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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO
8,5
A AFETIVIDADE NO COTIDIANO DA INSTITUIÇAO CENTRO EDUCACIONAL
INFANTIL ALEGRIA DO SABER
LIZANDRA MARIA BACH
ORIENTADOR: PROF. ILSO FERNANDES DO CARMO
ALTA FLORESTA/2012
AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO
A AFETIVIDADE NO COTIDIANO DA INSTITUIÇAO CENTRO EDUCACIONAL
INFANTIL ALEGRIA DO SABER
LIZANDRA MARIA BACH
ORIENTADOR: PROF. ILSO FERNANDES DO CARMO
“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Educação Infantil e Alfabetização.”
ALTA LORESTA/2012
AGRADECIMENTO
Agradeço primeiramente a Deus, pois sem ele não estaria aqui. Em segundo
lugar a toda minha família, principalmente meu esposo Clodoaldo e meu filho
Harisson pela paciência e ajuda em todos os momentos de dificuldade e dias fora de
casa. E por fim meus pais, sogra, cunhada, tios, tias, primos, sobrinhos que sempre
estiveram ao meu lado torcendo por mim.
Obrigada a todos.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu esposo Clodoaldo e meu filho Harisson que
sempre me apoiaram nesta minha vontade de estudar.
RESUMO
O presente trabalho tem como tema central a afetividade na Educação
Infantil. Investiga as relações interpessoais entre o adulto e a criança, tratando da
relação professor e aluno, assim como da relação família e criança. Para elucidar
essas questões buscou-se o referencial teórico de PIAGET, DANTAS, FREIRE,
entre outros. Os principais objetivos da pesquisa foram como acontece o
desenvolvimento da afetividade infantil no cotidiano escolar e quais os fatores que
contribuem no desenvolvimento da criança. A pesquisa apoiou-se nas respostas de
um questionário feito às profissionais que trabalham diretamente com as crianças da
instituição Centro Educacional Infantil Alegria do Saber com idades entre 01 e 04
anos. A partir dos dados empíricos observou-se primeiramente a importância do
vínculo família e criança que se amplia no vinculo professor e aluno na construção
da afetividade.
Palavras-chave: Afeto. Relação interpessoal. Desenvolvimento da afetividade.
SUMÁRIO
Introdução......................................................................................................... ..........07
Capitulo 01- A Importância da Afetividade na Educação Infantil...............................08
1.1- A Relação Professor-aluno.................................................................................11
1.2- O Desenvolvimento Cognitivo.............................................................................16
1.3- Desenvolvimento Moral e Autônomo..................................................................18
Capitulo 02: Análise da pesquisa desenvolvida na Instituição Centro Educacional
Infantil Alegria do Saber.............................................................................................22
2.1- A afetividade no cotidiano do Centro Educacional Infantil Alegria do
Saber..........................................................................................................................23
Considerações Finais.................................................................................................31
Bibliografia..................................................................................................................33
Anexo......................................................................................................... ................35
INTRODUÇÃO
O tema afetividade é relevante para a educação e para a sociedade.
Afetividade é tão importante quanto a inteligência para o desenvolvimento humano.
Afetividade está vinculada às sensibilidades internas, desenvolvida para o mundo
social e para a construção da pessoa, e a inteligência está vinculada para o mundo
físico e para a construção do objeto. Portanto, afetividade e inteligência são
inseparáveis com o objetivo do desenvolvimento do indivíduo.
A educação afetiva é a construção de uma escola a partir do respeito,
compreensão, moral e autonomia de ideias. Uma vez que se pretende capacitar
sujeitos críticos, honestos e responsáveis, o desenvolvimento afetivo é fundamental
para qualquer indivíduo. Com isso, a afetividade contribui para o desenvolvimento da
aprendizagem de forma crítica e autônoma, pois a afetividade não se resume só em
manifestações de carinho físico, mas principalmente em uma preparação de
natureza cognitiva.
A presente pesquisa tem como objetivo observar as relações afetivas
ocorridas entre profissionais e crianças no cotidiano da Instituição Centro
Educacional Infantil Alegria do Saber, localizada no município de Nova Canaã do
Norte.
A fundamentação teórica deste estudo busca evidenciar conceitos e
estudos, tais como: contextualização da afetividade, trajetória de Henri Wallon, a
relação professor-aluno, o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento moral e
autônomo na perceptiva de Piaget.
O tema afetividade é um desafio para o educador que geralmente tem sua
formação profissional orientações voltadas, muitas vezes, para conceitos cognitivos,
desconsiderando dessa forma, os conceitos afetivos necessários para a valorização
do desenvolvimento da criança.
CAPÍTULO 01: A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A afetividade é de suma importância para a educação, ou seja, para uma
escola construída a partir do respeito, compreensão e autonomia de idéias. A partir
da educação afetiva podem-se desenvolver sujeitos, que está no gozo dos direitos
civis e políticos e também desempenha deveres. Sujeitos críticos, que têm opinião
própria. Honestos, com verdade em seus atos e declarações, não propensa a
enganar, mentir ou fraudar. E responsáveis que respondem pelos próprios atos.
Assim o desenvolvimento da afetividade é fundamental para qualquer indivíduo. Por
meio da afetividade na Educação Infantil é possível ir além do ensino tradicional em
busca de relações concretas que auxiliam a aprendizagem da criança, uma vez que
ela ainda não possui uma capacidade de abstração que permita um ensino mais
conteudista. Portanto, é de fundamental importância abordar que a ação pedagógica
deve nortear a relação afetiva que influenciará no desenvolvimento do aluno, tendo
em vista diferenças individuais e comportamentais inerentes ao ser humano.
De acordo com a pedagoga Ana Rita Silva Almeida (2005), afetividade é um
conceito amplo, integra relações afetivas como a emoção (medo, cólera, alegria,
tristeza), a paixão e o sentimento, inerentes ao processo ensino-aprendizagem. O
ensino é um movimento liderado e coordenado por um profissional, ou seja, o
docente que intervém e media o conhecimento. Aprendizagem é a consequência da
intervenção e da mediação do docente, resultando na apropriação dos discentes,
dos conhecimentos, habilidades e atitudes que depois de internalizados serão
socializados. Para que a aprendizagem provoque uma efetiva mudança de
comportamento e amplie cada vez mais o potencial do discente, é necessário que
ele perceba a relação entre o que está aprendendo e a sua vida.
Para compreender o tema afetividade de forma ampla é necessário entender
a perspectiva de afetividade e a teoria de desenvolvimento cognitivo de acordo com
Jean Piaget. Segundo PIAGET (1976, p. 16), o afeto é essencial para o
funcionamento da inteligência.
(...) vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis, embora distintas. E são inseparáveis porque todo intercâmbio com o meio pressupõe ao mesmo tempo estruturação e valorização. Assim é que não se poderia raciocinar, inclusive em matemática, sem vivenciar certos sentimentos, e que, por outro lado, não existem afeições sem um mínimo de compreensão.
