Apicultura Extensiva Natural Oscar Perone

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    ZYX y CBA da Apicultura Extensiva Natural

    Oscar Perone

    A maioria dos conhecimentos tericos que possumos, e que baseiam a maioria das tcnicas queusamos, vem de muito tempo atrs, e insensivelmente, nos deixamos adormecer sem ter vontade derevisar o aprendido usando as cinco ferramentas necessrias para ter critrio prprio: Poder deobservao, poder de reflexo, lgica, sentido comum e instinto.

    Nos iludimos com teorias provenientes de empresas fabricantes e comerciais de implementosapcolas, editoras ao mesmo tempo de catlogos de seus produtos, disfarados de livros deapicultura, nos quais claro- se recomenda o uso e

    abuso de quanto elemento tenha sido inventado pelos prprios ou no, onde metodicamente seenumera todo o necessrio para ser um bom apicultor.

    Catlogos que no so esclarecedores, pois o editor-autor, entre outras coisas, no faz uma analisecomparativa entre os implementos, pois no quer ficar mal com nenhum dos seus fornecedores(Exemplo: Este implemento aparenta ser melhor do que aquele, porm existem muitos apicultores

    que pensam o contrario) com o conseqente dano mental para o leitor, que pensa que o que l umlivro tcnico de apicultura; necessrio para aprender, sem perceber que um catlogo de venda.

    Cremos que j hora de que estas questes sejam discutidas, pensadas e meditadas com base nascinco ferramentas mencionadas, porm tambm com o bolso (O dos apicultores, claro) que o mais

    prejudicado j que o tema no est sendo tratado com o devido cuidado.

    E para fazer desta maneira vejamos onde cremos que esto as incongruncias, as falhas, e de quemaneira estas incongruncias e falhas nos levam a cometer erros nas tcnicas que usamos e que nossaiam carssimas, ainda que mais de uma vez este custo passe despercebido por crer de ps juntosno que est aceito como o que deve ser e nos deixar levar a um erro comum entre os apicultores:Mais de una vez acreditamos que sabemos de apicultura mais que as abelhas.

    1. A temperatura do agrupamento interno invernal

    Aqui nos reportamos a quem possivelmente tenha sido o maior estudioso do tema.

    Nos referimos ao Dr. C. L. Farrar, do laboratrio de Entomologia e Quarentena Vegetal doDepartamento de Agricultura dos Estados Unidos, que escreveu um artigo e publicou no Gleaningsin Bee Culture, em setembro de 1943 (Observem as datas), destacando-se o seguinte:

    O agrupamento interno invernal de abelhas no visa aquecer o interior da colmia."

    "Durante os anos de 1929 a 1931, o autor estudou as temperaturas do agrupamento de abelhas dacolmia, registrando dados em colmias de dois corpos, equipadas cada uma com 118 ou mais

    pilhas termoeltricas. Se compararam colnias alojadas em colmias de paredes simples com outrasde paredes duplas e colmias comuns protegidas com graus extremos de isolamento.

    O uso de muitas pilhas termoeltricas distribudas em colmias de dois pisos determinou o fato deque durante um perodo frio prolongado, a temperatura do ar que rodeia o agrupamento internoinvernal de abelhas se aproximar da temperatura exterior, independente do grau de isolamento dacolmia.

    Um alvado bem reduzido suficiente para que se formem correntes de ar suficientemente grandespara que se produzam correntes, que dissipam a pequena quantidade de calor que o agrupamentointerno invernal de abelhas irradia de sua superfcie.

    o agrupamento interno invernal de abelhas produz seu prprio isolamento contra a perda de calor.A concentrao isolante de abelhas muito apertadas, fechando os espaos entre os quadros equaisquer clulas vazias, em um espao que varia de 3 at 7 centmetros, o protegem exteriormente,e as abelhas mais soltas agrupadas no centro geram calor.

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    Daqui se deduz que so errneos os reiterados conselhos que se do de reduzir o espao da colmiano inverno com o equivocado conceito de que um espao grande dentro da colmia esfria oagrupamento interno de abelhas. .

    Este equivocado conceito induz a erros na tcnica usada, como o uso do tristemente famosoponcho, ou o uso de uma entre tampa entre agrupamento de abelhas e as reservas de mel paraque no se esfrie o ninho..

    Tratemos a maneira de exemplo primeiro o uso do poncho :

    J sabemos pelo que estudou o Dr. C. L. Farrar que as abelhas no pretendem aquecer o interior dacolmia, e que a temperatura desta se igualar cedo ou tarde com a do exterior pela simples razo deque existe uma pequena abertura no alvado, e que intil diminuir o espao para que ele "noesfrie.

    Tenhamos em conta agora que o agrupamento interno invernal de abelhas constitudo por seresvivos, que respiram e transpiram, criando por isso mesmo umidade.

    Umidade esta que ao encontrar-se com una lmina de plstico necessariamente mais fria devecondensar e cair sobre o agrupamento de abelhas em forma de gotas criando excelentes condies

    para o desenvolvimento de micoses(enfermidades originadas por fungos) entre outros muitos inconvenientes que poderemos imaginaragora que estamos considerando os fatos tais como sucedem na realidade.

    Consideremos agora como exemplo o uso de uma entre tampa entre o agrupamento interno invernalde abelhas e as reservas de mel.

    J sabemos que diminuir o espao no s intil, mas prejudicial porque a umidade gerada no temonde condensar-se o mais distante possvel do agrupamento invernal, sem causar prejuzo e paracompreender como acontecem as coisas em nossas colmias.

    Para conseguir evitar este prejuzo, tenhamos em conta por um momento como esto dispostas as

    coisas em uma colmia habitando um oco de uma rvore, ou seja em seu habitat natural onde aabelha tem claro o que precisa fazer para sobreviver desde pelo menos trinta e cinco milhes deanos.

    Numa colmia natural o agrupamento interno invernal de abelhas e as crias, quando existem,sempre esto abaixo do mel e isto acontece por que o mel operculado alm de ser reservaalimentcia, tem outras duas funes pouco recordadas ou pouco conhecidas:

    Primeira, o mel no s serve de reservas alimentcias como a funo de ajuda na calefao doninho, tendo em vista que o quadro de mel operculado na sua totalidade um material de altainrcia trmica (material que absorve e perde com dificuldade temperatura). Um exemplo dematerial com alta inrcia trmica o concreto armado e quem tem a experincia de no poder

    dormir debaixo de um teto deste material no vero sabe que o concreto armado absorve comdificuldade todo o calor que recebe durante o dia porem que demora muito em perd-lo durante anoite.

    Esta funo de estufa obtida pelos quadros com mel e isso explica tambm por que convenienteque as colmias tenham abundantes reservas e que no inverno recebam o sol durante o dia.

    Outro dado no levado em conta ou pouco conhecido o de que o agrupamento interno invernal deabelhas faz com que a parte do quadro ocupada por ele tenha a mesma temperatura do interior doagrupamento, aproveitando desta maneira a alta inrcia trmica do mesmo para ajudar na tarefa deconservar a temperatura necessria, mas tambm para que as abelhas possam desopercular osalvolos que contm mel, coisa absolutamente impossvel de ser realizada pelas abelhas em

    oprculos com alvolos frios.Segunda, com os quadros vazios que por sua imensa superfcie so verdadeiros radiadores, que seencontram encima do ninho que onde necessariamente vo parar os vapores de gua da

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    transpirao, esta ter onde condensar-se sem causar dano.

    Com todos estes dados poderemos compreender agora porque morrem colmias com reservas demel quando estas esto separadas do agrupamento de abelhas invernal por uma entre tampa.

    Este elemento corta o caminho do agrupamento interno invernal de abelhas para chegar s reservase mesmo que estejam a milmetros do agrupamento, como se estivessem noutro universo:

    Impossvel chegar at elas sem dividir o agrupamento, que o mesmo que uma condenao seguraa morte, e desgraadamente para amargura de todos os que tiveram, por usar uma entre tampa destamaneira, que enfrentar a metdica morte de suas colmias.

    O mais triste (e j escutamos a expresso) que isto usado para dizer: Por mais mel que se deixe,no o querem, morrem igual.

    Vale aqui recordarmos este sbio e antigo dito em apicultura: As abelhas no morrem de frio,morrem de fome.

    Este um clarssimo exemplo do que dizamos quando afirmamos que so os apicultores quepagam o preo devido a erros aconselhados por tcnica errada passada por produtores/comerciantesde equipamentos apcolas. E o que mais triste, os que mais alto preo paga so os apicultores

    novos, as pessoas que a cada ano se acercam da apicultura para aprender e que cometem erros quena maioria das vezes os deixam fora da profisso de maneira definitiva, como por exemplo, as quetodos os anos compram quando esto se iniciando em apicultura, extratores de mel, que na maioriadas vezes nunca chegaro a usar porque no tm suficientes abelhas, e se chegam a usar ser paracolher as reservas invernais de suas primeiras e por isto mesmo ltimas colmias, sem saber queisso no se faz, sem pagar o conseqente preo em morte ou enfermidade das colmias.

    2. As reservas e as doenas A relao entre elas

    necessrio que primeiro analisemos o conceito de Produto Orgnico:

    Diz-se que um produto orgnico quando a cadeia de sua produo no teve contato com produtossintetizados que o contaminem, conservando sua condio de produto natural. Aqui queremos darnfase a palavra natural.

    Ou seja, um pssego ser orgnico, quando no tenha sido contaminado em sua produo ecomercializao.

    Porem observemos: Um doce elaborado com este pssego orgnico e acar orgnica, cuidando quena elaborao e comercializao no se contamine Pode ser denominado Doce de pssegoOrgnico? Diz a lei que sim, porem consideremos o seguinte:

    Assim como o eltron a unidade da eletricidade, e o fton a unidade da luz, a unidade da vidaso as enzimas.

    Isto assim porque todo processo que realiza um ser vivo um processo enzimtico.

    Sem enzimas impossvel que guiemos um olho, respiremos, caminhemos ou pensemos, pois emcada um destes e de todos os processos da vida, necessrio um tipo especfico de enzima.

    Porem talvez o mais importante, sem enzimas impossvel que chegue a cada uma das clulas queformam nosso corpo a informao estrutural que provem desse alimento consumido assim comoest na natureza: cru.

    Como: exemplo:

    Pensemos que o corpo vivo o hardware (todo o que se pode tocar em um computador) e oalimento o software (todo o que no se pode tocar, como por exemplo os programas que fazem

    funcionar o computador)Com esta informao estrutural, com este software (O manual se queres) cada uma dessas clulas

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    ter a informao precisa para comportar-se como necessrio e para que tudo funcione como preciso, em fim, para que tenhamos sade.

    Pensemos que um dos processos mais importantes para nos, os seres vivos, o processo deassimilao, sem o qual no possvel que a vida siga.

    Deus em sua infinita sabedoria disps as coisas na natureza de modo que cada uma que possa ser

    convertida em alimento contenha em si mesma as enzimas que permitiro, ao ser que ingira essacoisa, poder digerir-la e assimil-la.

    Por exemplo, nos hidratos de carbono crus (como a erva) est presente a hidrolisa que a enzimaque permite que possa ser digerida. Nas protenas cruas (como a carne crua) est a protease que

    permite que possam ser digeridas. Nas gorduras (tanto animais como vegetais e sempre que estejamcruas) est a lpase que permitir que estas possam ser digeridas e assimiladas para dar sade e vida.

    E isso o que falta aos alimentos cosidos, pois as enzimas so destrudas pelo calor. Em umexemplo do software, pensemos o que ocorreria se colocarmos a ferver um pouco o CD antes deinstal-lo no computador.

    E aqui paremos e pensemos na diferena entre alimento e comestvel. Muitos acham que so

    sinnimos porem so antnimos:Alimento todo o criado por Deus para que sirva para nutrir os seres vivos.

    Um alimento conta no s com nutrientes (aminocidos, minerais, enzimas, etc.), tambm e talvez omais importante com informao estrutural, os elementos que brindam o ser vivo que os ingere, aentropia negativa que necessita para manter-se vivo e so.

    Alimento em uma palavra todo elemento natural que brinda a natureza e que forma parte dacadeia trfica: Vegetais, herbvoros e seus parasitas, carnvoros e seus parasitas, insetos e seus

    parasitas, e os que trabalham na decomposio tornando o solo frtil onde crescem os vegetaisaproveitando os minerais.

    E a cadeia recomea com ele.Comestvel em troca tudo o criado pelo homem e sua indstria. Comestvel em uma palavra, sinnimo de mastigvel, e provem do final de uma cadeia de elaborao e comercializao e que

    pretende sem conseguir alimentar, que pretende ser comida e no , e para que foi necessrioinventar a expresso comida chatarra.

    Comestvel algo que no existe na natureza, que no cresce debaixo do (pense se existe em algumlugar, uma rvore ou vegetal do qual caiam penduradas garrafas de refrigerantes ou os salgadinhos)

    Porem comestvel tambm um alimento que tenha sido desnaturado pelo homem por meio do fogo(somos o nico animal que cozinha o que come), cozinhado, fervendo, assando, fritando, etc.,Matando as enzimas, destruindo a informao estrutural necessria para que as clulas desse servivo que o ingere continuem com vida e com sade (o exemplo de ferver o CD).

    E no interior do nosso corpo isso que ingerimos como comestvel (ou seja, alimento destrudo pelofogo ou produzido pela indstria que sistematicamente destri as enzimas, tratado como txico

    pois outra coisa no .

    E esses txicos nos desequilibram, nos estressam, nos debilitam, criando as condies para que asenfermidades se desenvolvam livremente.

    Observando os Hospitais abarrotados, veja voc mesmo, que se utiliza de uma clnica privada,fazendo fila para sacar nmero igual que nos Hospitais Pblicos dos quais pretendeu fugir, para

    justamente, no pegar filas.

    O convidamos a pensar se ser bom comer algo que simplesmente no se deixa perder porque estmorto e convertido em algo plstico que no tem vida e que por isso mesmo leva a morte.

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    por isso que o doce de pssego orgnico no natural porque para elabor-lo, foi preciso fervero pssego e o acar e isso os desnaturaliza de maneira irremedivel. E por mais que o consumidorassegure e certifique que o pssego e o acar utilizados para fazer o doce sejam orgnicos, o

    produto que o consumidor compra, no o que buscava: Um produto natural.

    De tudo isto conclumos que o nico doce natural que existe no planeta o doce de flores, que onico preparado sem cozinhar e que elaborado por nossas amigas as abelhas (o outro nome do

    doce de flores mel).

    Atente agora: Para fabricar acar ou glicose ou Sucrodex ou Levudex, etc. etc. necessrio para aindustria o uso de cido sulfrico, alm de altssimas temperaturas que destroem qualquer tipo devitaminas e enzimas que existe no caldo da cana de acar ou qualquer outra substancia naturalutilizada no inicio do processo de fabricao.

    O que acredita voc que vai acontecer quando estes elementos qumicos (o acar ou qualqueroutro substituto de alimentao natural e o cido sulfrico entre outros to daninhos) passem pelotrato digestivo das pobres abelhas, as que por terem sido ROUBADAS pelo apicultor dono dascaixas que habitam, de suas reservas de mel, so alimentadas com estas substancias que so maisbaratas?

    Fcil de imaginar:

    Vo precisar de todos os elementos necessrios para manter sua sade.

    Vo abrir de par em par as portas para que passem por elas com bandas e fanfarras todas asenfermidades existentes e por existir: Por exemplo: Loque Americana, Loque Europia, Loque sea,etc..

    E se observarmos os apicultores da Espanha, da Blgica, da Alemanha, dos Estados Unidos, queesto cansados de perguntar as autoridades sanitrias apcolas de seu pas, porque morrem comomoscas suas colmias sem conseguir resposta.

    E a resposta simples, est a, dentro de suas colmias: So as abelhas que as habitam, filhas, netas,bisnetas, tataranetas, descendentes em fim, de rainhas e abelhas criadas com acar ou qualqueroutro produto sintetizado.

    Porque crs que ficou na historia da apicultura argentina a altssima qualidade das rainhas quecriava Don Jacinto Naveiro?

    PORQUE AS ALIMENTAVA SO COM QUADROS OPERCULADOS.

    Que classe de abelhas estamos criando?

    Uma que morre nas mos sonhando com que alguma vez lhe permitiram gozar das reservasinvernais que com tanto esforo juntaram na ltima temporada.

    Sabe ande o comprovamos com a maior dureza?Em Formosa. Que aonde chegamos com nossas colmias fugindo do Pacote Tecnolgico da sojae seu tristemente clebre acompanhante: o Glifosato (Que vendido como Herbicida sem informar ,

    por no ser til ao negocio, que Totalicida) e os nicos seres viventes que no morrem ao seucontacto: Os organismos geneticamente modificados (modificados para que resistam sem morrer aoveneno)

    Em Formosa, praticamente as nicas abelhas que existem so abelhas selvagens, as do monte, essasque saltam como tigres ao cangote. E isto assim porque esto africanizadas e gozando do mesmoentorno e ambiente do lugar de donde vieram, por estar no mesmo paralelo de seu pas de origem.

    (Lembrar que Amrica do Sul estava unida a frica e esta provncia tem animais que existematualmente em ambas as zonas)

    Estas loucas (graas a Deus) nem sabem o que um alimentador, nem elas nem seus parentes mais

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    distantes nunca tiveram a fortuna de saborear o esquisito acar. No sabem as pobres o que Sucrodex . Ignorantes totais, nunca escutaram nem falar do Levudex. No conhecem nenhuma dasLoques e menos a Loque Sea. Estas abelhas no sabem tampouco o que morrer de Varroa,

    porque de brutas que so, as matam entre si. Alm disso, preciso ter em conta outra prova dafortaleza com que se criam e se desenvolvem as colnias silvestres de QUALQUER LUGAR,colnias ou colmias, se queres dizer assim, que so favorecidas pela falta de interveno de

    estranhos nas quais, J SE SABE QUE OS ENXAMES PROCEDENTES DE COLMEIASSILVESTRES NO TM VARROA.

    No expressei antes porque no tinha uma fonte fidedigna que o comprovasse, porm neste udioque gravei em minha casa, domingo 17 de Maio de 2009 do programa O campo e voc, emitido

    por radio El Mundo (AM 1070) da Argentina, aos Domingos de 5 s 7 hs. (Seo apcola de 6 s 7).No qual o prestigiado jornalista apcola argentino Federico Petrera Hijo, de larga e indiscutiveltrajetria e experiencia em apicultura, expressa que como j se sabe os enxames procedentes de unacolonia silvestre, no tm varroa. Se pode escutar a gravao original e completa do programa dessedia, oferecida pela internet em seu sitio Apicultura On Line emhttp://www.apiculturaonline.com/mp3/17-05-09.mp3

    Agora se, aps este longo porem necessrio intrito, estamos em condies de falar com vocs dereservas invernais e enfermidades e as relaes que existem entre ambas.

    Quando voc leve em conta que o melhor alimentador do mundo uma serie de quadros de meloperculado acomodada pelas mesmas abelhas onde deve estar: Por cima do ninho.

    Quando voc tiver o trabalho de levantar o custo dos alimentadores do alimento artificial, quantocusta em tempo, mo de obra, transporte e estresse de suas pobres abelhas alimentarem no inverno,que quando voc poderia estar tomando mate com tortas fritas ao invs de estar destruindo suascolmias.

    Quando voc tiver em conta que por alimentar artificialmente a suas abelhas est iniciando o

    processo das enfermidades e seus conseqentes tratamentos que voc ter que abonar, deixar de tercaixas com abelhas que causam gastos, e comear a ter colmias produtoras que lhe deixaro o quedevem deixar, em SEUS bolsos.

    Nota:Fao esta nota por muitas consultas que me fazem as pessoas de maneira particular e porintercambio de idias nas listas de apicultura nas quais intervenho, em que existem apicultores queconsideram que nas condies dos lugares em que tm suas colmeias, a nica opo de alimentao usar acar ou outro alimento de sntese.E o que preciso fazer, alguma vez, e o digo com muito respeito, deixar de colher as reservas queforam colhidas com tanto esforo, esse mel que merecem ter, como mnimo, por tanto trabalho

    realizado para ns.Esta uma lei velhssima e ELEMENTARda apicultura, que foi esquecida. No se pode ter umacolmia que nos d resultados econmicos sustentveis, se no deix-la ser adulta, com todas suasreservas de mel, no lugar onde ELA tenha sido colocada.

    E esse "sacrifcio" s precisa ser feito em uma temporada, a partir de ento se ter uma colmia"produtora" que no necessitar mais para passar cada inverno, que se volte a respeitar essasreservas, seu espao prprio. Inviolvel. Sagrado.

