Abinforma - Maio de 2014

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INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS MAIO 2014 | Nº 274 | ANO XXIV A Argentina segue sendo uma pedra no sapato brasileiro. Conforme mais recente levantamento realizado pela Abicalçados, mais de 220 mil pares de calçados já negociados seguem impedidos de entrar em solo argentino por conta da demora na liberação das Declarações Juramentadas Anteci- padas de Importação (DJAIs). O prejuízo imediato é calculado em US$ 12,2 milhões (contando os 410 mil pedidos que foram cancelados em fevereiro passado). O mecanismo ilegal visa garantir o equi- líbrio na balança comercial através da política do uno por uno (para cada dólar importado um deve ser investido no país). No trimestre, a importação argentina de calçados brasileiros já caiu 43%, em dólares, no comparativo com igual período de 2013. Depois de registrar bons índices de crescimento no ano passado, a atividade no varejo calçadista segue em queda. O índice medido pelo IBGE e que reflete o volume de vendas aponta que o co- mércio varejista de calçados teve uma queda de 0,5% em fevereiro no comparativo com janeiro, mês que já havia registrado queda de 1,1% ante dezembro de 2013. No acumulado dos 12 meses, porém, ainda é registrado um crescimento de 3,7%. Para a Abicalçados, a inflação e a oferta de bens concorrentes – especialmente da chamada linha branca – tem motivado o desaquecimento no consumo de calçados. Programa de apoio às exportações de calçados traz blogueiros internacionais à Gramado. Página 6 Vencedores e destaques foram conhecidos no último dia 10 de abril, em Novo Hamburgo/RS. Página 3 A Associação das Indústrias de Curtumes do Rio Grande do Sul (AICSul) realizou, no último dia 15 de abril, a assembleia de associados para a formação de seu novo Conselho Diretor. A chapa única foi eleita por aclamação, reconduzindo Eduardo Fuga ao cargo de presidente, com um mandato de dois anos. Antes da eleição, foi prestada homenagem a Flávio Krumenauer, que durante 30 anos dirigiu o Sindicato das Indústrias de Curtimento de Couros e Peles de Portão, foi importante diretor da AICSul, além de diretor do Curtume Krumenauer, que tem 103 anos de atividades. Fuga destacou que o cenário econômico tem se apresentado muito volúvel, “o que gera muitas dificuldades para a atividade produtiva”. SEGUEM AS BARREIRAS COM A ARGENTINA HOTÉIS COM VAGAS, MESMO DURANTE A COPA ATIVIDADE DO VAREJO CALÇADISTA EM DESAQUECIMENTO EDUARDO FUGA REELEITO PRESIDENTE DA AICSUL PRÊMIO DIREÇÕES DESTACOU A EXCELÊNCIA DO SETOR CALÇADISTA BRAZILIAN FOOTWEAR PROMOVE PROJETO FASHION BLOGGERS Levantamento recente do Fórum de Operadores Hoteleiros no Brasil (FOHB) – entidade que re- presenta importantes redes hoteleiras nacionais e internacionais com atuação no País - aponta que a hospedagem não será problema para os visitantes que se deslocarem a São Paulo para fazer negócios durante a Francal 2014. A feira começa no dia 15 de julho, dois dias depois da final da Copa do Mundo no Brasil. De acordo com os números de 12 redes asso- ciadas à FOHB – que somam mais de 17 mil uni- dades habitacionais na cidade – há uma média superior a 50% de vagas disponíveis em dias de jogos importantes na capital. Nos dias 8 e 9 de julho, por exemplo, quando serão jogadas as se- mifinais, a disponibilidade é de 55%.

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Informativo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados)

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INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOSMAIO 2014 | Nº 274 | ANO XXIV

A Argentina segue sendo uma pedra no sapato brasileiro. Conforme mais recente levantamento realizado pela Abicalçados, mais de 220 mil pares de calçados já negociados seguem impedidos de entrar em solo argentino por conta da demora na liberação das Declarações Juramentadas Anteci-padas de Importação (DJAIs). O prejuízo imediato é calculado em US$ 12,2 milhões (contando os 410 mil pedidos que foram cancelados em fevereiro passado). O mecanismo ilegal visa garantir o equi-líbrio na balança comercial através da política do uno por uno (para cada dólar importado um deve ser investido no país). No trimestre, a importação argentina de calçados brasileiros já caiu 43%, em dólares, no comparativo com igual período de 2013.

Depois de registrar bons índices de crescimento no ano passado, a atividade no varejo calçadista segue em queda. O índice medido pelo IBGE e que reflete o volume de vendas aponta que o co-mércio varejista de calçados teve uma queda de 0,5% em fevereiro no comparativo com janeiro, mês que já havia registrado queda de 1,1% ante dezembro de 2013. No acumulado dos 12 meses, porém, ainda é registrado um crescimento de 3,7%. Para a Abicalçados, a inflação e a oferta de bens concorrentes – especialmente da chamada linha branca – tem motivado o desaquecimento no consumo de calçados.

Programa de apoio às exportações de calçados traz blogueiros internacionais à Gramado. Página 6

Vencedores e destaques foram conhecidos no último dia 10 de abril, em Novo Hamburgo/RS. Página 3

A Associação das Indústrias de Curtumes do Rio Grande do Sul (AICSul) realizou, no último dia 15 de abril, a assembleia de associados para a formação de seu novo Conselho Diretor. A chapa única foi eleita por aclamação, reconduzindo Eduardo Fuga ao cargo de presidente, com um mandato de dois anos. Antes da eleição, foi prestada homenagem a Flávio Krumenauer, que durante 30 anos dirigiu o Sindicato das Indústrias de Curtimento de Couros e Peles de Portão, foi importante diretor da AICSul, além de diretor do Curtume Krumenauer, que tem 103 anos de atividades.

Fuga destacou que o cenário econômico tem se apresentado muito volúvel, “o que gera muitas dificuldades para a atividade produtiva”.

SEGUEM AS BARREIRAS COM A ARGENTINA

HOTÉIS COM VAGAS, MESMO DURANTE A COPA ATIVIDADE DO

VAREJO CALÇADISTA EM DESAQUECIMENTO

EDUARDO FUGA REELEITO PRESIDENTE DA AICSUL

PRÊMIO DIREÇÕES DESTACOU A EXCELÊNCIA

DO SETOR CALÇADISTA

BRAZILIAN FOOTWEAR PROMOVE PROJETO FASHION BLOGGERS

Levantamento recente do Fórum de Operadores Hoteleiros no Brasil (FOHB) – entidade que re-presenta importantes redes hoteleiras nacionais e internacionais com atuação no País - aponta que a hospedagem não será problema para os visitantes que se deslocarem a São Paulo para fazer negócios durante a Francal 2014. A feira começa no dia 15 de julho, dois dias depois da final da Copa do Mundo no Brasil.

De acordo com os números de 12 redes asso-ciadas à FOHB – que somam mais de 17 mil uni-dades habitacionais na cidade – há uma média superior a 50% de vagas disponíveis em dias de jogos importantes na capital. Nos dias 8 e 9 de julho, por exemplo, quando serão jogadas as se-mifinais, a disponibilidade é de 55%.

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No próximo mês de novembro, a indústria brasileira estará representada na 5ª edição do Congresso Mundial do Calça-do, evento aguardado ansiosamente pelo setor calçadista internacional e que trará um panorama do atual momento do segmento e também traçará expectativas para o futu-ro. Os temas oficiais como comportamento do consumo, diferentes segmentos de produção, oportunidades, novos canais de distribuição, feiras comerciais, desafios como acesso à matéria-prima e concorrência global devem se misturar a temas discutidos nos bastidores, como novos atores globais, problemas regionais, criação de blocos co-merciais, entre outros. Serão mais de 600 representantes dos maiores players na produção e comercialização de cal-çados no mundo enriquecendo um debate saudável pelo desenvolvimento de um segmento que produz mais de 18 bilhões de pares do produto anualmente. A nossa expectativa para o encontro que nesta oportunidade acontecerá no importante polo calçadista de Leon, no Méxi-co, é a melhor possível. Além da oportunidade de debate com as lideranças internacionais, temos a garantia de uma orga-

nização impecável, que está a cargo da ANPIC, associação mexicana coorganizadora do evento promovido oficialmente pela Confederação Europeia da Indústria de Calçados (CEC).

ForçaAssim como no Congresso Mundial ocorrido no Rio de Janeiro/RJ, em 2011, temos a responsabilidade de representar uma indústria forte e robusta, que mesmo com todas as adversi-dades de ordem macroeconômicas, vem conseguindo crescer (ano passado produzimos 900 milhões de pares, 40 milhões mais do que em 2012) com a aposta no mercado doméstico, na moda e qualidade que fazem do produto verde-amarelo objetivo de desejo em mais de 150 países. Evidentemente, pretendemos trazer ao debate assuntos urgentes necessários para a retomada da competitividade e do equilíbrio do setor, como a concorrência predatória imposta pelos produtores asi-áticos, que não é problema exclusivo do Brasil.

Para tanto, estamos preparando um programa de viagem atrativo que possibilite a participação de um expressivo nú-mero de empresários e técnicos do setor.

PRESIDENTE:Paulo Schefer

CONSELHEIROSCaetano Bianco Neto, Caio Borges Ferreira, José Carlos Brigagão Do Couto, Júnior César Silva, Lioveral Bacher, Marco Lourenço Müller, Milton Cardoso, Paulo Roberto Schefer, Paulo Vicente Bender,

Heitor KleinPresidente-executivo da

Abicalçados

BRASIL PRESENTE NO CONGRESSO MUNDIAL DO CALÇADO

editorial

Renato Klein, Ricardo José Wirth, Rosnei Alfredo da Silva, Sérgio Gracia e Thiago Borges.

PRESIDENTE-EXECUTIVO:Heitor Klein

CONSULTORESAdimar Schievelbein, Edson Morais Garcez e Rogério Dreyer

ABINFORMA é o informativo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados

Nº 274 Maio | 2014 Ano XXIV

EDIÇÃOAlice Rodrigues (Mtb. 12.832) e Diego Rosinha (Mtb. 13.096)

TEXTOSAlice RodriguesDiego RosinhaRoberta Ramos

FOTOSEquipe Abicalçados e divulgação

PRODUÇÃO GRÁFICAGabriel Dias

CONTATORua Júlio de Castilhos, 561Novo Hamburgo/RS - Cep: 93510-130Fone: 51 3594-7011 Fax: 51 3594-8011

E-mail: [email protected]@abicalcados.com.brwww.abicalcados.com.br @abicalcados fb.com/abicalcados

China driblaantidumping no RS Os chineses parecem ter encon-trado um jeitinho brasileiro para driblar as medidas antidumping adotadas pelo governo federal em 2010 que visam proteger a indústria calçadista nacional. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abical-çados), é crescente o número de empresas gaúchas, situadas na região do Vale dos Sinos— tra-dicional polo calçadista do Rio Grande do Sul —, que fabricam sapatos utilizando componen-tes importados da China, acima da média de nacionalização de 40%. Essa parceria entre bra-sileiros e chineses tem resultado na fabricação de sapatos com valor 50% mais baixo que os si-milares fabricados apenas com componentes nacionais.

Tarifa maior, competitividade menor Passados dez dias do anúncio do aumento de 30,29% na ta-rifa de luz da indústria na área de abrangência da AES Sul, o impacto do reajuste - em vigor desde sábado passado - ainda preocupa e gera incertezas no setor. O sinal amarelo ligado com a alta, que surpreendeu negati-vamente também os consumi-dores residenciais - nesse caso o aumento foi de 28,99%-, gerou nota de indignação da Federa-ção das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). [...] O presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Cal-çado (Abicalçados), Heitor Klein, afirma que o tarifaço cria uma dificuldade a mais inclusive no processo de comercialização.

Empresas acompanham queda do dólar com cautela A valorização do real frente ao dólar nas últimas semanas, invertendo levemente a ten-dência de desvalorização mais acentuada que vinha ocorren-do, colocou os exportadores em compasso de espera. [...] De forma geral, a desvalorização do real frente ao dólar, sobretudo no decorrer de 2013, permitiu preços mais competitivos para a exportação da indústria de calçados. O receio da volatilida-de, tanto do câmbio quanto do comportamento dos mercados, porém, impede redução maior de preços e programação de médio e longo prazos, segundo Heitor Klein, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Calça-dos (Abicalçados).

Angola desbanca Argentina como terceiro principal comprador do calçado brasileiro Angola importou US$ 16,22 milhões em calçados brasilei-ros no primeiro trimestre do ano. O aumento foi de 55% em relação ao mesmo perío-do do ano passado. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, os an-golanos assumiram o posto de terceiro principal destino dos pares brasileiros. Com isso, desbancam a Argentina. O país vizinho reduziu em 43% importação e segue impondo barreiras para as compras.

Como elas compram A segunda edição do relatório Azimute 720, levantamento sobre o comportamento de compra feminino, aponta que as mulheres pagam mais por produtos que estão na moda e que compram sapatos em grande quantidade. “Cerca de 85% delas admitem serem vi-ciadas em comprar sapatos”, diz o diretor da Focal Pes-quisas, Gustavo Campos. A empresa, em parceria com a Associação Brasileira das In-dústrias de Calçados (Abical-çados), ouviu 2.429 mulheres com idade média de 34 anos em Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Campos conversou com a coluna sobre o relatório:

Abicalçados reconhece os destaques do setor O reconhecimento do Prêmio Direções Abicalçados foi en-tregue na última quinta-feira, em noite de festa no Espaço TÃO, em Novo Hamburgo. O presidente-executivo da en-tidade, Heitor Klein, ressaltou a maturidade da indústria calçadista nacional. “Além de comemorar o 31° ano da en-tidade, é importante destacar aqui as empresas e persona-lidades que encontram nesta atividade a realização do seu empreendedorismo e de suas carreiras profissionais”, dis-cursou o executivo.

abi na mídia

12 Jornal do Comércio - Porto AlegreSegunda-feira, 7 de abril de 2014

Como elas compramCONSUMO

[email protected] ANA FRITSCH

DE SALTO ALTO

POR AÍ

JCEmpresas & Negócios

A segunda edição do relatório Azimute 720, levantamento sobre o comportamento de compra feminino, aponta que as mulheres pagam mais por produtos que estão na moda e que compram sapatos em grande quantidade. “Cerca de 85% delas admitem serem viciadas em comprar sapatos”, diz o diretor da Focal Pesquisas, Gustavo Campos. A empresa, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), ouviu 2.429 mulheres com idade média de 34 anos em Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Campos conversou com a coluna sobre o relatório:

Qual o objetivo do estudo?Levar a voz da consumidora para a mesa de decisões de

marca por parte dos gestores. Muitos consideram apenas as suas impressões de mercado e de alguns principais lojistas. Isso é muito filtro para os dias de hoje. Com o Azimute 720, eles podem escutar 2.429 mulheres, entrevistadas pessoalmente em suas cidades, representativas do Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

Quais resultados chamam a atenção?As mulheres adoram as lojas multimarcas. Isso é

um traço cultural, de variedades e escolhas, e dificil-mente uma loja monomarca consegue suprir. De 2011 para 2013, do primeiro para o segundo Azimute, as lojas multimarcas continuaram com o mesmo índice de preferência (65%). Mas as monomarcas perderam espaço na preferencia. Quem mais subiu foram as lojas de departamento, que buscando um novo posiciona-mento, estão agora atendendo a uma nova classe média, bem mais exigente. As mulheres também pagam mais por produtos que estão na moda. Mas para que isso ocorra, elas devem saber o que está na moda. Cabe às empresas gestoras de marcas continuarem a investir em mídias tradicio-nais e digitais, buscando esclarecer a sua interpretação de moda para a consumidora.

Como as mulheres consomem?Elas compram sapatos em grande quantidade. Cerca de 85% delas se dizem vicia-

das em comprar sapatos. Mas elas não consomem marcas como os gestores de marca pensam. Normalmente no armário de uma mulher de classe A terão sapatos que, pelo posicionamento pretendido pelos gestores de marca, pertencem a classe C. As mulheres gostam da diversidade e entendem as marcas de calçados pela capacidade de entregar calce, conforto e beleza, no preço que elas consideram justo para o seu bolso.

Existe um espaço enorme para o e-commerce de calçados pela internet. Mal come-çamos a engatinhar neste ponto. Não pense duas vezes, comece já a sua loja virtual de calçados. Os números mostram isso.

Em poucas palavras, como as mulheres consomem?Posso dizer que enlouquecidamente. Os sapatos, em geral, estão conquistando

uma parcela significativa de poder de decisão sobre o vestuário. Ou seja, primeiro escolhem o sapato e depois a roupa. Com saltos altos ou sapatilhas, as mulheres se acham mais sexies ou mais atraentes, respectivamente. E dentro de um contexto sócio-cultural, no qual a beleza muitas vezes influencia muito no sucesso na carreira, investir em bons sapatos pode ser decisivo para uma promoção. Nesta pesquisa ficou explícito que em alguns calçados, como os scarpins, as mulheres estão trocando de marcas, buscando alternativas melhores para a sua renda, que cresceu no período de dois anos, de 2011 para 2013.

INDÚSTRIA

Venda porta a portaA Suaves Essêncyas, da farmacêu-

tica Carla Lima de Nard (foto), resgata a comercialização no modelo porta a porta e no comissionamento de 30% sobre as vendas. Conforme Carla, o objetivo é ampliar o conhecimento sobre os produtos e oportunizar o crescimento dos parceiros. “Nosso foco é proporcionar o bem-estar e levar autoestima, já que nos preocupamos em desenvolver e comer-cializar produtos de qualidade, mas que também realize os sonhos através de seus aromas”.

Com uma linha diversificada, a Suaves Essêncyas tem como carro-chefe a aromaterapia e os Florais de Bach. “O objetivo é, por meio dos aromas, propor-cionar sensações de equilíbrio mental, físico e emocional”, explica a empresária.

Experiências de bolsoO consumidor de luxo procura,

hoje, por momentos rápidos, porém com qualidade e profundidade. “Ele quer experiências com excelência. Atualmen-te, o valor do consumo está ligado à fe-licidade, um facilitador de vida”, afirma Francesco Morace, italiano e presidente do Future Concept Lab. Ele esteve em Porto Alegre, recentemente, participan-do do evento “Cenário Internacional de Tendências”, da Luxo Brasil.

“São as pocket experiences, ou experiências de bolso. Uma mudança de comportamento dos consumidores de

luxo, que deixam de ter um único estilo de vida - life style - para um estilo de pensamento – mind style”, completa Sa-bina Deweik, representante do Instituto no Brasil.

Neste contexto, eles consomem conforme a ocasião de vida, de acordo com valores e desejos. E esta transfor-mação se reflete nas classes sociais, que se mesclam a cada momento. Confor-me Morace, o luxo não é ostentação, é exploração cultural. “O luxo do futuro precisa de sustentabilidade. Isso é a convergência da ética com estética”.

Rosa TatuadaA grife gaúcha Rosa Tatuada, de Nova Petrópolis, faz 10 anos e se consolida

no estilo fitness. Qualidade, estampas exclusivas e produção sem terceirização são o foco da empresa, que no início produzia apenas peças fitness. Anos mais tarde, expandiu para outras linhas de vestuário. Na coleção Winter Dreams, a referência é o seriado Game of Thrones, com suas paisagens geladas e vestimentas épicas.

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Jornal Valor --- Página 3 da edição "22/04/2014 1a CAD A" ---- Impressa por CCassiano às 21/04/2014@20:46:29

Terça-feira, 22 de abril de 2014 | Valor | A3

Enxerto

Jornal Valor Econômico - CAD A - BRASIL - 22/4/2014 (20:46) - Página 3- Cor: BLACKCYANMAGENTAYELLOW

B ra s i l

Acordo Mercosul-UE pode ampliar trocas em até € 9 bi ao anoAssis MoreiraDe Genebra

Um acordo de livre comércioentre o Mercosul e a União Euro-peia (UE) pode aumentar em€ 9 bilhões por ano as trocas en-tre os dois blocos, além de permi-tir mais investimentos nas duasdireções. A estimativa é daEUBrasil, entidade sediada emBruxelas que procura estreitar asrelações econômicas bilaterais.

Luigi Gambardella, presidenteda EUBrasil, prepara visita ao Brasile trará a mensagem de que empre-sas europeias querem explorarmaneiras de apoiar o impulso finalda negociação. Ele diz que o setorprivado tanto da Europa como doBrasil consideram o acordo cru-cial, para reforçar comércio e in-vestimentos entre as duas regiões.“O Brasil se beneficiará bastante demais investimentos europeus e te-rá melhor acesso ao mercado co-

mum europeu, de 500 milhões deconsumidores”, diz.

Segundo Gambardella, os in-teresses não estão limitados a ex-portação agrícola pelo Brasil eMercosul, e de outro por manu-faturados europeus para o blocodo Cone Sul. “A realidade é quetodos queremos produzir e co-mercializar produtos e compo-nentes com alto valor agregado”,diz. “Todos temos, portanto, inte-resse em ampla abertura,”

O executivo diz que a industriabrasileira, que apoia o acordoUE-Mercosul, não deve deixar ogoverno perder a oportunidade.Pede que Brasilia mantenha ocompromisso de avançar na ne-gociação, tambem de agora até aeleição, até porque o resto domundo está fazendo progressos.

“Todo mundo está negociandocom todo mundo — EUA e Euro-pa, EUA com parceiros do Pacífi-co, UE com Japão”, afirma Gam-

bardella. “O Brasil não pode sedar o luxo de ficar fora de acor-dos comerciais globais.”

A Europa é o maior parceiro co-mercial do Brasil, representando22% do comércio brasileiro, segun-do dados da EUBrasil. Entre 2011 e2013, as exportações do Brasil paraos 27 países do bloco europeu caí-ram US$ 5,3 bilhões, enquanto asimportações aumentaram US$ 4bilhões , conforme dados da Orga-nização Mundial do Comércio

(OMC). A UE é também o maior in-vestidor no país, com mais de 40%do total. Os investimentos euro-peus no Mercosul alcançam maisde 285 bilhões, acima do total in-vestido na China, Índia e Rússia.

Depois de declarações do mi-nistro do Desenvolvimento,Mauro Borges, de que a oferta doMercosul estaria concluída, ne-gociadores da UE mantiveram aprudência e esperam ter um sinalseguro nas próximas semanas.

Empresas acompanham queda do dólar com cautelaDe São Paulo

A valorização do real frente aodólar nas últimas semanas, in-vertendo levemente a tendênciade desvalorização mais acentua-da que vinha ocorrendo, colocouos exportadores em compasso deespera. Na dúvida sobre qual orumo da taxa de câmbio daquipara frente, algumas empresasestudam rever preços e planos deexpansão de exportação que fo-ram definidos quando o dólar es-tava mais forte.

José Augusto de Castro, presi-dente da Associação de Comér-cio Exterior do Brasil (AEB), dizque os exportadores de manufa-turados já começam a revisar ospreços praticados. O produtoembarcado agora, diz ele, tevepreço negociado há cerca de trêsou quatro meses, quando o pata-mar de câmbio era outro. Masressalta que o impacto da valori-zação do real vai depender doque o exportador fez. “Ele podeter adiantado o contrato de câm-bio, ou pode ter optado por fazera conversão em reais depois, jáque havia expectativa de subidapara o dólar.” Castro lembra queo exportador não é obrigado a fa-zer o câmbio imediatamenteapós o embarque, mas o proble-

ma é o fluxo de caixa em reais.“Estou observando o merca-

d o”, diz Edgard Dutra, diretor co-mercial da Metalplan, do setor debens de capital. Em 2012, os em-barques da empresa praticamen-te dobraram em relação ao anoanterior, disse. No ano passado, aexpectativa era de elevação de30% em relação a 2012. O aumen-to, porém, ficou em 5% “O pro-blema foi a Argentina, com asmedidas restritivas à importa-ção. O país é o nosso maior mer-cado de exportação.”

Como estratégia para abrir no-vos mercados externos, a Metal-plan traçou um plano de expansãode exportação tendo como alvosPeru e Colômbia. “Com um preçodefinido com dólar perto deR$ 2,40 e expectativa de alta paraR$ 2,60 no decorrer de 2014,demos descontos e, com preçosmais competitivos voltamos aatrair clientes”, diz Dutra. Com amudança no patamar de câmbio,porém, a empresa pode ser obriga-da a rever os planos. “Não sei seconseguirei manter os preços e seterei preços competitivos para ex-portar mais”, afirma .

De forma geral, a desvaloriza-ção do real frente ao dólar, sobre-tudo no decorrer de 2013, permi-tiu preços mais competitivos pa-

ra a exportação da indústria decalçados. O receio da volatilida-de, tanto do câmbio quanto docomportamento dos mercados,porém, impede redução maiorde preços e programação de mé-dio e longo prazos, segundo Hei-tor Klein, presidente da Associa-ção Brasileira da Indústria deCalçados (Abicalçados).

Para Klein, um dólar próximoa R$ 2,20 está dentro da bandade volatilidade prevista pela mé-dia dos calçadistas, mas o pata-mar acende uma luz amarela.Abaixo dessa cotação, diz, ficacomprometida a elevação de vo-lume de exportação e o ganhode mercado. Segundos dadospreliminares da Abicalçados, asexportações de calçados no pri-meiro trimestre chegaram a US$275 milhões, resultado 2,2% in-ferior ao registro do mesmo pe-ríodo do ano passado(US$ 281,1 milhões).

No primeiro bimestre do ano, osprincipais mercados foram Esta-dos Unidos (US$ 29,6 milhões,queda de 9%), França (US$ 15,67milhões, queda de 3,1%) e Rússia(US$ 12 milhões, queda de 24,8%).A Argentina, que até o ano passadoera o segundo principal destino docalçado nacional, caiu para a sextaposição, com queda de 35% em dó-

Marta Watanabe eVanessa JurgenfeldDe São Paulo

A falta de reação mais consis-tente na demanda da União Eu-ropeia e a concentrada pauta deexportação brasileira para os Es-tados Unidos em itens aeronáuti-cos devem dificultar a esperadarecuperação no embarque demanufaturados ao exterior esteano, como resultado da desvalo-rização mais acentuada do realfrente ao dólar desde o segundosemestre de 2013.

A expectativa era que essesdois mercados — historicamenteentre os mais importantes paraexportação de manufaturadosbrasileiros — pudessem neutra-lizar o impacto da crise argenti-na na exportação brasileira. Noprimeiro trimestre, porém, a ex-

portação de manufaturados caiu8% contra iguais meses de 2013,queda mais acentuada que amédia da exportação total, querecuou 2,5%.

Na mesma comparação, o em-barque de manufaturados para aUnião Europeia recuou 6,7% e,para a Argentina, 11,1%. A expor-tação de manufaturados para osEstados Unidos surpreendeu deforma positiva, com alta de 6,6%,mas sobretudo ancorada em ae-ronaves e suas partes e peças, oque joga dúvidas sobre a susten-tabilidade do crescimento nestem e r c a d o.

Nas últimas semanas, a mu-dança de sentido no câmbio,com a apreciação do real contrao dólar, levou algumas consulto-rias a revisar o patamar de dólarprevisto para o fim do ano etrouxe mais incerteza para as in-

dústrias exportadoras.“Além de ser uma alta concen-

trada em poucos itens, é uma ex-portação que não se sustenta nodecorrer do ano”, diz José Augustode Castro, presidente da Associa-ção de Comércio Exterior do Brasil(AEB), sobre as exportações brasi-leiras aos Estados Unidos.

Na avaliação das empresas,porém, apesar de não haver de-manda robusta para diferentesitens, os Estados Unidos aindasão o mercado externo onde hámais expectativa de crescimentoquando comparado com paísesda Europa.

“Acredito numa recuperaçãomais rápida dos Estados Unidos doque na Europa”, disse Harry Sch-melzer Jr., presidente da WEG. “NaEuropa, é mais onde todo mundosofreu. Os negócios não crescem,com exceção da Alemanha.”

Schmelzer Jr. faz um compa-rativo que demonstra algumasdiferenças entre as duas regiões.Cita que, nos últimos dois anos,o mercado de motores elétricosnos Estados Unidos caiu, mas aWEG cresceu em volume, ga-nhando participação de merca-do. Em 2013, no entanto, a em-presa constatou que o mercadoamericano de motores elétricosem geral não caiu. “E isso é umbom sinal [para a economiaamericana]”, diz, referindo-se àretomada . “Na Europa, a gentenão tem essas informações. Asnotícias são de muita dificulda-de ainda”, acrescentou.

Na calçadista Democrata, An-derson Melo, gestor de exporta-ção, explica que no primeiro tri-mestre o crescimento da expor-tação ocorreu por expansão devendas para América Latina, querespondeu por 60% do aumento,Ásia (25%) e, em terceiro lugar, aEuropa (15%). O mercado euro-peu, diz Melo, reage de forma le-ve e gradativa. “Há melhoraspontuais nas vendas para Espa-nha e Holanda.” Para os EstadosUnidos, onde o fornecimento da

JULIO BITTENCOURT/VALOR

Harry Schmelzer, da WEG: recuperação mais rápida nos EUA do que na Europa

Com pressãoinf lac ionária,real podemanter a altaDe São Paulo

A pressão inflacionária deveconcentrar as atenções do go-verno nos próximos meses. Porisso, no campo da política cam-bial, o controle da alta de preçosdeve ser prioridade em relação àcompetitividade para o comér-cio exterior, o que piora o qua-dro já pouco animador para aexportação de manufaturados,com perspectivas de uma conti-nuidade da valorização da moe-da nacional —no patamar atual,de R$ 2,20, ou mesmo a R$ 2,10.Essa é a opinião do economistaFabio Silveira, diretor de pesqui-sa econômica da GO Associados.

“Há uma mudança de cenárioem razão do calendário político,com eleições este ano, e por con-ta da impressionante elevaçãoda inflação nos últimos meses”,diz o economista. Para ele, o pa-tamar do dólar em torno deR$ 2,40 ficou para trás. “Agora apergunta que fica é qual o pisoda taxa de câmbio: R$ 2,10 ouR$ 2,20, um pouco mais ou umpouco menos?”

“Por enquanto, a preocupaçãodo governo federal é com a pressãoinflacionária e não deve haver ini-ciativa para retorno da desvalori-zação cambial”, diz Lia Valls, doIbre-FGV. A perspectiva para as in-dústrias exportadoras, diz Lia, nãoé boa, principalmente quando seleva em consideração a baixa de-manda internacional por produ-tos dessa classe.

Silveira lembra que com aapreciação do real frente à moe-da americana o exportador per-de flexibilidade de preços paraexportação de manufaturados.“Um recuo do dólar de R$ 2,40para algo em torno de R$ 2,20dá diferença próxima a 10%, oque tira rentabilidade e compro-mete a competitividade no mer-cado externo.” (MW)

Fonte: Mdic

Embarque de manufaturadosParticipação na exportação total brasileira

Fatia - em %

1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2011 2013

Demanda fracaValor exportado por destinos selecionados - em US$ bilhões

Argentina Estados Unidos União Europeia

-11,1% 6,6% -6,7%

1º tri./2013 1º tri./2014

2,5

3,0

3,5

4,0

Variação

3,69

2,8

3,59

3,28

2,98

3,35

35

45

55

65

38,44

57,8659,07

36,05

lares (de US$ 16,26 milhões paraUS$ 10,56 milhões).

A valorização recente do realfrente ao dólar gera dúvidas para acomercialização da próxima cole-ção. Anderson Melo, gestor de ex-portação da Democrata, conta queno primeiro trimestre deste ano aempresa conseguiu elevar em 20%a quantidade de pares exportados,na comparação com mesmo perío-do do ano passado. Em 2013, a ele-vação foi de 13% contra o ano ante-rior. Com a recente valorização damoeda nacional, diz Melo, a em-presa pode perder parte da flexibi-lidade na negociação de preços.Segundo ele, a comercialização dacoleção primavera/verão, que co-meça em maio, deverá levar emconta eventual mudança na com-posição de custos ou no câmbio.

Reinaldo Maykot, vice-presi-dente de vendas e marketing daE m b r a c o, explica que até feve-reiro houve “estímulo elevado”para exportação, mas no fim demarço houve uma mudança nocenário, porque o câmbio mos-trou um sentido contrário, coma valorização do real.

“Mas ainda assim é um câmbioque segue favorecendo a expor-t a ç ã o”, afirmou. Maykot, no en-tanto, destaca que mais do que opatamar do câmbio, as exporta-

ções dependem do aquecimento,ou não, de economias interna-cionais, e esse é um cenário difí-cil, tanto na Europa quanto nosEstados Unidos.

O presidente da Tu p y, Luiz Tar-quínio Sardinha Ferro, explicaque a desvalorização cambial ex-perimentada ao longo de 2013 enos três primeiros meses de 2014,que trouxe o dólar para o R$ 2,30,beneficiou a empresa, porque67% das suas receitas vêm do mer-cado externo. Segundo ele, o dó-lar a R$ 2,20 acaba, portanto, ten-do efeitos negativos sobre a recei-ta em moeda estrangeira, masressalta que a expansão geográfi-ca da empresa e a diversificaçãode setores de atuação poderãoajudá-la nesse período.

A WEG não revela as metas deexportação de 2014, mas HarrySchmelzer Jr., presidente da em-presa, diz que não há revisão depreços a partir da valorizaçãomais recente. “O preço dos nossosprodutos é o mercado que dita. Ofato de o dólar cair não significaque o preço será alterado, porquelá nos Estados Unidos, para ou-tros fabricantes, nada mudou. Euconcorro com quem fabrica lá. NaChina também nada mudou. Te-nho que ser competitivo com opreço que está ali.” (MW e VJ)

empresa é para marcas de tercei-ros, o volume ficou estável.

Na Fundição Tu p y, há algumotimismo com o mercado doNafta, que inclui Estados Uni-dos, porque os segmentos de au-tomóveis e veículos comerciaisvêm apresentando sinais decrescimento, principalmente omercado de picapes. Mas, segun-do o presidente da Tupy, LuizTarquínio Sardinha Ferro, há dú-vidas em relação ao mercadoamericano por conta do setor demineração. “Em 2013, o seg-mento teve desempenho aquémdo esperado e, em função disso,estamos cautelosos.”

Em relação à Europa, Tarquínioé um dos poucos empresários quedizem ver alguns sinais positivos.“Apesar de 2013 ter começado bas-tante difícil, os últimos meses de2013 passaram a esboçar um cená-rio de recuperação”, afirmou.

Segundo Reinaldo Maykot, vice-presidente de vendas e marketingda E m b r a c o, os Estados Unidosmostraram até agora uma recupe-ração mais acentuada do que ospaíses da Europa. Maykot diz que olado positivo é que pelo menos aEuropa não está mais em queda.

Para alguns economistas, o ce-nário para o resto do ano indicacontinuidade do baixo cresci-mento nos Estados Unidos equase nenhuma expansão naEuropa. A GO Associados estima2,5% de crescimento da econo-mia americana este ano. A taxanão é de um “crescimento ex-t r a o r d i n á r i o”, capaz de indicarelevação de demanda de manu-faturados brasileiros, diz o eco-nomista Fabio Silveira. “A avalia-ção é de crescimento lento, jáque há dúvida sobre o cresci-mento sustentado da indústria,da massa salarial e do varejo.”

“Em relação à Europa, é preci-so comprar um banquinho e sen-tar ”, afirma Silveira. A consulto-ria estima crescimento de 0,6%para a zona do euro, o que é con-siderado um avanço para uma

região que até o ano passadoapresentava retração econômica.“Mas entre a melhor situação fis-cal dos países e a criação de ummaior dinamismo econômico háum longo terreno a percorrer”,avalia. No primeiro trimestre, asexportações de manufaturados àUnião Europeia caíram 6,7% con-tra iguais meses de 2013.

Para Lia Valls, economista doIbre-FGV, o crescimento america-no precisaria ser muito forte parapermitir ao Brasil uma diversifica-ção maior da pauta de exportaçãoaos americanos. Em relação à Ar-gentina, um vizinho consideradosempre imprevisível, e onde houveuma política de restrições de im-portações, Lia explica que os dadosdo primeiro trimestre, com quedade 11,1% no valor exportado demanufaturados, confirmam asperspectivas negativas.

Comércio exterior Câmbio melhor não estimula venda de manufaturados

Lenta recuperação de Europa eEUA vira barreira à exportação

02/04/2014Brasil Econômico Brasil | Pág. 10

14/04/2014Jornal NH Negócios | Pág. 11

14/04/2014ClicRBS - Acerto de Contas clicrbs.com.br/acertodecontasGeral

07/04/2014 Jornal do Comércio Empresas & Negócios | Pág. 12

22/04/2014Valor Econômico Brasil | Pág. 4

25/04/2014Diário de Canoas Comunidade | Pág. 16

Queremos investigaçãoda importação doParaguai. Acreditamosque há empresaschinesas escoando suasproduções pelo paísvizinho, se favorecendodos incentivosfiscais doMercosul”HeitorKleinPresidente daAbicalçados

Oschinesesparecemterencontra-do um jeitinho brasileiro para dri-blar asmedidas antidumpingado-tadas pelo governo federal em2010 que visam proteger a indús-tria calçadistanacional. SegundoaAssociação Brasileira da Indústriade Calçados (Abicalçados), é cres-cente o número de empresas gaú-chas, situadas na região do ValedosSinos—tradicionalpolocalça-dista do Rio Grande do Sul —, quefabricam sapatos utilizando com-ponentes importados da China,acima damédia de nacionalizaçãode 40%. Essa parceria entre brasi-leiros e chineses tem resultado nafabricação de sapatos com valor50%maisbaixoqueossimilares fa-bricados apenas com componen-tesnacionais.

“Trata-se de uma nova práticade concorrência desleal, porque,ao fabricar calçados com compo-nentes chineses, ao invés de im-portar o calçado pronto vindo daChina, o importador deixa de de-sembolsar a taxa deUS$ 13,85 es-tabelecida pelo governo e aindapaga menos imposto, com redu-ção de alíquota de 35%— que é opercentual que incide sobreopro-dutopronto—,para algoemtornodos 18%, que é a taxa dos compo-nentes”, afirmaHeitorKlein,pre-sidente da Abicalçados, mencio-nando que a entidade pretendeexigir que oMinistério do Desen-volvimento, Indústria e ComércioExterior (MDIC) intensifique a fis-calizaçãodas importaçõesdecom-ponentes no país.

“Além dessa prática, tambémqueremos que o governo investi-guemelhorasoperaçõesdeimpor-taçãodecalçadosecabedais (queéaparte de cimado calçado) vindosdoParaguai para o Brasil. Até ondesabemos, a indústria paraguaianão tem capacidade de produçãocompatível com os volumes de-sembarcados de lá para cá. Por is-so, acreditamos que há empresaschinesas escoando parte de suasproduções pelo país vizinho, comoobjetivo de se favorecer, inclusi-ve, de incentivos fiscais concedi-dos peloBrasil emacordos comer-ciaiscompaísesdoMercosul”,res-saltaKlein,mencionandoquedes-de que o governo lançou mão dasmedidasantidumpingcontraaChi-na, a importação de calçados chi-neses caiu no país, atingindo US$107milhõesemreceitanoanopas-sado, sendo desbancada pelas im-

portações do Vietnã, que totaliza-ramUS$295,7milhões, eda Indo-nésia, com US$ 109,7 milhões. AAbicalçados suspeita de dumpingdesses doispaíses também.

De acordo comMoacir Berger,presidente da Associação das In-dústrias de Curtume do Rio Gran-de do Sul (AICSUL), a importaçãoirregularchinesanomercadobrasi-leiro gera impactos negativos nãoapenasparaos fabricantesbrasilei-rosde sapatos,mas tambéma todacadeia produtiva do setor. “Essaconcorrência desleal fragiliza osnegócios dos fornecedores da in-dústria calçadista local. Nós, do

segmento de couro, percebemosanoaanooencolhimentodenossaparticipaçãonomercadodomésti-co”, diz, mencionando que esteano a expectativa do segmento éexportar 75% da produção anualde 10 milhões de peças de couro,enquanto no ano passado o volu-meexportado foi de cercade50%.“A busca pelomercado externo foiestratégia de sobrevivência paranós. O Brasil é o maior produtormundial de couro e o ideal é queboapartedenossaproduçãopudes-se contar com espaço nomercadodoméstico, mas o fato é que esta-mosperdendomercadoparao im-

portado”,argumenta,mencionan-doqueaaltadodólarnoanopassa-docontribuiuparamelhorar as re-ceitas das exportações de courodoRio Grande do Sul, que somaramUS$506mil em2013.

Em consonância, Heitor Kleinafirma que cada par de sapato im-portado tira mercado do produtorbrasileiro, reduzindooníveldaati-vidadeedoempregonopaís.Atual-mente,a indústriacalçadistabrasi-leira conta com1,8mil fabricantesque geram 328 mil empregos, se-gundo dados da Abicalçados de2013. “Nossocontingentedemão-de-obra, queerade400mil traba-lhadores no período entre 2004 e2005, temdiminuído”.

Segundo Klein, no Brasil sãoproduzidos 894 milhões de paresde calçados, dos quais 122,9 mi-lhões são exportados para paísescomo Estados Unidos, Argentina,França, Paraguai e Angola. As im-portações,por suavez,detém18%de participação no mercado, so-mando56milhõesde pares.

O presidente da Abicalçadosdizqueoaspectomaispreocupan-tedas importaçõesasiáticaséoseuritmodecrescimento.“Noanopas-sado, as importações cresceram12,5%emreceitae9,8%emconsu-modepares noBrasil, enquanto asexportações nacionais registraramaltamodestade0,2%ede8,5%nonúmerodepares”, argumenta.

[email protected]

BRASIL

São Paulo

FotosDivulgação

Chinadribla antidumpingnoRS

Emnoveanos,estoquedemãodeobradosetornopaísrecuoude400miltrabalhadorespara328mil

Abicalçados suspeita que empresas gaúchas estejammontando sapatos no país comcomponentes chineses,desrespeitando índice de nacionalização do produto. Entidade vai pleitearmais rigor na fiscalização do governo

Desde que o governoinstituiumedidasdeproteção à indústriabrasileira em2010,a importaçãode calçados chinesesperdeu espaçonopaís paraoVietnã e a Indonésia

10 Brasil Econômico Quarta-feira, 2 de abril, 2014

CONSELHO DELIBERATIVO

[...] ESTAMOS PREPARANDO UM PROGRAMA ATRATIVO QUE POSSIBILITE A PARTICIPAÇÃO DE UM EXPRESSIVO NÚMERO DE EMPRESÁRIOS

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maio 2014 - abinforma 3

especial

A noite do dia 10 de abril de 2014 ficará na história do setor calçadista brasileiro. Isso porque neste dia, no Espaço TAO, em Novo Hamburgo/RS, foi entregue a segunda edição

do Prêmio Direções Abicalçados. Foram premiadas as indústrias com as melhores práticas nas categorias de Marketing, Industriais, Design e Internacionais. Além das empresas, receberam os troféus Destaque o jornalista com a melhor matéria sobre o setor calçadista ao longo de 2013, a personalidade do ano, o projeto destaque em sustentabilidade e o sindicato com mais associados engajados na iniciativa.

O presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, ressaltou que o momento especial destaca a maturidade da indústria calçadista nacional. “Além de comemorar, nesta data, o 31º ano da en-tidade, é importante destacar aqui as empresas e personalidades que encontram nesta atividade a realização do seu empreendedorismo e de suas carreiras profissionais”, discursou o executivo, destacando também o objetivo de tornar as boas práticas evidenciadas pelo Prêmio estímulos e modelos para outras empresas e profissionais engajados no processo de desenvolvimento da competitividade do setor calçadista nacional.

O fundador da Arezzo, Anderson Birman, que recebeu o Destaque Personalidade na oportunida-de, ressaltou a importância da iniciativa e agradeceu a “família” que faz a empresa. “Mas o meu agradecimento especial é para o setor calçadista, do qual tenho orgulho de pertencer”, disse.

A realização do Prêmio Direções é da Abicalçados e os patrocínios ouro da Caixa Econômica Federal, Apex-Brasil, Grupo Couromoda, Francal Feiras e VPSA; e patrocínios prata da Lectra, Fastcargo e New Profissionais da Imagem.

Veja alguns registros do evento na página 8 do informativo.

Direções de DesignMédio/grande porte: Kidy Birigui Calçados Indústria e Comércio Ltda - Sticky: o tênis que

aumenta de tamanho

Micro/pequeno porte: Usthemp Indústria e Comércio de Calçados e Confecções Ltda -

Usthemp Jeans: design e sustentabilidade

Direções de MarketingMédio/grande porte: Rafarillo Indústria de Calçados Ltda - A nova cara da Rafarillo

Micro/pequeno porte: Bischoff Creative Group - Celebration: A transformação de uma

data em uma estratégia de marketing

Direções IndustriaisMédio/grande porte: Calçados Bibi Ltda - A Evolução na Análise da Eficiência Fabril – A

Gestão Lucrativa dos Postos de Trabalho Bibi

Micro/pequeno porte: Indústria de Calçados Dian Pátris Ltda - Projeto de Conversão

Tecnológica e Sustentável

Direções InternacionaisMédio/grande porte: Amazonas Produtos Para Calçados Ltda - Projeto CHINA EM AÇÃO

Micro/pequeno porte: Ghetz Exportadora e Importadora Ltda - Anatomic & Co nos pés

do mundo

Destaque DireçõesJornalista: Camila da Veiga da Silva – Jornal Exclusivo/Grupo Sinos - O Brasil está na moda

Projeto de Sustentabilidade: Sindicato da Indústria de Calçados, Componentes para

Calçados de Três Coroas – Conhecimento Nunca é D+

Sindicato: Sindicato da Indústria de Calçados de Igrejinha

Personalidade do Setor: Anderson Birman - Arezzo

UM BRINDE À EXCELÊNCIA DO SETOR CALÇADISTA BRASILEIRO

André Henz (Kidy) recebe Prêmio na categoria Design - Médio e Grande Portes

Janaina Rezende, Veldecir Menezes, Wesley Vieira e Bruna Pini (Ghetz)

Fabiano Bladt (Usthemp) -à direita - recebe Prêmio na categoria Design - Micro e Pequeno Portes

Cloves Cintra e Valter Cintra (Rafarillo)

Glaumir Pedro Kaiser (Dian Pátris) recebe Prêmio na categoria Industriais - Micro e Pequeno Portes

Juliano Mapelli (Sind. Três Coroas) - à esquerda - recebe Destaque Direções - Sustentabilidade

Denise Pomjé (Jorge Bischoff) recebe Prêmio na categoria de Marketing - Micro e Pequeno Portes

Saulo Pucci Bueno (Amazonas) - à direita - recebe Prêmio na categoria Internacionais - Médio Grande Portes

Renato Klein (Sind. Igrejinha) - à esquerda - recebe Destaque Direções - Sindicato

Rosnaldo Inácio da Silva (Bibi) - à esquerda - recebe Prêmio na categoria Industriais - Médio e Grande Portes

Camila da Veiga da Silva (jornal Exclusivo) recebe Destaque Direções - Jornalista

Anderson Birman - à direita - recebe Destaque Direções Personalidade do Setor

CONFIRA A LISTA DOS VENCEDORES

Representantes da Rafarillo, vencedores na categoria Marketing, e da Ghetz, vencedores na categoria Internacionais receberam o prêmio posteriormente

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abinforma - maio 20144

abinotícias

O presidente-executivo da Abi-calçados, Heitor Klein, mediou,

no último dia 8 de abril, durante a abertura do VIII Simpósio Brasileiro de Biomecânica do Calçado, na Uni-versidade Feevale, a mesa “finan-ciamentos para o setor calçadista”. Junto dele, participaram o presi-dente do Badesul, Marcelo Lopes, a diretora-presidente da Fapergs, Nádya Pesce da Silveira, e a CEO do Tecnosinos, Susana Kakuta. O evento foi promovido pelo Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC).

Para o executivo da Abicalçados, o interesse de técnicos e gestores so-bre o tema é motivo de satisfação. “Dentro de um contexto de perda da competitividade por motivos ma-croeconômicos, a saída é inovar e os recursos são importantes para viabi-lização dos investimentos”, disse.

A CEO do Tecnosinos, Susana Kaku-ta, destacou que o setor calçadista deve apostar em inovação e tecno-logia. “Só a intensificação da mão de obra não é o suficiente. Evidente

que temos problemas com uma alta carga tributária, custos elevados de estrutura, mas é preciso investir mais em inovação para a garantia da competitividade”. Ela citou o exem-plo da Coreia do Sul, que apostando na economia baseada no conheci-mento e inovação tecnológica saltou de um PIB per capita de US$ 100 para um de US$ 30 mil em 25 anos. Susana ressaltou que, do case do país asiático, ficam três lições para o investimento em inovação: é pre-ciso capital institucional, governo e iniciativa privada comprometidas com a geração de conhecimento; conteúdo de fomento, disponibilida-de de recursos para inovação e um calendário de editais previsível; e capital empreendedor, empresários que assumam o risco. “Aqui, no setor calçadista, temos um bom exemplo de inovação, o SOLA, que é um pro-jeto promovido pela Abicalçados e que tem o objetivo de integrar e fa-cilitar a logística entre calçadistas e fornecedores de insumos”, destacou.

Reforçando o anúncio feito pela Fundação de Amparo à Pesquisa do

Rio Grande do Sul (Fapergs) no iní-cio de abril, sobre a disponibilização de mais de R$ 45 milhões em editais para fomentar a pesquisa científica no Estado, a diretora-presidente da Fundação, Nádya Pesce da Silvei-ra, destacou a importância do fi-nanciamento público para projetos inovadores.

Marcelo Lopes, presidente do Ba-desul, encerrou o ciclo de debates ressaltando a “agenda dura” que é investir em inovação tecnológica no setor calçadista. “Precisamos recu-perar nossa capacidade industrial perdida ao longo dos anos. Para isso, é necessário avançar muito nos pro-cessos inovadores”, disse. Segundo

ele, é necessário posicionar os cien-tistas, cada vez mais, nas empresas. “Nos Estados Unidos, 80% dos cien-tistas estão nas empresas e 20% nas universidades. No Brasil é o contrário. Precisamos inverter urgentemente”, comentou. Segundo ele, inovação é o conhecimento comercializado e “uni-versidade não vende nada”.

Teve início no último dia 23 de abril, na sede da Abicalçados, em Novo Hamburgo/RS, o curso de “Planeja-mento e Montagem de Coleção”. O objetivo do curso, ministrado pela professora Meline Moumdjian, do Is-tituto Europeo di Design (IED), é ca-pacitar profissionais ligados à moda para que estejam aptos a enfrentar os desafios contemporâneos do seg-mento, que exige cada vez mais agi-lidade e diversificação de produtos.

O coordenador da Unidade de De-senvolvimento da Abicalçados, Cris-tian Schlindwein, ressalta que criar oportunidade para o setor calça-dista desenvolver suas empresas e profissionais é uma diretriz seguida pela entidade e que se consolida na parceria com um instituto renoma-do internacionalmente como o IED. “Temos a segurança de profissio-nais gabaritados com experiência de mercado que vão trazer aos alunos não só um apoio acadêmico, mas caminhos práticos da rotina de tra-balho e uma rede de contatos im-portante para sua área de atuação”, avalia o gestor.

ConhecimentoConforme o programa, a montagem da coleção deve passar, invariavel-mente, por um planejamento, pois os custos de desenvolvimento e metas produtivas da empresa devem ser levados em consideração na escolha das construções e todos os outros componentes aplicados ao projeto.

Para Carolina Sétra Castanho, da Sugas Shoes, a iniciativa da parce-ria Abicalçados e IED é de extrema relevância para o setor calçadista brasileiro. “Gostei muito das aulas – ocorreram encontros nos dias 23 e 24 de abril -, especialmente da tro-ca de informações entre alunos e a professora, favorecendo a consolida-ção ou até a mudança de conceitos arraigados em relação a sapatos, bolsas e marcas em geral”.

A aluna Cristiane Mavszak, da Q. Sonho, fez coro á colega de classe, acrescen-tando que o curso concede a oportuni-dade de ampliação dos conhecimentos e a adaptação dos conceitos à realida-de do mercado calçadista. “O conheci-mento é importante para que se possa,

cada vez mais, oferecer produtos que realmente atendam às necessidades do nosso público-alvo”, disse.

Aulas O curso “Planejamento e Montagem de Coleção”, que teve início no dia 23 de abril, se estende até o próximo dia 15 de maio. São duas aulas se-manais, nas quartas e quintas-feiras, ministradas na sede da Abicalçados.

A parceria entre Abicalçados e IED promoverá, ainda, entre os dias 21 de maio e 29 de maio, nas quartas e quin-tas-feiras, das 19h30min às 22h30min, o curso “Playstorming e Design Estra-tégico”. Ministrado por Rodrigo Najar, do IED, ele tem o objetivo de, junto com o design, aplicar a metodologia do “Playstorming” - treinamento em cria-tividade e inovação focado em preparar pessoas para a inovação.

Para o segundo curso ainda há vagas. Associados à Abicalçados têm 10% de desconto. Mais infor-mações com Camila Oliveira, pelo telefone 51 3594-7011 ou pelo e-mail [email protected].

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados aprovou, em reunião no dia 23 de abril, parecer favorável ao projeto de Lei 6.647/13, de autoria do depu-tado Jorge Corte Real (PTB/PE), que prevê a prorrogação, até 31 de dezembro de 2016, do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (REINTEGRA).

O relator do PL, deputado federal Renato Molling (PP/RS), falou da im-portância da medida. “Estamos reconstruíndo um caminho para a reto-mada do REINTEGRA, que foi suspenso em dezembro passado e não foi prorrogado pelo Governo Federal”, explicou o parlamentar. Para ele, o Regime que devolve 3% do que é exportado “é essencial principalmente para a indústria de transformação”.

O PL 6.647 segue agora para análise das comissões de Finança, Tributação e Constituição e Justiça e depois tramitará no Sena-do Federal. O projeto está sujeito à apreciação conclusiva pelas Comissões, ou seja, não precisará ser votado no Plenário.

KLEIN É MEDIADOR DE DEBATE SOBRE FINANCIAMENTOS PARA SETOR CALÇADISTA

ABICALÇADOS E IED PROMOVEM CURSO ESPECÍFICO PARA CALÇADISTAS

COMISSÃO APROVA PROJETO QUE PREVÊ PRORROGAÇÃO DO REINTEGRA

Executivo da Abicalçados participou da abertura do VIII Simpósio de Biomecânica, em Novo Hamburgo

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maio 2014 - abinforma 5

abinotícias

Entre os dias 1 e 3 de setembro, a 2ª edição das feiras FICANN – Feira Internacional de Calçados e Artefatos Norte Nordeste

e NORDESTE PRÊT-À-PORTER - Feira Internacional de Negócios para Indústria de Moda, Confecções e Acessórios – apresenta o me-lhor da moda em calçados, vestuário e acessórios para a temporada de alto verão. Nesta oportunidade, o Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, receberá 160 expositores que poderão realizar negócios com os lojistas das regiões Norte e Nordeste.

Em 14 mil metros quadrados de área de exposição, as feiras apresen-tarão uma gama diversificada de produtos como calçados (femininos, masculinos e infantis), bolsas, artefatos de couro, artigos de viagem, artigos esportivos, acessórios de moda, confecções femininas e mas-culinas, camisaria, moda festa, malharia, tricô e jeans.

Apostando no crescimentoFICANN e NORDESTE PRÊT-À-PORTER foram criadas para aten-der as necessidades do varejo de calçados e confecções do Norte e Nordeste, uma das regiões que mais cresce no cenário econômico, responsável por 16% de tudo que é consumido no País.

Estudos realizados pela empresa de consultoria LCA mostram que enquanto a previsão nacional para o PIB em 2014 é de um aumento de 2,9%, o Norte e Nordeste devem crescer 3,8%, ou seja, acima da média nacional; e até 2020 os estados da região serão os que mais crescerão em vendas em todo o País. Completando este cenário po-sitivo, em 2013, o Estado do Ceará registrou o maior crescimento no Nordeste, segundo relatório trimestral do Banco Central.

Abdala Jamil Abdala, presidente da FICANN e da Francal, destaca que é neste cenário de crescimento que as feiras acontecem geran-do a oportunidade de indústria e varejo fazerem grandes negócios

em um mercado com amplo potencial de crescimento. “Esta segunda edição vem consolidar a importância do evento e contribuir para o crescimento do Ceará que é um importante consumidor de produtos de moda alto verão”.

Um evento completoJorge Souza, diretor superintendente do Grupo Couromoda, enfatiza a importância de reunir em um mesmo evento os setores de calça-dos e confecções. “Os lojistas do Norte e Nordeste vão encontrar na FICANN e NORDESTE PRÊT-À-PORTER todas as novidades para alto verão em calçados, acessórios e confecção. É uma oportunidade única para em apenas três dias, em um mesmo evento, conhecer as coleções de moda que vão abastecer as vitrines para as vendas de final de ano”, destaca Souza.

A realização da FICCAN é uma iniciativa conjunta de duas das mais importantes promotoras de feiras do País, a Francal Feiras e o Grupo Couromoda (ambas com sede em São Paulo), que se associaram na constituição de uma empresa sediada em Fortaleza (FICANN Feiras Comerciais do Norte e Nordeste Ltda.) para gerir o evento e buscar novas oportunidades no setor. Já a NORDESTE PRÊT-À-PORTER é uma realização exclusiva do Grupo Couromoda.

A bela cidade de Gramado, na Serra Gaúcha, receberá, entre os dias 26 e 28 de maio, a 13ª edição do Salão Internacional do Couro e do Cal-çado (SICC). O evento, que acontece nos pavi-lhões do Serra Park, apresentará as coleções de primavera-verão 2014/2015 de 350 expositores. A expectativa da Merkator Feiras e Eventos, é de comercializar a produção de dois meses.

Lojistas de todo o país já estão confirmando pre-sença da feira. Conforme a Merkator, promotora do evento, já estão confirmados lojistas de todos os estados do País, uma procura superior a do ano passado.

Durante a feira, a Abicalçados promove mais uma edição do Projeto Comprador Regional, que tra-rá quatro importadores, três do Equador e um da África do Sul. Além disso, a equipe da entidade acompanhará os blogueiros do projeto Fashion Bloggers em visita à mostra (leia as matérias na página 6).

A feira, mais uma vez, é viabilizada como o apoio dos sindicatos das indústrias de calçados de Es-tância Velha, Ivoti, Igrejinha, Novo Hamburgo, Pa-robé, Sapiranga e Três Coroas.

FICANN E NORDESTE PRÊT-À-PORTER CHEGAM À 2º EDIÇÃO GRAMADO

RECEBE MAIS UMA EDIÇÃO DO SICC

As duas feiras vão reunir cerca de 160 expositores de calçados, bolsas e vestuário

Page 6: Abinforma - Maio de 2014

abinforma - maio 20146

Maio também é mês de Projeto Comprador Re-gional com um grupo formado por compradores do Equador e da África do Sul. Parte do grupo inicia o trabalho por Franca/SP, polo conhecido como especialistas em calçados masculinos. De lá, eles vêm a Gramado, onde encontram outros convidados e participam do SICC, que vai de 26 a 28 de maio.

“Nossa intenção é aproveitar a oportunidade da vin-da desses compradores e apresentar a maior gama possível de marcas brasileiras dispostas a exportar”, comentou Maria Patrícia Freitas, analista da Unidade de Promoção Comercial da Abicalçados, responsável pela ação. O Projeto Comprador Regional inicia no dia 21 de maio, e termina no dia 29, quando os compra-dores retornam aos seus países.

Através do projeto Calçado da Fama, do Brazilian Footwear, a Amazonas Sandals participou de um dos mais badalados festivais de música do mundo, o Coachella. O evento acon-teceu em Indio, nos Estados Unidos, de 11 a 13 de abril e contou com a presença massiva de celebridades internacionais, como Katy Perry, Fergie, Jared Leto, além de modelos, como Alessandra Ambrósio, e artistas consagrados do cinema americano.

A Amazonas Sandals aproveitou a oportunidade para calçar essas ce-lebridades e difundir o conceito eco-lógico da marca, que estava alinhado com os valores do próprio Coachella. “Ações como essa nos possibilitam atingir um público muito influente no cenário internacional. Através deles, conseguimos difundir não apenas a marca, que ainda é muito nova, mas o conceito de sustentabilidade que

norteia nossas coleções”, declarou Daniel Maia, supervisor de exporta-ção da empresa.

Jax Taylor e Carmen Leslie, ambos do programa Vanderpump Rules, demons-traram a satisfação com as sandálias em seus próprios canais de mídias so-ciais. “Amazonas Sandals, suas sandálias pretas salvaram minha vida neste final de semana no Coachella. As mais con-fortáveis que já usei”, postou Taylor. No mesmo dia, Carmen postou: “Amazonas Sandals, estou apaixonada pelas minhas sandálias. Recuso-me a tirá-las.”

No total, a marca alcançou mais de 9,8 milhões de visualizações na internet, além de artistas como Audrina Patrid-ge, Christina Milian, Nathalia Ramos, Tiya Sircar, Jessica Lowndes, Billy Brown, Amber Rose, Chuck Liddell, Mikey Roe, Chris Wolstenholme e Big Boi calçando as sandálias da marca.

A cidade de Gramado/RS receberá a visi-ta de dois influentes blogueiros de moda

internacionais. A Italiana Alessia Milanese, do The Chili Cool, e o colombiano Gerson Rojas, do Maximo Official. A iniciativa é do Brazilian Footwear, programa de promoção de expor-tações brasileiras de calçados, uma parceria entre Abicalçados e Agência Brasileira de Pro-moção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que promove a terceira edição do pro-jeto Fashion Bloggers.

“Pela primeira vez estamos trazendo um blogueiro que trabalha tendências de moda masculina, cada vez mais fortes no cenário de moda internacional. Nossa expectativa é apresentar, de forma mais abrangente, a gama diversa de produtos que nossa indústria é ca-paz de fazer”, declarou Alice Rodrigues, ana-lista da Unidade de Promoção de Imagem da Abicalçados e responsável pelo projeto. Essa é a terceira edição do Fashion Bloggers, que já trouxe a norte-americana Annie Greenberg, do Refinery29, a italiana Veronica Ferraro, do The Fashion Fruit, e a francesa Caroline Back de Surany, do Caroline Daily.

Os convidados vêm ao Brasil para uma seção de fotos com calçados brasileiros, seleciona-dos previamente por eles. A escolha das loca-

ções é estratégica, de forma a mostrar novas paisagens do Brasil a cada edição do projeto. “Queremos que a experiência dos blogueiros seja completa. Além de conhecer a indústria e nossas marcas de calçados, eles devem en-tender a riqueza e a diversidade da cultura brasileira”, explicou Alice. O primeiro projeto aconteceu no Rio de Janeiro e o segundo em Salvador, na Bahia.

Para a coordenadora da Unidade de Pro-moção de Imagem, Roberta Ramos, os blogs tornaram-se importantes canais de dissemi-nação de moda e comportamento. “Os blogs de moda são hoje referência na construção

de tendências e influenciam massivamente o comportamento de consumo. O Fashion Bloggers é um projeto que traz esses impor-tantes formadores de opinião para perto da indústria calçadista brasileira, apresentan-do marcas, coleções e a riqueza da cultura do País. E é para mostrar essa pluralidade cultural que, a cada edição, escolhemos uma locação diferente e importante no cenário brasileiro.”

O projeto acontece de 26 a 30 de maio, mes-ma semana em que acontece o SICC – Salão Internacional do Couro e do Calçado, também em Gramado.

PROGRAMA DE PROMOÇÃO ÀS EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS, DESENVOLVIDO PELA ABICALÇADOS EM PARCERIA COM A APEX- BRASILbrazilian footwear

COMPRADORES INTERNACIONAIS CONHECEM POLOS CALÇADISTAS

AMAZONAS SANDALS É DESTAQUE NO FESTIVAL NO COACHELLA

BLOGUEIROS INTERNACIONAIS DESEMBARCAM EM GRAMADO

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maio 2014 - abinforma 7

Uma nova unidade do Grupo Amazonas foi inaugurada em Campo Bom/RS, a 57 qui-

lômetros da capital gaúcha, no dia 29 de abril. Esta unidade de 20 mil metros quadrados é re-sultado do processo de expansão da empresa, que tem sua matriz sediada em Franca, interior de São Paulo, e que atualmente possui seis fá-bricas no Brasil e no exterior - duas em Franca, duas em João Pessoa/PB, uma em Jequié/BA e uma em Montevidéu, no Uruguai; além de unida-des de atendimento em Novo Hamburgo/RS, São João Batista/SC, São Paulo/SP, Americana/SP, Nova Serrana/MG e Buenos Aires, na Argentina.

O Grupo Amazonas - responsável por mais de dois mil empregos diretos, sendo a maior fabricante de componentes para calçados, móveis e embalagens da América Latina e um dos maiores do mundo – leva para Campo Bom uma unidade de negócios completa. No local há showroom, laboratório e atendimento técnico em adesivos. Também conta-rá com a unidade da Amazonas Logística (AM Log) - uma das mais completas da empresa e que conta com saídas diárias para diversos destinos. Além dis-so, a Amazonas Campo Bom contará com labora-tório para criação e desenvolvimento de pinturas e

texturas especiais para solados laqueados.Vale lembrar que trata-se de uma mudança de município – já que a empresa está localizada em Novo Hamburgo há mais de 40 anos – impulsio-nada pela necessidade de crescimento e aprimo-ramento logístico, uma vez que o novo endereço gaúcho facilita o acesso que permeia toda a rota do Vale do Sinos. Além disso, a nova unidade ofe-rece maior infraestrutura para agrupar no mes-mo espaço todos os negócios do Grupo, incluindo depósito, laboratórios, showroom, atendimento e amplo espaço de armazenamento logístico; o que trará melhorias no atendimento inclusive a outros segmentos da Amazonas, como Embala-gens, Moveleiro e Construção Civil. “A abertura desta nova unidade irá proporcionar novas oportunidades de negócios para todo o Grupo Amazonas, melhorando ainda mais nossa atuação na Região. O Rio Grande do Sul sempre foi de extrema importância para nós. Conta com um dos principais polos calçadistas do País e, com certeza, um dos mais estratégicos. Somos acolhidos pela Região há 43 anos e temos os melhores laços com o Estado”, comemora Saulo Pucci Bueno, diretor do Grupo.

Quem se beneficia são todos, como aponta Faisal Karam, prefeito de Campo Bom. “É com orgulho e muita expectativa que a co-munidade de Campo Bom recebe esta im-portante empresa que contribuirá muito para o desenvolvimento da cidade, gerando mais empregos, renda e fazendo girar a en-grenagem da economia. Empresas do porte da Amazonas são fundamentais para a ma-nutenção da qualidade de vida da comunida-

de de Campo Bom, uma cidade privilegiada em termos de infraestrutura e localização e que investe no futuro justamente por contar com o privilégio de parcerias como a que se inicia com a do grupo Amazonas”. Amazonas possui mais de seis décadas de muita pesquisa e inovação tecnológica aplicada aos so-lados, adesivos, compostos e private label, expor-tados para os cinco continentes.

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EXPORTAÇÕES REGISTRAM QUEDA EM MARÇODepois de um mês de fevereiro de leve recuperação, as exportações de calçados voltaram a cair em março, quando foram exportados 10,2 milhões de pares que geraram US$ 79,2 milhões. Os números apontam para quedas de 4,3%, em receita, no comparativo com igual mês do ano passado e de 22,7% com relação a fevereiro.

No acumulado do primeiro trimestre, as exportações de calçados continuam com resultados negativos no comparativo com igual período do ano passa-do. Nos três meses foram embarcados 33,45 milhões de pares que geraram US$ 274,6 milhões, resultado 2,3% inferior ao auferido no primeiro trimestre de 2013. Em pares, porém, foi registrada uma alta de 8,1%, explicada pela queda de 9,7% no preço médio pago pelo produto brasileiro, agora em US$ 7,59.

Se as exportações seguem caindo, a tendência oposta é verificada nas im-portações. No mês três entrou no Brasil o equivalente a US$ 50,2 milhões, somando US$ 171 milhões no trimestre. No comparativo com o mesmo trimestre do ano passado o aumento é de 16,3%. O resultado é uma queda na balança comercial de calçados de 22,7%.

Angola já é o terceiro principal destinoCrises macroeconômicas e turbulências políticas seguem atrapalhando o de-sempenho do calçado nacional em mercados mais tradicionais, como Estados Unidos, França e Argentina. No primeiro trimestre, as exportações para os Es-tados Unidos caíram 1,5% com relação a igual período do ano passado (de US$ 44,54 milhões para US$ 43,86 milhões). Já as vendas para a França caíram 4,2% (de US$ 20 milhões para US$ 19,2 milhões) e para a Argentina 43% (de US$ 24,75 milhões para US$ 14,13 milhões). A Angola desbancou a Argentina e agora é o terceiro principal destino do produto verde-amarelo. No primeiro trimestre os angolanos compraram o equivalente a US$ 16,22 milhões em cal-çados brasileiros, um incremento de 55% ante o mesmo período de 2013.

Importações de esportivos assustamOs importadores de calçados esportivos, especialmente dos provenientes da Ásia, seguem aproveitando o momento da Copa do Mundo para invadir as vitrines na-cionais. Nos três primeiros meses, as importações destes produtos aumentaram muito mais do que as compras totais de calçados do exterior. Entre janeiro e março, entraram no Brasil o equivalente a US$ 85,16 milhões em produtos es-portivos, 50% mais do que o registrado no mesmo período de 2013. Segundo a Abicalçados, muitas destas importações, que chegam com carimbo de países como Vietnã, Indonésia e até Paraguai, são, na realidade, provenientes da China.

Em partes, porém, as importações caíram 18,4% em dólares. No primeiro tri-mestre deste ano entraram no Brasil o equivalente a US$ 21,5 milhões em cabedais, solas, saltos, palmilhas entre outros componentes. A principal origem segue sendo a China, que responde por 55% do total importado.

Fonte: MDIC/Abicalçados

GRUPO AMAZONAS EXPANDE NEGÓCIOS E INAUGURA NOVA UNIDADE EM CAMPO BOM, NO RIO GRANDE DO SUL

balança comercial

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social

NOITE DE CONFRATERNIZAÇÃO DO SETORConfira algumas das presenças na cerimônia de entrega do Prêmio Direções, no Espaço TAO, em Novo Hamburgo/RS

Luis Felipe Nascimento (Unisinos), Ronise Ferreira dos Santos (PUC-RJ), Cristian Schlindwein (Abicalçados) e Cláudio Senna Venzke (UFRGS)

Danilo Cristófoli (Cristófoli), Luciane Varisco (Grupo Sinos) e Cristiano Bet (Grendene)

Juliano e Tatiana Mapelli (Sindicato das Indústrias de Calçados de Três Coroas)

João Fernando Hartz (Sunset Shoes) e Anderson Birman (Arezzo)

Genaro Galli (ESPM-Sul) e Mariana Gomes (Apex-Brasil)

Moacir Berger (AICSul), Ernani Reuter e Adalberto Leist (Paquetá)

Renato Klein (Sindigrejinha e Piccadilly) e Micheline Grings (Piccadilly)

Luis Coelho (Sindigrejinha), Marco Copetti (Sebrae) e Rogério Dreyer (Abicalçados)

Marlim e Suzana Kohlrausch (Bibi) e Marco Kirsch (ACI)

Gilmar Dalla Rosa (Couromoda), Raul Klein (Kildare) e Marlos Schimitt (Abrameq)

Saulo Pucci Bueno (Amazonas), Willian Marcelo Nicolau (Assintecal), Paulo Griebeler (IBTeC) e Daniel Noschang (Grupo Sinos)

João Fischer (Deputado estadual) e Lioveral Bacher (Paquetá)