De acordo com a citação acima, sem afeto então, não há interesse,
necessidade e motivação pela aprendizagem, não há também questionamentos, e
sem eles, não há desenvolvimento mental. Afetividade e cognição se complementam
e uma dá suporte ao desenvolvimento da outra. Para PIAGET (1976), o afeto pode
acelerar ou retardar o desenvolvimento das estruturas cognitivas. O afeto acelera o
desenvolvimento das estruturas, no caso de interesse e necessidade, e retarda
quando a situação afetiva é obstáculo para o desenvolvimento intelectual.
A afetividade não explica a construção da inteligência, mas as construções
mentais são permeadas pelo aspecto afetivo. Toda conduta tem um aspecto
cognitivo e um afetivo, e um não funciona sem o outro. PIAGET (1976), estudou o
desenvolvimento epistemológico do homem, ou seja, como se constrói o
conhecimento humano.
O desenvolvimento cognitivo é aprendido em um processo continuado, que
ele divide em quatro estágios: sensório-motor (0 a 2 anos), pré-operacional (2 a 7
anos), operações concretas (7 a 12) e operações formais (12 em diante).
Segundo PIAGET (1976), o primeiro momento do desenvolvimento lógico é
o estágio sensório-motor, que vai de zero a dois anos. Durante esse período a
inteligência se manifesta na ação, ou seja, a criança adquire a capacidade de
administrar seus reflexos básicos para que gerem ações prazerosas ou vantajosas.
O estágio sensório-motor é anterior à linguagem, no qual a criança desenvolve a
percepção de si mesmo e dos objetos à sua volta. O desenvolvimento afetivo neste
estágio se manifesta no sorriso infantil, que é reforçado pelo sorriso do outro, torna-
se um instrumento de troca ou contagio e logo de diferenciação das pessoas e
coisas. O segundo momento do desenvolvimento é o estágio pré-operacional que
ocorre entre as idades de dois a sete anos e se caracteriza pelo surgimento da
capacidade de dominar a linguagem e a representação do mundo por meio de
símbolos. Neste estágio as atividades ainda estão voltadas para a representação,
simbólica e social, tais como: imitações de objetos e eventos que já ocorreram, o
jogo de faz-de-conta. A afetividade está centrada no egocentrismo, em que a criança
está centrada em si mesmo, e torna-se mais sociável e comunicativa no decorrer do
estágio.
Conforme o pensador, o terceiro momento é o estágio das operações
concretas, dos sete aos doze anos, que tem como marca a aquisição da noção de
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reversibilidade das ações. Surge a lógica nos processos mentais e a habilidade de
discriminar os objetos por similaridades e diferenças. A criança já pode dominar
conceitos de tempo e número. E também já desenvolve noções de tempo, espaço,
velocidade, ordem, casualidade, conservação da qualidade, do peso e do volume, a
classificação e a seriação. O desenvolvimento afetivo neste estágio ocorre através
das interações com os adultos, baseadas no respeito unilateral, nas brincadeiras
com os colegas, solucionando pequenos problemas entre eles, ou seja, baseia-se no
respeito mútuo e na cooperação.
O quarto estágio afirma PIAGET (1976), é o operatório-formal que começa
por volta dos doze anos em diante. Essa fase marca a entrada na idade adulta, em
termos cognitivos. O adolescente passa a ter o domínio do pensamento lógico
habilita à experimentação mental, em que o adolescente é capaz de deduzir as
conclusões de puras hipóteses, e não somente através de observação real. Isso
implica, entre outras coisas, relacionar conceitos abstratos e raciocinar sobre
hipóteses. O docente pode aproveitar essa evolução para mediar às emoções em
sala de aula, evitar confrontos e oferecer ajuda na compreensão de suas emoções e
sentimentos. Nota-se que a afetividade é de suma importância para a vida, tanto
quanto a formação cognitiva ou o processo de conhecimento.
A afetividade e a inteligência são dois aspectos inseparáveis no
desenvolvimento e se apresentam de forma antagônica e complementar, pois se a
criança tem algum problema no desenvolvimento afetivo isto acabará
comprometendo seu desempenho cognitivo. O afeto é o estimulante, o que excita a
ação e o pensamento é o fruto da ação. PIAGET (1976, p. 36), destaca,
que em toda conduta as motivações e o dinamismo energético provém da afetividade, enquanto que as técnicas e o justamento dos meios empregados constituem o aspecto cognitivo.
Ele acreditava que as estruturas afetivas eram construídas semelhante às
estruturas cognitivas. Percebe-se então que para ele a afetividade e a inteligência
também são inseparáveis, aspecto perfeitamente visível, pois se a criança tem
problemas no desenvolvimento afetivo isto acabará comprometendo seu
desempenho cognitivo. A partir dos autores acima citados percebe-se que a
afetividade não se resume em manifestações de carinho físico e sim em uma
preparação para o desenvolvimento cognitivo, pois, é um fator indispensável na
relação com as pessoas que estão em contato com o desenvolvimento integral da
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criança. Esta afetividade é para o desenvolvimento de um sujeito crítico, autônomo,
reflexivo e responsável; para uma sociedade ideal. A criança em qualquer lugar que
ela esteja se desenvolve como ser humano, por meio de suas experiências com
aquele lugar ou momento, e a afetividade deve permear todos estes momentos.
1.1- A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
Na sala de aula ocorrem as trocas de experiências, as discussões,
interações entre os alunos e as relações afetivas entre professor e aluno. Nesse
ambiente o educador observa seus educandos, identifica suas conquistas e suas
dificuldades e os conhece cada vez melhor.
O espaço da sala de aula deve ser um ambiente cooperativo e motivador, de
modo a favorecer o desenvolvimento. Tanto a escola quanto a família, são
primordiais para o desenvolvimento da criança, e a relação professor-aluno, por ser
de natureza antagônica, oferece riquíssimas possibilidades de crescimento.
WALLON (1975), afirma que é a partir da sua própria experiência, das
repetições, das diferenças que se manifestam, que a criança tem a capacidade de
diferenciar e reconhecer o que está de acordo ou não com as suas expectativas e
necessidades, e que consequentemente a levam ao aprendizado. E isso ocorre,
através de uma análise bem direcionada das atividades escolares e dos resultados.
Deste modo, a formação dos professores não pode se restringir aos livros,
mas às experiências pedagógicas, as quais devem ser pensadas, refletidas e
analisadas, para provocar ações onde se destaque e se realize as novas conquistas
do conhecimento.
A escola está preocupada com o ensino intelectualizado, propiciando pouca
oportunidade para que o educando seja capaz de se desenvolver também nos seus
aspectos afetivos e motores, o que seria fundamental, principalmente para o
desenvolvimento do aspecto afetivo, que conduz ao desenvolvimento e
aprimoramento do aspecto cognitivo.
