Apostila de Auditoria para Concursos

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APOSTILA PARA CONCURSOS PÚBLICOS AUDITORIA Encontre o material de estudo para seu concurso preferido em www.acheiconcursos.com.br Conteúdo: 1. Introdução e desenvolvimento da auditoria; 2. Processos, normas e práticas usuais de auditoria; 3. Etapas da auditoria e exame dos registros; 4. Provas em auditoria e parecer dos auditores; 5. Princípios da ética profissional e a responsabilidade do auditor. ATENÇÃO: Esta apostila é uma versão de demonstração, contendo 16 páginas. A apostila completa contém 68 páginas e está disponível para download aos usuários assinantes do ACHEI CONCURSOS. Acesse os detalhes em http://www.acheiconcursos.com.br

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Apostila de Auditoria para Concursos, contendo:1. Introdução e desenvolvimento da auditoria; 2. Processos, normas e práticas usuais de auditoria; 3. Etapas da auditoria e exame dos registros; 4. Provas em auditoria e parecer dos auditores; 5. Princípios da ética profissional e a responsabilidade do auditor.

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APOSTILA PARA CONCURSOS PÚBLICOS

AUDITORIA

Encontre o material de estudo para seu concurso preferido em

www.acheiconcursos.com.br Conteúdo:

1. Introdução e desenvolvimento da auditoria;

2. Processos, normas e práticas usuais de auditoria;

3. Etapas da auditoria e exame dos registros;

4. Provas em auditoria e parecer dos auditores;

5. Princípios da ética profissional e a responsabilidade do auditor.

ATENÇÃO: Esta apostila é uma versão de demonstração, contendo 16 páginas.

A apostila completa contém 68 páginas e está disponível para download aos usuários assinantes do ACHEI CONCURSOS.

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Introdução e desenvolvimento da auditoria

A relevância da auditoria para as empresasÉ por meio do conhecimento da auditoria que se pode formar uma visão mais

crítica do funcionamento da empresa ou de um determinado setor, permitindo que se responda a uma série de questões que envolvem os aspectos operacionais ou finan-ceiros da organização.

A sociedade e as empresas passam por profundas transformações, provocadas pelo avanço tecnológico e a quebra de antigos paradigmas, numa constante siner-gia entre a necessidade de consumo do homem e a produção gerada pelas empresas, criando novos ambientes e orientações. Neste cenário, nunca antes vivido pelos atuais gestores, deve-se promover pragmaticamente aos colaboradores, internos e externos, bem como aos clientes e à sociedade, qual o objetivo da organização e suas metas.

Isso significa dizer que se deve planejar: “voltar os olhos para o futuro, ou seja, trata-se de definir hoje que resultados devem ser alcançados no futuro e de que forma. A essência desse ato é a tomada de decisões” (BIO, 1988, p. 39).

Este processo, de se preparar hoje para o futuro, sofre interferências de diversas forças do mercado, criando novas orientações que forçam a empresa a realizar per-manentemente adaptações e ajustes, a fim de concretizar sua missão e atingir seus objetivos. Dessa forma, as empresas devem elaborar e rever constantemente seu pla-nejamento, seja estratégico ou operacional.

O planejamento estratégico “É o planejamento mais básico e de maior alcance que os gerentes fazem para uma empresa. Os resultados do planejamento estratégico incluem objetivos organizacionais” (HAMPTON, 1983, p. 164).

Para que a empresa atinja seus objetivos organizacionais, ela deve ser eficaz em sua gestão, sendo que para atingir tal estágio se faz necessário o desenvolvimento de ações eficientes e eficazes.

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A eficiência operacional, que é produzir maximizando a utilização dos recursos internos pro- porcionando maior produtividade, não é o único requisito necessário para que a empresa seja competitiva. A eficácia operacional é um pressuposto, visto que, se a empresa não possuir um mínimo de eficácia operacional, que é ter seus produtos e serviços valorizados pelos clientes, não será competitiva e estará sucumbindo diante da concorrência. (CHAGAS LIMA, 2000, p. 8)

Dessa forma, pode-se afirmar que para a empresa ser competitiva deverá ter efe-tividade, ou seja, tanto ser eficiente como eficaz. É por meio da estratégia empresarial adequada que se dará a criação da vantagem competitiva permitindo à empresa so-breviver à concorrência.

