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ÍJÍblíotlioca Nacional", ^âfl ^P^yrWff M| I ^DU^B WaV WBBswÊJB EcaufiaHWBBmWtS^^^Bs^P^| 0 ^^H PUBLICAÇÃO QUINZENA!. Ajs íb o 3 2 HErazil Ilio ile Janeiro 1884 Janeiro 1 •%. «« uefoioiador Orgam e vol nei oaisla AOSblG^ATtJRAS \\\U\ O INTERlÓa E KKTEIU0H SemestreC$000 PAGAMENTO ADIANTADO Todn a correspondência deve ser dir}- gidu a .4. ÍKIia« da Silva 120 RUA DA C.UUOCA 120 As ansignaiuras terminam em Junho e Dezembro. Os trabnlhos de reconhecido interesse geral serfio publicados gratuitamente. expediente AOS NOSSOS ASSIGNANTES Pedimos para reformarem as suas assignaturas, para não soffrerem in- terrupção no recebimento da folha. Os Srs. assignantes receberão como mimo. a Historia dos Povos da Anti- guidade sob o ponto de vista Spirita, do Sr. Dr. Ewerton Quadros, e o En- saio ãe Catechismo Spiríta, do Sr. H. S. de Turck, traduzido e editado por esta redacção, os quaes serão en- viados pelo correio a quem nos remet- ter com a importância da assiguiatura mais mil réis para sellos. » ¦¦-¦¦¦-¦ ¦ ²-.-...-¦¦ æ¦- O MUNDO SIDERAL I Vamos encetar a publicação de uma serie de artigos sobre o inundo sideral, convencidos que de nenhum outro modo poderíamos melhor entreter a attenção dos nossos leitores. A importância do assumpto é supe- rior a todo juizo, que delle se queira formar; e, na nossa humilde opinião, não existe outro mais próprio para, elevando o homem acima desses nadas que procuram absorver todos os in- stantes da sua tão curta vida terrena, leval-o ao conhecimento da verdade absoluta; para fazel-o formar uma idéia mais approximada dos seus des- tinos, do fim da creação inteira, da omnipotencia e omnisciencia do Crea dor. A ES1MIERA. CELESTE. NOÇÕES PHEUMI- NARES E' quando desapparecem no hori- sofüe as ultimas claridades do crepus- culo, fimbrias do deslumbrante manto de luz e fogo com que o astro do dia envolve-o, escondendo-nos as bellezas de firmamento, que a grandeza da creação surge ante nossa mente, em toda a sua poética magestade. E' nas horas calmas de uma noite de estio que o céo expõe ás nossas vistas attonitas os inexgotaveis the- souros, pelo Creador profusamente derramados pelo espaço sem fim. O silencio da noite convida a me- ditar, e o espirito do homem, condu- zido nas azas da imaginação, transpõe a iminensidade que o cerca, buscando penetrar nos mysterios da vida desses mundos maravilhosos, cujo numero cresce e cresre sempre, á medida que se vão aperfeiçoando os instrumentos de observação. A contemplação, nas horas mortas da noite, do céo estrellado derrama em todo o nosso ser um sentimento de doce melancolia, de indefinivel sau- dade de uma vida melhor, da qual nos resta uma fraca reminiscencia, e oara a qual experimentamos uma vaga as- piração. A' primeira vista,o céo se nos mostra como um zimborio immenso, cobrindo a Terra e apoiando-se no limite facti- cio a que chamamos horisonte. Quando, porém, vamos de um a outro ponto do nosso planeta, não po- demos deixar de reconhecer que esses limites tambem se mudam; de modo que sempre a vertical do lugar que oecupamos, vae ter ao ponto mais alto do zimborio appareute, e o observador se conserva sempre no centro do cir- culo, limitado pelo traço da abobada celeste sobre o horisonte. Se nos collocarmos em um lugar descoberto e procurarmos estudar as posições dos astros, em relação a um ponto de reparo fixo, como uma torre, o vértice de uma montanha isolada, etc, afigura-se-nos que elles se mo- vem, uns se approximando, e outros afastando-se do ponto de comparação. A cada instante notaremos que no- vos astros surgem do horisonte, em- quanto os que viamos, vão se sepul- tando no lado opposto. Para nós, habitantes do hemisphe- rio meridional, se olharmos para as estrellas do hemispherio opposto, no- taremos que ellas se elevam a uma menor altura o se demoram menos tempo expostas ás nossas vistas, do que as do nosso, tendo o máximo, tanto de altura como de tempo de visibili- dade, aquellas cujos pontos de nasci- mento e de oceaso estejam ligados por uma linha réctayque passe pelo lugar oecupado pelo observador. Ser-nos-ha tambem fácil reconhe- cerque algumas estrellas nunca se escondem sob o plano do horisonte, parecendo descrever curvas fechadas ao redor de um ponto fixo do céo, que é tambem o centro dos arcos descrip- tos pelas outras todas. A esses dous pontos centraes, col- locados um ao norte e outro ao sul, damos o nome de pólos celestes; elles estão no prolongamento, para os dous lados, do menor eixo da Terra, ou da linha que lhe liga os pólos. No Rio de Janeiro o polo sul se acha sobre o horisonte a uma altura medida por um angulo de cerca de 23°. Essas curvas que appaientemente os astros descrevem, se dividem em duas partes iguaes, sendo o seu ponto de separação o qua uellas se acha mais afastado do horisonte; esse ponto é o que chamamos culminação do astro. Para um mesmo lugar, os pontos de culminação de todos os astros estão situados em um plano, passando pelos pólos celestes e pelo ponto oceu- pado pelo observador; é o plano cha- mado meridiano do lugar. As estrellas cireumpolares tem, em 24 horas, duas passagens pelo meri- diano, uma superior e outra inferior; é desses astros que nos servimos para determinar rigorosamente a posição dos pólos celestes; as do polo boreal jjá eram de ha muito conhecidas, as do austral, graças ao perseverante tra- balho do Sr. L. Cruls, illustrado di- rector interino do Observatório do Rio de Janeiro, foram determinadas em 1883. Quando viajamos do sul para o norte, notamos que as estrellas mais visinhas do polo austral vão desappa- recendo sob o horisonte, ao passo que outras que não viamos, vão surgindo em uossa frente e elevando-se, à me- d ida que avançamos. No seu movimento appareute ao redor do eixo do mundo, observado sem o auxilio de instrumentos de pre- cisão, vemos que as estrellas conser- vara as distancias angulares que as separam umas das outras, figurando- se-nos que todo o céo se move de oriente para oceidente, como uma abo- bada solida em que os astros estives- sem fixos; como a antigüidade o suppoz. Fazem hoje parte do cabedal da sciencia as idéias da esphericidade da Terra, do seu isolamento no espaço, e da sua classificação na categoria dos planetas do systema solar. Em um trabalho resumido, como este, não nos podemos demorar no histórico e na demonstração dessas verdades, de que se oecupam, dando- lhes todo o desenvolvimento, os mo- der nos tratados de Astronomia. Basta-nos chamar a attenção do leitor para a velocidade enorme de que deveríamos suppor animada a abobada celeste, se a Terra se conser- vasse immovel no centro do universo; para a complicação que dessa suppo- siçâo proveria á boa explicação do movimento dos planetas do nosso sys- tema. A Terra girando em torno do seu eixo, de oceidente para oriente, nos offerece um meio racional e simples, para a explicação de todos os pheno- menos que observamos, de movimen- tos dos astros. Se pelo centro da Terra fizermos passar um plano perpendicular árecta que une seus pólos, a superfície ter- rena limitará nesse plano um grande circulo, equidistante dos mesmos po- los e dividindo a esphera em duas partes iguaes ; é o grande circulo chamado equador terreno; parallela- mente ao qual podemos suppor outros planos passando por cada ura dos pontos da mesma recta, os quaes irão traçar outras tantas circumferencias na superfície da esphera terrestre, todas parallelns á do equador, e cujos raios irão decrescendo, á medida que avançarmos para os pólos; essas cir- cumferencias determinam as posições dos círculos chamados parellelos ter- renos. Se pelos pólos da Terra e por cada um dos pontos da circumferencia do equador fizermos passar outros tantos planos, determinaremos as posições dos grandes círculos, a que damos o nome de meridianos terrenos ou circu- los horários. Assim como, se suppozermos pro- longado o eiso de rotação da Terra, marcamos na abobada appareute do céo a posição dos pontos, a que cha- ma mospolos do mundo; assim tambem, se prolongarmos os planos do equa- dor, dos parallelos e dos meridianos terrenos, determinaremos na raesm* / /