Portanto, é função da escola, principalmente do educador, um importante
papel social, tendo a necessidade de compreender o educando no âmbito da sua
dimensão humana, tanto afetiva quanto intelectual, visto que ele depende, para se
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desenvolver, do amadurecimento biológico e da inserção no ambiente social. O
conhecimento é constituído por meio da ação e da interação. O indivíduo aprende a
partir do momento em que está presente no processo de produção do
conhecimento, através das atividades mentais e na interação com o outro e com o
meio.
A sala de aula tem que ser um ambiente de formação, de humanização,
onde a afetividade em suas diversas manifestações seja usada a favor da
aprendizagem, pois o afetivo e o intelectual são inseparáveis, ou seja, para o
desenvolvimento do ser humano.
Segundo ALMEIDA (2005), a relação que atribui o ensinar e o aprender
acontecem a partir de vínculos entre as pessoas e inicia-se no âmbito familiar. A
estrutura desta relação vincular é afetiva, pois é através de uma forma de
comunicação emocional que a criança mobiliza o adulto, e garante deste modo os
cuidados de que necessita. Portanto, é o vínculo afetivo estabelecido entre o adulto
e a criança que mantém a etapa inicial do processo de aprendizagem.
De acordo com OLIVEIRA (2007), principalmente na Educação Infantil o
educador é parceiro no desenvolvimento do educando. A função do educador é de
ser verdadeiro em suas atuações e se relacionar afetivamente com o educando.
Entretanto, na Educação Infantil tem se defendido a ideia de desenvolver ambientes
de aprendizagem coletiva, para oportunizar a capacidade de a criança interagir
desde cedo com pessoas principalmente com crianças. Pode favorecer as
interações sociais a oportunidade de conviver com crianças da mesma faixa etária e
isso ajuda a controlar seus impulsos ao participarem no grupo infantil, como por
exemplo: internalizar regras, adaptar seu comportamento, fica sensível ao ponto de
vista do outro e saber cooperar e desenvolver uma variedade de formas de
comunicação para compreender sentimentos e conflitos e alcançar satisfação
emocional.
WALLON (1975), focaliza o meio como um dos conceitos fundamentais da
teoria. Ele coloca a questão do desenvolvimento no contexto no qual está inserido, e
a escola como um dos meios fundamentais para o desenvolvimento do aluno e do
professor. Portanto, as relações familiares e o carinho dos pais exercem grande
influência sobre a evolução dos filhos, em que a inteligência não se desenvolve sem
a afetividade. Pois a afetividade, assim como a inteligência, não aparecem prontas e
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acabadas. Ambas evoluem ao longo do desenvolvimento, são construídas e sofrem
modificações e à medida que o indivíduo se desenvolve, as necessidades afetivas
se tornam cognitivas.
De acordo com WALLON (1975, p. 166-167):
A escola é também um meio funcional. As crianças vão lá para se instruir e elas devem familiarizar-se com uma disciplina e relações interindividuais dum novo tipo. Mas a escola é ao mesmo tempo um meio local onde se encontram crianças que podem pertencer a meios sociais diferentes. Também se pode falar do meio familiar como dum meio funcional, onde a criança começa por encontrar meios de satisfazer todas as suas necessidades sob formas que podem ser próprias à sua família e onde a criança conquista as suas primeiras condutas sociais.
É possível afirmar, a partir das idéias do pensador acima citado, que a
sociedade intervém no desenvolvimento psíquico da criança, por meio de suas
sucessivas experiências e das dificuldades, pois a criança depende dos adultos que
a cercam para viver e sobreviver. Sendo assim, a afetividade é imprescindível para o
desenvolvimento da criança.
O processo de educação significa a constituição de um sujeito. A criança
está se desenvolvendo como ser humano por meio de suas experiências com
aquele momento, seja no ambiente familiar, escolar, ou qualquer outro lugar. Por
isso, a construção do real acontece através de informações, de desafios sobre as
coisas do mundo e o aspecto afetivo acontece em todos estes momentos.
Conforme WALLON (1975), a família é uma estrutura de um grupo, pois é
nela que a criança encontra meios de satisfazer as suas necessidades, e é onde ela
tem suas primeiras experiências do meio social. Para um bom reflexo a criança
necessita de um bom relacionamento familiar, ou seja, a família é um grupo natural e
necessário para o desenvolvimento da criança. A escola não é um grupo, mas um
meio onde pode se formar vários grupos com objetivos iguais ou diferentes. A
participação nos meios familiares e escolares é de suma importância para a
aprendizagem social e para o desenvolvimento da personalidade da criança. De
acordo com GALVÃO (2008), Wallon defendia uma educação integral, ou seja, uma
educação que possibilitava a formação do caráter e a orientação profissional, que
também é responsabilidade da escola. Ele dizia que para uma prática educativa
eficaz era necessário o conhecimento anterior da criança. O meio é o campo onde a
criança aplica as condutas de que dispõe, ao mesmo tempo, é dele que retira os
recursos para sua ação. O meio familiar em que a criança está inserida é o seu
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primeiro ambiente de aprendizagem, é nesse meio que a criança aprende as
primeiras habilidades sociais, como a comunicação entre seus semelhantes, assim
como lhes são transmitidos os valores sociais da cultura em que esta família se
insere, e suas expectativas. Ao iniciar na escola, a criança traz em sua bagagem
estes conhecimentos, os quais terão de ser levados em conta pelo educador. Muitos
dos valores sócio-culturais aprendidos no meio familiar podem gerar conflito com os
conhecimentos que a escola pretende transmitir e isso dificulta o trabalho dos
docentes.
Para WALLON (1975), a emoção, é uma impressão corporal de um estado
interno, que realiza a comunicação, o intercâmbio entre o indivíduo, e estimula as
primeiras representações, figurações e que obtêm consistência nos movimentos.
Conforme o autor, a afetividade é a base para o crescimento e a formação da
personalidade do indivíduo. Portanto, essa concepção é identificada como o papel
transformador e libertário que deve possuir uma educação voltada para colaborar
com o desenvolvimento intelectual, social e cultural dos indivíduos.
Sendo assim, o autor tem uma contribuição importante para se pensar a
aprendizagem no âmbito escolar, no processo de formação do indivíduo. Com isso,
a escola deve procurar respeitar as emoções e as necessidades individuais,
proporcionando desafios e atividades que levem o educando a uma crescente
elevação da sua racionalidade. A criança é um indivíduo completo, que na escola e
também nos ambientes sociais está sujeito a conhecimento e o afeto. Assim, a
escola não pode esconder que ali é um espaço de emoção nas suas atividades, pois
este ambiente é primordial, e o educador necessita conhecer como ocorre o
funcionamento da emoção para poder compreender as expressões dos educandos.
Se o educador não aprender como funciona o desenvolvimento emocional da
criança, ele pode até mesmo prejudicá-lo.
Do ponto de vista de Almeida (2005, p. 103):
A sala de aula é um ambiente onde as emoções se expressam, e a infância é a fase emocional por excelência. Como em qualquer outro meio social, existem diferenças, conflitos e situações que provocam os mais variados tipos de emoção. E, como é impossível viver num mundo sem emoções, ao professor cabe administrá-las, coordená-las. È imprescindível uma atitude corticalizada, isto é, racional, para poder interagir com os alunos, buscando descobrir seus motivos e compreendê-los. O professor deve procurar utilizar as emoções como fonte de energia e, quando possível, as expressões emocionais dos alunos como facilitadores do conhecimento. É necessário
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encarar o afetivo como parte do processo de conhecimento, já que ambos são inseparáveis.
