de Natal de

alguns trabalhadores, por exemplo,

são razões para a poupança.

Há, contudo, questões culturais

que ultrapassam os constrangimen-

tos impostos pela crise. Na Holanda,

por exemplo, as despesas são histo-

ricamente mais baixas (287 euros).

No lado oposto está a Irlanda, onde

cada lar gasta 965,8 euros.

No retrato global, os países afec-

tados pela turbulência da crise da

dívida são os que colocam maior

çamento seja menos elástico e que,

mesmo na actual conjuntura, haja

um esforço das famílias”, diz Nuno

Netto.

À espera do Pai NatalO presente mais desejado por 58%

dos portugueses é dinheiro. O con-

texto alterou drasticamente as prio-

ridades: em 2007, a prenda ambi-

cionada era roupa. Na lista estão

ainda livros, vestuário e sapatos ou

viagens. Quando questionados sobre

os presentes que tencionam comprar

a amigos e familiares, os inquiridos

escolhem livros e vestuário. Entre os

países europeus analisados, os livros

são, também, a prenda mais citada.

O estudo da Deloitte, que é hoje

ofi cialmente divulgado, refl ecte ain-

da a “enorme ansiedade” em que se

encontram os consumidores portu-

gueses devido ao contexto económi-

co e às medidas de austeridade. O

sentimento é partilhado por mais de

50% dos europeus, que classifi cam

como negativo o cenário actual. Lu-

ís Belo, Bruno Costa Cabral e Nuno

Netto, autores da versão portuguesa

do Xmas Survey, antevêem, “com

um certo grau de conservadoris-

mo”, que o consumo privado não

vai voltar aos níveis de há dois anos

antes de 2020.

Neste contexto, o preço é cada vez

mais determinante nas escolhas dos

consumidores e o acto de comprar

é planeado antecipadamente, ao

contrário do que sucedia antes da

crise. Para 95% dos portugueses e

92% dos europeus, o “factor preço”

é um “atributo crítico”.

Para chegar a estes resultados a

Deloitte questionou 18.587 pesso-

as em 19 países — 776 em Portugal.

O trabalho de campo foi realizado

em Setembro e, por isso, antes de

serem conhecidos os aumento da

carga fi scal incluídos no Orçamento

do Estado para 2013.

EstudoAna Rute Silva

travão nos gastos. Na Grécia, os in-

quiridos contam reduzir em 16,2%

as despesas (para um total de 406,9

euros), em Itália a descida é de 3,7%

(550,8 euros) e na Irlanda de 1,7%.

Os espanhóis também apertam o

cinto e reduzem despesas em 3,9%,

para 680,1 euros (acima da média

europeia), tal como os inquiridos da

República Checa (425,7 euros, uma

quebra de 2,7%).

Os 464 euros que cada família por-

tuguesa pretende gastar no Natal são

quase todos destinados a presentes

(233 euros). Segue-se a alimentação

e bebidas, que absorve 162 euros do

bolo total e, fi nalmente, as activida-

des de socialização (como idas ao

cinema ou jantares). Os protagonis-

tas da festa são as crianças: 51% do

dinheiro disponível para as pren-

das será aplicado em ofertas para

os mais novos. Cada lar compra, em

média, quatro presentes.

“As crianças fazem com que o or-

O presente mais desejado por 58% dos inquiridos portugueses é dinheiro. Em 2007, era roupa

Prendas pesam 50% no total dos gastos previstos das famílias

As previsões das famílias para as despesas na época natalícia

Fonte: Xmas Survey 2012, Deloitte

Dos mais poupados aos mais gastadores2012, em euros por inquirido

Expectativas de gastos no Natal2007-2012, em euros por inquirido

2007

2008

2009

2010

2011

2012

Alemanha

Portugal

596

464

530

575

620

530

Irlanda

Suíça

Luxemburgo

Finlândia

Espanha

França

Dinamarca

Média europeia?

Bélgica

Itália

Eslováquia

Alemanha

Portugal

Rep. Checa

Grécia

Polónia

Holanda

965,8287

312,1

406,9

425,7

463,7

485,1

521,6

550,8

558,7

590,9

629,6

639,3

680,1

746,2

815,1

816,6

Os presentes mais desejadospelos portugueses

10987654321 Dinheiro

Livros

Roupa e sapatos

Viagens

Tablets

Jóias e relógios

Laptop e computadores

Cosmética e perfumes

Smartphone

Tratamentos de belezae massagens420

485

449

470

485

360

51% do orçamento é para comprar presentes para crianças. Em média os portugueses compram 4 presentes destinados aos mais novos

Média dos 19 países analisados

Page 26: 8 Nov - PÚBLICO

26 | ECONOMIA | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

A zona euro vai ter de esperar mais um ano pela recuperação económica

Em meio ano, o optimismo da Comis-

são Europeia (CE) quanto à evolução

da economia esbateu-se de forma sig-

nifi cativa. O próximo ano — até aqui

visto como o ano da retoma — será

de estagnação na zona euro. Na Pri-

mavera, Bruxelas previa que só um

país estivesse em recessão em 2013

— Espanha. Agora, há cinco países

que voltarão a ver a sua economia

recuar. Todos os outros, incluindo

a Alemanha e a França, vão crescer

muito menos.

Mesmo com os planos de consoli-

dação em curso, haverá derrapagens

orçamentais e a dívida pública será

mais alta do que o previsto. Para Por-

tugal, as previsões mantêm-se, mas

a recuperação em 2014 será, afi nal,

mais tímida. E fi ca o aviso: tanto este

ano como no próximo, há sérios ris-

cos às metas do défi ce nacional.

As novas previsões de Outono da

CE, ontem divulgadas, continuam a

ser marcadas por uma forte dispari-

dade entre a periferia e o centro eu-

ropeu, mas, no global, encaminham-

se num mesmo sentido: entre Maio

e Novembro, com um Verão quente

pelo meio, o cenário económico da

zona euro deteriorou-se. Depois de

uma contracção de 0,4% este ano, o

Produto Interno Bruto (PIB) dos 17

países da moeda única crescerá ape-

nas 0,1% no próximo ano. Há seis me-

ses, Bruxelas previa um crescimento

de 1%. O mesmo acontece ao nível da

União Europeia (UE): em vez de cres-

cer 1,3%, a economia dos 27 deverá

crescer apenas 0,4%.

“A Europa atravessa um período

difícil de reequilíbrio macroeconó-

mico que vai durar um certo tempo”,

justifi cou ontem o comissário euro-

peu dos assuntos económicos, Olli

Rehn. O responsável recorda que as

tensões nos mercados diminuíram e

que houve avanços no projecto euro-

peu. Mas “não há margem para com-

placência”, avisa, defendendo que

“a Europa tem de continuar a com-

binar políticas orçamentais sólidas

com reformas estruturais, de modo

a criar condições ao crescimento sus-

tentável e à redução do desemprego,

que está neste momento em níveis

inaceitáveis”.

Nas novas previsões da CE, nem

mesmo as grandes economias serão

poupadas. O grande motor da eco-

nomia europeia, a Alemanha, vai

crescer 0,8% em 2013, abaixo dos

1,7% previstos na Primavera. Um

claro sinal de que, como disse on-

tem o presidente do Banco Central

Europeu (BCE), Mario Draghi, a cri-

se também já chegou à Alemanha.

A segunda maior potência, a Fran-

ça, também vai crescer bem menos:

0,4% e não 1,3%.

Na periferia, o cenário generaliza-

do é de recessão. Se até aqui a CE

apenas via a economia espanhola a

cair no próximo ano, prevê agora que

a contracção se mantenha na Grécia,

em Portugal, no Chipre, em Itália e

na Eslovénia. No caso da economia

helénica, onde Bruxelas estava ini-

cialmente a apontar para uma estag-

nação, o PIB irá cair 4,2%, naquele

que será o sexto ano consecutivo de

recessão. Já a economia espanhola

irá recuar 1,4%. E não conseguirá

cumprir a meta do défi ce com que

se comprometeu em 2013 e 2014.

Retoma fraca em PortugalSó em 2014 é que a economia do eu-

ro voltará a crescer com mais fôlego

(1,4%). A CE espera que, daqui a dois

anos, já praticamente todos os países

da moeda única tenham saído da re-

cessão, com excepção do Chipre, que

pediu recentemente ajuda externa.

Mas este atraso na retoma europeia

tem impacto noutros indicadores,

cuja tendência negativa poderá ser

difícil de inverter.

É o caso do desemprego. O núme-

ro de pessoas sem trabalho vai conti-

nuar a aumentar e atingir os 11,8% da

população activa em 2013, manten-

do-se em 11,7% em 2014. Numa das

análises conduzidas no relatório, a

CE avisa que há um forte risco de a

taxa de desemprego natural subir, e

de o desemprego se tornar “persis-

tente mesmo depois de a economia

começar a recuperar”.

Outro “efeito colateral” da crise é

o aumento da dívida pública. Na zo-

na euro, o endividamento dos Esta-

sim contrair 1%. Contudo, para 2014,

Bruxelas prevê uma evolução menos

positiva do que a projectada há ape-

nas um mês: o PIB deverá crescer

0,8%, e não 1,2%.

Com “o enorme aumento de im-

postos” a caminho no próximo ano

e uma deterioração das perspecti-

vas de crescimento da zona euro, a

Portugal de Passos Coelho e a periferia em recessão, Alemanha de Merkel e o centro a abrandarem

O “Verão quente” na Europa obrigou Bruxelas a rever em baixa as suas previsões. A região da moeda única vai estagnar em 2013. E, para Portugal, há fortes riscos às metas do défi ce

Crise do euroAna Rita Faria

dos deverá chegar aos 94,5% do PIB,

mais dois pontos do que a CE estava a

prever. Na origem deste agravamen-

to está a revisão em alta da dívida

pública dos países periféricos, que

oscila entre os 188,4% na Grécia e os

92,7% em Espanha. Apesar dos pla-

nos de consolidação, as signifi cativas

revisões em baixa do crescimento, ao

reduzirem o valor do PIB, aumentam

automaticamente a dívida.

No caso de Portugal, as previsões

ontem divulgadas pela CE trouxeram

poucas novidades ao nível do cenário

macroeconómico. Em linha com o

que constava já do relatório da últi-

ma avaliação da troika, a economia

nacional não irá recuperar em 2013 e

Fonte: Comissão Europeia

Previsões do PIB para 2013, taxa de variação em percentagem

Bruxelas está mais pessimista sobre a zona euro

Est.Eslová.Mal.Irl.Áus.Fin.Ale.Lux.Bél.Fra.Hol.Z. EuroItál.PortugalEsp.Eslové.Chip.Gré.

0,30,00,7

0,3 0,41,0 0,7

1,3 1,2

2,11,7 1,6 1,7 1,9 1,9

2,93,8

-4,2

-1,7 -1,6 -1,4

-0,3-1

-0,5

0,1 0,3 0,4 0,7 0,7 0,8 0,8 0,9 1,11,6

2

3,1Antes (Maio)Agora (Novembro)

Page 27: 8 Nov - PÚBLICO

PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | ECONOMIA | 27

FMI não convence equipa liderada por Durão Barroso

TOBIAS SCHWARZ/REUTERS

Depois de toda a polémica provo-

cada pelo estudo do Fundo Mone-

tário Internacional (FMI) sobre os

multiplicadores orçamentais, a Co-

missão Europeia (CE) resolveu não

se dar por vencida. No relatório das

Previsões Económicas de Outono,

contrapõe à análise do FMI outra

análise, onde concluiu que os mul-

tiplicadores orçamentais estão bem

calculados e as medidas de auste-

ridade roubam menos de um euro

ao crescimento, e não até 1,7 euros

como o FMI calculou.

A polémica remonta ao início do

mês passado, quando o economista-

chefe do FMI, Olivier Blanchard, as-

sinou uma caixa sobre o assunto no

relatório das previsões económicas

da instituição. Aí, concluía que os

modelos de projecção usados es-

tavam a subestimar o impacto da

austeridade. Até aqui, pensava-se

que, por cada euro de cortes de des-

pesa ou aumento de impostos, se

perdia 50 cêntimos do PIB, mas na

realidade, desde o início da crise, o

que tem havido é uma contracção

adicional de 90 cêntimos a 1,7 eu-

ros — os chamados multiplicadores

orçamentais.

As conclusões geraram frenesim

e vieram dar força à tese de que é

preciso abrandar o ritmo de con-

solidação. Mas a CE tem opinião

contrária e fez questão de fazer os

seus cálculos. Bruxelas começa por

fazer alguns reparos à metodologia

seguida pelo FMI, nomeadamente

ao facto de ter-se baseado em erros

nas previsões passadas para sugerir

que os multiplicadores orçamentais

não eram adequados. Outro reparo

prende-se com a amostra: enquanto

o FMI partiu da análise de um con-

junto de países, a CE decidiu cen-

trar-se na zona euro. Além disso,

optou por tratar o caso da Grécia

à parte, bem como o de países que

lançaram estímulos à economia, co-

mo a Alemanha.

As conclusões são que, apesar de

os multiplicadores orçamentais para

consolidações permanentes serem

maiores agora do que em circuns-

tâncias normais (devido a eleva-

das restrições de crédito e a taxas

FMI errou: a austeridade rouba menos de um euro à economia

de juro baixas), “é importante que

se separem os efeitos na activida-

de económica das consolidações

orçamentais dos que estão relacio-

nados com a crise de dívida sobe-

rana”, nomeadamente o receio dos

investidores quanto à insufi ciência

dos planos de redução do défi ce em

alguns países.

“Tendo em conta a natureza tem-

porária dos estímulos em países co-

mo a Alemanha, e excluindo o caso

particular da Grécia, a evidência é

consistente com um multiplicador

orçamental médio inferior a um”,

conclui a CE. Recentemente, o mi-

nistro das Finanças português, Vítor

Gaspar, revelou no Parlamento que

as previsões económicas do próxi-

mo ano têm subjacente um multipli-

cador de 0,8, ou seja, ligeiramente

acima do intervalo de 0,5 a 0,7 que é

usado como modelo por Bruxelas.

Apresentados os cálculos, a CE

retira as outras conclusões, defen-

dendo que, quando se discute o

impacto negativo de curto prazo da

consolidação orçamental, é impor-

tante não perder de vista o reverso

da medalha. “Para os países mais

vulneráveis, a exposição a pressões

fi nanceiras dos mercados signifi ca

que não há alternativa a perseguir

medidas de consolidação”, defende

a CE, lembrando que “a alternativa

de aumento de prémios de risco e de

custos de fi nanciamento seria pior

para estes países”.

Ana Rita Faria

CE avisa que os riscos para Portugal

aumentaram. Não só as tensões na

zona euro e, nomeadamente, em Es-

panha, podem contagiar a economia

nacional, como há o risco de uma

nova derrapagem orçamental.

O facto de o ajustamento orçamen-

tal do próximo ano incidir no aumen-

to da receita faz Bruxelas temer que

aconteça em 2013 o mesmo que este

ano, ou seja, que as receitas fi scais

fi quem abaixo do esperado, com-

prometendo a meta do défi ce. Este

alerta já tinha sido deixado no rela-

tório da CE sobre a quinta avaliação,

onde se exigia, aliás, que o Governo

preparasse para 2013 um plano de

contingência do lado da despesa.

Do mesmo modo, Bruxelas identi-

fi ca também que há um risco à meta

do défi ce deste ano, decorrente da

possibilidade de o Eurostat inviabi-

lizar o registo da operação de con-

cessão da ANA nas contas públicas.

A CE continua, contudo, sem escla-

recer se, em caso de desvio, obrigará

ou não o Governo a tomar medidas

adicionais este ano.

Crise bateu à porta da Alemanha, diz Draghi

Quase 62% do ajustamento foi na receita

Líder do BCE receoso sobre a economia alemã

Estímulos seriam contraproducentes, avisa CFP

AAlemanha tem resistido à crise das dívidas soberanas, mas o abrandamento económico da zona euro

mostra que já não está imune às dificuldades. A leitura foi feita ontem em tom de alerta pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, para quem “não é uma surpresa” que a crise esteja a bater à porta da primeira economia europeia. O facto de começar a sentir este impacto negativo deve levar a Alemanha a aceitar que as medidas tomadas pela zona euro para garantir a estabilidade da moeda única também a beneficiam, sustentou o líder do BCE, num congresso em Frankfurt. Ao mesmo tempo

que revelou alguma apreensão face aos últimos dados macroeconómicos da Alemanha, Draghi serviu-se desse facto para defender as últimas decisões de política monetária do BCE, sublinhando que a própria Alemanha terá a ganhar com a compra ilimitada de dívida pública. A Alemanha é “uma economia aberta e integrada”, mas, estando exposta a países cuja actividade está a abrandar ou em contracção, não fica imune à desaceleração do resto da zona euro. Quanto às reformas dos países, falou em alguns sinais “encorajadores”, mas reconheceu que “ainda há um longo caminho a percorrer”. Pedro Crisóstomo

Sem medidas temporárias, não recorrentes e factores especiais, a distribuição do esforço de ajustamento

está muito mais concentrada do lado da receita do que do da despesa. A conclusão é do Conselho de Finanças Públicas (CFP). O órgão independente de fiscalização do Estado diz que há um “enviesamento optimista” nas previsões do Governo para 2013. Mas alinha com o Governo ao defender que uma política contracíclica de estímulos à economia não seria a solução.

Na análise à proposta do Orçamento do Estado (OE) de 2013, ontem divulgada, o CFP – que vai ser hoje ouvido no Parlamento – apresenta os seus cálculos. Extraindo o efeito de medidas temporárias, não recorrentes e factores especiais (como os cortes dos subsídios na função pública e nos pensionistas ou as receitas extraordinárias dos fundos de pensões ou de concessões), 61,9% do ajustamento estrutural total entre 2010 e 2013 basear-se-á em medidas do lado da

receita. De acordo com o Conselho, os “ajustamentos estruturais à despesa corrente não dão praticamente qualquer contributo para o ajustamento previsto no saldo global, dado que o acréscimo da despesa com juros absorve quase por completo a redução observada na despesa corrente primária”.

O CPF defende, por isso, que é preciso um corte estrutural na despesa, que tem de passar por “regras orçamentais apropriadas, de um enquadramento de médio prazo das despesas eficiente, com uma cobertura institucional alargada, em simultâneo com a adopção de métodos de gestão da despesa pública eficazes”.

A opção de arrepiar caminho, lançado medidas de estímulo, é para o CPF “contraproducente”, pois implicaria financiamento adicional e, consequentemente, o agravamento da dívida pública. “Perante a perda de confiança dos credores, a opção de adiar ou retardar a consolidação não existe”, conclui. A.R.F.

0,1%A CE prevê que, em 2013, a zona euro praticamente estagne, crescendo 0,1%. A anterior previsão apontava para um crescimento de 1%.

11,8%O desemprego na zona euro vai atingir um novo recorde em 2013. Bruxelas avisa que este nível poderá persistir mesmo quando a economia recuperar.

Page 28: 8 Nov - PÚBLICO

28 | ECONOMIA | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

Bolsas

PSI-20 Última Sessão Performance (%)Nome da Empresa Var% Fecho Volume Abertura Máximo Mínimo 5 dias 2012

PSI 20 INDEX -1,26 5305,170 168344538 5399,650 5410,040 5300,020 -0,23 -3,44ALTRI SGPS SA 0 1,380 158245 1,378 1,380 1,361 1,55 15,00BANCO BPI SA -1,68 0,817 977516 0,840 0,846 0,810 -3,82 73,57BCP 0 0,072 133148698 0,072 0,072 0,070 1,41 -18,25BES -0,26 0,771 19806280 0,778 0,784 0,753 1,05 -5,29BANIF-SGPS -0,72 0,138 344693 0,141 0,141 0,138 -7,33 -59,41COFINA SGPS -5,64 0,435 72272 0,450 0,450 0,428 -3,56 -42,76EDP -2,22 1,985 5511048 2,051 2,079 1,985 -2,73 -16,98EDP RENOVAVEIS -0,84 3,768 756224 3,802 3,839 3,760 2,15 -20,30ES FINANCIAL -0,18 5,440 8282 5,440 5,440 5,420 0,18 5,63GALP ENERGIA -2,32 12,000 1084008 12,350 12,390 12,000 -3,65 5,45J MARTINS SGPS 0,72 13,950 1008245 13,900 14,100 13,840 2,14 9,07MOTA ENGIL 1,01 1,297 73680 1,323 1,323 1,296 -2,36 25,31PT -2,44 3,766 2748806 3,873 3,880 3,766 0,55 -15,37PORTUCEL -0,38 2,105 175948 2,093 2,134 2,093 -1,49 14,46REN -0,15 1,997 70631 1,995 2,001 1,987 0,05 -5,36SEMAPA -1,1 5,416 15634 5,434 5,484 5,406 1,41 0,86SONAECOM SGPS -1,31 1,430 593206 1,427 1,500 1,415 7,73 17,70SONAE IND. -1,75 0,506 114430 0,521 0,524 0,506 -2,28 -20,31SONAE -1,38 0,572 1247269 0,579 0,584 0,567 0 24,62ZON MULTIMEDIA -1,36 2,538 429423 2,595 2,610 2,531 5,88 9,30

O DIA NOS MERCADOS

Acções PSI20Euro Stoxx 50Dow Jones

Variação dos índices face à sessão anterior

Divisas Valor por euro

Diário de bolsa

Dinheiro, activos e dívida

Preço do barril de petróleo e da onça, em dólares

MercadoriasPetróleoOuro

ObrigaçõesOT 2 anosOT 10 anos

Taxas de juro Euribor 3 mesesEuribor 6 meses

Euribor 6 meses

Portugal PSI20

Últimos 3 meses

Últimos 3 meses

Obrigações 10 anos

Mais Transaccionadas Volume

Variação

Variação

Melhores

Piores

Últimos 3 meses

Últimos 3 meses

Europa Euro Stoxx 50

BCP 133.148.698BES 19.806.280EDP 5.511.048PT 2.748.806Sonae 1.247.269

Mota Engil 1,01%J Martins SGPS 0,72%B.Com.Português 0%

Cofina SGPS -5,64%Portugal Telecom -2,44%Galp Energia -2,32%

Euro/DólarEuro/LibraEuro/IeneEuro/RealEuro/Franco Suíço

7

8

9

10

11

1,27610,7984102,022,59441,2063

0,196%0,375%

109,061713,91

6,520%8,490%

-1,26%-2,24%

-

2200

2300

2400

2500

2600

4300

4600

4900

5200

5500

0,350

0,475

0,600

0,725

0,850

ADRIANO MIRANDA

Acções de formação voltaram ao normal no início de Outubro

O ministro das Finanças, Vítor Gas-

par, já autorizou o Instituto do Em-

prego e Formação Profi ssional (IEFP)

a prosseguir com as acções de forma-

ção profi ssional que deveriam ter-se

iniciado em Setembro e que estavam

suspensas. Desde o início de Outu-

bro, as acções já estão a decorrer no

terreno, desbloqueando-se assim a

situação criada por uma orientação

dada pelas Finanças a todos os or-

ganismos públicos, proibindo a as-

sunção de novos compromissos de

despesas.

Um despacho assinado pelo minis-

tro das Finanças, com data de 10 de

Outubro, dá luz verde ao IEFP e aos

centros de formação profi ssional de

gestão partilhada para assumirem as

despesas necessárias para prossegui-

rem com as acções previstas. “A con-

cretização deste despacho permite

que os planos previstos estejam a ser

realizados”, confi rmou ao PÚBLICO

fonte ofi cial do IEFP.

Em causa estavam todas as acções

de formação destinadas aos desem-

pregados e aos jovens, assim como

a educação e formação de adultos,

eu deveriam ter-se iniciado a 12 de

Setembro e que implicavam a contra-

tação de formadores (que trabalham

em regime de prestação de serviços),

a aquisição de material ou o aluguer

espaços.

A questão foi também levantada

ontem pelo Bloco de Esquerda du-

rante a discussão na especialidade do

Orçamento do Estado (OE) para 2013.

A deputada Catarina Martins acusou

o ministro da Economia de ser inca-

paz de responder aos problemas do

desemprego. “O ministro não apre-

senta medidas concretas e quando

o faz vem o ministro das Finanças e

diz que elas não existem”, criticou.

Álvaro Santos Pereira rejeitou as crí-

ticas e garantiu que a situação está

“completamente ultrapassada”, até

porque “seria inaceitável que o ensi-

no profi ssional estivesse parado”.

Do lado da bancada do Partido

Socialista, o ministro foi confron-

tado com os elevados números do

desemprego. “Num ano, o Governo

já destruiu 204800 empregos. O sr.

Ministro é um verdadeiro extermina-

Ministro das Finanças desbloqueia verbas para formação profissional

dor implacável do emprego. Por este

caminho, no fi nal da legislatura terão

mais de um milhão de desemprega-

dos”, atirou o deputado Nuno Sá.

Santos Pereira não gostou do que

ouviu e acusou o PS — “o partido da

bancarrota” — de querer branquear

o passado. “As políticas do PS para o

emprego foram a Estamo, a Parque

Escolar, as rendas das PPP, as ren-

das da energia”, ironizou. O ministro

destacou os resultados alcançados

com as medidas de apoio ao empre-

go. Cerca de uma centena de desem-

pregados a acumular subsídio com

salários, 8258 desempregados foram

colocados ao abrigo do programa Es-

tímulo 2012 e mais de 800 jovens no

novo programa de estágios.

Resultados que para PS, PCP e Blo-

co de Esquerda são diminutos face à

dimensão do problema. “[O ministro

da Economia] está no meio do fura-

cão com um guarda-chuva”, resumiu

a deputada do Bloco de Esquerda,

Catarina Martins.

Durante o debate nas comissões de

Orçamento e Finanças e de Trabalho

e Segurança Social, Santos Pereira

garantiu ainda que as alterações à le-

gislação laboral não irão além do que

prevê o memorando da troika.

O ministro da Economia revelou

que o Governo está a estudar “a cria-

ção de títulos de dívida pública” para

ajudar a fi nanciar a “reindustrializa-

ção do país” e disse que a proposta

do Governo para a reformulação do

QREN foi aprovada pela Comissão

Europeia.

TrabalhoRaquel Martins

Acções de formação estavam suspensas devido a congelamento de verbas decidido para reduzir o défice

200 euros por desempregado contratado

Novos apoios dados pelo Estado às empresas

Os apoios dados pelo Estado às empresas que contratem desempregados mais velhos serão mais generosos e o

acesso mais flexível do que os apoios que já estão em vigor para apoiar a contratação de jovens.

De acordo com o projecto de portaria a que o Público teve acesso, as empresas que contratem desempregados com 45 ou mais anos, inscritos nos centros de emprego há pelo menos seis meses, terão direito ao reembolso total ou correspondente a 75% da TSU, até um máximo de 200 euros.

As condições são diferentes das que existem para jovens

desempregados. A duração mínima de inscrição nos centros de emprego para aceder à medida é de seis meses, contra 12 meses exigidos aos desempregados mais jovens. Além disso o limite máximo é superior aos 175 euros concedidos a quem contrata desempregados até 30 anos.

De acordo com a portaria, é “atribuída mais flexibilidade à duração dos contratos de trabalho a termo apoiados, bem como ao critério da criação líquida de emprego, passando a ser, ainda, considerados os contratos de trabalho a tempo parcial”.

Page 29: 8 Nov - PÚBLICO

PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | ECONOMIA | 29

Esta é uma semana diferente para a

TAP. A começar pela agitação que se

gerou no parque de estacionamento

da empresa, junto ao aeroporto de

Lisboa. Ontem, um dos seguranças

tentava controlar as entradas de to-

dos os convidados que aterraram na

companhia na segunda-feira, em re-

presentação do milionário colombo-

brasileiro que quer fi car com a trans-

portadora aérea do Estado.

Germán Efromovich, o único in-

vestidor que fez uma oferta não-vin-

culativa pela TAP, desenhou um ver-

dadeiro plano de ataque para auditar

a companhia. O documento criado

para acompanhar a due dilligence [au-

ditoria] que começou segunda-feira

tem quatro páginas e toca em pontos

diversos: dos acordos de empresa fi r-

mados com os trabalhadores à renta-

bilidade das rotas, sem esquecer as

contas da unidade de manutenção no

Brasil, desde sempre defi citária.

O milionário colombo-brasileiro,

que está na corrida à transportado-

ra estatal através da holding Syner-

gy (que já detém três companhias:

Avianca Brasil, a colombiana Avianca

e a peruana Taca), escolheu um no-

me sugestivo para o plano que conce-

beu: Projecto Cabral, numa associa-

ção muito provável a Pedro Álvares

Cabral, o português apontado como

descobridor do Brasil.

Neste caso, a orientação é a inver-

sa. A TAP, que tem vindo a desbravar

caminho no mercado brasileiro, tor-

nou-se agora apetecível para Efromo-

vich, porque poderá servir de ponte

entre a América Latina e a Europa,

onde a Avianca ainda só tem duas li-

gações: Madrid e Barcelona.

Ontem, no estacionamento da

companhia portuguesa, era impos-

sível não reparar na investida transa-

tlântica. Um dos primeiros nomes na

lista do segurança era precisamente

o da Synergy. Enquanto o PÚBLICO

aguardava luz verde para entrar, che-

garam os representantes da Ernst &

Young, uma das quatro consultoras

que estão a assessorar Efromovich na

auditoria, que só termina amanhã.

O programa dos cinco dias fi cou

bem defi nido no documento a que o

PÚBLICO teve acesso. Na segunda-

Efromovich monta plano de ataque para decidir se avança para a TAP

feira, começou por uma reunião com

a administração da TAP, seguindo-se

uma análise às questões relacionadas

com legislação e rede de rotas. Terça

e quarta-feira a lupa foi colocada so-

bre a frota, a área comercial e a situa-

ção fi nanceira e tributária do país.

Um dia só para a VEMHoje será dia de voltar as atenções

para os negócios complementares,

como o handling e a manutenção de

aviões em Portugal. O programa ter-

minará amanhã, num dia totalmente

dedicado à unidade de manutenção

do Brasil. A empresa, adquirida à

Varig, falida, nunca conseguiu gerar

lucros. A sua inclusão na privatização

gerou, aliás, o afastamento de um po-

tencial candidato, o grupo IAG (que

junta a British Airways e a Iberia).

Além das consultoras, Efromovich

escolheu uma comitiva de peso para

avaliar a TAP. Tal como o Presstur no-

ticiou, estão em Portugal o presidente

e o administrador fi nanceiro da Avian-

ca Brasil (Santiago Diago e Frederico

Pedreira) e ainda o vice-presidente

para o planeamento da AviancaTa-

ca, Eduardo Asmar. No documento a

AviaçãoRaquel Almeida Correia

PÚBLICO teve acesso ao documento que detalha a auditoria à TAP. Processo termina amanhã, com foco na legislação e eficiência

O grupo TAP, que engloba a compa-

nhia de aviação e participadas como a

Groundforce (handling) e a M&E Bra-

sil (manutenção), chegou ao fi nal do

terceiro trimestre com perdas acu-

muladas de 50,3 milhões de euros.

A melhoria verifi cada nos meses do

Verão não compensou as perdas re-

gistadas no primeiro semestre.

Um comunicado enviado ontem

pela empresa refere que, entre Ju-

lho e Setembro, o grupo, que está

Grupo TAP acumula prejuízos de 50 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano

em processo de privatização, gerou

lucros de 89,7 milhões, a abater aos

140 milhões sofridos entre Janeiro

e Junho. A recuperação sentida nos

últimos meses fi cou a dever-se ao

desempenho do negócio da aviação,

que registou um resultado positivo

de 102,3 milhões, o que signifi ca um

aumento de 21% face a 2011.

Estes lucros foram penalizados por

outras participadas do grupo, como

a defi citária M&E Brasil, que teve per-

das de 13,7 milhões. Quanto à opera-

dora de handling Groundforce, deti-

da em 49,9% pelo grupo, registou-se

lucros de 1,1 milhões.

Resultados Raquel Almeida Correia

PUBLICIDADE

que o PÚBLICO teve acesso, constam

ainda a directora corporativa e a con-

troladora fi nanceira da Synergy, bem

como outro administrador da Avianca

Brasil, Claudio Velez.

As quatro páginas que os acompa-

nham na auditoria à TAP, que servirá

de base à oferta fi nal que Efromovi-

ch terá de apresentar ao Governo até

7 de Dezembro, vão ao mais ínfi mo

pormenor. Entre outras questões, o

investidor quer saber que obrigações

existem para com os trabalhadores,

quais os planos de renovação da frota

e qual o nível de produtividade dos

pilotos e dos tripulantes de cabine.

Além disso, pediu-lhes para descre-

verem as principais rotas da empresa

e a tarifa média, para identifi carem

inefi ciências na rede e fazerem previ-

sões macroeconómicas do país. E não

se esqueceu de colocar na lista de afa-

zeres uma análise à política de fi nan-

ciamento da TAP e ainda ao acordo

fi rmado com a Urbanos, que adquiriu

50,1% do negócio do handling este

ano. O grupo de logística prevê que

a operadora de assistência em terra

chegue ao fi nal de 2012 com prejuízos

de quatro milhões de euros.

DANIEL ROCHA

Auditoria serve de base à oferta de compra a entregar até Dezembro

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Page 30: 8 Nov - PÚBLICO

30 | MUNDO | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

Os “partidos dentro do partido” são reconhecidos no discurso oficial

O Gang de Xangai contra a Liga da Juventude

O porta-voz do Partido Comunis-

ta Chinês confi rmou ontem, antes

do início do 18.º Congresso, a no-

meação de Xi Jinping como novo

secretário-geral e futuro Presidente

do país, e imediatamente choveram

comentários no Weibo, o site chi-

nês de microblogging, comparando

o acontecimento com a eleição de

Obama.

“Estávamos todos ansiosos por sa-

ber quem seria o novo líder”, dizia

um post do Weibo. E outro: “Esta-

mos a seguir as eleições americanas,

e ninguém quer saber da liderança

chinesa, que está tão afastada do po-

vo que é como se fosse de um país

estrangeiro. Que vergonha”.

Outro post ainda do Weibo en-

sinava um truque: se se mantiver

aberto no ecrã do computador o si-

te da Xinhua (a agência de notícias

ofi cial chinesa), é possível aceder

ao Google, e até por vezes ao Face-

book, noutra janela. Um comentá-

rio jocoso colocado a seguir garantia

que, enquanto se mantivesse aberto

o site da Xinhua, se podia aceder a

praticamente tudo na vida.

O congresso e as facçõesComeça hoje em Pequim, e decor-

rerá durante uma semana, o Con-

gresso que, de dez em dez anos,

tem vindo a substituir os líderes,

nomeando o Politburo do Comité

Central e a respectiva Comissão

Permanente, e defi nindo as orien-

tações políticas para os quinqué-

nios seguintes.

Os nomes dos novos Presidente

e primeiro-ministro são conheci-

dos. Serão Xi Jinping e Li Keqiang,

que já tinham as funções de vice-

presidente e vice-primeiro-ministro

respectivamente. O que permanece

uma incógnita para a maioria dos

chineses é que facção do partido

vai predominar e se irão ou não ser

feitas reformas no sistema. Pelo que

transpirou até agora dos meandros

esotéricos da organização, é a sua

facção mais conservadora que pare-

ce levar a melhor, e não fazer refor-

ma nenhuma parece ser a estratégia

mais consensual.

O Partido Comunista Chinês é

Do 18.º Congresso do Partido Comunista Chinês, que começa hoje em Pequim, sairá a nova liderança, que já é conhecida, mas também o novo equilíbrio entre as duas principais facções

uma organização fechada, com-

plexa, multifacetada, dinâmica,

idiossincrática, secreta, altamente

efi ciente e imensamente poderosa.

Considerando que controla em ab-

soluto as vidas de 1400 milhões de

pessoas, é, pura e simplesmente,

a organização mais poderosa do

planeta.

Nos tempos de Mao Zedong e de

Deng Xiaoping, o partido era mono-

lítico e esmagava qualquer semente

de facção dissonante. Hoje não é

assim. Desde que Jiang Zemin subiu

ao poder, em 1989, logo a seguir à

brutal repressão dos protestos da

Praça Tiananmen, a estrutura chi-

nesa de poder está dividida em

facções.

Ninguém o nega. Os “partidos

dentro do partido”, são reconheci-

dos, muitas vezes com orgulho, no

discurso ofi cial. É até reconhecida

a sua utilidade, como componen-

tes que se equilibram e comple-

tam. Chamam-se “coligações”, e é

frequente usar-se a expressão “um

partido, duas coligações”, para

dar um certo ar de democracia ao

sistema. E também para conferir

alguma dignidade e honradez aos

grupos que se digladiam pelo poder,

como se representassem correntes

de pensamento, e não interesses

mesquinhos.

O sistema é infi nitamente com-

plicado. Parece haver de facto duas

grandes facções: a dos Taizidang e

a dos Tuanpai. Por outras palavras,

os elitistas e os populistas, também

conhecidos como o Gang de Xangai

e a facção da Liga da Juventude Co-

munista. Mas não só cada uma das

facções é composta por inúmeros

grupos e tendências, mas também

por sub-grupos que partilham afi ni-

dades com a facção rival. A confusão

é enorme e deve-se principalmente

ao facto de as linhas de fractura cor-

responderem quase sempre a fi deli-

dades pessoais e a clãs, geralmente

ligados a regiões ou a empresas.

Revivalismo maoístaGrosso modo, os Taizidang, também

chamados “Princelings”, ou Prínci-

pes, são os líderes partidários que

provêm de famílias ilustres da Histó-

ria do partido. Por outras palavras,

são os protegidos, os que subiram

à custa do nepotismo. É o caso, por

ChinaPaulo Moura

exemplo, do próximo secretário-ge-

ral e Presidente do país, Ji Xinping.

O pai, Xi Zhongxun, foi o fundador

da guerrilha comunista na província

de Shanxi, no Norte da China. De-

sempenhou vários cargos de relevo

e chegou a vice-primeiro-ministro.

Os Tuanpai, ou populistas, são

os líderes originários das classes

mais baixas e que subiram a pulso

no Partido, geralmente nos quadros

da organização do partido para a

juventude. Tuanpai signifi ca “fac-

ção da Liga”.

Os Taizidang têm no antigo líder

do país Jiang Zemin o seu líder histó-

rico. Jiang foi presidente da Câmara

de Xangai, a enorme cidade da cos-

ta leste, até 1989. Daí o grupo ser

também conhecido como o Gang de

Xangai. Hoje, o líder executivo é Wu

Bangguo, presidente da assembleia

legislativa.

Os Tuanpai são chefi ados pelo

actual presidente, Hu Jintao, e pelo

primeiro-ministro, Wen Jiabao. Re-

presentam, em princípio, os interes-

ses das classes mais baixas, ou seja,

os camponeses e os trabalhadores

não-especializados das fábricas, que

vivem nas cidades, mas mantêm o

estatuto e o bilhete de identidade

rural. Durante o seu consulado, Hu

Jintao aboliu a pesada carga fi scal

dos camponeses, criou programas

de desenvolvimento para as cidades

do interior.

Os Príncipes, sempre objecto de

tratamento privilegiado, desempe-

nharam quase todos funções de li-

derança nas grandes e ricas cidades

costeiras, como Xangai, Shenzhen

ou Guangzhou, e representam os in-

teresses dos empresários ricos e da

classe média urbana emergente.

De um modo geral, os Príncipes

são tidos por conservadores, defen-

sores da centralização do poder do

partido, enquanto os populistas da

Liga da Juventude são liberais, mais

sensíveis às desigualdades sociais.

Por outro lado, são os Príncipes que

acreditam na economia de mercado,

têm experiência de gestão e domi-

nam as regras da economia global. A

Facção da Liga deixa-se entusiasmar

pelos ideais maoístas, e até pelo ro-

mantismo da Revolução Cultural.

Mas certos Príncipes, no afã de

manterem nas mãos do partido

todo o poderio económico que a

China tem acumulado, e combate-

rem a corrupção e as máfi as que se

multiplicam, também são atraídos

pelo revivalismo maoísta. Foi o caso

de Bo Xilai, um eminente Príncipe,

ex-chefe do Partido na cidade de

Chongqing, onde mandou prender

centenas de mafi osos. Represen-

tante de uma tendência em ascen-

são, tudo indicava que seria hoje

nomeado para a Comissão Perma-

nente do Politburo, não se tivesse

envolvido, por interposta esposa,

num escândalo de espionagem e

homicídio, que o levaria à expulsão

do partido. Ainda são obscuras as

circunstâncias do assassínio, num

hotel de Chongqing, do empresário

britânico Neil Heywood, de que foi

Cada uma das facções é composta por inúmeros grupos e tendências, mas também por sub-grupos que partilham afi nidades com a facção rival. A confusão é enorme

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PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | MUNDO | 31

MARK RALSTON/AFP

acusada Gu Kailai, mulher de Bo.

Mas o afastamento deste foi a con-

sequência oportuna. Provavelmen-

te para certos Príncipes do Partido

Comunista que não lhe perdoaram

o facto de querer ser… comunista.

Vinganças e retaliaçõesUma causa assumidamente trans-

versal às duas facções é o combate

à corrupção. Todos os líderes admi-

tem que ela é um problema grave

e anunciam programas para a sua

erradicação. Mas a receita passa

sempre por fortalecer os poderes

da comissão do partido contra a

corrupção, que já existe. O sistema

é engenhoso: as acusações de cor-

rupção são levadas a esta comissão,

que investiga ou não, consoante as

ordens de funcionários superiores

ao acusado. Nalguns casos, a autori-

zação tem de provir do próprio Pre-

sidente da República. A comissão

investiga e eventualmente conde-

na, sem qualquer intervenção dos

tribunais. Produz, todos os anos,

muitas condenações, mas a escolha

das “vítimas” não é mais do que a

concretização de vinganças ou re-

taliações de umas facções sobre as

outras.

São muitas, variadas e difíceis

as formas obter equilíbrios entre

as “coligações” do partido. Mas es-

se equilíbrio é fundamental para

a estabilidade do país. Dos nove

membros da actual Comissão Per-

80%dos 1300 milhões de chineses são a favor de uma reforma política, diz uma sondagem publicada pelo jornal chinês Global Times e a corrupção é a sua maior preocupação

7,7%é quanto se espera que o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresça no último trimestre deste ano, de acordo com uma análise da agência Reuters.

manente do Politburo, cinco per-

tencem à facção Taizidang, e quatro

à Tuanpai. Sabe-se que a Comissão

vai ser reduzida a sete elementos,

e que a linha conservadora dos

Príncipes continuará a ter a maio-

ria, provavelmente de quatro para

três, mas talvez de cinco para dois.

Dos novos líderes, o Presidente, Xi

Jinping, é um ilustre elemento do

Gang de Xangai, enquanto o pri-

meiro-ministro fez parte da Liga

da Juventude. Durante a próxima

semana, saber-se-á quem vai pre-

dominar, e quem terá fi cado pelo

caminho.

Na zona de Xintiandi, em Xangai,

há uma casa que está transformada

em museu, porque foi ali que, em

1921, foi criado o Partido Comunis-

ta Chinês. Entre as muitas fotogra-

fi as, simulações e artefactos, há

uma galeria, na parede, de fi guras

importantes do partido, à época

da fundação. Por baixo das foto-

grafi as está escrita uma nota bio-

gráfi ca. Alguns exemplos: “Zhang

Guotao, 1897-1979. Foi delegado

do Partido no início, em Pequim.

Foi eleito para o Comité Central no

Primeiro Congresso Nacional. De-

pois envolvido em actividades pa-

ra dividir o partido, foi expulso em

1938”. Ou: “Liu Renjing, 1902-1987.

Delegado do partido por Xangai…

foi expulso do partido por se ter

ligado aos trotskistas”. Ou ainda:

“Chen Gonngbo, 1890-1946. Foi de-

legado do partido Comunista em

Guangzhou. Desertou para o inimi-

go, tornando-se um traidor, duran-

te a guerra da resistência contra a

agressão japonesa. Foi condenado

à morte e executado”. Mais um

exemplo: Zhou Fohai, 1897-1948.

Foi delegado da organização dos

estudantes do Partido Comunista.

Tornou-se traidor e foi condenado

a prisão perpétua”.

As reportagens na China sãofinanciadasno âmbitodo projecto Público Mais publico.pt/publicomais

PERGUNTAS E RESPOSTAS

O que é?Os chineses chamam-lhe a “grande reunião”. Após a morte de Mao Tsetung, em 1977, ficou decidido que se realizaria de cinco em cinco anos, sempre em Outubro ou no início de Novembro. Em Pequim, reuném-se 2200 delegados oriundos de todas as províncias e territórios chineses para nomear novos dirigentes. Este ano assume uma importância maior porque é chegado o momento de mudar de líderes (o que acontece de dez em dez anos). O todo-poderoso Comité Permanente terá uma nova composição e um novo secretário-geral assumirá a presidência na próxima década.Quem é escolhido para secretário-geral do partido?No tempo de Mao Tsetung e Deng Xiaoping, o líder escolhia o sucessor. Agora o processo de selecção é um braço-de- ferro entre facções. Este ano o processo, repleto de intrigas políticas e não só (o caso Bo Xilai, por exemplo), foi em parte tornado público e expôs que há pouca harmonia nas transições políticas. O Presidente que cessa funções, Hu Jintao, escolhera Li Keqiang para novo secretário-geral e Presidente, mas Xi Jinping foi consensual junto de mais grupos de interesses.Quem são os novos dirigentes?São a quinta geração desde

Mao. Passaram por cargos na administração e na gestão e têm educação superior. Alguns foram secretários provinciais do partido. A 4.ª geração (que está de saída) era sobretudo composta por economistas e engenheiros. Este ano, e de acordo com a BBC, há um número muito elevado e atípico de “príncipes” — filhos de antigos dirigentes que beneficiaram de uma educação e uma vida priviligiadas.Quem sai?Os analistas dizem que esta será uma renovação de líderes monumental. Sete dos nove membros do Comité Permanente devem sair, assim como 14 dos 25 no Politburo. Serão substituídos 70% dos dirigentes da Comissão Central Militar (o órgão do partido que gere o Exército do Povo). E quem chega aos 70 anos tem de se retirar da política: alguns lugares serão já ocupados pela 6.ª geração. O que fará o Presidente que cessa mandato?Hu Jintao poderá tornar-se num reformado muito poderoso que continuará a puxar os cordéis do rumo da China. São seus protegidos os homens que assumirão o governo. Se prosseguem na mesma linha ou avançam para um programa de reformas que inclua o sistema político é a grande dúvida. A.G.F

18.º Congresso do Partido Comunista Chinês

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32 | MUNDO | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

Marta Umbelina da Silva, uma polícia

de 44 anos, foi assassinada em sua

própria casa e em frente da sua fi lha

de 11 anos, com dez tiros. Mais do

que um homicídio, foi uma execução

— uma das 98 execuções de agentes

policiais que já ocorreram este ano

na área metropolitana de São Paulo,

a maior cidade brasileira, onde está

em curso uma onda de crime vio-

lento centrada num ajuste de contas

com a polícia da parte do bando de

narcotráfi co Primeiro Comando da

Capital (PCC), que em 2006 lançou

o caos em São Paulo.

“O Estado não pode ignorar mais

esta guerra”, afi rmou o eleito local

Olímpio Gomes, veterano de 29 anos

na polícia, que esteve no funeral da

agente morta, citado pela Reuters. É

que ao ataque dos trafi cantes junta-

se a disputa política.

A guerra do PCC terá começado

por causa de uma operação policial

que não cumpriu o “protocolo”, diz

a Reuters. A polícia terá usado vigi-

lância de vídeo para prender alguns

trafi cantes e o PCC quis “punir” se-

veramente a polícia, assassinando

agentes — um por cada membro do

PCC que foi preso, dois por cada trafi -

cante morto. E, segundo diz Olímpio

Gomes, o PCC estará a aceitar o ho-

micídio de polícias como pagamento

por droga. Estas mortes acabam por

fazer vítimas colaterais: só na última

semana, mais de 50 civis morreram,

entre os quais um sexagenário atro-

pelado quando o motorista de um au-

tocarro tentava fugir de atacantes.

O governador de São Paulo, Ge-

raldo Alckmin, do Partido da Social

Democracia Brasileira (PSDB) — o

maior rival do Partido Trabalhista

da Presidente Dilma Rousseff — fez

da descida em 70% da taxa de homi-

cídios em São Paulo na última déca-

da um dos seus emblemas. Mas disse

que o PCC “tem sido transformado

num mito”. Recusou a oferta do en-

vio do Exército, que recentemente

ajudou a livrar favelas do Rio de Ja-

neiro do narcotráfi co, e ao mesmo

tempo criticou os cortes de Rousseff

nos gastos federais com a segurança,

que caíram 21%.

Mas os analistas dizem que, até

estar resolvida a segunda volta das

eleições municipais (28 de Outubro),

Alckmin nunca aceitaria uma ajuda

de Rousseff — para não prejudicar o

candidato do PSDB. Acabada a elei-

ção, foi acertada a criação de uma

agenda para a segurança, com en-

volvimento federal e estadual.

Onda de execuçõesde polícias em São Paulo

Narcotráfico

JOHANNES EISELE/AFP

“A boa notícia é que as reformas estão a dar os primeiros resultados” nos países assistidos, como Portugal

Angela Merkel, chanceler alemã,

insistiu ontem na necessidade de

corrigir rapidamente as lacunas da

moeda única europeia para evitar

uma repetição das causas da actual

crise da dívida, defendendo que, se

necessário, o Tratado da União Euro-

peia (UE) terá de ser alterado.

Num discurso no Parlamento Eu-

ropeu (PE), em Bruxelas, Merkel afi r-

mou esperar que os líderes da UE

aprovem em Dezembro um roteiro

“ambicioso” sobre as reformas que

terão de ser levadas a cabo nos pró-

ximos dois a três anos e que terão

de incluir um reforço do controlo

europeu dos orçamentos nacionais

em caso de risco de violação das re-

gras comuns.

“As instituições europeias têm de

ser reforçadas para lhes permitir

corrigir de forma efi caz os erros e

a violação das regras” pelos Gover-

nos, afi rmou.

As reformas terão ainda de incluir

maior harmonização das políticas

económicas dos países do euro, in-

Merkel quer “renovar” a zona euro com alteração do Tratado da UE

cluindo nas áreas “delicadas” do

mercado de trabalho e da fi scali-

dade. Em paralelo, frisou, a zona

euro poderá vir a dispor de um ins-

trumento fi nanceiro específi co para

ajudar os países em difi culdades, no

exterior do Orçamento da UE.

Todas estas ideias estão actual-

mente em debate entre os Governos

europeus e deverão desembocar, no

fi m do ano, num acordo sobre os no-

vos termos de uma união económi-

ca, bancária, orçamental e política

entre os membros do euro.

A longo prazo, disse ainda a chan-

celer, a Comissão Europeia poderá

tornar-se no “Governo europeu” e

o PE na “segunda câmara” parla-

mentar, sem o que a zona euro não

poderá funcionar. No entanto, fri-

sou, “hoje temos de salvar o euro,

e dar um pouco de tempo às pesso-

as para nos acompanharem” nesta

evolução. A prova de que os povos

europeus precisam de tempo está

na rejeição em referendo do Tratado

Constitucional europeu em França e

na Holanda em 2005, lembrou.

Confrontada com críticas de vá-

rios deputados contra os programas

de austeridade em curso nos países

sob assistência fi nanceira — incluin-

do Portugal —, a chanceler insistiu na

necessidade de continuar as refor-

mas, embora afi rmando-se compre-

ensiva relativamente às difi culdades

das respectivas populações. A boa

notícia, referiu, é que “as reformas

estão a dar os primeiros resultados,

os esforços não estão a ser em vão.

Na Irlanda, Portugal e Espanha, mas

também na Grécia, os custos unitá-

rios do trabalho caíram de forma as-

sinalável” e os “défi ces das contas

correntes também estão a encolher”,

afi rmou. Esta evolução é positiva pa-

ra a competitividade das respectivas

economias, considerou.

Merkel recusou, por outro lado,

que as difi culdades da Grécia resul-

tem da austeridade associada ao pro-

grama de ajustamento imposto pe-

la troika de credores internacionais

(Comissão Europeia, Banco Central

Europeu e FMI), em contrapartida

da assistência fi nanceira. Os proble-

mas da Grécia começaram quando o

défi ce orçamental chegou aos 15% do

PIB e os mercados decidiram cortar-

lhe o acesso a fi nanciamento a baixo

custo, afi rmou. Nessa altura “não es-

tava lá troika nenhuma”.

A chanceler disse igualmente que

o reforço da zona euro que defende

não deverá desembocar numa UE

a duas velocidades, mas sim numa

“Europa de força dupla”.

A esse propósito, Merkel, que

partiu logo a seguir ao debate no

PE para Londres, para jantar com

o primeiro-ministro britânico, David

Cameron, que enfrenta uma pressão

interna crescente para cortar amar-

ras com o continente, afi rmou de

forma enfática que quer “um Reino

Unido forte na UE”.

Crise da dívidaIsabel Arriaga e Cunha, BruxelasPerante o Parlamento Europeu, a chanceler alemã defendeu a sua visão para salvar a moeda única

Breves

Segue para Parlamento

Emissário vai ao Líbano

Governo socialista francês aprovou casamento gay

Papa não envia missão à Síria por falta de segurança

O Governo socialista francês adoptou formalmente ontem o projecto de lei que dá luz verde ao casamento gay. O documento, que alarga o “casamento para todos”, tem a feroz oposição de todas as grandes confissões religiosas em França, segue agora para o Parlamento, onde a direita promete opor-se por todos os meios. “O casamento é contraído por duas pessoas de sexo diferente ou do mesmo sexo”, lê-se no projecto de lei. Os casais homossexuais passam a poder adoptar crianças em conjunto (até agora, em união civil, um dos elementos do casal podia adoptar uma criança, mas não o casal). Uma sondagem publicada ontem pelo Le Monde mostra que os franceses são favoráveis ao alargamento do casamento (65%) e a maioria vê com bons olhos a adopção por casais homossexuais (52%).

O Papa Bento XVI anunciou ontem que, em vez de mandar a planeada delegação de cardeais à Síria, vai apenas enviar um emissário ao Líbano, o cardeal Robert Sarah, por motivos de segurança. “Para manifestar a minha solidariedade e a de toda a Igreja à população na Síria, o meu desejo era de enviar uma delegação de cardeais a Damasco”, afirmou. “Diversas circunstâncias e a evolução da situação não tornaram possível a iniciativa nas modalidades desejadas e, por consequência, a partir de hoje e até 10 de Novembro, o cardeal Sarah estará no Líbano, onde se encontrará com os pastores e os fiéis das igrejas presentes na Síria.”

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PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | MUNDO | 33

Parlamento grego forçado a aprovar austeridade com protestos na rua

FOTÓGRAFO

Na Praça Syntagma, frente ao Parlamento, ao princípio da noite, juntavam-se 70 mil pessoas

Marie Lavrentiadou vê nas medidas

que o Parlamento se preparava para

aprovar ontem à noite, em Atenas,

um recuo de décadas. “Levam-nos

muitos anos para trás. Todos os di-

reitos do trabalho conquistados pelo

povo grego depois da II Guerra Mun-

dial são anulados”, disse, ao comen-

tar a votação de cortes na despesa de

18,1 mil milhões de euros, até 2016.

Foi em protesto contra mais auste-

ridade que esta sindicalista, ouvida

pela AFP, se empenhou na greve ge-

ral de dois dias que ontem culminou

com uma manifestação frente ao Par-

lamento. A concentração, que decor-

ria enquanto os deputados discutiam

o agravamento da austeridade, foi

marcada por distúrbios, com a po-

lícia a usar gás lacrimogéneo contra

manifestantes que terão lançado ob-

jectos contra os agentes.

Entre os manifestantes estaria

Dimitris Tskikerdis, 35 anos, infor-

mático com contrato a prazo, que

horas antes tinha dito à agência que

ia manifestar-se, como já fez noutras

ocasiões. Mesmo admitindo que os

protestos “nada mudaram” até ago-

ra, foi isso que entendeu fazer. Ele

e um número de gregos calculado,

ao princípio da noite, em mais de 70

mil, concentrados na Praça Syntag-

ma. “Abaixo a política de submissão

e de humilhação”, lia-se num dos

cartazes de protesto.

“O projecto passará, os deputados

vão votá-lo, mesmo que o resultado

seja apertado, com uma maioria mui-

to fraca”, prognosticou este eleitor

do partido de esquerda radical, Syri-

za. Dentro do Parlamento, decorria

um debate tempestuoso, segundo

os relatos das agências, e deputados

preparavam-se para o que se antevia

uma noite longa.

A paralisação deixou Atenas sem

transportes públicos, causou per-

turbações nos transportes aéreos e

marítimos, encerramento de servi-

ços públicos e acumulação de lixo

nas ruas. Só ontem à tarde o Metro

voltou a funcionar, para permitir aos

manifestantes dirigirem-se à Praça

Syntagma. Na terça-feira, primeiro

dia da greve geral, cerca de 40 mil

pessoas protestaram em Atenas e 20

mil em Salónica.

O projecto de lei prevê a redução

critos no Orçamento que tem

votação prevista para domingo.

A oposição à austeridade não está

apenas na rua. O Supremo Tribunal

considerou ontem “anticonstitucio-

nal” e “ilegal” a redução de quase

27% dos salários dos juízes — uma das

medidas do projecto de lei. O órgão

judicial lembrou que a Constituição

prevê que os vencimentos dos juí-

zes seja “proporcional ao salário dos

deputados”, para o qual não estão

previstos cortes. A diminuição sala-

rial vai dos 27% para a magistratura

(o que, segundo a AFP, representa

3000 euros para o presidente do

Tribunal de Apelo) a 2% para os sol-

dados rasos.

Teste à coligaçãoSe ainda havia quem acreditasse que

2013 seria mais fácil para os gregos,

a Comissão Europeia encarregou-se

ontem de o desmentir. As previsões

de Outono indicam que, após seis

anos de recessão, a Grécia só deve

retomar o crescimento em 2014.

No próximo ano, para o qual esta-

va prevista estagnação, a estimativa

é agora de uma recessão de 4,2%.

O desemprego deve chegar a 24%

em 2013 para depois ter uma ligeira

recuperação, para 22%. A dívida, ao

contrário, deve atingir os 188,4% do

PIB em 2013 e 188,9% em 2014.

A votação de ontem era também

um teste à coligação liderada pelo

partido de direita Nova Democra-

cia, do primeiro-ministro Antonis

Samaras, pelos socialistas do Pasok

e pelo partido de esquerda Dimar.

Apesar da deserção de três deputa-

dos desde a formação do Governo,

em Junho, Samaras mantinha uma

maioria de 176 deputados em 300,

mas ontem à tarde admitia-se que

a base de apoio do governo saísse

fragilizada da votação.

Gás lacrimogéneo contra manifestantes. Debate parlamentar prolongou-se pela noite dentro. Esperava-se que deputados aprovassem mais cortes. Base de apoio ao Governo pode sair fragilizada

AusteridadeJoão Manuel Rocha

de salários na função pública e nas

pensões, cortes nos apoios sociais

e de saúde, aumento da idade da

reforma para os 67 anos e redução

de indemnizações por cessação de

contrato de trabalho. A reorganiza-

ção da função pública, com intro-

dução da possibilidade de despedi-

mento, e a liberalização do mercado

de trabalho devem também ter sido

aprovadas.

As medidas são reclamadas pelos

credores internacionais, União Euro-

peia e Fundo Monetário Internacio-

nal, para continuarem a emprestar

dinheiro à Grécia. O ministro das Fi-

nanças, Yannis Stournaras, considera

imperiosos os cortes, devido à neces-

sidade de “pagamento iminente da

parcela do empréstimo para evitar

uma falência desordenada”.

Metade dos 18,1 mil milhões

de cortes previstos até 2016 de-

verão ser feitos já em 2013 e ins-

18,1milhares de milhões de euros é o valor dos cortes na despesa, previstos até 2016, que o Parlamento estava a discutir

24%Desempregados que o país deve ter no próximo ano, segundo as previsões de Outono da Comissão Europeia, ontem divulgadas

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34 | CULTURA | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

DUARTE RORIZ/CORREIO DA MANHÃ

A “ínclita geração” chegou à direcção do maior organismo da Cultura

Isabel Cordeiro saiu do Palácio de Queluz em Setembro

Os elogios à escolha de Isabel Cor-

deiro, nomeada terça-feira à noite

para directora-geral do Património,

vão quase todos numa direcção e va-

riam apenas entre o “excelente” e o

“óptimo”. A nova directora — dizem

outros — faz parte de uma “ínclita ge-

ração” que chegou aos institutos da

Cultura no início dos anos 90, uma

geração qualifi cada, que pôde ser ab-

sorvida porque havia meios, e que

renovou profundamente a área dos

museus e do património.

A historiadora de arte e gestora cul-

tural, 46 anos, tem uma longa carrei-

ra nos museus, área para a qual en-

trou com Simonetta Luz Afonso, que

liderou a criação do Instituto Portu-

guês de Museus (IPM) em 1991.

O novo secretário de Estado da

Cultura, Jorge Barreto Xavier, avan-

çou logo com um substituto para

Elísio Summavielle, que apresen-

tou a demissão da Direcção-Geral

do Património Cultural (DGPC) na

segunda-feira, na sequência da saída

de Francisco José Viegas, o anterior

secretário de Estado, que se demitiu

por razões de saúde em Outubro.

O PÚBLICO soube que Isabel

Cordeiro não terá sido a primeira

escolha de Barreto Xavier. O actual

director do Museu Nacional de Arte

Antiga, António Filipe Pimentel, terá

declinado o convite por não querer

abandonar a sua equipa e a insti-

tuição que aceitou dirigir há pouco

mais de dois anos. Isabel Cordeiro,

por seu lado, tinha saído em Setem-

bro da direcção do Palácio Nacional

de Queluz, monumento que passou

a ser gerido pela Parques de Sintra-

Monte da Lua, empresa que já admi-

nistrava, por exemplo, o Palácio Na-

cional da Pena e o de Monserrate, na

reestruturação recente do sector do

património. Terminado o mandato,

tinha pedido para voltar aos museus,

quando foi convidada pelo secretário

de Estado para assessorar o gabine-

te de Barreto Xavier, que ontem não

quis comentar a escolha.

Isabel Cordeiro é a nova directora-geral do Património. Reúne duas características essenciais: formação em História de Arte e muita experiência como gestora cultural

Património Isabel Salemae Lucinda Canelas

“A Isabel é uma excelente esco-

lha”, disse Simonetta Luz Afonso,

actual presidente da Assembleia

Municipal de Lisboa. “É uma pes-

soa capacíssima, muito inteligente,

trabalhadora e estudiosa. Além dis-

so é cordial, está habituada a criar

consensos, o que é obviamente im-

portante numa altura como esta, em

que as difi culdades levam as pessoas

a extremar posições.” Anabela Car-

valho, que a conheceu no início do

IPM e está neste momento no Museu

do Chiado, diz que Isabel Cordeiro

junta a formação em História de Ar-

te com capacidade de gestão: “Alia a

especialização, o conhecimento dos

assuntos, e a capacidade de gestão.

As pessoas, geralmente, ou têm uma

coisa ou outra e é raro juntarem as

duas.” Nas palavras de Luz Afonso:

“É alguém que não assentou praça

em general. Começou por baixo e,

por isso, tem um conhecimento pro-

fundo do mundo dos museus. Tudo

o que ela mandar fazer já fez.”

É António Filipe Pimentel que fala

da “ínclita geração”. O director de

Arte Antiga, que não confi rma que

lhe tenha sido feito um convite pa-

ra a direcção-geral, diz que foi uma

geração que fez “um movimento de

renovação” no sector: “Acho uma

óptima nomeação. Deu excelentes

provas por onde passou. Tem a for-

mação em História de Arte a par da

experiência como gestora. Vejo com

os melhores olhos e com grande es-

perança para o futuro.”

António Lamas, presidente da

sociedade Parques de Sintra-Monte

da Lua, também acha que “é uma

óptima escolha”, “porque conhece

bem a casa na área dos museus e dos

palácios”.

O antropólogo Joaquim Pais de

Brito, director do Museu Nacional

de Etnologia, considera que a Direc-

ção-Geral do Património Cultural en-

tregue a Cordeiro é “uma belíssima

notícia”: “É uma profi ssional notável.

Foi uma interlocutora muito compre-

ensiva em relação aos bloqueios e di-

fi culdades com que as equipas dos

museus trabalham, que são quase

por defi nição situações carenciadas.

Mais ainda em situação de crise. Pa-

directores — de um modo geral, um

para património e museus, outro pa-

ra a arqueologia e um terceiro com

o pelouro fi nanceiro —, mas não se

sabe ainda se manterá em funções a

equipa de Summavielle. Para além de

quatro serviços centrais e respectivos

directores, esta direcção-geral, cuja

lei orgânica foi aprovada em Con-

selho de Ministros em Abril, conta

com 20 serviços dependentes (estão

neste bolo todos os museus nacio-

nais, conventos e mosteiros, alguns

deles património Mundial da Unes-

co). Segundo os recursos humanos

da DGPC, no seu quadro de pessoal

estão “aproximadamente” 900 pes-

soas. A repetir-se o orçamento deste

ano, a DGPC terá para gerir em 2013

37,5 milhões de euros (31 dos quais

para funcionamento, os restantes

para investimento).

Sobre as qualidades de Isabel Cor-

deiro para dirigir o maior instituto

da área da Cultura, Pais de Brito sa-

lienta que a nova directora-geral “é

uma pessoa dialogante e muito siste-

mática.” Esta capacidade de defi nir

objectivos e ir em frente é também

sublinhada por Anabela Carvalho, do

Chiado: “Ela é muito conhecedora

das áreas, com capacidade de lide-

rança.” Sobre o inesperado de ter na

cadeira do director-geral do patrimó-

nio alguém da área dos museus, que

terá de gerir a área da salvaguarda

do património arquitectónico, como

todos os processos de autorização de

obras, Carvalho diz que ela é mulher

com energia para isso: “É muito ca-

paz de eleger equipas e de as liderar.

Ela mete-se muito facilmente dentro

dos assuntos.”

O seu grande desafi o como direc-

tora-geral será “manter a qualidade”

num cenário de grandes restrições

orçamentais, diz Simonetta Luz

Afonso, sem deixar de estar atenta

à internacionalização e à ligação com

o turismo, “a grande mais-valia do

património”. “As pessoas que acham

que é estranho ver alguém dos mu-

seus à frente da Direcção-Geral do

O grande desafi o como directora-geral será “manter a qualidade” num cenário de grandes restrições orçamentais, diz Simonetta Luz Afonso

ra ela, no contexto actual, não será

fácil.”

Uma casa grandeA direcção-geral que Isabel Cordeiro

vai assumir é um mega-organismo

que, pela primeira vez desde o início

da década de 90, coloca sob a mesma

chefi a os museus, os monumentos e

a arqueologia, resultando da junção

dos institutos de Gestão do Patrimó-

nio Arquitectónico e Arqueológico

(Igespar) e dos Museus e da Conser-

vação (IMC). Esta reorganização do

património, um projecto do ex-direc-

tor, Elísio Summavielle, que muitos

compararam ao Instituto Português

do Património Cultural dos anos 80,

fez parte de um plano mais abran-

gente que passou também por aquilo

a que Summavielle chamou “um es-

forço de territorialização da Cultura”

e que implicou ainda a transferência

de 15 dos 28 museus que estavam sob

a tutela do IMC para a administração

das direcções-regionais de Cultura

(DRC).

Na DGPC, Cordeiro terá três sub-

Page 35: 8 Nov - PÚBLICO

PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | CULTURA | 35

Património esquecem-se que os mu-

seus são, eles mesmos, património.

A maioria, aliás, está instalada em

edifícios de valor patrimonial.”

Summavielle também não tem dú-

vidas da transversalidade de Cordei-

ro: “Estou muito contente e aliviado

que seja a Isabel a substituir-me. É

de clínica-geral, conhece os sectores

todos e não tem uma visão corpora-

tivista”, disse ao PÚBLICO.

E a salvaguarda?Cordeiro tem à sua espera, por exem-

plo, uma legislação complexa e cen-

tenas de processos de classifi cação

em curso, muitos dos quais caduca-

rão no fi m do ano. E a salvaguarda

do património lida com uma escala

ao nível dos centro históricos de Lis-

boa e Porto. “O facto de ela vir dos

museus não é um problema, mas não

a conheço”, diz o arquitecto Walter

Rossa, especialista em pombalino.

O arquitecto e urbanista Nuno Por-

tas prefere não comentar a escolha

de Isabel Cordeiro por ser também

um nome que conhece “de forma

muito vaga”. Mas adverte que a área

do património é complexa e pode le-

vantar muitas difi culdades. “Há uma

febre de classifi car tudo — qualquer

dia está o país todo”, diz Portas, la-

mentando que não haja critérios mais

defi nidos, nomeadamente no que diz

respeito ao património recente. “As

coisas têm sido muito casuísticas,

sem critérios de prioridades claros.

E agora explicaram-me que estas coi-

sas vão passar muito pelas direcções

regionais, onde nem sempre estarão

as pessoas mais informadas.”

Quanto aos centros históricos, on-

de a pressão de políticos, empresas

e privados sobre a DGPC pode ser

maior, Nuno Portas é peremptório:

“Tem-se classifi cado de mais. As clas-

sifi cações têm servido para se faze-

rem planos de salvaguarda, o que é

positivo, mas pouco mais. O Estado

não tem dinheiro para se substituir

aos privados e devia preocupar-se

primeiro em melhorar o espaço pú-

blico. A gestão de um centro históri-

co é muito exigente e depende mui-

to dos municípios. Fazer com que as

coisas funcionem numa cidade não

depende só da direcção do patrimó-

nio — quem tem de garantir que se

cumpre a lei, o que nem sempre é

fácil — nem sequer da Cultura. De-

pende também de outros ministé-

rios, passa pela economia, os trans-

portes, o turismo, o ordenamento

do território…”

Ontem, a directora-geral não es-

teve disponível para comentar a sua

nomeação.

O escritor francês Jérôme Ferrari,

quando ontem se viu rodeado de de-

zenas de jornalistas como acontece

aos vencedores do mais prestigiado

prémio de literatura francês, o Gon-

court, brincou: “Sabem que Barack

Obama foi reeleito hoje, não vos es-

tá a faltar um pouco de sentido da

hierarquia?”

É o jornal Le Monde que o conta,

tal como diz que o autor do romance

Le Sermon sur la chute de Rome (ed.

Actes Sud) sentiu “uma quebra de

tensão que pode ser “considerada

como uma defi nição correcta de ale-

gria”, quando recebeu a notícia. O

júri que fez o anúncio no restauran-

te Drouant, Paris, decidiu à segunda

volta, com 5 votos contra 4 (os que

votaram em Peste et choléra, de Pa-

trick Deville, já vencedor do Prémio

Femina). Os outros fi nalistas eram

o jovem suíço Joël Dicker, 28 anos,

com La vérité sur l’affaire Harry

Quebert e a francesa de ascendên-

cia vietnamita Linda Lê com Lame

de fond.

Se Jérôme Ferrari não sabia, rapi-

damente percebeu que depois deste

prémio a sua vida literária não mais

vai ser a mesma. A sua editora, a

Actes Sud, sabe-o de certeza. Nas

primeiras declarações depois do

anúncio do prémio, o escritor disse

que estava muito contente e ainda

mais pela editora, que desde há sete

anos o apoia, por vezes em condi-

ções não favoráveis. O seu roman-

ce, cujo título se refere aos sermões

sobre a queda de Roma que Santo

Agostinho fez em 410, vendeu até

agora cerca de 90 mil exemplares,

mas com o Goncourt poderá chegar

aos 400 mil.

Nascido em 1968 em Paris, Ferra-

ri é professor de Filosofi a e conse-

lheiro pedagógico no Liceu Francês

de Abu Dabi, a capital dos Emirados

Árabes Unidos, desde este ano lec-

tivo, tendo já dado aulas no Liceu

Internacional de Argel, na Argélia,

e no Liceu Fesch em Ajaccio, Cór-

sega. É aliás nesta ilha francesa que

se passa Le Sermon sur la chute de

Rome onde Matthieu, o neto de

Marcel Antonetti, velho habitante

da Córsega, decide abandonar os

estudos de Filosofi a para abrir um

bar com Libero, seu amigo de in-

fância. Querem transformar o bar

no “melhor dos mundos possíveis”,

mas como diz a agência AFP, rapi-

damente a utopia se transforma em

pesadelo.

Prémio Goncourt para Jérôme Ferrari

LiteraturaIsabel Coutinho

Há muito que o Guimarães Jazz se

afi rmou como um dos maiores e

mais importantes festivais de Ja-

zz do nosso país. Este ano na sua

21.ª edição (de 8 a 17 de Novembro,

Centro Cultural Vila Flor), e em ano

de Capital da Cultura, tem trunfos

para que seja um sucesso.

Antes de mais, a presença tutelar

do lendário Herbie Hancock, a solo,

um dos nomes maiores do piano

jazz, num espectáculo que se an-

tevê histórico (hoje, às 22h, grande

Guimarães: capitalda cultura do jazz

auditório; amanhã, CCB, Lisboa).

No dia seguinte (dia 9, 22h), acon-

tece um espectáculo que ultrapassa

as fronteiras da música e do jazz;

o quarteto do guitarrista Bill Fri-

sell recria a suite The Great Flood,

banda sonora em tempo real para

o fi lme da autoria de Bill Morrison.

Para acompanhar a narrativa visu-

al de Morrison, criada a partir de

imagens da grande cheia do Missis-

sippi em 1927, Frisell constrói uma

teia de sons entre o jazz, o blues

e a folk.

Confi rmando um primeiro fi m-

de-semana forte, no sábado (22h)

é a vez do superquinteto liderado

pelo saxofonista Joe Lovano e pelo

trompetista Dave Douglas. No do-

mingo, 11, o festival prossegue com o

projecto Enesco Re-Imagined (22h)

do pianista romeno Lucian Ban, es-

pectáculo ambicioso que reúne sete

Festival Rodrigo Amado

A 21.ª edição do Guimarães Jazz, entre 8 e 17, tem trunfos para que seja um sucesso

fi guras do jazz de vanguarda: Mat

Maneri, Tony Malaby, Ralph Alessi,

Mark Helias, Gerald Cleaver, Badal

Roy e Albrecht Maurer. É uma ho-

menagem à vida e obra de George

Enescu (1881-1995), tendo como base

o jazz, a música erudita, o folclore

romeno e a improvisação livre.

O destaque do segundo fi m-de-

semana vai para o reencontro dos

Jazz Passengers (dia 16, 22h), pro-

jecto da downtown nova-iorquina

dos anos 80 e 90. Liderados por

Roy Nathanson (saxofone) e Curtis

Fowlkes (trombone), abriram cami-

nhos para o jazz, num cruzamento

com o rock, o noise ou o funk.

O encerramento é feito no dia

seguinte com a WDR Big Band de

Colónia a tocar a música de Randy

Brecker (dia 17, 22h). Solos incen-

diários e um toque de fusão para

fazer a festa fi nal.

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Page 36: 8 Nov - PÚBLICO

36 | CULTURA | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

Há já vários meses que o atraso

na abertura dos novos concursos

de apoio às artes, da responsabili-

dade da Direcção-Geral das Artes

(DGA), tem vindo a ser criticado e

os artistas, sem possibilidade de de-

fi nirem o destino dos seus grupos

para o próximo período de dois e

quatro anos, começam a imaginar

vários cenários. Um deles, há tem-

pos apenas uma ideia radical mas

hoje uma hipótese plausível, é o fe-

cho das próprias companhias. Luís

Miguel Cintra, encenador e co-di-

rector artístico do Teatro da Cor-

nucópia, companhia que em 2013

faz 40 anos, lançou para o debate

público as consequências daquilo

a que, no fi m do ensaio da peça

actualmente em cena, Os desastres

do Amor, defi nia ao PÚBLICO como

“asfi xia”. Em declarações ontem à

Rádio Renascença, Cintra admitiu

que a não abertura de concursos

pode levar ao fi m da Cornucópia.

Previstos, primeiro, para Setembro,

e depois atrasados para Novembro,

os concursos, que contemplariam

75% da actividade teatral e coreo-

gráfi ca, continuam sem uma data e

a DGA tem remetido a responsabili-

dade para o Ministério das Finanças

que impede a contratualização de

novas despesas.

Para Cintra a consequência deste

silêncio pode representar o fi m de

uma companhia que todos têm co-

mo referência do teatro português.

O encenador é claro nas declarações

a este jornal: “Não tenho hipóteses

de pedir um empréstimo sem garan-

tia de subsídio e não tenho capaci-

dade de endividamento pessoal”.

O Teatro da Cornucópia tem, à sua

responsabilidade, uma equipa de 15

pessoas permanentes, que incluem

a direcção artística, o secretariado

e produção, as equipas técnicas, de

manutenção de fi gurinos e cenário e

a comunicação e relações públicas.

Durante anos manteve um elenco

fi xo mas a intenção teve de ser aban-

donada quando os custos começa-

ram a aumentar. Hoje, mesmo que

no elenco dos espectáculo exista

uma presença regular dos actores,

estes são contratados por produ-

ção, o que encarece os orçamentos

de cada produção. “Fico a dever a

Asfi xia fi nanceira pode determinar o fi m do Teatro da Cornucópia

Apoios às artes Tiago Bartolomeu Costa

quem contrato e a companhia não

pode entrar em dívida. Somo uma

empresa e a única solução é a ex-

tinção”.

Desconfi ar do EstadoO que signifi cará o fi m de uma com-

panhia como a Cornucópia? E qual

será a situação de outras compa-

nhias, com valores de apoio infe-

riores ao desta que é o mais eleva-

do da área do teatro (cerca de 450

mil euros em 2012)? E como estão

a acautelar esta situação a DGA e

a Secretaria de Estado da Cultura,

agora dirigida pelo ex-director-geral

das Artes, Jorge Barreto Xavier, que

saiu do cargo depois de divergências

com a então ministra da Cultura do

governo socialista, Gabriela Cana-

vilhas, precisamente por causa da

abertura dos programas de apoio? O

PÚBLICO procurou contactar estas

duas entidades mas até ao fecho da

edição não obteve resposta.

No dia 14 a Comissão de Cultura

da Assembleia da República recebe-

rá Barreto Xavier e espera-se que as

respostas comecem a chegar. Até lá,

a espera vai tornado o trabalho cada

vez mais duro, conta Cintra, que so-

licitou uma reunião de emergência

com a DGA, que deverá acontecer

entre o fi m desta semana e o início

da próxima. Ao atraso na abertura

dos concursos acresce o atraso no

pagamento das tranches relativas a

este ano. O pagamento de Novem-

bro, no valor de 50 mil euros, está

atrasado, numa altura em que a Cor-

nucópia tem uma peça em cartaz até

25 de Novembro. Cintra acrescenta

que mesmo que o concurso abrisse

tardiamente, como é a actual situa-

ção, “podia ter-se a esperança de a

situação ser compensada mais tar-

de”. “Dependemos totalmente do

subsídio, fazemos gastos que repor-

tam às produções, mas tenho que

desconfi ar do Estado”, diz o ence-

nador, que também demonstra des-

confi ança sobre as reais capacidades

do actual Secretário de Estado para

resolver a situação. À Renascença

comentava que enquanto Barreto

Xavier foi director-geral das artes

a relação “não era carne nem pei-

xe”. “Não reconheço nele o golpe de

asa, nem a ousadia, de estabelecer

nenhuma decisão de fundo sobre a

organização de toda a cultura por-

tuguesa – que é a responsabilidade

que se lhe atribui”.

NUNO FERREIRA SANTOS

Cintra não reconhece em Barreto Xavier a “ousadia” de uma decisão de fundo sobre a cultura

Universidade de Lisboa ameaça retirar espaço aos Artistas Unidos

A companhia tem em atraso o pagamento de três prestações

A Universidade de Lisboa ameaçou ontem, em comunicado, pôr termo ao contrato com companhia

de teatro Artistas Unidos (AU), de Jorge Silva Melo, que acusou de não cumprir as contrapartidas financeiras pela cedência do espaço na antiga Cantina da Politécnica de Lisboa. Esta posição surge depois de as chuvas terem causado grandes estragos no local, obrigando os AU a adiar duas estreias.

Contactado pelo PÚBLICO, Jorge Silva Melo explicou que desde Outubro de 2011 vem alertando a Universidade para o facto de as obras não estarem bem feitas – o que, diz agora, está na origem da inundação de sábado. O encenador lamenta que desde o incidente nenhum responsável da universidade se tenha mostrado disponível para falar com ele. Entretanto, a

electricidade foi cortada, e os AU estão a trabalhar sem luz.

Silva Melo confirma que há, da parte dos AU, atraso de três prestações, e explica que a primeira, relativa ao final de 2011, não foi paga por considerarem que as obras não estavam concluídas. As outras duas, relativas a 2012, não foram pagas porque os AU “não têm dinheiro”, devido aos cortes aplicados aos subsídios pela Direcção-Geral das Artes no final de 2011. O assunto foi discutido com a Universidade em Junho, e ficou acordado que voltaria a ser analisado a partir de 20 de Outubro. “Estamos à espera que essa reunião seja agendada”.

José Pedro Sousa Dias, presidente do conselho directivo do Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa, declarou ao PÚBLICO, que está

disponível para falar com os AU, mas que espera que estes apresentem uma proposta para a resolução do problema dos pagamentos. “A Universidade tem todo o interesse em que os AU continuem aqui. O que não podemos é continuar a suportar financeiramente uma situação para a qual não temos recursos.”. No comunicado, a Universidade alegava que “perante as restrições orçamentais […] será dificilmente compreensível” assumir-se como “mecenas de uma companhia teatral que desrespeita os acordos celebrados”. Em relação ao corte da electricidade, Sousa Dias garantiu que é uma medida de segurança, “que se resolverá dentro de poucos dias”. Silva Melo alerta, contudo, para o risco de novas chuvas, o que ameaça o equipamento dos AU. Alexandra Prado Coelho

O alerta vem da voz mais autorizada no assunto. Luís Miguel CIntra diz que os atrasos nos pagamentos da Direcção-Geral das Artes vão levar ao fi m da companhia de teatro que em 2013 celebra 40 anos

Page 37: 8 Nov - PÚBLICO

PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | 37

JoanaDark é uma das peças em cena durante o mês de Novembro

A desculpa de que não há tempo

ou dinheiro para ir ao teatro já não

serve desde que o Teatro Rápido

(TR), na baixa lisboeta, no Chiado,

apresenta, de quinta a segunda-fei-

ra, quatro espectáculos que duram

apenas 15 minutos cada. O preço é

de três euros por peça. Aos fi ns-de-

semana há ainda mais duas propos-

tas a pensar no público infantil.

O projecto já arrancou em Maio

mas só agora é que começou a con-

quistar público fi el. Os curiosos, es-

ses, continuam a aparecer todas as

semanas. Vão normalmente para ver

apenas uma peça, ou melhor, uma

micropeça, e para perceber o con-

ceito deste teatro de corrida, mas

acabam por fi car e por passear pelas

restantes salas.

“Estamos a fazer uma conquista

clara porque não há este hábito em

Portugal”, diz ao PÚBLICO Ruy Ma-

lheiro, produtor executivo do TR.

“Isto é novo e noto que quando as

pessoas vêm aqui pela primeira vez

vêm com receio porque não sabem

o que esperar”, continua. “Mesmo

em termos de horários, o facto de as

sessões serem ao fi nal do dia foi es-

tranho para as pessoas, que acham

sempre que saem do trabalho e têm

de ir para casa tratar do jantar. Mas

se pensarmos bem estamos a falar

de 15 minutos, se calhar até dá jei-

to e não compromete de forma ne-

Microteatro veio de Madrid e instalou-se no Chiado

nhuma qualquer outro plano para

a noite.”

A ideia veio de Madrid, quando

Alexandre Gonçalves, director da

agência de actores Encena, teve con-

tacto pela primeira vez com o mi-

croteatro. O desejo foi trazê-lo para

Lisboa. E por isso não é de estranhar

que os moldes sejam os mesmos. Ou

seja, quatro peças em cena de quin-

ta a segunda-feira com sessões entre

as 18h e as 20h45. As únicas regras

a serem seguidas: o tempo (não po-

dem ter nem mais nem menos de 15

minutos) e o tema (que muda men-

salmente). Os projectos são escolhi-

dos através de candidatura, aberta

a todos os interessados.

Bruxas, princesas e lobos é o tema

de Novembro e quem pelo Chiado

passar encontrará quatro aborda-

gens diferentes. “É a mais-valia do

TR. Em termos culturais estas dife-

rentes visões do teatro são enrique-

cedoras”, diz o actor Paulo Nery, que

ao lado de Mané Ribeiro apresenta

na Sala 1 Sasha Gold. A Guerra dos

Cisnes, com texto e encenação de

Vicente Alves do Ó, está na sala ao

lado. Mas quem por ali passar pode-

rá ainda ver JoanaDark e Once Upon

a Time. Como as sessões se repetem

seis vezes todos os dias, não se cor-

re o risco de perder nada, havendo

ainda tempo para uma pausa no café

do TR, também com uma programa-

ção mensal, que inclui concertos e

exposições.

Para a actriz Mané Ribeiro, esta

é uma forma válida de levar as pes-

soas ao teatro. “Desde miúdos que

ouvimos os nossos pais a contarem-

nos histórias para adormecer e não

levavam mais de 15 minutos a contá-

las, portanto é possível contar uma

boa história nesse tempo ou até

menos.”