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PUBLICAÇÃO QUINZENA!.

Ajs íb o 3 2 HErazil — Ilio ile Janeiro — 1884 — Janeiro — 1 •%. ««

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AOSblG^ATtJRAS\\\U\ O INTERlÓa E KKTEIU0H

Semestre C$000

PAGAMENTO ADIANTADO

Todn a correspondência deve ser dir}-gidu a

.4. ÍKIia« da Silva

120 RUA DA C.UUOCA 120

As ansignaiuras terminam em Junho eDezembro.

Os trabnlhos de reconhecido interessegeral serfio publicados gratuitamente.

expedienteAOS NOSSOS ASSIGNANTES

Pedimos para reformarem as suasassignaturas, para não soffrerem in-terrupção no recebimento da folha.

Os Srs. assignantes receberão comomimo. a Historia dos Povos da Anti-guidade sob o ponto de vista Spirita,do Sr. Dr. Ewerton Quadros, e o En-saio ãe Catechismo Spiríta, do Sr. H.S. de Turck, traduzido e editado poresta redacção, os quaes só serão en-viados pelo correio a quem nos remet-ter com a importância da assiguiaturamais mil réis para sellos.» ¦¦-¦ ¦¦-¦ ¦ -.-... -¦¦ ¦-

O MUNDO SIDERAL

I

Vamos encetar a publicação de umaserie de artigos sobre o inundo sideral,convencidos que de nenhum outromodo poderíamos melhor entreter aattenção dos nossos leitores.

A importância do assumpto é supe-rior a todo juizo, que delle se queiraformar; e, na nossa humilde opinião,não existe outro mais próprio para,elevando o homem acima desses nadas

que procuram absorver todos os in-stantes da sua tão curta vida terrena,leval-o ao conhecimento da verdadeabsoluta; para fazel-o formar umaidéia mais approximada dos seus des-tinos, do fim da creação inteira, daomnipotencia e omnisciencia do Creador.

A ES1MIERA. CELESTE. — NOÇÕES PHEUMI-

NARES

E' quando desapparecem no hori-sofüe as ultimas claridades do crepus-

culo, fimbrias do deslumbrante mantode luz e fogo com que o astro do diaenvolve-o, escondendo-nos as bellezasde firmamento, que a grandeza dacreação surge ante nossa mente, emtoda a sua poética magestade.

E' nas horas calmas de uma noitede estio que o céo expõe ás nossasvistas attonitas os inexgotaveis the-souros, pelo Creador profusamentederramados pelo espaço sem fim.

O silencio da noite convida a me-ditar, e o espirito do homem, condu-zido nas azas da imaginação, transpõea iminensidade que o cerca, buscandopenetrar nos mysterios da vida dessesmundos maravilhosos, cujo numerocresce e cresre sempre, á medida quese vão aperfeiçoando os instrumentosde observação.

A contemplação, nas horas mortasda noite, do céo estrellado derramaem todo o nosso ser um sentimento dedoce melancolia, de indefinivel sau-dade de uma vida melhor, da qual nosresta uma fraca reminiscencia, e oaraa qual experimentamos uma vaga as-piração.

A' primeira vista,o céo se nos mostracomo um zimborio immenso, cobrindoa Terra e apoiando-se no limite facti-cio a que chamamos horisonte.

Quando, porém, vamos de um aoutro ponto do nosso planeta, não po-demos deixar de reconhecer que esseslimites tambem se mudam; de modoque sempre a vertical do lugar queoecupamos, vae ter ao ponto mais altodo zimborio appareute, e o observadorse conserva sempre no centro do cir-culo, limitado pelo traço da abobadaceleste sobre o horisonte.

Se nos collocarmos em um lugardescoberto e procurarmos estudar asposições dos astros, em relação a umponto de reparo fixo, como uma torre,

o vértice de uma montanha isolada,etc, afigura-se-nos que elles se mo-vem, uns se approximando, e outrosafastando-se do ponto de comparação.

A cada instante notaremos que no-vos astros surgem do horisonte, em-quanto os que viamos, vão se sepul-tando no lado opposto.

Para nós, habitantes do hemisphe-rio meridional, se olharmos para asestrellas do hemispherio opposto, no-taremos que ellas se elevam a umamenor altura o se demoram menostempo expostas ás nossas vistas, doque as do nosso, tendo o máximo, tantode altura como de tempo de visibili-

dade, aquellas cujos pontos de nasci-mento e de oceaso estejam ligados poruma linha réctayque passe pelo lugaroecupado pelo observador.

Ser-nos-ha tambem fácil reconhe-cerque algumas estrellas nunca seescondem sob o plano do horisonte,parecendo descrever curvas fechadasao redor de um ponto fixo do céo, queé tambem o centro dos arcos descrip-tos pelas outras todas.

A esses dous pontos centraes, col-locados um ao norte e outro ao sul,damos o nome de pólos celestes; ellesestão no prolongamento, para os douslados, do menor eixo da Terra, ou dalinha que lhe liga os pólos.

No Rio de Janeiro o polo sul seacha sobre o horisonte a uma alturamedida por um angulo de cerca de23°.

Essas curvas que appaientementeos astros descrevem, se dividem emduas partes iguaes, sendo o seu pontode separação o qua uellas se achamais afastado do horisonte; esse pontoé o que chamamos culminação doastro.

Para um mesmo lugar, os pontos deculminação de todos os astros estãosituados em um só plano, passandopelos pólos celestes e pelo ponto oceu-

pado pelo observador; é o plano cha-mado meridiano do lugar.

As estrellas cireumpolares tem, em24 horas, duas passagens pelo meri-diano, uma superior e outra inferior;é desses astros que nos servimos paradeterminar rigorosamente a posiçãodos pólos celestes; as do polo boreal

jjá eram de ha muito conhecidas, as doaustral, graças ao perseverante tra-balho do Sr. L. Cruls, illustrado di-rector interino do Observatório do Riode Janeiro, foram determinadas em1883.

Quando viajamos do sul para onorte, notamos que as estrellas maisvisinhas do polo austral vão desappa-recendo sob o horisonte, ao passo queoutras que não viamos, vão surgindoem uossa frente e elevando-se, à me-d ida que avançamos.

No seu movimento appareute aoredor do eixo do mundo, observadosem o auxilio de instrumentos de pre-cisão, vemos que as estrellas conser-vara as distancias angulares que asseparam umas das outras, figurando-se-nos que todo o céo se move deoriente para oceidente, como uma abo-bada solida em que os astros estives-

sem fixos; como a antigüidade osuppoz.

Fazem hoje parte do cabedal dasciencia as idéias da esphericidade daTerra, do seu isolamento no espaço,e da sua classificação na categoria dos

planetas do systema solar.

Em um trabalho resumido, comoeste, não nos podemos demorar nohistórico e na demonstração dessasverdades, de que se oecupam, dando-lhes todo o desenvolvimento, os mo-der nos tratados de Astronomia.

Basta-nos chamar a attenção doleitor para a velocidade enorme deque deveríamos suppor animada aabobada celeste, se a Terra se conser-vasse immovel no centro do universo;para a complicação que dessa suppo-siçâo proveria á boa explicação domovimento dos planetas do nosso sys-tema.

A Terra girando em torno do seueixo, de oceidente para oriente, nosofferece um meio racional e simples,para a explicação de todos os pheno-menos que observamos, de movimen-tos dos astros.

Se pelo centro da Terra fizermospassar um plano perpendicular árectaque une seus pólos, a superfície ter-rena limitará nesse plano um grandecirculo, equidistante dos mesmos po-los e dividindo a esphera em duaspartes iguaes ; é o grande circulochamado equador terreno; parallela-mente ao qual podemos suppor outrosplanos passando por cada ura dospontos da mesma recta, os quaes irãotraçar outras tantas circumferenciasna superfície da esphera terrestre,todas parallelns á do equador, e cujosraios irão decrescendo, á medida queavançarmos para os pólos; essas cir-cumferencias determinam as posiçõesdos círculos chamados parellelos ter-renos.

Se pelos pólos da Terra e por cadaum dos pontos da circumferencia doequador fizermos passar outros tantosplanos, determinaremos as posiçõesdos grandes círculos, a que damos onome de meridianos terrenos ou circu-los horários.

Assim como, se suppozermos pro-longado o eiso de rotação da Terra,marcamos na abobada appareute docéo a posição dos pontos, a que cha-ma mospolos do mundo; assim tambem,se prolongarmos os planos do equa-dor, dos parallelos e dos meridianosterrenos, determinaremos na raesm*

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pelo celeste.Vertical de um lugar é a direcção

que nelle toma o fio aprumo; estalinha prolongada vae encontrar aabobada celeste em dons pontos, dos

quaes um, collocado acima da cabeçado observador, tem o nome de zenith,e o opposto o de nadir.

Se pelo centro da Terra tirarmosum plano perpendicular á linha ze-níth-nadir, elle cortará a superfícieterrena segundo uma grande circum-ferencia e, prolongado, irá determi-nar na abobada celeste uma curvasemelhante, que a divide em duaspartes iguaes, uma superior e outrainferior; o plano traçado nessas con-dições é o que chamamos horisonteracional; o qual varia com a posiçãodo observador.

Parallelarnente a elle podemos ima-g-inar um outro plano passando peloolho do observador, ao qual damos onome de horisonte sensível, o qual di-vide a abobada em duas partes, umavisível e outra invisível.

Se, perpendicularmente ao hori-sonte racional, traçarmos planos, quese interceptem todos segundo a linhade direcção do fio a prumo, teremos osgrandes círculos chamados verticalj\olugar, dos quaes é um o seu rneri-diano, que também tem o nome deseu primeiro vertical.

Assim determinadas as circurafe-rencias desses círculos da abcbadaceleste, se nos torna simples, referin-do-as a ellas, conhecermos as posiçõesrigorosas das projecções das estrellassobre essa abobada, e assim distin-gnir-inol-as umas das outras, no meiodesse cardume de pontos luminososque descobrimos no firmamento.

Assim, se nos fôr dado o arco doequador comprehendido entre umcerto ponto, conhecido e fixo, e oponto em que o encontra o meridianoque passa pelo centro de um astro; ebem assim o arco deste meridiano con-tido entre esse ponto de encontro como equador e o occupado pelo centro doastro, fica a posição deste perfeita-mente determinada.

A esses arcos, que assim nos fazemconhecer as posições dos astros, damoso nome de suas coordenadas.

Era vez do equador e dos meridia-nos, podemos recorrer ao horisonte eaos verticaes, e assim obteremos umnovo systema de coordenadas, umoutro meio de determinar a posiçãodos astros.

A coordenada fornecida pelo arcodo equador tem o nome de ascen-são recta; ella é contada de 0o a 360",a partir do ponto venial, isto é, doponto equinoxial da primavera dohemjspherio boreal, caminhando deoeste para leste, no sentido contrarioao do movimento apparente dos astros;a que nos dá o meridiano é chamadadeclinação, e se conta sempre de 0o a90° a partir do equador para os pólos,

"ydonde a sua distineção em boreal ey;austral.

No outro systema, chamamos azi-muth de um astro o angulo formadopelo plano vertical em que elle seacha collocado, com o do meridianodo lugar do observador; este anguloé contado de 0o a 180" a partir domeridiano inferior, isto é do norte sea latitude é septentriotial, do sul semeridional, para leste ou para oeste,se o astro se achar a leste, ou a oeste.

A altura vertical de um astro, queé a segunda coordenada deste systema,é o angulo formado, no plano verticalem que elle se acha, pela recta queune seu centro ao da Terra, com alinha de intersecção desse plano como do horisonte

O complemento desse angulo tem onome de distancia zenithal, que nãoé mais que o angulo formado, no planovertical, pela. linha zenith-nadir coma que passa pelos centros do astro eda Terra.

Ha um terceiro systema de coorde-nadas em que se toma para base aecliptica, grande circumferencia tra-cada na esphera pelas posições appa-rentes do Splj.e cujo plano é inclinadosobre o do equador de 23° 28', anguloque não é fixo, como veremos depois.