De acordo com a citação, o educador é imprescindível na atividade
pedagógica, ele é o mediador do conhecimento, por isso deve observar, articular os
aspectos afetivo e intelectual, estes que na atividade pedagógica são indispensáveis
e inseparáveis. E a família é de suma importância para o enfrentamento dos
desafios da aprendizagem, ou seja, do desenvolvimento infantil, pois é o primeiro
grupo que a criança tem contato, no qual sacia suas vontades e adquire seus
primeiros comportamentos. Portanto, a criança é influenciada pelo meio familiar em
que convive e a partir do momento que ela percebe o outro, cabe a escola assumir a
responsabilidade do desenvolvimento da personalidade infantil.
A colaboração da família e da escola é indiscutível para o desenvolvimento
da criança, a responsabilidade é de ambas as partes, uma tem que dar continuidade
da outra, ou seja, trabalhar em parceria também em aspectos específicos. Dessa
maneira, a relação professor/aluno tem diferentes naturezas, assim ambos
proporcionam boas possibilidades de aprimoramento e de crescimento para esta
relação.
Para ALMEIDA (2005), a escola é um ambiente protetor que tenta
aproximar-se da relação no meio familiar, como se fosse a continuação da família, e
a professora é vista até mesmo como uma substituta da mãe para se aproximar mais
afetivamente da criança. Por causa desta relação entre escola e família surge o
termo “tia”, - alguns professores preferem ser chamados assim -, isso acaba
limitando a afetividade, porque passam a impressão de que só os familiares podem
ter uma relação afetiva com a criança, parece que professor-aluno não pode ter esta
relação, somente mãe-filho ou tia-sobrinho. Percebe-se a partir deste estudo que
professor/aluno mesmo sem ter uma ligação familiar podem e devem ter uma boa
relação afetiva.
A escola ainda não percebeu que a mudança não está no tipo de relação,
mas sim na atuação do professor em ser um observador, capaz de definir as
relações entre professor-aluno para poder adquirir conhecimento de forma
prazerosa. Assim, entre professor-aluno há, acima de tudo uma relação de pessoa
para pessoa, e o afeto está presente mesmo sem fazer parte da família.
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1.2- O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
O desenvolvimento cognitivo é primordial para compreender o
desenvolvimento do ser humano. O aspecto cognitivo está ligado ao âmbito
intelectual, ou seja, a aprendizagem predomina nos elementos de natureza
intelectual, significa a capacidade de pensamento humano. É para conhecer as
características comuns de uma faixa etária que existem diversas formas de
perceber, compreender e se comportar diante da sociedade, de acordo com a idade
de cada um. Para o docente planejar como ensinar, ele precisa saber primeiramente
quem é o educando.
A teoria do desenvolvimento cognitivo para WALLON é fundamentada na
psicogênese da pessoa completa. Segundo WALLON (1975), o organismo é a
primeira condição do pensamento, mas não é suficiente, porque o objeto de ação
mental se desenvolve a partir do meio social em que a criança está inserida. Isso
significa então que para WALLON a inteligência é organicamente social, ou seja, a
cognição é como item da pessoa completa que só pode ser compreendida
associada a ela. Cujo indivíduo se desenvolve a partir das condições orgânicas, que
é resultante da relação entre o organismo e o meio social ao qual está inserido.
De acordo com Henri Wallon (1975), a cognição, assim como a afetividade
surge da base biológica e adquiri maturidade de acordo com o seu meio social. Na
teoria Walloniana, cognição é um domínio funcional que possibilita adquirir e manter
o conhecimento a partir de gravuras, noções, ideias e representações. É a cognição
que possibilita o registro e a reflexão do passado, estabelece e analisa o presente e
projeta o futuro.
Assim, a afetividade continua indissociável do cognitivo, que na idade adulta
chega a um equilíbrio. Para compreender o desenvolvimento cognitivo faz-se
necessário abordar o estudo de Jean Piaget, um pensador que dedicou grande parte
de seus estudos a esta teoria. Jean Piaget nasceu em 1896 e faleceu em 1980, foi
biólogo, zoólogo, filósofo, epistemólogo e psicólogo e ficou conhecido pela sua teoria
cognitiva.
Para PIAGET (1976), a aprendizagem é o alicerce do pensamento. É por
meio da aprendizagem que a inteligência se manifesta. A criança é um indivíduo que
cria e recria o seu próprio modelo de realidade. Cognição para Piaget (1996)
significa um processo constante, de avanços e recuos, entre o sujeito e o meio, ou
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seja, o processo cognitivo é ativo e não passivo, pois o indivíduo influencia o meio
vice-versa.
Conforme o pensador, o indivíduo constrói os seus próprios conhecimentos
através das suas ações. O indivíduo é um elemento ativo e decisivo no processo de
conhecer. A inteligência é produto de um processo de adaptação. Esse processo de
adaptação é realizado a partir de duas intervenções, a assimilação e a acomodação,
trata-se da organização mental na pessoa, frente a uma nova provocação vinda do
meio em que vive.
De acordo com os estudos de PIAGET, a criança não raciocina como o
adulto, somente pouco a pouco se insere nas regras, valores e símbolos de
maturidade, a partir das intervenções acima citadas. Assimilação é um processo
cognitivo no qual o sujeito classifica uma nova informação, ou seja, quando a criança
experimenta uma nova experiência, e tenta encaixar esses novos estímulos às
estruturas cognitivas já existentes. PIAGET (1996, p. 13) define assimilação como:
(...) uma integração à estruturas prévias, que podem permanecer invariáveis ou são mais ou menos modificadas por esta própria integração, mas sem descontinuidade com o estado precedente, isto é, sem serem destruídas, mas simplesmente acomodando-se à nova situação.
De acordo com a citação acima, a criança tenta consecutivamente apropriar
os novos estímulos aos esquemas que já existem até aquele momento, ou seja, é o
processo de colocar e classificar novos eventos em esquemas existentes. Quando a
criança acomoda o novo estímulo a uma nova estrutura cognitiva é chamada de
acomodação.
PIAGET (1996, p. 18), define acomodação por analogia com as acomodadas
biológicas como, “toda modificação dos esquemas de assimilação sob a influência
de situações exteriores (meio) ao quais se aplicam.” A acomodação ocorre quando a
criança não consegue assimilar um novo estímulo, ou seja, não existe uma estrutura
cognitiva que assimile ao novo evento. Pode-se então criar um novo esquema no
qual se possa encaixar o novo estímulo, para modificar um já existente de modo que
o estímulo possa ser incluído nele.
Percebe-se que para PIAGET, a atividade orgânica tem como objetivo a
adaptação do indivíduo no meio em que está inserido. Assim, na mente existem as
estruturas cognitivas, no qual o sujeito intelectualmente se adapta e organiza o meio
social. A criança a partir deste aspecto tem alguns esquemas básicos, que são
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reflexos do seu primeiro contato com o meio, ou seja, a família. É a partir desta
interação que a criança começa a construir o seu conhecimento a respeito do
mundo, desenvolve e amplia seus esquemas existentes. Para PIAGET, assim como
para WALLON, cognição e afetividade são polos inseparáveis. Nota-se então que,
não há estado afetivo sem meio cognitivo, assim como não há comportamento
puramente cognitivo.
A afetividade é a fonte de energia que serve para o funcionamento da
cognição, colaborando assim, para o desenvolvimento de um sujeito crítico que sabe
pesar os fatos, elaborar sua própria opinião e expor suas ideias, e para o
desenvolvimento da autonomia que é primordial na educação infantil, com o objetivo
de ajudar o aluno a se desenvolver intelectual e moralmente.
1.3- DESENVOLVIMENTO MORAL E AUTÔNOMO
Para conviver o ser humano necessita ser educado. O processo de
aprendizagem tem como base a autonomia, tanto do ponto de vista cognitivo como
da afetividade e da moral. O desenvolvimento dos três níveis mentais que são a
inteligência, afetividade e a moralidade, precisam da mediação do meio social a qual
a criança está inserida. Para compreender o processo de construção da identidade
moral da infância à adolescência, é preciso analisar a teoria de Jean Piaget
conhecida como psicologia genética.
Segundo LA TAILLE; OLIVEIRA; DANTAS (1992), a teoria de Piaget não
aborda conclusões definidas, nem prontas e acabadas. Este texto tem como objetivo
identificar a ideia central sobre o juízo moral para Piaget e analisar a construção da
identidade moral com a relação a afetividade e cognição. Piaget iniciou sua pesquisa
através do jogo de regras, assim como destaca LA TAILLE; OLIVEIRA; DANTAS
(1992p. 49) conforme a citação a seguir:
Para Piaget, os jogos coletivos de regras são paradigmáticos para a moralidade humana. E isto por três razões, pelo menos. Em primeiro lugar, representam uma atividade interindividual necessariamente regulada por certas normas que, embora geralmente herdadas das gerações anteriores, podem ser modificadas pelos membros de cada grupo de jogadores, fato este que explicita a condição de legislador de cada um deles. Em segundo lugar, embora tais normas não tenham em si caráter moral, o respeito a elas devido é, ele sim, moral (e envolve questões de justiça e honestidade). Finalmente, tal respeito provém de mútuos acordos entre jogadores, e não da mera aceitação de normas impostas por autoridades estranhas à
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comunidade de jogadores. Vale dizer que, ao optar pelo estudo de regras, Piaget deixa antever sua interpretação contratual da moralidade humana.
Conforme a citação, o jogo de regras segue um padrão para moral humana,
por três motivos. O primeiro motivo é de relação interindividual que seguir as normas
herdadas de geração a geração, mas pode ser modificada pelos jogadores. O
segundo motivo é que o jogo não tem caráter moral, mas o respeito imposto no jogo
é devido a moral e abarcar a justiça e honestidade do indivíduo envolvido no jogo. O
terceiro motivo vem a partir do respeito entre os jogadores através de novas regras e
não da aceitação do que é imposto.
Para Yves de La Taille (1992), a partir dos estudos de Piaget, o
desenvolvimento da prática e da consciência da regra pode ser dividida em três
partes. O primeiro momento é a anomia (ausência de respeito), em que a criança de
até seis anos de idade tem resistência em aceitar as regras do convívio social e não
está apta para o jogo de regras. A criança somente quer satisfazer suas vontades e
interesses motores e não tem estímulos para participar de atividade coletiva.
Conforme o autor, o segundo momento é da heteronomia, onde a criança
aceita a lei exterior, ou seja, aceita normas dos pais e da sociedade. A partir deste
momento a criança interessa em participar de atividades coletivas e com regras. A
heteronomia da criança com até dez anos de idade tem duas características. Em
primeiro lugar a compreensão da raiz das regras e da possibilidade de mudanças.
Em segundo lugar a criança tem respeito ao adversário, porém ainda é liberal, não
está contra o outro, mas como companheiro do outro. A criança neste momento
ainda não compreendeu o sentido das regras.
Afirma LA TAILLE (1992), que o terceiro momento é da autonomia que pode
ser definido como aquele indivíduo independente, capaz de realizar coisas sem a
ajuda de outras pessoas. É quando a criança decide pela sua ação, que ela tem
dever de cumprir as normas, e tem consciência moral, ou seja, autonomia é
autodeterminação.
Este momento de autonomia é diferente da heteronomia, a criança já
entende o significado das regras do jogo e as respeita. A criança entra no universo
moral, através da aprendizagem de vários deveres a ela atribuído pela família e
sociedade em geral, que ensina a não mentir, não pegar coisas dos outros, não falar
palavras desagradáveis, entre outros. Essa imposição é feita na etapa de
19
heteronomia da criança, pois ela aceita de modo inquestionável as regras do jogo, e
também aceita do mesmo modo as regras morais impostas pelo meio em que está
inserida. Piaget, segundo LA TAILLE (1992), afirma que o indivíduo participa
ativamente de seu desenvolvimento moral e intelectual e sua autonomia é defendida
pela sociedade.
Desta forma, a coação é fazer como os outros, seguir um modelo pronto e
acabado, e a cooperação tem como critério a reciprocidade, ou seja, intercambiar a
própria opinião com a opinião do outro. Para a escola colaborar com a conquista da
autonomia, ele deve respeitar e aproveitar as relações de cooperação que
surgemcom a convivência de outras crianças.
Yves de La Taille (1992), afirma que a educação moral tem como objetivo
fazer com que a criança esteja apto a controlar seus sentimentos, seus desejos, em
favor da sociedade. Não há mistério ao abordar o domínio dos afetos, a afetividade é
como uma energia que liga e mantém as ações. E é a razão que possibilita o
indivíduo a identificar desejos, sentimentos diversos e ter sucesso nas ações. O
paralelismo existe para Piaget entre o desenvolvimento dos aspectos cognitivos,
afetivos e morais, os mecanismos de construção são os mesmos.
Assim como a criança assimila às experiências aos esquemas afetivos, da
mesma forma também assimilam as experiências as estruturas cognitivas. Portanto,
Piaget acreditava que todo ser humano passava pelos estágios de desenvolvimento
humano de acordo com a idade que ele propôs, paralelamente, sem faltar nem um
estágio para o indivíduo passar e assim estaria se desenvolvendo moralmente.
