DIÁRIO ILLUSTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1880-08-05/j-1244-g_1880-08-05_item2/j...que se...

4

Click here to load reader

Transcript of DIÁRIO ILLUSTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1880-08-05/j-1244-g_1880-08-05_item2/j...que se...

Page 1: DIÁRIO ILLUSTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1880-08-05/j-1244-g_1880-08-05_item2/j...que se officiasse ao sr. ministro das obras publicas para que mande íazer a limpeza do

J

Vft t

m

D D:.

§ Pn

è

/

*3^

-r-i /. 17.

>\v/

\ 1 r>

Nono anno

ASSI«**ATIRA KM LI«IIOI|

1 mez... 300 réis. Annuncios, linha 20 réis.

3 mezes. 900 » Pubh açòes no coitjo do

Avulso.. 10 » jerr: J,linha 40 reis. Quiii I a feira 5 de Agosto de 1880

(iSSIC^ATUBA NA PBOVIKCIA

3 mezes,pagamento adiantado... 1£150 róia

A correspondência sobre administração a A.

G. Cordeiro, Travessa da Boa Hora 63, 1.®

Numero 2:593

A ga, rua do

J. J. de 8. Cavalheiro,

e Jayme Leça da Vei-

Crucifixo, 86, 2.®

A. Cavalheiro dá

consultas em sua ca-

sa, rua de Santa Marinha n.° 9. das 4 ás 6 da tarde.

A adminitftração (lo

Diário HliiHlrado tem

novamente o Heit escri-

ptorio na typotfrapSiia

onde *e imprime o jor-

nal* Travessa da Boa Ho-

ra, 63. Toda a correspon-

dência devener dirigida

para alii. Oh annuncioa

recebem-fie até a* O Iio-

ras da noile. — **-

Tlicatro de S. João no Porto

Situado na praça da Batalha,

foi construído no fim do século

passado por uma sociedade de ca-

pitalistas, reinando a sr.a D. Ma-

ria I, e sendo regente do reino.,

em seu nome, o príncipe D. Joào.

Foi riscado pelo architecto ita-

liano, Vicente Manzoneschi.

0 famoso corregedor Francisco

d'Almada e Mendonça, poz grande

diligencia, como sempre costuma-

va, na edificação d'este theatre,

que é o melhor do Porto.

Blais pequeno que o de S. Car-

los, e menos pomposo no exte-

rior, é-lhe todavia muito simi-

lhante no interior.

Tem tribuna real, e 80 camaro-

tes distribuídos em quatro ordens,

a primeira das quaes passou mo-

dernamente a ter o nome de frisas

ásimilhança do que se faz em

Lisboa.

Quasi todos os annos foncciona

ali uma companhia lyrica, expres-

samente escripturada. Ultimamen-

te o governo progressista suppri-

miu o subsidio, com o qual aliás o

paiz não ergordou nem o deficit

emagreceu.

0 theatro de S. João, tem um

bello salão para fumar, e um foyer

decentemente mobilado.

KALEiNDARlO ALEGRE

Faz um calor estupendo!

Lisboa sua e boceja.

Vae-se a gente derretendo,

E entretanto o sol dardeja.

Eu tinha o meu Kálendario

Já preparado, já prompto.

Fui mettel-o n'um arrnario,

Mas que desastre! Eu lhes conto...

Vou buscar o Kalendario,

Do encontral-o convencido.

Pui-o á sombra n'um armario,

Mas ja o achei derretido!

Eslão-se fazendo obras no thea-

tro de D. Maria, por conta do go-

verno, e no do Gymnasio, por con-

ta da empreza.

O gado que é hoje corrido na

praça do Campo de Sant'Anna dá

indícios de muita braveza..

Quwm hontem o viu em Friel-

las ficou muito satisfeito. São 13

os touros que veem e entre elles o

celebre Caraça e um malhado de

muito bonita estampa.

Os bilhetes para a corrida es-

tão á venda, até á 1 hora da tar-

de, no estanco do Chiado n.° 94,

e na praça do Campo de Sant'An-

na, desde rnanhà até á hora do

espec taculo.

O sr. vereador Fonseca propoz

que se officiasse ao sr. ministro das

obras publicas para que mande

íazer a limpeza do caneiro d'Al-

cantara.

0 sr. procurador régio partici-

pou á câmara haver já auctorisa-

ção para entrar em negociações na

troca de terreno para a mudança

do chafaris do Largo da graça.

Remedio contra a hydro-

phobia

Um medico da Povoa de Lanho-

so, descobriu ha tempos um reme-

dio para o «virus rábico» que diz

ter experimentado e aíiança-o co-

mo infallivel.

Eis a formula:

Deitem-se n'uma vasilha de bar-

ro vidrado ires gemas d'ovos, sem

clara; junte-se-lhe d'azeite tres

meias cascas d'ovo, que vem a ser

meia para cada gema, colloque-se

sobre fogo brando, mexendo sem-

pre com espatula d'aço, ou coisa

que o contenha, servindo mesmo

uma faca; deixe se ferver branda-

mente até estar na consistência de

uma papa delgada, e depois de es-

friar o necessário, toma se pela

manhã em jejum, não podendo

comer-se sem passar seis horas.

Isto repete-se tres manhãs con-

secutivas.

Recebemos o 1.° numero de

uma nova folha intitulada Os ho-

mens de hoje, que se publica

em períodos fixos, mas o mais

aproximadamente possível.

O seu programma é dar ao paiz

uma ideia de quem são os seus

homens novos, notando os seus

actos mais salientes, as suas qua-

lidades e virtudes. Cada numero

traz uma caricatura. A do 1.° é a

do sr. Theopliilo Braga.

Foi condusido ao hospital de

S. José, Justino Augusto da Silva,

serralheiro, 30 annos de idade

moredor na rua de Santa Isabel,

n.° 40. o qual se achava caído por

doença, na travessa do Cotovello.

Por ter aggredido com o chico-

te o policia ri.® 12i, da 2." divisão,

na occasiào em que era por este

admoestado, por estar com o trem

fóra do local competente, foi pre-

so Domingos Manuel Gonçalves,

cocheiro, morador na travessa do

Moreira.

llontem ás 12 horas da noite,

tentou suicidar-se, um menor de

16 annos, Manuel Francisco da

Silva, morador na rua de S. Tho-

me n.° 73. lançando-se ao Tejo,

depois de ter tomado uma porção

de álcool.

Foi salvo por José Antonio, mo-

rador na rua de S. João da Matta,

que áquella hora passava pelo

Aterro.

Ao Nr. governador civil

Parece-nos de toda a conve-

niencia que o sr. governador civil

se entenda com a Companhia de

trens, para que durante a noite

estacionem carruagens de praça

perto de todos os postos medicos,

afim de que os facultativos pos-

sam acudir de prompto ás chama-

das.

De contrario, os facultativos

far-se-hão esperar, e acabarão por

inutilisar-se para o serviço publi-

co.

Nas ultimas noites, tem sido

considerável o numero de chama-

das em quasi todos os postos me-

dicos. Os doentos moram em

bairros distantes uns dos outros,

e os facultativos perdem muito

tempo no caminho, por isso que

não encontram trens disponíveis a

hora adeantada da noite, nem sa-

bem onde hão de mandal-os pro-

curar.

Esperamos que o sr. governa-

dor civil tomara na devida consi-

deração a nossa lembrança...

O sr. Couceiro não sabendo

d'onde teria vindo aquella mulher,

para assim ser procurada, deu

parte á policia. Os policias Castel-

lo Branco e Ferreira, conseguiram

descobrir o paradeiro de Martinha

Maria de Paula e seu amante João

Lopes, moço de esquina, os quaes

estavam hospedados em uma casa

de má nota. Depois de capturados,

negaram tudo: mas aquelles agen-

tes conseguiram ainda encontrar os

objectos roubados e, quando aca-

bada esta tarefa,conseguiram ain-

da descobrir uma porção de objec-

tos de ouro e prata como colheres,

anneis; botões, brincos, afogador,

e uma czuz que estavam empenha-

dos em uma casa de penhores na

calçada do Garcia.

Esta Martinha quando estava

desaconimodada, ficava em varias

hospedarias com seu amante João

Lopes o qual tencionava partir pa-

ra Galliza na noite do dia em que

fóra preso.

pitaes n'uma empreza de tanto in-

teresse para a cidade de Lisboa,

vem o sr. Mac Cartthy apresentar-

se á camara municipal, prestando-

se a estabelecer o systema de fos-

sas moveis, ou de canalisação con-

tinua e collector. Bom sera* que os

esforços do distincto engenheiro

sejam coroados de bom êxito. Não

será por falta de vontade dos sol-

licitos membros da camara muni-

cipal de Lisboa, que o saneamento

da cidade tenha uma rapida reso-

lução; infelizmente o governo pro-

gressista, que faz economias nas

quarentenas, porá impeçilhosa tu-

do, e ficaremos no mesmo estado,

tornando-se Lisboa de dia a dia

mais insalubre.

Na sexta feira 6 do corrente en-

tra o sagrado Lausperenne, na

egreja conventual do Salvador,

havendo pelas ií horas da manhã

d'esse dia, festividade ao Rei Sal-

vador, por musica de capella e

O tribunal ai bilrai, que tem de

resolver a questão do caminho de

ferro da Pampilhosa á Figueira,

reuniu-se hontem em sessão se-

creta.

Nào promulgou ainda, a decisão

do pleito.

O nosso collega do Jurnal da

Noite dizia hontem que parece que

a sentença dos árbitros será favo-

ravel ao governo.

Os habitantes de Bemfica, Cam-

polide, Sete-Rios, Estrada da Luz

e Palma de Cima leiam o annun-

cio n.° 29

THEATRO DE S. JOÀO NO PORTO

Doenças dos olhos

Consultorio de L. da Fonseca,

lúedico-oculista da Real Gasa Pia.

Da 1 ás 3 e meia. Pobres ás 9,

Visitas no domicilio. Praça de Luiz

de Camões. 46, 2.°

O sr. João Couceiro de Mendon-

ça Arraes ha dias tomou para seu

serviço uma criada por ura an-

nuncio publicado num dos jornaes

da capital. Esta mulher quando se

apresentou disse chainar-se Marti-

nha. Depois de se ajustar, \oltou

novamente acompanhada de um

individuo que ella. declarou ter

relações coin uma mulher em cuja

casa costumava hospedar-se.