Chamamos dia sideral o intervallode tempo decorrido entre duas passa-gens consecutivas de uma estrella porum mesmo meridiano ; é uma quanti-dade constante que dividimos em 24horas, ditas sideraesque, a seu tutfno,se dividem era 60 minutos, e cada umdestes em 60 segundos, etc.

Não devemos confundir o dia side-ral com o solar, que é o tempo decor-rido entre duas passagens meridianasconsecutivas do SjI ; o dia solar, porcausa do movimento diário em ascen-são recta do astro do dia, é de cercade quatro minutos maior que o si-deral.

Eram indispensáveis essas noçõespreliminares, para a boa comprehen-são do que vamos tratar.

falado, ao deparar no obiluario com onome de um ente dilecto?

E quem de vós não foi indifferentepara com os otttros nomes da lista domesmo obiluario'/

Quem de vós, depois que deixou o es-tudo da gcographia, omipou-se jamaiscom o existência de vulcões, ou de pa-ragens em que são freqüentes os ferre-motos, a não ser quando teve inespera-damenlc a noticia de uma erupção ou decataslrophes como as de íschia e deJava?

Etitíelàritó; todos Vós tereis ouvido,nesses transes amargurosos, de envoltacom os lamentos c os suspiros, algumasblaspliemias e maldições! !

K se, por acaso, tão felizes lendes sido,que ainda vos não feriram os ouvidosesses brados dcsloantcs da Fé e do amorde Deus, conservac intacta a idéia dajustiça e misericórdia divinas, ainda quenão possaes comprehender esse grandeconjuneto de perfeiçOes.

llméscriptòr admirável, reconhecidocrente e alma de poeta — AlexandreDumas — acaba de contribuir com oobulo do seu talento, collaborando nonumero especial que um jornal consa-grou á calastrophe de íschia.

Em seu artigo, traduzido na Gazelada Tarde de 28 de Setembro ultimo, en-contra-se muito ao vivo expendidos ossentimentos sobre os quaes ficam feitasestas considerações, e por isso que nosforam ellas suggeridas pela sua leitura,nos arrojamos a contrapor-lfie as idéiasprofessadas pelo Reformador, que satis-fazem e respondem ás duvidas e des-crenças alli manifestadas.

Transe re vamos alguns trechos :

VO que é certo, o que se pôde dizerem voz baixa, é que a esta affirmaçãoestúpida, a esta intervenção brutal damatéria, a idéia que, honlcm ainda, agente fazia da Providencia, hesita e per-turba-se..,

CASAM1CCIOLAKRAKA TOA

Assim comosurprelicndidos, ás vezes,pelo passamento dos seres queridos, quena véspera, no mesmo dia ou instantesainda, pareciam preparados pára umalonga vida, lutamos antes de aceitar atrisle realidade dos (actos; assim tani-bem nos assombramos perante o espec-taculo inopinado de serem milhares denossos semelhantes arrebatados violen-lamente pela própria natureza.

Este sentimento psycbologico basea-sena demasiada confiança, com que nosen-tregamos ás preoecupações mundanas:por um lado, o habito da convivêncianos dá a tálsa segurança sobre uma vidatão lácil de finar-se; por outro lado, ogozo imperturbado c tranquülo de umaparte do planeta nos abstrahe dasseenasrevoltosas dos elementos que, em outrospontos, fazem d:>sappareccr cidades egerações inteiras.

Quem de vós, dizei-me, quem de vósnão se sentio já, por mais de uma wez,

A noção superior que depois destaspalavras do Christo :

« Um passarinho não morre sem oconsentimento de meu Pai, » a noçãosuperior, que tínhamos julgado adquirirda importância da vida e da magestádodo destino do homem, enche-se de in-quictaçOes ede confusão, em lace dessashecatombes humanas, de que somenteescapam as aves.

Quaes são, pois, os peccados abomina-veis, os execrandos crimes perpetradospor todas essas victimas?

Aonde está neste momento o testeniu-nho.allirmado por tantas almas grandes,da equidade e misericórdia desse Deusrevelado i

De uma demasiada reflexão nós tira-riamos, talvez, a duvida, a blasphemiae a revolta.

Não interroguemos, pois- esse Deuspessoal e responsável, que nos ensina-ram; elle não saberia o que havia deresponder-nos. »

Hesita e perturba-se, porque a idéiahonlcm baseada em raciocínio p .ticodesenvolvido, deve ser hoje substituídapor aquella que uma nova revelação nosensina, acerca do destino da huinani-dade, dessa humanidade orgulhosa depoderio e de saber, (pie prefere desço-nbecer as leis imnmtavois da natureza,

embora âffirirtüçào estúpida e brutalda materia, procurar o caminhotraçado e illuminado pelas luzes do pro-prio século e que a conduz ao bem, ásegurança e á salvação.

Conhecer-se e conservar-se, essesprincípios capitães que deveriam sei' se-guido.s cm geral para a comprehensãoperfeita das leis inherentes aos corposorgânicos e inorgânicos, são apenas pri-vilegio de uma pequena parte pensante,a qual ou não tem a força moral suífi-ciente para guiai' o todo, ou envolve-seella própria no turbilhão dos desmandos.

Poderemos, por ventura, ignorar $uecontribuímos constantemente para onosso próprio aniquillamento?

Poderemos com verdade asseverarqueos prejuízos legados por uma falsa civi-lisação c invariavelmente seguidos porimitação, não sejam a causa principal doamesquinhamento das raças e do pre-maturo termo de uma vidaquenosfoi,decerto, confiada para ter maior duração,se não fosse o pouco zelo empregado naconservação do corpo?

Não, por certo. * *A medicina tem reconhecido que um^

vicio hereditário afflige a humanidade,e que esse vicio se aggrava tanto mais.quanto maiores sí\o os excessos a que seentregam os individuos. 0 que parecefora de duvida é que a vida humana'*devia ter ímá (ífírsbâd^ntico ao de toda^.a natureza ;a$uà^da, e que se todo ser *hupíipé^luc^.CDnsegüe^ãtr&vessV os pe-*riodosSiáe- nascimento* infajiçia, «menj-imij juventude, virilidads- madura*-

jjeíftice e decrepitude, é maispelòvnáoemprego das liberdades e perseverançanos péssimo^ costumes? do qué pelascausas conhecidas^ de epidemias, assas-sinatos e suicídios. ¦"'* ^*'

Assim também, pela sede inexgotav&ldas ambições, a humanidade esqueçè|psentimento da própria conservação e y|gediíicar cidades nas areias arrefecidas^.,vulcões latentes, dorme incauta á beM^?dos abysmos e ousa confiar que só para"ella alli perdurem os cuidados da provi-(íencia, para fazer sustar phenomenosab eterno peculiares á marcha regiUíuvdo globo terráqueo. %

Taos intervenções da matéria longe,

portanto, de nos induzir a duvidar daProvidencia, devem, ao contrario,esclarecer-nos sobre a bondade dessamesma Providencia que. por scmelhan-tes meios, as avisa de males que pode-mos evitar.

