As finalidades da museologia IV

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As finalidades da As finalidades da museologia museologia Introduzimos o conceito de Ciência Introduzimos o conceito de Ciência Museológica no Brasil a partir dos Museológica no Brasil a partir dos cursos ministrados em 1985 em sucessivos cursos ministrados em 1985 em sucessivos anos, visando atualizar o campo anos, visando atualizar o campo conceitual entre os estudantes, uma vez conceitual entre os estudantes, uma vez que não existindo as facilidades da que não existindo as facilidades da internet, os novos conceitos internet, os novos conceitos internacionais eram divulgados através internacionais eram divulgados através dos seminários, cursos, workshops, dos seminários, cursos, workshops, textos acadêmicos e aulas abertas, como textos acadêmicos e aulas abertas, como as do Instituto de Museologia de São as do Instituto de Museologia de São Paulo, com a ampla divulgação de textos Paulo, com a ampla divulgação de textos como este, aqui traduzido por Ana como este, aqui traduzido por Ana

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una breve descripción de experiencias y conceptos que han delimitado la evolución histórica de la museologia la normalización de la nomenclatura, los protocolos museológicos, las tecnologia aplicada a los museos...

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As finalidades da As finalidades da museologiamuseologia

Introduzimos o conceito de Ciência Museológica Introduzimos o conceito de Ciência Museológica no Brasil a partir dos cursos ministrados em no Brasil a partir dos cursos ministrados em

1985 em sucessivos anos, visando atualizar o 1985 em sucessivos anos, visando atualizar o campo conceitual entre os estudantes, uma vez campo conceitual entre os estudantes, uma vez que não existindo as facilidades da internet, os que não existindo as facilidades da internet, os novos conceitos internacionais eram divulgados novos conceitos internacionais eram divulgados

através dos seminários, cursos, workshops, através dos seminários, cursos, workshops, textos acadêmicos e aulas abertas, como as do textos acadêmicos e aulas abertas, como as do

Instituto de Museologia de São Paulo, com a Instituto de Museologia de São Paulo, com a ampla divulgação de textos como este, aqui ampla divulgação de textos como este, aqui

traduzido por Ana Carolina Garcia, para o traduzido por Ana Carolina Garcia, para o evento do IMSP em 2001.evento do IMSP em 2001.

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A origem da A origem da “museopedagogia”“museopedagogia”

No que se refere à finalidade da No que se refere à finalidade da ciência museológica podemos defini-ciência museológica podemos defini-la como a projeção didática sobre o la como a projeção didática sobre o sujeito ou o público, constituindo o sujeito ou o público, constituindo o museu em centro de educação e museu em centro de educação e informação.informação.

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Didática e informaçãoDidática e informação

Nesse aspecto a museologia defronta-se com duas Nesse aspecto a museologia defronta-se com duas questões; a heterogeneidade dos níveis culturais questões; a heterogeneidade dos níveis culturais entre o público e a variedade de conteúdos.entre o público e a variedade de conteúdos.

Frente a essas dificuldades, a museologia Frente a essas dificuldades, a museologia desenvolveu o museu didático, no qual é possível desenvolveu o museu didático, no qual é possível diversificar os vários níveis leitura à disposição dos diversificar os vários níveis leitura à disposição dos visitantes. visitantes.

A solução, neste caso, é mais bem própria de cada A solução, neste caso, é mais bem própria de cada museu, que desenvolve um código de museu, que desenvolve um código de interpretação particular, introduzindo na dinâmica interpretação particular, introduzindo na dinâmica sujeito- objeto um novo elemento que permita sujeito- objeto um novo elemento que permita estabelecer a sintonia adequada entre ambos estabelecer a sintonia adequada entre ambos

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Museu e entorno socialMuseu e entorno social

nesse sentido produzimos um trabalho sobre nesse sentido produzimos um trabalho sobre a Sociologia dos Museus, divulgado sob forma a Sociologia dos Museus, divulgado sob forma de texto acadêmico de apoio para os alunos de texto acadêmico de apoio para os alunos do IMSP entre 1992 e 1993, nos antevendo a do IMSP entre 1992 e 1993, nos antevendo a uma tendência importante da museologia e o uma tendência importante da museologia e o entorno social, enfocando as atividades entorno social, enfocando as atividades museopedagógicas que aproximam o público museopedagógicas que aproximam o público infanto-juvenil à instituição, como forma infanto-juvenil à instituição, como forma prática de criar o hábito do lazer educativo.prática de criar o hábito do lazer educativo.