    3. O Tempo de uso dos quadros.

    Para o tema de por quanto tempo servem os favos de cria vamos citar o que para ns o maior dosapicultores da Argentina e um dos maiores do mundo sem dvida. Estamos nos referindo a ManuelOksman, que escreveu, na saudosa revista de Rosrio de Santa Fe, Agro Nuestro, pgina 28 do

    http://www.apiculturaonline.com/mp3/17-05-09.mp3http://www.apiculturaonline.com/mp3/17-05-09.mp3
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    nmero de Agosto de 1963:

    E quanto idade dos favos, muita gente cr que eles envelhecem rapidamente, e com o uso elesescurecem, consideram que um favo bem escuro j no serve mais.""Isto no certo: Um favo segue sendo bom enquanto seja leve, e muitos apicultores prticos usamos mesmos favos por muitos anos - s vezes at vinte ou mais anos, e sem o menorinconveniente-.""Esta uma velha controvrsia entre apicultores.""Os que defendem o rpido envelhecimento do quadro dizem que com o uso repetido dos alvolos,as peles e outros resduos das abelhas vo diminuindo o tamanho dos alvolos produzindo abelhascada vez menores at que as rainhas os rejeitam. E por tudo isto trocam todos os quadros escuros,inclusive os mais perfeitos a cada dois, ou ao Mximo a cada trs anos.""Em teoria, isto pode parecer lgico, porem na prtica as coisas no ocorrem dessa maneira, existeum fator que no foi levado em conta as mesmas abelhas - e que muda tudo, porque elas limpamcontinuamente esses quadros mantendo-os em perfeito estado de uso por muitos anos.""E quanto a rainha, tudo ao contrario: so os quadros escuros os preferidos.""Tambm argumentam os partidrios dos quadros claros que os escuros podem causar

    enfermidades.""To pouco existem razes para isto, e na prtica isto no ocorre.""Em suma, somos muitos os apicultores prticos que usamos regularmente os bons quadros escuros,e nossas abelhas so grandes, nossas colmias esto ss e rendem bem."" por tudo isto e inclusive exagerando um tanto a prudncia, que estimo para um bom quadro umavida til mdia de pelo menos oito a dez anos

    E vamos citar tambm o saudoso Engenheiro Agrnomo Moiss Katzenelson que foi durantemuitssimos anos o Diretor do Centro de Investigao Apcola e Apirio do INTA de 25 de Maio naProvncia de Buenos Aires da Repblica Argentina, que escreveu na pgina 68 de seu livro"Apicultura Prtica":

    Os quadros com cera negra no devem ser retirados s por este motivo.""No verdade, como se acredita, que por ter sido quadros de cria por muitas geraes saemabelhas de menor tamanho que as normais.""As paredes dos alvolos no engrossam, nem os espaos resultam menores..""Se conhecem apirios bem manejados com quadros com cera de mais de trinta anos; o autor destelivro os viu.""As mesmas abelhas se encarregam de roer paredes ou estirar os alvolos e p-los em boascondies de produo.

    Cremos que no preciso agregar mais nada depois dos testemunhos destes dois pesos Pesados

    da Apicultura Argentina.Caso ainda restam duvidas e pensam como muitos, que estes velhos quadros so um foco deinfeco, e se, por deixar-se levar pelo que dizem, no quiser crer que s se enfermam os que

    podem e no os que querem, vou relatar o que me contaram no Hospital Nacional BaldomeroSommer de General Rodrguez na Provncia de Buenos Aires, nos tempos em que ensinei, em seuCentro de Docncia e Investigao, o curso de Apicultura Extensiva Orgnica dependente da Escolade Formao Profissional dessa localidade.

    Quando no curso estava tratando este mesmo tema, me contaram alguns dos alunos empregados nohospital, que no tempo em que a Lepra era considerada incurvel, o Hospital Baldomero Sommer(Este hospital que est sobre um terreno de 400 hectares, o nico hospital dedicado Lepra que

    existe na Argentina) estava dividido por uma cerca de arame que separava os sos da Zona, queera como se chamava o setor onde viviam os enfermos de Lepra.

    Nesse tempo as nicas que tocavam os enfermos eram as monjas e os mdicos empurravam as

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    portas com o corpo para no ter que tocar as maanetas por medo do contagio.

    Pois bem nessa poca, estava internado um novo enfermo de lepra que era visitado assiduamentepor sua esposa que estava desconsolada no s pela enfermidade contrada por seu esposo, s porque no lhe permitam toc-lo.

    A tudo isto acordou com seu esposo, e a soluo para voltarem a estar juntos que encontraram, era

    que o esposo contagiasse-a.Para lograr seus propsitos, cada vez que a mulher vinha visitar o marido, este lhe passava umalgodo embebido em suas chagas atravs do arame que sempre os separava.

    Em seu domicilio, a mulher cortava a pele e nas feridas passava com insistncia o algodoembebido com a sujeira proveniente das chagas produzidas pela poderosa enfermidade de seuesposo.

    Resultado?

    Nunca se contaminou. Porque o que enferma no o contato com o vrus ou micrbio daenfermidade. O que enferma so as causas que fazem que esse organismo se desequilibre e se

    debilite criando o caldo de cultivo necessrio para que esse vrus ou micrbio se multiplique. Porisso dizem os que sabem que no se enferma o que quer mais o que pode.

    Voltando aos favos velhos, sabe qual o problema mais grave que enfrentam os pesquisadores quefazem investigaes em apicultura quando estudam as diferentes enfermidades das abelhas?

    Para estudar as enfermidades preciso faz-lo com muitas colmias enfermas, seno os resultadosso inseguros, pois bem o problema enfermar colmias sadias: quase impossvel.

    Como o solucionam?: Estressando-as, debilitando-as. Criando as condies necessrias.

    Algumas perguntas, mitos, e realidades

    O uso da cera alveolada

    Pergunta:Se voc perguntar a qualquer fabricante de pregos para colmias, quantos pregos sorecomendados por caixa, Quantos cr voc que lhe recomendariam?

    Resposta segura:

    Pregue um por um e se possvel um em cada canto da caixa, de baixo e de cima, pregandoatravessando a madeira de cima para baixo (na dvida). O que significa que MUITOS, a maiorquantidade possvel.

    Outra pergunta:

    E quanta cera alveolada nos recomendariam usar os fabricantes de cera?

    E outra coisa:

    A CERA TEM QUE SER ALVEOLADA. Isto Sim que sagrado em apicultura.

    Argumento:

    A cera deve ser alveolada porque se no as abelhas puxam clulas de zango. E por isso que noquadro se deve soldar uma folha inteira de cera alveolada.

    Realidade:

    Se assim Porque nos vendem folhas de cera alveolada que no cobrem todo o quadro?

    E outra realidade:

    No observaram que as abelhas fazem o que querem com a cera alveolada e puxam sobre ela todasas clulas de zanges que necessitam?

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    E aqui quero grifar a palavra necessitam porque as abelhas que so as rainhas e as mestras daeconomia, jamais, JAMAIS criam mais zanges do que o que consideram necessrios.

    Argumento:

    A cera alveolada usada nos ninhos deve ser reforada por arames, caso contrrio o peso da cria oudo mel deforma as clulas fazendo que a colmia crie mais zanges de que o necessrio.

    Realidade:Convido a todos a observar os favos que constroem as abelhas em qualquer oco que encontram evejam com seus olhos. POR FAVOR, NO CREIAM. Vo e VEJAM! E vero lindos favos quesuportam o peso sem deformar-se nem cair.

    Vero tambm que as abelhas no precisam ser guiadas pela mo do homem com a cera alveoladapara puxar favos que so pranchas inteiras s de cria de abelhas.

    Por certo tambm haver locais com cria de zanges, Porm em que colmia racional, plena decera alveolada, no existe em absoluto cria de zanges?)

    Vero o fruto de pelo menos de 35 milhes de anos, praticando a fabricao de favos sem suporte de

    arame para que resistam todo o peso necessrio, seja o favo de qualquer tamanho. OLHEM, noCREIAM.

    Aqui gostaria de fazer uma observao: As abelhas possuem sentidos e vem ou percebem coisasque aos seres humanos so inimaginveis, como por exemplo, sua capacidade de ver os raiosultravioletas e as linhas dos campos de fora magntica do planeta (As linhas Hartmann entreoutras, como nos ensina a Geobiologia) e por elas se guiam para viajar.

    Temos por certo que a disposio em paralelode elementos metlicos (arames) no interior dacolmia, necessariamente distorcem o campomagntico natural com o que as abelhas contam

    (como nos ltimos 35 milhes de anos) paradesenvolver naturalmente sua vida e a de suascrias.

    Observe com que empenho lutam para tirar osarames, e todos temos visto, em alguns dosquadros de cria aramados, que no existe criasobre os arames.

    4. A cmara de cria ideal

    Lawrence Lorraine Langstroth dos Estados Unidos (inventor da colmia Americana ou Standardusada pela maioria dos apicultores do mundo) no desconhecia que os quadros de sua colmia eramdemasiados curtos, tendo em conta que uma boa rainha tende a desenvolver seu ninho de formaesfrica e para aument-lo vai tratar de faz-lo para cima consumindo o mel que sempre est nesselugar (no esquecer que as abelhas sempre colocam o mel em cima do ninho e que nutrizes paracriar cada larva, consomem o contedo de una clula de mel, clula que a rainha se apressa a ocuparcom postura que o mecanismo de desenvolvimento natural do ninho, que sempre, para cima poreste motivo).

    Langstroth sabia ento que sua colmia era muito baixa, pois se o ninho tende a ser esfrico, amelhor forma que teria que ter era um quadro para formar um crculo, com o que a colmia teriaque ser um cubo.

    Porm preferiu acomodar a altura de sua colmia ao tamanho da tabua mais larga que a indstriamadeireira de sua ptria (Estados Unidos) fabricava nessa poca, para evitar ter que unir tabuascomo em todas as outras colmias mais profundas que a sua, como a Quinby, Gallup, Adair ou a

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    Jumbo, algumas das quais ainda usadas por apicultores principalmente da Europa por suasreconhecidas virtudes em apicultura extensiva.

    A maior largura das tabuas que produzia a indstria madeireira no tempo, em seu pas, era de dezpolegadas (25,4 cm.) que a altura com que ele fabricou sua colmia, com o que barateousensivelmente a construo das mesmas, motivo este, entre os mais poderosos e o menos conhecido,do xito alcanado pela sua colmia, at o extremo de ser convertida como padro mundial.

    Observe-se que na atualidade para baixar custos se tende a fabricar a colmia standard unindotabuas, pois a indstria madeireira mundial j no dispe com tanta facilidade de rvores das quaisse possam produzir tabuas to largas, razo pela qual estas so mais caras.

    Recapitulemos ento:

    Temos claro que a colmia que todos usamos muito baixa, aproximadamente 46 cm. de lado por24,5 cm. de altura em seu interior, obrigando a rainha a desenvolver um ninho que uma esferaachatada que se agrava mais pois como no querem que os quadros encostem no fundo do ninho,

    para permitir a circulao por baixo, o terminam uns 2 centmetros antes, com o que geralmente areal altura do quadro de cria tem s uns 18 ou 19 cm.

    Nesta esfera achatada no se sentir cmoda porque no rene os requisitos necessrios paradesenvolver um ninho poderoso e sem um ninho poderoso impossvel ter uma colmia poderosa, esem colmias poderosas impossvel sonhar com colheitas poderosas.

    Convido-te a reler o pargrafo anterior porque bsico para ter timos resultados em apicultura.

    Um quadro com pouca profundidade como o usado, deixa a maioria das reservas de mel fora dolocal onde est o ninho, obrigando ao agrupamento de abelhas invernal a formar-se longe deste.Quando termina o pouco mel que podem guardar num quadro como reserva, deslocando-se e tendoque ocupar a parte superior do quadro onde est o ninho, o espao intermedirio e o travessoinferior do quadro imediato superior, para chegarem aos quadros com mel que esto acima do ninho(se existem, claro) com o que o esforo que tem que realizar o agrupamento invernal para manter a

    temperatura aumenta, pois a cera conserva melhor o calor do que a madeira (tem maior inrciatrmica, o que significa que um material que perde mais lentamente a temperatura que adquire).

    Isto do agrupamento de abelhas deslocando-se para as reservas pouco levado em conta poisnormalmente se esquece (ou se desconhece) que as abelhas devem ocupar primeiro com seuagrupamento invernal, a poro do quadro que contem as reservas de mel para aquec-lo, e no

    podem desopercular as clulas que contem mel se a cera do quadro no est na temperaturanecessria para poder realizar esta operao.

    Ao contrario sucede com um ninho que tenha o mais aproximado possvel a mesma altura que temde comprimento a colmia Standard (Tambm nada de mal que tenha altura e largura iguais) com oque conseguiramos que a rainha tivesse a disposio um ninho perto de 46 cm de lado por uns 29

    cm de altura que a altura que tem as colmias Quimby, Gallup, Adair, y Jumbo de reconhecidacapacidade em manejos extensivos (a altura que tem aproximadamente dois melgueires, um emcima do outro) e como mxima tentativa uns 46cm de lado por uns 48 cm de altura (a altura quetem aproximadamente dois ninhos, um em cima dooutro, naturalmente, nada impede que se provemninhos maiores).

    Para obter o anteriormente exposto temos noslimitado a colocar caixas vazias sobrepostas sobreo piso e colocar os quadros (sem a parte inferior)

    no encaixe da caixa superior. Com isto nossasabelhas tm todo o espao que necessitam paraformar um poderoso ninho.

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    Ademais conveniente deixar (depende da fora da colmia, quanto maior, mais reserva necessita)como parte integrante do ninho, a primeira melgueira ou trs quartos (segundo o material usado)sem tocar, para que seja parte de suas reservas.

    Para que fique mais claro vejamos esta fotografia tirada no apirio Vinal da estncia El Palomar daprovncia de Formosa (no estabelecimento apcola orgnico, os apirios tem nomes de rvoresautctonos, como o Vinal, o cartaz pintado com pintura permitida pelo protocolo orgnico est

    indicando que essa colmia V7 a colmia 7 do apirio Vinal)

    Observe que a cmara de cria neste caso (as combinaes possveis so muitas) est formada porum ninho inferior, um melgueiro por cima dele que onde se apiam os quadros e um melgueiromais, que serve para assegurar as suficientes reservas de mel, o espao dado a uma rainha, a

    possibilidade de expressar toda sua verdadeira potencia, como fazem no campo quando encontramuma rvore com um grande oco.

    A regra de ouro deste sistema que estou ensinando que, em tempo de colheita, quando chegamos aprimeira caixa por cima do ninho, paramos, por que dali at o alvado terreno sagrado das abelhas,onde tm liberdade de fazerem o que desejem.

    Em um ninho assim as reservas esto por cima da cria e sero mais que suficientes para que nohaja nunca um mau inverno possvel, com o conseqente beneficio para as abelhas e para nos.

    este o lugar para que faamos varias consideraes.

    Tudo isto que se exps e se prope aqui foi provado e comprovado na prtica, nossas colmias estoarmadas desta maneira. As abelhas esto desfrutando neste mesmo momento...

    Isto que estamos ensinando no um experimento, uma realidade comprovada e comprovvel.

    As colmias que usamos e propomos, at onde sabemos, tm os quadros mais profundos usados naapicultura profissional.

    Vejamos:

    Os quadros Gallup, Quinby, Adair e Jumbo (entre os conhecidos claro) tinham ou at, pois alguns seusam em apicultura extensiva, todos eles 25,5 cm. De profundidade ou altura. Sendo o Americano omais profundo que se tem usado at agora, pois tem 27,5 cm de profundidade ou altura, como oqueiram considerar.

    Nossos quadros tm 26,5 cm. Nos ninhos que temos em produo, formados com 2 melgueiras. Queforam as que comeamos provando este sistema em Buenos Aires.

    36 cm nas colmias com as que comeamos a provar um ninho mais profundo formado por umninho com uma melgueira.39, 5 cm em colmias onde comeamos ento por um ninho com um melgueiro em cima

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    41 cm nas colmias que temos formado com 3 melgueiras.45,5 cm nas colmias que temos formado com 2 ninhos.51,5 cm nas colmias que temos formado com 3 melgueires.

    Para comparar, os quadros de um ninho Standard tm uns 19 cm de altura, pois as abelhas nochegam ao travesso inferior, deixando entre este e a borda inferior do quadro uma passagem deabelhas.

    Nossos quadros, como no tm travesso inferior (to pouco tm arames) permitem que as abelhasconstruam seus quadros todo da distancia que queiram do piso (em geral chegam a uns dois ou trscentmetros deste).

    Naturalmente quadros de tal profundidade no so prticos para usar seguindo a tcnica tradicional,com suas revises peridicas.

    Porm, como vers a seguir, consideramos que o corao desta tcnica dar s abelhas o que maisnecessitam para demonstrar todo o seu terrvel potencial: Muito espao, muitas reservas e muita

    paz. E isso precisamente o que fazemos. Pois nos limitamos a abrir nossas colmias s paracolet-las e intervindo s nas melgueiras, nunca no ninho e suas reservas que so sagradas para nos.

    Como deve ser.NOTA:

    Fao essa nota, hoje 4 de Abril de 2009, para responder a varias consultas feitas a respeito de quematerial recomendo para construir um ninho profundo como o que se postula neste manual.

    Depois de muitas provas com diversos tamanhos de caixas (que, todavia os temos em uso)terminamos aprendendo que qualquer que brinde MUITO espao. bom. Tudo depende do materialque voc tenha, use-o para empilh-lo e construir seu super-ninho. Que no importa a mistura, nemo tamanho diferente que tenham suas colmias. No tem importncia, pois no esquea que comeste sistema, voc nunca, NUNCA, abrir o ninho, no importar, se fizeram o ninho como ofizeram, s desfrutar dos benefcios, o trabalho e o formato desejem a elas que entendam UM

    POUQUINHO mais disso do que ns.O que sim aprendemos (e isto absolutamente pessoal, cada um faz o que quer com suas colmias) que o melhor usar s melgueires. Primeiro porque so (em proporo) mais baratos,contabilizamos vrias vezes a conta, comparando a capacidade em litros com outras medidas, e (nosabemos por que) so mais baratos. E segundo e creio que mais importante, os cabeotes dosquadros dos melgueires tm o mesmo tamanho que os quadros de ninho. E como com este sistemano usamos a barra inferior, podemos usar os quadros de melgueires para us-los no ninho, com oque, sendo mais grossos vo suportar o peso de semelhante ninho, sem necessidade de comprarquadros de ninhos para isso.

    Usando melgueires, o nico material que teremos so caixas desse tamanho, simplifica tudo pois

    se padroniza todas as operaes e se facilita muito o trabalho.Em definitivo o que fazemos :

    Ninho: Trs melgueires empilhados para o ninho e mais uma para reservas, com o que os nossosninhos constam de 4 (quatro) melgueires.

    Agora estamos comeando a no usar mais pisos, pois os estamos substituindo por tabuas cravadasna base do primeiro melgueiro, deixando que sobressaia um pouco a que est a frente para queforme a plataforma de vo e recortando a entrada da tabua. Com o que a economia significativa eos resultados os mesmos, pois no se esquea o ninho, NEM O VEMOS. Com o que o nicomaterial que compramos melgueires e quadros dessas medidas e tetos americanos.

    Meu scio em apicultura sempre me faz gozaes dizendo: "Se segues sacando coisas da colmia,no fim nem abelhas vo sobrar"

    Eu sei que esta apicultura que recomendo no elegante e bela aparncia, porem me remeto ao que

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    sempre dizia meu mestre Don Manuel Oksman:

    "No obrigatrio que os apirios tenham bom aspecto, o que obrigatrio que dem lucros"

    5. Os enxames

    Um ncleo jamais ter a fora, a sade, o empuxe, a velocidade de desenvolvimento nem a terrvel

    adaptao aos inconvenientes climticos entre muitos outros que tem o mais dbil dos enxames,pela simples razo que um ncleo o pobre resultado de uma tcnica apcola que trata de manejarvariveis conhecidas, pouco conhecidas e desconhecidas (um ncleo seria uma espcie deFrankestein) e um enxame em troca um mecanismo aperfeioado durante os ltimos 35 milhesde anos para conseguir um propsito: Perpetuar-se.

    Disto resultam duas coisas:

    Primeiro:

    Assim como impossvel que se evite que um animal se reproduza atendendo a um de suesinstintos mais bsicos (salvo castrando-o) impossvel evitar que as colmias enxameiem quandoassim o desejem (salvo castrando-as). S o acaso permite lograr condies que posterguem estadeciso (como por exemplo, oferecer abundante espao)

    Segundo:

    No certo que um enxame pelo fato de s-lo no nos pode brindar mais do que uma colmiaenxameadora, pois quando enxameou a fez atendendo (como todas as colmias) a um dos mais

    poderosos e bsicos instintos dos seres vivos: Reproduzir-se.

    E no certo, que a colmia povoada com um enxame no pode ser una colmia coletora e pelomesmo produtiva, observe-se que para que uma colmia ser enxameadora, a rainha que a encabeadeve abarrotar de crias e de abelhas o oco que ocupa.

    To ruim no deve ser no?

    Salvo os casos de abandono da colmia por causas que lhe dificulte viver em paz (como no caso,por exemplo, das revises peridicas).

    Quisramos agregar aqui que, segundo nossa experincia, a melhor abelha para trabalhar a local,pois j est adaptada as condies do lugar.

    Todo animal pode ser melhorado com manejo gentico, porm levando em conta os custos reais, prefervel fazer manejo extensivo e deixar as coisas como esto.

    E que por isso, para ns, os melhores resultados se conseguem com colmias povoadas comenxames capturados no lugar.

    6. A tcnica Extensiva Natural

    Manuel Oksman nos fazia notar a diferena que existe entre a apicultura de aficionado e apiculturaprofissional que se expressa entre outras formas da seguinte maneira:

    - A apicultura de aficionado se dedica a criao de abelhas.

    - A apicultura profissional se dedica a ganhar dinheiro com as abelhas.

    E nos aclarava (como o temos comprovado infinitas vezes) que existem produtores profissionaisque usam a tcnica de aficionados, porm como a apicultura to bom negocio conseguem aindaassim, bons resultados econmicos.

    Vejamos agora as diferenas entre apicultura intensiva e apicultura extensiva:- A Apicultura intensiva busca a mxima produo por colmia. Sem levar em conta a quantidade devezes que se deve intervir em cada unidade.

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    Quero fazer notar aqui que existem estudos cientficos que demonstram que cada vez que se abreuna colmia se perdem 5 (cinco) quilos de mel da colheita.

    - A Apicultura extensiva busca a mxima produo por apicultor. Tendo em conta principalmente asmaneiras de intervir cada vez menos em cada colmia para poder ter, cada vez mais, maiorquantidade de unidades em produo.

    Vejamos agora as diferenas entre a tcnica tradicional em uso e a natural:- A tcnica tradicional em uso tira, com o manejo, da abelha as funes vitais tais como odesenvolvimento de crias.

    Dispondo a seu arbtrio entre outras coisas do espao, maneja as reservas quase sempre subtraindo.Ademais seleciona pelo mais frgil, curando-as e permitindo que aportem, ao salv-las, seu caudalgentico a espcie.

