AgroGuia Ed. Junho 2012

40
INFORME PUBLICITÁRIO 1 Agro Guia | Junho 2012 INFORME PUBLICITÁRIO PUBLICAÇÃO MENSAL | JUNHO 2012 | EDIÇÃO 04/ANO 01 Emiliano Sampaio Novais, empresário do setor de serviços e dono da Espinhaço Agropecuária AGRO PRODUTOR Cavalos, Nelore e Agricultura: tudo é paixão na vida deste empresário AGRO AGENDA Megaleite, Simtec, Expô Araçatuba e Semana do Fazendeiro AGRO ENTREVISTA Arlindo Moura, presidente da SLC Agrícola, dá sua visão sobre o agronegócio

description

Suplemento Agrícola mensal do Jornal Folha de S. Paulo

Transcript of AgroGuia Ed. Junho 2012

Page 1: AgroGuia Ed. Junho 2012

INFORME PUBLICITÁRIO

1Agro Guia | Junho 2012

INFORME PUBLICITÁRIO

1Agro Guia | Junho 2012

INFORME PUBLICITÁRIO

PUBLICAÇÃO MENSAL | JUNHO 2012 | EDIÇÃO 04/ANO 01

Emiliano Sampaio Novais, empresário do setor de serviçose dono da Espinhaço Agropecuária

AGRO PRODUTORCavalos, Nelore e Agricultura:

tudo é paixão na vida deste empresário

AGRO AGENDAMegaleite, Simtec, Expô Araçatuba e Semana do Fazendeiro

AGRO ENTREVISTAArlindo Moura, presidente da SLC Agrícola, dá sua visão sobre o agronegócio

Page 2: AgroGuia Ed. Junho 2012
Page 3: AgroGuia Ed. Junho 2012
Page 4: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

4

Índice

Agro Agenda 6

Agro Agricultura 14

22Agro Entrevista

17Agro Pecuária

28Agro Produtor

8Agro Eventos

PARA ANUNCIAR NO GUIA

Editor-Chefe

Redação

Colaborador

Apoio Comercial

Projeto Editorial

Diagramação e Edição de Imagens

Capa

Carlos Alberto da SilvaMTB 20.330

Béth Mé[email protected]é [email protected] [email protected]

Nathã Carvalho

Carlos Alberto da Silva

Gutche AlborghetiVinicius Gallo BalsysJuliana Vizzáccaro

Vinicius Gallo Balsys

Foto Carlão da Publique

(11) 3063.1899 / Al. Itu. 1063 - 2° andar -CEP: 01421-001 - Jardins - São Paulo/SP

www.publique.com | [email protected]

PRESIDENTE E FUNDADOR:Carlos Alberto da Silva.

[email protected]/gpubliqueSlideshareslideshare.net/grupopubliqueYou Tubeyoutube.com/GrupoPublique

Gerente ComercialMarcela Marchi

[email protected](011) 3225-4546

Contato ComercialLarissa Ayumi Yokomizo

[email protected](11) 3224-4545

Representante ComercialSonia Maciel

[email protected]

Mirian [email protected]

tel: (11) 3021-1644

Informe Agro Econômico 36

38Agro Educação

7Agro Mensagens

32Agro Sustentabilidade Para mais informaçõeswww.bancooriginal.com.br - 0800 705 3000

O Banco Original pertence ao Grupo J&F, um dos maiores conglomeradosdo Brasil com cerca de R$ 63 bilhões em receitas anuais e mais de 50 marcas.

Banco OriginalO Banco do Agronegócio

*Con

sulte

con

diçõ

es p

ara

cada

pro

duto

.

Portifólio de produtos direcionados à pecuáriae ao agronegócio.

Agilidade na liberação de crédito.

Produtos de investimento com rendimentosatrativos e isenção de impostos.*

Equipes especializadas com formação técnica na área.

7Agro Datas Comemorativas

26Agro Lavoura

Page 5: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

5Agro Guia | Junho 2012

Para mais informaçõeswww.bancooriginal.com.br - 0800 705 3000

O Banco Original pertence ao Grupo J&F, um dos maiores conglomeradosdo Brasil com cerca de R$ 63 bilhões em receitas anuais e mais de 50 marcas.

Banco OriginalO Banco do Agronegócio

*Con

sulte

con

diçõ

es p

ara

cada

pro

duto

.

Portifólio de produtos direcionados à pecuáriae ao agronegócio.

Agilidade na liberação de crédito.

Produtos de investimento com rendimentosatrativos e isenção de impostos.*

Equipes especializadas com formação técnica na área.

Page 6: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

6

6 a 15/753ª Expo Araçatuba – Araçatuba (SP), tel. (18) 3441-1785 www.expoaracatuba.com.br

Expoagro Guaxupé – Guaxupé (MG), tel. 35) 3551-1602 www.expoagro.com.br

7/7II Simpósio de Pesquisa em Mata Atlântica – Engenheiro Paulo de Frontin (RJ) [email protected]

7 a 13/783ª Semana do Fazendeiro – Campus UFV, Viçosa (MG), tel. (31) 3899-1701 www.semanadofazendeiro.ufv.br

8 a 15/7 Expocrato (61ª Exposição Centro-Nordestina de Animais e Produtos Derivados) – Crato (CE), tel. (88) 3523-1807 - www.expocrato.com.br

9 a 11/7Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha – Passo Fundo (RS), tel. (42) 3223-9107 - www.febrapdp.org.br

11 a 14/7Superleite 2012 – Pompeu (MG), tel. (37) 3523-1347 / 9961-8549 www.superleitepompeu.com.br

11 a 15/721ª Exposição Agropecuária e 28º Concurso Leiteiro – Piraúba (MG), tel. (35) 3575-1575

64ª Exposição Agropecuária Sul Fluminense – Barra do Piraí (RJ), tel. (24) 2443-2661

15 a 17/7Enflor (Encontro Nacional de Floristas) – Holambra (SP) – tel. (19) 3802-4196 www.enflor.com.br

15 a 19/741º Conbea (Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola) – Londrina (PR), tel. (16) 3203-3341 - www.sbea.org.br/sgcd

16 a 19/729º Congresso Nacional de Laticínios – Juiz de Fora (MG), tel. (31) 3489-5078 www.cnlepamig.com.br/expomaq.asp

25 a 27/6 Simtec 2012 – Piracicaba (SP), tel. (19) 3417-8604 - www.simtec.com.br

25 a 28/6Fispal Food Service – Expo Center Norte - São Paulo (SP), tel. (11) 3017-6807 www.fispalfoodservice.com.br

26 a 28/6Seminário Nacional sobre Fruticultura de Clima Temperado – São Joaquim (SC), tel. (49) [email protected]

28/6 a 1/716ª Expocampo – Campo Novo do Parecis (MT), tel. (65) 3382-2491www.expocampo.net

1 a 5/7VI Simpósio Internacional de Sementes, Mudas e Estabelecimento de Hortaliças – Brasília (DF)www.sest2012.com/sest2012-apresentacao.html

1º a 8/7Megaleite 2012 – Uberaba (MG), tel. (34) 3331-6000www.girolando.com.br/megaleite2012

Próximo Eventos Agro Guia – junho/julho 2012

Agro Agenda

4 e 5/7Suinfest – Ponte Nova (MG), tel. (31) 3819 3919 www.suinfest.com.br/portal/

4 a 6/7Simpósio sobre Micronutrientes e Magnésio – Piracicaba (SP), tel. (19) 3417-6604 (Maria Eugênia) / (19) 3417-2138 (Silvia) - www.fealq.org.br

5 a 15/748ª Expoagro – Cuiabá (MT), tel. (65) 3623-0554 [email protected]

Page 7: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

7Agro Guia | Junho 2012

16 a 20/752º Congresso Brasileiro de Olericultura – Salvador (BA), tel. (77) 3425-9351 www.abhorticultura.com.br

19/7Encontro Internacional do Mofo Branco – Ponta Grossa (PR) – tel. (42) 3220-3774 http://eventos.uepg.br/eimofobranco

23 a 25/7IV Reunião Técnica da Cultura da Pereira – Lages (SC), tel. (49) 2101-9179 http://fruticultura.cav.udesc.br/

23 a 26/749ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia – Brasília (DF), tel. (61) 3448-4544 - http://sbz.org.br

24 a 27/7XXXIX Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul – Passo Fundo (RS), tel. (54) 3316-5802 www.cnpt.embrapa.br/39rpsojars

29/7 a 3/8XIX Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água – Lages (SC) - www.rbmcsa.com.br

Agro Agenda

Primeiramente, gostaria de parabenizar sobre o informe Agro Guia. Está mui-to bem editado e com textos muito interessantes. Uma homenagem especial ao Paulo Roque, que fez uma matéria excelente sobre o Roberto Rodrigues.Sou responsável pela edição da newsletter da ABC Criadores, e o dr. Luis A. M. Ferreira gostaria de incluir a matéria do Agro Guia, Agro História, a respei-to do nosso conselheiro Roberto Rodrigues.