Tanto a eficácia operacional como a estratégia são essenciais para o desempenho superior que, afinal, é o objetivo primordial de todas as empresas. Uma empresa só é capaz de superar em desempenho os concorrentes se conseguir estabelecer uma diferenciação preservável. Ela precisa proporcionar maior valor aos clientes ou gerar valores comparáveis a um custo mais baixo, ou ambos. Daí decorre a aritmética da rentabilidade superior, em que o fornecimento de maior valor permite à empresa cobrar preços unitários médios mais elevados; a maior eficiência resulta em custos unitários mais baixos. (PORTER, 1996, p. 47)

Os desafios que os executivos e administradores enfrentam devem ser traduzidos em desenvolver boas estratégias que permitam criar, produzir e distribuir produtos com rapidez e inovação, obrigando-os a formularem planos e processos que sejam adequados às novas realidades. Para que se possa identificar essas mudanças, faz-se necessário um constante controle por meio de ferramentas que mensurem se o que foi planejado está sendo ou não realizado.

“O planejamento para obter os melhores resultados deve ser flexível, permitindo estra-tégias alternativas para substituir os planos existentes quando os desdobramentos econô-micos e financeiros divergem dos padrões esperados” (GROPPELL; NIKBAKHT, 1998, p. 4).

Nessa senda é que se faz necessário desenvolver uma prática que permita o acom-panhamento e identificação de possíveis distorções que possam haver no processo empresarial, seja na área financeira, de recursos humanos, marketing ou operacional.

A opinião técnica independente adequada para a verificação dos fatos e atos empresariais é a auditoria, prática que permite verificar, por meio de um minucioso e sistemático exame, se os objetivos e alterações patrimoniais têm ocorrido de forma eficiente, eficaz e adequada ao planejado e aos objetivos da organização.

Fundamentos e objetivos de auditoria‘’A auditoria tanto na área pública quanto na área privada é uma especialização

contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial, com o objetivo de atestar sua validade sobre determinado dado’’ (ATTIE, 2000, p. 25).

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A Contabilidade foi a primeira disciplina desenvolvida para auxiliar e informar ao administrador, sob a ótica estática e dinâmica, a evolução do seu patrimônio. Ela tem como finalidade registrar através de técnica própria os fatos e atos empresariais e for-necer uma série de dados ocorridos na gestão que possam causar variações no patri-mônio da empresa. Dessa forma pode-se afirmar que a metodologia aplicada consiste na captação, classificação, registro, segundo princípios contábeis a fim de promover informações e controle, a qualquer tempo, dando total visibilidade das ações dos ad-ministradores para fins legais, fiscais e outros.

Para mensurar a adequação e confiabilidade dos registros e das demonstrações contábeis, a Contabilidade utiliza-se também de uma técnica que lhe é própria, chamada auditoria, que consiste no exame de documentos, livros e registros, inspeções, obtenção de informações e confirmações internas e externas, obedecendo a normas apropriadas de procedimento, objetivando verificar se as demonstrações contábeis representam adequadamente a situação nelas demonstrada, de acordo com princípios fundamentais e normas de contabilidade, aplicados de maneira uniforme. (FRANCO; MARRA, 1991, p. 20)

Objetivo da auditoria

A finalidade estabelecida para uma auditoria é a emissão de uma opinião funda-mentada, por uma pessoa independente, porém com capacidade técnica e profissio-nal suficiente para emiti-la. O objeto a ser examinado pode ser apresentado de diver-sas formas, como um saldo contábil, um documento, um formulário.

Como dissemos, a auditoria é uma especialização da contabilidade, todavia, tem-se utilizado esse termo também para definir a atividade de inspeção, verificação, exame e comprovação em outras áreas além da matéria supra mencionada, tais como, áreas operacional, gerencial, ambiental entre outras. Mas sempre com o objetivo de oferecer uma opinião técnica sobre a área auditada.

