Abinforma - Dezembro de 2014

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INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS DEZEMBRO 2014 | Nº 281 | ANO XXIV No próximo dia 10 de dezembro, a Abicalçados e a Apex-Brasil assinam o novo convênio do Bra- zilian Footwear para o biênio 2015/2016. Com aporte de R$ 41,4 milhões, o programa busca ca- pacitar, desenvolver e promover as marcas brasi- leiras no exterior, aumentando a competitividade e o leque de mercados atendidos pelas empresas nacionais. A assinatura do convênio, bem como a apresentação das ações a serem executadas nos próximos dois anos, ocorre no Hotel Locanda, em Novo Hamburgo/RS, às 20 horas. A queda na produção de calçados, que já é de 4,7% no acumulado de janeiro a outubro deste ano com relação a igual período de 2013, segue refletindo negativamente na geração de postos de trabalho. Conforme a mais recente divulgação do MTE, já foram perdidos quase 15 mil postos desde maio deste ano. Somente em outubro foram perdi- dos 1,6 mil empregos. Em outubro de 2013 o setor gerava 353,5 mil postos de trabalho, número que caiu para 334 mil em 2014 (-5,6%). Confira a retrospectiva dos principais acontecimentos do segmento em 2014. Página 8 Evento, ocorrido nos dias 24 e 25 de novembro, reuniu cerca de 700 líderes do setor na cidade de León, no México. Página 3 As inscrições para mais uma edição do Prêmio Dire- ções Abicalçados estão abertas a partir de dezem- bro no site www.premiodirecoes.com.br. Com o ob- jetivo de apontar as melhores práticas da indústria nacional, a terceira edição da premiação, irá reco- nhecer as empresas com melhores desempenhos nas áreas industriais, comerciais, de marketing, de design e no comércio exterior. A premiação irá destacar duas empresas em cada categoria, uma de micro/pequeno e outra de médio/grande porte. A iniciativa conta, ainda, com as categorias Destaque Projeto de Sustentabilidade e Jornalis- ta, com inscrições abertas também em dezembro, bem como o Destaque Personalidade do Setor e Sindicato, para as quais não é necessário efetuar inscrições. As inscrições seguem até fevereiro. ABICALÇADOS E APEX-BRASIL RENOVAM CONVÊNIO COUROMODA ABRE CREDENCIAMENTO PARA LOJISTAS QUEDA NA PRODUÇÃO REFLETE NOS EMPREGOS ABERTAS AS INSCRIÇÕES DO PRÊMIO DIREÇÕES CONGRESSO MUNDIAL TRAZ ÉTICA EMPRESARIAL PARA O CENTRO DO DEBATE ADEUS ANO VELHO! Novo endereço, setorização aperfeiçoada e des- files são apenas algumas das novidades da Cou- romoda 2015, que ocorre de 11 a 14 de janeiro de 2015, no Expo Center Norte, em São Paulo. A feira reunirá os lançamentos de duas mil co- leções outono-inverno 2015 e meia-estação em calçados femininos, masculinos, infantis, além de bolsas, artigos esportivos e acessórios de moda, por meio de setores que vão otimizar a visitação de milhares de lojistas de todo o Brasil e de importadores de mais 60 países. O aperfeiçoamento da setorização permitirá que os lojistas aumentem o número de estandes visitados, conferindo assim ainda mais tendências e impulsio- nando os negócios. O credenciamento de lojistas para a Couromoda já está aberto. Ele é gratuito e pode ser realizado no site www.couromoda.com.

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Informativo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados)

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Page 1: Abinforma - Dezembro de 2014

INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOSDEZEMBRO 2014 | Nº 281 | ANO XXIV

No próximo dia 10 de dezembro, a Abicalçados e a Apex-Brasil assinam o novo convênio do Bra-zilian Footwear para o biênio 2015/2016. Com aporte de R$ 41,4 milhões, o programa busca ca-pacitar, desenvolver e promover as marcas brasi-leiras no exterior, aumentando a competitividade e o leque de mercados atendidos pelas empresas nacionais. A assinatura do convênio, bem como a apresentação das ações a serem executadas nos próximos dois anos, ocorre no Hotel Locanda, em Novo Hamburgo/RS, às 20 horas.

A queda na produção de calçados, que já é de 4,7% no acumulado de janeiro a outubro deste ano com relação a igual período de 2013, segue refletindo negativamente na geração de postos de trabalho. Conforme a mais recente divulgação do MTE, já foram perdidos quase 15 mil postos desde maio deste ano. Somente em outubro foram perdi-dos 1,6 mil empregos. Em outubro de 2013 o setor gerava 353,5 mil postos de trabalho, número que caiu para 334 mil em 2014 (-5,6%).

Confira a retrospectiva dos principais acontecimentos do segmento em 2014. Página 8

Evento, ocorrido nos dias 24 e 25 de novembro, reuniu cerca de 700 líderes do setor na cidade de León, no México. Página 3

As inscrições para mais uma edição do Prêmio Dire-ções Abicalçados estão abertas a partir de dezem-bro no site www.premiodirecoes.com.br. Com o ob-jetivo de apontar as melhores práticas da indústria nacional, a terceira edição da premiação, irá reco-nhecer as empresas com melhores desempenhos nas áreas industriais, comerciais, de marketing, de design e no comércio exterior. A premiação irá destacar duas empresas em cada categoria, uma de micro/pequeno e outra de médio/grande porte. A iniciativa conta, ainda, com as categorias Destaque Projeto de Sustentabilidade e Jornalis-ta, com inscrições abertas também em dezembro, bem como o Destaque Personalidade do Setor e Sindicato, para as quais não é necessário efetuar inscrições. As inscrições seguem até fevereiro.

ABICALÇADOS E APEX-BRASIL RENOVAM CONVÊNIO

COUROMODA ABRE CREDENCIAMENTO PARA LOJISTAS

QUEDA NA PRODUÇÃO REFLETE NOS EMPREGOS

ABERTAS AS INSCRIÇÕES DO PRÊMIO DIREÇÕES

CONGRESSO MUNDIAL TRAZ ÉTICA EMPRESARIAL PARA

O CENTRO DO DEBATE

ADEUS ANO VELHO!

Novo endereço, setorização aperfeiçoada e des-files são apenas algumas das novidades da Cou-romoda 2015, que ocorre de 11 a 14 de janeiro de 2015, no Expo Center Norte, em São Paulo. A feira reunirá os lançamentos de duas mil co-leções outono-inverno 2015 e meia-estação em calçados femininos, masculinos, infantis, além de bolsas, artigos esportivos e acessórios de moda, por meio de setores que vão otimizar a visitação de milhares de lojistas de todo o Brasil e de importadores de mais 60 países.

O aperfeiçoamento da setorização permitirá que os lojistas aumentem o número de estandes visitados, conferindo assim ainda mais tendências e impulsio-nando os negócios. O credenciamento de lojistas para a Couromoda já está aberto. Ele é gratuito e pode ser realizado no site www.couromoda.com.

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O Congresso Mundial do Calçado, evento em que tive a honra de participar no final de novembro, no México – veja matéria nesta edição do Abinforma, trouxe assuntos importantes à tona. Um deles, sem dúvida o mais importante do ponto de vista humano e da busca constante por meios cada vez mais sustentáveis de produção, é a união em prol de um comércio justo e pela ética empresarial. Como muito bem colocado durante o encontro, é preciso que se diferencie, em primeiro lugar, o que é ético e mo-ral do que é legal. São conceitos distintos. A ética no comércio independe de legislações e transcende culturas locais em nome do bem-estar não somente das empresas, mas dos seres huma-nos que nelas trabalham.

EscravidãoNão podemos aceitar que, em pleno século XXI, trabalhadores es-tejam sujeitos a condições degradantes de trabalho, com salários miseráveis, cargas horárias estafantes, sem descansos semanais e sem as mínimas condições de higiene e segurança nos seus postos de atividade. Não se trata de uma questão de competitividade e sim de humanidade. Não queremos competir com a escravidão pelo simples fato de não aceitarmos a escravidão. Foi com este

pensamento que participamos do Congresso e nos alegramos em encontrar eco nas nossas reivindicações através de repre-sentantes de grandes players calçadistas em nível mundial.

Troca de experiênciasAlém do comércio ético foram trazidos temas relevantes acerca das experiências de cada um dos mais de 30 países represen-tados pelos palestrantes. O avanço do e-commerce no varejo de calçados, normatizações, barreiras e impostos de importação, canais de distribuição, entre tantos outros temas foram debati-dos em dois dias intensos de programação que ficarão gravados na história do setor calçadista. A troca das informações foi, cer-tamente, a grande responsável pelo sucesso de um evento que contou com a participação de quase 700 pessoas, entre líderes dos principais mercados de calçados do mundo, empresários e profissionais ligados ao segmento.

A riqueza de informações compartilhadas, mercê da qualidade do programa e dos palestrantes, vem crescendo a cada edição do evento e assegura a sua continuidade como privilegiado fó-rum de debates do setor calçadista mundial.

PRESIDENTE:Paulo Schefer

CONSELHEIROSCaetano Bianco Neto, Caio Borges Ferreira, José Carlos Brigagão Do Couto, Júnior César Silva, Lioveral Bacher, Marco Lourenço Müller, Milton Cardoso, Paulo Roberto Schefer, Paulo Vicente Bender,

Heitor KleinPresidente-executivo da

Abicalçados

UNIÃO PELA ÉTICA EMPRESARIAL NO SETOR CALÇADISTA

editorial

Renato Klein, Ricardo José Wirth, Rosnei Alfredo da Silva, Sérgio Gracia e Thiago Borges.

PRESIDENTE-EXECUTIVO:Heitor Klein

CONSULTORESAdimar Schievelbein, Edson Morais Garcez e Rogério Dreyer

ABINFORMA é o informativo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados

Nº 281 Dezembro | 2014 Ano XXIV

EDIÇÃOAlice Rodrigues (Mtb. 12.832) e Diego Rosinha (Mtb. 13.096)

TEXTOSAlice RodriguesDiego RosinhaRoberta Ramos

FOTOSEquipe Abicalçados e divulgação

PRODUÇÃO GRÁFICAGabriel Dias

CONTATORua Júlio de Castilhos, 561Novo Hamburgo/RS - Cep: 93510-130Fone: 51 3594-7011 Fax: 51 3594-8011

E-mail: [email protected]@abicalcados.com.brwww.abicalcados.com.br @abicalcados fb.com/abicalcados

Calçadistas discutem o rumo do setor Hoje e amanhã, o tema cal-çado será debatido mundial-mente em León, no México, durante o Congresso Mundial do Calçado. Em sua 5° edição, o evento reúne profissionais do setor de 31 países para tratar de assuntos relevantes para a atividade em âmbito mundial, desde a fabricação até a comercialização e con-sumo. Entre os brasileiros que participam do congresso es-tão o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, que fará parte da mesa redonda As estratégias de produção em diferentes áreas do mun-do, além de Airton Santos, do Grupo Couromoda, e Abdala Jamil Abdala, da Francal Fei-ras e Eventos, falando sobre as tendências e a evolução das feiras do setor.

Dispara compra de calçados brasileiros pela Colômbia A compra de calçados brasi-leiros pela Colômbia aumen-tou 22,3% no acumulado do ano, na comparação com o mesmo período do ano pas-sado. Foram quase US$ 42 milhões. Só no mês passado, a importação foi 40% maior. E o Rio Grande do Sul foi o maior exportador de calçados para a Colômbia. O valor mé-dio do par embarcado ficou em US$ 14. Aliás, o produto gaúcho eleva a média nacio-nal já que o Ceará, que é o se-gundo Estado que mais vende para lá, cobra em média US$ 4,63. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, a Colômbia tam-bém tem importado muito sapato de grife de alto valor agregado. Passam de Jorge Bischoff a sandálias praianas.

Calçadistas brasileiros do outro lado do mundo Entre os dias 17 e 21 de novem-bro, a Abicalçados, por meio do Brazilian Footwear, participa com oito marcas da ação Dis-cover the Brazilian Originality Beyond Trends, em Xangai, na China. Participam da ação, que tem o objetivo de apresen-tar a moda brasileira em uma perspectiva diferenciada, com inspirações na arte, música e gastronomia nacional, as marcas Bibi, Democrata, Jorge Bischo-ff, Sapatoterapia, Amazonas Sandals, Dumond, Capodarte e Lilly’s Closet. A ação em Xangai será composta por rodada de negócios e evento de posicio-namento de imagem. Promovi-da pela Apex-Brasil, a iniciativa congrega ainda a Abest e Abit e marcas associadas.

Indústrias substituem Argentina por outros países da América Latina Com a queda de pratica-mente 30% das exportações brasileiras para a Argentina, o papel de outros países latino--americanos ficou mais im-portante como destinos dos manufaturados brasileiros. [...] A retração do mercado ar-gentino forçou o setor calça-dista brasileiro a adotar uma estratégia mais agressiva de penetração nos outros mer-cados sul-americanos. O país governado por Cristina Kir-chner foi “a grande decepção do ano” para a exportação do setor, na avaliação de Heitor Klein, presidente da Abicalça-dos. De janeiro a setembro, o embarque do produto aos ar-gentinos ficou em 66 milhões de pares, volume um terço menor do que o verificado no mesmo período um ano antes.

Abicalçados representa indústria brasileira no Congresso Mundial Os dias 24 e 25 de novembro ficarão na história do setor cal-çadista mundial. Na data, na cidade de León, no México, foi debatido o futuro do segmen-to, passando por tendências de produção, formas de comercia-lização, realocação das indús-trias, ética no mercado, norma-tizações, entre tantos outros temas. A Abicalçados, através do seu presidente-executivo, Heitor Klein, representou o setor verde-amarelo no even-to. Klein participou da mesa redonda que discutiu a forma como as empresas estão atu-ando para atender um consu-midor cada vez mais dinâmico e exigente. O executivo apre-sentou o programa Brazilian Footwear, braço internacional da Abicalçados mantido em parceria com a Apex-Brasil).

Os dois lados da moeda [...] A intensidade da alta da moeda americana - passou de R$ 2,21 para R$ 2,59 em menos de quatro meses - surpreendeu empresas de diversos setores. Atropelou planos de importadores e, em vários casos, foi comemorada pelos exportadores. O câmbio valorizado, que prejudicou as exportações brasileiras nos úl-timos cinco anos, era uma das queixas centrais da indústria. [...] O setor de calçados espera ter agora a primeira elevação no valor vendido ao exterior depois de uma sequência de pioras. “As variáveis que já são conhecidas indicam que em 2015 teremos uma recu-peração dos embarques”, diz Heitor Klein, presidente da Associação Brasileira das In-dústrias de Calçados.

abi na mídia

Jornal Valor --- Página 5 da edição "18/11/2014 1a CAD A" ---- Impressa por pbarros às 17/11/2014@20:54:40

Terça-feira, 18 de novembro de 2014 | Valor | A5Enxerto

JornalValor Econômico -CADA-BRASIL - 18/11/2014 (20:54) - Página 5-Cor: BLACKCYANMAGENTAYELLOW

Brasil

Fonte: Mdic.

Embarque de manufaturadosExportação brasileira a destinos selecionados (jan-out/14) - US$ bilhões

Variação emrelação a igualperíodo de 2013

Argentina

Chile

Colômbia

Equador

México

Peru

-29,1%

-15,2%

2,87%

0,58%

3,63%

-10,1%

10,85ARGENTINA

1,94CHILE

PERU1,40

MÉXICO

2,62

1,85

COLÔMBIA0,62

EQUADOR

ComércioexteriorMéxico,Colômbia,Chile,PerueEquador jásomam80%dasvendasparavizinho

IndústriassubstituemArgentinaporoutrospaísesdaAméricaLatinaMartaWatanabeeRodrigoPedrosoDeSãoPaulo

Com a queda de praticamente30% das exportações brasileirasparaaArgentina,opapeldeoutrospaíses latino-americanos ficoumais importante como destinosdos manufaturados brasileiros.Economias como México, Colôm-bia, Chile, Peru e Equador passa-ram a entrar numa posição maiscentral no radar da indústria ex-portadora. Individualmente essescinco países são mercados aindapequenos na comparação com aArgentina,masnoconjuntopassa-ramaganharmaior força.

As exportações brasileiras demanufaturados para os cinco paí-ses somaram US$ 8,4 bilhões atéoutubro, o que equivale a quase80% dos US$ 10,8 bilhões em ven-das do mesmo tipo de bem aos ar-gentinos. No mesmo período doano passado, os embarques paraesses cinco latinos representavam57,5% das vendas para os argenti-nos. Além do setor calçadista, em-presas como WEG, Romi e Metal-planapostammaisempelomenosalgunsdoscincomercados.

A mudança na participação re-lativadessesdestinosacontecenãosomente pelo recuo de quase umterço nas vendas aos argentinos,mas também pelo crescimento deexportaçãoapaísescomoMéxicoeColômbia. A exportação de manu-faturados cresceu 3,63% e 2,87%respectivamente, de janeiro a ou-tubro, na comparação com iguaismeses de 2013. O crescimento nãoé explosivo, mas chama a atençãonum ano em que, na mesma com-paração, a exportação total de ma-nufaturados brasileiros amargaquedade10,5%atéoutubro.

Nem todos os cinco países lati-no-americanos, porém, tiveramresultados acima da média da ex-portação brasileira de manufatu-rados. As vendas ao Equador fica-ram praticamente estáveis, comvariação positiva de 0,58%. As ven-das de manufaturados a chilenos eperuanoscaírambastante, comre-cuos respectivos de 15,2% e 10,1%.Aempresastêmexpectativadeque

oconjuntodepaísesganhe impor-tâncianomédioelongoprazosen-quanto há maior reticência em re-laçãoàrecuperaçãoargentina.

Com a recuperação lenta da de-manda americana e mais aindados países europeus, as economiasemergentes e geograficamentemais próximas passaram a estarmais perto do centro das atençõespara elevar embarques. A trajetó-ria de forte desvalorização do realneste segundo semestre é outroimpulsordessemovimento.

“A Colômbia é nosso ‘target’. Jáfoi foco agora em 2014, porque fi-zemos uma aquisição na Colôm-bia. E no Equador abrimos um es-critório no ano passado”, diz Gus-tavo Iensen, diretor internacionalda WEG. A ideia é abrir novos mer-cados e aproveitar oportunidades.O executivo também cita o Perucomomercadopromissor. “São,naverdade,paísesmuitoorientadosàmineração, com produto afetadopela queda de preços no mercadointernacional e nos quais ainda hámuito investimento por fazer.Mesmo assim são mercados quepodemser interessantes.”

Iensen explica que o maior mer-cado de exportação para a empre-sa atualmente são os Estados Uni-dos e os países da União Europeia.O terceiro mercado, diz o executi-vo, sãoospaísesdaAméricadoSul.Com sinais ainda contraditóriosda economia americana e a desa-celeração ou lenta recuperação depaíseseuropeus,diz Iensen,aaten-ção para destinos mais próximos,na América do Sul, se intensificaránopróximoano.

Aexpectativa,diz Iensen,équeadesvalorização do real frente aodólar se intensifique no ano quevem e possibilite maior recupera-ção das exportações no médio elongo prazos. Em 2014, a exporta-ção deve ficar abaixo da meta parao ano, embora a alta do dólar te-nha propiciado uma melhora naconsolidação das receitas em reais.Até o terceiro trimestre, o cresci-mento da receita de exportaçãoemreais ficouemtornode12%.

Livaldo Aguiar dos Santos, pre-sidente da fabricante de bens decapital Romi, também considera

promissores mercados como Peru,Equador, Costa Rica, Colômbia eprincipalmente México, onde aempresa tem uma subsidiáriaaberta há cerca de três anos. ParaSantos, esses países podem com-pensar ao menos parte da perdacom a Argentina. “Claro que essesmercados, principalmente Equa-dor, Peru e Costa Rica, por exem-plo, são bem menores e sozinhossão pouco representativos. Mas asexportações estão acontecendo enoconjuntosão importantes.”

Segundo Santos, as exportaçõesda Romi ganharam maior fôlego apartir do segundo semestre puxa-das pelas vendas à Europa e tam-bém à America Latina. Até junho,lembra,a receitadeexportaçãoemreais da Romi cresceu 11% na com-paração com iguais meses do anopassado. A partir de julho, porém,houve uma reação dos embarquese no acumulado até setembro, dizSantos, a elevação foi de 20%. Essadeverá ser a taxa ao fim do ano. Se-gundoele, adesvalorizaçãodorealcontribuiu ao crescimento,mas al-ta maior se deve mais ao aumentonovolumedevendas.

“Estive há pouco no Paraguai.Neste mês vou ao Chile e à Colôm-bia para reuniões com clientes.Nunca deixamos de vender na re-gião e agora vamos expandir essecontato”, diz EdgardDutra, diretorcomercial da Metalplan, empresaque fabrica maquinário industrial.O mercado sul-americano, seguecontando Dutra, sempre foi o maisfiel da empresa. Ele compara osclientes chilenos, com quem tam-bém busca vender mais além doscolombianos, com os clientes nor-te-americanos.

“Há dez anos, no nosso auge ex-portador, o maior mercado era osEstados Unidos. Mas eles não eramfiéis, nunca deram uma margemtão boa quanto os sul-americanose sempre reagiam mal às oscila-ções do câmbio. O chileno preferecomprar o produto brasileiro, quechegaaseraté20%mais caroqueochinês, por causa da assistência,manutençãoeproximidade”,diz.

A retração do mercado argenti-no forçou o setor calçadista brasi-leiro a adotar uma estratégia mais

agressiva de penetração nos ou-tros mercados sul-americanos. Opaís governado por Cristina Kirch-ner foi “agrandedecepçãodoano”para a exportação do setor, na ava-liação de Heitor Klein, presidenteda Abicalçados, associação quereúne as indústrias nacionais decalçados. De janeiro a setembro, oembarquedoprodutoaosargenti-nos ficou em 66 milhões de pares,volume um terço menor do que overificado no mesmo período umano antes. “E fora que ano passadojá havia dificuldades de mandarprodutos para a Argentina. Agoraesse mercado vem perdendo pesoentre os principais destinos de ex-portação”, afirmaKlein.

Desde maio a associação vemdesenvolvendo um “plano para asAméricas” focado no biênio 2015-2016. “O câmbio deu impulso a es-se plano, que está com uma pers-pectiva mais otimista para o incre-mento de nossas vendas a outroslatinos”, afirmaKlein.

Nem todas as empresas, porém,estão compensando a queda de

vendas à Argentina com parceirosregionais. No setor de calçados, aDemocrata sentiu nos últimosanos as barreiras dos argentinos àimportação dos produtos e, maisrecentemente, a redução de de-manda. Marcelo Paludetto, diretorcomercial da Democrata, explicaquea empresa planejava ampliar arede de lojas da marca em territó-rio argentino, mas o plano foi des-cartado à medida que se agravou acrise argentina. Este ano, diz ele, aqueda de vendas ao país vizinhotem sido compensada por vendasa regiões mais distantes, comoRússia, Cingapura e Indonésia. Se-gundo ele, são destinos que têmdemandado produtos com maiorvalor agregado e maior investi-mento em design e permitirão àempresacrescerovolumeexporta-do em 10%. O diretor explica que odólar mais alto favorece a exporta-ção e pode permitir preços maiscompetitivos, mas a volatilidadetraz incertezas. “Não sabemos seesse patamar próximo a R$ 2,50 éumabolhaouse será sustentado.”

Balançaacumula nomês déficitde US$ 1,5 biLucasMarchesiniDeBrasília

A balança comercial teve déficitdeUS$804milhõesnasegundase-mana de novembro. As exporta-ções atingiram US$ 3,678 bilhões eas importações US$ 4,482 bilhões.No mês, o déficit acumulado é deUS$ 1,551 bilhão, segundo dadosdivulgados pelo Ministério do De-senvolvimento.

Com esse resultado, cresce apossibilidade de o país terminar oano com déficit na balança comer-cial. Grande parte da safra recordede soja já foi embarcada. Além dis-so, não há mais exportações deplataformas de petróleo previstaspara o ano, o que ajudou o resulta-do do ano passado. Até o momen-to, o resultado acumulado no anoédeficitárioemUS$3,422bilhões.

A média diária das exporta-ções caiu 24,3% nas duas primei-ras semanas de novembro quan-do comparada com todo o mes-mo mês de novembro de 2013,passando de US$ 1,043 bilhãopara US$ 789,7 milhões. No pe-ríodo, os produtos básicos tive-ram queda de 22,8% Os princi-pais recuos ocorreram com mi-nério de ferro, milho em grão, fu-mo em folhas, farelo de soja ecarne bovina.

Os bens manufaturados, porsua vez, tiveram baixa de 27,9%na mesma comparação, devido avendas menores de aviões, veícu-los de carga, automóveis de pas-sageiros, óleos combustíveis,máquinas para terraplanagem emotores para veículos.

Os semimanufaturados tive-ram queda de 22,2%, resultadoprovocado principalmente pelodesempenho de açúcar em bru-to, óleo de soja em bruto, semi-manufaturados de ferro/aço, fer-ro fundido e ouro em forma se-mimanufaturada.

As importações caíram 1,2% namesma comparação — de US$956,2 milhões para US$ 944,8 mi-lhões. Nesse comparativo, cresce-ram principalmente gastos comborracha e obras (-21,8%), veícu-los e partes (-13,5%), instrumen-tos de ótica/precisão (-11,0%),químicos orgânicos/inorgânicos(-10,2%), equipamentos mecâni-cos (-6,6%) e siderúrgicos (-3,6%).

24/11/2014Jornal NH Comunidade | Pág. 8

19/11/2014Isto É DinheiroGeral | Pág. 32

12/11/2014Revista Expansão RS | expansaors.com.br

26/11/2014Exclusivo Online | exclusivo.com.br

18/11/2014Valor EconômicoBrasil | Pág. 5

10/11/2014CLICRBS clicrbs.com.br

CONSELHO DELIBERATIVO

Não queremos competir com a escravidão pelo simples fato de não aceitarmos a escravidão

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dezembro 2014 - abinforma 3

especial

Os dias 24 e 25 de novembro ficarão na história do setor calçadista mundial. Isto porque, na data, na cidade de León,

no México, foi debatido o futuro do segmento, passando por ten-dências de produção, formas de comercialização, realocação das indústrias, ética no mercado, normatizações, entre tantos outros temas. O encontro mundial, que encerrou sua quinta edição, con-tou com presenças de líderes do setor calçadista de 32 países que preencheram todo o auditório principal do Poliforum de Leon. O presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, representou a indústria calçadista brasileira na mesa redonda que discutiu a forma como as empresas estão atuando para atender um consu-midor cada vez mais dinâmico e exigente.

A palestra de inauguração ficou a cargo do diretor geral da DMG e vice-presidente da Core Strategy Group, empresa norte-ame-ricana responsável por 12 campanhas presidenciais vitoriosas ao redor do mundo, entre elas a de Barack Obama, David Morey. Tratando do “Consumidor de 2030”, o especialista ressaltou as mudanças no perfil de consumo, aceleradas pelos avanços tec-nológicos. “A grande maioria dos negócios, como são feitos hoje, vão quebrar se não fizeram as adaptações necessárias aos no-vos tempos”, disse. Em uma palestra recheada de interação, ele destacou que o consumidor atual quer ter o máximo de controle sobre as situações. “Ele quer escolher, customizar o máximo, mu-dar... e vocês também vão ter que mudar”. Morey acrescentou que é preciso, acima de tudo, investir na fidelização dos clien-tes, engajando as pessoas ao negócio. “Seja ofensivo. Pesquisas indicam que empresas mais ofensivas, mesmo diante dos perigos, são as que obtêm sucesso. Sejam insurgen-tes, pensem diferente e não foquem no pe-rigoso”, aconselhou o profissional. Sob o tema “Consumidores globais do calçado e suas diferentes expectativas”, o professor e diretor do Centro de Administração Aplicada da Universidade Católica de Portugal, Alberto de Castro, destacou as mudanças no mercado de calçados, com o crescimento de mercados antes menos significativos, como a África do Sul, mesmo movimento que aconteceu com a China, que há 20 anos produzia 17% do total de calçados do mundo e hoje já abocanha dois terços de toda a pro-dução mundial. “Os países emergentes chegaram para ficar neste novo momento político”, disse. O português destacou, ainda, as mudanças culturais, de valores da sociedade, com as pessoas cada vez mais preo-cupadas com os temas relacionados à sustentabilidade.

No mesmo painel, participou a editora de Investigação do Con-sumidor da Worth Global Style Network (WGSN), Andrea Bell, que apontou para a forte tendência do e-commerce e da ne-cessidade cada vez maior de adaptação por parte das empresas à realidade do “consumidor tecnológico”.

O painel encerrou com as apresentações dos cases da Arezzo, em que o diretor de operações para a América do Norte, Fernando Porto, falou sobre o processo de inovação constante da marca, que chega a lançar de sete a nove coleções por ano, da Mascaró (Espanha) e da Comfort Management (Estados Unidos).

Brazilian FootwearLogo após o primeiro painel, o presidente-executivo da Abicalça-dos participou da mesa redonda em que apresentou o programa Brazilian Footwear, braço internacional da Abicalçados mantido em parceria com a Apex-Brasil e que foi responsável por um in-cremento significativo de novos mercados para o calçado ver-de-amarelo desde o ano 2000. Klein contou que a presença do calçado brasileiro com marca própria é relativamente recente e teve apoio fundamental do programa de apoio às exportações. “Antes vendíamos na modalidade private label, sem marca pró-pria, uma realidade que mudou com o Brazilian Footwear. Hoje estamos presentes em mais de 150 países e o nosso foco é con-solidar a reputação do Brasil como um bom fornecedor de cal-çados com marca própria para o mercado internacional”, ressal-

FUTURO DA INDÚSTRIA CALÇADISTA É TEMA DE CONGRESSO MUNDIAL

tou o dirigente, acrescentando que o segmento tem conseguido cumprir a missão através da cultura do design, com desenho e valor agregado. Participaram da mesa redonda com o executivo: Alejandro Tamez (diretor da Câmara da Indústria de Calçados de Guanajuato), Diego Rossetti (diretor da Fratelli Rossetti, Itália), Basílio Morón (diretor da Callaghan, Espanha), William Wong (vi-ce-presidente da Associação Calçadista de Hong Kong) e Giulio Finzi (secretário geral da NETCOMM, Itália).

Liberalização comercialNo painel Acesso a mercados, o chefe da Seção Econômica e Comercial da Delegação da União Europeia no México, Dome-nico Fornari, ressaltou a importância da efetiva liberalização do comércio mundial para que a “globalização funcione”. Segundo ele, existe um movimento de aumento do protecionismo preo-cupante no comércio internacional, que deve ser enfraquecido sob pena de retrocesso não somente econômico, mas social.

O coro foi engrossado pelo presidente da Associação Americana de Distribuidores (FDRA), Matt Priest. Segundo ele, em 2013, os norte-americanos pagaram mais de US$ 2,5 bilhões em tari-fas de importação de calçados. No ano passado os Estados Uni-dos importaram um total de 2,3 bilhões de pares de calçados. “Mesmo num ano ruim, os norte-americanos consomem muito calçado”, destacou, ressaltando o consumo per capita mais alto do mundo, em 7,32 pares por ano.

FeirasA necessidade de reformulação das grandes feiras comerciais mundiais foi tema do painel em mesa redonda que contou com a participação do presidente da Francal e do diretor da Couromoda, Abdala Jamil Abdala e Airton Manoel Dias, respectivamente. Para Abdala, as grandes feiras continuam tendo um papel fundamental na geração de negócios e relacionamento para o setor calçadis-ta. “Nada, nunca, vai substituir o contato dos fabricantes com os compradores. A feira é sempre o grande momento para se mostrar a novidade, para mostrar a marca”, destacou. O diretor da Cou-romoda concordou, mas reconheceu que algumas mudanças são necessárias para manter a força das grandes mostras. Ele citou o caso da Couromoda, que em 2015 “mudou de casa”, indo para o Expo Center Norte, local com estrutura diferenciada, mais enxu-

to, e também localizado na capital paulista. O apoio aos pequenos fabricantes e lojistas também foi destaque na fala de ambos os representantes brasileiros, que ressaltaram as ações que viabilizam a participação de expositores e compradores de menor porte nas respectivas mostras. Participaram da mesa, os representantes da ANPIC, Carlo Benedetti, da Expo Riva Schuh, Giovanni Laezza, da GDS, Kirsten Deutelmoser, da Sapica, Fernando Márquez, e Cleto Sagripanti, da theMicam.

“Paraíso dos investimentos”Abrindo o segundo dia, o diretor da Apex Footwear, de Bangladesh, Syed Nasim Man-zu, enfatizou que o país é o “paraíso dos investimentos”. Isso porque, segundo ele, conta com mão de obra jovem e barata, já que o salário médio fica na casa de US$ 70 mensais. “O governo sabe da necessidade de criar novos empregos e vem trabalhan-do forte para a geração de postos através de incentivos fiscais e não fiscais”, destacou, acrescentando que, atualmente, Bangladesh conta com mais de 5,6 mil indústrias e gera 4 milhões de empregos no setor.

Já o diretor da empresa chinesa New Show Wing, Frank Leung, que disse ter sido aceito o desafio de construir planta na Etiópia em busca de melhores condições de competitividade, ressaltou que é preciso arriscar no mundo dos negócios. “Tivemos muitos problemas com logística, falta de conhecimento dos comprado-res, mas fomos seduzidos pelos investimentos do governo em es-trutura, o que otimizou o tempo de transporte em 50%”, contou.

ÉticaA “propaganda” dos painelistas anteriores foi citada, implicita-mente, na intervenção do diretor geral do Centro Tecnológico do Calçado da França, Yves Morin. Segundo ele, é preciso di-ferenciar o que é ético do que é legal. “Muitos países possuem leis do trabalho que permitem salários baixos, jornadas de mais de 16 horas diárias, 30 dias mensais de atividades, entre outras condições degradantes para o trabalhador. Isso pode ser legal, mas não é ético”, destacou, aplaudido pelos empresários pre-sentes. O francês acrescentou, ainda, que quase 170 milhões de crianças entre 5 e 13 anos trabalham e que muitos países não possuem nem ao menos legislação ambiental.

Consumidor de 2030Falando sobre as tendências de consumo para os próximos 15 anos, o presidente do Grupo Paquetá, Adalberto Leist, falou so-bre a experiência da empresa e a importância assumida pelo comércio eletrônico nos anos recentes.

A 5ª edição do Congresso Mundial do Calçado contou com mais de 50 palestrantes e foi organizada pela Confederação Euro-peia da Indústria do Calçado, Câmara das Indústrias de Calça-dos do Estado de Guanajuato (CICEG) e Associação Nacional de Fornecedores para a Indústria do Calçado (ANPIC).

Ética foi a tônica da intervenção do diretor geral do Centro Tecnlógico do Calçado da Franca, Yves Morin

Klein apresentou case de sucesso do Brazilian Footwear

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Feira calçadista aconteceu nos dias 17 a 19 de novembro, em Gramado/RS

O estudante de Jaú/SP, Estevão de Souza Pinto, e o esti-lista de Nova Friburgo/RJ, Tairone de Oliveira Vieira, foram os maiores de todos os vitoriosos na festa de 20 anos do Prêmio Francal Top de Estilismo, realizado no último dia 10 de novembro, em São Paulo/SP. Além de prêmio em dinheiro e troféu referente às colocações na categoria “Bolsa”, ambos foram contemplados com o prêmio máximo da noite: a oportunidade de estudar três meses na capital mundial da moda e em uma das mais conceituadas escolas de estilismo de calçados e acessórios do mundo, a Moda Pelle Academy (MPA), de Milão.

Para que pudessem concorrer às bolsas de estudos na Itá-lia, foi necessário que Estevão e Tairone ficassem entre os dois primeiros em suas categorias e ainda tivessem os nomes sorteados ao final da cerimônia de premiação. A edição des-te ano dividiu os participantes em dois perfis – estudantes e profissionais – em cada uma das três categorias (Calçado

Feminino, Calçado Masculino e Bolsa) para que competissem apenas entre si. Também foi oferecida uma bolsa de estudos adicional, sendo uma para estudantes e outra para profissionais.

Os outros dez finalistas também foram premiados duran-te a festa. Os primeiros colocados em cada uma das três categorias levaram prêmio em dinheiro de R$ 2.000,00 e assinatura de 12 meses do portal de pesquisa on-line e da revista impressa UseFashion. Os segundos receberam R$ 1.500,00 e troféu.

O Prêmio Francal Top de Estilismo contou com o patrocínio da Abicalçados, Apex-Brasil e Brazilian Footwear, a colabo-ração da Associação Brasileira das Indústrias de Artefatos de Couro e Artigos de Viagem (Abiacav), Associação Bra-sileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), UseFashion e a parceria da Moda Pelle Academy (MPA).

CALÇADO FEMININO (Profissional) 1º Lugar: Abraão Gomes Lacerda Cavalcante – Campina Grande/PB 2º Lugar: Alberto Euripedes Conceição Lima – Franca/SP

CALÇADO FEMININO (Estudante) 1º Lugar: Vinícius Wilbert – Campo Bom/RS 2º Lugar: Camila da Silva Alves – Guarulhos/SP

CALÇADO MASCULINO (Profissional) 1º Lugar: Mateus Vinícius de Moraes – Novo Hamburgo/RS 2º Lugar: Saullo Carrijo Oliveira – Franca/SP

CALÇADO MASCULINO (Estudante) 1º Lugar: Gustavo Lourenço Mazotti – Franca/SP 2º Lugar: Samuel Riechel – Franca/SP

BOLSA (Profissional) 1º Lugar: Tairone de Oliveira Vieira – Nova Friburgo/RJ 2º Lugar: Joel Souza da Conceição – Salvador/BA

BOLSA (Estudante) 1º Lugar: Thiago Oliveira de Antônio – Jaú/SP 2º Lugar: Estevão de Souza Pinto – Jaú/SP

ESTUDANTE E PROFISSIONAL DE MODA GANHAM BOLSAS DE ESTUDOS EM MILÃO

ZERO GRAU REFLETE “MOMENTO DE ENTUSIASMO RESPEITOSO”

A sensação da promotora da feira calçadista Zero Grau – Feira de

Calçados e Acessórios, que aconteceu nos dias 17 a 19 de novembro, em Gra-mado/RS, é de dever cumprido. Para o diretor da mostra, Frederico Pletsch, o evento serviu como uma forma de teste para o novo panorama brasileiro, atin-gido por um ano turbulento com a re-alização da Copa do Mundo e Eleições.

Para Pletsch, a indústria brasileira de calçados retoma, com cautela, sua trajetória de crescimento, acenando com um parque fabril comprometido para os meses de janeiro e fevereiro de 2015. “Os depoimentos dos nossos

expositores remetem para um mo-mento novo: um sentimento de en-tusiasmo respeitoso, mostrando uma grande disposição de retomada dos negócios e do consumo no País. Tenho recebido informações de vendas aci-ma da expectativa, de alguns, pedidos generosos, por parte de outros, mas de uma movimentação constante. O lojista veio para renovar os estoques, talvez com pedidos menores, mas com disposição de fazer belas vitrines em suas lojas”, destacou.

A quarta edição da feira gaúcha, que contou com 285 expositores (mais de 900 marcas de calçados e acessórios)

apresentando seus produtos de outo-no-inverno, contou com o apoio do Sin-dicato da Indústria de Calçados de Es-tância Velha, Sindicato da Indústria de Calçados de Ivoti, Sindicato da Indústria de Calçados de Igrejinha, Sindicato da Indústria de Calçados de Novo Hambur-go, Sindicato da Indústria de Calçados de Parobé, Sindicato da Indústria de Calçados de Sapiranga e Sindicato da Indústria de Calçados, Componentes para Calçados de Três Coroas.

A quinta edição da Zero Grau aconte-ce de 16 a 18 de novembro de 2015, também no Centro de Convenções do Serra Park, em Gramado.

Produtos foram viabilizados pelas marcas Sugar Shoes e Twins for Peace

ABICALÇADOS DOA MAIS DE 100 PARES DE CALÇADOS CUSTOMIZADOS

O dia 12 de novembro marcou mais uma ação social da Abical-çados. Na oportunidade, a entidade doou os 109 pares de tê-nis customizados por participantes da Maratona MUDE para a Associação Beneficente Evangélica da Floresta Imperial (Abefi), de Novo Hamburgo/RS. Os produtos são fruto do Varal Social, apoiado pelas marcas de calçados Twins for Peace e Sugar Shoes que disponibilizaram mais de uma centena de tênis brancos para estimular a criatividade de quem partici-pou da Maratona. Os pares doados foram destinados a três unidades da instituição – Casa de Acolhimento Bom Pastor, Casa de Acolhimento Lar do Menino e Ação Encontro, todas sediadas na cidade gaúcha.

O coordenador da Unidade de Desenvolvimento da Abicalça-dos, Cristian Schlindwein, ressalta o papel social assumido pela entidade calçadista, que busca, além das tarefas institucionais de representação da indústria e promoção do desenvolvimen-to setorial, gerar iniciativas que impactem positivamente na sociedade. “Uma ação como essa não se resume somente ao fato da doação, mas também visa estimular as pessoas a se-

rem solidárias através do seu próprio trabalho, aproximando o segmento da comunidade e, quem sabe, incentivando a car-reira de novos talentos”, destaca o gestor.

Para o diretor da Abefi, Carlos Eduardo Müller Bock, a ini-ciativa é importantíssima para o sustento da instituição. “Nós somos do tamanho que as pessoas, a comunidade, a sociedade

em geral, nos faz. A Abicalçados, com a doação desses pares de tênis, nos encheu de alegria”, ressaltou.

Maratona MUDEA primeira edição da Maratona MUDE aconteceu nos dias 26 e 27 de setembro, no Barra Shopping Sul, em Porto Alegre/RS, reunindo centenas de designers, estudantes e profissionais li-gados ao setor de calçados e moda. O evento contou com uma maratona de criação, em que quatro equipes tiveram que, em 24 horas ininterruptas, produzir três protótipos de calçados femininos. No dia seguinte ao desafio, foram realizadas pales-tras com grandes nomes ligados à moda e indústria criativa.

AbefiA instituição, criada em 1968, atende diariamente mais de 1,3 mil crianças, adolescentes e adultos, fornecendo mais de 37,3 mil refeições e 3,1 mil mamadeiras mensais em 11 unidades. A Abefi trabalha, ainda, com a promoção do conhecimento para cerca de 150 adultos todos os anos, através de cursos de qua-lificação profissional e serviços de fortalecimento de vínculos.

Confira a relação de vencedores do 20º Prêmio Francal Top de Estilismo:

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O Selo Origem Sustentável, - programa de certificação da Abicalçados e da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assinte-cal) para as indústrias da cadeia produtiva do calçado, tem mais empresas certificadas. São elas a Ambiente Verde e a Caimi & Liaison.

A Caimi & Liaison, criada em 2005, nasceu da união de duas empresas já consolidadas no mercado de laminado sin-tético, a Liaison e a chilena Caimi, então com 50 anos de tradição e liderança no mercado daquele país. A empresa foi criada com o objetivo claro de se fortalecer e ampliar a participação de mercado no Brasil e na América Latina. Para a Caimi & Liaison obter o Selo Origem Sustentável é uma fonte de engajamento para melhoria contínua de seus processos, padrões de qualidade e de sustentabilidade, ao mesmo tempo em que compartilha esse pensamento com seus clientes, fornecedores e colaboradores.

A Ambiente Verde Indústria Ltda foi estabelecida em de-zembro de 2011 na cidade de Igrejinha/RS, atualmente suas operações são realizadas na cidade de Taquara, com a finalidade de reaproveitar todos os resíduos de corte das empresas calçadistas. O quadro atual de funcionários é de 65 colaboradores diretos e 172 indiretos. Os com-ponentes produzidos a partir das aparas de corte das empresas de calçados são: palmilhas planas simples e du-bladas e Eco Modeladores - estrutura interna do calçado para garantir sua forma original após a produção. A em-presa acredita que a certificação no programa Origem Sustentável foi uma consequência natural, decorrente de sua estratégia de negócios que desde o início está focada nos quatro pilares da sustentabilidade: Ambiental, Social, Econômico e Cultural.

Para aderir ao Programa Origem Sustentável, ou obter mais infor-mações sobre o programa, acesse www.origemsustentavel.org.br.

Importante parceira da Abicalçados, a Apex-Brasil comemorou, no mês de novembro, o seu 17º aniversário. A empresa atua na divul-gação dos produtos e serviços brasileiros no exterior e tem como objetivo atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia nacional. Levando diversas marcas para o exterior, a agência ligada ao Governo Federal possui projetos como missões, conexões internacionais e simpósios. São 13 mil empresas atendidas pela Apex-Brasil e mais de 81 setores, entre eles, moda, máquinas e equipamentos, e economia criativa e serviços.

APEX-BRASIL COMPLETA 17 ANOS

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ABICALÇADOS PARTICIPA DE ENCONTRO DAS CÂMARAS DE CALÇADOS DA AMÉRICA LATINA

ORIGEM SUSTENTÁVEL TEM NOVAS EMPRESAS CERTIFICADAS

Após dois dias intensos de Con-gresso Mundial de Calçado,

em León, no México, a Abicalçados participou do 18º Encontro das Câ-maras de Calçados da América La-tina. O encontro com dirigentes das câmaras da Argentina, Uruguai, Chi-le, Peru, Equador, Colômbia e Méxi-co aconteceu no dia 26 de novem-bro, na sede da CICEG, em León.

Entre os assuntos tratados pelos dirigentes destacaram-se as medi-das de defesa comercial adotadas pelos países contra as importações predatórias, especialmente da Chi-na, a necessidade de uma padroni-zação da numeração e etiquetagem para os calçados, a transferência de tecnologia através da parceria e co-operação entre os países da América Latina, mecanismos a serem adota-dos para o maior controle sobre a real origem dos produtos importados e a importância de fomentar ética empresarial no setor calçadista.

Desaquecimento no BrasilNa oportunidade, o presidente-exe-cutivo da Abicalçados, Heitor Klein, traçou um panorama econômico e político do Brasil, avaliando as ra-

zões para o “ano ruim de 2014”. Segundo o executivo, a Copa do Mundo no Brasil foi uma das princi-pais responsáveis por um desaque-cimento na produção e no varejo de calçados. “A inflação em alta aliada ao crescimento zero do PIB tornou o período muito complicado”, disse, acrescentando que a Copa foi uma “concorrente” do segmento, já que o consumidor gastou em outros se-tores, como entretenimento, pro-dutos da linha branca e serviços. “A situação política vivida no país também é muito complicada, de

forma que não temos como projetar o próximo ano”, comentou.

O executivo apresentou as ações da Abicalçados que buscam, mesmo no período de baixa perspectiva para o setor, sustentar a indústria através do apoio institucional, promoção comercial, desenvolvimento da com-petitividade e defesa das produtoras nacionais. Klein destacou, ainda, a revisão do direito antidumping con-tra o calçado chinês, em avaliação pelo Governo Federal e que deve ter resposta definitiva até março de

2015, data em que termina a vigên-cia do direito atual de aplicação da sobretaxa de US$13,85 por par im-portado da China.

EtiquetagemApresentando o Programa de Regula-mento Técnico Latino Americano de Etiquetagem de Calçado, o presidente da Câmara de Calçados do Chile, Félix Bichendaritz, destacou a importância da harmonização da etiquetagem para o calçado produzido na América La-tina. No encontro, ficou definido que a entidade irá liderar um movimento neste sentido, coordenando um comi-tê a ser formado pelas câmaras latino--americanas para dar andamento ao tema ainda em 2014.

ArgentinaCom uma produção de 120 milhões de pares, a Argentina fez coro ao apelo da delegação brasileira, para uma efetiva defesa comercial. Ape-sar das divergências envolvendo os dois países, traduzidas especial-mente nas exigências das Decla-rações Juramentadas Antecipadas de Importação (DJAIs), mecanismo protecionista articulado junto ao governo de Cristina Kirchner para

barrar a importação de calçados brasileiros, as duas indústrias têm uma preocupação em comum que ficou clara no encontro. Para o presidente da Câmara Argenti-na de Calçados, Alberto Sellaro, é preciso diminuir a dependência do calçado asiático, especialmente do chinês. O dirigente disse que, devi-do às medidas de proteção adota-das, o setor do calçado é o único do segmento industrial que não sentiu o efeito da crise que se abate no País. Mesmo com uma inflação na casa de 30% e 40%, o setor deve crescer de 1% a 2% no ano. Segun-do Sellaro, o consumo de calçados é bom, especialmente porque o Go-verno incentiva as produtoras na-cionais através da facilitação para parcelamentos de compras de pro-dutos argentinos no varejo.

O Encontro contou ainda com in-tervenções dos presidentes das câmaras do México, Ysmael López; da Colômbia, Luiz Gustavo Flores; do Uruguai, Daniel Tournier; do Peru, Jorge Peschiera; e do Equa-dor, Lilia Villvicencio. O próximo encontro acontecerá no Brasil, em data a ser definida.

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PROGRAMA DE PROMOÇÃO ÀS EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS, DESENVOLVIDO PELA ABICALÇADOS EM PARCERIA COM A APEX- BRASILbrazilian footwear

COLOMBIANOS CONHECEM O POTENCIAL CALÇADISTA DO BRASIL

Conhecer o calçado brasileiro na sua origem, acompanhar o

processo de produção, da pesquisa à expedição, e ainda ver de perto a venda do produto. Foi com esse obje-tivo que o Brazilian Footwear convi-dou dois jornalistas colombianos para participar do Projeto Imagem na Zero Grau. Promovida pela primeira vez na mostra calçadista de Gramado/RS, que aconteceu de 17 a 19 de novem-bro, a ação levou os periodistas An-dres Barreto, da Revista Style Ame-rica, e Sergio Dussan, da agência de notícias Colprensa, para a Serra Gaúcha. Além de visitar a feira, os profissionais conheceram a cultura e o comércio local e visitaram as empresas Dakota, em Nova Petró-polis/RS, Werner, em Três Coroas/RS, e Beira Rio, em Novo Hamburgo/RS, bem como a sede da Abicalçados, também em Novo Hamburgo/RS.

A agenda iniciou no domingo, dia 16, quando os convidados foram recepcio-nados pela Abicalçados e participaram de um city tour pelas cidades de Gra-

mado e Canela. Na segunda-feira, eles foram para a Zero Grau, onde apro-veitaram para conhecer as novidades para a próxima temporada outono--inverno e conversar sobre os inves-timentos de diferentes marcas no mercado colombiano. No fim do dia, eles foram recepcionados por Raquel Nunes, do departamento de expor-tação da Jorge Bischoff, na loja da marca, em Gramado. “É sempre bom poder mostrar as novidades, como

as nossas marcas (Jorge Bischoff e Loucos & Santos) se posicionam e, é claro, falar um pouco das ações no mercado externo”, comentou Raquel, que ainda levou os convidados para a loja da Loucos & Santos.

Na terça-feira, os colombianos pude-ram sentir um pouco mais do cresci-mento da mostra calçadista e inicia-ram as visitas às fábricas. O roteiro contemplou as empresas Dakota e

Werner. “Essa é a primeira vez que entro em uma fábrica de calçado no Brasil e é muito interessante obser-var conceitos e processos produti-vos completamente distintos. Cada empresa tem suas particularidades e isso acaba refletindo não só no produto final como também na pro-dução”, destacou Andres Barreto. O editor da Revista Style America ficou impressionado com os programas de responsabilidade social e ambiental realizados pelas empresas. “Isso me chamou muito a atenção, como os empresários se preocupam com es-sas questões.”

No último dia de agenda do Proje-to Imagem, os convidados passaram a manhã na sede da Abicalçados e conversaram com o gerente de Pro-jetos da entidade, Cristiano Körbes. Durante o bate-papo, eles trataram de temas como os mercados inter-no e externo e as ações promovidas pela Abicalçados através do Brazilian Footwear. À tarde, eles foram co-nhecer mais uma empresa da região:

a Beira Rio. Com 1,2 mil funcionários, a unidade de Novo Hamburgo produz 53 mil pares por dia e é responsável pela marca Moleca. “Estamos muito felizes em poder mostrar para a im-prensa internacional como funciona a nossa produção. Isto é de extrema importância para que eles entendam todo o nosso cuidado na fabricação de cada par”, avaliou Dioni Bourscheid, da área de exportação da marca.

Para Sergio Dussan, editor geral da Colprensa, o que mais surpreendeu foi o fato de serem produzidos 53 mil pares diariamente com apenas um turno. “Isso é impressionante. Eles fabricam muito sapato e ain-da conseguem manter toda a qua-lidade. Foi muito interessante ver como cada marca faz o desenvol-vimento dos seus produtos, desde a pequena até a grande empresa. Além disso, a visita à feira foi im-prescindível para podermos ter a visão da próxima estação e saber das expectativas de negócios para a Colômbia”, frisou.

BRASIL DESFILA SUA MODA NA CHINAVinte marcas brasileiras estiveram em Xangai, na China, entre os dias 17 e 20 de novembro apresentando seus produtos e realizando con-tatos com compradores e formadores de opinião chineses do setor de moda. A ação Discover the Brazilian Originality Beyond Trends, promovida pela Apex-Brasil em parceria com a Abicalçados, Abest e Abit (por meio do Programa Texbrasil), incluiu visitas técnicas a nove lojas multimarcas, reuniões de negócios com mais de 80 comprado-res chineses, seminário e um evento de posicio-namento de imagem.

O principal objetivo foi mostrar a importantes players do mercado chinês que a moda brasileira vai além das expectativas e se inspira na arte,

na música e na gastronomia, representando a diversificada cultura de um país de dimensões continentais. No evento de posicionamento de imagem, as marcas desfilaram suas criações para mais de 130 convidados, entre compradores, jornalistas, blogueiros, líderes de opinião e cele-bridades locais. “O mercado chinês é bastante significativo para o setor de Moda, com grande interesse por marcas internacionais de alto pa-drão. Trouxemos para cá nomes selecionados da moda brasileira, que se interessaram em co-nhecer melhor as oportunidades apresentadas pelo país e percebemos uma boa receptividade dos chineses”, destaca o diretor de Negócios da Apex-Brasil, Ricardo Santana.

Do setor de calçados, participaram dez empre-sas, muitas delas com contratos na China. Uma rodada de negociação preparada exclusivamente para esse grupo resultou em uma expectativa de incremento da ordem de US$ 700 mil. Mi-guel Gorrias, consultor da marca Jorge Bischoff, fez sete reuniões com compradores de Xangai e outras cidades da China e identificou duas opor-tunidades de parceria com distribuidores para a empresa. “Há fortes possibilidades de introdução da marca aqui nos próximos 12 meses”, afirmou.

Sob a bandeira do Brazilian Footwear, par-ticiparam as marcas Bibi, Democrata, Jorge Bischoff, Sapatoterapia, Amazonas, Dumond, Capodarte e Lilly´s Closet. Representanto o setor têxtil estavam Helen Rodel, GIG, Patricia Bonaldi, Pat Bo, Patricia Motta, Cecilia Prado, Lili Sampedro, Blue Bird, Debora Mangabeira, Marcelo Quadros, T. Arrigoni, e Wasabi.

Edição inédita do Projeto Imagem levou os jornalistas sul-americanos para conhecer fábricas gaúchas

Jornalistas conhecem fábrica da Beira Rio, em Novo Hamburgo/RS

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balança comercial

associados

EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES DE CALÇADOS EM QUEDADados divulgados pelo MDIC e elaborados pela Abicalçados apontam para mais uma queda nas exportações brasileiras. Em outubro deste ano, com relação ao mesmo mês de 2013, a queda foi de 7,5% - de US$ 92 milhões para US$ 85 milhões. Já no acumulado, de janeiro a outubro, o embarque de 105 milhões de pares gerou US$ 874 milhões, número que era de US$ 900,74 milhões no ano passado, um revés de 3%.

A surpresa positiva do mês dez ficou por conta da Colômbia, país que com-prou 40,2% mais do que no mesmo mês de 2013, gerando mais de US$ 5 milhões em divisas para os exportadores brasileiros. No ano corrente os colombianos já somam US$ 41,67 milhões em importações de calçados bra-sileiros, número 22,3% maior do que o registro de 2013.

No acumulado, o principal destino do produto brasileiro segue sendo os Estados Unidos. Com um pequeno aumento de 1,6% nas importa-ções de calçados verde-amarelos, os norte-americanos compraram o equivalente a US$ 158 milhões nos dez meses de 2014. Já o segundo principal mercado, a Argentina, importou 31,1% menos no comparativo com igual período do ano passado, alcançando US$ 74 milhões. A Fran-ça é o terceiro destino, para onde foi embarcado o equivalente a US$ 52 milhões em calçados brasileiros, 0,5% menos do que em 2013. “Por questões macroeconômicas, mas também relativas à nossa condição precária de competitividade no mercado internacional, especialmente na concorrência com os asiáticos, estamos perdendo os mercados mais tradicionais, como o caso da Argentina, que barra produtos brasileiros e libera os chineses”, avalia o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein. Por outro lado, continua o executivo, países como a Colômbia aparecem com força no cenário internacional, o que é positivo para os exportadores.

Importações em queda apontam desaquecimen-to do consumoSeguindo uma tendência verificada em setembro, as importações caíram 14,1% em outubro, alcançando US$ 46,8 milhões – ano passado a cifra foi de US$ 54,53 milhões. Mais uma vez, a Argentina foi o destaque, vendendo qua-se o dobro em calçados para o Brasil – US$ 1,12 milhão ante US$ 2,23 milhões. Agora o país vizinho é o quinto principal exportador de calçados para o Brasil, atrás apenas do trio de países asiáticos e da Itália.

No acumulado, de janeiro a outubro, entraram no Brasil 32,85 milhões de pares por US$ 497,5 milhões, 2,5% menos do que o registro do mesmo período de 2013 (US$ 510,28).

CRYSALIS CRIA PROJETO DE INCLUSÃO SOCIAL

FRANCAL REÚNE REPRESENTANTES COMERCIAIS

A Crysalis, indústria calçadista de Três Coroas/RS, de-senvolveu, em parceria com a Apae, Proint e Senai, um

projeto especial de inclusão social que proporciona o ensino e oportunidade de emprego a deficientes na sua matriz e nas unidades de Parobé, Taquara e Vera Cruz. É a extensão do projeto Aprendiz aos deficientes. Segundo a diretora Liege Wilbert, os alunos frequentam 400 horas de aulas teóricas e, para as aulas práticas, cada um recebe um “anjo” – um fun-cionário designado para acompanhar o trabalhador especial, que o acompanha durante o dia de trabalho. Entre as funções dos aprendizes, estão o recebimento, preparação de enfeites e fivelas, montagem e fechamento de caixas, desenvolvimen-to de buchas para adicionar ao produto pronto e almoxarife. “Abrimos três turmas com 12 alunos cada, nas filiais de Paro-bé, Taquara e Vera Cruz. Estes já se formaram (em agosto e outubro), sendo que dos 36 que iniciaram no projeto 23 opta-ram pela efetivação dentro da empresa”, conta, frisando que a empresa possui 96 pessoas com deficiência no quadro de funcionários, 74,5% a mais do que a exigência legal.

Liege recorda que o início do projeto foi bastante difícil, princi-palmente pela resistência das famílias em deixar que seus filhos participassem. Muitos tinham apenas as aulas na Apae como ati-vidade, ficando o restante do dia em casa. “Vencida esta barreira, passamos pela fase de adaptação da empresa e dos colabora-dores, principalmente os líderes que receberiam estas pessoas em suas equipes. Hoje, este projeto está em fase amadurecida e representa a inclusão de pessoas que estavam a margem da sociedade e do trabalho”, conclui.

Dando continuidade ao programa de relacionamento “A Francal dá Bola para Você”, no dia 28 de novembro, o presidente da Francal Feiras, Abdala Jamil Abdala, recebeu 23 representantes comerciais na sede da promotora, em São Paulo. No encontro foram apresen-tadas as ações estratégicas da Francal 2015 e o lançamento da ‘Rede Representante Parceiro’, uma plataforma de conexão entre a Francal e os representantes parceiros, com o objetivo de fortalecer o setor e potencializar negócios.

Os representantes puderam conferir as ações programadas para a próxima edição. Entre as novidades estão: Encontros Regionais, com palestras para representantes e lojistas sobre as tendências de moda; Mostra Verão 2015/16, espaço para lojistas onde serão apresentados temas, inspirações e tendências durante a feira; Praça de Eventos Francal, que vai concentrar o Fórum de Moda & Marketing, palestras, seminários e encontros de expositores com seus lojistas; Caravanas, que viabilizarão a vinda de lojistas com transporte, hospedagem e alimentação gratuitos; e o Projeto Importadores América Latina, que levará compradores do continente à feira com hospedagem gratuita.

* Dados preliminares também do MDIC apontam para mais uma queda nas exportações

de novembro, mês em que foram embarcados o equivalente a US$ 73,9 milhões, 14,3%

menos do que no mesmo mês do ano passado. Já no acumulado de janeiro a novembro,

as exportações de calçado somaram US$ 948 milhões, 3,9% menos do que nos mesmo

período de 2013 (US$ 986,8 milhões).

*Os dados preliminares são disponibilizados pelo MDIC nos primeiros dias úteis de cada mês. São números aproximados, que podem va-riar na divulgação dos dados oficiais detalhados.

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retrospectiva 2014

A Chumaq Máquinas e Equipamentos é líder em importação de injetoras para a indústria calçadista. E, desde a dissolução da socieda-de, quando passei a ser o único proprietário da empresa, temos reforçado a confiança conquistada junto aos nossos parceiros.

Em oito anos de história, a empresa já vendeu mais de 1.300 máquinas, sendo mais de 700 para o setor calçadista. Após eu ter assumido a gestão, alguns dos nossos maiores clientes desse setor recompraram. Grendene, Alpargatas, Aniger, Dakota, Mould Matrizes (boaonda) e Ssalttec adquiriram mais 53 inje-toras, chegando a um total de 481 máquinas Chumaq em seus parques fabris. E a expecta-tiva para o próximo ano, conforme previsão desses clientes, é de novos pedidos.

Após a renovação do contrato de exclusi-vidade para a América Latina com a Golden Eagle, em meu nome, no início deste ano, a Chumaq adotou como nome comercial a sua razão social, substituindo Chiang, marca

utilizada desde 2006. A empresa mantém sua atuação na China, pela qual garante o diálogo direto e rápido com fornecedor. Além disso, investimos na ampliação e treinamento da equipe técnica, inclusive em especialização na China.

Em visita à China, em outubro, pude con-ferir de perto o resultado de uma promissora tecnologia para o nosso mercado. Atendendo a um anseio de nossos clientes, a Chumaq, em parceria com seu fornecedor, apresenta-rá em breve o que há de mais avançado em injeção de termoplásticos: a injetora de ciclo rápido e a injetora elétrica. Aguarde!

Grato pela sua parceria,

Ivonésio da SilvaDiretor

COMUNICADO

www.chumaq.com.br

Informe publicitário

Visita do vice-presidente e engenheiro-chefe da Golden Eagle a alguns clientes da Chumaq | Setembro 2014

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