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Interação institucionalInteração institucional

Nessa tarefa, naturalmente, a Nessa tarefa, naturalmente, a “museologia” não deve e muitas vezes “museologia” não deve e muitas vezes não pode trabalhar isoladamente. não pode trabalhar isoladamente.

Deve fazê-lo em colaboração com Deve fazê-lo em colaboração com outras instituições educativas e outras instituições educativas e culturais, como escolas, universidades culturais, como escolas, universidades e fundações com as quais possa e fundações com as quais possa compartilhar a busca de seus objetivos.compartilhar a busca de seus objetivos.

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Os meios da museologiaOs meios da museologia

Determinada a finalidade da museologia, é Determinada a finalidade da museologia, é necessário perguntar quais meios são necessário perguntar quais meios são válidos para estabelecer de modo eficaz a válidos para estabelecer de modo eficaz a relação entre sujeito e objeto, ou entre relação entre sujeito e objeto, ou entre público e coleção, para extrair o mais público e coleção, para extrair o mais frutífero rendimento didático possível.frutífero rendimento didático possível.

Nesse sentido, a museologia, ao apresentar Nesse sentido, a museologia, ao apresentar o objeto, leva em consideração todos os o objeto, leva em consideração todos os fatores que possam contribuir para o fatores que possam contribuir para o desenvolvimento completo da sua desenvolvimento completo da sua potencialidade.potencialidade.

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((http://http://museumstudiesmuseumstudies.si..si.edu/webcast_121306edu/webcast_121306..htmlhtml) )

U.S.Museums Learning, Teaching, Expanding – U.S.Museums Learning, Teaching, Expanding – Smithsonian Castle Library – 2006.Smithsonian Castle Library – 2006.

os pilares da museologia são: a os pilares da museologia são: a pesquisa científica, a conservação pesquisa científica, a conservação preventiva, a museopedagogia, a preventiva, a museopedagogia, a museografia, a documentação museografia, a documentação museológica, difusão e a gestão museológica, difusão e a gestão administrativa dos museus; e a administrativa dos museus; e a “museopedagogia” .“museopedagogia” .

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Museologia e museografiaMuseologia e museografia

Desde a estrutura arquitetônica ao seu redor, com Desde a estrutura arquitetônica ao seu redor, com a calibragem do espaço, passando pela distância a calibragem do espaço, passando pela distância entre objetos e espectador e a análise dos pontos entre objetos e espectador e a análise dos pontos de vista para uma contemplação adequada, até de vista para uma contemplação adequada, até os aspectos técnicos museográficos, como o os aspectos técnicos museográficos, como o estudo da iluminação natural e artificial mais estudo da iluminação natural e artificial mais adequada para cada caso e os complementos adequada para cada caso e os complementos explicativos ou materiais de apoio, como cédulas explicativos ou materiais de apoio, como cédulas gerais que documentem seu significado concreto.gerais que documentem seu significado concreto.

Estes meios são facilitados para a museologia por Estes meios são facilitados para a museologia por toda uma série de técnicas de apoio, que ampliam toda uma série de técnicas de apoio, que ampliam e favorecem seu trabalho. e favorecem seu trabalho.

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Aplicação tecnológica em Aplicação tecnológica em museusmuseus

Nessa perspectiva, assinalamos dois tipos Nessa perspectiva, assinalamos dois tipos de ciências, as humanas e sociais (história, de ciências, as humanas e sociais (história, sociologia, história da arte, estética) e as sociologia, história da arte, estética) e as experimentais (física, química, eletrônica, experimentais (física, química, eletrônica, informática), acrescidas de técnicas visuais.informática), acrescidas de técnicas visuais.

O abuso de certos procedimentos técnicos O abuso de certos procedimentos técnicos suscita certas críticas, mas os auxílios que suscita certas críticas, mas os auxílios que proporcionam, como norma geral, trazem proporcionam, como norma geral, trazem indubitáveis progressos à museologia, no indubitáveis progressos à museologia, no desenvolvimento de suas atividades.desenvolvimento de suas atividades.

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Tecnologia para a Tecnologia para a organizaçãoorganização

O sistema pioneiro de micro O sistema pioneiro de micro filmagem nos anos 80, executado filmagem nos anos 80, executado pelo Museu Nacional de Etnologia de pelo Museu Nacional de Etnologia de Osaka, no Japão, representou um Osaka, no Japão, representou um marco conceitual para a museologia; marco conceitual para a museologia; a evolução tecnológica é incorporada a evolução tecnológica é incorporada ao sistema museístico.ao sistema museístico.

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O exemplo é sobre tudo nos museus O exemplo é sobre tudo nos museus norte americanos, que empreenderam norte americanos, que empreenderam a interessante tarefa de centralização a interessante tarefa de centralização dos seus catálogos por meio de dos seus catálogos por meio de computadores, o que permitiu dispor computadores, o que permitiu dispor de uma rede de informação e de banco de uma rede de informação e de banco de dados, o que teria sido de dados, o que teria sido extremamente caro sem o auxílio da extremamente caro sem o auxílio da informática. informática.

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O início da automação em O início da automação em museusmuseus

tive a oportunidade de realizar uma visita tive a oportunidade de realizar uma visita técnica ao Museu de História Natural de técnica ao Museu de História Natural de São Francisco, Golden Gate Park, que São Francisco, Golden Gate Park, que encontrava-se em processo de encontrava-se em processo de reformulação museográfica, reformulação museográfica, especialmente nos projetos dos especialmente nos projetos dos dioramas e na reorganização dioramas e na reorganização catalográfica através da informatização. catalográfica através da informatização. (1982)(1982)

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Inventário nacional de bens Inventário nacional de bens culturaisculturais

Nesse sentido apresentei um projeto para Nesse sentido apresentei um projeto para a Secretaria de Estado da Cultura em 1985 a Secretaria de Estado da Cultura em 1985 (DEMA) para que os museus vinculados ao (DEMA) para que os museus vinculados ao ente público procedessem com a ente público procedessem com a organização dos inventários e seqüente organização dos inventários e seqüente integração em rede dos índices integração em rede dos índices catalográficos): a normalização catalográficos): a normalização documental coíbe o tráfico ilícito de bens documental coíbe o tráfico ilícito de bens culturais; permite o manejo das coleções culturais; permite o manejo das coleções em alto grau de preservação; gerando a em alto grau de preservação; gerando a interconexão entre os museus e formando interconexão entre os museus e formando o sistema brasileiro de museus.o sistema brasileiro de museus.

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Tecnologia aplicada Tecnologia aplicada

Os métodos físico-químicos de análise dos Os métodos físico-químicos de análise dos objetos, como os raios X, a radiação ultravioleta, objetos, como os raios X, a radiação ultravioleta, o espectro por fotometria, renderam igualmente o espectro por fotometria, renderam igualmente preciosos serviços quanto à identificação e à preciosos serviços quanto à identificação e à análise das peças, resolvendo não poucas análise das peças, resolvendo não poucas questões sobre as mesmas.questões sobre as mesmas.

Mesmo assim a museologia alimenta-se de meios Mesmo assim a museologia alimenta-se de meios científicos, mas em nenhum caso será absorvida científicos, mas em nenhum caso será absorvida pelo cientificismo, pois sua meta é puramente pelo cientificismo, pois sua meta é puramente humanística: colocar o público em contato com o humanística: colocar o público em contato com o objeto histórico cultural.objeto histórico cultural.

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Técnicas não invasivasTécnicas não invasivas

o conceito de conservação foi ampliado para conservação o conceito de conservação foi ampliado para conservação preventiva nas décadas posteriores. preventiva nas décadas posteriores.

A atividade de restauração considerada como uma A atividade de restauração considerada como uma intervenção mecânica invasiva, foi ampliada para o intervenção mecânica invasiva, foi ampliada para o conceito de restauração museológica, seguindo as conceito de restauração museológica, seguindo as predominantes escolas européias propagadoras das idéias predominantes escolas européias propagadoras das idéias de autenticidade e honestidade na ação da recuperação da de autenticidade e honestidade na ação da recuperação da estabilidade estrutural dos objetos. estabilidade estrutural dos objetos.

Tais conceitos evoluíram para a museologia advindos do Tais conceitos evoluíram para a museologia advindos do mundo da museografia e da restauração arquitetônica, mundo da museografia e da restauração arquitetônica, entre outros citamos Ruskin, Plenderleith, Haussmann, entre outros citamos Ruskin, Plenderleith, Haussmann, Viollet-le-Duc...Viollet-le-Duc...

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http://www.http://www.lafraguadevulcanolafraguadevulcano..es/videoes/video..aspasp pode ser visualizado pode ser visualizado exprimir uma das formas de musealização, in Fira Tots Sants 2013, exprimir uma das formas de musealização, in Fira Tots Sants 2013,

Mercado Medieval de ValenciaMercado Medieval de Valencia..

Desde as tecnologias aplicadas às exposições, Desde as tecnologias aplicadas às exposições, aos sistemas 3D, novas formas de registro do aos sistemas 3D, novas formas de registro do patrimônio cultural material e imaterial, patrimônio cultural material e imaterial, ampliaram o conceito de musealização.ampliaram o conceito de musealização.

A disponibilidade na Internet dos projetos A disponibilidade na Internet dos projetos museológicos criou uma aldeia global para uma museológicos criou uma aldeia global para uma museologia sem fronteiras. (ICOM> México)museologia sem fronteiras. (ICOM> México)

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A pesquisa científica origina A pesquisa científica origina coleções museológicascoleções museológicas

Mas, ainda são válidos os protocolos de Mas, ainda são válidos os protocolos de organização museológica, entendidos organização museológica, entendidos como os pilares da museologia.como os pilares da museologia.

O “nível 1” da teoria desenvolvida por O “nível 1” da teoria desenvolvida por Stránsky sobre o Museu da Moravia Stránsky sobre o Museu da Moravia destaca as atividades de pesquisa destaca as atividades de pesquisa científica na organização museológica.científica na organização museológica.

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A evolução histórica da A evolução histórica da museologia e da museografiamuseologia e da museografia

embora ambas disciplinas no século XXI se embora ambas disciplinas no século XXI se contemplem com disciplinas autônomas, a lógica contemplem com disciplinas autônomas, a lógica relação dialética entre as áreas básicas de estudos relação dialética entre as áreas básicas de estudos e práticas sistematizadas, se retro alimentam de e práticas sistematizadas, se retro alimentam de forma contínua, forma contínua,

tanto é assim que a prática museográfica dos folk tanto é assim que a prática museográfica dos folk museus, na recriação do ambiente global da museus, na recriação do ambiente global da comunidade (vivendas, decoração, utensílios comunidade (vivendas, decoração, utensílios domésticos e ferramental técnico, gastronomia, domésticos e ferramental técnico, gastronomia, vestimentas) recriam um estilo de vida, de época, vestimentas) recriam um estilo de vida, de época, de tradição, da estética, e ao mesmo tempo de tradição, da estética, e ao mesmo tempo propiciaram um ingresso econômico para as propiciaram um ingresso econômico para as comunidades rurais. comunidades rurais.

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tipologiastipologias

Essa tendência museográfica (cenográfica e Essa tendência museográfica (cenográfica e de ambientação) é uma clara contribuição de ambientação) é uma clara contribuição para a teoria museológica (ampliando seu para a teoria museológica (ampliando seu campo conceitual) e para a museologia campo conceitual) e para a museologia (incorporando novos critérios para a (incorporando novos critérios para a conservação, por exemplo, com a conservação, por exemplo, com a manutenção de maquinário e ferramentas manutenção de maquinário e ferramentas através da sua utilização diária); deu início a através da sua utilização diária); deu início a conceitos como o de museus comunitários e conceitos como o de museus comunitários e aprofundou critérios de planejamento em aprofundou critérios de planejamento em turismo rural.turismo rural.

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O documentalista O documentalista museológicomuseológico

A museografia diverge da museologia A museografia diverge da museologia nesse momento metodológico da nesse momento metodológico da delimitação do campo conceitual de delimitação do campo conceitual de ambas disciplinas, a partir da prática ambas disciplinas, a partir da prática sistematizada a partir da metade do sistematizada a partir da metade do Século XIX, iniciado pela formação Século XIX, iniciado pela formação dos conservadores, dos dos conservadores, dos documentalistas e do fenômeno documentalistas e do fenômeno cultural experimental das exposições. cultural experimental das exposições.

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A origem da nova A origem da nova museologiamuseologia

Nesse sentido afirmamos que a museografia Nesse sentido afirmamos que a museografia diverge da teoria museológica, uma vez que a diverge da teoria museológica, uma vez que a noção de nova museologia cunhada anos mais noção de nova museologia cunhada anos mais tarde e dos ecomuseus, especifica uma tarde e dos ecomuseus, especifica uma necessidade influenciada pelas artes plásticas necessidade influenciada pelas artes plásticas contemporânea, segundo a qual as grandes contemporânea, segundo a qual as grandes instalações não tinham espaço físico para sua instalações não tinham espaço físico para sua montagem no ambiente dos museus tradicionais montagem no ambiente dos museus tradicionais (René Rivard) e pelas experiências dos museus (René Rivard) e pelas experiências dos museus de identidade na Alemanha nacional socialista; de identidade na Alemanha nacional socialista; depois nos folk museums da Grã Bretanha e nos depois nos folk museums da Grã Bretanha e nos museus ao ar livre (open air museums).museus ao ar livre (open air museums).

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Museografia e nova Museografia e nova museologiamuseologia

a museografia é a “parte visível” dos museus, a museografia é a “parte visível” dos museus, como afirmo no Manual de Museografia como afirmo no Manual de Museografia organizado durante o mestrado em Museologia organizado durante o mestrado em Museologia na ENCRyM, em 1982, reeditado no Brasil em na ENCRyM, em 1982, reeditado no Brasil em 2012.2012.

Porque tivemos que repensar museologia e Porque tivemos que repensar museologia e museografia no âmbito expandido das museografia no âmbito expandido das experiências originadas na França e renovadas no experiências originadas na França e renovadas no Canadá.Canadá.

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A experiência pré-musealA experiência pré-museal

tais questões nos pareciam de difícil solução porque tratamos do tais questões nos pareciam de difícil solução porque tratamos do conceito da experiência pré museal, que nos países com altos conceito da experiência pré museal, que nos países com altos índices de analfabetismo e baixa freqüência a museus, e estudos índices de analfabetismo e baixa freqüência a museus, e estudos não contemplados nas escolas públicas, discutir a experiência não contemplados nas escolas públicas, discutir a experiência significa agregar dados sociológicos dos níveis educacionais. significa agregar dados sociológicos dos níveis educacionais.

O conceito de aplica ao fato de o museu contar com um nível de O conceito de aplica ao fato de o museu contar com um nível de leitura e conhecimento do visitante sobre as obras, isto é, um leitura e conhecimento do visitante sobre as obras, isto é, um nível mínimo de cultura geral, que permite expor com níveis nível mínimo de cultura geral, que permite expor com níveis básicos de informação, complementada com catálogos e básicos de informação, complementada com catálogos e publicações. Tal fato leva ao hábito de aquisição de publicações, publicações. Tal fato leva ao hábito de aquisição de publicações, ao poder aquisitivo, ao interesse específico...ao poder aquisitivo, ao interesse específico...

Estas formas deram impulso às “lojas” de museus, que se tornam Estas formas deram impulso às “lojas” de museus, que se tornam mais ou menos sofisticadas, incluindo os mais variados itens para mais ou menos sofisticadas, incluindo os mais variados itens para o consumo do público.o consumo do público.

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Museu: sujeito e objetoMuseu: sujeito e objeto

A solução, neste caso, é mais bem própria de cada A solução, neste caso, é mais bem própria de cada museu, que desenvolve um código de interpretação museu, que desenvolve um código de interpretação particular, introduzindo na dinâmica sujeito- objeto particular, introduzindo na dinâmica sujeito- objeto um novo elemento que permita estabelecer a um novo elemento que permita estabelecer a sintonia adequada entre ambas.sintonia adequada entre ambas.

A projeção ou finalidade didática é exercida pelo A projeção ou finalidade didática é exercida pelo museu em dois níveis: o puramente educativo, museu em dois níveis: o puramente educativo, como gerador de cultivo da sensibilidade e das como gerador de cultivo da sensibilidade e das faculdades intelectuais do público, e, num plano faculdades intelectuais do público, e, num plano superior, como propulsor do desenvolvimento do superior, como propulsor do desenvolvimento do pensamento humano, convidando à reflexão pensamento humano, convidando à reflexão científica por intermédio da comparação entre os científica por intermédio da comparação entre os diversos mundos – artísticos, históricos, técnicos – diversos mundos – artísticos, históricos, técnicos – que apresenta.que apresenta.

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Memória é HistóriaMemória é História

uma contribuição inestimável foi a publicação do “Cuadernos uma contribuição inestimável foi a publicação do “Cuadernos de Museologia” em 1989 organizada por Luis Repetto (Puc-de Museologia” em 1989 organizada por Luis Repetto (Puc-Perú) Diretor do Museu da Arte Popular do Instituto Riva-Perú) Diretor do Museu da Arte Popular do Instituto Riva-Aguero.Aguero.

Bock, Teresa C. de A.(1982) El proceso museológico. México: Bock, Teresa C. de A.(1982) El proceso museológico. México:

Churubusco. 1º. Seminário de Museologia (DEMA) 1985. Churubusco. 1º. Seminário de Museologia (DEMA) 1985. Instituto de Museologia de São Paulo, IMSP (dezembro1991) Instituto de Museologia de São Paulo, IMSP (dezembro1991) TRADUÇÃO E REEDIÇÃO – Brasil. 2012.TRADUÇÃO E REEDIÇÃO – Brasil. 2012.

ISBN 978-85914169-0-5ISBN 978-85914169-0-5

Bock, Teresa C.