No Brasil, para ser auditor reconhecido oficialmente pelo Conselho Regional de Con-tabilidade (CRC) e auditar as demonstrações contábeis financeiras das empresas, é preciso que o pretendente tenha formação acadêmica em Ciências Contábeis. Todavia, observa-se cada vez mais a utilização da palavra auditoria para apontar o profissional que atua na ativi-dade de examinar, verificar e controlar as mais diversas áreas e setores organizacionais.

O termo auditoria tem sido empregado para diferentes tipos de atividades, mas com a mesma finalidade, qual seja a de um especialista em sua área de atuação com vistas à emissão de uma opinião. Essa opinião tem de estar abalizada e ser correta, não se permitindo a emissão de uma opinião sem que tenham sido obtidos os elementos comprobatórios que atestem a veracidade de certa afirmação. A auditoria não pode ser alicerçada em dados não concretos e de esparsas informações, mas ser fatual, permitindo correta e inquestionável opinião sobre o dado examinado. (ATTIE, 1998, p. 42)

Os exames de auditoria obedecem a normas próprias que incluem procedimentos de comprovação de dados em estudo, à verificação de documentos, livros e registros, à obtenção de evidências de informações interna e externa que se relacionem com o con-trole do patrimônio e à exatidão dos registros e das demonstrações deles decorrentes.

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Classificação

A classificação mais utilizada para diferenciar os tipos de auditoria é dividi-la em interna e externa.

Auditoria externa

Focada nos mais diversos setores e atividades, em que o objetivo é a opinião téc-nica de um profissional apto a opinar sobre o tema em questão, sem vínculo emprega-tício com a empresa auditada. Pode ser executada em várias áreas, tais como: auditoria de sistemas, recursos humanos, da qualidade, das demonstrações financeiras, jurídica, ambiental, fiscal, de gestão, de risco, auditoria externa em obras públicas.

Os profissionais de auditoria de demonstrações financeiras são certificados e devem seguir rigorosas normas profissionais no Brasil e em outros países.

Auditoria interna

Pode ser desenvolvida por um departamento da empresa, incumbido pela direção de verificar e avaliar os sistemas, documentos e procedimentos de determinado setor, objetivando diminuir a probabilidade de ocorrência de erros, fraudes ou procedimentos ineficazes. É importante para a lisura do processo que a auditoria interna seja feita por um departamento independente na organização que reporta-se diretamente à direção.

Almeida (1996, p. 30), destaca os principais objetivos do auditor interno:

verificar se as normas internas estão sendo seguidas;

verificar a necessidade de aprimorar as normas internas vigentes;

verificar a necessidade de novas normas internas;

efetuar auditoria das diversas áreas das demonstrações contábeis e em áreas operacionais.

HistóricoO surgimento da auditoria está vinculado à necessidade da verificação, por parte

dos proprietários e investidores, quanto à capacidade econômico-financeira das em-presas para as quais foram direcionados seus capitais.

A origem do termo auditor em português, muito embora perfeitamente representado pela origem latina (aquele que ouve, o ouvinte), na realidade provém da palavra inglesa to audit (examinar, ajustar, corrigir, certificar). Segundo se tem notícias, a atividade de auditoria é originária da Inglaterra que,

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAIS PÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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Processos, normas e práticas usuais de auditoria

O objetivo precípuo da auditoria é a emissão de uma opinião técnica embasada em fatos concretos, formulada por um profissional sem vínculo empregatício com a empresa, isto é, um parecer de um auditor independente, com competência técnica fundamentado em elementos comprobatórios, levantados na área a ser auditada.

Para atingir o objetivo de formular uma opinião concreta, é necessário seguir um roteiro predeterminado a fim de reunir condições sólidas para fornecer um parecer correto e íntegro.

O processo de auditoria inicia-se com a análise de uma afirmação. Nessa etapa pre-tende-se identificar o significado da afirmação, bem como os pontos básicos da audi-toria, elaborando um plano estratégico com base nas informações, conhecimento, in-terpretação e mapeamento dos passos a serem percorridos, buscando determinar uma afirmação. Uma análise adequada, para a auditoria, compreende fundamentalmente três pontos: revisão analítica que é usada para estabelecer a abrangência da auditoria e a ve-rificação de comportamento de valores significativos com vistas à identificação de situa-ção ou tendências atípicas. O segundo ponto é o planejamento, sendo este a base sobre a qual o trabalho deverá ser fundamentado, é o roteiro do que deve ser feito. O terceiro ponto é o conhecimento da empresa, suas operações, atividade, controles etc.

O passo seguinte à análise da afirmação é a avaliação da afirmação, em que se deter-minam os métodos, indicadores e parâmetros para a coleta de provas, analisando as cir-cunstâncias que influenciam na determinação da suficiência das informações levantadas.

Segundo Attie (1998, p. 47), “Alguns fatores que influenciam na determinação da avaliação das afirmações são; nível de controle interno, subjetividade inerente, integri-dade dos administradores, ponderação da relevância, ponderação do risco relativo.”

Assim sendo, o terceiro passo do processo de auditoria é a obtenção dos elementos probatórios (achados da auditoria), por meio da pesquisa e obtenção dos elementos neces-sários para confirmar a opinião técnica a ser dada pelo auditor. Os procedimentos devem ser escolhidos pelo auditor, sendo essa etapa a de concretização do trabalho, transformando o programa detalhado de auditoria em evidências nos papéis de trabalho (documentação preparada pelo auditor durante a execução de seu trabalho).

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Os elementos probatórios são reunidos através de testes, que constituem o pro-cesso fundamental de auditoria. Esses testes podem ser:

Teste de procedimento – destina-se a provar a credibilidade dos procedimen-tos de controle utilizados pela empresa;

Teste de saldo – tem a finalidade de obter provas suficientes e convincentes sobre as transações, saldos e divulgações aplicáveis que serão utilizadas pelo auditor para emitir sua opinião. O objetivo é certificar-se da existência real das transações e saldos demonstrados, bem como aferir se os saldos dessas tran-sações estão corretos.

E, finalmente, o último passo do processo de auditoria é a formação de opinião, em que verificam-se todos os procedimentos executados anteriormente quanto à sufi-ciência de informações para que o auditor emita o seu parecer.

Figura 1 – Procedimento para elaboração de auditoria.

AfirmaçãoFormação

de opinião

Análise da

afirmação

Avaliação da

afirmação

Achados e evidências da auditoria

Obtenção dos

elementos

comprobatórios

Esta sequência de trabalho chamada de processo de auditoria, tem como objetivo verificar e demonstrar, através dos achados e evidências da auditoria, a relevância do fato analisado ou a afirmação que pretende se auditar, através dos papéis de trabalho que amparam a elaboração do parecer final do auditor.

Competências profissionais do auditorPara realizar a auditoria é necessário que o profissional tenha capacidade técnica

na área que pretende auditar, bem como requer o estabelecimento de determinados padrões que se aplicam especificamente à auditoria.

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Etapas da auditoria e exame dos registros

Objetivo e planejamento da auditoria (etapa inicial do processo)

A auditoria tem fornecido sólidas informações e opiniões que possibilitam uma melhor qualidade na gestão dos negócios. Os gestores necessitam de elementos de formação de juízo e de escolha, fundamentada na realidade dos fatos, para uma de-cisão mais adequada na condução das empresas. Além do mais, os gestores precisam fornecer aos investidores, e demais interessados na gestão dos negócios, uma posi-ção embasada em documentos que convalidam a afirmação pesquisada, baseada em provas concretas e opinião independente.

O objetivo final de toda auditoria é emitir uma opinião técnica sobre o tema audi-tado por meio de um parecer no qual será relatado o que foi apurado, quais os docu-mentos que serviram de subsídio e a confiabilidade destes, os tipos de análise e testes empregados, e a motivação que gerou a conclusão final.

A atividade de auditoria desenvolve-se em etapas, iniciando-se com o planeja-mento geral, no qual deve constar o programa de trabalho detalhado e por escrito, que deverá descrever o responsável pelo processo de auditoria, quando ocorrerá e qual o objetivo a ser alcançado em termos de natureza, oportunidade ou profundidade dos exames e extensão do trabalho, sendo que esta atividade de planejar deve ser conso-ante às Normas Brasileiras de Contabilidade.

Dessa forma, pontua-se que o planejamento da auditoria deve documentar todos os procedimentos de auditoria programados, segundo o objetivo predeterminado, bem como sua extensão e oportunidade de aplicação, objetivando comprovar que todos os pontos da empresa considerados relevantes foram observados e tratados pelo auditor independente.

Pode-se estruturar a auditoria em três grandes etapas. A primeira etapa é quando da avaliação para a contratação dos serviços, na qual devem ser levantadas as infor-mações necessárias para conhecer o tipo de atividade da empresa. A segunda etapa

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é a elaboração do planejamento em que o auditor define o seu plano de trabalho e o detalhamento dos procedimentos de auditoria a serem aplicados. É nesta etapa que o auditor estabelece a estratégia geral dos trabalhos a executar na empresa ou na área a ser auditada, elaborando o plano a partir da contratação dos serviços, estabelecendo a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames, de modo que possa desempenhar uma auditoria eficaz. E a terceira etapa, o parecer final do auditor, que é o relato téc-nico da opinião formada por esse profissional, fundamentada nos documentos e nas evidências apuradas bem como arquivadas através dos papéis de trabalho, nos quais se verificará o que foi feito e como foram feitos os trabalhos.

“Ao se iniciar qualquer trabalho de auditoria, este deve ser cuidadosamente pla-nejado, tendo em vista seu objetivo. Os exames e verificação serão orientados confor-me o alcance visado pela auditoria” (FRANCO; MARRA, 1991, p. 224).

A auditoria poderá apresentar-se de diversas formas, sendo cada uma delas com características próprias que poderão ser assim classificadas.

Conforme a sua natureza:

auditoria permanente;

continuada;

periódica;

auditoria eventual ou especial que poderá ser geral, ou parcial;

auditoria de balanços com fim específico.

Conforme a profundidade dos exames:

auditoria integral (revisão analítica de todos os registros contábeis);

auditoria por teste (amostragem).

Conforme a extensão do trabalho:

auditoria geral (de todas as demonstrações contábeis, em conjunto);

auditoria parcial ou específica (de uma ou algumas demonstrações ou itens);

revisão limitada (exames parciais, sem aplicação de todas as normas).

Conforme os fins a que se destina:

acautelar interesses de acionistas e investidores;

permitir melhor controle administrativo;

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apurar erros e fraudes;

julgar concessão de crédito;

apurar o valor real do patrimônio líquido;

dar cumprimento a obrigações fiscais;

atender a exigências legais;

confirmar a exatidão das demonstrações contábeis.

Conforme a relação do auditor com a empresa:

auditoria externa;

auditoria interna.

Dado isso, é de fundamental importância que o auditor entenda o conteúdo e a estrutura da área a ser auditada, se esta área for a da contabilidade que é a ciência que deu origem ao surgimento dessa especialização chamada de auditoria, é necessário que esse profissional entenda das demonstrações financeiras, pois são elas que proporcio-nam meios de comparação das mais variadas operações. Além de permitir, por meio de mensuração, comparação e análise, elementos indicativos de liquidez, solvência, endivi-damento, rentabilidade e, sobre tudo, da eficiência ou não da gestão dos negócios.

Determinações da abrangência do trabalhoExiste a necessidade e obrigatoriedade da auditoria ser fundamentada e embasa-

da em provas documentais, ou elementos comprobatórios, porque serão essas evidên-cias formais que formarão o juízo do auditor, isto é, servirão de base e fundamentação para o convencimento sobre o fato auditado e a formulação do parecer do auditor.

Os procedimentos de auditoria diante dessa prerrogativa devem ser desenvolvidos e alargados até a obtenção de elementos probatórios da afirmação que se está auditando.

Dessa forma, será o auditor que irá determinar qual ou quais os procedimentos mais adequados ao caso em questão, a fim de obter as provas necessárias.

A avaliação desses elementos fica a critério do auditor, obedecido o seguinte:

o simples registro contábil, sem outras comprovações, não constitui elemento comprobatório; na ausência de comprovante idôneo, auxiliam na determinação da validade dos registros con-

tábeis, sua objetividade, sua tempestividade e sua correlação com outros registros contábeis ou elementos extracontábeis;

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Provas em auditoria e parecer dos auditores

A aplicação dos procedimentos de auditoria1 deve ser realizada em razão da com-plexidade e volume das operações, por meio de provas seletivas, testes e amostragens. Todavia, cabe ao auditor, com base na análise de riscos de auditoria e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção dos ele-mentos de convicção que sejam válidos para o todo.