MIGUEL MANSO

Teatro RápidoCláudia Carvalho

Peças de 15 minutos a três euros cada é a proposta do Teatro Rápido, em Lisboa, que tem ganho cada vez mais adeptos

u Colóquio Eduardo Prado Coelho O edifício da alegriaO pensamento de Eduardo Prado Coelh015 ~ 16 Novembro 2012Fundação Calouste GulbenkianAuditório 3

Organização Margarida Lages //

Carlos Vargas //

Centro de Estudos sobre o Imaginário Literário (fcsh/unl) //

Observatório Político //

Apoios Divulgação

foto

grafi

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l Mor

dzin

ski

15 ~ Nov2012

Manhã

9.00h registo

9.30h sessão de abertura

10.00h // 11.00h Lição inaugural

Eduardo Lourenço11.20h // 13.00h Tudo o que não escrevi O homem

Moderadora: Maria Flor Pedroso

Emílio Rui Vilar Uma experiência internacional: a Europália 91 Guilherme d’Oliveira Martins Um novo ensaísmo Manuel Maria Carrilho O desafio cosmopolita

Tarde

14.30h // 16.30h O desejo do pensamento Filosofia

Moderador: António Camões Gouveia

António Marques Filosofia e crítica literária José Gil Linha de mistério e fogo Maria Filomena Molder A falha inevitável Nuno Nabais Filosofia e não-filosofia na teoria da literatura de Eduardo Prado Coelho16.30h // 16.45h pausa para café

16.45h // 18.45h Situações de infinito Crítica/ensaio

Moderadora: Maria João Reynaud

Carlos Reis Eduardo Prado Coelho e as ambiguidades do neo-realismo João Barrento O espaço do infinito verbal – Eduardo Prado Coelho e o ensaio Nuno Júdice Uma poética da leitura Silvina Rodrigues Lopes A dança das teorias

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16 ~ Nov2012

Manhã

9.00h // 10.45h A irresistível atracção Política

Moderadora: Cristina Montalvão Sarmento

António Pedro Pita O que ainda não tem nome. Eduardo Prado Coelho e o comunismo, nas controvérsias da Esquerda Carlos Vargas O desejo de emancipação. Leituras políticas a partir de O fio da modernidade José Carlos Serras Gago A extracção da política Manuel Villaverde Cabral Il faut être absolument moderne10.45h // 11.00h pausa para café

11.00h // 13.00h Os lugares de invenção Contemporaneidade Moderador: Maria Manuel Viana

António Mega Ferreira O homem que gostava de cidades Álvaro Domingues Paisagens transgénicas: lugar e identidade no Portugal mutante Carlos Vidal Do infinito ao prazer: a centralidade de Alain Badiou no pensamento de Eduardo Prado Coelho Teresa Cruz Redes de discurso: literatura e comunicação Tarde

14.30h // 16.30h Dimensões do imaginário Artes

Moderador: Rui Vieira Nery

Bernardo Pinto de Almeida A voz da rua Bragança de Miranda Da imagem: um debate com EPC João Mário Grilo Eduardo Prado Coelho e o cinema português Rita Benis Eduardo Prado Coelho: sobre o cinema português no feminino17.00h Encerramento

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Page 38: 8 Nov - PÚBLICO

Rua Viriato, 131069-315 Lisboa

[email protected]

Tel. 21 011 10 10/20 Fax 21 011 10 30De seg a sex das 09H às 19H38 PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012CLASSIFICADOS

Maria do Rosário Lopes, Agente de Execução, com escritório na Av. Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encon-tra-se designado o dia 15 de Janeiro de 2013, pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pelas letras “AD”, a que correspon-de o quinto andar direito, destinado a habitação, do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Rua Planeta de Mercúrio, n.º 1, Serra das Minas, Rio De Mouro, descrito na 2.ª Conservatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 00388, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 6796.Valor-base: 90.593,58 euros.Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 63.415,50 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence ao executado José Francisco Adão, com residência na Rua Planeta de Mercúrio, n.º 1, 5.º dto., Serra das Minas, fi el depositário do imóvel que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado.

A Agente de Execução - Maria do Rosário LopesAv.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C - 2710-420 Sintra

Telf. 219233364 - Fax. 219105158 - E.mail: [email protected]ário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas

Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

Maria do Rosário LopesAgente de Execução

Cédula n.º 2210

ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante propostas em Carta Fechada

(Art.º 890.º do C.P.C.)

N.º do Processo: 539/06.4TCSNTComarca da Grande Lisboa-Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente(s): Banco Espírito Santo, S.A. e outrosExecutado: JOSÉ FRANCISCO ADÃOValor: 27.665,28 €Referência Interna: PE/89/2006

NATÁLIA FERREIRAAgente de Execução

Cédula 3014

ANÚNCIO

Tribunal Judicial de AlenquerProcesso Executivo n.º 774/06.5TBALQ - 2.º JuízoExequente: Caixa Geral de Depósitos, SAExecutados: Amílcar Fernandes Rodrigues, Susana Gonçalves Barros, António Jorge de Jesus Jordão, Maria Augusta Fernandes Rodrigues, Beatriz da Silva Fernandes e Joaquim Veloso Rodrigues.FAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados, encontra-se designado o dia 7 de Dezembro de 2012, pelas 9.30 horas, no Tribunal Judicial de Alenquer, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria do Tribunal, pelos interessados na compra, do(s) seguinte(s) bem/bens:- Fracção autónoma, designada pela letra “U”, ao qual corresponde o 9.º andar Direito, situado na Praceta João Álvares Fagundes, n.º 4, freguesia de Carregado, composto 4 divisões assoalhadas, cozinha, duas casas de banho e despensa, destinada a habitação, inscrito na respectiva matriz da freguesia de Carregado sob o artigo 1005 descrito na Conservatória do Registo Predial de Alenquer sob o número 643/U/Carregado.O bem pertence aos executados, Amílcar Fernandes Rodrigues e Susana Gon-çalves de Barros. Valor-base: 75.000,00 € (setenta e cinco mil euros).Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 52.500,00 € (cinquen-ta e dois mil e quinhentos euros) que corresponde a 70% do valor-base.Sendo aqui um dos executados designado fi el depositário do imóvel, Amílcar Fernandes Rodrigues e Susana Gonçalves Barros, a quem se apresentar no local e aos mesmos deve ser solicitada a visita em caso de requerida, por serem os proprietários do citado imóvel.Carregado, 02 de Novembro de 2012

A Agente de Execução - Natália FerreiraUrbanização Qt.ª Nova, Bl B12 - loja 1, 2580-649 CARREGADOTelf. 263861021 - Fax 263100103 - E-mail: [email protected]ário de atendimento: dias úteis das 15h às 17hPúblico, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

Maria do Rosário Lopes, Agente de Execução, com escritório na Av. Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encon-tra-se designado o dia 12 de Dezembro de 2012, pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “A”, a que corresponde cave esquerda, destinada a habitação e logradouro com área de 77m2, do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Rua dos Combatentes da Grande Guerra n.º 45, freguesia de Queluz, concelho de Sintra, descrito na Con-servatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 2630, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1369.Valor-base: 54.600,00 eurosSerá aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 38.220,00 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence à executada Vera Lúcia Gomes Varela, com residência na Rua Combatentes da Grande Guerra I, n.º 45, Cave, esq.ª, Queluz, fi el depositário do imóvel, que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado.

A Agente de Execução - Maria do Rosário LopesAv.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C - 2710-420 Sintra

Telf. 219233364 - Fax. 219105158 - E.mail: [email protected]ário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas

Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

Maria do Rosário LopesAgente de Execução

Cédula n.º 2210

ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante propostas em Carta Fechada

(Art.º 890.º do C.P.C.)

N.º do Processo: 3123/03.0TCSNTComarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente: HEFESTO STC, S.A.Executado(s): ISABEL AISSATO BALDE e outrosValor: 82.478,10 €Referência Interna: PE/40/2003

COMARCA DA GRANDE LISBOA - NOROESTE

Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Processo n.º 2992/09.5T2SNT

ANÚNCIOExecução OrdináriaExequente: Banco Espírito SantoExecutado: DX Foto - Comércio de Foto-grafi a, Ld.ª e outro(s)...Correm éditos de 20 dias para citação dos credores desconhecidos que go-zem de garantia real sobre os bens penhorados ao(s) executado(s) abaixo indicados, para reclamarem o pagamen-to dos respetivos créditos pelo produto de tais bens, no prazo de 15 dias, fi ndo o dos éditos, que se começará a contar da segunda e última publicação do pre-sente anúncio.Bens penhorados:TIPO DE BEM: ImóvelDESCRIÇÃO: fracção autónoma desig-nada pela letra V, correspondente ao 4.º andar, apartamento E do prédio urbano sito na freguesia de S. Sebastião da Pe-dreira, Av. Columbano Bordalo Pinheiro, n.º 71, 71-A e 71-B, descrito na 9.ª Con-servatória do Registo Predial de Lisboa sob o n.º 2043 e inscrito na matriz da respectiva freguesia sob o art.º 1929.º, propriedade do executado Paulo Maria-no Ferreira Noronha.PENHORADO EM: 19-04-2011 ao EXE-CUTADO: Paulo Noronha. Documentos de Identifi cação: BI - 4897114, Cartão Profi ssional - 6671L, NIF - 186587864. Endereço: Av. Columbano Bordalo Pi-nheiro, n.º 71, 4.º E, 1070-061 LisboaFIEL DEPOSITÁRIO: Jorge Monteiro. Do-cumentos de Identifi cação: BI - 9591492, NIF - 194009319. Endereço: Rua de Campolide, n.º 31 - 1.º Esq.º, 1070-026 Lisboa.N/Referência: 18781918Sintra, 17-10-2012

O Juiz de DireitoDr. João Paulo Raposo

A Ofi cial de JustiçaTeresa Maria Santos Vale

Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

Maria do Rosário Lopes, Agente de Execução, com escritório na Av. Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encon-tra-se designado o dia 11 de Dezembro de 2012 pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa-Noroeste-Sintra-Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “EM”, a que corresponde o r/c D, destinado a habitação com um terraço com 27 m2 e arrecadação no 9.º Piso - Bloco A, do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Rua da Milharada, 1, 3, 5, 7 e 9, freguesia de Massamá, concelho de Sintra, descrito na Conservatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 141, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 971.Valor-base: 54.168,33 eurosSerá aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 37.917,83 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence aos executados Tânia Solange Teixeira de Oliveira e Bruno Igor Teixeira de Oliveira, com residência na Rua da Milharada n.º 1, r/c Dto., Massamá, fi el depositário do imóvel, que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado.

A Agente de Execução - Maria do Rosário LopesAv.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C - 2710-420 Sintra

Telf. 219233364 - Fax. 219105158 - E.mail: [email protected]ário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas

Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

Maria do Rosário LopesAgente de Execução

Cédula n.º 2210

ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante propostas em Carta Fechada

(Art.º 890.º do C.P.C.)N.º do Processo:1623/06.0TCSNTComarca da Grande Lisboa -Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente: BANCO ESPÍRITO SANTO SAExecutado(s): BRUNO IGOR TEIXEIRA DE OLIVEIRA e outrosValor: 63.196,38 €Referência Interna: PE/20/2011

Maria do Rosário Lopes, Agente de Execução, com escritório na Av. Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encon-tra-se designado o dia 12 de Dezembro de 2012, pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “G”, a que corresponde ao segundo andar esquerdo, destinado a habitação, do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Calçada da Rinchoa, n.º 28 e 28 A 2.º Esq.º, e também a Praceta das Avencas, n.º 18 em Rio de Mouro, descrito na 2.ª Con-servatória do Registo Predial de Sintra sob o n.º 151, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2891.Valor-base: 50.660,00 euros.Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 35.462,00 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence ao executado Seco Balde, com residência na Praceta das Avencas, n.º 18 - 2.º esq., Rinchoa, fi el depositário do imóvel, que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado,

A Agente de Execução - Maria do Rosário LopesAv.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C - 2710-420 Sintra

Telf. 219233364 - Fax. 219105158 - E.mail: [email protected]ário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas

Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

Maria do Rosário LopesAgente de Execução

Cédula n.º 2210

ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante propostas em Carta Fechada

(Art.º 890.º do C.P.C.)

N.º do Processo: 3151/06.4TMSNTComarca da Grande Lisboa-Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente(s): HEFESTO STC, S.A., e outrosExecutado: SECO BALDEValor: 9.297,54 €Referência Interna: PE/855/2007

Maria do Rosário Lopes, Agente de Execução, com escritório na Av. Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encon-tra-se designado o dia 24 de Janeiro de 2013, pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juiz 2, para abertura de propostas, que sejam entregues até às 14 horas do dia útil anterior ao designado para a venda.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “O”, a que correspon-de o piso seis, terceiro andar frente, destinado a habitação com arrecadação na cave, do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Avenida D. Correia de Sá, n.º 40 em Monte Abraão, concelho de Sintra, descrito na Conser-vatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 433, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 245.Valor-base 70.000,00 euros.Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 49.000,00 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence ao executado Cícero Aparecido Lopes, com residência na Avenida D. António Correia de Sá, n.º 40, Monte Abraão, fi el depositário do imóvel que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado.

A Agente de Execução - Maria do Rosário LopesAv.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C - 2710-420 Sintra

Telf. 219233364 - Fax. 219105158 - E.mail: [email protected]ário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas

Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

Maria do Rosário LopesAgente de Execução

Cédula n.º 2210

ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante propostas em Carta Fechada

(Art.º 890.º do C.P.C.)

N.º do Processo: 1000/08.8TCSNTComarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2Exequente: BANCO BPI SAExecutado(s): MARIA HELENA FERREIRA LOPES e outrosValor: 87.594,59 €Referência Interna: PE/214/2008

MensagensAÇORIANA NOV!DESEMPREGADATemporário, 30A, meiga.1H massagens pés,nádegas, prostata.Tb adoro idosos. Benf.Telm.: 918833312

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VARAS CÍVEISDE LISBOA

2.ª Vara CívelProcesso n.º 245/12.0TVLSB

ANÚNCIOProcedimento CautelarRequerente: Banco Bilbao Vizcaya Argenta-ria (Portugal), S.A.Requerido: Juan Carlos Perez Souto e outro(s)...A Mm.ª Juíza de Direito, Dr.ª Cristina Isabel Santos Coelho, da 2.ª Vara Cível - Varas Cíveis de Lisboa:Faz saber, que nos autos acima identifi ca-dos, correm éditos de 10 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, notifi cando:Maria José Couto Lopez, portadora do BI es-trangeiro n.º 34993092 G, NIF - 267808305, domicílio: Zn. Calle Horta de Abaixo, Bl. 5 B - Atico B - 15220 Ames - Bertamirans - A Coruña - Espanha e com última residência conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para, no prazo de 10 dias, decorrido que seja o dos éditos nos termos do disposto no art.º 385.º, n.º 6, do Código de Processo Civil, e em alternativa:• Recorrer em 15 dias, nos termos gerais, do despacho que decretou a providência, quan-do entenda que, face aos elementos apura-dos, ela não deveria ter sido decretada;• Deduzir oposição, no prazo de 10 dias, quando pretenda alegar factos ou produzir meios de prova não tidos em conta pelo tribunal e que possam afastar os funda-mentos da providência ou determinar a sua redução.Terminando o prazo em dia que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu ter-mo para o primeiro dia útil seguinte.Fica advertido de que é obrigatória a consti-tuição de mandatário judicial.Passei o presente edital para ser devida-mente afi xado.N/Referência: 18165402Lisboa, 29-10-2012

A Juíza de DireitoDr.ª Cristina Isabel Santos Coelho

O Escrivão AdjuntoFernando Gonçalves Mendes

Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

FAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados encontra-se designado o dia 21 de Novembro de 2012 às 10h30, neste Tribunal, para a abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento na Secretaria do Tribunal pelos interessados na compra do seguinte bem imóvel:Fracção autónoma, designada pela letra F, do prédio urbano sito na Av. Dr. Domingos Rosado, Lote 8, 2.º esquerdo, freguesia de Redondo, Concelho de Redondo, descrito na Conservatória do Registo Predial de Redondo sob o n.º 737 e inscrito na respectiva matriz predial sob o artigo matricial 3760.VALOR-BASE: € 65.000,00 (Sessenta e cinco mil euros).O bem imóvel penhorado aos executados, será adjudicado a quem melhor preço oferecer acima de 70% do valor-base do bem a vender, ou seja, € 45.500,00.Não se aceitam propostas que não se façam acompanhar de cheque visado à ordem do Agente de Execução no montante correspondente a 20% do valor-base, ou garantia bancária no mesmo valor - art.º 897.º, n.º 1 do CPC.Mais se informa que não houve oposição à execução e foram reclamados créditos.É fi el depositário, que deve mostrar o bem imóvel a pedido, o executado.

O Agente de Execução - César Neto BelchiorAv. Brasil, 192 B, Escritório 1 - 1700-078 Lisboa

Tel.: 213 161 380 - Fax: 213 158 586Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

ANÚNCIOTribunal Judicial de Redondo

Secção ÚnicaProcesso n.º 7/06.4TARDD

Execução para pagamento de quantia certaValor: € 92.448,12 (noventa e dois mil, quatrocentos

e quarenta e oito euros e doze cêntimos)Exequente: Investments 2234 Overseas Fund. IV BV

Executado: António Joaquim da Silva Fortes

César BelchiorAgente de Execução

Céd. P. 2822

COMARCA DA GRANDE LISBOA - NOROESTE

Sintra - Juízo de Média Instância Cível - 1.ª Secção

Processo: 25096/12.9T2SNTHerança Jacente

ANÚNCIORequerente: Ministério PúblicoRequerido: António do Rêgo Sil-va - Herdeiros Desconhecidos e outro(s)...São citados os herdeiros ou su-cessores incertos de António do Rêgo Silva, natural da freguesia de Assunção, concelho de Elvas, fi lho de Emílio Rodrigues da Silva e de Maria Rosa Marini Rego Silva, fale-ceu no dia 14 de Março de 2012, com última residência conhecida na Avenida dos Combatentes S/n, Albarraque, Rio de Mouro, para no prazo 30 dias fi ndos os 30 dias dos éditos, contados da data da segunda e última publicação do anúncio virem aos presentes autos, requerer a sua habilitação como sucessores do falecido, sob pena de não aparecendo ninguém a habilitar-se, a herança ser de-clarada vaga para o Estado, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.N/Referência: 18859678Sintra, 23/10/2012

A Juíza de DireitoDr.ª Mónica CarvalhoA Ofi cial de Justiça

Alina Maria Baunites RochaPúblico, 08/11/2012 - 1.ª Pub.

TRIBUNAL DEFAMÍLIA E MENORES

DE SETÚBAL1.º Juízo

Processo: 27/10.4TMSTB

ANÚNCIODivórcio Sem Consentimento do Outro CônjugeAutora: Maria Leonor Carola Perei-ra FerreiraRéu: Joaquim António Caetano FerreiraNos autos acima identifi cados, cor-rem éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publica-ção do anúncio, citando o(a) ré(u) Joaquim António Caetano Ferreira, com última residência conhecida em domicílio: Rua José Saramago, N.º 10, 1.º Frt., Urb. Quinta do Pi-nheiro, 2955-000 Pinhal Novo, para no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, que-rendo, a presente acção, com a indicação de que a falta de contes-tação não importa a confi ssão dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substância o pedido con-siste, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à dispo-sição do citando.Fica advertido de que é obrigató-ria a constituição de mandatário judicial.

N/ Referência: 1148281

Setúbal, 31-10-2012.

A Juíza de DireitoDr.ª Anabela de Jesus Raimundo

FialhoO Ofi cial de JustiçaCarlos F. M. da Cruz

Público, 08/11/2012 - 1.ª Pub.

Tribunal Comarca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1 - Execução Comum; Processo n.º 1520/06.9TCSNT; Valor: 109.151,81€; Ref. Interna - PE 215/2006; Nos autos acima identifi cados, em que é exequente Caixa Económica Montepio Geral e executados Carlos José Fernandes António e Gonçalves Alberto Bongo, encontra-se designado o dia 12 de Dezembro de 2012, pelas 9h30m, no Tribunal da Comarca da Grande Lisboa - Noro-este Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1, para a abertura de propostas que sejam entregues até às 14:00 horas de véspera, na secretaria do referido Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: verba única - Prédio urbano, designado pela fracção “B”, sito no Cacém no Impasse Ilha das Flores, n.º 5, correspondente ao rés-do-chão esquerdo, freguesia do Cacém, concelho de Sintra, inscrito na matriz sob o ar-tigo 851, descrito na Conservatória do Registo Predial de Agualva-Cacém, sob o n.º 597.VALOR-BASE DA VENDA: 55.000,00€. Serão aceites propostas de melhor preço igual ou acima de 70% do valor-base anunciado. É fi el depositário do imóvel o executado Carlos José Fernandes António contribuinte n.º 205860672, à qual deve o mesmo mostrar o bem caso lhe seja solicitado.Não se encontra pendente qualquer oposição à execução. Existem créditos reclamados e já graduados, pelo Ministério Público em repre-sentação da Fazenda Nacional no montante de 204,66 euros.Entrega de propostas: As propostas devem ser entregues na Secretaria do Tribunal da Comar-ca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo

de Execução - Juiz 1, até às 14h00m do dia 11 de Dezembro de 2012, em envelope fechado, com a indicação do número do processo execu-tivo, nome do exequente e executado, devendo juntar-lhe a identifi cação (fotocópias do B.l. e Cartão de Contribuinte) e assinatura do propo-nente, excepto se o proponente estiver presente na abertura de propostas, deve constar ainda o preço oferecido.Caução e depósito do preço: No acto da ven-da deve ser depositado à ordem da Agente de Execução 20% do valor anunciado para venda, ou garantia bancária no mesmo valor, e a totali-dade ou parte dos preços em falta no prazo de quinze dias após a venda, nos termos do artigo 897.º do C.P.C.Os pagamentos poderão ser efectuados por entrega de cheque visado à ordem da Agente de Execução, ou por depósito na conta cliente da mesma, aberta no Millennium BCP, com o NIB 003300004524819906405, indicando como referência o número do processo em epígrafe.Ao valor da venda acrescerão os impostos devi-dos, nomeadamente IMT e Imposto de Selo.Este Edital encontra-se afi xado na porta do imóvel, na respectiva Junta de Freguesia e no Tribunal. São também publicados dois anúncios consecutivos no jornal “Público”.

A Agente de ExecuçãoMaria Leonor Cosme

Rua José Bento Costa n.º 9, R/C Dt.ºPortela de Sintra 2710-428 SintraTelef. 219106820 - Fax 219106829e.mail: [email protected]úblico, 08/11/2012 - 1.ª Pub.

MARIA LEONOR COSMESolicitadora de Execução

Cédula n.º 1389

EDITAL DE VENDA DO IMÓVEL ABERTURA DE PROPOSTAS

VARAS CÍVEISDE LISBOA

9.ª Vara CívelProcesso n.º 1960/12.4TVLSB

ANÚNCIOInterdição / InabilitaçãoRequerente: Ministério PúblicoRequerido: José Paulo da Sil-va NunesFaz-se saber que foi distribu-ída neste tribunal, a ação de Interdição / Inabilitação em que é requerido José Paulo da Silva Nunes, com residência em domicílio: Rua Egas Moniz, n.º 11 - 3.º C, Lisboa, 1900-216 Lisboa, para efeitos de ser de-cretada a sua interdição por anomalia psíquica.N/Referência: 18160103Lisboa, 26-10-2012

O Juiz de DireitoDr. José Manuel Góis Dias

VilalongaA Ofi cial de Justiça

Luísa EstrigaPúblico, 08/11/2012

Autor: Audiogest - Associação para a gestão e Distribuição de DireitosRéu: Murray Jonh Beveridge ClarkNos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, contados da segunda e última publicação do anúncio, citando:Réu: Murray Jonh Beveridge Clark, nascido(a) em 16-08-1962, NIF - 249838745, domicílio: Hemingways Bar, Rua do Barranco N.º 37, 8400-508 Carvoeiro, com última residência conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção, com a cominação de que a falta de contestação importa a confi ssão dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substância o pe-dido consiste em;a) ser o Réu condenado a reconhecer à Auto-ra o direito exclusivo de autorizar a utilização/execução pública de fonogramas/videogra-mas no estabelecimento comercial que explo-ra, denominado “Hemingway”;b) ser o Réu condenado na proibição de utilizar/executar publicamente fonogramas/videogramas no estabelecimento comercial que explora, denominado “Hemingway” en-quanto não obtiver, junto da Autora, a licença Passmusica;c) ser o Réu condenado no pagamento da remuneração de acordo com a tabela tarifária da Autora para o ano de 2007 por contrapar-tida do respectivo licenciamento da Passmu-sica e que actualmente se cifra em 927,82 € (correspondente a 773,39€ + 154,43€). cor-respondente ao capital em dívida e aos juros de mora vencidos e, bem assim, os juros de mora vincendos à taxa supletiva legal sucessi-vamente em vigor, desde 18 de Maio de 2012 (data da entrada da presente acção em Tribu-nal) até efectivo e integral pagamento;d) ainda, o Réu ser condenado no pagamen-to da remuneração de acordo com a tabela tarifária da Autora para o ano de 2010 por contrapartida do respectivo licenciamento

da Passmusica e que actualmente se cifra em 878,91 € (correspondente a 798,79€ + 80,12€), correspondente ao capital em dívida e aos juros de mora vencidos e, bem assim, os juros de mora vincendos à taxa supletiva legal sucessivamente em vigor, desde 15 de Maio de 2012 (data da entrada da presente acção em Tribunal) até efectivo e integral pagamento;e) igualmente ser o Réu Murray John Beve-ridge Clark ser condenado a pagar à Autora a quantia de 5.000,00 € (cinco mil Euros), de-vida a título de indemnização arbitrada pelos danos não patrimoniais causados pela sua conduta omissiva;f) ser ainda o Réu condenado a pagar à Autora a quantia de 1.000,00 € (mil Euros), correspondente ao ressarcimento dos en-cargos suportados com a protecção dos direitos lesados pelo Réu, bem como, com a investigação e cessação da conduta lesiva do mesmo,g) ser também o Réu condenado a pagar à Autora a quantia diária de 30,00 €, a título de sanção pecuniária compulsória pelo atraso na prática do facto positivo do Réu, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposi-ção do citando.O prazo acima indicado suspende-se, no en-tanto, nas férias judiciais.Terminando o prazo em dia que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu ter-mo para o primeiro dia útil.Fica advertido de que é obrigatória a consti-tuição de mandatário judicial.N/Referência: 9372Lisboa, 26/10/2012

A Juíza de DireitoDr.ª Helena Isabel Dias Bolieiro

A Ofi cial de JustiçaMaria de Lurdes Custódio

Público, 08/11/2012 - 1.ª Pub.

TRIBUNAL DA PROPRIEDADE INTELECTUAL

1.º JuízoProcesso: 133/12.0YHLSB

Ação de Processo Ordinário

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ALICE LIMAAgente de Execução

CP 3687

EDITAL/ANÚNCIO DE VENDAEM PROCESSO EXECUTIVO

Alice Lima, com a cédula profi ssional n.º 3687, com domicílio profi ssional na Rua da Igreja, n.º 18, 1.º, Esc. 1, Avioso (St.ª Maria), Maia, agente de execução no âmbito da execução comum adiante identifi cada, informa os eventuais interessados que são aceites propostas de aquisição do(s) seguinte(s) bem(s) penhorado(s):LOCAL E DATA-LIMITE PARA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS: As propostas são apresentadas em carta fechada até às 14:00 horas (catorze horas) do dia 20-11-2012 (vinte de Novembro de dois mil e doze), no Tribunal Judicial de Vila do Conde, sito na Praça Luís de Camões, 4480-719 Vila do Conde, de-vendo os proponentes, nos termos do n.º 1 do artigo 897.º do Código Processo Civil, juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do soli-citador de execução no montante correspondente a 20% do valor-base dos bens, ou garantia bancária no mesmo valor. As propostas serão abertas no dia e hora indicado, não sendo obrigatória a presença dos proponentes.N.º DO PROCESSO: 1162/04.3TBVCD-C - Tribunal Judicial de Vila do Conde - 3.º Juízo Cível.EXEQUENTE: Manuel Alves Martins da Silva, NIF: 165240032, com residência na Rua José Domingues da Costa, n.º 218, Arcos, Vila do Conde.EXECUTADOS: António Miranda & Filhos - Constru-ção Civil, Lda, NIPC: 504798537, com sede na Rua da Ordem, n.º 177, Terroso, Póvoa de Varzim.BEM(S) A VENDERVerba n.º 1 - Fracção Autónoma, designada pela letra “B”, destinada a Habitação, do tipo T-Três, correspondente ao rés-do-chão direito, com garagem na cave, sito na Rua Alfredo Bastos, n.º 156, Vila do Conde, descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila do Conde sob o n.º 3890/20020916 “B” de Vila do Conde e inscrito na matriz predial urbana sob o art.º 8466.º “B” de Vila do Conde; Verba n.º 2 - Fracção Autónoma, designada pela letra “D”,

destinada a habitação, do tipo T-Dois, correspon-dente ao primeiro andar esquerdo, com garagem na cave, sito na Rua Alfredo Bastos, n.º 156, Vila do Conde, descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila do Conde sob o n.º 3890/20020916 “D” de Vila do Conde e inscrito na matriz predial urbana sob o art.º 8466.º “D” de Vila do Conde; Verba n.º 3 - Frac-ção Autónoma, designada pela letra “I”, destinada a habitação, do Tipo T-Um, correspondente ao terceiro andar direito traseiras, com garagem na cave, sito na Rua Alfredo Bastos, n.º 156, Vila do Conde, descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila do Con-de sob o n.º 3890/20020916 “I” de Vila do Conde e inscrito na matriz predial sob o art.º 8466º “I” de Vila do Conde; Verba n.º 4 - Crédito que a executada detém em consequência do acordo escrito e assina-do entre a mesma e credores (Manuel Fernando Mota Gonçalves e Maria da Graça Angeiras Fernandes), que advém da revogação do contrato de promessa de permuta de 15-11-2002. MODALIDADE DE VENDA: PROPOSTA EM CARTA FECHADAVALOR BASE: Verba n.º 1 - 53.395,20€; Verba n.º 2 - 33.372,00€; Verba n.º 3 - 20.023,20€; Verba n.º 4 - 250,00€.VALOR MÍNIMO DAS PROPOSTAS: Iguais ou supe-riores a 70% do valor-base de cada bem.FIEL DEPOSITÁRIA: A Executada.OUTRAS INFORMAÇÕES: Foi requerida a adjudica-ção pelos Credores Reclamantes Isaac Manuel Go-mes Cristelo e Marlene dos Santos Gonçalves respei-tante à verba n.º 1, pelo montante de 90.000,00€.

A Agente de Execução - Alice LimaRua da Igreja, 18 - 1.º Esc. 1

4475-641 Avioso (St.ª Maria) MaiaTel.: 229827523 - Fax: 229863261

[email protected]ário de atendimento: Dias úteis 14.30 às 17.30

Público, 08/11/2012 - 1.ª Pub.

Tribunal Judicial da Figueira da FozANÚNCIO DE VENDA EM CARTA FECHADA

EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIAProcesso n.º 1668/12.3TBFIG (3.º Juízo)Insolvente: Ana Paula Lourenço da Costa CaçãoAdministrador da Insolvência: Sebastião Campos Cruz (Dr.) Bem a vender: Prédio Urbano - Fração Autónoma “I”, des-tinado à habitação, tipo T2, 3.º andar frente esquerdo sito na Rua Helena Félix, n.º 174 da freguesia de S. Domingos de Rana e concelho de Cascais, descrito na Conservató-ria do Registo Predial de Cascais, sob a descrição n.º 6897/19971209-I, e inscrito na matriz predial com o número 16420-I, com o valor patrimonial de € 85.919,37. Será ven-dido no estado físico e legal em que se encontra e livre de quaisquer ónus ou encargos.Modalidade de Venda e apresentação das propostas: Ven-da em carta fechada (registada) ou entregue em mão com remetente da sede do administrador da insolvência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1.º - Sala 7, 4785-315 Trofa, tele-fones 252415079 ou 969033030. As propostas devem dar entrada na sede do administrador da insolvência até ao dia 20/11/2012 às 14,00 horas. Os proponentes devem indicar a sua identifi cação e direção completa, contactos telefónicos e eletrónicos e no envelope deve constar por fora a palavra “Proposta e processo n.º 1668/12.3TBFIG, 3.º Juízo”.Valor-base de venda: 140.000,00 €, tendo em conta a avalia-ção efetuada pelo credor hipotecário.Valor mínimo de venda: 70% do valor-base, ou seja, 98.000,00 €.Caução: Juntamente com a proposta deve ser apresenta-do um cheque visado no valor de 4.900,00 €, ou garantia bancária do mesmo montante, emitido a favor da Massa Insolvente de Ana Paula Cação, correspondente a 5% do valor mínimo de venda que será imediatamente devolvido caso não seja adjudicado.Data e hora para mostrar o bem: O imóvel pode ser visita-do no dia 12 de Novembro 2012 das 11,00 horas às 12,00 horas. Data, hora e local para abertura das propostas: As propos-tas serão abertas no escritório do administrador da insol-vência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1.º - Sala 7, 4785-315 Trofa no dia 20/11/2012 às 14,30 horas.

Trofa, 6 de Novembro de 2012

O Administrador da InsolvênciaSebastião Campos Cruz (Dr.)

Público, 08/11/2012

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Page 39: 8 Nov - PÚBLICO

39PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 CLASSIFICADOS

FAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados encontra-se designado o dia 28 de Novembro de 2012 às 09h30, neste Tribunal, para a abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento na Secretaria do Tribunal pelos interessados na compra do seguinte bem imóvel:Fracção autónoma, designada pela letra F, do prédio urbano sito na Travessa do Moinho, n.º 11, 2.º dt.º, freguesia de Malveira, concelho de Mafra, descrito na Conservatória do Registo Predial de Mafra sob o n.º 177 e inscrito na matriz predial sob o artigo matricial 1612.VALOR-BASE: €89.285,71 (Oitenta e nove mil, duzentos e oitenta e cinco euros e setenta e um cêntimos). O bem imóvel penhorado aos executados será adjudicado a quem melhor preço oferecer acima de 70% do valor-base do bem a vender, ou seja, € 62.500,00.Não se aceitam propostas que não se façam acompanhar de cheque visado à ordem do Agente de Execução no montante correspondente a 20% do valor-base, ou garantia bancária no mesmo valor - art.º 897.º, n.º 1 do CPC.Mais se informa que não houve oposição à execução e foram reclamados cré-ditos.São fi éis depositários, que devem mostrar o bem imóvel a pedido, os executados.

O Agente de Execução - César Neto BelchiorAv. Brasil, 192-B, Escritório 1 - 1700-078 Lisboa

Tel.: 213 161 380 - Fax: 213 158 586Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

ANÚNCIOComarca da Grande Lisboa-Noroeste

Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2Processo n.º 1827/08.0TBMFR

Execução para pagamento de quantia certaValor: €88.084,47 (oitenta e oito mil, oitenta e quatro

euros e quarenta e sete cêntimos) Exequente: Banco Espírito Santo, SA

Executado: Maria Teresa Figueiredo da Silva e outro

César BelchiorAgente de Execução

Céd. P. 2822

FAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados encontra-se designado o dia 30 de Novembro de 2012 às 09h45, neste Tribunal, para a abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento na Se-cretaria do Tribunal pelos interessados na compra do seguinte bem imóvel:Fracção autónoma, designada pela letra “C”, do prédio urbano sito na Ur-banização Capela Norte, lote 5, 1.º direito, freguesia e concelho do Cartaxo, descrito na Conservatória do Registo Predial do Cartaxo sob o n.º 1540 e inscrito na matriz predial sob o artigo matricial 6394.VALOR-BASE: € 96.428,57 (noventa e seis mil, quatrocentos e vinte e oito euros e cinquenta e sete cêntimos).O bem imóvel penhorado aos executados, será adjudicado a quem melhor preço oferecer acima de 70% do valor-base do bem a vender, ou seja, € 67.500,00.Não se aceitam propostas que não se façam acompanhar de cheque visado à ordem do Agente de Execução no montante correspondente a 5% do valor-base, ou garantia bancária no mesmo valor - art.º 897.º, n.º 1 do CPC.Mais se informa que não houve oposição à execução e foram reclamados créditos.É fi el depositário, que deve mostrar o bem imóvel a pedido, o executado António José Batista da Costa Vicente.

O Agente de Execução - César Neto BelchiorAv. Brasil, 192 B, Escritório 1 - 1700-078 Lisboa

Tel.: 213 161 380 - Fax: 213 158 586Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

ANÚNCIOTribunal Judicial do Cartaxo

1.º JuízoProcesso n.º 738/10.4TBCTX

Execução para pagamento de quantia certaValor: €110.664,28 (cento e dez mil, seiscentos e sessen-

ta e quatro euros e vinte e oito cêntimos) Exequente: Banco Espírito Santo, SA

Executado: António José Batista da Costa Vicente e outro

César BelchiorAgente de Execução

Céd. P. 2822 Tribunal Judicial da Comarca de Elvas1.º JuízoProcesso Executivo n.º 286/07.0TBELVExequente: Caixa Geral de Depósitos. S.A.Executados: Joaquim Manuel Queixinho Dias e Ana Maria Germano Pereira DiasFaz-se saber que nos autos acima iden-tifi cados, se encontra designado o dia 28 de novembro de 2012, pelas 14.30 horas, no Tribunal Judicial de Elvas, sito na Praça D. Sancho II em Elvas, para a abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria do Tribunal, pelos interes-sados na compra do seguinte prédio:- Fração autónoma designada pela letra N que corresponde ao primeiro andar di-reito do prédio urbano em regime de pro-priedade horizontal sito na Praceta José Picão Telo, n.º 24 em Elvas, freguesia de Assunção, concelho de Elvas, descrito na Conservatória do Registo Predial de Elvas sob o número 644/19940603, ins-crito na matriz sob o artigo 2403.Valor-base de venda: 76.000,00 euros. A fração será adjudicada a quem melhor

preço oferecer acima de 70% do valor-base ou seja da quantia de 53 200,00 euros.O andar pertence aos senhores Joaquim Manuel Queixinho Dias e Ana Maria Ger-mano Pereira Dias, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Praceta José Picão Telo, n.º 24 - 1.º andar direito em Elvas que a mostram a quem se mostrar interessado. Nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 897.º do Código Processo Civil, “Os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do solicitador de exe-cução ou, na sua falta, da secretaria, no montante correspondente a 20% do valor base dos bens ou garantia bancária do mesmo valor”.Portalegre, 5 de novembro de 2012

O Agente de ExecuçãoAntónio Correia Novo

Rua de Oliveira, n.º 81 - 2.º Apartado 46 - 7300-148 PortalegreTelefone. 245 377 197 - Fax. 245 341 017 Email. [email protected]úblico, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

ANTÓNIO CORREIA NOVOAgente de ExecuçãoCédula Número 1598

EDITAL

TRIBUNAL JUDICIAL DE OEIRAS

2.º Juízo Competência CívelProcesso n.º 8129/12.6TBOER

ANÚNCIOInterdição / InabilitaçãoRequerente: Ministério PúblicoRequerida: Alice dos Santos CardonaFaz-se saber que foi distribuí-da neste tribunal, a ação de In-terdição / Inabilitação em que é requerida Alice dos Santos Cardona, com residência em domicílio: Rua de Macau, n.º 56, 2.º Dto., 2780-019 Oeiras, para efeito de ser decretada a sua interdição por ANOMALIA PSÍQUICA .N/Referência: 11239000Oeiras, 25-10-2012

A Juíza de DireitoDr.ª Ausenda Brás

Moreira PiresA Ofi cial de Justiça

Carla Isabel O. Cesário SousaPúblico, 08/11/2012

LUÍS DA SILVEIRA Solicitador de Execução Céd. Prof. 2734

ANÚNCIOComarca de Alentejo LitoralSantiago do Cacém - Juízo Grande Instância Cível - Juiz 1Acção ExecutivaProcesso N.º 437/05.9TBSTCFAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados se encontra desig-nado o dia 05 de Dezembro de 2012, pelas 14,00 horas, no Tribunal acima identifi cado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem:- Fracção autónoma destinada a habitação,em duplex, integrando no 1.º piso (3.º no prédio em propriedade horizontal em que se insere) Sala comum, cozinha, lavabo, corredor, varanda e escadas de aces-so ao piso superior e neste, 2.º piso da fracção e 4.º do imóvel, três quartos (sendo dois com roupeiro), arrecadação, casa de banho e corredor, sito no Bairro do Pinhal, Bloco B 4.3.º e 4.º pisos em Santo André, em DIREITO DE SUPERFÍCIE;- Descrito na Conservatóia do Registo Predial de Santiago do Cacém sob o n.º 605/19890306-T e inscrito na matriz predial urbana da Fre-guesia de Santo André pelo Art.º 2494 - fracção T.O bem pertence a Rui Manuel Santos Carneiro Carvas e Ana Isabel Mendes Guerreiro José.VALOR-BASE: 75.000,00 €Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 52.500,00 €,correspondente a 70% do valor-base.

Santiago do Cacém, 2012-11-06

O Solicitador de Execução - Luís da Silveira

Público, 08/11/2012 - 1.ª Pub.

JUÍZOS CÍVEIS DE JUÍZOS CÍVEIS DE LISBOA (1.º A 5.º)LISBOA (1.º A 5.º)

5.º Juízo CívelProcesso: 2188/12.9TJLSB

ANÚNCIOAção de Processo SumárioAutor: Fundo de Garantia Auto-móvelRéu: Sérgio Miguel Valezim Dias e outro(s)...Nos autos acima identifi cados, cor-rem éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publica-ção deste anúncio, citando:Réu Sérgio Miguel Valezim Dias, fi lho de Vítor Manuel Lima Tavares Dias e de Maria Fernanda Salgado Valezim Dias, estado civil: Solteiro, nascido em 03-02-1977, nacional de Portugal, NIF - 215216385, BI - 10997641, domicílio: Rua de Carmen Miranda, 19, 4.º F, Torre da Marinha, 2840-000 Seixal, com última residência conhecida na morada indicada para, no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ação cujo pedido consiste no pagamento à Autora da quantia de€ 18.166,63, tudo como melhor consta no duplicado da petição ini-cial que se encontra nesta Secreta-ria à disposição do citando.O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais. Fica advertido de que é obrigató-ria a constituição de mandatário judicial.N/ Referência: 12868627Lisboa, 25-10-2012.

A Juíza de DireitoDr.ª Margarida Maria Rodrigues

RochaA Ofi cial de Justiça

Ana Lúcia de Almeida FrancoPúblico, 08/11/2012 - 1.ª Pub.

TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES E DE

COMARCA DE VILA FRANCA DE XIRA

2.º Juízo Família e MenoresProcesso: 6521/11.2TBVFX

ANÚNCIOAlteração da Regulação das Res-ponsabilidades ParentaisRequerente: Sérgio Ricardo Augus-to dos SantosRequerida: Ana Paula Costa GuerreiroNos autos acima identifi cados, cor-rem éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publica-ção do anúncio, citando a Reque-rida: Ana Paula Costa Guerreiro, domicílio: Rua Rui Grácio, Lote 369, Escada A - 4.º Direito, 1950-250 LISBOA, com última residência conhecida na morada indicada para no prazo de 10 dias, decorri-do que seja o dos éditos alegar o que tiver por conveniente, nos ter-mos do disposto no art.º 182.º n.º 3 da OTM, no sentido de ser fi xada a pensão de alimentos a pagar pela requerida ao requerente, no valor de 100,00 €, tudo como melhor consta do duplicado da petição ini-cial que se encontra nesta Secreta-ria, à disposição do citando.Terminando o prazo em dia que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil seguinte.Fica advertida de que não é obriga-tória a constituição de mandatário judicial, salvo na fase de recurso.N/ Referência: 8505192Vila Franca de Xira, 17-10-2012.

A Juíza de DireitoDr.ª Anabela RochaO Ofi cial de Justiça

José GueifãoPúblico, 08/11/2012 - 1.ª Pub.