    Se desenvolve a tcnica tradicional em uso sem ter em conta que sempre (salvo fumigao direta) oapicultor quem contamina o interior da colmia, e com a introduo de substancias de sntese(alimentos ou medicamentos) reduz a resistncia da colmia e enche de elementos txicos que nadateriam que fazer ali. No leva em conta, em sua verdadeira dimenso, que cada abertura das

    colmias rompe o selo sagrado da prpolis que assegura a mxima assepsia do interior, dandoentrada a todos os agentes exteriores, causando o conseqente prejuzo.

    -A tcnica natural respeita o animal colmia1como individuo e lhe devolve todas as tarefas que asabelhas realizam melhor do que com a interveno do apicultor, brindando-lhe em abundncia o quenecessita para expressar seu maior potencial: Espao, Reservas e Paz.

    Seguindo os ensinamentos da natureza, seleciona pelo mais forte, evitando o custo econmico decurar as enfermidades, com o que se elimina totalmente o risco de introduzir impurezas nos

    produtos.

    A tcnica extensiva natural que desenvolvemos est baseada no ntimo convencimento, comprovado

    amplamente pela experincia conseguida com nossas colmias, que o que temos que oferecer anossas abelhas para poder ter cada vez mais colmias que com o menor custo produzam cada vezmais : ESPACO, RESERVAS E PAZ. Muito espao, muitas reservas e muita paz

    7. Oferecendo muito espao

    Coloca-se em cima do ninho uma melgueira ou um melgueiro, usando para apoiar os quadros, orebaixe da caixa de cima, com o que evitamos sair do Standard das medidas que to valioso e terque passar a inventar colmias raras. Passamos a ter colmias com um ninho que ter as seguintescapacidades interiores aproximadas, tendo em conta tambm a caixa para reservas que deixamos

    por cima do ninho:

    Ninho armado com Capacidade doninho (Em litros) Quadros do ninho (cm.) Caixa de Reservas Capacidade total(Em litros)

    1 ninho 4242 cm de comprimento

    por 19 cm de alturaNo tem 42

    1 ninho + 1 melgueira 66,64242 cm de comprimento

    por 36 cm de altura1 melgueira 91,284

    1 ninho+1 melgueiro 73,58342 cm de comprimento por39,5 cm de altura

    1 melgueiro 105,166

    1 ninho +1 ninho 8442 cm de comprimento por45,5 cm de altura

    (adiciona-se segundo omaterial disponvel)

    ?

    1 Consideramos, como muitos outros apicultores e cientficos, que o que habita o oco de uma rvore ou uma colmia um individuo dos chamados sociais. Individuo este, formado por clulas que voam (as abelhas) para trazer do exterior oque o animal colmia necessita para subsistir. Outro exemplo de animal social o animal formigueiro, individuo queest formado por clulas que caminham para trazer o necessrio (as formigas).

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    2 melgueiras 49,28442 cm de comprimento

    por 26,5 cm de altura1 melgueira 73,926

    3 melgueiras 73,92642 cm de comprimento por 41cm de altura

    1 melgueira 98,568

    2 melgueires 63,16642 cm de comprimento por33,5 cm de altura

    1 melgueiro 94,74

    3 melgueires 94,749 42 cm de comprimento por51,5 cm de altura 1 melgueiro 126,332

    Ou qualquer outra combinao que lhe ocorra.

    Agora bem, como o ninho agora ser muito mais profundo,dever se armar os quadros que apiam no rebaixe da caixasuperior sem colocar a travessa inferior ou retirar as travessasinferiores dos quadros j armados (retirando todo o arame seexistir) para que as abelhas estirem os favos at onde queiram

    perto do piso.

    Como se pode observar na figura ao lado, em que como eu uso,esto montados trs melgueires e se apia os quadros nosuperior. Colocando uma tira de cera sem arame para que asabelhas construam os favos do jeito que elas preferiram e naaltura que elas achem necessrio, at perto do piso.

    Por cima destas trs caixas se coloca outra melgueiro onde osquadros esto sem arame mas com o barrote inferior para evitarque os favos desta caixa sejam colados ao ninho que estabaixo. Este melgueiro faz parte do ninho das abelhas eassegura que no exista a possibilidade de faltar reservas, porisso s intocvel.

    Por cima dos quatro melgueires, recomendo deixar durantetodo o ano, como mnimo trs ou quatro melgueires, comarames ou no, conforme a preferncia do apicultor, de forma

    permanente, formando parte da colmia, para assegurarmosque as abelhas se sintam em um espao imenso, e para que atuem de acordo com a situao.

    Gostaria de fazer outra considerao quanto ao espao necessrio em uma colmia. Consideraoesta creio de vital importncia:

    Tenhamos em conta que no espao interior do oco que ocupam as abelhas (seja o oco de umarvore, ou em uma colmia) as abelhas fazem e desfazem, menos manejar o tamanho do espao

    disponvel. O que quero dizer que, para as abelhas, praticamente no existem tarefas impossveisdentro do oco porque tm uma adaptabilidade extraordinria.

    O que nunca vai entrar na cabea delas que esse espao aumente ou diminua, salvo em caso dedesastre natural, tal como um terremoto, ou queda e rotura da arvore onde esteja alojado o ninho.Para a abelha o oco em que vive o que . Para o mundo o que se maneja e as leis que o regem, inconcebvel que o oco aumente ou diminua. Isto, se que acontece, s est na mente e nos planosdo apicultor.

    Explicando melhor:

    Quando deve comear o desenvolvimento do ninho, a rainha (ou quem seja que tome a deciso)levanta a vista e observa o oco onde se acham as reservas disponveis (disponveis a vista, no asque o apicultor pensa brindar) e v que se acha em uma melgueira Standard, sem mel, com um

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    alimentador que reduz espao (se o caso) e com um repartidor2 (se o caso) e comea a calcularque classe de ninho deve desenvolver para encher o oco disponvel. Com certeza calcula um ninho

    pequeno pois no vai precisar muito trabalho para encher esse pouquinho.

    Mas se quando levanta a vista e v que no oco disponvel os favos que formam seu ninho tm aaltura de um ninho mais um melgueiro (por exemplo). Onde todos os favos do ninho tm o melque juntado no vero passado e por cima dos quadros do ninho existe um melgueiro que est cheio

    de quadros repletos com mel, que est ali mesmo onde elas o colocaram e em cima tm ainda 3 o 4melgueires com quadros puxados vazios ou para puxar, com certeza que se entusiasma e se dispea desenvolver o maior ninho que possa para encher semelhante oco, tranqila, pois reservas eespao o que lhe sobram.

    Pensemos que uma colnia de abelhas, em um espao pequeno, s pode produzir pouco mel, porqueter pouco lugar para a cria e reservas. Ao contrrio, em um espao grande, pode acontecerdiferente.

    O melhor negocio acontece quando todo seu material est sobre suas colmias, e quanto maismaterial tenham suas colmias, mais fortes sero, pelo anteriormente explicado.

    E agora voc nos dir:O que fazemos com as que no sejam capazes de encher semelhante oco?

    E lhe contestamos:

    Se voc se ocupa em organizar as organizveis e as no organizveis e em querer tratar as sanveise as insanveis ao invs de colher o que exista e deix-las tranqilas at a prxima colheita e retiraras mortas, se existem, para que outro enxame utilize o material, estar se dedicando a outro tipo deapicultura. E tem todo o direito.

    Ns fizemos muitas vezes a conta do que custa aplicar mo de obra, e transporte (na tcnica comums o transporte custa pelo menos 46 % dos gastos).

    Fizemos a conta do que custa, a ns e a nossas abelhas, revisar periodicamente as revisveis,nuclear as nucleveis e curar as curveis e incurveis e alimentar as alimentveis e incentivar asincentivveis e arrumar as arrumveis e as que no o so e etc. e etc. e etc.

    E buscar rainhas sistematicamente e troc-las e identific-las, e trocar os quadros do ninho e dascaixas meleiras porque no servem mais e limpar os pisos Quer que siga?

    Fizemos muitas vezes a conta, creiam-me. E no fecha. E se fecha fecha menos. MUITOMENOS. Faa a prova e depois nos contem.

    8. Oferecendo muita paz

    Convencido de que o melhor para elas, nos limitamos a abrir as colmias s quando as colhemos,ou para fornecer material para que encham com mel, pois o ninho e sua caixa ou caixas de reservasso intocveis para ns. O espao do ninho e sua caixa ou caixas em cima com reservas so o topo

    para nossas atividades, este espao nunca violado por nos e s temos oportunidade de ver o quefizeram em seu interior, se a colmia perdeu sua populao. desarmada por ns para aproveitar omaterial para povoar com outros enxames.

    pertinente esclarecer aqui que uma das razoes mais poderosas pela qual esta tcnica tem xito que as abelhas no so animais domsticos. Elas no so como um co - Tpico animal domstico -que o at o ponto que se no damos de comer morre, ou quase, pois sua domesticao chega at aesse ponto.

    Por outro lado, as abelhas no necessitam de ns para nada, prova disso que muitas vezes se asmolestamos de mais, mudam-se para algum oco que encontrem e dali nos fazem despeita, to

    2 um quadro todo fechado usando normalmente em regies frias para diminuir o espao interno do ninho.

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    felizes e contentes de ter se livrado do incomodo. E o mais importante, altamente provvel queestaro melhor ss do que mal acompanhadas.

    Queremos expressar aqui, a razo mais forte, para tratar de abrir o menos possvel as colmias:Quando ferimos um dedo, com um espinho, por exemplo, no lugar da ferida e pelo nosso sangue sefazem presente os leuccitos ou glbulos brancos, que se encarregam de destruir todos os agentesestranhos que aproveitando essa entrada querem atacar-nos: vrus, bactrias, fungos, micrbios, etc.

    Esse o mecanismo de nossa defensa.

    A abelha tambm tem sangue (tem outro nome como sabem, se chama hemolinfa) no conta comum mecanismo como o nosso. O que no quer dizer que no tenha um mecanismo de defesa. O que

    passa que de outro tipo. Vejamos:

    As abelhas tm o mesmo problema que tm, por exemplo, os criadores de frangos. Estes produtoresdevem solucionar o problema de ter concentrados milhares de aves em um galpo.

    Qual o perigo? A superpopulao traz em paralelo o perigo iminente de que se adoece um s dosindivduos da populao, se no se tomam medidas para controlar, se instala uma pandemia(mecanismo que segue uma epidemia o que faz com que em pouco tempo morram a imensa maioria

    da populao).Por isso em um criadouro industrial se tomam extremas medidas de profilaxia, para evitar este

    perigo, medidas que no cabe explicar aqui, sirva de exemplo que caminhes que entram nocriadouro e passam por barreiras sanitria, cheias de desinfetantes para esterilizar os pneusimpedindo que entre a poluio exterior.

    Pois bem, Como solucionaram este problema as abelhas (pense que em um oco de 20 litros podehaver mais de 30.000.abelhas)

    Muito simples: Tudo o que rodeia a abelha dentro de seu oco, incluindo-as, (Por isso na antiguidadetodos os remdios usavam abelhas machucadas) est coberto por inteiro de substancias anti-virticas, anti-micticas, antibiticas, antibacterianas, etc. e alguns elementos mais que so

    desconhecidos.Alguns vegetais quando so feridos, exsudam uma substancia que serve para auto curar essa ferida,substancia esta que se chama resina (esse seu mecanismo de defesa) e que est carregada deelementos anti-virticos, anti-micticos, antibiticos, antibacterianos, etc. com esta substancia quetrazem a sua colmia as abelhas fabricam a prpolis agregando a bagagem prpria de substanciascurativas as que a resina naturalmente tem. por isso que to poderoso como medicamento a

    prpolis.

    A prpolis usada ento para cobrir, envernizar, todo elemento que se encontre dentro do espaointerior da colmia. Ser usado para tapar todo espao (greta ou buraco) onde no entrem as abelhas

    para poder limpar como s elas sabem fazer.

    Servir como tapete onde passam as operarias para desinfet-las por contato (to poderoso seuefeito) como fazem Recorda? os grandes criadores de frangos com os caminhes, com o que asoperarias passam limpas para o interior, e por ltimo serve para unir mais forte, (quanto mais forte a colmia) os elementos que esto saltos e desunido (a entre tampa ou o teto americano com a caixasuperior por exemplo).

    Temos que tomar conscincia de que o interior da colmia o interior do individuo colmia, esteindividuo social formado por clulas voadoras, esse seu espao ntimo, vale a vida mant-lo com aassepsia extraordinria com que o conserva.

    igual, salvo a distncia, como o interior de nosso corpo. Se no conseguimos conserv-lo estril,

    como est quando estamos sos, perdemos a sade. Se nos abrirem e nos deixarem abertos por unsminutos e depois nos fechem com mo sujas se pode imaginar o que sucederia

    O mesmo acontece com uma colmia quando o apicultor rompe o selo da prpolis, abre-a e mete as

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    mos e as ferramentas e revolve os elementos internos.

    9. Manejo: A "captura" de enxames

    Pelas especiais caractersticas desta tcnica apcola, se tem muito pouco contato com o material,pelo que se pode dizer que, preparando a colmia para capturar um enxame, comea e termina o

    ciclo de manejo do material, pois ns no utilizamos nenhuma tcnica para nuclear, porque nossascolmias so povoadas exclusivamente com enxames capturados.

    Nunca buscamos as rainhas, nunca revisamos um quadro do ninho para nenhuma coisa, nem sequerpara v-los como nos ensinara Oksman, em fim, esta uma tcnica se quer taosta. A tcnica deno-fazer (wu-wei dizem os taostas).

    bom deixar claro que ns desenvolvemos nossas atividades apcolas na Argentina, na provncia deFormosa, que onde terminamos nosso priplo fugindo do Glifosato e o correspondente PacoteTecnolgico que est destruindo o resto do pas.

    Em Formosa por s se desenvolver praticamente atividades com gado e o corte sistemtico dasrvores de madeiras nobres dos montes, deixando os que no servem, o entorno praticamente

    virgem, sem tocar. Em Formosa praticamente tudo o que se produz orgnico, pois praticamenteno existe poluio. Claro, no esquecer, que para ser considerado orgnico, um produto deve estarcertificado como tal.

    Em Formosa onde temos nossos apirios, em distintas e diversas zonas. Nesta provncia, asabelhas so todas africanizadas, e esto em seu elemento e desenvolvendo todo o potencial de suaraa, pois estamos sobre a linha do trpico sobre a qual elas se criaram na frica3.

    Esta tcnica, alm de ter sido provada com xito com as abelhas comuns, em clima temperado frio, especial para o manejo das africanizadas, por praticamente no haver abertura das colmias.

    As africanizadas por encontra-se em zona de clima tropical (e cremos que porque j noencontram ocos grandes, pois cada vez existem menos rvores grandes) enxameiam durante todo oano.

    Ademais acreditamos e se confirma na prtica, que no esto aviadadas ou debilitadas peloacar, prova disso que em outras zonas do pas ainda com esta tcnica, a varroa era o nico quetnhamos que curar. Aqui nesta provncia que ainda est praticamente virgem, as abelhas riem davarroa e seu ataque passa desapercebido (parece que as abelhas, matam as varroas das outras).

    Em outras zonas onde a temporada de enxames mais curta, a questo de povoar as colmias sesoluciona colocando maior porcentagem de caixas iscas em distintos lugares. E o controle da varroase faz como de prtica. Com esta atividade o manejo o mesmo.

    Como exemplo citamos que, disponibilizadas 97 colmias capturadoras (como chamamos as que

    colocamos em rvores para capturar exames) na regio de Piran, Provincia de Formosa,Repblica Argentina, em agosto de 2006, se dispunham em Dezembro do mesmo ano 75 colmiascapturadoras habitadas com enxames. O que no quer dizer que as que faltam completar para chegaras 97 fiquem vazias, s questo de tempo. Ao final todas capturam seu enxame. por isso que

    3- As abelhas africanas e as africanizadas no so enxameadoras pelo gosto de s-lo. Isto mais o resultado da intensacaa de que so vtimas dos seres humanos que habitam onde elas habitam. Aqui em Formosa igual que na frica soderrubadas as rvores onde habitam para saquear-lhes o mel, e aqui em Formosa como na frica, ficam cada vez menosocos onde desenvolver um ninho e os disponveis so cada vez menores, como cada vez menores so as rvores que sederrubam para aproveitar sua madeira. Aumentando o espao baixa sua agressividade e tendncia a enxamear comotemos observado e comprovado por um estudo feito pelo Dr. Roch Domerego, cientista e apicultor francs, que viajouaos lugares onde vivem as Adamsonii na frica, no ano 1980, desenvolvendo de acordo com oobservado nestesestudos sua colmia Adamsoniana (que oferece mais espao a abelhas) com o que logrou aumentar a mansido e reduzirsua tendncia a enxamear. Este artigo pode ser visto no site a seguir:http://apicultura.wikia.com/wiki/Colmena_Adansoniana

    Note depois de ler que a colmia Adamsoniana desenvolvida pelo Dr. Roch Domerego tem 31,6 litros de capacidade.

    http://apicultura.wikia.com/wiki/Colmena_Adansonianahttp://apicultura.wikia.com/wiki/Colmena_Adansoniana
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    no mesmo lugar onde tiramos uma colmia capturada, voltamos a por ao mesmo tempo outra vazia.Para nova captura.

    No mesmo perodo para o estabelecimento apcola com certificao orgnica da localidade de PaloSanto, capturei 240 enxames colocando as colmias "de captura" no entorno da localidade deComandante Fontana, na colnia aborgene Toba e Pilag, "Bartolom das Casas" e na localidadedo mesmo nome.

    Notar aqui tambm que em Reja, Provncia de Buenos Aires, Repblica Argentina, zona suburbana,no mesmo perodo, de 30 colmias colocadas se capturou 24 enxames. S que aqui, no lugar declima temperado, quando termina a temporada de enxameao para tudo at o ano seguinte, masmesmo assim no mesmo lugar que se fez uma captura se pe outra caixa vazia.

    Assim mesmo queremos passar nossa experincia, pois temos deixado de por colmias de capturano campo, pois observamos que do muitssimo melhor resultado as capturadoras colocadas foradas zonas povoadas, grandes ou pequenas.

    Naturalmente as colocamos fora das povoaes (o que em Formosa chamado A colnia) paraevitar problemas possveis com os habitantes se as pusssemos em pleno povoado ou cidade.

    Fizemos assim com grande resultado h anos no meio da Cidade de Piran (colocando nas rvoresque formavam os restos de um monte prximo a um campo de Futebol), porm tivemos problemas,

    porque os meninos atiravam pedras com o conseqente imaginvel espalhamento de abelhas.

    No sabemos a cincia certa porque se capturam mais enxames perto das zonas povoadas.Imaginamos que deve ser porque nas zonas povoadas no encontram os ocos, pois as rvoresmaiores j desapareceram no ps progresso.

    Detalharemos como armamos uma colmia para prepar-la para capturar um enxame.

    O primeiro fazer com que a colmia se converta praticamente em uma s pea, para que suporteos traslados e para que quando volte do lugar onde se capturou o enxame, o movimento do traslado

    no mova os quadros de seu lugar com o conseqente perigo de que morra a populao e/ou arainha esmagada.

    Imaginemos que vamos armar uma colmia capturadora com um piso, uma caixa ninho, ummelgueiro os dez quadros do ninho e o teto americano (que o que recomendamos por ser uma s

    pea e ser o melhor para traslados)

    Para fixar as partes entre si, utilizamos arame de fardo do mais fino ou outro arame fino brando queseja suficientemente forte para atar (o de quadros no serve).

    Para conseguir isto realizamos furos com uma broca de 3 mm. Dois em cada lateral mais compridaunindo o ninho ao piso e um no lado oposto ao do alvado. Como mostrado na figura.

    Para estirar os arames para que fiquem bem firmes, usamos una ferramenta que na Argentina sechama tenaz, que tem em sua boca uma parte de corte e outra de agarre.

    Usando esta parte de agarre (em vermelho no diagrama), retorcemos o arame paraque aperte, e logo, aproveitando sua forma especial ovalada, fazemos alavancaestirando o n realizado, com o que o arame estica e prende ainda mais, e

    retorcemos de novo este bolo de arame que agora ficou frouxo, repetindo estamanobra at que seja necessrio e prudente, pois precisa estar firme, ms semcortar-lo.

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    Logo fixamos o melgueiro da mesma maneira s que neste caso realizamos atadura do ladocontrario ao alvado.

    Em seguida colocamos 8 ou 9 quadros dos que esto sem o travesso inferior e nos quais soldamosuma tira de cera de no mais de uma polegada (2,5 cm aproximadamente), na ranhura do quadro.Para que tenham uma idia, a cada placa de cera alveolada a dividimos em sete tiras, com o quecom trs folhas fornecemos cera a dois ninhos. O mesmo sistema usado para os quadros das

    melgueiras.

    Antes, como a cera no chegava as laterais a estirvamos com umrolo de massa manual como as que se usam para estirar a massa defarinha como mostrado na fotografia ao lado.

    Com esta manobra conseguimos que fosse mais larga que a medidadisponvel em relao aos lados do quadro. Tudo isto para poder

    pass-la sem ter que sold-la em uma ranhura que fazemos nessas laterais como mostrado nestafoto.

    Come isto se ganha muito tempo quando se tem que soldar as tiras de cera na ranhura superior.

    Agora utilizamos tiras de cera que cortamos de una placa fabricada por ns com nossa prpria cera,placa que naturalmente no alveolamos, pois nossas abelhas nos ensinaram que no faz falta, elas searrumam perfeitamente, e as tiras s so necessrias para que levantem os favos dentro dos quadros.

    Naturalmente isto de que puxem os favos dentro dos quadros nos interessa s nos quadros dasmelgueiras. Os quadros dos ninhos em nossas colmias s esto ali para evitar que as abelhas usemas extremidades inferiores dos quadros das melgueiras para puxarem favos de ninho.