Oportunidades, extensão dos trabalhos, evidências e informações

Os procedimentos de auditoria são as ferramentas técnicas, das quais o auditor se utiliza para realizar seu trabalho considerando-se a oportunidade, extensão, evidên-cias e informações que julgue necessário para poder emitir sua opinião técnica.

OportunidadeA fixação da época mais apropriada para aplicação e realização dos procedimen-

tos de auditoria fará com que esses procedimentos tragam maior ou menor benefício em decorrência de serem aplicados no momento mais oportuno. Diante disso, um pro-cedimento não deve ser tardiamente ou antecipadamente realizado sob pena de não gerar valor para a auditoria.

Um exemplo de aplicação tardia de auditoria é aquele que ocorre após um fato já ter sido corrigido quando da aplicação do procedimento e assim perde-se a oportuni-dade de utilizá-lo como prova.

A aplicação oportuna do procedimento está associada à sensibilidade e perspicá-cia do auditor.

1 Conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas, abrangendo testes de observância e testes substantivos.

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Extensão dos trabalhosOs procedimentos de auditoria a serem aplicados por meio de provas seletivas,

testes e amostragem irão variar conforme o volume das operações, transações reali-zadas pela empresa e complexidade dos processos internos. Assim, caberá ao auditor determinar o número e a profundidade de operações a serem examinadas, de forma a obter elementos de convicção.

A quantidade e extensão dos trabalhos requeridos para fundamentar a opinião do auditor são questões que ele mesmo irá determinar no desenvolvimento da ativida-de após um estudo meticuloso do caso a ser auditado. Entretanto, não há uma receita pronta para mensurar a extensão e profundidade dos trabalhos, isso irá variar caso a caso.

Deve-se enfatizar que o grau de extensão dos testes pode ser maior para alguns itens e menor para outros conforme a importância destes.

Evidências e informações As evidências e informações formam a base na qual o auditor irá se apoiar para

formar seu convencimento sobre a afirmação pesquisada.

No entanto, o auditor deve ter alguns cuidados e não se permitir chegar a conclu-sões precipitadas, seja por falta de provas sólidas ou interferência de opiniões diver-gentes. O auditor precisa, portanto, que cada prova obtida seja pesada e os pontos de vista analisados pelo auditor, levando em consideração a objetividade, importância, validade e confiabilidade destas, dessa forma, as dificuldades ou custos não devem ser impeditivos para obtenção das provas.

Provas em auditoriaA atividade de auditoria é desenvolvida por meio da aplicação de ferramentas de

trabalho com o objetivo de formar uma opinião baseada em fatos, evidências e infor-mações materiais possíveis e necessárias.

Cabe ao auditor identificar e atestar a validade das afirmações, aplicando os pro-cedimentos adequados a cada caso, até a obtenção de provas materiais que compro-vem a afirmação auditada.

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Achados de auditoria Com a aplicação dos procedimentos de auditoria pelo auditor, é possível obter

as provas necessárias para avaliar se os critérios estabelecidos estão sendo ou não re-alizados. Em suma, os achados de auditoria são fatos resultantes dos programas de auditoria com valor para o juízo do auditor na elaboração de sua opinião.

Os achados de auditoria devem apresentar alguns requisitos para terem valor na auditoria, entre eles pode-se citar a relevância do fato, pela qual entende-se que não é qualquer fato empresarial que interessa ao auditor, mas somente aqueles que se relacionam com o item ou objeto auditado. Outro ponto a ser considerado é que os achados de auditoria devem constar nos papéis de trabalho a fim de dar respaldo à opinião do auditor, amparando as conclusões e recomendações feitas por ele. Os acha-dos de auditoria devem ser objetivos, versar sobre um determinado item específico e, finalmente, precisam ser convincentes aos interessados.