Câmara Municipal de Castelo de Vide

AVISOPROCEDIMENTO CONCURSAL COMUM

António Manuel Grincho Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide:Faz saber, em cumprimento do disposto na alínea d) do n.º 1 do art.º 19.º da Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de Janeiro, que na sequência de proposta da Câmara Municipal de 20 de Junho de 2012, de delibração favorável da As-sembleia Municipal de 25 de Junho e do meu despacho de 17 de Setembro, se encontra aberto pelo prazo de 10 (dez) dias úteis a contar da publicação no Diário da República, Procedimento concursal comum para constituição de relação jurídica de emprego público em contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, para preenchimento de:- 1 Posto de trabalho da carreira/categoria de Técnico Superior - Direito - área de atividade de Jurista.Habilitação académica:- Licenciatura na área do Direito.

Para efeitos de candidatura deverão os interessados consultar o Aviso de abertura do Procedimento Concursal publicado na 2.ª Série do Diário da República, n.º 214, de 6 de Novembro de 2012.

Paços do Concelho de Castelo de Vide, 6 de Novembro de 2012

O Presidente da Câmara Municipal - Dr. António Manuel Grincho Ribeiro

VARAS CÍVEISDE LISBOA

12.ª Vara CívelProcesso: 1991/09.1TVLSB

Execução Ordinária

ANÚNCIOExequente: Banco Espírito Santo, SAExecutado: Agostinho Rodrigues Luzirão e outrosCorrem éditos de 20 dias para citação dos crcdores desconhecidos que gozem de ga-rantia real sobre os bens penhorados ao(s) executado(s) abaixo indicados, para recla-marem o pagamento dos respetivos créditos pelo produto de tais bens, no prazo de 15 dias, fi ndo o dos éditos, que se começará a contar da segunda e última publicação do presente anúncio.Bens penhorados:TIPO DE BEM: ImóvelDESCRIÇÃO: Fracção autónoma designada pelas letras AP a que corresponde o 7.º andar, sala 2, do prédio urbano sito na Av.ª das Forças Armadas, n.º 8, tornejando para a Rua Rainha D. Leonor, freguesia da Mina, concelho de Amadora, descrito na Conser-vatória do Registo Predial da Amadora sob o n.º 3444 a fl s. 140 v.º do Livro B-11PENHORADO EM: 03-07-2012PENHORADO A:EXECUTADO: Agostinho Rodrigues Luzirão. Documentos de Identifi cação: BI - 15742248, NIF - 180372157. Endereço- Calle Miranda. Edifício Gin-Ros, Piso 5 Apart. 5-A, Guatire - Estado Miranda, VenezuelaEXECUTADO: Florindo Reis dos Santos. Do-cumentos de Identifi cação: NIF - 180383655. Endereço: Calle Miranda, Edifício Gin-Rosa, Piso 5 Apart. 5-A, Guatire - Estado de Miran-da, VenezuelaFIEL DEPOSITÁRIO: João Gonçalves Borrega-ra. Documentos de identifi cação BI - 2417929, Cartão profi ssional - 3788, NIF - 110361393. Endereço: Rua Professor Jorge Mineiro N.º 19, 1.º Esq.º., 2745-573 BarcarenaN/Referência: 18165157Lisboa, 30/10/2012

A Juíza de DireitoDr.ª Cristina Maria Xavier Machado Dá Mesquita

A Ofi cial de JustiçaIlda Maria Monteiro

Público, 08/11/2012 - 1.ª Pub.

Tribunal de Família e Menores e de Comarca do SeixalANÚNCIO DE VENDA EM CARTA FECHADA

EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIAProcesso n.º 6622/11.7TBSXL (1.º Juízo Cível)Insolvente: José Manuel Parreira de AzevedoAdministrador da Insolvência: Sebastião Campos Cruz (Dr.) Bem a vender: Prédio Urbano - Fração “AI”, destinado à habitação, tipo T3, 6.º Andar Frente Direito, sito na Praceta 25 de Abril, n.º 2, da freguesia de Amora e concelho de Seixal, descrito na Conservatória do Registo Predial de Amora, sob a descrição n.º 1736/19891130-AI, e inscrito na matriz predial com o número 5730-AI, com o valor patrimonial de € 70.260,00. Será vendido no estado físico e legal em que se encontra e livre de quaisquer ónus ou encargos.Modalidade de venda e apresentação das propostas: Venda em carta fechada (re-gistada) ou entregue em mão com remetente da sede do administrador da insolvên-cia, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1º - Sala 7, 4785-315 Trofa, telefones 252 415 079 ou 969 033 030. As propostas devem dar entrada na sede do administrador da insolvência até ao dia 20/11/2012 às 14,00 horas. Os proponentes devem indicar a sua identifi cação e direção completa, contactos telefónicos e eletrónicos e no en-velope deve constar por fora a palavra “Proposta e processo n.º 6622/11.7TBSXL, 1.º Juízo Cível”.Valor-base de venda: 76.854,29 €, tendo em conta a avaliação efetuada pelo credor hipotecário.Valor mínimo de venda: 70% do valor-base, ou seja, 53.798,00 €.Caução: Juntamente com a proposta deve ser apresentado um cheque visado no valor de 2.689,90 €, ou garantia bancária do mesmo montante, emitido a favor da Massa Insolvente de José Manuel Parreira de Azevedo, correspondente a 5% do va-lor mínimo de venda que será imediatamente devolvido caso não seja adjudicado.Data e hora para mostrar o bem: O imóvel pode ser visitado no dia 10 de Novembro 2012 das 12,30 horas às 13,30 horas. Data, hora e local para abertura das propostas: As propostas serão abertas no es-critório do administrador da insolvência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1.º - Sala 7, 4785-315 Trofa no dia 20/11/2012 às 14,30 horas.

Trofa, 6 de Novembro de 2012

O Administrador da InsolvênciaSebastião Campos Cruz (Dr.)

Público, 08/11/2012

Tribunal Judicial de Rio MaiorANÚNCIO DE VENDA EM CARTA FECHADA

EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIAProcesso n.º 745/11.0TBRMR (1.º Juízo)Insolvente: Florindo Manuel Costa Grilo e outro(s)…Administrador da Insolvência: Sebastião Campos Cruz (Dr.) Bem a vender: Prédio Urbano, com r/c e 1.º andar suscetíveis de utilização independente, sendo o r/c destinado a habitação composto por 3 assolhadas, e o r/c destinado a comér-cio composto por 1 assoalhada, o 1.º andar destinado a habitação é composto por 4 asso-alhadas, sito na Venda da Costa da freguesia e concelho de Rio Maior, descrito na Conser-vatória do Registo Predial de Rio Maior sob a descrição n.º 4516/19970124, e inscrito na matriz predial com o número 8195, com o valor patrimonial de € 4.546,35. Será vendido no estado físico e legal em que se encontra e livre de quaisquer ónus ou encargos.Modalidade de Venda e apresentação das propostas: Venda em carta fechada (registada) ou entregue em mão com remetente da sede do administrador da insolvência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1.º - Sala 7, 4785-315 Trofa, telefones 252 415 079 ou 969 033 030. As propostas devem dar entrada na sede do administrador da insolvência até ao dia 20/11/2012 às 14,00 horas. Os proponentes devem indicar a sua identifi cação e direção completa, contactos telefónicos e eletrónicos e no envelope deve constar por fora a pala-vra “Proposta e processo n.º 745/11.0TBRMR, 1.º Juízo - Verba 1 do auto de apreensão”.Valor-base de venda: 240.000,00 €, tendo em conta a avaliação efetuada pelo credor hi-potecário.Valor mínimo de venda: 70% do valor-base, ou seja, 168.000,00 €.Caução: Juntamente com a proposta deve ser apresentado um cheque visado no valor de 8.400,00 €, ou garantia bancária do mesmo montante, emitido a favor da Massa Insolvente de Florindo Manuel Costa Grilo e outro(s)…, correspondente a 5% do valor mínimo de venda que será imediatamente devolvido caso não seja adjudicado.Data e hora para mostrar o bem: O imóvel pode ser visitado no dia 10 de Novembro 2012 das 12,30 horas às 13,30 horas. Data, hora e local para abertura das propostas: As propostas serão abertas no escritório do administrador da insolvência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1.º - Sala 7, 4785-315 Trofa no dia 20/11/2012 às 14,30 horas.

Trofa, 6 de Novembro de 2012

O Administrador da InsolvênciaSebastião Campos Cruz (Dr.)

Público, 08/11/2012

Tribunal de Família e Menores e de Comarca de LouresANÚNCIO DE VENDA EM CARTA FECHADA

EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIAProcesso n.º 188/12.8TCLRS (4.º Juízo Cível)Insolvente: José Luís dos Santos Robalo Gouveia e outro(s)…Administrador da Insolvência: Sebastião Campos Cruz (Dr.) Bem a vender: Prédio Urbano – Fração “AJ”, destinado à habitação, tipo T4, 6.º A, com arrecadação no n.º 31 sito na Rua José Afonso, n.º 9, da freguesia de Santo An-tónio dos Cavaleiros e concelho de Loures, descrito na 1.ª Conservatória do Registo Predial de Loures, sob a descrição n.º 90/19891108 - AJ, e inscrito na matriz predial com o número 575 - AJ, com o valor patrimonial de € 22.953,80. Será vendido no esta-do físico e legal em que se encontra e livre de quaisquer ónus ou encargos.Modalidade de Venda e apresentação das propostas: Venda em carta fechada (regis-tada) ou entregue em mão com remetente da sede do administrador da insolvência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1.º - Sala 7, 4785-315 Trofa, telefones 252415079 ou 969033030. As propostas devem dar entrada na sede do administrador da insolvência até ao dia 20/11/2012 às 14,00 horas. Os proponentes devem indicar a sua identifi -cação e direção completa, contactos telefónicos e eletrónicos e no envelope deve constar por fora a palavra “Proposta e processo n.º 188/12.8TCLRS, 4.º Juízo Cível”.Valor-base de venda: 60.000,00 €, tendo em conta a avaliação efetuada pelo credor hipotecário.Valor mínimo de venda: 70% do valor-base, ou seja, 42.000,00 €.Caução: Juntamente com a proposta deve ser apresentado um cheque visado no valor de 2.100,00 €, ou garantia bancária do mesmo montante, emitido a favor da Massa Insolvente de José Luís dos Santos Robalo Gouveia e outro(s)…, correspon-dente a 5% do valor mínimo de venda que será imediatamente devolvido caso não seja adjudicado.Data e hora para mostrar o bem: O imóvel pode ser visitado no dia 12 de Novembro 2012 das 16,30 horas às 17,30 horas.Data, hora e local para abertura das propostas: As propostas serão abertas no es-critório do administrador da insolvência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1.º - Sala 7, 4785-315 Trofa no dia 20/11/2012 às 14,30 horas.

Trofa, 6 de Novembro de 2012

O Administrador da InsolvênciaSebastião Campos Cruz (Dr.)

Público, 08/11/2012

Tribunal Judicial de SetúbalANÚNCIO DE VENDA EM CARTA FECHADA

EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIAProcesso n.º 7270/11.7TBSTB (2.º Juízo)Insolvente: Joaquim Manuel Silva Deodato e outro(s)…Administrador da Insolvência: Sebastião Campos Cruz (Dr.)Bem a vender: Prédio Urbano - Fração Autónoma “F”, destinado à habitação, tipo T3, 2.º andar Esquerdo sito na Rua 25 de Abril, Gaveto com Rua Infante D. Henrique, lote 25 da freguesia de Pinhal Novo e concelho de Palmela, descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela, sob a descrição n.º 1688/19901205-F, e inscrito na matriz predial com o número 5838-F, com o valor patrimonial de € 37.350,91. Será vendido no estado físico e legal em que se encontra e livre de quaisquer ónus ou encargos.Modalidade de Venda e apresentação das propostas: Venda em carta fechada (regis-tada) ou entregue em mão com remetente da sede do administrador da insolvência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1.º - Sala 7, 4785-315 Trofa, telefones 252415079 ou 969033030. As propostas devem dar entrada na sede do administrador da insolvência até ao dia 20/11/2012 às 14,00 horas. Os proponentes devem indicar a sua identifi -cação e direção completa, contactos telefónicos e eletrónicos e no envelope deve constar por fora a palavra “Proposta e processo n.º 7270/11.7TBSTB, 2.º Juízo - Verba Um do auto apreensão”.Valor base de Venda: 35.000,00 €, tendo em conta a avaliação efetuada pelo credor hipotecário.Valor mínimo de venda: 70% do valor-base, ou seja, 24.500,00 €.Caução: Juntamente com a proposta deve ser apresentado um cheque visado no va-lor de 1.225,00 €, ou garantia bancária do mesmo montante, emitido a favor da Massa Insolvente de Joaquim Manuel Silva Deodato e outro(s), correspondente a 5% do valor mínimo de venda que será imediatamente devolvido caso não seja adjudicado.Data e hora para mostrar o bem: O imóvel pode ser visitado no dia 12 de Novembro 2012 das 15,30 horas às 16,30 horas. Data, hora e local para abertura das propostas: As propostas serão abertas no es-critório do administrador da insolvência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1º - Sala 7, 4785-315 Trofa no dia 20/11/2012 às 14,30 horas.

Trofa, 6 de Novembro de 2012

O Administrador da InsolvênciaSebastião Campos Cruz (Dr.)

Público, 08/11/2012

Page 40: 8 Nov - PÚBLICO

40 PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012CLASSIFICADOS

Processo 6195/08.8TBSXLTribunal de Família, Menores e Comarca de Seixal - 2.º Juízo CívelExecução ComumRef. Interna: PE/99/2008/SExequente: Banco Espírito Santo, S.A.Executados: Manuel JesusAgente de Execução, Alexandra Gomes CP 4009, com endereço profi ssional em Rua D. Sancho I, n.º 17 A/B, 2800-712 Almada.Nos termos do disposto no artigo 890.º do Código de Processo Civil, anuncia-se a venda do bem adiante designado:Bens em VendaTIPO DE BEM: ImóvelARTIGO MATRICIAL: 2611 - Urbano - Serviço de Finanças: 3697 - Seixal 2DESCRIÇÃO VERBA: Fração autónoma designada pela letra H, correspondente ao 3.º andar esquerdo com arrecadação na cave n.º 8, no prédio urbano, em re-gime de propriedade horizontal sito em Rua Alexandre Herculano, n.º 6, Paivas, Amora, descrito na Conservatória do Registo Predial de Amora sob o n.º 4176 da freguesia de Amora, inscrito na respetiva matriz sob o artigo n.º 2611, da freguesia de Amora, concelho de Seixal, distrito de Setúbal, destinada à habitação.PENHORADO EM: 09/02/2010INTERVENIENTES ASSOCIADOS AO BEM:

EXECUTADOS: Manuel Jesus, solteiro, maior, portador do BI n.º 16123902, con-tribuinte fi scal n.º 211433390, residente em Rua Alexandre Herculano, n.º 6, 3.º esq., Amora.MODALIDADE DA VENDA: Venda me-diante proposta em carta fechada, a se-rem entregues na Secretaria do Tribunal de Família, Menores e Comarca de Sei-xal - 2.º Juízo Cível, pelos interessados na compra, encontrando-se designada como data para abertura das propostas o dia 19 de Novembro de 2012, pelas 9.30 horas.VALOR-BASE DA VENDA:Verba: 75.000,00 eurosSerão aceites propostas iguais ou supe-riores a 52.500,00 euros (valor que corres-ponde a 70% do valor-base)A sentença que se executa está pendente de recurso ordinário: NãoEstá pendente oposição à execução: NãoEstá pendente oposição à penhora: NãoEstá pendente sentença de graduação de créditos: Não

A Agente de ExecuçãoAlexandra Gomes

Rua D. Sancho I, n.º 17 A/B,2800-712 AlmadaE-mail: [email protected].: 212 743 259 - Fax: 217 743 259Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

Alexandra GomesAgente de Execução

CPN 4009

ANÚNCIO DE VENDA

Tribunal Comarca da Grande Lisboa Noroeste - Sintra, Juízo de Execução - Juiz 2, Execução Comum; Processo n.º 850/06.4TCSNT; Valor: 48.669,72 €; Nos autos acima identifi cados, em que é Exequente o Banco BPI, SA e executado MÁRIO FERNANDES RODRIGUES LOURO encontra-se designado o dia 29/11/2012, pelas 09.30 horas, no Tribunal da Comarca da Grande Lisboa Noroeste - Sintra, Juízo de Execução, Juiz 2, para a abertura de propostas, que sejam entregues até às 14.00 horas de véspera, na secretaria do referido Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: verba única-Pré-dio urbano, designado pela fracção “E”, sito na Agualva, Rua Cidade Varsóvia, n.º 3, r/c dto., na Agualva, freguesia de Agual-va, concelho de Sintra, inscrito na matriz sob o artigo 1676, descrito na Conservató-ria Registo Predial de Agualva - Cacém sob o artigo 407/Agualva.VALOR-BASE DA VENDA: 67.857,14 €.Serão aceites propostas de melhor pre-ço igual ou acima de 70% do valor-base anunciado.É fi el depositário o executado MÁRIO FERNANDES RODRIGUES LOURO, que é obrigado a mostrar o bem a quem preten-de examiná-lo.Não se encontra pendente qualquer oposi-ção à execução.Entrega de propostas: As propostas de-vem ser entregues na Secretaria do Tri-bunal Comarca Grande Lisboa Noroeste - Sintra, Juízo de Execução - Juiz 2, até às 14.00 horas do dia 28 Novembro de 2012

em envelope fechado, com a indicação do número do processo executivo, nome exe-quente e executados, devendo juntar-lhe fotocópias do bilhete identidade e cartão de contribuinte, excepto se o proponente estiver presente na abertura de propostas.Caução e depósito do preço: No acto da venda deve ser depositado à ordem do Agente de Execução 5% do valor anun-ciado para a venda ou garantia bancária no mesmo valor, e a totalidade ou parte do preço em falta no prazo de quinze dias após a venda, nos termos do artigo 897.º do CPC.Os pagamentos poderão ser efectua-dos por entrega de cheque visado à ordem da Agente de Execução, ou por depósito na conta cliente da mesma, aberta no Millennium BCP, com NIB n.º 003300004524819906405, indicando como referência o número do processo em epígrafe.Ao valor da venda acrescerão os impostos devidos, nomeadamente IMT e Imposto Selo.Este edital encontra-se afi xado na porta do imóvel, na respectiva Junta de Freguesia e no Tribunal e ainda publicado em duas edições do jornal Público.

A Agente de ExecuçãoMaria Leonor Cosme

Rua José Bento Costa n.º 9, R/C Dt.ºPortela de Sintra - 2710-428 SintraTelef. 219106820 - Fax 219106829e.mail: [email protected]úblico, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

MARIA LEONOR COSMESolicitadora de Execução

CPN 1389ANÚNCIO DE VENDA IMÓVEL

Tribunal Comarca da Grande Lisboa Noroeste - Sintra, Juízo de Execução - Juiz 1; Execução Comum; Processo n.º 175/04.0TCSNT; Valor: 101.022,04€; Nos autos acima identifi cados, em que é Exe-quente a CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS S.A., e executada ISABEL MARIA DOS SANTOS GONÇALVES encontra-se desig-nado o dia 11/12/2012, pelas 09.30 horas, no Tribunal da Comarca da Grande Lisboa Noroeste - Sintra, Juízo de Execução, Juiz 1, para a abertura de propostas, que sejam entregues até às 14.00 horas de véspera, na secretaria do referido Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: verba única - Prédio urbano, designado pela fracção “V”, sito em Algueirão, Rua Cidade de Faro, n.º 15, 4.ºA, em Casal da Cavaleira, freguesia de Algueirão, concelho de Sintra, inscrito na matriz sob o artigo 10602, descri-to na 1.ª Conservatória Registo Predial de Sintra sob o artigo 5966/Algueirão.VALOR-BASE DA VENDA: 115.000,00 €. Se-rão aceites propostas de melhor preço igual ou acima de 70% do valor-base anunciado.É fi el depositária a executada ISABEL MA-RIA DOS SANTOS GONÇALVES, que é obrigada a mostrar o bem a quem pretende examiná-lo.Não se encontra pendente qualquer oposi-ção à execução.Entrega de propostas: As propostas devem ser entregues na Secretaria do Tribunal Co-marca Grande Lisboa Noroeste - Sintra, Ju-ízo de Execução - Juiz 1, até às 14.00 horas

do dia 10 de Dezembro de 2012 em envelo-pe fechado, com a indicação do número do processo executivo, nome exequente e exe-cutados, devendo juntar-lhe fotocópias do bilhete identidade e cartão de contribuinte, excepto se o proponente estiver presente na abertura de propostas.Caução e depósito do preço: No acto da venda deve ser depositado à ordem do Agente de Execução 5% do valor anunciado para a venda ou garantia bancária no mes-mo valor, e a totalidade ou parte do preço em falta no prazo de quinze dias após a ven-da, nos termos do artigo 897.º do CPC.Os pagamentos poderão ser efectuados por entrega de cheque visado à ordem da Agen-te de Execução, ou por depósito na conta cliente da mesma, aberta no Millennium BCP, com NIB n.º 003300004524819906405, indicando como referência o número do processo em epígrafe.Ao valor da venda acrescerão os impostos devidos, nomeadamente IMT e Imposto Selo. Este edital encontra-se afi xado na porta do imóvel, na respectiva Junta de Freguesia e no Tribunal e ainda publicado em duas edi-ções do jornal Público.

A Agente de ExecuçãoMaria Leonor Cosme

Rua José Bento Costa n.º 9, R/C Dt.ºPortela de Sintra - 2710-428 SintraTelef. 219106820 - Fax 219106829e.mail: [email protected]úblico, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

MARIA LEONOR COSMESolicitadora de Execução

CPN 1389ANÚNCIO DE VENDA IMÓVEL

Tribunal Comarca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2 - Execução Comum; Processo n.º 1720/06.1TCSNT; Valor: 153.683,03 €; Ref. Interna - PE 252/2006; Nos autos acima identifi cados, em que é exequente Caixa Económica Montepio Geral e executados António Manuel Encarnação da Silva e Isabel Maria Duarte Silva, encontra-se designado o dia 24 de Janeiro de 2013, pelas 9h30m, no Tribunal da Comarca da Grande Lisboa - No-roeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2, para a abertura de propostas, que sejam entregues até às 14.00 horas de véspera, na secretaria do referido Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: verba única - 1/2 Prédio ur-bano pertencente ao executado António Manuel Encarnação da Silva, designado pela fracção “AT”, sito na Rinchoa na Rua da Pousada n.ºs 3-A a 3-C, correspondente ao 9.º andar letra F, Freguesia de Rio de Mouro, concelho de Sintra, inscrito na matriz sob o artigo 8075, descrito na 2.ª Conservatória do Registo Predial Sintra, sob o n.º 1597.VALOR-BASE DA VENDA: 39.000,00 €. Serão aceites propostas de melhor preço igual ou aci-ma de 70% do valor-base anunciado.É fi el depositário do imóvel os executados António Manuel Encarnação da Silva com n.º contribuinte 164949712 e Isabel Maria Duarte Silva com n.º contribuinte 191871150, devem os mesmos mostrar o bem caso lhes seja solicitado.Não se encontra pendente qualquer oposição à execução. Existem créditos reclamados e já graduados, pelo Ministério Público em repre-sentação da Fazenda Nacional no montante de 9,713,18 euros por dívida de IRS, 455,23 por dí-vida de IMI, e ainda pelo Instituto de Segurança Social no montante de 19.140,37 euros.

Entrega de propostas: As propostas devem ser entregues na Secretaria do Tribunal da Comar-ca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2, até às 14h00m do dia 23 de Janeiro de 2013, em envelope fechada, com a indicação do número do processo executivo, nome do exequente e executado, devendo juntar-lhe a identifi cação (fotocópias do B.I., e Cartão de Contribuinte) e assinatura do propo-nente, excepto se o proponente estiver presen-te na abertura de propostas, deve constar ainda o preço oferecido.Caução e depósito do preço: No acto da venda deve ser depositado à ordem da Agente de Execução 20% do valor anunciado para venda, ou garantia bancária no mesmo valor, e a totali-dade ou parte dos preços em falta, no prazo de quinze dias após a venda, nos termos do artigo 897.º do C.P.C.Os pagamentos poderão ser efectuados por entrega de cheque visado à ordem da Agente de Execução, ou por depósito na conta cliente da mesma, aberta no Millennium BCP, com o NIB 003300004524819906405, indicando como referência o número do processo em epígrafe.Ao tratar da venda acrescerão os impostos devi-dos, nomeadamente IMT e Imposto de Selo.Este Edital encontra-se afi xado na porta do imóvel, na respectiva Junta de Freguesia e no Tribunal. São também publicados dois anún-cios consecutivos no jornal Público.

A Agente de ExecuçãoMaria Leonor Cosme

Rua José Bento Costa n.º 9, R/C Dt.ºPortela de Sintra - 2710-428 SintraTelef. 219106820 - Fax 219106829e.mail: [email protected]úblico, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

MARIA LEONOR COSMESolicitadora de Execução

CPN 1389

EDITAL DE VENDA DO IMÓVELABERTURA DE PROPOSTAS

Tribunal Comarca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2 - Execução Comum; Processo n.º 141/04.5TCSNT; Valor: 93.360,48 €; Ref. Interna - PE 407/2004; Nos autos acima identifi cados, em que é exequente CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS SA e executa-dos Sandra Fátima Cabral Pina, Miguel João Augusto Cid e Carolina António Borges Seme-do, encontra-se designado o dia 24 de Janeiro do 2013, pelas 9h30m, no Tribunal da Comarca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2, para a abertura de propos-tas, que sejam entregues até às 14.00 horas de véspera, na secretaria do referido Tribunal, pe-los interessados na compra do seguinte bem: verba única - Prédio urbano, designado pela fracção “AE”, sito na Rua Cidade do Almada n.º 5 tendo também os n.ºs 18, 18-A a 18E da Rua Cidade da Covilhã Casal do Cotão, corres-pondente ao 4.º andar C no Casal do Cotão, Freguesia de São Marcos, concelho de Sintra, inscrito na matriz sob o artigo 661 descrito na Conservatória do Registo Predial de Aguatva-Cacém, sob o n.º 00019.VALOR-BASE DA VENDA: 70.000,00 €. Serão aceites propostas de melhor preço igual ou acima de 70% do valor-base anunciado. É fi el depositário do imóvel o executado Miguel João Augusto Cid, com n.º contribuinte 205665438, o mesmo deve mostrar o bem caso lhe seja solicitado.Não se encontra pendente qualquer oposição à execução. Existem créditos reclamadas e já graduados, pelo Ministério Público em repre-sentação da Fazenda Nacional no montante de 1.207,88 euros.Entrega de propostas: As propostas devem ser

entregues na Secretaria do Tribunal da Comar-ca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2, até às 14h00m do dia 13 de Janeiro de 2013, em envelope fechado, com a indicação do número do processo executivo, nome do exequente e executado, devendo juntar-lhe a identifi cação (fotocópias do B.I. e Cartão de Contribuinte) e assinatura do propo-nente, excepto se o proponente estiver presen-te na abertura de propostas, deve constar ainda ao preço oferecido.Caução e depósito do preço: No acto da venda deve ser depositado à ordem da Agente de Execução 20% do valor anunciado para venda, ou garantia bancária no mesmo valor, e a totali-dade ou parte dos preços em falta no prazo de quinze dias após a venda, nos termos do artigo 897.º do C.P.C.Os pagamentos poderão ser efectuados por entrega de cheque visado à ordem da Agente da Execução, ou por depósito na conta cliente de mesma, aberta no Millennium BCP, com o NIB 003300004524819906405, indicando como referéncia o número do processo em epígrafe.Ao valor da venda acrescerão os impostos devi-dos, nomeadamente IMT e Imposto de Selo.Este Edital encontra-se afi xado na porta do imóvel, na respectiva Junta de Freguesia e no Tribunal. São também publicados dois anún-cios consecutivos no jornal Público.A Agente de Execução - Maria Leonor Cosme

Rua José Bento Costa n.º 9, R/C Dt.ºPortela de Sintra - 2710-428 SintraTelef. 219106820 - Fax 219106829e.mail: [email protected]úblico, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

MARIA LEONOR COSMESolicitadora de Execução

CPN 1389

EDITAL DE VENDA DO IMÓVELABERTURA DE PROPOSTAS

Maria do Rosário Lopes. Agente de Execução, com escritório na Av. Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encon-tra-se designado o dia 12 de Dezembro de 2012, pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “I”, a que corresponde o terceiro andar, duplex, destinado a habitação com arrecadação, do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Praceta das Mimosas n.º 18, Rin-choa, freguesia de Rio de Mouro, concelho de Sintra descrito na 2.ª Conservatória do Registo Predial de Sintra sob o n.º 1257, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3069.Valor-base: 160.714,30 eurosSerá aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 112.500,00 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence ao executado Benjamim José de Magalhães de Carvalho, com re-sidência na Rua do Mato Grosso, n.º 11, r/c esq., Lisboa, fi el depositário do imóvel, que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado.

A Agente de Execução - Maria do Rosário LopesAv.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C - 2710-420 Sintra

Telf. 219233364 - Fax. 219105158 - E.mail: [email protected]ário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas

Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

Maria do Rosário LopesAgente de Execução

Cédula n.º 2210

ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante propostas em Carta Fechada

(Art.º 890.º do C.P.C.)

N.º do Processo: 981/08.6TCSNTComarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente: BANCO BPI SAExecutado(s): BENJAMIM JOSÉ DE MAGALHÃES DE CARVALHO e outrosValor: 130.914,34 €Refêrencia Interna: PE/208/2008

Maria do Rosário Lopes, Agente de Execução, com escritório na Av. Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encon-tra-se designado o dia 5 de Fevereiro de 2013, pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “H”, a que corresponde o primeiro andar frente, destinado a habitação com arrecadação no sótão, do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Avenida João de Belas, n.ºs 55, 55-A, 55-B e 55-C, freguesia de Belas, concelho de Sintra, descrito na Conser-vatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 575, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 7896.Valor-base: 60.960,00 euros.Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 42.672,00 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence aos executados Ana Patrícia Guerreiro Correia Gordo e José Pedro Gordo Inglez Duarte Simões, com residência na Rua Lettes, n.º 63 2.º, Faro e Rua Almeida Garrett, n.º 4 - 1.º dto., fi éis depositários do imóvel, que o devem mostrar a pedido de qualquer interessado.

A Agente de Execução - Maria do Rosário LopesAv.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C - 2710-420 Sintra

Telf. 219233364 - Fax. 219105158 - E.mail: [email protected]ário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas

Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

Maria do Rosário LopesAgente de Execução

Cédula n.º 2210

ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante propostas em Carta Fechada

(Art.º 890.º do C.P.C.)

N.º do Processo: 508/08.0TCSNTComarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente(s): HEFESTO STC, S.A., e outrosExecutado(s): Ana Maria Gordo Inglez Duarte Simões e outrosValor: 158.239,41 €Referência Interna: PE/40/2009

FAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados encontra-se designado o dia 20 de Novembro de 2012 às 13h45, neste Tribunal, para a abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento na Se-cretaria do Tribunal pelos interessados na compra do seguinte bem imóvel:Fracção autónoma, designada pela letra H, do prédio urbano sito em Casal do Sapo, Av. dos Redondos, n.º 189 e Rua Carlos Coelho, n.º 32, 2.º direito, freguesia de Fernão Ferro, concelho de Seixal, descrito na CRP de Seixal sob o n.º 2710 e inscrito na matriz predial sob o artigo matricial 12365.VALOR-BASE: € 146.428,57 (cento e quarenta e seis mil, quatrocentos e vinte e oito euros e cinquenta e sete cêntimos).O bem imóvel penhorado aos executados será adjudicado a quem melhor preço oferecer acima de 70% do valor-base do bem a vender, ou seja, € 102.500,00.Não se aceitam propostas que não se façam acompanhar de cheque visado à ordem do Agente de Execução no montante correspondente a 5% do valor base, ou garantia bancária no mesmo valor - art.º 897.º, n.º 1 do CPC.Mais se informa que não houve oposição à execução e foram reclamados créditos, os quais se encontram graduados.É fi el depositário, que deve mostrar o bem imóvel a pedido, o executado.

O Agente de Execução - César Neto BelchiorAv. Brasil, 192 B, Escritório 1 - 1700-078 Lisboa

Tel.: 213 161 380 - Fax: 213 158 586Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

ANÚNCIOTribunal de Família, Menores e Comarca do Seixal

1.º Juízo CívelProcesso n.º 4251/10.1TBSXL

Execução para pagamento de quantia certaValor: € 2.855,20 (dois mil, oitocentos e cinquenta e

cinco euros e vinte cêntimos) Exequente: Banco Espírito Santo, SA

Executados: Jodomafa - Construções Eugénio Domingues & Filhos, Lda.

César BelchiorAgente de Execução

Céd. P. 2822

VILHENA GAVINHOAgente de Execução

Cédula n.º 3580

ANÚNCIOComarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2Execução ComumProcesso n.º 3150/03.8TCSNTExequente: Caixa Geral de Depósitos SAExecutados: Isaque Messias Pereira e Silva outro(s)FAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados, encontra-se designado o dia 12 de Dezembro de 2012, pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2, para a abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento, na se-cretaria do Tribunal pelos interessados na compra do seguinte bem:Fracção autónoma designada pela letra “V” correspondente ao 7.º andar es-querdo, com 3 assoalhadas, destinado à habitação, do prédio urbano, em regime de propriedade horizontal, sito na Rua Melquíades Marques, n.ºs 7, 7-A e 7-B, Quinta da Barroca, freguesia de Agualva - Cacém, concelho de Sintra, descrito na Conservatória do Registo Predial de Agualva - Cacém sob o número 1255, com registo de transmissão a favor dos Excetuados pela inscri-ção Ap. 28 de 1994/04/06, e inscrito na respectiva matriz sob o artigo matricial 1411, com o valor patrimonial de 49.388,19 €.O bem pertence aos Executadlos lsaque Messias Pereira e Silva, contribuinte fi scal 185015034 e Ana Carla Henriques da Cruz e Silva, contribuinte fi scal 194303896, residentes na Rua Melquíades Marques, n.º 7, 7.º Esq.º, Cacém.VALOR-BASE: € 70.000,00 (setenta mil euros).Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor € 49.000,00 (quarenta e nove mil euros), correspondente a 70% do valor-base.É fi el depositário, que o deve mostrar a partir das 16.00 horas, a pedido, Ana Carla Henriques Cruz Silva, Tel. 96 959 79 10.Corroios, 05 de Novembro de 2012

O Agente de Execução - Vilhena GavinhoRua Casa do Povo, n.º 57-A, 1.º Dt.º, 2855-110 Corroios. Tel.: 21 253 78 04/05, Fax: 21 253 44 10

Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

COMARCA DA GRANDE LISBOA - NOROESTE

Sintra - Juízo Grande Inst. Cível 2.ª Secção - Juiz 5

Processo n.º 25155/12.8T2SNT

ANÚNCIOInterdição / InabilitaçãoRequerente: Ministério PúblicoRequerida: Sofi a Margarida Mar-tins CarneiroA Doutora Dina La Salete Henri-ques Nunes, Juíza de Direito da 2.ª Secção Grande Instância Cível do Tribunal Sintra.FAZ SABER que no dia 19/10/2012, foi distribuída na 2.ª Secção da Grande Instância Cível de Sintra, a acção de Interdição em que é requerida: Sofi a Mar-garida Martins Carneiro, nascida em 06-11-1987, com domicílio: Rua Dr. João de Barros, n.º 106, 3.º Dto., 2710 Mem Martins, para efeito de ser decretada a sua in-terdição por Anomalia Psíquica.N/ Referência: 18995443Sintra, 30-10-2012

A Juíza de DireitoDr.ª Dina La Salete Henriques

NunesA Ofi cial de Justiça

Rosa Fonseca

Público, 08/11/ 2012

TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES E DE

COMARCA DE CASCAIS3.º Juízo Cível

Processo n.º 7954/12.2TBCSC

ANÚNCIOInterdição / InabilitaçãoRequerente: Ministério PúblicoRequerida: Maria Madalena Gomes Almeida LourençoA Mm.ª Juíza de Direito, Dr.ª Ana Ro-drigues da Silva, do 3.º Juízo Cível - Tribunal de Família e Menores e de Comarca de Cascais faz saber que foi distribuída neste Tribunal, a acão de Intedição / Inabilitação em que é requerida: Maria Madalena Gomes Almeida Lourenço, com residência em domicílio: Casa de Egas Moniz, Centro Geriátrico de Repouso e Rea-bilitação Lda., Rua Prof. Egas Moniz, N.º 380, Madorna, Parede, para efei-to de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica.Passei o presente e outros de igual teor para serem afi xados.N/Referência: 10507998Cascais, 02-11-2012

A Juíza de DireitoDr.ª Ana Rodrigues da Silva

A Ofi cial de JustiçaMaria Manuela Sereno

Público, 08/11/2012

JUÍZOS CÍVEIS DE JUÍZOS CÍVEIS DE LISBOA (1.º A 5.º)LISBOA (1.º A 5.º)

5.º Juízo CívelProcesso n.º 1819/12.5TVLSB

ANÚNCIOInterdição / InabilitaçãoRui Afonso Lince de Faria, Juiz de Direito do 5.º Juízo Cível de Lisboa, faz saber que foi distri-buída neste Tribunal, a ação de Interdição / Inabilitação com o n.º 1819.12.5TVLSB, em que é requerida Maria Teresa Men-des Rosa, com residência: Clínica Psiquiátrica S. José Az. Torre de Fato, Carnide, 1600-000 Lisboa, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica.

N/Referência: 12869469

Lisboa, 25-10-2012

O Juiz de DireitoRui Afonso Lince de Faria

A Ofi cial de JustiçaMaria da Graça Oliveira

Público, 08/11/2012

Tribunal Comarca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1 - Execução Comum: Processo n.º 1450/06.4TCSNT; Valor: 117.103,95€; Ref. Interna - PE 193/2006; Nos autos acima identifi cados, em que é exequente Caixa Económica Montepio Geral e executados Ana Carina Figueiredo Moura, Vítor Manuel da Silva Machado, e Maria de Lurdes da Silva Castro Caldeira, encontra-se designado o dia 29 de Janeiro de 2013, pelas 9h30m, no Tribunal da Comarca da Grande Lisboa - Noro-este Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1, para a abertura de propostas, que sejam entregues até às 14:00 horas de véspera, na secretaria do referido Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: Verba única - Prédio urbano, designado pela fracção “P”, sito em Massamá na Rua Professor Dr. Sousa Martins, n.º 10, correspondente à Cave-C, freguesia de Massa-má, concelho de Sintra, inscrito na matriz sob o artigo 803, descrito na Conservatória do Registo Predial de Queluz, sob o n.º 250. VALOR-BASE DA VENDA: 55.000,00€. Serão aceites propos-tas de melhor preço igual ou acima de 70% do valor-base anunciado. É fi el depositária do imóvel a executada Ana Carina Figueiredo de Moura, com n.º contribuinte 228948480, à qual deve a mesma mostrar o bem caso lhe seja solicitado.Não se encontra pendente qualquer oposição à execução. Existem créditos reclamados e já graduados pelo Ministério Público em repre-sentação da Fazenda Nacional no montante de 875,48 euros.Entrega de propostas: As propostas devem ser entregues na Secretaria do Tribunal da Comar-

ca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1, até às 14h00m do dia 28 de Janeiro de 2013, em envelope fechado, com a indicação do número do processo executivo, nome do exequente e executado, devendo juntar-lhe a identifi cação (fotocópias do B.I. e Cartão de Contribuinte) e assinatura do propo-nente, excepto se o proponente estiver presente na abertura de propostas, deve constar ainda o preço oferecido,Caução e depósito do preço: No acto da ven-da deve ser depositado à ordem da Agente de Execução 20% do valor anunciado para venda, ou garantia bancária no mesmo valor, e a totali-dade ou parte dos preços em falta no prazo de quinze dias após a venda, nos termos do artigo 897.º do C.P.C.Os pagamentos poderão ser efectuados por en-trega de cheque visado à ordem da Agente de Execução, ou por depósito na conta cliente da mesma, aberta no Millennium BCP, com o NIB 003300004524819906405, indicando como re-ferência o número de processo em epígrafe. Ao valor da venda acrescerão os impostos devidos, nomeadamente IMT e Imposto de Selo.Este Edital encontra-se afi xado na porta do imóvel, na respectiva Junta de Freguesia e no Tribunal. São também publicados dois anúncios consecutivos no jornal “Público”.

A Agente de ExecuçãoMaria Leonor Cosme

Rua José Bento Costa n.º 9, R/C Dt.ºPortela de Sintra 2710-428 SintraTelef. 219106820 - Fax 219106829e.mail: [email protected]úblico, 08/11/2012 - 1.ª Pub.

MARIA LEONOR COSMESolicitadora de Execução

Cédula n.º 1389

EDITAL DE VENDA DO IMÓVEL ABERTURA DE PROPOSTAS

Alexandra Gomes Agente de Execução CPN 4009

Processo: 504/11.0TBBGCTribunal Judicial de Bragança - 1.º JuízoExecução ComumRef. Interna: PE- 45/2011Data: 06-11-2012Exequente: Reis & PiresExecutado(s): Maria Natália Pires Agente de Execução, Alexandra Gomes CP 4009, com endereço profi ssional em Av. João da Cruz, n.º 70, Edifício S. José - 2.º Esq.º Frente, 5300-178 Bragança.Nos termos do disposto no artigo 890.º do Código de Processo Civil, anuncia-se a venda dos bens adiante designados:Bens em VendaTIPO DE BEM: Bens Móveis não sujeitos a registoDescrição:Verba 1- Uma mobília de quarto compos-ta por duas camas individuais, com uma mesinha de cabeceira cada, com uma gaveta cada. Tudo em madeira de cas-tanho e faia em cor de castanho. Dois es-trados de 1,90m x 0,90m. Dois colchões de molas de 1,90m x 0,90m, ortopédico “Queiróconforto”, cor bege. Dois cande-eiros de quarto de mesinha de cabeceira, com os pés em metal, pintado a preto e abajur cor bege.Verba 2 - Uma mobília de quarto com-posta por duas camas individuais com uma mesinha de cabeceira cada, com uma gaveta cada, tudo em madeira de castanho e faia em cor de castanho. Uma cadeira em madeira. Dois estrados de 1,90m x 0,90cm. Dois colchões de molas 1,90m x 0,90cm, ortopédicos, “Queiró-conforto”, cor bege. Dois candeeiros de quarto de mesinha de cabeceira, com os pés em metal, pintado a preto e abajur em tecido cor bege.Verba 3 - Uma mobília de quarto com-posta por duas camas individuais com uma mesinha de cabeceira cada, com uma gaveta cada e uma cadeira, tudo em madeira de castanho e faia em cor de castanho escuro. Dois estrados de 1,90m x 0,90cm. Dois colchões de molas 1,90m x 0,90cm, ortopédicos, “Queiróconforto”, cor bege. Um candeeiro de mesinha de cabeceira, com o pé em redondo, de cor castanho claro e abajur em cor bege.Verba 4 - Um quarto de casal composto por uma cama, duas mesinhas de cabe-ceira com uma porta cada, uma cómoda com três gavetões, um espelho com armação em madeira e cadeira de cere-jeira (a mobília encontra-se com alguns riscos). Duas cadeiras em madeira de cor castanha. Dois candeeiros de mesi-nha de cabeceira, com um suporte em metal, pintado de dourado e o abajur em tecido de cor bege. Um sofá individual, sem braços, em mapa de cor castanho “sofá cambalhota”. Um colchão usado de 1,90m x 1,40m.Verba 5 - Uma mobília de quarto com-posta por uma cama, duas mesinhas de cabeceira, com duas gavetas cada, um estrado, um colchão de 1,95m x 1,50m, tudo em madeira faia, duas cadeiras em madeira de cor castanha. Um sofá individual sem braços, em mapa, de cor castanho “sofá cambalhota”. Dois cande-eiros de mesinha de cabeceira com o pé em metal, pintado a preto, com abajur de tecido em cor bege.Verba 6 - Um móvel de entrada com uma gaveta, uma prateleira, um tampo girató-rio, folhado mogno.Verba 7 - Uma mesa de centro quadra-da, com dois vidros, em madeira de cor castanho. Verba 8 - Duas cadeiras com acento em palha, em madeira de cor mogno.Verba 9 - Um móvel de entrada, com dezoito gavetas muito pequenas, duas portas, em madeira “exótica”.Verba 10 - Uma mesa de centro retangu-lar, pequena, com o tampo em plástico, de várias tonalidades, quatro pernas de cor dourado.Verba 11 - Uma estante em madeira, em negrilho, com quatro prateleiras.Verba 12 - Um aparador retangular com quatro portas e quatro gavetas de 2,90m x 53 cm, em madeira cerejeira (o móvel encontra-se danifi cado, colado, riscos, etc…).Verba 13 - Uma mesa de sala de jantar, em oval extensível 2m x 1,06m, em ma-deira de cor cerejeira. Oito cadeiras com acento em tecido de cor amarelo, o en-costo e as pernas em madeira de cor ce-rejeira (a mesa e as cadeiras encontram-se danifi cadas, riscos, mossas…).

Verba 14 - Um carrinho de chá, com quatro rodas, com três suportes para garrafas, um tabuleiro móvel, tudo em folhado de nogueira.Verba 15 - Um espelho retangular com 1,50m x 1m, com armação pintado de cor dourado.Verba 16 - Um quarto de casal composto por uma cama em ferro, pintado a preto, um colchão de 1,83m x 1,28m, cor azul, uma tábua pan, duas mesinhas de ca-beceira com duas gavetas, um roupeiro com duas portas em faia.Verba 17 - Uma mobília de casal com-posta por uma cama, duas mesinhas de cabeceira com três gavetas cada, um roupeiro com três portas em madeira de cerejeira. Um sofá individual em mapa de cor castanho “sofá cambalhota”.Verba 18 - Uma cama individual, um colchão, um estrado 1,90m x 0,90m, três mesas de cabeceira, com uma gaveta cada, em faia, de cor castanho, um cami-seiro com seis gavetas em faia.Verba 19 - Quatro sofás individuais, em mapa, de cor castanho, com acento e costas em mapa de cor vermelho, os pés em madeira.Verba 20 - Um sofá individual sem bra-ços, em mapa de cor castanho, “sofá cambalhota”.Verba 21 - Um sofá individual, em mapa de cor castanho, com o acento e as cos-tas em cor vermelho.Verba 22 - Duas mesas de jogo com quatro pernas cada, em madeira cerejei-ra e com o pano de cor verde (as mesas encontram-se danifi cadas). O tampo fo-lhado a pau santo.Verba 23 - Nove mesas retangulares 1,20m x 1,80m, com quatro pernas em madeira pinho, em cor castanho (estão riscadas).Verba 24 - Vinte e duas cadeiras em madeira pinho, em cor castanho (estão riscadas).Verba 25 - Dois sofás, cada um de três lugares, em curtizan, de cor amarelo (apresentam-se com bastante sujidade e nódoas).Verba 26 - Um móvel-bar, com uma porta giratória, na parte interior com duas prateleiras em semicírculo. Na parte su-perior uma prateleira (apresenta-se em mau estado de conservação, com riscos e mossas).Verba 27 - Um plasma de marca LG, de cor preto, modelo: 42PT81-ZB, n.º de sé-rie: 803MAUA2K782, de 106cm, com res-petivo cabo de alimentação, cor preto.Verba 28 - Uma salamandra de pavios, de cor preto, n.º 116623. Salamandra de estufa, marca: ENVIRO/FIRE, 54 x 60cm e 77cm de altura.Verba 29 - Estufa a lenha, marca: AR-PIAV-25, potência 12kw, com duas portas, com 102cm de altura, em ferro, cor preto.PENHORADO EM: 10-10-2011.INTERVENIENTES ASSOCIADOS AO BEM:Executado(s): Maria Natália Pires, NIF: 198763956 com morada na Rua Abade de Baçal, Baçal, 5300-432 Bragança.MODALIDADE DA VENDA: Venda me-diante proposta em carta fechada, a serem entregues na Secretaria do supra-mencionado Tribunal, pelos interessados na compra, fi cando como data para aber-tura das propostas o dia 21 de Novembro de 2012, pelas 14:00 Horas.VALOR-BASE DA VENDA: 6.330,00€Será aceite a proposta de melhor preço, acima do valor de 4.431,00€, correspon-dente a 70% do valor-base.Nos termos do n.º 1 do art.º 897.º C.P.Civil “os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 5% do va-lor anunciado para a venda, ou garantia bancária no mesmo valor”.Os proponentes deverão indicar o seu nome completo, morada, números de bilhete de identidade e contribuinte e apresentar as propostas até ao dia e hora designados para a sua abertura.A sentença que se executa está penden-te de recurso ordinário: NãoEstá pendente oposição à execução: NãoEstá pendente oposição à penhora: Não

A Agente de ExecuçãoAlexandra Gomes

Público, 08/11/2012 - 1.ª Pub.

ANÚNCIO DE VENDA

A ALZHEIMER PORTUGAL é uma Ins-tituição Particular de Solidariedade Social, sendo a única organização em Portugal constituída para promover a qualidade de vida das pessoas com demência e dos seus familiares e cuidadores.

A ALZHEIMER PORTUGAL apoia as Pessoas com Demência e as suas Famílias através de uma equipa multidisciplinar de profi ssionais, com experiência na doença de Alzheimer.

Os serviços prestados pela ALZHEIMER PORTUGAL incluem Informação sobre a doença, Formação para cuidadores formais e informais, Apoio Domiciliário, Centros de Dia, Apoio Social e Psicológico e Con-sultas Médicas de Especialidade.

ContactosSede: Av. de Ceuta Norte, Lote 15, Piso 3 - Quinta do Loureiro, 1300-125 Lisboa - Tel.: 213 610 460/8 - Fax: 213 610 469 - E-mail: [email protected]

Delegação do Norte: Centro de Dia “Memória de Mim” - Rua do Farol Nascente, n.º 47-A, R/C - 4455-301 Lavra - Tel.: 229 260 912 / 226 066 863 - E-mail: [email protected]ção do Centro: Rua Marechal António Spínola, Loja 26 (Galerias do Intermarché) - Pombal, 3100-389 Pombal - Tel.: 236 219 469 - E-mail: [email protected]

Delegação da Região Autónoma da Madeira: Avenida do Colégio Militar, Complexo Habitacional da Nazaré, Cave do Bloco 21 - Sala E - 9000-135 FUNCHAL- Tel. e Fax: 291 772 021 - E-mail: [email protected]

Núcleo do Ribatejo: Rua Dom Gonçalo da Silveira, n.º 31-A - 2080-114 Almeirim - Tel.: 243 000 087 - E-mail: [email protected]úcleo de Aveiro: Santa Casa da Misericórdia de Aveiro - Complexo Social da Quinta da Moita - Oliveirinha - 3810 Aveiro - Tel.: 234 940 480 - E-mail: [email protected]

www.alzheimerportugal.org

Page 41: 8 Nov - PÚBLICO

41PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 CLASSIFICADOS

Público, 08/11/2012

CARTA FECHADAINSOLVÊNCIA DE DELTAMARISCOS, LDA

Tribunal Judicial da Nazaré - Secção Única - Proc. 356/10.7TBNZR

Por determinação do Exmo. Sr. Dr. Administrador da Insolvência, vamos proceder à venda extrajudicial com apresentação de propostas em carta fechada, do bem a seguir identifi cado:

BEM IMÓVELVerba 1: Fracção autónoma designada pela letra “A” no r/c esquerdo sul do prédio urbano, sito na Rua da Azambuja, n.º 26 em Matos, Freguesia da Marinha Grande, Concelho da Marinha Grande, destinado a comércio, inscrito no artigo matricial 13212 e descrito na Conservatória do Registo

Predial da Marinha Grande sob o n.º 7489-A, da Freguesia de Marinha Grande. Valor mínimo 50.000,00€.

REGULAMENTO1. Os interessados deverão remeter sob pena de anulação as propostas

em carta fechada até ao dia 16.11.2012 e dirigidas à Leiloeira do Lena.2. As propostas terão de conter: Identifi cação do proponente (nome ou

denominação social, morada, n.º contribuinte, telefone e fax); valor oferecido por extenso e o envelope no exterior deve identifi car o nome e processo.

3. A proposta tem de vir acompanhada de cheque, de 20% de sinal, valor da nossa comissão e o respectivo IVA.

4. A adjudicação será feita à proposta de maior valor e após parecer favorável do Administrador da Insolvência.

5. As propostas serão abertas na presença do Administrador da Insolvência e demais interessados, no dia 21.11.2012 às 18h na sede da Leiloeira do Lena, Urb. Planalto, Lote 36, r/c Dt.º, Leiria e desde que exista mais do que um proponente, com propostas válidas de igual valor, os mesmos estão convidados a comparecer pessoalmente ou representados no dia da abertura das propostas acima indicado para licitarem entre si.

6. O imóvel é vendido no estado físico em que se encontra.7. Será pago como sinal 20% no acto da adjudicação e os restantes 80%

no dia da escritura. 8. Ao valor da venda é acrescido a comissão de 5% e respectivo IVA

referente aos serviços prestados pela Leiloeira do Lena, pagos com a adjudicação.

INFORMAÇÕES: tel: 244 822 230 / fax: 244 822 170Rua do Vale Sepal Lote 36, r/c Dtº

Urb. Planalto 2415-395 LEIRIAObs. Para obter mais informações consulte o nosso site

E-mail: [email protected] Site: www.leiloeiradolena.com

Maria do Rosário Lopes, Agente de Execução, com escritório na Av. Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encon-tra-se designado o dia 11 de Dezembro de 2012, pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “A”, a que correspon-de a cave, composta de quarto, sala comum, cozinha, casa de banho, corredor, arrecadação destinada a habitação do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Praceta Fonte das Eiras, n.º 8 em Agualva, concelho de Sintra, descrito na Conservatória do Registo Predial de Agualva - Cacém sob o n.º 689, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1407.Valor-base: 70.000,00 euros.Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 49.000,00 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence ao executado Seco Cande com residência na Praceta Fonte das Eiras, n.º 8, c/v, Agualva-Cacém, fi el depositário do imóvel, que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado.

A Agente de Execução - Maria do Rosário LopesAv.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C - 2710-420 Sintra

Telf. 219233364 - Fax. 219105158 - E.mail: [email protected]ário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas

Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

Maria do Rosário LopesAgente de Execução

Cédula n.º 2210

ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante propostas em Carta Fechada

(Art.º 890.º do C.P.C.)

N.º do Processo: 1743/05.8TCSNTComarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente: WESTWOOD - Investimentos Imobiliários e Turísticos, Unipessoal, Lda.Executado(s): SECO CANDE e outrosValor: 139.038,02 €Referência Interna: PE/274/2005

Tribunal Comarca da Grande Lisboa Noroeste - Sintra, Juízo de Execução - Juiz 2, Execução Comum, Processo n.º 305/07.0TCSNT; Valor: 83.751,87 €; Nos autos acima identifi cados, em que é Exequente a Caixa Económica Montepio Geral e executados PAULO ALEXANDRE DE OLIVEIRA TAVARES E JOSÉ ANTÓNIO ALMEIDA TAVARES encontra-se designado o dia 22.11.2012, pelas 09.30 horas, no Tribunal da Comarca da Grande Lisboa Noroeste - Sintra, Juízo de Execução, Juiz 2, para a abertura de propostas, que sejam entregues até às 14.00 horas de véspera, na secretaria do referido Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: verba única - Prédio urbano, designado pela fracção “AA”, sito na Agualva - Cacém, Rua Cidade S. Salvador n.º 12 e Alameda de S. Marcos n.º 30, em S. Marcos, fregue-sia de Agualva, concelho de Sintra, inscrito na matriz sob o artigo 786, descrito na Conservatória Registo Predial de Agualva-Cacém sob o artigo 691/S. Marcos.VALOR-BASE DA VENDA: 62.500,00 €.Serão aceites propostas de melhor pre-ço igual ou acima de 70% do valor-base anunciado.É fi el depositário o executado PAULO ALEXANDE DE OLIVEIRA TAVARES, que é obrigado a mostrar o bem a quem pretende examiná-lo.Não se encontra pendente qualquer oposi-ção à execução.Entrega de propostas: As propostas devem ser entregues na Secretaria do Tribunal Co-marca Grande Lisboa Noroeste-Sintra, Juí-

zo de Execução - Juiz 1, até às 14.00 horas do dia 21 de Novembro de 2012 em envelo-pe fechado, com a indicação do número do processo executivo, nome exequente e exe-cutados, devendo juntar-lhe fotocópias do bilhete identidade e cartão de contribuinte, excepto se o proponente estiver presente na abertura de propostas.Caução e depósito do preço: No acto da venda deve ser depositado à ordem do Agente de Execução 5% do valor anunciado para a venda ou garantia bancária no mes-mo valor, e a totalidade ou parte do preço em falta no prazo de quinze dias após a venda, nos termos do artigo 897.º do CPC.Os pagamentos poderão ser efectuados por entrega de cheque visado à ordem da Agen-te de Execução, ou por depósito na conta cliente da mesma, aberta no Millennium BCP, com NIB n.º 003300004524819906405, indicando como referência o número do pro-cesso em epígrafe.Ao valor da venda acrescerão os impostos devidos, nomeadamente IMT e Imposto Selo.Este edital encontra-se afi xado na porta do imóvel, na respectiva Junta de Freguesia e no Tribunal e ainda publicado em duas edi-ções do jornal Público.

A Agente de ExecuçãoMaria Leonor Cosme

Rua José Bento Costa n.º 9, R/C Dt.ºPortela de Sintra - 2710-428 SintraTelef. 219106820 - Fax 219106829e.mail: [email protected]úblico, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

MARIA LEONOR COSMESolicitadora de Execução

CPN 1389ANÚNCIO DE VENDA IMÓVEL

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Maria Emília CatrauAgente de Execução

Cédula 2865

EDITALCITAÇÃO DE AUSENTE

EM PARTE INCERTA(artigos 244.º e 248.º do CPC)

Tribunal Família e Menores e Comarca do BarreiroProcesso: 438/06.0TBBRREXECUÇÃO PARA PAGAMENTO DE QUAN-TIA CERTAVALOR: 13.073,35 €Exequente(s): Paulo Jorge Cardoso CasanovaExecutado(s): Maria Fernanda Marques Amador Saraiva e Nuno Miguel Amador de Sousa SaraivaNúmero interno: PE/99/2006OBJECTO E FUNDAMENTO DA CITAÇÃONos termos e para os efeitos do disposto no art.º 248.º e ss. do Código de Processo Civil, correm éditos de 30 (trinta) dias, contados da data da segunda e última publicação do anún-cio, citando o ausente Nuno Miguel Amadora de Sousa Saraiva, com última residência conheci-da em Av.ª Mestre Manuel dos Santos Cabanas, n.º 14, 6.º esq.º, 2835-308, Lavradio, comarca do Barreiro, para no prazo de 50(*) dias decor-rido que seja o dos éditos, pagar ou deduzir oposição à execução supra-referenciada e ou à penhora nos termos do art.º 812.º, n.º 6 e 813.º, n.º 1, ambos do C.P.C. O duplicado do requerimento executivo, auto de penhora e du-plicados encontram-se à disposição do citando na Secretaria do Tribunal de Família Menores e Comarca do Barreiro.MEIOS DE OPOSIÇÃONos termos do disposto no artigo 60.° do C.P.C. e tendo em consideração o valor do processo, para se opor à execução que terá de ser apre-sentada no Tribunal supra-referenciado, é obri-gatória a constituição de Advogado.COMINAÇÃO EM CASO DE REVELIACaso não se oponha à execução no prazo supra-indicado e não pague ou caucione a quantia exequenda, seguem-se os termos do artigo 832.º e seguintes do C.P.C., sendo pro-movida a penhora dos bens penhorados para garantir o pagamento da quantia exequenda, acrescido de 10%, aos termos do disposto ao n.º 3 do artigo 821.º do C.P.C.PAGAMENTO, DESPESAS E HONORÁRIOSPoderá efectuar o pagamento da quantia exe-quenda e despesas junto do escritório da signa-tária, nos dias e horas constantes em rodapé.À quantia exequenda acrescem, para além dos juros calculados nos termos do pedido, a taxa de justiça inicial no montante de 48,00€ e os honorários e despesas do Agente de Execução, que nesta data ascendem a 150,00€ sem preju-ízo de posterior acerto.Este edital encontra-se afi xado na porta do últi-mo domicílio conhecido do citando, na Junta de Freguesia respectiva e no Tribunal Judicial da Comarca da última residência do citando. São também publicados dois anúncios consecuti-vos no jornal “Público”. Os prazos começam a contar da publicação do último anúncio.

A Agente de Execução - Maria Emília CatrauAv.ª Defensores de Chaves, n.º 23 - 5.º Esq.º1800-110 LISBOATelf. 964603035 - Telf. 217155256 - Fax 217155258e.mail: [email protected]úblico, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

Processo n.º 7436/05.9TBSXLTribunal de Família, Menores e Comarca do Seixal - 2.º Juízo CívelExecução Comum (Sol. Execução)Ref. Interna: PE/104/2005/SExequente: Caixa Geral de Depósitos, S.A.Executada: Maria Helena Ramos da CostaAgente de Execução Alexandra Gomes CP 4009, com endereço profi ssional na Rua Dom Sancho I, n.º 17 A e B, Almada.Nos termos do disposto no artigo 890.º do Código de Processo Civil, anuncia-se a venda do bem adiante designado:Bens em VendaTIPO DE BEM: ImóvelARTIGO MATRICIAL: 1701-A urbano - Serviço de Finanças de Seixal 1.DESCRIÇÃO: VERBA 1: Fracção autó-noma designada pela letra “A”, destina-da a habitação, correspondente ao R/C Direito do prédio em regime de proprie-dade horizontal sito na Avenida General Humberto Delgado, n.º 152, R/C Dt.º, freguesia de Arrentela, concelho de Seixal, descrita na Conservatória do Registo Predial do Seixal sob o número 471-A da freguesia de Arrentela e inscri-ta na matriz predial urbana sob o artigo 1701-A da mesma freguesia.PENHORADO EM: 2011/07/29

INTERVENIENTES ASSOCIADOS AO BEM:EXECUTADA: Maria Helena Ramos Costa, divorciada, NIF 183137892, BI 10214149. Endereço: Avenida General Humberto Delgado, n.º 152, R/C Dt.º, Arrentela, Seixal.MODALIDADE DA VENDA: Venda me-diante proposta em carta fechada, a serem entregues na Secretaria do supra mencionado Tribunal, pelos interessa-dos na compra, fi cando designada data para abertura das propostas o dia 19 de Novembro de 2012, pelas 09h e 15m.VERBA 1: VALOR-BASE: 75.000,00 Euros.Serão aceites propostas iguais ou su-periores a 52.500,00 Euros, que corres-pondem a 70% do valor-base.A sentença que se executa está penden-te de recurso ordinário: NãoEstá pendente oposição à execução: NãoEstá pendente oposição à penhora: NãoEstá pendente sentença de graduação de créditos: Não.

A Agente de ExecuçãoAlexandra Gomes

Rua D. Sancho I, n.º 17 A e B2800-712 AlmadaE-mail: [email protected].: 210 833 058 - Fax: 212 743 259Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.

ANÚNCIO DE VENDAAlexandra GomesAgente de Execução

CPN 4009

Maria de Jesus Dias, Agente de Execução no âmbito da execução comum infra-identifi cada, informa os eventuais interessados que são aceites propostas de aquisição dos seguintes bens penhorados: LOCAL E DATA-LIMITE PARA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS: As propostas são apresentadas em carta fechadas até às 10h00 (dez horas) do dia 07 de Dezem-bro de 2012, (sete de Dezembro de 2012), na Secretaria do Tribunal da Comarca do Baixo Vouga - Ovar - Juízo de Execução, devendo os proponentes, nos termos do n.º 1 do artigo 897.º do Código de Processo Civil, juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do Agente de Execução no montante correspondente a 20% do valor-base dos bens, ou garantia bancária no mesmo valor. É fi el de-positário, dos imóveis, o executado, José Carlos Gamelas Pereira Zagalo, que os deve mostrar, sendo o pedido dirigido ao Agente de Execução, no domicilio profi ssional indicado. As propostas serão abertas no dia e hora indicado, não sendo obrigatória a presença dos proponentes. Foram reclamados créditos pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Algarve; N.º PROCESSO: 3765/11.0YYLSB -Secretaria-Geral Execuções de Lisboa - 3.º Juízo - 1.ª Secção.EXECUTADOS: João Carlos Gamelas Pereira Zagalo; Seagull’s Nest - Gestão e Exploração Imobiliária, S.A.BEM(S) A VENDER: Lote 1- 1/3 do Prédio em regime de propriedade horizontal, fração “AR” sito na Urbanização S. João de Deus - Bloco 4, inscrito na matriz predial urbana da freguesia de Esgueira sob o art.º 2325 e descrito na Conser-vatória do Registo Predial de Aveiro com o n.º 202/19850307-AR.Composição: Na cave a quinta garagem a contar do poente para nascente, junto à ex-

trema norte.Lote 2 - 1/3 do prédio em regime de propriedade horizontal, fração “AAB” sito na Urbanização S. João de Deus - Bloco 1, inscrito na matriz predial urbana da freguesia de Esgueira sob o art.º 2324 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Aveiro com o n.º 120/19850108-AAB. Com-posição: Arrecadação na cave, é a primeira de um grupo de cinco arrecadações consecutivas, situadas junto à extrema sul do bloco, a contar de nascente para poente.Lote 3 - 1/3 do prédio em regime de propriedade horizontal, fração “AAN” sito na Urbanização S. João de Deus - Bloco 1, inscrito na matriz predial urbana da freguesia de Esgueira sob o art.º 2324 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Aveiro com o n.º 120/19850108-AAN. Com-posição: Garagem individual a 8.ª a contar de poente para nascente, junto extrema norte.MODALIDADE DE VENDA PROPOSTA EM CAR-TA FECHADA, VALOR-BASE:Lote 1: 5.000,00 euros (cinco mil euros). VALOR MÍNIMO DAS PROPOSTAS: 3.500,00 euros, cor-respondente a 70% do valor-base.Lote 2: 2.500,00 euros (dois mil e quinhentos euros). VALOR MÍNIMO DAS PROPOSTAS: 1.750,00 euros, correspondente a 70% do valor-base.Lote 3: 10.000,00 euros (dez mil euros). VALOR MÍNIMO DAS PROPOSTAS: 7.000,00 euros, cor-respondente a 70% do valor-base.Fiel depositário, o executado João Carlos Game-las Pereira Zagalo com domicílio na Rua Viriato, n.º 5 - 2.º Esq.º - Lisboa.

A Agente de Execução - Maria de Jesus DiasRua Ribeiro dos Reis, 27-D - 2725-175 Mem MartinsTelf. 213 557 117Público, 08/11/2012 - 1.ª Pub.

MARIA DE JESUS DIASAgente de Execução

Cédula 3850

EDITAL / ANÚNCIO DE VENDA PROCESSO EXECUTIVO

VARAS CÍVEISDE LISBOA

10.ª Vara CívelProcesso n.º 2050/12.5TVLSB

ANÚNCIOInterdiçãoRequerente: Ministério PúblicoRequerida: Maria Laura de Sousa Monteiro de Azevedo CostaFaz-se saber que foi distribuída a esta 10.ª Vara Cível de Lisboa, uma acção especial de Interdição, registada sob o n.º 2050/12.5TVL-SB, em que é requerente o Minis-tério Público, e em que é requerida Maria Laura de Sousa Monteiro de Azevedo Costa, casada, natural da freguesia do Bonfi m, concelho do Porto, fi lha de Manuel Celestino Soares Monteiro e Maria Fernanda de Sousa Machado, residente na Avenida de Roma, n.º 103, 1.º Dt.º, 1700-345 Lisboa, para efeito de ser decretada a sua interdição, por anomalia psíquica.Passei o presente e outro de igual teor para serem afi xados.N/Referência: 18161803Lisboa, 26-10-2012

O Juiz de DireitoDr. José Manuel Góis Dias Vilalonga

O Ofi cial de JustiçaJorge Manuel Alves Serras

Público, 08/11/2012

VARAS CÍVEISDE LISBOA

12.ª Vara CívelProcesso n.º 1999/12.0TVLSB

ANÚNCIOInterdição / InabilitaçãoRequerente: Ministério PúblicoRequerido: José Miguel Jan-sen Verdades Dinis da GamaFaz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Inter-dição em que é requerido José Miguel Jansen Verdades Dinis da Gama, com residência em domicílio: Av. dos Estados Uni-dos da América, 110, 9.º Dto., 1700-000 Lisboa, para efeito de ser decretada a sua Interdi-ção por Anomalia Psíquica.

N/Referência: 18156435

Lisboa, 25-10-2012

A Juíza de DireitoDr.ª Fátima ViegasA Ofi cial de JustiçaAna Cristina Silva

Público, 08/11/2012

Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, E.P.E.

CONCURSO PÚBLICO N.º 1882/2012

Prestação de Serviços de Sessões de Hemodiálise,na Unidade de Vila Real e Chaves, do Centro Hospitalar

de Trás-os-Montes e Alto Douro, E.P.E.

1) Designação e endereço ofi ciais da entidade adjudicanteA Entidade Adjudicante é o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE (CHTMAD), com o seguinte endereço: Av. da Noruega, Lordelo, 5000-508, Vila Real, telefone: 259300593/506/546, fax: 259300558 e correio eletróni-co: [email protected], mtmeneses@ chtmad.min-saude.pt.

2) Objecto do ConcursoO concurso tem por objeto a Prestação de Serviços na área da Nefrologia, através do fornecimento de consumíveis, equipamentos e sua assistência técnica, assistência técnica e manutenção técnica dos sistemas de tratamen-to de águas, produção e controlo de qualidade da água para Hemodiálise e dialisante, para realização de Sessões de Hemodiálise, na Unidade Hospitalar de Vila Real e Chaves, do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, E.P.E.

3) Processo do ConcursoO procedimento de contratação reveste a forma de concurso público, nos ter-mos do Artigo 130.º e seguintes do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro.

4) PreçoO preço-base é o preço máximo que a entidade adjudicante se dispõe a pagar pela execução do contrato, cujo valor é de 34,00 (trinta e quatro euros) euros por sessão, a pagar nos termos do Artigo 4.º, do Caderno de Encargos.

5) CauçãoPara garantia do exacto e pontual cumprimento de todas as obrigações con-tratuais, o adjudicatário prestará uma caução em benefício da Entidade Adju-dicante, no valor de 5% (cinco por cento) do preço contratual com exclusão do IVA, nos termos previstos no Artigo 21.º, do Programa de Concurso.

6) AgrupamentoSe a adjudicação recair em proposta apresentada por um agrupamento, as entidades que o compõem devem, depois de lhe ser notifi cada a adjudicação, mas antes da celebração do contrato, associar-se na modalidade de consór-cio externo, em regime de responsabilidade solidária, nos termos do disposto no D.L. 231/81, de 28 de Julho.

7) Critérios de AdjudicaçãoO critério de adjudicação é o do mais baixo preço, conforme estipulado no Artigo 17.º, do Programa de Concurso.

8) Obtenção de documentos As peças do concurso encontram-se disponíveis em suporte eletrónico no endereço www.compraspublicas.com mediante o prévio pagamento de 50 euros (IVA incluído à taxa legal em vigor), através de transferência bancária, com o NIB: 078101120112001179081, numerário ou cheque emitido à ordem do Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, E.P.E.

9) Apresentação das PropostasA data-limite para apresentação das respetivas propostas é até às 23h59, do dia 26 de dezembro de 2012.

10) Local de apresentação das propostasOs documentos que constituem a proposta têm de ser directamente apresen-tados na plataforma eletrónica: www.compraspublicas.com.

11) Data de envio do anúncioO presente Anúncio foi enviado para publicação no Diário da República em 06 de novembro de 2012.

O Presidente do Conselho de AdministraçãoDr. Carlos Alberto Vaz

Tribunal Judicial de Alenquer Processo: 1716/06.3TBALQ - 2.º JuízoExecução Comum - Pagamento de quantia certa Exequente: Fleet Properties, Compra e Venda de Imóveis, Lda.Executado: Tiago Manuel dos Santos PintoFAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados, encontra-se de-signado o dia 14 de Janeiro de 2013 pelas 09.30 horas, no Tribunal Judicial de Alenquer, para a abertura de propostas, que sejam entre-gues até esse momento, na secretaria do Tribunal, pelos interessa-dos na compra do seguinte bem:Fração autónoma designada pela letra “N” correspondente ao QUARTO ANDAR ESQUERDO para habitação, com arrecadação no sótão, do prédio em regime de propriedade horizontal sito na Pra-ceta João Rodrigues Cabrilho, Lote 81-A na freguesia do Carregado e concelho de Alenquer, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1043.º daquela freguesia e descrito na Conservatória do Registo Predial de Alenquer sob o número 494/ Carregado.Valor-base: 70.000,00 € (setenta mil euros).Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 49.000,00 € (quarenta e nove mil euros), correspondente a 70% do valor-base.É fi el depositário, que o deve mostrar, a pedido, o executado Tiago Manuel dos Santos Pinto.

Arruda dos Vinhos, 06 de Novembro de 2012

A Agente de Execução - Ana Rucha

Público, 08/11/2012 - 1.ª Pub.

ANÚNCIO

ANA MARIA SILVA RUCHAAgente de Execução

Cédula 2769

ALTERAÇÃO DE DATA - ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIAComo a data marcada para a Assembleia Geral coincide com o dia de Greve Geral Ibérica e haver a percepção de que a mesma vai difi cultar a participação de muitos Associados, vimos por este meio alterar a data da sua realização para o dia 21 de Novembro pelas 15 horas, com a mesma ordem de trabalhos que passamos a recordar.Assim:Nos termos da alínea b) do n.º 2 do art.º 29.º dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral Ordinária da Associação NOVA ATENA - Associação para a inclusão e bem estar da pessoa sénior pela cultura e arte, a reunir na Quarta-Feira, dia 21 de Novembro de 2012, pelas 15.00 horas, no Salão Paroquial sito na Rua D. Pedro V em Linda-a-Velha, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Informações.2. Discussão e Aprovação do Plano de Actividades para o ano de 2013.3. Discussão e Aprovação do Orçamento para 2013.4. Instalações/Sede (art. 1º dos Estatutos)5. Renumeração no número de Associado (ao fi m de 5 anos)6. Quotizações

Nos termos do n.º 1 do art.º 31.º dos Estatutos “A Assembleia Geral reunirá à hora marcada na convocatória se estiver presente mais de metade dos associados com direito a voto, ou meia hora depois com qualquer número de presentes, no pleno gozo dos seus direitos”.NOTA: Os documentos em apreciação nesta Assembleia, estão afi xados e à disposição de todos os associados, para consulta, nas instalações da Associação, desde o dia 31 de Outubro de 2012.

P’ O Presidente da Mesa da Assembleia Geral - Rosa Maria Batista - Primeiro secretárioLinda-a-Velha, 5 de Novembro de 2012

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42 | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

SAIR

CINEMALisboa Castello Lopes - LondresAv. Roma, 7A. T. 760789789Argo M12. Sala 1 - 14h, 16h30, 19h, 21h30;007 Skyfall M12. Sala 2 - 13h15, 16h, 18h45, 21h45 CinemaCity Campo PequenoCentro Lazer Campo Pequeno. T. 217981420As Palavras M12. Sala 1 - 13h25, 17h55, 20h, 22h05, 00h20; Força Ralph M6. Sala 1 - 15h30 (V.Port./3D); 007 Skyfall M12. Sala 2 - 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h10; Força Ralph M6. Sala 3 - 13h45, 16h15, 18h45, 21h35 (V.Port./3D); Argo M12. Sala 4 - 13h40, 16h, 18h30, 21h50; Terapia a Dois M12. Sala 5 - 19h55; A Advogada M12. Sala 5 - 13h50, 15h50, 17h50, 22h, 00h05; Manteiga M12. Sala 6 - 13h50, 15h40, 17h30, 19h20, 21h35, 23h30; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. Sala 7 - 17h40; ParaNorman M6. Sala 7 - 13h55, 15h50, 19h40, 21h40, 23h50; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. Sala 8 - 13h55, 15h55, 19h50, 21h55, 23h55; ParaNorman M6. Sala 8 - 18h (V.Port.) CinemaCity Classic AlvaladeAvª de Roma, nº 100, Lisboa . T. 218413045007 Skyfall M12. Sala 1 - 13h30, 16h10, 18h50, 21h30; O Gebo e a Sombra M12. Sala 2 - 13h35; A Advogada M12. Sala 2 - 15h20, 17h25, 19h30, 21h35; Argo M12. Sala 3 - 13h20, 15h40, 18h30, 21h40; Para Roma com Amor M12. Sala 4 - 13h40, 16h, 19h, 21h45 Cinemateca PortuguesaR. Barata Salgueiro, 39 . T. 213596200O Retrato de Jennie M12. Sala Félix Ribeiro - 15h30; Willow Springs Sala Félix Ribeiro - 21h30; Stella Days Sala Félix Ribeiro - 19h; O Grande Amor + La Terra Vista Dalla Luna Sala Luís de Pina - 19h30; Les Années 80 Sala Luís de Pina - 22h Medeia Fonte NovaEst. Benfica, 503. T. 217145088As Palavras M12. Sala 1 - 14h30; 007 Skyfall M12. Sala 1 - 18h30, 21h45; Argo M12. Sala 3 - 14h15, 17h, 19h30, 22h Medeia KingAv. Frei Miguel Contreiras, 52A. T. 218480808Bellamy M12. Sala 1 - 14h30, 16h45, 19h30, 22h; César Deve Morrer M12. Sala 2 - 13h30, 15h30, 17h30, 19h50, 21h45; O Gebo e a Sombra M12. Sala 3 - 17h; Linhas de Wellington M12. Sala 3 - 14h, 18h45, 21h30 Medeia MonumentalAv. Praia da Vitória, 72. T. 213142223As Palavras M12. Sala 4 - Cine Teatro - 13h15, 15h30, 17h30, 19h30, 21h30, 24h; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 1 - 14h15, 16h45,19h15, 21h50, 00h15; Argo M12. Sala 2 - 14h30, 17h, 19h30, 22h, 00h15; 007 Skyfall M12. Sala 3 - 13h30, 16h15, 19h, 21h45, 00h30 UCI Cinemas - El Corte InglésAv. Ant. Aug. Aguiar, 31. T. 707232221Actividade Paranormal 4 M16. Sala 1 - 20h, 22h, 00h20; Manteiga M12. Sala 1 - 14h, 16h, 18h; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 2 - 14h15, 16h50, 19h10, 21h35, 24h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 3 - 14h05, 16h30 (V.Port./3D), 19h, 21h30, 23h55 (V.Orig./3D); Linhas de Wellington M12. Sala 4 - 16h05, 21h15; Frankenweenie M12. Sala 4 - 14h, 19h15, 00h30; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 5 - 23h55; Força Ralph M6. Sala 5 - 14h10, 19h (V.Port./2D), 16h35, 21h25 (V.Port./3D); 007 Skyfall M12. Sala 6 - 14h, 17h, 21h15, 00h15; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 7 - 14h05, 16h40, 19h15, 21h50, 00h25; Galinha Com

Ameixas M12. Sala 8 - 19h10; Para Roma com Amor M12. Sala 8 - 14h10, 16h40, 21h45, 00h15; Argo M12. Sala 9 - 14h05, 16h40, 19h15, 21h50, 00h25; César Deve Morrer M12. Sala 10 - 14h, 16h, 18h, 20h, 22h, 24h; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. Sala 11 - 14h15, 16h45, 19h15, 21h45, 00h15; 007 Skyfall M12. Sala 12 - 15h, 18h20, 21h30, 00h30; As Palavras M12. Sala 13 - 14h15, 16h50, 19h15, 21h55, 00h15; A Advogada M12. Sala 14 - 14h15, 16h40, 19h05, 21h40, 00h10 ZON Lusomundo AlvaláxiaEstádio José Alvalade, Cpo Grande. T. 16996Arbitrage - A Fraude M12. 17h10, 21h35;Manteiga M12. 19h25; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 15h50, 18h20, 21h; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. 17h, 21h10; 007 Skyfall M12. 16h40, 21h20; Força Ralph M6. 16h05, 18h45, 21h25 (V.Port.); Realizar o Impossível M12. 16h10, 18h55, 21h40; Balas e Bolinhos - O Último Capítulo M16. 21h15;Astérix e Obélix: Ao Serviço de SuaMajestade M6. 16h20, 18h50 (V.Port./3D);Actividade Paranormal 4 M16. 15h30, 17h40, 21h40; Argo M12. 16h, 18h40, 21h30;Dos Homens Sem Lei M12. 16h15, 19h, 21h45; Sinister - Entidade do Mal M16. 15h40, 18h10, 21h50; Looper - Reflexo Assassino M16. 16h10, 21h20; A Moral Conjugal M12. 19h05 ZON Lusomundo AmoreirasAv. Eng. Duarte Pacheco. T. 16996007 Skyfall M12. 14h, 17h20, 21h, 00h10; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. 13h, 15h30, 18h20, 21h20, 23h50; Argo M12. 13h30, 16h, 18h50, 21h40, 00h20; A Moral Conjugal M12. 13h50, 16h40; Um Feliz Evento M12. 19h10, 21h50, 00h25; Dos Homens Sem Lei M12. 21h30, 00h15; Força Ralph M6. 13h20, 16h, 18h40 (V.P./3D); Para Roma com Amor M12. 12h50, 15h40, 18h10, 20h50, 23h20; As Palavras M12. 13h, 15h10, 17h50, 21h10, 23h40 ZON Lusomundo ColomboAv. Lusíada. T. 16996Realizar o Impossível M12. 12h45, 15h25, 18h10, 21h35, 00h25; A Moral Conjugal M12. 18h45; Dos Homens Sem Lei M12. 12h40, 15h20, 21h25, 00h15; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 12h55, 15h30, 18h05, 20h55, 23h35; Força Ralph M6. 13h15, 15h55, 18h35 (V.Port./3D), 21h15, 24h (V.Port.); 007 Skyfall M12. 13h20, 16h30, 21h, 00h10; Actividade Paranormal 4 M16. 13h30, 15h45, 18h, 21h10, 23h40; Sinister - Entidade do Mal M16. 13h05, 15h40, 18h15, 21h20, 23h55; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. 13h10, 15h50, 18h30, 21h05, 23h45; Taken - A Vingança M16. 21h40, 00h05; As Palavras M12. 13h, 16h, 18h25; Argo M12. 12h50, 15h35, 18h20, 21h30, 00h20 ZON Lusomundo Vasco da GamaParque das Nações. T. 16996Argo M12. 12h40, 15h40, 18h25, 21h10, 24h; Actividade Paranormal 4 M16. 13h, 15h20, 17h30, 19h40, 21h50, 00h30; Dos Homens Sem Lei M12. 12h50, 15h30, 18h10, 21h40, 00h20; Força Ralph M6. 13h35, 16h10, 18h50 (V.Port./3D), 21h30, 00h15 (V.Port./3D); 007 Skyfall M12. 13h20, 17h, 21h, 00h10; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 13h30, 16h, 18h30 (V.Port./3D); Manteiga M12. 21h20, 23h50

Almada ZON Lusomundo Almada FórumEstr. Caminho Municipal. T. 16996Força Ralph M6. 13h15, 16h, 18h45 (V.P./3D), 21h30, 00h15 (V.Port.); Argo M12. 12h55, 15h45, 18h35, 21h25, 00h20; 007 Skyfall M12.

ArgoDe Ben Affleck. Com Ben Affleck, Bryan Cranston, John Goodman. EUA. 2012. 120m. Drama, Thriller. M12.

Irão, 4 de Novembro de 1979.

Militares iranianos invadem a

Embaixada dos EUA em Teerão

e 52 pessoas são tomadas como

reféns. Porém, no meio do caos

que se instala, seis conseguem

escapar, escondendo-se em

casa do embaixador canadiano.

Apesar da situação ser mantida

em segredo pelo Governo

americano - e cientes de que é

apenas uma questão de tempo

até todos serem capturados

e mortos -, Tony Mendez, um

especialista da CIA, desenvolve

um plano surpreendente para

salvá-los: entrar no Irão como

uma equipa de fi lmagens e retirar

os diplomatas sãos e salvos.

Força RalphDe Rich Moore. Com John C. Reilly (Voz), Jack McBrayer (Voz), Jane Lynch (Voz). EUA. 2012. 108m. Animação, Comédia. M6. Apesar do seu feitio afável e

coração de ouro, Ralph é o vilão

do Fix-It Felix Jr, um jogo de vídeo

muito popular, em que o herói

repara um edifício que Ralph

tem de destruir constantemente.

Depois de mais de três décadas

dedicadas à malevolência, Ralph

sente-se à beira de uma depressão

nervosa. Decidido a mudar de

vida e a provar a todos que tem

o perfi l certo para ser o “bom da

fi ta“, monta um plano de escape e

parte para novas aventuras...

Realizar o ImpossívelDe Michael Apted, Curtis Hanson. Com Jonny Weston, Gerard Butler, Elisabeth Shue. EUA. 2012. 116m. Drama. M12. Maverick é o nome dado às ondas

gigantes que se formam entre

Novembro e Março na costa

norte da Califórnia, EUA. Essas

ondas são formadas por correntes

que vêm do Golfo do Alasca,

chegando a atingir os 18 metros

de altura. Jay, apesar dos seus 15

anos, é um talentoso surfi sta que

sonha ser como o seu ídolo Frosty

Hesson. E quando Jay consegue

convencer o seu herói a ensinar-

lhe tudo o que sabe para o fazer

sobreviver a uma Maverick, os

dois embarcam numa aventura

de coragem e amizade que os

transformará irremediavelmente.

Sinister - Entidade do MalDe Scott Derrickson. Com Ethan Hawke, Juliet Rylance, James Ransone. EUA. 2012. 110m. Terror. M16. Ellison Oswalt é um escritor de

policiais decidido a escrever a

história da sua vida. Para isso

resolve ir viver para o cenário

propício: a casa onde, nove

meses antes, foi brutalmente

assassinada uma família. Já

instalado com a mulher e fi lha,

descobre uma caixa de fi lmes

caseiros de famílias inteiras

a serem mortas. Decidido a

compreender o alcance do

achado, decide investigar os

casos, descobrindo que todas as

fi lmagens têm em comum um

símbolo que retrata uma entidade

pagã que consome almas de

crianças. Ellison percebe então

que, ao escolher aquela casa para

morar, a sua família se tornou na

mais recente vítima daquele lugar

maldito.

Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de BordéusDe João Correa, Francisco Manso. Com Vítor Norte. POR. 2011. 90m. Drama. M16. Aristides de Sousa Mendes

nasceu em Cabanas de Viriato,

a 19 de Julho de 1885, no seio de

uma família aristocrática rural.

Cônsul de Portugal em Bordéus

em 1940, ano da invasão da

França pela Alemanha nazi na

sequência da 2.ª Guerra Mundial,

Sousa Mendes desafi ou as ordens

expressas de Salazar e concedeu

mais de 30 mil vistos de entrada

em Portugal a refugiados de todas

as nacionalidades que desejavam

fugir de França. Revelando

uma coragem e determinação

invulgares, recusou-se a entregar

milhares de pessoas a um

destino certo nos campos de

concentração nazis.

Em [email protected]

12h50, 16h10, 21h, 00h10; 007 Skyfall M12. 12h30, 15h40, 18h50, 22h; Actividade Paranormal 4 M16. 13h, 15h15, 17h30, 21h45, 00h20; As Palavras M12. 12h35, 15h10, 17h35, 21h05, 23h30; Dos Homens Sem Lei M12. 12h40, 15h25, 18h15, 21h10, 23h50; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. 13h, 15h30, 18h10, 21h15, 23h55; A Moral Conjugal M12. 19h; Manteiga M12. 13h20, 15h35, 21h30, 23h55; Astérix e Obélix: AoServiço de Sua Majestade M6. 13h10, 15h50(V.P.), 18h30, 21h20, 24h (V.O.); A AdvogadaM12. 13h05, 15h55, 18h40, 21h15, 23h50;Sinister - Entidade do Mal M16. 13h10, 15h50,18h45, 21h35, 00h15; Realizar o ImpossívelM12. 13h30, 15h45, 18h05, 21h50, 00h05;Taken - A Vingança M16. 12h45, 15h20, 17h45, 21h40, 24h

Amadora CinemaCity Alegro AlfragideC.C. Alegro Alfragide. T. 214221030007 Skyfall M12. Cinemax - 13h20, 16h05, 18h50, 21h40; A Possuída M16. Sala 2 - 00h35; Argo M12. Sala 2 - 13h35, 15h55, 18h30, 21h55, 00h15; A Casa do Fim da RuaM16. Sala 3 - 13h40; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 4 - 13h50, 15h40, 17h50, 19h50, 22h, 23h50; Sinister - Entidade do Mal M16. Sala 5 - 13h25, 15h45, 18h20, 21h50, 24h; Força Ralph M6. Sala 6 - 13h50, 16h20, 18h55, 21h40, 00h10 (V.P.); Para Roma com Amor M12. Sala 7 - 18h35; 007 Skyfall M12. Sala 7 - 00h30; Força Ralph M6. Sala 7 - 13h35, 16h (V.P.); Taken - A Vingança M16. Sala 8 - 23h55; A Advogada M12. Sala 8 - 13h30, 15h35, 17h40, 19h45, 21h50; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 9 - 13h55, 16h10, 18h40, 21h40, 00h05; Frankenweenie M12. Sala 10 - 23h45; As Palavras M12. Sala 10 - 13h30, 15h30, 17h30, 19h30, 21h35 UCI Dolce Vita TejoC.C. da Amadora, EN 249/1. T. 707232221Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 1 - 14h15, 16h40, 19h15 (V.Port./3D), 21h50 (V.Orig./3D); 007 Skyfall M12. Sala 2 - 15h, 18h30, 21h30; Força Ralph M6. Sala 3 - 14h, 18h50 (V.Port./2D), 16h20, 21h25 (V.Port./3D); Arbitrage - A Fraude M12. Sala 4 - 14h05, 16h45, 19h15, 21h45; Impy na Terra da Magia M4. Sala 5 - 14h25, 16h30 (V.Port.); Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 5 - 19h05, 21h35; ParaNorman M6. Sala 6 - 13h55, 16h15 (V.Port./3D); Patrulha de Bairro M12. Sala 6 - 19h05, 21h55; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 7 - 14h05, 16h35, 19h10, 21h35; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 8 - 13h50, 16h20, 18h50, 21h20; Argo M12. Sala 9 - 14h10, 16h50, 19h20, 21h55; 007 Skyfall M12. Sala 10 - 14h, 17h, 21h10; Taken - A Vingança M16. Sala 11 - 13h55, 16h30, 19h05, 21h40

Barreiro Castello Lopes - Fórum BarreiroCampo das Cordoarias. T. 760789789Força Ralph M6. Sala 1 - 15h40, 18h30, 21h30 (V.Port./3D); Arbitrage - A Fraude M12. Sala 2 - 15h10, 18h10, 21h10; Terapia a Dois M12. Sala 3 - 15h20, 18h40, 21h40; 007 Skyfall M12. Sala 4 - 15h30, 18h20, 21h20

Cascais Castello Lopes - Cascais VillaAvenida Marginal. T. 760789789Argo M12. Sala 1 - 15h40, 18h40, 21h40; Para Roma com Amor M12. Sala 2 - 15h50, 18h10, 12h10; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 3 - 16h10, 18h50, 21h50; 007 Skyfall M12. Sala 4 - 15h30, 18h25, 21h20; Força Ralph M6. Sala 5 - 16h (V.P./2D), 18h30, 21h30 (V.P./3D)

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PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | 43

Últimos dias de Utz, na Vera Cortês - Agência de Arte, Lisboa, que mostra novos trabalhos de Daniel Blaufuks. Obras que, segundo o crítico Chris Sharp, seguem duas linhas de investigação: “uma é a obsolescência e a outra a aura”, no fascínio e perturbação que o artista detém sobre as tecnologias fotográficas analógicas. A exposição,

cujo título remete para o romance de Bruce Chatwin (1940-1989), reúne quatro séries de trabalhos e cada um, a partir da sua diferença, alicerça-se sobre uma evocação da história da fotografia, que é uma forma de dizer da história da visibilidade. De terça a sábado, até dia 16, das 14h às 19h, com entrada livre.

Daniel Blaufuks na galeria Vera CortêsSUSANA POMBA

ZON Lusomundo CascaiShoppingCascaiShopping-EN 9, Alcabideche. T. 16996A Moral Conjugal M12. 18h45; Actividade Paranormal 4 M16. 13h10, 16h, 21h40, 23h45; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 13h20, 15h50, 18h20; Dos Homens Sem Lei M12. 21h10, 00h10; Argo M12. 12h50, 15h40, 18h30, 21h30, 00h15; Força Ralph M6. 13h30, 16h10, 18h50, 21h20, 23h50 (V.P./3D); 007 Skyfall M12. 13h, 16h20, 21h, 00h20; Realizar o Impossível M12. 12h40, 15h20, 18h, 21h15, 24h; Sinister - Entidade do Mal M16. 13h05, 15h30, 18h10, 20h55, 23h30

Caldas da Rainha Vivacine - Caldas da RainhaC.C. Vivaci. T. 262840197Força Ralph M6. Sala 1 - 15h40, 18h10, 21h20 (V.Port.); Actividade Paranormal 4 M16. Sala 2 - 15h45, 18h, 21h30; 007 Skyfall M12. Sala 3 - 15h15, 18h15, 21h20; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 13h20, 15h45 (V.P.), 18h20, 21h15; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 5 - 15h50, 18h10, 21h25

Carcavelos Atlântida-CineCentro Comercial Carcavelos. T. 214565653Argo M12. Sala 1 - 15h30, 21h30; 007 SkyfallM12. Sala 2 - 15h45, 21h45

Sintra CinemaCity Beloura ShoppingEst. Nac. nº 9 - Quinta Beloura. T. 219247643Argo M12. VIP - 16h15, 18h35, 21h40; 007 Skyfall M12. Sala 1 - 16h, 18h55; Força Ralph M6. Sala 1 - 21h35 (V.P./3D); 007 Skyfall M12. Sala 2 - 21h30; Força Ralph M6. Sala 2 - 16h20, 18h50 (V.P./3D); Arbitrage - A Fraude M12. Sala 3 - 17h55, 19h, 22h05; Força Ralph M6. Sala 3 - 15h30 (V.P./3D); Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 13h45, 16h05, 18h25 (V.P./3D), 21h45; Para Roma com Amor M12. Sala 5 - 19h40; As Palavras M12. Sala 5 - 15h35, 17h40, 21h50; A Advogada M12. Sala 6 - 15h40, 17h45, 19h50, 21h55; Manteiga M12. Sala 7 - 15h45, 19h45, 21h35 Castello Lopes - Fórum SintraLoja 2.21 - Alto do Forte. T. 760789789Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul deBordéus M16. Sala 1 - 15h20, 18h20, 21h25;007 Skyfall M12. Sala 2 - 15h40, 18h35, 21h30; Realizar o Impossível M12. Sala 3 - 16h20, 18h50, 21h40; Força Ralph M6. Sala 4 - 16h, 18h30, 21h20 (V.P./3D); Actividade Paranormal 4 M16. Sala 5 - 16h15, 19h, 21h45;Taken - A Vingança M16. Sala 6 - 21h10;Astérix e Obélix: Ao Serviço de SuaMajestade M6. Sala 6 - 15h30, 18h10; ArgoM12. Sala 7 - 15h50, 18h40, 21h35

Leiria Castello Lopes - Leiria ShoppingCC Leiria Shopping, IC2. T. 760789789Força Ralph M6. Sala 1 - 13h20, 15h40, 18h30, 21h20 (V.Port./3D); Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 2 - 13h, 15h20 (V.Port./3D); 007 Skyfall M12. S. 2 - 18h40, 21h30; Actividade Paranormal 4M16. Sala 3 - 13h10, 16h, 18h50, 21h50;Terapia a Dois M12. Sala 4 - 12h50, 15h10, 18h; Taken - A Vingança M16. Sala 4 - 21h;Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 5 - 13h30, 15h50, 18h10, 21h15; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. Sala 6 - 13h15, 16h10, 19h, 21h40; 007 Skyfall M12. Sala 7 - 12h40, 15h30, 18h20, 21h10

CinemaCity LeiriaRua Dr. Virgílio Vieira Cunha. T. 244845071007 Skyfall M12. Sala 1 - 16h10, 19h, 21h50;Força Ralph M6. Sala 2 - 16h20, 21h30 (V.Port./2D), 18h50 (V.Port./3D); Encomenda Armadilhada M12. Sala 3 - 20h; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 3 - 15h40, 18h, 22h05; Argo M12. Sala 4 - 16h25, 18h55, 21h35; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 5 -16h05, 18h30, 21h40; Argo M12. Sala 6 -00h05; Taken - A Vingança M16. Sala 7 - 19h55; A Advogada M12. Sala 7 - 15h45, 17h50, 22h

Loures Castello Lopes - Loures ShoppingQuinta do Infantado. T. 760789789Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 1 - 12h55, 15h30 (V.P./3D); 007 Skyfall M12. Sala 1 - 18h20, 21h20; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 2 - 13h30, 16h20, 18h15, 21h40; Taken - A Vingança M16. Sala 3 - 13h40, 16h30, 19h, 21h10; Argo M12. Sala 4 - 13h10, 16h10, 19h40, 21h30; Força Ralph M6. Sala 5 - 13h20, 16h, 18h30, 21h15 (V.P./3D); 007 Skyfall M12. Sala 6 - 13h, 15h50, 18h50, 21h45; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 7 - 13h15, 15h40, 18h10, 21h

Montijo ZON Lusomundo Fórum MontijoC. C. Fórum Montijo. T. 16996007 Skyfall M12. 16h30, 20h40; Força Ralph M6. 15h50, 18h25, 21h (V.P.); Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 15h30, 18h (V.P.); Dos Homens Sem Lei M12. 21h05; Argo M12. 15h40, 18h20, 21h; Actividade Paranormal 4 M16. 16h, 18h10, 21h30; Taken - A Vingança M16. 16h10, 18h15, 21h20

Odivelas Centro Cultural MalapostaR. de Angola, Olival Basto. T. 219383100Lisboa Domiciliária M12. Sala 1 - 15h ZON Lusomundo Odivelas ParqueC. C. Odivelasparque. T. 16996Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 16h, 18h30 (V.P./3D), 21h10 (V.O.); 007 Skyfall M12. 15h, 18h, 21h; Força Ralph M6. 15h50, 18h30, 21h20 (V.P.); Actividade Paranormal 4 M16. 15h20, 18h40, 21h40; ParaNorman M6. 15h40, 18h10 (V.P.); Taken - A Vingança M16. 21h30

Oeiras ZON Lusomundo Oeiras ParqueC. C. Oeirashopping. T. 16996As Palavras M12. 18h45, 21h45, 00h05; Manteiga M12. 13h20, 15h50; 007 Skyfall M12. 14h, 17h15, 21h, 00h10; Argo M12. 13h, 15h45, 18h30, 21h30, 00h20; Arbitrage - A Fraude M12. 12h45, 15h20, 18h10, 21h40, 00h15; Força Ralph M6. 12h50, 15h30, 18h15 (V.P./3D), 21h10, 23h50 (V.P.); Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 13h10, 16h, 18h40 (V.P./3D); Dos Homens Sem Lei M12. 21h15, 23h55; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. 13h05, 15h40, 18h20, 21h20, 24h

Miraflores ZON Lusomundo Dolce Vita MirafloresAvenida das Túlipas. T. 707 CINEMAForça Ralph M6. 15h30, 18h30, 21h30;Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 15h, 18h (V.Port.); Dos

Homens Sem Lei M12. 21h; 007 Skyfall M12. 15h10, 18h10, 21h10; Argo M12. 15h20, 18h20, 21h20

Torres Novas Castello Lopes - TorreShoppingBairro Nicho - Ponte Nova. T. 707220220007 Skyfall M12. Sala 1 - 12h40, 15h30, 18h20, 21h20; Argo M12. Sala 2 - 13h, 15h40, 18h10, 21h30; Encomenda Armadilhada M12. Sala 3 - 18h30, 21h10 (V.P./3D); Força Ralph M6. Sala 3 - 13h20, 15h50 (V.P.)

Torres Vedras ZON Lusomundo Torres VedrasC.C. Arena Shopping. T. 16996Força Ralph M6. 16h05, 18h45, 21h30 (V.P.); Argo M12. 15h45, 18h30, 21h15; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 16h20, 19h; Actividade Paranormal 4 M16. 21h45; Linhas de Wellington M12. 14h50, 18h, 21h10; 007 Skyfall M12. 14h40, 17h45, 21h

Torre da Marinha Castello Lopes - Rio Sul ShoppingQta. Nova do Rio Judeu. T. 760789789Força Ralph M6. Sala 1 - 15h50, 18h25, 21h10 (V.Port./3D); 007 Skyfall M12. Sala 2 - 15h40, 18h40, 21h40; Argo M12. Sala 3 - 15h30, 18h30, 21h30; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 15h20 (V.Port./3D); 007 Skyfall M12. Sala 4 - 18h20, 21h20; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 5 - 15h35, 18h45, 21h50; Taken - A Vingança M16. Sala 6 - 15h10, 18h10, 21h; Patrulha de Bairro M12. Sala 7 - 21h25; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 7 - 16h, 18h50

Santarém Castello Lopes - SantarémLargo Cândido dos Reis. T. 760789789Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 1 - 15h20, 18h50, 21h20; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 2 - 16h10, 19h, 21h40; Argo M12. Sala 3 - 15h40, 18h40, 21h30; Terapia a Dois M12. Sala 4 - 19h10, 21h50; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 16h (V.P.); 007 Skyfall M12. Sala 5 - 15h30, 18h20, 21h10; Força Ralph M6. Sala 6 - 15h50, 18h30, 21h (V.P.)

Setúbal

Auditório CharlotAv. Dr. Ant. Manuel Gamito, 11. T. 265522446007 Skyfall M12. Sala 1 - 21h30 Castello Lopes - SetúbalC. Comercial Jumbo, Loja 50. T. 707220220Força Ralph M6. Sala 1 - 15h40, 18h30, 21h20 (V.Port./3D); 007 Skyfall M12. Sala 2 - 15h50, 18h50, 21h40; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 3 - 15h20, 18h40, 21h30; Para Roma com Amor M12. Sala 4 - 15h30, 18h20, 21h10

Faro SBC-International CinemasC. C. Fórum Algarve. T. 289887212007 Skyfall M12. Sala 1 - 15h, 18h, 21h; 007 Skyfall M12. Sala 2 - 15h40, 18h40, 21h40; Argo M12. Sala 3 - 13h25, 16h, 18h35, 21h10; Frankenweenie M12. Sala 4 - 14h05(V.Port.); 007 Skyfall M12. Sala 4 - 16h10;Dos Homens Sem Lei M12. Sala 4 - 19h10,21h40; 007 Skyfall M12. Sala 5 - 13h30;Realizar o Impossível M12. Sala 5 - 16h30, 19h, 21h30; Força Ralph M6. Sala 6 - 14h05, 16h30, 18h55, 21h20 (V.Port.); Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. Sala 7 - 14h45, 16h50, 18h55, 21h; Ted M12. Sala 8 - 16h15; Para Roma com Amor M12. Sala 8 - 13h50, 18h35; Encomenda Armadilhada M12. Sala 8 - 21h30; Taken - A Vingança M16. Sala 9 - 19h15; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 9 - 21h20

Olhão Algarcine - Cinemas de OlhãoC.C. Ria Shopping. T. 289703332007 Skyfall M12. Sala 1 - 15h30, 18h30, 21h30; Mentes Poderosas M12. Sala 2 - 15h20, 18h20, 21h20; Magic Mike M12. Sala 3 - 15h15, 18h15, 21h15

Albufeira Castello Lopes - Algarve ShoppingEN 125 - Vale Verde. T. 760789789Actividade Paranormal 4 M16. Sala 1 - 13h15, 16h, 18h35, 21h35; Força Ralph M6. Sala 2 - 13h20, 15h55, 18h30, 21h20 (V.P./3D); Taken - A Vingança M16. Sala 3 - 12h55, 15h35, 18h15, 21h10; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 12h50, 15h25, 18h, 21h05; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 5 - 12h45, 15h20, 18h05, 21h; 007

Skyfall M12. Sala 6 - 12h40, 15h30, 18h20, 21h15; 007 Skyfall M12. Sala 7 - 13h, 15h50, 18h45, 21h40; Argo M12. Sala 8 - 13h05, 15h45, 18h25, 21h25; As Palavras M12. Sala 9 - 13h10, 15h40, 18h10, 21h30

Portimão Algarcine - Cinemas de PortimãoAv. Miguel Bombarda. T. 282411888007 Skyfall M12. Sala 1 - 15h30, 18h15, 21h30; Força Ralph M6. Sala 2 - 14h, 15h45, 18h15, 21h45 (V.Port.) Castello Lopes - PortimãoCentro Comercial Continente. T. 760789789Arbitrage - A Fraude M12. Sala 1 - 13h10, 16h, 18h50, 21h50; Força Ralph M6. Sala 2 - 13h20, 15h45, 18h20, 21h20 (V.Port.); Taken - A Vingança M16. Sala 3 - 13h30, 16h15, 19h, 22h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 13h05, 15h40, 18h30, 21h10; 007 Skyfall M12. Sala 5 - 13h, 15h50, 18h40, 21h30; Argo M12. Sala 6 - 13h15, 16h05, 18h45, 21h40

Tavira Zon Lusomundo TaviraC.C. Gran-Plaza, R. Almirante Cândido dos Reis. T. 16996007 Skyfall M12. 15h, 18h, 21h; Actividade Paranormal 4 M16. 15h05, 17h10, 19h15, 21h30; Linhas de Wellington M12. 21h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 15h50, 18h30; Força Ralph M6. 13h, 15h30 (V.P./3D), 18h10, 21h20 (V.P./2D) ; Arbitrage - A Fraude M12. 15h30, 18h10, 21h10

TEATROLisboaA Barraca - Teatro Cine ArteLargo de Santos, 2. T. 213965360 Por Amor de Deus! Enc. Hélder Costa. Com João dAvila. De 27/9 a 30/12. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 16h30 (na Sala 1). M/12.Biblioteca Municipal Orlando RibeiroEstrada de Telheiras, 146. T. 217549030 As Lágrimas Amargas de Petra von Kant Forever Mesmo Teatro. Enc. Manuela Passarinho. Até 10/11. 4ª a Sáb às 21h30. Casino LisboaParque das Nações. T. 218929000 Lar, Doce Lar Enc. António Pires. Com Joaquim Monchique, Maria Rueff. De 12/9 a 25/11. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. M/12. Galeria Zé dos BoisRua Barroca, 59 - Bairro Alto. T. 213430205 Peça do Coração - For Him a New Fragrance Enc. Mariana Tengner Barros. Com Cláudio Vieira, John Romão, Tiago Cadete. De 8/11 a 9/11. 5ª e 6ª às 19h (Temps dImages). M/16. Teatro da ComunaPraça de Espanha. T. 217221770 Agonia Irreversível Com João Tempera, Carlos Paulo, Hugo Franco. De 1/11 a 16/12. 4ª a Sáb às 21h30. Dom às 16h. Café IMPROV Grupo: Teatro Anónimo. De 18/10 a 20/12. 5ª às 21h41. Reservas: 916978652. Teatro da Cornucópia - Bairro AltoRua Tenente Raúl Cascais, 1A. T. 213961515 Os Desastres do Amor Enc. Luis Miguel Cintra. De 1/11 a 25/11. 3ª a Sáb às 21h. Dom às 16h. M/12. Teatro Maria VitóriaAv. Liberdade (Parque Mayer). T. 213461740 Humor com Humor se Paga Enc. Mário Rainho. A partir de 1/11. 5ª e 6ª às 21h30. Sáb às 16h30 e 21h30. Dom às 16h30. M/12. Teatro Municipal de S. LuizR. António Maria Cardoso, 38. T. 213257650

AS ESTRELAS DO PÚBLICO

JorgeMourinha

Luís M. Oliveira

Vasco Câmara

a Mau mmmmm Medíocre mmmmm Razoável mmmmm Bom mmmmm Muito Bom mmmmm Excelente

Argo mmmmm mmmmm mmmmm

Bellamy mmmmm mmmmm mmmmm

César Deve Morrer mmmmm mmmmm –O Cônsul de Bordéus mmmmm – –Dos Homens sem Lei mmmmm mmmmm mmmmm

Frankenweenie mmmmm mmmmm –Galinha com Ameixas mmmmm – mmmmm

Realizar o Impossível mmmmm – –Shut Up and Play the Hits mmmmm mmmmm –007 Skyfall mmmmm mmmmm mmmmm

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44 | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

SAIRPeter Hook & The Light no CCB

Dança da Morte Enc. Marco Martins. De 25/10 a 17/11. 4ª a Sáb às 21h. Dom às 17h30. Teatro Municipal Maria MatosAv. Frei Miguel Contreiras, 52. T. 218438801 Mundo Maravilha Com Alex Cassal, Cláudia Gaiolas, Felipe Rocha, Paula Diogo, Renato Linhares, Stella Rabello, Tiago Rodrigues. De 2/11 a 17/11. 4ª às 19h. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 18h (na Sala Principal). Teatro Nacional D. Maria IIPraça D. Pedro IV. T. 800213250 Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade Enc. Sura Berditchevsky. De 7/11 a 8/11. 4ª e 5ª às 21h (na Sala Garrett, Mostra de Teatro do Brasil). Duração: 70m. Teatro TurimEstrada de Benfica, 723A. T. 217606666 D’Eça Grupo: Pequeno Palco de Lisboa. Enc. Rui Luís Brás. De 8/11 a 18/11. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. M/12. Teatro VillaretAv. Fontes Pereira Melo, 30A. T. 213538586 Um Sonho para Dois Grupo: Plano 6. Com Ricardo Pereira, Fernanda Souza. De 8/11 a 22/12. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. M/12.

OeirasNovo Espaço - Auditório do T.I.O.R. Dr José Joaquim Almeida, 2. T. 213020003 H2M1 Grupo: Teatro Independente de Oeiras. Enc. Carlos dAlmeida Ribeiro. De 14/9 a 10/11. 5ª a Sáb às 21h30. M/16.

EXPOSIÇÕESLisboa3 + 1 Arte ContemporâneaRua António Maria Cardoso, 31. T. 210170765 Histórias que cabem na palma da mão De Rosana Ricalde. De 24/10 a 30/11. 3ª a Sáb das 14h às 20h. Desenho, Escultura. Appleton SquareRua Acácio Paiva, 27 - r/c. T. 210993660 Dois Desenhos, Uma Escultura De José Pedro Croft. De 18/10 a 17/11. 3ª a Sáb das 15h às 20h.

Baginski Galeria/ProjectosR. Capitão Leitão, 51/53. T. 213970719 Distant Smoke De Gonçalo Sena. De 26/9 a 10/11. 3ª a Sáb das 14h às 19h. Escultura, Desenho. Pontus De Délio Jasse. De 26/9 a 10/11. 3ª a Sáb das 14h às 19h. Fotografia. Centro de Arte Moderna - José de Azeredo PerdigãoR. Dr.Nicolau Bettencourt. T. 217823474 Carlos Nogueira: O lugar das coisas De Carlos Nogueira. De 21/9 a 6/1. 3ª a Dom das 10h às 18h. Instalação, Escultura, Fotografia, Outros. Gerard Byrne: Imagens ou Sombras De Gerard Byrne. De 21/9 a 6/1. 3ª a Dom das 10h às 18h. Instalação, Vídeo. Inserido no Festival Temps d’Images 2012. Chiado 8 - Arte ContemporâneaLargo do Chiado, 8. T. 213237335 Peças de Substituição De Renato Ferrão. De 21/9 a 16/11. 2ª a 6ª das 12h às 20h. Desenho, Instalação. Cinemateca PortuguesaRua Barata Salgueiro, 39. T. 213596200 Documentando Dom Roberto De 2/11 a 3/12. 2ª a Sáb das 12h às 00h. Documental, Vídeo. Passagens (Doclisboa’12) De Chantal Akerman, Pedro Costa. De 20/10 a 30/11. 2ª a 6ª das 13h30 às 21h30. Vídeo. CulturgestRua Arco do Cego - CGD. T. 217905155 Flagrante Deleite - Rosemarie Trockel De 13/10 a 6/1. 2ª, 4ª, 5ª e 6ª das 11h às 19h (útlima admissão às 18h30). Sáb, Dom e feriados das 14h às 20h (útlima admissão às 19h30). Colagem, Cerâmica, Instalação, Outros. Fundação e Museu Calouste GulbenkianAvenida de Berna, 45A. T. 217823000 As Idades do Mar De Francesco Guardi, Turner, Friedrich, Monet, De Chirico, Amadeo de Souza-Cardoso, Vieira da Silva, Sousa Lopes, Noronha da Costa, António Carneiro, João Vaz, entre outros. De 25/10 a 27/1. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura. Um Chá para Alice De Lisbeth Zwerger, Dusan Kallay, Anthony Browne, Chiara Carrer, Anne Herbauts, Nicole Claveloux, Teresa Lima, entre outros. De 31/10 a 10/2. 3ª a Dom das 10h às 18h. Desenho, Ilustração, Pintura, Fotografia. Um vaso grego no Museu Calouste Gulbenkian De Maria Helena

Rocha-Pereira. De 29/3 a 30/12. 3ª a Dom das 10h às 18h. Instalação. Fundação Leal RiosR. do Centro Cultural, 17-B. T. 210998623 The Man Nobody Could Lift De Becky Beasley. De 27/10 a 5/1. 3ª e 5ª das 15h às 17h30 (por marcação). Outros. Galeria João Esteves de OliveiraRua Ivens, 38. T. 213259940 D’ après nature, (possibly...) De Pedro Cabrita Reis. De 3/10 a 16/11. 2ª das 15h às 19h30. 3ª a 6ª das 11h às 19h30. Sáb das 11h às 13h30 e das 15h às 19h30. Instalação. MNAC - Museu do ChiadoRua Serpa Pinto, 4. T. 213432148 O Modernismo Feliz - Art Déco em Portugal De Abel Manta, Adelaide de Lima Cruz, Amadeo de Souza-Cardoso, Armando Bastos, Lino António, Joseph Bernard, Mário Eloy, Sarah Afonso, Stuart Carvalhais, entre outros. De 28/6 a 25/11. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura, Desenho, Escultura. Violon Fase De Anne Teresa De Keersmaeker. De 30/10 a 11/11. 3ª a Dom das 10h às 18h. Performance, Vídeo. Temps d’Images 2012. Museu Colecção BerardoPraça do Império - CCB. T. 213612878 Exposição Permanente do Museu Colecção Berardo (1960-2010) De Vito Acconci, Carl Andre, Alan Charlton, Louise Bourgeois, José Pedro Croft, Antony Gormley, Jeff Koons, Allan McCollum, Gerhard Richter, Cindy Sherman, William Wegman, entre outros. A partir de 9/11. Todos os dias das 10h às 19h (última admissão às 18h30). Pintura, Outros. Hélio Oiticica - O Museu é o Mundo De 21/9 a 6/1. 3ª a Dom das 10h às 19h (última admissão às 18h30). Fotografia, Documental, Outros. O Museu em Montagem De Rodrigo Bettencourt da Câmara. De 31/10

a 24/2. Todos os dias das 10h às 19h (última admissão às 18h30). Fotografia. Museu da ElectricidadeAvenida Brasília. T. 210028190 Os Comedores de Batatas De Maria Beatriz. De 6/9 a 25/11. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura. Riso. Uma Exposição a Sério De Alberto Pimenta, Bordalo Pinheiro, Barbara Kruger, Cindy Sherman, Cruzeiro Seixas, Emmerico Nunes, Joana Vasconcelos, José Cardoso Pires, Luís de Sttau Monteiro, Pablo Picasso, Pieter Brueghel II - O Jovem, Sara e André, Vieira da Silva, entre outros. De 19/10 a 17/3. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura, Escultura, Instalação, Outros. Museu da FarmáciaRua Marechal Saldanha, 1. T. 213400680 Día de Muertos. Ontem e Hoje - do México Pré-Hispânico ao México Actual De 6/11 a 26/1. 2ª a 6ª das 10h às 18h. Objectos, Instalação, Fotografia, Outros. Museu Nacional de Arte AntigaRua das Janelas Verdes, 1249 . T. 213912800 Da Ideia à Forma. Desenhos de escultura em Portugal (séculos XVII a XIX) De 16/10 a 13/1. 3ª das 14h às 18h. 4ª a Dom das 10h às 18h. Desenho, Outros. Pintura e Artes Decorativas do Século XII ao XIX De Vários autores. A partir de 16/12. Terça das 14h às 18h. Quarta a domingo das 10h às 18h. Pintura, Desenho, Outros. Exposição Permanente. Thesaurus. A Ourivesaria Sacra da Real Abadia de Alcobaça De 28/9 a 2/12. 3ª das 14h às 17h30. 4ª a Dom das 10h às 17h30 (encerra 1/1, 1/5 e 25/12). Objectos. Museu Nacional do AzulejoRua Madre de Deus, 4. T. 218100340 Da Flandres. Os azulejos encomendados por D. Teodósio I, 5º Duque de Bragança De 23/10 a 8/3. 3ª a Dom das 10h às 18h (última admissão às 17h30). Azulejo,

Documental. Exposição Permanente A partir de 1/1. 3ª a Dom das 10h às 18h (última admissão às 17h30). Um Gosto Português. O Uso do Azulejo no século XVII De 3/7 a 30/12. 3ª a Dom das 10h às 18h (última admissão às 17h30). Azulejo.

Vila Franca de XiraMuseu do Neo-RealismoRua Alves Redol, 45. T. 263285626 Jorge Amado e o Neorrealismo Português De 20/10 a 10/3. 3ª a 6ª das 10h às 19h. Sáb das 12h às 19h. Dom das 11h às 18h. Bibliográfica, Documental. Motivo Imprevisível De Álvaro Perdigão. De 6/10 a 9/12. 3ª a 6ª das 10h às 19h. Sáb das 12h às 19h. Dom das 11h às 18h. Pintura. The Return of The Real XX: Sous le Trottoir la Plage De João Louro. De 2/11 a 3/3. 3ª a 6ª das 10h às 19h. Sáb das 12h às 19h. Dom das 11h às 18h.

MÚSICALisboaCentro Cultural de BelémPraça do Império. T. 707303000 Peter Hook & The Light Hoje às 21h (Misty Fest 2012. Com Uni_Form. M/3). CulturgestRua Arco do Cego - CGD. T. 217905155 Gabriel Ferrandini + Pedro Sousa + Johan Berthling Hoje às 21h30. Fundação e Museu Calouste GulbenkianAvenida de Berna, 45A. T. 217823000 Sophie Perrier e Orquestra Gulbenkian De 8/11 a 9/11. 5ª às 21h. 6ª às 19h. Hard Rock Cafe LisboaAv. Liberdade, 2. T. 213245280 Tim & Companheiros de Aventura Hoje às 22h30. Teatro Nacional de São CarlosLargo de São Carlos, 17. T. 213253045 Don Pasquale Com Coro do Teatro Nacional de São Carlos, Orq. Sinfónica Portuguesa. Enc. Italo Nunziata. Até 10/11. 5ª às 20h. Sáb às 16h.

FARMÁCIASLisboaServiço PermanenteAçoreana (Conde Barão) - Largo do Conde Barão, 2 - Tel. 213961330 Bruxellas (À Estrada da Luz - Metro Laranjeiras) - Rua Manuel da Silva, Leal, 11 - B - Tel. 217210561 Castro (Anjos - Chile) - Avª. Almirante Reis, 76 - A - Tel. 218121973 Celta (Junto nº39 Av. Estados Unidos) - Rua Moura Girão, 3 - B - Tel. 218490621 Pinto (Amoreiras - Campolide) - Rua de Campolide, 11A - Tel. 213882610 Probidade (Alcântara) - Rua de Alcântara, 15 - A -B - Tel. 213638589 Restelo (Restelo) - R. Duarte Pacheco Pereira, 11 - C - Tel. 213031650 Santo António (Vale de Santo António) - AV. Paulo VI, Loja 3, Lote 14 - Tel. 218394314 Simão (Olivais) - Rua Cidade Cabind, 16 A - Tel. 218510581

Até às 22hAzevedo Irmão e Veiga (Bairro Alto) - Rua da Misericórdia, 24 - Tel. 213423540

Outras LocalidadesServiço PermanenteAbrantes - Sousa Trincão (S.Miguel do Rio Torto) Alandroal - Alandroalense Albufeira - Alves de Sousa Alcácer do

Sal - Misericórdia Alcanena - Ramalho Alcobaça - Campeão , Nova (Benedita) Alcochete - Nunes Alcoutim - Caimoto Alenquer - Nobre Brito Aljezur - Furtado , Odeceixense (Odeceixe) Aljustrel - Dias Almada - Nova , Castro Rodrigues, Louro (Cova da Piedade) Almeirim - Mendonça Almodôvar - Aurea Alpiarça - Gameiro Suc. Alter do Chão - Alter Alvaiázere - Ferreira da Gama Alvito - Nobre Sobrinho Amadora - Amadora , Confiança, Nova Amareleja - Duarte Arraiolos - Vieira Arronches - Esperança (Esperança/Arronches) Arruda dos Vinhos - Da Misericórdia Avis - Nova de Aviz Azambuja - Miranda , Reforço - Central, Até às 22h - Nova Barrancos - Barraquense Barreiro - Santo António , Parreira (Lavradio), Santo André (Santo André) Batalha - Moreira Padrão Beja - J. A. Pacheco Belmonte - Costa Benavente - Central (Samora Correia) Bombarral - Miguel Borba - Central Cadaval - Central Caldas da Rainha - Freitas Campo Maior - Central Cartaxo - Abílio Guerra Cascais - Vilar (Carcavelos) , Cordeiro, Primavera (Parede) Castanheira de Pera - Dinis Carvalho (Castanheira) Castelo Branco - Reis Castelo de Vide - Roque Castro

Marim - Moderna Castro Verde - Alentejana Chamusca - Moura (Vale de Cavalos) Constância - Baptista Coruche - Frazão Covilhã - Moderna , São Cosme Crato - Saramago Pais Cuba - Da Misericórdia Elvas - lux Entroncamento - Almeida Gonçalves Estremoz - Godinho Évora - Horta das Figueiras Faro - Higiene Ferreira do Alentejo - Fialho Ferreira do Zêzere - Moderna (Frazoeira/Ferreira do Zezere) Figueiró dos Vinhos - Correia Fronteira - Vaz (Cabeço de Vide) Fundão - Taborda Gavião - Margarido (Comenda) Golegã - Moderna (Azinhaga) , Oliveira Freire Grândola - Pablo Idanha-a-Nova - Andrade (Idanha A Nova) Lagoa - Lagoa Lagos - Telo Leiria - Central , Beatriz Godinho (Maceira) Loulé - Miguel Calçada , Nobre Passos (Almancil), Chagas Loures - Duarte , Fátima, Banha (S. Cosme), Pedro Santos (Vale Figueira), Até às 23h - Matos (Prior Velho), Até às 22h - Alto da Eira, Rocha Santos, Tojal Lourinhã - Marteleirense Mação - Saldanha Mafra - Oceano (Santo Izidoro / Mafra) , Costa Maximiano (Sobreiro) Marinha Grande - Guardiano Marvão - Roque Pinto Mértola - Maktub , Nova de Mértola Moita - Portugal (Alhos Vedros) , Ass. Socorros Mutuos-União

Moitense Monchique - Moderna Monforte - Jardim Montijo - União Mutualista Mora - Central (Pavia) Moura - Faria Mourão - Mourão Nazaré - Ascenso Nisa - Seabra Óbidos - Oliveira Odemira - Confiança Odivelas - Codivel , Leitão Ribeiro, Universo (Caneças), Reforço - Cipriano, Até às 22h - Famões Oeiras - Estação de Algés , Mota Capitão, Seixas Martins, Trindade Brás, Véritas, Santa Sofia (Cruz Quebrada), Marta (Valbom), Reforço - Ferreira Bastos, Até às 22h - Nova, Costa Pinto (Queijas) Oleiros - Xavier Gomes (Orvalho-Oleiros) Olhão - Nobre Sousa Ourém - Fátima , Moderna Ourique - Ouriquense Palmela - Palmela Pedrógão Grande - Baeta Rebelo Penamacor - Cunha Gil Peniche - Central Pombal - Santa Maria (Albergaria dos Doze) , Torres e Correia Lda. Ponte de Sor - Matos Fernandes Portalegre - Romba Portel - Misericordia Portimão - Amparo Porto de Mós - Mirense (MIRA DE AIRE) , Lopes Unipessoal Proença-a-Nova - Daniel de Matos (Sobreira Formosa) Redondo - Casa do Povo Reguengos de Monsaraz - Martins Rio Maior - Almeida Salvaterra de Magos - Carvalho Santarém - Santos Real , Vitorino Santiago do Cacém - Barradas , Fontes

(Santo André) São Brás de Alportel - São Brás Sardoal - Passarinho Seixal - Novais , Duarte Ramos (Amora), Vale Bidarra (Fernão Ferro), Central Vale Milhaços (Vale) Serpa - Central Sertã - Patricio Sesimbra - Rodrigues Pata , Santana, Lopes Setúbal - Carmo Sobral , Marques Silves - Sequeira Correia , Sousa Coelho, Guerreiro Sines - Atlântico , Monteiro Telhada (Porto Covo) Sintra - Baião Santos , Rodrigues Rato, Araújo e Sá (Cacém de Cima), Queluz (Queluz), Dumas Brousse (Rinchoa), Valentim, Até às 22h - Ferreira (Belas) Sobral Monte Agraço - Moderna Sousel - Mendes Dorbio (Cano) Tavira - Montepio Artistico Tavirense Tomar - Dos Olivais Torres Novas - Central Torres Vedras - Santa Cruz Vendas Novas - Nova Viana do Alentejo - Viana Vidigueira - Luís A. da Costa Vila de Rei - Silva Domingos Vila do Bispo - Sagres (Sagres) , Vila do Bispo Vila Franca de Xira - Central de Alhandra , Eduardo A. César, Estevão (Brejo), Higiéne, Reforço - Azevedo, Até às 21h - Sequeira (Sobralinho) Vila Nova da Barquinha - Carvalho (Praia do Ribatejo) Vila Real de Santo António - Pombalina Vila Velha de Rodão - Pinto Vila Viçosa - Duarte Montemor-o-Novo - Sepúlveda

Page 45: 8 Nov - PÚBLICO

PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | 45

RTP106.30 Bom Dia Portugal 10.00 Praça da Alegria 13.00 Jornal da Tarde 14.15 Vidas em Jogo 15.09 Portugal no Coração 18.00 Portugal em Directo 19.04 O Preço Certo 19.52 Direito de Antena 20.00 Telejornal 21.00 Linha da Frente - O Eixo Berlim Lisboa, reportagem de Elsa Marujo 21.31 Decisão Final 22.39 Telefilme: Há Sempre Um Amanhã 23.39 5 Para a Meia-Noite - Pedro Fernandes convida Luan Santana 01.20 True Justice 02.05 Ribeirão do Tempo

RTP207.00 Zig Zag 11.52 Futsal: Marrocos x Espanha 13.36 Zig Zag 14.00 Sociedade Civil 15.31 Diário Câmara Clara 15.40 Universidade Aberta 16.10 National Geographic: Animais nas Ruas 17.02 Zig Zag 18.00 A Fé dos Homens 18.35 Duas Miúdas nas Lonas 18.57 Iniciativa 19.30 Capital 20.01 Zig Zag 21.09 National Geographic: Os Verdadeiros Dinossauros 22.00 Hoje 22.37 Diário Câmara Clara 22.47 Ossos - 6.ª série 23.36 As Mulheres de Deus 00.32 Capital 01.03 Janela Indiscreta com Mário Augusto 01.37 Iniciativa 02.08 Euronews 04.19 24 Horas 05.21 Diário Câmara Clara

SIC06.00 Jornal de Síntese 07.00 Edição da Manhã 08.10 Tween Box: Tower Prep 09.10 Cartas da Maya - O Dilema 10.15 Querida Júlia 13.00 Primeiro Jornal 14.25 Toca a Mexer - Diário 14.50 Podia Acabar o Mundo 15.55 Boa Tarde 18.30 Fina Estampa 19.15 Jornal da Noite 20.00 Futebol: Sporting x Genk - Liga Europa 22.00 Liga Europa - Os Homens do Jogo 22.05 Liga Europa - Os Golos 22.25 Dancin´ Days 23.05 Gabriela 23.45 Avenida Brasil 00.30 Toca a Mexer - Diário 00.50 Investigação Criminal 01.35 Futebol: Liga Europa - Resumos 02.00 Cartaz Cultural 02.35 De Corpo e Alma 03.25 Maré Alta

TVI 06.30 Diário da Manhã 10.12 Você na TV! - Directo 13.00 Jornal da Uma 14.45 Tempo de Viver 16.00 A Tarde é Sua - Directo 18.15 Casa dos Segredos 3 - Diário da Tarde 18.30 Doida Por Ti 20.00 Jornal das 8 21.45 Casa dos Segredos: Diário 22.50 Louco Amor 00.00 Doce Tentação 00.30 Casa dos Segredos: Extra 01.55 Autores 02.51 Lei e Ordem 03.37 Mistura Fina

TVC1 10.55 Sucker Punch - Mundo Surreal 12.45 A Viagem 14.35 Românticos Anónimos 15.50 Millennium 3: Rainha no Palácio das Correntes de Ar 18.15 O Moinho e a Cruz 19.50 Insidious - Insidioso 21.30 Enterrado 23.10 Sucker Punch - Mundo Surreal 1.05 Insidious - Insidioso 2.50 Millennium 3: Rainha no Palácio das Correntes de Ar

FOX MOVIES10.43 A Nova Paixão de Stella 12.44 Enquanto Estiveres Aí... 14.17 O Chacal 16.18 Ned Kelly 18.05 O Monte dos Vendavais 19.49 A Última Hora 22.00 Speed 2 - Perigo a Bordo 0.02 O Poder da Justiça 2.14 The Blues Brothers

HOLLYWOOD11.25 Amish à Força! 13.20 Sem Provas 14.50 Action Zone 15.15 Operação Flecha Quebrada 17.00 Robin Hood: Príncipe dos Ladrões 19.25 A Máscara 21.30 Biker Boyz - Corridas Clandestinas 23.25 Marcado para Matar 1.05 A Última Caminhada

AXN14.39 Mentes Criminosas 19.44 Missing 20.36 Investigação Criminal 21.30 O Mentalista 22.26 Os Bórgia 23.25 Mentes Criminosas 0.20 Mentes Criminosas 1.15 Mentes Criminosas

AXN BLACK16.29 Sobrenatural 17.14 Boardwalk Empire 18.11 Inadaptados 19.04 Tempos Primitivos 19.53 Tempo para Matar 20.41 A Mesquita da Pradaria 21.07 Ninguém é Perfeito 21.35 Whitechapel 22.28 Filme: Corrupção - A Lei das Ruas 0.08 Whitechapel 1.01 Inadaptados

AXN WHITE14.57 Póquer de Rainhas 17.05 Regras do Jogo 17.31 Medium 18.20 A Vida Secreta de uma Teenager Americana 19.08 Regras do Jogo 20.04 Póquer de Rainhas 21.00 Doutora no Alabama 0.20 Gossip Girl 1.10 Póquer de Rainhas

FOX 14.37 Os Simpson 15.00 Apanha-me se puderes 15.47 Ossos 16.35 Lie to Me 17.24 Casos Arquivados 18.13 Investigação Criminal: Los Angeles 19.04 Family Guy 19.52 American Dad 20.16 Os Simpson 21.05 Foi Assim Que

Aconteceu 21.30 Casos Arquivados 22.22 Lei & Ordem: Unidade Especial 0.02 The Finder 0.56 Lei & Ordem: U.E.

FOX LIFE 14.15 As Leis de Kate 15.00 Rizzoli & Isles 15.45 Donas de Casa Desesperadas 16.30 Hope & Faith 16.53 Jess e os rapazes 17.15 Uma Família Muito Moderna 17.37 Glee 18.23 As Leis de Kate 19.03 Clínica privada 19.48 The Voice 20.38 Medium 21.25 Rizzoli & Isles 22.15 Uma Família Muito Moderna 22.39 Raising Hope 23.03 The Voice 23.55 As Leis de Kate 0.43 Medium 1.30 Revenge 2.17 Donas de Casa Desesperadas

DISNEY15.35 Casper – O Fantasminha 16.05 Rekkit Rabbit 16.30 Recreio 17.00 Phineas e Ferb 18.00 Shake It Up 18.30 A.N.T. Farm - Escola de Talentos 19.00 Wasabi Warriors 19.30 Boa Sorte, Charlie! 20.00 Shake It Up 20.30 Jessie 21.00 Hannah Montana 21.25 Os Feiticeiros de Waverly Place 21.49 Miúda Atómica 22.15 As Espias!

DISCOVERY18.20 Lenhadores: Malabarismo 19.10 O Segredo das Coisas 20.05 Trabalho Sujo: Muda-Fraldas 21.00 Fanáticos por Armas: Metralhadora Por Telecomando 21.30 Fanáticos por Armas: Machete 22.00 A Colónia: Conforto 22.55 Armas do Futuro: Sem Escape 23.45 Armas de Última Geração: Choque e Admiração 0.35 Top Gear

HISTÓRIA 16.00 O Universo: O Dia em que a Lua Desapareceu 17.00 O Assassínio de Kennedy, 24 Horas Depois: Ep.1 e 2 19.00 Empreendedores e Milionários: William E. Boeing 20.00 Alienígenas: A Missão, Ep.1 e 2 22.00 Alienígenas: Deuses e Extraterrestres 23.00 Cidades Debaixo de Terra: A Sicília e a Máfia 0.00 O Universo: O Dia em que a Lua Desapareceu

ODISSEIA16.00 Rotas Míticas: A Rota do Blues 17.00 Vida de Insectos 18.00 Experiência Tribal: Nenets 19.00 Criaturas do Extremo: Sal e Ácido 20.00 Hora Zero: Massacre Real no Nepal 21.00 Expedição Tigre 22.00 Megafábrica de Cerveja 23.00 Os Ladrões do Sonho Americano

[email protected]

FICAR

GÉNEROEnterrado [Buried]TVC1HD, 21h30Paul Conroy (Ryan Reynolds)

é um cidadão americano que

trabalha como camionista no

Iraque. Um dia, durante um

assalto é deixado inconsciente.

E, quando acorda, percebe que

foi enterrado vivo. Em pânico,

sem qualquer explicação para

o sucedido, com apenas um

isqueiro e um telemóvel como

hipóteses de salvação, ele vai

viver os piores 90 minutos da sua

vida. Um fi lme claustrofóbico,

realizado pelo espanhol Rodrigo

Cortés (Concursante).

Há Sempre Um Amanhã [Há Sempre Um Amanhã]RTP1, 22h39Telefi lme com Diogo Infante e

Maria João Falcão. Ele é Paulo, um

homem que investiu tudo na sua

vida profi ssional em detrimento

do casamento e dos fi lhos.

Agora, com 40 anos e divorciado,

Paulo vê-se a braços com a

possibilidade da empresa onde

trabalha, que funciona como a

sua família, fechar portas. Perante

o inevitável, confronta Luísa,

uma mulher pragmática com a

missão de maximizar lucros, e

acaba despedido. Mas o destino

vai tratar de os unir. De António

Borges Correia e Ricardo Inácio.

Águas Passadas [Dark Water]Mov, 23h25Um thriller japonês, realizado

pelo mestre Hideo Nakata, que

conquistou um verdadeiro culto

e que viria a dar origem a uma

versão norte-americana lançada

em 2005 sob a batuta de Walter

Salles, o realizador de Central

do Brasil. Uma mulher muda-se

para a sua nova casa com a fi lha

de cinco anos. Mas estranhos

acontecimentos (e muita água)

irão perturbar a paz doméstica.

SÉRIES

WhitechapelAXN Black, 21h35Estreia a 3.ª temporada. Drama policial envolto numa

atmosfera perturbadora, com

uma força de investigação policial

dos nossos dias a enfrentar um

inimigo cujo rasto se perde no

tempo. É que a História não só

está morta como pode ser mortal.

Nesta nova leva de episódios, um

historiador (Steve Pemberton)

junta-se à equipa de Chandler

(Rupert Penry-Jones).

Sangue FrescoMOV, 22h30Novos episódios da 5.ª

temporada. Em Bons Temps,

Sookie Stackhouse, uma

empregada de mesa, descobre

todo um novo mundo quando

se apaixona por um vampiro

chamado Bill.

DESPORTO

Futebol: Sporting x GenkSIC, 20h00Directo. Jogo da 2.ª mão da 3.ª

jornada da fase de grupos da Liga

Europa. Com Franky Vercauteren

aos comandos do plantel leonino

e depois de ter saído da Bélgica

com uma derrota por 2-1, o

Sporting recebe os belgas do Genk

com uma única missão: marcar

golos.

Futsal: Marrocos x EspanhaRTP2, 11h52Directo. Jogo da fase de grupos do

Campeonato do Mundo de futsal,

que se realiza na Tailândia até 18.

Marrocos e Espanha competem

no Grupo B, que integra ainda

Irão e Panamá.

DOCUMENTÁRIOS

As Mulheres de DeusRTP2, 23h36A vida de quatro irmãs Hospita-

leiras do Sagrado Coração de

Jesus. O que têm em comum

Laurinda, de 62 anos, Paula,

42, e Sara e Susana, ambas com

29 anos? Um documentário

da autoria de Inês Leitão, com

realização de Daniela Leitão.

Os Ladrões do Sonho Americano Odisseia, 23h00Os últimos 40 anos da política

norte-americana. Desde a

aplicação do Manifesto [Lewis]

Powell, um então advogado (que

viria a tornar juiz do Supremo)

que defendeu o mercado livre,

até à situação actual de crise

fi nanceira mundial. Pelo caminho,

espreita-se o movimento Occupy

Wall Street e explica-se o fi m da

classe média norte-americana.

Os mais vistos da TVTerça-feira, 6

FONTE: CAEM

SICTVITVISICSIC

17,617,515,215,113,1

Aud.% Share

34,035,030,233,425,5

RTP1

2:

SICTVI

Cabo

13,6%%

2,7

23,4

26,0

22,8

Dancin' DaysChampions LeagueSecret Story 3 - NomeaçõesGabrielaJornal da Noite

HISTÓRIA 20.00 Alienígenas: A Missão

Page 46: 8 Nov - PÚBLICO

46 | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

JOGOSCRUZADAS 8249

BRIDGE SUDOKU

TEMPO PARA HOJE

A M A N H Ã

Açores

Madeira

Lua

NascentePoente

Marés

Preia-mar

Leixões Cascais Faro

Baixa-mar

Fonte: www.AccuWeather.com

PontaDelgada

Funchal

Sol

19º

Viana do Castelo

Braga10º 18º

Porto11º 17º

Vila Real8º 13º

10º 16º

Bragança7º 13º

Guarda7º 9º

Penhas Douradas5º 7º

Viseu9º 13º

Aveiro12º 18º

Coimbra11º 17º

Leiria10º 18º

Santarém10º 18º

Portalegre12º 15º

Lisboa10º 17º

Setúbal8º 18º Évora

12º 18º

Beja13º 18º

Castelo Branco11º 14º

Sines10º 18º

Sagres12º 18º

Faro15º 18º

Corvo

Graciosa

FaialPico

S. Jorge

S. Miguel

Porto Santo

Sta Maria

14º 18º

15º 18º

Flores

Terceira15º 18º

15º 19º

15º 20º

15º 18º

19º

19º

07h12

Nova

17h29

22h0813 Nov.

0,5-1m

2m

20º

2m

22º1m

21º2-2,5m

09h39 2,722h26 2,7

03h17 1,416h10 1,2

09h15 2,822h02 2,7

02h55 1,515h46 1,4

09h25 2,722h06 2,7

02h46 1,515h40 1,3

1m

1m

2m

17º

18º

Horizontais 1. Segurou. Elevadas. 2. Ia em socorro. Canoa estreita, de re-mos, leve e rápida, de uso nos despor-tos aquáticos. 3. Cortar e triturar com os dentes. Encarregar de. 4. Trazer à memória. 5. Redução de senhor (pop.). Interjeição que designa repulsa ou raiva. Símbolo de miliampere. 6. Preposição que indica direcção. Terreno onde crescem urzes. 7. Caminhava para lá. Cantiga. Cólera. 8. Calção muito curto e justo, usado como peça de roupa in-terior de homem ou senhora, ou como calção de banho. O sinal do cristão. 9. Um tanto caro (preço). Elemento de for-mação de palavras que exprime a ideia de pequenez. 10. Ama em extremo. Rebordo do chapéu. 11. Pão de milho. Peça metálica para regular a pontaria, nas armas de fogo.

Verticais: 1. Capital da França. Pedaço de fermento para a panificação. 2. Repetição. Pedra preciosa, forma mine-ral amorfa hidrosa de sílica. 3. Conflito armado entre nações ou partidos. Irritar. 4. Saco feito de peles de certos animais para transporte de líquidos. Veloz. 5. Interjeição designativa de dor. Remar para trás, especialmente para travar o movimento da embarcação. Corda de reboque. 6. Inclinação da alma e do coração. Líquido pestilencial que es-corre de certas úlceras ou abcessos. 7. Dispor ou dividir em ruas. Antes do meio-dia (abrev.). 8. Pôr lindas ou mar-cos em. A unidade. 9. Inteira. Fretenir. 10. Sobressaltar. Campeonato profissio-nal norte-americano de basquetebol. 11. Ente. Paralisia dos órgãos da fala.

Depois do problema resolvido encon-tre o nome de um filme com Lauren German (4 palavras).

Solução do problema anterior:Horizontais: 1. Morfes. QUER. 2. Ecoar. Eu. Nu. 3. Exulcerar. 4. Aru. CIÚME. 5. Baal. Mil. 6. Aiar. Reboo. 7. Bafar. Ou. Dá. 8. Içar. Gral. 9. Obras. Piara. 10. TEM. Guiar. 11. Omaso. Arado.Verticais: 1. Meia. Abioto. 2. Oc. Raia. BEM. 3. Roeu. Afirma. 4. Fax. Braça. 5. Eruca. Rasgo. 6. Liar. 7. Ecúleo. Pia. 8. QUEM. Bugiar. 9. Remo. Rara. 10. Ena. Iodar. 11. Rural. Álamo.Provérbio: Quem tem ciúme quer bem.

Oeste Norte Este Sul passo passo 1♠2♦ passo 3♦ 3♠

passo 4♠ Todos passam

Leilão: Qualquer forma de Bridge.

Carteio: Saída: A♥. Oeste volta um pe-queno pau à segunda vaza. Qual a me-lhor linha de jogo?

Solução: “Alguém leu algum livro ulti-mamente?” Perguntei no início de mais um torneio de regularidade, de segun-da-feira à noite. “Estou agora a ler um sobre cozinha,” respondeu um. “Não fazia ideia do que era cozinhar e agora não faço outra coisa.” “E eu estou a ler um sobre o médio oriente, é fascinante”, disse outro. Ainda antes que um tercei-ro respondesse, intervim: “Eu sabia que não iria ter uma resposta direta à minha pergunta, seus tolos!” Ler é a melhor for-ma de melhorar a nossa técnica; muitos dos problemas que são analisados nos livros também acontecem à mesa. No fim do torneio, perguntei aos mesmos se tinham jogado a mão que é apresen-

Dador: NorteVul: EO

Problema 4488 Dificuldade: fácil

Problema 4489 Dificuldade: difícil

Solução do problema 4486

Solução do problema 4487

NORTE♠ J4♥ J76♦ K10832♣ A107

SUL♠ AQ109653♥ KQ105♦ -♣ 85

OESTE♠ K82♥ A♦ AJ964♣ Q432

ESTE♠ 7♥ 98432♦ Q75♣ KJ96

João Fanha/Luís A.Teixeira ([email protected]) © Alastair Chisholm 2008 and www.indigopuzzles.com

tada hoje e, a resposta foi unânime: “sim, apanhei um cabide”. A forma como car-tearam fora também idêntica, tomaram o Ás de paus do morto e apresentaram o Valete de espadas que deixaram correr para o Rei de Oeste. Oeste fez a vaza e voltou outro pau para o Rei de Este que jogou uma copa para o corte de Oeste…” Se tivessem lido alguma coisa sobre o golpe da tesoura, já saberiam como se podia cumprir esta partida. Tudo o que é preciso fazer é apresentar o Rei de ou-ros à terceira vaza e baldar o último pau da mão! Depois disto a defesa já não te-rá meios para obter o corte a copas, uma vez que as comunicações entre a defesa foram cortadas. Dei ainda o Rei de trun-fo, mas o contrato estava a salvo.”

Considere o seguinte leilão:Oeste Norte Este Sulpasso passo 1♠ passo?

O que marca com a seguinte mão?♠85 ♥QJ2 ♦K10984 ♣A98

Resposta: Depois de passado, e sobre uma abertura em rico, é aconselhá-vel adotar uma convenção de se nome “Drury”. Esta convenção pressupõe o uso da voz de 2 paus para exclusivamen-te perguntar ao parceiro sobre a quali-dade da sua abertura. Por norma esta voz promete uma mão com cerca de 10-11 pontos e fit no naipe rico de abertura. Se ainda não joga esta convenção o me-lhor a fazer é marcar já 3 copas, para não correr o risco de ver o parceiro passar a uma resposta de 2 ouros. Mas, se já joga Drury então a melhor voz é 2 paus.

MeteorologiaVer mais emwww.publico.pt

Page 47: 8 Nov - PÚBLICO

PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | 47

PESSOAS

O tema “Travolta é ou não gay” volta ao debateOs rumores sobre a orientação sexual de John Travolta continuam a gerar debate nos Estados Unidos, depois de supostos casos da homossexualidade do actor terem sido divulgados nos últimos tempos. Travolta ganhou um apoio público que não é assim tão surpreendente, como vamos perceber. Vem de Kirstie Alley (para sempre conhecida pela série Cheer’s), muito próxima do actor, muito por culpa da cientologia. Pois Alley saiu agora em defesa de Travolta numa entrevista dada a Barbara Walters. Travolta e Alley conheceram-se nas filmagens de Look Who’s Talking (1989) e desde aí ficaram muito amigos. Garante ela que Travolta, a quem chama o “maior amor” da sua vida, não é gay e que na altura em que contracenaram teve de fazer tudo para não largar o seu marido e casar com o actor. “Conheço o John. Sei que não é gay. Em Hollywood, se alguém ganha muito dinheiro e é muito famoso e não consome drogas ou não é mulherengo, o que vão dizer sobre essa pessoa!”, disse Kirstie a Walters.

HOJE FAZEM ANOS

Vicente Jorge Silva, jornalista, 67; Joaquim Letria, jornalista, 69; João Mário Grilo, realizador, 54; Edmundo Pedro, dirigente histórico do PS, 94; Alain Delon, actor, 77; Guus Hiddink, treinador, 66; Tara Reid, actriz, 37; Parker Posey, actriz, 44; Bonnie Raitt, cantora, 63; Courtney Thorne-Smith, actriz, 45

TIM CHONG/REUTERS

A culpa foi ou não de Jennifer Lopez?

Revelada canção póstuma de Houston

A actriz e cantora, que há pouco

tempo actuou em Lisboa, está a

ser acusada por uma empregada

de quarto de um hotel alemão

de ter sido responsável pelo seu

despedimento. O episódio terá

acontecido em Outubro e conta a

empregada que Lopez se queixou

ao gerente de lhe ter pedido

um autógrafo. No dia seguinte

foi despedida. A actriz nega:

“Conhecem-me melhor do que isso.

Não se despede ninguém por causa

de um autógrafo.” O site TMZ diz

que houve de facto um problema

num hotel alemão com uma

empregada mas por outras razões.

Ainda não ouvimos a música

(embora os interessados já o

possam fazer), portanto não

podemos dizer se Whitney

Houston estava a preparar um

regresso em grande, fatalmente

interrompido em Fevereiro quando

morreu num hotel em Beverly

Hills, horas antes dos Grammy. A

canção chama-se Never Give Up e

foi ontem revelada: a letra é algo

triste e a música tem uma batida

hip hop. Never Give Up será incluída

no álbum retrospectivo da carreira

de Whitney, que será lançado a 13

de Novembro e vai chamar-se I Will

Always Love You.

Life&StyleVer mais emlifestyle.publico.pt/pessoas

Page 48: 8 Nov - PÚBLICO

48 | DESPORTO | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

A refundação do ataque do Benfi cafoi obra de Cardozo

O Benfi ca estreou-se a ganhar na

fase de grupos da Liga dos Campe-

ões 2012-13 frente ao Spartak (2-0),

encaixando um milhão de euros e

mantendo vivo o sonho de chegar

aos oitavos-de-fi nal da prova. Car-

dozo entrou para a segunda parte

e resolveu o jogo com dois golos. O

paraguaio podia, no entanto, ter fei-

to outros tantos, tendo até desperdi-

çado um penálti. O que não estava

nos planos “encarnados” era a vitó-

ria do Celtic sobre o Barcelona (2-1),

que baralha um pouco as contas do

Grupo G.

Refundação tem sido um termo

bastante discutido em Portugal. E

que pode ser utilizado para o efeito

que Cardozo teve no ataque do Ben-

fi ca. Após uma primeira parte com

várias oportunidades, mas em que

faltou efi cácia, o paraguaio entrou

para refundar o ataque “encarna-

do”. Rendeu Rodrigo e, em poucos

minutos, deixou a sua marca no jo-

go. Artur esteve em bom nível, res-

pondendo nas ocasiões em que o

Spartak ameaçou a sua baliza.

Os “encarnados” entraram em

campo com vontade de chegar

rapidamente à vantagem. A única

opção para o Benfi ca na Liga dos

Campeões passava por vencer os

russos. Para tal, eram necessários

golos, embora Cardozo — que no

sábado fi zera dois no triunfo (3-0)

sobre o Vitória de Guimarães — te-

nha começado a partida no banco

de suplentes. Jesus preferiu Rodrigo

para fazer dupla com Lima.

Mas a efi cácia do Benfi ca foi nula

na primeira parte. A oportunidade

mais fl agrante esteve nos pés de

Lima e de Salvio — após mais uma

incursão de Melgarejo pela esquer-

da, o paraguaio deu em Lima, que à

meia volta rematou forte para defesa

de Rebrov. Na recarga, Salvio atirou

incrivelmente para fora, desperdi-

çando uma ocasião clara.

O Benfi ca trocava rapidamente a

bola no ataque, com Lima, Rodrigo,

Salvio e Ola John a revelarem bom

entendimento. Mas na altura de vi-

Cardozo foi o homem do jogo ao marcar os dois golos da vitória “encarnada” sobre o Spartak

sar a baliza de Rebrov, faltava ponta-

ria. Aconteceu com Enzo Pérez (24’),

Jardel (31’) ou Rodrigo (40’). Antes,

na sequência de um livre logo no

segundo minuto da partida, Garay

fi cou a milímetros de cabecear para

O avançado paraguaio até começou o jogo no banco de suplentes, mas entrou na segunda parte e fez os dois golos da vitória “encarnada” sobre o Spartak

Crónica de jogo Tiago Pimentel

golo, num lance em que fi cou por

assinalar uma grande penalidade

para os “encarnados”.

Por seu lado, na única vez em que

o Spartak visou a baliza do Benfi ca

no primeiro tempo, Bilyaletdinov

desmarcou-se bem e rematou, mas

Artur correspondeu com uma boa

defesa (13’).

Golo era a palavra-chave. E se

há nome que é sinónimo de golos

para o Benfi ca, esse é Cardozo. O

Benfica 2Cardozo 55’, Cardozo 69’

Spartak Moscovo 0

Positivo/Negativo

Jogo no Estádio no Estádio da Luz, em Lisboa.

Assistência 36.448 espectadores

Benfica Artur, Maxi Pereira (André Gomes, 77’), Jardel, Garay, Melgarejo, André Almeida a29’, Ola John, Enzo Perez, Salvio, Lima (Bruno César, 74’) e Rodrigo (Cardozo , 46’). Treinador Jorge Jesus.

Spartak Moscovo Artem Rebrov a32’, Kirill Kombarov (Jano Ananidze, 62’), Nicolas Pareja a39’ a76’, Insaurralde, Makeev a33’, Rafael Carioca, Kim Kallstrom (Dzyuba, 71’), Bilyaletdinov (Suchý, 79’), Jurado a82’, Dmitri Kombarov e Ari. Treinador Unai Emery.

Árbitro Florian Meyer (Alemanha)

CardozoResolveu o jogo a favor do Benfica, com dois golos. E até podia ter marcado outros dois, mas numa ocasião enviou a bola à trave e noutra, de grande penalidade, viu Rebrov tocar a bola para o ferro da baliza. Após ter feito dois golos ao V. Guimarães, o paraguaio voltou a bisar.

ArturCom três boas defesas, quando o jogo ainda estava 0-0, o guarda-redes manteve a baliza “encarnada” inviolável e foi importante para manter o Benfica na partida.

RodrigoFoi titular, em detrimento de Cardozo, esteve bastante discreto nos 45’ em que esteve em campo, e não admirou que fosse o sacrificado para a entrada de Cardozo.

REACÇÕES

As contas fazem-se no fim e temos de pensar no próximo jogo com o Celtic. Ainda temos uma palavra a dizer em Camp Nou. Está mais difícil, mas não é seguro que o Celtic ganhe o último jogo

Jorge JesusBenfica

CLASSIFICAÇÕESGRUPO E

GRUPO F

GRUPO G4.ª JornadaJuventus-Nordsjaelland 4-0Chelsea-Shakhtar Donetsk 3-2

4.ª JornadaValência-BATE 4-2Bayern Munique-Lille 6-1

4.ª JornadaBenfica-Spartak 2-0Celtic-Barcelona 2-1

J V E D G P

J V E D G P

J V E D G PShakhtar Donetsk 4 2 1 1 7-5 7Chelsea 4 2 1 1 10-6 7Juventus 4 1 3 0 8-4 6Nordsjaelland 4 0 1 3 1-11 1

BATE Borisov 4 2 0 2 8-9 6Bayern Munique 4 3 0 1 10-5 9Valência 4 3 0 1 10-4 9Lille 4 0 0 4 2-12 0

Barcelona 4 3 0 1 8-5 9Celtic 4 2 1 1 6-5 7Benfica 4 1 1 2 3-4 4Spartak Moscovo 4 1 0 3 6-9 3

GRUPO H4.ª JornadaCluj-Galatasaray 1-3Sp. Braga-Manchester United 1-3

J V E D G PManchester United 4 4 0 0 9-4 12Galatasaray 4 1 1 2 4-5 4Cluj 4 1 1 2 5-6 4Sp. Braga 4 1 0 3 5-8 3

o jogo

sus

Page 49: 8 Nov - PÚBLICO

PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | DESPORTO | 49

PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP

paraguaio começou por ver ser-lhe

anulado um golo, por fora-de-jogo

(51’), embora aparentasse estar em

posição legal. Mas aos 55’ não hou-

ve dúvidas: apanhou de surpresa a

defesa russa e, a passe de Melgarejo,

cabeceou para o 1-0.

A partir daí, o Benfi ca sufocou o

Spartak. O denominador comum

foi, claro, Cardozo. Enviou a bola

à trave após um canto (66’), mas

não falhou aos 69’, quando fez o

2-0, com um remate à meia volta.

Depois, o paraguaio foi derrubado

na área por Pareja (que foi expulso),

mas na transformação da grande pe-

nalidade o remate forte foi defendi-

do por Rebrov, com a bola a ainda

tocar na trave.

A primeira vitória na fase de gru-

pos da Liga dos Campeões já não

fugiria ao Benfi ca. O sonho dos oi-

tavos-de-fi nal ainda está vivo. Para

já, os “encarnados” estão obrigados

a vencer a formação escocesa den-

tro de duas semanas. Depois haverá

tempo de pensar em Camp Nou.

9O número de golos que o avançado paraguaio Oscar Cardozo já marcou esta temporada nos dez jogos em que participou.

Manuel Assunção

Sp. Braga teve nova oportunidade para ganhar ao United mas voltou a ter lucro zero

contar aos netos que numa época

marcou três vezes aos red devils —,

mas o United terminou por cima e

deu a volta ao marcador. Os “minho-

tos”, apesar de desta vez não terem

tido vantagem de dois golos, estive-

ram provavelmente até mais perto de

vencer o jogo do que em Inglaterra.

MIGUEL RIOPA/AFP

Em duas semanas, Alan marcou três golos ao Manchester United

A equipa portuguesa esteve a ganhar até ao minuto 80, mas sofreu três golos até ao final do jogo e caiu para o último lugar do Grupo H

O Sporting de Braga esteve bem

mais perto do que o resultado in-

dica de acrescentar um adversário

poderoso à sua lista de vítimas eu-

ropeias, mas pagou caro as falhas

defensivas e as desconcentrações

cometidas na parte fi nal do encon-

tro. O Manchester United marcou

nas três verdadeiras oportunidades

de que dispôs, ganhou em Braga por

1-3 e apurou-se prematuramente pa-

ra os “oitavos”.

A equipa portuguesa, pelo contrá-

rio, caiu para o último lugar do Gru-

po H, mas está ainda bem dentro da

corrida, até porque o resultado do

outro jogo, vencido pelo Galatasaray,

correu a seu favor. Os homens de José

Peseiro têm menos um ponto do que

o clube turco e do que o Cluj.

No Estádio Municipal de Braga

repetiu-se o que se passou em Old

Traff ord há duas semanas: o Braga

começou melhor e adiantou-se por

Alan — que daqui a uns anos poderá

Mas serem melhores durante os pri-

meiros 70/75 minutos não chegou.

O Sp. Braga controlou durante

muito tempo as operações frente a

um adversário quase apurado e que

apareceu em campo com várias al-

terações — incluindo o primeiro jogo

da época para o recuperado Chris

Smalling. E o resumo das oportuni-

dades ajuda a contar a história do

encontro. Éder, lançado pelo activo

Ruben Micael, não estava verdadeira-

mente enquadrado aos 6’ e rematou

mal. Depois, foi o madeirense a rema-

tar para fora, algo que repetiu aos 21’.

Esse lance precedeu a oportunidade

mais clara até o marcador começar a

funcionar na segunda metade: Viana

cruzou e Éder movimentou-se bem

antes de rematar de cabeça ao poste

da baliza defendida por De Gea.

Quanto à formação de Alex Fer-

guson, reservou-se mesmo para os

últimos minutos. Pouco depois do

recomeço, o árbitro Felix Brych con-

siderou que Jonny Evans cometeu

grande penalidade sobre Custódio

e Alan não perdoou. O jogo esteve

interrompido depois alguns minutos

devido a uma falha da iluminação do

estádio, mas foi o Braga que voltou a

criar perigo quando a acção voltou

ao relvado: De Gea defendeu o livre

de Nuno André Coelho e a recarga de

Micael. Após esses lances, Ferguson

lançou Van Persie para a última meia

hora e foi o melhor marcador dos in-

gleses esta época a fazer o empate

num lance com culpa para Beto.

O guarda-redes percebeu que a sua

saída foi precipitada, tentou corrigir

a posição, mas o holandês não per-

doou. O golo dos visitantes surgiu aos

80’, no seu primeiro lance de perigo.

Neste momento, o empate, resultado

que o Sp. Braga nunca teve na fase de

grupos da Liga dos Campeões, não

parecia um mau desfecho, mas até ao

fi nal o Braga viveu um pesadelo. O ár-

bitro entendeu que Coelho fez penál-

ti sobre Rooney, que o próprio inglês,

ontem mais médio do que avançado,

concretizou. Giggs, que tem sozinho

mais jogos na fase de grupos e a eli-

minar da Liga dos Campeões do que

todos os atletas do Braga juntos, este-

ve na origem dos dois golos. E depois

Chicharito, nos descontos, castigou

ainda mais o Braga.

Sporting de Braga 1Alan 49’ (g.p.)

Manchester United 3Robin van Persie 80’, Wayne Rooney 84’ (g.p.), Chicharito 90+2’

Positivo/Negativo

Jogo no Estádio Axa, em Braga.

Espectadores cerca de 20.000

Sp. Braga Beto, Salino, Douglão, Nuno André Coelho, Elderson (Zé Luís, 90+1’), Custódio a70’, Hugo Viana (Mossoró, 86’), Alan, Rúben Micael, Rúben Amorim (Hélder Barbosa, 85’), Éder a66’. Nome a66’ N. Treinador José Peseiro.

Man. United De Gea, Valencia, Smalling a38’, Evans (Rio Ferdinand, 58’), Evra, Giggs, Anderson, Nani (Rafael, 73’), Rooney, Welbeck (Robin van Persie, 64’), Chicharito. Treinador Alex Ferguson.

Árbitro Felix Brych (Alemanha)

GiggsFoi decisivo na reviravolta no marcador. Auxiliou a equipa a pegar no jogo nos últimos minutos e esteve envolvido nos dois primeiros golos.

AlanMais do que pelo golo, voltou a destacar-se pela qualidade técnica e pela inteligência do seu jogo.

BetoUm erro de cálculo do guarda-redes, que até então pouco trabalho tinha tido, ajudou o Manchester United a chegar ao empate.

REACÇÕES

Os jogos definem-se com erros e contra estas equipas eles pagam-se caro. Com estas equipas eles não podem simplesmente acontecer

José PeseiroSp. Braga

Page 50: 8 Nov - PÚBLICO

50 | DESPORTO | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

Pizarro fez o terceiro hat-trick mais rápido da história da Champions

Claudio Pizarro anotou o terceiro

hat-trick mais rápido da história da

Liga dos Campeões naquela que foi

a jornada mais produtiva desta fase

de grupos (58 golos), mas estes dois

dados acabam por fi car na sombra da

derrota do Barcelona em Glasgow (2-

1), com o Celtic. Os catalães, que não

perdiam desde 30 de Agosto, pare-

cem não ter percebido que as difi cul-

dades sentidas frente aos escoceses

em Camp Nou, há duas semanas, não

foram fruto do acaso.

No fi nal da primeira parte dos oito

jogos de ontem, só as partidas que

envolviam Benfi ca e Sp. Braga tinham

o contador a zero. Por essa altura, o

Bayern de Munique já esmagava o

Lille por 5-0, tornando-se na segunda

equipa a fazer cinco golos em apenas

45’ na Champions — a primeira foi

o Mónaco frente ao Deportivo, em

2003, no célebre 8-3. Na Allianz Are-

na, Pizarro (três golos em 15’) desta-

cava-se dos demais e tornava-se no

segundo jogador não-europeu com

mais golos marcados (46) na história

das provas da UEFA, à frente de Dro-

gba e atrás de Messi.

Na Alemanha, o contador só pa-

raria nos 6-1, deixando o Lille em

frangalhos no Grupo F (zero pontos,

um golo marcados e 12 sofridos), en-

quanto em Espanha, no outro jogo

do grupo, o BATE Borisov via esba-

ter-se o estatuto de sensação com

O Celtic repetiu a estratégia de Camp Nou e desta vez fez cair o Barcelona

nova derrota frente ao Valência,

desta vez por 4-2.

No minuto em que a equipa bie-

lorrussa marcou o seu segundo golo

(Mozolevski, 83’), o Celtic fazia o mes-

mo frente à outra equipa espanhola

em acção. Tony Watt, na sequência

de um pontapé de baliza, colocava os

escoceses na frente por 2-0, tornan-

do quase inevitável a grande surpre-

sa do dia. Isto porque Wanyama, aos

21’, já tinha aproveitado um pontapé

de canto para inaugurar o marcador

em Glasgow. Já depois dos 90’ (e à

imagem do que sucedera em Camp

Nou), o Barça marcou, por Messi, cla-

ro está. Só que, desta vez (há duas

semanas deu a volta ao marcador,

frente ao mesmo adversário, aos

90+4’), não evitou o primeiro desaire

desde a Supertaça espanhola, frente

ao Real Madrid.

Os catalães, que enviaram duas

bolas ao poste e tiveram sempre o

domínio das operações, compro-

varam que o seu futebol de fi ligra-

na não resiste a tudo. E que até um

adversário bem mais modesto, que

aposta nas bolas paradas e no poder

físico da sua linha defensiva, é capaz

de fazer mossa. Resultado? O Barça,

agora a dois pontos do Celtic, vê-se

obrigado a adiar o apuramento para

os oitavos-de-fi nal.

Por confi rmar está também a qua-

lifi cação no Grupo E, com o Chelsea

a baralhar as contas, ao vencer o

Shakhtar. Torres, aos 5’, apontou

o golo mais rápido da sua carreira

na Champions (e provavelmente o

mais esquisito, já que um alívio do

guarda-redes encontrou a sua perna

direita pelo caminho) num jogo com

cinco golos (3-2) e os blues igualaram

os ucranianos, com sete pontos. Mais

do que a Juventus, que goleou o Nor-

dsjaelland por 4-0.

Liga dos CampeõesNuno Sousa

Derrota dos catalães foi a grande surpresa da jornada com mais golos desta edição. Pizarro foi a figura da noite em Munique

MICHAEL DALDER/REUTERS

RUI GAUDÊNCIO

Vercauteren pode vir a mudar a forma como o Sporting costuma jogar

Há um ano, o Sporting era a primei-

ra equipa participante na Liga Euro-

pa a qualifi car-se para a fase seguin-

te, depois de três vitórias nos três

primeiros jogos. E haveria de seguir

até às meias-fi nais, onde foi afastado

pelo Athletic de Bilbau. Esses eram

os tempos da bonança, em que Do-

mingos Paciência era um treinador

incontestado e a equipa somava

bons resultados e boas exibições.

Longe do Sporting que se apresenta

hoje, em Alvalade, frente ao Genk, a

lutar para se manter em prova. Uma

equipa em crise profunda, a experi-

mentar o seu terceiro treinador na

época, e que tem apenas duas vitó-

rias em 14 jogos, não ganhando há

sete partidas.

Depois da estreia com uma der-

rota em Setúbal, frente ao Vitória,

Franky Vercauteren cumpre o seu

segundo jogo no banco “leonino”

e vai defrontar um adversário que

conhece bem e com quem já foi

campeão. Se, para o encontro pa-

ra o Bonfi m, o belga não prometeu

uma revolução, para defrontar os

seus compatriotas Vercauteren já

admite mudar mais coisas, desde os

titulares até ao sistema táctico. “É

possível [que mude os jogadores],

mas isso não quer dizer que quem

fez um mau jogo tenha de sair, nem

que quem tenha feito um bom jogo

tenha de fi car. Penso, eventualmen-

te, em mudanças tácticas, mas será

algo que veremos amanhã [hoje].

Mas o 4x4x2 não é, necessariamen-

te, mais ofensivo do que o 4x3x3”,

referiu o técnico belga.

No fi nal do jogo do Bonfi m, o bel-

ga lançou algumas críticas aos seus

jogadores, referindo que tinha fi ca-

do “desapontado com a qualidade

de alguns” e, ontem, repetiu essa

frase, mas acrescentando que as

críticas não eram dirigidas a toda a

equipa. “Nunca disse que não esta-

va satisfeito com a equipa, mas sim

com a qualidade de alguns jogado-

res. Agora, devemos procurar as

razões para essa menor qualidade,

razões que, muitas vezes, não estão

à vista de todos”, referiu o belga.

Hoje, o Sporting joga a sua conti-

nuidade na Liga Europa, onde tem

A primeira missãode Vercauteren é mantero Sporting vivo na Liga Europa

Futebol Marco Vaza

Jeffren sofreu uma entorse no joelho esquerdo e não defronta hoje o Genk. “Leões” precisamde ganhar

Sporting 4-4-2

Genk 4-4-2

InsuaRojoXandãoCédric

Rui Patrício

Van Hout

Gorius

Plet

FernándezKoulibalyNadson

Hamalainen

BuffelMonrose

Elias

Viola

Labyad

Estádio José AlvaladeLisboa

Árbitro: S. Johannesson Suécia

20h00SIC

Schaars

Wolfswinkel

Capel

Ngongca

Vossen

nha sido contratado quando o Spor-

ting perdeu na Bélgica e assistiu ao

jogo na bancada, considerando que

a sua ex-equipa nem esteve particu-

larmente bem. “O Genk não jogou

por aí além, mas soube explorar a

superioridade numérica. O Sporting

conseguiu incomodar o Genk, pelo

que houve um certo equilíbrio. Va-

mos tentar potenciar os melhores

momentos e minimizar os maus”,

referiu.

Indisponível para Vercauteren

estará Jeff ren. O extremo espanhol

que marcou o golo do Sporting ao

Vitória sofreu uma entorse no joelho

esquerdo e será submetido a uma

nova avaliação nos próximos dias.

Em comunicado, a SAD sportinguis-

ta fala de “uma violenta entrada do

adversário” sobre o antigo jogador

do Barcelona que “não mereceu

qualquer tipo de admoestação”

por parte do árbitro Paulo Baptista

e admite não deixar o caso fi car por

aqui. De regresso aos eleitos estão

Carrillo e André Martins, e foram

incluídos Betinho, Tiago Ilori e Ví-

tor Golas, da equipa B, enquanto

de fora fi cam ainda os lesionados

Arias, Pereirinha, Carriço e Pranjic

e o castigado Boulahrouz, expulso

no último jogo.

tido uma carreira muito abaixo do

esperado. Os “leões” ocupam o úl-

timo lugar do Grupo G, com apenas

um ponto em três jogos, depois de

um empate em casa com o Basileia

(0-0) e derrotas fora com o Videoton

(3-0) e Genk (2-1). Vercauteren já ti-

Page 51: 8 Nov - PÚBLICO

PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | DESPORTO | 51

Atlético em Coimbra com Tiago e Sílvio

Pedro Emanuel não acredita em facilidades

O Atlético de Madrid volta esta tarde (18h, SP-TV1) a defrontar a Académica sem as suas principais figuras

— Falcao, Arda Turan, Cristian Rodríguez ou Diego Costa não viajaram com a equipa — mas o treinador da Académica, Pedro Emanuel, não acredita que isso facilite o jogo para a sua equipa. “O Atlético não vem relaxar porque necessita de, pelo menos, mais um ponto para carimbar a passagem. Tenho quase a certeza absoluta que uma equipa que defende o título de campeão da Liga Europa vem para vencer”, sublinhou o técnico. Há duas semanas, na capital espanhola, a formação conimbricense saiu derrotada pela margem mínima (1-2). O objectivo agora é fazer melhor: os jogadores têm de ser “competitivos e estar mais do que concentrados”, para a equipa tentar “conquistar

pontos”, sublinhou Pedro Emanuel. O treinador da Académica pode contar com os defesas João Real e Reiner Ferreira, que falharam os últimos jogos por lesão. Diego Simeone traz a Coimbra os portugueses Tiago e Sílvio, para além de cinco futebolistas dos escalões de formação. Os colchoneros pretendem ampliar a série vitoriosa que se prolonga há 16 partidas nas provas europeias. No que diz respeito à Liga espanhola, o Atlético atrasou-se em relação ao líder Barcelona, ao perder (0-2) no sábado, na visita ao Valência. T.P.

Marítimo em Bordéus para sair do buraco

Pedro Martins quer reacção à goleada no Dragão

Agoleada sofrida pelo Marítimo no Estádio do Dragão, para o campeonato, no último

fim-de-semana (0-5), não vai influenciar negativamente o futebol da equipa madeirense no jogo da Liga Europa com o Bordéus, em França. Essa é, pelo menos, a convicção do treinador maritimista.

“Vamos dar resposta, não tenho dúvidas disso. Sabemos o que temos de fazer. Este grupo é trabalhador e enche-me de orgulho. O FC Porto é passado. Sabemos onde errámos”, afirmou Pedro Martins, na conferência de imprensa de lançamento da partida da quarta jornada do Grupo D da Liga Europa.

O técnico dos madeirenses, que ocupam a última posição do grupo, com apenas dois pontos, tenta retirar a carga decisiva

que a partida pode assumir para os insulares, mas acabou por confessar: “Este é um jogo importante, mas não decisivo. Ou melhor, se perdermos, é decisivo. Caso contrário, fica tudo na mesma”, observou Pedro Martins.

O treinador deixou ainda a garantia de que não vai promover alterações no esquema táctico do Marítimo, recusando a ideia de uma atitude mais defensiva no compromisso europeu, na sequência da derrota sofrida no Estádio do Dragão.

Na segunda jornada do Grupo A do

Barclays ATP World Tour Finals, No-

vak Djokovic ganhou uma importan-

te batalha, mas Andy Murray ainda

não perdeu a guerra. Pelo menos

por enquanto, já que a vitória do es-

cocês na ronda inaugural da fase de

grupos dá-lhe bastantes esperanças

de se manter em prova no fi m-de-

semana. Djokovic venceu, por 4-6,

6-3 e 7-5, um encontro em que este-

ve mais em jogo do que uma simples

ronda do round robin: o ascendente

entre dois grandes rivais.

“Outro grande encontro, outra

grande exibição de ambos. Foi equi-

librado até ao último ponto. Temos

uma grande rivalidade que, espero,

se desenvolva ainda mais no futu-

ro”, afi rmou Djokovic, após a quarta

vitória em sete duelos com o escocês

este ano (10-7 na carreira). Os núme-

ros confi rmam o equilíbrio: o líder

do ranking somou 23 winners e co-

meteu 40 erros não forçados; Mur-

ray assinou 28 pancadas ganhantes

e 44 erros directos.

Com o prolongamento do encon-

tro por duas horas e 45 minutos, o

confronto tornou-se mais físico e

Djokovic sentiu-se mais confortável

— ganhou 15 dos 18 encontros em

três sets —, não revelando os pro-

blemas físicos que foram levantados

quando perdeu com Sam Querrey

na estreia, em Paris Bercy.

Djokovic bate rival e Murray terá de vencer Tsonga para se manter no Masters

Murray começou muito bem e,

animado por um break de entra-

da, dominou o set inicial, onde não

deu qualquer oportunidade ao ad-

versário de lhe quebrar o serviço.

Essa ocasião viria a surgir a meio

da segunda partida e Djokovic não

desperdiçou, passando para 4-2 e

retomando a solidez que lhe é re-

conhecida.

A inconsistência de Murray cus-

tou-lhe a perda do serviço no tercei-

ro jogo do set decisivo, mas, quando

viu que o encontro se aproximava

do fi m, alimentou-se da energia dos

adeptos para recuperar o break (4-4)

e, depois, passar a liderar por 5-4.

Mas quando voltou a servir, o esco-

cês já não mostrou a mesma efi cá-

cia. Murray ainda reagiu e dispôs de

duas oportunidades de igualar (15-

40), só que o sérvio serviu bem e, no

primeiro match-point, ganhou um

ponto mais longo, quando a bola do

escocês saiu demasiado comprida.

“Os derradeiros dois minutos do

encontro foram os decisivos. Ele

‘quebrou-me’ a 15-40 e, depois, eu

tive 15-40 no jogo seguinte e não fi z

o break”, resumiu Murray, que con-

tou com o apoio incondicional dos

20 mil compatriotas que encheram

a Arena O2. A adesão dos adeptos

tem sido tão grande que a ATP anun-

ciou que o Masters se vai manter em

Londres por mais dois anos, ou seja,

até 2015. A confi rmar o sucesso do

evento junto do público inglês estão

as 750 mil entradas contabilizadas

nas três últimas edições.

Murray terá de ganhar a Jo-Wil-

fred Tsonga, amanhã, para asse-

gurar um lugar nas meias-fi nais do

torneio. Ontem à noite, Tsonga (8.º

no ranking ATP) somou a segunda

derrota, ao perder com Tomas Ber-

dych (6.º): 7-5, 3-6 e 6-1.

Ténis Pedro Keul

O líder do ranking somou a segunda vitória no torneio, mas os semifinalistas do Grupo A só serão conhecidos amanhã

Djokovic aproveitou com eficácia a inconsistência de Murray

GLYN KIRK/AFP

Breves

Fórmula 1

Futsal

Xadrez

O Red Bull de Félixda Costa foi o mais veloz em Abu Dhabi

Portugal defrontao Paraguai nosoitavos-de-final

Ivanchuk estreia-se com vitória no torneio dos Reis

O português António Félix da Costa foi o piloto mais rápido no segundo dia de testes com a equipa de Fórmula 1 Red Bull, no circuito Yas Marina, em Abu Dhabi. Félix da Costa realizou 62 voltas ao circuito e foi 0,5 segundos mais rápido que o britânico Oliver Turvey (McLaren). Sobre o seu futuro próximo, o português afirmou: “Creio que isso deverá significar uma temporada completa na World Series by Renault 3.5 no ano que vem”.

A selecção portuguesa de futsal perdeu com o Brasil (3-1), mas este resultado não inviabilizou a qualificação para os oitavos-de-final do Campeonato do Mundo, na Tailândia. No jogo da terceira jornada do grupo C, o golo português foi apontado por Cardinal (14’). Portugal vai, agora, defrontar o Paraguai (domingo, RTP2, 8h52), mas sem o guarda-redes João Benedito, que foi expulso no decorrer do jogo com o Brasil.

Arrancou ontem em Bucareste a 6.ª edição do torneio dos Reis, agora com quatro participantes em vez dos habituais seis. Na jornada de abertura, Veselin Topalov esteve perto de vencer Fabiano Caruana, mas uma imprecisão permitiu que o italiano conseguisse contrajogo suficiente para garantir a igualdade. Já Vassily Ivanchuk superiorizou-se ao romeno Liviu Dieter Nisipeanu.

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52 | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

ESPAÇOPÚBLICO

EDITORIAL

O mundo continua a ter um Presidente

Barack Obama conseguiu ser reeleito

após uma campanha muito dura e um

primeiro mandato particularmente

difícil. Mas os “próximos quatro

anos”, que o Presidente antecipa

como os melhores da sua presidência,

poderão ser bem mais problemáticos do

que os primeiros. Isto, porque, apesar de

a economia americana estar a recuperar,

o risco do “precipício fi scal” e a ameaça

de um permanente boicote da acção do

Presidente por um Congresso hostil poderão

manter a América bloqueada. Isso seria um

desastre para uma presidência que Barack

Obama projectava há quatro anos como

transformadora, mas que poderá continuar

a ser minada pela disfuncionalidade do

sistema político americano. No seu discurso

de vitória, o Presidente reeleito enfrentou

Os próximos anos da presidência de Obama poderão vir a ser mais difíceis do que os primeiros

esta questão. Vai ser preciso negociar com

os republicanos, mas o problema é saber o

que é que os republicanos estão disponíveis

para negociar. E isso dependerá, em boa

parte, da forma como a derrota de Mitt

Romney for digerida.

Ora, se há uma leitura a fazer da vitória

de Barack Obama é que esta signifi cou

que uma parte signifi cativa do eleitorado

aprovou as políticas do Presidente. Apesar

de ser geralmente retratado como uma

“desilusão”, no primeiro mandato de Obama

foi possível travar o descalabro fi nanceiro

e pôr a economia crescer, reposicionar a

imagem internacional dos EUA e aprovar

o plano de saúde prometido em 2008,

ainda que com bastantes transformações.

Porém, o desemprego e a inquietação dos

americanos quanto ao futuro do país teriam,

a priori, sido sufi cientes para impedir a

reeleição. Se isso não aconteceu, foi por

causa do extraordinário talento político de

Obama.

O Presidente que queria mudar

Washington e acabar com as guerras

partidárias fi cou prisioneiro de Washington

e dessas guerras, que nem sempre travou

da melhor forma. A imagem do candidato

que prometia a mudança fi cou abalada

por esses confl itos. Mas a reeleição mostra

que uma das transformações que Obama

representou em 2008 é duradoura.

O Presidente foi reeleito com o apoio

esmagador dos hispânicos, dos negros,

das mulheres e dos jovens, a mesma

coligação que o apoiara há quatro anos.

Isso signifi ca que há uma América pós-

branca que reiterou o seu peso, ao mesmo

tempo que os republicanos fi caram de

novo prisioneitros do eleitorado branco

mais conservador. Há uma América mais

diversa e tolerante que se afi rma através

desta coligação e de Barack Obama.

Um triunfo de Mitt Romney teria sido, a

vários níveis, um retrocesso da América,

tanto no plano interno como no externo.

Mas é tanto pelo que representa no plano

interno, como no externo que o Presidente

Obama pode continuar a ser o presidente

do mundo. Falta saber se os EUA estão

interessados em que ele seja também o

seu presidente. Disso depende o que a

América poderá vir a ser no mundo e o que

o mundo pode esperar da América.

Os artigos publicados nesta secção respeitam a norma ortográfica escolhida pelos autores

CARTAS À DIRECTORA

Os fundos da Segurança SocialÉ incrível que o Fundo de

Estabilização Financeira da

Segurança Social, o qual devia

garantir o pagamento das

pensões de todos que para ele

descontaram toda a vida, tenha

sido usado para irrefl etidos “jogos

de bolsa”, que põem em grande

risco a sua sustentabilidade.

Em 2010 o Fundo perdeu 400

milhões de euros em bolsa. Em

2011 perderam-se 1500 milhões!

Como será em 2012, já no fi m?

Trata-se de dinheiro

proveniente dos descontos dos

trabalhadores e empresas e que

está aos cuidados dos responsáveis

do FEFSS, para que o giram da

forma mais segura.

O facto de o aplicarem em ações

bolsistas e numa época de crise

aguda, que vem de 2007, com

enormes fl utuações e perdas, não

As cartas destinadas a esta secção

devem indicar o nome e a morada

do autor, bem como um número

telefónico de contacto. O PÚBLICO

reserva-se o direito de seleccionar

e eventualmente reduzir os textos

não solicitados e não prestará

informação postal sobre eles.

Email: [email protected]

Contactos do provedor do Leitor

Email: [email protected]

Telefone: 210 111 000

dando portanto qualquer garantia

de êxito nessas aplicações, é

extremamente grave.

Tão grave que os responsáveis

por tais atos de poder deviam ser

levados à Justiça, por andarem a

dispor levianamente de valores

que não são seus.

António Catita, Lisboa

Vivemos sob assistência financeira

“Vivemos sob assistência

fi nanceira.” Esta a frase dita e

repetida com certa eloquência

pelos políticos do sistema.

Provavelmente estes senhores

pretendem colocar qualquer

português como cúmplice das

irresponsabilidades eleitoralistas

dos seus congéneres. Contudo,

quem incentiva o diálogo com

essas criaturas como pretensa

de algo de interesse e qualidade

acaba como causar a náusea

a quem procura a verdadeira

informação. Como não bastasse,

de facto, vivermos muito abaixo

da dignidade que realmente se

merece, ainda temos de ouvir

estes coveiros do regime que se

passeiam impunes na terra que

amortalharam.

Quem desenvolveu uma

vivência honrada e de trabalho

pode, por desventuras, não

partilhar a tranquilidade que na

realidade devia usufruir, mas

nunca se deverá calar perante

a mumifi cação dos que lhe

provocaram insónias e maleitas.

Gens Ramos, Porto

Ai aguenta, aguenta

O doutor Fernando Ulrich

declarou recentemente para

responder a uma espécie de

dúvida metódica: “O país

aguenta mais austeridade?...

Ai, aguenta, aguenta.” Como

calculo que o dr. Ulrich esteja

a falar da sua própria condição

e esteja preparado para perder

o emprego, fi car sem casa (se

calhar em favor do seu próprio

banco, o benemérito BPI),

tirar os fi lhos da Católica (ou

coisa que o valha), começar

a pernoitar e a tomar duche

nos albergues nocturnos e as

refeições nas “cantinas sociais”

do ministro Mota Soares, sugiro-

lhe graciosamente uma “dica”

de marketing promocional que

lhe irá poupar os custos de ter de

recorrer a mais alguma agência

de publicidade: mande pintar, a

cor de laranja forte, nas montras

das agências do BPI a famosa

frase: “Ai, aguenta, aguenta!” Vai

ver que também não terá custos

de execução da empreitada,

mão-de-obra em regime de

voluntariado não deverá faltar.

António José Carvalho Ferreira,

Barreiro

Page 53: 8 Nov - PÚBLICO

PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | 53

Angela-de-Neve e o Gaspar-anão

Angela Merkel visita Portugal

na próxima 2.ª feira. Vai-lhe

ser inevitável a sensação de

visitar um país transformado

num quase-protetorado,

isto é, governado apenas em

aparência por um governo que

legisla em função de interesses

que não são os nacionais e de

instruções que têm origem

noutro sítio. Bem pode o ministro Gaspar

mostrar-se ofendido com referências

que lhe foram feitas no Parlamento neste

sentido na 3.ª feira passada. Ele conhece

melhor do que ninguém o processo de

tomada de decisão da política económica

em Portugal nos dias de hoje, onde têm

origem cada uma das medidas desgraçadas

que nos tem imposto. E não é em Lisboa e

em nenhum ponto da geografi a portuguesa.

Claro que não discuto que Gaspar e

Passos (e o governo todo e os banqueiros,

supõe-se) se identifi cam com os objetivos

fi nais desta devastação social e económica

que estão a fazer, com este darwinismo

social que despeja os jovens mais criativos

para fora do país, deixa morrer velhos sem

assistência e empresas cujo negócio foi

esmagado pela nova pobreza, remete 800

mil portugueses a um desemprego vitalício e

a formas de pobreza que não se conheciam

desde os anos 60. Não há nada pior do

que deixar chegar ao poder académicos

autoconvencidos da excelência das suas

teses de economia neoliberal ortodoxa,

misturados com dirigentes políticos jotistas,

de cultura científi ca abaixo de mínimos, uns

e outros sem qualquer experiência (nem

sequer sensibilidade) da economia real do

cidadão comum. Se este morrer da cura

que os gaspares e os passos deste mundo

lhe querem inocular, paciência: é porque

estava escrito nos insondáveis mecanismos

do infalível mercado! No fi nal do processo,

dizem eles, o país sairá depurado, mais forte,

mais saudável. Pura eugenia económica!

O problema não é tanto que Gaspar, qual

estudante marrão, governe para conseguir

um 18 do ministro das Finanças alemão, ou

o sinistro elogio que o predador faz à presa,

e se comporte como um pobre Pétain da

economia portuguesa. O problema é que,

tal como o velho marechal que liderou um

governo de opereta que fi ngia governar a

França enquanto o país estava ocupado

pelas tropas de Hitler, estas fi guras sentem

uma indisfarçável admiração pelo ocupante.

E que visão as elites (sociais, económicas,

académicas) portuguesas têm da Alemanha,

desse Estado que se tem arrogado a

defi nição do essencial das políticas de

austeridade europeia? Os portugueses

ricos e poderosos mostraram-se sempre,

por comparação com os demais casos

da Europa Ocidental, estar mais isolados

no conjunto da sociedade já que foram

forçados menos vezes, e por períodos

muito curtos (a Revolução de 1974-75, por

exemplo), a partilhar as componentes

essenciais do seu poder (cultural, político,

económico). A burguesia portuguesa é mais

estrangeirada que outras, não tanto porque

o país é pequeno e lhe parece demasiado

pequeno para as suas ambições, mas porque

ela própria é estrangeira no seu país. Numa

sociedade onde se procurou quase sempre

importar a mudança, a descrição que ao

longo dos últimos 250 anos as elites fi zeram

das realidades estrangeiras consideradas

superiores foi também sempre a formulação

de uma vontade de ser como o estrangeiro.

E são bastante risíveis os estereótipos sobre

a Alemanha e os alemães que se divulgaram

entre nós, que alimentam a imaginação de

muitos em todo o mundo e que, insisto,

não passam, como todos os estereótipos,

de puras construções em que se espelham

os seus próprios autores. Eça de Queirós,

em 1888, via ”a disciplina [prussiana] de

quartel militarizando tudo, desde a escola

às gares, uniformizando o Alemão no corpo

e na alma”, e pouco depois, em 1894/95,

Jaime Moniz e João Franco impunham o

Alemão como língua obrigatória no Liceu

em consonância com o “lugar cimeiro da

Alemanha na indústria e no desenvolvimento

tecnológico e científi co”. Nas duas guerras

mundiais, o essencial das direitas, em

Portugal como em grande parte do mundo,

tomaram o partido da Alemanha, não tanto

daquela (a imperial de 14-18, a nazi de 39-45)

que, de facto, existia, mas daquela em que

elas se sentiam refl etidas – a que desafi ara a

“arrogância britânica” e a “maçónica França”

em 14 e em 39, mas sobretudo aquela que

laboriosamente

renascera das cinzas

de 1919, recuperara a

“dignidade nacional”

(a expressão é

omnipresente neste

discurso) e se lançara

na luta de morte

contra o comunismo

com o ataque à

União Soviética

em 1941. Em 1942,

Armindo Monteiro

(embaixador

em Londres)

não hesitava em

descrever as “classes

altas” e “cultas”

portuguesas

como cheias de

“apaixonados

partidários da

Alemanha”, muitos dos quais “o são apenas

por suporem – embora erradamente”, achava

ele, “que a sua atitude agrada ao Governo”.

Em 1941, Tovar de Lemos, o embaixador

que Salazar enviara para Berlim, escrevia

ao seu chefe: “Difi cilmente se encontrará

na Europa outro país que apresente em

relação à Alemanha tamanha similitude de

instituições, de princípios de governação

e de ideologias políticas e sociais, como o

nosso.” Hoje, a vontade de copiar o melhor

da turma não parece ter mudado.

Historiador. Escreve quinzenalmente à quinta-feira

São bastante risíveis os estereótipos sobre a Alemanha que se divulgaram entre nós

Manuel Loff Pelo contrário

Subcultura sinistra

No PÚBLICO de anteontem, a

reportagem de Clara Barata

contava que “a BBC confi rmou

que 20 funcionários actuais

da estação estão a ser alvo de

uma investigação interna por

denúncias de abusos sexuais”. O

pior é que a cultura pedofi líaca

não começou com Saville nos

anos 60. Na BBC começou com

com os responsáveis pela programação

infantil da BBC, havendo até um

apartamento ao virar da esquina para onde

pelo menos três locutores famosos levavam

crianças para abusá-las sexualmente.

Os factos e os nomes, devidamente

referenciados, não vêm de um tablóide ou

de uma revista sensacional mas numa longa

reportagem de Andrew O’Hagan publicada

no mais recente London Review of Books. É,

de longe, a peça mais chocante que li desde

que rebentou o escândalo Saville.

Por sorte, está disponível na íntegra na

net. Gugle o acrónimo da revista e o título

da peça (“lrb light entertainment”) que vai

logo lá ter. Prepare-se para tremer.

O que está a ser exposto e vai ser cada

vez mais investigado e descoberto não

é apenas a pedofi lia de muitas pessoas

famosas e poderosas, nem tão-pouco a

existência de redes de pedofi lia: é uma

cultura de complacência para com a

pedofi lia, por parte de quem sabia e nada

fez, naquele terrível encolher de ombros

de “ele ser mesmo assim, o que é que se

há-de fazer?” ou até na forma igualmente

perigosa do “não quero saber”.

Há muita gente que vai ter de responder

pelo que fez – e não fez. Há uma sinistra

subcultura por revelar.

Miguel Esteves CardosoAinda ontem

BARTOON LUÍS AFONSO

Page 54: 8 Nov - PÚBLICO

54 | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012

É hoje raro encontrar na Europa uma figura política com o talento, a densidade e a preparação de Obama

Obama versus Romney – ganhou a inteligência crítica e exigente

Francisco Assis

1..No rescaldo do primeiro deba-

te que opôs Obama a Romney

os analistas e comentadores

políticos norte-americanos,

confrontados com a apreciação

relativamente consensual de que

a prestação do Presidente havia

sido inferior à do seu challenger,

colocaram a si próprios a seguin-

te questão: será que este homem,

Barak Obama, reconhecidamente genial a

discursar, não consegue estar ao mesmo

nível a argumentar? Estará ele destinado a

brilhar quando se dirige ao Congresso e às

multidões e condenado a desiludir nos mo-

mentos em que se confronta directamente

com um adversário? A questão era, então,

pertinente.

Por essa mesma ocasião o The New

Republic publicou um artigo, assinado por

Walter Kirn, de uma lucidez excepcional

na abordagem da disputa presidencial

norte-americana. Nesse texto Kirn

colocava o confronto entre Obama e

Romney num plano mais profundo do

que o da contraposição de duas visões

claramente diferentes no domínio político,

projectando-o para uma outra dimensão

que identifi cava com um choque entre

perfi s intelectuais diversos e sensibilidades

incompatíveis. Obama, nessa perspectiva,

seria o homem da conotação, da

ambiguidade e da complexidade, alguém

consciente da necessidade de não nos

deixarmos iludir pela aparente simplicidade

das coisas. Romney, pelo contrário, falaria

com a precisão simples de um homem

acostumado a olhar para o mundo através

dos balanços das empresas. O Presidente

americano ter-se-ia instruído pela via da

leitura dos livros e tenderia a valorizar

as suas faculdades interpretativas; o

candidato republicano, com uma educação

mais associada ao culto dos números,

propenderia a cultivar um raciocínio mais

analítico. Nesta perspectiva o confronto

presidencial americano não se limitaria a

uma mera contenda política, antes remeteria

para um confronto mais radical ao nível do

pensamento e da própria linguagem.

Após a leitura deste artigo era possível

lançar um outro olhar sobre o debate

de Denver. Obama estava cansado,

pouco concentrado, e Romney revelou

indiscutíveis qualidades de argumentação.

Isso não era, contudo, o mais importante.

A verdadeira questão era outra: consistia

em saber se a inteligência íntegra e exigente

de Obama poderia, no contexto de uma

discussão eleitoral, impor-se ao simplismo

conceptual deliberadamente escolhido

pelo seu oponente. A partir de então, e por

mérito desta subtil análise, passou a ser

possível perspectivar esta batalha como

um confronto entre a complexidade, a

compreensão densa

da sociedade, da

economia e da

política, por um

lado, e a opção por

um discurso assente

no enaltecimento

do senso comum e

no elogio das falsas

evidências, por

outro. Ao projectar-

se para este plano

a discussão atingiu

contornos quase

universais – numa

democracia, em

tempos de crise

económica e

social, um discurso

que não ilude a

complexidade

dos problemas

e das soluções

possíveis poderá

suscitar os favores

do eleitorado em

detrimento de uma

retórica superfi cial

que quase se limita

a parasitar os

lugares comuns? Até

anteontem a dúvida

persistia.

A vitória de Obama, a todos os títulos

inteiramente merecida por razões que vão

desde a economia interna até à política

externa, comporta ainda este aspecto não

despiciendo – ganhou a inteligência crítica

e exigente. É verdade que o Presidente

reeleito recorreu nalguns momentos à

utilização de um discurso negativo não

inteiramente desprovido de alguma

pequena dose de demagogia. No essencial,

porém, Obama revelou uma intransigência

exemplar na afi rmação de um discurso

político assente na recusa da facilidade, do

consenso mirífi co e da adesão acrítica a um

certo mainstream. Que com esse discurso

ele tenha ganho é algo que só prestigia a

sociedade norte-americana. É hoje raro,

se não mesmo impossível, encontrar na

Europa uma fi gura política com o talento,

a densidade e a preparação de Barak

Obama. A sua mistura de realismo e de

idealismo, no fundo tão característica dos

mais fecundos mitos fundadores da cultura

política norte-americana, permite-nos

continuar a admitir a possibilidade de uma

acção política situada para além dos limites

estabelecidos entre a inocência pueril e o

cinismo senil. Obama é a prova de que em

política e em democracia a inteligência não

tem que se metamorfosear em estultícia

para suscitar os favores da opinião pública.

A América, esse estranho lugar, continua,

afi nal de contas, a ser o espaço onde se

abatem fronteiras. Sempre que assim

acontece a Europa fi ca um pouco mais

velha. Esperemos que o nosso continente

não morra de decrepitude.

2. A cena ocorreu na semana passada na

Assembleia da República. Um venerando

juiz, Presidente da Associação que

A América, esse estranho lugar, continua, afinal de contas, a ser o espaço onde se abatem fronteiras. Sempre que assim acontece a Europa fica um pouco mais velha

Deputado (PS). Escreve à quinta-feira

supostamente representa a corporação

respectiva, produziu, com a transparência

que o despudor permite, uma das mais

extraordinárias afi rmações dos últimos

tempos: os juízes deste país, abaixo de

uma certa remuneração, felizmente não

publicamente quantifi cada, tornam-se

permeáveis à corrupção. No entendimento

deste senhor, a integridade moral e

profi ssional dos nossos juízes depende

do montante do salário que auferem.

Numa sociedade sã esta declaração seria

intolerável. Aqui parece não ser. A justiça

está doente e essa doença prejudica o país

em geral. Agora que se fala numa revisão

constitucional por outros motivos talvez se

deva colocar a questão de saber se não é

precisamente no âmbito da justiça que ela

mais se justifi ca.

3. Os polícias manifestaram-se esta

semana em frente à Assembleia da

República. Usaram uma linguagem boçal,

malcriada e imprópria das funções que

desempenham. Foram claramente longe de

mais. Não têm a mais pequena legitimidade

para ameaçar o nosso regime político. Haja

decoro e vergonha.

4. O ministro das Finanças teve razão

ao condenar alguma da linguagem que se

utiliza hoje na Assembleia da República. Há

quem pense que está a atacar o Governo

quando, na verdade, está a pôr em causa os

fundamentos da nossa democracia.

5. Luis Filipe Menezes ainda acredita

que o próximo presidente da Câmara do

Porto poderá vir a ser um vice-rei do Norte.

Está enganado. Os tempos mudaram. Não

haverá um novo Fernando Gomes.

LARRY DOWNING/REUTERS

Page 55: 8 Nov - PÚBLICO

PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | 55

DANIEL ROCHA

Nuno Morais Sarmento versus Relvas:refundar a RTP ou reafundar a RTP?

A entrevista de Nuno Morais

Sarmento à RTP foi a peça

que faltava no puzzle que tem

sido e continua a ser o dossier

RTP. Pela experiência que teve

enquanto ministro da tutela

durante os consulados de

Durão Barroso e Santana Lopes,

N.M.S. tornou-se uma voz

incontornável e, por isso, o seu

silêncio durante mais de um ano tornava-se

embaraçoso – até para o próprio.

A verdade é que, quando há 11 anos tomou

posse, N.M.S. começou por falar da RTP

exactamente como Relvas: a RTP esbanjava

o dinheiro dos contribuintes, ninguém

sabia o que era o serviço público (SP), era

preciso fechar um dos canais; e, também ele,

começou por nomear um grupo de trabalho

(onde já fi gurava o inevitável Nuno Cintra

Torres) e provocou um levantamento cívico,

quando anunciou as suas intenções.

Quando saiu, porém, depois de feito um

caminho onde foi aprendendo à sua custa a

importância da existência de um operador

público, N.M.S. tinha feito um percurso

exemplar e tornara-se o melhor ministro da

tutela dos últimos 20 anos: acabou por salvar

a RTP (que acumulara dívidas colossais,

fruto de erros irresponsáveis de governos

anteriores) do risco de bancarrota; juntou a

rádio e a TV numa única empresa, mudou-

as para as actuais instalações, repôs a taxa,

reduziu os custos e permitiu que a RTP

voltasse a ser viável, credível e uma estação

de referência para os portugueses, além de

um regulador para os próprios privados.

Era, por isso, indispensável saber o que

pensava N.M.S. das medidas que o Governo

tem anunciado, medidas erráticas, sem

nexo e sem outra lógica que não seja a de

aplicar à RTP a sua agenda ideológica: retirar

o Estado dos últimos sectores estratégicos

da economia e privar os portugueses dos

poucos instrumentos de soberania que

nos restam, como são os transportes, as

águas e a televisão. Pela sua importância,

é importante relembrar o que disse N.M.S.

— e nenhum dos defensores do SP de rádio

e televisão diria melhor. Aqui vão uns

extractos, “para memória futura”:

“Um dos erros do Governo é olhar para a

RTP como olhou para a REN e para a EDP,

com os mesmos advisers e segundo a mesma

lógica economicista. A questão é que a EDP

e a REN não estão na Constituição, mas o

serviço público de rádio e TV está. Quando

falamos na RTP, antes da sua equação

económica, é a missão de SP que aqui está

em causa. E aí eu não tenho nenhuma

hesitação. Nós somos o país com maior

nível de iliteracia da Europa; com maior

nível de exposição à TV – a média (europeia)

aproxima-se das três horas, nós estamos

para lá das quatro de exposição; o país onde

um terço do território tem apenas duas

emissões, por (causa da) sobreposição das

emissões espanholas, o terço do país que

tem uma oferta cultural reduzidíssima; um

país que não tem um mercado de media que

se auto-regule, e (onde), portanto, há uma

função supletiva (do SP) em relação às falhas

de mercado. Por estas razões, e pela que é

a mais importante de todas, a da defesa do

único activo que temos que é maior que o

nosso território, que é a língua portuguesa,

eu tenho para mim que a manutenção de um

SP de televisão e de rádio em Portugal não é

uma questão económica, é uma questão de

identidade nacional, de defesa da língua e de

posicionamento do país.

“Esta discussão pública tem acontecido

muito à volta de um discurso político que

assenta na existência de uma aparente

situação de crise na RTP, de uma situação

de esbanjamento de dinheiro na RTP, de um

operador de SP a custar, como ouvimos dizer

repetidamente, um milhão de euros por dia,

défi ces progressivos e acumulados — e pura e

simplesmente isso não é verdade.

“A RTP em 2001 (e eu conheço-a, por ter

sido responsável

por este sector entre

2002 e 2005) era

considerada inviável

e um mau exemplo

de prestação de SP.

Tínhamos acima

de 400 milhões de

euros de custo da

RTP e da RDP, que

na altura estavam

separadas, tínhamos

audiências em queda

(25,7%), tínhamos

3500 trabalhadores,

uma dívida de €1300

milhões, capitais

próprios negativos

de €400 milhões. Foi

implementada uma

estratégia e, (em)

2005/6, os custos da RTP e da RDP tinham

baixado para pouco mais de €200 milhões, a

dívida que estava espalhada de uma maneira

totalmente irresponsável, para não dizer

criminosa, por 27 bancos, com condições

absolutamente leoninas, foi renegociada (e)

consolidada para o médio e longo prazo; (até

à) de tomada de posse deste Governo, a RTP,

através das receitas de publicidade, pagou

mais de 500 milhões de euros; reduziram-se

mais de 1200 trabalhadores, sem convulsão

social; as audiências subiram, as receitas

publicitárias, com menos um minuto e

meio, subiram também, e a RTP a partir de

2005/6 regressou à condição de referência

no sector e (tornou-se) um exemplo de

prestação de SP diferenciado, para a loucura

em que andávamos, na altura, nas privadas.

Portanto, a RTP é talvez o único exemplo de

um universo público seriamente reformado

A entrevista de Nuno Morais Sarmento à RTP foi a peça que faltava no puzzle

Cineasta

em Portugal. E eu pergunto-me: com tantos

outros universos públicos por reformar,

porque é que se escolhe a RTP com uma

fi xação de prioridade? (Portanto), não é por

necessidade, é por opção.

“A RTP é, dos operadores de SP (fazendo

a comparação com o rendimento per capita,

com o PIB do país), o segundo mais barato da

Europa e o primeiro em efi ciência. Países da

nossa dimensão, a Holanda e a Bélgica, gastam

três vezes mais, a Alemanha e a Inglaterra

30 vezes mais. Portanto, penso que não será

este o maior problema nacional no universo

do Estado. Resulta do que eu disse que sou

obviamente contra a privatização total da

RTP ou a concessão total da RTP a privados,

o que além disso representaria problemas

praticamente insolúveis. Demorámos um

ano e meio a negociar com a SIC e a TVI

um protocolo de co-regulação para lhes

passar meia dúzia de obrigações de serviço

público (a linguagem gestual, a produção

nacional, algumas janelas de programação

para as minorias, os conteúdos para a RTP

Internacional), a troco de um minuto e

meio de publicidade. Só por ignorância

alguém pode dizer que as obrigações de SP

poderiam ser cumpridas pelos operadores

privados na sua integralidade.”

No fi nal da entrevista, N.M.S. defendeu, e

bem, que a RTP face à evolução tecnológica e

às difi culdades do país, não podia fi car como

está; e avançou algumas ideias, muitas delas

irrealistas e de difícil sustentação: desde a

abertura de um 5º canal, aproveitando as

estruturas da actual delegação da RTP no

Porto, ao qual seriam entregues os 6’ de

publicidade da RTP1 (sem dizer onde iria

depois a estação pública buscar o resto das

receitas), à redução da Antena 2 a um canal

play list. É claro que a RTP precisa de ser

reformada, desde o modo de nomeação das

administrações à sua presença nas novas

plataformas (e, desde logo, na TDT), do

modelo e o montante de fi nanciamento e a

forma de fi nanciar a fi cção ao escrutínio do

seu desempenho, e que essa discussão tem

de ser feita. Mas isso é outra história.

Mas, no essencial, o que disse o ex-

ministro do PSD resume-se a isto: temos

de escolher entre refundar a RTP, como

ele fez, ou reafundá-la, como o Governo se

prepara para fazer.

Debate Televisão e serviço públicoAntónio-Pedro Vasconcelos

Ser muito bom em algo

Vale a pena concentrar as forças

em poucos objectivos e não

se dispersar. Assim é também

com sectores económicos ou

inovações, que pela sua forte

diferenciação e qualidade atraem

investidores e bons resultados

Dois casos: 1. As tecnologias de

informação (TI) desenvolveram-

se na Índia por haver bons

engenheiros, inteligentes. E emigrados

indianos de sucesso nos EUA. Muita

iniciativa reprimida pelo socialismo e por

constrangimentos internos cresceu com força,

de modo que as empresas indianas ombreiam,

há tempos, com qualquer multinacional com

longa existência. Chamativo é que a TCS tenha

actualmente mais de 250.000 trabalhadores

especializados e a IBM tenha assente arraiais

na Índia, já com muito mais de 130.000.

Porquê? Se não o fi zesse, como poderia

competir em preços com as TI indianas? Dos

$76 bn (biliões) de produção em 2010, de TI e

TIES, passará para $300 bn em 2020!

2. O mesmo grupo TATA, dono da TCS,

desafi ou a TATA Motors, para projectar e

fabricar o carro mais barato do mundo,

tendo dado o limite de $2200 [€1723]. Uma

equipa muito jovem, com média de 27 anos,

dirigida por um engenheiro de 34, teve

essa incumbência, com o envolvimento do

próprio Ratan Tata, chairman do grupo. O

sr. Ratan empenhou-se a sério, muitas vezes

com busca de soluções. Saiu o carro Nano.

Vende-se, mas não foi um sucesso estrondoso

em si mesmo, talvez por defi ciências do

marketing. O “pobre” não compra o carro do

pobre... espera, amealha e compra outro que

não lhe dê a marca de pobre... Mas o Nano

foi extraordinário sucesso indirecto, pelos

grandes investimentos que atraiu das outras

notáveis marcas mundiais, que viram que

havia fornecedores de peças sobressalentes

lá instalados e que, para o seu modelo

supercompacto vingar, eles seriam úteis.

Todas as marcas famosas da Europa, dos EUA

e do Japão, além das locais Nano e Maruti,

investiram mais de $700 milhões cada uma nos

três pólos de fabricação de carros: Chennai,

Pune e Ahmedabad. Da produção de $30 bn

em 2010 passará para $120 bn em 2020!

Estratégias assim deveriam amadurecer

entre nós, para focar em poucos produtos ou

sectores, com soluções de primeira classe e

muita I&D. Não podemos ser muito melhores

em vinhos? Em soluções de TI? Em turismo?

Em turismo de saúde? Em serviços à terceira

idade da Europa do Norte? Em fruta natural e

processada?... Um país pequeno não precisa

de muitas âncoras... Poucas, lançadas com

inteligência e paixão!

Professor da AESE e autor do livro O Despertar da Índia

Tribuna DesenvolvimentoEugénio Viassa Monteiro

Page 56: 8 Nov - PÚBLICO

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ESCRITO NA PEDRA

“Quase todos os homens são capazes de superar a adversidade, mas, se se quiser pôr à prova o carácter de um homem, dê-se-lhe poder” Abraham Lincoln (1809-1865), Presidente dos EUA

I S S N : 0 8 7 2 - 1 5 4 8

QUI 8 NOV 2012

Contribuinte n.º 502265094 | Depósito legal n.º 45458/91 | Registo ERC n.º 114410 | Conselho de Administração - Presidente: Ângelo Paupério Vogais: António Lobo Xavier, Cláudia Azevedo, Cristina Soares, Miguel Almeida, Pedro Nunes Pedro E-mail [email protected] Lisboa Rua de Viriato, 13 – 1069-315 Lisboa; Telef.:210111000 (PPCA); Fax: Dir. Empresa 210111015; Dir. Editorial 210111006; Agenda 210111007; Redacção 210111008; Publicidade 210111013/210111014 Porto Praça do Coronel Pacheco, nº 2, 4050-453 Porto; Telef: 226151000 (PPCA) / 226103214; Fax: Redacção 226151099 / 226102213; Publicidade, Distribuição 226151011 Madeira Telef.: 934250100; Fax: 707100049 Proprietário PÚBLICO, Comunicação Social, SA. Sede: Lugar do Espido, Via Norte, Maia. Capital Social €50.000,00. Detentor de mais de 10% do capital: Sonae Telecom, BV Impressão Unipress, Travessa de Anselmo Braancamp, 220, 4410-350 Arcozelo, Valadares; Telef.: 227537030; Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, SA, Estrada Consiglieri Pedroso, 90, Queluz de Baixo, 2730-053 Barcarena. Telf.: 214345400 Distribuição Logista Portugal – Distribuição de Publicações, SA; Lisboa: Telef.: 219267800, Fax: 219267866; Porto: Telef.: 227169600/1; Fax: 227162123; Algarve: Telef.: 289363380; Fax: 289363388; Coimbra: Telef.: 239980350; Fax: 239983605. Assinaturas 808200095 Tiragem média total de Outubro 43.576 exemplares Membro da APCT – Associação Portuguesa do Controlo de Tiragem

PÚBLICO teve acesso ao documento que detalha a auditoria à TAP p29

Luís Miguel Cintra diz que atrasos da DGA levarão ao fi m da companhia de teatro p36

Acordo que Passos Coelho assina hoje prevê mais 17 milhões de euros p20

TAP: Efromovich tem plano de ataque para decidir se avança

Asfixia financeira pode determinarfim da Cornucópia

Mais dinheiro para IPSS e prioridadea lares de crianças

Totoloto

2 3 29 38 41 11

2.600.000€1.º Prémio

Jurista

ASSUNTOS TEMPORÁRIOS

De que falamos?

Quase toda a gente passou

a falar da reforma do

Estado social, seja a favor

ou contra. A pergunta

que fi ca sempre nestas

alturas é: o que entendem

as pessoas por Estado social? Não

são palavras. A minha impressão

é que o Estado social não tem sido

convenientemente defi nido e, sem

essa defi nição prévia, não será fácil

chegar aos “lugares-comuns”, às

premissas, que são o suporte de

uma discussão.

Ora, numa tentativa simples

de conceptualização da coisa

(naturalmente sujeita a críticas),

eu diria que o Estado social em

Portugal compreende quatro

realidades distintas, quatro

domínios ou modos de acção. Em

primeiro lugar, temos a provisão

de bens ou serviços que devem

ser considerados “apoios sociais”.

Estou aqui a pensar na saúde,

na segurança social, no ensino

público obrigatório (básico e

secundário). A cada um desses

bens correspondem tarefas

concretas do Estado e direitos

constitucionalizados. Fala-se

por isso num direito à saúde ou

à segurança social. Como se fala

num “sistema” público de saúde,

Pedro Lomba

de educação, de segurança social.

Segundo, vem o que podemos

conceber como “empréstimos

sociais”, que deviam ser

concebidos como formas de o

Estado apoiar os cidadãos na

sua mobilidade social. Penso na

educação técnica ou universitária.

A ideia de um “empréstimo”,

que não é literalmente um

“empréstimo”, visa apenas captar

uma lógica de reciprocidade que

tem de existir nesta zona do Estado

social, uma espécie de capital de

risco social. O tipo de relação, os

objectivos, a expectativa de retorno

não são os mesmos na saúde

(em que o utente é inteiramente

passivo) e no ensino superior

(em que o estudante não o é).

Uma implicação deste ponto de

vista passa por defender formas

alternativas ao fi nanciamento

destes “empréstimos sociais” que

não assentem unicamente no

Estado.

Em terceiro lugar estão as

chamadas “prestações de risco

social”, ou seja, um vasto grupo

de prestações sociais dirigidas a

cidadãos e famílias transitória ou

permanentemente desprotegidas

(subsídios de desemprego,

pensões, rendimento de inserção).

De novo, o assistencialismo do

Estado nestas situações de risco

não pode ser comparado nem

aos “apoios sociais” do primeiro

grupo, nem certamente aos

“empréstimos sociais” do segundo.

Os benefi ciários destas prestações

encontram-se num estado superior

de vulnerabilidade e carência.

Por fi m, uma quarta área do

Estado social respeita ao que

podemos chamar de “legislação

social”, considerando nesta

categoria um vasto conjunto de

intromissões ou intervenções

de tipo paternalista nas relações

horizontais entre cidadãos (leis

laborais, lei das rendas, leis

económicas, etc.).

Por que me parece necessário

separar, sem ordem de

importância, estes domínios do

Estado social? Porque qualquer

reforma do Estado social (se se

aceitar que razões demográfi cas,

fi nanceiras ou, com menos

consenso, de efi ciência a impõem)

não pode ser a mesma em cada

uma destas áreas. O animus

reformista tem de ser variável.

Em princípio, é menos gravoso

rever muitas leis socialmente

paternalistas que deixaram de

ter justifi cação. As “prestações

de risco social” não podem ser

tratadas como outros subsídios.

Idealmente, se os últimos tiverem

de baixar, aquelas deveriam ser

reforçadas. Subir propinas requer

um enquadramento diferente

da operação de subir taxas. Em

resumo, o que se confi rma é uma

grande necessidade de tacto

político para fazer a mais difícil

das reformas do Estado: colocar o

Estado social do futuro ao serviço

de uma sociedade menos assistida

e mais protegida.

SOBE E DESCE

Oscar Cardozo

No dia em o paraguaio, com os seus dois golos, deu a primeira vitória

ao Benfica nesta edição da Liga dos Campeões, pena é que o protagonismo de Cardozo quase tenha sido eclipsado pela extraordinária vitória do Celtic sobre o Barcelona. Este resultado mantém o Benfica a três pontos dos escoceses, mas o triunfo da Luz serve para os “encarnados” manterem ainda em aberto a hipótese de se apurarem para a próxima fase (Pág. 48)

Paulo Portas

Não é habitual, pelo menos em Portugal, o ministro dos Negócios

Estrangeiros chamar à pedra embaixadores de países estrangeiros. Foi o que fez (e

bem) Paulo Portas com Ehud Gol, embaixador de Israel, que, nas conferências sobre o Holocausto, foi buscar um

episódio ocorrido há mais de seis décadas, para dizer que Portugal estará sempre associado à nódoa de ter posto a bandeira a meia haste quando Hitler morreu. Salazar morreu. E o país já é outro. (Pág. 17)

Isabel Cordeiro

A escolha de Isabel Cordeiro para directora-geral do Património

foi bem recebida por quem trabalha nesta área e também agradou ao seu antecessor, que na segunda-feira se demitiu do cargo. Isabel Cordeiro faz parte de uma geração qualificada e tem uma longa carreira nos museus. Junta duas condições que são revelantes no património – é historiadora de arte e tem muita experiência como gestora cultural. O seu desempenho será mais tarde avaliado, mas já criou boas expectativas. (Pág. 34)

Passos Coelho

Sucedem-se os episódios de falta de sintonia – pelo menos

nas intervenções públicas – entre o Presidente da República e o primeiro-ministro. Anteontem à noite, Cavaco Silva afirmou que a “refundação” do Estado devia envolver todos os partidos e a sociedade civil. O Presidente chegou mesmo a dizer que todo o país devia ser chamado a pronunciar-se. Ontem, Passos veio dizer que a reforma avança mesmo sem o PS. (Pág. 16)