N'aquelle dia partiu parte da fa-

mília do sr. Couceiro para a sua

residencia nos Olivaes.

Martinha, aproveitando a ausen

cia d'aquella família, entrou num

quarto aonde estava um bahu, d'ali

tirou um relogio de ouro, cadeia,

brincos, etc., etc., desappareceudo

em seguida.

Tanto elle como ella foram re-

mettidos para o juízo do i.° dis-

tricto criminal.

Continuam a chegar pedidos, á

exposição de fogos de artificio do

sr. Fonseca, na rua da Boa Vista,

n.® 8.

Deitar balões aerostaticos com

fogos de bengala, e queimar algu-

mas peças de fogo estrangeiro, é

sem duvida o melhor divertimento

para o campo, ou jardins.

Ha dias esteve ali o sr. consul

de inglaterra, que fez acquisição

d'alguns fogos para queimar em

Cintra, onde s. ex.a está a ares.

Partiu para Paço d'Arcos o Sr.

João Pedro Teixeira e sua esposa

a ex.ma sr." 1). Elvira d'Almeida

Teixeira.

Um muito caridoso e distincto

general d'armada, entregou n'esta

administração 1S000 réis para se-

rem distribuídos, 500 réis á infe-

liz família da rua de Rilhafolles, 11

e os restantes, 500 réis, á infeliz

Maria da Gloria d'Almeida Vieira,

moradora na calçada do Livramen-

to. ás Necessidades.

sermão.'de que é orador o M. R.

Padre Pires Monteiro.

A' noite Matinas de Cantochão.

Dia 7, ás oito horas da manhã,

missa da Paz; á noite matinas de

cantochão.

Dia 8, ás 11 horas da manhã,

missa cantada, procissão e benção

do Santíssimo Sacramento.

Hontem ás 8 horas da manhã

na rua do Sacramento caiu um

criado, de nome Alberto, do Ca-

vallo que montava, ficando mal

ferido na cabeça.

Foi conduzido em maca ao hos-

pital de S. José.

A corveta Mindello sae hoje pa-

ra o Algarve para exame de guar-

das mariuhas.

No theatro dos Recreios vae o

Armario das Afllições, que não con-

sente que um só espectador se

conserve sério. Para coroar a gar-

galhada, a guerra zulo-ingleza, no

jardim.

CARTEIRA DOS THEATROS

I»rincipe Real.—Continua a

ser muito applaud ida a comedia o

Cuco que hoje sobe á scena pela

G.a vez. Amanhã teem entrada os

srs. accionistas dos Recreios pa-

gando metade dos preços.

O governo mandou intimar a ca-

mara pelo sr. administrador Jorge

para esta cumprir o disposto na

portaria que manda fazer a limpe-

za da cidade etc.

A camara ficou intimada.

Está melhor o sr. dr. Magalhães

Coutinho, e vae convalescer para

a quinta real do Alfeite.

Alguns progressistas de Coim-

bra vão fundar um jornal destina-

do a guerrear o governo.

Que tal elle é, que até já os seus

lhe atiram.

Foram capturados, e enviados ao

3.® districto criminal, Candido José

Francisco, morador na calçada de

S. João Nepomuceno n.' o0, e Ma-

ria do Sacramento menor de 17

annos, em consequência do pae

d'esta se queixar á policia de que

o referido Candido raptára sua íi

lha.

Saneamento de Lisboa

Na sessão da camara municipal

de hontem foi apresentada uma

proposta de muito interesse para

a nossa capital. Segundo fomos

informados um distiento engenhei-

ro francez mr. Mac Cartthy,conhe-

cendo a cidade de Lisboa, por aqui

se ter demorado alguns dias n'uma

das suas viagens, emprehendeu o

estudo do seu saneamento, com

aproveitamento das matérias fe-

caes para a nossa pouco cuidada

agricultura. Possuidor do privile-

gio do systema Coquerel, usado

em França com excellente êxito,

e â testa de capitalistas francezes,

que querem empregar os seus ca-

Varios jornaes de Lisboa noti-

ciaram o fallecimento de um dos

typos mais populares das ruas de

Coimbra,—o Cobra.

Acabamos, porém de lema Cor-

respondência de Coimbra o seguinte

a este respeito :

«O Cobra não morreu, está na

cadeia. Se é verdadeiro o dictado

- o homem vive cem ánnos.

Nós lemos, n'um jornal de Lis-

boa, e julgamos que transcriptade

uma folha de Coimbra, a noticia da

morte do infeliz. Quizemos também

fazer-lhe necrologio; e escrevemos

uma dúzia de linhas que foram mui-

to transcriptas.

Agora recebemos informações

exactas. Condemnado em seis me-

zes de prisão pelo crime de furto

está cumprindo a pena de perfeita

saúde.

Ainda bera; ou ainda mal; con-

forme.»

Está quasi concluída a versão

da comedia Daniel Rochat, de Vi-

ctorien Sardou.

A traducção é feita por um dos

nossos mais festejados escriptores

de theatros, o sr. Ferreira de Mes-

quita, cujas producções o publi-

co tem sempre applaudido pelo

esmero e vivacidade do dialogo,

elegancia de formas e pureza na

linguagem.

Por ter roubado a seu patrão

dono da mercearia sita no Campo

dos Martyres da Patria n.® 157, a

quantia de 5390595 réis, foi preso

Antonio Manoel André Redes, cai-

xeiro, de 20 annos jle edade, e na-

tural de Qvar.

Pelas 12 horas e úm quarto do

dia foi condusida em trem de pra-

ça ao hospital de S. José, afim de

receber curativo de um ferimento

na cabeça, resultado de queda que

déra nas escadas do tribunal da

Roa Hora, D. Maria da Madre Deus

Peixoto Padilha, moradora na tra-

vessa da Palmeira n.® 23.

Foi depois condusida a sua ca-

sa. .

■•awweio Publico

É muito attrahente a festa d'es-

ta noite no Passeio Publico. A rua

central apresentará brilhante il-

luminação a gaz, começando o

grande concerto pela banda de

caçadores n.® 5 ás 8 horas.

A's 9 horas será o passeio illu-

minado a luz electrica sob a direc-

ção do distincto preparador de

physica da escola Polytechnica

Jayme A. Magno.

A's 10 horas começará o baile

infantil dirigido pelo professor Jus-

tino Soares. O brinde á menina

que mais se distinguir será uma

linda bolsa de prata.

A's 11 horas queimar-se-ha um

bonito fogo de vistas, composição

do hábil pvrotechnico Joaquim

Rodrigues. À's il horas e meia

Não" podia encontrar melhor terminará a festa com um grande

interprete a obra do eminente es- bouquet de morteiros do variadis-

criptor francez. 1 cirnas cores.

HIGH-Lí FE

Fazem hoje aimos as exm.u

ar.-

D. Julia Braamcamp.

D. Marianna Oliveira.

D. Amelia Augusta Ferraz de

Azevedo.

D. Amelia Abranches dos San-

tos.

D. Maria das Neves Rodrigues

Vasconcellos.

D. Alaria Antónia Freitas Oli-

veira.

E os srs.:

Antonio de Campos Valdez.

Antonio Maria de Qneiroz de

Mello e Souza.

■—Partiu para a praia da Gran-

da, o sr. Joào Oliveira de Carva-

—Partiram para Cascacs o sr.

Alfredo Holtreman e sua familia,

—Está nas Caldas da Rainha, o

sr. D. Manuel de Mello.

—Partiu para a Guarda, o sr.

visconde de S. Pedro do Sul.

—Partiram para Portalegre o

sr. dr. José Ribeiro Neves, sua

esposa e filha.

—Partem no sabbado para Cin-

tra os srs condes de Azinhaga. —Casou hontem na egreja da

Pena, a exm.a sr.* D. Henriqueta

Chaves Tinoco da Silva, mae do

nosso amigo o sr. Alfredo Tinoco,

com o sr. João Soares Zagallo.^

Foi madrinha a irmã da noiva

a exm.a sr.* D. Maria Chaves San-

tos e padrinhos os srs. Filippe Ze-

ferino da Trindade Carvalho e

Joaquim Ignacio Barcellos.

—Partem ámanhã para o Porto

em viagem de recreio, os srs vis-

condes da Graça.

—Partem hoje para Cintra o sr.

Augusto Tedim e sua esposa. —Partiram de Coimbra para a

Serra da Estrella, os srs. Antonio

de Vasconcellos, Manuel de Cas-

tro Guimarães, Jayme e Arthur Monperrin Santos.

—Chegou hontem de Cintra o

sr. Alfredo Anjos. —Partiram para a Foz com sua

familia os srs. viscondes de Ovar. —Regressou a Lisboa o sr. Anto

nio Berquó e sum. esposa a exm.*

sr.* D. Amelia Wan-Zeler.

—Partiram hontem para o Por-

to o sr. Antonio João d?Amorim

e sua familia. —Partiu para Paris o sr. dr.

Alvarenga.

—Está na Ameixoeira com sua

espasa o sr. Oguella Barbosa.

—Vai passar a estacão calmosa

com sua esposa e filha para a

Ameixoeira, o sr. José Barbosa.

La Boitc à ouvrage

Durante a estação dos banhos

as nossas leitoras nào deixam nun-

ca, primorosas e cheias de habili-

dade como são, de occupar-se em

mil trabalhinhos de phantasia, tra-

balhos ligeiros que se levam para

a praia; para o campo, para o club,

que se fazem conversando no ale-

gre e espirituoso cavaco do campo

e das praias de banhos. Recommen-

damo-lhes o jornal La boite à om-

vrage, como excellente para este

genero de trabalhos, tendo também

uma parte de litteratura e outra

de modas, ambas interessantes; as-

signa-se na livraria de Madamo

Marie François Lallemant, rua de

Thesouro Velho n.® 22.

Banquinhos mallas a â.$500! pro-

prios para o campo e praias, che-

garam de Paris. O Centro Commer-

cial envia-os a troco de sellos, bem

como luvas ou outros objectos, pa-

ra presentes. Rua do Ouro, 122.

Francisco Manoel da Cosia

de Campos

Felicita a seu tio o ex.m® sr.

Antonio de Campos Valdez

pelo seu anniversario natalício

Montemór-o-Novo.