A obtenção das provas Em auditoria a busca de provas tem duplo papel, por um lado tem o objetivo

de validar ou não as asserções, isto é, as afirmações ou argumentações contidas nas demonstrações financeiras, conduzindo, assim, ao objetivo final dos trabalhos de uma auditoria, que é a emissão de uma opinião técnica por parte do auditor. Por outro lado, as provas têm o objetivo de salvaguardar os trabalhos realizados pelo auditor, servindo de fundamento na construção da opinião emitida no parecer, que apenas é possível a partir das provas recolhidas no decurso dos trabalhos.

Portanto, o recolhimento de provas não é um fim em si mesmo, mas um fio condutor das atividades do auditor. Dessa forma, pode-se afirmar que sem as provas o trabalho de-senvolvido na auditoria torna-se supérfluo e sem fundamento concreto, e a opinião formu-lada sobre o objeto da auditoria nada mais é do que divagações vazias e duvidosas.

É imperativo que o recolhimento e avaliação das provas seja impessoal e indepen-dente, agindo o auditor de forma criteriosa e inquestionável, isenta de qualquer vício.

Evidências de auditoria O termo prova, em auditoria, refere-se prioritariamente ao termo evidências, uma

vez que se entende como prova tudo que indica veracidade de uma afirmação ou a realidade de um fato. Assim, a prova indica maior precisão material ou existência física de uma coisa, já que evidencia em sentido lato uma ideia de abstração.

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Princípios da ética profissional e a responsabilidade do auditor

IntroduçãoMuito se tem discutido a respeito de ética na atividade profissional, porém esse tema

fica, muitas vezes, apenas na retórica, sendo utilizado como foco de discursos e teses, pas-sando longe de ser efetivamente objeto de preocupação de alguns profissionais na con-dução de suas atividades técnicas. No entanto, fica cada vez mais latente a necessidade de se observar esse atributo com o propósito de evitar prejuízos sociais e econômicos.

A origem da palavra ética provém da palavra grega ethos, que significa “caráter”. Dessa forma, a ética está relacionada a questões que tratam da interação entre pessoas, nas atividades profissionais ou extra profissionais.

Apesar de todas as atividades profissionais deverem ser executadas com compro-misso ético e competência técnica, a atividade desenvolvida pelo profissional de audi-toria, sobretudo, deve ser desempenhada de forma inquestionável, pautada nos mais rígidos princípios éticos, pois sua opinião irá influenciar a decisão de inúmeras pessoas.

A sociedade vem exigindo dos profissionais novas responsabilidades no desem-penho de suas funções. Essas responsabilidades profissionais se refletem na esfera cri-minal, fiscal e civil.

O profissional da auditoria, como os demais profissionais, responde pelos seus atos e pelas consequências danosas que porventura causar. Sendo que, nesse caso, a responsabilidade civil é subjetiva, ou seja, o auditor responderá pelos danos que causar a outrem, via ato ilícito, agindo com ou sem dolo.

Práticas de corrupção ou dissimulação dos negócios têm sido noticiadas envol-vendo, inclusive, empresas de auditoria. A partir das repercussões desses casos com-preende-se a importância da idoneidade e da ética que devem pautar a profissão de auditor. Assim, esse profissional deve manter-se acima dos ânimos exaltados, sabendo lidar com os problemas, permanecendo limpo e independente, com uma conduta in-questionável, a fim de transmitir a verdadeira essência da profissão.

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Corroborando o exposto, é opinião de Franco e Marra (1992, p. 86) que

o auditor tem uma função de relevância, em face de sua atuação na defesa de interesses coletivos e como defensores de equidade e justiça, na apuração de corretas prestações de contas. Daí a necessidade de conquistar confiança e respeitabilidade, que deve resguardar e manter, a qualquer preço.

A opinião técnica do auditor deve obedecer a critérios técnicos e éticos, apoiando- -se na verdade científica que os documentos, evidências e as provas lhe oferecerem.

O auditor deve estar amparado e fundamentado em sólida documentação apre-sentada nos papéis de auditoria a fim de demonstrar e justificar seu parecer, dada a responsabilidade civil que assume, pelas consequências que seus atos possam causar.

