Abinforma - Junho de 2014

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INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS JUNHO 2014 | Nº 275 | ANO XXIV A Abicalçados promove, no próximo dia 10 de junho, na Unisinos, em São Leopoldo/RS, mais uma edição do Seminário Nacional da Indústria de Calçados (SNIC). O evento, que vai para a sua 18ª edição, terá como tema central “Construção de Marca”. Trazen- do grandes nomes da área do marketing e cases de sucesso, o SNIC tem como objetivo mostrar os se- gredos de crescimento do mercado. Nomes como Genaro Galli e Artur Vasconcellos, da ESPM-Sul, Paula Visoná, da Unisinos, e João Batista Ferreira, membro da National Retail Fe- deration (EUA), estão confirmados. O evento terá também a apresentação dos cases de sucesso das marcas Spirito Santo e Empório Body Store. Mais informações no site abicalcados.com.br/snic ou pelo telefone (51) 3594 7011. A realização é da Abicalçados com a parceria da Unisinos e jornal Exclusivo. O patrocínio é do Sebrae, Francal Feiras, Couromoda e Grupo Cofrag. A notícia de que o STF poderá analisar recur- sos extraordinários sobre casos de terceirização do trabalho, através da chamada “repercussão geral”, é comemorada pelos calçadistas. A deci- são tira a análise exclusiva do TST, que mesmo sem legislação clara a respeito do tema, tem se posicionado contra a atividade. A consequência imediata dessa decisão é a suspensão de todos os demais recursos extraordinários relativos à terceirização e dos agravos de instrumento que inadmitam esses recursos. Evento internacional acontece em León, no México, nos dias 24 e 25 de novembro. Página 5 Anúncio foi feito após reuniões entre técnicos da Apex-Brasil e empresários calçadistas. Página 3 Aconteceu no último dia 22 de maio, na Fenac, em Novo Hamburgo/RS, o segundo Encontro en- tre Ofertantes e Tomadores do setor calçadista. O evento, organizado pelo Sebrae/RS com o apoio da Abicalçados, gerou contatos e negócios para os 18 ateliês prestadores de serviços que expuseram seus produtos no local. No encontro, participaram ainda cinco indústrias de calçados tomadoras de serviços. A próxima edição do encontro acontece no 21 de agosto, também na Fenac. CONSTRUÇÃO DE MARCA é O TEMA DO SNIC ANUNCIADA DESONERAÇÃO PERMANENTE DA FOLHA REGULARIZAÇÃO DO TRABALHO TERCEIRIZADO MAIS PRóXIMA ENCONTRO ENTRE OFERTANTES E TOMADORES BRAZILIAN FOOTWEAR TEM MERCADOS-ALVO DEFINIDOS DIVULGADA A PROGRAMAÇÃO OFICIAL DO CONGRESSO MUNDIAL DO CALÇADO O benefício, que terminaria este ano, tem auxilia- do o setor em um momento difícil tanto no mer- cado interno como internacional. Segundo o pre- sidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, o quadro negativo, que aponta para uma queda de 4,5% na produção de calçados no primeiro tri- mestre deste ano no comparativo com igual pe- ríodo de 2013, só não é pior devido a medida do Governo Federal, em vigor desde 2011. Além do setor calçadista, mais de 50 setores industriais são beneficiados com o anúncio. A medida permite que as empresas contempla- das substituam o pagamento de 20% da folha de pagamentos como contribuição patronal à Previdência Social por 1% ou 2% - para a indús- tria calçadista a taxa é de 1% - do faturamento.

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Informativo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados)

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Page 1: Abinforma - Junho de 2014

INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOSjuNhO 2014 | Nº 275 | ANO XXIV

A Abicalçados promove, no próximo dia 10 de junho, na Unisinos, em São Leopoldo/RS, mais uma edição do Seminário Nacional da Indústria de Calçados (SNIC). O evento, que vai para a sua 18ª edição, terá como tema central “Construção de Marca”. Trazen-do grandes nomes da área do marketing e cases de sucesso, o SNIC tem como objetivo mostrar os se-gredos de crescimento do mercado.

Nomes como Genaro Galli e Artur Vasconcellos, da ESPM-Sul, Paula Visoná, da Unisinos, e João Batista Ferreira, membro da National Retail Fe-deration (EUA), estão confirmados. O evento terá também a apresentação dos cases de sucesso das marcas Spirito Santo e Empório Body Store.

Mais informações no site abicalcados.com.br/snic ou pelo telefone (51) 3594 7011. A realização é da Abicalçados com a parceria da Unisinos e jornal Exclusivo. O patrocínio é do Sebrae, Francal Feiras, Couromoda e Grupo Cofrag.

A notícia de que o STF poderá analisar recur-sos extraordinários sobre casos de terceirização do trabalho, através da chamada “repercussão geral”, é comemorada pelos calçadistas. A deci-são tira a análise exclusiva do TST, que mesmo sem legislação clara a respeito do tema, tem se posicionado contra a atividade. A consequência imediata dessa decisão é a suspensão de todos os demais recursos extraordinários relativos à terceirização e dos agravos de instrumento que inadmitam esses recursos.

Evento internacional acontece em León, no México, nos dias 24 e 25 de novembro. Página 5

Anúncio foi feito após reuniões entre técnicos da Apex-Brasil e empresários calçadistas. Página 3

Aconteceu no último dia 22 de maio, na Fenac, em Novo Hamburgo/RS, o segundo Encontro en-tre Ofertantes e Tomadores do setor calçadista. O evento, organizado pelo Sebrae/RS com o apoio da Abicalçados, gerou contatos e negócios para os 18 ateliês prestadores de serviços que expuseram seus produtos no local. No encontro, participaram ainda cinco indústrias de calçados tomadoras de serviços. A próxima edição do encontro acontece no 21 de agosto, também na Fenac.

CONSTRuÇÃO DE MARCA é O TEMA DO SNIC

ANuNCIADA DESONERAÇÃO pERMANENTE DA FOLhA

REguLARIzAÇÃO DO TRABALhO TERCEIRIzADO MAIS pRóXIMA

ENCONTRO ENTRE OFERTANTES E TOMADORES

BRAzILIAN FOOTwEAR TEM MERCADOS-ALVO

DEFINIDOS

DIVuLgADA A pROgRAMAÇÃO OFICIAL DO CONgRESSO MuNDIAL DO CALÇADO

O benefício, que terminaria este ano, tem auxilia-do o setor em um momento difícil tanto no mer-cado interno como internacional. Segundo o pre-sidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, o quadro negativo, que aponta para uma queda de 4,5% na produção de calçados no primeiro tri-mestre deste ano no comparativo com igual pe-ríodo de 2013, só não é pior devido a medida do Governo Federal, em vigor desde 2011. Além do setor calçadista, mais de 50 setores industriais são beneficiados com o anúncio.

A medida permite que as empresas contempla-das substituam o pagamento de 20% da folha de pagamentos como contribuição patronal à Previdência Social por 1% ou 2% - para a indús-tria calçadista a taxa é de 1% - do faturamento.

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No final do mês passado uma boa notícia de Brasília che-gou aos calçadistas. O Governo Federal anunciou a pere-nização da desoneração da folha de pagamento, medida que existia desde 2011 e venceria no próximo dia 31 de dezembro. O recurso permite a substituição do pagamento de 20% sobre a folha de pagamento por 1% do faturamento na indústria de calçados. O fato de a atividade calçadista ser intensiva em mão de obra – hoje emprega mais de 340 mil pessoas diretamente – torna o benefício fundamental para a manutenção da competitividade em tempos turbu-lentos para o setor. Com a desoneração anunciada, que permitirá a formação de preços mais competitivos e, por extensão, maior volume de vendas, teremos a garantia de uma maior margem para investimentos, condição essencial para a concorrência em mercados cada vez mais sofistica-dos em termos de produto e preço.

Competir com o calçado asiático num país onde a carga tribu-tária representa 35% do Produto Interno Bruto (PIB) é prati-camente impossível. Na China, por exemplo, além de pratica-

mente inexistir uma legislação trabalhista, a carga tributária gira em torno de 23% do PIB, muito abaixo da praticada no Brasil. Soma-se a este fato, o alto subsídio do governo chinês para a indústria e temos aí um concorrente gigante, pratica-mente impossível de vencer, a não ser pela agregação de valor através da inovação e design, o que só é possível através da diminuição do Custo Brasil. O movimento do Governo Federal é motivo de comemoração, mas deve ter continuidade, espe-cialmente através da renovação de mecanismos importantes como o Reintegra, que devolvia 3% do valor total exportado para as empresas exportadoras.

SimplificaçãoAlém do movimento de desoneração, se faz urgente uma reforma tributária que simplifique os processos de tribu-tação, o que representa um grande custo para a indústria nacional. Atualmente, gastos com processos que poderiam ser simplificados ensejam ações por parte das empresas na manutenção de equipes especializadas ou até para respon-der por pontos dúbios do sistema.

PRESIDENTE:Paulo Schefer

CONSELHEIROSCaetano Bianco Neto, Caio Borges Ferreira, José Carlos Brigagão Do Couto, Júnior César Silva, Lioveral Bacher, Marco Lourenço Müller, Milton Cardoso, Paulo Roberto Schefer, Paulo Vicente Bender,

heitor KleinPresidente-executivo da

Abicalçados

COMpETITIVIDADE pASSA pOR REFORMA TRIBuTáRIA

editorial

Renato Klein, Ricardo José Wirth, Rosnei Alfredo da Silva, Sérgio Gracia e Thiago Borges.

PRESIDENTE-EXECUTIVO:Heitor Klein

CONSULTORESAdimar Schievelbein, Edson Morais Garcez e Rogério Dreyer

ABINFORMA é o informativo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados

Nº 275 Junho | 2014 Ano XXIV

EDIÇÃOAlice Rodrigues (Mtb. 12.832) e Diego Rosinha (Mtb. 13.096)

TEXTOSAlice RodriguesDiego RosinhaRoberta Ramos

FOTOSEquipe Abicalçados e divulgação

PRODUÇÃO GRÁFICAGabriel Dias

CONTATORua Júlio de Castilhos, 561Novo Hamburgo/RS - Cep: 93510-130Fone: 51 3594-7011 Fax: 51 3594-8011

E-mail: [email protected]@abicalcados.com.brwww.abicalcados.com.br @abicalcados fb.com/abicalcados

Copa do Mundo não puxa encomendas da indústria em abril A Copa do Mundo pode alte-rar o calendário de produção de alguns setores, mas va-rejo e indústria não avaliam que o evento terá impacto substancial sobre a ativi-dade no segundo trimestre. [...] No setor de calçados, a percepção é que a ativida-de teve desempenho fraco em abril e a perspectiva é de manutenção desse patamar em maio. Depois de um fe-vereiro “razoável”, março foi fraco e abril parece ter sido ainda pior, afirma Heitor Klein, presidente-executivo da Abi-calçados, que reúne fabrican-tes do setor. Ele afirma que a Copa está elevando as impor-tações de calçados esportivos, nos quais as empresas nacio-nais perderam participação.

Calçadistas definem mercados-alvo para os produtos brasileiros Os calçadistas e os fabrican-tes de máquinas para o setor definiram seus mercados-alvo como destino dos produtos brasileiros. Entre os esco-lhidos como target do Bra-zilian Footwear, destaque para os novos integrantes do bloco: México e Alemanha. Completam a lista China, Colômbia, Emirados Árabes, Estados Unidos e Rússia. Para o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, os mercados, que foram de-cididos conjuntamente com os associados ao Brazilian Footwear e Apex-Brasil, são promissores e abrangentes.

Indústria amplia previsão de queda da produção em 2014 Os três primeiros meses des-te ano foram difíceis para os fabricantes brasileiros de cal-çados e os sinais de que os desafios devem perdurar ao menos até o final de junho estão no radar da maioria das empresas do setor. A Abical-çados já projeta queda de 3% na produção em 2014 ante o ano passado. Em janeiro, a entidade esperava manter o volume produzido em 2013. “Em janeiro já prevíamos um ano ruim por conta do ingresso de importados asiáticos e pe-los efeitos da taxa de câmbio desfavorável às exportações”, disse o presidente da Abical-çados, Heitor Klein.

Mais de 380 mil pares de calçados brasileiros seguem impedidos de entrar na Argentina O impasse quanto à libera-ção das cargas de calçados brasileiros para entrada na Argentina segue trazendo dor de cabeça aos exportadores. Conforme a Abicalçados, 381 mil pedidos seguem sem libe-ração para entrar no país vizi-nho. O prejuízo imediato é de US$ 6 milhões. A boa notícia é que, desde fevereiro, quan-do foram cancelados mais de 400 mil pedidos, a velocidade das concessões das licenças vem aumentando. Em 2014 foi liberado um total de 310 mil pedidos. Segundo o presidente-executivo da Abicalçados, Hei-tor Klein, existe uma base de entendimento firmada entre o Brasil e Argentina, mas com resultados ainda insuficientes.

Indústria diz que flexibilização de jornada pouparia emprego Elaborada para ser uma ajuda direta a montadoras em difi-culdades, a medida provisória que permite a flexibilização da jornada de trabalho e re-dução dos salários de traba-lhadores agrada vários seto-res da indústria. Na prática, a medida seria uma maneira de evitar os custos de demissões diante de uma economia que patina. [...] O setor calçadis-ta vem sofrendo com a con-corrência dos importados. Em março, o setor totalizava 348,7 mil postos de trabalho, segundo dados do MTE, uma retração de 1,3% na compa-ração com 12 meses antes, informa a Abicalçados.

O vício do sapato Que a mulherada é louca por um par de sapato, poucos duvidam. Mas que o produto chega a ser considerado um vício, aí tem uma grande di-ferença. Em pesquisa sobre o consumo feminino de cal-çados, feita em seis capitais brasileiras, incluindo Porto Alegre, com mulheres entre 15 e 54 anos, a Abicalçados divulgará hoje que 85% das mulheres classificam sapatos como um “vício”. [...] Além das preferências do mercado na-cional, a Abicalçados trata da eterna briga com o governo argentino, que impede a en-trada de parte da produção brasileira naquele país.

abi na mídia

Quarta-feira 7 .5 .2014 l Economia l O GLOBO l 21

IMPOSTO DE RENDAIR NA FONTE MAIO 2014Base de cálculo Alíquota Parcela a deduzirR$ 1.787,77 Isento —De R$ 1.787,78 a R$ 2.679,29 7,5% R$ 134,08De R$ 2.679,30 a R$ 3.572,43 15% R$ 335,03De R$ 3,572,44 a R$ 4.463,81 22,5% R$ 602,96Acima de R$ 4.463,81 27,5% R$ 826,15

Deduções: a) R$ 179,71 por dependente; b) deduçãoespecial para aposentados, pensionistas etransferidos para a reserva remunerada com 65 anosou mais: R$ 1.787,77; c) contribuição mensal àPrevidência Social; d) pensão alimentícia paga devidoa acordo ou sentença judicial. Obs: Para calcular oimposto a pagar, aplique a alíquota e deduza a parcelacorrespondente à faixa.Esta nova tabela só vale para o recolhimento do IRPFeste ano. Taxa Selic para correção da 7ª parcela dedevolução do IR: 5,88%Taxa Selic para correção do pagamento da 8ª cota doIR: 5,16%

Indicadores

TR3/5 0,0661% 4/5 0,0850% 5/5 0,1275%

Selic: 11%

Correção da PoupançaAté 03/05/12 A partir de 04/05/12

DIA ÍNDICE DIA ÍNDICE

22/05 0,5667% 22/05 0,5667%23/05 0,5691% 23/05 0,5691%24/05 0,5481% 24/05 0,5481%25/05 0,5532% 25/05 0,5532%26/05 0,5129% 26/05 0,5129%27/05 0,5411% 27/05 0,5411%28/04 0,5800% 28/04 0,5800%29/05 0,5607% 29/05 0,5607%30/05 0,5607% 30/05 0,5607%31/05 0,5607% 31/05 0,5607%01/06 0,5607% 01/06 0,5607%02/06 0,5544% 02/06 0,5544%03/06 0,5664% 03/06 0,5664%04/06 0,5854% 04/06 0,5854%05/06 0,6281% 05/06 0,6281%

Obs: Segundo norma do Banco Central, osrendimentos dos dias 29, 30 e 31 correspondem aodia 1º do mês subsequente.

INSS/MAIO

Trabalhador assalariadoSalário de contribuição (R$) Alíquota (%)Até 1.317,07 8de 1.317,08 a 2.195,12 9de 2.195,13 a 4.390,24 11Obs: Percentuais incidentes de forma não cumulativa(artigo 22 do regulamento da Organização e doCusteio da Seguridade Social).

Trabalhador autônomoPara o contribuinte individual e facultativo, o valor dacontribuição deverá ser de 20% do salário-base.Contribuição mensal mínima de R$ 144,80 (para o pisode R$ 724,00) e máxima de R$ 878,04 (para o teto de R$4.390,24)

UFIR UFIR/RJMaio MaioR$ 1,0641 R$ 2,5473Obs: foi extinta

UNIFObs: A Unif foi extinta em 1996. Cada Unif vale 25,08Ufir (também extinta). Para calcular o valor a serpago, multiplique o número de Unifs por 25,08 edepois pelo último valor da Ufir (R$ 1,0641). (1 Uferj= 44,2655 Ufir-RJ)

INFLAÇÃO

IPCA (IBGE)Índice Variações percentuais

(12/93=100) No mês No ano Últ. 12meses

Outubro 3760,30 0,57% 4,38% 5,84%Novembro 3780,61 0,54% 4,95% 5,77%Dezembro 3815,39 0,92% 5,91% 5,91%Janeiro 3836,38 0,55% 0,55% 5,59%Fevereiro 3862,84 0,69% 1,24% 5,68%Março 3898,38 0,92% 2,18% 6,15%

IGP-M (FGV)Índice Variações percentuais

(12/93=100) No mês No ano Últ. 12meses

Novembro 535,168 0,29% 4,88% 5,60%Dezembro 538,370 0,60% 5,51% 5,51%Janeiro 540,959 0,48% 0,48% 5,66%Fevereiro 543,038 0,38% 0,87% 5,76%Março 552,087 1,67% 2,55% 7,30%Abril 556,420 0,78% 3,35% 7,98%

IGP-DI (FGV)Índice Variações percentuais

(12/93=100) No mês No ano Últ. 12meses

Outubro 525,966 0,63% 4,51% 5,46%Novembro 527,422 0,28% 4,80% 5,49%Dezembro 531,056 0,69% 5,52% 5,52%Janeiro 533,197 0,40% 0,40% 5,62%Fevereiro 537,703 0,85% 1,25% 6,30%Março 545,684 1,48% 2,75% 7,55%

ÍNDICES

BOVESPA SAL. MÍNIMO SAL. MÍNIMO(FEDERAL)* (RJ)**

Novembro -3,27% R$ 678 R$ 802,53Dezembro -1,86% R$ 678 R$ 802,53Janeiro -7,51% R$ 724 R$ 874,75Fevereiro -1,14% R$ 724 R$ 874,75Março 7,05% R$ 724 R$ 874,75Abril 2,40% R$ 724 R$ 874,75Obs: * O valor do salário mínimo a partir de 1º dejaneiro de 2014 é de R$ 724,00. ** Piso paraempregado doméstico, entre outros.

CÂMBIO

DÓLARCompra R$ Venda R$

Dólar comercial (taxa Ptax) 2,2316 2,2322Paralelo (São Paulo) 2,16 2,38Diferença entre paralelo e comercial -3,208% 6,621%Dólar-turismo esp. (Banco doBrasil)

2,15 2,31

Dólar-turismo esp. (Bradesco) 2,13 2,36

EUROCompra R$ Venda R$

Euro comercial (taxa Ptax) 3,1071 3,1081Euro-turismo esp. (Banco do Brasil) 2,99 3,22Euro-turismo esp. (Bradesco) 2,97 3,29

OUTRAS MOEDASCotações para venda ao público (em R$)Franco suíço 2,54824Iene japonês 0,0219046Libra esterlina 3,79190Peso argentino 0,279176Yuan chinês 0,358806Peso chileno 0,00393738Peso mexicano 0,171408Dólar canadense 2,04989

FONTE: MERCADO

Obs: As cotações de outras moedas estrangeiraspodem ser consultadas nos sites www.xe.com/ucc ewww.oanda.com.

BOLSA DE VALORES: Informações sobrecotações diárias de ações e evolução dosíndices Ibovespa e IVBX-2 podem serobtidas no site da Bolsa de Valores de SãoPaulo (Bovespa), www.bovespa.com.brCDB/CDI/TBF: As taxas de CDB e CDIpodem ser consultadas nos sites deAnbima (www.anbima.com.br) e Cetip(www.cetip.com.br). A Taxa BásicaFinanceira (TBF) está disponívelno site do Banco Central (www.bc.gov.br).Para visualizá-la, clicar em “Economia efinanças” e, posteriormente, em“Séries temporais”FUNDOS DE INVESTIMENTO:Informações disponíveis no site daAssociação Brasileira das Entidades dosMercados Financeiro e de Capitais(Anbima), www.anbima.com.br. Clicar em“Fundos de investimento”IDTR: Pode ser consultado no site daFederação Nacional das Empresas deSeguros Privados e de Capitalização(Fenaseg), www.fenaseg.org.br. Clicar nabarra “Serviços” e, posteriormente, emFAJ-TR. Selecionar o ano e o mês desejadosÍNDICE DE PREÇOS: Outros indicadorespodem ser consultados nos sites daFundação Getulio Vargas (FGV, www.fgv.br),do Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE, www.ibge.gov.br) e daAnbima (www.anbima.com.br)

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-RIO, BRASÍLIA E SÃO PAULO- Elaborada para ser umaajuda direta a montadoras em dificuldades, amedida provisória que permite a flexibilizaçãoda jornada de trabalho e redução dos saláriosde trabalhadores agrada vários setores da in-dústria. Muitos como os segmentos têxtil, cons-trução civil e de energia já experimentam umaforte desaceleração na geração de vagas ou jáfecham postos neste ano. Na prática, a medidaseria uma maneira de evitar os custos de de-missões diante de uma economia que patina.Na semanapassada,OGLOBO revelou que o go-

verno tem uma proposta para evitar demissões epotenciais estragos no ano eleitoral. Pelo ProgramaNacionaldeProteçãoaoEmprego (PPE), os empre-gados poderão ter a jornada reduzida pela metadee receberem pouco mais da metade do ordenado,por seis meses. Neste período, o governo dividecomosempregadoresacontados salários, comple-mentando rendimentos até umdeterminado teto.Odiretor-superintendentedaAssociaçãoBrasi-

leira da Industria Têxtil e de Confecção (Abit),Fernando Pimentel, afirma que, nos últimos 12meses, o setor gerouapenas 13postosde trabalhoformais pelo Cadastro Geral de Empregados eDesempregados (Caged), do Ministério do Tra-balho).Umcontraste frente aos 12meses anterio-res, commais de 9mil postos abertos.—Aeconomia continua comproblemas de cres-

cimento e a importação continua aumentando —afirma Pimentel, lembrando que mais de 30% docusto de uma peça de roupa vêmdamão de obra.— Não tivemos demissões, mas a geração de

empregos teve umaquedade 44,7%noprimeirotrimestre — afirma Humberto Barbato, presi-dente da Associação Brasileira da Indústria Elé-trica e Eletrônica (Abinee).

EM 12 MESES, APENAS 13 POSTOS DE TRABALHOBarbato estima que a redução da jornada podegerar uma economia de 10% a 15% dos custosglobais de produção de equipamentos elétricos.Hoje, a mão de obra nesse setor representa até25% do custo global de produção.O setor calçadista também vem sofrendo com a

concorrência dos importados. Em março, o setortotalizava 348,7 mil postos de trabalho, segundodadosdoMTE,uma retraçãode1,3%nacompara-ção com 12 meses antes, informa a Associação

Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados).— Num exemplo grosseiro, se uma empresa

com cem funcionários precisasse cortar metadeda força de trabalho, ela deixaria dedemitir ao in-cluir todos os funcionários na jornada flexível —explica Heitor Klein, presidente-executivo daAbicalçados.Para Antônio Carlos Mendes Gomes, diretor-

executivo do Sinduscon-Rio, elevar a taxa demanutenção de empregos traria ganho diretoem qualidade de mão de obra. A cada ciclo dedispensa de pessoal, as construtoras precisaminvestir em qualificação dos novos contratados.Barbato, da Abinee, vê namedida um interes-

se também do governo de evitar desgaste.— É uma tentativa importante, principalmen-

te em ano eleitoral, de manter esses níveis bai-xos de desemprego — afirma.Para Guilherme Mercês, gerente de Economia e

Estatística da Federação das Indústrias do Estadodo Rio de Janeiro (Firjan), a proposta mostra ama-durecimento na discussão de relações trabalhistas.— Sem dúvida, fica mais forte a discussão so-

bre terceirização — avalia.O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse

ontem ao GLOBO que a proposta está em fasefinal de elaboração pela equipe técnica do go-verno e será levada à presidenteDilmaRousseff.A decisão, segundo ele, será política e, neste

sentido, o ministro avaliou que o momento éideal para a tomada de uma medida como essaporque o país está gerando empregos. No pri-meiro trimestre deste ano, destacou, foramcria-dos 345 mil, acima do registrado do mesmo pe-ríodo de 2013.— Este é o melhor momento, porque estamos

bemnessa área. Se houver umapiora e for neces-sário, já teremos uma postura e propostas alter-nativas para assegurar amanutenção dos empre-gos— disse oministro.Segundo técnicos envolvidos nas discussões,

a tendência é que o FGTS sejamesmousado co-mo fonte de recursos para ajudar a bancar partedos salários dos trabalhadores.Ainda há dúvidas sobre a implementação da

MP em todos os setores. .—Oprograma poderia ser implantado em ca-

ráter provisório, na forma de piloto para depoisexpandi-lo, aperfeiçoando-o. Omomento já es-tá exigindo a medida, como mostra a situaçãodo setor automobilístico. E em ano eleitoral asua adoção émais difícil — diz o diretor técnicodo Dieese, Clemente Ganz Lúcio.Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgi-

cos do ABC, Rafael Marques, mesmo que nãohaja condições de usar o programa já neste ano,a sua simples criação já será um avanço. (Cola-boraram: Ronaldo D'Ercole e Lino Rodrigues) l

Segundoministro, MP quemuda regras trabalhistas está em fase final de elaboração

DIVULGAÇÃO/06-12-2011

Crise. Representantes de setores, como a indústria têxtil, afirmam que medida provisória ajudaria a manter empregos

Indústria diz que flexibilizaçãode jornada pouparia empregoCLARICE SPITZ, GLAUCECAVALCANTI E

GERALDADOCA

[email protected]

Perspectiva de reeleição levaDeutsche a recomendar redução

de investimentos no país

ANAPAULARIBEIRO

[email protected]

-SÃO PAULO- As notícias sobre as eleiçõesbrasileiras estão no radar dos bancosestrangeiros, que com base nessas in-formações estão traçando suas expec-tativas em relação ao Brasil. No casodo alemão Deutsche Bank, a visão émenos otimista, com uma revisão pa-ra baixo da recomendação para os tí-tulos do país. A expectativa da insti-tuição é de reeleição da presidenteDilma Rousseff em uma disputa acir-rada, com vitória apenas no segundoturno, e permeada pelo uso de medi-das de “apelomais populista”. Umpro-blema, na visão do banco, diante dasfortes desconfianças sobre o equilí-brio fiscal do país e das dificuldadesdo governo em manter os gastos pú-blicos compatíveis com as receitas.O banco classifica como desafiadoras

as perspectivas para cumprimento demetas macroeconômicas. Caso do su-perávit primário de 1,9% do PIB, quepara ser atingido, na valaição doDeuts-ch, exigirá do governo recorrer a recei-tas extraordinárias.Mais do que isso, o banco alemãonão

acredita em uma melhora da políticaeconômica em um possível segundomandato de Dilma.“Acreditamos que o mercado está

precificando commuito otimismo umamelhoria da política econômica emumpotencial segundo mandato", diz o es-trategista Hongtao Jiang, em relatórioenviado a clientes esta semana.Ele se refere aos preços dos títulos

brasileiros que são negociados no ex-terior. Esses papéis são emitidos peloTesouro Nacional e o investidor poderevender a outros investidores.Quando há uma percepção de riscomaior decorrente de uma piora nascondições econômicas, o prêmio pa-go por esse papel sobe. Nas contas dobanco, os títulos do Brasil estão sen-do negociados com um prêmio 0,15ponto percentual abaixo da média deoutros países emergentes com graude investimento. l

Banco alemãocita risco Dilmapara o Brasil

Product: OGlobo PubDate: 07-05-2014 Zone: Nacional Edition: 1 Page: PAGINA_U User: Asimon Time: 05-06-2014 21:37 Color: CMYK

Jornal do Comércio - Porto Alegre Sexta-feira e fi m de semana16, 17 e 18 de maio de 2014

Economia11

COMÉRCIO EXTERIOR

O impasse quanto à liberação das cargas de calçados brasileiros para entrada na Argentina segue trazendo dor de cabeça aos expor-tadores. Conforme a Associação Brasileira das Indústrias de Calça-

dos (Abicalçados), 381 mil pedidos seguem sem liberação para entrar no país vizinho. O prejuízo imedia-to é de US$ 6 milhões. A boa notí-cia é que, desde fevereiro, quando foram cancelados mais de 400 mil

pedidos, a velocidade das conces-sões das licenças vem aumentan-do. Em, 2014 foi liberado um total de 310 mil pedidos.

Segundo o presidente-execu-tivo da Abicalçados, Heitor Klein,

existe uma base de entendimento fi rmada entre o Brasil e Argenti-na, mas com resultados ainda in-sufi cientes. Em abril, os governos assinaram protocolo para garantir maior fl uidez do comércio.

Entre janeiro e abril, as expor-tações de calçados para a Argenti-na já caíram 45%, em dólares, no comparativo com mesmo período de 2013 (de US$ 36,3 milhões para US$ 20 milhões).

Exportações gaúchas recuam 4,4% em abrilRedução foi puxada pela indústria, responsável por 58,3% do total embarcado, e que sofreu diminuição de 18,8%

As exportações do Rio Grande do Sul em abril totalizaram US$ 1,66 bilhão, uma retração de 4,4% ante o mesmo período de 2013. O resultado negativo foi puxado pelo setor industrial, que respondeu por 58,3% do total embarcado e teve um recuo de 18,8%. Parte da explicação se deve ao efeito do ca-lendário 2014: o mês registrou dois dias úteis a menos em compara-ção com o ano anterior. Porém, na comparação da média diária dos valores exportados pelo setor se-cundário nos dois períodos, houve queda de 10,6%. “O desempenho ruim se repete, já havíamos fecha-do o trimestre com queda de 0,9%. Para a indústria gaúcha, de perfi l exportador, esses números repre-sentam grande preocupação”, aler-ta o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller.

De um total de 25 categorias, somente seis apresentaram alta

em abril, enquanto 12 diminuí-ram e sete se mantiveram está-veis. Entre os principais destaques negativos, encontram-se taba-co (-48,8%), produtos químicos (-37,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-29,2%) e máquinas e equipamentos (-20,0%). O resultado no segmento industrial só não foi pior porque os setores de couro e calçados e de produtos alimentícios cresceram, respectivamente, 12,9% e 4,7%.

Outra razão para a queda nas exportações gaúchas foi a difi cul-dade nas relações comerciais com a Argentina. A demanda 34,7% inferior ao ano passado atingiu a indústria no Estado. O valor exportado do Rio Grande do Sul para aquele país, em abril, de US$ 109,2 milhões, equivale ao mais baixo desde 2009 (US$ 58,4 mi-lhões), quando os efeitos da crise fi nanceira internacional ainda eram muito fortes. Quem mais

sentiu o impacto foram máquinas e equipamentos (-64,0%), veículos automotores, reboques e carroce-rias (-45,8%) e produtos quími-cos (-30,6%). “Os instrumentos impostos pelo governo argentino para conter a saída de divisas, a desvalorização recente da taxa de câmbio e a desaceleração econô-mica do país vizinho são alguns dos motivos que explicam esse movimento. A importância desse mercado faz com que os impactos negativos sobre o nosso segmento sejam consideráveis, caracteri-zando um cenário bastante preo-cupante para o restante do ano”, comenta o presidente da Fiergs.

O resultado das importações totais do Rio Grande do Sul, de US$ 1,24 bilhão, queda de 5,3% em relação ao mesmo período do ano passado, sofreu ampla in-fl uência das categorias ligadas à indústria: bens de capital (-17,3%) e bens intermediários (-12,1%). No

Setor de tabaco teve a maior queda (-48,8%) nos embarques feitos

sentido oposto, houve um forte avanço em combustíveis e lubrifi -cantes (39,1%).

No acumulado entre janeiro e abril de 2014, na comparação com o mesmo período do ano passado, o resultado também re-

vela apreensão para a indústria no Rio Grande do Sul. As vendas externas no setor reduziram 6,1%, somando US$ 3,84 bilhões. Da mesma forma, as exportações to-tais apresentaram queda de 6,8%, totalizando US$ 4,90 bilhões.

Colômbia apresenta oportunidades de negócios para empresários do Rio Grande do SulNestor Tipa Jú[email protected]

Mostrar o potencial da Co-lômbia em atrair investimentos estrangeiros foi o tema de reu-nião da Proexport Colômbia com um grupo de 30 empresários gaú-chos nesta quinta-feira. A entida-de é responsável pela promoção dos produtos colombianos pelo mundo e também pela atração de empresas para o país.

O diretor da representação da Proexport Colômbia no Brasil, Alejandro Pelaez, informa que o escritório comercial atua espe-cialmente na atração de empresas

do setor de manufaturas. O setor de máquinas, principalmente de construção civil e implementos agrícolas, é um dos mais visados pelos colombianos. “O objetivo principal deste encontro foi o de apresentar as oportunidades que as empresas brasileiras e as mul-tinacionais que atuam na Colôm-bia tem para operar e investir no nosso país. Estamos também tra-balhando em setores de serviços como óleo e gás, hotéis e fundos de investimento”, salienta.

Sobre as vantagens que a Co-lômbia pode oferecer aos empre-sários brasileiros, Pelaez salienta que a localização geográfi ca do

país favorece o embarque de produtos para mercados como a América Central e o México. Além disso, conforme o dirigente da Proexport, é o segundo maior mercado da América do Sul em termos de população e o segundo maior em língua hispânica de-pois dos mexicanos. O diretor da Proexport lembra também que o governo oferece incentivos fi scais às empresas que querem se insta-lar no país. “Temos incentivos tri-butários com Zonas Francas com descontos de 55% nos impostos de renda, não temos impostos de importação para as matérias-pri-mas que as indústrias necessitam

e nem impostos de vendas se pre-cisar de matéria-prima de dentro da Colômbia”, informa.

Na reunião, que teve o apoio da Apex Brasil, foram apresenta-das seis regiões que constituíram Zonas Francas no país: Medellín, Cali, Pereira, Barranquilla, Buca-ramanga e a capital Bogotá. Pela-ez lembra que o Brasil é a sétima fonte de investimentos estrangei-ros na Colômbia. Como exemplo, cita a Votorantin, que já investiu cerca de R$ 1 bilhão no país nos últimos 10 anos. Reforça que em-presas gaúchas também estão atuando no país como a Ortobras e a Marcopolo. Pelaez relatou potencial do país

Mais de 380 mil pares de calçados brasileiros seguem impedidos de entrar na Argentina

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05/05/2014 Valor Econômico Brasil | Pág. 4

13/05/2014 Zero Hora Maria Isabel Hammes | Pág. 19

20/05/2014 DCI Indústria | Pág. 6

07/05/2014 O Globo Economia | Pág 21

16/05/2014 Jornal do Comércio Economia | Pág. 11

26/05/2014 Exclusivo Geral | Pág. 16

Jornal Valor --- Página 4 da edição "05/05/2014 2a CAD A" ---- Impressa por GAvenia às 04/05/2014@22:03:23

A4 | Valor | Segunda-feira, 5 de maio de 20 14

Enxerto

Jornal Valor Econômico - CAD A - BRASIL - 5/5/2014 (22:3) - Página 4- Cor: BLACKCYANMAGENTAYELLOW

B ra s i l

Acordos salariais superam inflação no 1o triDenise NeumannDe São Paulo

A inflação menor, especialmen-te de alimentos, no início desteano em comparação ao começo doano passado, facilitou a negocia-ção de acordos salariais com au-mento real. De janeiro a março,96,5% de 140 convenções coletivasregistradas no Ministério do Tra-balho garantiram reajuste real aossalários, descontado o Índice Na-cional de Preços ao Consumidor(INPC), indicador de inflação maisusado nas negociações salariais.

Do total, 33% negociaram au-mentos reais superiores a 2%, en-quanto outros 42,5% concederampercentuais entre 1% e 2% e 21% pa-garam até 1% acima da inflaçãodos 12 meses anteriores. No iníciodo ano, destacam-se categoriaspouco representativas do ponto devista sindical e muito concentra-das em serviços e comércio — 54%do total. Em levantamento do De-partamento Intersindical de Esta-tísticas e Estudos Socioeconômi-cos (Dieese), relativo ao primeirosemestre do ano passado, 84,5%das categorias tiveram ganho real.

Houve concentração de reajus-tes entre 7% e 8%, o que significaentre 1,5% e 2,5% de ganho real,pois a inflação em 12 meses medi-da pelo INPC foi de 5,26% em janei-ro deste ano, percentual 1,3 pontoinferior aos 6,53% de inflação re-gistrada pelo mesmo indicadorem janeiro de 2013. Assim, um

mesmo reajuste de 7% pago nesteinício de ano significou ganho de1,6 ponto percentual real, enquan-to no começo do ano passado elerepresentou 0,3% além da inflação.

Além da inflação menor do pri-meiro trimestre (em relação à de2013), o mercado de trabalho ain-da aquecido, com situação de ple-no emprego em várias cidades,tem ajudado nas negociações, em-bora elas não possam ser conside-radas “fáceis”, dizem economistasque acompanham os acordos.

O coordenador do escritório re-gional do Dieese do Rio, Carlos Jar-del Leal, diz que sempre que a in-flação é mais alta, é mais difícil ne-gociar um aumento real mais ex-pressivo. No levantamento feitopelo Va l o r , constam seis acordosfeitos no Rio, mas nenhum deles éacompanhado pelo escritório doDieese. Eles contemplam catego-rias menores, de sindicatos poucorepresentativos. Uma das caracte-rísticas dos acordos — presentesem quatro das seis negociaçõesfluminenses — foi o escalonamen-to dos reajustes salariais, além dadiferença entre o piso da catego-rias e os demais trabalhadores.

Nos metalúrgicos de São Gonça-lo, por exemplo, com data-base emmarço, foi concedido reajuste de8% para os trabalhadores com re-muneração até R$ 3,7 mil. Para osdemais, o acordo garantiu o INPC.Aos trabalhadores em empresasde refeições coletivas do Rio, oacordo referente a janeiro pagou

8% de aumento para salários atéR$ 5.250. Para ganhos superiores,foi pago valor fixo de R$ 420.

No total dos 140 acordos, 23 (ou16%) trouxeram uma cláusula deescalonamento de reajuste, compercentuais maiores para os me-nores salários. Os balanços feitospelo Dieese — mais representati-vos que o levantamento do Va l o rpor contemplarem o mesmo con-junto de categorias todos os anos— mostram que a prática tem sidorecorrente para cerca de 20% dosacordos. O coordenador do escri-tório do Dieese de Santa Catarina,José Álvaro Cardoso, explica que ébastante comum um aumentomaior para o piso e um reajuste pa-ra os demais trabalhadores, mas aísem reajustes em escala. O escalo-namento fazia mais sentido quan-do a inflação era maior, diz o eco-nomista do Dieese catarinense.

Em Santa Catarina, o piso aju-dou as negociações deste começode ano, diz Cardoso. Enquanto osalário mínimo nacional teve au-mento real de 1% este ano, os qua-tro pisos regionais foram corrigi-dos entre 9,15% e 9,37%, indicandopercentuais bem mais expressivos(3,5% em média) acima da infla-ção. No Estado, conta Cardoso, opiso é acertado em uma negocia-ção bipartite, entre representantesdos trabalhadores e dos emprega-dores. “O governador sanciona oque é definido nessa negociação,que vale para o setor privado”, ex-plica o representante do Dieese.

“O piso regional acaba sendouma referência e ajuda na argu-mentação dos trabalhadores du-rante as demais negociações”,pondera Cardoso. Entre categoriasacompanhadas pelo Dieese, osmetalúrgicos de Criciúma recebe-ram reajuste de 10% em janeiro eos trabalhadores em cerâmica damesma região, 8%. Reajuste menosexpressivo (7%) foi pago aos meta-lúrgicos de Jaraguá do Sul, ondeestá instalada a fábrica da WEG.

No Ceará, com 11 acordos no le-vantamento junto ao Ministériodo Trabalho, o coordenador do es-critório regional do Dieese, Regi-naldo de Aguiar Silva, diz que alémdos reajustes, as categorias conse-guiram conquistas em outras cláu-sulas, como cesta básica na cons-trução civil, vale-alimentação paracomerciários de Fortaleza (e algu-mas cidades do interior) e planode saúde para os rodoviários, alémdo adicional de 30% para os vigi-lantes, mas que representou a in-corporação no acordo coletivo deuma lei aprovada no Congresso.

“Desde 2005, os comerciáriosdo Ceará têm conseguido negociaraumento real de salário”, conta Sil-va. Ele acredita que a inflação maisalta — esperada para os próximosmeses — pode dificultar um poucomais as negociações futuras. Alémda inflação, a perspectiva de umeconomia mais fraca, com a insta-bilidade das eleições e os efeitos(talvez de desaquecimento) pro-vocados pela Copa do Mundo, po-

de atrapalhar as negociações dospróximos meses, diz Silva.

Neste começo de ano, diz Car-doso, do Dieese-SC, as primeirasnegociações se mantiveram nomesmo ritmo de ganho real de2013, embora isso não signifiqueque elas foram fáceis. Os trabalha-dores em cerâmica de Criciúma,conta, conquistaram aumento realapós uma greve. Ele também con-sidera, como cenário provável, queaumente o receio dos empresáriossobre o ritmo da economia. Por

outro lado, pondera, estarão namesa categorias mais fortes e a si-tuação ainda é de pleno emprego eas grandes empresas querem reteros trabalhadores já qualificados.

Para Jardel Leal, do escritóriofluminense do Dieese, a tendênciacontinua sendo de conquista de aumento real nos acordos coletivos.“Os salários, durante muitos anos,perderam para a inflação. Mas atendência tem sido e deve conti-nuar assim [de ganhos reais], paraa maioria”, diz o economista.

Fonte: Sistema Mediador do Ministério do Trabalho e IBGE. * Inclui construção civil (cinco acordos)

Ganhando da inflação no 1º trimestreAcordos em relação à evolução do INPC

Reajuste real em porcentagem do total

Evolução da inflação em 12 meses, em %

Base de 140 acordos75 de serviços e comércio

65 da indústria*

Divisão por data-base

5

6

7

8

Jan

2013

Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan

2014

Fev Mar

5,626,63

3,5%Sem ganho real (5)

21%Até 1%

(29)

33%Mais de 2% (46)

42,5%De 1% a 2% (60)

106

Jan Fev Mar0

35

70

105

140

15 19

Férias coletivas em montadoras indicam piora de quadroDe São Paulo

Além das expectativas de em-presários e associações, há outrossinais referentes ao segundo tri-mestre que também apontampara o pouco dinamismo da eco-nomia. A indústria automobilís-tica está concedendo férias cole-tivas, as vendas de aço caíram emabril e a confiança de empresá-rios e consumidores segue empatamar bastante baixo, o que,para economistas, desenha umquadro de atividade modesta.

Em entrevista recente ao Va l o r ,o presidente do Instituto Nacionaldos Distribuidores de Aço (Inda),

Carlos Loureiro, afirmou que asvendas de aços planos devem terencerrado abril com queda em tor-no de 9% sobre o mês anterior equase 13% abaixo do volume co-mercializado em igual período de2013. Segundo Loureiro, o setorautomotivo, que responde por cer-ca de 20% das vendas da entidade,é o maior responsável pela retra-ção. Segundo dados preliminares,as vendas de novas unidades, entrecarros, utilitários leves, caminhõese ônibus, recuaram 9,2% em abrilem relação ao mesmo mês de2013, considerando-se númerosdisponíveis até o dia 29. Em março,mês afetado pela incidência do

Carnaval, as vendas caíram 15,2%em igual base de comparação.

A Sondagem da Indústria deTransformação da Fundação Getú-lio Vargas (FGV) também mostrouquadro negativo para a indústriano segundo trimestre. A confiançada indústria caiu 0,6% em abril,após retração de 2,3% em março,menor nível desde junho de 2009.A utilização de capacidade instala-da também recuou 0,3 ponto, para84,1%, sinal de que a produção in-dustrial deve cair tanto em abrilquando no trimestre, segundoAloisio Campelo, coordenador desondagens conjunturais da FGV.

O economista chama atenção

para o aumento do pessimismoentre empresários. A parcela dosque projetam piora da situação denegócios no próximo semestrechegou a 17% em abril deste ano,mais do que os 9,3% em dezembro.“Esse é um índice que costuma pio-rar mais devagar, mas mostra sina-lização ruim aos investimentos. Éprovável que a partir dessa avalia-ção empresários estejam cance-lando ou adiando projetos”, diz.

A produção prevista para ospróximos três meses tambémpiorou, com queda de 3,7% entremarço e abril, segundo a FGV. En-quanto 40,4% dos empresáriosplanejavam aumentar a produ-

ção em dezembro do ano passa-do, agora apenas 27,1% esperamampliar a atividade nas fábricas.

Guilherme Maia, da Vo t o r a n t i mCorretora, afirma que o enfraque-cimento das vendas e do setor au-tomobilístico já estava em seu ce-nário de atividade para este ano,dado que, desde o fim de 2013, ademanda por esses bens perdeuritmo, mas a produção não se ajus-tou. Por outro lado, Maia relataque a queda geral da confiança deempresários e consumidores —que continuou piorando em abril— foi um movimento inesperado,que coloca viés de baixa em suasestimativas para o Produto Interno

Bruto (PIB). Por ora, a Votorantimtrabalha com alta de 1,7% em2014 e expansão de 0,5% entre oprimeiro e o segundo trimestres,feitos os ajustes sazonais.

Outros índices calculados pelaFGV referentes ao comércio, servi-ços e construção também tiveramretração no período. A confiançados serviços caiu 3,1% na passagemmensal. Já os índices da construçãoe do comércio — calculados nacomparação do trimestre termina-do em abril com igual período de2013 — diminuíram 3,1% e 5,9%,respectivamente. (AM e TM. Cola-boraram Eduardo Laguna e Ivo Ri-beiro, de São Paulo)

C o n j u n t u ra Para empresas e associações, evento geraambiente de incertezas; mês passado foi morno

Copa do Mundo nãopuxa encomendas daindústria em abril

LUIS USHIROBIRA/VALOR

Dutra, da Metalplan, teve resultado diferente da média: abril foi mais forte e garantirá produção maior em maio

Tainara Machado eArícia MartinsDe São Paulo

A Copa do Mundo pode alte-rar o calendário de produção dealguns setores, mas varejo e in-dústria não avaliam que o even-to terá impacto substancial so-bre a atividade no segundo tri-mestre. Para grande parte dasassociações industriais e empre-sas ouvidas pelo Va l o r , abril foimorno, ainda que em alguns ca-sos um pouco melhor do quemarço, e maio não deve mostrarreação mais expressiva, de acor-do com o ritmo de encomendasobservado até agora.

No setor de calçados, a percep-ção é que a atividade teve desem-penho fraco em abril e a perspecti-va é de manutenção desse patamarem maio. As empresas do setor devestuário podem se beneficiar casoo clima esfrie mais e a demanda dovarejo aumente. Em Manaus, naprodução de eletrônicos, houvemaior dinamismo até março, masabril mostrou desaquecimento,que deve ser mantido em maio. Jáno ramo de material de constru-ção o primeiro trimestre foi fraco.Pesquisa do setor mostra que amaioria das empresas espera ven-das “regulares” em abril. No varejo,as pesquisas mostram redução daintenção de consumo das famílias.

Depois de um fevereiro “razoá -

vel”, março foi fraco e abril pareceter sido ainda pior, afirma HeitorKlein, presidente-executivo daAbicalçados, que reúne fabrican-tes do setor. Ele afirma que a Copaestá elevando as importações decalçados esportivos, nos quais asempresas nacionais perderam par-ticipação. Klein também credita àdesaceleração da demanda a ex-pectativa de que abril foi ruim pa-ra o setor, sem perspectiva de rea-ção em maio. Ele avalia que a infla-ção e o endividamento elevado dasfamílias inibem aumento do con-sumo desses bens.

Abril também parece não ter si-do promissor para as indústriastêxteis e de confecção. SegundoFernando Pimentel, diretor-supe-rintendente da Associação Brasi-leira da Indústria Têxtil (Abit), ovarejo do setor perdeu velocidadeno início do segundo trimestre e omercado ficou parado no quartomês do ano. Para Pimentel, maiopode ser mais forte se houver que-da de temperatura e isso aumentaras vendas, que ainda podem serajudadas pelo Dia das Mães.

A D ö h l e r, fabricante de cama,mesa e banho de Joinville (SC), re-lata que o mercado ficou um pou-co mais retraído em abril, após uminício de ano aquecido. Segundo odiretor Carlos Alexandre Döhler, aempresa vai operar normalmenteem junho e julho, com paradas naprodução somente durante os jo-

gos do Brasil, mas manifestaçõesrelacionadas à Copa podem tornaro varejo mais conservador. “Essaquestão da Copa vai tirar um pou-co de consumo”, diz.

Enquete da ACSP aponta que83% dos brasileiros não preten-dem mudar hábitos de comprasdurante o evento. Dos 13% queplanejam aumentar o consumono período, a grande maioria vaigastar mais com itens de baixovalor, como roupas e adereços(51%) e alimentos e bebidas(28%). Apenas 10% pretendemadquirir TVs e outros eletrônicos.“O levantamento não inclui amovimentação de turistas, mas aexperiência com a Copa das Con-federações já mostrou que o efei-to sobre o comércio é tímido”, dizEmilio Alfieri, economista da as-sociação, para quem os consumi-dores estão reticentes.

A confiança caiu oito pontos emmarço, segundo medição nacionalda ACSP, principalmente por causado aumento da inflação de ali-mentos e por incertezas causadaspelo risco de racionamento deenergia e água, avalia Alfieri.

Sondagem mensal da Confede-ração Nacional do Comércio, Bense Turismo mostra que o índice deIntenção de Consumo das Famí-lias caiu 0,3% em abril. “A inflaçãoainda é alta e a inadimplência nãodeve mais desacelerar, o que deixaos consumidores mais inibidos”,

afirma o economista Bruno Fer-nandes. Ele projeta alta de 5,3% dovarejo em 2014, mas não acreditaque o ritmo mais forte do primei-ro trimestre se mantenha entreabril e junho. A Copa, afirma, deveser pouco relevante como impul-so. “O nível de endividamento al-to e o crédito mais caro é que vãoditar o ritmo de consumo”.

No Polo Industrial de Manaus, aCopa elevou a produção até mea-dos de março, com destaque paratelevisores, mas abril já foi de desa-quecimento, tendência que deveser mantida em maio, diz WilsonPérico, presidente do Centro dasIndústrias do Estado do Amazonas(Cieam). “Tudo que tinha comoobjetivo atender a demanda doevento já foi fabricado”, afirma.

Grandes varejistas de moda semostraram preocupadas com o“efeito Copa” em suas apresenta-ções de resultados do primeiro tri-mestre. Para a R e n n e r, o evento es-portivo gera ambiente de incerte-zas para as vendas no segundo tri-

mestre, afirmou o diretor financei-ro Laurence Beltrão. A Guararapes,controladora da Riachuelo, ven-deu 6,7% a mais no primeiro tri-mestre ante igual período de 2013,considerando apenas as lojas aber-tas há mais de um ano. Em relató-rio de desempenho, no entanto, acompanhia ressaltou que o ritmonão deve ser mantido no segundotrimestre devido aos prováveis fe-riados durante os jogos.

Levantamento da AssociaçãoBrasileira da Indústria Elétrica eEletrônica (Abinee) tambémmostrou que 58% das empresasdo setor preveem perdas na pro-dução por causa da Copa, e só33% vão tentar recompor as ho-ras de trabalho perdidas. Para opresidente da associação, Hum-berto Barbato, como a produçãoem março foi fraca, o nível de es-toques acima do desejado no se-tor subiu 8 pontos percentuaisem componentes e 17 pontos embens finais. Por isso, ele avaliaque o setor não antecipará pro-

dução em maio, e aproveitará osferiados para um ajuste.

Na contramão das outras em-presas e associações, a Metalplanteve resultados mais fortes emabril e registrou aumento nas en-comendas no mês passado, o quedeve garantir produção maiorem maio. Segundo o diretor da fa-bricante de compressores de ar,Edgard Dutra, a Feira Mecânica2014, no próximo mês, tambémtraz boas perspectivas.

No caso de material de constru-ção, a expectativa é que a necessi-dade de finalizar as obras para aCopa e as eleições em outubro ace-lerem as vendas de materiais paraobras de infraestrutura, afirmaWalter Cover, presidente da Abra-mat, que reúne os fabricantes dosetor. No entanto, o resultado doprimeiro trimestre decepcionou.As vendas cresceram apenas 1% en-tre janeiro e março”, diz. (Colabo -rou Marina Falcão, de São Paulo)

Ver também página B1

http://vp.virtualpaper.com.br/dci

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CONSELHO DELIBERATIVO

COMpETIR COM O CALÇADO ASIáTICO NuM pAíS ONDE A CARgA TRIBuTáRIA REpRESENTA 35% DO pIB é pRATICAMENTE IMpOSSíVEL

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especial

uma reunião ocorrida no último dia 8 de maio entre par-ticipantes do programa Brazilian Footwear e equipe de

Inteligência Comercial da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) definiu os merca-dos-alvo do calçado brasileiro para o próximo biênio. Entre os escolhidos como target do Brazilian Footwear, destaque para os novos integrantes do bloco: México e Alemanha. Completam a lista a China, Colômbia, Emirados Árabes, Estados Unidos e Rússia. O encontro de definição dos mercados aconteceu na sede da Abicalçados, em Novo Hamburgo/RS.

AvaliaçãoPresente na reunião, o representante das marcas Piccadilly e Pegada, Felippe Tiago Fleck, sugeriu a renovação dos Emirados Árabes como mercado-alvo do Brazilian Footwear. Segundo ele, o País é uma porta de entrada para o Oriente Médio, que representa fatias importantes das exportações dos clientes re-presentados pela Target Importadora e Exportadora, empresa

na qual é diretor. “A aceitação de produtos de conforto é muito grande nesta Região”, destaca Fleck, acrescentando que a em-presa já atua há mais de dez anos no Oriente Médio. Segundo ele, do total exportado pela Piccadilly 10% tem como destinos países do Oriente Médio. Já a Pegada tem 30% da sua exporta-ção destinada à Região.

Uma das novidades no escopo de mercados-alvo do Brazilian Footwear, o México foi o voto de Altemar Cândido de Souza, vice-presidente de Exportação da Boaonda. O executivo relata que mais de 20% do total embarcado pela empresa tem como destino o México. “É um País ávido por produtos brasileiros e de grande potencial. Além disso, embarcando para o México, temos um acesso facilitado ao mercado dos Estados Unidos”, comenta Souza.

A renovação do convênio da Abicalçados com a Apex-Brasil está prevista para novembro deste ano.

MERCADOS-ALVO DEFINIDOSuMA pARCERIA pELA pROMOÇÃO DO CALÇADO BRASILEIRORafael Gomes do Prado Ribeiro*

OLhAR DE ESpECIALISTA

Programa de promoção da Abicalçados define países a serem trabalhados

Há 14 anos, a Apex e a Abicalçados possuem o convênio para apoio às exportações brasileiras de calçados atual-mente conhecido como Brazilian Footwear. Esta parceria é extremamente importante para o setor, pois não incide somente nos indicadores de exportação dos calçados bra-sileiros, mas também em outras ações estratégicas como: o posicionamento de marcas próprias no mercado inter-nacional, o fortalecimento da imagem do setor frente aos seus concorrentes internacionais e o desenvolvimento de novos produtos baseados em critérios de design, inovação e tecnologia que impactam diretamente na competitivi-dade internacional do setor.

Em maio de 2014, reunimos a equipe da Abicalçados e da Apex para a definição dos mercados-alvo que irão direcio-nar as ações do novo convênio, previsto para ser execu-tado entre os anos de 2015 e 2016. O primeiro trabalho é feito pela Unidade de Inteligência da Apex, que analisa mais de 50 variáveis para uma lista de 40 países previa-mente selecionados. São variáveis de volume e crescimen-to de comércio exterior, variáveis de crise e recuperação, dentre outras. Através de uma metodologia desenvolvida pela Unidade, frente a este cenário, cada país da lista analisada recebe uma nota quantitativa referente à sua situação. Então partimos para o segundo trabalho, que é a análise qualitativa feita pelas empresas associadas ao Brazilian Footwear da mesma lista de países.

Esta análise qualitativa é de extrema importância para o resultado final desse processo, pois sabemos que é o empresário quem vive cada um destes mercados e suas dificuldades como entraves culturais e comerciais, por exemplo. Após a nota quantitativa fornecida Apex, os empresários do Brazilian Footwear atribuem uma nota qualitativa para cada país da lista, então temos a lista dos países melhores posicionados no processo.

É importante ressaltar que a seleção dos mercados-alvo é feita de maneira a considerar os mais diversos segmen-tos do Brazilian Footwear que, devido a sua abrangência, possui associados com um mix de produtos forte e varia-do. Dessa maneira, a lista final precisa refletir os interesses mercadológicos do setor como um todo. Este é um grande desafio que foi muito bem trabalhado neste último exercício quando definimos como grupo a escolha dos mercados-alvo.

Atualmente as empresas calçadistas apoiadas pelo Pro-grama representam uma fatia de 73% das exportações do setor. No próximo convênio, além de trabalharmos merca-dos mais tradicionais, como Estados Unidos e Alemanha, estamos também voltando as nossas iniciativas para mer-cados como a Rússia, a China e os Emirados Árabes.

*Gerente de Economia Criativa e Tecnologia da Apex-Brasil

AlemanhaNovidade no escopo dos mercados-alvo

do Brazilian Footwear, a Alemanha

importou, em 2012, US$ 1,3 bilhão em

calçados, sendo apenas US$ 19,4 milhões

do Brasil (0,17%). Com uma população

de 81,8 milhões de habitantes, o PIB per

capita alemão gira em torno de US$

42,2 mil. No ano passado o consumo

de calçados movimentou US$ 13,8

bilhões. No encontro de definição, a

Alemanha foi considerada o melhor

mercado da Europa, pela estabilidade

da economia e boa aceitação dos

produtos de marca própria.

ChinaPraticamente desconhecida dos

calçadistas brasileiros, a China começou

a ser trabalhada no convênio anterior.

O maior mercado do mundo, com 1,3

bilhão de pessoas e um PIB per capita

de US$ 10 mil, deve tomar o posto de

principal economia do mundo em breve.

No ano passado os chineses consumiram

o equivalente a US$ 63,2 bilhões em

calçados. O consumo médio de calçados

entre 2008 e 2013 aumentou 14,2%.

Em 2012 a China importou US$ 3,3

bilhões em calçados, sendo US$ 2,16

milhões do Brasil (0,07%).

ColômbiaA Colômbia também já vinha sendo

trabalhada no convênio anterior. Com uma

população de 48,3 milhões de habitantes

e PIB per capita de US$ 10,8 mil, o país

sul-americano importou US$ 695,4

milhões em calçados em 2012, sendo US$

31 milhões do Brasil (4,45%). Em 2013, os

colombianos consumiram US$ 2,5 bilhões

em calçados e o crescimento médio de

2008-2013 fica em torno de 4,4%.

Emirados árabesConsiderado porta de entrada para o

mercado do Oriente Médio, os Emirados

Árabes têm uma população pequena, de

8,4 milhões de pessoas, mas que com um

PIB per capita de US$ 54,7 mil possui

um potencial de consumo elevado. Em

2012, o País comprou US$ 2,34 bilhões

em calçados do exterior, sendo US$ 16

milhões do Brasil (0,68%). Ano passado,

o consumo do segmento foi de US$ 1,9

bilhão, computando um crescimento

médio de 0,2% entre 2008 e 2013.

Estados unidosPrincipal destino das exportações

brasileiras de calçados, a população

norte-americana, de 316,3 milhões,

consumiu o equivalente a US$ 66,7

bilhões em calçados no ano passado. Em

2012, os Estados Unidos importaram US$

36,5 bilhões em calçados, sendo US$ 200

milhões do Brasil (0,55%). O PIB per capita

é de US$ 53 mil, sendo que o consumo de

calçados teve um crescimento médio de

2,6% entre 2008 e 2013.

MéxicoEm 2012, os mexicanos importaram US$

1,4 bilhão em calçados, sendo US$ 12,6

milhões do Brasil (0,9%). O crescimento

do consumo de calçados no País é o

segundo mais alto entre os mercados-

alvo, de 6,7% de 2008 a 2013. Ano

passado, os mexicanos, que têm um PIB

per capita de US$ 15 mil, consumiram

US$ 6,8 bilhão em calçados.

RússiaRegistrando incremento significativo

nas importações de calçados, a

Rússia se tornou um mercado-alvo

para o Brasil no convênio anterior.

Em 2012, os russos importaram mais

de US$ 5 bilhões em calçados, sendo

US$ 26,7 milhões do Brasil (0,52%).

O PIB per capita, em US$ 18 mil é

outro atrativo importante.

CONhEÇA OS pAíSES ESCOLhIDOS

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abinotícias

O Salão Internacional do Couro e do Calçado (SICC), que acon-

teceu entre os dias 26 e 28 de maio, em Gramado/RS, teve saldo positivo, tão positivo que na próxima edição terá um dia a mais para fabricantes e lojistas realizarem negócios que dão start para a temporada de ven-das para a primavera-verão. A 23ª edição da feira calçadista contou com 350 expositores e recebeu cer-ca de 15 mil visitantes. O diretor da feira, Frederico Pletsch, avalia que a mostra não só cumpriu com os objetivos de lançar moda de verão para o Brasil e América Latina, sendo também um sucesso nos ne-gócios. “As compras foram conscien-tes”, avalia o empresário, acrescen-tando que a mostra esteve de 10% a 20% maior do que na edição de 2013. A promotora aposta em cres-cimento para 2015, o que justifica um possível aumento de estrutura

física (mais um pavilhão) e um dia a mais de evento. “Percebemos a ne-cessidade do lojista ter mais tempo para olhar e escolher com calma as coleções”, completa Pletsch.

Negócios“A Werner Calçados registrou um

aumento de 20% nas vendas efeti-vadas nesta edição sobre a do ano passado, propiciando um mês de produção”, aponta Werner Júnior, diretor da empresa. Já a Itapuã, re-gistrou elevação de 10% nas ven-das desta edição sobre a anterior. O gerente de vendas da empresa,

João Luiz Gimenes, destaca ainda a grande importância do SICC como gerador de contatos que se conver-tem em negócios no pós-feira. As vendas da Paquetá (Dumond, Capo-darte e Lilly’s Closet) na feira também evoluíram em 10% sobre a mostra de

2013, conforme o gestor de negócios Gerson Vaccari. A Ortopé alcançou 20% de acréscimo nas suas vendas em relação à edição do ano passado, se-gundo o gestor Carlos Haack.

AbicalçadosA Abicalçados esteve presente na mostra calçadista de Gramado atra-vés de estande institucional e dos projetos Comprador e Fashion Blo-ggers, ambos proporcionados pelo programa Brazilian Footwear (leia a matéria na página 6).

A promotora da mostra, Merkator Feiras e Eventos, tem a parceria dos sindicatos das indústrias de calçados de Estância Velha, Ivoti, Igrejinha, Novo Hamburgo, Parobé, Sapiranga e Três Coroas.

A próxima edição do SICC aconte-ce de 25 a 28 de maio de 2015, nos mesmos pavilhões do Serra Park.

O último dia 15 de maio marcou o final do primeiro curso da parceria inédita entre a Abicalçados e o Istituto Eu-ropeo di Design (IED). As aulas, que iniciaram no dia 23 de abril e foram ministradas pela professora Meline Moumdjian, tiveram carga horária de 20 horas e abordaram o tema “Plane-jamento e Montagem de Coleção”. Os alunos participantes receberam lições focadas no desenvolvimento de cole-ções calçadistas com autenticidade e estratégia. Os encontros aconteceram na sede da entidade calçadista, em Novo Hamburgo/RS.

A gerente comercial da Aplic Color, Camila Balbinot Mattes, participou do curso e afirma estar muito satisfeita com os conhecimentos obtidos. “Não

sou especificamente da área da moda, mas estou diretamente ligada a ela, pois trabalho no segmento de com-ponentes. Inscrevi-me como forma de entender melhor o olhar dos designers e assim desenvolver um intercâmbio de ideias mais dinâmico com a equipe”, avalia Camila.

Já a designer Patrícia Vargas pontua que o curso foi essencial para aprimo-rar as estratégias de desenvolvimento de coleção. “É sempre bom agregar conhecimento à prática. Pude acres-cer meus argumentos para a elabo-ração dos calçados e isso me confere mais segurança para apresentar meu trabalho”, salienta Patrícia, explicando que foi muito importante, também, a interação e troca de ideias com outros

profissionais do segmento que partici-param das aulas.

Mais oportunidadesO consultor de Design Estratégico da Abicalçados, Dario Henke, relata que a parceria com o IED se deu após a análise de diversos institutos e a conclusão de que esse seria o mais apropriado por ter reno-me internacional no segmento da moda. Mais cursos em conjunto com o IED vêm na sequência do ano e devem ser todos focados no desenvolvimento de produtos, abordando temas como processo criativo, design e sustentabilidade. “O principal ob-jetivo dessa iniciativa é tentar sensibilizar o empresário como forma de combater a cultura da cópia e formular uma identi-dade mais consistente para o calçado da região”, coloca Henke.

A um mês do início da Francal, que acontece entre os dias 15 e 18 de julho, em São Paulo, a promotora do evento intensifica suas ações com o mercado e prospecta mais uma edição de bons negócios para toda a cadeia do calçado.

Para atrair o maior número possível de lojistas à feira e alcançar os bons resultados esperados, a promotora vem atuando em várias fren-tes. Uma ação recente envolveu os representantes comerciais, cate-goria responsável por grande parte da intermediação entre indústria e varejo. O evento reuniu profissionais de todas as regiões brasileiras no Museu do Futebol, em março, e conquistou a adesão da categoria. “Temos agora um time de 71 representantes comerciais motivados e comprometidos em nos ajudar nessa missão de atrair os lojistas para a feira”, conta Abdala.

Como reforço ao engajamento dos representantes comerciais, a Fran-cal está organizando caravanas de lojistas de 15 cidades num raio de 300 km de São Paulo. Numa parceria com o Sebrae, outras caravanas de São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia e Minas Gerais, entre outros estados, também vão trazer lojistas à feira.

hospedagem garantidaA Francal 2014 começa dois dias após o término da Copa do Mundo, e será o primeiro grande evento de negócios no Brasil depois do Mundial. Abdala enxerga nisso uma oportunidade adicional: “A necessidade de renovação dos estoques do varejo de calçados será ainda maior do que em anos regulares”.

Para o executivo, a proximidade com o evento esportivo não vai re-presentar problema. “São Paulo terá ociosidade na hotelaria e já estão programados voos extras”. A afirmação tem por base levantamento do Fórum de Operadores Hoteleiros no Brasil. De acordo com os números de 12 redes associadas, que somam mais de 17 mil unidades habitacio-nais na cidade, há uma média superior a 50% de vagas disponíveis em dias de jogos importantes na capital.

Além disso, a Francal bloqueou 1.500 apartamentos para garantir a hospedagem de lojistas e representantes comerciais a um preço abai-xo do praticado pela rede hoteleira da cidade.

SICC TERá quATRO DIAS EM 2015

ABICALÇADOS E IED: pARCERIA pARA pROFISSIONALIzAÇÃO DO SETOR

FRANCAL INTENSIFICA AÇõES pARA A EDIÇÃO 2014

Feira gaúcha contou com 1,5 mil marcas de calçados que lançaram suas coleções para temporada primavera-verão

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abinotícias

Foi divulgada no mês de maio a pro-gramação oficial do 5º Congresso

Mundial do Calçado, que acontece nos dias 24 e 25 de novembro, em León, no México. O encontro, que deve reu-nir mais de 500 líderes setoriais de 25 países produtores de calçados, terá três assuntos centrais: o consumo de cal-çados e as expectativas nos diferentes lugares do mundo, o acesso das empre-sas aos mercados internacionais e os núcleos de fabricação atuais e futuros.

Para o presidente-executivo da Abical-çados, Heitor Klein, que participara do evento, é uma oportunidade ímpar para a troca de informações com os princi-pais players do setor em nível mundial. “Assim como no Congresso Mundial ocorrido no Rio de Janeiro, em 2011, temos a missão de representar uma in-dústria forte que, mesmo diante de di-ficuldades macroeconômicas consegue se reinventar e estar presente em mais de 150 países”, ressalta. O executivo acrescenta que a entidade trabalha na formatação de um programa de viagem atrativo que possibilite a participação de um expressivo número de empresá-rios e técnicos do setor.

8h às 9h - Registro

9h às 9h30min - Discursos de introdução do presidente da Confederação Europeia da In-dústria de Calçados (CEC), Jean Pierre Renau-din, e do presidente da organização do Con-gresso Mundial do Calçado, Miguel Plasencia.

9h30min às 10h - Palestra: O consumidor do

ano de 2030, de David Morey - Perspectivas

gerais sobre o comportamento dos consumi-

dores nas diferentes partes do mundo

Tema 1: O consumidor de calçados no mundo e suas diferentes expectativas

10h às 10h45min - Visão global do consu-

mo de calçados no mundo

10h45min às 12h - Estratégias de seg-mentação, com exposições de: especialista em consumo mundial de calçados, marca europeia do segmento de luxo, marca glo-bal, marca destacada nos mercados latino-americanos e marca asiática.

12h às 13h - Mesa Redonda: debate com lí-

deres presentes sobre os temas abordados

13h às 14h30min - Almoço

Tema 2: Acesso a mercados

14h30min às 15h30min – Desafios do mer-

cado internacional. Visão geral das principais

associações internacionais no mundo, com

mesa redonda tratando sobre acesso aos

mercados globais, medidas restrititas (vanta-

gem ou desvantagem?), acordo de associa-

ção Transpacífico, comércio transatlântico e

associações de investimentos.

15h30min às 16h15min – Conectividade digital: mais do que um canal de distribui-ção. Exposições de companhias líderes de vendas on-line da Ásia, Estados Unidos e Europa.

16h15min às 17h30min – Canais de distri-

buição: identificação e evolução dos dife-

rentes canais (lojas, distribuidores, fran-

quias, vendas diretas, comércio eletrônico,

etc). Exposição de companhias líderes dos

Estados Unidos, Europa, Rússia, México,

Brasil e América Latina.

17h30min às 18h30min - Mesa Redonda: tendências e evolução das feiras setoriais. Exposição de representantes das principais feiras calçadistas do mundo e representan-te de feira de outro setor e especialista em eventos de exibição.

Tema 3: Manufatura: onde se farão os calçados e quais calçados serão feitos?

9h às 10h - Onde estão sendo fabricados os calçados e onde

serão fabricados em 2030. Exposições sobre novos países

para a fabricação de calçados e consolidação e fortalecimen-

to do setor.

10h às 10h30min - Acesso à matéria-prima

10h30min às 11h – Novas tecnologias, materiais e processos

para novos produtos (impressão 3D, injeção, novos mate-

riais, etc)

11h às 11h15min – Recesso

11h15min às 11h45min – Comércio ético e responsabilidade cor-

porativa: Como o setor trabalha a demanda dos consumidores

na questão da fabricação ética e sustentável?

11h45min às 13h - Mesa Redonda sobre: estratégias de produ-ção em diferentes áreas do mundo; e quais são os critérios reais para a mudança ou realocação da produção?

13h às 13h30min – Encerramento com o presidente da CEC,

Jean Pierre Renaudin.

13h30min às 14h30min – Almoço

14h30min às 18h – Reuniões B2B e/ou visitas a fábricas

(opcionais)

O impasse quanto à liberação das cargas de calçados brasileiros para entrada na Argentina segue trazendo dor de cabeça aos exportadores. Conforme mais recente levantamento da Abi-calçados, 381 mil pares de calçados seguem sem liberação para entrar no país vizinho. O prejuízo imediato é de US$ 6 milhões. A boa notícia é que desde fevereiro, quando foram cancelados mais de 400 mil pedidos, a velocidade das conces-sões das licenças vem aumentando. De acordo com o levantamento, em 2014 foi liberado um total de 310 mil pedidos.

Segundo o presidente-executivo da Abicalça-dos, Heitor Klein, existe uma base de enten-dimento firmada entre o governo brasileiro e argentino, porém com resultados ainda insufi-cientes. No final de abril, os governos assinaram protocolo de intenções para garantir maior flui-dez do comércio bilateral.

EntendaDesde 2012 o governo de Cristina Kirchner, como uma tentativa de controlar o déficit da balança comercial com o Brasil, busca, através da exigência das Declarações Juramentadas An-tecipadas de Importações (DJAIs), travar as im-portações de produtos brasileiros. O documento, que não é previsto no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), faz com que a en-trada dos produtos brasileiros atrase, em alguns casos, mais de 200 dias. Uma pesquisa realizada pela Abicalçados apontou que quase 40% dos associados que exportavam para o país vizinho desistiram dos negócios por conta da imprevisi-

bilidade. “É uma perda muito relevante, levando em consideração que a Argentina era, até o ano passado, o segundo principal destino dos calça-dos brasileiros”, lamenta Klein.

Entre janeiro e abril deste ano, as exportações de calçados brasileiros para lá já caíram 45%, em dólares, no comparativo com mesmo período do ano passado (de US$ 36,3 milhões para US$ 20 milhões). O resultado fez com que a Argentina caísse do segundo para o quarto posto entre os destinos do calçado verde-amarelo. Outra queixa corrente dos calçadistas é que, ao passo que as importações argentinas de calçados brasileiros caem, aumenta a entrada de produtos chine-ses no País. No quadrimestre as importações argentinas de calçados do restante do mundo, notadamente da China, aumentou 16% (de US$ 44,6 milhões para US$ 52 milhões). Conforme a entidade calçadista, de 2010 para 2013 a parti-cipação das importações de calçados brasileiros caiu de 60% para 29% na Argentina. “O nosso espaço foi tomado pela China”, conclui Klein.

O dia 13 de maio marcou a apresentação final da maior pesquisa sobre o consumo de cal-çados femininos do Brasil, a Azimute 720. O evento, que lotou o auditório do Sindicato das Indústrias de Calçados de Igrejinha, contou com a apresentação do diretor da Focal Pes-quisas, Gustavo Campos.

Na oportunidade, Campos listou os principais tópicos da pesquisa que ouviu mais de 2,4 mil mulheres nas seis principais capitais brasileiras – Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Reci-fe, Rio de Janeiro e São Paulo. Vício para 85% das mulheres, conforme a pesquisa, o calçado

deixou de ser acessório para fazer parte do vestuário, já que para 41,4% das entrevistadas o sapato é mais importante do que a roupa.

O relatório Azimute 720 completo, que con-ta com mais de 1,7 mil páginas, onde figu-ram outros aspectos do consumo feminino como faixas de preço, marcas mais lembra-das de calçados e lojas, entre outros, está disponível para a venda. Mais informações pelo telefone (51) 3023 5150 e pelo e-mail [email protected]. A publicação é desen-volvida pela Focal Pesquisas e conta com o patrocínio exclusivo da Abicalçados.

No último dia 6 de maio, a Abicalçados esteve na sala de aula da turma do curso de Comércio Exterior, na Universidade Feevale, em Novo Ham-burgo/RS. Na oportunidade, Igor Hoelscher, asses-sor executivo, e Monalisa Santos, coordenadora da Unidade de Relacionamento, apresentaram o setor calçadista brasileiro com foco nas ações de promoção comercial no mercado internacional.

Hoelscher destacou que a promoção interna-cional do calçado brasileiro, realizada através do Brazilian Footwear, programa de apoio às expor-tações mantido pela Abicalçados e Apex-Brasil, tem como foco mercados em ascensão, como o caso da Rússia. “Atualmente a Rússia é um dos principais importadores de calçados brasileiros, atrás apenas Estados Unidos, França, Ango-la e Argentina. No primeiro trimestre os russos

compraram o equivalente a US$ 12,4 milhões em calçados nacionais”, destacou o assessor, que na ocasião também comentou a posição de desta-que do produto brasileiro em nível internacional, ressaltando a importância social e econômica da indústria verde-amarela. Segundo ele, mesmo com todos os problemas macroeconômicos en-frentados, o calçado brasileiro é objeto de desejo em mais de 150 países.

DIVuLgADA A pROgRAMAÇÃO OFICIAL DO CONgRESSO MuNDIAL DO CALÇADO

CONFIRA O CRONOgRAMA

MAIS DE 380 MIL pARES DE CALÇADOS BRASILEIROS IMpEDIDOS DE ENTRAR NA ARgENTINA

AzIMuTE é ApRESENTADO EM IgREjINhA/RS

ABICALÇADOS ApRESENTOu SETOR CALÇADISTA NA FEEVALE

Líderes setoriais dos principais players do setor estarão reunidos no México, em novembro

24/11 - Segunda-feira 25/11 - Terça-feira

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pROgRAMA DE pROMOÇÃO ÀS EXpORTAÇõES DE CALÇADOS, DESENVOLVIDO pELA ABICALÇADOS EM pARCERIA COM A ApEX- BRASILbrazilian footwear

De 7 a 11 de junho o Brazilian Footwear promove a 1ª Missão Co-mercial Rússia. Dezoito marcas calçadistas participam da ação em Moscou que irá contar com seminário preparatório, visita ao merca-do local, recepção e rodadas de negócio. Zaxy, Werner, Beira Rio, Vizzano, Moleca, Molekinha, Sapatoterapia, Democrata, Menina Rio, Cristófoli, Amazonas, Bibi, Dumond, Lilly´s Closet, Capodarte, Orto-pé, Itapuã e New Face são as marcas que desembarcam em Moscou para representar o setor calçadista do Brasil com o apoio do progra-ma da Abicalçados.

De acordo com Letícia Sperb Masselli, coordenadora da Unidade

de Promoção Comercial da Abicalçados, as empresas participantes abrangem um mix de segmentos bem variados, de moda praia a conforto, apresentando a diversidade brasileira, a qualidade e a expertise da nossa indústria. “Com esse portfólio de marcas vamos atrair mais compradores que, através do trabalho de matchmaking, já estão confirmando presença no showroom ou nas rodadas de negócios. Esperamos que pelo menos 30 potenciais importadores participem do evento. Todos eles foram pré-selecionados pela Abi-calçados, em parceria com a empresa de matchmaking, levando em consideração o perfil das marcas apresentadas e as expectati-vas de cada uma delas”, conta Letícia.

O programa de apoio às exportações e promoção comercial, Brazilian Footwear, levou ao Salão In-ternacional do Calçado (SICC) os projetos Com-prador e Fashion Bloggers. A feira calçadista, que aconteceu em Gramado/RS, entre os dias 26 e 28 de maio, reuniu 1500 marcas que apresenta-ram suas coleções para a primavera-verão.

De cunho comercial, o programa apoiou, atra-vés do Projeto Comprador, a vinda de quatro importadores, três do Equador e um da Áfri-ca do Sul. Verônica Castillo, da Imfacast, do Equador, afirma que comprou 20 mil pares de calçados, 5% mais do que no SICC de 2013. “A feira acontece no momento certo, para que os produtos cheguem no tempo adequado para a comercialização no Equador”, diz. Segundo ela, o calçado brasileiro, apesar do preço mais alto para os padrões equatorianos, é muito bem aceito no País. “Qualidade, moda e conforto são diferenciais muito importantes para os nossos consumidores”, destaca a compradora. A qualidade e o caráter inovador dos produtos bra-sileiros foram os atributos destacados pela importa-

dora Natalia Ioanndes, da Socrate, África do Sul. “Os calçados apresentados são inovadores em design, únicos no mundo”, afirma a compradora, para quem o SICC é uma das “melhores feiras do mundo”. Na mostra, Natália comprou mais de US$ 200 mil em calçados femininos. As compras in loco, segundo ela, dobraram com relação ao ano anterior.

Os importadores trazidos através do Brazilian Footwear somaram-se a outros 70 convidados internacionais da Merkator, promotora do even-to. A maioria é proveniente da América Latina, continente que ganha força entre os destinos do calçado brasileiro.

promoçãoAtravés do Fashion Bloggers, o Brazilian Footwear trouxe a italiana Alessia Milanese, do The Chili Cool, e o colombiano Gerson Rojas, do Maximo Official, para conhecer o evento gaú-cho. Os blogueiros se disseram entusiasmados e arrebatados pela moda verde e amarela. “Na Colômbia gostamos muito dos produtos brasi-leiros e ter a oportunidade de ver de perto a essência da criação é muito gratificante. Espero

poder levar e difundir essa essência através do meu blog para outros países da América Lati-na”, contou Gerson Rojas.

Além de visitarem o SICC, os blogueiros tiveram a oportunidade de conhecer lojas de calçados, realizar city tour por Gramado e Canela e pela região dos vinhedos, além dos dois dias de shoo-ting. “Foi uma experiência única, que vou levar comigo para sempre. Não é só um aprendizado sobre os calçados brasileiros, mas também cul-tural. O sorriso fácil dos brasileiros é encantador e mostra como toda essa alegria é transmitida para a moda”, ressalta Alessia Milanese. Essa foi a terceira edição do Fashion Bloggers.

A Abicalçados, através do Brazilian Footwear, participa do projeto da Apex-Brasil na Copa do Mundo FIFA. A entidade está trazendo importantes compradores in-ternacionais da Galerie Laffayette, da França, Palazzo Pitti, da África do Sul, e Shoe Mart, dos Emirados Árabes, para participar de uma agenda de negócios e também assistir o Mundial de perto. As ações serão realizadas em Porto Alegre, Belo Horizonte e Fortaleza, onde acon-tecem alguns dos jogos da Copa. Para receber esse grupo seleto de impor-tadores, diversas agendas foram criadas nessas cidades-sede além de atividades em outros municípios que servirão de apoio para showrooms e visitas a fábricas e lojas. A expectativa é abrir portas para marcas que até o momento não traba-lham com esses clientes, que são grandes redes de varejo, ou até com os mercados escolhidos para participar da ação.

De olho no incremento das exportações, 26 marcas brasileiras embarcam para

Riva Del Garda, na Itália, para participar a 82ª edição da feira Expo Riva Schuh. A par-ticipação na mostra, que acontece entre 14 e 17 de junho, é viabilizada através do Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações de calçados mantido pela Abicalçados com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A feira, que conta com grande visitação e um número expressivo de expositores de todas as partes do mundo – 1,2 mil - é referência em termos de volume de vendas, além de abrir o calendário de eventos internacionais do setor no segundo semestre.

Para a coordenadora de Promoção Comercial da Abicalçados, Letícia Sperb Masselli, a feira italiana tem sua importância na abrangência dos mercados compradores. “Apesar da queda significativa das exportações brasileiras para o mercado italiano, entendemos que a Expo Riva Schuh atende não apenas outros países da Europa, mas também de outros continentes”, comenta. Para ela, o fato de atrair muitos dis-

tribuidores, acaba gerando resultados impor-tantes, porém de mais longo prazo.

LançamentosLançando coleções de primavera-verão, a feira italiana possui forte potencial para prospecção de novos clientes. A Werner Calçados, que vai para a sua 28º participação, atende compra-dores de diversos países da Europa, mas com destaque para Rússia e Japão. “A Expo Riva Schuh é hoje uma das principais feiras inter-nacionais das quais participamos, pois é a feira de lançamento da coleção“, avalia Leonardo Sauter, gerente de exportação da empresa. Para ele, a mostra vai além da manutenção de clientes. “É um local de captação de novos parceiros de negócios”, conclui.

A indústria de calçados infantis femininos, Pampili, também enxerga na Expo Riva Schuh uma oportunidade para a conquista de novos clientes além-fronteiras. “Essa é uma feira muito importante para Pampili, pois nela estão presentes clientes da Euro-pa e do Oriente Médio. Além disso, temos a oportunidade de apresentarmos a marca

a mercados que ainda não atendemos”, res-salta Michela Gabriel, do departamento de exportação da empresa, acrescentando que a mostra também serve para colher a per-cepção do cliente sobre a coleção.

Na última edição de verão da feira, as empre-sas brasileiras realizaram mais de US$ 1,6 mi-

lhão em negócios para 60 países. Na edição de junho de 2014, participam Bibi, Klin, Wer-ner, ADG (Wirth), Andacco, Pampili, Stéphanie Classic, Carrano, Madeira Brasil, Piccadilly, Pegada, Huberto S. Müller (Miucha), Cecco-nello (Cecconello Divas), Indiana, Beira Rio (Vizzano, Moleca, Molekinha e Modare), Lilly´s Closet, Usaflex, Tabita e Estilosa.

BRAzILIAN FOOTwEAR pROMOVE 1ª MISSÃO COMERCIAL RÚSSIA

ENTIDADE REALIzA AÇõES DE pROMOÇÃO NO SICC

CALÇADISTAS NA COpA DO MuNDO

RIVA DEL gARDA RECEBE BRASILEIROS pARA A EXpO RIVA SChuhFeira calçadista acontece de 14 a 17 de junho, na Itália

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junho 2014 - abinforma 7

balança comercial

EXpORTAÇõES DE CALÇADOS SEguEM EM quEDA

uSAFLEX INAuguRA uNIDADE EM TAquARA/RS

Os exportadores de calçados brasileiros seguem amargando quedas nos em-barques. No mês de abril foram embarcados 10,2 milhões de pares que geraram US$ 85,35 milhões, uma queda de 3,2% com relação ao registrado no mesmo mês de 2013. Já no quadrimestre, o setor calçadista acumula uma queda de 2,5% nas receitas geradas no comparativo com mesmo período do ano passa-do. Nos quatro primeiros meses foram comercializados 46,33 milhões de pares que geraram US$ 360 milhões – ano passado o número foi de US$ 369 milhões. Já as importações diminuíram o ímpeto no mês passado, quando entraram no Brasil 3,36 milhões de pares pelos quais foram pagos US$ 36,7 milhões. O resultado, em dólares, é inferior tanto no comparativo com março (21%) como na relação com mesmo mês de 2013 (25,3%). Com isso as importa-ções diminuíram o impacto negativo que vinham tendo na balança comer-cial de calçados. No acumulado dos quatro meses deste ano entraram no País 15,7 milhões de pares e um preço de US$ 210,67 milhões, 5,2% mais do que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 200,2 milhões). NovidadesAlém da leve recuperação do mercado dos Estados Unidos para o calça-do brasileiro, a boa notícia é de que países como Angola, Cuba e Arábia Saudita estão galgando espaço entre os destinos do produto verde-amarelo. Os Estados Unidos, que comprou o equivalente a US$ 14 milhões em cal-çados brasileiros em abril, 22,7% mais do que em abril do ano passado, se-gue como o principal destino do produto nacional. Nos quatro meses do ano, os norte-americanos compraram 4,32 milhões de pares pelos quais paga-ram US$ 57,78 milhões, aumento de 3,4% na relação com o mesmo período de 2013. A Angola segue como o segundo principal comprador de calça-dos verde-amarelos. Mês passado, os angolanos compraram o equivalente a US$ 6,7 milhões, 26,6% mais do que em abril de 2013. No acumulado, o país africano já comprou 5,8 milhões de pares brasileiros pelos quais foram pagos US$ 23 milhões, 45,5% mais do que no mesmo período do ano passado. A grande surpresa entre os destinos é Cuba, que no mês passado comprou o equivalente a US$ 4,34 milhões em calçados brasileiros, 277% mais do que em abril passado. No acumulado, os cubanos compraram US$ 6,5 milhões em produtos verde-amarelos (7,5% mais do que em 2013). Ainda entre os merca-dos que emergem com mais força para o produto brasileiro, aparece a Arábia Saudita, que já comprou US$ 11 milhões em calçados verde-amarelos desde ja-neiro - aumento de 86% no comparativo com o primeiro quadrimestre de 2013.

Importações asiáticas seguem em alta Entre janeiro e abril deste ano, o Vietnã já embarcou 7 milhões de pares de calçados para o Brasil a um valor de US$ 125,4 milhões, 18,6% mais do que o registrado em 2013. A Indonésia é o segundo maior exportador de calçados para o Brasil. De lá vieram 2,35 milhões de pares pelos quais foram pagos US$ 37,56 milhões, 24,3% mais do que no ano passado. A China segue como o terceiro principal vendedor de calçados para o Brasil, porém com uma queda de 5,6% no quadrimestre (de US$ 25 milhões para US$ 23,5 milhões).

Com o objetivo de ampliar sua capacidade pro-dutiva, a Usaflex inaugurou, no último dia 19 de maio, uma unidade fabril em Taquara/RS. A es-colha da cidade gaúcha, localizada no Vale do Paranhana, levou em conta a necessidade de mão de obra qualificada, já que a região é co-nhecida por sua vocação coureiro-calçadista. O espaço conta com 1,5 mil metros quadrados e tem capacidade instalada para produzir, de início, até 2 mil pares/dias, podendo mais que dobrar nos próximos anos.

As atividades no local iniciam com 150 cola-boradores e representam um incremento entre 5% e 10% na produção total da empresa de calçados femininos. De acordo com o presiden-te do Conselho de Administração da Usaflex, Juersi Lauck, a expectativa é que, no futuro,

até 20% dos artigos com a etiqueta da marca saiam das esteiras da nova filial. Com a abertu-ra da unidade em Taquara, a empresa passa a atuar com nove fábricas, localizadas nas cida-des gaúchas de Dois Irmãos, São Sebastião do Caí, Campo Bom, Três Coroas e Igrejinha. Fundada em 1998, a Usaflex tem sede em Igrejinha/RS e produz calçados exclusiva-mente em couro. Direcionada ao público fe-minino, a marca se destaca por seu empenho em agregar tecnologia, conforto e inovação em cada artigo. Com produção diária de 25 mil pares, a fabricante gaúcha conta com aproximadamente 800 modelos de sapatos, que abrangem mais de 80 diferentes linhas para se adaptar aos mais diversos perfis de consumidoras.

Fonte: MDIC/Abicalçados

associados

Marca de calçados femininos gaúcha deve produzir 2 mil pares/dia na nova fábrica

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social

CALÇADISTAS DE TRêS COROAS ApOIADOS NA SuSTENTABILIDADE ECONôMICA E AMBIENTALSindicato local promove ações de gestão de resíduos e de capacitação profissional dos trabalhadores

Com uma produção estimada em mais de 13 milhões de pares

de calçados por ano, 99% deles femi-ninos, a indústria calçadista de Três Coroas, além do diferencial qualita-tivo, busca na sustentabilidade eco-nômica, ambiental e social uma for-ma de ganhar competitividade num mercado cada vez mais concorrido.

Atualmente, exportando cerca de 6% do total produzido da América Lati-na, Ásia e Europa, a indústria local é representada pelo Sindicato das In-dústrias de Calçados e Componentes para Calçados de Três Coroas. O presidente da entidade, empre-sário Rogério Müller, destaca que 80% da economia da cidade gira em torno da atividade. “Emprega-mos direta e indiretamente cer-ca de 11 mil pessoas, sendo que o município tem 23 mil habitantes”, afirma. Segundo ele, o fato, muitas vezes, acaba sendo perigoso, pois

uma crise no setor pode abalar a economia da pequena cidade lo-calizada a 90 quilômetros de Porto

Alegre. “A prefeitura entende essa importância e apoia o setor. A prin-cipal parceria está na consolidação da Escola do Sapateiro, onde apor-ta recursos”, ressalta. A iniciativa à qual se refere Müller foi uma criação conjunta do Sindicato, Prefeitura de Três Coroas, Senai e Faculdades In-tegradas de Taquara - Faccat. Fundada em 2009 com o objetivo de amainar um grave problema de falta de mão de obra qualificada, a Escola já formou mais de uma cen-tena de trabalhadores para a indús-tria calçadista. Atualmente, soman-do com os cursos de menor aprendiz, a Escola está com 185 alunos, que devem se formar até o final do ano. “Os alunos da Escola se tornarão profissionais completos, capazes de exercer todas as operações do processo produtivo. E isso, aliado ao comprometimento, à dedicação e identificação com o que estão reali-zando e produzindo, lhes dará desta-que e oportunidades de crescimento

e valorização profissional, melhoran-do sua qualidade de vida”, ressalta um dos coordenadores do Projeto, Juliano Mapelli, acrescentando que os formados são capacitados, inclu-sive, para identificar falhas na etapa do processo produtivo de que são responsáveis ou ainda em uma das etapas que a antecedem, evitando assim desperdícios e retrabalhos.

SustentabilidadeO presidente do Sindicato ressalta que a sustentabilidade faz parte da história da entidade. “Todos os resídu-os das nossas indústrias são tratados e reciclados. Estamos em processo de esvaziamento do aterro, o que deve ser finalizado em dois anos”, afirma. O Sindicato mantém, ainda, o selo Produção Consciente = Amanhã Mais Feliz, que certifica as indús-trias que atuam dentro dos con-ceitos de produção sustentável. “Também atuamos fortemente na conscientização, através da educa-

ção ambiental para trabalhadores e crianças, nas escolas municipais”, comenta Müller. Segundo ele, projetos como o Conhe-cimento Nunca é D+ levam represen-tantes do Sindicato para palestras em escolas municipais e na APAE.

MercadoMüller avalia que as indústrias calça-distas de Três Coroas estão passan-do por dificuldades, especialmente no mercado externo, desde 2010. Desde lá as exportações acumulam quedas de 20%. Em âmbito interna-cional, os problemas passam pelas constantes oscilações cambiais e a concorrência com o calçado chinês. No mercado doméstico, o problema é a carga tributária, incluindo aí a concorrência entre os estados bra-sileiros, a chamada guerra fiscal. “É complicado concorrer com estados que praticam alíquotas de ICMS me-nores como Bahia, Minas Gerais e Santa Catarina. Neste contexto, foi uma conquista importante do crédi-to presumido de 8,5% no ICMS para as indústrias do Rio Grande do Sul”, destaca o dirigente. “No mercado interno notamos uma pequena que-da em 2013. Para este ano, acredito que o quadro deve se manter, já que eventos como a Copa do Mundo e Eleições podem tirar o foco do con-sumidor”, avalia Müller.

Fonte: Sindicato das Indústrias de Calçados, Componentes para Calçados de Três Coroas Rogério Müller