Está confirmado ser um precio-

so alimento para crianças e con-

valescentes de qualquer doenças

a farinha peitoral ferruginosa da

pharmacia Franco, privilegiada.

Recommendamol-a para uso.

Aggravaram-se os padecimen-

tos do si*, dr. Fernando de Mello,

distincto professor da faculdade

de medicina na Universidade de

Coimbra.

Sentimos.

Page 2: DIÁRIO ILLUSTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1880-08-05/j-1244-g_1880-08-05_item2/j...que se officiasse ao sr. ministro das obras publicas para que mande íazer a limpeza do

DIÁRIO ILLUSTRADO

(MATHS PO m

O Popular não cessa de prepa-

rar terreno para a futura eleição

municipal. A camara de Lisboa

tem sido desde principio o objecti-

vo dos seus rancores.

Ninguém terá esquecido <|ue

apenas o Popular se aehou eleva-

do á calhegoria do poder occulto,

exigio logo que fosse dissolvida a

vereação. Ora, por esse tempo

ainda nem se pensava no emprés-

timo municipal de que artualmen

te^ se trata. Já vêem que este odio

não é de hoje nem de hontetiv

Porque o codigo administrativo

não deixara porta aberta a esta e

outras violências,—o que explica

a pressa com que tentaram sub-

stiluil-o por outro, admiravelmen-

te talhado para o syslema abso-

luto—o governo viu-se na dura

necessidade de pedir desculpa ao

poder occulto, por nào se lhe sa-

tisfazer o capricho, nem lhe sa-

ciar o desejo de vingança.

O poder occulto ficou amuado

durante uns dias, chegando a di-

zer que os ministros «lhe haviam

saido mais tolos ainda do que elle

esperava».

Tendo, porém, concebido largos

planos, dos quaes este era apenas

um traço, que podia ser alterado

sem que d'ahi resultasse modificai

ção para o seu pensamento orga

nisador, o Popular tratou de iii

ventar um meio con o qual o go

vemo podesse justificar a dissolu

em Lisboa uma epidemia de fe

bres ialermittentes e tvphoides!

Em presença de tanta levianda-

de, de tanta incompetência admi-

nistrativa, de tão accentuado cre-

tinjsrpo, exclama a Revolução de

Setembro, e com toda a rasão.

"Pois bem! Pintado com tão ne-

gras cores o estado ginilario de

Lisboa, o governo entra no cami-

nho das medidas rasgadas, e...

inania fazer c que se faz todos os

«lias, recommenJa á camara que

nào tornando a apparecer ein quan-

to se nào julgou melhor.

Passados dias voltou;—ainda

nào estava curado de todo. Rece-

bera uma denuncia importante

ácerca do asylo municipal. Quiz

vel-o. Examinou o processo de

admissão relativo a ca la creança.

Havia um que estava irregular. A

creança de cjue se tratava não

podia ler sido admittida. «Achei

bradou logo o inquérito, achei:—

escândalo eleitoral, influencia re

generadora: o cynismo que não

duvida especular aié com o des- „ .

valimento mais digno de dó.—o dias, recommer

das creancinhas orphàs! Deixe faça já o que se nào pôde fazer

ver; como entrou para aqui esta ainda, e acaba por pedir relações

asylada?» — «Entrou porque o dos doentes que nào possam accu-

actual sr. governador civil exigiu I d ir ás despezas do seu tratamento

a todo o transe que ella entrasse», para que se lhes prestem os soc-

0 inquérito nao tornou a apare- corros compatíveis com as forças

cer; nem o Popular tomou a dar \ do thesouro]

noticia d'elle. Esta ultima restricçào é adora-

Todavia o poder occulto, em- vel!

preiteiro de eleições inunicipaes,

combinadas no salão do theatro

de S. Carlos, entrada por bilhetes Tal absurdo só a este ministe-

—nào desistia do seu projecto rio lembra!

contra a vereação. O poder occulto Soccorros compatíveis com as

pozera um pé em Torres e o outro forças do thesouro! Pois declaram

na cadeira da presidência munici- que lia uma epidemia na cidade* e

pai. O espaço eomprehendido de- não põem desde logo á disposição

baixo d'esta abobada é o passeio dos medicos tados os soccorros

habitual do governo e do seu se- indispensáveis? Pois o thesouro,

quito. _ que é da nação, regateia o preço

A posição não é muito commo- da saúde e vida dos cidadãos por

da, mas o poder occulto la a vae serem pobres?

sustentando, atarrachado as duas Pois o governo pôz a restricçào

.esperanças que tem mettidas de- da compatibilidade com a * forças çao, que nao se atrevia a decretar baixo dos dois pés. Assim conta do thesouro, quando foi dar oito

sem mais nem menos. elle que para o anno receberá rentos contos de mão beijada aos

u meio era o inquérito. Pnnci- d'uma assentada a concessão de argentarios francezes? Pois o go-

piou pois no honrado mister de Torres e a presidencia da verea- verno regateia gratificações e ac-

denunnador, mister a cujas res- Uo. Umulaçãò de vencimentos aos

nonsalulid.ide> tratou sempre de E' preciso, pois, dispor as cou- seus apaniguados e correliçiona-

rogir, precedeiido as denuncias das sas, que nem sempre são tão fa- rios? Pols' o governo regateiou palavras <-diz se... consta... ceis como parecem a primeira vis- concertos de tectos de egrejas e

V ~~ p,?. 'ras (ílle' la- principalmente quando a vista começos de estradas sem estudos, para os jogadores «l estas armas é curta como a d'este pobre poder nem orçamento, quando tratou de

leacs, signiticam — furtar o corpo occm//o. Contava elle ser presiden- vencer 'as eleições? Pois agora,

ao golpe. te da camara de Lisboa em setem- que se trata da saúde dos pobres,

Depois de propalar os boatos da hro do anno passado; e contava é que vem os melindres de eco-

&ua lavra, a syn iicancia tornara- eom a concessão do caminho de nouiia parvoinha?»

separa a propria camarauma ques- Torres em março d'este anno. Aon-

tao de honra. ,je Yae março, e aonde vae setem- E conclue o nosso presado col-

O governo ordenou a devassa, bro I |t»"a:

Recommendou se toda a urgência Pôde, pois, continuar a dizer c _ , ,

aos inqueridores. Os abuzos eram quantos absurdos lhe convier a "Se a, doenCa> a que leviana-

manifestos, palpaveis; saltavam L roposito do einprestimo munici- ,menle (ía,"aram fP"*emia de fe-

aos olhos; nao era preciso exami- pa|, no intuito de abalar a opinião ,)res iyPho,,les> reclama soceorros,

nar. revolver Bastava entrar ao no sentido que lhe convém. A opi- hue ?ejam I)roniPt°s, expeditos^

acaso em qualquer das repartições nião não o acceita: e se o p>>der se nao, que se nao niunicipaes, para ver as irregula- locculto tivesse vida até á occasiào lan,,e 0 terror .no 5?'° da POP"1»-

ridades, as infracções, as fraudes, com que conta para a experiência com portarias disparatadas!

•s escandales a pullularem aos veria a votação com que havia de L Quanl° a nos' acreditamos ain-

cardumes. mimoseal-o i cidade de Lisboa. '?a °t Pe,ur mal <*ne solTmiíos

1*0! o inquérito. Espreitou, fare- Ficará para outro dia referir lé 0 ,lft alurar os disparates d este

jou, apaipou; escancarou os livros, mos o que se passou entre a ea-

íolheou-os: nol-os ao ar. nã« li- lmara e o sr. José Luciano e Bar-

ros Gomes; o que nào pôde, po-

, „ —- Irém. ficar adiada é a seguinte aa; lurou-lhe as encadernações, observação.

'!verf'!

1 dentro alguma cou- O Popular tem aproveitado a .IMouae Huu..ca, MqU ooaumJ sa as psias ou as lomna.ias;— ausência do poder occulto, para priamente do pensamento exclusi-

abriu as gavetas, bateu lhes com apertar com a questão do euipres- vo do governo não passam de ir-

os nos dos dedos, nao tivessem timo, isto é para invectivar contra risoriás.

lun Jos rabos;—abriu os armarios a câmara. O fim é manifesto : dar O que é senão irrisorio intimar

de par em par, venlicou se eram a entender que o pndsr occuito é a camara municipal a que dé im-

ae engonços, nao andasse por ali alheio á questão, e que por tanto mediata execucão á lei de 12 de

a astúcia dos Davenports;— desa- |a questão não é inspirada no em- abril de 1876, abrindo quanto an

penho decidido que tem o mesmo tes licitação para o contrato das

poder, em se sentar na cadeira da i

presidencia municipal.

do o terror na população, e fazen- Idendo já negar que o sr. visconde

!e crer no estrangeiro que grassa | de S. Januario aplaw.u, comas

suas rerentes determinações, as

diííiculdades levantadas pelo sr.

marquez de Sabugosa á concessão

Paiva de Andrada, procura agora

provar que o partido que occu^ia

o poder procedeu cohereniein^iup

com as promessas que fez enquan-

to opposição. Contra esia arrojada

afnnuativa protestam as palavras

proferidas no parlamento pelo sr.

Marianno de Carvalho, que se ex-

pressou assim;

«E se o partido progressista

(quando entrar para o governo)

encontrar companhias formadas,

com direitos já creados, com ca-

pitães empenhados, com protec-

ções internacionaes poderosas por

detraz de si, e nào puder com fa-

cilidade, sem perigo, revogar aquil-

lo que está íeito, n essa situação

elle trará o negocio ao parla men A m a >. aa . || a

Diário He Portugal e o Jornal da

Noite estranham, o com muita ra-

zão, «pie os soldados da guarnição

e o material de artilhei ia fossem

empregados nos folguedos do bair-

ro. Camões. Nào se pôde elfecti-

yamenlM admittir que se distribua

ao exeivito o papel em que o ar-

tigo D. .1 »m'; Serrate só encontrou

para collabora lores os pacilicos

cidadãos de Tuy que enxameau

nos chafarizes.

A mi>são do exereito é muito ou-

tra;e, porqued'ella o distraem com

a semeerimonia com que ultima-

mente se. te o proeo lid.», é que

talvez o digno general da primeira

divisão se viu obrigado a estra-

nhar as irregularidades que se no-

taram no dia da parada, e os jor-

naes militares do paiz acompanha-

ram n'este ponto o sr. visconde de

Sagres.

Com estes jornaes faz eôro uma

folha militar hespanhola cujo il-

lustrado director, adsistindo a pa- to, ouvirá o seu conselho, e depois ^IM,L a pa

de o ouvir, cumprira a vontade da rada. licou pessimamente impres

naçao. (Muitos apoiados).» ...

Quando foi que o partido pro-

gressista se desempenhou d'este

solemne e espontâneo eoinpromis-

so que contrahiu perante a na-

ção?

Nunca, nunca, e nunca.

*

w *

A cerca do fallecimento da por-

tugueza Maria de Oliveira, lô-se

na Gaceta Universal correspon-

dente ao dia 2 :

«A respeito do crime de Sevi-

governo!

E eITectivãmente é este o peior

mal de que soffremos, porque,

com excepção das providencias

adoptadas por indicação da junta

de saúde publica, as que são pro

SílSCELLAMi POLITICA

tou os maços; humedeceu com a

saliva as pontas dos dedos, e pas

sou um a um os papeis que lã es

tavam dentro.

Nenhum indicio! O inquérito co

çava na cabeça, alagado em suor.

Houve então alguém que fallou I «Temos presente, diz o Pronres-

na bibliotheca. Pareceu isto uma *o, o mappa dos eadaveres s.-pul-

indicaçaq, um rasto, um vestígio, tados no cemiterio occidental no

Dm. . ... dia 2 de agosto. Foram apenas A biblietneca, a bibliotheca, \onco. e entre elles, uma mulher

bradou o inquérito. de 8o annos, uma creança do 13

boi a bibliotheca:—«eis aqui o dias, e outra creança de dois me- . -banjamento, a ille- zes. Como se vê, o movimento obi-

preciso mais nada. tuario conserva-se normal, e até

Havia de apparecer!... Uma per- |em excellentes condições de con

gunta apenas: quem mandou com

prar estes livros?»—«Foi o sr. Res

sano Garcia.»

O inquérito empallideeeu; pediu

ar e água, muita agua e muito ar

fronto com o moviínento dos an-

nos anteriores.*

E é em pre>ença d'este estado

em excellentes condições de con -o—; -o— ^ r * avvMtiiico w/nu" uro ur

Apenas se sentiu um pouco mais fronto que o mimst.Vio declara

alliviado, o iuquerito foi para casaT officialnu-nte suja a capital, lançan-

79

FOLHETIM

t&DAME mav sum ta

3 m

DE

MUMBEIU

(Continuado do n.° 2:592)

A scena mudou de repente: um

«ommissario de secção seguido de

dois guardas nacionaes a! riu ca-]

minho atravez a multidão. Sem

mais interrogações, prendeu o sar-

gento. O interrogators devia vir

depois; n aquella época faziam-se

as coisas cora muita simplicidade.

O mosqueteiro entregou-se sem

manifestar a menor emoção. Pas-1

sou soberbo atravez a multidão

I das formosas damas que o olha

vam ternamente, e cumprimentou

'com respeito sua prima,que solu-

çava.

—Sim, disse Dolãrice ao ouvido

j de Tilly, tem em grande perigo o

|Seu Armando. Chora, ap.quenta-

te, patetiuha; és incapaz de o sal-

var; mas eu, que nada temo, irei

a casa do cervejeiro, e,. custe o

que custar, alcançarei a liberdade

1 de Armando.

IX

A cólera do leão

Não foi uma fanfarronada; a

manjueza deseançou apenas algu-

mas horas, e antes de romper o

dia estava já ao seu toilette. So-

bre as cadeiras tinham-se amon-

toado as roupas mais elegantes; os

frascos e os pós Odoríferos exha

lavam os perfumes mais da moda:

a creada tinha já recomeçado mais

de vinte Yezes o enere-pa lo do

cabello de sua ama. Dolarice sa-

cudia a cabeça com impaciência.

obras indispensáveis para o com-

pleto esgoto e limpeza da capital?

Pois o que determina o artigo 1.°

da citada lei? Apenas isto:

«E' anctorisada ít camara mu-

nicipal de Lisboa a contratar em

licitação publica as obras indis-

pensáveis para o completo esgoto

e limpeza da capital, conforme os

projectos que foram approvados

pelo governo

E onde estão esses projectos

approvados pelo governo?

Ninguém o saiie, pela simples

razão de que nào existem!

E>tão doiàos de todo, nào ha

que ver.

s

% w

A imprensa progressista, não po-

— Acabaste, finalmente? Nào

dormi nem um minuto; estou mal

dos nervos; devo estar feia a met-

ier medo.

—A sr.a marqueza nào tem de

que se inquietar; será sempre cem

vezes bonita para a visita que se

digna fazer a esse miserável cer-

vejeiro.

—Tu não tens senso commum;

os democratas são mais difllceis

de contentar do que os outros. To-

ma cuidado, nada de pós, porque

recordariam o antigo regimen e

poderia isso melindrar M. Santer-

re. Vamos! decididamente este cre-

pe nào está mau. Dá-me depressa

as minhas luvas de Saxe e o meu

chapéu da casa Baulard. Hoje de-

vo ser ao mesmo tempo Armida,

Circe. Dubarry: é absolutamente

preciso que seduza esse louco:

que fadiga para uma mulher de

distincçào!

—A minha ama é o modelo das

amantes, e só o amor podia ins-

pirar uma tal dedicação!

—Ora essa! nào me lamentes

tanto; o cervejeiro é, no fim de tu-

"do, um homem perfeito, e os phi-

lha

Lemos El Universal. El Porve-

nir, e La Andalucia chegados no

correio de hoje, e nào dizem uma

palavra.

O que se passa ? Porque nào fal-

ia a imprensa ?

A Correspondência d'esta ma-

nhã escreve:

«Os jornaes de Sevilha recebi-

«dos hoje nào se occupam da no-

«ticia inysteriosa relativa a uma

«joven portugueza que morreu afio-

«gada.

«Como o assumpto está em sum-

«mario, nada tem de estranho que

«a imprensa d'a^uella cidade se

«abstenha de publicar por agora

«mais pormenores.»

E eomquanto a causa esteja em

summnrio, nào se pôde dizer que

juiz superintende no assumpto e

contra quem tem procedido ?»

Esta questão mostra-se de dia

para dia mais nublosa. Entretanto,

é de justiça dizer que o nosso con-

sul em Cadiz tem-se mostrado n'es-

te assumpto, como em todos os ou-

tros anteriormente occorridos no

domínio do seu consulado, de um

zelo e de uma actividade que fa-

zem na verdade honra a este dis-

tincto funccionario.

Ainda hontem tivemos occasiào

de verificar que primeiramente

que qualquer jornal de Lisboa ti-

vesse dado noticia do mysterioso

successo que produziu a morte de

Maria de Oliveira, ja tinham sido

pedidas explicações sobre o ocor-

rido ao presidente da audiência de

Sevilha. Também sabemos que o

sr. Noel. vice-consul em Sevilha,

e que se tem conduzido pelo mode

mais louvável n'esta questão, saiu

d'esta «idade para Madrid a fim

de conferenciar com o nosso mi-

nistro, e informal-o de todas as

singulares ininuciosidades que re-

vestem este estranho caso.

Mas como o sr. conde de Cazal

Ribeiro anda em digressão de re-

creio pelas províncias do norte e

leste, é possível que o sr. Noel não

consiga encontrar-se com elle. Se-

ria para lastimar qu-j isto succe-

desse.

*

* *

Os nossos estimáveis collegas o

losophos sustentam actualmente

que todos nós somos eguaes. Além

d*isso, espero conseguir o que de-

sejo usando apenas d'alguma com-

placência. Manda aproximar o

trem.

Dolarice subiu para o carro que

transpoz rapidamente a rua de

Saint-Antpine. Davam n'este mo-

mento oito horas na torre de Saint-

Pierre e Saint-Paul, e um quarto

de hora depois parava a carrua-

gem no arrabalde, defronte do es-

tabelecimento de M. Santerre.

Seja qual fõr o partido a que

pertençam, os personagens impor-

tantes são sempre de um accesso

diflicil. Nào bastava o ler chegado;

era preciso obter uma audiência

immediata.

Dolarice tocou resolutamente a

campainha da porta gradeada de

uma casa pequena, baixa e de ap-

parencia medíocre. Appareceu uma

velha horrível, cujos eabellos em

desalinho surgiam de um gorro á

atheniense.

—E' possível fallar ao comman-

dante Santerre? perguntou a mar-

queza.

a —- — —— —w V m . «« K. sionado com tudo quanto viu.

Estes factos respondem infeliz-

mente, e por modo eloquente, ás

louvaminhas inconscientes da im-

prensa ministerial.

*

* *

O Propresso dá noticia de ter

havido no dia 19 de junho de ma-

nhã, em Moçambique, uma desor-

deui cnire uma grande parte des

soldados de caçadores 4 (pretos

de Angola), e os prelos da ponta da

ilha. As armas empregadas foram

o pau, a pedra e a zagaia. Foram

eonduzi los muitos soldados feri-

dos para o hospital, e enire elles

alguns da policia. Suppunha-se

quj o cabeça de motim fora um

cabo de corneteiros de caçadores

n.° 4.

Tendo o sr. marquez de Sabu-

gosa seguido o systoma de cercear

o prestigio dos governadores ge-

raes e até de os desauctorisar,

como succedeu, por exemplo, com

o sr. Francisco Maria da Cunha,

nao admira que, emquanto s. ex.a

esteve encarregado da pasta da

marinha, se dessem d'aquelles fa-

ctos.

*

* *

O Temps, correspondente ao dia

4 publica, com relação as preten

sões dos portadores do emprésti-

mo de 1) Miguel, um artigo favo-

ravel aos nossos interesses.

Nào é de todo mau que isto se

faça. mas seria muito melhor que

s^ tivesse feito em tempo compe-

tente, adoptando-se este expedien-

te como meio de evitar o processo

que tão caro nos custou a todos os

respeitos.

—Pois nao sabem, observou al-

guém. que o melão não é mais de

que um pepino aperfeiçoado?

*

* *

A baronezade X. perde comple-

tamente a cabeça ao jogo. N um

dos últimos dias, no meio de uma

partida de besigue. o coronel F.

iez-lhe uma observação sobre a

carta a jogar. A baroneza respon-

deu-lhe com uma tremenda bofe-

tada, e terminada a partida foi

sentar-se n um fauteuil ao pé de

uma janella.

O coronel continuava furioso

Por fim aproximando-se da baro-

neza, inelinou-a sobre as costas do

fauteuil, levantando-a pelos pés e

exclamando ao mesmo tempo:

—Minhas senhoras e meus se-

nhores, depois da offensa deque

fui alvo e preciso que ninguém

ignore que o auctor d'ella foi uma

mulher.

A duvida nào era efectivamen-

te possivel.

TELEGRtfiJUS

lusfvadoj0 partic"'ar do Diario fím

1'orto, :j, ás 8 horas c 42 mina-

tos.

17;A1285779ega r°n(lei1 hoje réig

Amputaram hoje o braço direito

ao infeliz operário victuna da ex-

plosão- que hontein noticiei.

Chegaram hoje a actriz Manzo-

ni e o actor Gil, a primeira para o

theatro do Principe Real e o se-

gundo para representar no bene-

ficio de Antonio Pedro.

Falleceu o sr. Bartholo Barros

I reire, o cerieiro mais antigo d'es-

ta cidade.

——— R

Ura correspondente de Ervedo-

sa do Douro, diz que por ali ali-

mentam-se muitas esperanças

com relaçao a umas substancias

apresentadas por um lavrador de

Hibalonga, com as quaes promet-

te curar radicalmente a moléstia

das vinhas.

Foi nomeada uma coinmissão

composta dossrs. conselheiro Fer-

reira Lapa, Jayme Batalha Reis, e

Bernardim de Barros Gomes, para

informar se a exploração resinosa

aos pinheiros, em Leiria, prejudi-

ca as arvores atrophiando o seu

crescimenio, e demmuindoo valor

das madeiras.

. COISAS E LOISAS

Em 29 do mez passado tejegra-

phavam de New-York aos jornaes

inglezes que o estado do dr. Tau-

rier peiorava muito. Está mais fra-

co do que nunca, e na manhã de

29 os medicos que lhe assistem,

resolveram estar preparados com

a^ua ardente e extracto de carne

para lhe serem ministrados em ca-

so de necessidade.

O dr. Tauner, apesar de procu-

rar attenuar os symptomas desfa-

voráveis que se lhe notam, disse

que se se lhe declarasse o soluço

acabaria com o jejum.

No dia 29 passeou um pouco de

manhã, e tomou um copo de agua

gellada e um bocado de gé!lo; mas

pouco depois vomitou onça e meia

tie matérias mocosas misturadas

de billis. Durante uma hora per-

maneceu em eslaáo de completa

prostrarão.

*

* *

Fallava-se da formosa viscon

dessa de / , que aiu la ha pouco

tempo nào passava de uma sim-

ples aldeã.

—Pois nào, julga que meu amo

vae incominodar se por causa dos

seus bons olhos? Deitou se hon-

tem muito tarde, sem duvida por

ter tido de se occupar dos nego-

cios da pátria, e está ainda dor-

mindo.

Dolarice convenceu-se de que os

patriotas nào viain mais vezes

romper a aurora do que as corte-

zàs de Oeil-de-Boeuf; mas, sem

se desconcertar, passou atravez as

grades uma moeda de ouro de 48

francos, que depositou na mão da

creada.

—Já vejo que é tentadora! Ce-

do, mas arrisco-me muito. Se Nina

a vé!

—Quem é então essa Nina, não

fara favor de m'o dizer?

—Nada menos que a sultana le-

gitima do cidadão còmmandante;

uma soberba creatura com quem

elle contrahiu um casamento em

que para nada fii2uraram as by

pocrisias da egreja. E eu que lhe

estou fallaudo, smto-me orgulhosa

de ser a tia de Nina.

Na verdade, o inundo era bem

mau pintado com tão negras cores

sr. Antonio Affonso da Sil-

va—Padaria. Rua da Mouraria n.°

100.

IJsboa. Perdeu se uma carta assim so-

brescriptada em enveloppe ama-

rei lo. O assumpto de qué trata, re-

fere-se á existencia d'um negócio,

de .'{G3000 réis, e só aproviútará á

pessoa que a achar, as alviçaras

que se offerecem, querendo resti-

tui 1 a (ainda mesmo que já tenha

sido aberta), ern casa do expedi-

dor A. J. de Figueiredo, deposita

de machinas de cozer, rua da

Prata n.° 184, { • andar.

Vae a Bruxellas representar o

professorado municipal de Lisboa,

no congresso de instrucçào o sr.

Barroso, professor da escola mu-

nicipal n.° 2. abonando-se-lhe o

subsidio de 270£0<X) réis. Também

vae particularmente para assistir ao

congresso o sr. Contreiras profes-

sor da eacola n.° 1 a quem a cama-

ra conferiu um subsidio de réis

80$000.

ftuici ilio

Na noite de domingo para se-

gunda feira, em Vianna, suicidou-

se, enforcando-se em uma corda

pendente do tecto da casa de sua

residência, um rapaz de nome João

Pinto Esteves.

Ha tempos que dava mosfcas!

de desarranjo mental.

um homem que vivia como um pa-

triarcha no seio da família. Dolari-

ce tranquillisou-se. A tia de Nina

tomava-a sob a maproteccào e da-

va á lingua ao mesmo tempo que

ia subindo a escada.

—A fé de mulher honrada! agra-

da-me. Apostemos que é da Ope-

ra. Adivinha-se isso pela ligeireza

com que anda. Fique na sala, em-

quanto eu vou cautelosamente

advertir o cidadão, que nem sem-

pre tem um despertar muito agra-

davel.

A sala! Quer dizer um pequeno

aposento forrado depepal amarei-

lo a seis sous a peça, com corti-

nas de algodão orladas de verme-

lho, um canapé ciberto com esto-

fo de crina, e um relogio de pa-

rede, de cobre, onde o verdete

transparecia atravez a poeira.

Por uma porta entre-aberta saía

um cheiro a banha derretida, que

annunciava que a cosiuha estava

próxima.

(Continua).

Page 3: DIÁRIO ILLUSTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1880-08-05/j-1244-g_1880-08-05_item2/j...que se officiasse ao sr. ministro das obras publicas para que mande íazer a limpeza do

DIÁRIO ILLUSTRADO

A casa Africana vulgo o Bara-

teiro, diz iioje em um annun-

cio que publicamos na secção com-

petente, que dá um premio a quem

vender tào barato.

Tal é a certeza que o proprietá-

rio d'aquelle estabelecimento tem

de que nenhum dos seus collegas

está resolvido a sacrificar os seus

interesses, sujeitanlo-se a vender

por preços tào extraordinariamen-

te resumidos.

O systema de vender barato ó

bom porque se contenta o publico,

e mais ainda quando, como na ca

sa Africana, se encontra tào larga

escolha de fazendas e roopaçias.

o sr. marquez Acha-se doente

de Pombal.

Estimamos as suas melhoras.

Despede-se hoje a inspirada ar-

tista Annette EssipofT, cujos pro-

dígios do seu mágico piano, sào

de todos conhecidos.

Não precisa ella de reclame;

tem-n'o e sufliciente nos seus cré-

ditos.

Está corn licença, o sr. dr. Adol-

pho; Mayer, facultativo do hospital

de S. José.

O nr.

no estrangeiro

Lé-se no Gau'ois corresponden-

te ao dia 31 do mez passado:

«Hontem á noite, brilhante re-

cepção em casa de madame de Fa-

ria, esposa do consul geral de

Portugal, (Lins son hotel, rua de

Lincol.

Entre os convidados que vinham

despedir-se do sr. de Fontes Perei-

ra de Mello, ex-presidente do ga-

binete portuguez, que vae partir

para Londres, notamos o conde

de S. Miguel, encarregado de ne-

gocios de Portugal, e sua esposa;

o príncipe de Sciara, o marquez e

a marqueza de Penafiel, o viscon-

de de Roboredo.o ceude F. de Les-

seps,o general Blanchard, o barão

de Moyeque, o visconde O'Neill e

suas lilhas, o consul geral de

Hespanha e sua familia, o sr

d'Yvon e esposa, o sr. Herpin, o

sr. Le Soufaché e esposa, o sr.

Cunisse, o dr. Ornellas e esposa,

o major Riearde Seaver, etc. ete.

Madame de Faria fez ouvir aos

seus convidados madame Harris-

Zagury, uma estrella da Openi,

acompanhada por mademoiselle

de Faria e o sr. Pagau»; madame

Andrade, uma formosa portngue-

za, acompanhada pelo sr. llusta-

che, da Opera; madame Carmen,

uma encantadora andaluza, acom-

panhada pelo sr. Pagans, e que

obteve um verdadeiro successo

com as suas canções hespauho-

Jas.»

Trabalham dois cavalleiros, José

e Antonio Monteiro, e o beneficia-

do Gra-lil pica um touro a cava lio.

O gado é do lavrador do Carre-

gada o sr. José Francisco do Car-

mo.

Vem um touro mocho para ser

pegado á saida da gaiola por um

muço de forcado curioso, e o mu-

do de Alcantara executará o pa-

pel de neto, porque a corrida é á

antiga portngueza.

Festeja-se hoje N'ossa Senhora

das Neves na egreja do Soccorro.

A's 10 horas ha missa rezada a

que assistem as creanças vestidas

a custa da irmandade. Ao meio dia

missa a grande instrumental, e

sermão. lie tarde ladainha e Te-

I)eum, também por musica ins-

truiu ental e sermão.

1 iicen «lio

Cerca da uma hora da noite de

ante hontem manifestou se incên-

dio em uma porção de aparas na

officina de carpinteiro do sr. José

Antonio Figueiredo, dentro doedi-

íieio de Nossa Senhora da Guia,

na rua da Mouraria.

O fogo tomou grandes propor-

ções e devorou uma grande por-

ção de madeiras ali existentes,

não causando prejuízo á proprie-

«ia le próxima que tem uma va-

lente abobada.

A officina estava segura na com-

panhia Norvich no valor de réis

2.00U£000.

Compareceu a bomba n.* 6 e

todas as do districto, trabalhando

as n.° 18, 3, e carros n.°' 21, 27 e

36. Compareceram o sr. inspector

e os seus ajudantes.

*

* *

A's 11 horas e meia da manhã

de hontem ardeu uma estrumeira

e algumas vides no pateo n.° 188

da rua de Valle de Pereiro, perten-

cente ao sr. Frederico Augusto.

Compareceu a bomba n.° 10 que

ainda trabalhou por espaço de

uma hora.

0 verdadeiro

Barateiro de Lisboa

para o segundo a disparar, e para mais 240 logares de conselheiros.

a repetição dos tiros se observa- O sr. Elduayen. ministro hespa-'

rào as antecedentes regras: que foi agraciado pelo governo j

por milito l«ve quo seja um feri- &rej>n,}l,ca franceza com a Le-j £

SUSSUEfi&tt 33, Travessa ,1a Victoria, 37 rá desde logo terminado excepto Madrid, 4, m. J)vas bollas brancas nas portas

se o ferido fòr o segundo a atirar, No caso de haver guerra entre iVÍVldIV\

ou a recomeçar, por lhe pertencer a Russia ea China, irão forças i

o direito de responder ao tiro do ™VMe8 ^espanholas proteper os * f?20

sen Adversário- íiiip dote advnr, interesses da Hespanha n aquel- Las modernas dOO, 220... e $180 seu a«J\ (i sano, que OS dois ao ver- ] as paraíÇen8 H s Tecidos para vestidos 180 e £ 90

sarios se obri^arao pela sua honra . ; Armures lã, 3G0, 320 e £300

a obedecer a voz de «alto» que lhe A temperatura hontem ás 9 ho- j Grenadines de seda la-

fòr dada por qualquer das teste- ras da manha era em Lisboa, 22,0: ; a 1*000

munhas,abaixando immediatamen- Évora, 2o.7; Guarda. 21.8. i Marabaut cora vidrilhos.. a £150

te o cano da sua pisUlla e a con- — ; rranjas de seda preta... a #300

formar-se com as mais indicações Rendimento da alíaudeiia de Lisboa i Dit^superio? il^ool iÍmoo

,,ue nodecorrer do combate lhes S 23Difo ZTojarffa 2*800

forem feitas. £ d fi o »7f(V>* £ito fio redondo 4Í500.. e 30600

Depois de ajustadas e approva- ^lu * n.w/*uzz Cassas para cortinas a £140

das estas condições declararam as

testemunhas do ex.mò sr. Antonio

Castanneira que, apezar de não

estarem por forma alguma aucto-t

risadas pelo seu cliente, entendiam

em sua consciência que a gravida-

BOLSA DE LISBOA

Venderam-se hontem:

rtf Bretanha de linho fina... a £300 34.471*193 J)irasuperior 600, 500... e £400

01

i- «« - Títulos do Banco de Portugal de da olieusa nao era tal que exi- 55^000 réis

gisse uma reparação tão grave co-

mo a ajustada, e que o duello á

pistola poderia ser substituído

pelo encontro ao floreie; ao

Panno brauco-largo para

lençol a *240

1* lanei Ia de lâ lavada.... a £450

Cretones para reposteiros a £240

Brocatel para reposteiros a £360

roa lhas turcas 300 e £160

Ãcçõesdo Baac° Lisb°a e Aç°- ! I,80

res, a 98*000 réis.

Palhetas d'Ouro

27 fjOLHEITA de breves conse- vy lhos para a santificação e

e felicidade aa vida.—Obra honra-

da com um breve de S. ÍS. Pio IX,

e appro vad a pelos em.»M cardeaes

arcebispos de Charabery, de Wes-

tminister e de Dublin, pelos arce-

bispos de Avinha o, d Aix, Aries,

Einbrun, e Milão. E pelos bispog

d'Agsburgo, Terracina, Sezze, c

Piperno.—Tradução do francês.—

Lisboa livraria catholica de Jo-

aquim Antonio Pacheco, Praça do

D. Pedro, 6, IA

;ões da Companhia das

, • 4 (Ille Aguas a 88^500.

PTJ«o ^frlh/nn ff Ur'U?r " ,1o Obrigações prediaes il'assenta- ex. sr. Urbano de Castro <|ue, mento a réi<

consultado o seu cliente sobre este Obrigações dos Caminhos de

?il noeí.fh f.M,®Cl-ar HPa Da? f0US''?" ferro .lo ílmho e Douro, a <H)j600. tu na substituição da pistola pelo insrrim-rVs •» Si 20

florete, por lhe não ser familiar o ""ua Jl-a

exercício d esta arma e considerar

a oiíensa recebida como bastante CiiSiOMCA 110 IMA

Lé-se no Érénement correspon-

dente ao dia 1:

-O sr. Mendes Leal. ministro de

Portugal ein Paris, partiu para

Cauterets, onde tenciona passar

tres semanas, seguin lo depois pa-

ra Lisboa para assistir ao congres-

so litterario internacional.»

Aves a no lareira*

Quando grassaram em Lisboa

as epidemias de I806 e 1857 es

tava no po ler o partido histórico,

ao qual pertenciam differentes indi-

víduos dos que vieram a formar o

pirtido progressista.

O cholera parece que esperou

que aquelle partido subisse ao po-

der para irromper horroroso. Com

effeito, no dia 6 de junho de 1836

tomaram conta da administração

o marquez de Loulé, o visconde

de Sá da Bandeira, e o sr. Carlos

Bento da Silva,- que é sempre da

politica que lhe dá a mào. e que

tanto era então histórico, como de-

pois veio a ser reformista. L »go

que acabaram as preces, e deixa-

ram de sair as procissões de pe-

nitencia, e fecharam os hospitaes

do Desterro e da calçada de San-

t'Anna, os historicos Acaram s-*m

o poder, porque era preciso pôr

termo a tudo que cheirasse a peste.

Lembrando esta coincidência

nao querendo aterrar ninguém. Os

factos sào conhecidos, e tào cri-

minoso seria o negal-os como

o exaggeral-os. O nosso fim limi

ta-se a lembrar a conveniência de

tornar extensivas ao governo as

providencias sanitarias. Appli-

quem Ihè desinfectantes, quantos

mais melhor.

A Niicm-HUl tio RIIRI» II.I.i;*-

YR.lUO no erttrangeiro é a

Ascuriu IIuvum. Place de la

Bourne, em I»arÍM H.

O »r. €. A. 9aavedra rue Tall-

bout 55 Pariu, recebe anuuu-

cíoh. romiminiciKJoM e correM-

pondeacla<« para esta folha.

O bandarilheiro Haphael Peixi-

nho faz o seu beneficio no domin-

go 11a praça do Campo de Sant'An-

na, de sociedade com Antonio Gra-

dil.

Deve ser uma boa tourada.

O nosso col:ega o Jornal da Noite

publicou hontem as.actas relativas

a pendência de honra suscitada

entre os srs. Urbano de Castro e

Antouio Castanheira.

Sào do theor seguinte:

Aos dois dias do mez de agosto

de mil oitocentos e oitenta, reuni-

dos no primeiro andar da casa n.°

7 da rua dos Romulares, habitaçào

do sr. Carlos Magalhães e Silva,

este cavalheiro e o sr. A. M. d'Al-

meida, — testemunhas nomeadas

em substituição dos srs. Marianno

Presado, Henrique Barata pelo ex.mo

sr. Antonio Castanheira, para assis-

tirem 11a pen lencia de honra sus-

citada entre elle e o exBO sr. Ur-

bano de Castro, e os srs. Joào

Zarco da Camara e Antonio Gui

lherme Ferreira de Castro, teste-

munhas por parte do ex.0,0 sr. Ur-

bano de Castro, aquelle cavalhei-

ro em substituição do sr. Alfredo

Maia, que o era de principio e que

se exonerou do seu mandato, por

elles foi accorda lo que o encontro

á pistola que estava convenciona-

do realisar-se entre os ex^0' srs.

Antonio Castanheira e Urbano de

Ca-tro em conformidade da acta

lavrada em data de 21 de julho

ukiruo, e que se não levou a efíei-

to 110 dia 26 do dito mez, por lhe

ter obstado a intervenção da poli-

cia, se realisaria ámanhà tres do

corrente mez, ás tres horas da tar-

de, n um ponto convenientemente

escolhido da margem esquerda do

Tejo. Mais se ajustou entre as re-

feri las testemunhas abaixo assig-

nadas que a posição d is comba-

tentes será a já de>ignada pela

sorte o consignada na açta de 21

de julho; que a distancia entre os

combatentes será de trinta e cinco

passos ou 27 metros e nào de trin-

ta e sete passos como* por lapso

se escreveu na referida acta; que

a sorte designará no local do com-

bate qual dos pares de pistolas,

pertencentes aos dois contendores,

será primeiro descarregado por

elles, devendo a escolha da que

deva caber a cada um ser feita ao

| aeaso por aquelles dos adversados

a quem as pistolas nào pertençam;

que o numero de tiros trocados

será o de quatro já designado na

primeira art 1. cabendo ao ex.mo sr.

Urbano do Castro a prioridade do

«tiro; quo o director do duello con-

tinuara sendo o sr. Antonio G. F.

de Castro, sendo assistido nas suas

funeções pelo sr. Carlos de Maga-

lhães: que ao director do duello

caberá dar a voz de «fogo» aos

combatentes; que a voz de «fogo»

será precedida da voz de «prepa-

rar» ouvida a qual o combatente

a quem fòr dirigida, deverá armar

a pistolla conservando-lhe a boca

voltada para o terreno e só a ele-

vando á voz de «fogo»; que esta

voz será seguida de trez palmadas

intervalladas de dois segundos e

dadas pelo director do duello, de-

vendo o combatente ter disparado

ao soar da ultima palmada; que

para o segundo combatente, isto é,

grave para exigir a reparaçao nos

termos que se achavam estipula-

dos. Em consequência de que, e

por pertencer a escolha das armas

ao ex.mo sr. Urbano de Castro, as

testemunhas do ex."0 sr. Antonio

Castanheira se conformaram com;

o que se achava estabelecido.

As testemunhas do sr. Urbano

de Castro — Antonio Guilherme

Ferreira de Castro, João Gonçalves

Zarco da Camara.

As testemunhas do sr. Antonio

Castanheira. — A. M. d'Almeida,

Carlos Augusto de Magalhães e ^uco-

Silva.

Qninta feira, 5.—Nossa Senho-

ra das Neves. Dup. mai. c. br.

Lausperenne no Soccorro.

Principio da aurora. 3 h. e li'

Nascimento do sol, 5 h. e 0*

Occaso do sol, 7 h. e 0'

Primeiro preamar. 2 h. e 30' t.

Segundo preamar, 2 h. e 54' m.

Primeiro baixamar, 8 h.e 42' t.

Segundo baixamar. 9 h. e 6' m.

ESPECTÁCULOS

Principe Heal.—A's 8 ll4 ho-

As 3 horas e 4 minutos da tarde

do dia tres de agosto de 1880 re- j

unidos na Ponta da Golada, no:

areal do Bugio, os ex.u,0i srs. An-

tonio Castanheira e Urbano de Cas-

Dc8ejos do minha mulher, RecreioM.— A's 8 horas e meia.

Armário das aíHicções.

Crimes do Brandão.

Jardim.—A's 8 horas.

Concerto por banda militar.

Baile infantil.

Entrada 100 réis.

l-atos para banhos a £800

Challinho8 á pompadour. £600 Meias cor fraucezas a è'200

Camizollas inglezas 320.. e £200

Chapéus, senhora e criança

Piquet branco 300 e £200

Chitas largas 100 e £ 80

Lenços de cor 70 e £ 10

Camizas brajicas 600 e £500 Ditas superiores 800 .... e £700

Ditas de linho 1£000 .... e £800

Ceroulas fortes £200

Ditas á franceza 450 e £320 Camizollas fortes a £200

Ditas finas 500 e £360

Um premio à quem

vender tão barato.

... _ . PaM.Mcio Publico—Festa de ca- tro as suas respectivas testemn-1 ria;ld(, a tavm. (la 80ciedade pro-

1111 ds abaixo assinadas g o fàcul* inotorii dnd crcclics.

tativo sr. dr. 1. Pimentel d'A vi la, Concerto pela banda da guarda

se realisou o encontro á pistola' militar,

aprasado na acta lavrada em o Baile infantil com brindes,

dia 2 de agosto do mesmo anno.' E» trad a 100 réis.

Tendo sido carregados os dois pa-1 (Em Belem). Ea-

res de pistolas, pertencentes aos

dois contendores, tirada a sorte

pectaculo de tarde e á noite.

Verdade no espelho. E-'iscuraM de cera—Kua do Prin-

cipe.

Vistas e quadros novos.— Ca-

mões e Jau.

T;pn<|rapliia do "Diário lllustrado"

?rjft«ewMu<flA CSiift Horu ea

sobre o que deveria servir primei-

ro, coube esta as pistolas trasidas

pelo ex."0 ?r. Urbano de Castro.

Medidas as distancias, collocados

em posição os dois adversarios,

depois de lhe terem sido lidas as

condições do combate e de terem

declarado sob sua honra que se

conformariam com ellas, foi en-

tregue uma pistola a cada um

d'elles. Feito o signal, fez fogo o

ex.™0 sr. Urbano de Castro e em

seguida o ex."0 sr. Antonio Casta-

nheira, nào acertando as bailas em iç/v/w, x-

rr .»—• fc'fflLfc %aa s» ss dendo as testemunhas abaixo as-

sígnadas, em attenção ao sangue

frio e a bravura com que ca-

da um dos seus clientes solíreu o

fogo do adversario, que o combate

devia cessar c a honra considerar-

se satisfeita, o proposeram aos

seus clientes, que pela sua parte

se conformaram com o desejo ma-

Instituto vaccinico

CAMPOS &BOUKQUIN 10o, Kua d<» Crucifixo, 100

36 yACÇlNAíJAO ás quartas

feiras e mais dias ao meio

na.

Balões para iilumina-

ções

35 r)ITOS de eubirem ao ar com

fogo de bengala, rodas, fo-

o.. ...... >, ...a- guetes de lagrimas ede bombas fo-

JireHaíç,p=la. „

reeonciliando-se a convite das, ra j.irdins 8a(lis qujutil8 e serena-

mesmas testemunhas. Em fe do | tas no Tejo.

que se lavrou esta acta que vae

assignada pelas testemunhas refe-

ridas:

Joaquim Esteves da Silva, com

estabelecimento de trens dc

aluguer rua Occidental

do 1'asseio. 7

30 V-ESTE estabelecimento ha 1; bons trens para todos os

serviços.

Também se alugam mensal-

mente. Preços os da companhia.

Annuncio

Novo estabelecimento

de trens de aluguer

em Palma de Baixo

n.° 45

29 Tf A bons carros de todos os 1 generos e boas parelhas.

Preços os da companhia de carroa-

gens Lisbonenses, sendo serviço

permanento faz-se abatimento.

Esta casa alem dos trens para

serviço vulgar tem carros e arreios

de. luxo, cavallos e fardamentos

para cocheiros e trentanarios etc.

dependente do ajuste particnl -r.

2b Alexandre Manoel

do Meyrelles

de Conimis o es e Const guaçòca. pa-

ra a rua da Magdalena 29 2.®

Jacintha Maria dos

Anjos Saeavein. suas

sobrinhas Constança

Maria da Fonseca Sa-

cavém. Francisca Lina

da Fonseca, Irinea

d'Annunciação Fon-

seca e seus maridos

José Joaquim Rodri-

gues Souza, Joaquim

José Gonçalves Fer-

reira e J osé Narcizo tie

Souza Amorim, eseus

outros parentes, cum-

prem o doloroso de-

ver de participar ás

pessoas de suas rela-

ções o fallecimento da

es."* sr." D. Antónia

Rosa Maria Sacavém,

sua querida irmã, tia

e prima, a qual se ha-

de sepultar no semite-

rio do alto de S. João,

saindo o préstito fúne-

bre da capella na c s-

trada do Arco do Ce-

go, fronteira á casa da

finada, pelas 11 horas

do dia 5 do corrente,

e não se fazem convi-

tes para o funeral por

expressa disposição

testamentaria.

As testemunhas do ex.™0 sr.

liua da Boa-Vista 8, FONSECA

B», Van/eller

Eduardo Vanzeller ©

Direcção

das Obras Publicas dodistri-

i *

cto de Lisboa A

25 J7AZ-SE publico que no dia 21 do corrente mez pelas 12 horas ^ do dia, u esta secretaria, se receberão propostas para a coa-

feucçao e pmtra de um novo panno de boca no thearro de D. Maria

AGENCIA TELKGRAPHICA

HAVAS REUTER

Serviço continental e submarino

Londres, 3, t.

Continua sendo satisfatório o es-

tado do sr. Gladstone, que ainda

assim nào j)oderá por muito tem-

po assistir ás sessões parlamenta- res.

O marquez de Hartington disse

na caraara dos deputados que os

telegrammas da Índia nào indi-

cam coisa alçuma alarmante com

respeito a Caboul.

O governo annunciou a demis- são de sir Barile Frére, governa-

dor da colonia do Cabo da 13ea

Esperança.

Coiistantinopla, 3, t.

Foi hoje entregue ao ministro

dos estrangeiros turco, a notacol-

lectiva das potencias referente ao

Montenegro.

Paris, 3, t.

Nas eleições dos conselhos ge-

Antonio Castanheira—A. M. de j If aria Cairns* Niiiuma- II, comprehendendo o recorte e bambolinas da boeca d'oepra, lador

reeonhec (So 4 i»ar:t do proscénio o reguladores no fundo do prosceoio com suas bainboiis

c o Kl a m T> «» M H oaw uue nas-A base da licitação será a quantia do réis 90()á0t)0. E k Os concorrentes apresentarào certificados de capacidade e, bem

assim, os esbocetos da pintura que se propõem a realisar: deverão

ainda depositar como cauçào a quantia de réis 80£000, 5a . As condições de arrematação estão patentes n'esta secretaria.

Ahneida, Carlos Augusto de Maga-

lhães e Silva.

TELEÍMMS

acom pa n In a ra 111 a u II i m a

iu»ra<Ba os resflOM uior

iaew do Nua presaila mãe

r^offrA e cicioliacla M. Tlie-

rezn Ca ir us. c bem as-

sim para com Iodo8 oh

que S lies dispensaram

provas de sympatliia por

es(<» Talai aconleeimeulo

*i gradeceiíi por esie meio

emciiBaiiio o não faxem

pessoalmente.

K5?.

33 I TM A senhora ingleza profes-

^ sora de piano, dispue ainda

algum tempo para leccionar uma

ou duas discípulas, as pessoas que

desejarem aproveitar o seu présti-

mo queiram deixar a morada na

Empreza Horas Uornanticas ; Rua

da A ta lay a 42—1,*

Lisboa e direcção das obras públicas do dLtricto, era 4 de~agosto de lOi'v#

O engenheiro director

José d' Oliveira Garção

Trespasse

raes os republicanos ganharam > numero.

32 S]MA das melhores lojas do

^ Chiado e o mais bem loca-

lisada possível. Na agencia de

annuncios Bastos & Gonçalves K.

dos Retrozeiros, 147, loja, se diz o

Alecrim, 79

Vinhos do Perto

24 |\E 1600 réis a 350 réis a garrafa.

Aos compradores de urna ou mais dúzias faz-se abatimento-

Recebem-se encommendas para exportação em casco ou engarra-

tados.

Vinho do termo puro

A 80 réis e a 100 réis a gan-afa.

Ha também nteste estabelecimento grande sortimento de vinhos

; aacionaes e estrangeiros, licores, cognac*

Page 4: DIÁRIO ILLUSTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1880-08-05/j-1244-g_1880-08-05_item2/j...que se officiasse ao sr. ministro das obras publicas para que mande íazer a limpeza do

■ . gH / 7??:

D.Afc}'.1 - iiO

^•V ■' ! :* .-.v- pf

COLISEU DE LISBOA

Quinta feira 5 de agosto de 1880

ULTIMO CONCEETO DAEMPKEZA AMANN

Despedida da notável pianista

ANNETTE ESSIPOFF

PROGRAMMAMONSTRO

l.a farte

1 Sonate Beethoven

2 Variations Haendel

3 Bourée Bach

4 Sonate Scarlatty

5 Barcarolle Rubinstein

6 Chant sans paroles.. • Mendelssohn

7 Serenade • Schubert

8 Caprice sur les raotifes d'alceste Gluck,Saint-Saens

9 Variations Rameau

VERDADEIROS CIGARROS SCANDO

VIDE a nossa firma segundo o modelo incluso:

CO

CO

C/5

Chopin

parte

10 Nocturne

11 Chant polonais

12 Etude

13 Aabe

14 Marche du Tannháuser Wagner-Liszt

Antes do concerto e no intervallo tocará no jardim uma banda mi-

litar de primeira ordem.

PREÇOS

Camarotes de 6 logares 45500 réis—Ditos de 3 logares 252G0—Ca-

deiras 650 réis—Geral 250,

Findo o concerto os srs. espectadores teem no Jardim dos Recreios

MIA ALFAIATE

Travessa de S. Nicolau 88 1.

Deposito geral, Largo do Pelourinho, 19, l.°

Praça de Alhandra

Domingo 8 de agosto de 1880

oo

1

fiS O

£ oo

s 53

OO

ft c

S5

93 m

2

PLUS DE CHEVEUX BLANCS

AGUA DE SALLES

HO MMS CANS? Est

nos

mitiva e natural os cabellos I ,

vidade e um brilho magníficos—.Êxito garantido.

CASA SALLE'S—fundada cm 1850.—Em SALLES, filho suc-

cessor, rue Turbigo, 73 em Paris,—Em Madrid: agencia-franco-

hispano-portugueza, Sordo, 31—Em Lisboa, sr. Ignacio Porto, rua do rhezouro Velho.

' uiihpjhiiil - • • •• ;■ U.~ U

Incomodravel A?m?. (fe 7 » tte, se/7? Acido e sem Vinagre

r.r- y

4 S m, Vende se por íotfa parte. — Casa trinciual * Um Beraére. 28 PARIS

wmBsmmmmm

Praça do Campo'de Sant'Anna

Quinta feira 5 de agosto de <3880

I EM

BEN

a

Esquina da rua do Ouro

Alfredo de Horta Ennes&C.

a

11V, Una da Prata, 1.° c 1.°

Tomam e saccam letras sobre as praças

de Hespanha.

Escriptorio de vinhos

21 A NALYSADOS e por isso garantidos. Vinhos de pasto e de toast.

" Preços :

• Cartaxo e Termo 13600 reis o almude.

Santarém e Coll ares baixo 2S000 reis o almude.

Ribeira T«\ja e Collares superior 2£400 réis o almude.

Porto de 5U0, 800 e 15200 a garrafa.

Madeira de 5(-0, 15000 e 16100 a garrafa.

Estes vinhos tem abatimento para os revendedores. Poço do Bispo armaaena do rptem pgrw pxportaçao. Travessa da Parreirinha. 3.

Companhia

de credito edificadora por-

tugueza

Sociedade anonyma, responsabilidade limitada

Capital 1.000:000§000 réis

0 T?STAoompanhia cncarrega-se de edifiicaçoes e reedificaçòes den-

tro ou fóra de 1-isboa, apagamentos por annuidades convcn-

cionaes segundo as condições que distribuo no seu escriptorio, largo

de S. Juliao, 7, 2.®

A mesma companhia acceita propostas de venda da barracas ou

prédios para demolir de tro de Lisboa.

Lisboa, 15 de julho de 1880.

Os directores

Alfredo dt Orta Ennes

. Pedro Simões Afra.

20

Em beneficio do hospital d'aquella villa

18 rrOiMAM parte como cavallciros os ex.m®5 srs. Alfredo Tinoeo da A Silva, I). José de Mascarenhas e Jeronymo Vianna.

Os bandarilheiros, moços de forcado e do curro sâo todos distin-

tos curiosos.

O gado é puro, e foi generosamente ofterecido pelos opulentos la-

vradores os ex."w srs. Augusto Chamusco & Irmãos.

Os bilhetes estão desde já á venda na rua Augusta. n.# 36 e 38 na

loja do sr. Custodio José da Silva Vidal. Haverá comboios a preços

reduzidos, saindo de Lisboa um comboyo expresso ás 3 horas da tarde.

DYNAMITE

Fabrica na Trafaria

Privilegio de A. Nobel em Portugal

17 A DYNAMITE é o mais poderoso e o mais economico dos expio-

" si vos appl içados até hoje.

Excede superiormente a polvera ordinaria na intensidade dos seus

effeitos, economia, simplicidade e variedade das suas applicaçòes.

A DYNAMITE n.° 1 é a que convém para a fragmentação das

rochas extremamente duras, como sào os basaltos, os granitos, cte„

«tc. ; * i •.

Nào se deteriorando dentro d'agua, qnando mesmo ahi seja de-

morado, o seu emprego é precioso em trabalhos hydraulicos. E o ex-

p.usivo usado em obras Bubmaritimas ou subfluviaes, nas barras dos

rios, nos poços, etc.

A DYNAMITE n.° 3, muito mais barata, é sufiiciente para fra-

gmentar as rochas uiaito duras, mas nào se pôde empregar nos tra-

balhos molhados.

Preços: Dinamite n.® 1, o kilo 950 réis » » 3, o » 550 »

Capsulas a caixas de 100 460 »

Mecha ou Rastilho, preços conforme a aualidade,

Agentes em Lisboa—Lirna Mayer & Filhos, rua da Prata, 59, 1.®

Agente no Porto—Dch. Math." Feuerheerd Junior & C.a, rua do

Bsllemonte.

Cofres de ferro IVlilner's

16 TTNICOS que até hoje teem resistido ao fogo, ladrões e quedas,

^ conforme tem sido observado pelo publico em differentes in-

cêndios etc.

Reducçào de preços

12, Largo de S. Julião, 12

EM

Corrida de louros por distinctos amadores

9 RESTO dos bilhetes acham-se hoje á venda na praça do Cam- w po de Santa Anna e na tabacaria Nunes, Chiado, 94, até á 1

hora da tarde.

ALVES & G.a

15 T>URO e afamado leite de Monsanto a 100 rs. o litrol manda-se a

casa dos freguezes; sendo porçsio grande tem abatimento.

II, Largo deS. Roque, 12

mown isrALLivEL

B Al ATISSIMO

TRATAMENTO

wê \ c

w « .

O ELIXIR SARRAZIN cura os rheumatismo agudos.

O ELIXIR SARRÀZIN cura os rheumatismos cronicos.

O ELIXIR SARRAZIN cura a gotta.

0 ELIXIR SARRAZIN cura o lombago.

O ELIXIR SARRAZIN cura as dores sciaticas.

O ELIXIR SARRAZIN cura as enxaquecas.

Adoptado por todos os hospitaes francezes

Premiado pelas academias

Rua Augusta,

PREOO lzOOO RÉ]

-1 deposito em Lisboa, Pharmacia

\\e\lar—Rua Augusta, in

13 VINHO e xarope de jurubeba T dos pharmaceuticos Ferrei-

ra Maia & C.4 de Penambuc».

Prenarados especiaes para cu-

rar touas as eufermidades abdonii-

naes. sendo de um efiei to seguro e

rápido nas doenças do fidago e ba-

ço.

Essência depurativa americana

dos pharmaceuticos Ferreira Maia

& C.1 de Pernambuco.

Este grande depurativo do san-

gue de composição vegetal, tem

por base a salsa e a aroba com

manacá e é eflicaz em todas as

doenças que teem origem na im-

pureza do sangue. NorhciniiucfNmo agudo ou chro-

nico—o seu cfteito sedativo é se-

guro e prompto.

Deposito,—Drogaria de Ribeiro dn Costa & C.a 150, Rua do Arse

nal, 152.

Vende-se

12 FT MA PARELHA de cavai-

los castanho maduro, 4 e

5 annos, filhos do Missionário, pu-

ro sangue inglez. Rua das Pedras

Negras, n.® IS.

Empréstimos

sobre penhores

8 IVO Monte-pio Commercial,

rua dos Capellistas, 98, 1.®

andar, empresta-se dinheiro sobre

penhores de ouro, prata, jóias e

m8cripções. Descontam-ee juros

de inseri pções.

O mesmo estabelecimonto rece-

be depositos na sua CAIXA ECO- NOMICA, desde 100 até 50*000

réis abonando ao3 depositantes o

juro de 8 ll2 010 ao^nno.

Pomada do dr. Queiroz

7 EXPERIMENTADA ha

"inais de 40 annos para curar

impingens e outras doenças de

pelle; vende-se na parmacia Aze-

vedo, no Rocio, e na pliarmacia

Rosa, rua de S. Vicente.

Cunard Steam Ship Company

Limited

Para LIVERPOOL

o vapor

TRINIDAD

itào Ferguson

61? SP ER A-SE

& de 9 a 10

para sair depois

da indispensável

demora.

Para carga e passagens trata-se

no Caes do Sodré, 64, 1.®.

Os agentes

E. Pinto Bast* & C.k

Posto medico

Rua de S. Domingos á Lana 93, 1.°

5 DIRECTOR dr. A. Dias de

Gouvêa, gratis aos pobres

Para Londres

O vapor

G ALT CIA

Canilào Robinson

A 1?SPERA-SE 4 ^ sabbado 7

do corrente para

sair depois da in-

dispensável de-

mora.

Para cargae passageiros trata-se

no Caes do Sodré, 64, 1.®

* >s agentes

E. Pinto Basto db GV.

Para Gibraltar

O vapor

LONDON

Capitão Harris

3 rSPERA-SE

de 5 a 6 do cor-

rente para sair de-

pois da indispensá-

vel demora.

Para carga e passagens trata-se

o C.,es co Sodré, 64, 1.®

Os agentes

E. Pinto Basto & C.#.

Para Londres

' O vapor MONTANHEZ

2 /^HEGOU e sairá na quinta feira de ttfrde.

^ Para carga e passageiros trata-se na agencia, Calçada do Fer-

regial, 7, 1.® O agente

M. Alcobie

THE PACIFIC STEAM NAVIGATION COMPANY

Para o Rio de Janeiro, Montevideu,

Buenos-Ayres, Valparaizo, Arica, Islay e Callau

SAIRAO OS PAQUETES

*Iberla a 4 de agosto. | •Magellan a 1 de setembro.

Valparaiso a 17 de acosto. | Britannia 14 «

•Os paquetes n>erla e .uaKeiían farão escala por Peraambuat

e Bahia.

Faz-se abatimento ás familiaa que viajarem para oa portos doBn-

nil e Rio da Prata.

Para carga e passagens trata-se com os

Alentei

No Porto Em Lisboa

Vasco Ferreira Pinto Basto. E. Pinto Basto & C.

Largo de S. Joio Novo 10. Caes do »Sodré, 64.

.; , i(v.. '-àS