Henrique K.Mori, ABC (Associação Brasileira dos Criadores)

Li a entrevista no Agro Guia nº 2, do Paulo Roque, e quero cumprimentá-lo pela capacidade de síntese e excelente redação.Obrigado pelo destaqueStefan Mihailov, Phibro Animal Health Corporation

Agro Mensagens

Caros Leitores,Estou muito feliz com a repercussão amplamente positiva do nosso Agro Guia. Nesta edição você acompanha grandes histórias de su-cesso do agronegócio, como a matéria de capa, que trata da paixão de um empresário pelas coisas do setor. Imperdível também a Agro Entrevista com o presidente da SLC Agrícola.Boa leitura a todos.

Agro Editorial

Foto

Zzn

Per

es

Agro Datas Comemorativas

4/7 Dia Internacional do Cooperativismo

15/7 Dia Nacional do Pecuarista

17/7 Dia de Proteção das Florestas

25/7 Dia do Colono

28/7 Dia do Agricultor

Carlos Alberto da SilvaEditor

Page 8: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

8

Cerca de 60 mil visitantes, e R$ 595 milhões em negócios e crescimento de 18%. Este foi o resultado da 5ª Bahia Farm Show, que movimentou Luís Eduardo Magalhães (BA), de 29 de maio a 2 de junho. Segundo Wal-ter Horita, presidente da Aiba (Asso-ciação de Agricultores e Irrigantes da Bahia) e também da feira de tecnolo-gia e negócios agrícolas, o volume de negócios cresceu 4,5% em relação à edição de 2011. O evento de 2013 já tem data marcada, será de 28 de maio, a 1º de junho.

De 16 a 19 de maio, a 4ª edição da Agrovia, Feira de Negócios, Tecnolo-gia Agrícola e Pecuária, realizada em Itapeva (SP), recebeu cerca de 20 mil visitantes e movimentou R$ 100 mi-lhões. O evento contou com cerca de 100 expositores (entre empresas, enti-dades e cooperativas), com destaque para os setores de tecnologia, semen-tes, fertilizantes, defensivos, máquinas e implementos agrícolas.

A Feira da Agricultura Familiar da Amazônia legal (Agrifal), promovida pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater), realizada de 25 a 27 de maio, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém (PA),

faturou R$ 85 mil em vendas de pro-dutos e R$ 1,5 milhão em negócios para a categoria. Segundo o coorde-nador geral do evento, José Sinval Paiva, a feira recebeu mais de 23 mil visitantes, dos quais 1,3 mil produto-res rurais, de 71 caravanas. (BM)

Bahia Farm Show 2012: ano de recordes

Agrovia supera expectativas

Agrifal gera R$ 1,5 milhão em negócios

Agro Eventos/Balanço

Foto

s D

ivul

gaçã

o

Page 9: AgroGuia Ed. Junho 2012
Page 10: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

10

De 1º a 8 de julho, o Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), recebe a Me-galeite 2012 – Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite, principal mostra de bovinos leiteiros do país. Este ano, o evento reunirá a melhor genética de sete raças bovinas (Holandês, Indubrasil, Girolando, Gir Leiteiro, Guzerá, Pardo--Suíço, Simental, Sindi), além de búfalos. Estão previstos leilões, shoppings de animais, fórum de debates, cursos, pa-lestras técnicas, Projeto Giroleite, 9ª Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite, além de torneio leiteiro, jul-gamento e divulgação do Sumário de Touros Girolando 2012.Durante a mostra mineira, serão rea-lizadas a 23ª Exposição Nacional de Girolando, 14ª Exposição Nacional do Gir Leiteiro, Exposição Interesta-dual de Gado Holandês, Exposição Nacional de Pardo-Suíço, Mostra Especial e Torneio Leiteiro do Sindi, Mostra Especial e Torneio Leiteiro do Guzerá Leiteiro, Mostra Especial e Torneio Leiteiro de Bubalinos, Mostra

Especial e Torneio Leiteiro do Indu-brasil Leiteiro, Exposição e 3ª Etapa do Ranking do Torneio Leiteiro do Si-mental Leiteiro. A abertura oficial da Megaleite será no dia 2 de julho, a partir das 8h00, segui-da do Fórum de Debates, que neste ano terá a Audiência Pública Externa da Co-missão de Agricultura, Pecuária, Abas-tecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, no Salão No-bre da ABCZ.

SustentabilidadeNeste ano, a exemplo da edição ante-rior, a exposição terá como foto o con-ceito de sustentabilidade. Através do Projeto Megaleite Sustentável, realizado em parceria com universidades, empre-sas e cooperativas, ocorrerão iniciativas como o uso racional da água do banho dos animais durante a feira, separação correta dos resíduos e além da coleta de óleo usado nos restaurantes do Parque Fernando Costa, para fabricação de pro-dutos de limpeza. (BM)

Megaleite reúne o melhor da genética leiteira em Uberaba

Agro Eventos/Destaques

Foto

Zzn

Per

es

Page 11: AgroGuia Ed. Junho 2012
Page 12: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

12

A 83ª edição da Semana do Fazendeiro – Inovação e desenvolvimento social no campo ocorrerá de 7 a 13 de julho, no campus da UFV (Universidade Federal de Viçosa), em Viçosa (MG). Estão previs-tos cursos, dias de campo, consultorias coletivas (clínica tecnológica), leilões, exposições e conferências com temas de

O Instituto de Laticínios Cândido Tostes, da Epamig (Empresa de Pesquisa Agrope-cuária de Minas Gerais) promove, de 16 e 19 de julho, o 29º Congresso Nacio-nal de Laticínios, em Juiz de Fora (MG), durante o Expominas. O evento ocorre paralelamente à Expomaq (Exposição de Máquinas, Equipamentos, Embalagens

Neste ano a 53ª Expo Araçatuba, de 6 a 15 de julho, no Recinto de Exposições Clibas de Almeida Pra-do, em Araçatuba (SP), deve reunir quase 2 mil animais. Estão progra-

interesse prático para produtores rurais. A Semana do Fazendeiro, promovida pela UFV, desde 1929, foi a primeira atividade extensionista desenvolvida por uma universidade brasileira. Em 2011, o evento recebeu cerca de 1.500 parti-cipantes, a maioria trabalhadores rurais, médios e grandes produtores.

e Insumos para a Indústria Laticinista). A mostra mineira reúne 130 empresas do Brasil e do exterior, que apresentam novidades em mais de 4 mil metros qua-drados de área. Também fazem parte da programação a 39ª Expolac (Exposição de Produtos Lácteos) e o 39º Concurso Nacional de Produtos Lácteos.

Semana do Fazendeiro

Lácteos em pauta

Expô Araçatuba

Agro Eventos/Destaques

mados leilões, palestras, cursos e outros eventos. A edição deste ano marca o retorno da Fazendinha, uma propriedade rural em escala com 800 metros. (BM)

Foto

José

Pau

lo M

artin

s/U

FV

GENÉTICA CONSISTENTE.O NELORE PASSADO DE GERAÇÃO A GERAÇÃO.

BARRA DO GARÇAS - MTTATTERSALL DO PARQUE DE EXPOSIÇÕES

TRANSMISSÃO: TERRAVIVA

07 JULHO 2012 • SÁBADO • 14H

4º LEILÃO NELORE4º LEILÃO NELORE

ESPINHAÇOTOUROS

120TOUROS 1000BEZERROS DE CORTE

PU

BLIQ

UE

Rodrigo Pedrosa Sampaio Novais e Emiliano Abraão Sampaio Novais com o touroJamal FIV Espinhaço - Bitelo da SS x Dancing Cruz Alta (Paysandu de Nav.)

Page 13: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

13Agro Guia | Junho 2012

GENÉTICA CONSISTENTE.O NELORE PASSADO DE GERAÇÃO A GERAÇÃO.

BARRA DO GARÇAS - MTTATTERSALL DO PARQUE DE EXPOSIÇÕES

TRANSMISSÃO: TERRAVIVA

07 JULHO 2012 • SÁBADO • 14H

4º LEILÃO NELORE4º LEILÃO NELORE

ESPINHAÇOTOUROS

120TOUROS 1000BEZERROS DE CORTE

PU

BLIQ

UE

Rodrigo Pedrosa Sampaio Novais e Emiliano Abraão Sampaio Novais com o touroJamal FIV Espinhaço - Bitelo da SS x Dancing Cruz Alta (Paysandu de Nav.)

Page 14: AgroGuia Ed. Junho 2012

INFORME PUBLICITÁRIO

14

O mercado de fertilizantes é diário e dinâmico como o do boi gordo, por-tanto, o acompanhamento do dólar, da demanda, da produção nacional e das importações é importante para traçar alguns cenários e decidir o melhor momento para a compra.Segundo Rafael Ribeiro de Lima Fi-lho, da Scot Consultoria, em 2012, ocorreram dois cenários. O primeiro trimestre foi marcado por queda de preço dos fertlizantes, com o dólar cotado entre US$1,60 e US$1,70. “De janeiro a abril, no entanto, hou-ve aumento da demanda e o volume de fertilizantes entregues foi maior, em função do crescimento da safri-nha”, explica.De acordo com o analista da Scot, a partir de abril, o cenário mudou. O

crescimento da demanda americana, especialmente para o milho – que teve a maior área cultivada desde a década de 30/40 – e a alta do dó-lar valorizaram os fertilizantes e as matérias primas para a produção de adubos no mercado internacional. A pressão maior foi nos preços dos nitrogenados, principalmente ureia, sulfato e nitrato de amônio.“Muitos anteciparam as compras, em função do bom momento do primeiro trimestre, mas quem está comprando agora está pagando mais caro”, explica Rafael Ribeiro, lembrando que, tradicionalmente, 60% das compras de insumos ocor-rem nessa época do ano.Segundo ele, em média, os fertili-zantes estão 15% a 20% mais caros.

Fertilizantes: preços em altaA análise e o acompanhamento diário do mercado de grãos e insumos é essencial para a tomada de decisão sobre as compras

Agro Agricultura/Insumos

Foto

SXC

.HU

Por Béth Melo

Page 15: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

15Agro Guia | Junho 2012

“O calcário foi valorizado entre 10% e 15% e a ureia, em 40%, em relação à safra 2011”, compara o consultor, acrescentando que os fertilizantes correspondem a 30% / 35% do custo de produção do milho e da soja. “A alta nos preços dos fertilizantes vai pesar muito no bolso do produtor, até porque o calcário e as sementes também estão mais valorizados.”No entanto, ele lembra que os pre-ços pagos aos produtores de soja su-biram 30% a 40%, desde o começo do ano, nas principais regiões pro-dutoras, e os estoques estão aperta-dos. “A demanda (interna e externa) segue firme, apesar da crise na Eu-ropa. A China está comprando cada vez mais e a previsão já era de um ano apertado, portanto, quem não vendeu a soja antecipadamente, está recebendo mais pela saca. É uma questão de estratégia”, analisa.Mas Rafael Ribeiro acredita que essa margem pode ser prejudica-da para a soja que será plantada a partir de setembro e colhida no ano que vem, com custo de produção elevado. “O preço da soja, hoje, é bastante interessante (média a R$ 60 e R$ 65 a saca, posto Paranaguá, nos últimos dois meses), mas as pre-visões já acenam com aumento de área plantada, na próxima tempora-da, o que significa começo de pres-são de baixa.”

MercadoSegundo a Anda (Associação Na-cional para Difusão de Adubos), em abril, as vendas de fertilizantes tota-lizaram 1,55 milhões de toneladas, ante 1,37milhões t no mesmo mês

do ano anterior. No acumulado deste ano, o mercado absorveu 6,86 milhões t, ante 6,33 milhões t, no mesmo período de 2011. No balanço de 2011, o mercado de fertilizantes brasileiro foi de 28,3 milhões t, ante 24,5 milhões t no ano anterior.Embora a utilização de fertilizan-tes esteja aquém dos países com agricultura desenvolvida, o cresci-mento da demanda brasileira tem superado a taxa mundial e grande parte do consumo interno é supri-do pelas importações. Em 2011, as importações brasileiras de fertili-zantes e matérias primas alcança-ram 19,85 milhões t. A produção interna totalizou 9,86 milhões t.O consumo de fertilizantes no Bra-sil é concentrado nas culturas de soja, milho, cana-de-açúcar e café que, absorvem mais de 70% do to-tal desses insumos.

Agro Agricultura/Insumos

Foto

Ban

co d

e Im

agen

s G

rupo

Pub

lique

Rafael Ribeiro, da Scot Consultoria

Page 16: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

16

SOJAProdução menorLevantamento da Co-nab (Companhia Nacio-nal de Abastecimento) aponta para uma queda na produção de soja, de 75,32 milhões t colhi-das na safra 2010/2011, para 66,37 milhões t na atual safra, redução de 8,95 milhões de t, em função de problemas climáticos.Já as exportações, con-tinuam aquecidas. Em maio, segundo a Secre-taria de Relações Inter-nacionais do Agronegó-cio do Mapa (Ministério da Agricultura e Abaste-cimento), as vendas do complexo soja (grão, farelo e óleo) aumen-taram US$ 1,52 bilhão em relação ao mesmo mês do ano passado. Somente as exporta-ções de soja em grão renderam US$ 3,84 bi-lhões, com embarques de 7,28 milhões de to-neladas. No acumulado do ano, as vendas salta-ram de US$ 9,6 bilhões para US$ 12,6 bilhões (+31,7%), quase 6,0 milhões a mais no com-parativo com o ano an-terior. Já em 12 meses, as exportações do setor passaram de US$ 7,9 bilhões para US$ 14,8 bilhões, incremento de 53,4% em relação ao período anterior.

MILHOBons resultadosA área cultivada com mi-lho segunda safra está es-timada em 7,188 milhões de hectares, 22% acima da área da safra passada. A produtividade prevista é de 4.577 kg/ha, 25,5% superior à obtida na safra anterior, e expectativa de produção de 32,898 mi-lhões de toneladas, 53,1% acima dos 21,481 milhões de t da temporada passa-da. Considerando as duas safras, a Conab estima área total de 15.123 mi-lhões de ha, produtividade de 4.483 kg/ha e produ-ção de 67.793 milhões de t, ante, respectivamente, 13.806 milhões ha, 4.158 kg/ha e 57.407 milhões t, no período anterior.

CAFÉExportações em quedaSegundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), em maio, as exportações de café verde totalizaram 1,773 milhão de sacas de 60 kg, ante 2,403 milhões de sacas no mesmo mês de 2011. No acumulado de 2012, foram embarcados 9,17 milhões de sacas de grãos do tipo arábica (11,36 milhões de sacas em 2011), redução de 19,2 %. Já as exportações de café robusta, caíram de 72%, entre janeiro e maio deste ano, com

embarques de 278,5 mil sacas, ante 983 mil sacas nos primeiros cinco me-ses de 2011.

CANACai receita cambialNo acumulado de janeiro a maio de 2012, as expor-tações do setor sucroalco-oleiro caíram 13,7% no volume e 11,9% na recei-ta, que baixou US$ 985 milhões e ficou em US$ 6,216 bilhões. A queda se deve à retração de 15% nos embarques e na re-ceita da venda de açúcar, comparada com o mesmo período do ano passado. As exportações de açúcar totalizaram US$ 5,844 bilhões. Já os embarques etanol, cresceram 33%, para US$ 362 milhões.

ALGODÃONúmeros estáveisA área plantada com al-godão no País, na safra 2011/2012, totalizou 1,398 milhão de hec-tares, 0,2% abaixo dos 1,400 milhão/ha cultiva-dos em 2010/2011. A ex-pectativa da Conab é de uma produtividade média de 3.740 kg/ha para o al-godão em caroço, ante 3.705 kg/ha, da safra pas-sada, incremento médio de 0,9%. A produção es-perada é 5,23 milhões de toneladas, 0,8 % acima das 5,18 milhões obtidas na safra anterior.

Agro Agricultura/Commodities

Page 17: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

17Agro Guia | Junho 2012

SUÍNOSEmbarques crescemEm maio, o Brasil expor-tou 53.404 toneladas de carne suína, um aumen-to de 18,71%, e obteve receita de US$138,4 mi-lhões, 9,27% acima do mesmo mês de 2011. Se-gundo a Abipecs (Associa-ção Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína), de ja-neiro a maio, os embar-ques cresceram 5,03%, alcançando 224.870 t, na mesma comparação. Mas, em contrapartida, a recei-ta caiu 0,72%, para US$ 579 milhões. Os principais importa-dores foram Hong Kong (55.966 mil t), com 24,89%; Ucrânia, com 23,50% (52.848 t); e Rús-sia, 19,61% (44.108 t). Segundo levantamen-to preliminar da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produ-ção de carne suína deve crescer 1% (33,6 mil t), para 3,395 milhões/t, em 2012. No entanto, o órgão prevê redução de 6% nas exportações (me-

nos 31,8 mil/t), para 496 mil/t no ano.

FRANGOSBoas perspectivasSegundo projeção da Co-nab, em 2012, a produção de frangos deve alcançar novo recorde, de 13,249 milhões de toneladas, 3% acima das 385,9 mil t pro-duzidas em 2011. Já as exportações de carne de frango, segundo o órgão, devem crescer 2,16% (84,1 mil t) e totalizar 3,984 milhões t.Segundo números di-vulgados em junho pela Secex (Secretaria de Co-mércio Exterior), o volume exportado em 12 meses totalizou 4,026 milhões de toneladas, no começo de maio, um aumento de 2,27% em relação ao pe-ríodo anterior. De acordo com o órgão, em maio, o Brasil expor-tou 374,9 mil toneladas de carne de frango, cerca de 11% acima do mesmo mês de 2011. Mesmo com a valorização do dólar, a receita caiu 2,67% (US$ 722,8), no comparativo.

BOVINOSReação do mercado Segundo a Secex (Secre-taria de Comércio Exte-rior), as exportações de carne bovina do Brasil to-talizaram 83,1 mil t, ante 63,9 mil toneladas do mesmo mês do ano pas-sado. A venda de cortes bovinos aumentou 30% em maio, em relação ao mesmo mês de 2011. A receita com as vendas externas totalizou US$ 398,3 milhões, ante 343 milhões, em abril e US$ 334,2 milhões obtidos em maio do ano passa-do. No ano passado, as exportações carne bovi-na renderam de US$ 5,4 bilhões, segundo a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes).Segundo previsão preli-minar da Conab, os em-barques deste ano devem se manter no mesmo pa-tamar de 2011: 1,425 mi-lhão de toneladas. Para a produção, a expectativa é de aumento de 0,2% (16,8 mil t), para 8,465 milhões t. (BM)

R$ 1,75 BILHÃO, mais cerca de R$ 200 mi-lhões, em dívidas, foi o valor total que a multi-nacional General Mills pagou pela indústria brasileira Yoki.

R$ 900 MILHÕES foi o valor do investimen-to da Diageo (donas das marcas Walker, JB, Smirnoff, Baileys e Jose Cuervo), na compra da cachaça Ypióca.

AGRO NÚMEROS

R$ 250 MILHÕES é o valor que um grupo es-trangeiros vai investir em Nova Mutum (MT), na construção de uma indústria de beneficia-mento de milho.

Agro Pecuária/Commodities

Page 18: AgroGuia Ed. Junho 2012

07 e 08 • Agosto 2012Transamérica Expo • São Paulo - SP

Fotos ilustrativas referentes ao VIII Congresso Brasileiro de Marketing Rural e Agronegócio, realizado em 27 e 28 de julho de 2011

Visite a página do Congresso no site da ABMR&A: www.abmra.org.br

Sustentabilidade e Diferenciação na Cadeia do Agronegócio

PU

BLIQ

UE

Realização Patrocínio

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFESA VEGETAL

Page 19: AgroGuia Ed. Junho 2012

07 e 08 • Agosto 2012Transamérica Expo • São Paulo - SP

Fotos ilustrativas referentes ao VIII Congresso Brasileiro de Marketing Rural e Agronegócio, realizado em 27 e 28 de julho de 2011

Visite a página do Congresso no site da ABMR&A: www.abmra.org.br

Sustentabilidade e Diferenciação na Cadeia do Agronegócio

PU

BLIQ

UE

Realização Patrocínio

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFESA VEGETAL

Você sabia que...A irrigação pode e deve ser usada em pastagens?

O uso da irrigação em pastagens, através do pivot central, recebeu impulso em mea-dos dos anos 90, surgindo para minimizar as perdas de produtividade pela estacio-nalidade, eliminando o efeito do estresse hídrico sofrido pela cultura durante a épo-ca das secas e mantendo a taxa de lotação outono-inverno o mais próximo possível da alcançada na primavera-verão.Em sistemas estruturados, com genéti-ca e fatores agronômicos controlados, os resultados obtidos apontam que ex-plorar o ganho compensatório de novi-lhos magros (12 a 13 @) tem sido bas-tante vantajoso e, normalmente, não tem excedido o prazo de 120 dias para atingirem o peso de abate. A capacida-de de suporte pode variar bastante de região para região e um pouco menos de propriedade para propriedade, mas tem ficado em torno de 9,6 bois ma-gros por ha. Animais em fase de recria submetidos a pastagens irrigadas via pivot tem proporcionado ótimos ní-veis de ganhos por área. É possível, em muitos casos, conseguir-se lotações de 14 a 16 animais por ha. (34) 3318.9000 | www.pivotvalley.com.br

Fonte: Simcorte (2012), “Alguns fatores práticos da iriigação de pastragens”. Página consultada em 6 de junho de 2012, <http://www.simcorte.com/index/Palestras/s_simcorte/14_glaucon.PDF>

O conhecimento das amplitudes de tem-peratura e do foto-período registradas en-tre o verão e o inverno em determinada região é de fundamental importância para produzir em pastagens irrigadas e qual a forrageira que melhor poderá responder a esta tecnologia.A irrigação de pastagens tem grande po-tencial para expansão e pode ajudar muito melhorar os índices de produtividade da pecuária brasileira, contribuindo ainda mais para a produção do boi de pasto com alimentação mais natural possível.

Page 20: AgroGuia Ed. Junho 2012
Page 21: AgroGuia Ed. Junho 2012
Page 22: AgroGuia Ed. Junho 2012

INFORME PUBLICITÁRIO

22

Arlindo de Azevedo Moura preside a SLC Agrícola, empresa que está entre as maiores proprietárias de terras do País e uma das maiores produtoras brasileiras em área cultivada com al-godão, soja e milho. Atua no Grupo SLC desde 1997 e, atualmente, exer-ce também os cargos de presidente da Amapa (Associação Maranhense dos Produtores de Algodão) e dire-tor Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão).A SLC Agrícola, fundada em 1977, é produtora de commodities agrícolas, focada em algodão, soja e milho. Foi a primeira do setor a ter ações nego-ciadas em Bolsa de Valores no mundo,

tornando-se referência no seu seg-mento. São 14 unidades de produção estrategicamente localizadas em seis Estados no cerrado brasileiro (Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí e Bahia), que totali-zam 248,4 mil hectares plantados no ano-safra 2011/2012, dos quais 114,2 mil de soja, 95,3 mil de algodão, 35,4 mil de milho e 3,5 mil de outras cul-turas (café, trigo e milho semente). O modelo de negócios é baseado em um sistema de produção moderno, com alta escala, padronização das unida-des de produção, tecnologia de ponta, controle rigoroso dos custos e respon-sabilidade socioambiental.

A eficiência operacional no agronegócio brasileiro

Agro Entrevista

Arlindo de Moura Azevedo, CEO da SLC Agrícola

Foto

s D

ivul

gaçã

o/SL

C

Por Paulo Roque

Page 23: AgroGuia Ed. Junho 2012
Page 24: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

24

Agro Guia – Qual a fórmula do suces-so da DLC Agrícola?Arlindo de Azevedo Moura – A SLC Agrícola desenvolveu, ao longo de mais de 30 anos, um modelo de ne-gócios baseado na eficiência opera-cional e na alta escala de produção. A companhia introduziu no setor agríco-la brasileiro técnicas de gestão moder-nas, oriundas do setor industrial. Den-tre algumas vantagens competitivas no setor agrícola global, destacamos a produtividade da companhia, que é superior às médias nacional e norte--americana nas culturas de algodão e soja, com base em dados da Conab Conab (Companhia Nacional de Abas-tecimento), sobre a média nacional, e do USDA, sobre a média americana. Na cultura de milho, tem produtivida-de superior em mais de duas vezes à média nacional, e em nível equivalen-te à média americana, com base nos mesmos dados. Foi pioneira no de-senvolvimento de culturas no cerrado brasileiro. Adquirimos habilidade no processo de avaliação e compra de fa-zendas em fronteiras agrícolas do País, com alto potencial produtivo e de va-lorização imobiliária.

Agro Guia – O Brasil é a única fonte de alimento e biocombustível na área tropical. Como o senhor vê essa van-tagem geopolítica?AAM – O Brasil, devido à sua posição geográfica, tem um período produtivo que dura o ano todo, diferentemente dos países localizados na área tempe-rada. Possuímos fatores climáticos fa-voráveis à produção, tais como abun-dância de chuva e de sol, temperatura alta estável ao longo do ano e topo-

grafia plana. Por essa razão, o País é considerado o “celeiro mundial”. Além disso, o Brasil é, hoje, o país com o maior estoque de terras brutas do mundo, trazendo grande potencial para aumento na sua área plantada.

Agro Guia – Com relação à questão sanitária, o Brasil sofre muitas bar-reiras não tarifárias. Em sua opinião, como o País deve tratar essa questão?AAM – Desde a criação do GATT (Acordo Geral de Tarifas e Serviços), as barreiras tarifárias têm sofrido progres-siva redução. Paralelamente, pela com-plexidade das economias, as barreiras não tarifárias vêm ganhando importân-cia como nova forma de proteção aos mercados nacionais. As barreiras não tarifárias podem, por um lado, propor-cionar exigências legítimas de segu-rança e de proteção à saúde. Mas, por outro lado, também podem apresentar novas formas de protecionismo disfar-çado. Dessa maneira, acreditamos que tal assunto deve ser trabalhado pelo governo, tanto junto aos agricultores, para uma maior profissionalização do agronegócio, garantindo maior qua-lidade e segurança dos produtos co-mercializados, bem como junto aos demais países, para a transparência comercial, buscando neutralizar situa-ções de protecionismo.

Agro Guia – Em sua opinião, onde es-tão os principais entraves no agrone-gócio brasileiro?AAM – O principal entreve ao cresci-mento do agronegócio brasileiro é cer-tamente a logística. Hoje, nosso custo logístico é aproximadamente três vezes maior que o americano. Vemos de ma-

Agro Entrevista

Page 25: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

25Agro Guia | Junho 2012

neira positiva os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para dar suporte ao crescimento do agronegócio, contudo, precisaremos do esforço contínuo do governo em me-lhorar a infraestrutura do País para que este crescimento seja sustentável. Tan-to a excessiva tributação quanto a não existência de uma política de câmbio sólida deverão ser trabalhadas junto ao governo para dar suporte ao crescimen-to do agronegócio brasileiro.

Agro Guia – Agricultura sustentável, como a SLC Agrícola se encaixa nes-se tema?AAM – Vemos a sustentabilidade com uma forma de gestão que se define pela relação ética e transparente com todos os públicos com os quais a SLC Agríco-la se relaciona, e pelo estabelecimen-to de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando os recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e pro-movendo a redução das desigualdades sociais. A SLC Agrícola além de seguir as exigências legais das Reservas Le-gais e Área de Preservação Permanente, busca adotar as melhores práticas agrí-colas, com base nos programas de ges-

tão de resíduos, educação ambiental, gestão de recursos, além de parcerias e certificações ambientais. Agro Guia – Como o senhor vê o futu-ro do agronegócio brasileiro?AAM – O Brasil apresenta condições para ocupar maior espaço no cenário internacional de produção de alimentos e biocombustíveis, pois tem vantagens competitivas em relação aos demais países produtores agrícolas do mun-do. Segundo a Conab, o País utiliza 47 milhões de hectares com a agricultu-ra. Estimativas do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) indicam que o potencial total de terras para exploração é de 388 milhões de hectares, dos quais 71 milhões ainda não foram explorados. O desenvolvi-mento científico-tecnológico e a mo-dernização da atividade rural contri-buíram para transformar o País numa das principais plataformas mundiais do agronegócio. O conhecimento e a tecnologia são elementos imprescin-díveis ao crescimento sustentável do agronegócio do Brasil. A Embrapa tem papel fundamental no desenvolvimento de pesquisas e na produção de novas técnicas agrícolas e pecuárias, além de contribuir com a agroindústria.

Foto

Div

ulga

ção/

SLC

Agro Entrevista

Page 26: AgroGuia Ed. Junho 2012

INFORME PUBLICITÁRIO

26

Agro Lavoura

O mercado brasilei-ro de milho vive um momento especial. Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), os produtores brasileiros estão colhendo safra recorde, estimada em 65,9 milhões de tone-ladas, 14,8% a mais em comparação com a safra 2010/2011. Essa marca representa um salto de 92,16% sobre a produção registrada 10 anos atrás, quando o Brasil colheu 35,266 milhões de toneladas. Vale assinalar que esse desempenho foi resultado do ganho de produtividade alcan-çado pelos agricul-

tores brasileiros, que elevaram a média das 2.868 toneladas por hectare para 4.265 to-neladas por hectare, no mesmo período.O Brasil produz duas safras de milho por ano. A colheita da primeira terminou em março (35 milhões de toneladas) e, agora, na segunda sa-fra, também conhecida como safrinha, que está sendo colhida, o levan-tamento da Conab indi-ca que a produção deve ultrapassar 30 milhões de toneladas, cultivadas em 7,16 milhões de hec-tares. Em 2010/2011, o milho safrinha ocupou 5,88 milhões de hecta-res, quando foram co-

Milho vive momento especialO Brasil vai colher safra recorde, estimada pela Conab em 65,9 milhões de toneladas

lhidas 21,48 milhões de toneladas.De acordo com o pre-sidente da Abimilho (Associação Brasileira da Indústria do Milho), Nelson Kowalski, os produtores brasilei-ros estão investindo nas suas lavouras por algunns motivos. Em primeiro lugar, para atender ao vigoroso crescimento da deman-da interna e externa de derivados de carnes e laticínios – frangos, suínos e queijos – que, como se sabe, são “embalagens” de mi-lho que agregam valor à produção.“O crescimento da pro-dução brasileira de mi-

Foto

SXC

.HU

Por Paulo Roque

Page 27: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

27Agro Guia | Junho 2012

Agro Lavoura

lho também vem sendo estimulado pela crescente utilização do etanol produzido a partir do cereal para a fabricação de biocombustíveis, par-ticularmente no Brasil e nos Estados Unidos, abrindo assim espaço para o grão verde e amarelo no mercado in-ternacional”, cita Kowalski.Um terceiro fator, aponta, recai sobre as expectativas de crescimento do consumo humano de derivados de milho. Produto nativo das Américas, o milho está presen-te no cardápio do brasileiro desde antes do descobrimento do País, alimentando as populações indígenas. “O milho apresenta mais de 150 aplica-ções. Está no papel, nos têxteis, em medi-camentos, tintas, couros, resina. Também é utilizado na mineração, na produção de snacks e salgadinhos industriais, além de ser um dos principais componentes da cerveja”, destaca Kowalski. Para a Abimilho, sua mais nobre utiliza-ção, entretanto, é na alimentação huma-na: na forma de milho verde, pamonha, creme de milho, canjica, pipoca, canji-quinha, cuscuz, pães, bolos, biscoitos, dentre outros.O presidente da entidade acrescenta que “o espaço para o crescimento é enorme, considerando-se a média de consumo per capita no Brasil, em torno dos 18 quilos/habitante/ano.Trata-se de uma média aquém da registrada por outros países de condições sócio-econômicas similares às do Brasil, como México, por exemplo, cujo consumo per capita é de 63 quilos/habitante/ano. Já o con-sumo de flocos de milho, contidos nos chamados cereais matinais, chega aos 5,8 quilos per capita nos Estados Uni-dos, enquanto o índice brasileiro não ultrapassa os 100 gramas por habitante.”

Por isso, Abimilho, entidade que representa as principais empresas de processamento do cereal no País, lançou uma campanha de divulgação, em todo o território nacional, para estimular o consu-mo de milho. “Com a campanha, pretendemos difundir o consumo de derivados de milho, um produ-to competitivo em termos de custo, rico em termos nutricionais e que tanto agrada o paladar dos brasilei-ros”, acrescenta Kowalski.

“O milho apresenta mais de 150 aplicações. Está no papel, nos têxteis, em medicamentos, tintas, couros, resina.”

Nelson Kowalsky, presidente da ABIMILHO

Page 28: AgroGuia Ed. Junho 2012

INFORME PUBLICITÁRIO

28

Para a Espinhaço Agropecuária, o in-vestimento em genética de qualidade é fundamental, porém, o que vale mais é o critério rigoroso na seleção, com base em um projeto técnico bem caracteriza-do, que é o norte principal e o alicerce para uma genética de resultado fi nal com qualidade e efi ciência. Soma-se a tudo isso uma equipe especializada, afi nada com critérios de pecuária sustentável. Segundo Emiliano Novais, titular da em-presa – com propriedades em Botucatu, São Paulo (Fazenda Espinhaço I e Fazen-da Aurora) e em Barra do Garças, Mato Grosso (fazendas Mata Rica, Bico da Serra, Beira Rio, Laranjeiras e Santa He-lena, em sociedade com seu irmão, Fer-nando Novais) –, o trabalho de seleção demanda um tempo razoável. “Costumo dizer que você não consegue obter bons resultados em menos de 5 anos. É um tra-balho de longo prazo, para se fazer com muita paciência e com critério”, explica.

Trabalho recompensadoO foco de Emiliano Novais, na busca de resultados, sempre mira o longo prazo, seja na agricultura, na seleção de bovinos e equinos ou na sua empresa de prestação de serviços

Foto

s C

arlã

o da

Pub

lique

De acordo com Emiliano, hoje, a Es-pinhaço está no meio do caminho, fa-zendo seleção do gado PO há 11 anos. “Queremos melhorar cada vez mais, afi nal, o grande desafi o de qualquer empresário é também um desafi o nos-so de tentar chegar à quase perfeição.”Para isso, aposta na integração agri-cultura-pecuária, um trabalho iniciado também há 5 anos, quando as lavou-ras de grãos foram introduzidas para reformar os pastos degradados das propriedades de Mato Grosso. “Essa prática trouxe excelentes resultados, com aumento da produtividade, pas-tos mais vigorosos e uma produção maior de volumoso, refl etindo na me-lhora do gado. Por isso, estamos cada vez mais dando ênfase à agricultura em algumas das nossas fazendas.”No projeto, em Mato Grosso, os ciclos são de 10 anos e cobre todas as proprie-dades. Na área reformada, a lotação, no

Agro Produtor

Por Béth Melo

Rodrigo Pedrosa Sampaio Novais e Emiliano Novais

Page 29: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

29Agro Guia | Junho 2012

período de junho a novembro (época da seca), é de 3 animais por hectare, e, de dezembro a maio (período de chuva) a capacidade por hectares é de 6 animais.Segundo Emiliano, foi seu irmão Fer-nando quem incentivou a compra de terras em Mato Grosso. “Eu não era mui-to animado com a ideia de ter uma fa-zenda na região, mas Fernando decidiu conhecer o Estado e foi parar em Barra do Garças. Chegamos a comprar terras no Vale do Araguaia a 150 reais o hec-tare, à beira da BR 158. Hoje você não consegue comprar por menos de 5 mil reais / 6 mil reais o hectare, e isso faz apenas 14 anos”, conta.Emiliano começou a investir no Nelore PO há 10 anos. Comprou sua primeira vaca no leilão do Eduardo Biagi, da Carpa Serrana, atual presidente da ABCZ (Asso-ciação Brasileira de Criadores de Zebu). “Gostamos, continuamos investindo em mais animais e em embriões das melho-res reprodutoras da raça Nelore. O plan-tel cresceu rapidamente e construímos a estrutura de gado na Fazenda Espinhaço, em Botucatu (SP).”

Excelência no MangalargaHá mais de 25 anos, quando seu filho Ricardo e seu sobrinho Alexandre, filho do seu irmão, estavam com cerca de 12 anos, eles ganharam seus primeiros cava-los Mangalarga, adquiridos do plantel de Odair Teixeira, para facilitar a locomoção dos garotos na região. “Como minha mãe não queria cavalos no sítio, adquirimos uma propriedade vizinha, com área de pastagem de cerca de 20 alqueires, com muita mata e árvores centenárias. Para lá, levamos os cavalos do Ricardo e do Ale-xandre, compramos mais umas éguas do Teixeira e decidimos criar Mangalarga.

No Leilão Estrelas do Mangalarga, realizado no Palace – antigo espaço de shows e leilões de São Paulo –, com-prou a égua Tapera de NH, (criação de Adaldio Castilho). “Paguei um preço bastante em conta, na época, e a égua ainda nos dá muita alegria.” Tapera tem 33 anos e é tratada a ‘pão de ló’ pelo Rodrigo e pela equipe do haras. É mãe da Godiva (Grande Campeã Na-cional) e avó da Roma, do Romano, en-fim, de vários animais campeões”, cita.A paixão pelo Mangalarga falou alto e motivou novos investimentos. Na pri-meira liquidação do plantel do Orfeu José da Costa, adquiriu várias éguas top da raça: Campinas OJC, Alegria HB e outras que vieram somar e forta-lecer a genética da Espinhaço. “Hoje, em qualidade, acreditamos que o nos-so seja o melhor plantel, e, em quan-tidade, estamos entre os 3 maiores da raça no Brasil”, afirma e acrescenta que utiliza a raça na lida com o gado, em São Paulo e Mato Grosso. “É um animal muito bom, muito confortá-vel para montar, para cavalgar, enfim, para embelezar a fazenda.”

SeriedadeA família Novais começou suas ativi-dades na Centro Saneamento e Ser-viços, empresa de multiserviços, que completou 56 anos de atividades em maio, e tem clientes fieis há mais de 40 anos, o que, no Brasil, é inédito nesse segmento. “Estamos levando isso para a agropecuária. Quem comprar um animal da nossa criação, se não gos-tar, pode devolver, sem problemas. Foi essa filosofia que transmiti aos meus quatro filhos (Ricardo, Rodrigo, Gláu-cia e Júlia), que também estão seguin-

Agro Produtor

Page 30: AgroGuia Ed. Junho 2012

INFORME PUBLICITÁRIO

30

do os meus caminhos”, diz Emiliano. Ele afi rma que em um negócio é preciso ter seriedade, não se pode querer levar vantagem em nada. “Tem que vender coisa boa e comprar coisa boa, além de pagar em dia todos os compromissos e tentar receber em dia os compromissos que os outros têm com você.”

História de SucessoSeu pai, Amâncio Luís Novais, veio para o Brasil em 1954, em busca de emprego. Ele, os seus três irmãos e a mãe desembarcaram no País em 1960. Seu Amâncio era bom carpinteiro e seu primeiro emprego, no Brasil, foi na construtora Severo Villares, na fase da construção do Edifício Mendes Caldeira, depois implodido, para dar lugar à Estação Sé do Metrô.“Depois, papai tornou-se sócio na Centro, virou vendedor de contrato de limpeza e a empresa ganhou através de licitação pública a primeira ter-ceirização de serviços de limpeza do Governo do Estado de São Paulo, na Estrada de Ferro Sorocabana”, contaEmiliano começou a trabalhar na em-presa do pai, à noite, como encarrega-

do de um contrato. Quando ganhou do pai, de presente de aniversário, um fusca azul 64, tomou uma decisão e comuni-cou aos pais: “amanhã vamos à Ducal ou à Garbo comprar uns ternos, umas camisas, umas gravatas e uns sapatos, porque eu vou vender contratos de faxi-na para a Centro. O primeiro contrato de limpeza que vendi foi para a Indústria de Óleos Pacaembu, em seguida Johnson & Johnson, Caterpillar – Fundação Getulio Vargas e outras empresas, e a Centro de-colou”, relembra. Hoje a Centro é a empresa que mais limpa m2 de hospitais no Brasil. É também uma das maiores do setor e diversificou os seus investimentos na área de saúde. “Nesta área de saúde temos um hospital, em Uber-lândia (MG), e queremos expandir mais, pois é um negócio de muito futuro”, justifica.“Papai, que completaria 92 anos em 2012, morreu há 29 anos, pena que não viu a Centro atingir o patamar de crescimento atual, nem o nosso avan-ço na agropecuária”. lamenta Emilia-no que trabalhou na empresa durante 52 anos e agora faz parte do conselho.

Agro Produtor

Pai (direita) e fi lho querem, cada vez mais, apurar a seleção de Nelore

Page 31: AgroGuia Ed. Junho 2012
Page 32: AgroGuia Ed. Junho 2012

INFORME PUBLICITÁRIO

32

Dia 28 de maio foi publicada a Lei no

12651, que veicula o Novo Código Florestal (CF). Um tema que mobiliza todos os setores da sociedade e inci-ta discussões. Segundo Evandro Grili, coordenador da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Ribeirão Preto-SP), tec-nicamente, depois de um longo e po-lêmico debate, o Brasil tem uma nova legislação fl orestal, que deveria termi-nar com a insegurança jurídica neste setor. A presidente da República, Dilma Rousseff, publicou Medida Provisória, a MP 571, na qual veta 12 dos 84 arti-gos e propõe 32 modifi cações ao proje-to aprovado pelo Congresso Nacional. De acordo com o advogado, o Congres-so tem até 120 dias para apreciar a MP 571 e validar, ou não, as alterações que o Palácio do Planalto promoveu no novo Código. “Passado esse prazo sem apre-ciação do Congresso, cai a MP e passa a valer só a Lei no 12651, que está com-

pletamente retalhada pelos vários vetos feitos nela”, opina ele.Para Gerd Sparovek, professor do De-partamento de Ciência do Solo da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), a MP e os vetos foram neces-sários, mas não está em jogo somente o ponto de vista técnico ou acadêmi-co. “Seria muito arrogante e míope a ciência achar que o seu ponto de vista deva prevalecer sobre qualquer outro, o que inclui as circunstâncias específi -cas do processo de negociação política que pode tornar certas coisas, por mais que elas sejam importantes, inviáveis”, acrescenta.E explica: “a ciência pode dizer que a vegetação natural ao longo dos rios é importante, não só no Brasil, mas no mundo todo, e o quanto é importante preservá-la. Pode, com mais incerteza, indicar distâncias mínimas e máximas razoáveis. Mas tudo isso é relativo e é contínuo no espaço. A importância da

Sem partidoCódigo Florestal, uma questão que somente o Brasil pode ser o grande vencedor

Agro Sustentabilidade

Por Paulo Roque

Gerd Sparovek, professor do Departamento de Ciência do Solo da Esalq

Foto

s D

ivul

gaçã

o/ES

ALQ

Page 33: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

33Agro Guia | Junho 2012

vegetação não muda de uma hora para outra, ela vai diminuindo. Mas na lei é preciso fazer um corte abrupto nisto: até aqui pode plantar, daqui para frente fica para a natureza. Este corte não é mais da ciência, é essencialmente político, num pacto com a sociedade e com os grupos de interesse envolvidos. No caso específico do CF, tanto o processo polí-tico como o pacto foram muito ruins, se o corte tivesse ficado bom, seria contra todas as probabilidades. Isso não quer di-zer que ficou ruim em termos absolutos. No final, em minha opinião, ficou muito acima da qualidade com que o processo político foi feito”.Para Sparovek, os vetos e a MP aproxi-maram o texto e a proposta do Senado e que, em alguns aspectos, até melhoraram o entendimento, o equilíbrio e a conser-vação do resultado final (MP + vetos). “Alguns pontos importantes ficaram sem melhoria ou estavam melhor no texto do Senado, principalmente o acesso às in-formações do CAR (Cadastro Ambiental Rural)”, argumenta. Quanto às áreas de proteção permanen-tes (APPs) ripárias (espaço que contém vegetação, solo e rio), a seu ver, no ge-ral, houve progressos, pela manutenção da exigência de sua restauração total ou próxima da total em 75% da área agrí-cola, representada pelos imóveis maio-res do que 4 MF (módulo fiscal). “Nos imóveis menores, a redução de exigên-cia de restauração foi progressiva, mas algumas faixas de restauração ficaram muito pequenas (5 m e 8 m), questio-nando a sua relevância ecológica. Os topos de morro ficaram fora de critérios dos objetivos de necessidade de restau-ração, tornando possível a consolidação total dos usos agrícolas existentes. De-

pende, agora, dos Estados e do PRA (Programa de Regularização Ambien-tal)”, esclarece.

ConsensoPreservar ou produzir alimentos? Na visão do professor da Esalq, esse tipo de abordagem é inútil. Para ele, os dois aspectos são importantes e o equilíbrio entre ambos é possível. “Mas, este não é um equilíbrio estático, ele muda a todo momento. Novas tecnologias, novas descobertas sobre a importância ambiental, cenários mundiais, vários aspectos interferem em onde se encon-tra este equilíbrio num determinado momento. Mudanças, avanços, impli-cam numa necessária renegociação do equilíbrio e a adaptação de todos. Isto faz parte, é dinâmico e característico desse processo. A negociação não pode ter a conotação de identificar quem ganhou, ela deve ser entendida como algo necessário para manter o equilí-brio das duas agendas, e virão outras, como a bioenergia ou biorefinaria. Um dos maiores erros das discussões do CF foi esse, a busca por um ganhador e um perdedor. Com isso, perdemos todos”, explica Gerd Sparovek.Com relação à questão, no Congres-so Nacional, a senadora e presidente da CNA (Confederação da Agricultu-ra e Pecuária do Brasil), Kátia Abreu, acredita que “não haverá unanimi-dade, mas é necessário se chegar a um consenso, nós precisamos disso. Em matéria de meio ambiente não pode haver votação apertada, tem que ser expressiva, para dar mais tranquilidade à sociedade. Ou para um lado ou para o outro. Margem apertada é ruim, porque vai deixar

Agro Sustentabilidade

Page 34: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

34

muita gente na dúvida. Vão dizer: aí, tá vendo? Foi apertado, esse negócio tem perigo. Então, é preciso chegar a um consenso maior porque as melho-res leis não são aquelas que precisam de um exército para fazê-las cumprir, como é o Código atual; as melhores leis nascem de um consenso social, no qual um pequeno exército vai atrás de uma minoria que é descumpridora contumaz de lei”.Para o advogado Evandro Grili, “se já não podíamos conviver com o absurdo da legislação anterior, que também foi retalhada por uma MP (2166/1), menos ainda se pode admitir que a nova MP perca sua eficácia sem um exame sério e imparcial de nossos congressistas. Perde o agronegócio, perde o meio ambiente e

Agro Sustentabilidade

perdemos nós enquanto nação que tem de se posicionar de forma muito clara na questão ambiental. O mundo todo já er-rou sobre isso, mas nós não teremos esse direito de errar. Isso é fato”!

Kátia Abreu, presidente da CNA

Foto

s W

ende

rson

Ara

újo/

CN

A

Page 35: AgroGuia Ed. Junho 2012
Page 36: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

36

A pecuária de corte no Brasil sempre esteve associada a um sistema de pro-dução extrativista, com deficiência de gestão e resistente às inovações tec-nológicas. A atividade ocorria de for-ma extensiva, fazendo uso de grande extensão de terra e com baixa produ-ção por área. Era conhecida também como a principal atividade para ex-pansão das fronteiras agrícolas, po-rém, logo depois migrava para regiões onde o custo de oportunidade da ter-ra era menor, deixando a área aberta para atividades de maior retorno.Nas últimas décadas, porém, a bovino-cultura de corte passou por modifica-ções técnicas essenciais para a com-petitividade com as demais atividades do agronegócio. A ocupação de áreas no Centro-Oeste e no Norte do país, seguida da intensificação da produ-ção nas áreas já implantadas, permi-tiu a ampliação do rebanho nacional e a ocupação de importantes posi-ções, como um dos maiores players na produção de carne do mundo com o maior rebanho comercial e a 2ª maior produção e exportação.Como ilustração, nos últimos 50 anos o rebanho no Brasil apresentou um cres-

cimento de 240%, passando de 56 mi-lhões de cabeças em 1961 para 190 mi-lhões em 2011. Neste mesmo período, passamos por um incremento na produ-ção de carne de 560%, saltando de uma produção anual de 1,4 milhões de tone-ladas para atuais 9,2 milhões de tonela-das. Mudanças na margem da atividade foram observadas na direção oposta: há 50 anos, devido à produção extrativista e à falta de investimentos na atividade, era possível a obtenção de margens bem superiores. Os altos custos de produção, a valorização da terra e a competividade com outras culturas resultaram em uma redução nas margens e em um aumento no risco da atividade.A bovinocultura é destacada como a atividade que possui maior participa-ção no uso da terra no Brasil. A ocu-pação da extensão territorial com área de pastagens é reduzida a cada ano ao mesmo tempo em que a produtivida-de é aumentada, resultado principal-mente da intensificação do sistema de produção. Entre 1996 e 2006 houve redução de 19 milhões de hectares de pastagens, enquanto no mesmo perío-do houve um incremento de 9 milhões nas áreas destinadas à agricultura.

Intensificação como opção para aumentar a produtividade

Informe Agro Econômico

Page 37: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

37Agro Guia | Junho 2012

Esse incremento da produtividade é ob-tido através de ferramentas de intensifi-cação que estão presentes em todas as etapas do sistema de produção, desde a cria até a engorda intensiva. Essas fer-ramentas podem fazer parte de diversos manejos, como o manejo de pastagens, reprodutivo, sanitário e nutricional. No manejo de pastagens a intensificação pode ser feita através da divisão e rota-ção dos piquetes, adequação da taxa de lotação dos pastos, adubação e correção do solo. No manejo sanitário é necessá-rio fazer a aplicação correta do calendá-rio sanitário, com utilização de vacinas e vermífugos de maneira adequada para cada categoria animal e região. Através do manejo reprodutivo podemos fazer uso do melhoramento genético com a seleção adequada dos animais, utiliza-ção das técnicas de Inseminação Arti-ficial em Tempo Fixo, Transferência de Embriões e Fertilização in vitro. No ma-nejo nutricional do rebanho é possível intensificar a produção com o uso de mineralização adequada, fornecimento de vitaminas e ionóforos, suplemento proteico e energético, uso do semiconfi-namento e do confinamento. Importante ressaltar que todas essas ferramentas de intensificação devem ser acompanhadas de uma gestão eficiente.A pecuária no Brasil, mesmo passando por um processo constante de intensifi-cação e aumento da participação de con-finamentos, continuará sendo baseada na produção a pasto. A oferta de pasto passa por uma redução sazonal poden-do ser equilibrada com a alimentação em confinamento. Ou seja, a intensifi-cação das áreas de pastagens permite uma taxa de lotação superior durante a safra, necessitando de um ajuste du-rante a entressafra, feito principalmente através da estratégia de confinamento. Este sistema permite aos animais ganha-rem peso na entressafra, quando o pasto

perde vigor nutricional. A opção pela estratégia de confinamento ainda é in-cipiente na pecuária nacional, pois não passa de 10% da quantidade estimada do abate anual (40 milhões de animais). Entretanto, esta atividade mostra a cada ano um potencial de incremento maior, justificado pela constante intensificação da produção a pasto.Além de ajustar a taxa de lotação das áreas de pastagens intensificadas, o manejo de confinamento é importante também para reduzir o ciclo de produ-ção do boi, sendo importante destacar os efeitos ambientais deste processo, além de ser uma importante ferramenta para produção de carne de qualidade com padronização e escala.Todo e qualquer manejo de intensifica-ção do sistema de produção tem como objetivo final melhorar a rentabilidade da atividade, produzindo mais na mes-ma área através da melhora dos índices zootécnicos de produtividade. A inten-sificação permite também a utilização racional dos recursos naturais, redu-zindo o impacto ambiental por unida-de de proteína produzida. Apesar de termos grandes números que mostram destacado incremento da pro-dutividade, ainda encontramos sistemas de produção bem distintos no Brasil. É necessário difundir o uso das tecnolo-gias disponíveis. O uso da intensifica-ção é uma opção eficiente, mas resulta em incremento nos custos. A elevação dos custos na última década exige a combinação da intensificação com um alto nível de gestão para um crescimen-to sustentável da atividade.

Para outros relatórios e informações acesse: [email protected]

Informe Agro Econômico

Page 38: AgroGuia Ed. Junho 2012

Informe PublIcItárIo

38

MBA em agronegócioDe 1/7 a 1/8, em Curi-tiba (PR), Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas/ Esalq-USP. Duração 24 meses, aulas quinzenais (sextas-feiras). www.pecege.esalq.usp.br

Custos de Produção em Pecuária de CorteRealização da Reha-gro, Belo Horizonte (MG), de 1/7 a 1/8. Mi-nistrado pela internet, abordará a importância do controle financeiro para a maximização produtiva e econômica em fazendas de gado de corte.Tel. (31) 3343-3800.

Gestão Estratégica na Comercialização de Açúcar e Etanol Recife (PR), dia 17 de ju-lho, realização Safras & Mercados. O objetivo é analisar a exposição do mercado de açúcar e eta-nol e seus fundamentos, frente ao novo cenário da conjuntura macroeconô-mica doméstica e inter-nacional, além de gestão de risco, fundamento e formação de preço. Ins-crições com desconto até dia 2 de julho, tel. (51) 3224-7039.

Performance Total De 23 a 27 de julho, em Sertãozinho (SP), realização CRV Lagoa, o curso dará as ferra-mentas para um geren-ciamento profissional da fazenda, desde siste-mas de produção à ges-tão financeira.Tel. (16) 2105-2218 (Cristiane), www.crvlagoa.com.br

Doma Racional ÍndiaDe 3 a 7 de julho, na APTA – Polo da Alta Mo-giana, em Colina (SP), atividades teóricas e práticas. Tel. (16) 3209-1300, www.funep.org.br

XVIII Curso Prático de Anestesia em Pequenos Animais De 10 a 13 de julho, na FMVZ/ Unesp, em Bo-tucatu (SP). Inscrições até 5 de julho, tel. (14) 3811-6019.

XII Curso de Anestesia em Grandes Animais16 a 18 de julho de 2012, na Unesp, em Botucatu (SP), tel. (14) 3811-6019.

Princípios de Equinos De 20 a 22 de julho de 2012, em São Paulo (SP). Tels. (19) 2112-6614, (19) 8114-9228.

Manejo Reprodutivo em Bovinos Leiteiros e de Corte - FealqDe 31/7 a 2/8, em Pira-cicaba (SP). Destinado a profissionais da área de bovinos e estudantes de Ciências Agrárias. Tel. (19) 3417-6604 / 3417-6601.

CPT Cursos presenciais• Manejo Nutricional Gado de Leite ou cor-te, 1 a 3

• Dermatologia em Pe-quenos Animais, 7 a 10

• Cardiologia em Pe-quenos Animais, 11 a 13

• Curso de Oftalmolo-gia em Pequenos Ani-mais, 14 a 16

• Cirurgias em Peque-nos Animais, 28 a 30

• Inseminação Artifi-cial em Tempo Fixo em Bovinos (IATF Avança-do), 28 a 30

• Transferência de Em-briões em Bovinos, 4 a 7

• Inseminação Artifi-cial em Bovinos e Estra-tégias de IATF, 8 a 11

• Ultrassonografia e As-piração Folicular para FIV em Bovinos, 14 a 18

• Boas Práticas de Fa-bricação de Ração BPF – Implementação e Ges-tão, 7 a 9 Tel. (31) 3899-7000

Confira as oportunidades de cursos de capacitação, treinamento e especialização - julho

Agro Educação

Page 39: AgroGuia Ed. Junho 2012
Page 40: AgroGuia Ed. Junho 2012