    No esquea que nunca abrimos um ninho e que ali as abelhas podem puxar os favos para o ladoque queiram, sempre que os iniciem nas cabeas dos quadros do ninho.

    Voltemos a armao do ninho das capturadoras as que j colocamos 8 ou 9 quadros com cera. Os

    quadros que faltam (1 ou 2) so quadros puxados de preferncia que hajam contido cria.Ainda que a qualidade da fotografia seja deficiente porque foi tirada com um celular, observe comoas abelhas puxaram abaixo das laterais do quadro, pois tiveram lugar para se arrumarem at uns 2centmetros do piso.

    Observe tambm que estes quadros no tm barra inferior nem arames.

    Estes quadros no tm muita profundidade porque pertenceram a uma colmia armada com duasmelgueiras, que foram as armadas quando comeamos com este sistema na Provncia de Buenos

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    Aires, antes de mudarmos a Formosa.

    As que armamos agora, com um ninho mais um melgueiro ou 3 melgueires, so muito maiores.

    Observe na perfeio dos favos e no tamanho que tinha esse ninho, que desmente que as abelhassem cera alveolada "se perdem".

    Outra coisa que peo que observe nestes quadros que o lugar que ocupou a cria (zona escura por

    isso mesmo) chega ate a parte superior do quadro.E isto assim porque no esquea que nos colocamos uma caixa mais por cima do ninho, que notocamos jamais para que a completem com as reservas necessrias de mel.

    Observe como a rainha desenvolveu o ninho tratando de dar uma forma esfrica, porm com otamanho que permitiam duas melgueiras, todavia no era o suficiente.

    Isto nos deu a pista para provar com ninhos muito maiores, onde as reservas de um ninho circularimenso (como desenvolvem as boas rainhas) poderiam estar no mesmo quadro, cumprindo asfunes que j sabemos que cumprem.

    Voltemos armao da colmia "capturadora":

    Com estes dois quadros puxados tirados de uma colmia que ficou desabitada sem populao,(nunca saberemos a causa porque no as revisamos), se completam os dez quadros do ninho e soos que servem para atrair ainda mais os enxames.

    Agora o que se deve conseguir que no se movam do seu lugar quando a caixa seja baixada do seusuporte.

    Isto o conseguimos da melhor maneira e depois de muitasprovas usando mangueira preta de plstico (das que se usapara conduzir gua enterrada) a mais fina que se consiga(quase sempre de ) cortada em pedaos de um centmetrode comprimento. Estes pedaos so colocados na partesuperior dos quadros, na quantidade necessria para queformem uma s pea fixa. Como se pode observar na imagemao lado.

    Costumamos mudar o sistema de guarda do alvado cortando o piso rente a entrada do ninho. O quenos permite cravar de frente um dos travesses inferiores dos tirados dos quadros e que tm quasesempre a altura necessria como se v na fotografia seguinte.

    Isto nos livra do inconveniente dos redutores de alvado que nunca tm o mesmo tamanho que tmos alvados e quando se necessita colocar um, o que se tem em mo nunca coincide com o que senecessita (isto passa naturalmente, pela diversidade do material disponvel, que nunca do mesmofabricante, e todos sabemos que o Standard sagrado, porm no tanto).

    Ainda no vero (e aqui em Formosa o vero VERAO) mantemos o redutor de alvado colocado,pois observamos que quando deixvamos totalmente aberta era propolisada quase em sua totalidadefechando-a e deixando dois ou trs buraquinhos que tinham sido somados o tamanho do alvado queagora deixamos (uma abertura de aproximadamente um centmetro de altura por aproximadamentequatro ou cinco centmetros de comprimento)

    Cremos que isto to estranho poderia explicar porque com una abertura to pequena as abelhasconseguem o efeito Venturi4. E por outro lado com uma abertura pequena evitam a entrada da

    4 O efeito Venturi (tambm conhecido como tubo de Venturi) consiste em que um fluido em movimento dentro de um

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    imensa quantidade de bichos (ratos entre outros) que povoam os montes onde esto nossascolmias.

    Fechamos com o teto americano e logo lacramos tudo com uma lacradora de lacres de plstico efeches metlicos como se v na fotografia seguinte.

    Nesta fotografia d para ver a marca a fogo que, na Argentina, devem ter todas as colmias com onmero do RENAPA (Registro Nacional de Produtores Apcolas) que corresponde aoestabelecimento, neste caso o P 0429, a letra P corresponde a provncia de Formosa.

    A caixa que tem pintado U 61 (o U est interrompido pelo cobre entradas) foi a colmia 61 doapirio Urunday e a QB 24 foi a colmia 24 do apirio Quebracho Blanco, as que perderam seusenxames antes de ter assumido a gerncia e com o material das quais armei estas colmias paracapturar ou pescar enxames.

    As colmias "pescadoras" que se vm empilhadas direita, esto esperando sua vez para irem aocampo para ser presa, cada uma em sua rvore, como mostrado na outra fotografia:

    Para conseguir isto se pregou a uma arvore (e buscando seu perfil mais a prumo para conseguirque fique o mais direita possvel) a altura que fica o piso e para que o mesmo se apie em dois

    pregos de 10 centmetros (N 3 na fotografia) e enquanto um companheiro mantm a caixa sobre ospregos outro passa um arame de fardo duplo5abraando a caixa com a arvore (N 1 na fotografia),para logo firmar retorcendo at que tudo fique firme. O lacre tambm visto (N 2 na fotografia)

    ducto fechado diminui sua presso ao aumentar a velocidade depois de passar por uma regio de seco menor. Seneste ponto do ducto se introduz o extremo de outro ducto, se produz uma aspirao do fluido contido neste segundoducto. Este efeito, demostrado em 1797, recibe seu nome do fsico italianoGiovanni Battista Venturi(1746-1822).

    5 Os melhores resultados conseguimos usando arame de fardo comum (em outros lugares conhecido como aramerecozido) ao que atamos em fios duplos com o tamanho necessrio para abraar uma arvore ou outro elemento firme

    e colocando-o em uma mquina de agulhar um ferro de 6 mm. dobrado em L ou em gancho, enganchamos oarame duplo na agulhadeira e dandomquina conseguimos que se enrole sobre se mesmo. Com o que, quandocortamos a quantidade necessria no monte para atar as capturadodoras, evitamos a confuso que fazamos antesquando usvamos os dois soltos.

    http://es.wikipedia.org/wiki/Giovanni_Battista_Venturihttp://es.wikipedia.org/wiki/Giovanni_Battista_Venturihttp://es.wikipedia.org/wiki/Giovanni_Battista_Venturihttp://es.wikipedia.org/wiki/1746http://es.wikipedia.org/wiki/1822http://es.wikipedia.org/wiki/Giovanni_Battista_Venturihttp://es.wikipedia.org/wiki/1746http://es.wikipedia.org/wiki/1822
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    As imagens falam melhor do que as palavras:

    Observando com ateno d para ver que a colmia "capturadora" que estamos colocando nestasfotos, est formada por trs melgueiras, e que tem dupla amarrao, porque com elas descobrimosque melhor fazer assim para que fiquem bem seguras.

    A melhor altura para fixar as capturadoras a que permite que os apicultores possam colocar o maisalto possvel sem ter que subir em nada, como se pode observar nas fotografias anteriores. Pode-se

    tambm colocar caixes capturadores pondo-os sobre algum apoio que podem ser as bancadas ondeficaro definitivamente, porm o que menos resultado d. Em todos os casos s recomendvel queos caixes capturadores fiquem a sombra para evitar que as caixas esquentem com o sol, coisa deno gostam os enxames.

    S resta passar de vez em quando para observar se entrou um enxame e, quando completou a cargado veculo, vamos a noite para que toda a populao esteja dentro do caixo, fechamos o alvadocom estopa nova e limpa, que o que melhor resultado nos tem dado at agora, tapamos qualquerlugar por onde estejam saindo abelhas para o exterior, tais como rachaduras ou buraquinhos que no

    percebemos quando as armamos ou que apareceram-se enquanto penduradas, usando barro argiloso,que o melhor que encontramos para estes momentos.

    Baixamos, colocamos no veiculo, levamos ao apirio que j est preparado esperando, colocamosramos ou qualquer outra coisa de frente dos alvados, coisas que dificultem a sada e que lhes

    permita dar-se conta de que no esto no mesmo lugar de onde vieram e aps deix-las descansar

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    um pouco comeamos a abrir os alvados pouco a pouco e por grupos separados, ficando com istoterminada a tarefa.

    Para que recuperem a tranqilidade necessria, voltamos depois de uns dias para tirar a armao,retirar os ramos e colocar a caixa que falta para que ponham suas reservas e a maior quantidade que

    possamos de melgueiras, para que o mais rpido possvel considerem o todo como o oco a encher.

    Isso se pode observar nestas fotografias:

    O autor na tarefa de acomodar as capturadoras trazidas do campo para seu lugar definitivo e agregartodo o material possvel.

    Neste caso o apirio do estabelecimento orgnico se chamaItn, que outra rvore autctone da Provncia de Formosa

    na Repblica Argentina.

    Veja ao lado esse desenho onde tudo fica mais claro.

    Note agora como fazer o piso, pois recortamos no corpo dacaixa inferior a abertura que servir como alvado, cortandocom um serra na profundidade da madeira e dando umcentmetro de altura e uns 4 ou 5 cm de largura para oalvado.

    Depois pregamos tbuas por debaixo da caixa, deixando queuma delas se sobressaia para forma uma rampa de vo. Nsusamos melgueires (melgueira ). Note com as trs

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    primeiras formam a colmia que usada para capturar o enxame. Por isso esto unidas como aramecomo explicado no texto. Todo o material que est acima se coloca depois do enxame esteja nolugar definitivo, como explicado antes.

    Claro que este tamanho de colmia conservado durante todo o ano, onde ela s incomodada paraa colheita, e como a colheita feita somente no prprio apirio, logo em seguida o material retorna

    para onde estava.

    NOTA:

    Acrescento esta nota hoje 23 de Abril de 2009, para clarear melhor os conceitos da "captura" deenxames, e o fao copiando de maneira quase textual, da forma como respondi a uma pergunta queme fizeram em Lapisada, que uma lista de apicultura que participo.

    Pode acontecer, a quem acredita que no existem enxames em sua regio, levar uma grandesurpresa se preparar alguns caixas como explico no manual, e coloc-las com seus correspondentes

    ninhos onde tinha cria, (ninhos que resgatados dos que estavam "imprestveis") e as coloque comtempo no lugar onde vo "capturar" (as abelhas, muito tempo antes de enxamear, j buscam onde"mudar-se"). Cada um sabe qual esse momento em SUA regio. Onde mais se "capturam"enxames no meio de qualquer cidade, ou nas regies suburbanas, o prximo s vilas e povoados.

    No creiam em mim, PROVEM.

    Peo que no cometam o erro de considerar que esse enxame que est ali, nessa caixa "NOSERVE". Levem-no a seu lugar definitivo, coloque em cima todo o material que puder, si

    possvel, MUITO.

