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rui dias
JEWEL SAMAD/AFP
QUI 8 NOV 2012EDIÇÃO LISBOA
Ano XXIII | n.º 8249 | 1€ | Directora: Bárbara Reis | Directores adjuntos: Nuno Pacheco, Manuel Carvalho, Miguel Gaspar | Directora executiva Online: Simone Duarte | Directora de Arte: Sónia Matos
Voto dos hispânicos e das mulheres foi decisivo na reeleição de Obama Presidente faz apelo à união da família americana | Os desafi os do segundo mandato na economia e na política externa | Derrota de Mitt Romney deixa os republicanos sem estratégia | Análise de Jorge Almeida Fernandes | Opinião de Luís Amado, Álvaro Vasconcelos e Carlos Gaspar Destaque, 2 a 13 e Editorial
Pedro Passos Coelho deu ontem como adquirido que a refundação do memorando e a reforma das funções do Estado avançarão sem o PS p25
O gasto dos portugueses para o Natal ronda os 464 euros, menos 13,5% do que em 2011. É o montante mais baixo desde 2005, de acordo com um estudo p16
As autoridades sanitárias da Madeira notifi caram à Direcção-Geral de Saúde o registo de 1148 casos de febre de dengue entre 3 de Outubro e 4 de Novembro p18
Governo já não conta com o PS para reforma do Estado
Portugueses vão ter o Natal com menos prendas desde 2005
Madeira registou mais de mil casosde febre do dengue
CHINAO GANG DE XANGAI CONTRA A LIGA DA JUVENTUDE NO CONGRESSO DO PC Mundo, 30/31
HOJE Heróis Marvel – II : Vol. 4 – Surfista Prateado: Parábola Por + 8,90€
2 | DESTAQUE | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
ELEIÇÕES NOS EUA
Obama parte paraum novo mandato com a missão de unir a família americana
Em 2008, Barack Obama fez
história, ao tornar-se no
primeiro Presidente negro
dos Estados Unidos. Na terça-
feira à noite, ele fez história
ao ser o primeiro Presidente
americano reeleito com uma taxa
de desemprego alta (7,9%) desde a
Grande Depressão.
Obama conseguiu vencer, apesar
de perder a maioria do voto branco,
graças a um eleitorado composto por
afro-americanos, hispânicos, jovens
e mulheres, tal como em 2008. Mas
a proporção de americanos brancos
que votaram nele nestas eleições foi
mais estreita do que há quatro anos.
Quase seis em 10 americanos bran-
cos votaram em Mitt Romney, que,
pode dizer-se, também fez história:
tornou-se no primeiro candidato a
perder umas eleições presidenciais
apesar de a sua proporção do elei-
torado branco ser a mais expressiva
de sempre.
Um dia depois de umas eleições
que, no essencial, não mudaram na-
da — Obama continua na Casa Bran-
ca por mais quatro anos, a Câmara
dos Representantes mantém a sua
maioria republicana, e o Senado per-
manece sob o controlo dos demo-
cratas — a questão é se o Presidente
conseguirá unifi car um país marca-
damente dividido. A resposta a essa
pergunta surgirá em Janeiro, quando
a Casa Branca e a oposição terão de
negociar um acordo para evitar o
que se tornou conhecido como um
“precipício fi scal” — o aumento de
impostos e cortes dramáticos no or-
çamento que poderão lançar a eco-
nomia americana numa nova crise.
No seu discurso de vitória em Chi-
cago, pouco depois da uma e meia da
manhã (6h30 em Portugal), Obama
adoptou um tom conciliador, elevan-
do-se acima das diferenças partidá-
rias e prometendo ser o Presidente
de todos os americanos e trabalhar
com os republicanos. “Nós somos
uma família americana e erguemo-
nos ou caímos juntos, como uma na-
ção, como um povo”, disse, no fi nal
de uma das campanhas presidenciais
mais negativas de sempre.
Foi como se Obama, o porta-es-
tandarte do bipartidarismo, tivesse
ressurgido para acabar o que come-
çou, em 2004, com a sua célebre in-
tervenção na convenção democrata
(“Não existem estados democratas
nem estados republicanos. Só exis-
tem os Estados Unidos da América”).
Mas durante a campanha Obama no-
tou que aprendera algumas lições
duras e sugeriu que iria adoptar uma
abordagem mais agressiva em rela-
ção à oposição, se viesse a ser ree-
leito. A sua base eleitoral não espera
menos do que isso.
O discurso, feito perante 10 mil
apoiantes e voluntários da sua cam-
panha, ofereceu uma mensagem
mais optimista e confi ante em re-
lação ao futuro da América do que
Obama alguma vez conseguiu fazer
curso, “de vitória”, para a noite elei-
toral, emergiu na sede da sua cam-
panha, em Boston, pouco antes da
uma da manhã, hora e meia depois
de as televisões projectarem Obama
como o vencedor. O ex-governador
do Massachusetts, candidato à Pre-
sidência americana pela segunda
vez, anunciou que acabara de ligar
a Obama, felicitando-o pela sua vitó-
ria. “Este é um período de grandes
desafi os para a América e rezo para
que o Presidente tenha sucesso em
conduzir a nossa nação”, disse o
homem que no último ano retratou
a liderança presidencial de Obama
como um falhanço. A desilusão era
palpável nos rostos dos seus apoian-
tes, em Boston.
Os analistas políticos acreditam
que a derrota de Romney deverá
levar os republicanos a um período
de introspecção, se não mesmo a
uma guerra civil pela alma do par-
tido, que se radicalizou nos últimos
quatro anos. A ala moderada insistirá
que o partido corre o risco de nunca
O Presidente democrata parte “mais determinado e mais inspirado do que nunca” para mais quatro anos na Casa Branca e prometeu, no seu discurso de vitória, que, “para os Estados Unidos da América, o melhor ainda está para vir”
Kathleen Gomes,em Chicago
durante o último ano. Emocionado,
ele disse que regressava à Casa Bran-
ca “mais determinado e mais inspi-
rado do que nunca” e que, “para os
EUA, o melhor ainda está para vir”.
Há 28 anos, o republicano Ronald Re-
agan foi reeleito com uma mensagem
semelhante, mas Obama raramente
foi tão explícito durante a campanha.
A sua reeleição, num contexto
que à partida lhe era desfavorável
— taxas de desemprego altas e um
crescimento económico anémico
não costumam reeleger presidentes
americanos — é, na prática, um selo
de aprovação do seu primeiro man-
dato e dá-lhe uma oportunidade para
defender algumas das medidas mais
difíceis e controversas que marca-
ram os primeiros quatro anos (como
a reforma da saúde) e deixar a Casa
Branca com um legado positivo.
Crise republicanaO seu adversário Mitt Romney, que
no fi nal do dia dissera aos jornalistas
que tinha preparado um único dis-
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | DESTAQUE | 3
mais ganhar eleições presidenciais se
não se mover para o centro. E é pre-
visível que o Tea Party defenda que
a derrota eleitoral se deveu ao facto
de terem escolhido um moderado
como candidato, outra vez (o mesmo
lamento foi ouvido no rescaldo das
eleições de 2008, quando John Mc-
Cain foi o candidato republicano).
Os resultados eleitorais vieram
confi rmar aquilo que as sondagens
indicavam na última semana: que
Obama seria o vencedor provável.
Mas o facto de nenhum dos dois can-
didatos ter uma vantagem estatística
signifi cativa abria caminho a vários
cenários, incluindo a possibilidade
de o resultado fi car em suspenso du-
rante semanas, quando não meses,
dependente da recontagem manual
de votos em estados como a Florida,
onde a diferença entre os dois parti-
dos costuma ser minimal. De facto,
a Florida não traiu a sua reputação
enquanto estado mais politicamente
dividido da América: ontem à tarde,
os votos naquele estado ainda esta-
vam a ser contados e nenhum vence-
dor tinha sido declarado. A diferença
de resultados entre os candidatos era
apenas de algumas décimas percen-
tuais, com Obama à frente.
A questão é que, ao contrário de
2000, o resto da América não teve
de esperar que a Florida decidisse
as eleições. Desde o momento em
que os primeiros resultados e as
primeiras projecções começaram a
surgir, as perspectivas foram mais
favoráveis ao Presidente. A multidão
de apoiantes de Obama em Chicago
reagiu efusivamente à medida que os
ecrãs foram projectando vitórias em
estados decisivos como o Wisconsin,
o Iowa, a Pensilvânia, e o Ohio. Co-
mo peças de dominó, estes estados
do Midwest ou do coração da Améri-
ca industrial foram caindo a favor de
Obama e asseguraram a sua vitória.
Se o resgate da indústria automóvel
autorizado por Obama no início do
seu primeiro mandato foi uma deci-
são polémica, a sua vitória por todo
o Midwest, incluindo o Michigan, on-
CHIP SOMODEVILLA/AFP“Somos uma família americana e erguemo-nos ou caímos juntos, como uma nação, como um povo”, disse Obama
de milhões de empregos dependem
da produção de automóveis, foi uma
ratifi cação clara dessa medida, como
um “obrigado”.
Dos nove estados mais disputa-
dos, Romney só conseguiu vencer
na Carolina do Norte, um estado do
Sul que Obama conquistou há quatro
anos com uma margem minimal de
0,3%. Obama conseguiu ser reelei-
to com margens mais pequenas do
que em 2008, no voto popular e no
colégio eleitoral. Até ontem, quando
ainda faltava apurar o vencedor na
Florida e a contagem de votos ain-
da estava a decorrer, Obama tinha
50,4% do voto popular (Romney
tinha 48,1%, uma diferença de 2,3
pontos percentuais) e 303 dos vo-
tos do colégio eleitoral. O número
mágico para atingir a Casa Branca
são 270 votos no colégio eleitoral,
um marco que Obama ultrapassou.
Mas mesmo que venha a ganhar os
29 votos da Florida, não conseguirá
igualar os 365 votos conquistados há
quatro anos.
Há quatro anos, no Grant
Park, em Chicago, uma mul-
tidão recebia o Presidente
eleito repetindo o slogan
que marcara a primeira
campanha vitoriosa de
Barack Obama. Era um discurso de
dor e esperança, pronunciado à som-
bra do desastre de Wall Street, pelo
primeiro Presidente negro da histó-
ria dos Estados Unidos. E, no fi nal,
Barack Obama repetia a frase “Yes we
can” como se fosse um reverendo a
falar a uma congregação que o ouvia
em silêncio. Essa solenidade reli-
giosa, pedida emprestada a Martin
Luther King, desapareceu do segun-
do discurso de vitória de Obama,
ontem de madrugada, outra vez em
Chicago. Como desapareceu a con-
vicção de que a vitória nas urnas era
um momento de mudança.
Mas Barack Obama, o Presiden-
te reeleito, temperado por quatro
anos de frustrações e desilusões,
mobilizou de novo os seus podero-
sos recursos retóricos para tentar
construir um primeiro momento
defi nidor do novo mandato. Não
houve silêncios solenes, mas uma
emoção em crescendo até ao fi nal,
como se fosse um concerto e não
um discurso. Em vez de mudança
a palavra-chave era forward (em
frente, o leitmotiv desta campanha),
mas disse que “o melhor ainda es-
tava para vir”. Pela segunda vez em
quatro anos, Barack Obama quis
celebrar uma vitória inventando o
futuro. É difícil fazer isto duas ve-
zes, sobretudo depois de falhar à
primeira.
O Presidente que em 2008 queria
governar em nome do bipartidaris-
mo voltou a conseguir dizer, no dis-
curso de ontem, que os EUA não são
uma soma de estados republicanos
e de estados democratas. Mas no
momento da segunda vitória, ele
estava a falar para um país dividido
ao meio, que vai continuar bloque-
ado politicamente, enquanto a dí-
vida acumulada nos últimos anos o
empurra para o que se convenciou
chamar o “precipício fi scal”.
No discurso de vitória, Obama fez
o elogio da divergência, ligando-a ao
O Presidente que inventou o futuro duas vezes
excepcionalismo americano. “Ape-
sar de todas as diferenças, a maior
parte de nós partilha algumas es-
peranças sobre o futuro da Améri-
ca”, disse. Numa passagem em que
evocou Charles de Gaulle, afi rmou:
“Quer tenham ou não votado em
mim, eu ouvi-vos”. E, mais à frente,
transformou a frase emblemática do
discurso de posse de John Kennedy,
em 1961: “A América nunca foi sobre
o que pode ser feito para nós; foi
sobre aquilo que pode ser feito por
nós em conjunto”. E partiu para o
elogio do excepcionalismo, contra o
“optimismo cego” com o qual se dei-
xou conotar e como móbil para os
combates difíceis do segundo man-
dato: “Acredito que podemos con-
quistar esse futuro juntos porque
não estamos tão divididos quanto
as nossas políticas sugerem”, disse,
já perto do fi m, perante a multidão
empolgada pela retórica combativa
do Presidente reeleito.
O discurso parecia, em vários
aspectos, decalcado do de há qua-
tro anos. Da referência solene ao
passado dos Estados Unidos logo
na abertura, às graças sobre o cão
das filhas, Sasha e Malia. Ou do
apelo à colaboração com o adver-
sário derrotado. Mas Obama tinha
que mostrar que era outro Obama,
para tornar credível a sua segunda
reinvenção do futuro. O Presidente
que em 2008 se revia em Abraham
Lincoln, Franklin Roosevelt ou John
Kennedy, encontra agora em Theo-
dore Roosevelt um modelo para um
Presidente mais de acção do que de
palavras.
Há quatro anos, Obama foi eleito
em nome de um sonho e de uma
visão. Olhando ontem para o man-
dato que passou, o Presidente dis-
se que a economia recuperou e que
o país está a sair de uma época de
guerra, para dizer que os primeiros
quatro anos deixaram uma base pa-
ra o segundo mandato. Mas a visão
desapareceu, esmagada pela reali-
dade, e o futuro da América conti-
nua sombrio. Para começar o seu
segundo combate na Casa Branca,
Obama usou o seu melhor recurso,
a palavra, para se reinventar como
um político que falhou e apreendeu,
mas não abdicou da sua capacidade
para inspirar um país.
Miguel Gaspar
4 | DESTAQUE | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
EMMANUEL DUNAND/AFP
Ao reconhecer a derrota, Romney apelou ao fim das querelas partidárias no Congresso
A vitória de Barack
Obama é duplamente
amarga para o Partido
Republicano. Antes de
transformar estas eleições
num “referendo” sobre
a política económica de Obama,
centrou a sua acção no bloqueio
da iniciativa presidencial. Para sua
surpresa, num contexto económico
negativo e com uma alta taxa de
desemprego, assistiu a uma vitória
clara do adversário. A derrota do
Grand Old Party (GOP, designação
tradicional dos republicanos)
abre feridas graves, porque vai
muito para lá dos eventuais erros
do candidato Mitt Romney ou da
efi cácia da estratégia de Obama.
As razões mais dolorosas do
desaire remetem para um lugar-
comum dos analistas: “Demasiado
velho, demasiado branco,
demasiado masculino.” Após as
eleições de 2008, os republicanos
fi zeram uma curta refl exão. Jeb
Bush, irmão de George W. Bush
e ex-governador da Florida,
declarou na altura ao jornal
Politico: “Os conservadores têm de
levar em conta a nova demografi a
dos EUA. Não podemos ser anti-
hispânicos, antijovens, antimuitas
coisas e fi carmos surpreendidos
quando [os democratas] ganham
as eleições.”
Também Tim Pawlenty, então
governador do Minnesota,
avisou: “O país está a mudar
demográfi ca, cultural, tecnológica
e economicamente, [enquanto
os republicanos mantêm uma
imagem e um discurso velho de
30 anos].” O GOP é um partido
“cada vez mais branco, rural e
envelhecido, num país que se
está a tornar racialmente misto,
suburbano e dominado por uma
geração pós-baby boomer, sem
memória do Vietname ou das
guerras culturais do passado”,
sintetizou o mesmo jornal, após
ouvir fi guras cimeiras do GOP.
A crise de 2008 suscitou a
eclosão do Tea Party e, com ela,
não só desapareceu a refl exão,
como se acentuou a radicalização
do partido, numa combinação
entre conservadorismo moral,
desregulação económica e um
discurso contra o Estado (big
government) e os impostos. E
regressaram as “guerras culturais”.
Na campanha eleitoral de 2010, os
radicais do Tea Party começaram
a marginalizar os “moderados”. Os
nomes mais sonantes do partido
colocaram-se prudentemente
na reserva perante a corrida
presidencial deste ano.
“Guerra civil”Hoje, os republicanos sabem
que foram derrotados pelo
voto hispânico, pelo voto
afro-americano, pelo voto das
mulheres e pelo voto jovem.
Obama voltou a atrair, como
em 2008, grande parte dos
“democratas de Reagan”, os
operários brancos do Midwest
que se afastaram do Partido
Democrata nos anos 1980.
Romney venceu entre os maiores
de 65 anos, Obama entre os
menores de 30; Romney venceu
entre os brancos, Obama captou
70% do voto hispânico.
Resumiu na semana passada
o senador republicano Lindsey
Graham: “Se perdermos esta
eleição, há uma única explicação
— a demografi a.” Mas os “puristas”
rejeitam “a matemática”, pois
“acreditam que os princípios
básicos do conservadorismo só
poderão triunfar defi nitivamente,
se forem aplicados sem grandes
desvios”, diz ao New York Times
um antigo consultor do GOP. A
reentrada em período de refl exão
e crítica passará por uma espécie
de “guerra civil”.
Hoje, o partido está mais
dividido do que em 2008. Os
pragmáticos justifi carão a derrota
pela demografi a e pela imagem
“extremista” do partido, mesmo
com um candidato moderado
como Mitt Romney. Para ganhar
as primárias, ele alimentou essa
imagem. A sua manobra de
viragem ao centro foi brilhante
mas tardia. Os ultraconservadores
responderão que Romney perdeu,
tal como antes dele John McCain,
por ser um “moderado” e não
levar até às últimas consequências
o conservadorismo.
Do lado democrataO primeiro teste ocorrerá no
Congresso, onde republicanos
e democratas têm de decidir
se prosseguem a “guerrilha”,
ou se enveredarão pela
negociação e por compromissos
“bipartidários”. Romney apelou
ontem ao fi m das “querelas
partidárias” no Congresso. Mas
a nova bancada republicana na
Câmara dos Representantes é
mais radical do que a anterior.
Tal como a minoria democrata
parece ser mais “liberal” do que a
antecedente.
Será um exercício fascinante.
O bloqueio dominante no
Congresso é a mais imediata
ameaça à recuperação económica
americana (ver PÚBLICO de ontem). E o primeiro grande
desafi o do Presidente no início
do segundo mandato será
exactamente desfazer o bloqueio.
A clara vitória de Obama
coloca-o numa posição de
vantagem para o braço-de-
ferro que se anuncia. Durante
a campanha ele foi evasivo em
relação às grandes linhas do
segundo mandato, embora elas
sejam relativamente previsíveis
para os americanos. Pode
dizer-se que não recebeu um
“mandato categórico”. Mas o que
o eleitorado fundamentalmente
rejeitou foi o “referendo” contra
a sua política proposto pelos
republicanos. Perante isto, uma
linha de obstrução sistemática no
Congresso será impopular e um
quase suicídio eleitoral a pensar
nas legislativas de 2014. Aqui, a
iniciativa deverá pertencer ao
Presidente: recomeçar “a partir
do zero” a negociação com
os republicanos. Em minoria
na Câmara e sem a maioria
qualifi cada (60%) no Senado, não
tem outro caminho — e é também
a via de forçar a “separação das
águas” no campo republicano.
Há quatro anos, a vitória de
Obama foi interpretada como
o início de uma longa era de
supremacia democrática. Este
cenário foi teorizado em 2002
pelo politólogo Ruy Teixeira e pelo
jornalista John Judis (The Emerging
Democratic Majority) — à imagem
do ciclo de hegemonia democrata
iniciado por Franklin Roosevelt
em 1932 —, agrupando agora as
várias minorias, os jovens, as
mulheres e os segmentos mais
cultos e modernos.
O ensaísta Peter Beinart
retomou ontem esta ideia no
jornal electrónico The Daily Beast.
Antevê um Obama a “moldar
a política americana para
décadas, um novo Reagan ou FDR
[Franklin Delano Roosevelt]”.
“Talvez o tenha conseguido na
noite de terça-feira.”
O resultado desta eleição não
autoriza tal extrapolação e o
Partido Republicano pode decidir-
se a ter em conta a demografi a.
O “pragmático” Obama não
desistiu certamente de consolidar
a reforma do sistema de saúde,
de legislar sobre os imigrantes
ou de refazer o modelo fi scal
americano. A vitória de terça-
feira é um incalculável estímulo.
Mas a prioridade imediata é fazer
baixar a polarização que bloqueia
o sistema político americano e
impede quaisquer reformas.
Republicanos dilacerados, Obama com a iniciativa
AnáliseJorge Almeida Fernandes
ELEIÇÕES NOS EUA
6 | DESTAQUE | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
ELEIÇÕES NOS EUA
Com o poder novamente
dividido em Washington,
o maior e mais imediato
desafio para o reeleito
Presidente dos Estados
Unidos, Barack Obama, será
acertar o tom do relacionamento com
a maioria republicana na Câmara de
Representantes, de forma a evitar
o chamado “precipício fi scal”, que
implicará uma subida dos impostos e
um corte cego na despesa pública no
valor de 600 mil milhões de dólares,
logo no primeiro dia de 2013.
O Presidente estaria, teoricamen-
te, numa posição de força para des-
bloquear o impasse criado pela opo-
sição republicana, com a sua intran-
sigência negocial durante o processo
de fi xação de um novo limite da dí-
vida pública americana. No entanto,
sabendo-se do efeito nefasto para a
economia de uma eventual queda no
abismo — o Gabinete Orçamental do
Congresso e todos os especialistas
alertam para uma violenta guinada
da curva ascendente do crescimento
económico de novo para o território
da recessão —, será a Administração
Obama quem pagará o preço político
por uma nova crise. O Presidente es-
tá forçado a negociar para encontrar
uma solução.
O problema tem a ver com um
conjunto de medidas que serão
automáticas sem a intervenção do
Congresso. Uma série de cortes fi s-
cais, negociados pelo ex-Presidente
George W. Bush e pelo próprio Oba-
ma, expiram a 31 de Dezembro, ao
mesmo tempo em que o “sequestro”
orçamental entra automaticamen-
te em vigor, congelando a chamada
despesa discricionária e os fundos
do Pentágono.
Outros problemas económicos que
exigem a atenção urgente do Presi-
dente: a aprovação do orçamento
para o próximo ano fi scal (o funcio-
namento da máquina federal só está
fi nanciado até Março de 2013) e o es-
tabelecimento de um novo tecto para
a dívida que, segundo as estimativas,
atingirá o limite de 16,4 biliões (mi-
lhões de milhões) de dólares dentro
de quatro meses.
Ninguém acredita que o Presiden-
te não tenha aprendido a lição depois
do seu braço-de-ferro com os líderes
republicanos do Congresso durante
as negociações de Março para a sus-
tentabilidade fi scal. Muitos comenta-
dores viram no falhanço de Obama
em levar por diante as recomenda-
ções do Relatório Simpson-Bowles (os
apelidos dos dois senadores republi-
cano e democrata responsáveis pelas
conclusões de uma comissão bipar-
tidária) o grande erro de cálculo do
seu primeiro mandato.
Mas a bancada republicana tam-
bém terá tirado as suas próprias
conclusões — não só do desfecho
desse “episódio” como sobretudo
da mensagem dos eleitores nas ur-
nas. O speaker do Congresso, John
Boehner (que fi ca no cargo na pró-
xima legislatura), apareceu a dizer
que “os americanos demonstraram
que não querem mais impostos”, as-
sim que as projecções confi rmaram
uma nova maioria conservadora na
Câmara de Representantes. Na cam-
panha, Obama defendeu prolongar
a baixa de impostos de Bush para
todos os contribuintes excepto para
os 2% que têm os rendimentos mais
altos — a sua taxa subiria para o nível
dos anos Clinton.
Os republicanos podem reduzir a
margem de manobra do Presidente
e interferir com a sua agenda, numa
aposta arriscada tendo em conta as
intercalares de 2014. Mas é certo
que os primeiros anos do segundo
mandato de Obama serão defi nidos
pela estratégia que a oposição deci-
dir adoptar: mais obstrucionismo,
como até agora, ou mais cedência.
Dada a divisão interna da bancada
republicana, ainda refém do Tea
Party, este último caminho parece
ser o mais difícil. A polarização do A emoção de uma apoiante de Obama em Chicago
JASON REED/REUTERS
Rita Siza
Obama forçado a negociar para evitar o precipício fi scal (e outras crises iminentes)O Presidente reeleito tem pela frente um novo braço-de-ferro com a oposição republicana, para impedir subidas de impostos e cortes na despesa pública no valor de 600 mil milhões de dólares
país sugere que não existe consenso
para a aplicação de muitas das políti-
cas da Casa Branca, mas a verdade é
que o Presidente conseguiu aprovar
um pacote de estímulo económico,
uma reforma do sistema regulatório
e o chamado Obamacare, contra a
oposição republicana.
Também é de esperar que Obama
tenha retirado lições importantes da
condução de alguns dos dossiers que
fi caram incompletos ou sem solução
e que o Presidente já indicou querer
fechar no segundo mandato. Na polí-
tica interna, a reforma da imigração,
abandonada por cálculo político nos
primeiros quatro anos, será segura-
mente tornada uma prioridade, tal
como a questão energética, com o
que ela implica de combate ao aque-
cimento global, e a redefi nição da po-
lítica orçamental, nomeadamente
pela reforma do código fi scal.
Na política externa, o Presidente
continuará a confrontar-se com a ur-
gente crise na Síria e com a ambigui-
dade do regime iraniano, sob pressão
internacional por causa do programa
nuclear. Mas o problema mais bicudo
nas suas mãos ainda é o processo de
paz entre Israel e a Palestina.
Do discurso de vitória de Oba-
ma em Chicago podem retirar-se as
grandes linhas da sua futura acção
governativa. Sem grandes detalhes,
o Presidente enumerou a redução
do défi ce e o equilíbrio das contas
públicas, a reforma da imigração e as
alterações climáticas/independência
energética. “Vocês votaram na acção,
não na politiquice do costume”, su-
blinhou, num sinal de que está deter-
minado em avançar em todas estas
frentes. Para já, não é possível saber
se o processo legislativo avançará de
imediato, ou se a Administração vai
ser cautelosa e esperar por uma even-
tual recomposição do Congresso em
dois anos. Se for assim, o Presidente
poderá dedicar mais atenção à sua
vasta agenda internacional, que tem
no fi m da guerra no Afeganistão mais
um sucesso anunciado.
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8 | DESTAQUE | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
ELEIÇÕES NOS EUA
Voto dos hispânicos, dos negros, dos jovens e das mulheres foram decisivos
Colégio Eleitoral Senado Câmara dosRepresentantes
RomneyObama
Votos
303 206 55 193 23445
8
Democratas Republicanos
Fonte: Jornal online Huffington Post (dados de 7/11/2012)
Votos apurados (%) (N.º de votos no colégio eleitoral)
43%55%
WASHINGTON
52% (12)
46%52%
NEVADA
99% (6)
65%33%
IDAHO
100% (4)
73%25%
UTAH
100% (6)
55%43%
ARIZONA
99% (11) 43%53%
NOVO MÉXICO
100% (5)
47%51%
COLORADO
94% (9)
55%42%
MONTANA
91% (3)
61%38%
NEBRASCA
100% (5)
46%53%
MINNESOTA
99% (10)
46%53%
WISCONSIN
99% (10)
45%54%
MICHIGAN
96% (16)
36%63%
N. IORQUE
98% (29)
47%52%
PENSILVÂNIA
99% (20)
48%51%
VIRGÍNIA
99% (13)
51%48%
CAROLINA NORTE
100% (15)
55%44%
CAROLINA SUL
99% (9)
31%67%
VERMONT
99% (3)
47%52%
NEW HAMPSHIRE
99% (4)41%56%
MAINE
89% (4)
38%61%
MASSACHUSETTS
99% (11)
36%63%
RHODE ISLAND
98% (4)
41%58%
CONNECTICUT
95% (7)
41%58%
NEW JERSEY
99% (14)
40%59%
DELAWARE
100% (3)
37%62%
MARYLAND
99% (10)
7%91%
WASHINGTON DC
100% (3)
47%52%
IOWA
99% (6)
41%57%
ILLINOIS
99% (20)
54%44%
INDIANA
99% (11)
61%38%
KENTUCKY
100% (8)
60%39%
TENNESSEE
99% (11)
61%38%
ALABAMA
99% (9)
53%45%
GEÓRGIA
100% (16)
49%50%
FLORIDA
100% (29)
48%50%
OHIO
99% (18)
62%36%
VIRGÍNIA OC.
100% (5)54%44%
MISSURI
100% (10)
60%38%
KANSAS
99% (6)
67%33%
OKLAHOMA
100% (7)
57%41%
TEXAS
100% (38)
28%71%
HAVAI
100% (4)
55%42%
ALASCA
99% (3)
58%41%
LUISIANA
100% (8)
55%44%
MISSISSÍPI
99% (6)
61%37%
ARCANSAS
98% (6)
69%28%
WYOMING
100% (3)
59%39%
DACOTADO NORTE
100% (3)
58%40%
DACOTADO SUL
100% (3)
44%53%
OREGON
85% (7)
39%59%
CALIFÓRNIA
100% (55)
Romney
57.591.058Obama
60.382.760
29
50,4% 48,1%
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | DESTAQUE | 9
OPartido Democrata con-
quistou mais um lugar no
Senado e mais outro na
Câmara de Representantes,
mas as eleições de terça-fei-
ra consagraram o statu quo
no Congresso. Na próxima legislatura,
o poder na câmara legislativa man-
tém-se dividido, com os democratas
a controlarem o Senado (53-47) e os
republicanos a dominarem a Câmara
de Representantes (240-190). Assim,
o potencial para o impasse político é
exactamente o mesmo que vem de
2010 até agora.
A votação para o Senado era à
partida mais difícil para o Partido
Democrata, que tinha de defender
23 assentos, muitos mais do que os
adversários republicanos, que só
tinham dez entre os 33 lugares em
disputa. No final, os democratas
perderam um e conquistaram três à
bancada contrária, alargando a sua
maioria na câmara alta.
Numa série de corridas emblemá-
ticas, as escolhas das primárias e as
vicissitudes da campanha facilitaram
a vida aos liberais. Nenhum exemplo é
melhor do que o das corridas do Mis-
souri e do Indiana. No primeiro caso,
a democrata Claire McCaskill inverteu
a sua fortuna contra o desafi ador To-
dd Akin, que não conseguiu recupe-
rar dos seus polémicos comentários
sobre “violações verdadeiras”. No se-
gundo caso, Richard Mourdock, que
eliminara o veterano (e moderado)
Richard Lugar com o apoio do Tea
Party, perdeu um lugar tradicional-
mente republicano também por de-
fender que a gravidez resultante de
uma violação é a vontade de Deus.
A história foi diferente na eleição
para a câmara baixa, com os republi-
canos a suster a ofensiva democrata e
garantir um número de congressistas
bastante superior aos 218 que com-
põem a maioria. Os candidatos libe-
rais conseguiram evitar a reeleição de
12 republicanos, mas perderam nove
dos seus antigos lugares, pelo que no
fi nal a próxima bancada conservado-
ra só terá menos um representante
do que a actual.
Statu quo no Congresso após eleição
Rita Siza
Outros vencedores e vencidos das eleiçõesElisabeth Warren
Crítica feroz de Wall Street, Elizabeth Warren, 63 anos, é a primeira
mulher a representar o estado de Massachusetts no Senado americano, que com estas eleições tem um número recorde de mulheres: pelo menos 19. Ao ganhar ao republicano Scott Brown, esta advogada e especialista em falências,
professora na Faculdade de Direito da Universidade de Harvard e antiga conselheira de Barack Obama, agradeceu aos
apoiantes, dizendo que eles tinham dado um sinal de que “queriam um senador que estivesse sempre a lutar pela classe média”. A sua vitória marca um regresso dos democratas no tradicional estado liberal de Massachusetts, liderado mais de quatro décadas por Ted Kennedy, liderança interrompida pela vitória de Scott Brown nas eleições especiais de 2010 em sequência da morte do veterano democrata.
Marijuana Há quem veja a vitória do sim na legalização da marijuana no
Colorado e Washington como a possibilidade de abrir a porta para uma mudança em mais estados americanos. Na terça-feira, a proposta para a posse e venda de marijuana com “fins recreativos” deixar de ser penalizada para maiores de 21 anos e até 28,5 gramas
foi ineditamente aprovada naqueles dois estados americanos com 53% dos votos a favor no Colorado e 55% em Washington
– mas foi chumbada no Oregon. Um dos responsáveis pela campanha no Colorado, Mason Tvert, disse, citado pela Reuters: “O Colorado nunca mais vai ter leis que levem as pessoas a beber álcool e os adultos serão
livres para consumir marijuana em vez disso, se preferirem. Seremos melhores como sociedade por causa disso.” O uso da marijuana para fins medicinais já é autorizado em mais de uma dezena de estados.
GaysAo dar a vitória aos democratas no estado de Wisconsin
Tammy Baldwin, antiga partidária republicana, tornou-se na primeira senadora assumidamente homossexual. Baldwin derrotou assim um forte opositor, o antigo governador do Wisconsin Tommy Thompson,
que desempenhou ainda o cargo de secretário da Saúde e de Serviços Humanos na Administração de George W.
Bush. Formada em Direito, Tammy Baldwin, que num tweet escreveu não se ter candidatado para fazer história, mas para fazer a diferença, declarou no seu discurso de vitória: “Esta noite obtivemos uma grande vitória para a classe média do Wisconsin. A voz do povo foi ouvida esta noite, Wisconsin, e deixem chegar Janeiro que a vossa voz será ouvida no Senado americano. Serei senadora de todo o Wisconsin.” Outra vitória para os defensores dos direitos dos homossexuais foi a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo nos estados do Main e de Maryland. O casamento gay é aceite em outros estados, mas esta foi a primeira vez que foi aprovado por voto. Como notava a Slate, até esta eleição os 32 estados que tinham sujeitado a escrutínio público a decisão de aprovar o casamento gay viram a proposta rejeitada. Daí esta vitória ser inédita.
KennedyApesar dos seus 32 anos, Joseph P. Kennedy III conseguiu uma
vitória que o Boston Globe
avançava como expressiva para o Congresso americano com cerca de 64% contra 34% do
seu adversário republicano Sean Bielat (numa contagem de mais de 40% dos votos). Um dos congressistas
eleitos por Massachusetts, Joseph (sobrinho-neto de JFK) garantiu assim mais uma presença do clã Kennedy na política americana, algo que, aliás, foi usado como crítica na campanha do seu adversário.
Karl RoveKarl Rove foi protagonista do momento televisivo embaraçante da noite
eleitoral. Em directo na Fox News, o comentador político e ex-chefe de gabinete de George W. Bush pôs em causa a informação da cadeia conservadora sobre a vitória de Obama no Ohio (decisiva para a sua reeleição). Os seus comentários sobre as contagens de voto no Ohio que questionavam os dados
avançados pela Fox, dizendo que afirmar vitória era prematuro, tornaram-se piada nos media, com Rove a ser
retratado como um perdedor que quer mudar os factos. À semelhança de outros apoiantes de Mitt Romney que investiram milhões na sua campanha (como o magnata Sheldon Adelson), Rove foi um dos "derrotados" destas eleições.
Todd Akin eRichard Mourdock
As declarações chocantes sobre o aborto e a violação feitas pelos
republicanos candidatos ao Senado Todd Akin e Richard Mourdock durante a campanha eleitoral foram também vetadas pelo eleitorado do Missouri e do Indiana, respectivamente. Akin disse que era contra o aborto, mesmo em caso de
violação e afirmou: “Parece-me, pelo que sei dos médicos, que isso é muito raro. Se for uma
violação legítima, o corpo da mulher tem formas de tentar resolver essa questão.” Mourdock, por seu lado, disse que uma mulher só engravida depois de uma violação “porque Deus quis que isso acontecesse”, pois a gravidez
é sempre resultado da vontade de Deus. Na terça-feira, os dois republicanos perderam assim para os democratas: Mourdock com uma margem mais pequena em relação ao adversário Joe Donnelly – 44,4% contra 49,9%. Já no caso de Akin a diferença em relação à democrata Claire McCaskill foi mais expressiva: 39,2% contra 54,7% (dados do Huffington Post à hora do fecho desta edição).
Pena de morteNão foi nestas eleições que a pena de morte foi abolida na Califórnia
por vontade popular. Com 53% dos eleitores a rejeitarem uma proposta para acabar com a pena capital e a substituir pela prisão perpétua, os resultados contrariaram uma tendência da última década nos Estados Unidos, em que cinco estados a aboliram, de acordo com a Reuters. A agência lembrava que 17 estados e o distrito da Columbia não a permitem. Um dos defensores do "não" ao fim da pena capital, McGregor Scott, disse, citado pelo San Jose Mercury News: “O povo da Califórnia enviou uma mensagem clara de que a pena de morte ainda deve ser aplicada aos que cometem os crimes mais hediondos e inimagináveis.” O jornal lembrava ainda que a medida acabaria com a pena de morte de quase um quarto dos mais de 3100 presos que neste momento aguardam execução no corredor da morte.
Numa altura como esta, não podemos aceitar insignificâncias políticas e querelas partidáriasMitt RomneyCandidato derrotado à presidência dos EUA
10 | DESTAQUE | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
Avitória de Obama é um sinal de
esperança para o mundo. A sua
reeleição signifi ca que, apesar
das difi culdades e dos sérios
problemas com que a América se
confronta, a sociedade americana
continua aberta a valores de tolerância e
de solidariedade, o que constitui uma boa
mensagem na conjuntura actual.
O mundo está no meio de um complexo
e perigoso processo de reajustamento
económico e do sistema político mundial,
desde que a crise fi nanceira e económica
abalou os alicerces da ordem internacional
das últimas décadas. Provavelmente, só os
EUA e a sua democracia poderão garantir
que este processo evolua e se desenvolva
em paz e sem uma confrontação global.
Nessa perspectiva, a reeleição de Obama,
nas circunstâncias adversas em que
ocorreu, foi um acontecimento importante.
Mitt Romney é um político moderado e
competente, qualidades que demonstrou
enquanto governador de Massachussets. Mas
muitas das ambiguidades das suas propostas
e da sua campanha, designadamente em
matéria de política externa, resultam do
necessário compromisso, com uma agenda
social e política dominada pelos instintos do
sector mais radical do Partido Republicano.
A recusa pela maioria do povo americano
dessa agenda, mais ideológica e mais
“agressiva” para lidar com os problemas
da América e do mundo, é a outra face da
vitória de Obama que deve ser registada.
A vitória de ontem foi a confi rmação
do seu talento político e do extraordinário
esforço que fez nos últimos quatro anos,
para reanimar uma economia com
gravíssimos desequilíbrios estruturais e para
reabilitar a imagem e o poder da América em
crise, num mundo em crise.
No plano internacional, os EUA
continuam a ser, não nos iludamos
com as suas fragilidades, a primeira
potência mundial. Têm por isso uma
responsabilidade indelegável na liderança
do sistema internacional e na redefi nição
dos seus equilíbrios. Não uma liderança
solitária ou unilateral, inaceitáveis nas
actuais circunstâncias, mas uma liderança
que exige mais cooperação, mais acção
política e diplomática, mais concertação
multilateral, o tipo de liderança que Obama
pode continuar a promover. Os sinais da
candidatura de Romney foram, apesar do
candidato, no sentido contrário. A guerra,
nas circunstâncias actuais, como se viu pelo
resultado das aventuras militares no Iraque
e no Afeganistão, não é uma solução para os
problemas da América e do mundo. O que
não signifi ca que a “guerra” não seja uma
referência essencial na gestão das crises e
tensões geopolíticas, com que os Estados
Unidos terão que continuar a lidar nos
tempos mais próximos. Obama soube fazê-
lo com inegável sucesso nos últimos quatro
anos, o que esteve também em avaliação
nestas eleições.
Esperemos para ver, agora que não tem
o espectro da reeleição, como vai gerir a
retirada do Afeganistão e as crises no Médio
Oriente, as relações com o Irão e no mar da
China, situações de enorme risco para a paz
no mundo.
Mas a América não poderá reafi rmar essa
imagem de liderança sem resolver os graves
problemas internos que tem no sistema
fi nanceiro, na economia e no sistema
social, o que exige uma particular atenção
à disfunção do seu sistema político, que se
agravou nos últimos anos.
A radicalização da maioria do Congresso,
que continuará nas mãos do Partido
Republicano, revelou-se um dos problemas
mais difíceis para Obama no anterior
mandato e perante o qual revelou uma
inesperada inabilidade. Foi em parte
responsável pela baixa, impensável, do
rating dos Estados Unidos e paralisou em
parte a acção governativa. Como é que o
Presidente reeleito vai gerir esta situação
no momento imediato, face aos riscos que
a economia americana conhece, é uma
incógnita que o Presidente terá de desfazer
rapidamente, se for capaz...
Os EUA precisam urgentemente de um
novo compromisso, no domínio fi scal e
orçamental, que permita lidar, de uma
forma credível, com uma dívida e um défi ce
percebidos como insustentáveis a prazo,
apesar do “exorbitante privilégio” do dólar.
O confronto ideológico, neste domínio,
entre os dois candidatos deixa antever um
compromisso difícil. Sem esse compromisso
a economia americana entraria,
automaticamente, em recessão e arrastaria na
sua queda, ainda mais, a economia mundial.
A partir daí tudo seria possível.
Um sinal de esperança
OpiniãoLuís Amado
ELEIÇÕES NOS EUA
Num ano deprimente para os
europeus e os portugueses, eis
fi nalmente uma boa notícia. A vitória
de Obama era tão importante para
os 300 milhões de americanos como
para as quase sete mil milhões de
pessoas que não votam nos EUA, mas que
são afectadas pelas políticas americanas.
Comecemos pela crise gravíssima que
põe em perigo o projecto europeu e lança
no desespero tanto dos seus cidadãos. A
vitória do Obama permitirá a continuação da
política de recuperação económica. Os EUA
estão a sair da pior recessão desde os anos
30, o país está a crescer e a criar emprego,
num equilíbrio entre estímulos à economia,
com ênfase na inovação, e rigor, onde ele
é necessário – e, talvez mais importante,
reforçando a protecção social e o orgulho nos
seus emigrantes e na sua diversidade. Por
isso, a esmagadora maioria dos hispânicos
votou Obama. A economia americana e a
europeia são as mais interligadas do mundo;
a continuação da recuperação americana
torna mais possível a inversão do ciclo
na Europa – assim os líderes europeus o
queiram.
Na política internacional, o “momento
Obama” poderá transformar-se na “era
Obama” – uma era de multilateralismo efi caz,
porque inclusivo. Toni Morrison disse que
Obama tinha a maior das qualidades – a
sabedoria. Nada era mais importante que a
vitória da razão depois da insensatez trágica
dos anos Bush – e o primeiro mandato
mostrou que a grande escritora afro-
americana tinha razão.
A primeira e mais importante
característica dessa sabedoria é aceitar o
declínio relativo dos EUA, fruto da saída da
pobreza de grande parte da população da
China, da Índia e do Brasil. Reeleito, Obama
poderá continuar a construção de um
multilateralismo inclusivo, de que o G20 é
um exemplo, como o foi a cimeira nuclear de
Washington. Obama aceita a impossibilidade
da supremacia hegemónica norte-americana,
e a aliança com as democracias europeias,
por muito importante que seja, não é
sufi ciente para resolver as grandes questões
globais – do desenvolvimento às mudanças
climáticas e à escassez da água, entre outras.
A segunda dimensão é a recusa da guerra
como meio para a resolução dos problemas
de segurança do mundo, nomeadamente na
luta contra o terrorismo. Como reconheceu
na sua Estratégia Nacional de Segurança
de 2010, o terrorismo combate-se com
intelligence e acções especiais, como o
provou a descoberta de Bin Laden, e não
com exércitos e ocupações de tipo colonial.
Reeleito, Obama poderá rever parte da
herança Bush que abraçou, quando alargou
a guerra dos drones ao Paquistão, no que é o
maior erro da sua Administração.
A terceira é ter feito da criação de pontos
de contacto com o mundo islâmico um
objectivo central da sua política. Em Ancara,
em Jacarta e no Cairo, Obama repetiu
sempre: “A América não está em guerra com
o Islão.” A recusa da incompatibilidade entre
o islão e a democracia foi (é) um factor que
facilitou a vaga democrática árabe – pois,
como disse no Cairo, todos partilhamos
uma humanidade comum e “aspiramos à
liberdade de expressão e a decidir a forma
como somos governados”. Obama poderá
continuar a sua política de respeito pelos
resultados eleitorais,
como fez no Egipto.
Restam ainda
promessas essenciais
por cumprir. Desde
logo, proteger os
sírios, depois a
resolução da questão
palestiniana – e,
aqui, o fracasso foi
evidente. Exige-
se determinação
na questão dos
colonatos na
Cisjordânia, fazendo
jus às suas palavras:
“Se o direito de Israel
a existir não pode
ser negado, o mesmo
se aplica à Palestina.” É preciso convencer
Israel que chegou o tempo da paz e que
aventuras militares contra o Irão terão a
oposição séria dos EUA. Finalmente, terá que
fechar Guantánamo, usando, se necessário e
possível, os poderes presidenciais.
A América reelegeu o Presidente que os
europeus pediam. Estará a UE à altura de
mais uma oportunidade histórica?
Ganhámos!
OpiniãoÁlvaro Vasconcelos
A América reelegeu quem os europeus pediam. Estará a UE à altura de mais uma ocasião histórica?
Ex-ministro dos Negócios Estrangeiros
Ex-director do EUISS (European Union Institut for Security Studies) e coordenador da direcção do Global Group10
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | 11
No melting pot que é a América,
Barack Obama preparou com
cuidado a receita para a vi-
tória: cortejou as mulheres,
voltou a pedir o entusiasmo
dos jovens e encontrou o dis-
curso certo para as minorias. Fatias
da população essenciais para a reelei-
ção, sobretudo porque o Presidente
sabia que não tinha consigo o elei-
torado masculino branco. Mas, da
análise demográfi ca, o que sobressai
é sobretudo o esmagador apoio dos
hispânicos, a comunidade em mais
rápido crescimento nos EUA e cujo
voto é cada vez mais decisivo.
Os números ainda não são defi ni-
tivos, mas entre 65 e 70 por cento
dos eleitores com raízes latino-ame-
ricanas preferiram Obama a Romney,
que esteve pior junto daquela comu-
nidade do que os dois antecessores
(George W. Bush e John McCain). Um
resultado explicado pela forma como
o candidato se encostou à direita nos
temas da imigração, chegando a pro-
por que os ilegais deveriam sair do
país — “autodeportar-se”, foi a sua
expressão — e só depois pedir a na-
cionalidade americana. Obama fez
precisamente o oposto, ao admitir
que o “maior fracasso” do seu primei-
ro mandato tinha sido não cumprir
a promessa que fi zeram em 2008 de
reformar as leis de imigração e pro-
metendo para breve uma iniciativa
que repare essa falta.
A recompensa chegou ontem:
não só os hispânicos foram em nú-
mero-recorde às urnas para votar em
Obama, como foram decisivos nos
estados em que se jogou a eleição.
Na Florida, onde um em cada cinco
eleitores nasceu ou tem origem na
América Latina, Obama terá batido
Romney por 21 pontos, uma diferen-
ça enorme num estado onde as vitó-
rias se jogam ao milímetro.
“Os republicanos têm um enor-
me problema hispânico”, escreveu o
Washington Post, sublinhando que o
partido não pode continuar a hostili-
zar aquela que é já a segunda maior
comunidade do país (24 milhões de
potenciais eleitores) com a sua re-
tórica anti-imigração. Um problema
que urge resolver, tanto mais que o
Hispânicos foram decisivos e votaram em número-recorde
rápido crescimento da população
hispânica, sobretudo no Sul do país
(tradicionalmente conservador) faz
prever que estados que os republi-
canos agora dão como garantidos
podem tornar-se campos de batalha
nas próximas presidenciais — caso
do Arizona, estado que tentou cri-
minalizar a imigração ilegal.
“O nosso partido tem de perceber
que tem sido demasiado velho, dema-
siado branco, demasiado masculino
e que precisa de acompanhar as mu-
danças demográfi cas do país antes
que seja tarde de mais”, disse ao site
Politico o antigo líder republicano Al
Cardenas, aludindo aos três pilares
que têm sustentado o voto republi-
cano nas últimas décadas.
Um paradigma mantido nestas elei-
ções — Romney foi o preferido dos
cidadãos seniores e de quase dois ter-
ços dos homens brancos —, mas que,
ao contrário do que previam os estra-
tegos republicanos, foi insufi ciente
para garantir a vitória nos estados de-
cisivos. No Ohio, estado sem o qual
nenhum dos últimos Presidentes foi
eleito, Obama conseguiu evitar uma
razia no voto dos operários brancos,
colhendo os frutos do seu polémico
plano de ajuda à indústria automóvel.
A votação de terça-feira confi rmou
também algumas certezas — 55% das
mulheres apoiaram Obama, muito
por culpa das cedências de Romney
aos mais radicais opositores do abor-
to; e a população negra votou esma-
gadoramente no primeiro Presidente
afro-americano.
Mas houve também surpresas. As
sondagens indicavam que os jovens
estavam menos entusiasmados com
estas eleições, o que deixaria a cam-
panha democrata em maus lençóis.
Na realidade, os eleitores com menos
de 30 anos foram mais às urnas do
que em 2008, sobretudo para apoiar
Obama, que se mantém como o Pre-
sidente mais popular entre os jovens
em três décadas.
Ana Fonseca Pereira
Os hispânicos são a segunda maior comunidade dos EUA e representam 24 milhões de potenciais eleitores
12 | DESTAQUE | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
ELEIÇÕES NOS EUA
A eleição de Barack Obama
provou que, por mais
carisma que o Presidente
tenha, não há no Partido
Democrata um homem
como Bill Clinton. Já
ganhou aura histórica (como Ted
Kennedy tinha, por outros motivos).
E é por natureza um agregador e um
sedutor de plateias.
Obama deve-lhe um bocado des-
ta vitória. Um bom bocado, porque
Clinton foi o melhor advogado de
defesa que teve. Uma análise publi-
cada no USA Today quando Clinton
foi à Convenção Democrata defen-
der Obama resume que o ex-Presi-
dente pôde fazer o que o outro não
podia: ser agressivo e até negativo,
atirando culpas à oposição pelo de-
sastre económico e fi nanceiro do
país, e dando às suas palavras um
toque irresistível de nostalgia pelos
tempos da América abastada (os
seus tempos, depois de dois man-
dados, Clinton deixou a economia
com superavit). ”Um mestre da po-
lítica” (chamou-se o USA Today) que
conseguiu transportar Obama para
esse sonho nostálgico e futurista — o
que foi, poderá voltar a ser.
“Nenhum Presidente — nem eu
nem outro antes de mim —, ninguém
conseguiria reparar em apenas
quatro anos todos os danos que
ele encontrou, uma economia
em ruínas”, disse Clinton.
Os analistas disseram que
foi ele quem defi niu os ter-
mos da campanha que se
seguiu, dura, polariza-
da, directa ao alvo:
Romney, tornando-o
uma fi gura imprópria
para ser alternativa.
No fi nal da interven-
ção, Obama entrou
no palco e mostrou-se
humilde e admirador,
reconhecendo quem
era ali a estrela — o
“enviado do passa-
do que lhe ia as-
segurar o futuro”
(Slate).
Os ajudantes da vitóriaForam os mais mediáticos, mas também os de maior impacte no percurso eleitoral e pessoal do Presidente. Obama descobriu Clinton, manteve-se fi el a Axelrod, apostou em Michelle e no seu “número dois”
Bill Clinton
Bill Clinton sucedeu a um republicano, George Bush, e encontrou a economia deficitária. No final dos seus dois mandatos, os Estados Unidos da América tinham um superavit. “É a economia, estúpido”, foi um dos seus motes contra Bush
Esqueceu-se do nome do
Presidente, trocou o nome
de um governador (de Tim
passou a Tom), mandou
levantar um homem em
cadeira de rodas, cometeu
gafes atrás de gafes. Podem atribuir-se
a distracção ou a cansaço. Joe Biden,
o vice-presidente dos EUA, foi um dos
elementos mais activos da campanha
Obama, assistindo a 120 comícios
este ano, e saltando de estado para
estado. Só nas duas semanas que
antecederam a votação esteve em
oito estados. Na terça-feira, dia das
eleições, viajou mais uma vez para o
Ohio, um estado crucial — o anúncio
dos resultados aqui determinou
que a vitória de Obama seria certa
—, pedindo aos eleitores para irem
votar, para fi carem na fi la, pois não
se desperdiçaria um único voto.
Biden, que faz 70 anos nos próxi-
mos dias, é descrito pelos que lhe
são próximos como uma criatura
enérgica que, quando se compro-
mete, é imparável. Está há 40 anos
na política e a experiência — de cam-
panhas, de debates, de falar para um
eleitorado específi co, por exemplo as
mulheres, e, logo a seguir, para outro
grupo, por exemplo os indecisos —
produziu resultados.
Manteve um discurso coerente em
relação ao “chefe”: “Não houve um
único momento nos últimos quatro
anos em que não sentisse orgulho de
ser o seu vice-presidente”. Manteve
agressividade — nos debates com o
candidato a vice-presidente republi-
cano, Paul Ryan, ganhou.
Foi uma mais-valia como enviado
de Obama pelo país e garantiu o seu
futuro imediato.
Joe Biden
Conceda-se que há algum
sexismo na defi nição. Mas
é válida para explicar a
contribuição, diferente, das
mulheres dos candidatos
à Presidência dos EUA.
De acordo com um analista da
CNN, a mulher de Mitt Romney
fez, em nome do marido, “política
de veludo”. Michelle Obama, por
oposição, fez política.
Michelle partiu para a reeleição do
marido com um ponto a seu favor:
é considerada a fi gura política mais
popular do país. O que fez – e demo-
rou tempo a que a equipa Obama
o percebesse – foi capitalizar o seu
potencial a favor dele, explicando-o
e voltando a explicar aos eleitores de
muitos estados. Viajou, sozinha, em
campanha, repetindo o que diz ser
a essência de Obama. O ponto alto
da participação de Michelle foi a sua
intervenção na Convenção Demo-
crática. A estratégia foi usá-la para
relembrar o que move este Presiden-
te: um homem comprometido em
melhorar a vida dos americanos e
ajudar os que estão em difi culdade,
disse a sua mulher.
Michelle, que se formou em Direito
em Harvard, recebeu a missão difícil
de se concentrar no factor demo-
gráfi co. Coube-lhe cimentar o
apoio (crucial nesta vitória)
das mulheres, dos hispâni-
cos, dos negros, dos gays. A
mulher que há quatro anos
assumiu que aconselhou o
marido a não se candida-
tar, foi agora uma peça
importante também
na captação de fundos
para a campanha. En-
tre Março e Setembro,
proferiu 24 discursos em
comícios e angariações de
fundos em dez estados;
ainda assim, limitou a sua
participação na campanha
a três dias por semana,
para se manter próxima
das fi lhas, Malia (de 14
anos) e Natasha (Sasha,
de 11).
Michelle Obama
A equipa Obama, que demorou a perceber o potencial de Michelle, atribuiu-lhe a tarefa de cimentar o apoio das mulheres, hispânicos, negros e gays
Meio calvo, de sobrancelhas
fartas e megabigode.
O “boneco” de David
Axelrod, o estratego de
Chicago (a cidade de
Obama), é um dos mais
conhecidos da política americana. “Se
Romney ganhar, corto o bigode”.
Axelrod é o cabeça de cartaz da
famosa “equipa de Chicago” que pla-
neou a campanha de Obama para
2004 e voltou agora a dar-lhe a vi-
tória. O estratego e Obama conhe-
ceram-se era o Presidente senador
estadual. Amigo de longa data dos
Clinton, David escolheu um campo e
tornou-se uma peça essencial na Ca-
sa Branca de Obama, mesmo quan-
do esta se encheu de conselheiros,
assessores e especialistas.
Foi Axelrod e o “grupo de Chica-
go” quem ajudou a defi nir a agenda
doméstica do Presidente, do estimu-
lo económico às reforma da saúde,
diz o New York Times. Em Janeiro
de 2011, o grupo abandonou a Ca-
sa Branca e voltou a Chicago para
começar a campanha da reeleição.
Os republicanos, com os cofres da
campanha cheios, iriam atacar a
qualquer momento e queriam estar
preparados. “Sentíamo-nos como os
ingleses, a olhar para o céu à espera
das bombas que não caíam”, disse
ao Washington Post um estratego
que pediu o anonimato. Ganharam
tempo para defi nir uma linha de ac-
ção: o micro-marketing, mensagens
dirigidas a grupos específi cos.
A estratégia resultou. Foram as
mulheres, os negros e os hispânicos
que deram a vitória a Obama nos
estados cruciais e salvaram o bigode
de Axelroad.
David Axelrod
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PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | DESTAQUE | 13
Contra as expectativas
iniciais, a reeleição
do Presidente Barack
Obama, dada como certa,
foi difícil e revelou uma
comunidade política
dividida e polarizada, num
contexto de crise económica
prolongada. Nesse quadro, a
prioridade do Presidente vai
continuar a ser a política interna,
tanto no sentido de controlar a
dívida externa e o Orçamento
do Estados Unidos, como para
consolidar o seu programa de
reformas sociais, que pode limitar
os problemas de exclusão e
assegurar as melhores condições
possíveis na transição para a nova
“sociedade da informação”.
A política interna justifi ca
a declaração confi ante do
Presidente no momento da
vitória: “O melhor está para vir.”
Mas, na política externa, o pior
pode estar para vir.
A estratégia internacional dos
Estados Unidos não vai mudar. As
circunstâncias, internas e externas,
que determinaram uma estratégia
de retraimento – retrenchment, no
original –, não mudaram e parecem
ser reconhecidas por todos como
imperativas. A continuidade da
preponderância norte-americana
reclama uma maior contenção
nas intervenções externas, uma
relação mais forte com os aliados
tradicionais e a procura de novas
parcerias. Porém, essas condições
não estão todas adquiridas
e requerem uma diplomacia
presidencial mais exigente e
qualifi cada.
A Síria, o Afeganistão e o Irão
são questões abertas e com data
marcada. Os Estados Unidos não
querem intervir na guerra civil na
Síria e vão retirar do Afeganistão,
sem que estejam, neste momento,
asseguradas as condições de
sobrevivência do regime instalado
pelos aliados ocidentais. Porém,
no caso do Irão, a intervenção
norte-americana é indispensável e
urgente para o regime teocrático
não passar a ter armas nucleares
durante o segundo mandato de
Barack Obama e para impedir uma
cadeia de proliferação regional.
A China também tem data
marcada. Em Taiwan, ou nas
ilhas dos mares adjacentes, a
probabilidade de uma crise é cada
vez maior e, ao mesmo tempo, a
instalação no poder de Xi Jiping
e da “quinta geração” comunista
cria, nos próximos meses, uma
oportunidade rara para defi nir um
quadro de estabilidade estratégica
nas relações entre os Estados
Unidos e a China, indispensável
para garantir a inserção
construtiva da nova (velha)
potência asiática no sistema
internacional.
Paralelamente, o Presidente
Barack Obama reconheceu a
erosão do sistema multilateral
internacional herdado da Guerra
Fria, mas não conseguiu nem criar
novas instituições, nem avançar
na reforma das existentes, que não
pode ser indefi nidamente adiada
sem prejudicar a integração das
potências emergentes na ordem
internacional edifi cada pelos
Estados Unidos. O Conselho de
Segurança das Nações Unidas,
bem como o Fundo Monetário
Internacional devem adaptar-se
aos novos tempos, e a criação de
novas áreas de comércio livre no
Pacífi co e no Atlântico está, ou
deve passar a estar, na ordem do
dia da diplomacia dos EUA.
A Europa Ocidental, o Japão,
o Brasil ou o México foram
ignorados na campanha, mas
não o podem continuar a ser na
política externa norte-americana.
A estratégia de retraimento tem
como corolário uma transferência
de responsabilidades de
segurança para os aliados
tradicionais. A Índia e a Indonésia
foram igualmente esquecidas, mas
são novos parceiros necessários
para restaurar a balança do poder
na Ásia.
Os Estados Unidos não entraram
numa fase de declínio irreversível:
a estratégia de retraimento pode
ter sucesso e consolidar a sua
posição internacional. Mas esse
sucesso exige que o Presidente
Barack Obama revele no
segundo mandato novos talentos
diplomáticos e um empenho
acrescido na política externa.
Mais quatro anos
OpiniãoCarlos Gaspar
Ao longo do dia das eleições
norte-americanas muitas
foram as queixas de pes-
soas que garantem ter pas-
sado bastante tempo em
fi las para poderem votar.
Algumas pessoas queixaram-se de
chegar a esperar quatro horas.
A espera deve-se ao facto de cada
eleitor não votar apenas em quem
prefere para ser o próximo Presi-
dente dos EUA. Há outras questões
a serem votadas, a nível de cada es-
tado (por exemplo, os estados do
Longas filas de espera e cidadãos impedidos de votar denunciam falhas no sistema de votação
Maine e do Maryland aprovaram
ontem o casamento homossexu-
al). Isto signifi ca mais boletins de
voto, mais tempo, mais aparato e,
viu-se ontem, mais e maiores fi las
de espera.
O próprio sistema de votação
electrónica também apresentou fa-
lhas. Chegaram vídeos amadores ao
YouTube, amplamente difundidos
pelas televisões norte-americanas,
de situações em que um eleitor car-
regava no ecrã para votar em Barack
Obama e a máquina seleccionava
Mitt Romney.
Outro factor que terá contribuído
para as longas fi las de espera é o fac-
to de as eleições norte-americanas
serem à terça-feira, e não ao domin-
go, como é hábito noutros países.
Isto leva a que muitas pessoas se
desloquem para as assembleias de
voto até antes de estas abrirem, ge-
ralmente às 07h00, para poderem
votar a tempo de conseguirem che-
gar a horas ao trabalho.
No discurso de vitória, o Presiden-
te norte-americano, Barack Obama,
não esqueceu esta questão. “Quero
agradecer a todos (...) aqueles que
esperaram em fi las durante muito
tempo [para votar]... Já agora, temos
de resolver isso”, disse. A democra-
cia norte-americana agradece.
João Dias
4,5O custo estimado da eleição ronda os 4,5 mil milhões de euros, de acordo com o Centre for Responsive Politics
400 O slogan “Four more years” (mais quatro anos) de Obama deu origem a 400 mil tweets na sua primeira hora de “vida”
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16 | PORTUGAL | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
NUNO FERREIRA SANTOS
Passos Coelho já não conta com o PS para avançar com a “refundação”
O primeiro-ministro, Pedro Passos
Coelho, deu ontem como adquirido
que a sua proposta de “refundação”
do memorando e reforma das fun-
ções do Estado avançará sem o PS.
À saída da cerimónia de abertura do
ano lectivo da Academia Militar, on-
de se deslocou a três dias de se rea-
lizar em Lisboa uma manifestação
de militares, o líder do Governo la-
mentou a recusa do secretário-geral
do PS, mas garantiu que a intenção
de mexer na estrutura do Estado não
é para abandonar. “Se o PS não está
disponível para se comprometer com
esse exercício, e esse exercício tem
de ser feito, o Governo não deixará
de assumir as suas responsabilida-
des e não deixará, até Fevereiro, de
discriminar essas medidas”, disse na
Amadora.
Passos Coelho explicou também
por que não apresentou medidas
concretas na reunião que teve na
passada segunda-feira com Antó-
nio José Seguro. A conversa com o
líder socialista limitou-se a abordar a
premência de avançar com um corte
permanente de quatro mil milhões
de euros na despesa, porque a sua
intenção era lançar um debate “que
não esteja limitado por decisões pre-
concebidas do Governo”. E garantiu
não existir, até ao momento, o “com-
promisso de fazer cortes específi cos
em determinadas áreas”.
O primeiro-ministro justifi cou a
intenção de avançar mesmo sem o
apoio do PS com o compromisso as-
sumido com a troika de fazer esse
corte durante a sétima avaliação, que
deverá acontecer em Fevereiro de
2013. Isto apesar de reconhecer que
seria preferível que “estas medidas
fossem entendidas por todos os por-
tugueses como medidas que fossem
duráveis, permanentes, e que não
dependessem de um Governo em
particular”.
Mas os deputados que sustentam
o Governo parecem mais optimistas.
A maioria PSD/CDS considera que o
entendimento com o PS sobre a re-
forma do Estado e o corte estrutural
na despesa pública é difícil, embora
ainda não dê o caso como perdido,
apurou o PÚBLICO. No Parlamento,
falhou ontem entre as duas partes o
Na conferência de líderes, a pre-
sidente da Assembleia da Repúbli-
ca, Assunção Esteves, recusou dar
o seu aval à proposta do PSD/CDS
para um conjunto de conferências
sobre o tema por falta de consenso
com o PS. A maioria, por seu turno,
rejeitou uma proposta do PS que
pretendia realizar “relatórios ana-
líticos” através de protocolos com
universidades, seguidas de confe-
rências a realizar em Abril e Maio.
Só em Junho os resultados de todos
os estudos estariam disponíveis para
as bancadas poderem avançar com
iniciativas legislativas. O calendário é
incompatível com o do Governo, que
tem de apresentar até Fevereiro de
2013 (e iniciando o trabalho a partir
da próxima avaliação regular da troi-
ka, que começa na segunda-feira) as
medidas a tomar para cortar quatro
mil milhões de euros na despesa do
Estado. Essa data foi ontem reafi r-
mada pelo primeiro-ministro, Passos
Coelho, quando questionado pelos
jornalistas sobre o desafi o lançado
ao PS. “Não é um debate para fazer
até ao Verão do próximo ano”, disse
Passos Coelho, numa clara referência
à proposta socialista.
O consenso aparentemente difícil
entre os calendários e o método pa-
ra o debate será tentado na próxima
conferência de líderes marcada para
dia 21. À saída da reunião de ontem, o
líder parlamentar do PS, Carlos Zor-
rinho, acusou a maioria de querer
fazer um “debate-relâmpago pro-
vavelmente com os dados do FMI”.
Nuno Magalhães, líder da bancada
do CDS, rejeitou a ideia, dizendo
que não se pretende um processo-
relâmpago, mas também que não
seja “um processo ao retardador”.
O consenso não foi possível, apesar
de as bancadas mais à esquerda con-
cordarem com a discussão sobre as
funções do Estado.
Luís Fazenda, do BE, referiu que
os bloquistas não se furtam ao deba-
te, mas lembrou que o PS “pretende
fazer um debate sobre o sistema po-
lítico”. Fazenda referia-se a um dos
pontos da proposta socialista que
propõe a reforma da lei eleitoral.
Pelo PCP, Bernardino Soares acu-
sou o PS de “querer adiar a posição
sobre o Estado para daqui a alguns
meses”, sublinhando que os comu-
nistas estão desde já contra qual-
quer corte nas funções sociais do
Estado.
Passos garantiu que o Governo não deixará de assumir as suas responsabilidades na reforma do Estado
PSD e CDS não querem ainda desistir de envolver os socialistas no corte estrutural de despesa do Estado, mas falhou o consenso no Parlamento sobre o modelo e o calendário para um debate sobre o assunto
Reforma do EstadoNuno Sá Lourenço e Sofia Rodrigues
Concessão da ANA
Não haverá medidas adicionais
Passos Coelho garantiu ontem que não serão necessárias medidas adicionais de contenção
de despesa no caso de vir a ser recusada pela Eurostat a contabilização da concessão da ANA para controlar o défice. Referindo-se às contas de 2012, o primeiro-ministro assegurou que essa era uma questão que “está fechada do ponto de vista da troika e do Governo”.
“Se existir algum pronunciamento ulterior do Eurostat que obrigue a rever o valor do défice para este ano, coisa que espero que não aconteça, mas sobre a qual não tenho que me pronunciar”, essa será uma “questão que se verá na altura própria, mas que não terá efeitos retroactivos. Não vale a pena discutir novas medidas para 2012 que não se colocam”, disse.
O líder social-democrata adiantou também que estavam a ser ponderadas medidas adicionais apenas para 2013, o chamado plano B do Governo, que poderão atingir os 830 milhões de euros, na eventualidade da execução orçamental não correr de acordo com o previsto pelo Governo. E acrescentou depois, para sustentar a sua expectativa de que o Eurostat não chumbe a medida, que a troika tinha sido convencida pelo Governo. “A troika aceitou que o contrato pudesse ser contratualizado até um valor próximo de mil milhões de euros, que abate ao défice deste ano, não do próximo”.
O Governo inclui nas contas de 2012 as receitas provenientes da concessão da ANA a privados por forma a atingir um défice de 5%.
consenso sobre o modelo de debate
em torno da reforma do Estado. No
âmbito do Orçamento do Estado,
PSD e CDS deverão ter até ao fi nal
da semana propostas para cortar na
despesa.
A maioria e o Governo têm manti-
do prudência nas declarações públi-
cas sobre a resposta do líder do PS
ao convite para colaborar no corte
estrutural da despesa de quatro mil
milhões de euros. As reservas são jus-
tifi cadas com o argumento de que é
preciso dar espaço aos socialistas.
A maioria ainda não quer dar sinais
de desistir de pedir a participação
do PS, embora os sociais-democratas
já vejam uma resposta positiva como
muito difícil e já só tenham esperan-
ças de conseguir algum contributo na
concertação social.
Na maioria há quem lembre, por
outro lado, que fi guras socialistas co-
mo Francisco Assis ou António Costa
não recusaram a ideia de lançar uma
reforma estrutural no Estado, apesar
das críticas à forma de actuação do
Governo.
O entendimento entre maioria
PSD/CDS e PS falhou, para já, no âm-
bito parlamentar, quanto à forma e
calendário para fazer um debate em
torno da reforma do Estado.
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | PORTUGAL | 17
Líder do PCP diz que “não irá chamar nomes” a Angela Merkel
O PCP olha para uma mesma solução
por duas janelas diferentes. “Este Go-
verno tem que ser derrotado e subs-
tituído.” Como, se foi eleito demo-
craticamente e tem maioria no Par-
lamento? Através de manifestações
na rua (por isso Jerónimo de Sousa
apela aos portugueses “que lutem”)
e da “capacidade constitucional” do
Presidente da República de demitir o
Governo e convocar eleições.
O quadro foi ontem desenhado
pelo secretário-geral do PCP em en-
trevista à RTP. Porém, questionado
sobre que partidos veria num próxi-
mo Governo, Jerónimo retraiu-se e
nem o seu próprio partido nomeou,
apesar do desafi o nas entrelinhas dei-
xado pelo jornalista Vítor Gonçalves.
E foi nas entrelinhas que respondeu,
com uma referência enigmática so-
bre o quão difícil é “arranjar, assim,
uma solução ali ao virar da esquina”.
Para acrescentar: “Isso é muito difí-
cil, mas olhe que o mundo move-se”
— entendível como uma alusão a um
Governo de esquerda de predomi-
nância comunista. O líder do PCP
preferiu manter o seu discurso mais
abrangente do “Governo patriótico e
de esquerda”. Se houvesse eleições
e o PS ganhasse, o PCP só aceitaria
participar no executivo sob a “con-
dição fundamental” de os socialistas
romperem com o memorando.
PCP apela à luta e espera que Cavaco demita Governo
Sobre a tão falada refundação do
Estado, o secretário-geral comunis-
ta não conta receber uma carta do
primeiro-ministro a convidá-lo para
a discussão, até porque Passos Co-
elho “conhece bem as posições do
PCP”, mas também não especifi ca
se o actual modelo pode ou não ser
mexido. Tal como também não se
compromete na questão do pedido
de fi scalização do Orçamento do Es-
tado, preferindo, por agora, “lutar”
em vez de “queimar etapas”, numa
crítica implícita ao BE.
Jerónimo admitiu que se a vida lhe
“permitir” participará na manifesta-
ção marcada para o dia da visita de
Merkel. “Não para chamar nomes,
mas para afi rmar a nossa soberania”
perante alguém que parece vir “visi-
tar a colónia”. Sobre a crescente con-
testação, admitiu que há comunis-
tas nos protestos específi cos contra
membros do Governo, mas “também
quem votou PSD”.
PartidosMaria Lopes
Jerónimo vai participar na manifestação contra Merkel, e admite que há comunistas nos protestos contra governantes
Breves
Declarações sobre Holocausto
Governo manifestou desagrado ao embaixador de IsraelO Governo português disse ontem o embaixador de Israel, chamado de manhã ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, que as declarações proferidas numa conferência pública “não são adequadas a um representante diplomático, sendo profundamente injustas para os portugueses”, disse fonte oficial à Lusa.O embaixador Ehud Gol participou a 30 de Outubro numa conferência sobre Portugal e o Holocausto, na Fundação Calouste Gulbenkian, onde afirmou que “Portugal ‘tem uma nódoa’ que lhe estará ‘para sempre associada’ por ter posto a bandeira a meia haste quando Hitler morreu”. A chamada de um embaixador ao MNE é uma das medidas diplomáticas, utilizadas com pouca frequência, para assinalar uma posição de desagrado. Mas o episódio não colocou em causa o relacionamento entre países.Antes, no Parlamento, cinco deputados do PS tinham questionado por escrito a presidente da Assembleia da República, defendendo que o MNE solicitasse explicações ou desculpas ao embaixador.
Um conjunto de cidadãos, entre eles
a escritora Alice Vieira, o realizador
António Pedro Vasconcelos e o his-
toriador Rui Bebiano, subscreveram
uma carta aberta dirigida a Angela
Merkel, contestando a sua visita a
Portugal e lamentando que o Go-
verno português, “fraco e débil, a
receba entre fl ores e aplausos”.
Com 109 assinaturas de portugue-
ses e estrangeiros à cabeça, a men-
sagem baseia-se num facto: Angela
Merkel não foi eleita por nenhum
português, ou por nenhum outro
europeu que não o povo alemão. Por
isso, os subscritores não aceitam que
a chanceler alemã venha a Portugal
a 12 de Novembro para interferir nas
decisões do Estado. Ainda para mais
quando a acompanhá-la viaja uma
comitiva de grandes empresários
alemães, que sob o “disfarce de ‘in-
vestimento estrangeiro’”, vêm com-
prar “a preço de saldo” o património
português privatizado.
A carta aberta dirige-se directa-
mente à líder alemã e não ao Gover-
no português porque, escrevem os
subscritores, “há algum tempo” que
este “deixou de obedecer às leis deste
país e à Constituição da República”.
O executivo liderado por Passos Coe-
lho não escapa às críticas dos subscri-
tores, ainda que a carta seja dirigida a
Angela Merkel: “A verdade, senhora
Cidadãos declaram Angela Merkel persona non grata a Portugal
chanceler, é que a maioria da popu-
lação portuguesa desaprova cabal-
mente a forma como este Governo,
sustentado pela troika e por si, está
a destruir o país”, pode ler-se.
A carta deixa ainda uma mensa-
gem de apoio, não só aos povos que,
segundo os subscritores, a austerida-
de promovida pela Alemanha “dei-
xou em ruína”, mas também ao povo
alemão, “que sofre connosco”.
Na carta aponta-se ainda para
a greve geral de dia 14 de Novem-
bro como um momento em que os
subscritores esperam que Portugal
e a Europa mostrem a sua crescente
oposição às políticas de austeridade
promovidas por Angela Merkel.
“Acordamos, senhora Merkel.
Seja mal-vinda a Portugal”, conclui
a carta, que está aberta a subscri-
ção pública através do endereço
http://carachancelermerkel.blogs-
pot.pt/2012/11/carta-aberta-angela-
merkel.html.
Cidadania Félix Ribeiro
“Acordamos, senhora Merkel. Seja mal-vinda a Portugal”, lê-se numa carta aberta à chanceler alemã onde se critica o governo
A chanceler alemã estará em Portugal na segunda-feira
Fomos mais rápidos do que a nossa própria sombra.
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18 | PORTUGAL | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
Os media portugueses, sobretudo as
televisões, não estão sufi cientemente
preparados para o futuro, cada vez
mais digital. Quem o admite são os
responsáveis pela RTP, SIC e TVI, que
ontem participaram na conferência
Media do Futuro 2012, organizada
pelo Expresso e SIC Notícias, e onde
defenderam que é preciso “reinven-
tar” e “refundar” a televisão que se
faz actualmente. Sobretudo por cau-
sa da multiplicidade de plataformas
onde hoje é possível aceder a conte-
údos — do televisor ao computador,
do telefone aos tablets — e para as
quais é preciso produzir de forma
diferente.
Luís Marques, da SIC, defende que
a reinvenção da TV tem sido feita ao
longo dos últimos 20 anos, depois
de ter acabado o monopólio, por
isso é altura de ir mais longe: “Per-
ceber quem me vê e que conteúdos
quer ver”. E, já agora, por que con-
teúdos está disposto a pagar, ajusta
José Alberto Carvalho, director de
Informação da TVI, que diz não co-
nhecer “ninguém com menos de 30
anos disposto a pagar por informa-
ção ou entretenimento [séries, fi lmes
ou grandes eventos] na net”.
O director-geral da RTP, Luís Ma-
rinho, acredita que o paradigma de
como se faz TV mudará nos próxi-
Televisões têm dese reinventar mas não sabem como
mos anos, mas não sabe dizer em
que direcção. A crise, porém, tem
levantado questões importantes co-
mo o modo de produção, que é agora
mais barata, menos técnica e mais
simples. Os desafi os para as televi-
sões nesta era do digital? “Continuar
a gerar audiência [que garante as re-
ceitas] e a gerar interactividade.”
Numa conferência onde não falta-
ram referências à crise — que condi-
ciona fortemente o desenvolvimento
do sector —, Francisco Pinto Balse-
mão apelou novamente ao Gover-
no (já fez por carta em Março, sem
resposta) que legisle, como fi zeram
a Alemanha, Espanha e Bélgica, no
sentido de obrigar empresas como a
Google a pagar às empresas de me-
dia parte da publicidade que angaria
ao usar os seus conteúdos. O patrão
da Impresa anunciou que já fez 14
queixas à Comissão Europeia contra
a Google abuso de posição dominan-
te. Porém, apesar dos reparos que a
comissão terá feito à multinacional,
as negociações ainda se arrastam.
Balsemão anunciou também que a
SIC e a TVI propuseram ao gabine-
te de Miguel Relvas, em Abril, cria-
rem dois canais gratuitos na TDT. A
contrapartida era o Governo, que já
anunciara o fecho da RTP2, manter
a RTP1 sem publicidade.
Comunicação social Maria Lopes
Na conferência sobre o futuro dos media, Balsemão anunciou que apresentou 14 queixas contra a Google por abuso de posição
Responsáveis dos três canais discutiram a televisão do futuro
O jornalista Nuno Ferreira, acusa-
do de tentativa de agressão a um
segurança do ministro-adjunto e
dos Assuntos Parlamentares, Mi-
guel Relvas, num hotel da Horta,
na ilha açoriana do Faial, foi ontem
constituído arguido pelo tribunal.
A informação foi confi rmada à Lusa
pelo advogado de defesa do jorna-
lista, Francisco Abreu de Chaves,
acrescentando que lhe foi aplicada
a medida de coacção mais leve — o
termo de identidade e residência.
À saída do Tribunal da Horta, Fran-
cisco Abreu de Chaves afi rmou que
“o processo está em segredo de jus-
tiça” e recusou prestar declarações
apesar de compreender “a pertinên-
cia das questões” dos jornalistas.
O caso aconteceu na terça-feira du-
rante uma visita de Estado de Miguel
Relvas. Nuno Ferreira, que estava na
Horta para a realização do projecto
Açores a Pé, fi cou instalado no mes-
mo hotel que o ministro. De acordo
com o jornal Expresso, durante o al-
moço de terça-feira, no hotel, Nuno
Ferreira reparou que numa mesa ao
lado estavam deputados do PSD Aço-
res, mas apenas no fi nal da refeição
viu Miguel Relvas. Nessa altura, o
jornalista decidiu questionar o mi-
nistro: “Você não tem vergonha na
cara de andar por aí depois de tudo
o que tem feito?” Uma pergunta à
Jornalista constituído arguido por tentativa de agressão a segurança de Miguel Relvas
qual Miguel Relvas respondeu: “Não
te conheço de lado nenhum.” Nuno
Ferreira terá depois insultado o mi-
nistro até à sua saída da sala.
Durante a tarde, Nuno Ferreira es-
teve à porta da sede do Parlamento
açoriano, onde decorria a cerimó-
nia de tomada de posse do governo
regional, com um cartaz em que se
lia: “Bem-vindo Exº. Srº. Drº. Relvas.
Angola gosta muito do Sr. Doutor”.
Terá também feito comentários inju-
riosos contra os polícias que faziam
segurança ao edifício e que depois
o identifi caram. Quando ao fi m da
tarde regressou ao hotel e se dirigia
ao seu quarto foi abordado pelos se-
guranças de Miguel Relvas.
Questionado pelo PÚBLICO, o
gabinete do ministro remeteu expli-
cações para a esquadra da PSP aço-
riana. O Gabinete de Comunicação e
Relações Públicas da Direcção Nacio-
nal da PSP, informou, em comunica-
do, que o homem “tentou aceder ao
quarto onde se encontrava o senhor
ministro e, ao ser impedido por um
elemento da PSP que se encontrava
em missão de segurança, que se co-
locou à sua frente, reagiu de forma
agressiva e tentou atingir o agente
com o cotovelo, momento em que
foi manietado e consumada a deten-
ção”. Nuno Ferreira negou qualquer
tentativa de agressão e contactado
pelo PÚBLICO disse “não estar auto-
rizado a prestar declarações”.
O antigo jornalista do PÚBLICO e
do Expresso foi levado para a esqua-
dra, onde um polícia lhe disse que
“estava acusado de injúrias ao mi-
nistro”. Nuno Ferreira saiu do local
por volta das 22h30 e regressou ao
quarto de hotel, passando pelo segu-
rança de Miguel Relvas, que, nessa
altura, era outro. com M.L.
Justiça Fabíola Maciel
Nuno Ferreira nega as acusações, mas o tribunal da Horta abriu inquérito e sujeitou-o a termo de identidade e residência
ADRIANO MIRANDA
Nuno Ferreira nega qualquer tentativa de agressão
Bava reage a TDT
O presidente executivo da Portugal Telecom, Zeinal Bava, negou ontem qualquer favorecimento
da PT no processo de implementação da Televisão Digital Terrestre, em Portugal. Na sequência das declarações de Sergio Denicoli sobre a existência de “indícios de corrupção”, Bava garantiu que é preciso “deixar que os tribunais avaliem se houve essa corrupção e do que é que se trata”. No seu blogue, Sergio Denicoli, autor da tese de doutoramento que conclui
que “a ANACOM favoreceu a PT”, descreveu a posição da empresa como uma “tentativa de intimidação” e classificou-a como “um duro golpe no direito à liberdade de expressão”. O académico da Universidade do Minho garantiu não ter recebido qualquer notificação e deixou um alerta: “Se um dia os intelectuais de uma nação tiverem que exercer as suas actividades sob a tutela de grandes grupos económicos, será o fim da democracia”, afirmou. Fabíola Maciel
As autoridades sanitárias da Madei-
ra notifi caram à Direcção-Geral de
Saúde (DGS) a existência de mais de
mil casos de febre de dengue no ar-
quipélago desde 3 de Outubro até 4
de Novembro.
No boletim semanal da situação do
surto, a DGS informa que, de acordo
com o novo sistema de monitoriza-
ção implantado a 29 de Outubro,
de entre os 1148 casos de febre de
dengue notifi cados pela Região Au-
tónoma da Madeira, 517 foram con-
fi rmados laboratorialmente, 631 são
considerados prováveis (apenas com
sintomas, alguns aguardando confi r-
mação laboratorial). Dos 57 hospita-
lizados (dados acumulados), apenas
três estão internados neste momen-
to. Não foram registados óbitos.
Foram também notifi cados até do-
mingo 19 casos de febre de dengue
em cidadãos com história de estadia
recente na ilha da Madeira, sendo oi-
to diagnosticados em Portugal conti-
nental (todos de evolução benigna)
e 11 em cidadãos estrangeiros pelos
serviços de saúde de outros países
(todos com evolução para a cura).
A situação epidemiológica actual
não implica qualquer restrição a via-
gens para aquele destino, reafi rma a
DGS, recomendando aos viajantes a
adopção de medidas de protecção
contra picadas de mosquitos vecto-
res, particularmente a utilização de
repelentes. Além das medidas que
estão a ser implementadas para con-
trolo do surto e para limitar a trans-
missão local e exportação do vector,
a DGS considera necessário prosse-
guir com as medidas de pulverização
das aeronaves à saída do aeroporto
do Funchal, segundo as orientações
estabelecidas pelas organizações in-
ternacionais (IATA), na medida em
que os insecticidas utilizados em es-
paços confi nados são efi cazes.
Segundo revela o comunicado da
Direcção-Geral de Saúde, em Portugal
continental foram dadas instruções
no sentido de reforçar o programa
que visa monitorizar as populações
de mosquitos (Rede de Vigilância de
Vectores – REVIVE). Desde 2008 até
ao momento, não foram identifi ca-
das espécies de mosquitos invasores,
nomeadamente Aedes aegypti nem
Aedes albopictus. Armadilhas para
capturar insectos adultos ou em es-
tados imaturos (ovos, larvas e pupas)
foram colocadas em zonas sensíveis à
sua introdução no continente, desig-
nadamente portos e aeroportos.
Mais de mil casos de dengue num mês
MadeiraTolentino de Nóbrega
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | PORTUGAL | 19
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O advogado Ricardo Sá Fernandes
apresentou queixa contra o Estado
português no Tribunal Europeu dos
Direitos do Homem (TEDH) por ter
sido condenado pelo crime de gra-
vação ilícita de uma conversa com
o empresário Domingos Névoa no
âmbito do caso Bragaparques.
Tudo aconteceu em 2005, tendo o
patrão da Bragaparques tido vários
encontros com o irmão do vereador
José Sá Fernandes para oferecer 200
mil euros ao autarca em troca do seu
silêncio sobre a permuta do Parque
Mayer, propriedade do grupo de Bra-
ga, pela Feira Popular, que perten-
cia à Câmara de Lisboa. O vereador
havia declarado que o negócio era
ilegal e tinha tentado desfazê-lo. O
que Domingos Névoa ignorava era
que o advogado andava a gravar as
conversas que tinha com ele. Mas se
a maioria das escutas foram autoriza-
das por um juiz, vindo assim a servir
de prova para condenar Domingos
Névoa por corrupção, o mesmo não
sucedeu com a primeira conversa. O
empresário apresentou então queixa
em tribunal contra Ricardo Sá Fer-
nandes por crime de gravação ilícita.
Perante a primeira instância, que
ilibou o advogado, compareceram
como testemunhas do arguido fi gu-
ras como Cândida Almeida, procu-
radora-geral adjunta, e a directora
do Departamento de Investigação
e Acção Penal, Maria José Morgado.
Só que a Relação veio considerar,
em Abril passado, que os juízes se
haviam enganado na apreciação da
prova e condenou o advogado. Foi
desta decisão do Tribunal da Relação
que o causídico recorreu, primeiro
para o Supremo e depois para o Tri-
bunal Constitucional. “O acórdão
da Relação envergonha a justiça
portuguesa”, considera Ricardo Sá
Fernandes. Numa decisão sumária
datada do fi nal do mês passado, um
juiz do Tribunal Constitucional de-
clarou que a causa não é passível de
apreciação pelos constitucionalistas.
“Ricardo Sá Fernandes está a jogar
com o tempo, para o processo pres-
crever”, acusa o advogado de Domin-
gos Névoa, Artur Marques. Foi tam-
bém a prescrição que fez com que o
empresário de Braga já não tenha,
afi nal, de pagar os 200 mil euros de
multa a que foi condenado por cor-
rupção. Caso o TEDH lhe dê razão, Sá
Fernandes diz que mandará reabrir o
processo em que foi condenado por
gravação ilícita.
Sá Fernandes apresenta queixa contra o Estado
Tribunal europeuAna Henriques
Julgamento do Taguspark arranca em Fevereiro com mais de um ano de atraso
Justiça Mariana Oliveira
Três juízes diferentes consideraram-se incompetentes para julgar o caso. Processo andou a viajar pelo país
O início do julgamento do caso Ta-
guspark está marcado para 14 de Fe-
vereiro do próximo ano no Tribunal
de Oeiras, com mais de um ano de
atraso. O início das audiências este-
ve marcado para Janeiro deste ano
nas Varas Criminais de Lisboa, mas o
facto de os juízes responsáveis pelo
processo se terem declarado incom-
petentes para julgar o caso fez com
que os autos tenham andado a viajar
pelo país. Primeiro até Aveiro, de-
pois de regresso a Lisboa e, por fi m,
até Oeiras. Isso porque, em Agosto,
o Supremo Tribunal de Justiça (STJ)
decidiu que o julgamento devia de-
correr naquele tribunal.
Rui Pedro Soares, João Carlos
Silva e Américo Thomati, ex-admi-
nistradores do parque tecnológico
em Oeiras, estão acusados de cor-
rupção passiva por terem celebrado
um contrato com Luís Figo alegada-
mente em troca do apoio do antigo
futebolista na reeleição de José Só-
crates. Uma entrevista a um diário
económico e um pequeno-almoço
com o líder do PS foram os actos vi-
síveis da intervenção de Figo, refere
a acusação. Estes gestos terão surgi-
do na sequência do desportista ter
subscrito um contrato de represen-
tação de imagem da Taguspark, por
um período de três anos, a troco de
350 mil euros no primeiro ano e de
duas parcelas de 200 mil euros nos
dois seguintes. “Gostaria muito que
o processo já tivesse sido julgado”,
afi rma Carlos Soares, advogado de
Rui Pedro Soares.
A decisão do Supremo pôs fi m a
um problema levantado pela defe-
sa, que levou três juízes diferentes a
declararem-se incompetentes para
julgar o processo. As Varas Criminais
de Lisboa consideraram que a com-
petência era da Comarca do Baixo
Vouga. Mas o juiz de Aveiro conside-
rou-se incompetente, tendo o caso
subido ao STJ. Antes de decidirem
o confl ito, os conselheiros ouviram
o juiz de Oeiras, que também não
se considerou competente. Mesmo
assim, o STJ entendeu que o caso
devia ser julgado em Oeiras.
Rui Pedro Soares é um dos três ex-administradores do Taguspark que estão acusados de corrupção passiva
20 | PORTUGAL | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
MIGUEL MANSO
Mais verbas para instituições sociais e prioridade aos lares para crianças
Cada utente em lar de crianças passará a custar ao Estado 700 euros por mês
O número de crianças abandonadas,
a existência “de muitas famílias de-
sestruturadas” e a resposta nem
sempre adequada que é dada pelas
instituições de acolhimento que re-
cebem estas crianças é a justifi cação
para que os lares de infância e juven-
tude sejam dos equipamentos sociais
que mais vão ver o fi nanciamento
do Estado reforçado. A explicação é
avançada por Manuel Lemos, o pre-
sidente da União das Misericórdias
Portuguesas, a propósito do proto-
colo de cooperação entre o Ministé-
rio da Segurança Social e o chamado
terceiro sector que é hoje assinado
numa cerimónia com Passos Coelho,
em Lisboa.
Até agora, o Estado transferia para
os lares de infância 475 euros men-
sais por cada criança entregue aos
seus cuidados. O protocolo com a
União das Misericórdias Portugue-
sas, a Confederação Nacional das Ins-
tituições de Solidariedade e a União
das Mutualidades Portuguesa, que
vigorará por dois anos, prevê que,
gradualmente, e até 2014, a Segu-
rança Social passe a comparticipar
com 700 euros por criança — sendo
que alguns centros de acolhimento
temporário (14, no total) passarão já
a receber esse montante.
“Temos instituições sobrelotadas,
um acolhimento que por vezes não
tem a dignidade que deveria... Os la-
res para crianças em risco, tal como
os lares para pessoas com defi ciên-
cia, apresentam difi culdades. Mas
não há dinheiro para tudo, por isso,
para já, optou-se pelas crianças em
risco”, diz Manuel Lemos.
O documento, que rege o essen-
cial daquela que é a relação entre o
Estado e cerca de três mil institui-
ções particulares de solidariedade
social, 400 misericórdias e várias
mutualidades, é resultado de uma
negociação que agradou a Manuel
Lemos. “Num momento em que se
questionam as funções do Estado,
só posso dizer que este é um bom
acordo.” O ministro Mota Soares e o
secretário de Estado, Marco António
Costa, revelaram “sensibilidade” pa-
ra os problemas, continua.
Nas mãos do terceiro sector está
o grosso da rede de lares de idosos,
centros de dia, creches, apoio domi-
ciliário, lares de infância e serviços
de apoio a defi cientes que existe no
país — o sector lucrativo e, ainda me-
nos, o estatal, têm uma quota mui-
to menor. Anualmente, a Seguran-
ça Social e as instituições acordam
qual a comparticipação do Estado
nestes serviços (cabendo o restante
fi nanciamento às famílias, que pa-
gam em função dos rendimentos, e
às próprias instituições). Em 2012, o
aumento de verbas a transferir da Se-
gurança Social foi de 1,3%, chegando
aos 1300 milhões de euros. Em 2013
será, uma vez mais, de 1,3%, confi r-
mou ontem Manuel Lemos – o que
representará cerca de 17 milhões de
euros a mais.
Cuidados continuadosChega? É cedo para dizer, responde
Lemos, que diz que não consegue
calcular se, com a crise que atraves-
sa o país, em “Fevereiro ou Março” as
famílias vão continuar “a conseguir
pagar” a parte que lhes cabe pelos
serviços.
O novo acordo (o último tinha si-
do assinado em Janeiro) contempla
ainda a promessa de que fundos co-
munitários serão mobilizados e abre
a possibilidade da Segurança Social
passar a comparticipar respostas
que até agora não comparticipava —
como cuidados especializados para
crianças prematuras, assim como pa-
ra crianças e jovens que tendo estado
hospitalizados precisem de cuidados
continuados. Ao que o PÚBLICO apu-
rou, a ideia não é criar mais servi-
ços, mas usar os que as instituições
já têm.
Outra das respostas que deverá
também passar a ser comparticipada
é a formação na área das demências
de técnicos e auxiliares de lares de
idosos, centros de dia e apoio domici-
liário. “As misericórdias estão muito
preocupadas com o aumento brutal
das demências.”
Previstas estão, por fi m, medidas
para fazer face aos efeitos da crise
junto de públicos vulneráveis. O Go-
verno tem estado a investir no fi nan-
ciamento de refeições em cantinas
sociais para os mais pobres – tal como
contemplado no Programa de Emer-
gência Social. Agora quer-se simpli-
fi car os mecanismos de distribuição
de géneros alimentares excedentá-
rios, nomeadamente de entidades
privadas, como restaurantes, que
têm criado projectos solidários.
O acordo que Passos Coelho assina hoje prevê que mais 17 milhões de euros sejam entregues ao sector que gere grande parte de lares de idosos e para crianças, creches e centros de dia
Sector solidárioAndreia Sanches
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | PORTUGAL | 21
Sampaio da Nóvoa e Henrique Granadeiro, da UL, ontem em Lisboa
Se a proposta de Orçamento do Es-
tado (OE) para 2013 for aprovada tal
como foi apresentada pelo Governo,
as universidades poderão chegar a
meio do próximo ano sem dinheiro
para pagar salários. Quem o diz é An-
tónio Rendas, presidente do Conse-
lho de Reitores das Universidades
Portuguesas (CRUP), que fala numa
situação “extremamente grave” e su-
blinha que a redução das dotações
do ensino superior em 9,4% vai “li-
mitar a capacidade de intervenção”
das instituições.
Numa conferência de imprensa re-
alizada ontem no Conselho Nacio-
nal de Educação, após a reunião do
CRUP com os presidentes dos Conse-
lhos Gerais das universidades, Antó-
nio Rendas disse que os cortes previs-
tos na proposta de OE terão “efeitos
imprevisíveis e irreversíveis em todo
o sistema universitário” e poderão
inviabilizar o “desenvolvimento de
actividades essenciais” para o fun-
cionamento das universidades.
Em causa poderão estar, por
exemplo, compromissos assumi-
dos com parceiros internacionais
ou parcerias com países lusófonos,
disse Rendas. E sublinhou: “O fi -
nanciamento público das univer-
sidades já foi reduzido em 144 mi-
lhões de euros, entre 2005 e 2012,
podendo este valor atingir os 200
milhões de euros se o OE 2013 vier
Reitores temem não ter dinheiro para salários em 2013
a ser aprovado sem alterações”.
O CRUP foi ontem de manhã ouvi-
do no Parlamento, onde os reitores
reforçaram que os cortes põem em
causa o futuro das universidades e
do país. “Já estamos todos abaixo da
linha de água”, disse o reitor da Uni-
versidade de Coimbra, João Gabriel
Silva, no fi nal da reunião. Citado pela
agência Lusa, o reitor da Universida-
de Técnica de Lisboa, António Cruz
Serra, disse não ter dúvidas de que a
actual proposta de orçamento “não
é exequível”.
Também os representantes dos
institutos politécnicos garantem
não haver condições para funcio-
nar durante todo o ano de 2013 se
o Governo não recuar nos cortes.
Funcionar com menos 9,8% de or-
çamento, que signifi ca menos 25,7
milhões de euros em relação a 2012,
não é possível, garantiu o vice-presi-
dente do Conselho Coordenador dos
Institutos Superiores Politécnicos,
Rui Teixeira. Este orçamento “não é,
de todo, executável”, disse também
ontem, na Comissão Parlamentar de
Educação.
Nos próximos dias, o CRUP vai le-
var a cabo uma série de iniciativas
com o objectivo de alertar para o
“iminente quadro de ruptura na re-
de universitária”. Amanhã, às 12h,
os reitores de todas as universidades
do país farão uma declaração con-
junta. Outras iniciativas se seguirão,
enquanto decorre também o diálogo
com o Governo.
“Vamos tentar negociar com a tute-
la até ao último dia antes da votação
do OE na Assembleia da República”,
disse António Rendas, acrescentan-
do que aguarda a marcação de uma
reunião com o ministro das Finan-
ças, Vítor Gaspar, e com o Presidente
da República. Cavaco Silva.
MIGUEL MANSO
Ensino superior Marisa Soares
CRUP avisa que cortes nos orçamentos das universidades inviabilizam funcionamento das instituições
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Breves
Justiça
Morgado responsável por alerta derapto de menoresMaria José Morgado, directora do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, e uma outra procuradora, Anabela Montez, vão ficar responsáveis pelo sistema de alerta de rapto de menores, que difunde nas horas que se seguem ao sequestro de uma criança informação que pretende ajudar à sua rápida localização e libertação. As procuradoras vão ficar encarregues de elaborar a mensagem de alerta e decidir os respectivos meios de difusão.
Se vive na Área Metropolitana de
Lisboa e tem uma dúvida jurídica
que há muito queria esclarecer, esta
é a sua oportunidade. Mais de 100
advogados vão fazer hoje consultas
gratuitas em 11 concelhos da Grande
Lisboa. Para participar basta apare-
cer num dos gabinetes entre as 10h
e as 17h.
Esta é a 6.ª edição do Dia da Con-
sulta Jurídica Gratuita, organizada
pelo Conselho Distrital de Lisboa
da Ordem dos Advogados (OA). A
iniciativa é aberta a todos os cida-
dãos, nacionais e estrangeiros, in-
dependentemente da sua situação
económica.
“Num contexto de crise social e
económica, que afecta milhares de
portugueses e abala a sociedade, o
Dia da Consulta Jurídica Gratuita
Advogados de Lisboa dão consultas gratuitas durante um dia
traduz-se num apoio efectivo funda-
mental aos cidadãos, especialmente,
aos mais carenciados, respondendo
a questões de carácter jurídico”, su-
blinha a organização.
Os gabinetes vão funcionar em
Almada, Amadora, Benavente, Cas-
cais, Lisboa, Loures, Mafra, Seixal,
Sesimbra, Sintra e Vila Franca de
Xira. Alguns vão estar localizados
em instalações da Ordem e outros
junto de parceiros da iniciativa, co-
mo a Cruz Vermelha Portuguesa, a
Abraço, a Associação Portuguesa de
Apoio à Vítima ou a Amnistia Inter-
nacional. No Conselho Distrital de
Lisboa da OA, na Rua dos Anjos, em
Lisboa, vão funcionar sete gabinetes
que vão estar divididos por ramos
do direito.
A iniciativa, que ocorre desde
2006 (com um interregno o ano
passado), tem contabilizado uma
média de mil consultas jurídicas
por edição.
JustiçaMariana Oliveira
22 | PORTUGAL | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
NELSON GARRIDO
A Apifarma alerta para a fuga de laboratórios para outros países
É mais um sector a acusar o Gover-
no de “estar a ir além da troika”. A
Associação Portuguesa da Indústria
Farmacêutica (Apifarma) considera
que os cortes de 333 milhões de eu-
ros na área do medicamento inscri-
tos na proposta de Orçamento do
Estado para 2013 “não têm paralelo”
e “são irrealistas”. E garantiu, por
isso, que não volta a assinar nenhum
protocolo com o Ministério da Saú-
de para redução da despesa pública
com fármacos se a tutela insistir em
valores que só têm comparação com
“alguns países de leste” e que estão
muito abaixo da média europeia.
O ministério pretende reduzir a
despesa com medicamentos, tanto
em meio ambulatório como hospita-
lar, para 1% do Produto Interno Bru-
to (PIB) já em 2013. Para este ano,
a meta situou-se em 1,25%. A tutela
diz que a medida estava inscrita no
memorando de entendimento com
a troika (Fundo Monetário Interna-
cional, Comissão Europeia e Banco
Central Europeu).
Mas o presidente da Apifarma,
num encontro com jornalistas, con-
trapôs ontem que essa percentagem
dizia apenas respeito aos medica-
mentos nas farmácias e não aos que
são utilizados nos hospitais. Há tam-
bém o problema de, com a recessão
económica, o PIB português estar a
encolher. João Almeida Lopes disse
mesmo que a própria Grécia, que
enfrenta um plano de ajuda exter-
na, tem a mesma meta de 1% mas só
para medicamentos nas farmácias e
só em 2014. “O Governo português,
claramente, tomou uma opção: ir
para além da troika”, reiterou.
600 milhões de poupançaPerante este cenário, Almeida Lopes
disse que a Apifarma vai “honrar” o
acordo para este ano, mas não está
disponível para renovar o protocolo
que assinou em Maio e que previa
que, ultrapassados determinados
limites de despesa com medicamen-
tos, seriam os próprios laboratórios
a ressarcir o Estado dos valores re-
manescentes (um mecanismo co-
nhecido como payback).
A indústria farmacêutica tinha
Laboratórios rejeitam metas do Governo e ponderam rasgar acordo sobre medicamentos
responde a um verdadeiro emagre-
cimento mas sim que o excesso está
a ser pago pelos fabricantes.
“Em dois anos, contribuímos
com uma poupança na área do
medicamento de 600 milhões de
euros”, lembrou o presidente da
Apifarma, questionando o porquê
de não haver mais nenhuma área
onde se conheçam poupanças tão
signifi cativas e esta insistência do
Governo numa receita que “causará
uma situação insustentável para os
doentes”.
Laboratórios em fugaSe o orçamento avançar tal como
está, Almeida Lopes prevê a fuga
de mais laboratórios para outros
países. Nas farmácias são cada vez
mais as denúncias de falta de medi-
camentos e, do lado dos hospitais,
chegam relatos de difi culdade em
comprar os medicamentos e dispo-
sitivos necessários com as verbas
disponíveis.
“Claramente que vão desapare-
cer medicamentos do mercado. O
desabastecimento do mercado é
sistemático. Assistimos a uma des-
truição de toda a cadeia de valor do
medicamento que nos pode condu-
zir ao desastre e ao abismo”, avisou
Almeida Lopes, lamentando que, “à
semelhança do IRS”, sejam sempre
os mesmos a pagar a factura.
Sobre as dívidas de dois mil mi-
lhões de euros do Serviço Nacional
de Saúde aos laboratórios, confi r-
mou que os valores até 2011 estão a
ser regularizados, mas lembrou que
há dívida de 2012 que pode vencer.
Questionado sobre se pensam res-
tringir o abastecimento de medica-
mentos, Almeida Lopes criticou esse
mecanismo, mas alertou que vender
apenas contra pagamento é uma so-
lução para muitos fornecedores.
aceite reduzir a despesa pública do
mercado hospitalar em 170 milhões
de euros e noutros 130 milhões em
ambulatório, tendo o Governo ga-
rantido que pagaria 60% do valor
das dívidas até ao fi nal do ano.
“Ninguém se vai comprometer
com números em que não acredi-
ta”, afi rmou o representante da
indústria farmacêutica. Quanto a
este ano, Almeida Lopes escusou-
se a avançar valores concretos, mas
adiantou que os laboratórios já es-
tão a devolver algum dinheiro ao
Estado — o que signifi ca que a des-
pesa com medicamentos não cor-
SaúdeRomana Borja-Santos
Metas do Orçamento do Estado para 2013 vão além do esperado pela indústria. Há medicamentos que vão desaparecer do mercado
Para a Apifarma, o estudo europeu Políticas de contenção de custos na despesa pública com
medicamentos na UE, recém-publicado, prova que o caminho que Portugal está a seguir é “sem paralelo” e só se pode traduzir numa “redução do nível dos cuidados prestados”. Segundo o documento, em 2010 Portugal gastava 243 euros per capita em comparticipações de medicamentos nas farmácias, o que correspondia a 1,2% do PIB, acima da média da UE (1,1%) mas abaixo de países como a Alemanha, Espanha, França, Grécia ou Irlanda. Os últimos dados do Infarmed mostram que Portugal gastou este ano 1328 milhões de euros com fármacos nas farmácias, cerca de 0,78% do PIB. R.B.S.
Corte em Portugal “sem paralelo” na UE
Breves
Justiça
Segurança
Justiça
Juiz mantém Duarte Lima em prisão domiciliária
Crimes violentos em baixa no primeiro semestre do ano
Supremo rejeita novo pedido de libertação de Vale e Azevedo
O ex-deputado Duarte Lima vai manter-se em prisão domiciliária com pulseira electrónica. Segundo a TVI, o juiz Carlos Alexandre manteve a medida de coação por mais três meses. Lima completa dia 18 um ano de detenção, o que significa que terá de ser libertado se, até lá, não for acusado. É suspeito num caso relacionado com uma burla de 40 milhões de euros ao BPN para comprar terrenos em Oeiras.
A criminalidade violenta e grave desceu 9% no primeiro semestre deste ano face ao mesmo período de 2011, tendo as forças de segurança registado menos 1080 casos, revelou ontem o Gabinete Coordenador de Segurança. Os crimes que mais baixaram foram os assaltos a automóveis (menos 3104 casos) e furto em residência. Já os crimes que mais subiram foram os de fogo posto e passagem de moeda falsa.
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou ontem um novo pedido de libertação imediata (habeas corpus) de João Vale e Azevedo, retido em Londres desde Julho de 2009 e impossibilitado de se ausentar do Reino Unido. A defesa do antigo presidente do Benfica, condenado em cúmulo jurídicos a 11 anos e meio de prisão, alega que já se esgotaram todos os prazos legais para a sua prisão.
Em Portugal nascem, por ano, cer-
ca de mil bebés prematuros (menos
de 32 semanas) e nos últimos anos
registou-se um aumento entre 20 a
30%, alertou ontem um membro da
Fundação Europeia para os Cuida-
dos do Recém-Nascido.
Não está identifi cada uma causa
principal para a prematuridade es-
tar a aumentar, mas pensa-se que o
crescente número de bebés prema-
turos esteja relacionado com facto-
res como “infecções intra-uterinas”,
“hábitos da vida moderna”, “mães
fumadoras” e “stress”, enumera a
especialista Hercília Guimarães. Em
entrevista à agência Lusa no âmbito
do Dia Mundial da Prematuridade,
que se assinala a 17 deste mês, Her-
cília Guimarães referiu que a prema-
turidade tem registado um aumento
global na ordem dos “20 a 30%”.
Portugal, Grécia, Hungria, Ingla-
terra e País de Gales são países nos
quais se registam aumentos de pre-
maturos acima da média europeia,
identifi cou a ex-presidente da Socie-
dade Portuguesa de Neonatologia
e actual chefe do Departamento de
Pediatria da Faculdade de Medici-
na do Porto. A especialista alerta
o Governo e os hospitais para uma
mudança de paradigma no trata-
mento daquele problema social.
“É preciso fazer perceber aos ser-
viços hospitalares, aos serviços de
saúde, aos ministérios, ao Governo
e a quem tem poder que é preciso
modifi car os hospitais” e fazer com
que estes “tenham condições para
receber o pai, a mãe, a família”.
“Cada vez mais os cuidados devem
ser centrados no desenvolvimento
e na família, com os pais cada vez
mais junto dos fi lhos a cuidar deles
em parceria com os profi ssionais”,
acrescenta.
Assinalar o Dia Mundial da Prema-
turidade é, de certo modo, “chamar
a atenção para um problema que
existe” e que pode ter consequên-
cias muito pesadas para a socieda-
de, “caso não seja feito tudo o que é
necessário para tratar e proteger da
melhor maneira estes bebés”, argu-
menta. O Dia Mundial da Prematuri-
dade vai ser assinalado no Centro de
Congressos da Alfândega do Porto,
numa cerimónia onde estarão, entre
outros, o presidente executivo da
Fundação Europeia para os Cuida-
dos do Recém-Nascido, Silke Mader,
o bispo do Porto, Manuel Clemen-
te, e o pediatra e autarca Luís Filipe
Menezes.
Há cada vez mais bebés prematuros em Portugal
Saúde
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | LOCAL | 23
Mouraria volta a sair vencedora no Orçamento Participativo de Lisboa
Entre os 231 projectos concorrentes, a Mouraria liderou os dois grupos em que estavam divididos. Entre passeios cor-de-rosa, paredes de escalada e sessões de fi losofi a para crianças, foram 15 os aprovados
MIGUEL MANSO
A Mouraria voltou a ter este ano os projectos mais votados, facto que pode reflectir os níveis de organização dos promotores
No rescaldo das eleições america-
nas, Lisboa conheceu ontem os re-
sultados de uma outra votação: a do
Orçamento Participativo promovido
pelo município. Entre os 231 projec-
tos candidatos, nesta quinta edição,
foram eleitos 15.
A participação dos munícipes na
votação, feita através da internet,
foi a maior de sempre, apesar da
redução para metade do orçamento
disponível. O número de votantes
aumentou em 77% em relação ao
ano passado, afi rmou a vereadora
da Modernização Administrativa,
Graça Fonseca.
Os projectos para o bairro da Mou-
raria foram novamente os grandes
vencedores, com as duas propostas
mais votadas, uma em cada catego-
ria: a dos projectos até 150 mil euros
e a dos que se situam entre os 150
mil e os 500 mil euros.
A Casa da Mobilidade da Moura-
ria reuniu 1729 votos e tem previsto
um orçamento que ronda os 150 mil
euros. Já o Centro de Inovação da
Mouraria, a proposta mais votada
entre todas, com 2608 votos, re-
ceberá cerca de 400 mil euros. A
iniciativa Lisboa Acessível, que se-
rá desenvolvida em várias zonas da
cidade, arrecadará 500 mil euros,
mas conseguiu menos votos.
Bernard Aznar, um dos respon-
sáveis pelo Centro de Inovação da
Mouraria, explicou que o projecto
pretende ser “como uma espécie de
incubadora de outras ideias”.
Questionada sobre possíveis “in-
compatibilidades” resultantes do
facto de o Centro de Inovação da
Mouraria estar previsto para fun-
cionar num edifício, no Quarteirão
dos Lagares, que foi alvo de obras
de reabilitação urbana no âmbito do
Quadro de Referência Estratégico
Nacional (QREN), a vereadora rejei-
tou essa hipótese. Trata-se afi rmou,
de ter, ou não, um “edifício fecha-
do, onde não acontece nada ou um
edifício onde há um projecto” que
partiu da comunidade. A autarca
lembrou que já em edições ante-
riores foram eleitos projectos que
funcionam em edifícios municipais,
como é o caso da Start-up Lisboa, na
Rua da Prata.
A votação, que começou a 17 de
Setembro e terminou no fi nal do
mês passado, elegeu mais 12 projec-
tos. Entre eles encontra-se a requali-
fi cação do espaço público na Quinta
da Luz, onde também irá haver um
novo parque infantil.
O Largo da Graça e a Rua Voz do
Operário também serão alvos de re-
qualifi cação. Já a Rua de Campolide
foi contemplada com um estudo de
ordenamento viário e o Vale do Si-
lêncio, nos Olivais, com uma parede
de escalada. Na onda da escalada e
do desporto, foi também aprovado
um rocódromo indoor e a constru-
ção de campos de basquetebol em
frente à zona ribeirinha.
Mas para evitar corridas em busca
de um ponto com internet gratui-
ta, o Lisboa Wi-Fi pretende garantir
acesso gratuito à internet em mira-
douros e jardins, uma iniciativa que
complementará uma outra igual-
mente aprovada de aplicações para
smartphones. Nesta edição, quatro
projectos individuais destinados às
crianças do 1º ciclo de ensino bási-
co foram agregados ao Passaporte
Escolar, um grupo de trabalho que
pretende realizar uma série de ini-
ciativas que estimulem as capacida-
des das crianças de bairros sociais, a
fi m de lhes conferirem ferramentas
de diálogo, argumentação e estabi-
lidade emocional.
E nem os cantores foram esqueci-
dos neste orçamento participativo.
O passeio em frente à Casa-Museu
Amália Rodrigues irá ter a assinatura
da fadista, em calçada portuguesa
cor-de-rosa e, em local ainda a es-
tudar, será erguido um monumento
em honra do cantor Zeca Afonso.
Ao todo, cerca de 30 mil pessoas
escolheram os 15 projectos que irão
receber a atenção e apoio da câma-
ra — uma participação largamente
superior à conseguida em 2008, na
primeira edição, quando foram con-
tabilizados apenas mil votos.
Orçamento ParticipativoLiliana Pascoal Borges
Canil/Gatil estará concluído em 2013
O projecto tem enfrentado vários entraves
Graça Fonseca, a vereadora da Câmara de Lisboa que detém o pelouro da Modernização
Administrativa, do qual depende a organização do Orçamento Participativo, defendeu, na apresentação dos resultados da votação, a importância da comunicação horizontal nos serviços do município. A insuficiência desta forma de comunicação tem sido evidenciada pela própria organização desta iniciativa, sublinhou. A autarca aproveitou para fazer um balanço da concretização das edições
anteriores. “Em 2009/2010, 50% dos projectos estão implementado e 50% em execução. Espero que até ao final do ano, início do próximo, estes estejam concluídos. Quanto às edições de 2010/2011 e 2011/2012 estão todos em execução”, garantiu. Sobre um dos projectos que tem enfrentado mais “vicissitudes legais, formais e conjunturais”, o canil/gatil aprovado na 2ª edição, em 2009, a vereadora adiantou que, apesar de a obra já ter sido interrompida três vezes, deverá estar concluída durante o primeiro semestre do próximo ano.
24 | LOCAL | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
A contratação recente de oito novos
especialistas não resolve os proble-
mas de “extrema carência de mé-
dicos” do Centro Hospitalar Leiria-
Pombal (CHLP), afi rmou o presiden-
te do seu conselho de administração,
Hélder Roque, sublinhando que
aquele reforço resulta de “intensas
e insistentes negociações” com o
Ministério da Saúde. Os novos espe-
cialistas destinam-se a áreas como
a Psiquiatria, Otorrinolaringologia,
Anestesiologia, Ginecologia/Obste-
trícia e Gastrenterologia.
Para Hélder Roque, aquele centro
hospitalar — que inclui o Hospital
de Santo André (Leiria) e o Hospital
Distrital de Pombal — “é um dos hos-
pitais do país com menor número de
médicos”, pelo que foi com “satisfa-
ção” que foi acolhida a autorização
da tutela para os contratar. “Fizemos
o que nos competia, e pelas vias pró-
prias fi zemos o nosso trabalho de
formigas, esgotando todas as plata-
formas de diálogo com toda a tutela,
como sempre temos feito, na defesa
dos interesses do hospital e dos ci-
dadãos que servimos”, acrescentou
o administrador.
Hélder Roque espera que num fu-
turo próximo o Centro Hospitalar
Leiria-Pombal seja contemplado com
um “total de 46 médicos distribuídos
pelas diversas especialidades, mini-
mizando assim as carências” existen-
tes e que têm sido insistentemente
transmitidas à tutela. O presidente
do conselho de administração do
CHLP frisa que esta situação “faz
parte de um problema maior, que
afecta várias regiões e unidades do
país”. No seu entendimento, “a cor-
recção das assimetrias que penali-
zam o desempenho do Centro Hos-
pitalar não se resolve, infelizmente,
apenas com este concurso”, através
do qual foram colocados os novos
oito especialistas, e não é fácil de
conseguir.
“São necessárias mais medidas pa-
ra retirar os médicos, sobretudo os
mais graduados e diferenciados, dos
grandes centros e colocá-los onde
fazem mais falta, mais próximos das
necessidades dos cidadãos”, conclui
o administrador.
Hospital de Leiria precisa de mais 46 especialistas
Saúde Orlando Cardoso
Centro Hospital Leiria-Pombal conseguiu contratar oito especialistas, mas a administração diz que são precisos muitos mais
O aumento do caudal do Guadiana agrava o risco de proliferação
A forte pluviosidade que nos últimos
dias se abateu sobre a bacia hidro-
gráfi ca do Guadiana em território
espanhol, provocou a ruptura nas
barreiras de protecção (redes) que
foram colocadas na linha de água
para impedir a proliferação de
uma espécie infestante: o jacinto-
de-água.
José Martínez, director técnico
na Confederação Hidrográfi ca do
Guadiana (CHG), entidade que está
a realizar a extracção da planta do
lado espanhol, admite que grandes
fragmentos de jacinto-de-água “po-
dem ter chegado” à localidade extre-
menha de Lóbon, no município de
Montijo, localizada a cerca de três
dezenas de quilómetros da fronteira
portuguesa e da albufeira do Alque-
va. Antes deste incidente, a planta
encontrava-se retida na zona de Mé-
rida localizada a cerca de 60 quiló-
metros do território português.
Milhares de toneladas desta infes-
tante foram levadas pela forte cor-
rente do rio até serem de novo tra-
vadas pelas barreiras colocadas no
rio. O técnico da CHG garante que
foi travada a sua deslocação, evitan-
do que entrasse nos canais de rega
que alimentam blocos de regadio na
região. Se tal vier a acontecer, será
um desastre ambiental de “conse-
quências graves”, afrimou.
O mesmo poderá acontecer se
Jacinto-de-água cada vez mais perto de Alqueva
fragmentos da planta entrarem na
albufeira do Alqueva. O jacinto-de-
água quando dispõe de condições
ambientais favoráveis para o seu
crescimento —temperatura acima
dos 25 graus, forte luminosidade,
águas paradas e ricas em nutrientes,
— reproduz-se de uma incontrolável
em poucos dias. As consequências
imediatas refl ectem-se na morte da
fauna e fl ora subaquática.
A gravidade da situação vai obri-
gar a CHG a pedir ao Governo es-
panhol um apoio de 1,8 milhões de
euros para intensifi car e reforçar a
recolha do jacinto-de-água que co-
bre extensas áreas do troço do Gua-
diana na região de Mérida.
Desde 2004 — ano em que foi de-
tectada pela primeira vez a presen-
ça da infestante no rio Guadiana- —
foram recolhidas cerca de 300 mil
toneladas da planta oriunda do rio
Amazonas e gastos 23 milhões de
euros na sua recolha.
Diariamente continuam a ser
extraídas toneladas de jacinto-de-
água, uma espécie que não pode ser
transformada em biomassa ou em
alimentação para o gado. Há quem
já advogue a deslocação de manatis,
um peixe também conhecida por
vaca marinha, que tem o seu habitat
no rio Amazonas, onde se alimenta
de plantas aquáticas e sub-aquáticas
entre as quais o jacinto-de-água.
É patente a difi culdade revelada
pelas autoridades espanholas em
erradicar esta espécie infestante,
que está a revelar-se nociva à vida
aquática no Guadiana e uma ameaça
para as albufeiras que suportam o
fornecimento de água às centenas
de milhar de hectares de regadio
que existem na bacia hidrográfi ca
daquele rio, em território espanhol
e português.
PEDRO CUNHA
PragaCarlos Dias
Crescem as ameaças da chegada desta planta infestante ao Alqueva. Até aqui tem estado apenas do lado de lá da fronteira
Breves
Lisboa
Cais do Sodré
Ferreira do Alentejo
Predio municipal em risco fecha rua de São Lázaro
Estação ferroviáriaclassificada de interesse público
Assaltou banco com uma pedra e um cachecol na cara
A rua de São Lázaro, em Lisboa, está encerrada desde terça-feira à noite, por tempo indeterminado, entre o Martim Moniz e o Hospital de S. José devido a perigo de derrocada. “Há um problema com um edifício municipal, que tem de ser demolido e por uma questão de segurança a rua foi encerrada”, disse à Lusa o comandante da Polícia Municipal. O edifício já estava devoluto e ainda não há data para ser demolido.
A estação de comboios do Cais do Sodré foi classificada como monumento de interesse público, de acordo com uma portaria publicada ontem no DR. O edifício, refere o diploma, integra de “forma inovadora” a fachada do edifício na malha urbana preexistente. A classificação teve por base critérios “como o génio do respectivo criador, o valor estético e técnico do bem e a sua concepção arquitectónica”.
Uma dependência bancária em Ferreira do Alentejo foi ontem assaltada por um homem que roubou cerca de 3000 e foi detido pela GNR pouco depois. O assaltante, que confessou os factos, estava munido de uma pedra e tinha a cara tapada com um cachecol. Tem 43 anos e antecedentes criminais relativos ao consumo e tráfico de drogas. Foi reconhecido por testemunhas.
O turismo do Algarve pretende
conquistar um lugar no mercado
emergente do turismo de “saúde e
bem-estar”. Numa altura em o sec-
tor público da saúde sofre as conse-
quências dos cortes orçamentais,
surge em paralelo a oferta crescente
de hospitais privados, em formato
de hotel/clínica, para dar resposta a
clientes com poder de compra. Para
discutir o tema, teve ontem início,
na Escola Superior de Saúde da Uni-
versidade do Algarve, o I Congres-
so Internacional Saúde e Turismo,
evento que reúne cerca de uma cen-
tena de participantes. A construção
do novo Hospital Central do Algarve
continua adiada, e não fi gura no Or-
çamento de Estado para o próximo
ano, mas em contrapartida a região
tem vindo a assistir à multiplicação
de hospitais e clínicas privadas. A
região já conta com sete hospitais
privados, virados cada vez mais para
os turistas que visitam a região para
apanhar banhos de sol e praia, mas
também cuidar da saúde.
O administrador do grupo do
Hospital Particular do Algarve, João
Bacalhau, afi rmou na abertura do
congresso que 30% da facturação
da empresa corresponde a turistas.
“Este é um mercado com potencia-
lidades”, garantiu, referindo que a
região, pelo clima e situação geográ-
fi ca, pode assumir uma posição des-
tacada a nível mundial, nomeada-
mente na chamada “rota do Dubai”,
mercado considerado próximo, do
ponto visto geográfi co, mas distante
na estratégia empresarial.
Viegas Fernandes, professor da
Universidade do Algarve e um dos
organizadores do congresso, con-
siderou que a região “está a perder
quotas de mercado a favor de des-
tinos que apostaram no turismo de
bem estar”.
Algarve vira-se para o turismo de saúde
Congresso Idálio Revez
Os hotéis com SPA estão na moda, mas os hospitais com galeria de arte e sala de concertos poderão ser o futuro para atrair clientes
Peritos defendem que o futuro do turismo passa pelos hotéis virados para a saúde e bem-estar
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | ECONOMIA | 25
Orçamento dos portugueses para o Natal é o mais baixo desde 2005
Orçamento previsto para a época natalícia caiu 13,5% este ano, para 464 euros. Mais de metade das prendas são para as crianças e, pela primeira vez, os consumidores esperam gastar menos que os alemães
O orçamento dos portugueses para a
época natalícia está a fi car cada vez
mais curto. De acordo com Xmas
Survey da consultora Deloitte — um
inquérito feito em 19 países sobre as
intenções de compra no Natal — o va-
lor médio dos gastos previstos pelas
famílias portuguesas com presentes,
comida e eventos sociais é, este ano,
de 464 euros, menos 13,5% do que
em 2011. É, desde que em 2005 Por-
tugal foi incluído neste inquérito, não
só a maior quebra percentual, mas
também o montante mais baixo.
Quando em 2007 a crise fi nancei-
ra e económica dava os primeiros
passos, a expectativa dos portugue-
ses era gastar 596 euros, valor que
chegou mesmo aos 620 em 2009,
ano com algumas medidas orçamen-
tais expansionistas. O real impacto
da recessão só depois começou a
sentir-se na carteira dos consumi-
dores: em três anos, entre 2010 e
2012, o orçamento encolheu 19%.
Mas este ano também é inédito
por outro motivo: é a primeira vez
que os portugueses têm a expecta-
tiva de gastar menos do que os ale-
mães: 485 euros é quanto se deverá
gastar na Alemanha este Natal. Tra-
dicionalmente mais contidos nesta
época, os alemães esperam aumen-
tar o seu orçamento disponível para
compras em 7%, uma subida expres-
siva quando comparada com a ten-
dência média europeia (menos 0,8%
face a 2011, para 590,9 euros).
Nuno Netto, um dos responsáveis
pelo estudo da Deloitte, já esperava
uma “quebra bastante substancial”
nos gastos natalícios dos lares portu-
gueses. Refl ecte “a conjuntura actual
e a necessidade de os consumidores
adaptarem os seus gastos” à realida-
de económica, disse ao PÚBLICO.
Os cortes nos subsídios de Natal de
alguns trabalhadores, por exemplo,
são razões para a poupança.
Há, contudo, questões culturais
que ultrapassam os constrangimen-
tos impostos pela crise. Na Holanda,
por exemplo, as despesas são histo-
ricamente mais baixas (287 euros).
No lado oposto está a Irlanda, onde
cada lar gasta 965,8 euros.
No retrato global, os países afec-
tados pela turbulência da crise da
dívida são os que colocam maior
çamento seja menos elástico e que,
mesmo na actual conjuntura, haja
um esforço das famílias”, diz Nuno
Netto.
À espera do Pai NatalO presente mais desejado por 58%
dos portugueses é dinheiro. O con-
texto alterou drasticamente as prio-
ridades: em 2007, a prenda ambi-
cionada era roupa. Na lista estão
ainda livros, vestuário e sapatos ou
viagens. Quando questionados sobre
os presentes que tencionam comprar
a amigos e familiares, os inquiridos
escolhem livros e vestuário. Entre os
países europeus analisados, os livros
são, também, a prenda mais citada.
O estudo da Deloitte, que é hoje
ofi cialmente divulgado, refl ecte ain-
da a “enorme ansiedade” em que se
encontram os consumidores portu-
gueses devido ao contexto económi-
co e às medidas de austeridade. O
sentimento é partilhado por mais de
50% dos europeus, que classifi cam
como negativo o cenário actual. Lu-
ís Belo, Bruno Costa Cabral e Nuno
Netto, autores da versão portuguesa
do Xmas Survey, antevêem, “com
um certo grau de conservadoris-
mo”, que o consumo privado não
vai voltar aos níveis de há dois anos
antes de 2020.
Neste contexto, o preço é cada vez
mais determinante nas escolhas dos
consumidores e o acto de comprar
é planeado antecipadamente, ao
contrário do que sucedia antes da
crise. Para 95% dos portugueses e
92% dos europeus, o “factor preço”
é um “atributo crítico”.
Para chegar a estes resultados a
Deloitte questionou 18.587 pesso-
as em 19 países — 776 em Portugal.
O trabalho de campo foi realizado
em Setembro e, por isso, antes de
serem conhecidos os aumento da
carga fi scal incluídos no Orçamento
do Estado para 2013.
EstudoAna Rute Silva
travão nos gastos. Na Grécia, os in-
quiridos contam reduzir em 16,2%
as despesas (para um total de 406,9
euros), em Itália a descida é de 3,7%
(550,8 euros) e na Irlanda de 1,7%.
Os espanhóis também apertam o
cinto e reduzem despesas em 3,9%,
para 680,1 euros (acima da média
europeia), tal como os inquiridos da
República Checa (425,7 euros, uma
quebra de 2,7%).
Os 464 euros que cada família por-
tuguesa pretende gastar no Natal são
quase todos destinados a presentes
(233 euros). Segue-se a alimentação
e bebidas, que absorve 162 euros do
bolo total e, fi nalmente, as activida-
des de socialização (como idas ao
cinema ou jantares). Os protagonis-
tas da festa são as crianças: 51% do
dinheiro disponível para as pren-
das será aplicado em ofertas para
os mais novos. Cada lar compra, em
média, quatro presentes.
“As crianças fazem com que o or-
O presente mais desejado por 58% dos inquiridos portugueses é dinheiro. Em 2007, era roupa
Prendas pesam 50% no total dos gastos previstos das famílias
As previsões das famílias para as despesas na época natalícia
Fonte: Xmas Survey 2012, Deloitte
Dos mais poupados aos mais gastadores2012, em euros por inquirido
Expectativas de gastos no Natal2007-2012, em euros por inquirido
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Alemanha
Portugal
596
464
530
575
620
530
Irlanda
Suíça
Luxemburgo
Finlândia
Espanha
França
Dinamarca
Média europeia?
Bélgica
Itália
Eslováquia
Alemanha
Portugal
Rep. Checa
Grécia
Polónia
Holanda
965,8287
312,1
406,9
425,7
463,7
485,1
521,6
550,8
558,7
590,9
629,6
639,3
680,1
746,2
815,1
816,6
Os presentes mais desejadospelos portugueses
10987654321 Dinheiro
Livros
Roupa e sapatos
Viagens
Tablets
Jóias e relógios
Laptop e computadores
Cosmética e perfumes
Smartphone
Tratamentos de belezae massagens420
485
449
470
485
360
51% do orçamento é para comprar presentes para crianças. Em média os portugueses compram 4 presentes destinados aos mais novos
Média dos 19 países analisados
26 | ECONOMIA | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
A zona euro vai ter de esperar mais um ano pela recuperação económica
Em meio ano, o optimismo da Comis-
são Europeia (CE) quanto à evolução
da economia esbateu-se de forma sig-
nifi cativa. O próximo ano — até aqui
visto como o ano da retoma — será
de estagnação na zona euro. Na Pri-
mavera, Bruxelas previa que só um
país estivesse em recessão em 2013
— Espanha. Agora, há cinco países
que voltarão a ver a sua economia
recuar. Todos os outros, incluindo
a Alemanha e a França, vão crescer
muito menos.
Mesmo com os planos de consoli-
dação em curso, haverá derrapagens
orçamentais e a dívida pública será
mais alta do que o previsto. Para Por-
tugal, as previsões mantêm-se, mas
a recuperação em 2014 será, afi nal,
mais tímida. E fi ca o aviso: tanto este
ano como no próximo, há sérios ris-
cos às metas do défi ce nacional.
As novas previsões de Outono da
CE, ontem divulgadas, continuam a
ser marcadas por uma forte dispari-
dade entre a periferia e o centro eu-
ropeu, mas, no global, encaminham-
se num mesmo sentido: entre Maio
e Novembro, com um Verão quente
pelo meio, o cenário económico da
zona euro deteriorou-se. Depois de
uma contracção de 0,4% este ano, o
Produto Interno Bruto (PIB) dos 17
países da moeda única crescerá ape-
nas 0,1% no próximo ano. Há seis me-
ses, Bruxelas previa um crescimento
de 1%. O mesmo acontece ao nível da
União Europeia (UE): em vez de cres-
cer 1,3%, a economia dos 27 deverá
crescer apenas 0,4%.
“A Europa atravessa um período
difícil de reequilíbrio macroeconó-
mico que vai durar um certo tempo”,
justifi cou ontem o comissário euro-
peu dos assuntos económicos, Olli
Rehn. O responsável recorda que as
tensões nos mercados diminuíram e
que houve avanços no projecto euro-
peu. Mas “não há margem para com-
placência”, avisa, defendendo que
“a Europa tem de continuar a com-
binar políticas orçamentais sólidas
com reformas estruturais, de modo
a criar condições ao crescimento sus-
tentável e à redução do desemprego,
que está neste momento em níveis
inaceitáveis”.
Nas novas previsões da CE, nem
mesmo as grandes economias serão
poupadas. O grande motor da eco-
nomia europeia, a Alemanha, vai
crescer 0,8% em 2013, abaixo dos
1,7% previstos na Primavera. Um
claro sinal de que, como disse on-
tem o presidente do Banco Central
Europeu (BCE), Mario Draghi, a cri-
se também já chegou à Alemanha.
A segunda maior potência, a Fran-
ça, também vai crescer bem menos:
0,4% e não 1,3%.
Na periferia, o cenário generaliza-
do é de recessão. Se até aqui a CE
apenas via a economia espanhola a
cair no próximo ano, prevê agora que
a contracção se mantenha na Grécia,
em Portugal, no Chipre, em Itália e
na Eslovénia. No caso da economia
helénica, onde Bruxelas estava ini-
cialmente a apontar para uma estag-
nação, o PIB irá cair 4,2%, naquele
que será o sexto ano consecutivo de
recessão. Já a economia espanhola
irá recuar 1,4%. E não conseguirá
cumprir a meta do défi ce com que
se comprometeu em 2013 e 2014.
Retoma fraca em PortugalSó em 2014 é que a economia do eu-
ro voltará a crescer com mais fôlego
(1,4%). A CE espera que, daqui a dois
anos, já praticamente todos os países
da moeda única tenham saído da re-
cessão, com excepção do Chipre, que
pediu recentemente ajuda externa.
Mas este atraso na retoma europeia
tem impacto noutros indicadores,
cuja tendência negativa poderá ser
difícil de inverter.
É o caso do desemprego. O núme-
ro de pessoas sem trabalho vai conti-
nuar a aumentar e atingir os 11,8% da
população activa em 2013, manten-
do-se em 11,7% em 2014. Numa das
análises conduzidas no relatório, a
CE avisa que há um forte risco de a
taxa de desemprego natural subir, e
de o desemprego se tornar “persis-
tente mesmo depois de a economia
começar a recuperar”.
Outro “efeito colateral” da crise é
o aumento da dívida pública. Na zo-
na euro, o endividamento dos Esta-
sim contrair 1%. Contudo, para 2014,
Bruxelas prevê uma evolução menos
positiva do que a projectada há ape-
nas um mês: o PIB deverá crescer
0,8%, e não 1,2%.
Com “o enorme aumento de im-
postos” a caminho no próximo ano
e uma deterioração das perspecti-
vas de crescimento da zona euro, a
Portugal de Passos Coelho e a periferia em recessão, Alemanha de Merkel e o centro a abrandarem
O “Verão quente” na Europa obrigou Bruxelas a rever em baixa as suas previsões. A região da moeda única vai estagnar em 2013. E, para Portugal, há fortes riscos às metas do défi ce
Crise do euroAna Rita Faria
dos deverá chegar aos 94,5% do PIB,
mais dois pontos do que a CE estava a
prever. Na origem deste agravamen-
to está a revisão em alta da dívida
pública dos países periféricos, que
oscila entre os 188,4% na Grécia e os
92,7% em Espanha. Apesar dos pla-
nos de consolidação, as signifi cativas
revisões em baixa do crescimento, ao
reduzirem o valor do PIB, aumentam
automaticamente a dívida.
No caso de Portugal, as previsões
ontem divulgadas pela CE trouxeram
poucas novidades ao nível do cenário
macroeconómico. Em linha com o
que constava já do relatório da últi-
ma avaliação da troika, a economia
nacional não irá recuperar em 2013 e
Fonte: Comissão Europeia
Previsões do PIB para 2013, taxa de variação em percentagem
Bruxelas está mais pessimista sobre a zona euro
Est.Eslová.Mal.Irl.Áus.Fin.Ale.Lux.Bél.Fra.Hol.Z. EuroItál.PortugalEsp.Eslové.Chip.Gré.
0,30,00,7
0,3 0,41,0 0,7
1,3 1,2
2,11,7 1,6 1,7 1,9 1,9
2,93,8
-4,2
-1,7 -1,6 -1,4
-0,3-1
-0,5
0,1 0,3 0,4 0,7 0,7 0,8 0,8 0,9 1,11,6
2
3,1Antes (Maio)Agora (Novembro)
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | ECONOMIA | 27
FMI não convence equipa liderada por Durão Barroso
TOBIAS SCHWARZ/REUTERS
Depois de toda a polémica provo-
cada pelo estudo do Fundo Mone-
tário Internacional (FMI) sobre os
multiplicadores orçamentais, a Co-
missão Europeia (CE) resolveu não
se dar por vencida. No relatório das
Previsões Económicas de Outono,
contrapõe à análise do FMI outra
análise, onde concluiu que os mul-
tiplicadores orçamentais estão bem
calculados e as medidas de auste-
ridade roubam menos de um euro
ao crescimento, e não até 1,7 euros
como o FMI calculou.
A polémica remonta ao início do
mês passado, quando o economista-
chefe do FMI, Olivier Blanchard, as-
sinou uma caixa sobre o assunto no
relatório das previsões económicas
da instituição. Aí, concluía que os
modelos de projecção usados es-
tavam a subestimar o impacto da
austeridade. Até aqui, pensava-se
que, por cada euro de cortes de des-
pesa ou aumento de impostos, se
perdia 50 cêntimos do PIB, mas na
realidade, desde o início da crise, o
que tem havido é uma contracção
adicional de 90 cêntimos a 1,7 eu-
ros — os chamados multiplicadores
orçamentais.
As conclusões geraram frenesim
e vieram dar força à tese de que é
preciso abrandar o ritmo de con-
solidação. Mas a CE tem opinião
contrária e fez questão de fazer os
seus cálculos. Bruxelas começa por
fazer alguns reparos à metodologia
seguida pelo FMI, nomeadamente
ao facto de ter-se baseado em erros
nas previsões passadas para sugerir
que os multiplicadores orçamentais
não eram adequados. Outro reparo
prende-se com a amostra: enquanto
o FMI partiu da análise de um con-
junto de países, a CE decidiu cen-
trar-se na zona euro. Além disso,
optou por tratar o caso da Grécia
à parte, bem como o de países que
lançaram estímulos à economia, co-
mo a Alemanha.
As conclusões são que, apesar de
os multiplicadores orçamentais para
consolidações permanentes serem
maiores agora do que em circuns-
tâncias normais (devido a eleva-
das restrições de crédito e a taxas
FMI errou: a austeridade rouba menos de um euro à economia
de juro baixas), “é importante que
se separem os efeitos na activida-
de económica das consolidações
orçamentais dos que estão relacio-
nados com a crise de dívida sobe-
rana”, nomeadamente o receio dos
investidores quanto à insufi ciência
dos planos de redução do défi ce em
alguns países.
“Tendo em conta a natureza tem-
porária dos estímulos em países co-
mo a Alemanha, e excluindo o caso
particular da Grécia, a evidência é
consistente com um multiplicador
orçamental médio inferior a um”,
conclui a CE. Recentemente, o mi-
nistro das Finanças português, Vítor
Gaspar, revelou no Parlamento que
as previsões económicas do próxi-
mo ano têm subjacente um multipli-
cador de 0,8, ou seja, ligeiramente
acima do intervalo de 0,5 a 0,7 que é
usado como modelo por Bruxelas.
Apresentados os cálculos, a CE
retira as outras conclusões, defen-
dendo que, quando se discute o
impacto negativo de curto prazo da
consolidação orçamental, é impor-
tante não perder de vista o reverso
da medalha. “Para os países mais
vulneráveis, a exposição a pressões
fi nanceiras dos mercados signifi ca
que não há alternativa a perseguir
medidas de consolidação”, defende
a CE, lembrando que “a alternativa
de aumento de prémios de risco e de
custos de fi nanciamento seria pior
para estes países”.
Ana Rita Faria
CE avisa que os riscos para Portugal
aumentaram. Não só as tensões na
zona euro e, nomeadamente, em Es-
panha, podem contagiar a economia
nacional, como há o risco de uma
nova derrapagem orçamental.
O facto de o ajustamento orçamen-
tal do próximo ano incidir no aumen-
to da receita faz Bruxelas temer que
aconteça em 2013 o mesmo que este
ano, ou seja, que as receitas fi scais
fi quem abaixo do esperado, com-
prometendo a meta do défi ce. Este
alerta já tinha sido deixado no rela-
tório da CE sobre a quinta avaliação,
onde se exigia, aliás, que o Governo
preparasse para 2013 um plano de
contingência do lado da despesa.
Do mesmo modo, Bruxelas identi-
fi ca também que há um risco à meta
do défi ce deste ano, decorrente da
possibilidade de o Eurostat inviabi-
lizar o registo da operação de con-
cessão da ANA nas contas públicas.
A CE continua, contudo, sem escla-
recer se, em caso de desvio, obrigará
ou não o Governo a tomar medidas
adicionais este ano.
Crise bateu à porta da Alemanha, diz Draghi
Quase 62% do ajustamento foi na receita
Líder do BCE receoso sobre a economia alemã
Estímulos seriam contraproducentes, avisa CFP
AAlemanha tem resistido à crise das dívidas soberanas, mas o abrandamento económico da zona euro
mostra que já não está imune às dificuldades. A leitura foi feita ontem em tom de alerta pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, para quem “não é uma surpresa” que a crise esteja a bater à porta da primeira economia europeia. O facto de começar a sentir este impacto negativo deve levar a Alemanha a aceitar que as medidas tomadas pela zona euro para garantir a estabilidade da moeda única também a beneficiam, sustentou o líder do BCE, num congresso em Frankfurt. Ao mesmo tempo
que revelou alguma apreensão face aos últimos dados macroeconómicos da Alemanha, Draghi serviu-se desse facto para defender as últimas decisões de política monetária do BCE, sublinhando que a própria Alemanha terá a ganhar com a compra ilimitada de dívida pública. A Alemanha é “uma economia aberta e integrada”, mas, estando exposta a países cuja actividade está a abrandar ou em contracção, não fica imune à desaceleração do resto da zona euro. Quanto às reformas dos países, falou em alguns sinais “encorajadores”, mas reconheceu que “ainda há um longo caminho a percorrer”. Pedro Crisóstomo
Sem medidas temporárias, não recorrentes e factores especiais, a distribuição do esforço de ajustamento
está muito mais concentrada do lado da receita do que do da despesa. A conclusão é do Conselho de Finanças Públicas (CFP). O órgão independente de fiscalização do Estado diz que há um “enviesamento optimista” nas previsões do Governo para 2013. Mas alinha com o Governo ao defender que uma política contracíclica de estímulos à economia não seria a solução.
Na análise à proposta do Orçamento do Estado (OE) de 2013, ontem divulgada, o CFP – que vai ser hoje ouvido no Parlamento – apresenta os seus cálculos. Extraindo o efeito de medidas temporárias, não recorrentes e factores especiais (como os cortes dos subsídios na função pública e nos pensionistas ou as receitas extraordinárias dos fundos de pensões ou de concessões), 61,9% do ajustamento estrutural total entre 2010 e 2013 basear-se-á em medidas do lado da
receita. De acordo com o Conselho, os “ajustamentos estruturais à despesa corrente não dão praticamente qualquer contributo para o ajustamento previsto no saldo global, dado que o acréscimo da despesa com juros absorve quase por completo a redução observada na despesa corrente primária”.
O CPF defende, por isso, que é preciso um corte estrutural na despesa, que tem de passar por “regras orçamentais apropriadas, de um enquadramento de médio prazo das despesas eficiente, com uma cobertura institucional alargada, em simultâneo com a adopção de métodos de gestão da despesa pública eficazes”.
A opção de arrepiar caminho, lançado medidas de estímulo, é para o CPF “contraproducente”, pois implicaria financiamento adicional e, consequentemente, o agravamento da dívida pública. “Perante a perda de confiança dos credores, a opção de adiar ou retardar a consolidação não existe”, conclui. A.R.F.
0,1%A CE prevê que, em 2013, a zona euro praticamente estagne, crescendo 0,1%. A anterior previsão apontava para um crescimento de 1%.
11,8%O desemprego na zona euro vai atingir um novo recorde em 2013. Bruxelas avisa que este nível poderá persistir mesmo quando a economia recuperar.
28 | ECONOMIA | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
Bolsas
PSI-20 Última Sessão Performance (%)Nome da Empresa Var% Fecho Volume Abertura Máximo Mínimo 5 dias 2012
PSI 20 INDEX -1,26 5305,170 168344538 5399,650 5410,040 5300,020 -0,23 -3,44ALTRI SGPS SA 0 1,380 158245 1,378 1,380 1,361 1,55 15,00BANCO BPI SA -1,68 0,817 977516 0,840 0,846 0,810 -3,82 73,57BCP 0 0,072 133148698 0,072 0,072 0,070 1,41 -18,25BES -0,26 0,771 19806280 0,778 0,784 0,753 1,05 -5,29BANIF-SGPS -0,72 0,138 344693 0,141 0,141 0,138 -7,33 -59,41COFINA SGPS -5,64 0,435 72272 0,450 0,450 0,428 -3,56 -42,76EDP -2,22 1,985 5511048 2,051 2,079 1,985 -2,73 -16,98EDP RENOVAVEIS -0,84 3,768 756224 3,802 3,839 3,760 2,15 -20,30ES FINANCIAL -0,18 5,440 8282 5,440 5,440 5,420 0,18 5,63GALP ENERGIA -2,32 12,000 1084008 12,350 12,390 12,000 -3,65 5,45J MARTINS SGPS 0,72 13,950 1008245 13,900 14,100 13,840 2,14 9,07MOTA ENGIL 1,01 1,297 73680 1,323 1,323 1,296 -2,36 25,31PT -2,44 3,766 2748806 3,873 3,880 3,766 0,55 -15,37PORTUCEL -0,38 2,105 175948 2,093 2,134 2,093 -1,49 14,46REN -0,15 1,997 70631 1,995 2,001 1,987 0,05 -5,36SEMAPA -1,1 5,416 15634 5,434 5,484 5,406 1,41 0,86SONAECOM SGPS -1,31 1,430 593206 1,427 1,500 1,415 7,73 17,70SONAE IND. -1,75 0,506 114430 0,521 0,524 0,506 -2,28 -20,31SONAE -1,38 0,572 1247269 0,579 0,584 0,567 0 24,62ZON MULTIMEDIA -1,36 2,538 429423 2,595 2,610 2,531 5,88 9,30
O DIA NOS MERCADOS
Acções PSI20Euro Stoxx 50Dow Jones
Variação dos índices face à sessão anterior
Divisas Valor por euro
Diário de bolsa
Dinheiro, activos e dívida
Preço do barril de petróleo e da onça, em dólares
MercadoriasPetróleoOuro
ObrigaçõesOT 2 anosOT 10 anos
Taxas de juro Euribor 3 mesesEuribor 6 meses
Euribor 6 meses
Portugal PSI20
Últimos 3 meses
Últimos 3 meses
Obrigações 10 anos
Mais Transaccionadas Volume
Variação
Variação
Melhores
Piores
Últimos 3 meses
Últimos 3 meses
Europa Euro Stoxx 50
BCP 133.148.698BES 19.806.280EDP 5.511.048PT 2.748.806Sonae 1.247.269
Mota Engil 1,01%J Martins SGPS 0,72%B.Com.Português 0%
Cofina SGPS -5,64%Portugal Telecom -2,44%Galp Energia -2,32%
Euro/DólarEuro/LibraEuro/IeneEuro/RealEuro/Franco Suíço
7
8
9
10
11
1,27610,7984102,022,59441,2063
0,196%0,375%
109,061713,91
6,520%8,490%
-1,26%-2,24%
-
2200
2300
2400
2500
2600
4300
4600
4900
5200
5500
0,350
0,475
0,600
0,725
0,850
ADRIANO MIRANDA
Acções de formação voltaram ao normal no início de Outubro
O ministro das Finanças, Vítor Gas-
par, já autorizou o Instituto do Em-
prego e Formação Profi ssional (IEFP)
a prosseguir com as acções de forma-
ção profi ssional que deveriam ter-se
iniciado em Setembro e que estavam
suspensas. Desde o início de Outu-
bro, as acções já estão a decorrer no
terreno, desbloqueando-se assim a
situação criada por uma orientação
dada pelas Finanças a todos os or-
ganismos públicos, proibindo a as-
sunção de novos compromissos de
despesas.
Um despacho assinado pelo minis-
tro das Finanças, com data de 10 de
Outubro, dá luz verde ao IEFP e aos
centros de formação profi ssional de
gestão partilhada para assumirem as
despesas necessárias para prossegui-
rem com as acções previstas. “A con-
cretização deste despacho permite
que os planos previstos estejam a ser
realizados”, confi rmou ao PÚBLICO
fonte ofi cial do IEFP.
Em causa estavam todas as acções
de formação destinadas aos desem-
pregados e aos jovens, assim como
a educação e formação de adultos,
eu deveriam ter-se iniciado a 12 de
Setembro e que implicavam a contra-
tação de formadores (que trabalham
em regime de prestação de serviços),
a aquisição de material ou o aluguer
espaços.
A questão foi também levantada
ontem pelo Bloco de Esquerda du-
rante a discussão na especialidade do
Orçamento do Estado (OE) para 2013.
A deputada Catarina Martins acusou
o ministro da Economia de ser inca-
paz de responder aos problemas do
desemprego. “O ministro não apre-
senta medidas concretas e quando
o faz vem o ministro das Finanças e
diz que elas não existem”, criticou.
Álvaro Santos Pereira rejeitou as crí-
ticas e garantiu que a situação está
“completamente ultrapassada”, até
porque “seria inaceitável que o ensi-
no profi ssional estivesse parado”.
Do lado da bancada do Partido
Socialista, o ministro foi confron-
tado com os elevados números do
desemprego. “Num ano, o Governo
já destruiu 204800 empregos. O sr.
Ministro é um verdadeiro extermina-
Ministro das Finanças desbloqueia verbas para formação profissional
dor implacável do emprego. Por este
caminho, no fi nal da legislatura terão
mais de um milhão de desemprega-
dos”, atirou o deputado Nuno Sá.
Santos Pereira não gostou do que
ouviu e acusou o PS — “o partido da
bancarrota” — de querer branquear
o passado. “As políticas do PS para o
emprego foram a Estamo, a Parque
Escolar, as rendas das PPP, as ren-
das da energia”, ironizou. O ministro
destacou os resultados alcançados
com as medidas de apoio ao empre-
go. Cerca de uma centena de desem-
pregados a acumular subsídio com
salários, 8258 desempregados foram
colocados ao abrigo do programa Es-
tímulo 2012 e mais de 800 jovens no
novo programa de estágios.
Resultados que para PS, PCP e Blo-
co de Esquerda são diminutos face à
dimensão do problema. “[O ministro
da Economia] está no meio do fura-
cão com um guarda-chuva”, resumiu
a deputada do Bloco de Esquerda,
Catarina Martins.
Durante o debate nas comissões de
Orçamento e Finanças e de Trabalho
e Segurança Social, Santos Pereira
garantiu ainda que as alterações à le-
gislação laboral não irão além do que
prevê o memorando da troika.
O ministro da Economia revelou
que o Governo está a estudar “a cria-
ção de títulos de dívida pública” para
ajudar a fi nanciar a “reindustrializa-
ção do país” e disse que a proposta
do Governo para a reformulação do
QREN foi aprovada pela Comissão
Europeia.
TrabalhoRaquel Martins
Acções de formação estavam suspensas devido a congelamento de verbas decidido para reduzir o défice
200 euros por desempregado contratado
Novos apoios dados pelo Estado às empresas
Os apoios dados pelo Estado às empresas que contratem desempregados mais velhos serão mais generosos e o
acesso mais flexível do que os apoios que já estão em vigor para apoiar a contratação de jovens.
De acordo com o projecto de portaria a que o Público teve acesso, as empresas que contratem desempregados com 45 ou mais anos, inscritos nos centros de emprego há pelo menos seis meses, terão direito ao reembolso total ou correspondente a 75% da TSU, até um máximo de 200 euros.
As condições são diferentes das que existem para jovens
desempregados. A duração mínima de inscrição nos centros de emprego para aceder à medida é de seis meses, contra 12 meses exigidos aos desempregados mais jovens. Além disso o limite máximo é superior aos 175 euros concedidos a quem contrata desempregados até 30 anos.
De acordo com a portaria, é “atribuída mais flexibilidade à duração dos contratos de trabalho a termo apoiados, bem como ao critério da criação líquida de emprego, passando a ser, ainda, considerados os contratos de trabalho a tempo parcial”.
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | ECONOMIA | 29
Esta é uma semana diferente para a
TAP. A começar pela agitação que se
gerou no parque de estacionamento
da empresa, junto ao aeroporto de
Lisboa. Ontem, um dos seguranças
tentava controlar as entradas de to-
dos os convidados que aterraram na
companhia na segunda-feira, em re-
presentação do milionário colombo-
brasileiro que quer fi car com a trans-
portadora aérea do Estado.
Germán Efromovich, o único in-
vestidor que fez uma oferta não-vin-
culativa pela TAP, desenhou um ver-
dadeiro plano de ataque para auditar
a companhia. O documento criado
para acompanhar a due dilligence [au-
ditoria] que começou segunda-feira
tem quatro páginas e toca em pontos
diversos: dos acordos de empresa fi r-
mados com os trabalhadores à renta-
bilidade das rotas, sem esquecer as
contas da unidade de manutenção no
Brasil, desde sempre defi citária.
O milionário colombo-brasileiro,
que está na corrida à transportado-
ra estatal através da holding Syner-
gy (que já detém três companhias:
Avianca Brasil, a colombiana Avianca
e a peruana Taca), escolheu um no-
me sugestivo para o plano que conce-
beu: Projecto Cabral, numa associa-
ção muito provável a Pedro Álvares
Cabral, o português apontado como
descobridor do Brasil.
Neste caso, a orientação é a inver-
sa. A TAP, que tem vindo a desbravar
caminho no mercado brasileiro, tor-
nou-se agora apetecível para Efromo-
vich, porque poderá servir de ponte
entre a América Latina e a Europa,
onde a Avianca ainda só tem duas li-
gações: Madrid e Barcelona.
Ontem, no estacionamento da
companhia portuguesa, era impos-
sível não reparar na investida transa-
tlântica. Um dos primeiros nomes na
lista do segurança era precisamente
o da Synergy. Enquanto o PÚBLICO
aguardava luz verde para entrar, che-
garam os representantes da Ernst &
Young, uma das quatro consultoras
que estão a assessorar Efromovich na
auditoria, que só termina amanhã.
O programa dos cinco dias fi cou
bem defi nido no documento a que o
PÚBLICO teve acesso. Na segunda-
Efromovich monta plano de ataque para decidir se avança para a TAP
feira, começou por uma reunião com
a administração da TAP, seguindo-se
uma análise às questões relacionadas
com legislação e rede de rotas. Terça
e quarta-feira a lupa foi colocada so-
bre a frota, a área comercial e a situa-
ção fi nanceira e tributária do país.
Um dia só para a VEMHoje será dia de voltar as atenções
para os negócios complementares,
como o handling e a manutenção de
aviões em Portugal. O programa ter-
minará amanhã, num dia totalmente
dedicado à unidade de manutenção
do Brasil. A empresa, adquirida à
Varig, falida, nunca conseguiu gerar
lucros. A sua inclusão na privatização
gerou, aliás, o afastamento de um po-
tencial candidato, o grupo IAG (que
junta a British Airways e a Iberia).
Além das consultoras, Efromovich
escolheu uma comitiva de peso para
avaliar a TAP. Tal como o Presstur no-
ticiou, estão em Portugal o presidente
e o administrador fi nanceiro da Avian-
ca Brasil (Santiago Diago e Frederico
Pedreira) e ainda o vice-presidente
para o planeamento da AviancaTa-
ca, Eduardo Asmar. No documento a
AviaçãoRaquel Almeida Correia
PÚBLICO teve acesso ao documento que detalha a auditoria à TAP. Processo termina amanhã, com foco na legislação e eficiência
O grupo TAP, que engloba a compa-
nhia de aviação e participadas como a
Groundforce (handling) e a M&E Bra-
sil (manutenção), chegou ao fi nal do
terceiro trimestre com perdas acu-
muladas de 50,3 milhões de euros.
A melhoria verifi cada nos meses do
Verão não compensou as perdas re-
gistadas no primeiro semestre.
Um comunicado enviado ontem
pela empresa refere que, entre Ju-
lho e Setembro, o grupo, que está
Grupo TAP acumula prejuízos de 50 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano
em processo de privatização, gerou
lucros de 89,7 milhões, a abater aos
140 milhões sofridos entre Janeiro
e Junho. A recuperação sentida nos
últimos meses fi cou a dever-se ao
desempenho do negócio da aviação,
que registou um resultado positivo
de 102,3 milhões, o que signifi ca um
aumento de 21% face a 2011.
Estes lucros foram penalizados por
outras participadas do grupo, como
a defi citária M&E Brasil, que teve per-
das de 13,7 milhões. Quanto à opera-
dora de handling Groundforce, deti-
da em 49,9% pelo grupo, registou-se
lucros de 1,1 milhões.
Resultados Raquel Almeida Correia
PUBLICIDADE
que o PÚBLICO teve acesso, constam
ainda a directora corporativa e a con-
troladora fi nanceira da Synergy, bem
como outro administrador da Avianca
Brasil, Claudio Velez.
As quatro páginas que os acompa-
nham na auditoria à TAP, que servirá
de base à oferta fi nal que Efromovi-
ch terá de apresentar ao Governo até
7 de Dezembro, vão ao mais ínfi mo
pormenor. Entre outras questões, o
investidor quer saber que obrigações
existem para com os trabalhadores,
quais os planos de renovação da frota
e qual o nível de produtividade dos
pilotos e dos tripulantes de cabine.
Além disso, pediu-lhes para descre-
verem as principais rotas da empresa
e a tarifa média, para identifi carem
inefi ciências na rede e fazerem previ-
sões macroeconómicas do país. E não
se esqueceu de colocar na lista de afa-
zeres uma análise à política de fi nan-
ciamento da TAP e ainda ao acordo
fi rmado com a Urbanos, que adquiriu
50,1% do negócio do handling este
ano. O grupo de logística prevê que
a operadora de assistência em terra
chegue ao fi nal de 2012 com prejuízos
de quatro milhões de euros.
DANIEL ROCHA
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30 | MUNDO | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
Os “partidos dentro do partido” são reconhecidos no discurso oficial
O Gang de Xangai contra a Liga da Juventude
O porta-voz do Partido Comunis-
ta Chinês confi rmou ontem, antes
do início do 18.º Congresso, a no-
meação de Xi Jinping como novo
secretário-geral e futuro Presidente
do país, e imediatamente choveram
comentários no Weibo, o site chi-
nês de microblogging, comparando
o acontecimento com a eleição de
Obama.
“Estávamos todos ansiosos por sa-
ber quem seria o novo líder”, dizia
um post do Weibo. E outro: “Esta-
mos a seguir as eleições americanas,
e ninguém quer saber da liderança
chinesa, que está tão afastada do po-
vo que é como se fosse de um país
estrangeiro. Que vergonha”.
Outro post ainda do Weibo en-
sinava um truque: se se mantiver
aberto no ecrã do computador o si-
te da Xinhua (a agência de notícias
ofi cial chinesa), é possível aceder
ao Google, e até por vezes ao Face-
book, noutra janela. Um comentá-
rio jocoso colocado a seguir garantia
que, enquanto se mantivesse aberto
o site da Xinhua, se podia aceder a
praticamente tudo na vida.
O congresso e as facçõesComeça hoje em Pequim, e decor-
rerá durante uma semana, o Con-
gresso que, de dez em dez anos,
tem vindo a substituir os líderes,
nomeando o Politburo do Comité
Central e a respectiva Comissão
Permanente, e defi nindo as orien-
tações políticas para os quinqué-
nios seguintes.
Os nomes dos novos Presidente
e primeiro-ministro são conheci-
dos. Serão Xi Jinping e Li Keqiang,
que já tinham as funções de vice-
presidente e vice-primeiro-ministro
respectivamente. O que permanece
uma incógnita para a maioria dos
chineses é que facção do partido
vai predominar e se irão ou não ser
feitas reformas no sistema. Pelo que
transpirou até agora dos meandros
esotéricos da organização, é a sua
facção mais conservadora que pare-
ce levar a melhor, e não fazer refor-
ma nenhuma parece ser a estratégia
mais consensual.
O Partido Comunista Chinês é
Do 18.º Congresso do Partido Comunista Chinês, que começa hoje em Pequim, sairá a nova liderança, que já é conhecida, mas também o novo equilíbrio entre as duas principais facções
uma organização fechada, com-
plexa, multifacetada, dinâmica,
idiossincrática, secreta, altamente
efi ciente e imensamente poderosa.
Considerando que controla em ab-
soluto as vidas de 1400 milhões de
pessoas, é, pura e simplesmente,
a organização mais poderosa do
planeta.
Nos tempos de Mao Zedong e de
Deng Xiaoping, o partido era mono-
lítico e esmagava qualquer semente
de facção dissonante. Hoje não é
assim. Desde que Jiang Zemin subiu
ao poder, em 1989, logo a seguir à
brutal repressão dos protestos da
Praça Tiananmen, a estrutura chi-
nesa de poder está dividida em
facções.
Ninguém o nega. Os “partidos
dentro do partido”, são reconheci-
dos, muitas vezes com orgulho, no
discurso ofi cial. É até reconhecida
a sua utilidade, como componen-
tes que se equilibram e comple-
tam. Chamam-se “coligações”, e é
frequente usar-se a expressão “um
partido, duas coligações”, para
dar um certo ar de democracia ao
sistema. E também para conferir
alguma dignidade e honradez aos
grupos que se digladiam pelo poder,
como se representassem correntes
de pensamento, e não interesses
mesquinhos.
O sistema é infi nitamente com-
plicado. Parece haver de facto duas
grandes facções: a dos Taizidang e
a dos Tuanpai. Por outras palavras,
os elitistas e os populistas, também
conhecidos como o Gang de Xangai
e a facção da Liga da Juventude Co-
munista. Mas não só cada uma das
facções é composta por inúmeros
grupos e tendências, mas também
por sub-grupos que partilham afi ni-
dades com a facção rival. A confusão
é enorme e deve-se principalmente
ao facto de as linhas de fractura cor-
responderem quase sempre a fi deli-
dades pessoais e a clãs, geralmente
ligados a regiões ou a empresas.
Revivalismo maoístaGrosso modo, os Taizidang, também
chamados “Princelings”, ou Prínci-
pes, são os líderes partidários que
provêm de famílias ilustres da Histó-
ria do partido. Por outras palavras,
são os protegidos, os que subiram
à custa do nepotismo. É o caso, por
ChinaPaulo Moura
exemplo, do próximo secretário-ge-
ral e Presidente do país, Ji Xinping.
O pai, Xi Zhongxun, foi o fundador
da guerrilha comunista na província
de Shanxi, no Norte da China. De-
sempenhou vários cargos de relevo
e chegou a vice-primeiro-ministro.
Os Tuanpai, ou populistas, são
os líderes originários das classes
mais baixas e que subiram a pulso
no Partido, geralmente nos quadros
da organização do partido para a
juventude. Tuanpai signifi ca “fac-
ção da Liga”.
Os Taizidang têm no antigo líder
do país Jiang Zemin o seu líder histó-
rico. Jiang foi presidente da Câmara
de Xangai, a enorme cidade da cos-
ta leste, até 1989. Daí o grupo ser
também conhecido como o Gang de
Xangai. Hoje, o líder executivo é Wu
Bangguo, presidente da assembleia
legislativa.
Os Tuanpai são chefi ados pelo
actual presidente, Hu Jintao, e pelo
primeiro-ministro, Wen Jiabao. Re-
presentam, em princípio, os interes-
ses das classes mais baixas, ou seja,
os camponeses e os trabalhadores
não-especializados das fábricas, que
vivem nas cidades, mas mantêm o
estatuto e o bilhete de identidade
rural. Durante o seu consulado, Hu
Jintao aboliu a pesada carga fi scal
dos camponeses, criou programas
de desenvolvimento para as cidades
do interior.
Os Príncipes, sempre objecto de
tratamento privilegiado, desempe-
nharam quase todos funções de li-
derança nas grandes e ricas cidades
costeiras, como Xangai, Shenzhen
ou Guangzhou, e representam os in-
teresses dos empresários ricos e da
classe média urbana emergente.
De um modo geral, os Príncipes
são tidos por conservadores, defen-
sores da centralização do poder do
partido, enquanto os populistas da
Liga da Juventude são liberais, mais
sensíveis às desigualdades sociais.
Por outro lado, são os Príncipes que
acreditam na economia de mercado,
têm experiência de gestão e domi-
nam as regras da economia global. A
Facção da Liga deixa-se entusiasmar
pelos ideais maoístas, e até pelo ro-
mantismo da Revolução Cultural.
Mas certos Príncipes, no afã de
manterem nas mãos do partido
todo o poderio económico que a
China tem acumulado, e combate-
rem a corrupção e as máfi as que se
multiplicam, também são atraídos
pelo revivalismo maoísta. Foi o caso
de Bo Xilai, um eminente Príncipe,
ex-chefe do Partido na cidade de
Chongqing, onde mandou prender
centenas de mafi osos. Represen-
tante de uma tendência em ascen-
são, tudo indicava que seria hoje
nomeado para a Comissão Perma-
nente do Politburo, não se tivesse
envolvido, por interposta esposa,
num escândalo de espionagem e
homicídio, que o levaria à expulsão
do partido. Ainda são obscuras as
circunstâncias do assassínio, num
hotel de Chongqing, do empresário
britânico Neil Heywood, de que foi
Cada uma das facções é composta por inúmeros grupos e tendências, mas também por sub-grupos que partilham afi nidades com a facção rival. A confusão é enorme
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | MUNDO | 31
MARK RALSTON/AFP
acusada Gu Kailai, mulher de Bo.
Mas o afastamento deste foi a con-
sequência oportuna. Provavelmen-
te para certos Príncipes do Partido
Comunista que não lhe perdoaram
o facto de querer ser… comunista.
Vinganças e retaliaçõesUma causa assumidamente trans-
versal às duas facções é o combate
à corrupção. Todos os líderes admi-
tem que ela é um problema grave
e anunciam programas para a sua
erradicação. Mas a receita passa
sempre por fortalecer os poderes
da comissão do partido contra a
corrupção, que já existe. O sistema
é engenhoso: as acusações de cor-
rupção são levadas a esta comissão,
que investiga ou não, consoante as
ordens de funcionários superiores
ao acusado. Nalguns casos, a autori-
zação tem de provir do próprio Pre-
sidente da República. A comissão
investiga e eventualmente conde-
na, sem qualquer intervenção dos
tribunais. Produz, todos os anos,
muitas condenações, mas a escolha
das “vítimas” não é mais do que a
concretização de vinganças ou re-
taliações de umas facções sobre as
outras.
São muitas, variadas e difíceis
as formas obter equilíbrios entre
as “coligações” do partido. Mas es-
se equilíbrio é fundamental para
a estabilidade do país. Dos nove
membros da actual Comissão Per-
80%dos 1300 milhões de chineses são a favor de uma reforma política, diz uma sondagem publicada pelo jornal chinês Global Times e a corrupção é a sua maior preocupação
7,7%é quanto se espera que o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresça no último trimestre deste ano, de acordo com uma análise da agência Reuters.
manente do Politburo, cinco per-
tencem à facção Taizidang, e quatro
à Tuanpai. Sabe-se que a Comissão
vai ser reduzida a sete elementos,
e que a linha conservadora dos
Príncipes continuará a ter a maio-
ria, provavelmente de quatro para
três, mas talvez de cinco para dois.
Dos novos líderes, o Presidente, Xi
Jinping, é um ilustre elemento do
Gang de Xangai, enquanto o pri-
meiro-ministro fez parte da Liga
da Juventude. Durante a próxima
semana, saber-se-á quem vai pre-
dominar, e quem terá fi cado pelo
caminho.
Na zona de Xintiandi, em Xangai,
há uma casa que está transformada
em museu, porque foi ali que, em
1921, foi criado o Partido Comunis-
ta Chinês. Entre as muitas fotogra-
fi as, simulações e artefactos, há
uma galeria, na parede, de fi guras
importantes do partido, à época
da fundação. Por baixo das foto-
grafi as está escrita uma nota bio-
gráfi ca. Alguns exemplos: “Zhang
Guotao, 1897-1979. Foi delegado
do Partido no início, em Pequim.
Foi eleito para o Comité Central no
Primeiro Congresso Nacional. De-
pois envolvido em actividades pa-
ra dividir o partido, foi expulso em
1938”. Ou: “Liu Renjing, 1902-1987.
Delegado do partido por Xangai…
foi expulso do partido por se ter
ligado aos trotskistas”. Ou ainda:
“Chen Gonngbo, 1890-1946. Foi de-
legado do partido Comunista em
Guangzhou. Desertou para o inimi-
go, tornando-se um traidor, duran-
te a guerra da resistência contra a
agressão japonesa. Foi condenado
à morte e executado”. Mais um
exemplo: Zhou Fohai, 1897-1948.
Foi delegado da organização dos
estudantes do Partido Comunista.
Tornou-se traidor e foi condenado
a prisão perpétua”.
As reportagens na China sãofinanciadasno âmbitodo projecto Público Mais publico.pt/publicomais
PERGUNTAS E RESPOSTAS
O que é?Os chineses chamam-lhe a “grande reunião”. Após a morte de Mao Tsetung, em 1977, ficou decidido que se realizaria de cinco em cinco anos, sempre em Outubro ou no início de Novembro. Em Pequim, reuném-se 2200 delegados oriundos de todas as províncias e territórios chineses para nomear novos dirigentes. Este ano assume uma importância maior porque é chegado o momento de mudar de líderes (o que acontece de dez em dez anos). O todo-poderoso Comité Permanente terá uma nova composição e um novo secretário-geral assumirá a presidência na próxima década.Quem é escolhido para secretário-geral do partido?No tempo de Mao Tsetung e Deng Xiaoping, o líder escolhia o sucessor. Agora o processo de selecção é um braço-de- ferro entre facções. Este ano o processo, repleto de intrigas políticas e não só (o caso Bo Xilai, por exemplo), foi em parte tornado público e expôs que há pouca harmonia nas transições políticas. O Presidente que cessa funções, Hu Jintao, escolhera Li Keqiang para novo secretário-geral e Presidente, mas Xi Jinping foi consensual junto de mais grupos de interesses.Quem são os novos dirigentes?São a quinta geração desde
Mao. Passaram por cargos na administração e na gestão e têm educação superior. Alguns foram secretários provinciais do partido. A 4.ª geração (que está de saída) era sobretudo composta por economistas e engenheiros. Este ano, e de acordo com a BBC, há um número muito elevado e atípico de “príncipes” — filhos de antigos dirigentes que beneficiaram de uma educação e uma vida priviligiadas.Quem sai?Os analistas dizem que esta será uma renovação de líderes monumental. Sete dos nove membros do Comité Permanente devem sair, assim como 14 dos 25 no Politburo. Serão substituídos 70% dos dirigentes da Comissão Central Militar (o órgão do partido que gere o Exército do Povo). E quem chega aos 70 anos tem de se retirar da política: alguns lugares serão já ocupados pela 6.ª geração. O que fará o Presidente que cessa mandato?Hu Jintao poderá tornar-se num reformado muito poderoso que continuará a puxar os cordéis do rumo da China. São seus protegidos os homens que assumirão o governo. Se prosseguem na mesma linha ou avançam para um programa de reformas que inclua o sistema político é a grande dúvida. A.G.F
18.º Congresso do Partido Comunista Chinês
32 | MUNDO | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
Marta Umbelina da Silva, uma polícia
de 44 anos, foi assassinada em sua
própria casa e em frente da sua fi lha
de 11 anos, com dez tiros. Mais do
que um homicídio, foi uma execução
— uma das 98 execuções de agentes
policiais que já ocorreram este ano
na área metropolitana de São Paulo,
a maior cidade brasileira, onde está
em curso uma onda de crime vio-
lento centrada num ajuste de contas
com a polícia da parte do bando de
narcotráfi co Primeiro Comando da
Capital (PCC), que em 2006 lançou
o caos em São Paulo.
“O Estado não pode ignorar mais
esta guerra”, afi rmou o eleito local
Olímpio Gomes, veterano de 29 anos
na polícia, que esteve no funeral da
agente morta, citado pela Reuters. É
que ao ataque dos trafi cantes junta-
se a disputa política.
A guerra do PCC terá começado
por causa de uma operação policial
que não cumpriu o “protocolo”, diz
a Reuters. A polícia terá usado vigi-
lância de vídeo para prender alguns
trafi cantes e o PCC quis “punir” se-
veramente a polícia, assassinando
agentes — um por cada membro do
PCC que foi preso, dois por cada trafi -
cante morto. E, segundo diz Olímpio
Gomes, o PCC estará a aceitar o ho-
micídio de polícias como pagamento
por droga. Estas mortes acabam por
fazer vítimas colaterais: só na última
semana, mais de 50 civis morreram,
entre os quais um sexagenário atro-
pelado quando o motorista de um au-
tocarro tentava fugir de atacantes.
O governador de São Paulo, Ge-
raldo Alckmin, do Partido da Social
Democracia Brasileira (PSDB) — o
maior rival do Partido Trabalhista
da Presidente Dilma Rousseff — fez
da descida em 70% da taxa de homi-
cídios em São Paulo na última déca-
da um dos seus emblemas. Mas disse
que o PCC “tem sido transformado
num mito”. Recusou a oferta do en-
vio do Exército, que recentemente
ajudou a livrar favelas do Rio de Ja-
neiro do narcotráfi co, e ao mesmo
tempo criticou os cortes de Rousseff
nos gastos federais com a segurança,
que caíram 21%.
Mas os analistas dizem que, até
estar resolvida a segunda volta das
eleições municipais (28 de Outubro),
Alckmin nunca aceitaria uma ajuda
de Rousseff — para não prejudicar o
candidato do PSDB. Acabada a elei-
ção, foi acertada a criação de uma
agenda para a segurança, com en-
volvimento federal e estadual.
Onda de execuçõesde polícias em São Paulo
Narcotráfico
JOHANNES EISELE/AFP
“A boa notícia é que as reformas estão a dar os primeiros resultados” nos países assistidos, como Portugal
Angela Merkel, chanceler alemã,
insistiu ontem na necessidade de
corrigir rapidamente as lacunas da
moeda única europeia para evitar
uma repetição das causas da actual
crise da dívida, defendendo que, se
necessário, o Tratado da União Euro-
peia (UE) terá de ser alterado.
Num discurso no Parlamento Eu-
ropeu (PE), em Bruxelas, Merkel afi r-
mou esperar que os líderes da UE
aprovem em Dezembro um roteiro
“ambicioso” sobre as reformas que
terão de ser levadas a cabo nos pró-
ximos dois a três anos e que terão
de incluir um reforço do controlo
europeu dos orçamentos nacionais
em caso de risco de violação das re-
gras comuns.
“As instituições europeias têm de
ser reforçadas para lhes permitir
corrigir de forma efi caz os erros e
a violação das regras” pelos Gover-
nos, afi rmou.
As reformas terão ainda de incluir
maior harmonização das políticas
económicas dos países do euro, in-
Merkel quer “renovar” a zona euro com alteração do Tratado da UE
cluindo nas áreas “delicadas” do
mercado de trabalho e da fi scali-
dade. Em paralelo, frisou, a zona
euro poderá vir a dispor de um ins-
trumento fi nanceiro específi co para
ajudar os países em difi culdades, no
exterior do Orçamento da UE.
Todas estas ideias estão actual-
mente em debate entre os Governos
europeus e deverão desembocar, no
fi m do ano, num acordo sobre os no-
vos termos de uma união económi-
ca, bancária, orçamental e política
entre os membros do euro.
A longo prazo, disse ainda a chan-
celer, a Comissão Europeia poderá
tornar-se no “Governo europeu” e
o PE na “segunda câmara” parla-
mentar, sem o que a zona euro não
poderá funcionar. No entanto, fri-
sou, “hoje temos de salvar o euro,
e dar um pouco de tempo às pesso-
as para nos acompanharem” nesta
evolução. A prova de que os povos
europeus precisam de tempo está
na rejeição em referendo do Tratado
Constitucional europeu em França e
na Holanda em 2005, lembrou.
Confrontada com críticas de vá-
rios deputados contra os programas
de austeridade em curso nos países
sob assistência fi nanceira — incluin-
do Portugal —, a chanceler insistiu na
necessidade de continuar as refor-
mas, embora afi rmando-se compre-
ensiva relativamente às difi culdades
das respectivas populações. A boa
notícia, referiu, é que “as reformas
estão a dar os primeiros resultados,
os esforços não estão a ser em vão.
Na Irlanda, Portugal e Espanha, mas
também na Grécia, os custos unitá-
rios do trabalho caíram de forma as-
sinalável” e os “défi ces das contas
correntes também estão a encolher”,
afi rmou. Esta evolução é positiva pa-
ra a competitividade das respectivas
economias, considerou.
Merkel recusou, por outro lado,
que as difi culdades da Grécia resul-
tem da austeridade associada ao pro-
grama de ajustamento imposto pe-
la troika de credores internacionais
(Comissão Europeia, Banco Central
Europeu e FMI), em contrapartida
da assistência fi nanceira. Os proble-
mas da Grécia começaram quando o
défi ce orçamental chegou aos 15% do
PIB e os mercados decidiram cortar-
lhe o acesso a fi nanciamento a baixo
custo, afi rmou. Nessa altura “não es-
tava lá troika nenhuma”.
A chanceler disse igualmente que
o reforço da zona euro que defende
não deverá desembocar numa UE
a duas velocidades, mas sim numa
“Europa de força dupla”.
A esse propósito, Merkel, que
partiu logo a seguir ao debate no
PE para Londres, para jantar com
o primeiro-ministro britânico, David
Cameron, que enfrenta uma pressão
interna crescente para cortar amar-
ras com o continente, afi rmou de
forma enfática que quer “um Reino
Unido forte na UE”.
Crise da dívidaIsabel Arriaga e Cunha, BruxelasPerante o Parlamento Europeu, a chanceler alemã defendeu a sua visão para salvar a moeda única
Breves
Segue para Parlamento
Emissário vai ao Líbano
Governo socialista francês aprovou casamento gay
Papa não envia missão à Síria por falta de segurança
O Governo socialista francês adoptou formalmente ontem o projecto de lei que dá luz verde ao casamento gay. O documento, que alarga o “casamento para todos”, tem a feroz oposição de todas as grandes confissões religiosas em França, segue agora para o Parlamento, onde a direita promete opor-se por todos os meios. “O casamento é contraído por duas pessoas de sexo diferente ou do mesmo sexo”, lê-se no projecto de lei. Os casais homossexuais passam a poder adoptar crianças em conjunto (até agora, em união civil, um dos elementos do casal podia adoptar uma criança, mas não o casal). Uma sondagem publicada ontem pelo Le Monde mostra que os franceses são favoráveis ao alargamento do casamento (65%) e a maioria vê com bons olhos a adopção por casais homossexuais (52%).
O Papa Bento XVI anunciou ontem que, em vez de mandar a planeada delegação de cardeais à Síria, vai apenas enviar um emissário ao Líbano, o cardeal Robert Sarah, por motivos de segurança. “Para manifestar a minha solidariedade e a de toda a Igreja à população na Síria, o meu desejo era de enviar uma delegação de cardeais a Damasco”, afirmou. “Diversas circunstâncias e a evolução da situação não tornaram possível a iniciativa nas modalidades desejadas e, por consequência, a partir de hoje e até 10 de Novembro, o cardeal Sarah estará no Líbano, onde se encontrará com os pastores e os fiéis das igrejas presentes na Síria.”
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | MUNDO | 33
Parlamento grego forçado a aprovar austeridade com protestos na rua
FOTÓGRAFO
Na Praça Syntagma, frente ao Parlamento, ao princípio da noite, juntavam-se 70 mil pessoas
Marie Lavrentiadou vê nas medidas
que o Parlamento se preparava para
aprovar ontem à noite, em Atenas,
um recuo de décadas. “Levam-nos
muitos anos para trás. Todos os di-
reitos do trabalho conquistados pelo
povo grego depois da II Guerra Mun-
dial são anulados”, disse, ao comen-
tar a votação de cortes na despesa de
18,1 mil milhões de euros, até 2016.
Foi em protesto contra mais auste-
ridade que esta sindicalista, ouvida
pela AFP, se empenhou na greve ge-
ral de dois dias que ontem culminou
com uma manifestação frente ao Par-
lamento. A concentração, que decor-
ria enquanto os deputados discutiam
o agravamento da austeridade, foi
marcada por distúrbios, com a po-
lícia a usar gás lacrimogéneo contra
manifestantes que terão lançado ob-
jectos contra os agentes.
Entre os manifestantes estaria
Dimitris Tskikerdis, 35 anos, infor-
mático com contrato a prazo, que
horas antes tinha dito à agência que
ia manifestar-se, como já fez noutras
ocasiões. Mesmo admitindo que os
protestos “nada mudaram” até ago-
ra, foi isso que entendeu fazer. Ele
e um número de gregos calculado,
ao princípio da noite, em mais de 70
mil, concentrados na Praça Syntag-
ma. “Abaixo a política de submissão
e de humilhação”, lia-se num dos
cartazes de protesto.
“O projecto passará, os deputados
vão votá-lo, mesmo que o resultado
seja apertado, com uma maioria mui-
to fraca”, prognosticou este eleitor
do partido de esquerda radical, Syri-
za. Dentro do Parlamento, decorria
um debate tempestuoso, segundo
os relatos das agências, e deputados
preparavam-se para o que se antevia
uma noite longa.
A paralisação deixou Atenas sem
transportes públicos, causou per-
turbações nos transportes aéreos e
marítimos, encerramento de servi-
ços públicos e acumulação de lixo
nas ruas. Só ontem à tarde o Metro
voltou a funcionar, para permitir aos
manifestantes dirigirem-se à Praça
Syntagma. Na terça-feira, primeiro
dia da greve geral, cerca de 40 mil
pessoas protestaram em Atenas e 20
mil em Salónica.
O projecto de lei prevê a redução
critos no Orçamento que tem
votação prevista para domingo.
A oposição à austeridade não está
apenas na rua. O Supremo Tribunal
considerou ontem “anticonstitucio-
nal” e “ilegal” a redução de quase
27% dos salários dos juízes — uma das
medidas do projecto de lei. O órgão
judicial lembrou que a Constituição
prevê que os vencimentos dos juí-
zes seja “proporcional ao salário dos
deputados”, para o qual não estão
previstos cortes. A diminuição sala-
rial vai dos 27% para a magistratura
(o que, segundo a AFP, representa
3000 euros para o presidente do
Tribunal de Apelo) a 2% para os sol-
dados rasos.
Teste à coligaçãoSe ainda havia quem acreditasse que
2013 seria mais fácil para os gregos,
a Comissão Europeia encarregou-se
ontem de o desmentir. As previsões
de Outono indicam que, após seis
anos de recessão, a Grécia só deve
retomar o crescimento em 2014.
No próximo ano, para o qual esta-
va prevista estagnação, a estimativa
é agora de uma recessão de 4,2%.
O desemprego deve chegar a 24%
em 2013 para depois ter uma ligeira
recuperação, para 22%. A dívida, ao
contrário, deve atingir os 188,4% do
PIB em 2013 e 188,9% em 2014.
A votação de ontem era também
um teste à coligação liderada pelo
partido de direita Nova Democra-
cia, do primeiro-ministro Antonis
Samaras, pelos socialistas do Pasok
e pelo partido de esquerda Dimar.
Apesar da deserção de três deputa-
dos desde a formação do Governo,
em Junho, Samaras mantinha uma
maioria de 176 deputados em 300,
mas ontem à tarde admitia-se que
a base de apoio do governo saísse
fragilizada da votação.
Gás lacrimogéneo contra manifestantes. Debate parlamentar prolongou-se pela noite dentro. Esperava-se que deputados aprovassem mais cortes. Base de apoio ao Governo pode sair fragilizada
AusteridadeJoão Manuel Rocha
de salários na função pública e nas
pensões, cortes nos apoios sociais
e de saúde, aumento da idade da
reforma para os 67 anos e redução
de indemnizações por cessação de
contrato de trabalho. A reorganiza-
ção da função pública, com intro-
dução da possibilidade de despedi-
mento, e a liberalização do mercado
de trabalho devem também ter sido
aprovadas.
As medidas são reclamadas pelos
credores internacionais, União Euro-
peia e Fundo Monetário Internacio-
nal, para continuarem a emprestar
dinheiro à Grécia. O ministro das Fi-
nanças, Yannis Stournaras, considera
imperiosos os cortes, devido à neces-
sidade de “pagamento iminente da
parcela do empréstimo para evitar
uma falência desordenada”.
Metade dos 18,1 mil milhões
de cortes previstos até 2016 de-
verão ser feitos já em 2013 e ins-
18,1milhares de milhões de euros é o valor dos cortes na despesa, previstos até 2016, que o Parlamento estava a discutir
24%Desempregados que o país deve ter no próximo ano, segundo as previsões de Outono da Comissão Europeia, ontem divulgadas
34 | CULTURA | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
DUARTE RORIZ/CORREIO DA MANHÃ
A “ínclita geração” chegou à direcção do maior organismo da Cultura
Isabel Cordeiro saiu do Palácio de Queluz em Setembro
Os elogios à escolha de Isabel Cor-
deiro, nomeada terça-feira à noite
para directora-geral do Património,
vão quase todos numa direcção e va-
riam apenas entre o “excelente” e o
“óptimo”. A nova directora — dizem
outros — faz parte de uma “ínclita ge-
ração” que chegou aos institutos da
Cultura no início dos anos 90, uma
geração qualifi cada, que pôde ser ab-
sorvida porque havia meios, e que
renovou profundamente a área dos
museus e do património.
A historiadora de arte e gestora cul-
tural, 46 anos, tem uma longa carrei-
ra nos museus, área para a qual en-
trou com Simonetta Luz Afonso, que
liderou a criação do Instituto Portu-
guês de Museus (IPM) em 1991.
O novo secretário de Estado da
Cultura, Jorge Barreto Xavier, avan-
çou logo com um substituto para
Elísio Summavielle, que apresen-
tou a demissão da Direcção-Geral
do Património Cultural (DGPC) na
segunda-feira, na sequência da saída
de Francisco José Viegas, o anterior
secretário de Estado, que se demitiu
por razões de saúde em Outubro.
O PÚBLICO soube que Isabel
Cordeiro não terá sido a primeira
escolha de Barreto Xavier. O actual
director do Museu Nacional de Arte
Antiga, António Filipe Pimentel, terá
declinado o convite por não querer
abandonar a sua equipa e a insti-
tuição que aceitou dirigir há pouco
mais de dois anos. Isabel Cordeiro,
por seu lado, tinha saído em Setem-
bro da direcção do Palácio Nacional
de Queluz, monumento que passou
a ser gerido pela Parques de Sintra-
Monte da Lua, empresa que já admi-
nistrava, por exemplo, o Palácio Na-
cional da Pena e o de Monserrate, na
reestruturação recente do sector do
património. Terminado o mandato,
tinha pedido para voltar aos museus,
quando foi convidada pelo secretário
de Estado para assessorar o gabine-
te de Barreto Xavier, que ontem não
quis comentar a escolha.
Isabel Cordeiro é a nova directora-geral do Património. Reúne duas características essenciais: formação em História de Arte e muita experiência como gestora cultural
Património Isabel Salemae Lucinda Canelas
“A Isabel é uma excelente esco-
lha”, disse Simonetta Luz Afonso,
actual presidente da Assembleia
Municipal de Lisboa. “É uma pes-
soa capacíssima, muito inteligente,
trabalhadora e estudiosa. Além dis-
so é cordial, está habituada a criar
consensos, o que é obviamente im-
portante numa altura como esta, em
que as difi culdades levam as pessoas
a extremar posições.” Anabela Car-
valho, que a conheceu no início do
IPM e está neste momento no Museu
do Chiado, diz que Isabel Cordeiro
junta a formação em História de Ar-
te com capacidade de gestão: “Alia a
especialização, o conhecimento dos
assuntos, e a capacidade de gestão.
As pessoas, geralmente, ou têm uma
coisa ou outra e é raro juntarem as
duas.” Nas palavras de Luz Afonso:
“É alguém que não assentou praça
em general. Começou por baixo e,
por isso, tem um conhecimento pro-
fundo do mundo dos museus. Tudo
o que ela mandar fazer já fez.”
É António Filipe Pimentel que fala
da “ínclita geração”. O director de
Arte Antiga, que não confi rma que
lhe tenha sido feito um convite pa-
ra a direcção-geral, diz que foi uma
geração que fez “um movimento de
renovação” no sector: “Acho uma
óptima nomeação. Deu excelentes
provas por onde passou. Tem a for-
mação em História de Arte a par da
experiência como gestora. Vejo com
os melhores olhos e com grande es-
perança para o futuro.”
António Lamas, presidente da
sociedade Parques de Sintra-Monte
da Lua, também acha que “é uma
óptima escolha”, “porque conhece
bem a casa na área dos museus e dos
palácios”.
O antropólogo Joaquim Pais de
Brito, director do Museu Nacional
de Etnologia, considera que a Direc-
ção-Geral do Património Cultural en-
tregue a Cordeiro é “uma belíssima
notícia”: “É uma profi ssional notável.
Foi uma interlocutora muito compre-
ensiva em relação aos bloqueios e di-
fi culdades com que as equipas dos
museus trabalham, que são quase
por defi nição situações carenciadas.
Mais ainda em situação de crise. Pa-
directores — de um modo geral, um
para património e museus, outro pa-
ra a arqueologia e um terceiro com
o pelouro fi nanceiro —, mas não se
sabe ainda se manterá em funções a
equipa de Summavielle. Para além de
quatro serviços centrais e respectivos
directores, esta direcção-geral, cuja
lei orgânica foi aprovada em Con-
selho de Ministros em Abril, conta
com 20 serviços dependentes (estão
neste bolo todos os museus nacio-
nais, conventos e mosteiros, alguns
deles património Mundial da Unes-
co). Segundo os recursos humanos
da DGPC, no seu quadro de pessoal
estão “aproximadamente” 900 pes-
soas. A repetir-se o orçamento deste
ano, a DGPC terá para gerir em 2013
37,5 milhões de euros (31 dos quais
para funcionamento, os restantes
para investimento).
Sobre as qualidades de Isabel Cor-
deiro para dirigir o maior instituto
da área da Cultura, Pais de Brito sa-
lienta que a nova directora-geral “é
uma pessoa dialogante e muito siste-
mática.” Esta capacidade de defi nir
objectivos e ir em frente é também
sublinhada por Anabela Carvalho, do
Chiado: “Ela é muito conhecedora
das áreas, com capacidade de lide-
rança.” Sobre o inesperado de ter na
cadeira do director-geral do patrimó-
nio alguém da área dos museus, que
terá de gerir a área da salvaguarda
do património arquitectónico, como
todos os processos de autorização de
obras, Carvalho diz que ela é mulher
com energia para isso: “É muito ca-
paz de eleger equipas e de as liderar.
Ela mete-se muito facilmente dentro
dos assuntos.”
O seu grande desafi o como direc-
tora-geral será “manter a qualidade”
num cenário de grandes restrições
orçamentais, diz Simonetta Luz
Afonso, sem deixar de estar atenta
à internacionalização e à ligação com
o turismo, “a grande mais-valia do
património”. “As pessoas que acham
que é estranho ver alguém dos mu-
seus à frente da Direcção-Geral do
O grande desafi o como directora-geral será “manter a qualidade” num cenário de grandes restrições orçamentais, diz Simonetta Luz Afonso
ra ela, no contexto actual, não será
fácil.”
Uma casa grandeA direcção-geral que Isabel Cordeiro
vai assumir é um mega-organismo
que, pela primeira vez desde o início
da década de 90, coloca sob a mesma
chefi a os museus, os monumentos e
a arqueologia, resultando da junção
dos institutos de Gestão do Patrimó-
nio Arquitectónico e Arqueológico
(Igespar) e dos Museus e da Conser-
vação (IMC). Esta reorganização do
património, um projecto do ex-direc-
tor, Elísio Summavielle, que muitos
compararam ao Instituto Português
do Património Cultural dos anos 80,
fez parte de um plano mais abran-
gente que passou também por aquilo
a que Summavielle chamou “um es-
forço de territorialização da Cultura”
e que implicou ainda a transferência
de 15 dos 28 museus que estavam sob
a tutela do IMC para a administração
das direcções-regionais de Cultura
(DRC).
Na DGPC, Cordeiro terá três sub-
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | CULTURA | 35
Património esquecem-se que os mu-
seus são, eles mesmos, património.
A maioria, aliás, está instalada em
edifícios de valor patrimonial.”
Summavielle também não tem dú-
vidas da transversalidade de Cordei-
ro: “Estou muito contente e aliviado
que seja a Isabel a substituir-me. É
de clínica-geral, conhece os sectores
todos e não tem uma visão corpora-
tivista”, disse ao PÚBLICO.
E a salvaguarda?Cordeiro tem à sua espera, por exem-
plo, uma legislação complexa e cen-
tenas de processos de classifi cação
em curso, muitos dos quais caduca-
rão no fi m do ano. E a salvaguarda
do património lida com uma escala
ao nível dos centro históricos de Lis-
boa e Porto. “O facto de ela vir dos
museus não é um problema, mas não
a conheço”, diz o arquitecto Walter
Rossa, especialista em pombalino.
O arquitecto e urbanista Nuno Por-
tas prefere não comentar a escolha
de Isabel Cordeiro por ser também
um nome que conhece “de forma
muito vaga”. Mas adverte que a área
do património é complexa e pode le-
vantar muitas difi culdades. “Há uma
febre de classifi car tudo — qualquer
dia está o país todo”, diz Portas, la-
mentando que não haja critérios mais
defi nidos, nomeadamente no que diz
respeito ao património recente. “As
coisas têm sido muito casuísticas,
sem critérios de prioridades claros.
E agora explicaram-me que estas coi-
sas vão passar muito pelas direcções
regionais, onde nem sempre estarão
as pessoas mais informadas.”
Quanto aos centros históricos, on-
de a pressão de políticos, empresas
e privados sobre a DGPC pode ser
maior, Nuno Portas é peremptório:
“Tem-se classifi cado de mais. As clas-
sifi cações têm servido para se faze-
rem planos de salvaguarda, o que é
positivo, mas pouco mais. O Estado
não tem dinheiro para se substituir
aos privados e devia preocupar-se
primeiro em melhorar o espaço pú-
blico. A gestão de um centro históri-
co é muito exigente e depende mui-
to dos municípios. Fazer com que as
coisas funcionem numa cidade não
depende só da direcção do patrimó-
nio — quem tem de garantir que se
cumpre a lei, o que nem sempre é
fácil — nem sequer da Cultura. De-
pende também de outros ministé-
rios, passa pela economia, os trans-
portes, o turismo, o ordenamento
do território…”
Ontem, a directora-geral não es-
teve disponível para comentar a sua
nomeação.
O escritor francês Jérôme Ferrari,
quando ontem se viu rodeado de de-
zenas de jornalistas como acontece
aos vencedores do mais prestigiado
prémio de literatura francês, o Gon-
court, brincou: “Sabem que Barack
Obama foi reeleito hoje, não vos es-
tá a faltar um pouco de sentido da
hierarquia?”
É o jornal Le Monde que o conta,
tal como diz que o autor do romance
Le Sermon sur la chute de Rome (ed.
Actes Sud) sentiu “uma quebra de
tensão que pode ser “considerada
como uma defi nição correcta de ale-
gria”, quando recebeu a notícia. O
júri que fez o anúncio no restauran-
te Drouant, Paris, decidiu à segunda
volta, com 5 votos contra 4 (os que
votaram em Peste et choléra, de Pa-
trick Deville, já vencedor do Prémio
Femina). Os outros fi nalistas eram
o jovem suíço Joël Dicker, 28 anos,
com La vérité sur l’affaire Harry
Quebert e a francesa de ascendên-
cia vietnamita Linda Lê com Lame
de fond.
Se Jérôme Ferrari não sabia, rapi-
damente percebeu que depois deste
prémio a sua vida literária não mais
vai ser a mesma. A sua editora, a
Actes Sud, sabe-o de certeza. Nas
primeiras declarações depois do
anúncio do prémio, o escritor disse
que estava muito contente e ainda
mais pela editora, que desde há sete
anos o apoia, por vezes em condi-
ções não favoráveis. O seu roman-
ce, cujo título se refere aos sermões
sobre a queda de Roma que Santo
Agostinho fez em 410, vendeu até
agora cerca de 90 mil exemplares,
mas com o Goncourt poderá chegar
aos 400 mil.
Nascido em 1968 em Paris, Ferra-
ri é professor de Filosofi a e conse-
lheiro pedagógico no Liceu Francês
de Abu Dabi, a capital dos Emirados
Árabes Unidos, desde este ano lec-
tivo, tendo já dado aulas no Liceu
Internacional de Argel, na Argélia,
e no Liceu Fesch em Ajaccio, Cór-
sega. É aliás nesta ilha francesa que
se passa Le Sermon sur la chute de
Rome onde Matthieu, o neto de
Marcel Antonetti, velho habitante
da Córsega, decide abandonar os
estudos de Filosofi a para abrir um
bar com Libero, seu amigo de in-
fância. Querem transformar o bar
no “melhor dos mundos possíveis”,
mas como diz a agência AFP, rapi-
damente a utopia se transforma em
pesadelo.
Prémio Goncourt para Jérôme Ferrari
LiteraturaIsabel Coutinho
Há muito que o Guimarães Jazz se
afi rmou como um dos maiores e
mais importantes festivais de Ja-
zz do nosso país. Este ano na sua
21.ª edição (de 8 a 17 de Novembro,
Centro Cultural Vila Flor), e em ano
de Capital da Cultura, tem trunfos
para que seja um sucesso.
Antes de mais, a presença tutelar
do lendário Herbie Hancock, a solo,
um dos nomes maiores do piano
jazz, num espectáculo que se an-
tevê histórico (hoje, às 22h, grande
Guimarães: capitalda cultura do jazz
auditório; amanhã, CCB, Lisboa).
No dia seguinte (dia 9, 22h), acon-
tece um espectáculo que ultrapassa
as fronteiras da música e do jazz;
o quarteto do guitarrista Bill Fri-
sell recria a suite The Great Flood,
banda sonora em tempo real para
o fi lme da autoria de Bill Morrison.
Para acompanhar a narrativa visu-
al de Morrison, criada a partir de
imagens da grande cheia do Missis-
sippi em 1927, Frisell constrói uma
teia de sons entre o jazz, o blues
e a folk.
Confi rmando um primeiro fi m-
de-semana forte, no sábado (22h)
é a vez do superquinteto liderado
pelo saxofonista Joe Lovano e pelo
trompetista Dave Douglas. No do-
mingo, 11, o festival prossegue com o
projecto Enesco Re-Imagined (22h)
do pianista romeno Lucian Ban, es-
pectáculo ambicioso que reúne sete
Festival Rodrigo Amado
A 21.ª edição do Guimarães Jazz, entre 8 e 17, tem trunfos para que seja um sucesso
fi guras do jazz de vanguarda: Mat
Maneri, Tony Malaby, Ralph Alessi,
Mark Helias, Gerald Cleaver, Badal
Roy e Albrecht Maurer. É uma ho-
menagem à vida e obra de George
Enescu (1881-1995), tendo como base
o jazz, a música erudita, o folclore
romeno e a improvisação livre.
O destaque do segundo fi m-de-
semana vai para o reencontro dos
Jazz Passengers (dia 16, 22h), pro-
jecto da downtown nova-iorquina
dos anos 80 e 90. Liderados por
Roy Nathanson (saxofone) e Curtis
Fowlkes (trombone), abriram cami-
nhos para o jazz, num cruzamento
com o rock, o noise ou o funk.
O encerramento é feito no dia
seguinte com a WDR Big Band de
Colónia a tocar a música de Randy
Brecker (dia 17, 22h). Solos incen-
diários e um toque de fusão para
fazer a festa fi nal.
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36 | CULTURA | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
Há já vários meses que o atraso
na abertura dos novos concursos
de apoio às artes, da responsabili-
dade da Direcção-Geral das Artes
(DGA), tem vindo a ser criticado e
os artistas, sem possibilidade de de-
fi nirem o destino dos seus grupos
para o próximo período de dois e
quatro anos, começam a imaginar
vários cenários. Um deles, há tem-
pos apenas uma ideia radical mas
hoje uma hipótese plausível, é o fe-
cho das próprias companhias. Luís
Miguel Cintra, encenador e co-di-
rector artístico do Teatro da Cor-
nucópia, companhia que em 2013
faz 40 anos, lançou para o debate
público as consequências daquilo
a que, no fi m do ensaio da peça
actualmente em cena, Os desastres
do Amor, defi nia ao PÚBLICO como
“asfi xia”. Em declarações ontem à
Rádio Renascença, Cintra admitiu
que a não abertura de concursos
pode levar ao fi m da Cornucópia.
Previstos, primeiro, para Setembro,
e depois atrasados para Novembro,
os concursos, que contemplariam
75% da actividade teatral e coreo-
gráfi ca, continuam sem uma data e
a DGA tem remetido a responsabili-
dade para o Ministério das Finanças
que impede a contratualização de
novas despesas.
Para Cintra a consequência deste
silêncio pode representar o fi m de
uma companhia que todos têm co-
mo referência do teatro português.
O encenador é claro nas declarações
a este jornal: “Não tenho hipóteses
de pedir um empréstimo sem garan-
tia de subsídio e não tenho capaci-
dade de endividamento pessoal”.
O Teatro da Cornucópia tem, à sua
responsabilidade, uma equipa de 15
pessoas permanentes, que incluem
a direcção artística, o secretariado
e produção, as equipas técnicas, de
manutenção de fi gurinos e cenário e
a comunicação e relações públicas.
Durante anos manteve um elenco
fi xo mas a intenção teve de ser aban-
donada quando os custos começa-
ram a aumentar. Hoje, mesmo que
no elenco dos espectáculo exista
uma presença regular dos actores,
estes são contratados por produ-
ção, o que encarece os orçamentos
de cada produção. “Fico a dever a
Asfi xia fi nanceira pode determinar o fi m do Teatro da Cornucópia
Apoios às artes Tiago Bartolomeu Costa
quem contrato e a companhia não
pode entrar em dívida. Somo uma
empresa e a única solução é a ex-
tinção”.
Desconfi ar do EstadoO que signifi cará o fi m de uma com-
panhia como a Cornucópia? E qual
será a situação de outras compa-
nhias, com valores de apoio infe-
riores ao desta que é o mais eleva-
do da área do teatro (cerca de 450
mil euros em 2012)? E como estão
a acautelar esta situação a DGA e
a Secretaria de Estado da Cultura,
agora dirigida pelo ex-director-geral
das Artes, Jorge Barreto Xavier, que
saiu do cargo depois de divergências
com a então ministra da Cultura do
governo socialista, Gabriela Cana-
vilhas, precisamente por causa da
abertura dos programas de apoio? O
PÚBLICO procurou contactar estas
duas entidades mas até ao fecho da
edição não obteve resposta.
No dia 14 a Comissão de Cultura
da Assembleia da República recebe-
rá Barreto Xavier e espera-se que as
respostas comecem a chegar. Até lá,
a espera vai tornado o trabalho cada
vez mais duro, conta Cintra, que so-
licitou uma reunião de emergência
com a DGA, que deverá acontecer
entre o fi m desta semana e o início
da próxima. Ao atraso na abertura
dos concursos acresce o atraso no
pagamento das tranches relativas a
este ano. O pagamento de Novem-
bro, no valor de 50 mil euros, está
atrasado, numa altura em que a Cor-
nucópia tem uma peça em cartaz até
25 de Novembro. Cintra acrescenta
que mesmo que o concurso abrisse
tardiamente, como é a actual situa-
ção, “podia ter-se a esperança de a
situação ser compensada mais tar-
de”. “Dependemos totalmente do
subsídio, fazemos gastos que repor-
tam às produções, mas tenho que
desconfi ar do Estado”, diz o ence-
nador, que também demonstra des-
confi ança sobre as reais capacidades
do actual Secretário de Estado para
resolver a situação. À Renascença
comentava que enquanto Barreto
Xavier foi director-geral das artes
a relação “não era carne nem pei-
xe”. “Não reconheço nele o golpe de
asa, nem a ousadia, de estabelecer
nenhuma decisão de fundo sobre a
organização de toda a cultura por-
tuguesa – que é a responsabilidade
que se lhe atribui”.
NUNO FERREIRA SANTOS
Cintra não reconhece em Barreto Xavier a “ousadia” de uma decisão de fundo sobre a cultura
Universidade de Lisboa ameaça retirar espaço aos Artistas Unidos
A companhia tem em atraso o pagamento de três prestações
A Universidade de Lisboa ameaçou ontem, em comunicado, pôr termo ao contrato com companhia
de teatro Artistas Unidos (AU), de Jorge Silva Melo, que acusou de não cumprir as contrapartidas financeiras pela cedência do espaço na antiga Cantina da Politécnica de Lisboa. Esta posição surge depois de as chuvas terem causado grandes estragos no local, obrigando os AU a adiar duas estreias.
Contactado pelo PÚBLICO, Jorge Silva Melo explicou que desde Outubro de 2011 vem alertando a Universidade para o facto de as obras não estarem bem feitas – o que, diz agora, está na origem da inundação de sábado. O encenador lamenta que desde o incidente nenhum responsável da universidade se tenha mostrado disponível para falar com ele. Entretanto, a
electricidade foi cortada, e os AU estão a trabalhar sem luz.
Silva Melo confirma que há, da parte dos AU, atraso de três prestações, e explica que a primeira, relativa ao final de 2011, não foi paga por considerarem que as obras não estavam concluídas. As outras duas, relativas a 2012, não foram pagas porque os AU “não têm dinheiro”, devido aos cortes aplicados aos subsídios pela Direcção-Geral das Artes no final de 2011. O assunto foi discutido com a Universidade em Junho, e ficou acordado que voltaria a ser analisado a partir de 20 de Outubro. “Estamos à espera que essa reunião seja agendada”.
José Pedro Sousa Dias, presidente do conselho directivo do Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa, declarou ao PÚBLICO, que está
disponível para falar com os AU, mas que espera que estes apresentem uma proposta para a resolução do problema dos pagamentos. “A Universidade tem todo o interesse em que os AU continuem aqui. O que não podemos é continuar a suportar financeiramente uma situação para a qual não temos recursos.”. No comunicado, a Universidade alegava que “perante as restrições orçamentais […] será dificilmente compreensível” assumir-se como “mecenas de uma companhia teatral que desrespeita os acordos celebrados”. Em relação ao corte da electricidade, Sousa Dias garantiu que é uma medida de segurança, “que se resolverá dentro de poucos dias”. Silva Melo alerta, contudo, para o risco de novas chuvas, o que ameaça o equipamento dos AU. Alexandra Prado Coelho
O alerta vem da voz mais autorizada no assunto. Luís Miguel CIntra diz que os atrasos nos pagamentos da Direcção-Geral das Artes vão levar ao fi m da companhia de teatro que em 2013 celebra 40 anos
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | 37
JoanaDark é uma das peças em cena durante o mês de Novembro
A desculpa de que não há tempo
ou dinheiro para ir ao teatro já não
serve desde que o Teatro Rápido
(TR), na baixa lisboeta, no Chiado,
apresenta, de quinta a segunda-fei-
ra, quatro espectáculos que duram
apenas 15 minutos cada. O preço é
de três euros por peça. Aos fi ns-de-
semana há ainda mais duas propos-
tas a pensar no público infantil.
O projecto já arrancou em Maio
mas só agora é que começou a con-
quistar público fi el. Os curiosos, es-
ses, continuam a aparecer todas as
semanas. Vão normalmente para ver
apenas uma peça, ou melhor, uma
micropeça, e para perceber o con-
ceito deste teatro de corrida, mas
acabam por fi car e por passear pelas
restantes salas.
“Estamos a fazer uma conquista
clara porque não há este hábito em
Portugal”, diz ao PÚBLICO Ruy Ma-
lheiro, produtor executivo do TR.
“Isto é novo e noto que quando as
pessoas vêm aqui pela primeira vez
vêm com receio porque não sabem
o que esperar”, continua. “Mesmo
em termos de horários, o facto de as
sessões serem ao fi nal do dia foi es-
tranho para as pessoas, que acham
sempre que saem do trabalho e têm
de ir para casa tratar do jantar. Mas
se pensarmos bem estamos a falar
de 15 minutos, se calhar até dá jei-
to e não compromete de forma ne-
Microteatro veio de Madrid e instalou-se no Chiado
nhuma qualquer outro plano para
a noite.”
A ideia veio de Madrid, quando
Alexandre Gonçalves, director da
agência de actores Encena, teve con-
tacto pela primeira vez com o mi-
croteatro. O desejo foi trazê-lo para
Lisboa. E por isso não é de estranhar
que os moldes sejam os mesmos. Ou
seja, quatro peças em cena de quin-
ta a segunda-feira com sessões entre
as 18h e as 20h45. As únicas regras
a serem seguidas: o tempo (não po-
dem ter nem mais nem menos de 15
minutos) e o tema (que muda men-
salmente). Os projectos são escolhi-
dos através de candidatura, aberta
a todos os interessados.
Bruxas, princesas e lobos é o tema
de Novembro e quem pelo Chiado
passar encontrará quatro aborda-
gens diferentes. “É a mais-valia do
TR. Em termos culturais estas dife-
rentes visões do teatro são enrique-
cedoras”, diz o actor Paulo Nery, que
ao lado de Mané Ribeiro apresenta
na Sala 1 Sasha Gold. A Guerra dos
Cisnes, com texto e encenação de
Vicente Alves do Ó, está na sala ao
lado. Mas quem por ali passar pode-
rá ainda ver JoanaDark e Once Upon
a Time. Como as sessões se repetem
seis vezes todos os dias, não se cor-
re o risco de perder nada, havendo
ainda tempo para uma pausa no café
do TR, também com uma programa-
ção mensal, que inclui concertos e
exposições.
Para a actriz Mané Ribeiro, esta
é uma forma válida de levar as pes-
soas ao teatro. “Desde miúdos que
ouvimos os nossos pais a contarem-
nos histórias para adormecer e não
levavam mais de 15 minutos a contá-
las, portanto é possível contar uma
boa história nesse tempo ou até
menos.”
MIGUEL MANSO
Teatro RápidoCláudia Carvalho
Peças de 15 minutos a três euros cada é a proposta do Teatro Rápido, em Lisboa, que tem ganho cada vez mais adeptos
u Colóquio Eduardo Prado Coelho O edifício da alegriaO pensamento de Eduardo Prado Coelh015 ~ 16 Novembro 2012Fundação Calouste GulbenkianAuditório 3
Organização Margarida Lages //
Carlos Vargas //
Centro de Estudos sobre o Imaginário Literário (fcsh/unl) //
Observatório Político //
Apoios Divulgação
foto
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15 ~ Nov2012
Manhã
9.00h registo
9.30h sessão de abertura
10.00h // 11.00h Lição inaugural
Eduardo Lourenço11.20h // 13.00h Tudo o que não escrevi O homem
Moderadora: Maria Flor Pedroso
Emílio Rui Vilar Uma experiência internacional: a Europália 91 Guilherme d’Oliveira Martins Um novo ensaísmo Manuel Maria Carrilho O desafio cosmopolita
Tarde
14.30h // 16.30h O desejo do pensamento Filosofia
Moderador: António Camões Gouveia
António Marques Filosofia e crítica literária José Gil Linha de mistério e fogo Maria Filomena Molder A falha inevitável Nuno Nabais Filosofia e não-filosofia na teoria da literatura de Eduardo Prado Coelho16.30h // 16.45h pausa para café
16.45h // 18.45h Situações de infinito Crítica/ensaio
Moderadora: Maria João Reynaud
Carlos Reis Eduardo Prado Coelho e as ambiguidades do neo-realismo João Barrento O espaço do infinito verbal – Eduardo Prado Coelho e o ensaio Nuno Júdice Uma poética da leitura Silvina Rodrigues Lopes A dança das teorias
u
u
u
u
16 ~ Nov2012
Manhã
9.00h // 10.45h A irresistível atracção Política
Moderadora: Cristina Montalvão Sarmento
António Pedro Pita O que ainda não tem nome. Eduardo Prado Coelho e o comunismo, nas controvérsias da Esquerda Carlos Vargas O desejo de emancipação. Leituras políticas a partir de O fio da modernidade José Carlos Serras Gago A extracção da política Manuel Villaverde Cabral Il faut être absolument moderne10.45h // 11.00h pausa para café
11.00h // 13.00h Os lugares de invenção Contemporaneidade Moderador: Maria Manuel Viana
António Mega Ferreira O homem que gostava de cidades Álvaro Domingues Paisagens transgénicas: lugar e identidade no Portugal mutante Carlos Vidal Do infinito ao prazer: a centralidade de Alain Badiou no pensamento de Eduardo Prado Coelho Teresa Cruz Redes de discurso: literatura e comunicação Tarde
14.30h // 16.30h Dimensões do imaginário Artes
Moderador: Rui Vieira Nery
Bernardo Pinto de Almeida A voz da rua Bragança de Miranda Da imagem: um debate com EPC João Mário Grilo Eduardo Prado Coelho e o cinema português Rita Benis Eduardo Prado Coelho: sobre o cinema português no feminino17.00h Encerramento
u
u
u
Rua Viriato, 131069-315 Lisboa
Tel. 21 011 10 10/20 Fax 21 011 10 30De seg a sex das 09H às 19H38 PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012CLASSIFICADOS
Maria do Rosário Lopes, Agente de Execução, com escritório na Av. Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encon-tra-se designado o dia 15 de Janeiro de 2013, pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pelas letras “AD”, a que correspon-de o quinto andar direito, destinado a habitação, do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Rua Planeta de Mercúrio, n.º 1, Serra das Minas, Rio De Mouro, descrito na 2.ª Conservatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 00388, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 6796.Valor-base: 90.593,58 euros.Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 63.415,50 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence ao executado José Francisco Adão, com residência na Rua Planeta de Mercúrio, n.º 1, 5.º dto., Serra das Minas, fi el depositário do imóvel que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado.
A Agente de Execução - Maria do Rosário LopesAv.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C - 2710-420 Sintra
Telf. 219233364 - Fax. 219105158 - E.mail: [email protected]ário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas
Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
Maria do Rosário LopesAgente de Execução
Cédula n.º 2210
ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante propostas em Carta Fechada
(Art.º 890.º do C.P.C.)
N.º do Processo: 539/06.4TCSNTComarca da Grande Lisboa-Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente(s): Banco Espírito Santo, S.A. e outrosExecutado: JOSÉ FRANCISCO ADÃOValor: 27.665,28 €Referência Interna: PE/89/2006
NATÁLIA FERREIRAAgente de Execução
Cédula 3014
ANÚNCIO
Tribunal Judicial de AlenquerProcesso Executivo n.º 774/06.5TBALQ - 2.º JuízoExequente: Caixa Geral de Depósitos, SAExecutados: Amílcar Fernandes Rodrigues, Susana Gonçalves Barros, António Jorge de Jesus Jordão, Maria Augusta Fernandes Rodrigues, Beatriz da Silva Fernandes e Joaquim Veloso Rodrigues.FAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados, encontra-se designado o dia 7 de Dezembro de 2012, pelas 9.30 horas, no Tribunal Judicial de Alenquer, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria do Tribunal, pelos interessados na compra, do(s) seguinte(s) bem/bens:- Fracção autónoma, designada pela letra “U”, ao qual corresponde o 9.º andar Direito, situado na Praceta João Álvares Fagundes, n.º 4, freguesia de Carregado, composto 4 divisões assoalhadas, cozinha, duas casas de banho e despensa, destinada a habitação, inscrito na respectiva matriz da freguesia de Carregado sob o artigo 1005 descrito na Conservatória do Registo Predial de Alenquer sob o número 643/U/Carregado.O bem pertence aos executados, Amílcar Fernandes Rodrigues e Susana Gon-çalves de Barros. Valor-base: 75.000,00 € (setenta e cinco mil euros).Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 52.500,00 € (cinquen-ta e dois mil e quinhentos euros) que corresponde a 70% do valor-base.Sendo aqui um dos executados designado fi el depositário do imóvel, Amílcar Fernandes Rodrigues e Susana Gonçalves Barros, a quem se apresentar no local e aos mesmos deve ser solicitada a visita em caso de requerida, por serem os proprietários do citado imóvel.Carregado, 02 de Novembro de 2012
A Agente de Execução - Natália FerreiraUrbanização Qt.ª Nova, Bl B12 - loja 1, 2580-649 CARREGADOTelf. 263861021 - Fax 263100103 - E-mail: [email protected]ário de atendimento: dias úteis das 15h às 17hPúblico, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
Maria do Rosário Lopes, Agente de Execução, com escritório na Av. Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encon-tra-se designado o dia 12 de Dezembro de 2012, pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “A”, a que corresponde cave esquerda, destinada a habitação e logradouro com área de 77m2, do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Rua dos Combatentes da Grande Guerra n.º 45, freguesia de Queluz, concelho de Sintra, descrito na Con-servatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 2630, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1369.Valor-base: 54.600,00 eurosSerá aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 38.220,00 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence à executada Vera Lúcia Gomes Varela, com residência na Rua Combatentes da Grande Guerra I, n.º 45, Cave, esq.ª, Queluz, fi el depositário do imóvel, que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado.
A Agente de Execução - Maria do Rosário LopesAv.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C - 2710-420 Sintra
Telf. 219233364 - Fax. 219105158 - E.mail: [email protected]ário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas
Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
Maria do Rosário LopesAgente de Execução
Cédula n.º 2210
ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante propostas em Carta Fechada
(Art.º 890.º do C.P.C.)
N.º do Processo: 3123/03.0TCSNTComarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente: HEFESTO STC, S.A.Executado(s): ISABEL AISSATO BALDE e outrosValor: 82.478,10 €Referência Interna: PE/40/2003
COMARCA DA GRANDE LISBOA - NOROESTE
Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Processo n.º 2992/09.5T2SNT
ANÚNCIOExecução OrdináriaExequente: Banco Espírito SantoExecutado: DX Foto - Comércio de Foto-grafi a, Ld.ª e outro(s)...Correm éditos de 20 dias para citação dos credores desconhecidos que go-zem de garantia real sobre os bens penhorados ao(s) executado(s) abaixo indicados, para reclamarem o pagamen-to dos respetivos créditos pelo produto de tais bens, no prazo de 15 dias, fi ndo o dos éditos, que se começará a contar da segunda e última publicação do pre-sente anúncio.Bens penhorados:TIPO DE BEM: ImóvelDESCRIÇÃO: fracção autónoma desig-nada pela letra V, correspondente ao 4.º andar, apartamento E do prédio urbano sito na freguesia de S. Sebastião da Pe-dreira, Av. Columbano Bordalo Pinheiro, n.º 71, 71-A e 71-B, descrito na 9.ª Con-servatória do Registo Predial de Lisboa sob o n.º 2043 e inscrito na matriz da respectiva freguesia sob o art.º 1929.º, propriedade do executado Paulo Maria-no Ferreira Noronha.PENHORADO EM: 19-04-2011 ao EXE-CUTADO: Paulo Noronha. Documentos de Identifi cação: BI - 4897114, Cartão Profi ssional - 6671L, NIF - 186587864. Endereço: Av. Columbano Bordalo Pi-nheiro, n.º 71, 4.º E, 1070-061 LisboaFIEL DEPOSITÁRIO: Jorge Monteiro. Do-cumentos de Identifi cação: BI - 9591492, NIF - 194009319. Endereço: Rua de Campolide, n.º 31 - 1.º Esq.º, 1070-026 Lisboa.N/Referência: 18781918Sintra, 17-10-2012
O Juiz de DireitoDr. João Paulo Raposo
A Ofi cial de JustiçaTeresa Maria Santos Vale
Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
Maria do Rosário Lopes, Agente de Execução, com escritório na Av. Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encon-tra-se designado o dia 11 de Dezembro de 2012 pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa-Noroeste-Sintra-Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “EM”, a que corresponde o r/c D, destinado a habitação com um terraço com 27 m2 e arrecadação no 9.º Piso - Bloco A, do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Rua da Milharada, 1, 3, 5, 7 e 9, freguesia de Massamá, concelho de Sintra, descrito na Conservatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 141, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 971.Valor-base: 54.168,33 eurosSerá aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 37.917,83 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence aos executados Tânia Solange Teixeira de Oliveira e Bruno Igor Teixeira de Oliveira, com residência na Rua da Milharada n.º 1, r/c Dto., Massamá, fi el depositário do imóvel, que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado.
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Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
Maria do Rosário LopesAgente de Execução
Cédula n.º 2210
ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante propostas em Carta Fechada
(Art.º 890.º do C.P.C.)N.º do Processo:1623/06.0TCSNTComarca da Grande Lisboa -Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente: BANCO ESPÍRITO SANTO SAExecutado(s): BRUNO IGOR TEIXEIRA DE OLIVEIRA e outrosValor: 63.196,38 €Referência Interna: PE/20/2011
Maria do Rosário Lopes, Agente de Execução, com escritório na Av. Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encon-tra-se designado o dia 12 de Dezembro de 2012, pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “G”, a que corresponde ao segundo andar esquerdo, destinado a habitação, do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Calçada da Rinchoa, n.º 28 e 28 A 2.º Esq.º, e também a Praceta das Avencas, n.º 18 em Rio de Mouro, descrito na 2.ª Con-servatória do Registo Predial de Sintra sob o n.º 151, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2891.Valor-base: 50.660,00 euros.Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 35.462,00 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence ao executado Seco Balde, com residência na Praceta das Avencas, n.º 18 - 2.º esq., Rinchoa, fi el depositário do imóvel, que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado,
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Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
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Cédula n.º 2210
ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante propostas em Carta Fechada
(Art.º 890.º do C.P.C.)
N.º do Processo: 3151/06.4TMSNTComarca da Grande Lisboa-Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente(s): HEFESTO STC, S.A., e outrosExecutado: SECO BALDEValor: 9.297,54 €Referência Interna: PE/855/2007
Maria do Rosário Lopes, Agente de Execução, com escritório na Av. Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encon-tra-se designado o dia 24 de Janeiro de 2013, pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juiz 2, para abertura de propostas, que sejam entregues até às 14 horas do dia útil anterior ao designado para a venda.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “O”, a que correspon-de o piso seis, terceiro andar frente, destinado a habitação com arrecadação na cave, do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Avenida D. Correia de Sá, n.º 40 em Monte Abraão, concelho de Sintra, descrito na Conser-vatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 433, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 245.Valor-base 70.000,00 euros.Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 49.000,00 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence ao executado Cícero Aparecido Lopes, com residência na Avenida D. António Correia de Sá, n.º 40, Monte Abraão, fi el depositário do imóvel que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado.
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Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
Maria do Rosário LopesAgente de Execução
Cédula n.º 2210
ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante propostas em Carta Fechada
(Art.º 890.º do C.P.C.)
N.º do Processo: 1000/08.8TCSNTComarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2Exequente: BANCO BPI SAExecutado(s): MARIA HELENA FERREIRA LOPES e outrosValor: 87.594,59 €Referência Interna: PE/214/2008
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VARAS CÍVEISDE LISBOA
2.ª Vara CívelProcesso n.º 245/12.0TVLSB
ANÚNCIOProcedimento CautelarRequerente: Banco Bilbao Vizcaya Argenta-ria (Portugal), S.A.Requerido: Juan Carlos Perez Souto e outro(s)...A Mm.ª Juíza de Direito, Dr.ª Cristina Isabel Santos Coelho, da 2.ª Vara Cível - Varas Cíveis de Lisboa:Faz saber, que nos autos acima identifi ca-dos, correm éditos de 10 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, notifi cando:Maria José Couto Lopez, portadora do BI es-trangeiro n.º 34993092 G, NIF - 267808305, domicílio: Zn. Calle Horta de Abaixo, Bl. 5 B - Atico B - 15220 Ames - Bertamirans - A Coruña - Espanha e com última residência conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para, no prazo de 10 dias, decorrido que seja o dos éditos nos termos do disposto no art.º 385.º, n.º 6, do Código de Processo Civil, e em alternativa:• Recorrer em 15 dias, nos termos gerais, do despacho que decretou a providência, quan-do entenda que, face aos elementos apura-dos, ela não deveria ter sido decretada;• Deduzir oposição, no prazo de 10 dias, quando pretenda alegar factos ou produzir meios de prova não tidos em conta pelo tribunal e que possam afastar os funda-mentos da providência ou determinar a sua redução.Terminando o prazo em dia que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu ter-mo para o primeiro dia útil seguinte.Fica advertido de que é obrigatória a consti-tuição de mandatário judicial.Passei o presente edital para ser devida-mente afi xado.N/Referência: 18165402Lisboa, 29-10-2012
A Juíza de DireitoDr.ª Cristina Isabel Santos Coelho
O Escrivão AdjuntoFernando Gonçalves Mendes
Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
FAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados encontra-se designado o dia 21 de Novembro de 2012 às 10h30, neste Tribunal, para a abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento na Secretaria do Tribunal pelos interessados na compra do seguinte bem imóvel:Fracção autónoma, designada pela letra F, do prédio urbano sito na Av. Dr. Domingos Rosado, Lote 8, 2.º esquerdo, freguesia de Redondo, Concelho de Redondo, descrito na Conservatória do Registo Predial de Redondo sob o n.º 737 e inscrito na respectiva matriz predial sob o artigo matricial 3760.VALOR-BASE: € 65.000,00 (Sessenta e cinco mil euros).O bem imóvel penhorado aos executados, será adjudicado a quem melhor preço oferecer acima de 70% do valor-base do bem a vender, ou seja, € 45.500,00.Não se aceitam propostas que não se façam acompanhar de cheque visado à ordem do Agente de Execução no montante correspondente a 20% do valor-base, ou garantia bancária no mesmo valor - art.º 897.º, n.º 1 do CPC.Mais se informa que não houve oposição à execução e foram reclamados créditos.É fi el depositário, que deve mostrar o bem imóvel a pedido, o executado.
O Agente de Execução - César Neto BelchiorAv. Brasil, 192 B, Escritório 1 - 1700-078 Lisboa
Tel.: 213 161 380 - Fax: 213 158 586Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
ANÚNCIOTribunal Judicial de Redondo
Secção ÚnicaProcesso n.º 7/06.4TARDD
Execução para pagamento de quantia certaValor: € 92.448,12 (noventa e dois mil, quatrocentos
e quarenta e oito euros e doze cêntimos)Exequente: Investments 2234 Overseas Fund. IV BV
Executado: António Joaquim da Silva Fortes
César BelchiorAgente de Execução
Céd. P. 2822
COMARCA DA GRANDE LISBOA - NOROESTE
Sintra - Juízo de Média Instância Cível - 1.ª Secção
Processo: 25096/12.9T2SNTHerança Jacente
ANÚNCIORequerente: Ministério PúblicoRequerido: António do Rêgo Sil-va - Herdeiros Desconhecidos e outro(s)...São citados os herdeiros ou su-cessores incertos de António do Rêgo Silva, natural da freguesia de Assunção, concelho de Elvas, fi lho de Emílio Rodrigues da Silva e de Maria Rosa Marini Rego Silva, fale-ceu no dia 14 de Março de 2012, com última residência conhecida na Avenida dos Combatentes S/n, Albarraque, Rio de Mouro, para no prazo 30 dias fi ndos os 30 dias dos éditos, contados da data da segunda e última publicação do anúncio virem aos presentes autos, requerer a sua habilitação como sucessores do falecido, sob pena de não aparecendo ninguém a habilitar-se, a herança ser de-clarada vaga para o Estado, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.N/Referência: 18859678Sintra, 23/10/2012
A Juíza de DireitoDr.ª Mónica CarvalhoA Ofi cial de Justiça
Alina Maria Baunites RochaPúblico, 08/11/2012 - 1.ª Pub.
TRIBUNAL DEFAMÍLIA E MENORES
DE SETÚBAL1.º Juízo
Processo: 27/10.4TMSTB
ANÚNCIODivórcio Sem Consentimento do Outro CônjugeAutora: Maria Leonor Carola Perei-ra FerreiraRéu: Joaquim António Caetano FerreiraNos autos acima identifi cados, cor-rem éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publica-ção do anúncio, citando o(a) ré(u) Joaquim António Caetano Ferreira, com última residência conhecida em domicílio: Rua José Saramago, N.º 10, 1.º Frt., Urb. Quinta do Pi-nheiro, 2955-000 Pinhal Novo, para no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, que-rendo, a presente acção, com a indicação de que a falta de contes-tação não importa a confi ssão dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substância o pedido con-siste, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à dispo-sição do citando.Fica advertido de que é obrigató-ria a constituição de mandatário judicial.
N/ Referência: 1148281
Setúbal, 31-10-2012.
A Juíza de DireitoDr.ª Anabela de Jesus Raimundo
FialhoO Ofi cial de JustiçaCarlos F. M. da Cruz
Público, 08/11/2012 - 1.ª Pub.
Tribunal Comarca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1 - Execução Comum; Processo n.º 1520/06.9TCSNT; Valor: 109.151,81€; Ref. Interna - PE 215/2006; Nos autos acima identifi cados, em que é exequente Caixa Económica Montepio Geral e executados Carlos José Fernandes António e Gonçalves Alberto Bongo, encontra-se designado o dia 12 de Dezembro de 2012, pelas 9h30m, no Tribunal da Comarca da Grande Lisboa - Noro-este Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1, para a abertura de propostas que sejam entregues até às 14:00 horas de véspera, na secretaria do referido Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: verba única - Prédio urbano, designado pela fracção “B”, sito no Cacém no Impasse Ilha das Flores, n.º 5, correspondente ao rés-do-chão esquerdo, freguesia do Cacém, concelho de Sintra, inscrito na matriz sob o ar-tigo 851, descrito na Conservatória do Registo Predial de Agualva-Cacém, sob o n.º 597.VALOR-BASE DA VENDA: 55.000,00€. Serão aceites propostas de melhor preço igual ou acima de 70% do valor-base anunciado. É fi el depositário do imóvel o executado Carlos José Fernandes António contribuinte n.º 205860672, à qual deve o mesmo mostrar o bem caso lhe seja solicitado.Não se encontra pendente qualquer oposição à execução. Existem créditos reclamados e já graduados, pelo Ministério Público em repre-sentação da Fazenda Nacional no montante de 204,66 euros.Entrega de propostas: As propostas devem ser entregues na Secretaria do Tribunal da Comar-ca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo
de Execução - Juiz 1, até às 14h00m do dia 11 de Dezembro de 2012, em envelope fechado, com a indicação do número do processo execu-tivo, nome do exequente e executado, devendo juntar-lhe a identifi cação (fotocópias do B.l. e Cartão de Contribuinte) e assinatura do propo-nente, excepto se o proponente estiver presente na abertura de propostas, deve constar ainda o preço oferecido.Caução e depósito do preço: No acto da ven-da deve ser depositado à ordem da Agente de Execução 20% do valor anunciado para venda, ou garantia bancária no mesmo valor, e a totali-dade ou parte dos preços em falta no prazo de quinze dias após a venda, nos termos do artigo 897.º do C.P.C.Os pagamentos poderão ser efectuados por entrega de cheque visado à ordem da Agente de Execução, ou por depósito na conta cliente da mesma, aberta no Millennium BCP, com o NIB 003300004524819906405, indicando como referência o número do processo em epígrafe.Ao valor da venda acrescerão os impostos devi-dos, nomeadamente IMT e Imposto de Selo.Este Edital encontra-se afi xado na porta do imóvel, na respectiva Junta de Freguesia e no Tribunal. São também publicados dois anúncios consecutivos no jornal “Público”.
A Agente de ExecuçãoMaria Leonor Cosme
Rua José Bento Costa n.º 9, R/C Dt.ºPortela de Sintra 2710-428 SintraTelef. 219106820 - Fax 219106829e.mail: [email protected]úblico, 08/11/2012 - 1.ª Pub.
MARIA LEONOR COSMESolicitadora de Execução
Cédula n.º 1389
EDITAL DE VENDA DO IMÓVEL ABERTURA DE PROPOSTAS
VARAS CÍVEISDE LISBOA
9.ª Vara CívelProcesso n.º 1960/12.4TVLSB
ANÚNCIOInterdição / InabilitaçãoRequerente: Ministério PúblicoRequerido: José Paulo da Sil-va NunesFaz-se saber que foi distribu-ída neste tribunal, a ação de Interdição / Inabilitação em que é requerido José Paulo da Silva Nunes, com residência em domicílio: Rua Egas Moniz, n.º 11 - 3.º C, Lisboa, 1900-216 Lisboa, para efeitos de ser de-cretada a sua interdição por anomalia psíquica.N/Referência: 18160103Lisboa, 26-10-2012
O Juiz de DireitoDr. José Manuel Góis Dias
VilalongaA Ofi cial de Justiça
Luísa EstrigaPúblico, 08/11/2012
Autor: Audiogest - Associação para a gestão e Distribuição de DireitosRéu: Murray Jonh Beveridge ClarkNos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, contados da segunda e última publicação do anúncio, citando:Réu: Murray Jonh Beveridge Clark, nascido(a) em 16-08-1962, NIF - 249838745, domicílio: Hemingways Bar, Rua do Barranco N.º 37, 8400-508 Carvoeiro, com última residência conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção, com a cominação de que a falta de contestação importa a confi ssão dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substância o pe-dido consiste em;a) ser o Réu condenado a reconhecer à Auto-ra o direito exclusivo de autorizar a utilização/execução pública de fonogramas/videogra-mas no estabelecimento comercial que explo-ra, denominado “Hemingway”;b) ser o Réu condenado na proibição de utilizar/executar publicamente fonogramas/videogramas no estabelecimento comercial que explora, denominado “Hemingway” en-quanto não obtiver, junto da Autora, a licença Passmusica;c) ser o Réu condenado no pagamento da remuneração de acordo com a tabela tarifária da Autora para o ano de 2007 por contrapar-tida do respectivo licenciamento da Passmu-sica e que actualmente se cifra em 927,82 € (correspondente a 773,39€ + 154,43€). cor-respondente ao capital em dívida e aos juros de mora vencidos e, bem assim, os juros de mora vincendos à taxa supletiva legal sucessi-vamente em vigor, desde 18 de Maio de 2012 (data da entrada da presente acção em Tribu-nal) até efectivo e integral pagamento;d) ainda, o Réu ser condenado no pagamen-to da remuneração de acordo com a tabela tarifária da Autora para o ano de 2010 por contrapartida do respectivo licenciamento
da Passmusica e que actualmente se cifra em 878,91 € (correspondente a 798,79€ + 80,12€), correspondente ao capital em dívida e aos juros de mora vencidos e, bem assim, os juros de mora vincendos à taxa supletiva legal sucessivamente em vigor, desde 15 de Maio de 2012 (data da entrada da presente acção em Tribunal) até efectivo e integral pagamento;e) igualmente ser o Réu Murray John Beve-ridge Clark ser condenado a pagar à Autora a quantia de 5.000,00 € (cinco mil Euros), de-vida a título de indemnização arbitrada pelos danos não patrimoniais causados pela sua conduta omissiva;f) ser ainda o Réu condenado a pagar à Autora a quantia de 1.000,00 € (mil Euros), correspondente ao ressarcimento dos en-cargos suportados com a protecção dos direitos lesados pelo Réu, bem como, com a investigação e cessação da conduta lesiva do mesmo,g) ser também o Réu condenado a pagar à Autora a quantia diária de 30,00 €, a título de sanção pecuniária compulsória pelo atraso na prática do facto positivo do Réu, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposi-ção do citando.O prazo acima indicado suspende-se, no en-tanto, nas férias judiciais.Terminando o prazo em dia que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu ter-mo para o primeiro dia útil.Fica advertido de que é obrigatória a consti-tuição de mandatário judicial.N/Referência: 9372Lisboa, 26/10/2012
A Juíza de DireitoDr.ª Helena Isabel Dias Bolieiro
A Ofi cial de JustiçaMaria de Lurdes Custódio
Público, 08/11/2012 - 1.ª Pub.
TRIBUNAL DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
1.º JuízoProcesso: 133/12.0YHLSB
Ação de Processo Ordinário
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ALICE LIMAAgente de Execução
CP 3687
EDITAL/ANÚNCIO DE VENDAEM PROCESSO EXECUTIVO
Alice Lima, com a cédula profi ssional n.º 3687, com domicílio profi ssional na Rua da Igreja, n.º 18, 1.º, Esc. 1, Avioso (St.ª Maria), Maia, agente de execução no âmbito da execução comum adiante identifi cada, informa os eventuais interessados que são aceites propostas de aquisição do(s) seguinte(s) bem(s) penhorado(s):LOCAL E DATA-LIMITE PARA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS: As propostas são apresentadas em carta fechada até às 14:00 horas (catorze horas) do dia 20-11-2012 (vinte de Novembro de dois mil e doze), no Tribunal Judicial de Vila do Conde, sito na Praça Luís de Camões, 4480-719 Vila do Conde, de-vendo os proponentes, nos termos do n.º 1 do artigo 897.º do Código Processo Civil, juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do soli-citador de execução no montante correspondente a 20% do valor-base dos bens, ou garantia bancária no mesmo valor. As propostas serão abertas no dia e hora indicado, não sendo obrigatória a presença dos proponentes.N.º DO PROCESSO: 1162/04.3TBVCD-C - Tribunal Judicial de Vila do Conde - 3.º Juízo Cível.EXEQUENTE: Manuel Alves Martins da Silva, NIF: 165240032, com residência na Rua José Domingues da Costa, n.º 218, Arcos, Vila do Conde.EXECUTADOS: António Miranda & Filhos - Constru-ção Civil, Lda, NIPC: 504798537, com sede na Rua da Ordem, n.º 177, Terroso, Póvoa de Varzim.BEM(S) A VENDERVerba n.º 1 - Fracção Autónoma, designada pela letra “B”, destinada a Habitação, do tipo T-Três, correspondente ao rés-do-chão direito, com garagem na cave, sito na Rua Alfredo Bastos, n.º 156, Vila do Conde, descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila do Conde sob o n.º 3890/20020916 “B” de Vila do Conde e inscrito na matriz predial urbana sob o art.º 8466.º “B” de Vila do Conde; Verba n.º 2 - Fracção Autónoma, designada pela letra “D”,
destinada a habitação, do tipo T-Dois, correspon-dente ao primeiro andar esquerdo, com garagem na cave, sito na Rua Alfredo Bastos, n.º 156, Vila do Conde, descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila do Conde sob o n.º 3890/20020916 “D” de Vila do Conde e inscrito na matriz predial urbana sob o art.º 8466.º “D” de Vila do Conde; Verba n.º 3 - Frac-ção Autónoma, designada pela letra “I”, destinada a habitação, do Tipo T-Um, correspondente ao terceiro andar direito traseiras, com garagem na cave, sito na Rua Alfredo Bastos, n.º 156, Vila do Conde, descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila do Con-de sob o n.º 3890/20020916 “I” de Vila do Conde e inscrito na matriz predial sob o art.º 8466º “I” de Vila do Conde; Verba n.º 4 - Crédito que a executada detém em consequência do acordo escrito e assina-do entre a mesma e credores (Manuel Fernando Mota Gonçalves e Maria da Graça Angeiras Fernandes), que advém da revogação do contrato de promessa de permuta de 15-11-2002. MODALIDADE DE VENDA: PROPOSTA EM CARTA FECHADAVALOR BASE: Verba n.º 1 - 53.395,20€; Verba n.º 2 - 33.372,00€; Verba n.º 3 - 20.023,20€; Verba n.º 4 - 250,00€.VALOR MÍNIMO DAS PROPOSTAS: Iguais ou supe-riores a 70% do valor-base de cada bem.FIEL DEPOSITÁRIA: A Executada.OUTRAS INFORMAÇÕES: Foi requerida a adjudica-ção pelos Credores Reclamantes Isaac Manuel Go-mes Cristelo e Marlene dos Santos Gonçalves respei-tante à verba n.º 1, pelo montante de 90.000,00€.
A Agente de Execução - Alice LimaRua da Igreja, 18 - 1.º Esc. 1
4475-641 Avioso (St.ª Maria) MaiaTel.: 229827523 - Fax: 229863261
[email protected]ário de atendimento: Dias úteis 14.30 às 17.30
Público, 08/11/2012 - 1.ª Pub.
Tribunal Judicial da Figueira da FozANÚNCIO DE VENDA EM CARTA FECHADA
EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIAProcesso n.º 1668/12.3TBFIG (3.º Juízo)Insolvente: Ana Paula Lourenço da Costa CaçãoAdministrador da Insolvência: Sebastião Campos Cruz (Dr.) Bem a vender: Prédio Urbano - Fração Autónoma “I”, des-tinado à habitação, tipo T2, 3.º andar frente esquerdo sito na Rua Helena Félix, n.º 174 da freguesia de S. Domingos de Rana e concelho de Cascais, descrito na Conservató-ria do Registo Predial de Cascais, sob a descrição n.º 6897/19971209-I, e inscrito na matriz predial com o número 16420-I, com o valor patrimonial de € 85.919,37. Será ven-dido no estado físico e legal em que se encontra e livre de quaisquer ónus ou encargos.Modalidade de Venda e apresentação das propostas: Ven-da em carta fechada (registada) ou entregue em mão com remetente da sede do administrador da insolvência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1.º - Sala 7, 4785-315 Trofa, tele-fones 252415079 ou 969033030. As propostas devem dar entrada na sede do administrador da insolvência até ao dia 20/11/2012 às 14,00 horas. Os proponentes devem indicar a sua identifi cação e direção completa, contactos telefónicos e eletrónicos e no envelope deve constar por fora a palavra “Proposta e processo n.º 1668/12.3TBFIG, 3.º Juízo”.Valor-base de venda: 140.000,00 €, tendo em conta a avalia-ção efetuada pelo credor hipotecário.Valor mínimo de venda: 70% do valor-base, ou seja, 98.000,00 €.Caução: Juntamente com a proposta deve ser apresenta-do um cheque visado no valor de 4.900,00 €, ou garantia bancária do mesmo montante, emitido a favor da Massa Insolvente de Ana Paula Cação, correspondente a 5% do valor mínimo de venda que será imediatamente devolvido caso não seja adjudicado.Data e hora para mostrar o bem: O imóvel pode ser visita-do no dia 12 de Novembro 2012 das 11,00 horas às 12,00 horas. Data, hora e local para abertura das propostas: As propos-tas serão abertas no escritório do administrador da insol-vência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1.º - Sala 7, 4785-315 Trofa no dia 20/11/2012 às 14,30 horas.
Trofa, 6 de Novembro de 2012
O Administrador da InsolvênciaSebastião Campos Cruz (Dr.)
Público, 08/11/2012
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39PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 CLASSIFICADOS
FAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados encontra-se designado o dia 28 de Novembro de 2012 às 09h30, neste Tribunal, para a abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento na Secretaria do Tribunal pelos interessados na compra do seguinte bem imóvel:Fracção autónoma, designada pela letra F, do prédio urbano sito na Travessa do Moinho, n.º 11, 2.º dt.º, freguesia de Malveira, concelho de Mafra, descrito na Conservatória do Registo Predial de Mafra sob o n.º 177 e inscrito na matriz predial sob o artigo matricial 1612.VALOR-BASE: €89.285,71 (Oitenta e nove mil, duzentos e oitenta e cinco euros e setenta e um cêntimos). O bem imóvel penhorado aos executados será adjudicado a quem melhor preço oferecer acima de 70% do valor-base do bem a vender, ou seja, € 62.500,00.Não se aceitam propostas que não se façam acompanhar de cheque visado à ordem do Agente de Execução no montante correspondente a 20% do valor-base, ou garantia bancária no mesmo valor - art.º 897.º, n.º 1 do CPC.Mais se informa que não houve oposição à execução e foram reclamados cré-ditos.São fi éis depositários, que devem mostrar o bem imóvel a pedido, os executados.
O Agente de Execução - César Neto BelchiorAv. Brasil, 192-B, Escritório 1 - 1700-078 Lisboa
Tel.: 213 161 380 - Fax: 213 158 586Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
ANÚNCIOComarca da Grande Lisboa-Noroeste
Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2Processo n.º 1827/08.0TBMFR
Execução para pagamento de quantia certaValor: €88.084,47 (oitenta e oito mil, oitenta e quatro
euros e quarenta e sete cêntimos) Exequente: Banco Espírito Santo, SA
Executado: Maria Teresa Figueiredo da Silva e outro
César BelchiorAgente de Execução
Céd. P. 2822
FAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados encontra-se designado o dia 30 de Novembro de 2012 às 09h45, neste Tribunal, para a abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento na Se-cretaria do Tribunal pelos interessados na compra do seguinte bem imóvel:Fracção autónoma, designada pela letra “C”, do prédio urbano sito na Ur-banização Capela Norte, lote 5, 1.º direito, freguesia e concelho do Cartaxo, descrito na Conservatória do Registo Predial do Cartaxo sob o n.º 1540 e inscrito na matriz predial sob o artigo matricial 6394.VALOR-BASE: € 96.428,57 (noventa e seis mil, quatrocentos e vinte e oito euros e cinquenta e sete cêntimos).O bem imóvel penhorado aos executados, será adjudicado a quem melhor preço oferecer acima de 70% do valor-base do bem a vender, ou seja, € 67.500,00.Não se aceitam propostas que não se façam acompanhar de cheque visado à ordem do Agente de Execução no montante correspondente a 5% do valor-base, ou garantia bancária no mesmo valor - art.º 897.º, n.º 1 do CPC.Mais se informa que não houve oposição à execução e foram reclamados créditos.É fi el depositário, que deve mostrar o bem imóvel a pedido, o executado António José Batista da Costa Vicente.
O Agente de Execução - César Neto BelchiorAv. Brasil, 192 B, Escritório 1 - 1700-078 Lisboa
Tel.: 213 161 380 - Fax: 213 158 586Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
ANÚNCIOTribunal Judicial do Cartaxo
1.º JuízoProcesso n.º 738/10.4TBCTX
Execução para pagamento de quantia certaValor: €110.664,28 (cento e dez mil, seiscentos e sessen-
ta e quatro euros e vinte e oito cêntimos) Exequente: Banco Espírito Santo, SA
Executado: António José Batista da Costa Vicente e outro
César BelchiorAgente de Execução
Céd. P. 2822 Tribunal Judicial da Comarca de Elvas1.º JuízoProcesso Executivo n.º 286/07.0TBELVExequente: Caixa Geral de Depósitos. S.A.Executados: Joaquim Manuel Queixinho Dias e Ana Maria Germano Pereira DiasFaz-se saber que nos autos acima iden-tifi cados, se encontra designado o dia 28 de novembro de 2012, pelas 14.30 horas, no Tribunal Judicial de Elvas, sito na Praça D. Sancho II em Elvas, para a abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria do Tribunal, pelos interes-sados na compra do seguinte prédio:- Fração autónoma designada pela letra N que corresponde ao primeiro andar di-reito do prédio urbano em regime de pro-priedade horizontal sito na Praceta José Picão Telo, n.º 24 em Elvas, freguesia de Assunção, concelho de Elvas, descrito na Conservatória do Registo Predial de Elvas sob o número 644/19940603, ins-crito na matriz sob o artigo 2403.Valor-base de venda: 76.000,00 euros. A fração será adjudicada a quem melhor
preço oferecer acima de 70% do valor-base ou seja da quantia de 53 200,00 euros.O andar pertence aos senhores Joaquim Manuel Queixinho Dias e Ana Maria Ger-mano Pereira Dias, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Praceta José Picão Telo, n.º 24 - 1.º andar direito em Elvas que a mostram a quem se mostrar interessado. Nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 897.º do Código Processo Civil, “Os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do solicitador de exe-cução ou, na sua falta, da secretaria, no montante correspondente a 20% do valor base dos bens ou garantia bancária do mesmo valor”.Portalegre, 5 de novembro de 2012
O Agente de ExecuçãoAntónio Correia Novo
Rua de Oliveira, n.º 81 - 2.º Apartado 46 - 7300-148 PortalegreTelefone. 245 377 197 - Fax. 245 341 017 Email. [email protected]úblico, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
ANTÓNIO CORREIA NOVOAgente de ExecuçãoCédula Número 1598
EDITAL
TRIBUNAL JUDICIAL DE OEIRAS
2.º Juízo Competência CívelProcesso n.º 8129/12.6TBOER
ANÚNCIOInterdição / InabilitaçãoRequerente: Ministério PúblicoRequerida: Alice dos Santos CardonaFaz-se saber que foi distribuí-da neste tribunal, a ação de In-terdição / Inabilitação em que é requerida Alice dos Santos Cardona, com residência em domicílio: Rua de Macau, n.º 56, 2.º Dto., 2780-019 Oeiras, para efeito de ser decretada a sua interdição por ANOMALIA PSÍQUICA .N/Referência: 11239000Oeiras, 25-10-2012
A Juíza de DireitoDr.ª Ausenda Brás
Moreira PiresA Ofi cial de Justiça
Carla Isabel O. Cesário SousaPúblico, 08/11/2012
LUÍS DA SILVEIRA Solicitador de Execução Céd. Prof. 2734
ANÚNCIOComarca de Alentejo LitoralSantiago do Cacém - Juízo Grande Instância Cível - Juiz 1Acção ExecutivaProcesso N.º 437/05.9TBSTCFAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados se encontra desig-nado o dia 05 de Dezembro de 2012, pelas 14,00 horas, no Tribunal acima identifi cado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem:- Fracção autónoma destinada a habitação,em duplex, integrando no 1.º piso (3.º no prédio em propriedade horizontal em que se insere) Sala comum, cozinha, lavabo, corredor, varanda e escadas de aces-so ao piso superior e neste, 2.º piso da fracção e 4.º do imóvel, três quartos (sendo dois com roupeiro), arrecadação, casa de banho e corredor, sito no Bairro do Pinhal, Bloco B 4.3.º e 4.º pisos em Santo André, em DIREITO DE SUPERFÍCIE;- Descrito na Conservatóia do Registo Predial de Santiago do Cacém sob o n.º 605/19890306-T e inscrito na matriz predial urbana da Fre-guesia de Santo André pelo Art.º 2494 - fracção T.O bem pertence a Rui Manuel Santos Carneiro Carvas e Ana Isabel Mendes Guerreiro José.VALOR-BASE: 75.000,00 €Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 52.500,00 €,correspondente a 70% do valor-base.
Santiago do Cacém, 2012-11-06
O Solicitador de Execução - Luís da Silveira
Público, 08/11/2012 - 1.ª Pub.
JUÍZOS CÍVEIS DE JUÍZOS CÍVEIS DE LISBOA (1.º A 5.º)LISBOA (1.º A 5.º)
5.º Juízo CívelProcesso: 2188/12.9TJLSB
ANÚNCIOAção de Processo SumárioAutor: Fundo de Garantia Auto-móvelRéu: Sérgio Miguel Valezim Dias e outro(s)...Nos autos acima identifi cados, cor-rem éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publica-ção deste anúncio, citando:Réu Sérgio Miguel Valezim Dias, fi lho de Vítor Manuel Lima Tavares Dias e de Maria Fernanda Salgado Valezim Dias, estado civil: Solteiro, nascido em 03-02-1977, nacional de Portugal, NIF - 215216385, BI - 10997641, domicílio: Rua de Carmen Miranda, 19, 4.º F, Torre da Marinha, 2840-000 Seixal, com última residência conhecida na morada indicada para, no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ação cujo pedido consiste no pagamento à Autora da quantia de€ 18.166,63, tudo como melhor consta no duplicado da petição ini-cial que se encontra nesta Secreta-ria à disposição do citando.O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais. Fica advertido de que é obrigató-ria a constituição de mandatário judicial.N/ Referência: 12868627Lisboa, 25-10-2012.
A Juíza de DireitoDr.ª Margarida Maria Rodrigues
RochaA Ofi cial de Justiça
Ana Lúcia de Almeida FrancoPúblico, 08/11/2012 - 1.ª Pub.
TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES E DE
COMARCA DE VILA FRANCA DE XIRA
2.º Juízo Família e MenoresProcesso: 6521/11.2TBVFX
ANÚNCIOAlteração da Regulação das Res-ponsabilidades ParentaisRequerente: Sérgio Ricardo Augus-to dos SantosRequerida: Ana Paula Costa GuerreiroNos autos acima identifi cados, cor-rem éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publica-ção do anúncio, citando a Reque-rida: Ana Paula Costa Guerreiro, domicílio: Rua Rui Grácio, Lote 369, Escada A - 4.º Direito, 1950-250 LISBOA, com última residência conhecida na morada indicada para no prazo de 10 dias, decorri-do que seja o dos éditos alegar o que tiver por conveniente, nos ter-mos do disposto no art.º 182.º n.º 3 da OTM, no sentido de ser fi xada a pensão de alimentos a pagar pela requerida ao requerente, no valor de 100,00 €, tudo como melhor consta do duplicado da petição ini-cial que se encontra nesta Secreta-ria, à disposição do citando.Terminando o prazo em dia que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil seguinte.Fica advertida de que não é obriga-tória a constituição de mandatário judicial, salvo na fase de recurso.N/ Referência: 8505192Vila Franca de Xira, 17-10-2012.
A Juíza de DireitoDr.ª Anabela RochaO Ofi cial de Justiça
José GueifãoPúblico, 08/11/2012 - 1.ª Pub.
Câmara Municipal de Castelo de Vide
AVISOPROCEDIMENTO CONCURSAL COMUM
António Manuel Grincho Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide:Faz saber, em cumprimento do disposto na alínea d) do n.º 1 do art.º 19.º da Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de Janeiro, que na sequência de proposta da Câmara Municipal de 20 de Junho de 2012, de delibração favorável da As-sembleia Municipal de 25 de Junho e do meu despacho de 17 de Setembro, se encontra aberto pelo prazo de 10 (dez) dias úteis a contar da publicação no Diário da República, Procedimento concursal comum para constituição de relação jurídica de emprego público em contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, para preenchimento de:- 1 Posto de trabalho da carreira/categoria de Técnico Superior - Direito - área de atividade de Jurista.Habilitação académica:- Licenciatura na área do Direito.
Para efeitos de candidatura deverão os interessados consultar o Aviso de abertura do Procedimento Concursal publicado na 2.ª Série do Diário da República, n.º 214, de 6 de Novembro de 2012.
Paços do Concelho de Castelo de Vide, 6 de Novembro de 2012
O Presidente da Câmara Municipal - Dr. António Manuel Grincho Ribeiro
VARAS CÍVEISDE LISBOA
12.ª Vara CívelProcesso: 1991/09.1TVLSB
Execução Ordinária
ANÚNCIOExequente: Banco Espírito Santo, SAExecutado: Agostinho Rodrigues Luzirão e outrosCorrem éditos de 20 dias para citação dos crcdores desconhecidos que gozem de ga-rantia real sobre os bens penhorados ao(s) executado(s) abaixo indicados, para recla-marem o pagamento dos respetivos créditos pelo produto de tais bens, no prazo de 15 dias, fi ndo o dos éditos, que se começará a contar da segunda e última publicação do presente anúncio.Bens penhorados:TIPO DE BEM: ImóvelDESCRIÇÃO: Fracção autónoma designada pelas letras AP a que corresponde o 7.º andar, sala 2, do prédio urbano sito na Av.ª das Forças Armadas, n.º 8, tornejando para a Rua Rainha D. Leonor, freguesia da Mina, concelho de Amadora, descrito na Conser-vatória do Registo Predial da Amadora sob o n.º 3444 a fl s. 140 v.º do Livro B-11PENHORADO EM: 03-07-2012PENHORADO A:EXECUTADO: Agostinho Rodrigues Luzirão. Documentos de Identifi cação: BI - 15742248, NIF - 180372157. Endereço- Calle Miranda. Edifício Gin-Ros, Piso 5 Apart. 5-A, Guatire - Estado Miranda, VenezuelaEXECUTADO: Florindo Reis dos Santos. Do-cumentos de Identifi cação: NIF - 180383655. Endereço: Calle Miranda, Edifício Gin-Rosa, Piso 5 Apart. 5-A, Guatire - Estado de Miran-da, VenezuelaFIEL DEPOSITÁRIO: João Gonçalves Borrega-ra. Documentos de identifi cação BI - 2417929, Cartão profi ssional - 3788, NIF - 110361393. Endereço: Rua Professor Jorge Mineiro N.º 19, 1.º Esq.º., 2745-573 BarcarenaN/Referência: 18165157Lisboa, 30/10/2012
A Juíza de DireitoDr.ª Cristina Maria Xavier Machado Dá Mesquita
A Ofi cial de JustiçaIlda Maria Monteiro
Público, 08/11/2012 - 1.ª Pub.
Tribunal de Família e Menores e de Comarca do SeixalANÚNCIO DE VENDA EM CARTA FECHADA
EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIAProcesso n.º 6622/11.7TBSXL (1.º Juízo Cível)Insolvente: José Manuel Parreira de AzevedoAdministrador da Insolvência: Sebastião Campos Cruz (Dr.) Bem a vender: Prédio Urbano - Fração “AI”, destinado à habitação, tipo T3, 6.º Andar Frente Direito, sito na Praceta 25 de Abril, n.º 2, da freguesia de Amora e concelho de Seixal, descrito na Conservatória do Registo Predial de Amora, sob a descrição n.º 1736/19891130-AI, e inscrito na matriz predial com o número 5730-AI, com o valor patrimonial de € 70.260,00. Será vendido no estado físico e legal em que se encontra e livre de quaisquer ónus ou encargos.Modalidade de venda e apresentação das propostas: Venda em carta fechada (re-gistada) ou entregue em mão com remetente da sede do administrador da insolvên-cia, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1º - Sala 7, 4785-315 Trofa, telefones 252 415 079 ou 969 033 030. As propostas devem dar entrada na sede do administrador da insolvência até ao dia 20/11/2012 às 14,00 horas. Os proponentes devem indicar a sua identifi cação e direção completa, contactos telefónicos e eletrónicos e no en-velope deve constar por fora a palavra “Proposta e processo n.º 6622/11.7TBSXL, 1.º Juízo Cível”.Valor-base de venda: 76.854,29 €, tendo em conta a avaliação efetuada pelo credor hipotecário.Valor mínimo de venda: 70% do valor-base, ou seja, 53.798,00 €.Caução: Juntamente com a proposta deve ser apresentado um cheque visado no valor de 2.689,90 €, ou garantia bancária do mesmo montante, emitido a favor da Massa Insolvente de José Manuel Parreira de Azevedo, correspondente a 5% do va-lor mínimo de venda que será imediatamente devolvido caso não seja adjudicado.Data e hora para mostrar o bem: O imóvel pode ser visitado no dia 10 de Novembro 2012 das 12,30 horas às 13,30 horas. Data, hora e local para abertura das propostas: As propostas serão abertas no es-critório do administrador da insolvência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1.º - Sala 7, 4785-315 Trofa no dia 20/11/2012 às 14,30 horas.
Trofa, 6 de Novembro de 2012
O Administrador da InsolvênciaSebastião Campos Cruz (Dr.)
Público, 08/11/2012
Tribunal Judicial de Rio MaiorANÚNCIO DE VENDA EM CARTA FECHADA
EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIAProcesso n.º 745/11.0TBRMR (1.º Juízo)Insolvente: Florindo Manuel Costa Grilo e outro(s)…Administrador da Insolvência: Sebastião Campos Cruz (Dr.) Bem a vender: Prédio Urbano, com r/c e 1.º andar suscetíveis de utilização independente, sendo o r/c destinado a habitação composto por 3 assolhadas, e o r/c destinado a comér-cio composto por 1 assoalhada, o 1.º andar destinado a habitação é composto por 4 asso-alhadas, sito na Venda da Costa da freguesia e concelho de Rio Maior, descrito na Conser-vatória do Registo Predial de Rio Maior sob a descrição n.º 4516/19970124, e inscrito na matriz predial com o número 8195, com o valor patrimonial de € 4.546,35. Será vendido no estado físico e legal em que se encontra e livre de quaisquer ónus ou encargos.Modalidade de Venda e apresentação das propostas: Venda em carta fechada (registada) ou entregue em mão com remetente da sede do administrador da insolvência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1.º - Sala 7, 4785-315 Trofa, telefones 252 415 079 ou 969 033 030. As propostas devem dar entrada na sede do administrador da insolvência até ao dia 20/11/2012 às 14,00 horas. Os proponentes devem indicar a sua identifi cação e direção completa, contactos telefónicos e eletrónicos e no envelope deve constar por fora a pala-vra “Proposta e processo n.º 745/11.0TBRMR, 1.º Juízo - Verba 1 do auto de apreensão”.Valor-base de venda: 240.000,00 €, tendo em conta a avaliação efetuada pelo credor hi-potecário.Valor mínimo de venda: 70% do valor-base, ou seja, 168.000,00 €.Caução: Juntamente com a proposta deve ser apresentado um cheque visado no valor de 8.400,00 €, ou garantia bancária do mesmo montante, emitido a favor da Massa Insolvente de Florindo Manuel Costa Grilo e outro(s)…, correspondente a 5% do valor mínimo de venda que será imediatamente devolvido caso não seja adjudicado.Data e hora para mostrar o bem: O imóvel pode ser visitado no dia 10 de Novembro 2012 das 12,30 horas às 13,30 horas. Data, hora e local para abertura das propostas: As propostas serão abertas no escritório do administrador da insolvência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1.º - Sala 7, 4785-315 Trofa no dia 20/11/2012 às 14,30 horas.
Trofa, 6 de Novembro de 2012
O Administrador da InsolvênciaSebastião Campos Cruz (Dr.)
Público, 08/11/2012
Tribunal de Família e Menores e de Comarca de LouresANÚNCIO DE VENDA EM CARTA FECHADA
EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIAProcesso n.º 188/12.8TCLRS (4.º Juízo Cível)Insolvente: José Luís dos Santos Robalo Gouveia e outro(s)…Administrador da Insolvência: Sebastião Campos Cruz (Dr.) Bem a vender: Prédio Urbano – Fração “AJ”, destinado à habitação, tipo T4, 6.º A, com arrecadação no n.º 31 sito na Rua José Afonso, n.º 9, da freguesia de Santo An-tónio dos Cavaleiros e concelho de Loures, descrito na 1.ª Conservatória do Registo Predial de Loures, sob a descrição n.º 90/19891108 - AJ, e inscrito na matriz predial com o número 575 - AJ, com o valor patrimonial de € 22.953,80. Será vendido no esta-do físico e legal em que se encontra e livre de quaisquer ónus ou encargos.Modalidade de Venda e apresentação das propostas: Venda em carta fechada (regis-tada) ou entregue em mão com remetente da sede do administrador da insolvência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1.º - Sala 7, 4785-315 Trofa, telefones 252415079 ou 969033030. As propostas devem dar entrada na sede do administrador da insolvência até ao dia 20/11/2012 às 14,00 horas. Os proponentes devem indicar a sua identifi -cação e direção completa, contactos telefónicos e eletrónicos e no envelope deve constar por fora a palavra “Proposta e processo n.º 188/12.8TCLRS, 4.º Juízo Cível”.Valor-base de venda: 60.000,00 €, tendo em conta a avaliação efetuada pelo credor hipotecário.Valor mínimo de venda: 70% do valor-base, ou seja, 42.000,00 €.Caução: Juntamente com a proposta deve ser apresentado um cheque visado no valor de 2.100,00 €, ou garantia bancária do mesmo montante, emitido a favor da Massa Insolvente de José Luís dos Santos Robalo Gouveia e outro(s)…, correspon-dente a 5% do valor mínimo de venda que será imediatamente devolvido caso não seja adjudicado.Data e hora para mostrar o bem: O imóvel pode ser visitado no dia 12 de Novembro 2012 das 16,30 horas às 17,30 horas.Data, hora e local para abertura das propostas: As propostas serão abertas no es-critório do administrador da insolvência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1.º - Sala 7, 4785-315 Trofa no dia 20/11/2012 às 14,30 horas.
Trofa, 6 de Novembro de 2012
O Administrador da InsolvênciaSebastião Campos Cruz (Dr.)
Público, 08/11/2012
Tribunal Judicial de SetúbalANÚNCIO DE VENDA EM CARTA FECHADA
EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIAProcesso n.º 7270/11.7TBSTB (2.º Juízo)Insolvente: Joaquim Manuel Silva Deodato e outro(s)…Administrador da Insolvência: Sebastião Campos Cruz (Dr.)Bem a vender: Prédio Urbano - Fração Autónoma “F”, destinado à habitação, tipo T3, 2.º andar Esquerdo sito na Rua 25 de Abril, Gaveto com Rua Infante D. Henrique, lote 25 da freguesia de Pinhal Novo e concelho de Palmela, descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela, sob a descrição n.º 1688/19901205-F, e inscrito na matriz predial com o número 5838-F, com o valor patrimonial de € 37.350,91. Será vendido no estado físico e legal em que se encontra e livre de quaisquer ónus ou encargos.Modalidade de Venda e apresentação das propostas: Venda em carta fechada (regis-tada) ou entregue em mão com remetente da sede do administrador da insolvência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1.º - Sala 7, 4785-315 Trofa, telefones 252415079 ou 969033030. As propostas devem dar entrada na sede do administrador da insolvência até ao dia 20/11/2012 às 14,00 horas. Os proponentes devem indicar a sua identifi -cação e direção completa, contactos telefónicos e eletrónicos e no envelope deve constar por fora a palavra “Proposta e processo n.º 7270/11.7TBSTB, 2.º Juízo - Verba Um do auto apreensão”.Valor base de Venda: 35.000,00 €, tendo em conta a avaliação efetuada pelo credor hipotecário.Valor mínimo de venda: 70% do valor-base, ou seja, 24.500,00 €.Caução: Juntamente com a proposta deve ser apresentado um cheque visado no va-lor de 1.225,00 €, ou garantia bancária do mesmo montante, emitido a favor da Massa Insolvente de Joaquim Manuel Silva Deodato e outro(s), correspondente a 5% do valor mínimo de venda que será imediatamente devolvido caso não seja adjudicado.Data e hora para mostrar o bem: O imóvel pode ser visitado no dia 12 de Novembro 2012 das 15,30 horas às 16,30 horas. Data, hora e local para abertura das propostas: As propostas serão abertas no es-critório do administrador da insolvência, sita na Rua Serafi m Lima, 245, 1º - Sala 7, 4785-315 Trofa no dia 20/11/2012 às 14,30 horas.
Trofa, 6 de Novembro de 2012
O Administrador da InsolvênciaSebastião Campos Cruz (Dr.)
Público, 08/11/2012
40 PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012CLASSIFICADOS
Processo 6195/08.8TBSXLTribunal de Família, Menores e Comarca de Seixal - 2.º Juízo CívelExecução ComumRef. Interna: PE/99/2008/SExequente: Banco Espírito Santo, S.A.Executados: Manuel JesusAgente de Execução, Alexandra Gomes CP 4009, com endereço profi ssional em Rua D. Sancho I, n.º 17 A/B, 2800-712 Almada.Nos termos do disposto no artigo 890.º do Código de Processo Civil, anuncia-se a venda do bem adiante designado:Bens em VendaTIPO DE BEM: ImóvelARTIGO MATRICIAL: 2611 - Urbano - Serviço de Finanças: 3697 - Seixal 2DESCRIÇÃO VERBA: Fração autónoma designada pela letra H, correspondente ao 3.º andar esquerdo com arrecadação na cave n.º 8, no prédio urbano, em re-gime de propriedade horizontal sito em Rua Alexandre Herculano, n.º 6, Paivas, Amora, descrito na Conservatória do Registo Predial de Amora sob o n.º 4176 da freguesia de Amora, inscrito na respetiva matriz sob o artigo n.º 2611, da freguesia de Amora, concelho de Seixal, distrito de Setúbal, destinada à habitação.PENHORADO EM: 09/02/2010INTERVENIENTES ASSOCIADOS AO BEM:
EXECUTADOS: Manuel Jesus, solteiro, maior, portador do BI n.º 16123902, con-tribuinte fi scal n.º 211433390, residente em Rua Alexandre Herculano, n.º 6, 3.º esq., Amora.MODALIDADE DA VENDA: Venda me-diante proposta em carta fechada, a se-rem entregues na Secretaria do Tribunal de Família, Menores e Comarca de Sei-xal - 2.º Juízo Cível, pelos interessados na compra, encontrando-se designada como data para abertura das propostas o dia 19 de Novembro de 2012, pelas 9.30 horas.VALOR-BASE DA VENDA:Verba: 75.000,00 eurosSerão aceites propostas iguais ou supe-riores a 52.500,00 euros (valor que corres-ponde a 70% do valor-base)A sentença que se executa está pendente de recurso ordinário: NãoEstá pendente oposição à execução: NãoEstá pendente oposição à penhora: NãoEstá pendente sentença de graduação de créditos: Não
A Agente de ExecuçãoAlexandra Gomes
Rua D. Sancho I, n.º 17 A/B,2800-712 AlmadaE-mail: [email protected].: 212 743 259 - Fax: 217 743 259Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
Alexandra GomesAgente de Execução
CPN 4009
ANÚNCIO DE VENDA
Tribunal Comarca da Grande Lisboa Noroeste - Sintra, Juízo de Execução - Juiz 2, Execução Comum; Processo n.º 850/06.4TCSNT; Valor: 48.669,72 €; Nos autos acima identifi cados, em que é Exequente o Banco BPI, SA e executado MÁRIO FERNANDES RODRIGUES LOURO encontra-se designado o dia 29/11/2012, pelas 09.30 horas, no Tribunal da Comarca da Grande Lisboa Noroeste - Sintra, Juízo de Execução, Juiz 2, para a abertura de propostas, que sejam entregues até às 14.00 horas de véspera, na secretaria do referido Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: verba única-Pré-dio urbano, designado pela fracção “E”, sito na Agualva, Rua Cidade Varsóvia, n.º 3, r/c dto., na Agualva, freguesia de Agual-va, concelho de Sintra, inscrito na matriz sob o artigo 1676, descrito na Conservató-ria Registo Predial de Agualva - Cacém sob o artigo 407/Agualva.VALOR-BASE DA VENDA: 67.857,14 €.Serão aceites propostas de melhor pre-ço igual ou acima de 70% do valor-base anunciado.É fi el depositário o executado MÁRIO FERNANDES RODRIGUES LOURO, que é obrigado a mostrar o bem a quem preten-de examiná-lo.Não se encontra pendente qualquer oposi-ção à execução.Entrega de propostas: As propostas de-vem ser entregues na Secretaria do Tri-bunal Comarca Grande Lisboa Noroeste - Sintra, Juízo de Execução - Juiz 2, até às 14.00 horas do dia 28 Novembro de 2012
em envelope fechado, com a indicação do número do processo executivo, nome exe-quente e executados, devendo juntar-lhe fotocópias do bilhete identidade e cartão de contribuinte, excepto se o proponente estiver presente na abertura de propostas.Caução e depósito do preço: No acto da venda deve ser depositado à ordem do Agente de Execução 5% do valor anun-ciado para a venda ou garantia bancária no mesmo valor, e a totalidade ou parte do preço em falta no prazo de quinze dias após a venda, nos termos do artigo 897.º do CPC.Os pagamentos poderão ser efectua-dos por entrega de cheque visado à ordem da Agente de Execução, ou por depósito na conta cliente da mesma, aberta no Millennium BCP, com NIB n.º 003300004524819906405, indicando como referência o número do processo em epígrafe.Ao valor da venda acrescerão os impostos devidos, nomeadamente IMT e Imposto Selo.Este edital encontra-se afi xado na porta do imóvel, na respectiva Junta de Freguesia e no Tribunal e ainda publicado em duas edições do jornal Público.
A Agente de ExecuçãoMaria Leonor Cosme
Rua José Bento Costa n.º 9, R/C Dt.ºPortela de Sintra - 2710-428 SintraTelef. 219106820 - Fax 219106829e.mail: [email protected]úblico, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
MARIA LEONOR COSMESolicitadora de Execução
CPN 1389ANÚNCIO DE VENDA IMÓVEL
Tribunal Comarca da Grande Lisboa Noroeste - Sintra, Juízo de Execução - Juiz 1; Execução Comum; Processo n.º 175/04.0TCSNT; Valor: 101.022,04€; Nos autos acima identifi cados, em que é Exe-quente a CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS S.A., e executada ISABEL MARIA DOS SANTOS GONÇALVES encontra-se desig-nado o dia 11/12/2012, pelas 09.30 horas, no Tribunal da Comarca da Grande Lisboa Noroeste - Sintra, Juízo de Execução, Juiz 1, para a abertura de propostas, que sejam entregues até às 14.00 horas de véspera, na secretaria do referido Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: verba única - Prédio urbano, designado pela fracção “V”, sito em Algueirão, Rua Cidade de Faro, n.º 15, 4.ºA, em Casal da Cavaleira, freguesia de Algueirão, concelho de Sintra, inscrito na matriz sob o artigo 10602, descri-to na 1.ª Conservatória Registo Predial de Sintra sob o artigo 5966/Algueirão.VALOR-BASE DA VENDA: 115.000,00 €. Se-rão aceites propostas de melhor preço igual ou acima de 70% do valor-base anunciado.É fi el depositária a executada ISABEL MA-RIA DOS SANTOS GONÇALVES, que é obrigada a mostrar o bem a quem pretende examiná-lo.Não se encontra pendente qualquer oposi-ção à execução.Entrega de propostas: As propostas devem ser entregues na Secretaria do Tribunal Co-marca Grande Lisboa Noroeste - Sintra, Ju-ízo de Execução - Juiz 1, até às 14.00 horas
do dia 10 de Dezembro de 2012 em envelo-pe fechado, com a indicação do número do processo executivo, nome exequente e exe-cutados, devendo juntar-lhe fotocópias do bilhete identidade e cartão de contribuinte, excepto se o proponente estiver presente na abertura de propostas.Caução e depósito do preço: No acto da venda deve ser depositado à ordem do Agente de Execução 5% do valor anunciado para a venda ou garantia bancária no mes-mo valor, e a totalidade ou parte do preço em falta no prazo de quinze dias após a ven-da, nos termos do artigo 897.º do CPC.Os pagamentos poderão ser efectuados por entrega de cheque visado à ordem da Agen-te de Execução, ou por depósito na conta cliente da mesma, aberta no Millennium BCP, com NIB n.º 003300004524819906405, indicando como referência o número do processo em epígrafe.Ao valor da venda acrescerão os impostos devidos, nomeadamente IMT e Imposto Selo. Este edital encontra-se afi xado na porta do imóvel, na respectiva Junta de Freguesia e no Tribunal e ainda publicado em duas edi-ções do jornal Público.
A Agente de ExecuçãoMaria Leonor Cosme
Rua José Bento Costa n.º 9, R/C Dt.ºPortela de Sintra - 2710-428 SintraTelef. 219106820 - Fax 219106829e.mail: [email protected]úblico, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
MARIA LEONOR COSMESolicitadora de Execução
CPN 1389ANÚNCIO DE VENDA IMÓVEL
Tribunal Comarca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2 - Execução Comum; Processo n.º 1720/06.1TCSNT; Valor: 153.683,03 €; Ref. Interna - PE 252/2006; Nos autos acima identifi cados, em que é exequente Caixa Económica Montepio Geral e executados António Manuel Encarnação da Silva e Isabel Maria Duarte Silva, encontra-se designado o dia 24 de Janeiro de 2013, pelas 9h30m, no Tribunal da Comarca da Grande Lisboa - No-roeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2, para a abertura de propostas, que sejam entregues até às 14.00 horas de véspera, na secretaria do referido Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: verba única - 1/2 Prédio ur-bano pertencente ao executado António Manuel Encarnação da Silva, designado pela fracção “AT”, sito na Rinchoa na Rua da Pousada n.ºs 3-A a 3-C, correspondente ao 9.º andar letra F, Freguesia de Rio de Mouro, concelho de Sintra, inscrito na matriz sob o artigo 8075, descrito na 2.ª Conservatória do Registo Predial Sintra, sob o n.º 1597.VALOR-BASE DA VENDA: 39.000,00 €. Serão aceites propostas de melhor preço igual ou aci-ma de 70% do valor-base anunciado.É fi el depositário do imóvel os executados António Manuel Encarnação da Silva com n.º contribuinte 164949712 e Isabel Maria Duarte Silva com n.º contribuinte 191871150, devem os mesmos mostrar o bem caso lhes seja solicitado.Não se encontra pendente qualquer oposição à execução. Existem créditos reclamados e já graduados, pelo Ministério Público em repre-sentação da Fazenda Nacional no montante de 9,713,18 euros por dívida de IRS, 455,23 por dí-vida de IMI, e ainda pelo Instituto de Segurança Social no montante de 19.140,37 euros.
Entrega de propostas: As propostas devem ser entregues na Secretaria do Tribunal da Comar-ca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2, até às 14h00m do dia 23 de Janeiro de 2013, em envelope fechada, com a indicação do número do processo executivo, nome do exequente e executado, devendo juntar-lhe a identifi cação (fotocópias do B.I., e Cartão de Contribuinte) e assinatura do propo-nente, excepto se o proponente estiver presen-te na abertura de propostas, deve constar ainda o preço oferecido.Caução e depósito do preço: No acto da venda deve ser depositado à ordem da Agente de Execução 20% do valor anunciado para venda, ou garantia bancária no mesmo valor, e a totali-dade ou parte dos preços em falta, no prazo de quinze dias após a venda, nos termos do artigo 897.º do C.P.C.Os pagamentos poderão ser efectuados por entrega de cheque visado à ordem da Agente de Execução, ou por depósito na conta cliente da mesma, aberta no Millennium BCP, com o NIB 003300004524819906405, indicando como referência o número do processo em epígrafe.Ao tratar da venda acrescerão os impostos devi-dos, nomeadamente IMT e Imposto de Selo.Este Edital encontra-se afi xado na porta do imóvel, na respectiva Junta de Freguesia e no Tribunal. São também publicados dois anún-cios consecutivos no jornal Público.
A Agente de ExecuçãoMaria Leonor Cosme
Rua José Bento Costa n.º 9, R/C Dt.ºPortela de Sintra - 2710-428 SintraTelef. 219106820 - Fax 219106829e.mail: [email protected]úblico, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
MARIA LEONOR COSMESolicitadora de Execução
CPN 1389
EDITAL DE VENDA DO IMÓVELABERTURA DE PROPOSTAS
Tribunal Comarca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2 - Execução Comum; Processo n.º 141/04.5TCSNT; Valor: 93.360,48 €; Ref. Interna - PE 407/2004; Nos autos acima identifi cados, em que é exequente CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS SA e executa-dos Sandra Fátima Cabral Pina, Miguel João Augusto Cid e Carolina António Borges Seme-do, encontra-se designado o dia 24 de Janeiro do 2013, pelas 9h30m, no Tribunal da Comarca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2, para a abertura de propos-tas, que sejam entregues até às 14.00 horas de véspera, na secretaria do referido Tribunal, pe-los interessados na compra do seguinte bem: verba única - Prédio urbano, designado pela fracção “AE”, sito na Rua Cidade do Almada n.º 5 tendo também os n.ºs 18, 18-A a 18E da Rua Cidade da Covilhã Casal do Cotão, corres-pondente ao 4.º andar C no Casal do Cotão, Freguesia de São Marcos, concelho de Sintra, inscrito na matriz sob o artigo 661 descrito na Conservatória do Registo Predial de Aguatva-Cacém, sob o n.º 00019.VALOR-BASE DA VENDA: 70.000,00 €. Serão aceites propostas de melhor preço igual ou acima de 70% do valor-base anunciado. É fi el depositário do imóvel o executado Miguel João Augusto Cid, com n.º contribuinte 205665438, o mesmo deve mostrar o bem caso lhe seja solicitado.Não se encontra pendente qualquer oposição à execução. Existem créditos reclamadas e já graduados, pelo Ministério Público em repre-sentação da Fazenda Nacional no montante de 1.207,88 euros.Entrega de propostas: As propostas devem ser
entregues na Secretaria do Tribunal da Comar-ca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2, até às 14h00m do dia 13 de Janeiro de 2013, em envelope fechado, com a indicação do número do processo executivo, nome do exequente e executado, devendo juntar-lhe a identifi cação (fotocópias do B.I. e Cartão de Contribuinte) e assinatura do propo-nente, excepto se o proponente estiver presen-te na abertura de propostas, deve constar ainda ao preço oferecido.Caução e depósito do preço: No acto da venda deve ser depositado à ordem da Agente de Execução 20% do valor anunciado para venda, ou garantia bancária no mesmo valor, e a totali-dade ou parte dos preços em falta no prazo de quinze dias após a venda, nos termos do artigo 897.º do C.P.C.Os pagamentos poderão ser efectuados por entrega de cheque visado à ordem da Agente da Execução, ou por depósito na conta cliente de mesma, aberta no Millennium BCP, com o NIB 003300004524819906405, indicando como referéncia o número do processo em epígrafe.Ao valor da venda acrescerão os impostos devi-dos, nomeadamente IMT e Imposto de Selo.Este Edital encontra-se afi xado na porta do imóvel, na respectiva Junta de Freguesia e no Tribunal. São também publicados dois anún-cios consecutivos no jornal Público.A Agente de Execução - Maria Leonor Cosme
Rua José Bento Costa n.º 9, R/C Dt.ºPortela de Sintra - 2710-428 SintraTelef. 219106820 - Fax 219106829e.mail: [email protected]úblico, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
MARIA LEONOR COSMESolicitadora de Execução
CPN 1389
EDITAL DE VENDA DO IMÓVELABERTURA DE PROPOSTAS
Maria do Rosário Lopes. Agente de Execução, com escritório na Av. Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encon-tra-se designado o dia 12 de Dezembro de 2012, pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “I”, a que corresponde o terceiro andar, duplex, destinado a habitação com arrecadação, do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Praceta das Mimosas n.º 18, Rin-choa, freguesia de Rio de Mouro, concelho de Sintra descrito na 2.ª Conservatória do Registo Predial de Sintra sob o n.º 1257, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3069.Valor-base: 160.714,30 eurosSerá aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 112.500,00 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence ao executado Benjamim José de Magalhães de Carvalho, com re-sidência na Rua do Mato Grosso, n.º 11, r/c esq., Lisboa, fi el depositário do imóvel, que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado.
A Agente de Execução - Maria do Rosário LopesAv.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C - 2710-420 Sintra
Telf. 219233364 - Fax. 219105158 - E.mail: [email protected]ário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas
Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
Maria do Rosário LopesAgente de Execução
Cédula n.º 2210
ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante propostas em Carta Fechada
(Art.º 890.º do C.P.C.)
N.º do Processo: 981/08.6TCSNTComarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente: BANCO BPI SAExecutado(s): BENJAMIM JOSÉ DE MAGALHÃES DE CARVALHO e outrosValor: 130.914,34 €Refêrencia Interna: PE/208/2008
Maria do Rosário Lopes, Agente de Execução, com escritório na Av. Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encon-tra-se designado o dia 5 de Fevereiro de 2013, pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “H”, a que corresponde o primeiro andar frente, destinado a habitação com arrecadação no sótão, do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Avenida João de Belas, n.ºs 55, 55-A, 55-B e 55-C, freguesia de Belas, concelho de Sintra, descrito na Conser-vatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 575, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 7896.Valor-base: 60.960,00 euros.Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 42.672,00 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence aos executados Ana Patrícia Guerreiro Correia Gordo e José Pedro Gordo Inglez Duarte Simões, com residência na Rua Lettes, n.º 63 2.º, Faro e Rua Almeida Garrett, n.º 4 - 1.º dto., fi éis depositários do imóvel, que o devem mostrar a pedido de qualquer interessado.
A Agente de Execução - Maria do Rosário LopesAv.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C - 2710-420 Sintra
Telf. 219233364 - Fax. 219105158 - E.mail: [email protected]ário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas
Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
Maria do Rosário LopesAgente de Execução
Cédula n.º 2210
ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante propostas em Carta Fechada
(Art.º 890.º do C.P.C.)
N.º do Processo: 508/08.0TCSNTComarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente(s): HEFESTO STC, S.A., e outrosExecutado(s): Ana Maria Gordo Inglez Duarte Simões e outrosValor: 158.239,41 €Referência Interna: PE/40/2009
FAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados encontra-se designado o dia 20 de Novembro de 2012 às 13h45, neste Tribunal, para a abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento na Se-cretaria do Tribunal pelos interessados na compra do seguinte bem imóvel:Fracção autónoma, designada pela letra H, do prédio urbano sito em Casal do Sapo, Av. dos Redondos, n.º 189 e Rua Carlos Coelho, n.º 32, 2.º direito, freguesia de Fernão Ferro, concelho de Seixal, descrito na CRP de Seixal sob o n.º 2710 e inscrito na matriz predial sob o artigo matricial 12365.VALOR-BASE: € 146.428,57 (cento e quarenta e seis mil, quatrocentos e vinte e oito euros e cinquenta e sete cêntimos).O bem imóvel penhorado aos executados será adjudicado a quem melhor preço oferecer acima de 70% do valor-base do bem a vender, ou seja, € 102.500,00.Não se aceitam propostas que não se façam acompanhar de cheque visado à ordem do Agente de Execução no montante correspondente a 5% do valor base, ou garantia bancária no mesmo valor - art.º 897.º, n.º 1 do CPC.Mais se informa que não houve oposição à execução e foram reclamados créditos, os quais se encontram graduados.É fi el depositário, que deve mostrar o bem imóvel a pedido, o executado.
O Agente de Execução - César Neto BelchiorAv. Brasil, 192 B, Escritório 1 - 1700-078 Lisboa
Tel.: 213 161 380 - Fax: 213 158 586Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
ANÚNCIOTribunal de Família, Menores e Comarca do Seixal
1.º Juízo CívelProcesso n.º 4251/10.1TBSXL
Execução para pagamento de quantia certaValor: € 2.855,20 (dois mil, oitocentos e cinquenta e
cinco euros e vinte cêntimos) Exequente: Banco Espírito Santo, SA
Executados: Jodomafa - Construções Eugénio Domingues & Filhos, Lda.
César BelchiorAgente de Execução
Céd. P. 2822
VILHENA GAVINHOAgente de Execução
Cédula n.º 3580
ANÚNCIOComarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2Execução ComumProcesso n.º 3150/03.8TCSNTExequente: Caixa Geral de Depósitos SAExecutados: Isaque Messias Pereira e Silva outro(s)FAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados, encontra-se designado o dia 12 de Dezembro de 2012, pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2, para a abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento, na se-cretaria do Tribunal pelos interessados na compra do seguinte bem:Fracção autónoma designada pela letra “V” correspondente ao 7.º andar es-querdo, com 3 assoalhadas, destinado à habitação, do prédio urbano, em regime de propriedade horizontal, sito na Rua Melquíades Marques, n.ºs 7, 7-A e 7-B, Quinta da Barroca, freguesia de Agualva - Cacém, concelho de Sintra, descrito na Conservatória do Registo Predial de Agualva - Cacém sob o número 1255, com registo de transmissão a favor dos Excetuados pela inscri-ção Ap. 28 de 1994/04/06, e inscrito na respectiva matriz sob o artigo matricial 1411, com o valor patrimonial de 49.388,19 €.O bem pertence aos Executadlos lsaque Messias Pereira e Silva, contribuinte fi scal 185015034 e Ana Carla Henriques da Cruz e Silva, contribuinte fi scal 194303896, residentes na Rua Melquíades Marques, n.º 7, 7.º Esq.º, Cacém.VALOR-BASE: € 70.000,00 (setenta mil euros).Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor € 49.000,00 (quarenta e nove mil euros), correspondente a 70% do valor-base.É fi el depositário, que o deve mostrar a partir das 16.00 horas, a pedido, Ana Carla Henriques Cruz Silva, Tel. 96 959 79 10.Corroios, 05 de Novembro de 2012
O Agente de Execução - Vilhena GavinhoRua Casa do Povo, n.º 57-A, 1.º Dt.º, 2855-110 Corroios. Tel.: 21 253 78 04/05, Fax: 21 253 44 10
Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
COMARCA DA GRANDE LISBOA - NOROESTE
Sintra - Juízo Grande Inst. Cível 2.ª Secção - Juiz 5
Processo n.º 25155/12.8T2SNT
ANÚNCIOInterdição / InabilitaçãoRequerente: Ministério PúblicoRequerida: Sofi a Margarida Mar-tins CarneiroA Doutora Dina La Salete Henri-ques Nunes, Juíza de Direito da 2.ª Secção Grande Instância Cível do Tribunal Sintra.FAZ SABER que no dia 19/10/2012, foi distribuída na 2.ª Secção da Grande Instância Cível de Sintra, a acção de Interdição em que é requerida: Sofi a Mar-garida Martins Carneiro, nascida em 06-11-1987, com domicílio: Rua Dr. João de Barros, n.º 106, 3.º Dto., 2710 Mem Martins, para efeito de ser decretada a sua in-terdição por Anomalia Psíquica.N/ Referência: 18995443Sintra, 30-10-2012
A Juíza de DireitoDr.ª Dina La Salete Henriques
NunesA Ofi cial de Justiça
Rosa Fonseca
Público, 08/11/ 2012
TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES E DE
COMARCA DE CASCAIS3.º Juízo Cível
Processo n.º 7954/12.2TBCSC
ANÚNCIOInterdição / InabilitaçãoRequerente: Ministério PúblicoRequerida: Maria Madalena Gomes Almeida LourençoA Mm.ª Juíza de Direito, Dr.ª Ana Ro-drigues da Silva, do 3.º Juízo Cível - Tribunal de Família e Menores e de Comarca de Cascais faz saber que foi distribuída neste Tribunal, a acão de Intedição / Inabilitação em que é requerida: Maria Madalena Gomes Almeida Lourenço, com residência em domicílio: Casa de Egas Moniz, Centro Geriátrico de Repouso e Rea-bilitação Lda., Rua Prof. Egas Moniz, N.º 380, Madorna, Parede, para efei-to de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica.Passei o presente e outros de igual teor para serem afi xados.N/Referência: 10507998Cascais, 02-11-2012
A Juíza de DireitoDr.ª Ana Rodrigues da Silva
A Ofi cial de JustiçaMaria Manuela Sereno
Público, 08/11/2012
JUÍZOS CÍVEIS DE JUÍZOS CÍVEIS DE LISBOA (1.º A 5.º)LISBOA (1.º A 5.º)
5.º Juízo CívelProcesso n.º 1819/12.5TVLSB
ANÚNCIOInterdição / InabilitaçãoRui Afonso Lince de Faria, Juiz de Direito do 5.º Juízo Cível de Lisboa, faz saber que foi distri-buída neste Tribunal, a ação de Interdição / Inabilitação com o n.º 1819.12.5TVLSB, em que é requerida Maria Teresa Men-des Rosa, com residência: Clínica Psiquiátrica S. José Az. Torre de Fato, Carnide, 1600-000 Lisboa, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica.
N/Referência: 12869469
Lisboa, 25-10-2012
O Juiz de DireitoRui Afonso Lince de Faria
A Ofi cial de JustiçaMaria da Graça Oliveira
Público, 08/11/2012
Tribunal Comarca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1 - Execução Comum: Processo n.º 1450/06.4TCSNT; Valor: 117.103,95€; Ref. Interna - PE 193/2006; Nos autos acima identifi cados, em que é exequente Caixa Económica Montepio Geral e executados Ana Carina Figueiredo Moura, Vítor Manuel da Silva Machado, e Maria de Lurdes da Silva Castro Caldeira, encontra-se designado o dia 29 de Janeiro de 2013, pelas 9h30m, no Tribunal da Comarca da Grande Lisboa - Noro-este Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1, para a abertura de propostas, que sejam entregues até às 14:00 horas de véspera, na secretaria do referido Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: Verba única - Prédio urbano, designado pela fracção “P”, sito em Massamá na Rua Professor Dr. Sousa Martins, n.º 10, correspondente à Cave-C, freguesia de Massa-má, concelho de Sintra, inscrito na matriz sob o artigo 803, descrito na Conservatória do Registo Predial de Queluz, sob o n.º 250. VALOR-BASE DA VENDA: 55.000,00€. Serão aceites propos-tas de melhor preço igual ou acima de 70% do valor-base anunciado. É fi el depositária do imóvel a executada Ana Carina Figueiredo de Moura, com n.º contribuinte 228948480, à qual deve a mesma mostrar o bem caso lhe seja solicitado.Não se encontra pendente qualquer oposição à execução. Existem créditos reclamados e já graduados pelo Ministério Público em repre-sentação da Fazenda Nacional no montante de 875,48 euros.Entrega de propostas: As propostas devem ser entregues na Secretaria do Tribunal da Comar-
ca da Grande Lisboa - Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1, até às 14h00m do dia 28 de Janeiro de 2013, em envelope fechado, com a indicação do número do processo executivo, nome do exequente e executado, devendo juntar-lhe a identifi cação (fotocópias do B.I. e Cartão de Contribuinte) e assinatura do propo-nente, excepto se o proponente estiver presente na abertura de propostas, deve constar ainda o preço oferecido,Caução e depósito do preço: No acto da ven-da deve ser depositado à ordem da Agente de Execução 20% do valor anunciado para venda, ou garantia bancária no mesmo valor, e a totali-dade ou parte dos preços em falta no prazo de quinze dias após a venda, nos termos do artigo 897.º do C.P.C.Os pagamentos poderão ser efectuados por en-trega de cheque visado à ordem da Agente de Execução, ou por depósito na conta cliente da mesma, aberta no Millennium BCP, com o NIB 003300004524819906405, indicando como re-ferência o número de processo em epígrafe. Ao valor da venda acrescerão os impostos devidos, nomeadamente IMT e Imposto de Selo.Este Edital encontra-se afi xado na porta do imóvel, na respectiva Junta de Freguesia e no Tribunal. São também publicados dois anúncios consecutivos no jornal “Público”.
A Agente de ExecuçãoMaria Leonor Cosme
Rua José Bento Costa n.º 9, R/C Dt.ºPortela de Sintra 2710-428 SintraTelef. 219106820 - Fax 219106829e.mail: [email protected]úblico, 08/11/2012 - 1.ª Pub.
MARIA LEONOR COSMESolicitadora de Execução
Cédula n.º 1389
EDITAL DE VENDA DO IMÓVEL ABERTURA DE PROPOSTAS
Alexandra Gomes Agente de Execução CPN 4009
Processo: 504/11.0TBBGCTribunal Judicial de Bragança - 1.º JuízoExecução ComumRef. Interna: PE- 45/2011Data: 06-11-2012Exequente: Reis & PiresExecutado(s): Maria Natália Pires Agente de Execução, Alexandra Gomes CP 4009, com endereço profi ssional em Av. João da Cruz, n.º 70, Edifício S. José - 2.º Esq.º Frente, 5300-178 Bragança.Nos termos do disposto no artigo 890.º do Código de Processo Civil, anuncia-se a venda dos bens adiante designados:Bens em VendaTIPO DE BEM: Bens Móveis não sujeitos a registoDescrição:Verba 1- Uma mobília de quarto compos-ta por duas camas individuais, com uma mesinha de cabeceira cada, com uma gaveta cada. Tudo em madeira de cas-tanho e faia em cor de castanho. Dois es-trados de 1,90m x 0,90m. Dois colchões de molas de 1,90m x 0,90m, ortopédico “Queiróconforto”, cor bege. Dois cande-eiros de quarto de mesinha de cabeceira, com os pés em metal, pintado a preto e abajur cor bege.Verba 2 - Uma mobília de quarto com-posta por duas camas individuais com uma mesinha de cabeceira cada, com uma gaveta cada, tudo em madeira de castanho e faia em cor de castanho. Uma cadeira em madeira. Dois estrados de 1,90m x 0,90cm. Dois colchões de molas 1,90m x 0,90cm, ortopédicos, “Queiró-conforto”, cor bege. Dois candeeiros de quarto de mesinha de cabeceira, com os pés em metal, pintado a preto e abajur em tecido cor bege.Verba 3 - Uma mobília de quarto com-posta por duas camas individuais com uma mesinha de cabeceira cada, com uma gaveta cada e uma cadeira, tudo em madeira de castanho e faia em cor de castanho escuro. Dois estrados de 1,90m x 0,90cm. Dois colchões de molas 1,90m x 0,90cm, ortopédicos, “Queiróconforto”, cor bege. Um candeeiro de mesinha de cabeceira, com o pé em redondo, de cor castanho claro e abajur em cor bege.Verba 4 - Um quarto de casal composto por uma cama, duas mesinhas de cabe-ceira com uma porta cada, uma cómoda com três gavetões, um espelho com armação em madeira e cadeira de cere-jeira (a mobília encontra-se com alguns riscos). Duas cadeiras em madeira de cor castanha. Dois candeeiros de mesi-nha de cabeceira, com um suporte em metal, pintado de dourado e o abajur em tecido de cor bege. Um sofá individual, sem braços, em mapa de cor castanho “sofá cambalhota”. Um colchão usado de 1,90m x 1,40m.Verba 5 - Uma mobília de quarto com-posta por uma cama, duas mesinhas de cabeceira, com duas gavetas cada, um estrado, um colchão de 1,95m x 1,50m, tudo em madeira faia, duas cadeiras em madeira de cor castanha. Um sofá individual sem braços, em mapa, de cor castanho “sofá cambalhota”. Dois cande-eiros de mesinha de cabeceira com o pé em metal, pintado a preto, com abajur de tecido em cor bege.Verba 6 - Um móvel de entrada com uma gaveta, uma prateleira, um tampo girató-rio, folhado mogno.Verba 7 - Uma mesa de centro quadra-da, com dois vidros, em madeira de cor castanho. Verba 8 - Duas cadeiras com acento em palha, em madeira de cor mogno.Verba 9 - Um móvel de entrada, com dezoito gavetas muito pequenas, duas portas, em madeira “exótica”.Verba 10 - Uma mesa de centro retangu-lar, pequena, com o tampo em plástico, de várias tonalidades, quatro pernas de cor dourado.Verba 11 - Uma estante em madeira, em negrilho, com quatro prateleiras.Verba 12 - Um aparador retangular com quatro portas e quatro gavetas de 2,90m x 53 cm, em madeira cerejeira (o móvel encontra-se danifi cado, colado, riscos, etc…).Verba 13 - Uma mesa de sala de jantar, em oval extensível 2m x 1,06m, em ma-deira de cor cerejeira. Oito cadeiras com acento em tecido de cor amarelo, o en-costo e as pernas em madeira de cor ce-rejeira (a mesa e as cadeiras encontram-se danifi cadas, riscos, mossas…).
Verba 14 - Um carrinho de chá, com quatro rodas, com três suportes para garrafas, um tabuleiro móvel, tudo em folhado de nogueira.Verba 15 - Um espelho retangular com 1,50m x 1m, com armação pintado de cor dourado.Verba 16 - Um quarto de casal composto por uma cama em ferro, pintado a preto, um colchão de 1,83m x 1,28m, cor azul, uma tábua pan, duas mesinhas de ca-beceira com duas gavetas, um roupeiro com duas portas em faia.Verba 17 - Uma mobília de casal com-posta por uma cama, duas mesinhas de cabeceira com três gavetas cada, um roupeiro com três portas em madeira de cerejeira. Um sofá individual em mapa de cor castanho “sofá cambalhota”.Verba 18 - Uma cama individual, um colchão, um estrado 1,90m x 0,90m, três mesas de cabeceira, com uma gaveta cada, em faia, de cor castanho, um cami-seiro com seis gavetas em faia.Verba 19 - Quatro sofás individuais, em mapa, de cor castanho, com acento e costas em mapa de cor vermelho, os pés em madeira.Verba 20 - Um sofá individual sem bra-ços, em mapa de cor castanho, “sofá cambalhota”.Verba 21 - Um sofá individual, em mapa de cor castanho, com o acento e as cos-tas em cor vermelho.Verba 22 - Duas mesas de jogo com quatro pernas cada, em madeira cerejei-ra e com o pano de cor verde (as mesas encontram-se danifi cadas). O tampo fo-lhado a pau santo.Verba 23 - Nove mesas retangulares 1,20m x 1,80m, com quatro pernas em madeira pinho, em cor castanho (estão riscadas).Verba 24 - Vinte e duas cadeiras em madeira pinho, em cor castanho (estão riscadas).Verba 25 - Dois sofás, cada um de três lugares, em curtizan, de cor amarelo (apresentam-se com bastante sujidade e nódoas).Verba 26 - Um móvel-bar, com uma porta giratória, na parte interior com duas prateleiras em semicírculo. Na parte su-perior uma prateleira (apresenta-se em mau estado de conservação, com riscos e mossas).Verba 27 - Um plasma de marca LG, de cor preto, modelo: 42PT81-ZB, n.º de sé-rie: 803MAUA2K782, de 106cm, com res-petivo cabo de alimentação, cor preto.Verba 28 - Uma salamandra de pavios, de cor preto, n.º 116623. Salamandra de estufa, marca: ENVIRO/FIRE, 54 x 60cm e 77cm de altura.Verba 29 - Estufa a lenha, marca: AR-PIAV-25, potência 12kw, com duas portas, com 102cm de altura, em ferro, cor preto.PENHORADO EM: 10-10-2011.INTERVENIENTES ASSOCIADOS AO BEM:Executado(s): Maria Natália Pires, NIF: 198763956 com morada na Rua Abade de Baçal, Baçal, 5300-432 Bragança.MODALIDADE DA VENDA: Venda me-diante proposta em carta fechada, a serem entregues na Secretaria do supra-mencionado Tribunal, pelos interessados na compra, fi cando como data para aber-tura das propostas o dia 21 de Novembro de 2012, pelas 14:00 Horas.VALOR-BASE DA VENDA: 6.330,00€Será aceite a proposta de melhor preço, acima do valor de 4.431,00€, correspon-dente a 70% do valor-base.Nos termos do n.º 1 do art.º 897.º C.P.Civil “os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 5% do va-lor anunciado para a venda, ou garantia bancária no mesmo valor”.Os proponentes deverão indicar o seu nome completo, morada, números de bilhete de identidade e contribuinte e apresentar as propostas até ao dia e hora designados para a sua abertura.A sentença que se executa está penden-te de recurso ordinário: NãoEstá pendente oposição à execução: NãoEstá pendente oposição à penhora: Não
A Agente de ExecuçãoAlexandra Gomes
Público, 08/11/2012 - 1.ª Pub.
ANÚNCIO DE VENDA
A ALZHEIMER PORTUGAL é uma Ins-tituição Particular de Solidariedade Social, sendo a única organização em Portugal constituída para promover a qualidade de vida das pessoas com demência e dos seus familiares e cuidadores.
A ALZHEIMER PORTUGAL apoia as Pessoas com Demência e as suas Famílias através de uma equipa multidisciplinar de profi ssionais, com experiência na doença de Alzheimer.
Os serviços prestados pela ALZHEIMER PORTUGAL incluem Informação sobre a doença, Formação para cuidadores formais e informais, Apoio Domiciliário, Centros de Dia, Apoio Social e Psicológico e Con-sultas Médicas de Especialidade.
ContactosSede: Av. de Ceuta Norte, Lote 15, Piso 3 - Quinta do Loureiro, 1300-125 Lisboa - Tel.: 213 610 460/8 - Fax: 213 610 469 - E-mail: [email protected]
Delegação do Norte: Centro de Dia “Memória de Mim” - Rua do Farol Nascente, n.º 47-A, R/C - 4455-301 Lavra - Tel.: 229 260 912 / 226 066 863 - E-mail: [email protected]ção do Centro: Rua Marechal António Spínola, Loja 26 (Galerias do Intermarché) - Pombal, 3100-389 Pombal - Tel.: 236 219 469 - E-mail: [email protected]
Delegação da Região Autónoma da Madeira: Avenida do Colégio Militar, Complexo Habitacional da Nazaré, Cave do Bloco 21 - Sala E - 9000-135 FUNCHAL- Tel. e Fax: 291 772 021 - E-mail: [email protected]
Núcleo do Ribatejo: Rua Dom Gonçalo da Silveira, n.º 31-A - 2080-114 Almeirim - Tel.: 243 000 087 - E-mail: [email protected]úcleo de Aveiro: Santa Casa da Misericórdia de Aveiro - Complexo Social da Quinta da Moita - Oliveirinha - 3810 Aveiro - Tel.: 234 940 480 - E-mail: [email protected]
www.alzheimerportugal.org
41PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 CLASSIFICADOS
Público, 08/11/2012
CARTA FECHADAINSOLVÊNCIA DE DELTAMARISCOS, LDA
Tribunal Judicial da Nazaré - Secção Única - Proc. 356/10.7TBNZR
Por determinação do Exmo. Sr. Dr. Administrador da Insolvência, vamos proceder à venda extrajudicial com apresentação de propostas em carta fechada, do bem a seguir identifi cado:
BEM IMÓVELVerba 1: Fracção autónoma designada pela letra “A” no r/c esquerdo sul do prédio urbano, sito na Rua da Azambuja, n.º 26 em Matos, Freguesia da Marinha Grande, Concelho da Marinha Grande, destinado a comércio, inscrito no artigo matricial 13212 e descrito na Conservatória do Registo
Predial da Marinha Grande sob o n.º 7489-A, da Freguesia de Marinha Grande. Valor mínimo 50.000,00€.
REGULAMENTO1. Os interessados deverão remeter sob pena de anulação as propostas
em carta fechada até ao dia 16.11.2012 e dirigidas à Leiloeira do Lena.2. As propostas terão de conter: Identifi cação do proponente (nome ou
denominação social, morada, n.º contribuinte, telefone e fax); valor oferecido por extenso e o envelope no exterior deve identifi car o nome e processo.
3. A proposta tem de vir acompanhada de cheque, de 20% de sinal, valor da nossa comissão e o respectivo IVA.
4. A adjudicação será feita à proposta de maior valor e após parecer favorável do Administrador da Insolvência.
5. As propostas serão abertas na presença do Administrador da Insolvência e demais interessados, no dia 21.11.2012 às 18h na sede da Leiloeira do Lena, Urb. Planalto, Lote 36, r/c Dt.º, Leiria e desde que exista mais do que um proponente, com propostas válidas de igual valor, os mesmos estão convidados a comparecer pessoalmente ou representados no dia da abertura das propostas acima indicado para licitarem entre si.
6. O imóvel é vendido no estado físico em que se encontra.7. Será pago como sinal 20% no acto da adjudicação e os restantes 80%
no dia da escritura. 8. Ao valor da venda é acrescido a comissão de 5% e respectivo IVA
referente aos serviços prestados pela Leiloeira do Lena, pagos com a adjudicação.
INFORMAÇÕES: tel: 244 822 230 / fax: 244 822 170Rua do Vale Sepal Lote 36, r/c Dtº
Urb. Planalto 2415-395 LEIRIAObs. Para obter mais informações consulte o nosso site
E-mail: [email protected] Site: www.leiloeiradolena.com
Maria do Rosário Lopes, Agente de Execução, com escritório na Av. Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encon-tra-se designado o dia 11 de Dezembro de 2012, pelas 09.30 horas, na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “A”, a que correspon-de a cave, composta de quarto, sala comum, cozinha, casa de banho, corredor, arrecadação destinada a habitação do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Praceta Fonte das Eiras, n.º 8 em Agualva, concelho de Sintra, descrito na Conservatória do Registo Predial de Agualva - Cacém sob o n.º 689, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1407.Valor-base: 70.000,00 euros.Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 49.000,00 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence ao executado Seco Cande com residência na Praceta Fonte das Eiras, n.º 8, c/v, Agualva-Cacém, fi el depositário do imóvel, que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado.
A Agente de Execução - Maria do Rosário LopesAv.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C - 2710-420 Sintra
Telf. 219233364 - Fax. 219105158 - E.mail: [email protected]ário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas
Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
Maria do Rosário LopesAgente de Execução
Cédula n.º 2210
ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante propostas em Carta Fechada
(Art.º 890.º do C.P.C.)
N.º do Processo: 1743/05.8TCSNTComarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente: WESTWOOD - Investimentos Imobiliários e Turísticos, Unipessoal, Lda.Executado(s): SECO CANDE e outrosValor: 139.038,02 €Referência Interna: PE/274/2005
Tribunal Comarca da Grande Lisboa Noroeste - Sintra, Juízo de Execução - Juiz 2, Execução Comum, Processo n.º 305/07.0TCSNT; Valor: 83.751,87 €; Nos autos acima identifi cados, em que é Exequente a Caixa Económica Montepio Geral e executados PAULO ALEXANDRE DE OLIVEIRA TAVARES E JOSÉ ANTÓNIO ALMEIDA TAVARES encontra-se designado o dia 22.11.2012, pelas 09.30 horas, no Tribunal da Comarca da Grande Lisboa Noroeste - Sintra, Juízo de Execução, Juiz 2, para a abertura de propostas, que sejam entregues até às 14.00 horas de véspera, na secretaria do referido Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: verba única - Prédio urbano, designado pela fracção “AA”, sito na Agualva - Cacém, Rua Cidade S. Salvador n.º 12 e Alameda de S. Marcos n.º 30, em S. Marcos, fregue-sia de Agualva, concelho de Sintra, inscrito na matriz sob o artigo 786, descrito na Conservatória Registo Predial de Agualva-Cacém sob o artigo 691/S. Marcos.VALOR-BASE DA VENDA: 62.500,00 €.Serão aceites propostas de melhor pre-ço igual ou acima de 70% do valor-base anunciado.É fi el depositário o executado PAULO ALEXANDE DE OLIVEIRA TAVARES, que é obrigado a mostrar o bem a quem pretende examiná-lo.Não se encontra pendente qualquer oposi-ção à execução.Entrega de propostas: As propostas devem ser entregues na Secretaria do Tribunal Co-marca Grande Lisboa Noroeste-Sintra, Juí-
zo de Execução - Juiz 1, até às 14.00 horas do dia 21 de Novembro de 2012 em envelo-pe fechado, com a indicação do número do processo executivo, nome exequente e exe-cutados, devendo juntar-lhe fotocópias do bilhete identidade e cartão de contribuinte, excepto se o proponente estiver presente na abertura de propostas.Caução e depósito do preço: No acto da venda deve ser depositado à ordem do Agente de Execução 5% do valor anunciado para a venda ou garantia bancária no mes-mo valor, e a totalidade ou parte do preço em falta no prazo de quinze dias após a venda, nos termos do artigo 897.º do CPC.Os pagamentos poderão ser efectuados por entrega de cheque visado à ordem da Agen-te de Execução, ou por depósito na conta cliente da mesma, aberta no Millennium BCP, com NIB n.º 003300004524819906405, indicando como referência o número do pro-cesso em epígrafe.Ao valor da venda acrescerão os impostos devidos, nomeadamente IMT e Imposto Selo.Este edital encontra-se afi xado na porta do imóvel, na respectiva Junta de Freguesia e no Tribunal e ainda publicado em duas edi-ções do jornal Público.
A Agente de ExecuçãoMaria Leonor Cosme
Rua José Bento Costa n.º 9, R/C Dt.ºPortela de Sintra - 2710-428 SintraTelef. 219106820 - Fax 219106829e.mail: [email protected]úblico, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
MARIA LEONOR COSMESolicitadora de Execução
CPN 1389ANÚNCIO DE VENDA IMÓVEL
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Maria Emília CatrauAgente de Execução
Cédula 2865
EDITALCITAÇÃO DE AUSENTE
EM PARTE INCERTA(artigos 244.º e 248.º do CPC)
Tribunal Família e Menores e Comarca do BarreiroProcesso: 438/06.0TBBRREXECUÇÃO PARA PAGAMENTO DE QUAN-TIA CERTAVALOR: 13.073,35 €Exequente(s): Paulo Jorge Cardoso CasanovaExecutado(s): Maria Fernanda Marques Amador Saraiva e Nuno Miguel Amador de Sousa SaraivaNúmero interno: PE/99/2006OBJECTO E FUNDAMENTO DA CITAÇÃONos termos e para os efeitos do disposto no art.º 248.º e ss. do Código de Processo Civil, correm éditos de 30 (trinta) dias, contados da data da segunda e última publicação do anún-cio, citando o ausente Nuno Miguel Amadora de Sousa Saraiva, com última residência conheci-da em Av.ª Mestre Manuel dos Santos Cabanas, n.º 14, 6.º esq.º, 2835-308, Lavradio, comarca do Barreiro, para no prazo de 50(*) dias decor-rido que seja o dos éditos, pagar ou deduzir oposição à execução supra-referenciada e ou à penhora nos termos do art.º 812.º, n.º 6 e 813.º, n.º 1, ambos do C.P.C. O duplicado do requerimento executivo, auto de penhora e du-plicados encontram-se à disposição do citando na Secretaria do Tribunal de Família Menores e Comarca do Barreiro.MEIOS DE OPOSIÇÃONos termos do disposto no artigo 60.° do C.P.C. e tendo em consideração o valor do processo, para se opor à execução que terá de ser apre-sentada no Tribunal supra-referenciado, é obri-gatória a constituição de Advogado.COMINAÇÃO EM CASO DE REVELIACaso não se oponha à execução no prazo supra-indicado e não pague ou caucione a quantia exequenda, seguem-se os termos do artigo 832.º e seguintes do C.P.C., sendo pro-movida a penhora dos bens penhorados para garantir o pagamento da quantia exequenda, acrescido de 10%, aos termos do disposto ao n.º 3 do artigo 821.º do C.P.C.PAGAMENTO, DESPESAS E HONORÁRIOSPoderá efectuar o pagamento da quantia exe-quenda e despesas junto do escritório da signa-tária, nos dias e horas constantes em rodapé.À quantia exequenda acrescem, para além dos juros calculados nos termos do pedido, a taxa de justiça inicial no montante de 48,00€ e os honorários e despesas do Agente de Execução, que nesta data ascendem a 150,00€ sem preju-ízo de posterior acerto.Este edital encontra-se afi xado na porta do últi-mo domicílio conhecido do citando, na Junta de Freguesia respectiva e no Tribunal Judicial da Comarca da última residência do citando. São também publicados dois anúncios consecuti-vos no jornal “Público”. Os prazos começam a contar da publicação do último anúncio.
A Agente de Execução - Maria Emília CatrauAv.ª Defensores de Chaves, n.º 23 - 5.º Esq.º1800-110 LISBOATelf. 964603035 - Telf. 217155256 - Fax 217155258e.mail: [email protected]úblico, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
Processo n.º 7436/05.9TBSXLTribunal de Família, Menores e Comarca do Seixal - 2.º Juízo CívelExecução Comum (Sol. Execução)Ref. Interna: PE/104/2005/SExequente: Caixa Geral de Depósitos, S.A.Executada: Maria Helena Ramos da CostaAgente de Execução Alexandra Gomes CP 4009, com endereço profi ssional na Rua Dom Sancho I, n.º 17 A e B, Almada.Nos termos do disposto no artigo 890.º do Código de Processo Civil, anuncia-se a venda do bem adiante designado:Bens em VendaTIPO DE BEM: ImóvelARTIGO MATRICIAL: 1701-A urbano - Serviço de Finanças de Seixal 1.DESCRIÇÃO: VERBA 1: Fracção autó-noma designada pela letra “A”, destina-da a habitação, correspondente ao R/C Direito do prédio em regime de proprie-dade horizontal sito na Avenida General Humberto Delgado, n.º 152, R/C Dt.º, freguesia de Arrentela, concelho de Seixal, descrita na Conservatória do Registo Predial do Seixal sob o número 471-A da freguesia de Arrentela e inscri-ta na matriz predial urbana sob o artigo 1701-A da mesma freguesia.PENHORADO EM: 2011/07/29
INTERVENIENTES ASSOCIADOS AO BEM:EXECUTADA: Maria Helena Ramos Costa, divorciada, NIF 183137892, BI 10214149. Endereço: Avenida General Humberto Delgado, n.º 152, R/C Dt.º, Arrentela, Seixal.MODALIDADE DA VENDA: Venda me-diante proposta em carta fechada, a serem entregues na Secretaria do supra mencionado Tribunal, pelos interessa-dos na compra, fi cando designada data para abertura das propostas o dia 19 de Novembro de 2012, pelas 09h e 15m.VERBA 1: VALOR-BASE: 75.000,00 Euros.Serão aceites propostas iguais ou su-periores a 52.500,00 Euros, que corres-pondem a 70% do valor-base.A sentença que se executa está penden-te de recurso ordinário: NãoEstá pendente oposição à execução: NãoEstá pendente oposição à penhora: NãoEstá pendente sentença de graduação de créditos: Não.
A Agente de ExecuçãoAlexandra Gomes
Rua D. Sancho I, n.º 17 A e B2800-712 AlmadaE-mail: [email protected].: 210 833 058 - Fax: 212 743 259Público, 08/11/2012 - 2.ª Pub.
ANÚNCIO DE VENDAAlexandra GomesAgente de Execução
CPN 4009
Maria de Jesus Dias, Agente de Execução no âmbito da execução comum infra-identifi cada, informa os eventuais interessados que são aceites propostas de aquisição dos seguintes bens penhorados: LOCAL E DATA-LIMITE PARA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS: As propostas são apresentadas em carta fechadas até às 10h00 (dez horas) do dia 07 de Dezem-bro de 2012, (sete de Dezembro de 2012), na Secretaria do Tribunal da Comarca do Baixo Vouga - Ovar - Juízo de Execução, devendo os proponentes, nos termos do n.º 1 do artigo 897.º do Código de Processo Civil, juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do Agente de Execução no montante correspondente a 20% do valor-base dos bens, ou garantia bancária no mesmo valor. É fi el de-positário, dos imóveis, o executado, José Carlos Gamelas Pereira Zagalo, que os deve mostrar, sendo o pedido dirigido ao Agente de Execução, no domicilio profi ssional indicado. As propostas serão abertas no dia e hora indicado, não sendo obrigatória a presença dos proponentes. Foram reclamados créditos pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Algarve; N.º PROCESSO: 3765/11.0YYLSB -Secretaria-Geral Execuções de Lisboa - 3.º Juízo - 1.ª Secção.EXECUTADOS: João Carlos Gamelas Pereira Zagalo; Seagull’s Nest - Gestão e Exploração Imobiliária, S.A.BEM(S) A VENDER: Lote 1- 1/3 do Prédio em regime de propriedade horizontal, fração “AR” sito na Urbanização S. João de Deus - Bloco 4, inscrito na matriz predial urbana da freguesia de Esgueira sob o art.º 2325 e descrito na Conser-vatória do Registo Predial de Aveiro com o n.º 202/19850307-AR.Composição: Na cave a quinta garagem a contar do poente para nascente, junto à ex-
trema norte.Lote 2 - 1/3 do prédio em regime de propriedade horizontal, fração “AAB” sito na Urbanização S. João de Deus - Bloco 1, inscrito na matriz predial urbana da freguesia de Esgueira sob o art.º 2324 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Aveiro com o n.º 120/19850108-AAB. Com-posição: Arrecadação na cave, é a primeira de um grupo de cinco arrecadações consecutivas, situadas junto à extrema sul do bloco, a contar de nascente para poente.Lote 3 - 1/3 do prédio em regime de propriedade horizontal, fração “AAN” sito na Urbanização S. João de Deus - Bloco 1, inscrito na matriz predial urbana da freguesia de Esgueira sob o art.º 2324 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Aveiro com o n.º 120/19850108-AAN. Com-posição: Garagem individual a 8.ª a contar de poente para nascente, junto extrema norte.MODALIDADE DE VENDA PROPOSTA EM CAR-TA FECHADA, VALOR-BASE:Lote 1: 5.000,00 euros (cinco mil euros). VALOR MÍNIMO DAS PROPOSTAS: 3.500,00 euros, cor-respondente a 70% do valor-base.Lote 2: 2.500,00 euros (dois mil e quinhentos euros). VALOR MÍNIMO DAS PROPOSTAS: 1.750,00 euros, correspondente a 70% do valor-base.Lote 3: 10.000,00 euros (dez mil euros). VALOR MÍNIMO DAS PROPOSTAS: 7.000,00 euros, cor-respondente a 70% do valor-base.Fiel depositário, o executado João Carlos Game-las Pereira Zagalo com domicílio na Rua Viriato, n.º 5 - 2.º Esq.º - Lisboa.
A Agente de Execução - Maria de Jesus DiasRua Ribeiro dos Reis, 27-D - 2725-175 Mem MartinsTelf. 213 557 117Público, 08/11/2012 - 1.ª Pub.
MARIA DE JESUS DIASAgente de Execução
Cédula 3850
EDITAL / ANÚNCIO DE VENDA PROCESSO EXECUTIVO
VARAS CÍVEISDE LISBOA
10.ª Vara CívelProcesso n.º 2050/12.5TVLSB
ANÚNCIOInterdiçãoRequerente: Ministério PúblicoRequerida: Maria Laura de Sousa Monteiro de Azevedo CostaFaz-se saber que foi distribuída a esta 10.ª Vara Cível de Lisboa, uma acção especial de Interdição, registada sob o n.º 2050/12.5TVL-SB, em que é requerente o Minis-tério Público, e em que é requerida Maria Laura de Sousa Monteiro de Azevedo Costa, casada, natural da freguesia do Bonfi m, concelho do Porto, fi lha de Manuel Celestino Soares Monteiro e Maria Fernanda de Sousa Machado, residente na Avenida de Roma, n.º 103, 1.º Dt.º, 1700-345 Lisboa, para efeito de ser decretada a sua interdição, por anomalia psíquica.Passei o presente e outro de igual teor para serem afi xados.N/Referência: 18161803Lisboa, 26-10-2012
O Juiz de DireitoDr. José Manuel Góis Dias Vilalonga
O Ofi cial de JustiçaJorge Manuel Alves Serras
Público, 08/11/2012
VARAS CÍVEISDE LISBOA
12.ª Vara CívelProcesso n.º 1999/12.0TVLSB
ANÚNCIOInterdição / InabilitaçãoRequerente: Ministério PúblicoRequerido: José Miguel Jan-sen Verdades Dinis da GamaFaz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Inter-dição em que é requerido José Miguel Jansen Verdades Dinis da Gama, com residência em domicílio: Av. dos Estados Uni-dos da América, 110, 9.º Dto., 1700-000 Lisboa, para efeito de ser decretada a sua Interdi-ção por Anomalia Psíquica.
N/Referência: 18156435
Lisboa, 25-10-2012
A Juíza de DireitoDr.ª Fátima ViegasA Ofi cial de JustiçaAna Cristina Silva
Público, 08/11/2012
Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, E.P.E.
CONCURSO PÚBLICO N.º 1882/2012
Prestação de Serviços de Sessões de Hemodiálise,na Unidade de Vila Real e Chaves, do Centro Hospitalar
de Trás-os-Montes e Alto Douro, E.P.E.
1) Designação e endereço ofi ciais da entidade adjudicanteA Entidade Adjudicante é o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE (CHTMAD), com o seguinte endereço: Av. da Noruega, Lordelo, 5000-508, Vila Real, telefone: 259300593/506/546, fax: 259300558 e correio eletróni-co: [email protected], mtmeneses@ chtmad.min-saude.pt.
2) Objecto do ConcursoO concurso tem por objeto a Prestação de Serviços na área da Nefrologia, através do fornecimento de consumíveis, equipamentos e sua assistência técnica, assistência técnica e manutenção técnica dos sistemas de tratamen-to de águas, produção e controlo de qualidade da água para Hemodiálise e dialisante, para realização de Sessões de Hemodiálise, na Unidade Hospitalar de Vila Real e Chaves, do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, E.P.E.
3) Processo do ConcursoO procedimento de contratação reveste a forma de concurso público, nos ter-mos do Artigo 130.º e seguintes do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro.
4) PreçoO preço-base é o preço máximo que a entidade adjudicante se dispõe a pagar pela execução do contrato, cujo valor é de 34,00 (trinta e quatro euros) euros por sessão, a pagar nos termos do Artigo 4.º, do Caderno de Encargos.
5) CauçãoPara garantia do exacto e pontual cumprimento de todas as obrigações con-tratuais, o adjudicatário prestará uma caução em benefício da Entidade Adju-dicante, no valor de 5% (cinco por cento) do preço contratual com exclusão do IVA, nos termos previstos no Artigo 21.º, do Programa de Concurso.
6) AgrupamentoSe a adjudicação recair em proposta apresentada por um agrupamento, as entidades que o compõem devem, depois de lhe ser notifi cada a adjudicação, mas antes da celebração do contrato, associar-se na modalidade de consór-cio externo, em regime de responsabilidade solidária, nos termos do disposto no D.L. 231/81, de 28 de Julho.
7) Critérios de AdjudicaçãoO critério de adjudicação é o do mais baixo preço, conforme estipulado no Artigo 17.º, do Programa de Concurso.
8) Obtenção de documentos As peças do concurso encontram-se disponíveis em suporte eletrónico no endereço www.compraspublicas.com mediante o prévio pagamento de 50 euros (IVA incluído à taxa legal em vigor), através de transferência bancária, com o NIB: 078101120112001179081, numerário ou cheque emitido à ordem do Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, E.P.E.
9) Apresentação das PropostasA data-limite para apresentação das respetivas propostas é até às 23h59, do dia 26 de dezembro de 2012.
10) Local de apresentação das propostasOs documentos que constituem a proposta têm de ser directamente apresen-tados na plataforma eletrónica: www.compraspublicas.com.
11) Data de envio do anúncioO presente Anúncio foi enviado para publicação no Diário da República em 06 de novembro de 2012.
O Presidente do Conselho de AdministraçãoDr. Carlos Alberto Vaz
Tribunal Judicial de Alenquer Processo: 1716/06.3TBALQ - 2.º JuízoExecução Comum - Pagamento de quantia certa Exequente: Fleet Properties, Compra e Venda de Imóveis, Lda.Executado: Tiago Manuel dos Santos PintoFAZ-SE SABER que nos autos acima identifi cados, encontra-se de-signado o dia 14 de Janeiro de 2013 pelas 09.30 horas, no Tribunal Judicial de Alenquer, para a abertura de propostas, que sejam entre-gues até esse momento, na secretaria do Tribunal, pelos interessa-dos na compra do seguinte bem:Fração autónoma designada pela letra “N” correspondente ao QUARTO ANDAR ESQUERDO para habitação, com arrecadação no sótão, do prédio em regime de propriedade horizontal sito na Pra-ceta João Rodrigues Cabrilho, Lote 81-A na freguesia do Carregado e concelho de Alenquer, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1043.º daquela freguesia e descrito na Conservatória do Registo Predial de Alenquer sob o número 494/ Carregado.Valor-base: 70.000,00 € (setenta mil euros).Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 49.000,00 € (quarenta e nove mil euros), correspondente a 70% do valor-base.É fi el depositário, que o deve mostrar, a pedido, o executado Tiago Manuel dos Santos Pinto.
Arruda dos Vinhos, 06 de Novembro de 2012
A Agente de Execução - Ana Rucha
Público, 08/11/2012 - 1.ª Pub.
ANÚNCIO
ANA MARIA SILVA RUCHAAgente de Execução
Cédula 2769
ALTERAÇÃO DE DATA - ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIAComo a data marcada para a Assembleia Geral coincide com o dia de Greve Geral Ibérica e haver a percepção de que a mesma vai difi cultar a participação de muitos Associados, vimos por este meio alterar a data da sua realização para o dia 21 de Novembro pelas 15 horas, com a mesma ordem de trabalhos que passamos a recordar.Assim:Nos termos da alínea b) do n.º 2 do art.º 29.º dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral Ordinária da Associação NOVA ATENA - Associação para a inclusão e bem estar da pessoa sénior pela cultura e arte, a reunir na Quarta-Feira, dia 21 de Novembro de 2012, pelas 15.00 horas, no Salão Paroquial sito na Rua D. Pedro V em Linda-a-Velha, com a seguinte ordem de trabalhos:
1. Informações.2. Discussão e Aprovação do Plano de Actividades para o ano de 2013.3. Discussão e Aprovação do Orçamento para 2013.4. Instalações/Sede (art. 1º dos Estatutos)5. Renumeração no número de Associado (ao fi m de 5 anos)6. Quotizações
Nos termos do n.º 1 do art.º 31.º dos Estatutos “A Assembleia Geral reunirá à hora marcada na convocatória se estiver presente mais de metade dos associados com direito a voto, ou meia hora depois com qualquer número de presentes, no pleno gozo dos seus direitos”.NOTA: Os documentos em apreciação nesta Assembleia, estão afi xados e à disposição de todos os associados, para consulta, nas instalações da Associação, desde o dia 31 de Outubro de 2012.
P’ O Presidente da Mesa da Assembleia Geral - Rosa Maria Batista - Primeiro secretárioLinda-a-Velha, 5 de Novembro de 2012
42 | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
SAIR
CINEMALisboa Castello Lopes - LondresAv. Roma, 7A. T. 760789789Argo M12. Sala 1 - 14h, 16h30, 19h, 21h30;007 Skyfall M12. Sala 2 - 13h15, 16h, 18h45, 21h45 CinemaCity Campo PequenoCentro Lazer Campo Pequeno. T. 217981420As Palavras M12. Sala 1 - 13h25, 17h55, 20h, 22h05, 00h20; Força Ralph M6. Sala 1 - 15h30 (V.Port./3D); 007 Skyfall M12. Sala 2 - 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h10; Força Ralph M6. Sala 3 - 13h45, 16h15, 18h45, 21h35 (V.Port./3D); Argo M12. Sala 4 - 13h40, 16h, 18h30, 21h50; Terapia a Dois M12. Sala 5 - 19h55; A Advogada M12. Sala 5 - 13h50, 15h50, 17h50, 22h, 00h05; Manteiga M12. Sala 6 - 13h50, 15h40, 17h30, 19h20, 21h35, 23h30; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. Sala 7 - 17h40; ParaNorman M6. Sala 7 - 13h55, 15h50, 19h40, 21h40, 23h50; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. Sala 8 - 13h55, 15h55, 19h50, 21h55, 23h55; ParaNorman M6. Sala 8 - 18h (V.Port.) CinemaCity Classic AlvaladeAvª de Roma, nº 100, Lisboa . T. 218413045007 Skyfall M12. Sala 1 - 13h30, 16h10, 18h50, 21h30; O Gebo e a Sombra M12. Sala 2 - 13h35; A Advogada M12. Sala 2 - 15h20, 17h25, 19h30, 21h35; Argo M12. Sala 3 - 13h20, 15h40, 18h30, 21h40; Para Roma com Amor M12. Sala 4 - 13h40, 16h, 19h, 21h45 Cinemateca PortuguesaR. Barata Salgueiro, 39 . T. 213596200O Retrato de Jennie M12. Sala Félix Ribeiro - 15h30; Willow Springs Sala Félix Ribeiro - 21h30; Stella Days Sala Félix Ribeiro - 19h; O Grande Amor + La Terra Vista Dalla Luna Sala Luís de Pina - 19h30; Les Années 80 Sala Luís de Pina - 22h Medeia Fonte NovaEst. Benfica, 503. T. 217145088As Palavras M12. Sala 1 - 14h30; 007 Skyfall M12. Sala 1 - 18h30, 21h45; Argo M12. Sala 3 - 14h15, 17h, 19h30, 22h Medeia KingAv. Frei Miguel Contreiras, 52A. T. 218480808Bellamy M12. Sala 1 - 14h30, 16h45, 19h30, 22h; César Deve Morrer M12. Sala 2 - 13h30, 15h30, 17h30, 19h50, 21h45; O Gebo e a Sombra M12. Sala 3 - 17h; Linhas de Wellington M12. Sala 3 - 14h, 18h45, 21h30 Medeia MonumentalAv. Praia da Vitória, 72. T. 213142223As Palavras M12. Sala 4 - Cine Teatro - 13h15, 15h30, 17h30, 19h30, 21h30, 24h; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 1 - 14h15, 16h45,19h15, 21h50, 00h15; Argo M12. Sala 2 - 14h30, 17h, 19h30, 22h, 00h15; 007 Skyfall M12. Sala 3 - 13h30, 16h15, 19h, 21h45, 00h30 UCI Cinemas - El Corte InglésAv. Ant. Aug. Aguiar, 31. T. 707232221Actividade Paranormal 4 M16. Sala 1 - 20h, 22h, 00h20; Manteiga M12. Sala 1 - 14h, 16h, 18h; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 2 - 14h15, 16h50, 19h10, 21h35, 24h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 3 - 14h05, 16h30 (V.Port./3D), 19h, 21h30, 23h55 (V.Orig./3D); Linhas de Wellington M12. Sala 4 - 16h05, 21h15; Frankenweenie M12. Sala 4 - 14h, 19h15, 00h30; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 5 - 23h55; Força Ralph M6. Sala 5 - 14h10, 19h (V.Port./2D), 16h35, 21h25 (V.Port./3D); 007 Skyfall M12. Sala 6 - 14h, 17h, 21h15, 00h15; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 7 - 14h05, 16h40, 19h15, 21h50, 00h25; Galinha Com
Ameixas M12. Sala 8 - 19h10; Para Roma com Amor M12. Sala 8 - 14h10, 16h40, 21h45, 00h15; Argo M12. Sala 9 - 14h05, 16h40, 19h15, 21h50, 00h25; César Deve Morrer M12. Sala 10 - 14h, 16h, 18h, 20h, 22h, 24h; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. Sala 11 - 14h15, 16h45, 19h15, 21h45, 00h15; 007 Skyfall M12. Sala 12 - 15h, 18h20, 21h30, 00h30; As Palavras M12. Sala 13 - 14h15, 16h50, 19h15, 21h55, 00h15; A Advogada M12. Sala 14 - 14h15, 16h40, 19h05, 21h40, 00h10 ZON Lusomundo AlvaláxiaEstádio José Alvalade, Cpo Grande. T. 16996Arbitrage - A Fraude M12. 17h10, 21h35;Manteiga M12. 19h25; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 15h50, 18h20, 21h; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. 17h, 21h10; 007 Skyfall M12. 16h40, 21h20; Força Ralph M6. 16h05, 18h45, 21h25 (V.Port.); Realizar o Impossível M12. 16h10, 18h55, 21h40; Balas e Bolinhos - O Último Capítulo M16. 21h15;Astérix e Obélix: Ao Serviço de SuaMajestade M6. 16h20, 18h50 (V.Port./3D);Actividade Paranormal 4 M16. 15h30, 17h40, 21h40; Argo M12. 16h, 18h40, 21h30;Dos Homens Sem Lei M12. 16h15, 19h, 21h45; Sinister - Entidade do Mal M16. 15h40, 18h10, 21h50; Looper - Reflexo Assassino M16. 16h10, 21h20; A Moral Conjugal M12. 19h05 ZON Lusomundo AmoreirasAv. Eng. Duarte Pacheco. T. 16996007 Skyfall M12. 14h, 17h20, 21h, 00h10; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. 13h, 15h30, 18h20, 21h20, 23h50; Argo M12. 13h30, 16h, 18h50, 21h40, 00h20; A Moral Conjugal M12. 13h50, 16h40; Um Feliz Evento M12. 19h10, 21h50, 00h25; Dos Homens Sem Lei M12. 21h30, 00h15; Força Ralph M6. 13h20, 16h, 18h40 (V.P./3D); Para Roma com Amor M12. 12h50, 15h40, 18h10, 20h50, 23h20; As Palavras M12. 13h, 15h10, 17h50, 21h10, 23h40 ZON Lusomundo ColomboAv. Lusíada. T. 16996Realizar o Impossível M12. 12h45, 15h25, 18h10, 21h35, 00h25; A Moral Conjugal M12. 18h45; Dos Homens Sem Lei M12. 12h40, 15h20, 21h25, 00h15; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 12h55, 15h30, 18h05, 20h55, 23h35; Força Ralph M6. 13h15, 15h55, 18h35 (V.Port./3D), 21h15, 24h (V.Port.); 007 Skyfall M12. 13h20, 16h30, 21h, 00h10; Actividade Paranormal 4 M16. 13h30, 15h45, 18h, 21h10, 23h40; Sinister - Entidade do Mal M16. 13h05, 15h40, 18h15, 21h20, 23h55; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. 13h10, 15h50, 18h30, 21h05, 23h45; Taken - A Vingança M16. 21h40, 00h05; As Palavras M12. 13h, 16h, 18h25; Argo M12. 12h50, 15h35, 18h20, 21h30, 00h20 ZON Lusomundo Vasco da GamaParque das Nações. T. 16996Argo M12. 12h40, 15h40, 18h25, 21h10, 24h; Actividade Paranormal 4 M16. 13h, 15h20, 17h30, 19h40, 21h50, 00h30; Dos Homens Sem Lei M12. 12h50, 15h30, 18h10, 21h40, 00h20; Força Ralph M6. 13h35, 16h10, 18h50 (V.Port./3D), 21h30, 00h15 (V.Port./3D); 007 Skyfall M12. 13h20, 17h, 21h, 00h10; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 13h30, 16h, 18h30 (V.Port./3D); Manteiga M12. 21h20, 23h50
Almada ZON Lusomundo Almada FórumEstr. Caminho Municipal. T. 16996Força Ralph M6. 13h15, 16h, 18h45 (V.P./3D), 21h30, 00h15 (V.Port.); Argo M12. 12h55, 15h45, 18h35, 21h25, 00h20; 007 Skyfall M12.
ArgoDe Ben Affleck. Com Ben Affleck, Bryan Cranston, John Goodman. EUA. 2012. 120m. Drama, Thriller. M12.
Irão, 4 de Novembro de 1979.
Militares iranianos invadem a
Embaixada dos EUA em Teerão
e 52 pessoas são tomadas como
reféns. Porém, no meio do caos
que se instala, seis conseguem
escapar, escondendo-se em
casa do embaixador canadiano.
Apesar da situação ser mantida
em segredo pelo Governo
americano - e cientes de que é
apenas uma questão de tempo
até todos serem capturados
e mortos -, Tony Mendez, um
especialista da CIA, desenvolve
um plano surpreendente para
salvá-los: entrar no Irão como
uma equipa de fi lmagens e retirar
os diplomatas sãos e salvos.
Força RalphDe Rich Moore. Com John C. Reilly (Voz), Jack McBrayer (Voz), Jane Lynch (Voz). EUA. 2012. 108m. Animação, Comédia. M6. Apesar do seu feitio afável e
coração de ouro, Ralph é o vilão
do Fix-It Felix Jr, um jogo de vídeo
muito popular, em que o herói
repara um edifício que Ralph
tem de destruir constantemente.
Depois de mais de três décadas
dedicadas à malevolência, Ralph
sente-se à beira de uma depressão
nervosa. Decidido a mudar de
vida e a provar a todos que tem
o perfi l certo para ser o “bom da
fi ta“, monta um plano de escape e
parte para novas aventuras...
Realizar o ImpossívelDe Michael Apted, Curtis Hanson. Com Jonny Weston, Gerard Butler, Elisabeth Shue. EUA. 2012. 116m. Drama. M12. Maverick é o nome dado às ondas
gigantes que se formam entre
Novembro e Março na costa
norte da Califórnia, EUA. Essas
ondas são formadas por correntes
que vêm do Golfo do Alasca,
chegando a atingir os 18 metros
de altura. Jay, apesar dos seus 15
anos, é um talentoso surfi sta que
sonha ser como o seu ídolo Frosty
Hesson. E quando Jay consegue
convencer o seu herói a ensinar-
lhe tudo o que sabe para o fazer
sobreviver a uma Maverick, os
dois embarcam numa aventura
de coragem e amizade que os
transformará irremediavelmente.
Sinister - Entidade do MalDe Scott Derrickson. Com Ethan Hawke, Juliet Rylance, James Ransone. EUA. 2012. 110m. Terror. M16. Ellison Oswalt é um escritor de
policiais decidido a escrever a
história da sua vida. Para isso
resolve ir viver para o cenário
propício: a casa onde, nove
meses antes, foi brutalmente
assassinada uma família. Já
instalado com a mulher e fi lha,
descobre uma caixa de fi lmes
caseiros de famílias inteiras
a serem mortas. Decidido a
compreender o alcance do
achado, decide investigar os
casos, descobrindo que todas as
fi lmagens têm em comum um
símbolo que retrata uma entidade
pagã que consome almas de
crianças. Ellison percebe então
que, ao escolher aquela casa para
morar, a sua família se tornou na
mais recente vítima daquele lugar
maldito.
Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de BordéusDe João Correa, Francisco Manso. Com Vítor Norte. POR. 2011. 90m. Drama. M16. Aristides de Sousa Mendes
nasceu em Cabanas de Viriato,
a 19 de Julho de 1885, no seio de
uma família aristocrática rural.
Cônsul de Portugal em Bordéus
em 1940, ano da invasão da
França pela Alemanha nazi na
sequência da 2.ª Guerra Mundial,
Sousa Mendes desafi ou as ordens
expressas de Salazar e concedeu
mais de 30 mil vistos de entrada
em Portugal a refugiados de todas
as nacionalidades que desejavam
fugir de França. Revelando
uma coragem e determinação
invulgares, recusou-se a entregar
milhares de pessoas a um
destino certo nos campos de
concentração nazis.
12h50, 16h10, 21h, 00h10; 007 Skyfall M12. 12h30, 15h40, 18h50, 22h; Actividade Paranormal 4 M16. 13h, 15h15, 17h30, 21h45, 00h20; As Palavras M12. 12h35, 15h10, 17h35, 21h05, 23h30; Dos Homens Sem Lei M12. 12h40, 15h25, 18h15, 21h10, 23h50; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. 13h, 15h30, 18h10, 21h15, 23h55; A Moral Conjugal M12. 19h; Manteiga M12. 13h20, 15h35, 21h30, 23h55; Astérix e Obélix: AoServiço de Sua Majestade M6. 13h10, 15h50(V.P.), 18h30, 21h20, 24h (V.O.); A AdvogadaM12. 13h05, 15h55, 18h40, 21h15, 23h50;Sinister - Entidade do Mal M16. 13h10, 15h50,18h45, 21h35, 00h15; Realizar o ImpossívelM12. 13h30, 15h45, 18h05, 21h50, 00h05;Taken - A Vingança M16. 12h45, 15h20, 17h45, 21h40, 24h
Amadora CinemaCity Alegro AlfragideC.C. Alegro Alfragide. T. 214221030007 Skyfall M12. Cinemax - 13h20, 16h05, 18h50, 21h40; A Possuída M16. Sala 2 - 00h35; Argo M12. Sala 2 - 13h35, 15h55, 18h30, 21h55, 00h15; A Casa do Fim da RuaM16. Sala 3 - 13h40; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 4 - 13h50, 15h40, 17h50, 19h50, 22h, 23h50; Sinister - Entidade do Mal M16. Sala 5 - 13h25, 15h45, 18h20, 21h50, 24h; Força Ralph M6. Sala 6 - 13h50, 16h20, 18h55, 21h40, 00h10 (V.P.); Para Roma com Amor M12. Sala 7 - 18h35; 007 Skyfall M12. Sala 7 - 00h30; Força Ralph M6. Sala 7 - 13h35, 16h (V.P.); Taken - A Vingança M16. Sala 8 - 23h55; A Advogada M12. Sala 8 - 13h30, 15h35, 17h40, 19h45, 21h50; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 9 - 13h55, 16h10, 18h40, 21h40, 00h05; Frankenweenie M12. Sala 10 - 23h45; As Palavras M12. Sala 10 - 13h30, 15h30, 17h30, 19h30, 21h35 UCI Dolce Vita TejoC.C. da Amadora, EN 249/1. T. 707232221Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 1 - 14h15, 16h40, 19h15 (V.Port./3D), 21h50 (V.Orig./3D); 007 Skyfall M12. Sala 2 - 15h, 18h30, 21h30; Força Ralph M6. Sala 3 - 14h, 18h50 (V.Port./2D), 16h20, 21h25 (V.Port./3D); Arbitrage - A Fraude M12. Sala 4 - 14h05, 16h45, 19h15, 21h45; Impy na Terra da Magia M4. Sala 5 - 14h25, 16h30 (V.Port.); Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 5 - 19h05, 21h35; ParaNorman M6. Sala 6 - 13h55, 16h15 (V.Port./3D); Patrulha de Bairro M12. Sala 6 - 19h05, 21h55; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 7 - 14h05, 16h35, 19h10, 21h35; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 8 - 13h50, 16h20, 18h50, 21h20; Argo M12. Sala 9 - 14h10, 16h50, 19h20, 21h55; 007 Skyfall M12. Sala 10 - 14h, 17h, 21h10; Taken - A Vingança M16. Sala 11 - 13h55, 16h30, 19h05, 21h40
Barreiro Castello Lopes - Fórum BarreiroCampo das Cordoarias. T. 760789789Força Ralph M6. Sala 1 - 15h40, 18h30, 21h30 (V.Port./3D); Arbitrage - A Fraude M12. Sala 2 - 15h10, 18h10, 21h10; Terapia a Dois M12. Sala 3 - 15h20, 18h40, 21h40; 007 Skyfall M12. Sala 4 - 15h30, 18h20, 21h20
Cascais Castello Lopes - Cascais VillaAvenida Marginal. T. 760789789Argo M12. Sala 1 - 15h40, 18h40, 21h40; Para Roma com Amor M12. Sala 2 - 15h50, 18h10, 12h10; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 3 - 16h10, 18h50, 21h50; 007 Skyfall M12. Sala 4 - 15h30, 18h25, 21h20; Força Ralph M6. Sala 5 - 16h (V.P./2D), 18h30, 21h30 (V.P./3D)
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | 43
Últimos dias de Utz, na Vera Cortês - Agência de Arte, Lisboa, que mostra novos trabalhos de Daniel Blaufuks. Obras que, segundo o crítico Chris Sharp, seguem duas linhas de investigação: “uma é a obsolescência e a outra a aura”, no fascínio e perturbação que o artista detém sobre as tecnologias fotográficas analógicas. A exposição,
cujo título remete para o romance de Bruce Chatwin (1940-1989), reúne quatro séries de trabalhos e cada um, a partir da sua diferença, alicerça-se sobre uma evocação da história da fotografia, que é uma forma de dizer da história da visibilidade. De terça a sábado, até dia 16, das 14h às 19h, com entrada livre.
Daniel Blaufuks na galeria Vera CortêsSUSANA POMBA
ZON Lusomundo CascaiShoppingCascaiShopping-EN 9, Alcabideche. T. 16996A Moral Conjugal M12. 18h45; Actividade Paranormal 4 M16. 13h10, 16h, 21h40, 23h45; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 13h20, 15h50, 18h20; Dos Homens Sem Lei M12. 21h10, 00h10; Argo M12. 12h50, 15h40, 18h30, 21h30, 00h15; Força Ralph M6. 13h30, 16h10, 18h50, 21h20, 23h50 (V.P./3D); 007 Skyfall M12. 13h, 16h20, 21h, 00h20; Realizar o Impossível M12. 12h40, 15h20, 18h, 21h15, 24h; Sinister - Entidade do Mal M16. 13h05, 15h30, 18h10, 20h55, 23h30
Caldas da Rainha Vivacine - Caldas da RainhaC.C. Vivaci. T. 262840197Força Ralph M6. Sala 1 - 15h40, 18h10, 21h20 (V.Port.); Actividade Paranormal 4 M16. Sala 2 - 15h45, 18h, 21h30; 007 Skyfall M12. Sala 3 - 15h15, 18h15, 21h20; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 13h20, 15h45 (V.P.), 18h20, 21h15; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 5 - 15h50, 18h10, 21h25
Carcavelos Atlântida-CineCentro Comercial Carcavelos. T. 214565653Argo M12. Sala 1 - 15h30, 21h30; 007 SkyfallM12. Sala 2 - 15h45, 21h45
Sintra CinemaCity Beloura ShoppingEst. Nac. nº 9 - Quinta Beloura. T. 219247643Argo M12. VIP - 16h15, 18h35, 21h40; 007 Skyfall M12. Sala 1 - 16h, 18h55; Força Ralph M6. Sala 1 - 21h35 (V.P./3D); 007 Skyfall M12. Sala 2 - 21h30; Força Ralph M6. Sala 2 - 16h20, 18h50 (V.P./3D); Arbitrage - A Fraude M12. Sala 3 - 17h55, 19h, 22h05; Força Ralph M6. Sala 3 - 15h30 (V.P./3D); Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 13h45, 16h05, 18h25 (V.P./3D), 21h45; Para Roma com Amor M12. Sala 5 - 19h40; As Palavras M12. Sala 5 - 15h35, 17h40, 21h50; A Advogada M12. Sala 6 - 15h40, 17h45, 19h50, 21h55; Manteiga M12. Sala 7 - 15h45, 19h45, 21h35 Castello Lopes - Fórum SintraLoja 2.21 - Alto do Forte. T. 760789789Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul deBordéus M16. Sala 1 - 15h20, 18h20, 21h25;007 Skyfall M12. Sala 2 - 15h40, 18h35, 21h30; Realizar o Impossível M12. Sala 3 - 16h20, 18h50, 21h40; Força Ralph M6. Sala 4 - 16h, 18h30, 21h20 (V.P./3D); Actividade Paranormal 4 M16. Sala 5 - 16h15, 19h, 21h45;Taken - A Vingança M16. Sala 6 - 21h10;Astérix e Obélix: Ao Serviço de SuaMajestade M6. Sala 6 - 15h30, 18h10; ArgoM12. Sala 7 - 15h50, 18h40, 21h35
Leiria Castello Lopes - Leiria ShoppingCC Leiria Shopping, IC2. T. 760789789Força Ralph M6. Sala 1 - 13h20, 15h40, 18h30, 21h20 (V.Port./3D); Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 2 - 13h, 15h20 (V.Port./3D); 007 Skyfall M12. S. 2 - 18h40, 21h30; Actividade Paranormal 4M16. Sala 3 - 13h10, 16h, 18h50, 21h50;Terapia a Dois M12. Sala 4 - 12h50, 15h10, 18h; Taken - A Vingança M16. Sala 4 - 21h;Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 5 - 13h30, 15h50, 18h10, 21h15; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. Sala 6 - 13h15, 16h10, 19h, 21h40; 007 Skyfall M12. Sala 7 - 12h40, 15h30, 18h20, 21h10
CinemaCity LeiriaRua Dr. Virgílio Vieira Cunha. T. 244845071007 Skyfall M12. Sala 1 - 16h10, 19h, 21h50;Força Ralph M6. Sala 2 - 16h20, 21h30 (V.Port./2D), 18h50 (V.Port./3D); Encomenda Armadilhada M12. Sala 3 - 20h; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 3 - 15h40, 18h, 22h05; Argo M12. Sala 4 - 16h25, 18h55, 21h35; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 5 -16h05, 18h30, 21h40; Argo M12. Sala 6 -00h05; Taken - A Vingança M16. Sala 7 - 19h55; A Advogada M12. Sala 7 - 15h45, 17h50, 22h
Loures Castello Lopes - Loures ShoppingQuinta do Infantado. T. 760789789Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 1 - 12h55, 15h30 (V.P./3D); 007 Skyfall M12. Sala 1 - 18h20, 21h20; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 2 - 13h30, 16h20, 18h15, 21h40; Taken - A Vingança M16. Sala 3 - 13h40, 16h30, 19h, 21h10; Argo M12. Sala 4 - 13h10, 16h10, 19h40, 21h30; Força Ralph M6. Sala 5 - 13h20, 16h, 18h30, 21h15 (V.P./3D); 007 Skyfall M12. Sala 6 - 13h, 15h50, 18h50, 21h45; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 7 - 13h15, 15h40, 18h10, 21h
Montijo ZON Lusomundo Fórum MontijoC. C. Fórum Montijo. T. 16996007 Skyfall M12. 16h30, 20h40; Força Ralph M6. 15h50, 18h25, 21h (V.P.); Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 15h30, 18h (V.P.); Dos Homens Sem Lei M12. 21h05; Argo M12. 15h40, 18h20, 21h; Actividade Paranormal 4 M16. 16h, 18h10, 21h30; Taken - A Vingança M16. 16h10, 18h15, 21h20
Odivelas Centro Cultural MalapostaR. de Angola, Olival Basto. T. 219383100Lisboa Domiciliária M12. Sala 1 - 15h ZON Lusomundo Odivelas ParqueC. C. Odivelasparque. T. 16996Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 16h, 18h30 (V.P./3D), 21h10 (V.O.); 007 Skyfall M12. 15h, 18h, 21h; Força Ralph M6. 15h50, 18h30, 21h20 (V.P.); Actividade Paranormal 4 M16. 15h20, 18h40, 21h40; ParaNorman M6. 15h40, 18h10 (V.P.); Taken - A Vingança M16. 21h30
Oeiras ZON Lusomundo Oeiras ParqueC. C. Oeirashopping. T. 16996As Palavras M12. 18h45, 21h45, 00h05; Manteiga M12. 13h20, 15h50; 007 Skyfall M12. 14h, 17h15, 21h, 00h10; Argo M12. 13h, 15h45, 18h30, 21h30, 00h20; Arbitrage - A Fraude M12. 12h45, 15h20, 18h10, 21h40, 00h15; Força Ralph M6. 12h50, 15h30, 18h15 (V.P./3D), 21h10, 23h50 (V.P.); Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 13h10, 16h, 18h40 (V.P./3D); Dos Homens Sem Lei M12. 21h15, 23h55; Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. 13h05, 15h40, 18h20, 21h20, 24h
Miraflores ZON Lusomundo Dolce Vita MirafloresAvenida das Túlipas. T. 707 CINEMAForça Ralph M6. 15h30, 18h30, 21h30;Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 15h, 18h (V.Port.); Dos
Homens Sem Lei M12. 21h; 007 Skyfall M12. 15h10, 18h10, 21h10; Argo M12. 15h20, 18h20, 21h20
Torres Novas Castello Lopes - TorreShoppingBairro Nicho - Ponte Nova. T. 707220220007 Skyfall M12. Sala 1 - 12h40, 15h30, 18h20, 21h20; Argo M12. Sala 2 - 13h, 15h40, 18h10, 21h30; Encomenda Armadilhada M12. Sala 3 - 18h30, 21h10 (V.P./3D); Força Ralph M6. Sala 3 - 13h20, 15h50 (V.P.)
Torres Vedras ZON Lusomundo Torres VedrasC.C. Arena Shopping. T. 16996Força Ralph M6. 16h05, 18h45, 21h30 (V.P.); Argo M12. 15h45, 18h30, 21h15; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 16h20, 19h; Actividade Paranormal 4 M16. 21h45; Linhas de Wellington M12. 14h50, 18h, 21h10; 007 Skyfall M12. 14h40, 17h45, 21h
Torre da Marinha Castello Lopes - Rio Sul ShoppingQta. Nova do Rio Judeu. T. 760789789Força Ralph M6. Sala 1 - 15h50, 18h25, 21h10 (V.Port./3D); 007 Skyfall M12. Sala 2 - 15h40, 18h40, 21h40; Argo M12. Sala 3 - 15h30, 18h30, 21h30; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 15h20 (V.Port./3D); 007 Skyfall M12. Sala 4 - 18h20, 21h20; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 5 - 15h35, 18h45, 21h50; Taken - A Vingança M16. Sala 6 - 15h10, 18h10, 21h; Patrulha de Bairro M12. Sala 7 - 21h25; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 7 - 16h, 18h50
Santarém Castello Lopes - SantarémLargo Cândido dos Reis. T. 760789789Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 1 - 15h20, 18h50, 21h20; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 2 - 16h10, 19h, 21h40; Argo M12. Sala 3 - 15h40, 18h40, 21h30; Terapia a Dois M12. Sala 4 - 19h10, 21h50; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 16h (V.P.); 007 Skyfall M12. Sala 5 - 15h30, 18h20, 21h10; Força Ralph M6. Sala 6 - 15h50, 18h30, 21h (V.P.)
Setúbal
Auditório CharlotAv. Dr. Ant. Manuel Gamito, 11. T. 265522446007 Skyfall M12. Sala 1 - 21h30 Castello Lopes - SetúbalC. Comercial Jumbo, Loja 50. T. 707220220Força Ralph M6. Sala 1 - 15h40, 18h30, 21h20 (V.Port./3D); 007 Skyfall M12. Sala 2 - 15h50, 18h50, 21h40; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 3 - 15h20, 18h40, 21h30; Para Roma com Amor M12. Sala 4 - 15h30, 18h20, 21h10
Faro SBC-International CinemasC. C. Fórum Algarve. T. 289887212007 Skyfall M12. Sala 1 - 15h, 18h, 21h; 007 Skyfall M12. Sala 2 - 15h40, 18h40, 21h40; Argo M12. Sala 3 - 13h25, 16h, 18h35, 21h10; Frankenweenie M12. Sala 4 - 14h05(V.Port.); 007 Skyfall M12. Sala 4 - 16h10;Dos Homens Sem Lei M12. Sala 4 - 19h10,21h40; 007 Skyfall M12. Sala 5 - 13h30;Realizar o Impossível M12. Sala 5 - 16h30, 19h, 21h30; Força Ralph M6. Sala 6 - 14h05, 16h30, 18h55, 21h20 (V.Port.); Aristides de Sousa Mendes, O Cônsul de Bordéus M16. Sala 7 - 14h45, 16h50, 18h55, 21h; Ted M12. Sala 8 - 16h15; Para Roma com Amor M12. Sala 8 - 13h50, 18h35; Encomenda Armadilhada M12. Sala 8 - 21h30; Taken - A Vingança M16. Sala 9 - 19h15; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 9 - 21h20
Olhão Algarcine - Cinemas de OlhãoC.C. Ria Shopping. T. 289703332007 Skyfall M12. Sala 1 - 15h30, 18h30, 21h30; Mentes Poderosas M12. Sala 2 - 15h20, 18h20, 21h20; Magic Mike M12. Sala 3 - 15h15, 18h15, 21h15
Albufeira Castello Lopes - Algarve ShoppingEN 125 - Vale Verde. T. 760789789Actividade Paranormal 4 M16. Sala 1 - 13h15, 16h, 18h35, 21h35; Força Ralph M6. Sala 2 - 13h20, 15h55, 18h30, 21h20 (V.P./3D); Taken - A Vingança M16. Sala 3 - 12h55, 15h35, 18h15, 21h10; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 12h50, 15h25, 18h, 21h05; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 5 - 12h45, 15h20, 18h05, 21h; 007
Skyfall M12. Sala 6 - 12h40, 15h30, 18h20, 21h15; 007 Skyfall M12. Sala 7 - 13h, 15h50, 18h45, 21h40; Argo M12. Sala 8 - 13h05, 15h45, 18h25, 21h25; As Palavras M12. Sala 9 - 13h10, 15h40, 18h10, 21h30
Portimão Algarcine - Cinemas de PortimãoAv. Miguel Bombarda. T. 282411888007 Skyfall M12. Sala 1 - 15h30, 18h15, 21h30; Força Ralph M6. Sala 2 - 14h, 15h45, 18h15, 21h45 (V.Port.) Castello Lopes - PortimãoCentro Comercial Continente. T. 760789789Arbitrage - A Fraude M12. Sala 1 - 13h10, 16h, 18h50, 21h50; Força Ralph M6. Sala 2 - 13h20, 15h45, 18h20, 21h20 (V.Port.); Taken - A Vingança M16. Sala 3 - 13h30, 16h15, 19h, 22h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 13h05, 15h40, 18h30, 21h10; 007 Skyfall M12. Sala 5 - 13h, 15h50, 18h40, 21h30; Argo M12. Sala 6 - 13h15, 16h05, 18h45, 21h40
Tavira Zon Lusomundo TaviraC.C. Gran-Plaza, R. Almirante Cândido dos Reis. T. 16996007 Skyfall M12. 15h, 18h, 21h; Actividade Paranormal 4 M16. 15h05, 17h10, 19h15, 21h30; Linhas de Wellington M12. 21h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 15h50, 18h30; Força Ralph M6. 13h, 15h30 (V.P./3D), 18h10, 21h20 (V.P./2D) ; Arbitrage - A Fraude M12. 15h30, 18h10, 21h10
TEATROLisboaA Barraca - Teatro Cine ArteLargo de Santos, 2. T. 213965360 Por Amor de Deus! Enc. Hélder Costa. Com João dAvila. De 27/9 a 30/12. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 16h30 (na Sala 1). M/12.Biblioteca Municipal Orlando RibeiroEstrada de Telheiras, 146. T. 217549030 As Lágrimas Amargas de Petra von Kant Forever Mesmo Teatro. Enc. Manuela Passarinho. Até 10/11. 4ª a Sáb às 21h30. Casino LisboaParque das Nações. T. 218929000 Lar, Doce Lar Enc. António Pires. Com Joaquim Monchique, Maria Rueff. De 12/9 a 25/11. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. M/12. Galeria Zé dos BoisRua Barroca, 59 - Bairro Alto. T. 213430205 Peça do Coração - For Him a New Fragrance Enc. Mariana Tengner Barros. Com Cláudio Vieira, John Romão, Tiago Cadete. De 8/11 a 9/11. 5ª e 6ª às 19h (Temps dImages). M/16. Teatro da ComunaPraça de Espanha. T. 217221770 Agonia Irreversível Com João Tempera, Carlos Paulo, Hugo Franco. De 1/11 a 16/12. 4ª a Sáb às 21h30. Dom às 16h. Café IMPROV Grupo: Teatro Anónimo. De 18/10 a 20/12. 5ª às 21h41. Reservas: 916978652. Teatro da Cornucópia - Bairro AltoRua Tenente Raúl Cascais, 1A. T. 213961515 Os Desastres do Amor Enc. Luis Miguel Cintra. De 1/11 a 25/11. 3ª a Sáb às 21h. Dom às 16h. M/12. Teatro Maria VitóriaAv. Liberdade (Parque Mayer). T. 213461740 Humor com Humor se Paga Enc. Mário Rainho. A partir de 1/11. 5ª e 6ª às 21h30. Sáb às 16h30 e 21h30. Dom às 16h30. M/12. Teatro Municipal de S. LuizR. António Maria Cardoso, 38. T. 213257650
AS ESTRELAS DO PÚBLICO
JorgeMourinha
Luís M. Oliveira
Vasco Câmara
a Mau mmmmm Medíocre mmmmm Razoável mmmmm Bom mmmmm Muito Bom mmmmm Excelente
Argo mmmmm mmmmm mmmmm
Bellamy mmmmm mmmmm mmmmm
César Deve Morrer mmmmm mmmmm –O Cônsul de Bordéus mmmmm – –Dos Homens sem Lei mmmmm mmmmm mmmmm
Frankenweenie mmmmm mmmmm –Galinha com Ameixas mmmmm – mmmmm
Realizar o Impossível mmmmm – –Shut Up and Play the Hits mmmmm mmmmm –007 Skyfall mmmmm mmmmm mmmmm
44 | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
SAIRPeter Hook & The Light no CCB
Dança da Morte Enc. Marco Martins. De 25/10 a 17/11. 4ª a Sáb às 21h. Dom às 17h30. Teatro Municipal Maria MatosAv. Frei Miguel Contreiras, 52. T. 218438801 Mundo Maravilha Com Alex Cassal, Cláudia Gaiolas, Felipe Rocha, Paula Diogo, Renato Linhares, Stella Rabello, Tiago Rodrigues. De 2/11 a 17/11. 4ª às 19h. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 18h (na Sala Principal). Teatro Nacional D. Maria IIPraça D. Pedro IV. T. 800213250 Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade Enc. Sura Berditchevsky. De 7/11 a 8/11. 4ª e 5ª às 21h (na Sala Garrett, Mostra de Teatro do Brasil). Duração: 70m. Teatro TurimEstrada de Benfica, 723A. T. 217606666 D’Eça Grupo: Pequeno Palco de Lisboa. Enc. Rui Luís Brás. De 8/11 a 18/11. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. M/12. Teatro VillaretAv. Fontes Pereira Melo, 30A. T. 213538586 Um Sonho para Dois Grupo: Plano 6. Com Ricardo Pereira, Fernanda Souza. De 8/11 a 22/12. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. M/12.
OeirasNovo Espaço - Auditório do T.I.O.R. Dr José Joaquim Almeida, 2. T. 213020003 H2M1 Grupo: Teatro Independente de Oeiras. Enc. Carlos dAlmeida Ribeiro. De 14/9 a 10/11. 5ª a Sáb às 21h30. M/16.
EXPOSIÇÕESLisboa3 + 1 Arte ContemporâneaRua António Maria Cardoso, 31. T. 210170765 Histórias que cabem na palma da mão De Rosana Ricalde. De 24/10 a 30/11. 3ª a Sáb das 14h às 20h. Desenho, Escultura. Appleton SquareRua Acácio Paiva, 27 - r/c. T. 210993660 Dois Desenhos, Uma Escultura De José Pedro Croft. De 18/10 a 17/11. 3ª a Sáb das 15h às 20h.
Baginski Galeria/ProjectosR. Capitão Leitão, 51/53. T. 213970719 Distant Smoke De Gonçalo Sena. De 26/9 a 10/11. 3ª a Sáb das 14h às 19h. Escultura, Desenho. Pontus De Délio Jasse. De 26/9 a 10/11. 3ª a Sáb das 14h às 19h. Fotografia. Centro de Arte Moderna - José de Azeredo PerdigãoR. Dr.Nicolau Bettencourt. T. 217823474 Carlos Nogueira: O lugar das coisas De Carlos Nogueira. De 21/9 a 6/1. 3ª a Dom das 10h às 18h. Instalação, Escultura, Fotografia, Outros. Gerard Byrne: Imagens ou Sombras De Gerard Byrne. De 21/9 a 6/1. 3ª a Dom das 10h às 18h. Instalação, Vídeo. Inserido no Festival Temps d’Images 2012. Chiado 8 - Arte ContemporâneaLargo do Chiado, 8. T. 213237335 Peças de Substituição De Renato Ferrão. De 21/9 a 16/11. 2ª a 6ª das 12h às 20h. Desenho, Instalação. Cinemateca PortuguesaRua Barata Salgueiro, 39. T. 213596200 Documentando Dom Roberto De 2/11 a 3/12. 2ª a Sáb das 12h às 00h. Documental, Vídeo. Passagens (Doclisboa’12) De Chantal Akerman, Pedro Costa. De 20/10 a 30/11. 2ª a 6ª das 13h30 às 21h30. Vídeo. CulturgestRua Arco do Cego - CGD. T. 217905155 Flagrante Deleite - Rosemarie Trockel De 13/10 a 6/1. 2ª, 4ª, 5ª e 6ª das 11h às 19h (útlima admissão às 18h30). Sáb, Dom e feriados das 14h às 20h (útlima admissão às 19h30). Colagem, Cerâmica, Instalação, Outros. Fundação e Museu Calouste GulbenkianAvenida de Berna, 45A. T. 217823000 As Idades do Mar De Francesco Guardi, Turner, Friedrich, Monet, De Chirico, Amadeo de Souza-Cardoso, Vieira da Silva, Sousa Lopes, Noronha da Costa, António Carneiro, João Vaz, entre outros. De 25/10 a 27/1. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura. Um Chá para Alice De Lisbeth Zwerger, Dusan Kallay, Anthony Browne, Chiara Carrer, Anne Herbauts, Nicole Claveloux, Teresa Lima, entre outros. De 31/10 a 10/2. 3ª a Dom das 10h às 18h. Desenho, Ilustração, Pintura, Fotografia. Um vaso grego no Museu Calouste Gulbenkian De Maria Helena
Rocha-Pereira. De 29/3 a 30/12. 3ª a Dom das 10h às 18h. Instalação. Fundação Leal RiosR. do Centro Cultural, 17-B. T. 210998623 The Man Nobody Could Lift De Becky Beasley. De 27/10 a 5/1. 3ª e 5ª das 15h às 17h30 (por marcação). Outros. Galeria João Esteves de OliveiraRua Ivens, 38. T. 213259940 D’ après nature, (possibly...) De Pedro Cabrita Reis. De 3/10 a 16/11. 2ª das 15h às 19h30. 3ª a 6ª das 11h às 19h30. Sáb das 11h às 13h30 e das 15h às 19h30. Instalação. MNAC - Museu do ChiadoRua Serpa Pinto, 4. T. 213432148 O Modernismo Feliz - Art Déco em Portugal De Abel Manta, Adelaide de Lima Cruz, Amadeo de Souza-Cardoso, Armando Bastos, Lino António, Joseph Bernard, Mário Eloy, Sarah Afonso, Stuart Carvalhais, entre outros. De 28/6 a 25/11. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura, Desenho, Escultura. Violon Fase De Anne Teresa De Keersmaeker. De 30/10 a 11/11. 3ª a Dom das 10h às 18h. Performance, Vídeo. Temps d’Images 2012. Museu Colecção BerardoPraça do Império - CCB. T. 213612878 Exposição Permanente do Museu Colecção Berardo (1960-2010) De Vito Acconci, Carl Andre, Alan Charlton, Louise Bourgeois, José Pedro Croft, Antony Gormley, Jeff Koons, Allan McCollum, Gerhard Richter, Cindy Sherman, William Wegman, entre outros. A partir de 9/11. Todos os dias das 10h às 19h (última admissão às 18h30). Pintura, Outros. Hélio Oiticica - O Museu é o Mundo De 21/9 a 6/1. 3ª a Dom das 10h às 19h (última admissão às 18h30). Fotografia, Documental, Outros. O Museu em Montagem De Rodrigo Bettencourt da Câmara. De 31/10
a 24/2. Todos os dias das 10h às 19h (última admissão às 18h30). Fotografia. Museu da ElectricidadeAvenida Brasília. T. 210028190 Os Comedores de Batatas De Maria Beatriz. De 6/9 a 25/11. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura. Riso. Uma Exposição a Sério De Alberto Pimenta, Bordalo Pinheiro, Barbara Kruger, Cindy Sherman, Cruzeiro Seixas, Emmerico Nunes, Joana Vasconcelos, José Cardoso Pires, Luís de Sttau Monteiro, Pablo Picasso, Pieter Brueghel II - O Jovem, Sara e André, Vieira da Silva, entre outros. De 19/10 a 17/3. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura, Escultura, Instalação, Outros. Museu da FarmáciaRua Marechal Saldanha, 1. T. 213400680 Día de Muertos. Ontem e Hoje - do México Pré-Hispânico ao México Actual De 6/11 a 26/1. 2ª a 6ª das 10h às 18h. Objectos, Instalação, Fotografia, Outros. Museu Nacional de Arte AntigaRua das Janelas Verdes, 1249 . T. 213912800 Da Ideia à Forma. Desenhos de escultura em Portugal (séculos XVII a XIX) De 16/10 a 13/1. 3ª das 14h às 18h. 4ª a Dom das 10h às 18h. Desenho, Outros. Pintura e Artes Decorativas do Século XII ao XIX De Vários autores. A partir de 16/12. Terça das 14h às 18h. Quarta a domingo das 10h às 18h. Pintura, Desenho, Outros. Exposição Permanente. Thesaurus. A Ourivesaria Sacra da Real Abadia de Alcobaça De 28/9 a 2/12. 3ª das 14h às 17h30. 4ª a Dom das 10h às 17h30 (encerra 1/1, 1/5 e 25/12). Objectos. Museu Nacional do AzulejoRua Madre de Deus, 4. T. 218100340 Da Flandres. Os azulejos encomendados por D. Teodósio I, 5º Duque de Bragança De 23/10 a 8/3. 3ª a Dom das 10h às 18h (última admissão às 17h30). Azulejo,
Documental. Exposição Permanente A partir de 1/1. 3ª a Dom das 10h às 18h (última admissão às 17h30). Um Gosto Português. O Uso do Azulejo no século XVII De 3/7 a 30/12. 3ª a Dom das 10h às 18h (última admissão às 17h30). Azulejo.
Vila Franca de XiraMuseu do Neo-RealismoRua Alves Redol, 45. T. 263285626 Jorge Amado e o Neorrealismo Português De 20/10 a 10/3. 3ª a 6ª das 10h às 19h. Sáb das 12h às 19h. Dom das 11h às 18h. Bibliográfica, Documental. Motivo Imprevisível De Álvaro Perdigão. De 6/10 a 9/12. 3ª a 6ª das 10h às 19h. Sáb das 12h às 19h. Dom das 11h às 18h. Pintura. The Return of The Real XX: Sous le Trottoir la Plage De João Louro. De 2/11 a 3/3. 3ª a 6ª das 10h às 19h. Sáb das 12h às 19h. Dom das 11h às 18h.
MÚSICALisboaCentro Cultural de BelémPraça do Império. T. 707303000 Peter Hook & The Light Hoje às 21h (Misty Fest 2012. Com Uni_Form. M/3). CulturgestRua Arco do Cego - CGD. T. 217905155 Gabriel Ferrandini + Pedro Sousa + Johan Berthling Hoje às 21h30. Fundação e Museu Calouste GulbenkianAvenida de Berna, 45A. T. 217823000 Sophie Perrier e Orquestra Gulbenkian De 8/11 a 9/11. 5ª às 21h. 6ª às 19h. Hard Rock Cafe LisboaAv. Liberdade, 2. T. 213245280 Tim & Companheiros de Aventura Hoje às 22h30. Teatro Nacional de São CarlosLargo de São Carlos, 17. T. 213253045 Don Pasquale Com Coro do Teatro Nacional de São Carlos, Orq. Sinfónica Portuguesa. Enc. Italo Nunziata. Até 10/11. 5ª às 20h. Sáb às 16h.
FARMÁCIASLisboaServiço PermanenteAçoreana (Conde Barão) - Largo do Conde Barão, 2 - Tel. 213961330 Bruxellas (À Estrada da Luz - Metro Laranjeiras) - Rua Manuel da Silva, Leal, 11 - B - Tel. 217210561 Castro (Anjos - Chile) - Avª. Almirante Reis, 76 - A - Tel. 218121973 Celta (Junto nº39 Av. Estados Unidos) - Rua Moura Girão, 3 - B - Tel. 218490621 Pinto (Amoreiras - Campolide) - Rua de Campolide, 11A - Tel. 213882610 Probidade (Alcântara) - Rua de Alcântara, 15 - A -B - Tel. 213638589 Restelo (Restelo) - R. Duarte Pacheco Pereira, 11 - C - Tel. 213031650 Santo António (Vale de Santo António) - AV. Paulo VI, Loja 3, Lote 14 - Tel. 218394314 Simão (Olivais) - Rua Cidade Cabind, 16 A - Tel. 218510581
Até às 22hAzevedo Irmão e Veiga (Bairro Alto) - Rua da Misericórdia, 24 - Tel. 213423540
Outras LocalidadesServiço PermanenteAbrantes - Sousa Trincão (S.Miguel do Rio Torto) Alandroal - Alandroalense Albufeira - Alves de Sousa Alcácer do
Sal - Misericórdia Alcanena - Ramalho Alcobaça - Campeão , Nova (Benedita) Alcochete - Nunes Alcoutim - Caimoto Alenquer - Nobre Brito Aljezur - Furtado , Odeceixense (Odeceixe) Aljustrel - Dias Almada - Nova , Castro Rodrigues, Louro (Cova da Piedade) Almeirim - Mendonça Almodôvar - Aurea Alpiarça - Gameiro Suc. Alter do Chão - Alter Alvaiázere - Ferreira da Gama Alvito - Nobre Sobrinho Amadora - Amadora , Confiança, Nova Amareleja - Duarte Arraiolos - Vieira Arronches - Esperança (Esperança/Arronches) Arruda dos Vinhos - Da Misericórdia Avis - Nova de Aviz Azambuja - Miranda , Reforço - Central, Até às 22h - Nova Barrancos - Barraquense Barreiro - Santo António , Parreira (Lavradio), Santo André (Santo André) Batalha - Moreira Padrão Beja - J. A. Pacheco Belmonte - Costa Benavente - Central (Samora Correia) Bombarral - Miguel Borba - Central Cadaval - Central Caldas da Rainha - Freitas Campo Maior - Central Cartaxo - Abílio Guerra Cascais - Vilar (Carcavelos) , Cordeiro, Primavera (Parede) Castanheira de Pera - Dinis Carvalho (Castanheira) Castelo Branco - Reis Castelo de Vide - Roque Castro
Marim - Moderna Castro Verde - Alentejana Chamusca - Moura (Vale de Cavalos) Constância - Baptista Coruche - Frazão Covilhã - Moderna , São Cosme Crato - Saramago Pais Cuba - Da Misericórdia Elvas - lux Entroncamento - Almeida Gonçalves Estremoz - Godinho Évora - Horta das Figueiras Faro - Higiene Ferreira do Alentejo - Fialho Ferreira do Zêzere - Moderna (Frazoeira/Ferreira do Zezere) Figueiró dos Vinhos - Correia Fronteira - Vaz (Cabeço de Vide) Fundão - Taborda Gavião - Margarido (Comenda) Golegã - Moderna (Azinhaga) , Oliveira Freire Grândola - Pablo Idanha-a-Nova - Andrade (Idanha A Nova) Lagoa - Lagoa Lagos - Telo Leiria - Central , Beatriz Godinho (Maceira) Loulé - Miguel Calçada , Nobre Passos (Almancil), Chagas Loures - Duarte , Fátima, Banha (S. Cosme), Pedro Santos (Vale Figueira), Até às 23h - Matos (Prior Velho), Até às 22h - Alto da Eira, Rocha Santos, Tojal Lourinhã - Marteleirense Mação - Saldanha Mafra - Oceano (Santo Izidoro / Mafra) , Costa Maximiano (Sobreiro) Marinha Grande - Guardiano Marvão - Roque Pinto Mértola - Maktub , Nova de Mértola Moita - Portugal (Alhos Vedros) , Ass. Socorros Mutuos-União
Moitense Monchique - Moderna Monforte - Jardim Montijo - União Mutualista Mora - Central (Pavia) Moura - Faria Mourão - Mourão Nazaré - Ascenso Nisa - Seabra Óbidos - Oliveira Odemira - Confiança Odivelas - Codivel , Leitão Ribeiro, Universo (Caneças), Reforço - Cipriano, Até às 22h - Famões Oeiras - Estação de Algés , Mota Capitão, Seixas Martins, Trindade Brás, Véritas, Santa Sofia (Cruz Quebrada), Marta (Valbom), Reforço - Ferreira Bastos, Até às 22h - Nova, Costa Pinto (Queijas) Oleiros - Xavier Gomes (Orvalho-Oleiros) Olhão - Nobre Sousa Ourém - Fátima , Moderna Ourique - Ouriquense Palmela - Palmela Pedrógão Grande - Baeta Rebelo Penamacor - Cunha Gil Peniche - Central Pombal - Santa Maria (Albergaria dos Doze) , Torres e Correia Lda. Ponte de Sor - Matos Fernandes Portalegre - Romba Portel - Misericordia Portimão - Amparo Porto de Mós - Mirense (MIRA DE AIRE) , Lopes Unipessoal Proença-a-Nova - Daniel de Matos (Sobreira Formosa) Redondo - Casa do Povo Reguengos de Monsaraz - Martins Rio Maior - Almeida Salvaterra de Magos - Carvalho Santarém - Santos Real , Vitorino Santiago do Cacém - Barradas , Fontes
(Santo André) São Brás de Alportel - São Brás Sardoal - Passarinho Seixal - Novais , Duarte Ramos (Amora), Vale Bidarra (Fernão Ferro), Central Vale Milhaços (Vale) Serpa - Central Sertã - Patricio Sesimbra - Rodrigues Pata , Santana, Lopes Setúbal - Carmo Sobral , Marques Silves - Sequeira Correia , Sousa Coelho, Guerreiro Sines - Atlântico , Monteiro Telhada (Porto Covo) Sintra - Baião Santos , Rodrigues Rato, Araújo e Sá (Cacém de Cima), Queluz (Queluz), Dumas Brousse (Rinchoa), Valentim, Até às 22h - Ferreira (Belas) Sobral Monte Agraço - Moderna Sousel - Mendes Dorbio (Cano) Tavira - Montepio Artistico Tavirense Tomar - Dos Olivais Torres Novas - Central Torres Vedras - Santa Cruz Vendas Novas - Nova Viana do Alentejo - Viana Vidigueira - Luís A. da Costa Vila de Rei - Silva Domingos Vila do Bispo - Sagres (Sagres) , Vila do Bispo Vila Franca de Xira - Central de Alhandra , Eduardo A. César, Estevão (Brejo), Higiéne, Reforço - Azevedo, Até às 21h - Sequeira (Sobralinho) Vila Nova da Barquinha - Carvalho (Praia do Ribatejo) Vila Real de Santo António - Pombalina Vila Velha de Rodão - Pinto Vila Viçosa - Duarte Montemor-o-Novo - Sepúlveda
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | 45
RTP106.30 Bom Dia Portugal 10.00 Praça da Alegria 13.00 Jornal da Tarde 14.15 Vidas em Jogo 15.09 Portugal no Coração 18.00 Portugal em Directo 19.04 O Preço Certo 19.52 Direito de Antena 20.00 Telejornal 21.00 Linha da Frente - O Eixo Berlim Lisboa, reportagem de Elsa Marujo 21.31 Decisão Final 22.39 Telefilme: Há Sempre Um Amanhã 23.39 5 Para a Meia-Noite - Pedro Fernandes convida Luan Santana 01.20 True Justice 02.05 Ribeirão do Tempo
RTP207.00 Zig Zag 11.52 Futsal: Marrocos x Espanha 13.36 Zig Zag 14.00 Sociedade Civil 15.31 Diário Câmara Clara 15.40 Universidade Aberta 16.10 National Geographic: Animais nas Ruas 17.02 Zig Zag 18.00 A Fé dos Homens 18.35 Duas Miúdas nas Lonas 18.57 Iniciativa 19.30 Capital 20.01 Zig Zag 21.09 National Geographic: Os Verdadeiros Dinossauros 22.00 Hoje 22.37 Diário Câmara Clara 22.47 Ossos - 6.ª série 23.36 As Mulheres de Deus 00.32 Capital 01.03 Janela Indiscreta com Mário Augusto 01.37 Iniciativa 02.08 Euronews 04.19 24 Horas 05.21 Diário Câmara Clara
SIC06.00 Jornal de Síntese 07.00 Edição da Manhã 08.10 Tween Box: Tower Prep 09.10 Cartas da Maya - O Dilema 10.15 Querida Júlia 13.00 Primeiro Jornal 14.25 Toca a Mexer - Diário 14.50 Podia Acabar o Mundo 15.55 Boa Tarde 18.30 Fina Estampa 19.15 Jornal da Noite 20.00 Futebol: Sporting x Genk - Liga Europa 22.00 Liga Europa - Os Homens do Jogo 22.05 Liga Europa - Os Golos 22.25 Dancin´ Days 23.05 Gabriela 23.45 Avenida Brasil 00.30 Toca a Mexer - Diário 00.50 Investigação Criminal 01.35 Futebol: Liga Europa - Resumos 02.00 Cartaz Cultural 02.35 De Corpo e Alma 03.25 Maré Alta
TVI 06.30 Diário da Manhã 10.12 Você na TV! - Directo 13.00 Jornal da Uma 14.45 Tempo de Viver 16.00 A Tarde é Sua - Directo 18.15 Casa dos Segredos 3 - Diário da Tarde 18.30 Doida Por Ti 20.00 Jornal das 8 21.45 Casa dos Segredos: Diário 22.50 Louco Amor 00.00 Doce Tentação 00.30 Casa dos Segredos: Extra 01.55 Autores 02.51 Lei e Ordem 03.37 Mistura Fina
TVC1 10.55 Sucker Punch - Mundo Surreal 12.45 A Viagem 14.35 Românticos Anónimos 15.50 Millennium 3: Rainha no Palácio das Correntes de Ar 18.15 O Moinho e a Cruz 19.50 Insidious - Insidioso 21.30 Enterrado 23.10 Sucker Punch - Mundo Surreal 1.05 Insidious - Insidioso 2.50 Millennium 3: Rainha no Palácio das Correntes de Ar
FOX MOVIES10.43 A Nova Paixão de Stella 12.44 Enquanto Estiveres Aí... 14.17 O Chacal 16.18 Ned Kelly 18.05 O Monte dos Vendavais 19.49 A Última Hora 22.00 Speed 2 - Perigo a Bordo 0.02 O Poder da Justiça 2.14 The Blues Brothers
HOLLYWOOD11.25 Amish à Força! 13.20 Sem Provas 14.50 Action Zone 15.15 Operação Flecha Quebrada 17.00 Robin Hood: Príncipe dos Ladrões 19.25 A Máscara 21.30 Biker Boyz - Corridas Clandestinas 23.25 Marcado para Matar 1.05 A Última Caminhada
AXN14.39 Mentes Criminosas 19.44 Missing 20.36 Investigação Criminal 21.30 O Mentalista 22.26 Os Bórgia 23.25 Mentes Criminosas 0.20 Mentes Criminosas 1.15 Mentes Criminosas
AXN BLACK16.29 Sobrenatural 17.14 Boardwalk Empire 18.11 Inadaptados 19.04 Tempos Primitivos 19.53 Tempo para Matar 20.41 A Mesquita da Pradaria 21.07 Ninguém é Perfeito 21.35 Whitechapel 22.28 Filme: Corrupção - A Lei das Ruas 0.08 Whitechapel 1.01 Inadaptados
AXN WHITE14.57 Póquer de Rainhas 17.05 Regras do Jogo 17.31 Medium 18.20 A Vida Secreta de uma Teenager Americana 19.08 Regras do Jogo 20.04 Póquer de Rainhas 21.00 Doutora no Alabama 0.20 Gossip Girl 1.10 Póquer de Rainhas
FOX 14.37 Os Simpson 15.00 Apanha-me se puderes 15.47 Ossos 16.35 Lie to Me 17.24 Casos Arquivados 18.13 Investigação Criminal: Los Angeles 19.04 Family Guy 19.52 American Dad 20.16 Os Simpson 21.05 Foi Assim Que
Aconteceu 21.30 Casos Arquivados 22.22 Lei & Ordem: Unidade Especial 0.02 The Finder 0.56 Lei & Ordem: U.E.
FOX LIFE 14.15 As Leis de Kate 15.00 Rizzoli & Isles 15.45 Donas de Casa Desesperadas 16.30 Hope & Faith 16.53 Jess e os rapazes 17.15 Uma Família Muito Moderna 17.37 Glee 18.23 As Leis de Kate 19.03 Clínica privada 19.48 The Voice 20.38 Medium 21.25 Rizzoli & Isles 22.15 Uma Família Muito Moderna 22.39 Raising Hope 23.03 The Voice 23.55 As Leis de Kate 0.43 Medium 1.30 Revenge 2.17 Donas de Casa Desesperadas
DISNEY15.35 Casper – O Fantasminha 16.05 Rekkit Rabbit 16.30 Recreio 17.00 Phineas e Ferb 18.00 Shake It Up 18.30 A.N.T. Farm - Escola de Talentos 19.00 Wasabi Warriors 19.30 Boa Sorte, Charlie! 20.00 Shake It Up 20.30 Jessie 21.00 Hannah Montana 21.25 Os Feiticeiros de Waverly Place 21.49 Miúda Atómica 22.15 As Espias!
DISCOVERY18.20 Lenhadores: Malabarismo 19.10 O Segredo das Coisas 20.05 Trabalho Sujo: Muda-Fraldas 21.00 Fanáticos por Armas: Metralhadora Por Telecomando 21.30 Fanáticos por Armas: Machete 22.00 A Colónia: Conforto 22.55 Armas do Futuro: Sem Escape 23.45 Armas de Última Geração: Choque e Admiração 0.35 Top Gear
HISTÓRIA 16.00 O Universo: O Dia em que a Lua Desapareceu 17.00 O Assassínio de Kennedy, 24 Horas Depois: Ep.1 e 2 19.00 Empreendedores e Milionários: William E. Boeing 20.00 Alienígenas: A Missão, Ep.1 e 2 22.00 Alienígenas: Deuses e Extraterrestres 23.00 Cidades Debaixo de Terra: A Sicília e a Máfia 0.00 O Universo: O Dia em que a Lua Desapareceu
ODISSEIA16.00 Rotas Míticas: A Rota do Blues 17.00 Vida de Insectos 18.00 Experiência Tribal: Nenets 19.00 Criaturas do Extremo: Sal e Ácido 20.00 Hora Zero: Massacre Real no Nepal 21.00 Expedição Tigre 22.00 Megafábrica de Cerveja 23.00 Os Ladrões do Sonho Americano
FICAR
GÉNEROEnterrado [Buried]TVC1HD, 21h30Paul Conroy (Ryan Reynolds)
é um cidadão americano que
trabalha como camionista no
Iraque. Um dia, durante um
assalto é deixado inconsciente.
E, quando acorda, percebe que
foi enterrado vivo. Em pânico,
sem qualquer explicação para
o sucedido, com apenas um
isqueiro e um telemóvel como
hipóteses de salvação, ele vai
viver os piores 90 minutos da sua
vida. Um fi lme claustrofóbico,
realizado pelo espanhol Rodrigo
Cortés (Concursante).
Há Sempre Um Amanhã [Há Sempre Um Amanhã]RTP1, 22h39Telefi lme com Diogo Infante e
Maria João Falcão. Ele é Paulo, um
homem que investiu tudo na sua
vida profi ssional em detrimento
do casamento e dos fi lhos.
Agora, com 40 anos e divorciado,
Paulo vê-se a braços com a
possibilidade da empresa onde
trabalha, que funciona como a
sua família, fechar portas. Perante
o inevitável, confronta Luísa,
uma mulher pragmática com a
missão de maximizar lucros, e
acaba despedido. Mas o destino
vai tratar de os unir. De António
Borges Correia e Ricardo Inácio.
Águas Passadas [Dark Water]Mov, 23h25Um thriller japonês, realizado
pelo mestre Hideo Nakata, que
conquistou um verdadeiro culto
e que viria a dar origem a uma
versão norte-americana lançada
em 2005 sob a batuta de Walter
Salles, o realizador de Central
do Brasil. Uma mulher muda-se
para a sua nova casa com a fi lha
de cinco anos. Mas estranhos
acontecimentos (e muita água)
irão perturbar a paz doméstica.
SÉRIES
WhitechapelAXN Black, 21h35Estreia a 3.ª temporada. Drama policial envolto numa
atmosfera perturbadora, com
uma força de investigação policial
dos nossos dias a enfrentar um
inimigo cujo rasto se perde no
tempo. É que a História não só
está morta como pode ser mortal.
Nesta nova leva de episódios, um
historiador (Steve Pemberton)
junta-se à equipa de Chandler
(Rupert Penry-Jones).
Sangue FrescoMOV, 22h30Novos episódios da 5.ª
temporada. Em Bons Temps,
Sookie Stackhouse, uma
empregada de mesa, descobre
todo um novo mundo quando
se apaixona por um vampiro
chamado Bill.
DESPORTO
Futebol: Sporting x GenkSIC, 20h00Directo. Jogo da 2.ª mão da 3.ª
jornada da fase de grupos da Liga
Europa. Com Franky Vercauteren
aos comandos do plantel leonino
e depois de ter saído da Bélgica
com uma derrota por 2-1, o
Sporting recebe os belgas do Genk
com uma única missão: marcar
golos.
Futsal: Marrocos x EspanhaRTP2, 11h52Directo. Jogo da fase de grupos do
Campeonato do Mundo de futsal,
que se realiza na Tailândia até 18.
Marrocos e Espanha competem
no Grupo B, que integra ainda
Irão e Panamá.
DOCUMENTÁRIOS
As Mulheres de DeusRTP2, 23h36A vida de quatro irmãs Hospita-
leiras do Sagrado Coração de
Jesus. O que têm em comum
Laurinda, de 62 anos, Paula,
42, e Sara e Susana, ambas com
29 anos? Um documentário
da autoria de Inês Leitão, com
realização de Daniela Leitão.
Os Ladrões do Sonho Americano Odisseia, 23h00Os últimos 40 anos da política
norte-americana. Desde a
aplicação do Manifesto [Lewis]
Powell, um então advogado (que
viria a tornar juiz do Supremo)
que defendeu o mercado livre,
até à situação actual de crise
fi nanceira mundial. Pelo caminho,
espreita-se o movimento Occupy
Wall Street e explica-se o fi m da
classe média norte-americana.
Os mais vistos da TVTerça-feira, 6
FONTE: CAEM
SICTVITVISICSIC
17,617,515,215,113,1
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34,035,030,233,425,5
RTP1
2:
SICTVI
Cabo
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2,7
23,4
26,0
22,8
Dancin' DaysChampions LeagueSecret Story 3 - NomeaçõesGabrielaJornal da Noite
HISTÓRIA 20.00 Alienígenas: A Missão
46 | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
JOGOSCRUZADAS 8249
BRIDGE SUDOKU
TEMPO PARA HOJE
A M A N H Ã
Açores
Madeira
Lua
NascentePoente
Marés
Preia-mar
Leixões Cascais Faro
Baixa-mar
Fonte: www.AccuWeather.com
PontaDelgada
Funchal
Sol
19º
Viana do Castelo
Braga10º 18º
Porto11º 17º
Vila Real8º 13º
10º 16º
Bragança7º 13º
Guarda7º 9º
Penhas Douradas5º 7º
Viseu9º 13º
Aveiro12º 18º
Coimbra11º 17º
Leiria10º 18º
Santarém10º 18º
Portalegre12º 15º
Lisboa10º 17º
Setúbal8º 18º Évora
12º 18º
Beja13º 18º
Castelo Branco11º 14º
Sines10º 18º
Sagres12º 18º
Faro15º 18º
Corvo
Graciosa
FaialPico
S. Jorge
S. Miguel
Porto Santo
Sta Maria
14º 18º
15º 18º
Flores
Terceira15º 18º
15º 19º
15º 20º
15º 18º
19º
19º
07h12
Nova
17h29
22h0813 Nov.
0,5-1m
2m
20º
2m
22º1m
21º2-2,5m
09h39 2,722h26 2,7
03h17 1,416h10 1,2
09h15 2,822h02 2,7
02h55 1,515h46 1,4
09h25 2,722h06 2,7
02h46 1,515h40 1,3
1m
1m
2m
17º
18º
Horizontais 1. Segurou. Elevadas. 2. Ia em socorro. Canoa estreita, de re-mos, leve e rápida, de uso nos despor-tos aquáticos. 3. Cortar e triturar com os dentes. Encarregar de. 4. Trazer à memória. 5. Redução de senhor (pop.). Interjeição que designa repulsa ou raiva. Símbolo de miliampere. 6. Preposição que indica direcção. Terreno onde crescem urzes. 7. Caminhava para lá. Cantiga. Cólera. 8. Calção muito curto e justo, usado como peça de roupa in-terior de homem ou senhora, ou como calção de banho. O sinal do cristão. 9. Um tanto caro (preço). Elemento de for-mação de palavras que exprime a ideia de pequenez. 10. Ama em extremo. Rebordo do chapéu. 11. Pão de milho. Peça metálica para regular a pontaria, nas armas de fogo.
Verticais: 1. Capital da França. Pedaço de fermento para a panificação. 2. Repetição. Pedra preciosa, forma mine-ral amorfa hidrosa de sílica. 3. Conflito armado entre nações ou partidos. Irritar. 4. Saco feito de peles de certos animais para transporte de líquidos. Veloz. 5. Interjeição designativa de dor. Remar para trás, especialmente para travar o movimento da embarcação. Corda de reboque. 6. Inclinação da alma e do coração. Líquido pestilencial que es-corre de certas úlceras ou abcessos. 7. Dispor ou dividir em ruas. Antes do meio-dia (abrev.). 8. Pôr lindas ou mar-cos em. A unidade. 9. Inteira. Fretenir. 10. Sobressaltar. Campeonato profissio-nal norte-americano de basquetebol. 11. Ente. Paralisia dos órgãos da fala.
Depois do problema resolvido encon-tre o nome de um filme com Lauren German (4 palavras).
Solução do problema anterior:Horizontais: 1. Morfes. QUER. 2. Ecoar. Eu. Nu. 3. Exulcerar. 4. Aru. CIÚME. 5. Baal. Mil. 6. Aiar. Reboo. 7. Bafar. Ou. Dá. 8. Içar. Gral. 9. Obras. Piara. 10. TEM. Guiar. 11. Omaso. Arado.Verticais: 1. Meia. Abioto. 2. Oc. Raia. BEM. 3. Roeu. Afirma. 4. Fax. Braça. 5. Eruca. Rasgo. 6. Liar. 7. Ecúleo. Pia. 8. QUEM. Bugiar. 9. Remo. Rara. 10. Ena. Iodar. 11. Rural. Álamo.Provérbio: Quem tem ciúme quer bem.
Oeste Norte Este Sul passo passo 1♠2♦ passo 3♦ 3♠
passo 4♠ Todos passam
Leilão: Qualquer forma de Bridge.
Carteio: Saída: A♥. Oeste volta um pe-queno pau à segunda vaza. Qual a me-lhor linha de jogo?
Solução: “Alguém leu algum livro ulti-mamente?” Perguntei no início de mais um torneio de regularidade, de segun-da-feira à noite. “Estou agora a ler um sobre cozinha,” respondeu um. “Não fazia ideia do que era cozinhar e agora não faço outra coisa.” “E eu estou a ler um sobre o médio oriente, é fascinante”, disse outro. Ainda antes que um tercei-ro respondesse, intervim: “Eu sabia que não iria ter uma resposta direta à minha pergunta, seus tolos!” Ler é a melhor for-ma de melhorar a nossa técnica; muitos dos problemas que são analisados nos livros também acontecem à mesa. No fim do torneio, perguntei aos mesmos se tinham jogado a mão que é apresen-
Dador: NorteVul: EO
Problema 4488 Dificuldade: fácil
Problema 4489 Dificuldade: difícil
Solução do problema 4486
Solução do problema 4487
NORTE♠ J4♥ J76♦ K10832♣ A107
SUL♠ AQ109653♥ KQ105♦ -♣ 85
OESTE♠ K82♥ A♦ AJ964♣ Q432
ESTE♠ 7♥ 98432♦ Q75♣ KJ96
João Fanha/Luís A.Teixeira ([email protected]) © Alastair Chisholm 2008 and www.indigopuzzles.com
tada hoje e, a resposta foi unânime: “sim, apanhei um cabide”. A forma como car-tearam fora também idêntica, tomaram o Ás de paus do morto e apresentaram o Valete de espadas que deixaram correr para o Rei de Oeste. Oeste fez a vaza e voltou outro pau para o Rei de Este que jogou uma copa para o corte de Oeste…” Se tivessem lido alguma coisa sobre o golpe da tesoura, já saberiam como se podia cumprir esta partida. Tudo o que é preciso fazer é apresentar o Rei de ou-ros à terceira vaza e baldar o último pau da mão! Depois disto a defesa já não te-rá meios para obter o corte a copas, uma vez que as comunicações entre a defesa foram cortadas. Dei ainda o Rei de trun-fo, mas o contrato estava a salvo.”
Considere o seguinte leilão:Oeste Norte Este Sulpasso passo 1♠ passo?
O que marca com a seguinte mão?♠85 ♥QJ2 ♦K10984 ♣A98
Resposta: Depois de passado, e sobre uma abertura em rico, é aconselhá-vel adotar uma convenção de se nome “Drury”. Esta convenção pressupõe o uso da voz de 2 paus para exclusivamen-te perguntar ao parceiro sobre a quali-dade da sua abertura. Por norma esta voz promete uma mão com cerca de 10-11 pontos e fit no naipe rico de abertura. Se ainda não joga esta convenção o me-lhor a fazer é marcar já 3 copas, para não correr o risco de ver o parceiro passar a uma resposta de 2 ouros. Mas, se já joga Drury então a melhor voz é 2 paus.
MeteorologiaVer mais emwww.publico.pt
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | 47
PESSOAS
O tema “Travolta é ou não gay” volta ao debateOs rumores sobre a orientação sexual de John Travolta continuam a gerar debate nos Estados Unidos, depois de supostos casos da homossexualidade do actor terem sido divulgados nos últimos tempos. Travolta ganhou um apoio público que não é assim tão surpreendente, como vamos perceber. Vem de Kirstie Alley (para sempre conhecida pela série Cheer’s), muito próxima do actor, muito por culpa da cientologia. Pois Alley saiu agora em defesa de Travolta numa entrevista dada a Barbara Walters. Travolta e Alley conheceram-se nas filmagens de Look Who’s Talking (1989) e desde aí ficaram muito amigos. Garante ela que Travolta, a quem chama o “maior amor” da sua vida, não é gay e que na altura em que contracenaram teve de fazer tudo para não largar o seu marido e casar com o actor. “Conheço o John. Sei que não é gay. Em Hollywood, se alguém ganha muito dinheiro e é muito famoso e não consome drogas ou não é mulherengo, o que vão dizer sobre essa pessoa!”, disse Kirstie a Walters.
HOJE FAZEM ANOS
Vicente Jorge Silva, jornalista, 67; Joaquim Letria, jornalista, 69; João Mário Grilo, realizador, 54; Edmundo Pedro, dirigente histórico do PS, 94; Alain Delon, actor, 77; Guus Hiddink, treinador, 66; Tara Reid, actriz, 37; Parker Posey, actriz, 44; Bonnie Raitt, cantora, 63; Courtney Thorne-Smith, actriz, 45
TIM CHONG/REUTERS
A culpa foi ou não de Jennifer Lopez?
Revelada canção póstuma de Houston
A actriz e cantora, que há pouco
tempo actuou em Lisboa, está a
ser acusada por uma empregada
de quarto de um hotel alemão
de ter sido responsável pelo seu
despedimento. O episódio terá
acontecido em Outubro e conta a
empregada que Lopez se queixou
ao gerente de lhe ter pedido
um autógrafo. No dia seguinte
foi despedida. A actriz nega:
“Conhecem-me melhor do que isso.
Não se despede ninguém por causa
de um autógrafo.” O site TMZ diz
que houve de facto um problema
num hotel alemão com uma
empregada mas por outras razões.
Ainda não ouvimos a música
(embora os interessados já o
possam fazer), portanto não
podemos dizer se Whitney
Houston estava a preparar um
regresso em grande, fatalmente
interrompido em Fevereiro quando
morreu num hotel em Beverly
Hills, horas antes dos Grammy. A
canção chama-se Never Give Up e
foi ontem revelada: a letra é algo
triste e a música tem uma batida
hip hop. Never Give Up será incluída
no álbum retrospectivo da carreira
de Whitney, que será lançado a 13
de Novembro e vai chamar-se I Will
Always Love You.
Life&StyleVer mais emlifestyle.publico.pt/pessoas
48 | DESPORTO | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
A refundação do ataque do Benfi cafoi obra de Cardozo
O Benfi ca estreou-se a ganhar na
fase de grupos da Liga dos Campe-
ões 2012-13 frente ao Spartak (2-0),
encaixando um milhão de euros e
mantendo vivo o sonho de chegar
aos oitavos-de-fi nal da prova. Car-
dozo entrou para a segunda parte
e resolveu o jogo com dois golos. O
paraguaio podia, no entanto, ter fei-
to outros tantos, tendo até desperdi-
çado um penálti. O que não estava
nos planos “encarnados” era a vitó-
ria do Celtic sobre o Barcelona (2-1),
que baralha um pouco as contas do
Grupo G.
Refundação tem sido um termo
bastante discutido em Portugal. E
que pode ser utilizado para o efeito
que Cardozo teve no ataque do Ben-
fi ca. Após uma primeira parte com
várias oportunidades, mas em que
faltou efi cácia, o paraguaio entrou
para refundar o ataque “encarna-
do”. Rendeu Rodrigo e, em poucos
minutos, deixou a sua marca no jo-
go. Artur esteve em bom nível, res-
pondendo nas ocasiões em que o
Spartak ameaçou a sua baliza.
Os “encarnados” entraram em
campo com vontade de chegar
rapidamente à vantagem. A única
opção para o Benfi ca na Liga dos
Campeões passava por vencer os
russos. Para tal, eram necessários
golos, embora Cardozo — que no
sábado fi zera dois no triunfo (3-0)
sobre o Vitória de Guimarães — te-
nha começado a partida no banco
de suplentes. Jesus preferiu Rodrigo
para fazer dupla com Lima.
Mas a efi cácia do Benfi ca foi nula
na primeira parte. A oportunidade
mais fl agrante esteve nos pés de
Lima e de Salvio — após mais uma
incursão de Melgarejo pela esquer-
da, o paraguaio deu em Lima, que à
meia volta rematou forte para defesa
de Rebrov. Na recarga, Salvio atirou
incrivelmente para fora, desperdi-
çando uma ocasião clara.
O Benfi ca trocava rapidamente a
bola no ataque, com Lima, Rodrigo,
Salvio e Ola John a revelarem bom
entendimento. Mas na altura de vi-
Cardozo foi o homem do jogo ao marcar os dois golos da vitória “encarnada” sobre o Spartak
sar a baliza de Rebrov, faltava ponta-
ria. Aconteceu com Enzo Pérez (24’),
Jardel (31’) ou Rodrigo (40’). Antes,
na sequência de um livre logo no
segundo minuto da partida, Garay
fi cou a milímetros de cabecear para
O avançado paraguaio até começou o jogo no banco de suplentes, mas entrou na segunda parte e fez os dois golos da vitória “encarnada” sobre o Spartak
Crónica de jogo Tiago Pimentel
golo, num lance em que fi cou por
assinalar uma grande penalidade
para os “encarnados”.
Por seu lado, na única vez em que
o Spartak visou a baliza do Benfi ca
no primeiro tempo, Bilyaletdinov
desmarcou-se bem e rematou, mas
Artur correspondeu com uma boa
defesa (13’).
Golo era a palavra-chave. E se
há nome que é sinónimo de golos
para o Benfi ca, esse é Cardozo. O
Benfica 2Cardozo 55’, Cardozo 69’
Spartak Moscovo 0
Positivo/Negativo
Jogo no Estádio no Estádio da Luz, em Lisboa.
Assistência 36.448 espectadores
Benfica Artur, Maxi Pereira (André Gomes, 77’), Jardel, Garay, Melgarejo, André Almeida a29’, Ola John, Enzo Perez, Salvio, Lima (Bruno César, 74’) e Rodrigo (Cardozo , 46’). Treinador Jorge Jesus.
Spartak Moscovo Artem Rebrov a32’, Kirill Kombarov (Jano Ananidze, 62’), Nicolas Pareja a39’ a76’, Insaurralde, Makeev a33’, Rafael Carioca, Kim Kallstrom (Dzyuba, 71’), Bilyaletdinov (Suchý, 79’), Jurado a82’, Dmitri Kombarov e Ari. Treinador Unai Emery.
Árbitro Florian Meyer (Alemanha)
CardozoResolveu o jogo a favor do Benfica, com dois golos. E até podia ter marcado outros dois, mas numa ocasião enviou a bola à trave e noutra, de grande penalidade, viu Rebrov tocar a bola para o ferro da baliza. Após ter feito dois golos ao V. Guimarães, o paraguaio voltou a bisar.
ArturCom três boas defesas, quando o jogo ainda estava 0-0, o guarda-redes manteve a baliza “encarnada” inviolável e foi importante para manter o Benfica na partida.
RodrigoFoi titular, em detrimento de Cardozo, esteve bastante discreto nos 45’ em que esteve em campo, e não admirou que fosse o sacrificado para a entrada de Cardozo.
REACÇÕES
As contas fazem-se no fim e temos de pensar no próximo jogo com o Celtic. Ainda temos uma palavra a dizer em Camp Nou. Está mais difícil, mas não é seguro que o Celtic ganhe o último jogo
Jorge JesusBenfica
CLASSIFICAÇÕESGRUPO E
GRUPO F
GRUPO G4.ª JornadaJuventus-Nordsjaelland 4-0Chelsea-Shakhtar Donetsk 3-2
4.ª JornadaValência-BATE 4-2Bayern Munique-Lille 6-1
4.ª JornadaBenfica-Spartak 2-0Celtic-Barcelona 2-1
J V E D G P
J V E D G P
J V E D G PShakhtar Donetsk 4 2 1 1 7-5 7Chelsea 4 2 1 1 10-6 7Juventus 4 1 3 0 8-4 6Nordsjaelland 4 0 1 3 1-11 1
BATE Borisov 4 2 0 2 8-9 6Bayern Munique 4 3 0 1 10-5 9Valência 4 3 0 1 10-4 9Lille 4 0 0 4 2-12 0
Barcelona 4 3 0 1 8-5 9Celtic 4 2 1 1 6-5 7Benfica 4 1 1 2 3-4 4Spartak Moscovo 4 1 0 3 6-9 3
GRUPO H4.ª JornadaCluj-Galatasaray 1-3Sp. Braga-Manchester United 1-3
J V E D G PManchester United 4 4 0 0 9-4 12Galatasaray 4 1 1 2 4-5 4Cluj 4 1 1 2 5-6 4Sp. Braga 4 1 0 3 5-8 3
o jogo
sus
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | DESPORTO | 49
PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP
paraguaio começou por ver ser-lhe
anulado um golo, por fora-de-jogo
(51’), embora aparentasse estar em
posição legal. Mas aos 55’ não hou-
ve dúvidas: apanhou de surpresa a
defesa russa e, a passe de Melgarejo,
cabeceou para o 1-0.
A partir daí, o Benfi ca sufocou o
Spartak. O denominador comum
foi, claro, Cardozo. Enviou a bola
à trave após um canto (66’), mas
não falhou aos 69’, quando fez o
2-0, com um remate à meia volta.
Depois, o paraguaio foi derrubado
na área por Pareja (que foi expulso),
mas na transformação da grande pe-
nalidade o remate forte foi defendi-
do por Rebrov, com a bola a ainda
tocar na trave.
A primeira vitória na fase de gru-
pos da Liga dos Campeões já não
fugiria ao Benfi ca. O sonho dos oi-
tavos-de-fi nal ainda está vivo. Para
já, os “encarnados” estão obrigados
a vencer a formação escocesa den-
tro de duas semanas. Depois haverá
tempo de pensar em Camp Nou.
9O número de golos que o avançado paraguaio Oscar Cardozo já marcou esta temporada nos dez jogos em que participou.
Manuel Assunção
Sp. Braga teve nova oportunidade para ganhar ao United mas voltou a ter lucro zero
contar aos netos que numa época
marcou três vezes aos red devils —,
mas o United terminou por cima e
deu a volta ao marcador. Os “minho-
tos”, apesar de desta vez não terem
tido vantagem de dois golos, estive-
ram provavelmente até mais perto de
vencer o jogo do que em Inglaterra.
MIGUEL RIOPA/AFP
Em duas semanas, Alan marcou três golos ao Manchester United
A equipa portuguesa esteve a ganhar até ao minuto 80, mas sofreu três golos até ao final do jogo e caiu para o último lugar do Grupo H
O Sporting de Braga esteve bem
mais perto do que o resultado in-
dica de acrescentar um adversário
poderoso à sua lista de vítimas eu-
ropeias, mas pagou caro as falhas
defensivas e as desconcentrações
cometidas na parte fi nal do encon-
tro. O Manchester United marcou
nas três verdadeiras oportunidades
de que dispôs, ganhou em Braga por
1-3 e apurou-se prematuramente pa-
ra os “oitavos”.
A equipa portuguesa, pelo contrá-
rio, caiu para o último lugar do Gru-
po H, mas está ainda bem dentro da
corrida, até porque o resultado do
outro jogo, vencido pelo Galatasaray,
correu a seu favor. Os homens de José
Peseiro têm menos um ponto do que
o clube turco e do que o Cluj.
No Estádio Municipal de Braga
repetiu-se o que se passou em Old
Traff ord há duas semanas: o Braga
começou melhor e adiantou-se por
Alan — que daqui a uns anos poderá
Mas serem melhores durante os pri-
meiros 70/75 minutos não chegou.
O Sp. Braga controlou durante
muito tempo as operações frente a
um adversário quase apurado e que
apareceu em campo com várias al-
terações — incluindo o primeiro jogo
da época para o recuperado Chris
Smalling. E o resumo das oportuni-
dades ajuda a contar a história do
encontro. Éder, lançado pelo activo
Ruben Micael, não estava verdadeira-
mente enquadrado aos 6’ e rematou
mal. Depois, foi o madeirense a rema-
tar para fora, algo que repetiu aos 21’.
Esse lance precedeu a oportunidade
mais clara até o marcador começar a
funcionar na segunda metade: Viana
cruzou e Éder movimentou-se bem
antes de rematar de cabeça ao poste
da baliza defendida por De Gea.
Quanto à formação de Alex Fer-
guson, reservou-se mesmo para os
últimos minutos. Pouco depois do
recomeço, o árbitro Felix Brych con-
siderou que Jonny Evans cometeu
grande penalidade sobre Custódio
e Alan não perdoou. O jogo esteve
interrompido depois alguns minutos
devido a uma falha da iluminação do
estádio, mas foi o Braga que voltou a
criar perigo quando a acção voltou
ao relvado: De Gea defendeu o livre
de Nuno André Coelho e a recarga de
Micael. Após esses lances, Ferguson
lançou Van Persie para a última meia
hora e foi o melhor marcador dos in-
gleses esta época a fazer o empate
num lance com culpa para Beto.
O guarda-redes percebeu que a sua
saída foi precipitada, tentou corrigir
a posição, mas o holandês não per-
doou. O golo dos visitantes surgiu aos
80’, no seu primeiro lance de perigo.
Neste momento, o empate, resultado
que o Sp. Braga nunca teve na fase de
grupos da Liga dos Campeões, não
parecia um mau desfecho, mas até ao
fi nal o Braga viveu um pesadelo. O ár-
bitro entendeu que Coelho fez penál-
ti sobre Rooney, que o próprio inglês,
ontem mais médio do que avançado,
concretizou. Giggs, que tem sozinho
mais jogos na fase de grupos e a eli-
minar da Liga dos Campeões do que
todos os atletas do Braga juntos, este-
ve na origem dos dois golos. E depois
Chicharito, nos descontos, castigou
ainda mais o Braga.
Sporting de Braga 1Alan 49’ (g.p.)
Manchester United 3Robin van Persie 80’, Wayne Rooney 84’ (g.p.), Chicharito 90+2’
Positivo/Negativo
Jogo no Estádio Axa, em Braga.
Espectadores cerca de 20.000
Sp. Braga Beto, Salino, Douglão, Nuno André Coelho, Elderson (Zé Luís, 90+1’), Custódio a70’, Hugo Viana (Mossoró, 86’), Alan, Rúben Micael, Rúben Amorim (Hélder Barbosa, 85’), Éder a66’. Nome a66’ N. Treinador José Peseiro.
Man. United De Gea, Valencia, Smalling a38’, Evans (Rio Ferdinand, 58’), Evra, Giggs, Anderson, Nani (Rafael, 73’), Rooney, Welbeck (Robin van Persie, 64’), Chicharito. Treinador Alex Ferguson.
Árbitro Felix Brych (Alemanha)
GiggsFoi decisivo na reviravolta no marcador. Auxiliou a equipa a pegar no jogo nos últimos minutos e esteve envolvido nos dois primeiros golos.
AlanMais do que pelo golo, voltou a destacar-se pela qualidade técnica e pela inteligência do seu jogo.
BetoUm erro de cálculo do guarda-redes, que até então pouco trabalho tinha tido, ajudou o Manchester United a chegar ao empate.
REACÇÕES
Os jogos definem-se com erros e contra estas equipas eles pagam-se caro. Com estas equipas eles não podem simplesmente acontecer
José PeseiroSp. Braga
50 | DESPORTO | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
Pizarro fez o terceiro hat-trick mais rápido da história da Champions
Claudio Pizarro anotou o terceiro
hat-trick mais rápido da história da
Liga dos Campeões naquela que foi
a jornada mais produtiva desta fase
de grupos (58 golos), mas estes dois
dados acabam por fi car na sombra da
derrota do Barcelona em Glasgow (2-
1), com o Celtic. Os catalães, que não
perdiam desde 30 de Agosto, pare-
cem não ter percebido que as difi cul-
dades sentidas frente aos escoceses
em Camp Nou, há duas semanas, não
foram fruto do acaso.
No fi nal da primeira parte dos oito
jogos de ontem, só as partidas que
envolviam Benfi ca e Sp. Braga tinham
o contador a zero. Por essa altura, o
Bayern de Munique já esmagava o
Lille por 5-0, tornando-se na segunda
equipa a fazer cinco golos em apenas
45’ na Champions — a primeira foi
o Mónaco frente ao Deportivo, em
2003, no célebre 8-3. Na Allianz Are-
na, Pizarro (três golos em 15’) desta-
cava-se dos demais e tornava-se no
segundo jogador não-europeu com
mais golos marcados (46) na história
das provas da UEFA, à frente de Dro-
gba e atrás de Messi.
Na Alemanha, o contador só pa-
raria nos 6-1, deixando o Lille em
frangalhos no Grupo F (zero pontos,
um golo marcados e 12 sofridos), en-
quanto em Espanha, no outro jogo
do grupo, o BATE Borisov via esba-
ter-se o estatuto de sensação com
O Celtic repetiu a estratégia de Camp Nou e desta vez fez cair o Barcelona
nova derrota frente ao Valência,
desta vez por 4-2.
No minuto em que a equipa bie-
lorrussa marcou o seu segundo golo
(Mozolevski, 83’), o Celtic fazia o mes-
mo frente à outra equipa espanhola
em acção. Tony Watt, na sequência
de um pontapé de baliza, colocava os
escoceses na frente por 2-0, tornan-
do quase inevitável a grande surpre-
sa do dia. Isto porque Wanyama, aos
21’, já tinha aproveitado um pontapé
de canto para inaugurar o marcador
em Glasgow. Já depois dos 90’ (e à
imagem do que sucedera em Camp
Nou), o Barça marcou, por Messi, cla-
ro está. Só que, desta vez (há duas
semanas deu a volta ao marcador,
frente ao mesmo adversário, aos
90+4’), não evitou o primeiro desaire
desde a Supertaça espanhola, frente
ao Real Madrid.
Os catalães, que enviaram duas
bolas ao poste e tiveram sempre o
domínio das operações, compro-
varam que o seu futebol de fi ligra-
na não resiste a tudo. E que até um
adversário bem mais modesto, que
aposta nas bolas paradas e no poder
físico da sua linha defensiva, é capaz
de fazer mossa. Resultado? O Barça,
agora a dois pontos do Celtic, vê-se
obrigado a adiar o apuramento para
os oitavos-de-fi nal.
Por confi rmar está também a qua-
lifi cação no Grupo E, com o Chelsea
a baralhar as contas, ao vencer o
Shakhtar. Torres, aos 5’, apontou
o golo mais rápido da sua carreira
na Champions (e provavelmente o
mais esquisito, já que um alívio do
guarda-redes encontrou a sua perna
direita pelo caminho) num jogo com
cinco golos (3-2) e os blues igualaram
os ucranianos, com sete pontos. Mais
do que a Juventus, que goleou o Nor-
dsjaelland por 4-0.
Liga dos CampeõesNuno Sousa
Derrota dos catalães foi a grande surpresa da jornada com mais golos desta edição. Pizarro foi a figura da noite em Munique
MICHAEL DALDER/REUTERS
RUI GAUDÊNCIO
Vercauteren pode vir a mudar a forma como o Sporting costuma jogar
Há um ano, o Sporting era a primei-
ra equipa participante na Liga Euro-
pa a qualifi car-se para a fase seguin-
te, depois de três vitórias nos três
primeiros jogos. E haveria de seguir
até às meias-fi nais, onde foi afastado
pelo Athletic de Bilbau. Esses eram
os tempos da bonança, em que Do-
mingos Paciência era um treinador
incontestado e a equipa somava
bons resultados e boas exibições.
Longe do Sporting que se apresenta
hoje, em Alvalade, frente ao Genk, a
lutar para se manter em prova. Uma
equipa em crise profunda, a experi-
mentar o seu terceiro treinador na
época, e que tem apenas duas vitó-
rias em 14 jogos, não ganhando há
sete partidas.
Depois da estreia com uma der-
rota em Setúbal, frente ao Vitória,
Franky Vercauteren cumpre o seu
segundo jogo no banco “leonino”
e vai defrontar um adversário que
conhece bem e com quem já foi
campeão. Se, para o encontro pa-
ra o Bonfi m, o belga não prometeu
uma revolução, para defrontar os
seus compatriotas Vercauteren já
admite mudar mais coisas, desde os
titulares até ao sistema táctico. “É
possível [que mude os jogadores],
mas isso não quer dizer que quem
fez um mau jogo tenha de sair, nem
que quem tenha feito um bom jogo
tenha de fi car. Penso, eventualmen-
te, em mudanças tácticas, mas será
algo que veremos amanhã [hoje].
Mas o 4x4x2 não é, necessariamen-
te, mais ofensivo do que o 4x3x3”,
referiu o técnico belga.
No fi nal do jogo do Bonfi m, o bel-
ga lançou algumas críticas aos seus
jogadores, referindo que tinha fi ca-
do “desapontado com a qualidade
de alguns” e, ontem, repetiu essa
frase, mas acrescentando que as
críticas não eram dirigidas a toda a
equipa. “Nunca disse que não esta-
va satisfeito com a equipa, mas sim
com a qualidade de alguns jogado-
res. Agora, devemos procurar as
razões para essa menor qualidade,
razões que, muitas vezes, não estão
à vista de todos”, referiu o belga.
Hoje, o Sporting joga a sua conti-
nuidade na Liga Europa, onde tem
A primeira missãode Vercauteren é mantero Sporting vivo na Liga Europa
Futebol Marco Vaza
Jeffren sofreu uma entorse no joelho esquerdo e não defronta hoje o Genk. “Leões” precisamde ganhar
Sporting 4-4-2
Genk 4-4-2
InsuaRojoXandãoCédric
Rui Patrício
Van Hout
Gorius
Plet
FernándezKoulibalyNadson
Hamalainen
BuffelMonrose
Elias
Viola
Labyad
Estádio José AlvaladeLisboa
Árbitro: S. Johannesson Suécia
20h00SIC
Schaars
Wolfswinkel
Capel
Ngongca
Vossen
nha sido contratado quando o Spor-
ting perdeu na Bélgica e assistiu ao
jogo na bancada, considerando que
a sua ex-equipa nem esteve particu-
larmente bem. “O Genk não jogou
por aí além, mas soube explorar a
superioridade numérica. O Sporting
conseguiu incomodar o Genk, pelo
que houve um certo equilíbrio. Va-
mos tentar potenciar os melhores
momentos e minimizar os maus”,
referiu.
Indisponível para Vercauteren
estará Jeff ren. O extremo espanhol
que marcou o golo do Sporting ao
Vitória sofreu uma entorse no joelho
esquerdo e será submetido a uma
nova avaliação nos próximos dias.
Em comunicado, a SAD sportinguis-
ta fala de “uma violenta entrada do
adversário” sobre o antigo jogador
do Barcelona que “não mereceu
qualquer tipo de admoestação”
por parte do árbitro Paulo Baptista
e admite não deixar o caso fi car por
aqui. De regresso aos eleitos estão
Carrillo e André Martins, e foram
incluídos Betinho, Tiago Ilori e Ví-
tor Golas, da equipa B, enquanto
de fora fi cam ainda os lesionados
Arias, Pereirinha, Carriço e Pranjic
e o castigado Boulahrouz, expulso
no último jogo.
tido uma carreira muito abaixo do
esperado. Os “leões” ocupam o úl-
timo lugar do Grupo G, com apenas
um ponto em três jogos, depois de
um empate em casa com o Basileia
(0-0) e derrotas fora com o Videoton
(3-0) e Genk (2-1). Vercauteren já ti-
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | DESPORTO | 51
Atlético em Coimbra com Tiago e Sílvio
Pedro Emanuel não acredita em facilidades
O Atlético de Madrid volta esta tarde (18h, SP-TV1) a defrontar a Académica sem as suas principais figuras
— Falcao, Arda Turan, Cristian Rodríguez ou Diego Costa não viajaram com a equipa — mas o treinador da Académica, Pedro Emanuel, não acredita que isso facilite o jogo para a sua equipa. “O Atlético não vem relaxar porque necessita de, pelo menos, mais um ponto para carimbar a passagem. Tenho quase a certeza absoluta que uma equipa que defende o título de campeão da Liga Europa vem para vencer”, sublinhou o técnico. Há duas semanas, na capital espanhola, a formação conimbricense saiu derrotada pela margem mínima (1-2). O objectivo agora é fazer melhor: os jogadores têm de ser “competitivos e estar mais do que concentrados”, para a equipa tentar “conquistar
pontos”, sublinhou Pedro Emanuel. O treinador da Académica pode contar com os defesas João Real e Reiner Ferreira, que falharam os últimos jogos por lesão. Diego Simeone traz a Coimbra os portugueses Tiago e Sílvio, para além de cinco futebolistas dos escalões de formação. Os colchoneros pretendem ampliar a série vitoriosa que se prolonga há 16 partidas nas provas europeias. No que diz respeito à Liga espanhola, o Atlético atrasou-se em relação ao líder Barcelona, ao perder (0-2) no sábado, na visita ao Valência. T.P.
Marítimo em Bordéus para sair do buraco
Pedro Martins quer reacção à goleada no Dragão
Agoleada sofrida pelo Marítimo no Estádio do Dragão, para o campeonato, no último
fim-de-semana (0-5), não vai influenciar negativamente o futebol da equipa madeirense no jogo da Liga Europa com o Bordéus, em França. Essa é, pelo menos, a convicção do treinador maritimista.
“Vamos dar resposta, não tenho dúvidas disso. Sabemos o que temos de fazer. Este grupo é trabalhador e enche-me de orgulho. O FC Porto é passado. Sabemos onde errámos”, afirmou Pedro Martins, na conferência de imprensa de lançamento da partida da quarta jornada do Grupo D da Liga Europa.
O técnico dos madeirenses, que ocupam a última posição do grupo, com apenas dois pontos, tenta retirar a carga decisiva
que a partida pode assumir para os insulares, mas acabou por confessar: “Este é um jogo importante, mas não decisivo. Ou melhor, se perdermos, é decisivo. Caso contrário, fica tudo na mesma”, observou Pedro Martins.
O treinador deixou ainda a garantia de que não vai promover alterações no esquema táctico do Marítimo, recusando a ideia de uma atitude mais defensiva no compromisso europeu, na sequência da derrota sofrida no Estádio do Dragão.
Na segunda jornada do Grupo A do
Barclays ATP World Tour Finals, No-
vak Djokovic ganhou uma importan-
te batalha, mas Andy Murray ainda
não perdeu a guerra. Pelo menos
por enquanto, já que a vitória do es-
cocês na ronda inaugural da fase de
grupos dá-lhe bastantes esperanças
de se manter em prova no fi m-de-
semana. Djokovic venceu, por 4-6,
6-3 e 7-5, um encontro em que este-
ve mais em jogo do que uma simples
ronda do round robin: o ascendente
entre dois grandes rivais.
“Outro grande encontro, outra
grande exibição de ambos. Foi equi-
librado até ao último ponto. Temos
uma grande rivalidade que, espero,
se desenvolva ainda mais no futu-
ro”, afi rmou Djokovic, após a quarta
vitória em sete duelos com o escocês
este ano (10-7 na carreira). Os núme-
ros confi rmam o equilíbrio: o líder
do ranking somou 23 winners e co-
meteu 40 erros não forçados; Mur-
ray assinou 28 pancadas ganhantes
e 44 erros directos.
Com o prolongamento do encon-
tro por duas horas e 45 minutos, o
confronto tornou-se mais físico e
Djokovic sentiu-se mais confortável
— ganhou 15 dos 18 encontros em
três sets —, não revelando os pro-
blemas físicos que foram levantados
quando perdeu com Sam Querrey
na estreia, em Paris Bercy.
Djokovic bate rival e Murray terá de vencer Tsonga para se manter no Masters
Murray começou muito bem e,
animado por um break de entra-
da, dominou o set inicial, onde não
deu qualquer oportunidade ao ad-
versário de lhe quebrar o serviço.
Essa ocasião viria a surgir a meio
da segunda partida e Djokovic não
desperdiçou, passando para 4-2 e
retomando a solidez que lhe é re-
conhecida.
A inconsistência de Murray cus-
tou-lhe a perda do serviço no tercei-
ro jogo do set decisivo, mas, quando
viu que o encontro se aproximava
do fi m, alimentou-se da energia dos
adeptos para recuperar o break (4-4)
e, depois, passar a liderar por 5-4.
Mas quando voltou a servir, o esco-
cês já não mostrou a mesma efi cá-
cia. Murray ainda reagiu e dispôs de
duas oportunidades de igualar (15-
40), só que o sérvio serviu bem e, no
primeiro match-point, ganhou um
ponto mais longo, quando a bola do
escocês saiu demasiado comprida.
“Os derradeiros dois minutos do
encontro foram os decisivos. Ele
‘quebrou-me’ a 15-40 e, depois, eu
tive 15-40 no jogo seguinte e não fi z
o break”, resumiu Murray, que con-
tou com o apoio incondicional dos
20 mil compatriotas que encheram
a Arena O2. A adesão dos adeptos
tem sido tão grande que a ATP anun-
ciou que o Masters se vai manter em
Londres por mais dois anos, ou seja,
até 2015. A confi rmar o sucesso do
evento junto do público inglês estão
as 750 mil entradas contabilizadas
nas três últimas edições.
Murray terá de ganhar a Jo-Wil-
fred Tsonga, amanhã, para asse-
gurar um lugar nas meias-fi nais do
torneio. Ontem à noite, Tsonga (8.º
no ranking ATP) somou a segunda
derrota, ao perder com Tomas Ber-
dych (6.º): 7-5, 3-6 e 6-1.
Ténis Pedro Keul
O líder do ranking somou a segunda vitória no torneio, mas os semifinalistas do Grupo A só serão conhecidos amanhã
Djokovic aproveitou com eficácia a inconsistência de Murray
GLYN KIRK/AFP
Breves
Fórmula 1
Futsal
Xadrez
O Red Bull de Félixda Costa foi o mais veloz em Abu Dhabi
Portugal defrontao Paraguai nosoitavos-de-final
Ivanchuk estreia-se com vitória no torneio dos Reis
O português António Félix da Costa foi o piloto mais rápido no segundo dia de testes com a equipa de Fórmula 1 Red Bull, no circuito Yas Marina, em Abu Dhabi. Félix da Costa realizou 62 voltas ao circuito e foi 0,5 segundos mais rápido que o britânico Oliver Turvey (McLaren). Sobre o seu futuro próximo, o português afirmou: “Creio que isso deverá significar uma temporada completa na World Series by Renault 3.5 no ano que vem”.
A selecção portuguesa de futsal perdeu com o Brasil (3-1), mas este resultado não inviabilizou a qualificação para os oitavos-de-final do Campeonato do Mundo, na Tailândia. No jogo da terceira jornada do grupo C, o golo português foi apontado por Cardinal (14’). Portugal vai, agora, defrontar o Paraguai (domingo, RTP2, 8h52), mas sem o guarda-redes João Benedito, que foi expulso no decorrer do jogo com o Brasil.
Arrancou ontem em Bucareste a 6.ª edição do torneio dos Reis, agora com quatro participantes em vez dos habituais seis. Na jornada de abertura, Veselin Topalov esteve perto de vencer Fabiano Caruana, mas uma imprecisão permitiu que o italiano conseguisse contrajogo suficiente para garantir a igualdade. Já Vassily Ivanchuk superiorizou-se ao romeno Liviu Dieter Nisipeanu.
52 | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
ESPAÇOPÚBLICO
EDITORIAL
O mundo continua a ter um Presidente
Barack Obama conseguiu ser reeleito
após uma campanha muito dura e um
primeiro mandato particularmente
difícil. Mas os “próximos quatro
anos”, que o Presidente antecipa
como os melhores da sua presidência,
poderão ser bem mais problemáticos do
que os primeiros. Isto, porque, apesar de
a economia americana estar a recuperar,
o risco do “precipício fi scal” e a ameaça
de um permanente boicote da acção do
Presidente por um Congresso hostil poderão
manter a América bloqueada. Isso seria um
desastre para uma presidência que Barack
Obama projectava há quatro anos como
transformadora, mas que poderá continuar
a ser minada pela disfuncionalidade do
sistema político americano. No seu discurso
de vitória, o Presidente reeleito enfrentou
Os próximos anos da presidência de Obama poderão vir a ser mais difíceis do que os primeiros
esta questão. Vai ser preciso negociar com
os republicanos, mas o problema é saber o
que é que os republicanos estão disponíveis
para negociar. E isso dependerá, em boa
parte, da forma como a derrota de Mitt
Romney for digerida.
Ora, se há uma leitura a fazer da vitória
de Barack Obama é que esta signifi cou
que uma parte signifi cativa do eleitorado
aprovou as políticas do Presidente. Apesar
de ser geralmente retratado como uma
“desilusão”, no primeiro mandato de Obama
foi possível travar o descalabro fi nanceiro
e pôr a economia crescer, reposicionar a
imagem internacional dos EUA e aprovar
o plano de saúde prometido em 2008,
ainda que com bastantes transformações.
Porém, o desemprego e a inquietação dos
americanos quanto ao futuro do país teriam,
a priori, sido sufi cientes para impedir a
reeleição. Se isso não aconteceu, foi por
causa do extraordinário talento político de
Obama.
O Presidente que queria mudar
Washington e acabar com as guerras
partidárias fi cou prisioneiro de Washington
e dessas guerras, que nem sempre travou
da melhor forma. A imagem do candidato
que prometia a mudança fi cou abalada
por esses confl itos. Mas a reeleição mostra
que uma das transformações que Obama
representou em 2008 é duradoura.
O Presidente foi reeleito com o apoio
esmagador dos hispânicos, dos negros,
das mulheres e dos jovens, a mesma
coligação que o apoiara há quatro anos.
Isso signifi ca que há uma América pós-
branca que reiterou o seu peso, ao mesmo
tempo que os republicanos fi caram de
novo prisioneitros do eleitorado branco
mais conservador. Há uma América mais
diversa e tolerante que se afi rma através
desta coligação e de Barack Obama.
Um triunfo de Mitt Romney teria sido, a
vários níveis, um retrocesso da América,
tanto no plano interno como no externo.
Mas é tanto pelo que representa no plano
interno, como no externo que o Presidente
Obama pode continuar a ser o presidente
do mundo. Falta saber se os EUA estão
interessados em que ele seja também o
seu presidente. Disso depende o que a
América poderá vir a ser no mundo e o que
o mundo pode esperar da América.
Os artigos publicados nesta secção respeitam a norma ortográfica escolhida pelos autores
CARTAS À DIRECTORA
Os fundos da Segurança SocialÉ incrível que o Fundo de
Estabilização Financeira da
Segurança Social, o qual devia
garantir o pagamento das
pensões de todos que para ele
descontaram toda a vida, tenha
sido usado para irrefl etidos “jogos
de bolsa”, que põem em grande
risco a sua sustentabilidade.
Em 2010 o Fundo perdeu 400
milhões de euros em bolsa. Em
2011 perderam-se 1500 milhões!
Como será em 2012, já no fi m?
Trata-se de dinheiro
proveniente dos descontos dos
trabalhadores e empresas e que
está aos cuidados dos responsáveis
do FEFSS, para que o giram da
forma mais segura.
O facto de o aplicarem em ações
bolsistas e numa época de crise
aguda, que vem de 2007, com
enormes fl utuações e perdas, não
As cartas destinadas a esta secção
devem indicar o nome e a morada
do autor, bem como um número
telefónico de contacto. O PÚBLICO
reserva-se o direito de seleccionar
e eventualmente reduzir os textos
não solicitados e não prestará
informação postal sobre eles.
Email: [email protected]
Contactos do provedor do Leitor
Email: [email protected]
Telefone: 210 111 000
dando portanto qualquer garantia
de êxito nessas aplicações, é
extremamente grave.
Tão grave que os responsáveis
por tais atos de poder deviam ser
levados à Justiça, por andarem a
dispor levianamente de valores
que não são seus.
António Catita, Lisboa
Vivemos sob assistência financeira
“Vivemos sob assistência
fi nanceira.” Esta a frase dita e
repetida com certa eloquência
pelos políticos do sistema.
Provavelmente estes senhores
pretendem colocar qualquer
português como cúmplice das
irresponsabilidades eleitoralistas
dos seus congéneres. Contudo,
quem incentiva o diálogo com
essas criaturas como pretensa
de algo de interesse e qualidade
acaba como causar a náusea
a quem procura a verdadeira
informação. Como não bastasse,
de facto, vivermos muito abaixo
da dignidade que realmente se
merece, ainda temos de ouvir
estes coveiros do regime que se
passeiam impunes na terra que
amortalharam.
Quem desenvolveu uma
vivência honrada e de trabalho
pode, por desventuras, não
partilhar a tranquilidade que na
realidade devia usufruir, mas
nunca se deverá calar perante
a mumifi cação dos que lhe
provocaram insónias e maleitas.
Gens Ramos, Porto
Ai aguenta, aguenta
O doutor Fernando Ulrich
declarou recentemente para
responder a uma espécie de
dúvida metódica: “O país
aguenta mais austeridade?...
Ai, aguenta, aguenta.” Como
calculo que o dr. Ulrich esteja
a falar da sua própria condição
e esteja preparado para perder
o emprego, fi car sem casa (se
calhar em favor do seu próprio
banco, o benemérito BPI),
tirar os fi lhos da Católica (ou
coisa que o valha), começar
a pernoitar e a tomar duche
nos albergues nocturnos e as
refeições nas “cantinas sociais”
do ministro Mota Soares, sugiro-
lhe graciosamente uma “dica”
de marketing promocional que
lhe irá poupar os custos de ter de
recorrer a mais alguma agência
de publicidade: mande pintar, a
cor de laranja forte, nas montras
das agências do BPI a famosa
frase: “Ai, aguenta, aguenta!” Vai
ver que também não terá custos
de execução da empreitada,
mão-de-obra em regime de
voluntariado não deverá faltar.
António José Carvalho Ferreira,
Barreiro
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | 53
Angela-de-Neve e o Gaspar-anão
Angela Merkel visita Portugal
na próxima 2.ª feira. Vai-lhe
ser inevitável a sensação de
visitar um país transformado
num quase-protetorado,
isto é, governado apenas em
aparência por um governo que
legisla em função de interesses
que não são os nacionais e de
instruções que têm origem
noutro sítio. Bem pode o ministro Gaspar
mostrar-se ofendido com referências
que lhe foram feitas no Parlamento neste
sentido na 3.ª feira passada. Ele conhece
melhor do que ninguém o processo de
tomada de decisão da política económica
em Portugal nos dias de hoje, onde têm
origem cada uma das medidas desgraçadas
que nos tem imposto. E não é em Lisboa e
em nenhum ponto da geografi a portuguesa.
Claro que não discuto que Gaspar e
Passos (e o governo todo e os banqueiros,
supõe-se) se identifi cam com os objetivos
fi nais desta devastação social e económica
que estão a fazer, com este darwinismo
social que despeja os jovens mais criativos
para fora do país, deixa morrer velhos sem
assistência e empresas cujo negócio foi
esmagado pela nova pobreza, remete 800
mil portugueses a um desemprego vitalício e
a formas de pobreza que não se conheciam
desde os anos 60. Não há nada pior do
que deixar chegar ao poder académicos
autoconvencidos da excelência das suas
teses de economia neoliberal ortodoxa,
misturados com dirigentes políticos jotistas,
de cultura científi ca abaixo de mínimos, uns
e outros sem qualquer experiência (nem
sequer sensibilidade) da economia real do
cidadão comum. Se este morrer da cura
que os gaspares e os passos deste mundo
lhe querem inocular, paciência: é porque
estava escrito nos insondáveis mecanismos
do infalível mercado! No fi nal do processo,
dizem eles, o país sairá depurado, mais forte,
mais saudável. Pura eugenia económica!
O problema não é tanto que Gaspar, qual
estudante marrão, governe para conseguir
um 18 do ministro das Finanças alemão, ou
o sinistro elogio que o predador faz à presa,
e se comporte como um pobre Pétain da
economia portuguesa. O problema é que,
tal como o velho marechal que liderou um
governo de opereta que fi ngia governar a
França enquanto o país estava ocupado
pelas tropas de Hitler, estas fi guras sentem
uma indisfarçável admiração pelo ocupante.
E que visão as elites (sociais, económicas,
académicas) portuguesas têm da Alemanha,
desse Estado que se tem arrogado a
defi nição do essencial das políticas de
austeridade europeia? Os portugueses
ricos e poderosos mostraram-se sempre,
por comparação com os demais casos
da Europa Ocidental, estar mais isolados
no conjunto da sociedade já que foram
forçados menos vezes, e por períodos
muito curtos (a Revolução de 1974-75, por
exemplo), a partilhar as componentes
essenciais do seu poder (cultural, político,
económico). A burguesia portuguesa é mais
estrangeirada que outras, não tanto porque
o país é pequeno e lhe parece demasiado
pequeno para as suas ambições, mas porque
ela própria é estrangeira no seu país. Numa
sociedade onde se procurou quase sempre
importar a mudança, a descrição que ao
longo dos últimos 250 anos as elites fi zeram
das realidades estrangeiras consideradas
superiores foi também sempre a formulação
de uma vontade de ser como o estrangeiro.
E são bastante risíveis os estereótipos sobre
a Alemanha e os alemães que se divulgaram
entre nós, que alimentam a imaginação de
muitos em todo o mundo e que, insisto,
não passam, como todos os estereótipos,
de puras construções em que se espelham
os seus próprios autores. Eça de Queirós,
em 1888, via ”a disciplina [prussiana] de
quartel militarizando tudo, desde a escola
às gares, uniformizando o Alemão no corpo
e na alma”, e pouco depois, em 1894/95,
Jaime Moniz e João Franco impunham o
Alemão como língua obrigatória no Liceu
em consonância com o “lugar cimeiro da
Alemanha na indústria e no desenvolvimento
tecnológico e científi co”. Nas duas guerras
mundiais, o essencial das direitas, em
Portugal como em grande parte do mundo,
tomaram o partido da Alemanha, não tanto
daquela (a imperial de 14-18, a nazi de 39-45)
que, de facto, existia, mas daquela em que
elas se sentiam refl etidas – a que desafi ara a
“arrogância britânica” e a “maçónica França”
em 14 e em 39, mas sobretudo aquela que
laboriosamente
renascera das cinzas
de 1919, recuperara a
“dignidade nacional”
(a expressão é
omnipresente neste
discurso) e se lançara
na luta de morte
contra o comunismo
com o ataque à
União Soviética
em 1941. Em 1942,
Armindo Monteiro
(embaixador
em Londres)
não hesitava em
descrever as “classes
altas” e “cultas”
portuguesas
como cheias de
“apaixonados
partidários da
Alemanha”, muitos dos quais “o são apenas
por suporem – embora erradamente”, achava
ele, “que a sua atitude agrada ao Governo”.
Em 1941, Tovar de Lemos, o embaixador
que Salazar enviara para Berlim, escrevia
ao seu chefe: “Difi cilmente se encontrará
na Europa outro país que apresente em
relação à Alemanha tamanha similitude de
instituições, de princípios de governação
e de ideologias políticas e sociais, como o
nosso.” Hoje, a vontade de copiar o melhor
da turma não parece ter mudado.
Historiador. Escreve quinzenalmente à quinta-feira
São bastante risíveis os estereótipos sobre a Alemanha que se divulgaram entre nós
Manuel Loff Pelo contrário
Subcultura sinistra
No PÚBLICO de anteontem, a
reportagem de Clara Barata
contava que “a BBC confi rmou
que 20 funcionários actuais
da estação estão a ser alvo de
uma investigação interna por
denúncias de abusos sexuais”. O
pior é que a cultura pedofi líaca
não começou com Saville nos
anos 60. Na BBC começou com
com os responsáveis pela programação
infantil da BBC, havendo até um
apartamento ao virar da esquina para onde
pelo menos três locutores famosos levavam
crianças para abusá-las sexualmente.
Os factos e os nomes, devidamente
referenciados, não vêm de um tablóide ou
de uma revista sensacional mas numa longa
reportagem de Andrew O’Hagan publicada
no mais recente London Review of Books. É,
de longe, a peça mais chocante que li desde
que rebentou o escândalo Saville.
Por sorte, está disponível na íntegra na
net. Gugle o acrónimo da revista e o título
da peça (“lrb light entertainment”) que vai
logo lá ter. Prepare-se para tremer.
O que está a ser exposto e vai ser cada
vez mais investigado e descoberto não
é apenas a pedofi lia de muitas pessoas
famosas e poderosas, nem tão-pouco a
existência de redes de pedofi lia: é uma
cultura de complacência para com a
pedofi lia, por parte de quem sabia e nada
fez, naquele terrível encolher de ombros
de “ele ser mesmo assim, o que é que se
há-de fazer?” ou até na forma igualmente
perigosa do “não quero saber”.
Há muita gente que vai ter de responder
pelo que fez – e não fez. Há uma sinistra
subcultura por revelar.
Miguel Esteves CardosoAinda ontem
BARTOON LUÍS AFONSO
54 | PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012
É hoje raro encontrar na Europa uma figura política com o talento, a densidade e a preparação de Obama
Obama versus Romney – ganhou a inteligência crítica e exigente
Francisco Assis
1..No rescaldo do primeiro deba-
te que opôs Obama a Romney
os analistas e comentadores
políticos norte-americanos,
confrontados com a apreciação
relativamente consensual de que
a prestação do Presidente havia
sido inferior à do seu challenger,
colocaram a si próprios a seguin-
te questão: será que este homem,
Barak Obama, reconhecidamente genial a
discursar, não consegue estar ao mesmo
nível a argumentar? Estará ele destinado a
brilhar quando se dirige ao Congresso e às
multidões e condenado a desiludir nos mo-
mentos em que se confronta directamente
com um adversário? A questão era, então,
pertinente.
Por essa mesma ocasião o The New
Republic publicou um artigo, assinado por
Walter Kirn, de uma lucidez excepcional
na abordagem da disputa presidencial
norte-americana. Nesse texto Kirn
colocava o confronto entre Obama e
Romney num plano mais profundo do
que o da contraposição de duas visões
claramente diferentes no domínio político,
projectando-o para uma outra dimensão
que identifi cava com um choque entre
perfi s intelectuais diversos e sensibilidades
incompatíveis. Obama, nessa perspectiva,
seria o homem da conotação, da
ambiguidade e da complexidade, alguém
consciente da necessidade de não nos
deixarmos iludir pela aparente simplicidade
das coisas. Romney, pelo contrário, falaria
com a precisão simples de um homem
acostumado a olhar para o mundo através
dos balanços das empresas. O Presidente
americano ter-se-ia instruído pela via da
leitura dos livros e tenderia a valorizar
as suas faculdades interpretativas; o
candidato republicano, com uma educação
mais associada ao culto dos números,
propenderia a cultivar um raciocínio mais
analítico. Nesta perspectiva o confronto
presidencial americano não se limitaria a
uma mera contenda política, antes remeteria
para um confronto mais radical ao nível do
pensamento e da própria linguagem.
Após a leitura deste artigo era possível
lançar um outro olhar sobre o debate
de Denver. Obama estava cansado,
pouco concentrado, e Romney revelou
indiscutíveis qualidades de argumentação.
Isso não era, contudo, o mais importante.
A verdadeira questão era outra: consistia
em saber se a inteligência íntegra e exigente
de Obama poderia, no contexto de uma
discussão eleitoral, impor-se ao simplismo
conceptual deliberadamente escolhido
pelo seu oponente. A partir de então, e por
mérito desta subtil análise, passou a ser
possível perspectivar esta batalha como
um confronto entre a complexidade, a
compreensão densa
da sociedade, da
economia e da
política, por um
lado, e a opção por
um discurso assente
no enaltecimento
do senso comum e
no elogio das falsas
evidências, por
outro. Ao projectar-
se para este plano
a discussão atingiu
contornos quase
universais – numa
democracia, em
tempos de crise
económica e
social, um discurso
que não ilude a
complexidade
dos problemas
e das soluções
possíveis poderá
suscitar os favores
do eleitorado em
detrimento de uma
retórica superfi cial
que quase se limita
a parasitar os
lugares comuns? Até
anteontem a dúvida
persistia.
A vitória de Obama, a todos os títulos
inteiramente merecida por razões que vão
desde a economia interna até à política
externa, comporta ainda este aspecto não
despiciendo – ganhou a inteligência crítica
e exigente. É verdade que o Presidente
reeleito recorreu nalguns momentos à
utilização de um discurso negativo não
inteiramente desprovido de alguma
pequena dose de demagogia. No essencial,
porém, Obama revelou uma intransigência
exemplar na afi rmação de um discurso
político assente na recusa da facilidade, do
consenso mirífi co e da adesão acrítica a um
certo mainstream. Que com esse discurso
ele tenha ganho é algo que só prestigia a
sociedade norte-americana. É hoje raro,
se não mesmo impossível, encontrar na
Europa uma fi gura política com o talento,
a densidade e a preparação de Barak
Obama. A sua mistura de realismo e de
idealismo, no fundo tão característica dos
mais fecundos mitos fundadores da cultura
política norte-americana, permite-nos
continuar a admitir a possibilidade de uma
acção política situada para além dos limites
estabelecidos entre a inocência pueril e o
cinismo senil. Obama é a prova de que em
política e em democracia a inteligência não
tem que se metamorfosear em estultícia
para suscitar os favores da opinião pública.
A América, esse estranho lugar, continua,
afi nal de contas, a ser o espaço onde se
abatem fronteiras. Sempre que assim
acontece a Europa fi ca um pouco mais
velha. Esperemos que o nosso continente
não morra de decrepitude.
2. A cena ocorreu na semana passada na
Assembleia da República. Um venerando
juiz, Presidente da Associação que
A América, esse estranho lugar, continua, afinal de contas, a ser o espaço onde se abatem fronteiras. Sempre que assim acontece a Europa fica um pouco mais velha
Deputado (PS). Escreve à quinta-feira
supostamente representa a corporação
respectiva, produziu, com a transparência
que o despudor permite, uma das mais
extraordinárias afi rmações dos últimos
tempos: os juízes deste país, abaixo de
uma certa remuneração, felizmente não
publicamente quantifi cada, tornam-se
permeáveis à corrupção. No entendimento
deste senhor, a integridade moral e
profi ssional dos nossos juízes depende
do montante do salário que auferem.
Numa sociedade sã esta declaração seria
intolerável. Aqui parece não ser. A justiça
está doente e essa doença prejudica o país
em geral. Agora que se fala numa revisão
constitucional por outros motivos talvez se
deva colocar a questão de saber se não é
precisamente no âmbito da justiça que ela
mais se justifi ca.
3. Os polícias manifestaram-se esta
semana em frente à Assembleia da
República. Usaram uma linguagem boçal,
malcriada e imprópria das funções que
desempenham. Foram claramente longe de
mais. Não têm a mais pequena legitimidade
para ameaçar o nosso regime político. Haja
decoro e vergonha.
4. O ministro das Finanças teve razão
ao condenar alguma da linguagem que se
utiliza hoje na Assembleia da República. Há
quem pense que está a atacar o Governo
quando, na verdade, está a pôr em causa os
fundamentos da nossa democracia.
5. Luis Filipe Menezes ainda acredita
que o próximo presidente da Câmara do
Porto poderá vir a ser um vice-rei do Norte.
Está enganado. Os tempos mudaram. Não
haverá um novo Fernando Gomes.
LARRY DOWNING/REUTERS
PÚBLICO, QUI 8 NOV 2012 | 55
DANIEL ROCHA
Nuno Morais Sarmento versus Relvas:refundar a RTP ou reafundar a RTP?
A entrevista de Nuno Morais
Sarmento à RTP foi a peça
que faltava no puzzle que tem
sido e continua a ser o dossier
RTP. Pela experiência que teve
enquanto ministro da tutela
durante os consulados de
Durão Barroso e Santana Lopes,
N.M.S. tornou-se uma voz
incontornável e, por isso, o seu
silêncio durante mais de um ano tornava-se
embaraçoso – até para o próprio.
A verdade é que, quando há 11 anos tomou
posse, N.M.S. começou por falar da RTP
exactamente como Relvas: a RTP esbanjava
o dinheiro dos contribuintes, ninguém
sabia o que era o serviço público (SP), era
preciso fechar um dos canais; e, também ele,
começou por nomear um grupo de trabalho
(onde já fi gurava o inevitável Nuno Cintra
Torres) e provocou um levantamento cívico,
quando anunciou as suas intenções.
Quando saiu, porém, depois de feito um
caminho onde foi aprendendo à sua custa a
importância da existência de um operador
público, N.M.S. tinha feito um percurso
exemplar e tornara-se o melhor ministro da
tutela dos últimos 20 anos: acabou por salvar
a RTP (que acumulara dívidas colossais,
fruto de erros irresponsáveis de governos
anteriores) do risco de bancarrota; juntou a
rádio e a TV numa única empresa, mudou-
as para as actuais instalações, repôs a taxa,
reduziu os custos e permitiu que a RTP
voltasse a ser viável, credível e uma estação
de referência para os portugueses, além de
um regulador para os próprios privados.
Era, por isso, indispensável saber o que
pensava N.M.S. das medidas que o Governo
tem anunciado, medidas erráticas, sem
nexo e sem outra lógica que não seja a de
aplicar à RTP a sua agenda ideológica: retirar
o Estado dos últimos sectores estratégicos
da economia e privar os portugueses dos
poucos instrumentos de soberania que
nos restam, como são os transportes, as
águas e a televisão. Pela sua importância,
é importante relembrar o que disse N.M.S.
— e nenhum dos defensores do SP de rádio
e televisão diria melhor. Aqui vão uns
extractos, “para memória futura”:
“Um dos erros do Governo é olhar para a
RTP como olhou para a REN e para a EDP,
com os mesmos advisers e segundo a mesma
lógica economicista. A questão é que a EDP
e a REN não estão na Constituição, mas o
serviço público de rádio e TV está. Quando
falamos na RTP, antes da sua equação
económica, é a missão de SP que aqui está
em causa. E aí eu não tenho nenhuma
hesitação. Nós somos o país com maior
nível de iliteracia da Europa; com maior
nível de exposição à TV – a média (europeia)
aproxima-se das três horas, nós estamos
para lá das quatro de exposição; o país onde
um terço do território tem apenas duas
emissões, por (causa da) sobreposição das
emissões espanholas, o terço do país que
tem uma oferta cultural reduzidíssima; um
país que não tem um mercado de media que
se auto-regule, e (onde), portanto, há uma
função supletiva (do SP) em relação às falhas
de mercado. Por estas razões, e pela que é
a mais importante de todas, a da defesa do
único activo que temos que é maior que o
nosso território, que é a língua portuguesa,
eu tenho para mim que a manutenção de um
SP de televisão e de rádio em Portugal não é
uma questão económica, é uma questão de
identidade nacional, de defesa da língua e de
posicionamento do país.
“Esta discussão pública tem acontecido
muito à volta de um discurso político que
assenta na existência de uma aparente
situação de crise na RTP, de uma situação
de esbanjamento de dinheiro na RTP, de um
operador de SP a custar, como ouvimos dizer
repetidamente, um milhão de euros por dia,
défi ces progressivos e acumulados — e pura e
simplesmente isso não é verdade.
“A RTP em 2001 (e eu conheço-a, por ter
sido responsável
por este sector entre
2002 e 2005) era
considerada inviável
e um mau exemplo
de prestação de SP.
Tínhamos acima
de 400 milhões de
euros de custo da
RTP e da RDP, que
na altura estavam
separadas, tínhamos
audiências em queda
(25,7%), tínhamos
3500 trabalhadores,
uma dívida de €1300
milhões, capitais
próprios negativos
de €400 milhões. Foi
implementada uma
estratégia e, (em)
2005/6, os custos da RTP e da RDP tinham
baixado para pouco mais de €200 milhões, a
dívida que estava espalhada de uma maneira
totalmente irresponsável, para não dizer
criminosa, por 27 bancos, com condições
absolutamente leoninas, foi renegociada (e)
consolidada para o médio e longo prazo; (até
à) de tomada de posse deste Governo, a RTP,
através das receitas de publicidade, pagou
mais de 500 milhões de euros; reduziram-se
mais de 1200 trabalhadores, sem convulsão
social; as audiências subiram, as receitas
publicitárias, com menos um minuto e
meio, subiram também, e a RTP a partir de
2005/6 regressou à condição de referência
no sector e (tornou-se) um exemplo de
prestação de SP diferenciado, para a loucura
em que andávamos, na altura, nas privadas.
Portanto, a RTP é talvez o único exemplo de
um universo público seriamente reformado
A entrevista de Nuno Morais Sarmento à RTP foi a peça que faltava no puzzle
Cineasta
em Portugal. E eu pergunto-me: com tantos
outros universos públicos por reformar,
porque é que se escolhe a RTP com uma
fi xação de prioridade? (Portanto), não é por
necessidade, é por opção.
“A RTP é, dos operadores de SP (fazendo
a comparação com o rendimento per capita,
com o PIB do país), o segundo mais barato da
Europa e o primeiro em efi ciência. Países da
nossa dimensão, a Holanda e a Bélgica, gastam
três vezes mais, a Alemanha e a Inglaterra
30 vezes mais. Portanto, penso que não será
este o maior problema nacional no universo
do Estado. Resulta do que eu disse que sou
obviamente contra a privatização total da
RTP ou a concessão total da RTP a privados,
o que além disso representaria problemas
praticamente insolúveis. Demorámos um
ano e meio a negociar com a SIC e a TVI
um protocolo de co-regulação para lhes
passar meia dúzia de obrigações de serviço
público (a linguagem gestual, a produção
nacional, algumas janelas de programação
para as minorias, os conteúdos para a RTP
Internacional), a troco de um minuto e
meio de publicidade. Só por ignorância
alguém pode dizer que as obrigações de SP
poderiam ser cumpridas pelos operadores
privados na sua integralidade.”
No fi nal da entrevista, N.M.S. defendeu, e
bem, que a RTP face à evolução tecnológica e
às difi culdades do país, não podia fi car como
está; e avançou algumas ideias, muitas delas
irrealistas e de difícil sustentação: desde a
abertura de um 5º canal, aproveitando as
estruturas da actual delegação da RTP no
Porto, ao qual seriam entregues os 6’ de
publicidade da RTP1 (sem dizer onde iria
depois a estação pública buscar o resto das
receitas), à redução da Antena 2 a um canal
play list. É claro que a RTP precisa de ser
reformada, desde o modo de nomeação das
administrações à sua presença nas novas
plataformas (e, desde logo, na TDT), do
modelo e o montante de fi nanciamento e a
forma de fi nanciar a fi cção ao escrutínio do
seu desempenho, e que essa discussão tem
de ser feita. Mas isso é outra história.
Mas, no essencial, o que disse o ex-
ministro do PSD resume-se a isto: temos
de escolher entre refundar a RTP, como
ele fez, ou reafundá-la, como o Governo se
prepara para fazer.
Debate Televisão e serviço públicoAntónio-Pedro Vasconcelos
Ser muito bom em algo
Vale a pena concentrar as forças
em poucos objectivos e não
se dispersar. Assim é também
com sectores económicos ou
inovações, que pela sua forte
diferenciação e qualidade atraem
investidores e bons resultados
Dois casos: 1. As tecnologias de
informação (TI) desenvolveram-
se na Índia por haver bons
engenheiros, inteligentes. E emigrados
indianos de sucesso nos EUA. Muita
iniciativa reprimida pelo socialismo e por
constrangimentos internos cresceu com força,
de modo que as empresas indianas ombreiam,
há tempos, com qualquer multinacional com
longa existência. Chamativo é que a TCS tenha
actualmente mais de 250.000 trabalhadores
especializados e a IBM tenha assente arraiais
na Índia, já com muito mais de 130.000.
Porquê? Se não o fi zesse, como poderia
competir em preços com as TI indianas? Dos
$76 bn (biliões) de produção em 2010, de TI e
TIES, passará para $300 bn em 2020!
2. O mesmo grupo TATA, dono da TCS,
desafi ou a TATA Motors, para projectar e
fabricar o carro mais barato do mundo,
tendo dado o limite de $2200 [€1723]. Uma
equipa muito jovem, com média de 27 anos,
dirigida por um engenheiro de 34, teve
essa incumbência, com o envolvimento do
próprio Ratan Tata, chairman do grupo. O
sr. Ratan empenhou-se a sério, muitas vezes
com busca de soluções. Saiu o carro Nano.
Vende-se, mas não foi um sucesso estrondoso
em si mesmo, talvez por defi ciências do
marketing. O “pobre” não compra o carro do
pobre... espera, amealha e compra outro que
não lhe dê a marca de pobre... Mas o Nano
foi extraordinário sucesso indirecto, pelos
grandes investimentos que atraiu das outras
notáveis marcas mundiais, que viram que
havia fornecedores de peças sobressalentes
lá instalados e que, para o seu modelo
supercompacto vingar, eles seriam úteis.
Todas as marcas famosas da Europa, dos EUA
e do Japão, além das locais Nano e Maruti,
investiram mais de $700 milhões cada uma nos
três pólos de fabricação de carros: Chennai,
Pune e Ahmedabad. Da produção de $30 bn
em 2010 passará para $120 bn em 2020!
Estratégias assim deveriam amadurecer
entre nós, para focar em poucos produtos ou
sectores, com soluções de primeira classe e
muita I&D. Não podemos ser muito melhores
em vinhos? Em soluções de TI? Em turismo?
Em turismo de saúde? Em serviços à terceira
idade da Europa do Norte? Em fruta natural e
processada?... Um país pequeno não precisa
de muitas âncoras... Poucas, lançadas com
inteligência e paixão!
Professor da AESE e autor do livro O Despertar da Índia
Tribuna DesenvolvimentoEugénio Viassa Monteiro
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ESCRITO NA PEDRA
“Quase todos os homens são capazes de superar a adversidade, mas, se se quiser pôr à prova o carácter de um homem, dê-se-lhe poder” Abraham Lincoln (1809-1865), Presidente dos EUA
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QUI 8 NOV 2012
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PÚBLICO teve acesso ao documento que detalha a auditoria à TAP p29
Luís Miguel Cintra diz que atrasos da DGA levarão ao fi m da companhia de teatro p36
Acordo que Passos Coelho assina hoje prevê mais 17 milhões de euros p20
TAP: Efromovich tem plano de ataque para decidir se avança
Asfixia financeira pode determinarfim da Cornucópia
Mais dinheiro para IPSS e prioridadea lares de crianças
Totoloto
2 3 29 38 41 11
2.600.000€1.º Prémio
Jurista
ASSUNTOS TEMPORÁRIOS
De que falamos?
Quase toda a gente passou
a falar da reforma do
Estado social, seja a favor
ou contra. A pergunta
que fi ca sempre nestas
alturas é: o que entendem
as pessoas por Estado social? Não
são palavras. A minha impressão
é que o Estado social não tem sido
convenientemente defi nido e, sem
essa defi nição prévia, não será fácil
chegar aos “lugares-comuns”, às
premissas, que são o suporte de
uma discussão.
Ora, numa tentativa simples
de conceptualização da coisa
(naturalmente sujeita a críticas),
eu diria que o Estado social em
Portugal compreende quatro
realidades distintas, quatro
domínios ou modos de acção. Em
primeiro lugar, temos a provisão
de bens ou serviços que devem
ser considerados “apoios sociais”.
Estou aqui a pensar na saúde,
na segurança social, no ensino
público obrigatório (básico e
secundário). A cada um desses
bens correspondem tarefas
concretas do Estado e direitos
constitucionalizados. Fala-se
por isso num direito à saúde ou
à segurança social. Como se fala
num “sistema” público de saúde,
Pedro Lomba
de educação, de segurança social.
Segundo, vem o que podemos
conceber como “empréstimos
sociais”, que deviam ser
concebidos como formas de o
Estado apoiar os cidadãos na
sua mobilidade social. Penso na
educação técnica ou universitária.
A ideia de um “empréstimo”,
que não é literalmente um
“empréstimo”, visa apenas captar
uma lógica de reciprocidade que
tem de existir nesta zona do Estado
social, uma espécie de capital de
risco social. O tipo de relação, os
objectivos, a expectativa de retorno
não são os mesmos na saúde
(em que o utente é inteiramente
passivo) e no ensino superior
(em que o estudante não o é).
Uma implicação deste ponto de
vista passa por defender formas
alternativas ao fi nanciamento
destes “empréstimos sociais” que
não assentem unicamente no
Estado.
Em terceiro lugar estão as
chamadas “prestações de risco
social”, ou seja, um vasto grupo
de prestações sociais dirigidas a
cidadãos e famílias transitória ou
permanentemente desprotegidas
(subsídios de desemprego,
pensões, rendimento de inserção).
De novo, o assistencialismo do
Estado nestas situações de risco
não pode ser comparado nem
aos “apoios sociais” do primeiro
grupo, nem certamente aos
“empréstimos sociais” do segundo.
Os benefi ciários destas prestações
encontram-se num estado superior
de vulnerabilidade e carência.
Por fi m, uma quarta área do
Estado social respeita ao que
podemos chamar de “legislação
social”, considerando nesta
categoria um vasto conjunto de
intromissões ou intervenções
de tipo paternalista nas relações
horizontais entre cidadãos (leis
laborais, lei das rendas, leis
económicas, etc.).
Por que me parece necessário
separar, sem ordem de
importância, estes domínios do
Estado social? Porque qualquer
reforma do Estado social (se se
aceitar que razões demográfi cas,
fi nanceiras ou, com menos
consenso, de efi ciência a impõem)
não pode ser a mesma em cada
uma destas áreas. O animus
reformista tem de ser variável.
Em princípio, é menos gravoso
rever muitas leis socialmente
paternalistas que deixaram de
ter justifi cação. As “prestações
de risco social” não podem ser
tratadas como outros subsídios.
Idealmente, se os últimos tiverem
de baixar, aquelas deveriam ser
reforçadas. Subir propinas requer
um enquadramento diferente
da operação de subir taxas. Em
resumo, o que se confi rma é uma
grande necessidade de tacto
político para fazer a mais difícil
das reformas do Estado: colocar o
Estado social do futuro ao serviço
de uma sociedade menos assistida
e mais protegida.
SOBE E DESCE
Oscar Cardozo
No dia em o paraguaio, com os seus dois golos, deu a primeira vitória
ao Benfica nesta edição da Liga dos Campeões, pena é que o protagonismo de Cardozo quase tenha sido eclipsado pela extraordinária vitória do Celtic sobre o Barcelona. Este resultado mantém o Benfica a três pontos dos escoceses, mas o triunfo da Luz serve para os “encarnados” manterem ainda em aberto a hipótese de se apurarem para a próxima fase (Pág. 48)
Paulo Portas
Não é habitual, pelo menos em Portugal, o ministro dos Negócios
Estrangeiros chamar à pedra embaixadores de países estrangeiros. Foi o que fez (e
bem) Paulo Portas com Ehud Gol, embaixador de Israel, que, nas conferências sobre o Holocausto, foi buscar um
episódio ocorrido há mais de seis décadas, para dizer que Portugal estará sempre associado à nódoa de ter posto a bandeira a meia haste quando Hitler morreu. Salazar morreu. E o país já é outro. (Pág. 17)
Isabel Cordeiro
A escolha de Isabel Cordeiro para directora-geral do Património
foi bem recebida por quem trabalha nesta área e também agradou ao seu antecessor, que na segunda-feira se demitiu do cargo. Isabel Cordeiro faz parte de uma geração qualificada e tem uma longa carreira nos museus. Junta duas condições que são revelantes no património – é historiadora de arte e tem muita experiência como gestora cultural. O seu desempenho será mais tarde avaliado, mas já criou boas expectativas. (Pág. 34)
Passos Coelho
Sucedem-se os episódios de falta de sintonia – pelo menos
nas intervenções públicas – entre o Presidente da República e o primeiro-ministro. Anteontem à noite, Cavaco Silva afirmou que a “refundação” do Estado devia envolver todos os partidos e a sociedade civil. O Presidente chegou mesmo a dizer que todo o país devia ser chamado a pronunciar-se. Ontem, Passos veio dizer que a reforma avança mesmo sem o PS. (Pág. 16)