A idéia de fazer o Creador responsávelpelos actos dacreatura conduz fatalmenteao erro, por isso que, interpretando in- .devidamente o sentido das palavras doChristo, amesquinha por tal modo odestino do homem, que retira-lhe todoo mérito de suas acções.

Hoje, mais do que nunca, devemoj&*guardar intacta c cada vez mais fervo-'"rosa essa noção superior da importânciada vida e da magestade do destino dohomem; não ha razão para não com-prehender-se a sublime sentença : « Lmpassarinho não morre, sem o consenti-mento de meu Pae. »

A Deus nada é desconhe úúo; creandoo homem, elle lhe deu o livre arbítrio, afaculdade de buscar o seu aperfeiçoa-mento moral por meio da reencarnação.

Elle sabe que taes ou laes indivíduos,por isso que usando ou abusando desselivre arbítrio, se afastaram do caminhodo progres-o, tém, por conseqüência

»

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lll.l Oltlfl %l*Olt — iHH* — Janeiro — I t

inevitável, de passar por provações quesão mais ou menos penosas, segundo osdelidos a reparar, commettidos na vidapresente ou cm anteriores; mas, infini-lamente bom e justo, elle não faz uso desua vontidc e, assim como deixa cahirfulminado pelo tiro do caçador o inno-cente passarinho, permitte também, epor graça de sua infinita misericórdia,que tenham lugar essa? hecatombes hu-manas que facilitam, a redempeão dosespirito ¦.

O homem foi crendo para ser feliz,isto «.'-, pa a tornar perfeito, a custa dopróprio merecimento, para l!e:is que oforni ju simples e livre, mas ignorante.

Não è licito negar as faltas que elleçoinmelc contra si, contra seu seme-lhante e contra De is.

Os peccados abomináveis, os exe-crandos crimes pi potr.-ulos/w todas es-sasvicAiniqs,faéilmcnÍQ se encontram nahistoria triste da própria humanidade.

Cada povo os registra nas penitencia-rias, nos iriJiVihacs, nos suicídios, nasguerras enos cadafujsòs; muitos,écerto,tíòixam d • ser registrados, mas são ollagello das próprias consciências e sótem a Deu-; por testemunha, que o étambém das boas acções.

Não necòsáitanios, pois, de maior tes-temunbo da misericórdia divina, nemtão pouco carecemos interrogar a divin-dade sobre factos que obedecem á leifatal úi\t ''3$ idênticos, eque nãosão excepcionaes. mas seguemuma harmonia preestabeleetda^ia na-tureza. ' t&

0 raciocínio falia pela Divindade :'Esta não nos responderia, 6 facto, pôr

que não 6 pessoal e responsável, comoa querem fazer, mas de uma essência queainda não foi dado ao homem deste pia-neta comprehender, reslando-lhe apenasveneral-a como ensinam as revelaçõesdo Christo edos espíritos.

Muito mais poderíamos dflfer no in-tuito de provar que Dumas, o grandepensador, em seu bello escripto, não foilógico, em relação ás idéias ortodoxasque diz professar, mostrando antes pender para o positivismo materialista.

Deveríamos mesmo ier dado maiordesenvolvimen to ao assumplo; julgãmos,porém, ter dito o bastante para alcançar

«1 FOLHETIM

O QUARTO DA AVO'01)

A felicidade na familia

MB,,C. M0NNI0T

Ordcnò-voa que vos auicumuluamoate.

(Kvanc. S. Joio, XV, li).

TRADC7.1D0 POU II. O.

VIIIETAMOBPHOSE DK KANNY

(Cónltsuit{5pl

Nãoamesquinties tuas boas resoluçõescom um máo pensamento minha filhnfemvez de desejares sobresahir á tua irmã,pensa antes em trazel-a comtigo ao traba-lho e á felicidade.

-- Oh! Mathilde jamais receberia demim lição algum \! Vede bem, vovó, quemesmo a vós ella não as pode!Teu exemplo exercerá sobre ella maisinfluencia do que minhas lições. Não écom palavras, porém, com factos que eu teinduzo a convencel-a : não te persuadisteantes pelo exemplo de tua prima do quepor tudo quanto te dissemos? Além disso,ficar-te-ia mal qurdquer outra maneirade convencer tua irmã mais velha.

Tendes rnsíãó, eu ó reconheço, vovó, e

o fim que almejamos, qual o de convidariaquelles de nossos leitores propensos a seinstruir, acerca dos laços que prendema humanidade a Deus, a se entreterem,nas horas de meditação, com o que arespeito ensina Allan-Kardec em suasobras.

Ahi encontrará a explicação sensatae satisfactoriadas catastrophes, guerras,flagellos e outros inales que affligem ahumanidade, sem que seja preciso qua-lifical-os de altentado da natureza ecumplicidade do eco, para incitar os seussemelhantes á pratica da caridade, que,sem duvida, foi o ponto de vista de Du-mas, expiessado noíinaldo seu escripto;o que, aliaz, para nós outros constituoimuienso mérito, porque adoptamos amáxima ; — Fora da caridade não hasalvação.

Ácha-se em via de organisaçáo a Fede-ração Spiríta Brasileira.

Fitando o largo horisonte da propagandaescripta, acreditamos que prestará serviçosda máxima importância para a vulgarisaçãodos princípios philosophicos do Spiritismo.

«:»—

Segundo o Diário de Huksca (Hespanha)começa a ter grande desenvolvimento a leide 1870, sobre registro civil; os casamen-tos e baptisados repetem-se por todo oReino, sem intervenção religiosa.

Quando o Brasil fará o mesmo?Esperemos alguma cousa do patriotismo

do actual Ministro do Império.

((-.» —

O Illustrado Sr. Arthur Ragazzi, antigo

presidente da Sociedade Magnética de Ge-nova, ncaba de fundar uma outra em Haye,

(Hollanda).Ao denodado continuador das importan-

tes investigações de Mesmer e du Potet,Cumprimentamos uelos hercúleos esforços

que emprega em prol da humanidade.

—«:»—

Ao illustre Sr. Louis Auífinger — pro-prietario e gerente do jornal, La CiiaineMagnetiquk, que se publica em Pariz,foiconferido um diploma de honra daSodali-zio Margherite, fundada em Itália.

Cumprimentamos ao collega pela justadistineção.

desde amanhã começarei a trabalhar. Sereitão feliz! E sel-o-heí duplamente se Ma-thilde o fôr também. Papae ficará contentevendo-me trabalhar, porque repetidas vezeselle nos exhortou a empregar melhor nossotempo. Que pena não nos reunirmos todosem vosso quarto! Na verdade, não compre-hendo porque razão mamãe quer ficar embaixo todas as tardes.

Ella teme encommodar-me, recebendoalgumas visitas, tu o sabes.

E depois, continuou Fanny rindo-se,vosso quarto não foi ainda metamorpho-seado aos olhos de Mathilde; minha cara irmãacha que estes retratos antigos, estes velhosmoveis, estas sombrias tapesserias tem umaspecto melancólico.

V6-se,bem, disse Eliza, que Mathildenão presume o interesse que se prende atudo isto.

Que! disse Fanny, admirada, que in-teresse pôde isto oflerecer a não ser o per-tencer a vovó?!

Cada um destes objectos tem suahistoria particular e recordam mil lem-brancas da familia, respondeu Eliza, porque, como vês, tudo é antigo; e, como dizvovó, quantos factos se tem dado em pre-sonça destas mudas testemunhas! Nuncame canço de ouvir a narração delles.

Surprehendes-me cada vez mais mi-nha querida prima... Pois que 1 este velhoguarda-roupa nos poderia lembrar cousasagradáveis ?

Este guarda-roupa foi dado a vovópor nosso avô, antes do nascimento de seuprimeiro lilho, cujo enxoval foi guardadonelle. Vovóaindaahi conserva hoje a toucado baptisado de meu tio,

Fanny desatou a rir.—• Papae de toucfc! disse ella; qué cousa

INVESTIGAÇÕESSOHRE O

. ESPIRITUALISMO MODERNO

MOTASDE

WILLIAM CROOKSMbmdhÕ ju Socii.iuoi: Real m; Londrks

Sobre as experiências por elle feitas no es-tudo dos Phenomenos, chamados - - Spi-ri tas, nos annos de 1870-1873; publicadaspelo Qlarteui.y (jornal de sciencias),

(Conclusão)

13a CLASSE

Diferentes casos de um caractercomposto

Sob esta epigraphe proponho-me mrar-vos muitos factos, que não podementrar em outra classe, por seu caractercomplexo; de uma dúzia escolhereidons.

0 primeiro teve lugar em presença demiss Kate Fox; para tornal-o bem intel-ligivel preciso descer a alguns detalhes.

Miss Fox me havia promettido daruma sessão em minha casa, em umanoite da ultima primavera.

Emquanto eu esperava-a, uma damade nosso conhecimento estava, commeus dous filhos mais velhos, assentadana sala de jantar, lugar ordinário denossas sessões; ao passo que eu meachava em minha bibliotheca.

Sentindo 'parar um carro e bater áporta, eu fui receber miss Fox e con-duzi-a á sala de jantar, porque ellapouco se podia demorar.

Ella collocou seu chalé e seu chapéosobre uma cadeira; e eu disse a meusfilhos que fossem para a bibliotheca,onde já eu tinha preparado suas lições.

Fechei aporta e, segundo o meu habitonas sessões, puz a chave no meu bolso.

Sentamo-nos, miss Fox a minha di-reita, e a outra dama a minha esquerda.

Uma mensagem alphabetica nos foidada, recommendando que apagássemosa luz do g-az, o que feito, ficámos emcompleta obscuridade.

Recebemos então outra mensagem,assim concebida :

engraçada imaginal-o assim ! Como pareciaelle assim, vovó?

Teu pae era um menino encantador,minha Fanny; nosso Padrinho muito m'orecorda.

Oh ! mostrae-me essa touca, eu u sup-plico.

A Sra. Valbrum levantou-se e com mãotremula abrio o guarda-roupa; súbita-mente tinha-se alterado sua physionomia;conhecia-se que, para satisfazer o desejode Fanny, fazia um grande esforço. Fannydisse baixinho a Eliza :

Fiz mal pedindo isto, vê, como vovóesta commovida.

A culpa ó antes minha do que tua,respondeu Eliza. Este guarda-roupa en-cerra verdadeiras relíquias ; vovó nunca oabre sem emoção.

Aqui esta. a touca, minha pequenaFanny, disse a Sra. Valbrum ; o tempoamarelleceu-a de tal fôrma que ser-te-hadifficil imaginal-a cercando o gracioso sem-blante de uma criança. Quanto a mim, nãoposso vel-a sem recordar o dia em que,mãe feliz e orgulhosa, cobri de beijos afronte querida de meu íilho, meuorimoge-nito, meu joven christão 1

Iranny olhou com respeito para a pe-quena touca; depois, erguendo paru a Sra.Valbrum os olhos humidos, ella abraçou amãe de seu pae.-- Ainda tendes outra, vovó? exclamouella, emquanto a Sra. Valbrum cuidado-samente tornava a collocar a touca noguarda-roupa.

Eliza apertou o braço de sua prima ad-vertindo-a que não continuasse: mas eratarde; a Sra. Valbrum tinha ouvido a per-gunta.—* Esta 6 duplamente sagrada para mim,

a Queremos fazer-vos testemunhas deum phenomeno que vos prove o nossopoder. »

Immcdiatamente ouvimos os sons deuma campainha, que se movia por todau câmara, chocando ora contra a parede,ora em um angulo afastado, ora no soa-lho, e finalmente tocando-me mesmo nacabeça.

Depois de assim se ter feito ouvfr pormais de cinco minutos, ella cahio sobrea mesa, junto das minhas mãos.

Durante esse tempo, nenhum de ndsse movia, e as mãos de miss Fox conser-vavam-se tranquillas, postas sobre asminhas.

Eu pensava commigo; nao pôde sere3ta a minha campainha, porque eu dei-xj»-a na bibliotheca.r Alguns instantes antes da chegada demiss Fox, eu tinha precisado de um livroque se achava em um extremo da pra-teleira; sobre a qual eu tinha visto acampainha, que colloquei a um lado.

Este pequeno incidente me fazia lem-brarquea campainha estava na biblio-theca.

0 gaz que illuminava o corredor quedá para a sala de jantar, teria, por certo,aluraiado esta, se tivessem aberto a portacuja chave única, além de tudo, achava-se em meu bolso.

Àccendi uma vela e vi a campainhadiante de rnim; corri á bibliotheca, enotei logo que ella tinha dahi pesappa-recido.

Perguntei a meu filho mais velho:Sabeis onde esta a minha campai-

nha?Sim, papá/está aqui, me respondeu

elle designando o lugar onde eu a tinhadeixado.

Depois acrescentou :Mas, já não está ahi, onde estava,

ha apenas um instante.Alguém veio buscal-a?Não, senhor, ninguém veio aqui,

mas estou certo que ella achava-se alli,porque, quando para cá nos mandastes,meu irmão começou a tocal-a, de modoa não me deixar estudar; eu fui obrigadoa pedir-lhe que cessasse.

0 pequeno apoiou o que dizia seuirmão e asseverou ter deixado a campai-nha, no lugar em que a achara.

minha filha, respondeu a pobre mãe comvoz tremula; ella foi da mãe de Eliza.Minha tia! murmurou Fanny; Oh !como eu estimaria conhecel-a !

A Sra. Valbrum tomou o precioso objectoe som fallar collocou-o entre as mãos deFanny. Eliza, inclinando-se para depor umbeijo sobre a tocante relíquia, encontrouFanny que inclinava-se também pelo mesmoimpulso expontâneo ; as duas primas tro-caram um silencioso beijo.

A ternura que devia unil-as no futuro foiassim sellada sobre esse despojo do passado.- Não te parece, Eliza, disse Fannv, se-guindo sua prima, alguns instantes"maistarde, para fuzerem juntas sua oração não te parece que somos meio irmãs, poisque minha tia e papae são filhos da mesmamãe?

Pensei sempre, respondeu Eliza, queos nomes de prima edeirmãsãosynonimos;quanto á mim não somos somente meioirmãs, mas inteiramente. Não corre omesmo sangue em nossas vei&s? Não temosas mesmas affeiçõcs, as mesmas tradicçõeede família, a mesma avó querida?W verdade, Eliza e muito folgo comisso, continuou Fanny; estimo ter uma irmãcomo tu!

« Mas eu não conheço nossa familia; serápreciso que eu peça a vovó para instruir-mesobre esse ponto. Que alegres horas issome fará passar !

Sede bem dito, meu Deus! disse Elizaao adormecer. Eu vos tinha pedido duasirmãs e já tenho uma. Quem sabe se'embreve não me concedereis a outral

(Continua).

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mtáÊamàIKfiWOlI.U.UftUHk - 1884 - Janeiro — I

0 segundo caso. teve lugar com luz,em um domingo á tarde :

0 Sr. Home e alguns membros daminha família estavam presentes.

Minha mulher e eu tínhamos passadoo dia no campo, donde trouxemos algu-mas flores, que demos a uma criada parapol-as iVagua.

OSi\. Home chegou depois, c todosfomos immediatamente para a sala dejantar.

Quando nos achávamos sentados, acriada trouxe as flores accommodadasem um vaso, que eu colloquei sobre amesa, na qual não havia então toalha.

Era a primeira vez que o Sr, Home viadaquellas flores.

Depois de lermos obtido muitas ma-ni (estações, caldo a conversação sobreum ponto que nos parecia inexplicável :sobre a presumpção de poder a matériaatravessar um corpo solido.

Então foi-nos dada a seguinte men-sagem:

« V impossível a matéria passar atra-véz da matéria, mas nós vamos mostrar-vos o que podemos fazer.»

Esperamosem silencie, e bom depressauma apparição luminosa se mostrou,envolvendo o ranialhete; á vista de todos,um ramo de herya da China, compridode 0m,-io, que oecupava a parte centraldo ramalhete, elevou-se mansamente deentre o vaso e o Sr. Home.

Ella não se deteve sobre a mesa, maspassou atravéz desta; nós a examinámoscom muita attenção, até que ella acaboude passar.

Depois da desapparição da herva,minha mulher que se sentava perto doSr. Home, vio uma mão que, subindo- debaixo da mesa e entro elles, seguravao ramo, com o qual deu-lhe nos bom-bros duas ou ttvs pancadas, com umruído que todos ouviram.

Depois ella deixou o ramo no eoalho,e desappareccu.

Somente duas pessoas viram essa mão,mas todas as outras perceberam o movi-mento da lierva.

Durante esse tempo as mãos do se-nhor Home estavam visíveis, tranquilíase acerca de um meio metro do lugar emque a planta desappareceii.

0 movei era uma grande mesa de salade jantar, sem dobradiças, abrindo-secom um parafuso; a junclura formava,dos lados, uma pequena fenda no meio.

O ramo havia passado por essa fenda,larga de 4 miUimetros; quando sua gros-sura era muito maior, e ella não podiapassar pela fenda sem quebrar-se.

Entretanto, nós vimol-a fazel-o semdifficuldade, lentamente, e quando aexaminámos, nella não notámos o menorsignal do pressão; ella estavaintacla.

'fal éo resumo dos factos surprehen-dentes observados e publicados no QÍiar-terly por William Croocks.

As pessoas que desejarem vcl-os comtodas as detalhadas circumstancias emque se produziram, devem procurar lera obra do mesmo autor intitulada —Rechcrches sur h/s phenomenes spiri-tualistes,\)orW. Crook^.

CONFERÊNCIAS S l'I RITA S

Em Vianna (Maranhão) o Club SpiritaRegeneração encetou uma serie de confe-rencias publicas, tendo tido lugar a pri-meiraem 11 deNovembiodò anno próximopassado.

Depois do orador designado 6 livre atribuna, mesmo para aquelles que desejamcontestar o Spiritimo.

Satisfeitos pela nova phase encetada poraquelle centro de luz, fazemos votos paraque tão útil e proveitosa resolução sejaimitada por outras sociedades congêneres.

— a:» —

A sociedade humanitária dos ChevaliersSauveteorshes Alpes Maritimes, de Nice.acaba de abrir um concurso sobre : « Oduelo sob os pontos de vista : de honra,religioso e humanitário. »

A mesma sociedade mandou cunhar í)medalhas para ser conferidas aquelles quemais se distinguirem nos trabalhos queapresentarem.

sucção ucumcA

— <( : » —

Duns novas sociedades de Magnetismoacabam de fundar-se : uma no Havie, ou-tra em Marseille.

O movimento evolutivo da sciencia psy-ehologica caminha a passos de gigante,embora os inimigos da luz procurem em-baracarlhe a marcha.

-«:»¦

Imprciiftn

Durante o anno findo fomos honra-dos com a visita dos seguintes col-legas :

I1RAZIL

Amigo do Escravo, Apóstolo, Amidode ^Minas, Aurora, Natal, Aurora,Arèas, Aidonomista, Baependiano,Barramansen.se, Boa Nova, Conserva-dor, Commercio de Iguape, Correio deS. José, Correio do Natal, Corumbá-ense, Cri-Cri, Democrata, Dez Pio-nier,- Discipido, Eclio Liberal, Echo daMagdalena, Ècho Municipal, EspiritoSantense, Formiga, Gazeta da Franca,Gazeta do Penedo, Gazeta Paraná-ense, Gazeta do Sobral, Gazeta de Pas-sos, Guarany, Industrial, Instrucção,Imprensa Ituana, Imprensa Evanqe-lica, Itajubá, Jornal de Tauba((\ Lá-bdro, Leopoldinense, Liberal Mineiro,Liberal, S. Bento de Sapucahy, Libe-ral, Natal, Libertador, Fortaleza, Li-bertador, Aracaju,Liberdade, Lidador,Luz, Messager du Brésil, MonitorCampista, Mocidade,r^Nortista, Par-naso, Papagaio, Phmyãno, Porvir,Província de Goyaz, Poeta, Provincí-ano, Primavera, Progressista, Pharol,Perceptor, Provincia do Espirito Santo,Rezendense, Revista Pharmaceutica,Regenerado)-, Raio, Republica, Senti-nella da Lei, Semanário Magdalense,Século, Sexto Districto, Sobral ense So-berania do Povo, Trabalho, Ouro Preto,Trabalho, Laguna, Trabalho, Pão dèAssucar, Tribuna, Recife, Tribunada Magdalena, Tribuno do Povo, Tri-buno, Maranhão, Tymburibá, Viah-nense, Violeta.

O que «|,,.«» ®g»iri4isriiio

Introducção ao conJiecim&hio do mundoinvisível pela manifestação dos espi'-'ritos,contendo o resumo dos princípiosda doutrina spirita c a resposta ásprincipaes objecções.

ALLAN-KARDECSem parídndo não ha salvaçJc.

CAPITULO I

PEQUENA CONEEItENTIA SPIRÍTA

2.» DIALOGO

O SCEPTICO

(Continuação)

SOCIEDADES SPIRÍTAS

EXTERIOR

'"'-/¦

¦

—<c: »—

No ' sal&o de conferências Boulevard desCapucimes encetou o illustrado Sr. AchillePoincelot, uma serie de conferências sobre« Ma*gnetismo scientifico, lucidez, trans-missilo do pensamento, e nevropathia ele-terica. »

Bulletin Spiríte, Pariz, BulletinSpirite, Bruxellas, El Cabe, ChaineMagnetique, Critério Espiritlüu, LasDominicales, Fé liazonada, Fraterui-dad, Imparcialidade, íris de Paz, Luzdei Porvenir, Luz dei Christianismo,Lucha, Messager, Moniteur, Phare,Revista Spirita, Pariz, Revista spiritaBarcellona, Revista spirita, Montevi-déo, Revista spirita, Venezuela, Re-vista spirita, Brazil, Revista spiritaConstância, Revista spirita Fraterni-dad, Solucion.

A todos um aperto de mão.

V.— Tendes uma sociedade que seoecupa com esses estudos; ser-me-iapossível fazer parte delia?

A. K.—Por ora, ainda não; porquese, para ser nella recebido, não hanecessidade de se ser doutor em Spiri-tismo, ha, comtüdo, a de ter-se, aomenos, idéias sobre elle mais firmesdo que as vossas.

Como ella não deseja ser pertur-bada em seus estudos, não pude ad-mittir os que lhe viriam fazer perderseu tempo com questões elementares,nem os que, não sympathisando comseus princípios e suas convições, lan-cariam a desordem em seu seio comsuas discussões intempestivas ou seuespirito de contradicção.

E' uma sociedade scientifica, comotantas outras, que se oecupa de apro-fundar os differentes pontos da scien-cia spirita e procura esclarecer-se ; éo centro onde vão ter os ensinos co-Ihidos em todas as partes do mundo,e onde se elaboram e coordenam asquestões que relacionam-se com oprogresso da sciencia; mas não ó umaescola nem um curso de ensino ele-mentar. Mais tarde, quando vossasconvicções estiverem fortalecidas peloestudo, ella decidirá se vos deve ad-mittir. Emquanto esperaes, podereisassistir, como visitante, a uma onduas sessões, com a condição,de nãofazer reflexão alguma de natureza achocar alguém; do contrario, eu quevos vou apresentar, encorreria nacensura dos meus collegas,.e-à portavos seria interdicta. >;^i

Ahi encontrareis uma reunião dehoniens _ graves e de boa sociedade,cuja maioria se recominenda pela su-perioridade de seu saber e por suaposição social, e que não consentiriaque aquelles que recebe em seu seio,se afastem das conveniências, no querque seja; porque não crede que ellaconvida o publico, e chame o primeirovindo para assistir a suas sessões;

Como ella não faz demontrações como fim de satisfazer á curiosidade,afasta com cuidado os curiosos.

Aquelles, pois, que suppõem ir abiachar uma distração e uma espéciede espectaculo, ficarão desapontados,e é-lhes melhor lã não ir.

Eis porque ella recusa admietttir,mesmo como simples visitantes, áspessoas que ella não conhece, ouaquellas cujas disposições hostis sãonotórias.

INTEHDICÇÃO DO SPIIUTISMO

v-~ Uma ultima questão, eu vosrogo.

O Spiritismo tem poderosos inirai-gos;^ não poderiam elles fazer-lhe in-terdizer o exercício e as sociedades e,por esse meio, impedir a sua propa-gação ?

A. K.— Seria um modo de"perder apartida um pouco mais cedo, porque a

violência é o argumento daquelles aquem faltam boas razões.

Se o Spiritismo éuma chimera, ellecahirá por si mesmo, sem que paraisso se esforcem tanto; se o perseguemé porque lhe temem, e só uma cousaséria pôde causar temor.

Se, ao contrario, é elle nina reali-dade, então está na natureza, comovol-o disse, e ninguém com um traçode pena pôde revogar uma lei na-tural.

Se as manifestações spirítas fossemo privilegio de um homem, não haduvida que, arredando-se esse ho-mera, se poria um termo ás manifes-tações; infelizmente para os adversa-rios, ellas não são um mysterio parapessoa alguma ; ahi não ha segredos,nada ha de oceulto, tudo se passa emplena luz ; ellas estão á disposição detodo o mundo, e se produzem desde opalácio até á mansarda.

Podem interdizer-lhe o exercíciopublico;-poréméassaz sabido,que naoé em publico que ellas mais se dão :é na intimidade ; ora, todos podendoser médiuns, quem pôde impedir queuma família no seu intimo, que umindivíduo no silencio de seu gabinete,que um prisioneiro em seu cárcere, •tenha communicações comosospiritog.. •mesmo nas barbas da policia e seni; '

que esta o saiba -&^Admittamos, -entretanto,

qne um.governo seja assaz forte para impedir-Hlhes de trabalhar em suas casas, con-seguirá também que o não façam nasde seus visinhos, no mundo

'inteiro,

quando não h^paiz a}g-um, mos dois"'continentes,.em 0'uv^ttn i;e çncontrem>médium? ? ^

'

iSpi^Mic^ ai.tíiir *disso, não vtenrsuálpífe' euti;e os homens; elle £ umaobra d£s; Espiritos que não podem serquietados nem encarcerados.

i0R\\e consiste na crença individual,é"nao nas sociedades cju*e de nenhumasorte são necessárias. '** *N

Se chegassem a consumir todos oslivros spirítaAs,.o$,Eâpj;FÍtos dictariamoutros,

Em resumo, o Spiritismo é hoje u&facto adquirido; elle já conquistou^seu lugar na opinião e entre as dou£:,trínás philosophicas; é, pois, precíp' *que aquelles a quem elle não convém^resignem-se a vel-o ao seu lado, fim*cando perfeitamente livres de não"tocar nell^fe^^.,.'»"" ¦ 1í:7777-.7

•/&r'Á ¦líWf (Continua).¦¦«———»m^————^—^—«^¦y

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CATECHISMO SPIRITAy&mf^'^W^:'^ \$y^$®% y ¦vou

H. J. DE TURCK

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83 RUA SETE DE SETEMBRO 83

RIO DE JANEIRO

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Vendem-se nesta typographia.

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