    D-lhes, por favor, MUITO ESPACO E MUITA PAZ, observando-os de fora. NO TOQUEM,Deixe-os tranqilos, salvo para curar-se das varroas (o que corresponda).

    Os mais poderosos so os primeiros que aparecem em sua regio. Esses, quase com certeza,(depende das condies do ano) j tero mel "PARA COLHER" na primeira temporada. Ms porfavor, no cometam o mais repetido dos erros:

    NO COLHAM AS RESERVAS DAS COLMEIAS QUE AINDA NO ESTO ADULTAS.

    E o que uma colmia adulta?

    UMA COLMEIA QUE, DEPOIS DE ENTRAR UM ENXAME, CONSEGUE JUNTAR ASRESERVAS E ACOMODA-LAS ONDE CORRESPONDE E QUE PASSA SEU PRIMEIROINVERNO.

    Convertendo-se em uma mquina (ento recente) de produzir.

    At que se chegue a esta condio NENHUMA COLMEIA COLHEDEIRA.

    D UM ANO para a colmia que entrou um enxame, para que chegue a colher.

    Na prxima temporada, observem-na e COMPAREM.

    10. Outro modo de colher

    A enorme diferena de sabor que existe entre um pedao de favo operculado e o do frasco, devidoa que o mel ao ser extrado vai do interior do favo parede da centrfuga movido pela foracentrfuga, perdendo nesta viagem seus mais finos perfumes e com eles, os mais finos sabores.Prova disso o intensssimo perfume de mel que existe em uma sala de extrao em

    funcionamento.E pensamos, Como se poderia solucionar este inconveniente?

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    Outro inconveniente, muito grave este, que tratvamos de solucionar, a inevitvel quantidade deterra e p do meio ambiente que fica presa nos favos no transporte desde o apirio at a sala deextrao, com a conseqente e inevitvel contaminao de mel e, a gravssima e tambm inevitvel,quantidade de terra e p que se gruda no interior das caixas e favos, os favos melados com mel, quechegam da sala de extrao ao apirio e que so colocadas em cima das indefesas abelhas que no

    podem fazer nada para evitar a terrvel contaminao das colmias.

    Outro inconveniente a solucionar, tambm grave porque pesa sobre o bolso de maneira direta, soas duas viagens realizadas, para buscar e devolver as caixas dos apirios. Pelo menos 46 % dosgastos em Apicultura so de transporte.

    A soluo que demos a todos estes inconvenientes a seguinte:

    Os implementos que usamos para realizar a colheita so;tachos de ao inoxidvel com uma capacidade aproximada de10 litros, com correspondente tapa hermtica, em quantidademnima suficiente para completar a capacidade de carga doveculo que se use, quando est cheio de mel.

    Um funil que cobre de maneira perfeita a boca dos citadostachos que chega at a altura do cotovelo de uma pessoaparada. O funil tem um travesso na parte superior que odivide em dois. Tal como se aprecia neste desenho:

    Uma faca comprida e fina de filetar peixes. Uma escova deapicultor para retirar abelhas.

    Em nossa experincia, cortamos os favos para a colheita edeixamos aproximadamente um centmetro do favo originalcarregado de mel (aproximadamente pois trabalhamos noitecom luz vermelha).

    Os favos que usamos nas salas desoperculadoras no tm arames por isso no existe dificuldadenem impedimentos para cort-los, deixando apenas algo mais do um centmetro de favo sem cortar,debaixo da barra superior do quadro. Como se v aqui:

    Estes pedaos de favos cortados que caem do quadro at o recipiente de ao inoxidvel, poderiamaproveitar-se para vend-los como tais, envasando-os no mesmo lugar da colheita. Isto at agorano fizemos.

    Os favos viajam no veculo fechados hermeticamente. As melgueiras foram movidas s para seremcolhidas e retornadas a seu lugar com todos os quadros que tinham. Quando se fecha uma colmiaterminou a colheita e no molestada at a prxima.

    Porm o mais importante: S se realiza uma viagem em todo o trabalho de colheita. Economizando

    tranquilamente uma viagem de cada duas que realizvamos antes.Os favos so modos em cima de onde vai ser decantado o mel, sem necessidade de bombas nemnenhum outro movimento.

    Resultados: a colheita de cera substancialmente maior.

    O mel chega sala de extrao com uma pureza impensvel com o sistema em uso.

    A economia de energia eltrica grande pois no necessrio usar o extrator de mel nem asbombas.

    A economia em energia humana (mo de obra) tambm grande pois se movem elementos que por

    ter manivela e pouco peso so mais fceis de mover que as melgueiras, por levar um em cada mo.Se evitam todos os trabalhos de transporte de material at a sala e os da sala mesma que so astarefas mais pesadas da industria apcola.

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    O produto final perfeito, impossvel obter melhor, em sabor e higiene.

    Em Formosa a colheita realizada de noite, com luz vermelha, que invisvel para os insetos.

    Isto tem vrias vantagens:

    A principal; trabalhamos com uma temperatura muito menor que se o fizssemos de dia.

    Temos observado que no se irrita todo o apirio como costuma suceder de dia com asafricanizadas.

    improvvel que ande gente de noite pelos arredores e se existe gente por perto, esto dormindo,com o que molestamos o menos possvel.

    As abelhas tambm sofrem menos.

    A quantidade de mel que dito que uma abelha precisa consumir para fabricar cera est muitolonge da verdade. A realidade que no momento da entrada de nctar, toda essa imensa quantidadede acares naturais passa pelo estmago de TODAS AS ABELHAS DA COLNIA pelofenmeno conhecido como trofolaxia, que o nome que se d ao mecanismo que as abelhasrealizam ao passar uma para as outras o contedo de seus estmagos.

    Esse intensssimo trnsito de substancias aucaradas deslancha o mecanismo fisiolgico daproduo de cera, com o que temos que a abelha TEM QUE PRODUSIR CERA e esta produo,muito mais que pelo consumo, se produz pelo TRNSITO DESSAS SUBSTNCIAS.

    A realidade assinalada por muitos experientes apicultores prticos que a abelha produz cera aindaque no queira e SE NO USA, se perde. Essa quantidade de quilos de mel que se gasta para

    produzir cera voc j sabe a quem beneficia, no no a ns que temos que suar debaixo dosmacaces.

    11. As Colmias Econmicas

    Sempre penso que a apicultura, que se recomenda neste manual, poderia ser soluo para aquelaspessoas de escassos recursos, que habitam todo o planeta, que so milhares de milhes e que estoem tanta variada quantidade de condies de pobreza e, que contariam, no uso desta tcnica, comuma apicultura que no faz falta saber nada de teoria, com uma fonte de recursos com para melhorarsua situao.

    Em alguma ou muita proporo, tudo isso nesse caso, dependeria deles. Penso como muitos que ospobres no precisam ganhar um peixe, mas aprender a pescar. O problema, a limitante, o materialcom o que pudessem praticar esta apicultura extensiva natural. Por conta de sua pobreza, escassezde recursos, falta de capital, de nada lhes serviria receber esta informao que se oferecegratuitamente neste manual, se no tivessem onde abrigar seus enxames.

    por isso, que com meu scio, Carlos Sivagno, de Moreno, na Provncia de Buenos Aires,Argentina, nos colocamos, como fazemos sempre, a discutir, planejar, e em seguida a trabalharsobre todos os aspectos deste problema, tendo em conta que os que se necessitava era uma colmiaque pudesse ser fabricada com os elementos mais baratos que se pudesses conseguir em cada lugardo mundo, que no necessitasse de nenhum tipo de mquina para fazer, e que bastasse, para faz-la,ter um serrote, um martelo e uns pregos.

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    O resultado a colmias que mostro em continuao, que neste caso, a caixa que servir paracapturar seu enxame, que est armada em uma s pea.

    O material para construir esta colmias, no caso particular da cidade de Buenos Aires, uma das

    maiores metrpoles do mundo, a madeira com a qual esto construindo os pallets' ou estradosque se usa na indstria e no comrcio para empilhar mercadorias.

    Este tipo de madeira, a que, em Buenos Aires, se consegue tirada, o que se pode comprar pelopreo mais barato.Em cada lugar do mundo se ver qual o material que se pode conseguir mais fcil, do que esttirado o de lo que se pode adquirir por menor preo.

    A colmia dever ser adaptada em suas medidas ao material que se tenha, tendo que respeitar emrelao s medidas, as do interior da colmia em uso em sua regio, ou se no se usa nenhum tipode colmia, nem tem de onde as medidas padro, se usaro as medidas que se acredita convenientes,que isso no tem nenhuma importncia, so s convenes seguidas pelos apicultores no mundo

    todo, no entanto as abelhas trabalham bem em qualquer oco, com a condio que seja grande.Vejamos algumas vistas da colmia, para que fique mais claro como se fabrica.O teto deve ser adaptado ao tamanho que tenha a colmia por fora. O alvado se faz recortando como mostrado, e ele conta com uma pequena rampa de vo.

    Observemos na fotografia acima que o alto da caixa destinada a capturar seu enxame, que serecomenda que no mnimo seja de 60 centmetros.

    Vejamos a colmia de outro ngulo.

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    Vejamos um detalhe do teto, que separamos, para que se aprecie melhor:

    Nas fotografias que seguem pode-se observar o interior da colmia com seus quadros, vendo-a de

    cima e de lado.

    Agora uma vista do piso da colmia e uma vista com uma colmia vazia:

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    Outra vista com a colmia vazia, desta vez vista de cima.

    Na foto anterior possvel observar a importncia de respeitar as medidas interiores. Sempre que se

    quiser, pode continuar usando o material com a mesma medida que j tem. No entanto, caso acolheita seja feita da forma como recomendada neste manual, cada colmia pode ter sua prpriamedida, sem que isso signifique incmodo, pois nunca se movem de seu lugar, nem so trocadascom de outras colmias, os elementos queconstituem a cada una delas.

    Vejamos agora os elementos com os quais se fazesta colmia para capturar enxames e oselementos que fazem parte dos melgueires(melgueira ) como se recomenda aqui:

    Como pode ser visto na imagem em que a frente da colmias para captura tem os 60 centmetrosrecomendados, conveniente armar as laterias da colmia, a frente, onde se recortar o alvado, e

    sobre eles o fundo, que do a medida necessria para unir as tbuas, at a concluso.Tanto na colmias de captura quanto nosmelgueires, as tbuas usadas para cobrir todas as

    partes so da mesma medida.

    Na fotografia da direita possvel observar aprofundidade dos entalhes para se apoiar osquadros que at poderiam ser muito bemsubstitudos por tiras menores nessa rea, senecessrio, se no se tem com que fazer osentalhes ou se parece mais fcil de faz-lo dessa

    maneira.Se o que usado para fazer esta colmia umramo de madeira, no necessrio que ele seja

  • 7/14/2019 Apicultura Extensiva Natural Oscar Perone

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    planado, o que no incomoda as abelhas, e no se preocupe com as rachaduras, ou seja, eles soresponsveis por fechar tudo da forma mais perfeita que pode imaginar usa