O psicólogo Lawrence Kohlberg não concordava com o paralelismo, estudou
a teoria de Piaget para compreender como ocorre o desenvolvimento da moral e
elaborou outra teoria. Kohlberg nasceu em 1927 e faleceu em 1987, psicólogo norte-
americano, estudou sobre a teoria de Piaget com o objetivo focado na questão
moral. Segundo ARANHA e MARTINS (2003), Kohlberg estudou a teoria piagetiana,
mas com uma diferença no trabalho, ele não concordava com a teoria do
paralelismo, entre o desenvolvimento lógico e moral. Suas investigações
identificaram que o indivíduo só atinge a maturidade moral na fase adulta.
De acordo com ARANHA e MARTINS (2003), para Kohlberg o nível de moral
mais evoluído precisa de estruturas lógicas novas e complexas do que as do
20
pensamento formal. Assim, ele refez a teoria dos estágios morais dividindo em três
níveis: o pré-convencional, o convencional e o pós-convencional.
O primeiro nível de moralidade para Kohlberg é o pré-convencional que é a
moralidade heterônoma. Neste nível as regras morais resultam da autoridade, a
criança obedece o que lhe é imposto, para evitar as consequências, como por
exemplo o castigo. Neste nível também busca estabelecer trocas e acordos, porém
a moral ainda é individualista. Para Kohlberg, apud ARANHA e MARTINS (2003), o
segundo nível é o convencional que, já valoriza e reconhece o outro. O sujeito se
identifica com o seu meio, e o meio influência o sujeito através das regras e normas
e se preocupa com os seus sentimentos e dos outros. O terceiro nível é o pós-
convencional, onde o indivíduo percebe os atritos as regras e obedece-as, porém
percebe os diversos valores e opiniões às normas estabelecidas. O indivíduo tem
comportamentos morais a partir dos princípios e compreende o objetivo das regras,
mas tem opinião própria. A partir do que foi exposto, entende-se que para Kohlberg
não existe um paralelismo como para o pensador Piaget, o desenvolvimento da
moral para ele não tem faixa etária certa para acontecer e o indivíduo não passará
necessariamente por todos os níveis, como nos estágios desenvolvidos por Piaget.
21
CAPITULO 02: ANÁLISE DA PESQUISA DESENVOLVIDA NA INSTITUIÇÃO
CENTRO EDUCACIONAL INFANTIL ALEGRIA DO SABER
A temática aqui apresentada e as reflexões dela decorrentes resultam de
uma pesquisa: A afetividade no cotidiano da Instituição Centro Educacional Infantil
Alegria do Saber. Assim, o objetivo é observar as relações afetivas ocorridas entre
profissionais e crianças no cotidiano da referida instituição, localizada no município
de Nova Canaã do Norte e a única no município que atende essa faixa etária.
Esta pesquisa foi desenvolvida através de entrevista com 10 profissionais
que atuam diretamente com as crianças na instituição, nesta entrevista fiz perguntas
referentes ao convívio entre crianças e profissionais, e as trocas afetivas que
acontecem entre ambas.
Wallon, durante grande parte de sua vida, desenvolveu estudos sobre as
emoções e a afetividade, em busca de fundamentar a sua pesquisa sobre a
psicogênese da pessoa completa, considerada em todos os aspectos: afetivo,
cognitivo e motor. Identificou as primeiras manifestações afetivas do ser humano e
suas características. Estudou, também, a grande complexidade que a afetividade e
as emoções sofrem no decorrer do desenvolvimento, assim como suas múltiplas
relações com outras atividades psíquicas.
Para ele, a afetividade é fator fundamental na constituição do sujeito. É
entendida como instrumento de sobrevivência do ser humano, pois corresponde à
primeira manifestação do psiquismo, propulsiona o desenvolvimento cognitivo ao
instaurar vínculos imediatos com o meio social, abstraindo deste o seu universo
simbólico, culturalmente elaborado e historicamente acumulado pela humanidade.
Por conseguinte, os instrumentos mediante os quais se desenvolverá o
aprimoramento intelectual são, irremediavelmente, garantidos por estes vínculos,
estabelecidos pela consciência afetiva.
Desde pequeno, ainda recém-nascido, o ser humano utiliza a emoção para comunicar-se com o mundo. O bebê, antes mesmo da aquisição da linguagem, consegue estabelecer relação com a mãe, ou pessoa que dele cuida, através de movimentos de expressão, primeiramente fisiológica:
O recém-nascido não tem ainda outras formas de se comunicar com o outro, que não a emoção [...] Cada movimento, cada expressão corporal dessa criança, acaba por receber um significado, atribuído pelo outro, significado esse do qual ela se apropria. Uma criança que chora porque seu estômago dói de fome, não chora inicialmente para alguém vir alimentá-la,
mas chora por causa da dor. Ao receber a atenção que necessita, vai construindo os significados de cada ação sua. (GONÇALVES, 2003, p. 14-15).
Para WALLON (1975), a personalidade é constituída por duas funções
básicas: afetividade e inteligência. A afetividade está vinculada às sensibilidades
internas e orientada para o mundo social, para a construção da pessoa; a
inteligência, por outro lado, está vinculada às sensibilidades externas e orientada
para o mundo físico, para a construção do objeto. Desta forma, a afetividade assume
papel fundamental no desenvolvimento humano, determinando os interesses e
necessidades individuais da pessoa; é um domínio funcional, anterior à inteligência.
Destaca a alternância existente entre as funções razão(cognitiva) e emoção
(afetividade), apresentadas no decorrer do desenvolvimento da pessoa. A razão e a
emoção estão imbricadas, ou seja, uma não acontece sem a outra, mas sempre
uma se sobrepõe predominando.
DANTAS (1992), enfatiza que além de ser uma das dimensões da pessoa, a
afetividade é também a mais arcaica fase do desenvolvimento. Afirma que, no início
da vida, afetividade e inteligência estão sincreticamente misturadas com predomínio
da primeira. Conclui que o ser humano, desde o nascimento, é um ser afetivo, e que
gradativamente, esta afetividade inicial vai diferenciando-se em vida racional.
No desenvolvimento do indivíduo, segundo GONÇALVES (2003), as
necessidades afetivas tornam-se cognitivas, e a integração afetividade e inteligência
permite à criança atingir níveis de evolução cada vez mais elevados. Aos poucos, a
linguagem passa a substituir a expressão corporal, a sensibilidade orgânica passa a
ser substituída pela sensibilidade oral e moral e o carinho é substituído pelo elogio.
Pode-se dizer, então, que há relação de complementaridade entre emoção e
inteligência e que o predomínio exagerado, durante um longo período, de alguma
das duas pode ser prejudicial no sentido de provocar um desequilíbrio no
desenvolvimento do sujeito.
2.1- A AFETIVIDADE NO COTIDIANO DO CENTRO EDUCACIONAL INFANTIL
ALEGRIA DO SABER
Analisando os conteúdos das respostas e as unidades de significado
decorrentes destas, verificou-se que das 10 docentes investigadas a maioria delas
23
compreende o termo „afetividade‟ como sinônimo ou expressão de sentimentos
positivos, tais como carinho, querer bem ao outro, amizade, amor, afeto, entre
outros. Acompanhe algumas falas:
A profissão que escolhi meio que por acaso me exige amor, carinho e
paciência e, graças a Deus, tenho as crianças com as quais trabalho, que me
passam muito isso também (PROFISSIONAL DO CEIAS ).
A afetividade deles comigo e vice-versa acho que ocorre em todos os
momentos da aula, mais fortemente quando estamos mais descontraídos, por
exemplo: quando cantamos, dançamos, quando conto uma história ou mesmo
quando falo algo engraçado só pra descontrair (PROFISSIONAL DO CEIAS).
O afeto que ocorre entre mim e as crianças é muito bom, sinto que as
crianças aprendem mais quando as acarinhamos, principalmente nos momentos de
banho, troca de fraldas e alimentação. Elas fazem tudo com mais gosto e prazer. Se
não falamos nada carinhoso, fazem, mas apenas por fazer, daí a importância da
afetividade na instituição (PROFISSIONAL DO CEIAS).
O predomínio desta compreensão expressa nos depoimentos das docentes
da Educação Infantil pode ser interpretado como decorrente do atendimento
exclusivo à faixa etária das crianças que trabalham. Ou seja, nessa etapa, de 01 ano
à 04 anos, a criança comunica-se pela expressividade corporal e aceita bem os
toques físicos e afagos. Ela se sente querida quando tocada com carinho. Outro
fator que pode ter influenciado respostas com esse significado consiste no próprio
histórico da Educação Infantil retratado por ocasião dos Jardins de Infância. As
jardineiras (docentes) cuidavam das crianças pequenas como se fossem plantinhas
que necessitavam ser “regadas” diariamente com carinho e amor, desde a mais
tenra idade. (BASTOS, 2001).
Isto tudo é reforçado pela predominância de mulheres como profissionais da
Educação Infantil, que se reportam ao „instinto maternal‟ para o exercício do
magistério, pois 100% das profissionais da instituição são mulheres. Verificou-se,
que a maioria das profissionais fundamentam e justificam seus argumentos no senso
comum, relacionando a afetividade como expressões amorosas, vivenciadas pelas
crianças no seu dia-a-dia, em contato com diversas outras pessoas.
24
Acompanhem nas fotos a seguir algumas demonstrações de afeto mais
comuns que ocorrem na instituição:
Foto 01: Demonstrações de afeto das profissionais para com as crianças no CEIAS.
Fonte: Arquivo da Acadêmica.
25
Ao fotografar essas crianças com essas profissionais percebi o quanto
gostam de estar no colo, como o bebê da primeira foto e o sorriso da menina ao ser
abraçada na segunda foto. As crianças se sentem mais felizes e até respiram fundo
quando as abraçamos.
Uma parte das docentes acredita que a afetividade ocorre em relações
escolares, preferencialmente, interações entre professor-aluno, bem como em
relações ocorridas no âmbito familiar, no dia-a-dia, na convivência em sociedade.
Nessas concepções as profissionais destacam a afetividade como inerente às
relações humanas e se aproximam de uma compreensão mais complexa e mais
próxima do que acontece na vida real. Embora sem explicitarem ou estabelecerem
relações com enfoques teóricos aprofundados suas concepções parecem partir de
suas observações e vivências no fazer educativo.
Também, algumas das profissionais atribuíram à afetividade o papel de
facilitadora da aprendizagem. Para elas, a afetividade é entendida como pré-
condição para a apropriação de novas aprendizagens. E colocaram o professor
como mediador neste processo. Pareciam estarem de fato, conscientes da
necessidade de buscar seu papel como educadoras, frente à concepção de
Educação Infantil que retrata o educando como um sujeito em fase de formação,
com características peculiares e que necessita, desta forma, de educação e
cuidados que favoreça sua constituição como pessoa completa e não apenas
intelectual (BRASIL, 1999). Veja na foto abaixo, um exemplo disso, a professora
acompanha de perto as atividades das crianças pequenas e com uma criança no
colo:
Foto 02: Professora acompanhando as atividades dos alunos.
26
Fonte: Arquivo da Acadêmica.
Esse momento era de contação de história, pode-se perceber que algumas
crianças estão imitando os animais que continham na história, a professora os
incentiva e o menino do colo, observa os colegas bem à vontade num lugar que ele
adora ficar, o colo da professora.
Outra parte das profissionais destacou os efeitos que a prática afetiva pode
acarretar aos alunos. Afirmaram que esta norteia o desenvolvimento do aluno, em
especial de sua personalidade, auxiliando na formação de seu caráter. Para elas a
afetividade também tem o poder de ampliar a interação social, solidificar laços de
amizade e promover qualidade nos relacionamentos. Também age favoravelmente à
constituição do indivíduo, ao resgatar e/ou fortalecer sua auto-estima, ao ajudá-lo na
superação de obstáculos e promoção de seu sucesso.
Achei muito interessante a afirmação dessas profissionais e passando a
observar os meus alunos que tem uma relação afetiva bastante forte comigo,
percebi que isso é muito significativo e deve ser olhado com mais atenção nas
escolas. Meus alunos são bastante cooperativos uns com os outros, jamais se
esquecem uns dos outros, defendem-se mutuamente e demonstram carinho uns
pelos outros se já em brincadeiras ou qualquer atividade que estejamos
desenvolvendo em grupo. Foi possível registrar esses momentos com fotos:
Foto 03: Expressão de afetividade entre as crianças
27
Fonte: Arquivo da Acadêmica.
Através das fotos é possível notar as relações afetivas que acontecem
espontaneamente. Lembrando que apenas as crianças da última foto são meus
alunos, os das duas fotos anteriores são crianças menores de outras professoras,
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sendo que é importante destacar que apesar de serem pequenas também
demonstram carinho umas pelas outras.
O entendimento dessas profissionais, ao destacarem o papel da afetividade
nas relações humanas e destas no desenvolvimento do ser humano, vem ao
encontro da teoria defendida principalmente por WALLON, que é a abordagem da
Psicologia Histórico-Cultural, pois consideram a constituição social do sujeito dentro
de uma cultura.
O interesse do professor pelos seus alunos, o seu envolvimento, a atenção
demonstrada, o respeito pelos alunos e com seus problemas, a compreensão e,
ainda, o fato de expressar-se com palavras, olhares e gestos carinhosos, de ouví-los
e dar voz a esses pequenos sujeitos, são atitudes que marcam positivamente os
seus alunos, contribuindo para sua formação, são atributos necessários para que
ocorra a afetividade, na concepção de algumas das profissionais entrevistadas.
Para WALLON (1975), a criança, desde o seu nascimento, vai vivenciando
fases de desenvolvimento onde predominam ora a afetividade, ora a cognição. De
acordo com ele, a criança, que hoje freqüenta a Educação Infantil, dos três aos cinco
anos de idade, está vivenciando a fase personalista, onde há predominância da
afetividade. Nessa fase, a criança vai constituindo seu Eu, sua subjetividade, sua
personalidade. Este processo de individuação, de distinção entre o Eu e o Outro
acontece através de atividades de oposição ao outro e, ao mesmo tempo, de
sedução e de imitação, tão comuns nas relações infantis.
WALLON (1975), ressalta que a criança muitas vezes necessita negar e
opor-se ao adulto. Por isso, obviamente, durante essa fase da criança fazem-se
presentes além dos afetos positivos, também os entendidos como negativos (a raiva,
tristeza, ciúme, inveja, dor e tantas outras). Pelo que se pode constatar pela análise
das respostas das docentes, se dependesse do modo como estas expressam o
conceito sobre afetividade, estas crianças não experimentariam emoções e afetos
negativos, como se isso fosse possível. Porque estes sentimentos e emoções são
formas complexas de expressão da nossa humanidade, tanto nos aspectos positivos
e negativos e que, portanto, os conflitos também fazem parte do desenvolvimento e
da constituição do sujeito como pessoa completa.
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Acredito que no desenvolvimento das crianças, a afetividade, a motricidade,
o cognitivo e o social desempenham papéis de extrema importância. A relação
ensino-aprendizagem é um fenômeno complexo, em que diversos fatores de ordem
social, política e econômica interferem na dinâmica da sala de aula. Isso é, estando
inserida no contexto social, a escola não é uma instituição independente. Por isso,
uma educação voltada para a realidade existencial do sujeito e fundamentada nela,
tem maior significado pelo fato já visto de que nossa compreensão está radicada na
vivência que temos do mundo.
As crianças também demonstram afeto pelos adultos, veja:
Foto 04: Crianças demonstrando carinho pelas profissionais.
Fonte: Arquivo da Acadêmica.
Espontaneamente uma menina acaricia os ombros da professora, enquanto
a outra está tranquilamente sentada no colo, portanto, se a relação afetiva não
existisse, essas demonstrações de carinho não aconteceriam.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo procurou mostrar, por meio de pesquisas teóricas e de
campo, um assunto que já incomoda alguns educadores: a afetividade, que é tão
importante e necessária, assim como a inteligência para o desenvolvimento humano.
Neste sentido verificou-se que a afetividade, a cognição e a moral são inseparáveis
com o mesmo objetivo: a aprendizagem.
A partir da aprendizagem modifica-se a maneira de atuar no mundo e sobre
ele. A aprendizagem não é só conteúdos disciplinares, mas o conhecimento e
desenvolvimento ligados à conduta da vida. Por isso, a importância de ressaltar a
afetividade para o desenvolvimento humano.
Este texto pode contribuir para a relação entre professor e aluno, que é uma
relação de pessoa para pessoa, e o afeto está presente nesta relação e colabora
também para o processo de ensino-aprendizagem. Isso demonstra que os objetivos
propostos neste estudo foram alcançados.
Conforme o problema que suscitou o interesse em fazer esta pesquisa, e
identificar como a afetividade colabora para o desenvolvimento cognitivo e moral da
criança da educação infantil, foi possível perceber que a afetividade é fundamental
para o desenvolvimento da criança e para o enfrentamento dos desafios do ensino
moral, crítico e autônomo, pois com ela o aluno se sente estimulado e seguro.
A partir dessa pesquisa constatou-se que, na sala de aula existe troca de
experiências, discussões, interação entre o aluno e as relações afetivas entre
professor e aluno. É neste espaço que o educador observa seus educandos,
identifica suas conquistas e suas dificuldades e os conhece cada vez mais.
O espaço da sala de aula é um ambiente cooperativo e estimulante, de
modo a favorecer o desenvolvimento. Foi possível perceber também que cabe a
escola, mas principalmente ao educador, uma importante função social, devendo
compreender o aluno no âmbito da sua dimensão humana, tanto afetiva quanto
intelectual, já que a criança depende da qualidade da interação com o meio social
para se desenvolver integralmente. Diante das análises percebe-se que há uma
eminente necessidade, principalmente por parte dos educadores, de buscar
conhecimento que trate sobre o tema da afetividade, pois este tema colabora para o
desenvolvimento humano, visto que é na escola que a criança passa boa parte do
seu tempo. O educador precisa entender a necessidade e ficar atento às atitudes
das crianças para assim colaborar para o sucesso escolar e da vida do educando.
Com a presente pesquisa, foi possível compreender que a afetividade
colabora para o desenvolvimento cognitivo. E contribui para o desenvolvimento
moral e autônomo do indivíduo. Neste sentido, entende-se que a afetividade não se
limita apenas em manifestações de carinho físico e de elogios superficiais. A partir
da pesquisa constatou-se que é preciso uma visão mais crítica acerca da
afetividade, que a importância do tema para a educação está no fato de contribuir
para o desenvolvimento da moral e da autonomia e de deixar crianças felizes e
estimuladas a aprender para a vida. Para que isso aconteça é necessário que
educadores sejam afetuosos e comprometidos com a Educação Infantil.
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BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Ana Rita Silva. A emoção na sala de aula. 5. ed. Campinas: Papirus, 2005. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003. BASTOS, Maria Helena C. Jardim de crianças: o pioneirismo do Dr. Menezes Vieira (1875-1887). In: MONARCHA, Carlos (org.). Educação da infância brasileira: 1875-1983. Campinas: Autores Associados, 2001. p. 31-80. BORBA, Valdinéia R.S. Afetividade no contexto da educação infantil. São Paulo: UNESP, s.d. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº. 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. DANTAS, Heloísa. A afetividade e a construção do sujeito na psicogenética de Wallon. In: LA TAILLE, Yves de; OLIVEIRA, M. K.; DANTAS, H. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GALVÃO, Izabel. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. 17. ed. Petrópolis: Vozes, 2008. GONÇALVES, M. F. C. Educação escolar: identidade e diversidade. Florianópolis: Pioneira, 2003. LA TAILLE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Kohl de; DANTAS, Heloysa. Piaget, Vygotsky e Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992. LOPES, Karina Rizek, et al. Livro de estudo: módulos II e III, unidades 1 a 8. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação a Distancia 2005. OLIVEIRA, Zilma Ramos. Educação infantil: fundamentos e métodos. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2007. PIAGET, Jean. A construção do real na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1976. PIAGET, Jean. Biologia e conhecimento. Petrópolis: Vozes, 1996.
QUESTIONÁRIO:
1- COMO É A SUA RELAÇÃO COM AS CRIANÇAS DA INSTITUIÇÃO, DE MODO
GERAL?
2 – VOCÊ GOSTA DE TODAS IGUALMENTE? OU TEM ALGUMA COM QUEM SE
IDENTIFICA MAIS?
3 – VOCÊ COSTUMA FAZER CARINHO EM SEUS ALUNOS OU OUTRAS
CRIANÇAS DA INSTITUIÇÃO, COMO ABRAÇAR OU BEIJAR?
4- EM QUAIS SITUAÇÕES DO DIA-A-DIA SÃO MAIS FREQUENTES AS
MANIFESTAÇÕES DE CARINHO?
5- VOCÊ SE CONSIDERA UMA PESSOA CARINHOSA COM AS CRIANÇAS COM
AS QUAIS TRABALHA?