Moral e éticaMoral e ética não são sinônimos, são conceitos diferentes, a moral é um conjunto

de normas compulsórias, a ética um conjunto de valores.

A moral está relacionada com o conjunto de normas de caráter obrigatório, que regem o comportamento do homem na sociedade em que está inserido. Essas normas são aprendidas por meio da educação, tradição, cotidiano ou mesmo pelos costumes, sendo algo anterior à sociedade da maneira como a conhecemos.

Já a palavra ética pode ser definida como um conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em sociedade, de modo a assegurar o bem estar social.

Além das qualificações de cunho intelectual, técnico e legal, vinculadas à forma-ção profissional do auditor, é imprescindível que este tenha como requisito prioritário da sua atividade condições morais e de ética profissional inquestionáveis.

Contudo, é preciso pautar todas as nossas ações na moral e na ética, independen-te da atividade que estejamos desempenhando, sejam sociais ou profissionais.

Código de ética profissional do auditorO conceito de ética profissional é definido como um conjunto de valores que

devem ser observados e servem de orientação à atividade dos profissionais de uma determinada profissão.

A ética profissional é de grande valia em todas as profissões, notadamente na de auditor, que tem em suas mãos grande responsabilidade, pois mediante seu serviço é possível conhecer irregularidades, erros, falhas dentro do grupo de empresas, conhe-cendo o responsável hierárquico e executores das rotinas que originam essas informa-ções (CREPALDI, 2002, p. 65).

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Page 16: Apostila de Auditoria para Concursos

Todo profissional, incluindo o auditor, ao desenvolver sua atividade profissional tem toda liberdade para executar a contento seu trabalho, mas isso não o isenta de guardar uma postura profissional ética e seguir normas padronizadas de conduta.

Essas normas de conduta são verificadas no Código de Ética Profissional do Contabi-lista e nos Princípios da Ética Profissional editado pelo Instituto dos Auditores Independen-tes (hoje Ibracon), que estabelecem as normas éticas a serem observadas pelos profissio-nais de auditoria. O auditor tem responsabilidade ética na condução da sua profissão, cujas normas devem ser seguidas sob pena de sanções, além de responder civilmente pelos danos que advirem da execução incorreta, intencional ou não, de suas atividades.

É corrente entre os meios empresariais o pensamento de que de todas as profis-sões, a de auditor é aquela que está mais vulnerável a compor os esquemas de corrup-ção e simulação de negócios, já que seu trabalho está ligado intimamente à verifica-ção da contabilidade e dos registros de valores e apuração de resultados que indicam montantes, entre outros processos. Manter-se íntegro com equilíbrio e idoneidade, em qualquer circunstância, é fruto de uma conduta ética adotada pelo profissional.

“O auditor deve colocar sua honorabilidade profissional acima de quaisquer inte-resses pessoais e os da coletividade acima dos interesses de grupos” (FRANCO; MARRA, 1992, p.147).

Respeito ao código de ética

A observação e o respeito ao código de ética com certeza é uma das mais impor-tantes condições inerentes à ética profissional, pois é a base fundamental do processo de construção e fortalecimento desta.

O código de ética profissional irá normatizar os objetivos, direitos, deveres, res-ponsabilidades e penalidades referentes à dada atividade profissional. É compreensí-vel que não será somente através do código de ética profissional que se irá conseguir abranger todas as questões que possam vir a ocorrer no decurso das atividades e no exercício da profissão do auditor. Porém, esse código tem como objetivo ser um fio condutor das ações dos profissionais a fim de orientar sua atuação, evitando compor-tamentos fora dos padrões éticos, sob pena de aplicação de sanções de caráter puniti-vo, contribuindo assim para uma conduta profissional mais austera.

A profissão de auditor ainda não possui um código de ética próprio, assim, exis-tem basicamente duas fontes que orientam a postura ética do auditor: a primeira delas é o código de ética do contabilista, estabelecido pelo Conselho Federal de Contabilida-de (CFC), através da Resolução 290/70 e posteriormente atualizada pela Resolução CFC 803/96, a que o auditor se sujeita por ser contador. E os princípios da ética profissional editados pelo Instituto Brasileiro de Contadores (Ibracon).

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAIS PÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .