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3,« FEIRA 27 de JUNHO DE 1854. i ¦ ¦ ¦ SÃO. PAULO. ANNO l. N.,;2. «»«™!!r___^^ PREÇOS A»IASTAI»OS. PQR ÓM ANNO. POR 6 MEZF.S 12&000 7£000 O Courkio Paulistano publicV-so t>los os dias cxeepto os de guarda. Subscrovc-sc no icrlptorio da.3p$»nhi. Imvakcial, rua nova de S. José 'i. M-. VnMirn irmtüitamontc iodos¦ i-s artigos de .ijilercssc geral. a,:M,5a. ss^blí^sífs rsü0l',c'?¦ Os anriuncios doss: .i^u.iuUs U.i.o inserção GRATUITA, ÍSB acedendo a 10 linluSl 1>0R 'UM ANNO POR 0 RUiZIiS 16#>QÒ0 í)©'0'()0 IttlBIlMUMIi, <Jor_ oração rte mão'morta. De ha muito que o pau inloiro rccla- ma do corpo legislativo uma medula tendente a fazer cessar o estado irregular e imprestável á que, em geral, estão rc- duiidososbens das corporações de mao morta. Muitos são os abusos introduzidos cm sua administração. Aqui nesta capital temos tido exemplos muito significati- vos de que o'pensamento originário da creação de taes corporações está quasi :3_3__5S=SS5==^^ 1' procurados pelos alugkílre*s por baratos : —hoje são os mais casos 1... D\\qui se vc que tfás corporações mais seòccupão do administração de seus bens do que de seu fim pri hordial. A com missão de fa.cnda da câmara dos Srs. deputados acaba de apresentar feliz- mente um projecto, sentido do cortar esse estado de cousas. Louvores pois se- jão dados aos Srs. Ta.jues e Ferraz dig- nos membros dessa cnmmissao. O primeiro passo está dado : dize- mos o primeiio, ponue entendemos (tal- vez estejamos em env) que a medida nuo foi completa, O nnjecto não providon rão que o futuro fará o resto... mas abi conlinua-so a animar a -indoleni ia em que vivem esses novos nwrgados. E com 'este exemplo l.à iram appareccndo outros pretendentes que á sombra da santa ms- litii içâo, visam uma vida fo\gada o mi- lagrosa,... ^FWfc«^l^ri^*n«^;:>.>'t*"^»*^»í^fw***,t*/M, COMMUNICAPO. ² í/,BBEB«j»B,e eoiafíar nua witiaaçâo? Quando oulrorò a política do paiz.lao allamenle complicada no exterior como depjoravel em lodosos ângulos,do impe- •¦ de 'uii'iÍYei& Cü^stfobúSi o ,d«Ym< i respocl ¦os ;oim uif U( oi cargos/ nm orms. 0'!f.plt.f"»!> Üia do p.VòccSor õ elciçã ¦á(lVniiíisf,rão t--- Q que devem oor lo.mp.! quo devem ser exercidos por philan- tropia, são, ao contrario, solliciladoscom empenho ; o mdividuo, uma vez nomoa- do, trata de se fazer reeleger no anuo seguinte ! Antigamente os prédios pcrlenconles a estas corporações distinguião-so e erão Má- rr< no con mm .. rc- \ vr Ow maçai•'¦ Jo js-.-íSOf. foro i"ií-lú:àiados:.'{)c!a a Mi ;t> m Esta e.víiívcios do f< acluuii, fiei *>cs>- ; porqúo, v\\ dexiaileucííi j dúsovç.ãü que so em o observa nos convênios, ás rendas o os bens a estes pertencentes são gaslos cm proveito de um ou outro abbade, com- ínissario ou prcsidenle, que a sós em seus convênios, vivem—vida elo abastados pro- prielarios, sem que a sociedade colha de sua existência o mais leve beneficio, üi- diencia passiva ; não tem impulaçáo. Alem dequeosystema utilitário do Beh- llvam é uma vara mágica que transforma os espíritos dcsabüsadós; e o Velho Brasil não ó daquelles que trepidam diante de qualquer emergência metálica. Vo pois o leitor do Correio que o Te- Icgraplw vai locar a uma conclusão a necessidade real e iiuleclinavel da publi- cação de artigos hebdomadários, onde se faça wmjuâeoáQ tudo quanto for oceor- rendo por abi alem. Ja o folhelim do Constitucional cm- prehendeu esta tarefa. Mas a fatalidade das coisas humanas privou-nos dessa,bel- Ia licbdomada. Por muito tempo nos O TEIiEftltAEHO. A nossa boa torra do Ypiranga não é uma dessas cidades em que a monotonia o esterilidade fez a sua" séde. Aqui, bem como na corte, multiplicam-so os aconte- cimnntos ; a população é ávida de novi- dades, e os espíritos morrem quando os typos não invadirem o gabinete do cada um, levando o registro dos fados que vão cahindo na publicidade. S. Paulo não ó uma cidade morta, um losareio em que se aninha a barbaria o estupidez, «s paiwos __, o .udo isso que vimos privados desse esonpü, ; .gur. se 1 ' l .,, ...i.„r..; .M/.ii.nVrt,!- nu Wvis nastrono- o ferrenhoTeíAo Brasil imaginou. El- le próprio disto- sabe : escreveu o que lhe mandaram ; foi uma victima da obc- sabo que foi vicliniia das leis da yastrono- mia. Umlolheliibque viajava com for ç,a de ,1)0 cavallo:;, jque comia simullanua .,' :i.... ei.' '!;"•. v.1.0 '.-.¦ o divorcio tio pensamonlu j»o- ¦ lilicd l-inlia chegado \i um.»t& da UUoIp- uli,ua,uiviainüo o concurso de aeção de todos os brasileiros para curar dos mau elevados interesses do pau; Quando ápar da impunidade o tralico d'aíVicanos invadia todas as províncias, ameaçando-as talvez em breve, de uma espantosa insurreição; Quando todos os melhoramentos mo- mente uma cncydopodia de viveres, que fazia vatapás de curaus, garopás diQ^mai1 virado, uvas do Bom Jesus, tudo isto eu- volto em cerveja e roleles de cana, Santo Duos, deu com o publicista na cruel éter- nidivdo, na melhor vida, como dizem as cartas de enterro. Não podia subsistir a lacunaf o o Te- Icgrapho quer supril-a. Saiba pois o assignanle d* Correto Paulistano que o presenle folhelim se incumbe de assignalar os suecessos da hcbdouuula. Em 7 dias vai tanto -ácon- tecimentoáquea historia tem direito. l»ara prulissão de que basto o quo vai dilo. Alem de que, sabem os leitores quanto vaie uma profissão. Rcvoga-se hoje um programuia com a mciiiuá facilidade com quese muda um presidente de S. Paulo. «.¦-- ¦¦&. ¦ •¦ .

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3,« FEIRA

27 de JUNHO

DE 1854.

i ¦ ¦ ¦SÃO. PAULO.

ANNO l.• N.,;2.

«»«™!!r___^^

PREÇOS A»IASTAI»OS.

PQR ÓM ANNO. • •

POR 6 MEZF.S

12&0007£000

O Courkio Paulistano publicV-so t>los os dias cxeepto os de guarda.

Subscrovc-sc no icrlptorio da.3p$»nhi. Imvakcial, rua nova deS. José 'i. M- .

VnMirn irmtüitamontc iodos¦ i-s artigos de .ijilercssc geral.a,:M,5a. ss^blí^sífs rsü0l',c'? ¦Os anriuncios doss: .i^u.iuUs U.i.o

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POR 0 RUiZIiS

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De ha muito que o pau inloiro rccla-

ma do corpo legislativo uma medula

tendente a fazer cessar o estado irregular

e imprestável á que, em geral, estão rc-

duiidososbens das corporações de mao

morta.

Muitos são os abusos introduzidos cm

sua administração. Aqui nesta capital

temos tido exemplos muito significati-

vos de que o'pensamento originário da

creação de taes corporações está quasi

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procurados pelos alugkílre*s por baratos :

—hoje são os mais casos 1...

D\\qui se vc que tfás corporações mais

seòccupão do administração de seus bens

do que de seu fim pri hordial.

A com missão de fa.cnda da câmara dos

Srs. deputados acaba de apresentar feliz-

mente um projecto, 'à

sentido do cortar

esse estado de cousas. Louvores pois se-

jão dados aos Srs. Ta.jues e Ferraz dig-

nos membros dessa cnmmissao.

O primeiro passo está dado : — dize-

mos o primeiio, ponue entendemos (tal-

vez estejamos em env) que a medida nuo

foi completa, O nnjecto não providon

rão que o futuro fará o resto... mas abi

lá conlinua-so a animar a -indoleni ia em

que vivem esses novos nwrgados. E com'este exemplo l.à iram appareccndo outros

pretendentes que á sombra da santa ms-

litii içâo, só visam uma vida fo\gada o mi-

lagrosa,...^FWfc«^l^ri^*n«^;:>.>'t*"^»*^»í^fw***,t*/M,

COMMUNICAPO.í/,BBEB«j»B,e eoiafíar nua witiaaçâo?

Quando oulrorò a política do paiz.laoallamenle complicada no exterior como

depjoravel em lodosos ângulos,do impe-•¦ de 'uii'iÍYei& Cü^stfobúSi

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que devem oor lo.mp.!

quo só devem ser exercidos por philan-

tropia, são, ao contrario, solliciladoscom

empenho ; o mdividuo, uma vez nomoa-

do, só trata de se fazer reeleger no anuo

seguinte !

Antigamente os prédios pcrlenconlesa estas corporações distinguião-so e erão

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Mi;t> m Esta dóe.víiívcios do f<

acluuii, 'à fiei

*>cs>- ; porqúo,v\\ dexiaileucííi jdúsovç.ãü que soem o

observa nos convênios, ás rendas o os

bens a estes pertencentes são gaslos cm

proveito de um ou outro abbade, com-

ínissario ou prcsidenle, que a sós em seus

convênios, vivem—vida elo abastados pro-

prielarios, sem que a sociedade colha de

sua existência o mais leve beneficio, üi-

diencia passiva ; não tem impulaçáo.

Alem dequeosystema utilitário do Beh-

llvam é uma vara mágica que transforma

os espíritos dcsabüsadós; e o Velho Brasil

não ó daquelles que trepidam diante de

qualquer emergência metálica.

Vo pois o leitor do Correio que o Te-

Icgraplw vai locar a uma conclusão — a

necessidade real e iiuleclinavel da publi-cação de artigos hebdomadários, onde se

faça wmjuâeoáQ tudo quanto for oceor-

rendo por abi alem.Ja o folhelim do Constitucional cm-

prehendeu esta tarefa. Mas a fatalidade

das coisas humanas privou-nos dessa,bel-

Ia licbdomada. Por muito tempo nos

O TEIiEftltAEHO.

A nossa boa torra do Ypiranga não é

uma dessas cidades em que a monotonia o

esterilidade fez a sua" séde. Aqui, bem

como na corte, multiplicam-so os aconte-

cimnntos ; a população é ávida de novi-

dades, e os espíritos morrem quando os

typos não invadirem o gabinete do cada

um, levando o registro dos fados que vão

cahindo na publicidade.S. Paulo não ó uma cidade morta, um

losareio em que se aninha a barbaria o

estupidez, «s paiwos __, o .udo isso que vimos privados desse esonpü, ; .gur. se1 ' l .,, ...i.„ r..; .M/.ii.nVrt,!- nu Wvis dá nastrono-

o ferrenhoTeíAo Brasil imaginou. El-

le próprio disto- sabe : escreveu o que

lhe mandaram ; foi uma victima da obc-

sabo que foi vicliniia das leis da yastrono-

mia. Umlolheliibque viajava com for

ç,a de ,1)0 cavallo:;, jque comia simullanua

.,' :i.... ei.' '!;"•. v.1.0 '.-.¦

o divorcio tio pensamonlu j»o- ¦

lilicd l-inlia chegado \i um.»t& da UUoIp-

uli,ua,uiviainüo o concurso de aeção de

todos os brasileiros para curar dos mau

elevados interesses do pau;

Quando ápar da impunidade o tralico

d'aíVicanos invadia todas as províncias,

ameaçando-as talvez em breve, de uma

espantosa insurreição;

Quando todos os melhoramentos mo-

mente uma cncydopodia de viveres, que

fazia vatapás de curaus, garopás diQ^mai1

virado, uvas do Bom Jesus, tudo isto eu-

volto em cerveja e roleles de cana, Santo

Duos, deu com o publicista na cruel éter-

nidivdo, na melhor vida, como dizem as

cartas de enterro.Não podia subsistir a lacunaf o o Te-

Icgrapho quer supril-a.

Saiba pois o assignanle d* Correto

Paulistano que o presenle folhelim se

incumbe de assignalar os suecessos da

hcbdouuula. Em 7 dias vai tanto -ácon-

tecimentoáquea historia tem direito.

l»ara prulissão de fé que basto o quo

vai dilo.Alem de que, sabem os leitores quanto

vaie uma profissão. Rcvoga-se hoje um

programuia com a mciiiuá facilidade com

quese muda um presidente de S. Paulo.

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<>CORREIO PAULISTANO.

Acaba o trafico de africanos.Consegue honrosas reparações do cs-

trangoiro.

êãBãsüâsnãflãíxi

raos, c industriaos, o os interesses ecorio-micos do Estado lulavãò com tantos em-buracos, c por outro lado a intolerânciados partidos poli ticos com suas mesqui-nhas c caprichosas questões, anarchisnvãocada vez mais este grande e bello paiz,

Quando todas essas circumstancias dos-animadoras assim predominavão;

Era sem duvida para esperar bem fu-nestas conseqüências, cujo termo estariano mais insondavel dos abysmos, nessecabos medonho em que furão sepultadasessas potências que em séculos passadostanta soberania bavião sabido sustentar.

Quiz porem a Providencia Divina, queo império da Santa Cruz, não passassepor maiores provações, para erguer-se no-bre o brilhante entre as mais nações, oinspirando o monarcha brasileiro para aescolha d'oquellcs que devião compor ogoverno em uma quadra tão ameaçadora.

De um grande circulo de homens dis-lindos por suas luzes, virtudes, c serviçosrovclanlcs, desse circulo que representa"immessa maioria do paiz, o monarcha

Espolie o tyrannode Bucnns-Ayres, fi-xa limites do território do império comnações vizinhas, e as protege nobremente.

Melhora consideravelmente as finanças.Anima, promove, e protege os molho-

ramenlos das vias ifc communicação, en-thusiasmando mesníü o espirito publicono interesse do estabelecer empresas nosdiversos ramos de industria, e estudos sa futura grandesa forão lançadas.

magnânimo pensamento que, em nossoentender, nos parece perçursor de vastasconcepções que para o futuro hãodo darao paiz o ao monarcha brilhantes e lison-geiro resultado.

Venhamos á opigraphc inscrita —cumpre confiar nn situação ?

E' visto quo a imprensa, que se fazcargo de representar a opin.ião, não pôdelançar ás brumas do esquecimento essepassado que abi vae : as sementes de nos-

lira o governo.Este governo não desconhece esse esta-

dyalamilosoem (me se acha o .paiz..conscio na necessidade de remover tãograve situação, cheio de esperanças nomonarcha, c nos suffragios da nação,firme em suas convicções ordeiras, justase progressistas não duvida que correspon-deria a confiança dá coroa, o dó paiz, 0por isso toma sob sous hombros a diííicil,porém gluriosa tarefa de restabelecer ocredito nacional por lautos modos com-prometlidos c tantas vezes detrabido.

Fique pois estabelecido que o nossoprogramma ainda não está assentado. Se-rá o que der a sorlo o a penna. Hojemudam-se as coisas com o vento, estamos"a época da versatilidade, segundo outrosda conciliação. Ergo, cuidarei de me irconciliando com os assignantes desta fo-lha do melhor modo que for possível.

Mas antes de entrar em matéria urgeuma explicação.

OTcUgrapho não professa opinião po-Ülica, como tclegraphoj proceder de mo-do diverso seria desnaturar a missão deinstrumento noticioso, de machina poronde se Iransmillem noticias.

Demais, ainda que esta hebdomada sefizesse cargo de escorar esta ou aqucllaparcialidade, o Correio nem o acolherianeste recanto de sua folha, pois que, ládiz o prospecto, que seu fim está ligado

moraes.

Faz reformas, quer nas pequenas, quernas mais altas repartições e estabeleci-montos públicos.

Allendeo exercito c marinha quo tan-tos c tão assignalados serviços tem prós-tado ao paiz.

Tantos outros actos praticara, não so-menos, que não nos daremos ao trabalhode innumcral-os, porque iriamos lon»ntodos o sabem e gosamos.

'a';.

As fadigas de tantos trabalhos grau-diosos reclamando algum descanço, sedescanço podem ter homens lão dedica-dos no estudo dos interesses públicos,

uuiiarao r\!\.r.a. siujtí&iüir. oíhItar. <\iilí\f,livc\s'-

desse mesmo circulo, de que acima fal-íamos, qs quaes não menos proeminentesque aquelles, compojierão o governo ac-lual, que tem continuado na observan-cia dos mesmos princípios, c animadotambém de patrióticas intenções tem con-cebido e vai realizando a magestosa idóada conciliação como proclamou em seuprogramma.

Triumphe ei Io m r cá ligação desse

aos rcaes interesses dá provincia, francoá Iodos os pensamentos.

Todavia o peccar 6 humano ; se o Te-legrcipho deslembrar o preceito, cuidaráde conciliar-se.

—A semana, por meu bem, correufértil. Estamos no termo do mez de junho— época em que os habitantes do Uni-verso, salv.o o eiro, foijlejam oS. João eseu cailega do Apostplado, declarandoguerra de logo á tudo que é combustível.

Mal de nós neste domínio de pólvora.Não ha segurança individual por essaspraças, porque o garoto mune-se do umainvenção satânica e incendiaria chamada—òuscapé— na lechnologia dos. fogue-teiros. Sim, não ha segurança indivi-dual. E'claro que não se mata ; mas odysçolo fica com direito salvo de assar-nosa pelio', queimar-nos bs vestidos,* ,»So-

Confiar no porvir , coadjuvar asproeminencias que para eljo nos diri-gom, e depois pedir-lhes conta de suamissão, se por más veredas Iransviarem.

Em quanto assim não for, todos osque, bem como nós miramos o futuro doBrasil, sobrancoirosaos debates das frac-cães cgoislas lemos um dever calhegoricoa cumprir,

E' eile — não estorvar a marcha dagovernança. obser\tal-a em seu caminho.

Si for o verdadeiro caminhar da Na-Ção sua causa é a nossa.

Se ao contrario, os braços cruzar aoreclamo do paiz, na opposiçãose erguerámoj uma tenda de guerreiro.

JSova paMtettyão peiioílica.Temos o prazer de communicar aos

nossos leitores, com especialidade aosagricultores o índuslriosos d<>sla provin-cia, o publicação mensal feita no Rio deJaneiro de um jornal ~ o Agricultorbrasileiro,

hro tudo o pobre homem do capote é oalvo da barbaria. Como bade fugir daluntujem do foguete o cidadão cncapolado,que se arma de capoto para aquecer-se naestação do frio, nas invemosas noites deS. João ? E as Posturas ? Pois não haabi no código municipal uma disposiçãoque revogou esses instrumentos de oxler-minio, esses verdadeiros instrumentos deguerra, engendrados por certo pelo feioRusso ?

Pois a postura caducou, como o regula-monto que entogou a magistratura ?

Que é dos pedestres, dos íiscaes, dospermanentes, de todos esses elementosdo ordem que na noite de S. João devemproteger o cidadão, que nenhuma lei de-clarou combustível ?

Km quanto algum chrislãò cuida deapontar onde está a eifícacià da postura

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CORREIO PAULISTANO. 3

A necessidade de publicações que sededicassem á propagação dos conheci-mònlos dirigidos aos melhoramentos danossa agricultura, era geralmente sen-lida.

O jornal—Aúxüiador da Industria—

que também se publica no Rio de Janei-ro, poslo seja do muito interesse para osagricultores e outros industriosos, quizo-ramos que fosse mais pratico, mais acoln-modado ao estado de ihstrucção clerncn-lar d'aquellcs a quem se destina instruirnos preceitos e regras praticas da agri-cultura em nosso paiz, do que tão tlieori-co amigo das formulas uzadas nas scien-cias para resolução do problemas e ana-lyscs da chimica, ele., que só podem serentendidas pelos homens scientiíicos.

Em semelhante matéria seguimos amáxima dos americanos inglezos —prali-cac que sereis mestre.

O Agricultor Brasileiro eomprehcndcu

perfeilamento o sentido desta máxima, oreconhecendo a necessidade de removeros inconvenientes que obstam o conheci-monto pratico indispensável para molho-rár a nossa agricultura, quer pela leiturade arljíios^adaptad.os .ao.esJ-adõ, em gera!dos nossos agricultores, quer em relaçãoáapplicüção dos instrumentos novos, queproscrevam cs mãos resultados que a ro-tina o velhos usos tem causado, o Agri-cultor Brasileiro, dizemos, tem despidoo mais possível as suas publicações de tu-do quanto podia diíficultar na leitura deseus artigos o conhecimento claro, come-zinho, que deve oslar ao alcance mesmodo indivíduo de menor inslrucção ele-

municipal, venha outro assuniplp subsli-tliir a indignação, que nos causa a ousa-dia do qualquer caixoiro do laborna quenos tranca as ruas com barricadas debombas e òuscapés.

—Regressou a final o artista prcdileclodo nosso theatro, o segundo aclor brasi-loiro, na denominação geral.

Já a população se linha avezado a au-dienciadosexpectaculos regulares.a man-queira dramática linha cessado com a ap-pariçao desto aetor, que veio elevar ascena as alturas correspondentes a civili-saçãoda terra, quando a companhia Ma-cedo viajou para campinas, onde o Sr.Augusto so demorou.

Vimol-o nos — Filhos do Eduardo—onde executou um caracter especial como talento quo o distingue.

—A entrada do Sr, Saraiva fui mar-

i se ofloreça com o exclusivomontar, qne.se tem.dedicado a'nobre vi-

da da lavoura.

O Agricultor Brasileiro, continuandodesse modo, procurando, quanto puder,traduzir sempre em linguagem oommumessas formulas, explicar os lermos techni-cos das maiorias scienliíicas de que seoecupar, satisfará completamente um dosmaiores desejos de nossos lavradores, ámuitos dos quaes temos ouvido queixascontra o uso dessem limos quo nãoentendem, porque não aprenderam algo-bra, chimica, phjsica, ei;, para conhece-rem os siguaos e valores caraclóristicós oo lechnismo que lhes deixa sempre na ig-Uoranciâ do que sejam—oxido, sulfato,sulfar, carbonatq^silicato, silicia, urgi-Ia ele.

Desejamos que o Agricultor 'Brasileiro

continue, como ó de esperar, a preenchertão bem como alé agora o programma á

que se propoz desempenhar, que muitose valiosos serviços prestará aos agriculto-res, c outros indtislriosos do paiz, á quemrccommeudamos a sua I itura.

E para quo os nossos leitores o apru-ciem, e julguem de sua utilidade, damosaqui a trafistinpçãõ ou t^aiute artigo (iaintrodução do seu primeiro numero.

umioDucçÀü.Quando o genio do progresso se apre-

senta a proteger o desenvolvimento detodas as idéas gramliososas (pio podemelevar um eslado ao mais alto gráo deprosperidade, e a imprenso lão nltamon-te falia em nome dos melhoramentos detodos os ramos administrativos o scien-cias úteis ao engrandecimenlo dos povos,não será certamente eslratihavçl que uma

cada para 2/i. Ja se vê que a tarde des-se dia devia ser cheia para o povo.

A entrada de um presidente sempre foiuma festa de grande pompa, As ruas dacidade desde o campo da entrada se cru-são de ondas de povo, e ns janelas se a pi-nhão de pessoas de duas classes; mada-mas, que querem ajuizar da feição presi-dencial, e que valicinam o futuro politi-co pela beleza ou fealdadò da autoridade,e velhos que, á seo comínódo postados no

peitoril das casarias, declinam do cncòn-troou do passeio pc-las alcanliladas po-.drarias que abi vam por essas praças.

Grande reboliço usual houve por abialém. A guarda nacional que nestas

questões representa papel significanle of-fuscando o povo com clragònas e espada-

gões ostentou-se helia o radiante, parafazer as honras á ouloriupde;hospede.

nova onfprczíintento de oecupar-se do imporianto ra •mo da rgricultura.

Os aperfeiçoamentos que so tem itilio-dozido ja em vários ramos dá administra-ção em vista de proteger o engrandeci •monto do Brasil, com quanto prometiamos melhores e mais seguros resultados emrelação aos fins a quo são dirigidos, po-dem todavia soíTrer entorpecimento iiasua marcha e ictardar mesmo o aprovei-lamento do sens grandes benefícios, se atempo não forem estudadas as relações oefloitos recíprocos das diversas fontes dariqueza publica, pois que todas cilas sãorodas de, nma grande machina, cujo re-guiar impulso depende da justa proporçãoe harmonia do cada uma de suas peças.

Da grande machina social ó o agricullura uma das mais imporla.nles parles,porque delia nasce o movimento quo vaianimar Iodas as outras.

Sem a agricultura nao pode haver com-moreio, nem subsistem as artes e indus-Irias ; cila 6 a primeira e mais poderosagarantia das rendas publicas, e augmen •lam.se com eUas as relações comme rei a esdas nações.

Em paizes novos, como é o Brasil, on-do se trata do os li r par vícios, destruir comvicções errôneas e inveteradas, precn-cher as lacunas que a experiência temdemonstrado e cujos remédios o tempoo o estudo tem i.ndicado, torna-se da ma-ior importância acompanhar esse estudo,un.iiyzar ,.s qursiues qufc jWlmuffu

"aT"te lição publica, c ajudar mesmo a levara convicção aos ânimos mais rntineiros,se é possível liavel-os sob um clima ontloa intelligencia divina parece caprichosa-mente

'.influir no aperfeiçoamento do ra-

ciocinio e da compreliençãó humana.Mas, quaesquer que sejão as circums-

lancias favoráveis ao fácil d rápido en-grandccjmenlo da agricultura, sempre sotornão da maior utilidade as luzes que sediffutidão sobre os diversos ramos que ainteressão.

No Brazil tom sido este objecto pouco

Não digo novidade quando exprimo

que os eommenlarios são infalliveis nes-Ias pocasi.òes. Um abolhudo critico, nos-to do observação junto aos velhos murosdo cemitério, notou quo o encontro foiquasi exclusivamenteoflici.il : alguns aris-toebratas da terra deixaram do comparo-

çpr. Todavia essa circunstancia não im-portou para a solemnidade da recepção,pois que o Sr. Josino teve a cautela dedirigir convites para o caso.

O compositor, que entre nós, é um po-der ilcspola das lypõgraphias, vem dizerque não sobra espaço para a conclusãodeste ai ligo. Fique o mais para logo.

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¦4 CORREIO .PAULISTANO.

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considerado , não se tentou ainda a cria-

ção lão útil ilc uma escola de agricultu-ra ; não se tem animado por meio de ro-compensas o estudo e publicação deobras que d'ella tratem; a inlroducçáode maquinas para substituir os trabalhosmanuaes não (oi ainda animada ; a cul-tura do diversos produclos não só nãotem sido protegida como mesmo tem sidodesprezada a de alguns outros, como a doalgodão, do anil e do trigo, que já derãolucros aos seus cultivadores, e que bojeestão abandonados.

A colonisação, da quil deve provir asubstituição dos braços que tendem a di-minuir, e que boje fazem todo trabalhoagrícola, não mereceu ainda até hoje ahonra de ser firmado sob princípios sys-temalisados.

Finalmente as estradas o syslemas detranspo-los, nos quaes presentemente seconsomem os lucros dos agricultores,soffrem um censurável abandono.

Em laes circumstaneias, quando lan-los motivos concorrem a obslaí o pio-gressivo desenvolvimento de lão impor-lauto matéria, apparccc o Agricultor Ira-sileiro, periódico mensal, que tem porfim fornecer aos lavradores e fazendeirosdo Brasil todas as noticias importantessobre a agricultura ; e não só tratará deindicar os syslemas de estradas, transpor-les c colonisação, que melhores parecemaos redactores, como lambem de fome-cer conhceimenlos_sobrc o emprego demaquinas7*uÍÍTídatle da cultura de mui-tos vcgelacs, horticultura, conslrueção,

preparação do terrenos, estudos botânicosmeios de aproveitar diversos produclos,criação de diversos animaes úteis, &c.

Além destas matérias que serão minu-ciosamente estudadas e desenvolvidas, oAgricultor brazileiro dará em cada nu-mero uma nolicia dos preços obtidos cmdiversas praças estrangeiras sobre pro-duelos da agricultura brazileira ; não

prescindindo lambem de fornecer noti-cias sobre o tratamento de diversas mo-lestiás freqüentes entre os escravos.

O Agricultor brazileiro pretende em-fim, indicar todos os meios pelos quaespossão os fazendeiros empregar menorescapilaes, o obter maiores lucros da sualavoura, lão necessária o importantecomo nobre para aquellcs que á cila sededicão.

Árdua 6 a tarefa de que se fazem car-go os redactores ; mas Clles conliáo que oconcurso das intelligencias esclarecidas osauxiliarão a dilfundir conhecimentos delauta magnitude, oferecendo para estoliin as paginas do Agricultor a quaesquerconsiderações ou noticias (|ue possão in-teressar a lavoura : c esperão que os agri-cultores e fazendeiros concorrerão a sus-tentar esla empreza, que lhes ó parLicu-(armênio consagrada.

Cada numero será ornado de gravurasdesenhos, não só do maquinas úteis o deedificações agrícolas, como também de

plantas e de animaes, cujas descripções cesludos servirem de maiorias aos artigos.

Tão incontestável é a importância denossa missão, que nao duvidamos espe-rar a geral aceitação e alta prolccçáo ánossa empreza, que procurará

tornar-se digna do acolhimento com quefòr honrada pelos agricultores do Brasil.

A Rkdaçgão,

Pelo vapor «Josefina» entrado noporto do Rio de Janeiro no dia20 docorrente, procedente dos porlosdonorte, vicrão as seguintes noticias:

O Sr. Dr. Olytnpio Machado, pre-sidenle da província do Maranhão,achando-scgravemente enfermo, pas-sou a presidência ao Sr. BrigadeiroMagalhães, primeiro vice-presidente.Nadata das ultimas noticias S. Ex.tinha obtido algumas melhoras.

--Em lcó, no Ceará, fora apprc-hendida a quantia de Rs. Ii:l\h0$)em notas falsas de 20$000 rs.

— Em Pernambuco tihhão apparc-cido muitas notas rasgadas, o quecausava embaraços ao commcrcio,por serem regeiladas em algumas re->partições publicas.

—Nas Alagoas rcappareceu inlc-lizmonte a lebre amarclla.

O Sr. Capitão de 2.a linha José1 Bodrigucs da Silva Menezes foi rclbr-üiado no pusloVle major, com o sol-do que vencia.

O Exm. Sr. Barão de lguapc nãooffereceu, como homem dissemos, osnovos paramentos á irmandade de S.Bencdicto, c sim offertou l\.00$ rs.para essa acquisição, (pie aliás impor-tou cm mais de um conto de réis.

Amanhã /28/ fechar-se-ha a malapara o vapor «Fluminense, » as lio-ras do costume.

No dia 20 do corrente, represen-tar-sc-ha, em beneficio do porteiroda companhia o drama—Luiz de Ca-mões—e a farça—Maricola, ou oseffeilos da educação.—

Na madrugada de hoje evadiram-se o presos da prisão forte.

Praticaram um arrombamcnlo nomuro que dá frente para o largo, cá-vando uma mina em direcçãp á rua.A senlinella, pelo tropel dos que fu-giram, acodio á foz da mina, e evi-lou a fuga dos companheiros de pri-são que ja estavam prestes a ver olargo.

Publicaremos os promenores des-lelaclo, tão curioso como o primei-ro que se deo este mesmo anuo.

O Dr, chefe'de policia está proce-(lendo em averiguações.

sempre

Hoje mesmo o Exm. Sr. presidentoordenou ao Sr. engenheiro civil Josó1'orlirio de Lima, que, com o Sr. majorde engenheiros Luiz Josó Monteiro, orçocom a maior urgência o concerto da pri-são n. 1." denominada — forte— dacadeia desta capital, aonde leve lugar amina praticada pelos presos, cuja fujalemos annunciado,

O Sr. Dr. Josino correo hoje as re-partições publicas,e quartéis do corpofixo o permanentes para fazer sua des-pedida. Em cada um desses logaresagradeceu a coadjuvaçao prestada ásua presidência no desempenho doserviço publico.

Ao entrar no quartel do corpo fixoencontrou um desses infortunadoschamados praça, carregado de armas,solírendo um desses supplicios quea imaginação do conde Lippe soubeconceber. A seu pedido foi a vic-lima aliviada.

Os 3 presos evadklos hoje da ca-dôasão :

João Gavião.Domingos Ferreira da Silva.Joaquim Boza.Todos condemnados á pena de

morte, e appelíaclos pelo juiz de di-rei to.

Ei § S H H / « I ' /Lm^J' M- J3L- -i--a. -M—£9

A câmara municipal desta imperialcidade, pelo presente faz saber, quehoje prestou juramento e tornou pos-se do cargo de presidente desta pro-vincia o lllm. e Exm. Sr. Dr. JoséAntônio Saraiva, nomeado por cartaimperial do \. ° do corrente mcz.

li para que chegue á nolicia de to-dos será este aílixado nos logares docuslume, e publicado pela imprensa.

Paço da câmara municipal cm S.Paulo 2G de junho de 485/i.— Dr.AiSACLETO JoSe' RlllElRO Coutinho,

presidente. —A. José' Barbosa daVeiga, secretario.

ANNÜNCIO.PBEV1NE-SE ao publico que não

faça transaecão alguma com João Jac-quês Osvald,sobre trezleltras firma-das pelo abaixo assignado, e abonadaspelo Reverendo Padre Mamede JoséGomes da Silva, sendo cada uma dovalor de rs. 500$000, por quantoo abaixo assignado vai usar do direitoque lhe assiste para nullifical-as.—S. Paulo 2G de dezembro de 1854.

Luis Per igault.

S. PAULO.— 185A. — TypographiaIMPARCIAL de Marques & Irmão

Uua Nova de S. José n. 47: